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TRABALHO UNIFICADO DE LÍNGUA PORTUGUESA 2º SEMESTRE 2025 Leve em consideração os textos abaixo para responder as perguntas e escrever a redação TEXTO 1 Quando falo de humanidade não estou falando só do Homo sapiens me refiro a uma imensidão de seres que nós excluímos desde sempre caçamos baleia tiramos barbatana de tubarão matamos leão e o penduramos na parede para mostrar que somos mais bravos que ele Além da matança de todos os outros humanos que a gente achou que não tinham nada que estavam aí só para nos suprir com roupa comida abrigo Somos a praga do planeta uma espécie de ameba gigante Ao longo da história os humanos aliás esse clube exclusivo da humanidade que está na declaração universal dos direitos humanos e nos protocolos das instituições foram devastando tudo ao seu redor É como se tivessem elegdo uma casta a humanidade e todos que estão fora dela são a subhumanidade Não são só os caiçaras quilombolas e povos indígenas mas toda vida que deliberadamente largamos à margem do caminho E o caminho é o progresso essa ideia prospectiva de que estamos indo para algum lugar Há um horizonte estamos indo para lá e vamos largando no percurso tudo que não interessa o que sobra a subhumanidade alguns de nós fazemos parte dela Ailton Krenak A vida não é útil 2020 TEXTO 2 TRECHOS o melhor fruto que nela a terra se pode fazer me parece que será salvar esta gente e esta deve ser a principal semente que vossa alteza em ela deve lançar Pero Vaz de Caminha 1500 Esta a língua tupi é mui branda e a qualquer nação fácil de tomar Alguns vocábulos há nela de que não usam senão as fêmeas e outros que não servem senão para os machos carece de trés letras convém a saber não se acha nela F nem L nem R coisa digna de espanto porque assim não têm Fé nem Lei nem Rei e desta maneira vivem desordenadamente sem terem além disso conta nem peso nem medida Como o interesse seja o que mais leva os homens trás si que outra nehnuma coisa que haja na vida parece manifesto querer entretélos na terra com esta riqueza do mar até chegarem a descobrir aquelas grandes minas que a mesma terra promete para que assi desta maneira tragam ainda toda aquela cega e bárbara gente que habita nestas partes ao lume e conhecimento da nossa Santa Fé Católica que será descobrirlhe outras maiores no céu o qual nosso Senhor permite que assim seja pela glória sua e salvação de tantas almas Pero de Magalhães Gândavo 1576 Comemse uns aos outros digo os contrários É gente que nenhum conhecimento tem de Deus nem ídolos fazem tudo quanto lhe dizem Padre Manuel da Nóbrega 1556 TRABALHO UNIFICADO DE LÍNGUA PORTUGUESA 2º SEMESTRE 2025 ORIENTAÇÕES GERAIS 1 Dê especial atenção à norma padrão da Língua Portuguesa A não adequação a essa modalidade implicará desconto na nota 3 Escreva suas respostas com caneta azul ou preta 4 Atentese à paragrafação e à letra Escreva de forma organizada e legível 5 O trabalho valerá de zero até 20 pontos que serão acrescidos como ponto extra na nota do 2º semestre para compor a média que será enviada para a ESPM 6 O trabalho deverá ser feito individualmente Qualquer indício de uso de Inteligência Artificial IA será considerado cola e implicará em nota zero para o trabalho 7 O trabalho deverá ser entregue 100 manuscrito pelo aluno a 8 Trabalhos digitados não serão considerados 9 O trabalho deve ser muito bem feito A simples entrega não é garantia de nota máxima TRABALHO UNIFICADO DE LÍNGUA PORTUGUESA 2º SEMESTRE 2025 Leve em consideração os textos abaixo para responder as perguntas e escrever a redação TEXTO 1 Quando falo de humanidade não estou falando só do Homo sapiens me refiro a uma imensidão de seres que nós excluímos desde sempre caçamos baleia tiramos barbatana de tubarão matamos leão e o penduramos na parede para mostrar que somos mais bravos que ele Além da matança de todos os outros humanos que a gente achou que não tinham nada que estavam aí só para nos suprir com roupa comida abrigo Somos a praga do planeta uma espécie de ameba gigante Ao longo da história os humanos aliás esse clube exclusivo da humanidade que está na declaração universal dos direitos humanos e nos protocolos das instituições foram devastando tudo ao seu redor É como se tivessem elegdo uma casta a humanidade e todos que estão fora dela são a subhumanidade Não são só os caiçaras quilombolas e povos indígenas mas toda vida que deliberadamente largamos à margem do caminho E o caminho é o progresso essa ideia prospectiva de que estamos indo para algum lugar Há um horizonte estamos indo para lá e vamos largando no percurso tudo que não interessa o que sobra a subhumanidade alguns de nós fazemos parte dela Ailton Krenak A vida não é útil 2020 TEXTO 2 TRECHOS o melhor fruto que nela a terra se pode fazer me parece que será salvar esta gente e esta deve ser a principal semente que vossa alteza em ela deve lançar Pero Vaz de Caminha 1500 Esta a língua tupi é mui bran d vocábulos há nela de que não usam senão as fêmeas e outros que não servem senão para os machos carece de três letras convém a Comemse uns aos outros digo os contrários É gente que nenhum conhecimento tem de Deus nem ídolos fazem cuanto ľe dizem Padre Manuel da Nóbr 3 de 5 TRABALHO UNIFICADO DE LÍNGUA PORTUGUESA 2º SEMESTRE 2025 TEXTO 3 Marco temporal é uma tese jurídica segundo a qual os povos indígenas têm direito de ocupar apenas as terras que ocupavam ou já disputavam em 5 de outubro de 1988 data de promulgação da Constituição A tese surgiu em 2009 em parecer da AdvocaciaGeral da União sobre a demarcação da reserva Raposa Serra do Sol em Roraima quando esse critério foi usado Em 2003 foi criada a Terra Indígena IbiramaLaklãnõ mas uma parte dela ocupada pelos indígenas Xokleng e disputada por agricultores está sendo requerida pelo governo de Santa Catarina no Supremo Tribunal Federal STF O argumento é que essa área de aproximadamente 80 mil m² não estava ocupada em 5 de outubro de 1988 Os Xokleng por sua vez argumentam que a terra estava desocupada na ocasião porque eles haviam sido expulsos de lá A decisão sobre o caso de Santa Catarina firmará o entendimento do STF para a validade ou não do marco temporal em todo o País afetando mais de 80 casos semelhantes e mais de 300 processos de demarcação de terras indígenas que estão pendentes Agência Câmara de Notícias 2023 TEXTO 4 Parindo uma literatura indígena Então isso que é difícil porque eu acho que a literatura nativa é isso é você transformar história verdadeira que acontece com os povos indígenas quanto a questão contada da oralidade aprender mas você criar história também dentro da própria aldeia Então isso é uma literatura nativa que tem que chegar no povo Não é essa literatura indígena de José de Alencar entendeu Que faz com que a sociedade crie preconceito ainda mais sobre os povos indígenas José de Alencar escreveu um livro chamado O Guarani Ficou famoso Ficou tão famoso que a Manchete resolveu escrever um filme O Guarani Aí eu morava em Curitiba com essa família kaingang que eu te falei¹ com a índia xetá Eu falei Vamos tentar assistir Daí beleza O primeiro dia que nós fomos assistir o filme não mexeu com a gente a gente foi dormir entendeu Por quê Porque não é a realidade do índio Então José de Alencar escreveu uma literatura indígena Essa literatura indígena é preocupante porque as pessoas inventam a história do índio entendeu Por isso que o índio tem que começar a escrever as suas histórias Pra que daí a sociedade comece a entender melhor o índio e comece a valorizar Agora quando você escreve uma história que as pessoas inventam em cima das invenções dos outros faz com que a sociedade crie mais preconceito ainda sobre a gente Porque o preconceito já existe E quando ele lê esses caras daí faz com que o preconceito brilhe ainda mais na visão Você entendeu E as doideiras dessa literatura indígena que existe desde 1500 falando sobre o índio Então por isso que é importante valorizar o indígena que está ali na aldeia que vive a sua realidade e daí quando ele vai escrever uma história ele escreve na visão indígena mesmo pra daí trazer esse conhecimento e fazer com que a sociedade respeite o índio valorize porque o índio tem que ser valorizado porque a gente foi só explorado e a sociedade desvalorizou desde 1500 pra fazer com que a sociedade veja que o índio não é ninguém na vida Olívio Jekupé nasceu no Paraná Estudou na ECAUSP onde pôde observar a situação do indígena na cidade e de como seus parentes eram retratados na cultura não indígena A partir disso começou a escrever histórias indígenas Foi de fato o primeiro escritor indígena brasileiro Ao escrever ele busca dar uma nova percepção para a sociedade brasileira do que é o indígena e do que é o Guarani Museu da Pessoa Exposição Vidas Indígenas modos de habitar o mundo TRABALHO UNIFICADO DE LÍNGUA PORTUGUESA 2º SEMESTRE 2025 TEXTO 5 O sol vinha nascendo O seu primeiro raio espreguiçavase ainda pelo céu anilado e ia beijar as brancas nuvenzinhas que corriam ao seu encontro¹ Apenas a luz branda e suave da manhã esclarecia a terra e surpreendia as sombras indolentes que dormiam sob as copas das árvores Era a hora em que o cacto a flor da noite fechava o seu cálice cheio das gotas de oralho com que destila o seu perfume temendo que o sol crestasse a alvura diáfana de suas pétalas Cecília com a sua graça de menina travessa corria sobre a relva ainda úmida colhendo uma gracióla azul que se embalançava sobre a haste ou um malvaísco que abria os lindos botões escarlates Tudo para ela tinha um encanto inexprimível as lágrimas da noite que tremiam como brilhantes das folhas das palmeiras a borboleta que ainda com as asas empenadas esperava o calor do sol para reanimarse a viuvinha que escondida na ramagem avisava o companheiro que o dia vinha raiando tudo lhe fazia soltar Porque não é a realidade do índio Então José de Alencar escreveu uma literatura indígena Essa literatura indígena é preocupante porque as pessoas inventam a história do índio entendeu Por isso que o índio tem que começar a escrever as suas histórias Pra que daí a sociedade comece a valorizar o índio e comece a valorizar Agora quando você escreve uma história que as pessoas inventam em cima das invenções dos outros faz com que a sociedade crie mais preconceito ainda sobre a gente O preconceito já existe E quando ele lê esses caras daí faz com que o preconceito brilhe ainda mais Você entendeu E as doideiras dessa literatura indígena que existe desde 1500 falando sobre o índio Então por isso que é importante valorizar o indígena que está ali na aldeia que vive a sua realidade e daí quando ele vai escrever uma história ele escreve na visão indígena mesmo pra daí trazer esse conhecimento e fazer com que a sociedade respeite o índio valorize porque o índio tem que ser valorizado porque a gente foi só explorado e a sociedade desvalorizou desde 1500 pra fazer com que a sociedade veja que o índio não é ninguém na vida Olívio Jekupé nasceu no Paraná Estudou na ECAUSP onde pôde observar a situação do indígena na cidade e de como seus parentes eram retratados na cultura não indígena A partir disso começou a escrever histórias indígenas Foi de fato o primeiro escritor indígena brasileiro Ao escrever ele busca dar uma nova percepção para a sociedade brasileira do que é o indígena e do que é o Guarani Museu da Pessoa Exposição Vidas Indígenas modos de habitar o mundo TRABALHO UNIFICADO DE LÍNGUA PORTUGUESA 2º SEMESTRE 2025 TEXTO 5 O sol vinha nascendo E seu primeiro raio espreguiçavase ainda pelo céu anilado e ia beijar as brancas nuvenzinhas que corriam ao seu encontro 1 Apenas a luz branda e suave da manhã esclarecia a terra e surpreendia as sombras indolentes que dormiam sob as copas das árvores Era a hora em que o cacto a flor da noite fechava o seu cálice cheio das gotas de orvalho com que destila o seu perfume temendo que o sol crestasse a alvura diáfana de suas pétalas Cecília com a sua graça de menina travessa corria sobre a relva ainda úmida colhendo uma gracióla azul que se embalançava sobre a haste ou um malvaísco que abria os lindos botões escarlates Tudo para ela tinha um encanto inexprimível as lágrimas da noite que tremiam como brilhantes das folhas das palmeiras a borboleta que ainda com as asas entorpecidas esperava o calor do sol para reanimarse a viuvinha que escondida na ramagem avisava o companheiro que o dia vinha raiando tudo lhe fazia soltar um grito de surpresa e de prazer Enquanto a menina brincava assim pela várzea Peri que a seguia de longe parou de repente tomado por uma ideia que lhe fez correr pelo corpo um calafrio lembravase do tigre De um pulo sumiuse numa grande moita de arvoredo que se elevava a alguns passos ouviuse um rugido abafado um grande farfalhar de folhas que se espedaçavam e o índio apareceu Cecília tinhase voltado um pouco trêmula Que é isto Peri Nada senhora É assim que prometeste estar quieto Ceci não há de se zangar mais Que queres tu dizer Peri sabe Respondeu o índio sorrindo Na véspera tinha provocado uma luta espantosa para domar e vencer um animal feroz e deitálo submisso e inofensivo aos pés da moça julgando que isso lhe causava um prazer Agora estremecido com o susto que sua senhora podia sofrer destruirá em um instante essa ação de heroísmo sem profetir uma palavra que a revelasse Bastava que ele soubesse o que tinha feito e o que todos deviam ignorar bastava que sua alma sentisse o orgulho da nobre dedicação que se expandia no sorriso de seus lábios ALENCAR José de O Guarani 1857 Responda às questões a seguir 1 De acordo com Ailton Krenak texto 1 qual é o contraste entre humanidade e subhumanidade e como essa oposição pode ser interpretada como uma denúncia histórica de exclusão e violência Explique 2 Compare a visão dos povos indígenas nos relatos quinhentistas texto 2 e na narrativa indianista de José de Alencar texto 5 Em que medida ambas podem ser vistas como representações externas construídas pelo olhar do colonizador QUESTÕES 1 Por meio dos dizeres do autor Ailton Krenak o significado de humanidade é entendido como sendo uma condição exclusiva dos que se consideram dentro de um padrão social e cultural dominante enquanto o conceito de subhumanidade designa aqueles excluídos desse grupo por exemplo povos indígenas quilombolas caiçaras e outros Esse contraste denuncia a exclusão histórica e a violência praticada contra esses povos tratados como menos humanos alijados de direitos e de reconhecimento 2 Nos relatos quinhentistas observados no texto 2 os povos indígenas são descritos de modo preconceituoso como bárbaros canibais ou sem fé reforçando a visão eurocêntrica Já em O Guarani que seria o Texto 5 o autor José de Alencar constrói o indígena idealizado e romantizado mas ainda submetido ao olhar colonizador que projeta no bom selvagem qualidades desejadas pelo europeu Em ambos os casos a representação é externa pois os indígenas não falam por si são figuras inventadas pelo colonizador 3 O autor Olívio Jekupé considera que a literatura indígena é aquela produzida pelos próprios indígenas expressando sua visão de mundo memória e identidade Já a literatura nativa corresponde a relatos de autores não indígenas sobre os povos originários muitas vezes distorcendo sua realidade A primeira é autêntica e de resistência a segunda é construída de fora e reproduz preconceitos 4 No texto O Guarani Peri é retratado como herói idealizado submisso à família branca obediente e até servil atendendo ao modelo romântico do índio bom Já a literatura indígena defendida por Jekupé busca valorizar a perspectiva do próprio indígena mostrando sua humanidade cultura e resistência A diferença central é de perspectiva no romantismo o indígena é objeto na literatura indígena é sujeito da narrativa 5 A literatura pode contribuir para os debates atuais sobre direitos indígenas ao resgatar memórias históricas de exclusão como no caso do Marco Temporal e ao desconstruir estereótipos Textos que dão voz aos povos originários funcionam como resistência cultural revelando identidades reivindicações e propondo alternativas ao apagamento histórico 6 No trecho Não são só os caiçaras quilombolas e povos indígenas mas toda vida que deliberadamente largamos à margem do caminho do Texto 1 a conjunção mas deve ser interpretada como adversativa pois contrapõe o que foi dito antes grupos humanos excluídos ao que vem em seguida toda a vida da natureza também é deixada de lado 7 Reescrita do período Ali eu morava em Curitiba com essa família kaingang de que lhe falei A preposição com introduz o adjunto adverbial de companhia estabelecendo a circunstância em que se dava a ação de morar abafado um grande farfalhar de folhas que se espedaçavam e o índio apareceu Cecília tinhase voltado um pouco trêmula Que é isto Peri Nada senhora É assim que prometeste estar quieto Ceci não há de se zangar mais Que queres tu dizer Peri sabe Respondeu o índio sorrindo Na véspera tinha provocado uma luta espantosa para domar e vencer um animal feroz e deitálo submisso e inofensivo aos pés da moça julgando que isso lhe causava um prazer Agora estremecido com o susto que sua senhora podia sofrer destruirá em um instante essa ação de heroísmo sem profetir uma palavra que a revelasse Bastava que ele soubesse o que tinha feito e o que todos deviam ignorar bastava que sua alma sentisse o orgulho da nobre dedicação que se expandia no sorriso de seus lábios ALENCAR José de O Guarani 1857 Responda às questões a seguir 1 De acordo com Ailton Krenak texto 1 qual é o contraste entre humanidade e subhumanidade e como essa oposição pode ser interpretada como uma denúncia histórica de exclusão e violência Explique 2 Compare a visão dos povos indígenas nos relatos quinhentistas texto 2 e na narrativa indianista de José de Alencar texto 5 Em que medida ambas podem ser vistas como representações externas construídas pelo olhar do colonizador TRABALHO UNIFICADO DE LÍNGUA PORTUGUESA 2º SEMESTRE 2025 3 A partir da perspectiva de Olívio Jekupé texto 4 diferencie literatura indígena e literatura nativa 4 No episódio de O Guarani texto 5 Peri é retratado como herói submisso e idealizado Compare essa construção romântica com a proposta de literatura indígena defendida por Jekupé texto 4 Quais são as diferenças de perspectiva Explique 5 Considerando os textos 1 3 e 4 discuta como a literatura pode contribuir para os debates contemporâneos sobre os direitos indígenas como no caso do Marco Temporal seja reforçando estereótipos seja construindo narrativas de resistência 6 Em Não são só os caiçaras quilombolas e povos indígenas mas toda vida que deliberadamente largamos à margem do caminho texto 1 explique se a conjunção mas deve ser interpretada como adversativa ou aditiva justificando 7 Reescreva o período Aí eu morava em Curitiba com essa família kaingang que eu te falei texto 4 adequandoo à normapadrão e explique que papel a preposição com exerce na estrutura da frase 8 Observe o trecho Ficou tão famoso que a Manchete resolveu escrever um filme O Guarani texto 4 Identifique a conjunção coordenativa presente classificandoa e explicando a relação de sentido que estabelece entre as orações 9 Em Ao longo da história os humanos foram devastando tudo ao seu redor texto 1 identifique a preposição destacada ao longo de e explique seu valor semântico Apresente outra preposição que poderia substituir a expressão mantendo sentido semelhante 10 No trecho Peri que a seguia de longe parou de repente tomado por uma ideia texto 5 identifique o pronome relativo empregado e explique a função sintática que ele exerce dentro da oração PROPOSTA DE REDAÇÃO A partir da leitura dos textos motivadores e de seus conhecimentos de mundo redija uma dissertaçãoargumentativa em norma culta sobre o tema Humanidade progresso e exclusão como construir um futuro sem subhumanidades Apresente tese clara defendida com argumentos consistentes Relacione processos históricos e debates contemporâneos Estruture seu texto em introdução desenvolvimento e conclusão Extensão mínima 25 linhas 8 Trecho Ficou tão famoso que a Manchete resolveu escrever um filme O Guarani A conjunção que estabelece uma oração subordinada consecutiva pois expressa a consequência da fama da obra o filme foi produzido 9 Em Ao longo da história os humanos foram devastando tudo ao seu redor trecho do texto 1 a preposição ao longo de indica valor semântico de tempoduração Uma substituição possível seria usar durante a história mantendo sentido semelhante 10 No trecho Peri que a seguia de longe parou de repente tomado por uma ideia encontrado no texto 5 o pronome relativo que retoma Peri e exerce função sintática de sujeito da oração subordinada adjetiva explicativa REDAÇÃO Título Humanidade progresso e exclusão como construir um futuro sem sub humanidades Ao longo da história a noção de humanidade foi seletiva enquanto alguns grupos eram considerados plenos de direitos e dignidade outros foram relegados à condição de subhumanidade Povos indígenas quilombolas e comunidades tradicionais assim como a própria natureza foram sistematicamente excluídos em nome de um progresso que em vez de integrar marginalizou Esse contraste como aponta o autor Ailton Krenak revela uma profunda contradição entre os ideais universais de humanidade e as práticas de exclusão que marcam a modernidade Desde o período colonial como mostram os relatos quinhentistas os povos originários foram descritos de modo pejorativo vistos como bárbaros ou pagãos Mais tarde mesmo na literatura indianista de José de Alencar prevaleceu uma representação romantizada e externa em que o indígena não tinha voz própria sendo reduzido a símbolo da identidade nacional inventada Essa narrativa contribuiu para a invisibilidade histórica e para a persistência de preconceitos que ainda hoje se manifestam em debates como o do Marco Temporal Por outro lado a literatura indígena contemporânea como a de Olívio Jekupé oferece uma perspectiva de resistência Ao narrar a própria experiência os indígenas resgatam sua memória e afirmam sua presença no mundo questionando a exclusão e reivindicando reconhecimento Tratase de um movimento essencial para repensar o futuro pois uma sociedade que silencia parte de seus membros não pode se considerar plenamente humana Construir um futuro sem subhumanidades exige portanto rever os paradigmas de progresso Isso significa reconhecer o valor dos saberes tradicionais assegurar os direitos territoriais e culturais dos povos indígenas e adotar práticas sustentáveis que incluam a diversidade como riqueza Só assim será possível avançar rumo a uma humanidade verdadeiramente universal em que nenhum grupo seja descartado ou considerado inferior Concluise que superar a exclusão requer transformar a ideia de humanidade em prática concreta de inclusão O futuro só poderá ser justo se todos forem reconhecidos como sujeitos plenos de dignidade sem fronteiras entre humanos e subhumanos Esse é o desafio ético do nosso tempo

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caminho E o caminho é o progresso essa ideia prospectiva de que estamos indo para algum lugar Há um horizonte estamos indo para lá e vamos largando no percurso tudo que não interessa o que sobra a subhumanidade alguns de nós fazemos parte dela Ailton Krenak A vida não é útil 2020 TEXTO 2 TRECHOS o melhor fruto que nela a terra se pode fazer me parece que será salvar esta gente e esta deve ser a principal semente que vossa alteza em ela deve lançar Pero Vaz de Caminha 1500 Esta a língua tupi é mui branda e a qualquer nação fácil de tomar Alguns vocábulos há nela de que não usam senão as fêmeas e outros que não servem senão para os machos carece de trés letras convém a saber não se acha nela F nem L nem R coisa digna de espanto porque assim não têm Fé nem Lei nem Rei e desta maneira vivem desordenadamente sem terem além disso conta nem peso nem medida Como o interesse seja o que mais leva os homens trás si que outra nehnuma coisa que haja na vida parece manifesto querer entretélos na terra com esta riqueza do mar até chegarem a descobrir aquelas grandes minas que a mesma terra promete para que assi desta maneira tragam ainda toda aquela cega e bárbara gente que habita nestas partes ao lume e conhecimento da nossa Santa Fé Católica que será descobrirlhe outras maiores no céu o qual nosso Senhor permite que assim seja pela glória sua e salvação de tantas almas Pero de Magalhães Gândavo 1576 Comemse uns aos outros digo os contrários É gente que nenhum conhecimento tem de Deus nem ídolos fazem tudo quanto lhe dizem Padre Manuel da Nóbrega 1556 TRABALHO UNIFICADO DE LÍNGUA PORTUGUESA 2º SEMESTRE 2025 ORIENTAÇÕES GERAIS 1 Dê especial atenção à norma padrão da Língua Portuguesa A não adequação a essa modalidade implicará desconto na nota 3 Escreva suas respostas com caneta azul ou preta 4 Atentese à paragrafação e à letra Escreva de forma organizada e legível 5 O trabalho valerá de zero até 20 pontos que serão acrescidos como ponto extra na nota do 2º semestre para compor a média que será enviada para a ESPM 6 O trabalho deverá ser feito individualmente Qualquer indício de uso de Inteligência Artificial IA será considerado cola e implicará em nota zero para o trabalho 7 O trabalho deverá ser entregue 100 manuscrito pelo aluno a 8 Trabalhos digitados não serão considerados 9 O trabalho deve ser muito bem feito A simples entrega não é garantia de nota máxima TRABALHO UNIFICADO DE LÍNGUA PORTUGUESA 2º SEMESTRE 2025 Leve em consideração os textos abaixo para responder as perguntas e escrever a redação TEXTO 1 Quando falo de humanidade não estou falando só do Homo sapiens me refiro a uma imensidão de seres que nós excluímos desde sempre caçamos baleia tiramos barbatana de tubarão matamos leão e o penduramos na parede para mostrar que somos mais bravos que ele Além da matança de todos os outros humanos que a gente achou que não tinham nada que estavam aí só para nos suprir com roupa comida abrigo Somos a praga do planeta uma espécie de ameba gigante Ao longo da história os humanos aliás esse clube exclusivo da humanidade que está na declaração universal dos direitos humanos e nos protocolos das instituições foram devastando tudo ao seu redor É como se tivessem elegdo uma casta a humanidade e todos que estão fora dela são a subhumanidade Não são só os caiçaras quilombolas e povos indígenas mas toda vida que deliberadamente largamos à margem do caminho E o caminho é o progresso essa ideia prospectiva de que estamos indo para algum lugar Há um horizonte estamos indo para lá e vamos largando no percurso tudo que não interessa o que sobra a subhumanidade alguns de nós fazemos parte dela Ailton Krenak A vida não é útil 2020 TEXTO 2 TRECHOS o melhor fruto que nela a terra se pode fazer me parece que será salvar esta gente e esta deve ser a principal semente que vossa alteza em ela deve lançar Pero Vaz de Caminha 1500 Esta a língua tupi é mui bran d vocábulos há nela de que não usam senão as fêmeas e outros que não servem senão para os machos carece de três letras convém a Comemse uns aos outros digo os contrários É gente que nenhum conhecimento tem de Deus nem ídolos fazem cuanto ľe dizem Padre Manuel da Nóbr 3 de 5 TRABALHO UNIFICADO DE LÍNGUA PORTUGUESA 2º SEMESTRE 2025 TEXTO 3 Marco temporal é uma tese jurídica segundo a qual os povos indígenas têm direito de ocupar apenas as terras que ocupavam ou já disputavam em 5 de outubro de 1988 data de promulgação da Constituição A tese surgiu em 2009 em parecer da AdvocaciaGeral da União sobre a demarcação da reserva Raposa Serra do Sol em Roraima quando esse critério foi usado Em 2003 foi criada a Terra Indígena IbiramaLaklãnõ mas uma parte dela ocupada pelos indígenas Xokleng e disputada por agricultores está sendo requerida pelo governo de Santa Catarina no Supremo Tribunal Federal STF O argumento é que essa área de aproximadamente 80 mil m² não estava ocupada em 5 de outubro de 1988 Os Xokleng por sua vez argumentam que a terra estava desocupada na ocasião porque eles haviam sido expulsos de lá A decisão sobre o caso de Santa Catarina firmará o entendimento do STF para a validade ou não do marco temporal em todo o País afetando mais de 80 casos semelhantes e mais de 300 processos de demarcação de terras indígenas que estão pendentes Agência Câmara de Notícias 2023 TEXTO 4 Parindo uma literatura indígena Então isso que é difícil porque eu acho que a literatura nativa é isso é você transformar história verdadeira que acontece com os povos indígenas quanto a questão contada da oralidade aprender mas você criar história também dentro da própria aldeia Então isso é uma literatura nativa que tem que chegar no povo Não é essa literatura indígena de José de Alencar entendeu Que faz com que a sociedade crie preconceito ainda mais sobre os povos indígenas José de Alencar escreveu um livro chamado O Guarani Ficou famoso Ficou tão famoso que a Manchete resolveu escrever um filme O Guarani Aí eu morava em Curitiba com essa família kaingang que eu te falei¹ com a índia xetá Eu falei Vamos tentar assistir Daí beleza O primeiro dia que nós fomos assistir o filme não mexeu com a gente a gente foi dormir entendeu Por quê Porque não é a realidade do índio Então José de Alencar escreveu uma literatura indígena Essa literatura indígena é preocupante porque as pessoas inventam a história do índio entendeu Por isso que o índio tem que começar a escrever as suas histórias Pra que daí a sociedade comece a entender melhor o índio e comece a valorizar Agora quando você escreve uma história que as pessoas inventam em cima das invenções dos outros faz com que a sociedade crie mais preconceito ainda sobre a gente Porque o preconceito já existe E quando ele lê esses caras daí faz com que o preconceito brilhe ainda mais na visão Você entendeu E as doideiras dessa literatura indígena que existe desde 1500 falando sobre o índio Então por isso que é importante valorizar o indígena que está ali na aldeia que vive a sua realidade e daí quando ele vai escrever uma história ele escreve na visão indígena mesmo pra daí trazer esse conhecimento e fazer com que a sociedade respeite o índio valorize porque o índio tem que ser valorizado porque a gente foi só explorado e a sociedade desvalorizou desde 1500 pra fazer com que a sociedade veja que o índio não é ninguém na vida Olívio Jekupé nasceu no Paraná Estudou na ECAUSP onde pôde observar a situação do indígena na cidade e de como seus parentes eram retratados na cultura não indígena A partir disso começou a escrever histórias indígenas Foi de fato o primeiro escritor indígena brasileiro Ao escrever ele busca dar uma nova percepção para a sociedade brasileira do que é o indígena e do que é o Guarani Museu da Pessoa Exposição Vidas Indígenas modos de habitar o mundo TRABALHO UNIFICADO DE LÍNGUA PORTUGUESA 2º SEMESTRE 2025 TEXTO 5 O sol vinha nascendo O seu primeiro raio espreguiçavase ainda pelo céu anilado e ia beijar as brancas nuvenzinhas que corriam ao seu encontro¹ Apenas a luz branda e suave da manhã esclarecia a terra e surpreendia as sombras indolentes que dormiam sob as copas das árvores Era a hora em que o cacto a flor da noite fechava o seu cálice cheio das gotas de oralho com que destila o seu perfume temendo que o sol crestasse a alvura diáfana de suas pétalas Cecília com a sua graça de menina travessa corria sobre a relva ainda úmida colhendo uma gracióla azul que se embalançava sobre a haste ou um malvaísco que abria os lindos botões escarlates Tudo para ela tinha um encanto inexprimível as lágrimas da noite que tremiam como brilhantes das folhas das palmeiras a borboleta que ainda com as asas empenadas esperava o calor do sol para reanimarse a viuvinha que escondida na ramagem avisava o companheiro que o dia vinha raiando tudo lhe fazia soltar Porque não é a realidade do índio Então José de Alencar escreveu uma literatura indígena Essa literatura indígena é preocupante porque as pessoas inventam a história do índio entendeu Por isso que o índio tem que começar a escrever as suas histórias Pra que daí a sociedade comece a valorizar o índio e comece a valorizar Agora quando você escreve uma história que as pessoas inventam em cima das invenções dos outros faz com que a sociedade crie mais preconceito ainda sobre a gente O preconceito já existe E quando ele lê esses caras daí faz com que o preconceito brilhe ainda mais Você entendeu E as doideiras dessa literatura indígena que existe desde 1500 falando sobre o índio Então por isso que é importante valorizar o indígena que está ali na aldeia que vive a sua realidade e daí quando ele vai escrever uma história ele escreve na visão indígena mesmo pra daí trazer esse conhecimento e fazer com que a sociedade respeite o índio valorize porque o índio tem que ser valorizado porque a gente foi só explorado e a sociedade desvalorizou desde 1500 pra fazer com que a sociedade veja que o índio não é ninguém na vida Olívio Jekupé nasceu no Paraná Estudou na ECAUSP onde pôde observar a situação do indígena na cidade e de como seus parentes eram retratados na cultura não indígena A partir disso começou a escrever histórias indígenas Foi de fato o primeiro escritor indígena brasileiro Ao escrever ele busca dar uma nova percepção para a sociedade brasileira do que é o indígena e do que é o Guarani Museu da Pessoa Exposição Vidas Indígenas modos de habitar o mundo TRABALHO UNIFICADO DE LÍNGUA PORTUGUESA 2º SEMESTRE 2025 TEXTO 5 O sol vinha nascendo E seu primeiro raio espreguiçavase ainda pelo céu anilado e ia beijar as brancas nuvenzinhas que corriam ao seu encontro 1 Apenas a luz branda e suave da manhã esclarecia a terra e surpreendia as sombras indolentes que dormiam sob as copas das árvores Era a hora em que o cacto a flor da noite fechava o seu cálice cheio das gotas de orvalho com que destila o seu perfume temendo que o sol crestasse a alvura diáfana de suas pétalas Cecília com a sua graça de menina travessa corria sobre a relva ainda úmida colhendo uma gracióla azul que se embalançava sobre a haste ou um malvaísco que abria os lindos botões escarlates Tudo para ela tinha um encanto inexprimível as lágrimas da noite que tremiam como brilhantes das folhas das palmeiras a borboleta que ainda com as asas entorpecidas esperava o calor do sol para reanimarse a viuvinha que escondida na ramagem avisava o companheiro que o dia vinha raiando tudo lhe fazia soltar um grito de surpresa e de prazer Enquanto a menina brincava assim pela várzea Peri que a seguia de longe parou de repente tomado por uma ideia que lhe fez correr pelo corpo um calafrio lembravase do tigre De um pulo sumiuse numa grande moita de arvoredo que se elevava a alguns passos ouviuse um rugido abafado um grande farfalhar de folhas que se espedaçavam e o índio apareceu Cecília tinhase voltado um pouco trêmula Que é isto Peri Nada senhora É assim que prometeste estar quieto Ceci não há de se zangar mais Que queres tu dizer Peri sabe Respondeu o índio sorrindo Na véspera tinha provocado uma luta espantosa para domar e vencer um animal feroz e deitálo submisso e inofensivo aos pés da moça julgando que isso lhe causava um prazer Agora estremecido com o susto que sua senhora podia sofrer destruirá em um instante essa ação de heroísmo sem profetir uma palavra que a revelasse Bastava que ele soubesse o que tinha feito e o que todos deviam ignorar bastava que sua alma sentisse o orgulho da nobre dedicação que se expandia no sorriso de seus lábios ALENCAR José de O Guarani 1857 Responda às questões a seguir 1 De acordo com Ailton Krenak texto 1 qual é o contraste entre humanidade e subhumanidade e como essa oposição pode ser interpretada como uma denúncia histórica de exclusão e violência Explique 2 Compare a visão dos povos indígenas nos relatos quinhentistas texto 2 e na narrativa indianista de José de Alencar texto 5 Em que medida ambas podem ser vistas como representações externas construídas pelo olhar do colonizador QUESTÕES 1 Por meio dos dizeres do autor Ailton Krenak o significado de humanidade é entendido como sendo uma condição exclusiva dos que se consideram dentro de um padrão social e cultural dominante enquanto o conceito de subhumanidade designa aqueles excluídos desse grupo por exemplo povos indígenas quilombolas caiçaras e outros Esse contraste denuncia a exclusão histórica e a violência praticada contra esses povos tratados como menos humanos alijados de direitos e de reconhecimento 2 Nos relatos quinhentistas observados no texto 2 os povos indígenas são descritos de modo preconceituoso como bárbaros canibais ou sem fé reforçando a visão eurocêntrica Já em O Guarani que seria o Texto 5 o autor José de Alencar constrói o indígena idealizado e romantizado mas ainda submetido ao olhar colonizador que projeta no bom selvagem qualidades desejadas pelo europeu Em ambos os casos a representação é externa pois os indígenas não falam por si são figuras inventadas pelo colonizador 3 O autor Olívio Jekupé considera que a literatura indígena é aquela produzida pelos próprios indígenas expressando sua visão de mundo memória e identidade Já a literatura nativa corresponde a relatos de autores não indígenas sobre os povos originários muitas vezes distorcendo sua realidade A primeira é autêntica e de resistência a segunda é construída de fora e reproduz preconceitos 4 No texto O Guarani Peri é retratado como herói idealizado submisso à família branca obediente e até servil atendendo ao modelo romântico do índio bom Já a literatura indígena defendida por Jekupé busca valorizar a perspectiva do próprio indígena mostrando sua humanidade cultura e resistência A diferença central é de perspectiva no romantismo o indígena é objeto na literatura indígena é sujeito da narrativa 5 A literatura pode contribuir para os debates atuais sobre direitos indígenas ao resgatar memórias históricas de exclusão como no caso do Marco Temporal e ao desconstruir estereótipos Textos que dão voz aos povos originários funcionam como resistência cultural revelando identidades reivindicações e propondo alternativas ao apagamento histórico 6 No trecho Não são só os caiçaras quilombolas e povos indígenas mas toda vida que deliberadamente largamos à margem do caminho do Texto 1 a conjunção mas deve ser interpretada como adversativa pois contrapõe o que foi dito antes grupos humanos excluídos ao que vem em seguida toda a vida da natureza também é deixada de lado 7 Reescrita do período Ali eu morava em Curitiba com essa família kaingang de que lhe falei A preposição com introduz o adjunto adverbial de companhia estabelecendo a circunstância em que se dava a ação de morar abafado um grande farfalhar de folhas que se espedaçavam e o índio apareceu Cecília tinhase voltado um pouco trêmula Que é isto Peri Nada senhora É assim que prometeste estar quieto Ceci não há de se zangar mais Que queres tu dizer Peri sabe Respondeu o índio sorrindo Na véspera tinha provocado uma luta espantosa para domar e vencer um animal feroz e deitálo submisso e inofensivo aos pés da moça julgando que isso lhe causava um prazer Agora estremecido com o susto que sua senhora podia sofrer destruirá em um instante essa ação de heroísmo sem profetir uma palavra que a revelasse Bastava que ele soubesse o que tinha feito e o que todos deviam ignorar bastava que sua alma sentisse o orgulho da nobre dedicação que se expandia no sorriso de seus lábios ALENCAR José de O Guarani 1857 Responda às questões a seguir 1 De acordo com Ailton Krenak texto 1 qual é o contraste entre humanidade e subhumanidade e como essa oposição pode ser interpretada como uma denúncia histórica de exclusão e violência Explique 2 Compare a visão dos povos indígenas nos relatos quinhentistas texto 2 e na narrativa indianista de José de Alencar texto 5 Em que medida ambas podem ser vistas como representações externas construídas pelo olhar do colonizador TRABALHO UNIFICADO DE LÍNGUA PORTUGUESA 2º SEMESTRE 2025 3 A partir da perspectiva de Olívio Jekupé texto 4 diferencie literatura indígena e literatura nativa 4 No episódio de O Guarani texto 5 Peri é retratado como herói submisso e idealizado Compare essa construção romântica com a proposta de literatura indígena defendida por Jekupé texto 4 Quais são as diferenças de perspectiva Explique 5 Considerando os textos 1 3 e 4 discuta como a literatura pode contribuir para os debates contemporâneos sobre os direitos indígenas como no caso do Marco Temporal seja reforçando estereótipos seja construindo narrativas de resistência 6 Em Não são só os caiçaras quilombolas e povos indígenas mas toda vida que deliberadamente largamos à margem do caminho texto 1 explique se a conjunção mas deve ser interpretada como adversativa ou aditiva justificando 7 Reescreva o período Aí eu morava em Curitiba com essa família kaingang que eu te falei texto 4 adequandoo à normapadrão e explique que papel a preposição com exerce na estrutura da frase 8 Observe o trecho Ficou tão famoso que a Manchete resolveu escrever um filme O Guarani texto 4 Identifique a conjunção coordenativa presente classificandoa e explicando a relação de sentido que estabelece entre as orações 9 Em Ao longo da história os humanos foram devastando tudo ao seu redor texto 1 identifique a preposição destacada ao longo de e explique seu valor semântico Apresente outra preposição que poderia substituir a expressão mantendo sentido semelhante 10 No trecho Peri que a seguia de longe parou de repente tomado por uma ideia texto 5 identifique o pronome relativo empregado e explique a função sintática que ele exerce dentro da oração PROPOSTA DE REDAÇÃO A partir da leitura dos textos motivadores e de seus conhecimentos de mundo redija uma dissertaçãoargumentativa em norma culta sobre o tema Humanidade progresso e exclusão como construir um futuro sem subhumanidades Apresente tese clara defendida com argumentos consistentes Relacione processos históricos e debates contemporâneos Estruture seu texto em introdução desenvolvimento e conclusão Extensão mínima 25 linhas 8 Trecho Ficou tão famoso que a Manchete resolveu escrever um filme O Guarani A conjunção que estabelece uma oração subordinada consecutiva pois expressa a consequência da fama da obra o filme foi produzido 9 Em Ao longo da história os humanos foram devastando tudo ao seu redor trecho do texto 1 a preposição ao longo de indica valor semântico de tempoduração Uma substituição possível seria usar durante a história mantendo sentido semelhante 10 No trecho Peri que a seguia de longe parou de repente tomado por uma ideia encontrado no texto 5 o pronome relativo que retoma Peri e exerce função sintática de sujeito da oração subordinada adjetiva explicativa REDAÇÃO Título Humanidade progresso e exclusão como construir um futuro sem sub humanidades Ao longo da história a noção de humanidade foi seletiva enquanto alguns grupos eram considerados plenos de direitos e dignidade outros foram relegados à condição de subhumanidade Povos indígenas quilombolas e comunidades tradicionais assim como a própria natureza foram sistematicamente excluídos em nome de um progresso que em vez de integrar marginalizou Esse contraste como aponta o autor Ailton Krenak revela uma profunda contradição entre os ideais universais de humanidade e as práticas de exclusão que marcam a modernidade Desde o período colonial como mostram os relatos quinhentistas os povos originários foram descritos de modo pejorativo vistos como bárbaros ou pagãos Mais tarde mesmo na literatura indianista de José de Alencar prevaleceu uma representação romantizada e externa em que o indígena não tinha voz própria sendo reduzido a símbolo da identidade nacional inventada Essa narrativa contribuiu para a invisibilidade histórica e para a persistência de preconceitos que ainda hoje se manifestam em debates como o do Marco Temporal Por outro lado a literatura indígena contemporânea como a de Olívio Jekupé oferece uma perspectiva de resistência Ao narrar a própria experiência os indígenas resgatam sua memória e afirmam sua presença no mundo questionando a exclusão e reivindicando reconhecimento Tratase de um movimento essencial para repensar o futuro pois uma sociedade que silencia parte de seus membros não pode se considerar plenamente humana Construir um futuro sem subhumanidades exige portanto rever os paradigmas de progresso Isso significa reconhecer o valor dos saberes tradicionais assegurar os direitos territoriais e culturais dos povos indígenas e adotar práticas sustentáveis que incluam a diversidade como riqueza Só assim será possível avançar rumo a uma humanidade verdadeiramente universal em que nenhum grupo seja descartado ou considerado inferior Concluise que superar a exclusão requer transformar a ideia de humanidade em prática concreta de inclusão O futuro só poderá ser justo se todos forem reconhecidos como sujeitos plenos de dignidade sem fronteiras entre humanos e subhumanos Esse é o desafio ético do nosso tempo

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