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campussuluegbr httpsuegbrcampussul 64 34304656 64 34304657 Campus Sul Rua 14 nº 625 Jardim América 75650000 Morrinhos GO História e literatura W Bariani Ortencio e Goiás Maria Gabrielly Silva de Oliveira1 Resumo Nesta pesquisa estabelecemos a relação entre História e Literatura na busca por compreender como o escritor compositor e folclorista Waldomiro Bariani Ortencio representa Goiás em suas obras contribuindo assim para uma expansão nas discussões de cunho cultural do Estado Para tanto a literatura goiana é vista na perspectiva regionalista a fim de observar o literato goiano elencado na tentativa de entender como este representa aspectos da cultura goiana especificamente relacionados ao rural e ao urbano Considerando que a literatura regionalista se insere no contexto nacional no século XIX e tem continuidade no século XX com os escritores modernos é nessa conjuntura de efervescência cultural e demandas de construção de identidade nacional que os contos de W Bariani Ortencio se inserem demarcando seus interesses em descrever a sociedade goiana permeada pelos embates entre o rural e o urbano Tais considerações podem ser lidas nas perspectivas teóricas das discussões acerca do conceito de representação de Roger Chartier 1989 e das discussões sobre subjetividade pautadas em Michel de Certeu 1982 Dessa maneira é possível uma compreensão de como o rural e o urbano de Goiás são percebidos na literatura e na história considerando as características e estereótipos que recaem sobre cada personagem em seus espaços de vivência Palavraschave Literatura Goiás Cultura W Bariani Ortencio Introdução A História bem como os historiadores e o mundo sobre o qual incide os interesses dos estudos históricos passa e passou por profundas mudanças ao longo do tempo uma combinação de tudo que é orgânico e está em constante mudança ou seja os movimentos dos seres humanos não estáticos geram constantes interações e transformações no meio Do mesmo modo a História enquanto ciência passa por esses processos constantemente e na vigência as diversas ideias proporcionam um conjunto de possibilidade de pesquisa tudo isso pósAnnales com novos panoramas de análise do social avanços metodológicos e a viabilidades de fontes para além daquelas documentais de cunho oficial Nesse sentido a literatura ficcional se insere como uma possível fonte a ser analisada pelos historiadores e nisso reside o interesse desta discussão com o intuito de demonstrar a relação entre as duas áreas bem como a aplicação dessa conexão 1 Mestranda no Programa de Programa de PósGraduação em História da Universidade Estadual de Goiás Morri nhosGO email mgabriellysilvamgsogmailcom campussuluegbr httpsuegbrcampussul 64 34304656 64 34304657 Campus Sul Rua 14 nº 625 Jardim América 75650000 Morrinhos GO nos textos de Waldomiro Bariani Ortêncio enquanto literato goiano e como o mesmo representa Goiás em suas obras produzindo sentidos aliados ao seu lugar de produção social Desse modo a discussão aqui se funda no conceito de representação de Roger Chartier1989 e as possibilidades existentes a partir desse amparo teórico assim como a compreensão das discussões de subjetividades pautadas em Michel de Certeau 1982 a fim de compreender como os textos literários são produzidos em um determinado contexto e produzem sentidos relacionados a estes aqui em diálogo com os contos de W Bariani Ortencio e sua apreensão entre o rural e o urbano presentes nos textos regionalistas produzidos naquele contexto de modernidade e efervescência cultural na nova capital goiana Discussões e Resultados Para uma discussão acerca do conceito de representação é preciso retomar as considerações do historiador francês Roger Chartier 1989 em seu ensaio O Mundo como Representação em que o autor faz ponderações num primeiro momento que circundam a problemática daquele contexto que está enfocada numa possível crise na historiografia e aponta que é necessário fazer três deslocamentos em forma de renúncias com o intuito de negar essa suposta crise A primeira renúncia é pelo projeto de História Total e o modelo braudeliano e assim deixar de lado as rígidas hierarquias que grosso modo travam o historiador e com esse deslocamento o mesmo pode pensar as realidades históricas sem uma primazia de determinações Seguidamente e atrelada à primeira está a renúncia das definições territoriais Chartier 1989 chama atenção para o que seria uma cartografia das particularidades que buscaria regularidades reatando com a tradição e negando o modelo proposto pelos Annales o que levanta uma série de questões ligadas aqueles locais que não se encaixam nas rotulações de regularidades Por fim o terceiro deslocamento em forma de renúncia feito pelo Chartier 1989 é pelo primado conferido ao social que colocava o social em primeiro plano e abandonava as práticas sociais ou seja para o autor esses historiadores não se atentavam para o objeto a ser estudado e organizavam por divisão mais uma vez pendendo para os problemas de rotulação Dessa maneira Chartier 1989 afirma que as práticas sociais são sensíveis e a compreensão campussuluegbr httpsuegbrcampussul 64 34304656 64 34304657 Campus Sul Rua 14 nº 625 Jardim América 75650000 Morrinhos GO desse princípio possibilita pensar variados recortes e a pluralidade social que estão sempre em conflito abrindo assim uma infinidade de caminhos para demasiadas reflexões históricas negando a suposta crise da historiografia Em continuidade Chartier 1989 discute o conceito de representação à luz dessas considerações conceito este que oferece um respaldo teórico para as novas possibilidades de pesquisas mencionadas uma vez que práticas e representações constroem identidade e a partir disso novos horizontes para a pesquisa histórica entram em cena ou até mesmo novas perguntas para aqueles mesmos contextos e objetos por um lado a representação faz ver uma ausência o que supõe uma distinção clara entre o que representa e o que é representado de outro é a apresentação de uma presença a apresentação pública de uma coisa ou de uma pessoa Na primeira acepção a representação é o instrumento de um conhecimento mediato que faz ver um objeto ausente substituindolhe uma imagem capaz de repôlo em memória e de pintálo tal como é CHARTIER 1989 p 184 Assim sendo as representações são instrumentos utilizados a todo tempo pelos sujeitos criando figuras presentes ausentes gerando e sendo geradas pelas práticas sociais o importante dessa relação complexa é justamente a criação de sentido por aqueles que geram as representações e por aqueles que a apreendem uma dupla abordagem que compreende portanto as relações entre os grupos que as fazem Tais representações não são neutras e Chartier 1989 demonstra que o processo histórico é influenciado por tais ações e a partir disso constrói identidades sociais provenientes de lutas de representação isto é mecanismos simbólicos que partem do princípio de enxergar o mundo como representação a partir das práticas sociais É desse modo que por exemplo as obras podem ser observadas como construtoras de sentido histórico uma vez que estas são produzidas por um indivíduo num determinado contexto que influi diretamente nas imagens que este exprime em seus escritos correspondendo aos seus anseios tristezas ou mesmo experiências vividas características que ficaram impressas nas palavras ao longo do tempo e caberá ao historiador compreender através do emaranhado de sentimentos a realidade representativa daquele contexto naquelas escolhas semânticas e essencialista feitas pelo escritor Considerando isso é possível fazer o deslocamento das considerações historiográficas feitas por Michel de Certeau 1982 e observar o escritor sob esse prisma Certeau 1982 em campussuluegbr httpsuegbrcampussul 64 34304656 64 34304657 Campus Sul Rua 14 nº 625 Jardim América 75650000 Morrinhos GO A Escrita da História faz uma série de ponderações partindo assim como Chartier dessa possível crise epistemológica da história o autor levanta questionamentos acerca do caráter científico da história e faz essas análises à luz do questionamento sobre o que fabrica o historiador articulando a resposta numa tríade intitulada por Certeau 1982 como operação historiográfica em que se leva em consideração lugar social prática científica e narrativa histórica Tendo isso em vista as discussões sobre lugar social aparecem como um ponto importante para compreender como historiador e autor ficcional são influídos por esses locais e sobretudo o literato por não ter que se atentar para todos os aspectos da verossimilhança e por elencar seus interesses narrativos com base na liberdade imaginativa que lhe é possível ofertando um testemunho no quesito de fonte histórica a partir de um mesmo parâmetro elencando por Certeau 1982 que incide sobre o historiador e o dignifica como cientista isto é a narrativa Toda pesquisa historiográfica se articula com um lugar de produção socioeconômico política e cultural Implica um meio de elaboração que circunscrito por determinações próprias uma profissão liberal um posto de observação ou de ensino uma categoria de letrados etc Ela está pois submetida a imposições ligada a privilégios enraizada em uma particularidade É em função deste lugar que se instauram os métodos que se delineia uma topografia de interesses que os documentos e as questões que lhes serão propostas se organizam CERTEAU 1982 p66 Se esse lugar social tem peso sobre as produções do historiador que volta seu olhar para aquele lugar distante de seu tempo o mesmo pode ser pensado sobre o literato de forma mais incisiva uma vez que este escreve sobre um tempo inscrito nele é o caso de W Bariani Ortencio o autor que experienciou diversos momentos diferentes da história goiana desde o germe da modernidade em Goiás sobretudo em Goiânia até os ecos daquele contexto sobre o qual ele escreveu e participou efetivamente Como se sabe o cenário brasileiro nas décadas de 1920 e 1930 era em grande medida alinhado ao do contexto geral mundial Entretanto o Estado de Goiás permanecia a mercê dos grandes centros do país segundo Assis 2018 a localização geográfica era um dos pontos principais para esse abandono do Estado que consequentemente teve um desenvolvimento diferente em relação aos centros brasileiros justamente por naquele momento não oferecer os atrativos que interessavam a demanda de exportação Segundo o mesmo autor a Era Vargas campussuluegbr httpsuegbrcampussul 64 34304656 64 34304657 Campus Sul Rua 14 nº 625 Jardim América 75650000 Morrinhos GO numa perspectiva simplista impulsionou o povoamento e a participação de Goiás no cenário nacional iniciado o processo na implantação da ferrovia entretanto só materializado com o discurso nacionalista necessário ao Brasil é nessa conjuntura que o literato em questão adentra no sertão goiano A família de Ortencio influenciada pelo discurso político da época sai da região em que moravam em São Paulo e fixam moradia em Campinas em 1938 Goiás nesse contexto se inseria no cenário nacional sob o signo de Modernidade sob as demandas de uma nova economia industrial e da necessidade de consolidação de uma identidade nacional e que consequentemente resvalava na necessidade de cada região de auto afirmar como fundamental para constituição da nação brasileira Bariani em Goiás fez parte desses movimentos de afirmação vendeu compôs escreveu e cedeu sua casa para diversas atividades culturais bem como o escritor e crítico goiano Gilberto Mendonça Teles comenta no livro Cultura Plural de Bariani Ortencio 2009 p199 Bariani tinha 15 anos e Goiânia 5 e começaram a namorar Aquele amor à primeira vista que acabou virando platônico pois nunca o homem deixou de admirar a terra que o recebeu adolescente Enquanto seus familiares montavam serraria fornecendo madeira para a construção de Goiânia Bariani frequentava a igreja matriz entrava na cruzadinha de Cristo na Congregação Mariana estudava no Liceu jogava no Atlético e montava o Bazar do Paulistinha onde se vendia tudo que era novidade e por isso o homem enricou Ganhou muito dinheiro e ficou respeitado Dentre as produções do autor podese destacar suas obras literárias do intitulado Ciclo do Sertão 19541974 uma trilogia que engloba contos do autor com enfoque nas vivências rurais e em muitos casos o embate com o urbano Contos estes produzidos sob configuração regionalista alinhado a outros escritores regionalista de Goiás bem como Teles 2007 p82 comenta Em Bariani Ortêncio o sertão é uma maneira de ser regional mas regionalistas são de certa forma todos os escritores de Goiás não por viverem numa região do interior do Brasil na oposição litoral sertão estudada por Alceu Amoroso Lima Introdução à literatura brasileira1957 e sim pelo fato de esses escritores se expressarem sobre temas da região incorporando vocábulos e imagens mais ou menos típicas do modo de viver do povo goiano e buscando o pitoresco real ou imaginário da cor local campussuluegbr httpsuegbrcampussul 64 34304656 64 34304657 Campus Sul Rua 14 nº 625 Jardim América 75650000 Morrinhos GO Além dessa produção Bariani Ortencio é responsável por uma gama de obras não ficcionais e frutos de suas pesquisas enquanto membro da Comissão Goiana de Folclore ou seja o autor pesquisou e produziu material em demasia sobre o território goiano e para os goianos materiais estes que podem ofertar um testemunho sólido de uma realidade ainda a ser explorada pelos historiadores acerca da história de Goiás e da própria representação produzida por Ortencio enquanto um agente duplo proveniente de um contexto regional próximo a metrópole consolidada de São Paulo e a construção da metrópole goiana Bem como seu contato com essa realidade cultural em construção que denotam as características do Modernismo no território goiano sempre se atentando para os possíveis embates entre o tradicional visível em sua obra como o espaço rural e a modernidade proveniente em seus contos do contato com os aspectos do urbano desde a construção da ferrovia até o contato com a capital e os desdobramentos sociais que isso acarreta para aquele morador que antes só conhecia o sertão e agora se vê à mercê dos grandes centros Essas características podem ser encontradas em diversos de seus textos desde o Ciclo do Sertão até produções mais contemporâneas dos anos 2000 como seu livro Ingênuo Nem tanto 2007 que compila causos2 de um sertanejo e sua sabedoria interiorana resvalando mais uma vez nas lutas de representação entre o rural e o urbano As produções literárias e não ficcionais de Ortencio podem ser consideradas fontes riquíssimas a serem exploradas pelos historiadores Considerações Finais Tendo em conta os referenciais teóricos a importância do uso de fontes para além daquelas de cunho documental oficial às obras literárias aparecem como um objeto de estudo singular embora esteja muitas vezes fixado num lugar de controvérsias numa linha tênue entre as discussões de área entre História e Literatura esses textos podem como já discutido ofertar um testemunho temporal de alguém que esteve inscrito em determinada realidade histórica e escolheu por meio da escrita uma forma de representar aquele contexto 2 Narrativas populares de caráter humorístico e informal campussuluegbr httpsuegbrcampussul 64 34304656 64 34304657 Campus Sul Rua 14 nº 625 Jardim América 75650000 Morrinhos GO Desse modo autores regionalistas como W Bariani Ortencio são de suma importância enquanto agentes produtores de representações e principalmente quando retratam perspectivas de lutas entre as realidades sociais de um contexto Nesse caso o autor com sua vasta obra se propôs um trabalho muitas vezes folclórico de documentar ainda que de forma inconsciente os acontecimentos que marcaram sua experiência no território goiano e para mais partindo de um ponto onde as características sociais de vivência eram relativamente diferentes Ortencio oferta um testemunho de um escritor que se depara com um novo um novo modo de falar uma nova forma de vestir de se alimentar de creditar crendices e de viver boa parte de suas obras expressam esses sentimentos tão importantes para a pesquisa histórica e tão necessários aos historiadores ao tentar entender um lugar social do passado partindo de suas experiências de seu lugar social Referências ASSIS Wilson Rocha Fernandes Estudos de História de Goiás Palavrear Edição do Kindle 3ª ed Goiânia 2018 BRITO Elizabeth Caldeira SANTOS Nelson Org A Cultura Plural de Bariani Ortencio Goiânia Kelps 2009 CERTEAU Michel de A operação historiográfica In A Escrita da História Rio de Janeiro Forense Universitária 1982 CHARTIER Roger O Mundo Como Representação Annales 1989 Nº 6 pp 1505 1520 NOVDEZ 1991 ORTENCIO Waldomiro Bariani Instituto Cultural e Educacional Bariani Ortencio 2012 página inicial Disponível em httpinstitutobarianiortencioblogspotcom Acesso em 29 de agosto de 2023 O que foi pelo sertão Brasília DF Trampolim 2017 Sertão o rio e a terra Brasília DF Trampolim 2017 Sertão sem fim Goiânia Editora UFG 2011 TELES Gilberto Mendonça O Conto Brasileiro em Goiás Goiânia Ed da UCG 2007

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inserem demarcando seus interesses em descrever a sociedade goiana permeada pelos embates entre o rural e o urbano Tais considerações podem ser lidas nas perspectivas teóricas das discussões acerca do conceito de representação de Roger Chartier 1989 e das discussões sobre subjetividade pautadas em Michel de Certeu 1982 Dessa maneira é possível uma compreensão de como o rural e o urbano de Goiás são percebidos na literatura e na história considerando as características e estereótipos que recaem sobre cada personagem em seus espaços de vivência Palavraschave Literatura Goiás Cultura W Bariani Ortencio Introdução A História bem como os historiadores e o mundo sobre o qual incide os interesses dos estudos históricos passa e passou por profundas mudanças ao longo do tempo uma combinação de tudo que é orgânico e está em constante mudança ou seja os movimentos dos seres humanos não estáticos geram constantes interações e transformações no meio Do mesmo modo a História enquanto ciência passa 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no conceito de representação de Roger Chartier1989 e as possibilidades existentes a partir desse amparo teórico assim como a compreensão das discussões de subjetividades pautadas em Michel de Certeau 1982 a fim de compreender como os textos literários são produzidos em um determinado contexto e produzem sentidos relacionados a estes aqui em diálogo com os contos de W Bariani Ortencio e sua apreensão entre o rural e o urbano presentes nos textos regionalistas produzidos naquele contexto de modernidade e efervescência cultural na nova capital goiana Discussões e Resultados Para uma discussão acerca do conceito de representação é preciso retomar as considerações do historiador francês Roger Chartier 1989 em seu ensaio O Mundo como Representação em que o autor faz ponderações num primeiro momento que circundam a problemática daquele contexto que está enfocada numa possível crise na historiografia e aponta que é necessário fazer três deslocamentos em forma de renúncias com o intuito de negar essa suposta crise A primeira renúncia é pelo projeto de História Total e o modelo braudeliano e assim deixar de lado as rígidas hierarquias que grosso modo travam o historiador e com esse deslocamento o mesmo pode pensar as realidades históricas sem uma primazia de determinações Seguidamente e atrelada à primeira está a renúncia das definições territoriais Chartier 1989 chama atenção para o que seria uma cartografia das particularidades que buscaria regularidades reatando com a tradição e negando o modelo proposto pelos Annales o que levanta uma série de questões ligadas aqueles locais que não se encaixam nas rotulações de regularidades Por fim o terceiro deslocamento em forma de renúncia feito pelo Chartier 1989 é pelo primado conferido ao social que colocava o social em primeiro plano e abandonava as práticas sociais ou seja para o autor esses historiadores não se atentavam para o objeto a ser estudado e organizavam por divisão mais uma vez pendendo para os problemas de rotulação Dessa maneira Chartier 1989 afirma que as práticas sociais são sensíveis e a compreensão campussuluegbr httpsuegbrcampussul 64 34304656 64 34304657 Campus Sul Rua 14 nº 625 Jardim América 75650000 Morrinhos GO desse princípio possibilita pensar variados recortes e a pluralidade social que estão sempre em conflito abrindo assim uma infinidade de caminhos para demasiadas reflexões históricas negando a suposta crise da historiografia Em continuidade Chartier 1989 discute o conceito de representação à luz dessas considerações conceito este que oferece um respaldo teórico para as novas possibilidades de pesquisas mencionadas uma vez que práticas e representações constroem identidade e a partir disso novos horizontes para a pesquisa histórica entram em cena ou até mesmo novas perguntas para aqueles mesmos contextos e objetos por um lado a representação faz ver uma ausência o que supõe uma distinção clara entre o que representa e o que é representado de outro é a apresentação de uma 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que por exemplo as obras podem ser observadas como construtoras de sentido histórico uma vez que estas são produzidas por um indivíduo num determinado contexto que influi diretamente nas imagens que este exprime em seus escritos correspondendo aos seus anseios tristezas ou mesmo experiências vividas características que ficaram impressas nas palavras ao longo do tempo e caberá ao historiador compreender através do emaranhado de sentimentos a realidade representativa daquele contexto naquelas escolhas semânticas e essencialista feitas pelo escritor Considerando isso é possível fazer o deslocamento das considerações historiográficas feitas por Michel de Certeau 1982 e observar o escritor sob esse prisma Certeau 1982 em campussuluegbr httpsuegbrcampussul 64 34304656 64 34304657 Campus Sul Rua 14 nº 625 Jardim América 75650000 Morrinhos GO A Escrita da História faz uma série de ponderações partindo assim como Chartier dessa possível crise epistemológica da história o autor levanta questionamentos acerca do caráter científico da história e faz essas análises à luz do questionamento sobre o que fabrica o historiador articulando a resposta numa tríade intitulada por Certeau 1982 como operação historiográfica em que se leva em consideração lugar social prática científica e narrativa histórica Tendo isso em vista as discussões sobre lugar social aparecem como um ponto importante para compreender como historiador e autor ficcional são influídos por esses locais e sobretudo o literato por não ter que se atentar para todos os aspectos da verossimilhança e por elencar seus interesses narrativos com base na liberdade imaginativa que lhe é possível ofertando um testemunho no quesito de fonte histórica a partir de um mesmo parâmetro elencando por Certeau 1982 que incide sobre o historiador e o dignifica como cientista isto é a narrativa Toda pesquisa historiográfica se articula com um lugar de produção socioeconômico política e cultural Implica um meio de elaboração que circunscrito por determinações próprias uma profissão liberal um posto de observação ou de ensino uma categoria de letrados etc Ela está pois submetida a imposições ligada a privilégios enraizada em uma particularidade É em função deste lugar que se instauram os métodos que se delineia uma topografia de interesses que os documentos e as questões que lhes serão propostas se organizam CERTEAU 1982 p66 Se esse lugar social tem peso sobre as produções do historiador que volta seu olhar para aquele lugar distante de seu tempo o mesmo pode ser pensado sobre o literato de forma mais incisiva uma vez que este escreve sobre um tempo inscrito nele é o caso de W Bariani Ortencio o autor que experienciou diversos momentos diferentes da história goiana desde o germe da modernidade em Goiás sobretudo em Goiânia até os ecos daquele contexto sobre o qual ele escreveu e participou efetivamente Como se sabe o cenário brasileiro nas décadas de 1920 e 1930 era em grande medida alinhado ao do contexto 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vendia tudo que era novidade e por isso o homem enricou Ganhou muito dinheiro e ficou respeitado Dentre as produções do autor podese destacar suas obras literárias do intitulado Ciclo do Sertão 19541974 uma trilogia que engloba contos do autor com enfoque nas vivências rurais e em muitos casos o embate com o urbano Contos estes produzidos sob configuração regionalista alinhado a outros escritores regionalista de Goiás bem como Teles 2007 p82 comenta Em Bariani Ortêncio o sertão é uma maneira de ser regional mas regionalistas são de certa forma todos os escritores de Goiás não por viverem numa região do interior do Brasil na oposição litoral sertão estudada por Alceu Amoroso Lima Introdução à literatura brasileira1957 e sim pelo fato de esses escritores se expressarem sobre temas da região incorporando vocábulos e imagens mais ou menos típicas do modo de viver do povo goiano e buscando o pitoresco real ou imaginário da cor local campussuluegbr httpsuegbrcampussul 64 34304656 64 34304657 Campus Sul Rua 14 nº 625 Jardim América 75650000 Morrinhos GO Além dessa produção Bariani Ortencio é responsável por uma gama de obras não ficcionais e frutos de suas pesquisas enquanto membro da Comissão Goiana de Folclore ou seja o autor pesquisou e produziu material em demasia sobre o território goiano e para os goianos materiais estes que podem ofertar um testemunho sólido de uma realidade ainda a ser explorada pelos historiadores acerca da história de Goiás e da própria representação produzida por Ortencio enquanto um agente duplo proveniente de um contexto regional próximo a metrópole consolidada de São Paulo e a construção da metrópole goiana Bem como seu contato com essa realidade cultural em construção que denotam as características do Modernismo no território goiano sempre se atentando para os possíveis embates entre o tradicional visível em sua obra como o espaço rural e a modernidade proveniente em seus contos do contato com os aspectos do urbano desde a construção da ferrovia até o contato com a capital e os desdobramentos sociais que isso acarreta para aquele morador que antes só conhecia o sertão e agora se vê à mercê dos grandes centros Essas características podem ser encontradas em diversos de seus textos desde o Ciclo do Sertão até produções mais contemporâneas dos anos 2000 como seu livro Ingênuo Nem tanto 2007 que compila causos2 de um sertanejo e sua sabedoria interiorana resvalando mais uma vez nas lutas de representação entre o rural e o urbano As produções literárias e não ficcionais de Ortencio podem ser consideradas fontes riquíssimas a serem exploradas pelos historiadores Considerações Finais Tendo em conta os referenciais teóricos a importância do uso de fontes para além daquelas de cunho documental oficial às obras literárias aparecem como um objeto de estudo singular embora esteja muitas vezes fixado num lugar de controvérsias numa linha tênue entre as discussões de área entre História e Literatura esses textos podem como já discutido ofertar um testemunho temporal de alguém que esteve inscrito em determinada realidade histórica e escolheu por meio da escrita uma forma de representar aquele contexto 2 Narrativas populares de caráter humorístico e informal campussuluegbr httpsuegbrcampussul 64 34304656 64 34304657 Campus Sul Rua 14 nº 625 Jardim América 75650000 Morrinhos GO Desse modo autores regionalistas como W Bariani Ortencio são de suma importância enquanto agentes produtores de representações e principalmente quando retratam perspectivas de lutas entre as realidades sociais de um contexto Nesse caso o autor com sua vasta obra se propôs um trabalho muitas vezes folclórico de documentar ainda que de forma inconsciente os acontecimentos que marcaram sua experiência no território goiano e para mais partindo de um ponto onde as características sociais de vivência eram relativamente diferentes Ortencio oferta um testemunho de um escritor que se depara com um novo um novo modo de falar uma nova forma de vestir de se alimentar de creditar crendices e de viver boa parte de suas obras expressam esses sentimentos tão importantes para a pesquisa histórica e tão necessários aos historiadores ao tentar entender um lugar social do passado partindo de suas experiências de seu lugar social Referências ASSIS Wilson Rocha Fernandes Estudos de História de Goiás Palavrear Edição do Kindle 3ª ed Goiânia 2018 BRITO Elizabeth Caldeira SANTOS Nelson Org A Cultura Plural de Bariani Ortencio Goiânia Kelps 2009 CERTEAU Michel de A operação historiográfica In A Escrita da História Rio de Janeiro Forense Universitária 1982 CHARTIER Roger O Mundo Como Representação Annales 1989 Nº 6 pp 1505 1520 NOVDEZ 1991 ORTENCIO Waldomiro Bariani Instituto Cultural e Educacional Bariani Ortencio 2012 página inicial Disponível em httpinstitutobarianiortencioblogspotcom Acesso em 29 de agosto de 2023 O que foi pelo sertão Brasília DF Trampolim 2017 Sertão o rio e a terra Brasília DF Trampolim 2017 Sertão sem fim Goiânia Editora UFG 2011 TELES Gilberto Mendonça O Conto Brasileiro em Goiás Goiânia Ed da UCG 2007

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