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Engenharia Civil ·

Saneamento Básico

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U N I D A D E 5 SANEAMENTO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA Ricardo Estanislau Braga AUTOR Conhecer o que é um sistema de abastecimento de água Entender a respeito das características e especificações nos projetos e obras Entender sobre a importância destes para o meio ambiente Olá aluno e aluna seja bemvindo a a matéria de Saneamento Um Sistema de Abastecimento de Água pode ser concebido e projetado para atender a pequenos povoados ou a grandes cidades variando nas características e no porte de suas instalações Caracterizase pela retirada da água da natureza adequação de sua qualidade transporte até os aglomerados humanos e fornecimento à população em quantidade compatível com suas necessidades Como definição o Sistema de Abastecimento Público de Água constituise no conjunto de obras instalações e serviços destinados a produzir e distribuir água a uma comunidade em quantidade e qualidade compatíveis com as necessidades da população para fins de consumo doméstico serviços públicos consumo industrial e outros usos Nesta matéria você vai entender sobre o sistema de abastecimento de água suas etapas e quais são os impactos que a ausência da mesma podem causar na vida das pessoas e no meio ambiente Quer saber mais sobre o assunto Entenda agora em detalhes Boa leitura Bons estudos Ao final desta Unidade de Aprendizagem você deve apresentar os seguintes aprendizados APRESENTAÇÃO 01 CONHEÇA O CONTEUDISTA Engenheiro Civil e de Segurança do Trabalho Mestre em Gestão e Coordenação de Projetos Especialista em Engenharia Ambiental com atuação nas áreas de Saneamento Drenagens e Edificações a mais de 13 anos Participou na execução e coordenação de projetos para diversas cidades de Minas Gerais tanto para o setor público quanto privado Possui experiência também com projetos de Saneamento na área industrial No setor de edificações desenvolve trabalhos relacionados a PGRCC Programa de Gerenciamento de Resíduos na Construção Civil e consultorias em instalações hidrossanitárias e redes de incêndio Leciona as matérias de Hidrologia Hidráulica Materiais de Construção Instalações Hidrossanitárias Prediais Planejamento e Orçamento em Instituições de ensino superior de Minas Gerais e do Brasil nos cursos de Graduação Trabalhou na Diretoria de Projetos da SUDECAP de Belo Horizonte e atualmente é Coordenador Técnico de projetos de saneamento da Agência Delegatária Peixe Vivo Ricardo Estanislau Braga 02 UNIDADE 5 03 Introdução Um sistema de abastecimento de água é composto por vários processos que transformam a água de mananciais em água potável para os consumidores suprindo suas necessidades Desta forma o processo é composto por várias etapas até que a água chegue às residências industriais agricultura e etc A captação da água bruta em mananciais é a primeira etapa em seguida a água captada é bombeada até as ETAs Estações de Tratamento de Água essa etapa se chama adução Na próxima fase através de processos químicos e físicos a água bruta se torna potável para o uso da população após o tratamento a água é bombeada para os reservatórios e através da rede distribuidora é entregue ao consumidor pronta para o uso Sistema de Abastecimento de Água O Sistema de abastecimento de água para Netto 1998 pode ser definido por um conjunto de obras serviços e equipamentos que tem por finalidade o abastecimento de água potável a uma comunidade para uso doméstico de órgãos públicos e da indústria entre outros A água distribuída pelo sistema deverá ser em quantidades suficientes e da melhor qualidade do ponto de vista físico químico e bacteriológico De acordo com o Art 5º da Portaria nº 29142011 do Ministério da Saúde um sistema de abastecimento de água SAA para consumo humano é uma instalação composta por um conjunto de obras civis materiais e equipamentos desde a zona de captação até as ligações prediais destinada à produção e ao fornecimento coletivo de água potável por meio de rede de distribuição Ministério da Saúde 2011 Manancial Captação Adução de água Estação de tratamento de água Reservatórios Estações elevatórias ou de recalque se necessário Rede de distribuição Partes constituintes Um sistema de abastecimento é composto de várias etapas até chegar água potável nas residências Para projetar um sistema de abastecimento de água é necessário elaborar estudos e projetos para definir os tipos de obras a serem executadas Esses empreendimentos deverão atender além das necessidades atuais atender também para o futuro da comunidade prevendo sua implantação por etapas O período de atendimento das obras projetadas também chamado de alcance do plano deve ser calculado entre 10 a 30 anos NETTO ET 1998 Figura 1 Processo de captação tratamento e distribuição de água 04 SANEAMENTO Fonte HELLER 2010 As conceituações a seguir foram retiradas da monografia de LIMA 2017 Manancial Manancial é o corpo de água a partir do qual o sistema é alimentado Além da qualidade da água são de grande relevância para a escolha de um manancial sua localização seus custos de instalação e operação sua capacidade de fornecimento de vazão suficiente para suprir a demanda dentro do período de projeto entre outros fatores Os mananciais podem ser dos tipos subterrâneo confinado e não confinado superficial com e sem acumulação e água de chuva Captação A captação é o conjunto de estruturas e dispositivos construídos ou montados junto a um manancial para a retirada de água destinada a um sistema de abastecimento de água ABNT1992 Pode ser de formas distintas em conformidade com o tipo de manancial que pode ser um rio um córrego um lago ou uma represa A ação de agentes intempéricos deve ser levada em consideração ao realizar um projeto de captação Figura 3 Captação por meio de balsa motobombas 05 SANEAMENTO Figura 2 Manancial de água Fonte CASAN 2022 Fonte httpsaguasbombinhascombr Acesso 090822 06 SANEAMENTO Adução de água A canalização que se encarrega de transportar água interligando as unidades que precedem a rede de distribuição é denominada adutora As adutoras podem ser de água bruta ou de água tratada em função da água que transportam Figura 4 Adução de água Fonte SAAE Sorocaba 2022 Estações elevatórias ou de recalque Em função do relevo local podese fazer necessário recalcar água para que atinja unidades que estejam em níveis mais elevados Tal atribuição é desempenhada pelas estações elevatórias que são classificadas segundo o tipo de água recalcada bruta ou tratada e o tipo de bomba Figura 5 Estações elevatórias de água Fonte httpsitapiraspgovbr acesso 090822 Grades utilizadas quando circunstâncias especiais não permitem sua localização na captação Destinamse à retenção de materiais grosseiros presentes na água Aeradores introduzem ar que passa ter maior contato com a água para facilitar troca de compostos voláteis e gases indesejáveis Mistura rápida dispersão de produtos químicos na água a ser tratada em particular no processo de coagulação para o qual são destinadas as disposições seguintes Floculador unidades utilizadas para promover a agregação de partículas formadas na mistura rápida Na floculação a água coagulada movimentase lentamente dentro dos tanques de tal forma que os flocos se misturam ganhando peso e volume Decantador unidade destinada à remoção de partículas presentes na água pela ação da gravidade A água passa por tanques para que os flocos formados anteriormente separemse da água sedimentandose no fundo dos tanques Filtros unidades retêm a sujeira que restou da fase de decantação A água atravessa as diferentes camadas de carvão antracito areia e cascalho e passa a ter um aspecto cristalino Tanque de contato para finalizar o processo de tratamento a água ainda recebe produtos destinados à correção do pH desinfecção e fluoretação Estação de tratamento de água A ETA Estação de Tratamento de Água constituise em um conjunto de unidades que visam a tratar a água de modo a adequar suas características aos padrões de potabilidade Com exceção da água utilizada para lavagem e usos auxiliares tais unidades proporcionam o escoamento por gravidade desde a entrada da água bruta até a saída da água tratada no processo O percurso inclui BEZERRA e CHEUNG 2013 07 SANEAMENTO 08 SANEAMENTO Reservatórios Com a finalidade de compensar as variações entre as vazões de adução que em geral variam pouco e as vazões de consumo que oscilam substancialmente em função do dia e da hora são instalados reservatórios no sistema de distribuição que devem ainda condicionar as pressões na rede Em função de sua posição no terreno pode ser apoiado elevado semienterrado ou enterrado Figura 2 Figura 6 Reservatórios em relação ao terreno Fonte Tsutiya 2014 Figura 7 Reservatórios apoiados Município de São Gonçalo RJ Município de Sorocaba SP Fonte httpswpufpeledubrhugoguedesfiles201810Aula6ReservatC3B3riospdf Acesso 09082022 Figura 8 Reservatórios semi enterrados 09 SANEAMENTO Município de Smara Marrocos Município de Lins SP Fonte httpswpufpeledubrhugoguedesfiles201810Aula6ReservatC3B3riospdf Acesso 09082022 Figura 9 Reservatórios elevados Município de Smara Marrocos Município de Franca SP Fonte httpswpufpeledubrhugoguedesfiles201810Aula6ReservatC3B3riospdf Acesso 09082022 Rede de distribuição Para Tsutiya 2006 apud GIROL 2008 as tubulações e acessórios fazem parte da rede de distribuição de água seu destino é fazer com que a água chegue no consumidor de forma que ela esteja tratada com uma vazão necessária e pressão suficiente para uso Para Tsutiya 2014 as redes de distribuição em geral possuem o maior orçamento dentro do sistema de abastecimento de água podendo a chegar em cerca de 50 a 70 do valor total de todos os serviços As redes de distribuição são um grande desafio para as companhias de saneamento pois elas não possuem uma prevenção constante cuidar das redes de uma cidade demanda muito tempo e pode ser um trabalho bastante oneroso se não for feito com uma boa gestão estratégia e principalmente logística pois são obras enterradas que dispõem de ajuda de máquinas para escavação da mesma Diferente dos serviços de captação tratamento da água e dos centros de reservação que por estarem concentradas em locais específicos são visíveis de fácil acesso para a equipe operacional da companhia de saneamento Segundo Tsutiya 2014 as redes de distribuição são divididas por dois tipos de tubulações Redes Principais São denominadas condutor tronco ou canalização mestra em todo caso são as redes de maior diâmetro que são responsáveis pelo transporte da água até as canalizações secundárias Redes Secundárias São as canalizações que possuem menor diâmetro que tem como desígnio abastecer os ramais de entradas dos consumidores Através da disponibilidade das tubulações principais e o sentido do escoamento das canalizações secundárias as redes podem ser rotuladas em Rede Ramificada A rede ramificada é traçada quando o dimensionamento é feito através de uma tubulação tronco que é abastecida por um reservatório ou uma estação elevatória e a sua distribuição é feita a partir de tubulações secundárias seu problema é que qualquer problema que acontecer na sua tubulação principal todos os ramais secundários ficariam sem água portanto a rede ramificada só é dimensionada quando a topografia local não permite o dimensionamento em rede malhada Essa rede possui dois tipos de traçado do tipo espinha de peixe ou em grelha A Figura 10 demonstra o esquema de uma rede ramificada 10 SANEAMENTO 11 SANEAMENTO Figura 10 Rede ramificada Fonte ALEM SOBRINHO CONTRERA 2013 Rede Malhada A rede malhada é formada por áreas de zoneamento da rede principal que tem uma formação em anéis ou em blocos que pode ser abastecido por qualquer ponto dando ao sistema uma maior facilidade no momento que a rede necessitar de alguma manutenção com uma cessação mínima no abastecimento da água ao consumidor A Figura 11 demonstra o esquema de uma rede ramificada Figura 11 Rede Malhada Fonte ALEM SOBRINHO CONTRERA 2013 Rede Mista Possui anéis e trechos ramificados Fonte ALEM SOBRINHO CONTRERA 2013 Figura 12 Rede Mista Vantagens e desvantagens Segundo o site wwweosconsultorescombr 2022 existem vantagens e desvantagens nas configurações de cada tipo de rede Nas redes malhadas o escoamento bidirecional permite percursos alternativos e em casos de avarias nas tubulações é possível isolar uma determinada zona da rede de distribuição sem que todos os consumidores sejam afetados Além disso quando ocorrem grandes oscilações de consumo em termos de pressão os efeitos são pouco significativos Entretanto esse tipo de rede exige um maior investimento pois há a necessidade de maior quantidade de tubos e acessórios e os cálculos para determinação de condições de equilíbrio são mais complexos que nas redes ramificadas sistema de equações não lineares Falando em redes ramificadas elas exigem investimentos menores os diâmetros das tubagens são mais econômicos e os cálculos de determinação das condições de funcionamento hidráulico são mais simples que nas redes malhadas Porém pelo fato do escoamento ser unidirecional em casos de avarias interrompese todo o fornecimento de água à jusante posterior à avaria Além disso as oscilações de consumo geram efeitos significativos em termos de pressão e os detritos nos pontos terminais da rede de distribuição têm tendência a acumular sedimentos devido às baixas velocidades do escoamento A distribuição de água a uma comunidade pode ser feita por uma ou várias rede geral Essa decisão só pode ser feita através de um estudo cuidadoso levando em conta as características do ambiente a se abastecer Vale ressaltar que existem normas para a construção das redes tais como distâncias e profundidades a serem garantidas para segurança da população do sistema e da qualidade da água fornecida Abastecimento de Água e Perdas Atualmente nas cidades mais desenvolvidas as principais deficiências observadas nos sistemas de abastecimento de água são devido principalmente à deterioração dos sistemas mais antigos sobretudo na distribuição de água com tubulações antigas que frequentemente apresentam problemas de rompimentos e vazamentos além da falta de abastecimento em áreas urbanas 12 SANEAMENTO 13 SANEAMENTO Micromedição Redução e Controle de Vazamentos Macromedição Pitometria Desenvolvimento da Operação Revisão dos Critérios de Projetos e Construção e Desenvolvimento da Qualidade de Materiais e Equipamentos Cadastro dos Sistemas Existentes e de Grandes Consumidores Segurança dos Sistemas Deste modo para esses centros urbanos as adequações dos serviços de abastecimento de água dependem da melhoria das redes de transporte e distribuição de água mais antigas juntamente com a construção e ampliação dos sistemas para atender às novas áreas das cidades Se o sistema de transporte e distribuição estiver deteriorado e não for recuperado e mantido resultará em altos índices de perda de água com importantes perdas de faturamento por parte da Companhia de Saneamento além do sistema de abastecimento ficar vulnerável à contaminação da água devido a perda de estanqueidade das tubulações e danificação das juntas TSUTIYA 2005 Perdas de água Com o objetivo de fornecer um embasamento para a parte gerencial serão abordadas algumas questõeschave sobre o assunto em um estudo feito pela Escola Politécnica de São Paulo no departamento de Engenharia Hidráulica e Sanitária sobre controle de perdas Ao final da década de 70 as primeiras medidas para controle de redução de perdas em redes de abastecimento começaram a ser implementadas com recursos do então Banco Nacional da Habitação BNH Dentre estas medidas foi criado na SABESP o PECOP Plano Estadual de Controle de Perdas Com a evolução das técnicas e conceitos em controle de perdas o plano foi reformulado em 1984 e passou a se chamar PEDOP Programa de Controle e Desenvolvimento da Operação Este programa previa uma ação global de planejamento controle e desenvolvimento da operação no sistema de abastecimento que consequentemente levariam a redução de perdas O programa era estruturado em 8 oito subprogramas MILTON 2005 1 2 3 4 5 6 7 8 14 SANEAMENTO No Brasil o índice de desperdício de água com vazamento e ligações clandestinas foi de 45 em 2010 segundo a Associação Brasileira das concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto A organização Não Governamental Internacional Tearfund estima que 5 bilhões de pessoas sofram com a escassez da água até 2050 Figura 13 Hipótese das distribuições de perdas totais em um sistema de abastecimento de água Fonte ARAÚJO 2005 Perdas em sistemas de abastecimento de água Conceitos Segundo TSUTIYA 2005 em um primeiro momento pensamos que perda é toda água tratada que se perdeu no caminho não chegando ao consumidor final No entanto essa ideia trata a perda como algo físico um volume de água que se perde em um vazamento exemplificando Certamente este é um caso concreto de um produto industrializado que se perde no transporte até o consumidor TSUTIYA 2005 As perdas físicas se dão através de vazamentos no sistema onde envolve a captação a adução de água bruta o tratamento a reserva a adução de água tratada e a distribuição além de procedimentos operacionais como lavagem de filtros e descargas na rede se estes consumirem além do necessário para operação SILVA CONEJO 1999 15 SANEAMENTO Um é em relação à conservação de recursos naturais porque quanto menor volume de perda no sistema menor a necessidade de explorar ou ampliar captações de água diminuindo impactos ambientais Há argumentação que as perdas reais alimentam o lençol freático realmente acontece mas não é uma maneira correta de gerir os recursos hídricos uma vez que para atender à crescente demanda de água tratada seria necessária a execução de mais obras com altos custos e elevados impactos ambientais na forma de barragens represas importação de águas de bacias periféricas etc Outro aspecto tem relação com a saúde pública Devido a vazamentos na rede de distribuição de água onde uma despressurização do sistema manutenção ou intermitência no abastecimento pode acarretar na contaminação da água pela entrada de agentes nocivos na tubulação Há casos relatados até em países desenvolvidos de óbito ou doenças ocorridas através de contaminação de redes por pontos de vazamento após despressurização do sistema Já as perdas não físicas tem origem em ligações clandestinas ou não cadastradas hidrômetros parados ou fraudados entre outras Também são conhecidas como perdas de faturamento já que seu principal indicador é a relação entre o volume disponibilizado e o volume faturado SILVA CONEJO 1999 A ideia de perdas entretanto vai mais além Sob a visão empresarial se o produto for entregue e por algum motivo não for faturado tem se um volume de produto em que houve gasto de tratamento e transporte mas que não esta gerando receita para Companhia ou seja é prejuízo é perda mas de outra conotação em relação ao caso anterior sendo mais ligada a vertente comercial do serviço prestado TSUTIYA 2005 Com relação às Perdas Reais MARTINS ET AL 2001 indica dois pontos extremamente importantes Podese dizer que as perdas reais trazem custos de produção e transporte da água tratada tem os custos com energia elétrica produtos químicos mão de obra etc Já nas perdas aparentes os custos são os relativos ao preço que o consumidor paga de acordo com a política tarifária de cada Companhia Entretanto para o consumidor as perdas são de suma importância nas tarifas que eles pagam pois as Companhias de saneamento normalmente incorporam as perdas na composição de preços TSUTIYA 2005 16 SANEAMENTO Tubulações das ETAs Tubulações das linhas de adução e da rede de distribuição e seus acessórios juntas registros ventosas Ramais prediais e cavaletes Estruturas dos reservatórios setoriais Equipamentos das estações elevatórias Em todas as fases de um sistema de abastecimento de água ocorrem perdas na captação e adução de água bruta no tratamento na adução e na reserva de água tratada e na distribuição Em cada uma dessas fases há condições particulares preponderantes para um ou outro tipo de perda e que definirão as intervenções que adequarão melhor a prevenção e correção dos itens que ocasionam as perdas TSUTIYA 2005 Vazamentos Ocorrência Para TSUTIYA 2005 os existem vazamentos em quase todos os setores do sistema de abastecimento de água porém os mais comuns ocorrem em As perdas totais de um sistema de abastecimento de água para Conejo 1999 são consideradas as mais complicadas de reconhecêlas e com isto se tornam as que trazem mais gastos corresponde às perdas físicas pois depende de complexas atividades de campo e de escritório Já as perdas não físicas as manutenções são solucionadas com ações de menor investimento e retorno financeiro e com menores prazos teoricamente Sendo o caso mais comum de perdas reais dentro de um sistema de abasteci mento de água Podem ocorrer nas adutoras nas redes e nos ramais de ligação De acordo com LAMBERT 2000 os vazamentos são classificados em três tipos a Visíveis São vazamentos de duração curta e vazões altas que afloram para a superfície e são facilmente detectáveis Correspondem por 45 dos vazamentos 17 SANEAMENTO b Não visíveis São vazamentos que não afloram para a superfície e desta maneira não podem ser detectados no visual Possuem vazões moderadas com duração que depende da frequência da pesquisa de vazamento Correspondem por 30 dos vazamentos c Inerentes São os vazamentos não visíveis e não detectáveis por equipamentos de detecção acústica Normalmente são vazões abaixo de 250 litroshora Correspondem por 25 dos vazamentos A figura 03 ilustra de maneira prática os tipos de vazamentos citados Figura 14 Configuração dos tipos de vazamentos Fonte Modificado de GONÇALVES 1998 Associação de vazamento a pressão Outro fator a ser considerado quanto aos vazamentos é associálos a pressão A pressão de serviço na rede de distribuição de água é o parâmetro operacional mais importante tanto na vazão dos vazamentos quanto na frequência de sua ocorrência O aumento da pressão de serviço nas redes de distribuição gera um efeito duplo na quantificação dos volumes perdidos Além de aumentar a frequência de arrebatamentos aumenta a vazão dos vazamentos TSUTIYA 2005 Extravasamentos Extravasamentos dos reservatórios quase sempre acontecem na parte da noite pois segundo Tardelli Filho 2006 é o período de maior carregamento da rede devido à inexistência de dispositivos de alerta e controle ou falhas operacionais nos equipamentos de controle instalados A magnitude das perdas por extravasamento é variável e depende das características do controle de nível existente Porém em geral tem pouca importância em termos numéricos no contexto global do sistema Todas as reações nos seres vivos necessitam de um veículo que as facilite e que sirva para regular a temperatura devido ao grande desprendimento de calorias resultante da oxidação da matéria orgânica A água que é fundamental à vida satisfaz completamente a estas exigências e se encontra presente em proporções elevadas na constituição de todos os seres vivos inclusive no homem onde atinge cerca de 75 de seu peso Sua influência foi primordial na formação das aglomerações humanas O homem sempre se preocupou com o problema da obtenção da qualidade da água e em quantidade suficiente ao seu consumo e desde muito cedo embora sem grandes conhecimentos soube distinguir uma água limpa sem cor e odor de outra que não possuísse estas propriedades atrativas Nesta unidade foi observado que é possível realizar um sistema de abastecimento de água com a finalidade de garantir a segurança hídrica da população Foi possível constatar que os autores aqui mencionados anteriormente convergem em suas opiniões e definições e seus estudos caminharam no sentido de complementar as informações aqui descritas Dessa forma esperase que este conteúdo desperte o interesse dos estudantes para o entendimento e a correta aplicação dos métodos e processos indispensáveis ao planejamento projeto e operação de diversas estruturas que se correlacionam junto ao meio ambiente CONCLUINDO A UNIDADE 18 DICA DO PROFESSOR 19 Procure estudar bastante o conteúdo desta matéria e ficar atento a diversas notícias veiculadas em mídias sociais jornalismo rádio telecomunicação entre outros a respeito da mesma O conhecimento deste tema é de suma importância na correta aplicação dos métodos e processos da engenharia indispensáveis ao planejamento projeto e operação das mais variadas estruturas que estão inseridas no meio ambiente SEU GABARITO Questão 01 Das alternativas abaixo qual engloba o conjunto de serviço do saneamento básico a Abastecimento de água potável constituído pelas atividades infraestruturas e instalações necessárias ao abastecimento público de água potável desde a captação até as ligações prediais e respectivos instrumentos de medição b Esgotamento sanitário constituído pelas atividades infraestruturas e instalações operacionais de coleta transporte tratamento e disposição final adequados dos esgotos sanitários desde as ligações prediais até o seu lançamento final no meio ambiente c Drenagem e manejo das águas pluviais limpeza e fiscalização preventiva das respectivas redes urbanas conjunto de atividades infraestruturas e instalações operacionais de drenagem urbana de águas pluviais de transporte detenção ou retenção para o amortecimento de vazões de cheias tratamento e disposição final das águas pluviais drenadas nas áreas urbanas d Todas as alternativas anteriores e Nenhuma das anteriores EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 20 SEU GABARITO EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO Questão 02 Uma etapa muito importante no contexto do abastecimento público de água é a definição do local para a implantação de uma Estação de Tratamento de Água ETA Por esse motivo uma equipe de engenheiros foi contratada para determinar o local de uma ETA Para evitar que problemas aconteçam durante a operação da ETA o local escolhido pela equipe para a sua construção deve Alternativas a ser em um ponto de fácil acesso na maioria das épocas do ano b estar abaixo da cota máxima de enchente de modo a não comprometer a sua operação c ter área mínima de 100m² d estar acima da cota média de enchente de modo a não comprometer a sua operação e levar em consideração as posições relativas ao manancial e ao centro de consumo 21 Questão 03 Assinale a alternativa que corresponde a etapa de tratamento de água coagulação a A finalidade dessa etapa é apenas o condicionamento da água para formação dos flocos aumentando o tamanho das partículas não ocorrendo a remoção das impurezas b Nesta etapa as impurezas na água são encontradas de duas formas dissolvidas ou em suspensão As suspensões podem ser grossas que são as fáceis de flutuar ou decantar como no caso de folhas e restos vegetais finas representadas pela turbidez e bactérias e coloidais como emulsões CO2 ferro e manganês oxidado Já as impurezas dissolvidas são sais de cálcio e magnésio ferro e manganês não oxidados c Nesta etapa a água é conduzida para os filtros onde as partículas menores que não apresentam características suficientes para sedimentação serão então removidas até que a água apresente cor e turbidez que atendam às exigências legais d Constitui um processo de separação sólidoliquido no qual envolve os fenômenos físicos químicos e às vezes biológicos Nesta etapa buscase a remoção das impurezas da água a partir da sua passagem por um meio poroso e Nenhuma das anteriores SEU GABARITO EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 22 Questão 04 Referente à concepção do projeto de uma rede de abastecimento de água potável o plano de urbanização municipal e as legislações relativas ao uso e à ocupação do solo são a elementos necessários para o desenvolvimento do projeto b elementos a considerar no desenvolvimento do projeto c atividades necessárias ao desenvolvimento do projeto d elementos que devem compor o projeto e elementos a serem dimensionados no projeto SEU GABARITO EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 23 Questão 05 Um dos principais elementos utilizados no dimensionamento de um sistema urbano de abastecimento de água é o consumo Assinale a alternativa que contempla apenas os fatores que afetam o consumo a Aspectos culturais tipo de tratamento e diâmetros das tubulações b Tipos de uso aspectos climáticos e diâmetro das tubulações c Aspectos climáticos tipos de uso e pressão na rede d Aspectos climáticos aspectos culturais e tipo de tratamento e Pressão na rede aspectos culturais e tipo de tratamento SEU GABARITO EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 24 Sugestão artigos e trabalhos acadêmicos Playlist Youtube Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto veja abaixo as sugestões do professor httpwwwfiocruzbrbiossegurancaBismanuaisambienteManual20de20Sa neamentopdf httpsbvsmssaudegovbrbvspublicacoesmanualsaneamento3edrevp1pdf httpsrepositoriounespbrbitstreamhandle1144999866herreraommebotf capdfsequence1 httpswwwyoutubecomwatchvNxgAQbuo48 Conhecendo as unidades de um Sistema de Abastecimento de Água httpswwwyoutubecomwatchvZsnU4QB5qck captação reservação e distribuição de água httpswwwyoutubecomwatchvOzS8VZS3Axs Sistema de Abastecimento de Água para iniciantes SAIBA MAIS 25 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALEN SOBRINHO P CONTRERA RC Redes de Distribuição de Água 12 Apresentação da disciplina Saneamento II São Paulo Escola Politécnica da Universidade de São Paulo Acesso em 09082022 BARROS RTV et al Saneamento Belo Horizonte Escola de Engenharia da UFMG 1995 221 p Manual de Saneamento e Proteção Ambiental para os Municípios 2 BIO Revista Brasileira de Saneamento e Meio Ambiente v 9 n 67 1998 BRAILE PM CAVALCANTI JEW Manual de tratamento de águas residuárias industriais São Paulo CETESB 1979 p 764 BRASIL Lei 6803 de 020780 Dispõe sobre as diretrizes básicas para o zoneamento industrial nas áreas críticas de poluição Lei 9605 de 130298 Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente Lei 6938 de 310881 Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente seus fins e mecanismos de formulação e aplicação BRASIL Ministério da Educação e do Desporto Programa Nacional de Educação Ambiental PRONEA Brasília 1997 BRASIL CONAMA Resolução 01 Dispõe sobre o Estudo de Impacto Ambiental EIA Diário Oficial de 170286 p 29 Seção 1 CONSTITUIÇÃO da República Federativa do Brasil 1988 GOMES SL Engenharia ambiental e saúde coletiva Salvador EDUFBA 1995 p 113 HAMMER MJ Sistemas de abastecimento de água e esgotos Rio de Janeiro Livros Técnicos e Científicos 1979 p 563 HELLER L Saneamento e saúde Brasília OPAS 1997 MAGLIO IC Acertos e desacertos do RIMA AMBIENTE v 2 n 2 1988 OPAS Programa marco de atenção ao Meio Ambiente Brasília 1998 p 260 27 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS REVISTA CREA Rio de Janeiro CREA n 22 fev 1998 Rio de Janeiro CREA n 19 set 1998 SEBRAE A questão ambiental Meio Ambiente e a pequena empresa Brasília 1996 TEIXEIRA PFPManual sobre vigilância ambiental vol 4 12 ed Washington OPS 1996 28 1 Letra D 2 Letra E 3 Letra B 4 Letra B 5 Letra C GABARITOS 29