·
Engenharia Civil ·
Saneamento Básico
Send your question to AI and receive an answer instantly
Recommended for you
Preview text
ATIVIDADE AVALIATIVA 2ª ETAPA ORIENTAÇÕES O trabalho deve ser todo referenciado texto e figuras Os autores pesquisados devem ser citados ao longo do texto e as bibliografias utilizadas devem ser listadas no final do trabalho Insira ilustrações Exemplo de citação de figura no texto A Figura 1 ilustra a representação esquemática de um filtro biológico Figura 1 Representação esquemática de filtro biológico Fonte Von Sperling 2005 Devese inserir sumário e lista de figuras Não serão aceitos trabalhos copiados de internet O aluno deve ler o assunto e reescrever os conceitos e definições com suas palavras citação indireta ENTREGA até 08112024 às 23h59 em formato PDF no link aberto na pasta Atividades Avaliativas VALOR 10 pontos 8 pontos texto e conteúdo 2 pontos formatação Atividade Pesquisar e descrever explicar detalhadamente sobre 1 Redes de abastecimento de água 2 Estações de tratamento de água 3 Características e indicadores de qualidade dos efluentes 4 Estações de tratamento de esgoto ATIVIDADE AVALIATIVA 2ª ETAPA Curso Engenharia Civil Aluno Jonas Sumário I Redes de abastecimento de água2 II Estações de tratamento de água5 III Características e indicadores de qualidade dos efluentes6 IV Estações de tratamento de esgoto8 Referências10 Lista de figuras Figura 1 Representação de máquina hidráulica em tubulação2 Figura 2 Representação de uma rede ramificada4 Figura 3 Representação de uma rede malhada com 4 anéis ou malhas4 Figura 4 Representação de uma ETA da Sabesp do estado de São Paulo6 Figura 5 Sistemas de lodos ativados A em regime e mistura completa B em regime de mistura de fluxo a pistãointermediário9 Figura 6 Esquema do sistema de esgotamento sanitário da Sabesp do estado de São Paulo10 Pesquisar e descrever explicar detalhadamente sobre I Redes de abastecimento de água As redes de abastecimento de água são conjuntos de tubulações empregadas na distribuição de água potável para suprir as atividades humanas Os serviços de abastecimento de água para a população brasileira são no geral de responsabilidade dos municípios portanto além de serem responsáveis pelo tratamento da água o são pela implantação da canalização que leva a água tratada até as residências dos munícipes A tubulação de distribuição funciona como conduto forçado ou seja a água passa pelos tubos preenchendo completamente a seção isso garante pressão na água nos pontos de saída o que é importante no abastecimento residencial Além disso os condutos forçados propiciam a instalação de equipamentos hidráulicos importantes como as bombas os registros e as conexões que trabalham com a seção inteiramente preenchida e sem a presença de ar A Figura 1 mostra um exemplo de máquina hidráulica pertencente a um trecho de tubulação típica no abastecimento de água Figura 1 Representação de máquina hidráulica em tubulação Fonte Porto 2006 O abastecimento de água e os aspectos de concepção das estruturas que compõem a rede seguem as orientações de manuais e livros técnicos de engenharia bem como de normas NBR da Associação Brasileira de Normas Técnicas ABNT Há diversas NBRs que direcionam os projetos sendo algumas delas as seguintes ABNT NBR 122182017 Projeto de rede de distribuição de água para abastecimento público ABNT NBR 170802023 Plano de segurança da água Princípios e diretrizes para elaboração e implementação ABNT NBR122111992 Estudos de concepção de sistemas públicos de abastecimento de água Procedimento ABNT NBR 122151991 Projeto de adutora de água para abastecimento público ABNT NBR 56261982 Instalações Prediais de Água Fria entre outras As redes de abastecimento são classificadas sobretudo quando a seu traçado caminho das tubulações A escolha do menor traçado bem como a localização de equipamentos como reservatórios elevatórias e ramificações depende do porte da cidade a ser abastecida e de características viárias e topográficas Geralmente a rede é composta por um número limitado de condutos principais que são os de maiores dimensões e responsáveis por distribuir a água entre condutos secundários os quais por sua vez são de menor porte e abastecem diretamente os pontos de consumo do sistema As redes podem ser classificadas em ramificada ou malhada de acordo com a disposição dos condutos principais e o sentido de escoamento nas tubulações secundárias Porto 2006 As redes ramificadas são geralmente empregas no abastecimento de pequenas comunidades acampamentos áreas com atividades predominantemente agrícolas etc As redes ramificadas possuem condutos secundários alimentados diretamente por uma tubulação tronco com desenho similar ao de uma bacia hidrográfica com seus rios principal e tributários O sistema é geralmente abastecido por um reservatório a montante ou pela pressão fornecida por uma estação elevatória Os pontos de conexão entre tubos em diferentes direções eou diâmetro são chamados de nós e limitado por dois nós um tubo é chamado de trecho na etapa de dimensionamento O sentido do escoamento é facilmente reconhecido basta verificar a sucessão entre reservatórioelevatória tubulação tronco e tubulações secundárias e ao fim do último trecho ou ramificação temse a ponta seca a partir da qual não há mais tubulação e nem distribuição de água As redes ramificadas apesar de sua compreensão e seu processo de dimensionamento mais simples possuem limitações associadas à dependência dos trechos aos trechos de montante por exemplo um problema que requeira interrupção no fluxo do trecho AB da Figura 2 causaria interrupção no abastecimento que dependa de todos os trechos a jusante do nó B Figura 2 Representação de uma rede ramificada Fonte Porto 2006 As redes malhadas por outro lado são constituídas de tubulações tronco que formam anéis ou malhas nos quais um mesmo nó pode ser abastecido por mais de um trecho em função da demanda e da disponibilidade na rede Nos casos de manutenção da rede então a interrupção do fornecimento de água é minimizada pois na maior parte dos casos os nós podem todos ser abastecidos por trechos operantes Porto 2006 A Figura 3 ilustra um exemplo de rede malhada Figura 3 Representação de uma rede malhada com 4 anéis ou malhas Fonte Porto 2006 Independentemente do tipo de rede as condições de pressão velocidade e diâmetro devem ser obedecidas em todos os trechos Por exemplo os manuais de dimensionamento orientam que a carga de pressão dinâmica mínima a ser satisfeita é de 15 mca e carga de pressão estática máxima de 50 mca Para o dimensionamento de redes de abastecimento de água os principais parâmetros a serem observados são topografia do terreno vazão média de consumo coeficiente de perdas na distribuição pressões dinâmica e estática velocidades de escoamento perdas de carga localizadas e distribuídas presença de dispositivos hidráulicos como reservatórios elevatórias sifões invertidos e material da tubulação a ser empregada II Estações de tratamento de água As estações de tratamento de água são estabelecimentos em que água bruta é coletada da natureza de fontes superficiais como rios e córregos ou subsuperficiais como lençóis freáticos e purificada de substâncias ou características incompatíveis com os requisitos de potabilidade A potabilidade da água a ser disponibilizada pela estação ETA deve seguir diretrizes que garantam a saúde e o bemestar da população que com ela será abastecida A nível nacional no Brasil os parâmetros são os elencados na Portaria GMMS Nº 888 de 4 de maio de 2021 dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade do Ministério da Saúde Alguns dos parâmetros considerados são turbidez pH presença de alguns metais presença de alguns grupos bacteriológicos dureza entre outros As ETAs têm portanto a responsabilidade de livrar a água bruta captada das impurezas incongruentes com os padrões de potabilidade exigidos As ETAs englobam uma série etapas e processos específicos que garantem a adequação da água para consumo conforme as normas e recomendações aplicáveis Essas etapas dependem sobretudo da qualidade da água do manancial de tomada dágua mais especificamente dos parâmetros de interesse no manancial Alguns dos processos usuais são a coagulação e a floculação em que são empregados agentes químicos como o sulfato de alumínio para aglutinar partículas finas em flocos maiores e posteriormente a água passar pelo processo de decantação no qual os flocos mais pesados se depositam no fundo por ação da gravidade Esses processos colaboram com a remoção de partículas sólidas presentes na água bruta como argilas matéria orgânica e outros sedimentos Outro processo comumente empregado após a coagulação e a floculação é a filtração em que a água passa por filtros geralmente compostos por camadas de areia carvão ativado eou cascalho e estes removem impurezas menores que as atingidas pela coagulação e floculação além de microorganismos A última etapa empregada em todos os tipos de mananciais é a desinfecção Ela é realizada geralmente por meio da adição de cloro ou radiação para eliminar microorganismos potencialmente causadores de doenças É interessante ressaltar que as águas de captações subterrâneas geralmente só passam pela etapa de desinfecção ao passo que as de captações superficiais devem passar pelo processo de filtração também Alguns processos adicionais para o tratamento de água para abastecimento em ETAs são a correção do pH e a fluoretação Finalizado o tratamento procedese ao armazenamento em reservatórios e à distribuição pelas redes públicas de abastecimento A Figura 4 ilustra o esquema de uma ETA da Sapesp Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo e as etapas que compõem o tratamento da água Figura 4 Representação de uma ETA da Sabesp do estado de São Paulo Fonte Sabesp 2024 III Características e indicadores de qualidade dos efluentes As características e os indicadores de qualidade dos efluentes são importantes para avaliar a eficiência das estações de tratamento de esgoto ETEs e garantir que o efluente tratado atenda aos padrões estabelecidos pelas normas ambientais especialmente devido ao seu alto potencial poluidor e patogênico Esses indicadores geralmente são parâmetros que refletem a presença de poluentes e o grau de tratamento alcançado como a concentração de metais chumbo mercúrio estanho e a concentração de matéria orgânica sob forma de DBO520 As características de interesse dos efluentes incluem principalmente aspectos físicos turbidez cor temperatura químicos pH presença de hidrocarbonetos nitrogênio amoniacal e biológicos presença da bactéria E coli concentração de DBO520 de gorduras animais Entre os indicadores mais relevantes está a DBO520 demanda bioquímica de oxigênio A DBO mede a quantidade de oxigênio consumida por microorganismos durante a decomposição da matéria orgânica presente no efluente e assim serve como um indicativo da carga orgânica biodegradável Valores elevados de DBO indicam que a água possui alta concentração de matéria orgânica biodegradável o que pode resultar na diminuição de oxigênio dissolvido nos corpos dágua receptores e assim afetar seriamente a vida aquática devido à anaerobiose provocada Outro indicador importante é o pH que deve ser mantido em níveis adequados para evitar impactos na biota aquática e na integridade das tubulações coletoras de esgoto cujos materiais podem ser afetados por pHs muito altos basicidade ou baixos acidez Valores de pH fora dos limites considerados aceitáveis 5 a 9 de acordo com a CONAMA Nº 4302011 pode indicar a presença de substâncias ácidas ou básicas e a necessidade de ajustes no processo de tratamento que ocorre nas ETEs A concentração de nutrientes como nitrogênio e fósforo também é monitorada como parâmetro de qualidade de efluentes pois em níveis elevados esses elementos causam eutrofização proliferação excessiva de algas e promoção da anaerobiose em corpos dágua que leva à mortandade de outros organismos É preciso monitorar as formas desses nutrientes em especial no caso do nitrogênio que pode aparecer como nitrito nitrato amônia etc Por fim a contagem de coliformes fecais e outros microorganismos patogênicos é um indicador biológico que se relaciona com a eficácia da desinfecção do efluente A presença de patógenos representa riscos significativos à saúde pública se o efluente tratado for utilizado para reuso ou liberado em áreas de recreação aquática zonas de contato primário ou de captação de água que não passa por desinfecção como as tomadas irregulares mais comuns em regiões rurais Os indicadores de qualidade são fundamentais para garantir a conformidade com a legislação regulamentadora além de colaborarem com a proteção do ecossistema e da saúde pública IV Estações de tratamento de esgoto As estações de tratamento de esgoto ETEs são instalações que objetivam o tratamento e a purificação do esgoto sanitário coletado pelas redes públicas com o objetivo de remover poluentes e substâncias indesejáveis antes de devolver o efluente tratado ao meio ambiente Esse processo protege os corpos hídricos rios córregos riachos ambientes lênticos e a saúde pública pois evita a contaminação do meio aquoso por substâncias perigosas e que podem causar doenças nos seres humanos caso a água que recebeu o efluente seja utilizada e desequilíbrios ecológicos No Brasil a qualidade dos efluentes tratados é regulamentada pela Resolução CONAMA Nº 4302011 que complementa a Resolução CONAMA Nº 3572005 de qualidade de águas superficiais e subsuperficiais estabelecendo padrões para o lançamento seguro desses efluentes O tratamento de esgoto nas ETEs geralmente se inicia com um tratamento preliminar que tem por objetivo remover sólidos grosseiros como areia pedras e grandes detritos e no qual são empregadas grades eou peneiras A etapa preliminar atua também na proteção dos equipamentos das etapas seguintes os quais são sensíveis a grandes sólidos que podem chegar à estação pelas redes coletoras Em seguida no tratamento primário o esgoto é direcionado para tanques de sedimentação onde partículas sólidas suspensas mais pesadas se depositam no fundo e formam um lodo chamado de primário Essa decantação reduz a carga de sólidos e matéria orgânica do esgoto o que diminui seu potencial poluidor O tratamento secundário que vem em seguida utiliza processos biológicos para remover a matéria orgânica dissolvida com o emprego de sistemas como lodos ativados filtros biológicos ou reatores anaeróbios Os microorganismos consomem a matéria orgânica remanescente e a transformam em lodo secundário o que diminui ainda mais a carga orgânica do esgoto A Figura 5 ilustra uma tecnologia amplamente empregada em tratamento secundário lodos ativados Figura 5 Sistemas de lodos ativados A em regime e mistura completa B em regime de mistura de fluxo a pistãointermediário Fonte Miki et al 2006 Em alguns casos também é aplicado o tratamento terciário em que técnicas avançadas como biofiltros e reatores que combinam processos aeróbios e anaeróbios para a remoção de nutrientes como nitrogênio e fósforo A desinfecção empregada após as etapas de redução da carga orgânica do esgoto pode acontecer por métodos como o uso de cloro ozônio ou radiação eliminando patógenos e reduzindo o risco de doenças ao lançar o efluente ao meio ambiente Por fim o efluente tratado é liberado em corpos dágua como os rios após análises de qualidade que garantam que ele esteja em acordo com os padrões estabelecidos pela legislação A Figura 6 ilustra o sistema de esgotamento sanitário com ênfase nas etapas de tratamento do esgoto da Sabesp Figura 6 Esquema do sistema de esgotamento sanitário da Sabesp do estado de São Paulo Fonte Sabesp 2024 Referências Miki MK Chen GH van Loosdrecht MCM Ekama GA Brdjanovic D Tratamento Biológico de Esgoto Princípios Modelagem e Projeto 2ª ed 2022 Porto RM Hidráulica Básica 4ª ed São Carlos SP 2006 Sabesp O Processo de Tratamento Disponível em httpswwwsabespcombroquefazemossolucoesparaesgotostratam entoesgotosoprocessotratamento Acesso em 01 nov 2024 Sabesp Tratamento de Água Disponível em httpswwwsabespcombroquefazemosfornecimentoaguatratament oagua Acesso em 01 nov 2024 Sobrinho PA Tsutiya MT Coleta e Transporte de Esgoto Sanitário 2ª ed
Send your question to AI and receive an answer instantly
Recommended for you
Preview text
ATIVIDADE AVALIATIVA 2ª ETAPA ORIENTAÇÕES O trabalho deve ser todo referenciado texto e figuras Os autores pesquisados devem ser citados ao longo do texto e as bibliografias utilizadas devem ser listadas no final do trabalho Insira ilustrações Exemplo de citação de figura no texto A Figura 1 ilustra a representação esquemática de um filtro biológico Figura 1 Representação esquemática de filtro biológico Fonte Von Sperling 2005 Devese inserir sumário e lista de figuras Não serão aceitos trabalhos copiados de internet O aluno deve ler o assunto e reescrever os conceitos e definições com suas palavras citação indireta ENTREGA até 08112024 às 23h59 em formato PDF no link aberto na pasta Atividades Avaliativas VALOR 10 pontos 8 pontos texto e conteúdo 2 pontos formatação Atividade Pesquisar e descrever explicar detalhadamente sobre 1 Redes de abastecimento de água 2 Estações de tratamento de água 3 Características e indicadores de qualidade dos efluentes 4 Estações de tratamento de esgoto ATIVIDADE AVALIATIVA 2ª ETAPA Curso Engenharia Civil Aluno Jonas Sumário I Redes de abastecimento de água2 II Estações de tratamento de água5 III Características e indicadores de qualidade dos efluentes6 IV Estações de tratamento de esgoto8 Referências10 Lista de figuras Figura 1 Representação de máquina hidráulica em tubulação2 Figura 2 Representação de uma rede ramificada4 Figura 3 Representação de uma rede malhada com 4 anéis ou malhas4 Figura 4 Representação de uma ETA da Sabesp do estado de São Paulo6 Figura 5 Sistemas de lodos ativados A em regime e mistura completa B em regime de mistura de fluxo a pistãointermediário9 Figura 6 Esquema do sistema de esgotamento sanitário da Sabesp do estado de São Paulo10 Pesquisar e descrever explicar detalhadamente sobre I Redes de abastecimento de água As redes de abastecimento de água são conjuntos de tubulações empregadas na distribuição de água potável para suprir as atividades humanas Os serviços de abastecimento de água para a população brasileira são no geral de responsabilidade dos municípios portanto além de serem responsáveis pelo tratamento da água o são pela implantação da canalização que leva a água tratada até as residências dos munícipes A tubulação de distribuição funciona como conduto forçado ou seja a água passa pelos tubos preenchendo completamente a seção isso garante pressão na água nos pontos de saída o que é importante no abastecimento residencial Além disso os condutos forçados propiciam a instalação de equipamentos hidráulicos importantes como as bombas os registros e as conexões que trabalham com a seção inteiramente preenchida e sem a presença de ar A Figura 1 mostra um exemplo de máquina hidráulica pertencente a um trecho de tubulação típica no abastecimento de água Figura 1 Representação de máquina hidráulica em tubulação Fonte Porto 2006 O abastecimento de água e os aspectos de concepção das estruturas que compõem a rede seguem as orientações de manuais e livros técnicos de engenharia bem como de normas NBR da Associação Brasileira de Normas Técnicas ABNT Há diversas NBRs que direcionam os projetos sendo algumas delas as seguintes ABNT NBR 122182017 Projeto de rede de distribuição de água para abastecimento público ABNT NBR 170802023 Plano de segurança da água Princípios e diretrizes para elaboração e implementação ABNT NBR122111992 Estudos de concepção de sistemas públicos de abastecimento de água Procedimento ABNT NBR 122151991 Projeto de adutora de água para abastecimento público ABNT NBR 56261982 Instalações Prediais de Água Fria entre outras As redes de abastecimento são classificadas sobretudo quando a seu traçado caminho das tubulações A escolha do menor traçado bem como a localização de equipamentos como reservatórios elevatórias e ramificações depende do porte da cidade a ser abastecida e de características viárias e topográficas Geralmente a rede é composta por um número limitado de condutos principais que são os de maiores dimensões e responsáveis por distribuir a água entre condutos secundários os quais por sua vez são de menor porte e abastecem diretamente os pontos de consumo do sistema As redes podem ser classificadas em ramificada ou malhada de acordo com a disposição dos condutos principais e o sentido de escoamento nas tubulações secundárias Porto 2006 As redes ramificadas são geralmente empregas no abastecimento de pequenas comunidades acampamentos áreas com atividades predominantemente agrícolas etc As redes ramificadas possuem condutos secundários alimentados diretamente por uma tubulação tronco com desenho similar ao de uma bacia hidrográfica com seus rios principal e tributários O sistema é geralmente abastecido por um reservatório a montante ou pela pressão fornecida por uma estação elevatória Os pontos de conexão entre tubos em diferentes direções eou diâmetro são chamados de nós e limitado por dois nós um tubo é chamado de trecho na etapa de dimensionamento O sentido do escoamento é facilmente reconhecido basta verificar a sucessão entre reservatórioelevatória tubulação tronco e tubulações secundárias e ao fim do último trecho ou ramificação temse a ponta seca a partir da qual não há mais tubulação e nem distribuição de água As redes ramificadas apesar de sua compreensão e seu processo de dimensionamento mais simples possuem limitações associadas à dependência dos trechos aos trechos de montante por exemplo um problema que requeira interrupção no fluxo do trecho AB da Figura 2 causaria interrupção no abastecimento que dependa de todos os trechos a jusante do nó B Figura 2 Representação de uma rede ramificada Fonte Porto 2006 As redes malhadas por outro lado são constituídas de tubulações tronco que formam anéis ou malhas nos quais um mesmo nó pode ser abastecido por mais de um trecho em função da demanda e da disponibilidade na rede Nos casos de manutenção da rede então a interrupção do fornecimento de água é minimizada pois na maior parte dos casos os nós podem todos ser abastecidos por trechos operantes Porto 2006 A Figura 3 ilustra um exemplo de rede malhada Figura 3 Representação de uma rede malhada com 4 anéis ou malhas Fonte Porto 2006 Independentemente do tipo de rede as condições de pressão velocidade e diâmetro devem ser obedecidas em todos os trechos Por exemplo os manuais de dimensionamento orientam que a carga de pressão dinâmica mínima a ser satisfeita é de 15 mca e carga de pressão estática máxima de 50 mca Para o dimensionamento de redes de abastecimento de água os principais parâmetros a serem observados são topografia do terreno vazão média de consumo coeficiente de perdas na distribuição pressões dinâmica e estática velocidades de escoamento perdas de carga localizadas e distribuídas presença de dispositivos hidráulicos como reservatórios elevatórias sifões invertidos e material da tubulação a ser empregada II Estações de tratamento de água As estações de tratamento de água são estabelecimentos em que água bruta é coletada da natureza de fontes superficiais como rios e córregos ou subsuperficiais como lençóis freáticos e purificada de substâncias ou características incompatíveis com os requisitos de potabilidade A potabilidade da água a ser disponibilizada pela estação ETA deve seguir diretrizes que garantam a saúde e o bemestar da população que com ela será abastecida A nível nacional no Brasil os parâmetros são os elencados na Portaria GMMS Nº 888 de 4 de maio de 2021 dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade do Ministério da Saúde Alguns dos parâmetros considerados são turbidez pH presença de alguns metais presença de alguns grupos bacteriológicos dureza entre outros As ETAs têm portanto a responsabilidade de livrar a água bruta captada das impurezas incongruentes com os padrões de potabilidade exigidos As ETAs englobam uma série etapas e processos específicos que garantem a adequação da água para consumo conforme as normas e recomendações aplicáveis Essas etapas dependem sobretudo da qualidade da água do manancial de tomada dágua mais especificamente dos parâmetros de interesse no manancial Alguns dos processos usuais são a coagulação e a floculação em que são empregados agentes químicos como o sulfato de alumínio para aglutinar partículas finas em flocos maiores e posteriormente a água passar pelo processo de decantação no qual os flocos mais pesados se depositam no fundo por ação da gravidade Esses processos colaboram com a remoção de partículas sólidas presentes na água bruta como argilas matéria orgânica e outros sedimentos Outro processo comumente empregado após a coagulação e a floculação é a filtração em que a água passa por filtros geralmente compostos por camadas de areia carvão ativado eou cascalho e estes removem impurezas menores que as atingidas pela coagulação e floculação além de microorganismos A última etapa empregada em todos os tipos de mananciais é a desinfecção Ela é realizada geralmente por meio da adição de cloro ou radiação para eliminar microorganismos potencialmente causadores de doenças É interessante ressaltar que as águas de captações subterrâneas geralmente só passam pela etapa de desinfecção ao passo que as de captações superficiais devem passar pelo processo de filtração também Alguns processos adicionais para o tratamento de água para abastecimento em ETAs são a correção do pH e a fluoretação Finalizado o tratamento procedese ao armazenamento em reservatórios e à distribuição pelas redes públicas de abastecimento A Figura 4 ilustra o esquema de uma ETA da Sapesp Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo e as etapas que compõem o tratamento da água Figura 4 Representação de uma ETA da Sabesp do estado de São Paulo Fonte Sabesp 2024 III Características e indicadores de qualidade dos efluentes As características e os indicadores de qualidade dos efluentes são importantes para avaliar a eficiência das estações de tratamento de esgoto ETEs e garantir que o efluente tratado atenda aos padrões estabelecidos pelas normas ambientais especialmente devido ao seu alto potencial poluidor e patogênico Esses indicadores geralmente são parâmetros que refletem a presença de poluentes e o grau de tratamento alcançado como a concentração de metais chumbo mercúrio estanho e a concentração de matéria orgânica sob forma de DBO520 As características de interesse dos efluentes incluem principalmente aspectos físicos turbidez cor temperatura químicos pH presença de hidrocarbonetos nitrogênio amoniacal e biológicos presença da bactéria E coli concentração de DBO520 de gorduras animais Entre os indicadores mais relevantes está a DBO520 demanda bioquímica de oxigênio A DBO mede a quantidade de oxigênio consumida por microorganismos durante a decomposição da matéria orgânica presente no efluente e assim serve como um indicativo da carga orgânica biodegradável Valores elevados de DBO indicam que a água possui alta concentração de matéria orgânica biodegradável o que pode resultar na diminuição de oxigênio dissolvido nos corpos dágua receptores e assim afetar seriamente a vida aquática devido à anaerobiose provocada Outro indicador importante é o pH que deve ser mantido em níveis adequados para evitar impactos na biota aquática e na integridade das tubulações coletoras de esgoto cujos materiais podem ser afetados por pHs muito altos basicidade ou baixos acidez Valores de pH fora dos limites considerados aceitáveis 5 a 9 de acordo com a CONAMA Nº 4302011 pode indicar a presença de substâncias ácidas ou básicas e a necessidade de ajustes no processo de tratamento que ocorre nas ETEs A concentração de nutrientes como nitrogênio e fósforo também é monitorada como parâmetro de qualidade de efluentes pois em níveis elevados esses elementos causam eutrofização proliferação excessiva de algas e promoção da anaerobiose em corpos dágua que leva à mortandade de outros organismos É preciso monitorar as formas desses nutrientes em especial no caso do nitrogênio que pode aparecer como nitrito nitrato amônia etc Por fim a contagem de coliformes fecais e outros microorganismos patogênicos é um indicador biológico que se relaciona com a eficácia da desinfecção do efluente A presença de patógenos representa riscos significativos à saúde pública se o efluente tratado for utilizado para reuso ou liberado em áreas de recreação aquática zonas de contato primário ou de captação de água que não passa por desinfecção como as tomadas irregulares mais comuns em regiões rurais Os indicadores de qualidade são fundamentais para garantir a conformidade com a legislação regulamentadora além de colaborarem com a proteção do ecossistema e da saúde pública IV Estações de tratamento de esgoto As estações de tratamento de esgoto ETEs são instalações que objetivam o tratamento e a purificação do esgoto sanitário coletado pelas redes públicas com o objetivo de remover poluentes e substâncias indesejáveis antes de devolver o efluente tratado ao meio ambiente Esse processo protege os corpos hídricos rios córregos riachos ambientes lênticos e a saúde pública pois evita a contaminação do meio aquoso por substâncias perigosas e que podem causar doenças nos seres humanos caso a água que recebeu o efluente seja utilizada e desequilíbrios ecológicos No Brasil a qualidade dos efluentes tratados é regulamentada pela Resolução CONAMA Nº 4302011 que complementa a Resolução CONAMA Nº 3572005 de qualidade de águas superficiais e subsuperficiais estabelecendo padrões para o lançamento seguro desses efluentes O tratamento de esgoto nas ETEs geralmente se inicia com um tratamento preliminar que tem por objetivo remover sólidos grosseiros como areia pedras e grandes detritos e no qual são empregadas grades eou peneiras A etapa preliminar atua também na proteção dos equipamentos das etapas seguintes os quais são sensíveis a grandes sólidos que podem chegar à estação pelas redes coletoras Em seguida no tratamento primário o esgoto é direcionado para tanques de sedimentação onde partículas sólidas suspensas mais pesadas se depositam no fundo e formam um lodo chamado de primário Essa decantação reduz a carga de sólidos e matéria orgânica do esgoto o que diminui seu potencial poluidor O tratamento secundário que vem em seguida utiliza processos biológicos para remover a matéria orgânica dissolvida com o emprego de sistemas como lodos ativados filtros biológicos ou reatores anaeróbios Os microorganismos consomem a matéria orgânica remanescente e a transformam em lodo secundário o que diminui ainda mais a carga orgânica do esgoto A Figura 5 ilustra uma tecnologia amplamente empregada em tratamento secundário lodos ativados Figura 5 Sistemas de lodos ativados A em regime e mistura completa B em regime de mistura de fluxo a pistãointermediário Fonte Miki et al 2006 Em alguns casos também é aplicado o tratamento terciário em que técnicas avançadas como biofiltros e reatores que combinam processos aeróbios e anaeróbios para a remoção de nutrientes como nitrogênio e fósforo A desinfecção empregada após as etapas de redução da carga orgânica do esgoto pode acontecer por métodos como o uso de cloro ozônio ou radiação eliminando patógenos e reduzindo o risco de doenças ao lançar o efluente ao meio ambiente Por fim o efluente tratado é liberado em corpos dágua como os rios após análises de qualidade que garantam que ele esteja em acordo com os padrões estabelecidos pela legislação A Figura 6 ilustra o sistema de esgotamento sanitário com ênfase nas etapas de tratamento do esgoto da Sabesp Figura 6 Esquema do sistema de esgotamento sanitário da Sabesp do estado de São Paulo Fonte Sabesp 2024 Referências Miki MK Chen GH van Loosdrecht MCM Ekama GA Brdjanovic D Tratamento Biológico de Esgoto Princípios Modelagem e Projeto 2ª ed 2022 Porto RM Hidráulica Básica 4ª ed São Carlos SP 2006 Sabesp O Processo de Tratamento Disponível em httpswwwsabespcombroquefazemossolucoesparaesgotostratam entoesgotosoprocessotratamento Acesso em 01 nov 2024 Sabesp Tratamento de Água Disponível em httpswwwsabespcombroquefazemosfornecimentoaguatratament oagua Acesso em 01 nov 2024 Sobrinho PA Tsutiya MT Coleta e Transporte de Esgoto Sanitário 2ª ed