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Diretrizes de Práticas\nem Enfermagem Cirúrgica\ne Processamento de\nProdutos para a Saúde\n7ª edição\nrevisada e atualizada\n2017\n\nSOBEC\nNACIONAL\nManole SUMÁRIO\nIntrodução geral\n\nPARTE I -- CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO (CME)\n\nAbertura\nIntrodução\nCapítulo 1\nAspectos organizacionais do centro de material e esterilização\nCapítulo 2\nRecursos humanos no centro de material e esterilização\nCapítulo 3\nLimpeza de produtos para a saúde\nCapítulo 4\nDesinfecção de produtos para a saúde\nCapítulo 5\nPreparo de produtos para a saúde para esterilização,\nrasteirabilidade, armazenamento e cuidados após o processamento\nCapítulo 6\nEsterilização de produtos para a saúde\nCapítulo 7\nProdutos especiais\n7.1 Endoscópios gastrointestinal flexíveis\n7.2 Instrumental para cirurgia oftalmológica\n7.3 Materiais de videocirurgias, cirurgias robóticas e diversos\n7.4 Reúso de produtos para a saúde fabricados para uso único\n\nPARTE II -- CENTRO CIRÚRGICO (CC)\n\nAbertura\nIntrodução\nCapítulo 1\nSistematização da assistência de Enfermagem perioperatória (SAEP)\nCapítulo 2\nSegurança do paciente, processos de acreditação e\nindicadores de qualidade em Centro Cirúrgico\nCapítulo 3\nEstrutura física do Centro Cirúrgico\nCapítulo 4\nRecursos humanos no Centro Cirúrgico\nCapítulo 5\nSaúde do trabalhador no ambiente cirúrgico\nCapítulo 6\nPrevenção e controle de infecção de sítio cirúrgico\nCapítulo 7\nSala operatória: montagem, circulação e desmonte\nCapítulo 8\nAquisição e utilização de equipamentos cirúrgicos\nCapítulo 9\nAnestesia: classificação dos tipos e atuação da Enfermagem\nCapítulo 10\nPosicionamento cirúrgico do paciente\nCapítulo 11\nPrevenção da hipotermia perioperatória\n\n183 185 187 201 211 221 233 243 269 281 311 329 353 PARTE III -- SALA DE RECUPERAÇÃO PÓS-ANESTÉSICA (SRPA)\n\nAbertura\nIntrodução\nCapítulo 1\nAspectos organizacionais da sala de recuperação pós-anestésica\nCapítulo 2\nProcesso de cuidar no período de recuperação pós-anestésica\nCapítulo 3\nPeríodo de recuperação pós-anestésica dos pacientes submetidos aos principais procedimentos cirúrgicos\nCapítulo 4\nDesconfortos no período de recuperação pós-anestésica\nCapítulo 5\nComplicações no período de recuperação pós-anestésica\nCapítulo 6\nPeríodo de recuperação pós-anestésica do paciente pediátrico\nCapítulo 7\nPeríodo de recuperação pós-anestésica do paciente geriátrico\nCapítulo 8\nPresença do acompanhante ou\nCapítulo 9\nAlta para a unidade de destino\nCapítulo 10\nIndicadores de qualidade da assistência de Enfermagem\npara a sala de recuperação pós-anestésica\n359 361 365 375 385 419 453 465 475 479 483 INTRODUÇÃO GERAL\n\nA 7ª edição das práticas recomendadas da SOBECC tem como objetivo ampliar sua importância não só como item essencial de consulta e orientação para os estudantes de Enfermagem Perioperatória e do Centro de Material e Esterilização (CME), como também propor, com base nas mais recentes evidências científicas, parâmetros para a melhor atuação da equipe de Enfermagem de Centro Cirúrgico (CC) e de Recuperação Pós-anestésica (RPA).\nO aperfeiçoamento do conteúdo produzido ao longo dos anos e a inovação desta edição motivaram a alteração, inclusive, do título da publicação. Temos agora, em mãos, a obra Diretrizes de Práticas em Enfermagem Cirúrgica e Processamento de Produtos para a Saúde - SOBECC.\n\nMÉTODO\n\nEstas diretrizes foram desenvolvidas por um grupo de especialistas atuantes nas áreas de CME, CC e RPA provenientes de serviços e universidades de diversos estados do país.\nEm 2016, foram eleitas questões clínicas de relevância para a atuação da equipe de Enfermagem perioperatória e CME, que foram respondidas a partir de busca criteriosa na literatura.\nA partir daí, os grupos reunidos por sua afinidade em relação às áreas que compõem o presente livro desenvolveram a leitura crítica da literatura e classificaram as evidências encontradas.\n\nCLASSIFICAÇÃO DA QUALIDADE E FORÇA DE EVIDÊNCIA\n\nForam aplicados conceitos da prática baseada em evidência, em que a qualidade da evidência científica disponível atualmente foi avaliada, a partir dela, foram traçadas recomendações para a prática clínica.\nA construção das recomendações (Tabela 1) foi inspirada no material proposto pelo American College of Cardiology e American Heart Association (ACC/AHA), no qual as evidências são sumarizadas, de acordo com a qualidade das pesquisas sobre o tema, em três níveis (A, B e C). A partir da avaliação da qualidade da literatura produzida, foram traçadas recomendações, que vid o da classe I à classe III e retratam a segurança com que determinada intervenção pode ser realizada. TABELA 1 - RECOMENDAÇÕES PARA A PRÁTICA CLÍNICA\n\n(Nível A) Múltiplos ECR,\nrevisões sistemáticas ou metanálises.\n\nO BENEFÍCIO É MUITO SUPERIOR AO RISCO\nO procedimento/tratamento deve ser realizado /administado.\n\n(Nível B) Um ECR ou\nestudos não\nrandomizados.\n\nO BENEFÍCIO É SUPERIOR AO RISCO\nSão necessários estudos adicionais sobre o tema.\\nE será necessário realizar o procedimento/tratamento.\n\n(Nível C) Consenso de\nespecialistas,\nestudos de casos ou ações de prática,\nsem evidência científica.\n\nO BENEFÍCIO É SUPERIOR OU IGUAL AO RISCO\nSão necessários estudos adicionais sobre o tema.\nO procedimento/tratamento pode ser feito.\n\nSEM BENEFÍCIO\nO procedimento/tratamento NÃO AJUDA O PACIENTE.\n\nPERIGO\nO procedimento/tratamento CAUSA MALEFÍCIO AO PACIENTE ou custo excessivo que não o justifique.\n\nO procedimento/tratamento não é útil ou pode ser danoso. Parte 1\nCENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO (CME)\n\nRevisores Técnicos e Coordenadores:\nProf. Dr. Kazuko Uchikawa Graziano\nMestre Eliane Molina Pališkidis\n\nDr. Giovana Abrahão de Araújo Mوريja\nDr. Janaina Ancheta Costa\nDr. Maíra Marques Ribeiro\nMestre Reginaldo Adalberto Luz\n\nRevisores da edição 2017:\nProf. Dr. Kazuko Uchikawa Graziano\nMestre Eliane Molina Pališkidis\n\nCapítulo 1 Aspectos organizacionais do centro de material e esterilização\nCapítulo 2 Recursos humanos no centro de material e esterilização\nCapítulo 3 Limpeza de produtos para a saúde\nCapítulo 4 Desinfecção de produtos para a saúde\nCapítulo 5 Preparo de produtos para a saúde para esterilização,\nestabeleabilidade, armazenagem e cuidados após o processamento\nCapítulo 6 Esterilização de produtos para a saúde\nCapítulo 7 Produtos especiais\n7.1 Endoscópios gastrointestinalais flexíveis\n7.2 Instrumental para cirurgia oftalmológica\n7.3 Materiais de videolaparoscopia, cirurgias robóticas e diversos\n7.4 Reuso de produtos para a saúde fabricados para uso único. Introdução\n\nMETODOLOGIA DE CLASSIFICAÇÃO DAS PRÁTICAS RECOMENDADAS\n\nAs práticas recomendadas pertinentes a todos os capítulos desta Parte I foram classificadas pela metodologia proposta pelo American College of Cardiology e American Heart Association (ACC/AHA), que categoriza a força das recomendações e a qualidade das evidências.\nA força da recomendação pode ser classificada em:\nI: forte, quando o benefício é muito maior que o risco;\nIIa: moderada, quando o benefício é maior que o risco;\nIIb: fraca, quando o benefício pode ser um pouco maior ou igual ao risco;\nIII: recomendação contrária, por ser sem benefício ou oferecer risco.\nO nível de qualidade da evidência é classificado em:\nA: estudos controlados randomizados de alta qualidade e metanálises desses estudos;\nB-R: estudos controlados randomizados de qualidade moderada e metanálises desses estudos;\n\nB-NR: estudos não randomizados bem desenhados e os executados e materiais desses estudos,\nC-LD: estudos não randomizados com limitações quanto ao desenho e execução;\nC-EO: consenso de opinião de especialistas baseado em experiência.\n\nA classificação da força da recomendação e a qualidade da evidência são independentes, pois há práticas fortemente indicadas para as quais não há como executar estudos clínicos controlados randomizados, com claro benefício clínico ou que são determinadas por normas sanitárias nacionais.\n\nREFERÊNCIA\n\n1. AHA. Applying class of recommendations and level of evidence to clinical strategies, interventions, treatments, or diagnostic testing in patient care. [cited 2017 Jun 29]. Disponível em: https://eccguidelines.heart.org/index.phpl/.\n\n 1 Aspectos organizacionais do centro de material e esterilização\n\nEstrutura do título\n\nIntrodução\nMissão do centro de material e esterilização\nMetodologia de classificação das práticas recomendadas\nÁrea física\nPráticas recomendadas\nLocalização\nPrática recomendada\nElementos construtivos\nSala de recepção e limpeza\nÁrea exclusiva para produtos consignados\nSala de preparo e esterilização\nÁrea de esterilização\nSala de desinfecção química\nÁrea de monitoramento do processo de esterilização\nSala de armazenamento e distribuição de materiais esterilizados\n\nINTRODUÇÃO\n\nMISSÃO DO CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO\n\nO Centro de Material e Esterilização (CME) tem por missão prover todos os serviços assistenciais e de diagnóstico de produtos para saúde (PPS) processados, garantindo a quantidade e a qualidade necessárias para uma assistência segura. Os PPS críticos devem obrigatoriamente ser processados pelo CME; aqueles que pertencem à categoria dos semi-críticos e não críticos podem, opcionalmente, serem processados no local onde a assistência acontece (unidades satélites), mediante procedimento operacional padronizado elaborado pelo CME.\n\nO que se espera como resultado da implementação das boas práticas recomendadas no processamento de PPS é paciência livre de eventos adversos relacionados ao uso de PPS, incluindo infecção.\n\nMETODOLOGIA DE CLASSIFICAÇÃO DAS PRÁTICAS RECOMENDADAS\n\nAspirações recomendadas pertinentes a todos os capítulos desta Parte I foram classificadas pela metodologia proposta pelo American College of Cardiology. ÁREA FÍSICA\n\nO CME tem importância destacada às várias de-\ndas, tanto do ponto de vista técnico-administrativo\nquanto econômico, pela complexidade das atividades\nexecutadas, para as quais necessita de condições an-\nbientais e estruturais organizacionais adequadas, garan-\ntindo a qualidade do processamento dos PPS.\n\nO CME é caracterizado como unidade de\nassistência indirecta e de apoio técnico para o cuida-\ndo do paciente. A Resolução da Direção Colegiada\n(RDC) n. 15, de 15 de março de 2012, da Agência Na-\cional de Vigilância Sanitária (ANVISA); reque-\nriantando os requisitos de boas práticas para o pro-\ncessamento de produtos para saúde, define o CME como\numa unidade funcional destinada ao processamento\nde produtos para saúde, o que se insere no conjunto\nde atividades relacionadas à pré-limpeza, reaplicação,\nseca, avaliação da integridade e da fun-\ncionalidade, reparo, desinfecção ou esterilização,\narmazenamento e distribuição para as unidades con-\nsumidoras dos Serviços de Saúde (SS).\n\nEmbora com finalidade e objetivos claramente di-\nferentes, o CME não existe como unidade indepen-\ndente que atua no Centro Cirúrgico (CC) que,\nadem como unidade que se responsabiliza pelo proce-\nsso, incluindo a esterilização de PPS necessários para a\nprestação de assistência a todos os pacientes hospitalizados em um\ntreatmento ambulatorial. A diferenciação das ativida-\ndes realizadas pelo CME e pelo CC, associado ao\ninteresse de desenvolvimento tecnológico dos últimos\nanos e aos anos do conhecimento no campo da\ninfeção hospitalar, determina a separação dessas\nduas unidades, tornando o CME uma unidade hospi-\ntal independente e autônoma, que procura atender\nigualmente a todas as unidades consumidoras, menos\nimportantes quanto o CC.\n\nAssim, os hospitais passaram a organizar estas uni-\ndade separadamente do CC, os hospitales de grande\nporte foram se readequando, na busca do racio-\nnalização do trabalho desenvolvido.