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Economia Política
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Adam Smith e o mercado natural como explicação para a ordem social emergente' Angela Ganem A economia política nasce com a implantação do capitalismo e como fruto da modernidade, e tem em Adam Smith seu marco fundador. Ele a inaugura com uma interpretação sistematizada da ordem social capitalista, observando-a tanto pela ótica da produção, da acumulação e do excedente, como pela forma mercado. A lógica da produção, da acumulação e do excedente econômico analisados no quadro histórico social está ligada ao caminho aberto no século XVII, por William Petty - desenvolvido por Adam Smith e pelos historicistas do século XVIII. A leitura pela ótica do mercado remoto, Smith apresenta a história das ideias - e sua importante contribuição na constituição do direito liberal. A solução da mão invisível, em que interesses privados ao se chocarem produzem bem-estar social, se contrapõe às formulações de contrato social para explicação da emergência da ordem social nascent... A nova orientação... Smith pensa a sociedade como um modelo, isto é, como autossustentável, e a encara como desencantada (nos termos weberianos). Com isso, constrói uma solução em que a sociedade não será mais fundadas sobre uma exterioridade, mas sobre ela mesma: Neste objetivo, Adam Smith torna-se um dos mais geniais representantes da modernidade: ele transforma a economia em centro explicativo da sociedade através da universalidade do desejo de ganho dos homens, sua solução afirma que 'os interesses privados', ao invés de se chocarem, produzirão o bem-estar, surgindo de uma forma que se torna um dos temas centrais da economia e contribui decisivamente para definir um dos cam... disciplina. Dentro do campo das ideias, formas embrionárias da noção de mão invisível apareceram, por exemplo, na ironia da Fábula das Abelhas, de Mandeville, em que 'vícios privados geram benefícios públicos'... Adam Smith, de um lado, nos desdobramentos da teoria do divino... Com a introdução do elemento moral, surgem duas perspectivas para a compreensão da ordem do mercado e que significam leituras divergentes sobre a obra do autor. Elas envolvem, além da explicação da ordem social, a questão sobre a natureza do nascimento da economia. Nessas leituras, estamos em jogo duas compreensões opostas sobre esse nascimento. As leituras sobre a relação existente ou não entre a Teoria dos Sentimentos Morais (TSM) e a Riqueza das Nações (RN) geram uma importante controvérsia no âmbito da história do pensamento econômico, conhecida como 'o problema Adam Smith', ou das Adam Smith Problem. A primeira tese define uma ruptura entre a Teoria dos Sentimentos Morais (TSM) e a Riqueza das Nações (RN), e a segunda advoga uma linear unidade da obra. Na primeira, a moral é totalmente descartada da fundação da economia, o interesse reduzido em self interest... Uma segunda leitura, com a qual aqui se identifica, tem como argumento central a ideia de que 'tanto a economia como o...' operador social e sua ideia de mercado como uma teoria da sociedade se traduz na explicação da emergência da ordem social-liberal. Finalmente, para esta leitura, o nascimento da economia em Adam Smith não se faz rompendo com a moralidade. Isto significa que ele deixou clara a tensão e a situação paradoxal para seus herdeiros: a autonomia da economia só poderá ser realizada com reduções. No século seguinte, os neoclássicos levantam as fronteiras disciplinares necessárias para recortar o campo da economia, expulsando, do seu domínio, o moral e os valores. Neste objetivo asseptico de autonomizar a disciplina, os neoclássicos lançam as bases, na história do pensamento econômico, de uma economia que se pretende positiva, ideologicamente neutra e análoga à mecânica clássica.
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