·

Medicina Veterinária ·

Fisiologia Animal

Envie sua pergunta para a IA e receba a resposta na hora

Fazer Pergunta
Equipe Meu Guru

Prefere sua atividade resolvida por um tutor especialista?

  • Receba resolvida até o seu prazo
  • Converse com o tutor pelo chat
  • Garantia de 7 dias contra erros

Texto de pré-visualização

PLANO DE AÇÃO NACIONAL PARA A CONSERVAÇÃO DA ARARINHAAZUL Cyanopsitta spixii Presidenta Dilma Rousseff VicePresidente michel TemeR minisTéRio Do meio ambienTe ministra iZabella mÔnica TeiXeiRa secretário de biodiversidade e florestas RobeRTo bRanDÃo caValcanTi Diretora do Departamento de conservação da biodiversidade Daniela ameRica suaReZ De oliVeiRa insTiTuTo chico menDes De conseRVaçÃo Da bioDiVeRsiDaDe Presidente RobeRTo RicaRDo ViZenTin Diretor de Pesquisa avaliação e monitoramento da biodiversidade maRcelo maRcelino De oliVeiRa coordenador Geral de manejo para conservação uGo eichleR VeRcillo coordenadora de Planos de ação nacionais fÁTima PiRes De almeiDa oliVeiRa coordenador do centro nacional de Pesquisa e conservação de aves silvestres JoÃo luiZ XaVieR Do nascimenTo insTiTuTo chico menDes De conseRVaçÃo Da bioDiVeRsiDaDe Diretoria de Pesquisa avaliação e monitoramento da biodiversidade coordenação Geral de manejo para conservação eQsW 103104 centro administrativo setor sudoeste bloco D 1º andar ceP 70670350 brasíliaDf Tel 61 33419055 fax 61 33419068 wwwicmbiogovbr icmbio 2012 o material contido nesta publicação não pode ser reproduzido guardado pelo sistema retrieval ou transmitido de qualquer modo por qualquer outro meio seja eletrônico mecânico de fotocópia de gravação ou outros sem mencionar a fonte dos autores 2011 os direitos autorais das fotografias contidas nesta publicação são de propriedade de seus fotógrafos série espécies ameaçadas nº 9 ORGANIZADORES YaRa De melo baRRos YVes De soYe cRisTina Yumi miYaki RYan WaTson loRenZo cRosTa camile luGaRini CONTEÚDO YaRa De melo baRRos YVes De soYe cRisTina Yumi miYaki RYan WaTson loRenZo cRosTa silVia neRi GoDoY PeDRo DeVeleY bRasília 2012 PLANO DE AÇÃO NACIONAL PARA A CONSERVAÇÃO DA ARARINHAAZUL Cyanopsitta spixii série espécies ameaçadas nº 9 ORGANIZADORES YaRa De melo baRRos YVes De soYe cRisTina Yumi miYaki RYan WaTson loRenZo cRosTa camile luGaRini CONTEÚDO YaRa De melo baRRos YVes De soYe cRisTina Yumi miYaki RYan WaTson loRenZo cRosTa silVia neRi GoDoY PeDRo DeVeleY bRasília 2012 PLANO DE AÇÃO NACIONAL PARA A CONSERVAÇÃO DA ARARINHAAZUL Cyanopsitta spixii PLANO DE AÇÃO NACIONAL PARA A CONSERVAÇÃO DA ARARINHAAZUL Cyanopsitta spixii ORGANIZADORES Yara de melo barros Yves de soye cristina Yumi miyaki Ryan Watson lorenzo crosta camile lugarini CONTEÚDO Yara de melo barros Yves de soye cristina Yumi miyaki Ryan Watson lorenzo crosta silvia neri Godoy Pedro Develey COLAbORADORES Grupo de Trabalho para Recuperação da ararinhaazul REVISÃO TÉCNICA Yara de melo barros camile lugarini monalyssa camandaroba SUPERVISÃO TÉCNICA E REVISÃO FINAL núbia cristina b da silva stella fátima Pires de almeida oliveira PROJETO GRÁFICO E EDITORAÇÃO Raimundo aragão Júnior CATALOGAÇÃO E NORMALIZAÇÃO bIbLIOGRÁFICA Thaís moraes MAPAS noemia Regina santos do nascimento elaborados no centro de sensoriamento Remotoibama FOTOS GENTILMENTE CEDIDAS acTP aWWP claus meyer David Waugh fundação loro Parque fernanda Vaz marcos DáRé mark stafford mathias Reinschmidt Paul Roth Projeto ararinhaazul Yara barros e Yves de soye fundação lymington Juliana sinhorini e andressa borsari loro Parque fundação CAPA Gamini Ratnavira APOIO Projetos PRobio iimma INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA bIODIVERSIDADE Diretoria de Pesquisa avaliação e monitoramento da biodiversidade coordenação Geral de manejo para a conservação eQsW 103104 centro administrativo setor sudoeste bloco D 1º andar ceP 70670350 brasíliaDf Tel 61 33419055 fax 61 33419068 httpwwwicmbiogovbr impresso no brasil Plano de ação nacional para a conservação da ararinhaazul Cyanopsitta spixii Yara de melo barros et al organizadores Yara de melo barros et al brasília instituto chico mendes de conservação da biodiversidade icmbio 2012 140 p il color 24 cm conteúdo Yara de melo barros Yves de soye cristina Yumi miyaki Ryan Watson lorenzo crosta silvia nery Godoy Pedro Develey isbn 9788561842437 1 Preservação espécie 2 Predadores 3 Taxonomia 4 hábitat 5 espécie informações 6 longevidade 7 biologia reprodutiva 8 espécies brasileiras 9 conservação espécie i Título ii série cDD 59168 Cyanopsitta spixii Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul AGRADECIMENTOS um grande número de pessoas prestou valiosa assistência durante a preparação deste documento os autores agradecem particularmente aos seguintes revisores e colaboradores Jon ballou smithsonian institution carlos bianchi oregon state university Ricardo bonfim machado conservação internacional do brasil Donald brightsmith Tambopata macaw Projeto Peru Texas am university usa miguel bueno brinkmann Parques Reunidos sa spain marcellus bürkle exotics Veterinarian Germany susan l clubb veterinária de aves usa nigel J collar birdlife international eranda s Griffin universidade de newcastle australia katie higgins Zoo ave scarlet macaw Reintroduction Programme simon bruslund Jensen Walsrode Vogelpark alemanha carl G Jones Durrell Wildlife conservation Trust Wolfgang kiessling fundação loro Parque Georgina m mace Zoological society of london matthias Reinschmidt fundação loro Parque Pedro scherer neto museu de historia natural capão de imbuia ulysses s sealt conservation breeding specialist Group ian R swingle Durrell institute of conservation e ecology Jorgen b Thomsen conservation international astrid Vargas antigamente na national blackfooted ferret conservation center usfWs David R Waugh fundação loro Parque Roland Wirth Zoological society for the Protection of espécie e Populations Thomas h White usfWs Puerto Rico Recovery Programme Rafael Zamora fundação loro Parque agradecemos a equipe do laboratório de Genética e evolução molecular do ibusP que vem realizando ao longo dos anos um primoroso trabalho de análise genética da população de ararinhasazuis os resultados obtidos têm sido fundamentais para orientar os pareamentos de ararinhasazuis em cativeiro de forma a melhorar a viabilidade genética da população cativa os autores também agradecem o apoio a orientação e a experiência fornecidos pelos membros e consultores do Grupo de Trabalho para a Recuperação da ararinhaazul especialmente christoph kiessling fundação loro Parque fernanda Vaz fundação Parque Zoológico de são Paulo Jeremy mallinson Durrell Wildlife conservation Trust José flávio cândido sociedade brasileira da ornitologia José luiz catão Dias fundação Parque Zoológico de são Paulo neiva maria Robaldo Guedes coordenadora do Projeto arara azul uniDeRP onildo João marini filho icmbio oriel nogalli fundação Parque Zoológico de são Paulo Paulo magalhães bressan fundação Parque Zoológico de são Paulo Ricardo José soavinski icmbio Rick Jordan hill country aviaries simone Tenório PRoaVes sven hammer al Wabra Wildlife Preservation Qatar Wanderlei de moraes itaipu binacional William linda Wittkoff fundação lymington agradecemos especialmente à maria iolita bampi antiga coordenadora Geral de fauna do ibama que iniciou na instituição os trabalhos para a recuperação desta espécie aos quais se dedicou durante quinze anos com amor e afinco o Programa de Recuperação da ararinhaazul agradece e reconhece a participação do biólogo marcos DaRé que iniciou e conduziu os trabalhos em campo com a ararinhaazul em curaçá por seis anos desenvolvendo um importante trabalho de pesquisa e de envolvimento da comunidade local agradecemos aos antigos proprietários da fazenda concórdia família Possídio pelo apoio e pela possibilidade de instalação da base de campo do Projeto na fazenda Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul Cyanopsitta spixii agradecemos aos inúmeros biólogos estudantes pesquisadores e moradores locais que no passado trabalharam com o Projeto ararinhaazul como estagiários funcionários idealizadores e implementadores que com sua contribuição ajudaram a construir o Projeto pedimos desculpas por qualquer esquecimento Daniel mansur Pimpão Ricardo nichele serafim marcos freitas Rafael illenser Rodrigo Rodrigues de freitas bernardo Guimarães João cláudio araújo Juliana couto di Tullio andrei langeloh Roos felipe Guimarães flávio Guiga lucian luciano naka Daniel bampi Rosar alexander Gomes silveira kiko ana cláudia fandi ana cristina de menezes cristiane R cortes Robério Possídio Josenildo Jones humberto edson soares dos santos Diógenes costa silveira antônio matos seu binum seu antônio onésio soares Jorge de souza Rosa in memorian carlos alberto Possídio e tantos outros agradecemos de maneira especial a comunidade de curaçá cujo envolvimento receptividade e comprometimento tornaram possível a existência do Projeto ararinhaazul como lídia martins Rosa e todos os alunos e pais da escola da ararinha antônio marçal dos santos e todos aqueles moradores da caatinga e da cidade de curaçá que trabalharam em conjunto com a equipe de campo do Projeto ararinhaazul por mais de dez anos Yara de melo barros Yves de soye cristina Yumi miyaki Ryan Watson lorenzo crosta Cyanopsitta spixii Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul SUMÁRIO lisTa De siGlas e abReViações 10 lisTa De fiGuRas 11 lisTa De Tabelas 15 aPResenTaçÃo 17 PARTE I INFORMAÇÕES GERAIS 19 1 introdução 21 2 informações sobre a espécie 22 21 Taxonomia e descrição da ararinhaazul 22 22 População original estado de conservação e razões para o declínio 23 23 Distribuição e hábitat da ararinhaazul 24 24 Distribuição de água e alimento 31 241 fontes de água e disponibilidade 31 242 itens alimentares fenologia e disponibilidade 33 25 Dormitórios 38 26 biologia reprodutiva e árvores de nidificação 38 27 uso de hábitat área de vida e padrões de deslocamento 42 28 longevidade da ararinhaazul 42 29 Relação com maracanãs42 210 Status em cativeiro 43 3 ameaças na natureza 44 31 ameaças naturais potenciais na natureza 44 311 Predadores 44 312 competição e interações agonísticas 44 3121 outras espécies de psitacídeos 44 3122 abelhas africanizadas 44 3123 morcegos 45 32 ameaças nãonaturais potenciais na natureza 45 321 caça e captura para comércio ilegal 45 322 linhas de transmissão elétrica 45 323 indisponibilidade ou perda de hábitat crucial e sem perturbações 45 Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul Cyanopsitta spixii 4 Projeto ararinhaazul 47 41 experimentos de manejo in situ 49 411 Reintrodução de uma fêmea de ararinhaazul 49 412 experimento piloto de soltura de maracanãs 52 4121 Viveiro de adaptação présoltura 52 4122 Reconhecimento de predadores 53 4123 marcações visuais e rádiotransmissores 53 4124 locais de pernoite 55 4125 mudança de alimentação 55 4126 soltura 56 4127 monitoramento póssoltura 56 4128 avaliação do sucesso da soltura 60 413 Transferência de ovos e ninhegos de ninhos de maracanãs selvagens para o ninho do par heteroespecífico 61 42 busca por populações remanescentes de ararinhasazuis63 43 Pesquisa sobre o hábitat da região63 44 atividades de recuperação de hábitat na área de vida da última ararinhaazul selvagem 63 45 Trabalhos de envolvimento da comunidade 65 451 interação contínua com a população da área urbana de curaçá 66 452 interação contínua com a população da área rural de curaçá 66 5 iniciativas atuais de proteção de áreas de ocorrência histórica 70 6 manejo da população em cativeiro 71 61 introdução 71 62 População atual conhecida em cativeiro e centros de reprodução 72 a criadouro nest 73 b fundação lymington 74 c fundação loro Parque 75 D al Wabra Wildlife Preservation 76 e association for the conservation of Threatened Parrots 77 63 uso de espéciemodelo para reintrodução 78 64 sucesso reprodutivo 79 65 Demografia crescimento da população e pedigree 80 66 evolução recente da população em cativeiro 82 67 Genética 82 68 Problemas e ameaças 86 69 manejo de saúde e veterinário 87 7 Perspectivas futuras associação entre campo e cativeiro para a reintrodução de ararinhasazuis 89 8 Visão geral das técnicas de reintrodução potenciais para a ararinhaazul 89 Cyanopsitta spixii Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul PARTE II PLANO DE CONSERVAÇÃO 91 MATRIZ DE PLANEJAMENTO E MATRIZ DE METAS 99 PARTE III IMPLEMENTAÇÃO DO PLANO 113 MATRIZ DE MONITORIA 117 PAINEL DE GESTÃO 123 REFERêNCIAS bIbLIOGRÁFICAS 125 ANExOS Portaria conjunta mma e icmbio nº 316 de 9 de setembro de 2009 134 Portaria nº 78 de 3 de setembro de 2009 136 Portaria nº 17 de 17 de fevereiro de 2012 140 Portaria nº 74 de 02 de março de 2012 142 instrução normativa nº 22 de 27 de março de 2012 143 Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul Cyanopsitta spixii 10 LISTA DE SIGLAS E AbREVIAÇÕES AbV bornavírus aviário AVP análise de viabilidade populacional AWWP al Wabra Wildlife Preservation ACTP association for the conservation of Threatened Parrots bII birds international incorporated CEMAVE centro nacional de Pesquisa e conservação de aves silvestres CITES convenção sobre o comércio internacional de espécimes da fauna e flora selvagens em Perigo de extinção DIbIO Diretoria de avaliação Pesquisa e monitoramento da biodiversidadeicmbio CPRAA comitê Permanente para a Recuperação da ararinhaazul FLP fundação loro Parque CGESP coordenação Geral de manejo para conservação FUNbIO fundo brasileiro para a biodiversidade GSV Genetic similarity value Valor genético de similaridade GTRAA Grupo de Trabalho para a Recuperação da ararinhaazul ICMbio instituto chico mendes de conservação da biodiversidade ISb international studbook IUCN The International Union for Conservation of Nature IbUSP instituto de biociênciasuniversidade de são Paulo MMA ministério do meio ambiente PCR Reação em cadeia pela polimerase PDD síndrome de Dilatação do Proventrículo PROAVES associação brasileira para a conservação das aves RTPCR Reação em cadeia pela polimerase pela transcriptase reversa SAVE brasil sociedade para a conservação das aves do brasil SbO sociedade brasileira de ornitologia 11 Cyanopsitta spixii Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 ararinhaazul adulta na natureza 22 FIGURA 2 filhotes de ararinhaazul 22 FIGURA 3 as três últimas ararinhasazuis encontradas em 1986 por Paul Roth 24 FIGURA 4 A E b a caatinga savana estépica Parque b o hábitat observado a partir do Riacho da melancia próximo à curaçá bahia o hábitat parece relativamente intacto pois os efeitos do sobrepastoreio e do desaparecimento da mata de galeria não podem ser observados totalmente nesta perspective e distância 25 FIGURA 5 extensão aproximada dos bosques de caraibeiras Tabebuia aurea remanescentes mostrados como áreas hachuradas mapa retirado de Juniper e Yamashita 1991 26 FIGURA 6 extensão aproximada dos bosques de caraibeiras Tabebuia aurea remanescentes mostrada como áreas hachuradas baseada em Juniper e Yamashita 1991 incluindo os registros de observação do último exemplar selvagem de ararinhaazul 27 FIGURA 7 mapa da distribuição histórica da ararinhaazul mosaico lanDsaT images 2000 nasa 28 FIGURA 8 mapa dos municípios incluídos na área de distribuição hipotética provável e confirmada da ararinhaazul 29 FIGURA 9 mapa dos registros de avistamento do último exemplar selvagem de ararinhaazul no período entre julho1997 a outubro2000 o polígono formado pela linha pontilhada representa a fazenda concórdia onde se localiza a antiga base de campo do Projeto ararinhaazul compilado de acordo com barros e freitas 1998 barros 1999 e barros et al 1999 30 FIGURA 10 Riachos sazonais com caraibeiras Tabebuia aurea que naturalmente formariam as matas de galeria os efeitos do sobrepastoreio por cabras e corte de árvores é evidente 32 FIGURA 11 Riacho da melancia durante a estação seca a e durante a estação chuvosa com a várzea alagada b 33 FIGURA 12 Pinhão Jatropha pohliana var mollissima 37 FIGURA 13 frutos de favela Cnidosculus phyllacanthus 37 FIGURA 14 caraibeira Tabebeuia aurea 38 FIGURA 15 sementes de baraúna Schinopsis brasiliensis 38 FIGURA 16 cacto facheiro usado pelo macho selvagem de ararinhaazul como dormitório 38 FIGURA 17 ararinhaazul em abertura de ninho em caraibeira 41 FIGURA 18 maracanãs Primolius maracana 42 FIGURA 19 Par heteroespecífico formado por um macho de ararinhaazul e uma fêmea de maracanã 43 FIGURA 20 morcego encontrado fora da estação reprodutiva em cavidade utilizada como ninho pelo par heteroespecífico 45 FIGURA 21 bases do Projeto ararinhaazul a antiga base de campo na fazenda concórdia próxima à curaçá bahia b base na cidade de curaçá 48 FIGURA 22 seção ampliada da fazenda concórdia com registros de ocorrência do último macho selvagem de ararinhaazul compilado de acordo com barros 1999 barros e freitas 1998 e barros et al 1999 48 Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul Cyanopsitta spixii 12 FIGURA 23 Viveiro construído na antiga base de campo do Projeto ararinhaazul 49 FIGURA 24 fêmea de ararinhaazul durante treinamento de voo présoltura 50 FIGURA 25 fêmea de ararinhaazul comendo frutos de pinhão durante o período de adaptação présoltura 50 FIGURA 26 fêmea de ararinhaazul pousada no viveiro do macho cativo após a soltura 51 FIGURA 27 fêmea de ararinhaazul comendo frutos de pinhão após a soltura 51 FIGURA 28 Viveiro de adaptação présoltura na fazenda concórdia em dezembro de 1998 adaptado para receber maracanãs 53 FIGURA 29 a Rádiocolares com cores diferentes para identificação individual b maracanã com rádiocolar 53 FIGURA 30 Rádiocolar danificado pelas maracanãs 54 FIGURA 31 maracanã morta por coespecíficos no viveiro 54 FIGURA 32 maracanãs com a área nua da face tatuada para identificação individual 54 FIGURA 33 a colares de metal com bolinhas metálicas coloridas em diferentes combinações de cores b maracanã com o colar 55 FIGURA 34 Rádiotransmissor tail mount colocado nas maracanãs 56 FIGURA 35 Gaiola de soltura das maracanãs 57 FIGURA 36 a maracanãs já liberadas pousadas do lado de fora do viveiro e seus pares ainda cativos em dezembro de 1998 b maracanãs já liberadas na estação de alimentação suplementar no topo do viveiro de adaptação ao fundo um ninho artificial oferecido como abrigo57 FIGURA 37 maracanãs reintroduzidas inspecionando ninhos artificiais colocados como abrigo no topo do viveiro de adaptação 58 FIGURA 38 a área lilás indica a fazenda concórdia e o polígono verde indica a área aproximada utilizada pelas maracanãs reintroduzidas durante os cinco primeiros meses após a soltura Dez 1998 maio 1999 de acordo com barros e couto di Tullio 1999b 59 FIGURA 39 a barragem da fazenda concórdia durante a estação chuvosa de 1996 b barragem durante o auge da seca em agosto99 60 FIGURA 40 ovos da maracanã no ninho do par heteroespecífico 62 FIGURA 41 maracanã que eclodiu no ninho do par heteroespecífico em 1997 62 FIGURA 42 ovos do par heteroespecífico prontos para serem enviados para incubação artificial 62 FIGURA 43 a ninhego de maracanã com dois dias de idade na caixa de transporte b ninhego um dia após a transferência para o ninho do par heteroespecífico com o papo cheio de alimento 63 FIGURA 44 ninhegos de maracanãs encontrados mortos no ninho do par heteroespecífico 64 FIGURA 45 cinta de metal em torno da base de uma caraibeira onde havia um ninho do par heteroespecífico 64 FIGURA 46 Viveiro de mudas do Projeto ararinhaazul 65 FIGURA 47 a Teatro Raul coelho antes da reforma b o Teatro após a reforma 67 FIGURA 48 Projeto capoeira 67 FIGURA 49 oficinas da ararinha 67 13 Cyanopsitta spixii Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul FIGURA 50 cursos de capacitação para moradores da caatinga em curaçá 67 FIGURA 51 escola da ararinha a escola da ararinha já construída com apresentação de peça elaborada pelos alunos sobre a extinção da ararinha b horta na escola c curso de apicultura na escola D Reunião com pais alunos e comunidade com enfoque no tema da ararinhaazul 68 FIGURA 52 a escola da ararinha reformada em 2008 b nova sala de aula c e D alunos desenvolvendo atividades relacionadas à ararinhaazul 68 FIGURA 53 apresentação do Teatro na Roça em distrito do município de curaçá 69 FIGURA 54 a Placa na entrada da cidade de curaçá em 2000 instalada por iniciativa da Prefeitura local b ararinhaazul incorporada à bandeira de curaçá 69 FIGURA 55 faixa colocada por moradores durante a festa dos Vaqueiros comemoração tradicional de curaçá 69 FIGURA 56 Riacho da melancia com caraibeiras na margem na fazenda Gangorra 70 FIGURA 57 a ararinhas que estavam no Zoológico de são Paulo b Viveiros que receberam os espécimes de ararinhaazul no criadouro nest 73 FIGURA 58 centro de reprodução de ararinhasazuis na fundação lymington 74 FIGURA 59 centro de reprodução de ararinhasazuis na fundação loro Parque 75 FIGURA 60 centro de reprodução de ararinhasazuis na al Wabra Wildlife Preservation 76 FIGURA 61 centro de reprodução de ararinhasazuis na association for the conservation of Threatened Parrots 77 FIGURA 62 ararinhaazul nascida na fundação loro Parque em 2006 79 FIGURA 63 ararinhasazuis nascidas na al Wabra Wildlife Preservation em 2006 79 FIGURA 64 crescimento da população em cativeiro de 1971 a 2011 Watson 2008 80 FIGURA 65 Pedigree das ararinhasazuis conhecidas em cativeiro compilado por Ryan Watson simon bruslund Jensen e Yves de soye em maio de 2008 adaptado por Ryan Watson de documento elaborado por simon bruslund Jensen e Yves de soye em dezembro de 2008 al Wabra Wildlife Preservation este pedigree é uma compilação dos dados conhecidos e de informação coletada até o momento baseado em dados publicados e não publicados de J ballou R messer a de Dios n schischakin m Reinschmidt m Guth J haemmerli 81 FIGURA 66 classes etárias da população em cativeiro da ararinhaazul a barra azul indica o número de indivíduos de acordo com o sexo nas diferentes faixas etárias quanto mais perto do eixo x menor é a idade a linha vermelha indica o padrão de estabilidade 82 FIGURA 67 biópsia de papo feita em uma ararinhaazul na aWWP 88 FIGURA 68 Dr lorenzo crosta realizando endoscopia em ararinhaazul no Zoológico de são Paulo 89 FIGURA 69 logomarca do Projeto ararinha na natureza com a respectiva barra de parceiros 110 15 Cyanopsitta spixii Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul LISTA DE TAbELAS TAbELA 1 Plantas e partes utilizadas como alimento por ararinhasazuis sm eou maracanãs im 34 TAbELA 2 Período de frutificação eou período de utilização de plantas utilizadas como alimento pela última ararinhaazul selvagem e por maracanãs 36 TAbELA 3 caracterização de duas caraibeiras possivelmente utilizadas por casais de ararinhasazuis no Riacho da melancia DaRé 2001 silva 1993 39 TAbELA 4 Parâmetros dos quatro ninhos e árvores de nidificação usados pelo par heteroespecífico 40 TAbELA 5 correlações significativas p 005 encontradas para os ninhos do par heteroespecífico de acordo com barros 2001 40 TAbELA 6 instituições mantenedoras e população em cativeiro estimada em fevereiro de 2009 43 TAbELA 7 Parâmetros medidos durante o período de adaptação das maracanãs reintroduzidas em dias até 250399 após a soltura 61 TAbELA 8 evolução da população em cativeiro de ararinhasazuis entre 19992008 82 TAbELA 9 Ranking de valor de similaridade genética GsV dos machos em ordem de compatibilidade com todas as outras ararinhasazuis com potencial reprodutivo 85 TAbELA 10 lista de participantes da ii Reunião do Grupo de Trabalho para a Recuperação da ararinhaazul Cyanopsitta spixii em 2006 que avaliou o documento preliminar do plano de ação96 TAbELA 11 lista de participantes da iii Reunião do Grupo de Trabalho para a Recuperação da ararinhaazul Cyanopsitta spixii em 2009 que reavaliou o documento preliminar do plano de ação 97 TAbELA 12 lista de participantes da oficina de trabalho para a Recuperação da ararinhaazul Cyanopsitta spixii em abril de 2011 97 Tabela 13 lista de participantes da oficina para realização da aVP da ararinhaazul Cyanopsitta spixii em setembro de 2012 98 TAbELA 14 objetivos específicos do Pan ararinhaazul 98 17 Cyanopsitta spixii Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul APRESENTAÇÃO a ararinhaazul é um dos animais mais ameaçados do mundo Devido ao histórico de destruição da sua área de ocorrência assim como à intensa captura de indivíduos para o tráfico ilegal a espécie é considerada extinta na natureza e desde 2000 não foi mais encontrada na natureza atualmente restam apenas 79 indivíduos cativos que integram um programa de reprodução em cativeiro em cinco centros de reprodução no brasil e no exterior o instituto chico mendes e o ministério do meio ambiente somam esforços junto à sociedade definindo e pactuando estratégias para recuperação dessa espécie por meio do Plano de ação nacional Pan para a conservação da ararinhaazul Pan ararinhaazul o Pan ararinhaazul tem como objetivo o aumento da população manejada em cativeiro e a recuperação e conservação do hábitat de ocorrência histórica da espécie até 2017 visando o início das reintroduções até 2021 um diferencial neste processo é a parceria entre o setor privado e o governo brasileiro com intuito de viabilizar muitas das ações previstas no Pan por meio do Projeto ararinha na natureza este Projeto tem o patrocínio da Vale e apoio dos mantenedores da espécie dentro e fora do brasil e será implementado com a participação ativa de todos os que estiveram envolvidos na conservação desta espécie nos últimos anos o instituto chico mendes de conservação da biodiversidade por meio do cemaVe agradece a colaboração e o apoio dos nossos parceiros mantenedores das aves no brasil e no exterior al Wabra Wildlife Preservation association for the conservation of Threatened Parrots fundação loro Parque criadouro nest e a fundação limington da Vale da saVe brasil do funbio e da Prefeitura de curaçá RObERTO RICARDO VIZENTIN Presidente do instituto chico mendes de conservação da biodiversidade PARTE I INFORMAÇÕES GERAIS foto al Wabra Wildlife Preservation 21 Cyanopsitta spixii Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul 1 INTRODUÇÃO o esforço para a recuperação da ara rinhaazul começou com a descoberta da últi ma população selvagem composta por apenas três indivíduos em 1986 a formalização desta iniciativa ocorreu em 1990 quando o ibama criou o comitê Permanente para a Recupe ração da ararinhaazul cPRaa no ano se guinte teve início um trabalho de campo contí nuo de conservação e pesquisa na área em que o último macho selvagem vivia assim como um programa coordenado de reprodução em cativeiro entretanto dez anos após a criação do cPRaa a falta de cumprimento das regras estabelecidas e conflitos internos do comitê levaram o ibama a suspender suas ações em 2000 e finalmente a dissolvêlo em 2002 em novembro de 2002 o ibama orga nizou uma reunião especial em fortaleza ce ará brasil para reiniciar o Programa de Recu peração da ararinhaazul convidando antigos parceiros e vários participantes novos a reu nião culminou na criação do novo Grupo de Trabalho para a Recuperação da ararinhaazul GTRaa que foi legalmente estabelecido em 2005 para assessorar o ibama em todos os as pectos relacionados à conservação da espécie em 2007 foi criado o instituto chico mendes de conservação da biodiversidade que desde então está responsável pela coordenação dos trabalhos de recuperação da ararinhaazul o Plano de ação nacional para a con servação da ararinhaazul Cyanopsitta spixii foi elaborado mediante solicitação do Grupo de Trabalho readequado em 2010 e monitorado em 2012 ele é destinado ao público em geral e àqueles responsáveis pela tomada de decisões para oferecer uma estrutura de planejamento em formato acessível que possa nortear os esfor ços de conservação este Plano é baseado no documen to salvando a ararinhaazul Cyanopsitta spixii um manual de manejo em cativeiro e Recuperação da espécie soye e barros em elaboração que compila as informações dispo níveis sobre a espécie o documento resultante fornece uma revisão abrangente dos esforços de recuperação feitos no passado para salvar a ararinhaazul da extinção e oferece linhas de ação detalhadas para a implementação dos pro gramas de reprodução em cativeiro conserva ção in situ e reintrodução sendo uma referência chave para a recuperação da espécie o Plano de ação nacional para a conservação da ararinhaazul está sendo re visado e atualizado periodicamente para se ajustar à evolução da situação da espécie e incluir novas informações à medida que elas estão disponíveis Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul Cyanopsitta spixii 22 2 INFORMAÇÕES SObRE A ESPÉCIE 21 Taxonomia e descrição da ara rinhaazul a ararinhaazul Cyanopsitta spixii Wa gler 1832 figura 1 único representante de seu gênero é um psitacídeo de tamanho mé dio comprimento do corpo 5557 cm silva 1993 collar 1997 Juniper e Parr 1998 e massa corpórea de 286410 g em cativeiro com uma cauda graduada particularmente longa e longas asas estreitas loros e região pe rioftálmica nus e de coloração distinta silva 1993 Juniper e Parr 1998 os adultos são principalmente azuis mais claros na região ventral mais escuros dos lados costas parte su perior das asas e cauda a testa e as penas que cobrem o ouvido são acinzentadas com tona lidade azul o resto da cabeça e o pescoço são azulacinzentados silva 1993 Juniper e Parr 1998 barros in litt 2005 as partes inferiores têm uma ligeira coloração esverdeada Penas de voo e da cauda pretas anel perioftálmico nu e loros são cinzaescuro íris conspicuamen te clara ou amarela bico preto e pernas cinza silva 1993 Juniper e Parr 1998 os imaturos lembram os adultos mas são facilmente diferenciados a cauda não é tão longa a íris é cinza e o culmen do bico que nos adultos é negro tem uma faixa bran ca ou brancoacinzentada na frente smith 1990 silva 1993 ver figura 2 o bico se tor na tão escuro quanto o de adultos com apro ximadamente um ano de idade silva 1993 a plumagem imatura também é de um azul mais escuro acima da área facial nua loros e anel ocular brancoacinzentada Juniper e Parr 1998 collar 1997 não existe dimorfis mo sexual relatado silva 1993 collar 1997 Juniper e Parr 1998 figura 1 ararinhaazul adulta na natureza al Wabra Wildlife Preservation marcos DaRé mathias Reinschmidt figura 2 filhotes de ararinhaazul 23 Cyanopsitta spixii Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul 22 População original estado de conservação e razões para o declínio a ararinhaazul foi descoberta e coletada em abril de 1819 por Johann baptist Ritter von spix em Juazeiro bahia e subsequentemente descrita por Johann Wagler em 1832 a área exa ta de ocorrência da espécie no entanto perma neceu indefinida e só pôde ser determinada após a eventual redescoberta da espécie em 1986 por Paul Roth que encontrou as três últimas aves nos riachos barra Grandemelancia no municí pio de curaçá no nordeste da bahia figura 3 em 1990 uma expedição liderada por carlos Ya mashita e Tony Juniper encontrou uma única ave remanescente na natureza esta ave um macho desapareceu após dez anos outubro de 2000 e então a espécie foi finalmente classificada como extinta na natureza cerca de 79 aves sobrevi vem atualmente em cativeiro o declínio da espécie foi atribuído a dois fatores principais em primeiro lugar pela destruição em larga escala do hábitat específico de mata de galeria do qual a espécie aparente mente dependia e em segundo lugar pela cap tura para comércio ilegal nas últimas décadas Juniper e Yamashita 1990 1991 collar et al 1992 bampi e DaRé 1994 a destruição do hábitat foi resulta do da colonização e exploração da região ao longo do corredor do Rio são francisco durante mais de três séculos os primeiros colonizadores se estabeleceram no vale du rante o século 17 no início do século 18 já havia uma atividade pecuária extensiva Para limpar as áreas para pasto os colonos usa vam fogo e como resultado as frágeis flores tas foram devastadas mais de cem anos de queima intensiva corte de madeira e sobre pastoreio ocorreram antes mesmo que von spix e martius viajassem pela região as margens de riachos onde existem matas de galeria são altamente valorizadas por agricultores locais para a subsistência es pecialmente para lavouras de milho Juniper e Yamashita 1991 estas também são as áreas onde os pastos têm maior durabilidade du rante a estação seca como consequência a maior parte das habitações humanas tem sido estabelecidas ao longo dos riachos inserindo a pressão adicional de coleta de lenha Juni per e Yamashita 1990 1991 collar et al 1992 as árvores são valorizadas como fonte de madeira para construção de casas e barcos cniPaPne 2003 o que leva ao corte sele tivo Podese razoavelmente inferir que a de gradação dos hábitats de riachos sazonais tam bém foi bem avançada no início do século XiX sampaio e mazza 2000 Juniper 2002 Roth 1989 acreditava que os riachos arborizados já tinham se estendido por 50 km de cada lado do rio são francisco mas na épo ca que a última ave foi encontrada em 1990 parecia haver apenas duas pequenas manchas remanescentes ao sul do rio Juniper e Ya mashita 1991 Juniper 2002 curiosamente traficantes e moradores locais relataram que a espécie costumava viver também no lado norte do rio mas que a supressão total da mata na quela região teria levado a espécie a se deslo car para o outro lado um fator que pode não ter recebido a devida atenção é a construção da barragem de sobradinho na década de 70 a barragem co meçou a geração de energia em 1979 e está lo calizada a apenas 35 km rio acima de Juazeiro e Petrolina e criou o maior reservatório do brasil em termos de área de superfície 4225 km² a barragem alagou o vale do Rio são francisco por vários quilômetros incluindo qualquer hábitat potencial da ararinhaazul que pudesse haver na região Juniper 2002 a construção de sobradinho e de usinas hidroelétricas posteriores também promoveram a instalação de linhas de transmissão para o transporte da energia produzida a captura ilegal para comércio foi sem dúvida alguma um fator decisivo para a extin ção da ararinhaazul na natureza após cap turas ocasionais na década de 20 com fins de comercialização na europa e estados unidos traficantes especializados iniciaram nas déca das de 60 e 70 a captura de aves jovens e pos teriormente adultas depletando rapidamente a população remanescente para satisfazer a de manda dos mercados nacional e internacional Roth 1990 Juniper 2002 muitas das ararinhasazuis que foram enviadas para colecionadores de aves duran te as décadas de 70 e 80 foram fornecidas por apenas dois traficantes e seus ajudantes entre 1984 e 1987 o traficante de Petrolina comer cializou oito aves quatro adultas capturadas em 1984 e 1985 duas jovens entre 1985 e 1986 e dois ninhegos os últimos dois foram confis cados e recuperados no Paraguai em abril de 1987 não há registros das aves comercializa das por este traficante nos anos antecedentes a Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul Cyanopsitta spixii 24 1984 o traficante do Piauí capturou 15 arari nhas entre 1977 e 1985 13 delas sendo adultas ambos alegaram que todas as 23 aves que ven deram eram de procedência das proximidades de curaçá Também foi mencionado que dois ninhegos retirados da natureza em cada esta ção reprodutiva de 1984 a 1987 teriam vindo do ninho do último par reprodutivo selvagem Thomsen e munn 2002 apud Juniper 1988 DaRé 1993a afirma que a fonte de aves para o tráfico nas décadas de 60 e 70 não teria sido a subpopulação dos Riachos barra Grande e melancia De acordo com ele a exploração desta subpopulação aumentou apenas na década de 80 e já em 1983 restavam apenas quatro aves fatores adicionais que parecem ter con tribuído para o declínio da ararinhaazul são a caça e a presença das agressivas abelhas africa nizadas Roth 1990 Juniper e Yamashita 1991 collar et al1992 mas não há evidências do impacto destes fatores 23 Distribuição e hábitat da arari nhaazul a área de distribuição histórica confir mada da ararinhaazul está localizada na ca atinga do nordeste do brasil em escala local a caatinga é classificada como estepe Parque ou savana estépica Parque RaDambRasil 1983 ou caatinga baixa aberta Rizzini 1979 fernandes e bezerra 1990 figura 4 a área de ocorrência histórica da espé cie está situada em uma das duas regiões mais quentes e áridas de toda a caatinga onde o cli ma é classificado como semiárido a temperatu ra média anual gira em torno de 24c a média de precipitação anual é muito baixa em torno de 452 mm barros 2001 a 473 mm DaRé 1993a os principais meses da estação chuvo sa são dezembro a abril os quais apresentam as maiores precipitações o pico da estação seca se dá normalmente em setembro a novembro as figuras 5 a 9 são baseadas em compilações revisões relatórios e mapas de Roth 1988 Juniper e Yamashita 1990 Ju niper e Yamashita 1991 collar et al 1992 DaRé 1993ab 1994 e Pontual 1992a e apresentam uma estimativa das áreas de ocorrência histórica prováveis e confirmadas da ararinhaazul apenas a localidade de uma população de ararinhasazuis pode ser confirmada devi do à presença de três aves remanescentes a área dos riachos barra Grandemelancia no município de curaçá entretanto várias locali dades adicionais são reconhecidas como parte da área de ocorrência devido a evidências de ocupação recente figuras 5 a 9 Riacho da Vargem Juniper e Yamashita 1991 DaRé 1994ab no Riacho da Var gem foi indicado para DaRé por morado res locais um dormitório grupal vários cac tos facheiros no meio da caatinga entre os Riachos do espinheiro e serra branca figura 3 as três últimas ararinhasazuis encontradas em 1986 por Paul Roth Paul Roth 25 Cyanopsitta spixii Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul Riacho macururé no município de ma cururé o riacho imediatamente adja cente e a sudoeste do Riacho da Var gem DaRé 1994a a margem do Rio são francisco durante períodos de seca tanto perto de curaçá quanto de abaré DaRé 1994 Vários re latos barros e freitas 1998 barros 1999 barros et al 1999 figura 9 A B figura 4 a a caatinga savana estépica Parque b o hábitat observado a partir do Riacho da melan cia próximo à curaçá bahia o hábitat parece relativamente intacto pois os efeitos do sobrepastoreio e do desaparecimento da mata de galeria não podem ser observados nesta perspectiva e distância claus meyer fundação loro Parque Riacho da brígida nos municípios de orocó e Parnamirim como único sítio es pecífico de ocorrência histórica reconhe cida do lado norte do Rio são francisco Pernambuco de acordo com buscas e entrevistas com moradores locais em dezembro de 1993 por DaRé 1994a 1994b ver também Juniper 2002 Pon tual 1992ab Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul Cyanopsitta spixii 26 figura 5 extensão aproximada dos bosques de caraibeiras Tabebuia aurea remanescentes mostrados como áreas hachuradas mapa retirado de Juniper e Yamashita 1991 27 Cyanopsitta spixii Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul figura 6 extensão aproximada dos bosques de caraibeiras Tabebuia aurea remanescentes mostrada como áreas hachuradas baseada em Juniper e Yamashita 1991 incluindo os registros de observação do último exemplar selvagem de ararinhaazul Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul Cyanopsitta spixii 28 Figura 7 Mapa da distribuição histórica da ararinhaazul Mosaico LANDSAT Images 2000 NASA 29 Cyanopsitta spixii Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul Figura 8 Mapa dos municípios incluídos na área de distribuição hipotética provável e confirmada da ararinhaazul Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul Cyanopsitta spixii 30 figura 9 mapa dos registros de avistamento do último exemplar selvagem de ararinhaazul no período entre julho1997 a outubro2000 o polígono formado pela linha pontilhada representa a fazenda concórdia onde se localiza a antiga base de campo do Projeto ararinhaazul compilado de acordo com barros e freitas 1998 barros 1999 e barros et al 1999 nota importante Y m barros com pess localmente o Rio curaçá é conhecido como Riacho barra Grande até encontrarse com o Riacho melancia após a confluência denominase curaçá 31 Cyanopsitta spixii Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul o hábitat específico no qual a última população foi encontrada e onde foram registra das alimentação e reprodução são florestas de galeria ao longo de riachos sazonais que ao sul do Rio são francisco são dominadas por carai beiras Tabebuia aurea bignoniaceae figura 10 Juniper e Yamashita 1990 determinaram que os bosques de caraibeiras remanescentes represen tavam uma área de apenas 30 km² as observa ções destes autores e pesquisas posteriores indi cam que a ararinha é uma especialista de hábitat limitada a esse tipo de ambiente entretanto as novas análises especu lam que a ararinhaazul pode ter sido menos especialista de hábitat do que se costumava acreditar desde 1986 Primeiramente as matas na margem norte do Rio são francisco que fo ram completamente convertidas em terras agrí colas nas décadas de 60 e 70 foram possivel mente dominadas por outra espécie de árvore o muquém provavelmente Albizia polyantha syn Pithecellobium multiflorum mimosaceae uma espécie que também ocorria ao longo do Rio são francisco antes da quase deflorestação completa de suas margens em segundo lugar há a possibilidade de que a espécie possa ter sido deslocada de parte de sua distribuição original devido ao alagamento de centenas de quilômetros do Rio são francisco na década de 70 pela barragem de sobradinho o município de curaçá onde foram encontrados os três últimos exemplares de ara rinhaazul está localizado na zona fisiogeográ fica do sertão do são francisco na divisa entre bahia e Pernambuco entre 859s e 3954W a uma altitude de 350 m possuindo uma área de 6442 km² e uma população de 32449 ha bitantes ibGe 2007 httpwwwibgegovbr cidadesat acessado em 160209 uma mudança similar supostamente ocorreu quando as aves se deslocaram da mar gem norte para a margem sul quando as matas de galeria do lado de Pernambuco foram elimi nadas na teoria a única localidade confirma da de ararinhasazuis deve ter sido meramente um relicto e a especialização de hábitat uma adaptação local a uma última alternativa viável de hábitat esta questão merece atenção pois pode ter implicações no potencial de restabe lecimento da espécie e no trabalho que deverá ser desenvolvido de recuperação de hábitat 24 Distribuição de água e alimento na caatinga tanto a água quanto o alimento estão distribuídos em manchas e de forma imprevisível tanto espacial como temporalmente e sua disponibilidade de terminou os padrões de uso de hábitat e os deslocamentos sazonais da ararinhaazul particularmente fora da estação reprodutiva eg DaRé 1993b as pronunciadas varia ções climáticas interanuais também afetam a disponibilidade destes recursos 241 Fontes de água e disponibilidade na área onde a última ararinhaazul foi estudada a água é localmente abundante du rante a estação chuvosa dezembroabril e nos meses subsequentes nos riachos sazonais lagoas naturais e reservatórios artificiais com a chega da da estação seca estas fontes de água gradual mente desaparecem até o pico da estação seca setembronovembro quando a água pode ser encontrada em poucos locais no interior da ca atinga Durante longos períodos de seca a água se torna escassa e a principal fonte remanescente natural de água é o próprio Rio são francisco Durante a estação chuvosa tanto a dis ponibilidade de água quanto a fisionomia da ca atinga sofrem alterações drásticas figura 11 o Rio são francisco é portanto consi derado crítico para a sobrevivência em perío dos de seca e especulase que a distância para o rio pode ter sido um fator que restringiu a área de distribuição histórica da ararinhaazul ao interior da caatinga os registros históricos reconhecidos da ararinhaazul figura 9 pare cem reforçar este padrão a última ararinhaazul selvagem e as maracanãs Primolius maracana não foram observadas nas margens do Rio são francisco barros 2001 entretanto um morador de uma das ilhas do rio relatou que a ararinhaazul re manescente que na época estava pareada com uma maracanã pernoitou uma noite na ilha em setembro97 Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul Cyanopsitta spixii 32 A C figura 10 Riachos sazonais com caraibeiras Tabebuia aurea que naturalmente formariam as matas de gale ria os efeitos do sobrepastoreio por cabras e corte de árvores são evidentes B D David Waugh fundação loro Parque fotos Projeto ararinhaazul 33 Cyanopsitta spixii Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul 242 Itens alimentares fenologia e dis ponibilidade as Tabelas 1 e 2 apresentam uma com pilação de toda a informação encontrada em relatórios e publicações sobre itens alimentares utilizados por ararinhasazuis eou maracanãs a lista possivelmente está incompleta para a ararinhaazul dada a amostra limitada de uma a três aves selvagens estudadas De acordo com barros 2001 que obteve registros de alimentação do últi mo exemplar selvagem conhecido de ara rinhaazul no período entre julho de 1997 e julho de 1999 foram utilizadas onze es pécies vegetais como alimento pinhão figura 11 Riacho da melancia durante a estação seca a e durante a estação chuvosa com a várzea alagada b A B Jatropha mollissima favela Cnidoscolus phyllacanthus juazeiro Ziziphus joazeiro baraúna Schinopsis brasiliensis imburana Commiphora leptophloeos facheiro Pilosocereus piauhiensis além de regis tros indiretos por meio de sementes en contradas nas fezes enxerto Phoradendron sp caraibeira Tabebuia aurea angico Anadenanthera macrocarpa umbu Spondias tuberosa e unhadegato Acacia paniculata entretanto relatórios de pesquisadores que trabalharam anteriormente com a ararinhaazul adi cionam outras duas espécies à lista perfazendo um total de treze espécies paudecolher Maytenus rigida Roth 1990 e marizeiro Geoffroea spinosa Pontual 1992b DaRé 1994a adiciona também fotos Projeto ararinhaazul Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul Cyanopsitta spixii 34 exemplar remanescente de ararinhaazul nas proximidades de riachos com caraibeiras sem que a ave tivesse que empreender longos deslocamentos para o interior da caatinga a procura de alimento nos meses de junho e julho as plantas destas espécies começam a secar e a oferta de frutos diminui nos meses mais secos há a disponibilidade de frutos de caraibeira figura 14 e baraúna figura 15 bastante utilizados barros 2001 Yamashita in litt 1990 para n collar in collar et al 1992 afirma que tanto a fa veleira quanto o pinhão são colonizadores não fazendo parte da vegetação original da regiãoenquanto Roth 1990 acreditava que o alimento não era um recurso limitante para a ararinhaazul evidências posteriores mostram claramente que as araras enfrenta vam lacunas na disponibilidade de alimen tos Dependendo das particularidades de cada ano aparentemente uma ou várias la cunas na disponibilidade de alimentos ocor riam informações em relatórios e publica ções não são totalmente consistentes com relação a estes períodos de escassez pois há variações interanuais mas parece evidente que as lacunas críticas de alimento ocorriam nos meses de novembro e dezembro pouco antes do início da estação chuvosa DaRé 1994b 1995b sem chuva esta situação se agravava freijó Cordia sp mas a espécie é provavelmen te Combretum leprosum que foi erroneamente identificada Y m barros com pess Dos itens ingeridos 901 foram se mentes e o pinhão figura 12 foi utilizado em 5413 das visitas de alimentação feeding bouts registradas da ararinhaazul n110 Desta planta são utilizadas sementes bo tões de flores e o látex contido nos pecíolos o pinhão foi a única espécie disponível para alimentação durante todo o ano embora no pico do período seco setembro e outubro a quantidade disponível fosse muito reduzida permanecendo poucos indivíduos frutificando geralmente em regiões onde o solo apresen tava umidade como as várzeas outra espécie importante foi a faveleira figura 13 barros 2001 a distribuição destas duas espécies ocorre em manchas em anos normais ambas têm um período de frutificação relativamente longo com pico de produtividade no auge da estação chuvosa janeiro a março mas podem ser encontrados indivíduos frutificando em vá rias localidades nos meses posteriores DaRé 1992 barros 2001 Também são as espécies mais abundantes durante a estação chuvosa em anos secos frutos de pinhão e favela podem ser encontrados entre abril e setembro DaRé 1994 em anos chuvosos estas espécies são mais abundantes ao lon go do ano e isto favorecia a permanência do EspécieFamíliaNome ComumHábito Utilização Pela Espécie Partes Fonte 1 Jatropha pohliana var Mollissima Euphorbiaceae Pinhão Arbusto AA Sementes Roth 1990 Sementes Barros 2001 Sementes de frutos maduros ainda verdes e frutos secos abertos DaRé 1993ab DaRé 1995b MA Sementes látex Barros 2001 Sementes de frutos verdes e maduros e botões de flores Barros 1997b 2 Cnidoscolus phyllacanthus Euphorbiaceae Faveleira Favela Arbusto AA Sementes Roth 1990 Barros 2001 Sementes de frutos maduros ainda verdes e frutos secos abertos DaRé 1993ab DaRé 1995b MA Sementes Barros 2001 Barros 1997b TABelA 1 PlAnTAs e PArTes uTilizADAs Como AlimenTo Por ArArinhAsAzuis AA eou mArACAnãs mA 35 Cyanopsitta spixii Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul EspécieFamíliaNome ComumHábito Utilização Pela Espécie Partes Fonte 3 Ziziphus joazeiro Rhamnaceae Joazeiro Juá Árvore AA Frutos e sementes Roth 1990 Polpa de frutos Barros 2001 MA Polpa de frutos Barros 2001 Barros 1997b 4 Schinopsis brasiliensis Anacardiaceae Baraúna Árvore AA Sementes preferencialmente quando totalmente formadas mas ainda não secas DaRé 1993ab DaRé 1995b Sementes Barros 2001 MA Sementes de frutos verdes e maduros Barros 2001 Barros 1997b 5 Maytenus rigida Celastraceae Pau De Colher ArbustoÁrvore AA Frutos e sementes Roth 1990 6 Tabebuia aurea Bignoniaceae Caraiba Caraibeira Craibeira Árvore AA Sementes utilizadas quando ainda verdes mas totalmente formadas DaRé 1993ab DaRé 1995b flores Anon 1993 sementes Barros 2001 MA Sementes Barros 2001 7 Commiphora Bursera leptophloeos Burseraceae Imburana Árvore AA Semente e polpa de fruto Barros 2001 AA Semente e polpa de fruto Barros 1999 MA Semente e polpa de fruto Barros 2001 8 Anadenanthera macrocarpa Mimosaceae Angico Árvore AA Sementes Barros 2001 AA Sementes Barros 2001 MA Sementes Barros 2001 9 Spondias tuberosa Anacardiaceae UmbuzeiroUmbú Árvore AA Polpa de fruto Barros 2001 MA Polpa de fruto Barros 2001 10 Acacia paniculata Mimosaceae UnhaDeGato Árvore AA Sementes Barros 2001 Barros 1999 11 Phoradendron spp 1 e 2 Loranthaceae Enxerto Epífita Parasita AA Sementes e polpa Barros 2001 Barros 1999 onde está como loranthaceae sp 1 e Sp 2 MA Sementes e polpa Barros 2001 Barros 1999 onde está como loranthaceae sp 1 e Sp 2 12 Pilosocereus piauhiensis Cactaceae Facheiro Cacto Colunar AA Não há evidência direta do consumo mas foram encontradas sementes em fezes com coloração rósea típica sob um cacto desta espécie utilizado como dormitório pelo ultimo macho selvagem durante a estação reprodutiva de 199899 Barros 1999 2001 13 Combretum leprosum Combretaceae Mofumbo Localmente Conhecido Como Freijó Árvore MA Sementes Barros 1997b Barros 2001 14 Cordia sp DaRé 1994 Boraginaceae Freijó Árvore AA Sementes DaRé 1994b MA Sementes DaRé 1994b Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul Cyanopsitta spixii 36 aa ararinhaazul ma maracanã o que DaRé 1994 cita como freijó Cordia sp é provavelmente Combretum leprosum que foi erroneamente identificado Y m barros com pess EspécieFamíliaNome ComumHábito Utilização Pela Espécie Partes Fonte 15 Parapiptadenia zehnteri Mimosidae BrincoDeSoim Árvore MA Sementes Barros 1997b Barros 2001 16 Bumelia sartorum Sapotaceae Quixabeira Árvore AA Não há evidência de uso DaRé 1995b MA Polpa de fruto Barros 1997b Barros 2001 Utilizado sem especificação de partes DaRé 1995b 17 Geoffroea spinosa Fabaceae MariMari Marizeiro Árvore AA Utilizado sem especificação de partes Pontual 1992b EspéciEFamíliaNomE comumHábito J F m a m J J a s o N D FoNtE Jatropha pohliana var Mollissima Euphorbiaceae Pinhão Arbusto X X X X X X X X X X X X Barros 2001 Há períodos sazonais de escassez mas foram encontrados frutos disponíveis o ano todo X X X X X X X DaRé1993b Cnidoscolus phyllacanthus Euphorbiaceae Faveleira Favela Arbusto X X X X X X X X Barros 2001 X X X X X X DaRé 1993b Ziziphus joazeiro Rhamnaceae Joazeiro Juá Árvore X X Barros 1997b 2001 X X X DaRé 1993b Schinopsis brasiliensis Anacardiaceae Baraúna Tree X X X X X Barros 1997b 2001 X X DaRé1993b Maytenus rigida Celastraceae Pau de Colher Arbusto Árvore X X X X DaRé1993b Tabebuia aurea Bignoniaceae Caraiba Caraibeira Craibeira Árvore X X Barros 2001 X X DaRé 1993b Commiphora Bursera Leptophloeos Burseraceae Imburana Árvore X X Barros 2001 Anadenanthera macrocarpa Mimosaceae Angico Árvore X Barros 2001 X X X X X DaRé 1993b TABelA 2 PeríoDo De fruTifiCAção eou PeríoDo De uTilizAção De PlAnTAs Como AlimenTo PelA úlTimA ArArinhAAzul selvAgem e Por mArACAnãs 37 Cyanopsitta spixii Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul EspéciEFamíliaNomE comumHábito J F m a m J J a s o N D FoNtE Spondias tuberosa Anacardiaceae UmbuzeiroUmbú Árvore X X X Barros 2001 DaRé 1993b Acacia paniculata Mimosaceae UnhaDeGato Árvore X Barros 2001 Phoradendron spp 1 e 2 Loranthaceae Enxerto Epífita Parasita X Barros 2001 Pilosocereus piauhiensis Cactaceae Facheiro Cacto Colunar X X X Barros 2001 Combretum leprosum Combretaceae Mofumbo Localmente Conhecido Como Freijó Árvore Cordia sp DaRé 1994 Boraginaceae Freijó Árvore X X X Barros 1997b 2001 DaRé 1994a 1994b na estação chuvosa de 1994 esta espécie começou a produzir sementes que foram intensamente usadas por C spixii e P maracana da metade de maio até início de julho daré 1994b produziram poucos frutos em 1992 e 1993 Parapiptadenia zehnteri Mimosidae BrincoDeSoim Árvore X Barros 2001 Bumelia sartorumsertorum Sapotaceae Quixabeira Árvore X Barros 2001 X X X DaRé 1993b Geoffroea spinosa Fabaceae MariMari Marizeiro Árvore Pontual 1992b o que DaRé 1994 cita como freijó cordiasP é provavelmente Combretum leprosum que foi erroneamente identificado Y de melo barros com pess figura 12 Pinhão Jatropha pohliana var mollissima figura 13 frutos de favela Cnidosculus phyllacanthus claus meyer Ricardo nichele serafim Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul Cyanopsitta spixii 38 25 Dormitório Várias fontes independentes confir maram que a ararinhaazul tradicionalmente utilizava tanto nos Riachos barra Grande melancia e da Vargem grandes cactos colu nares de espinhos macios de facheiro como dormitórios figura 16 Pelo menos ocasio nalmente estes eram inclusive usados como dormitórios comunais relatos de moradores locais DaRé 1994a figura 14 caraibeira Tabebeuia aurea figura 15 sementes de baraúna Schinopsis brasiliensis figura 16 cacto facheiro usado pelo macho selva gem de ararinhaazul como dormitório 26 biologia reprodutiva e árvores de nidificação a biologia reprodutiva de um par de ararinhasazuis selvagens puro coespecífico nunca pode ser adequadamente estudada Por tanto as informações sobre a biologia repro dutiva da espécie vem de relatos anedotais de moradores locais particularmente traficantes de aves ou de observações do par heteroespecífico formado pelo último macho selvagem conheci do de ararinhaazul e uma fêmea de maracanã Projeto ararinhaazul Projeto ararinhaazul Projeto ararinhaazul 39 Cyanopsitta spixii Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul a estação reprodutiva das ararinhas azuis que coincide com a de maracanãs na área dos Riachos barra Grandemelancia de pendia do início da estação chuvosa mas nor malmente se estendia de novembro a março com a busca e exploração de ninhos tendo iní cio com as primeiras chuvas em outubro as posturas da ararinhaazul na natu reza geralmente continham dois a três ovos collar 1997 dos quais normalmente dois a três ninhegos eclodiam com sucesso no final de janeiro Roth 1990 não existem registros sobre a idade re produtiva na natureza De acordo com dados históricos do livro de Registros Genealógicos Studbook internacional o macho mais jo vem reproduziu com cinco anos de idade ave studbook nº 15 e a fêmea mais jovem re produziu com quatro anos ave studbook nº 17 as aves com idade mais avançada que se reproduziram tinham 24 anos de idade studbook nº 12 e 20 entretanto podese pre sumir que a vida reprodutiva da espécie pode no geral se estende além desta idade De acor do com silva 1993 araras criadas em cativei ro geralmente atingem a maturidade mais rápi do que aves selvagens o período de incubação também não é conhecido na natureza e em cativeiro gira em torno de 26 a 27 dias silva 1993 collar 1997 na área dos Riachos barra Grande me lancia a espécie utilizava quase exclusivamente cavidades existentes em caraibeiras para nidifi cação entretanto registros da área do Riacho da brígida ao norte do Rio são francisco su gerem a possibilidade de que a principal árvore utilizada para a nidificação seria o muquém o mulungu Erythrina velutina também era uma árvore utilizada para nidificação de acordo com moradores locais DaRé 1994 o par heteroespecífico na área dos Riachos barra Grande melancia também uti lizou preferencialmente caraibeiras para nidi ficação figura 17 embora em uma ocasião tenha sido observada a utilização do muquém barros 1999b as árvores de nidificação e cavidades tenderam a mudar a cada estação reprodutiva sendo vários sítios utilizados a Tabela 3 fornece as características de duas cavidades em caraibeiras possivelmen te utilizadas por ararinhasazuis no Riacho da melancia DaRé 1991 silva 1993 as me didas das árvores e cavidades utilizadas para nidificação pelo par heteroespecífico estão apresentadas na Tabela 4 PARâMETRo CAvIDADE 1 CAvIDADE 2 DUAS ABERTURAS orientação vertical oblíqua descendente Abertura horizontal da cavidade 14 cm 18 cm 23 cm Abertura vertical da cavidade 17 cm 13 cm 14 cm Diâmetro da abertura da cavidade 29 cm 17 cm 14 cm Diâmetro da cavidade na base 34 cm Distância entre as aberturas das cavidades 51 cm Profundidade da abertura até a base 122 cm 233 cm Perímetro do tronco na abertura 155 cm 142 cm Perímetro do tronco na base da cavidade 160 cm Altura da árvore 22 m 23 m Altura da abertura da cavidade 117 m 13 m TABelA 3 CArACTerizAção De DuAs CArAiBeirAs PossivelmenTe uTilizADAs Por CAsAis De ArArinhAs Azuis no riACho DA melAnCiA DAré 1991 silvA 1993 Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul Cyanopsitta spixii 40 PARâMETRo NINHo 6 NINHo 7 NINHo 8 NINHo 9 MéDIA Estação reprodutiva em que foi usado 9798 9697 9798 9899 9899 Espécie de árvore Caraibeira Muquem C C C M Altura da árvore m 14 136 15 148 1435 Altura do ninho m 74 77 122 70 878 DAP cm 79 140 97 120 109 DBN cm 47 84 65 45 6025 DMA da abertura cm 16 22 14 161 1703 DME da abertura cm 12 21 10 138 1420 DME da câmara oológica cm 23 16 19 128 1770 DMA da câmara oológica cm 18 145 14 155 Profundidade cm 70 124 41 60 7375 TABelA 4 PArâmeTros Dos quATro ninhos e árvores De niDifiCAção usADos Pelo PAr heTeroesPeCífiCo as correlações significativas p 005 en contradas para os ninhos do par heteroespecífico estão citadas na Tabela 5 barros 2001 as cavidades usadas pela ararinhaazul são primariamente ninhos abandonados de picapaus Campephilus melanoleucus DaRé 1995b barros 1997a 1997b 2001 ou forma dos naturalmente por galhos quebrados ararinhasazuis e maracanãs não esca vam seus próprios ninhos mas forram a câmara oológica roendo a madeira das paredes internas das cavidades isto facilita a secagem das fe zes líquidas deixando o ninho limpo Guedes 1995 ninhos utilizados em estações repro dutivas consecutivas pelo par heteroespecífico sofreram alterações de um ano para o outro geralmente havendo aumento na profundidade da câmara oológica este aumento foi registrado inclusive em uma mesma estação reprodutiva após a perda da primeira postura por predação dos ovos o par aprofundou mais a câmara ooló gica antes de realizar nova postura esta refor DaP diâmetro na altura do peito Dbn diâmetro na base do ninho Dma diâmetro maior Dme diâmetro menor ma de ninhos também foi observada em arara azulgrande A hyacinthinus Guedes 1995 e araracanindé A ararauna bianchi 1998 Roth 1990 acreditava que a ararinha azul usaria cavidades maiores e que as meno res que acomodariam maracanãs seriam insu ficientes para a ararinhaazul mas não apresenta evidências o estudo realizado por barros 2001 mostra que o par heteroespecífico utilizava ni nhos com características semelhantes aos utiliza dos por maracanãs entretanto as dimensões des tes ninhos não podem ser extrapoladas para os ninhos de casais de ararinhasazuis Também não foi possível determinar se a escolha dos ninhos utilizados pelo par heteroespecífico era determi nada pela ararinhaazul ou pela maracanã Para acessar a disponibilidade e as características das cavidades e árvores de ni dificação tanto m DaRé quanto Y de melo barros conduziram censos detalhados de carai beiras ao longo dos riachos sazonais na área dos Riachos barra Grandemelancia variáveis DME da câmara oológica DME da abertura Profundidade Altura do ninho Altura da árvore 077 DAP 076 DMA da abertura 067 088 DME da abertura 055 DMA da câmara oológica 081 Dma diâmetro maior Dme diâmetro menor correlações também encontradas para ninhos de A arauna bianchi 1998 TABelA 5 CorrelAções signifiCATivAs P 005 enConTrADAs PArA os ninhos Do PAr heTeroesPeCífiCo De ACorDo Com BArros 2001 41 Cyanopsitta spixii Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul foi realizado um censo barros 1997b em 166 km ao longo de onze riachos com caraibeiras a área de censo incluiu o Riacho da melancia de barro Vermelho até o barra Grande e riachos adjacentes como os Riachos do banguê da Vitória da serra Redonda do salgado dos olhos Dágua mocó ema cana brava e caraibinha as coordenadas de cada caraibeira com po tenciais ninhos foram registradas as ár vores foram numeradas medidas e foram registradas as cavidades e seus ocupantes foi registrado um número alto de caraibei ras e de cavidades e 96 das árvores com cavidades estavam vivas mas este número não necessariamente reflete a real disponi bilidade de ninhos conforme já observado por newton 1994 e bianchi 1998 a dis ponibilidade real de cavidades para ninhos é frequentemente menor que a disponibi lidade aparente determinada pela conta gem de cavidades presentes pois muitos dos ocos disponíveis não são adequados foram encontradas 970 cavidades em 533 árvores em média 177 d023 cavida des por árvore a média de altura das árvo res foi de 2070 475 m e seu diâmetro na altura do peito DaP médio 9256 1289 cm as cavidades encontradas esta vam a uma altura média de 862 154 m o diâmetro maior da abertura Dma destas foi 1072 cm 104 Destas cavida des 525 estavam ocupadas por abelhas barros 2001 figura 17 ararinhaazul em abertura de ninho em caraibeira claus meyers Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul Cyanopsitta spixii 42 27 Uso do hábitat área de vida e padrões de deslocamento o par heteroespecífico estava geralmen te associado à vegetação mais alta existente ao longo de riachos sazonais dominada por carai beiras que eram utilizadas para pouso dormi tório e nidificação além de fornecer alimento durante um período do ano Durante a estação chuvosa ou em anos mais chuvosos o suprimen to de alimento era estável e abundante também nas várzeas ao longo dos riachos e as aves eram relativamente fiéis a estes locais DaRé 1994b Quando o suprimento de alimentos se tornava menos estável e abundante na mata de galeria o par heteroespecífico se deslocava para as áreas de caatinga mais secas e de vegetação mais baixa entre os riachos sazonais onde o pinhão e a faveleira ocorrem em maior densidade Durante períodos de escassez local a movimentação das aves tornavase mais frequente e os deslocamen tos eram mais longos DaRé 1994b Durante longos períodos de seca como os que ocorreram em 1992 e 1993 o macho selvagem era forçado a voar distâncias maiores como até o Rio são francisco e os projetos de irrigação existentes no oeste DaRé 1993b 1994 1995b o mesmo padrão foi relatado para as ararinhasazuis no Riacho da Vargem DaRé 1994b menciona relatos de moradores locais desta área que afirmam que as ararinhas azuis frequentavam as margens do rio são fran cisco apenas durante períodos de seca a figura 9 mostra os sítios visitados pelo último macho selvagem conforme documenta do em relatórios do Projeto ararinhaazul entre os anos de 1997 a 1999 barros 1997b barros e de freitas 1998 barros 1999a e barros et al 1999 a maioria dos registros do macho foi feita próxima a riachos indicando uma alta depen dência deste tipo de hábitat 28 Longevidade da ararinhaazul em cativeiro as aves mais velhas co nhecidas são 1 uma ave que teria chegado ao Zoológico de nápoles em 1954 e sobreviveu até meados dos anos 80 alcançando um mí nimo de 30 anos de idade Juniper 2002 2 um macho encontrado em 2002 no colorado nos eua enviado do Reino unido por Gordon cook que estimou que a ave tivesse em tor no de 28 anos em 2003 cook 2003 esta ave está hoje na fundação lymington em são Paulo e teria aproximadamente 34 anos atual mente sem condições reprodutivas e 3 uma fêmea que morreu em 2008 em são Paulo aos 32 anos Y m barros com pess 29 Relação com maracanãs a maracanã figura 18 é o psitacídeo sintópico mais similar à ararinhaazul em ter mos ecológicos as duas espécies partilham mi figura 18 maracanã Primolius maracana mark stafford 43 Cyanopsitta spixii Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul crohábitats árvores e cavidades de nidificação e vários itens da dieta a última ararinhaazul estava pareada pelo menos desde 1990 com uma fêmea des ta espécie Juniper e Yamashita 1990 a figura 19 mostra o par heteroespecífico figura 19 Par heteroespecífico formado por um macho de ararinhaazul e uma fêmea de maracanã TABelA 6 insTiTuições mAnTeneDorAs e PoPulAção em CATiveiro esTimADA em AgosTo De 2012 210 Status em cativeiro a população global e sua distribui ção em agosto de 2012 estão apresentadas na Tabela 6 InstItuIção totAL MACHoFÊMEA brasil Nest 4 aves 22 brasil FuNdação LymiNgtoN 1 ave 10 EspaNHa FuNdação Loro Parque 7 aves 25 Qatar aLWabra WiLdLiFe PreservatioN 60 aves 2436 alEmaNHa associatioN For the coNservatioN oF threateNed Parrots 7 aves 43 total 79 avEs 3346 Projeto ararinhaazul Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul Cyanopsitta spixii 44 3 AMEAÇAS NA NATUREZA a recuperação da ararinhaazul depen de inteiramente do estabelecimento bem su cedido de aves criadas em cativeiro e reintro duzidas em sítios adequados dentro da área de ocorrência histórica da espécie Para assegurar que o futuro programa de reintrodução seja cientificamente e financeiramente viável é ne cessário que seja previamente feita uma análise abrangente das ameaças para que se possam definir futuras estratégias de conservação 31 Ameaças naturais potenciais na natureza as ameaças naturais potenciais que as ararinhasazuis reintroduzidas irão enfrentar refletem a história natural da espécie a impre visibilidade de água e recursos alimentares na caatinga predadores competidores por sítios de nidificação espécies antagônicas e doen ças Dentre as ameaças comprovadas apenas disponibilidade de recursos e predadores pa recem ser críticas para o estabelecimento da espécie em longo prazo 311 Predadores o predador mais perigoso para ara rinhasazuis adultas é o falcãodecoleira Falco femoralis outros predadores con firmados e potenciais seriam os rapinantes acauã Herpetotheres cachinnans gavião pernilongo Geranospiza caerulescens ga viãoderabobarrado Buteo albonotatus carcará Caracara plancus e corujãoorelhu do Bubo virginianus além destes podem ser citados os saguis Callithrix penicillata e C jacchus o gambá Didelphis albiventris o gatomourisco Herpailurus yagouaroundi e grandes aranhas e cobras 312 Competição e interações agonísticas 3121 Outras espécies de psitacídeos considerando os requerimentos eco lógicos muito similares podese supor que exista algum grau de competição por alimento e cavidades de nidificação barros 1997a en tre a ararinhaazul e a maracanã espécie mais comum outras espécies que compartilha vam alguns itens alimentares pinhão e favela com a ararinhaazul eram a jandaia Aratinga cactorum e o periquitão A acuticaudata embora estas últimas utilizassem apenas fru tos imaturos e portanto mais macios do que os frutos mais maduros que são mais rígidos e necessitam de um bico mais forte para abrilos barros in litt 2008 3122 Abelhas africanizadas as abelhas podem expulsar psitacíde os de potenciais sítios de nidificação sendo um importante fator que limita a disponibi lidade de ninhos Também há registro de um ninho ocupado inicialmente por maracanãs que foi invadido por abelhas e novamente ocupado por maracanãs quando as abelhas o abandonaram os registros de abelhas africanizadas interferindo na reprodução de ararinhasazuis são abelhas africanizadas possivelmente te riam atacado e matado ararinhasazuis durante a incubação de ovos Roth 1985 1988 1990 collar et al 1992 moradores locais relataram que em duas ocasiões ararinhasazuis foram expulsas do ninho por abelhas DaRé 1992 o par heteroespecífico abandonou um ninho em árvore que tinha uma cavi dade com abelhas após a retirada das abelhas o par voltou a usar o ninho barros 1997a foi observado um enxame de abelhas tentando invadir um ninho do par hete roespecífico na estação reprodutiva de 19971998 barros 1998 a maracanã do par heteroespecífico não retornou à caraibeira onde tradicional mente pernoitava após outra cavidade na mesma árvore ser ocupada por abe lhas Rosar et al 2000 Portanto as informações disponíveis indicam a possibilidade de as abelhas provo carem abandono de ninhos morte de aves e baixo sucesso reprodutivo é necessário um estudo mais aprofun dado sobre a influência potencial das abelhas africanizadas sobre o sucesso reprodutivo das ararinhasazuis reintroduzidas 45 Cyanopsitta spixii Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul 3123 Morcegos em duas ocasiões fora da estação re produtiva pequenos grupos de morcegos figu ra 20 foram encontrados dentro das cavidades usadas como ninhos pelo par heteroespecífico barros 2000a de menezes et al 2001b mas não há como afirmar que sua presença inviabili ze a utilização dos ninhos ou diminua o sucesso reprodutivo das aves há indícios de que uma fêmea reintro duzida de ararinhaazul teria sido morta devi do à colisão com uma linha de transmissão ver item 411 323 Indisponibilidade ou perda de há bitat crucial e sem perturbações a disponibilidade em longo prazo de hábitats adequados e seus elementos será crí tica para o restabelecimento da ararinhaazul na natureza enquanto alguns elementos de hábitat ainda estão disponíveis em quantida de suficiente e apenas requerem uma maior proteção para impedir sua degradação outros se tornaram escassos ainda no passado Desta forma o manejo e recuperação de hábitat são ações essenciais hábitats e elementos de hábitat re conhecidamente críticos para a ararinhaazul incluem mata de galeria ao longo de riachos sazo nais dominada por caraibeiras possivel mente também dominada por muquém Áreas de forrageamento na caatinga que possam suprir a demanda de alimento ao longo do ano fontes de água Dormitórios Árvores para nidificação principalmente caraibeira e possivelmente muquém cavidades de nidificação as ameaças que podem afetar nega tivamente a disponibilidade destes hábitats e elementos de hábitat são 1 corte de árvores e sobrepastoreio por gado e cabras o sobrepastoreio é o fa tor que causa maior degradação ao longo do bioma caatinga ocasionando o desa parecimento local das matas de galeria e reduzindo significativamente a regenera ção de caraibeiras 2 Projetos de agricultura em larga escala áre as de irrigação e aquicultura estas ativida des ocupam ou degradam hábitat crítico e introduzem perturbações humanas alguns locais na área de vida histórica confirmada da ararinhaazul como o Riacho da brígi da já foram destruídos 3 usinas hidrelétricas Restam apenas duas seções de fluxo livre do Rio são francisco uma seção de 1100 km acima da barra gem de sobradinho e uma seção de 280 figura 20 morcego encontrado fora da estação reprodutiva em cavidade utilizada como ninho pelo par heteroespecífico 32 Ameaças nãonaturais poten ciais na natureza 321 Caça e captura para comércio ilegal a caça direta é considerada um fator de menor importância para o declínio global da ararinhaazul no entanto a caça pode ter um impacto negativo durante a fase inicial do programa de reintrodução quando a popula ção de ararinhas estará altamente vulnerável devido ao seu tamanho reduzido e comporta mento possivelmente alterado pelo cativeiro a captura para comércio ilegal a principal causa do declínio final da espécie certamente será uma grave ameaça para as populações reintroduzidas de ararinhas azuis Trabalhos de envolvimento da comu nidade realizados previamente podem aju dar a reduzir a ameaça mas ela não pode ser totalmente eliminada sem um combate exaustivo à prática ilegal 322 Linhas de transmissão elétrica as linhas de transmissão elétrica já im pediram o sucesso de algumas reintroduções de aves nos quais eletrocução e colisão foram os principais fatores de mortalidade birdlife internationalnabu 2003 Projeto ararinhaazul Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul Cyanopsitta spixii 46 km entre a barragem de sobradinho e a margem superior da barragem de itapa rica esta segunda seção não regulamen tada da área do rio coincide em grande parte com a provável área de ocorrência histórica da ararinhaazul a construção de qualquer grande barragem nesta se ção do rio que alagasse áreas no interior da caatinga iria certamente afetar par tes da área histórica da espécie futuras construções de barragens também leva rão à expansão dos assentamentos huma nos e perturbações 4 expansão de plantações de maconha Repre senta um grande risco de segurança para a equipe de campo e para as aves e pode impe dir o acesso a sítioschave 5 expansão de áreas de assentamento e in fraestrutura 6 exploração mineral e mineração Qualquer operação em larga escala na área de vida histórica confirmada da ararinhaazul pode afetar severamente todo o programa de re cuperação da espécie além da destruição de hábitats este tipo de atividade atrai po pulação humana adicional o que conse quentemente aumenta a exploração de re cursos construção de infraestrutura e quase certamente aumenta os preços de terras 7 mudanças climáticas e desertificação aproximadamente 15 do bioma da ca atinga já sofre processos de desertificação Drumond et al 2000 e também a maior parte da água do Rio são francisco é atu almente usada para projetos de irrigação e produção de eletricidade há também a proposta da transposição do Rio são fran cisco para outras regiões do nordeste 47 Cyanopsitta spixii Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul 4 PROJETO ARARINHA AZUL Quando Paul Roth descobriu a última população de ararinhasazuis em 1986 exis tiam apenas três aves selvagens remanescen tes Roth estudou estas aves e conduziu amplas buscas posteriores por novas populações seus resultados foram resumidos em uma série de relatórios e publicações Roth 1985 1986 1987a 1987b 1987c 1987d 1988a 1988b 1989 e 1990 em 1989 porém Roth acredita va que estas três ararinhasazuis também ha viam sido capturadas e abandonou a área e os esforços de recupera ção da espécie a redescoberta da última ave selva gem em 1990 coinci diu com a criação do comitê Permanente para a Recuperação da ararinhaazul em 1991 foi criado um projeto de pesquisa e conservação em cam po o Projeto ararinha azul sediado no mu nicípio de curaçá ba além de uma base na cidade o Projeto ti nha também uma base de campo figura 21 localizada dentro da área de vida do último macho selvagem na fazenda concórdia fi gura 22 cerca de 20 km ao sul de curaçá o monitoramento da ave selvagem remanescente teve início em agosto de 1991 DaRé 1994a entre 1991 e 2002 o Projeto teve pelo menos um biólogo em campo em tempo integral em algumas ocasiões dois ou três incluindo um coordenador de campo e um número variado de assistentes locais pesquisadores estudantes e estagiários marcos aurélio DaRé coordenou o programa de campo entre 1991 e julho de 1997 quando Yara de melo barros assumiu a posição de coordenadora após a sua redescoberta a última arari nhaazul selvagem sobreviveu na caatinga por outros dez anos este exemplar era um macho dado obtido por meio da coleta de Dna de uma pena encontrada sob uma árvore que foi analisada pela universidade de oxford Gri ffiths e Tiwari 1995 esta foi a primeira vez que esta técnica de sexagem foi aplicada e atualmente é amplamente utilizada o macho finalmente desapareceu em outubro de 2000 a causa de sua possí vel morte que coinci diu com um período de seca não pôde ser determinada explo ração de minérios e obras de construção em um riacho em sua área de vida estavam ocorrendo nesta épo ca mas Y m barros in litt 2005 acredita que não existe qualquer relação causal entre estas atividades e o de saparecimento da ave mesmo após o desapa recimento do macho selvagem em 2000 o Projeto ararinhaazul continuou suas ativida des em campo de en volvimento da comuni dade e recuperação de ambiente até 2002 quando foi encerrado o desaparecimento do macho culmi nou também com problemas no programa de reprodução em cativeiro e devido a incerte zas sobre o futuro do programa o projeto de campo foi suspenso até que a situação fosse definida com indicativos claros de reintrodu ção da espécie Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul Cyanopsitta spixii 48 B A figura 21 bases do Projeto ararinhaazul a antiga base de campo na fazenda concórdia próxima à curaçá bahia b base na cidade de curaçá Yves de soye fundação loro Parque Projeto ararinhaazul Figura 22 Seção ampliada da Fazenda Concórdia com os registros de ocor rência do último macho selvagem de ararinhaazul compilado de acordo com Barros 1999 Barros e Freitas 1998 e Barros et al 1999 49 Cyanopsitta spixii Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul a pesquisa de campo e as medidas de conservação do Projeto ararinhaazul foram implementadas entre 1991 e 2002 financiadas principalmente pela fundação loro Parque neste período o Projeto realizou estudo monitoramento e proteção ativa do último macho selvagem de ararinha azul até seu desaparecimento em outu bro de 2000 Pesquisa sobre comportamento relações interespecíficas ecologia alimentar utili zação de hábitat padrões de movimen tação predadores etc experimentos de manejo in situ para tes tar a viabilidade de várias técnicas para a reintrodução na natureza de ararinhas azuis criadas em cativeiro busca por populações remanescentes Trabalhos de envolvimento da comuni dade local Trabalhos de recuperação de hábitat 41 Experimentos de manejo in situ 411 Reintrodução de uma fêmea de ara rinhaazul a fêmea selecionada foi uma ave fun dadora que o sr maurício dos santos do cria douro chaparral Recife Pernambuco obteve em 1987 sendo desconhecida a idade quando foi capturada na natureza entretanto a ques tão importante sobre se esta ave teria sido cap turada na natureza como ninhego juvenil ou adulto permaneceu sem resposta esta fêmea foi transferida de Recife para o recémconstruído viveiro présoltura na fazenda concórdia figura 23 em 23 de agosto de 1994 e passou por um período de adaptação e treinamento de sete meses an tes de sua soltura em 1995 DaRé 1995b Juniper 2002 as medidas do viveiro eram 20 m de comprimento 7 m de altura e 5 m de largura o período de adaptação présoltura in cluiu intensivo treinamento de voo figura 24 quando a vocalização de outras ararinhasazuis era reproduzida por meio de autofalantes posi cionados nos lados opostos do viveiro as distân cias voadas diariamente no viveiro aumentaram constantemente de aproximadamente 50 mdia para 500 mdia nas primeiras duas semanas e en tão para 1500 mdia na oitava semana e para 3000 mdia vários meses depois entretanto os níveis de atividade de voos diários decresceram quando foi colocado no viveiro um macho vindo de Recife em 2 de dezembro de 1994 a fêmea passou a ficar próxima ao macho e as distâncias percorridas diminuíram para 100 mdia nova mente DaRé 1995b no dia 6 de março de 1995 o macho foi transferido para uma gaiola individual a 200 m de distância do viveiro de adaptação de forma que houvesse contato audi tivo mas não visual com a fêmea estimulandoa a voar grandes distâncias novamente Y de melo barros in litt para Y de soye 2005 outro aspecto foi a adaptação a itens alimentares silvestres tanto com relação à escolha de alimentos quanto à manipulação técnica e força mandibular Quando a fêmea chegou ao sítio de soltura sua dieta de cativei ro consistia de maçã goiaba acerola coco ba nana cenoura beterraba maracujá semente de abóbora feijão verde laranja mamão ovo cozido e ração a partir do segundo dia após a chegada foram oferecidos frutos de pinhão favela baraúna e caraibeira aos quais ela ime diatamente se adaptou figura 25 continuan do a usar dentre os itens da alimentação de cativeiro apenas coco feijão verde e ração a fêmea preferia sementes maduras de pinhão mesmo estas sendo mais difíceis de manipular DaRé 1995b o tempo gasto pela fêmea para mani pular sementes e frutos de plantas nativas dá uma indicação da adaptação da ave após qua tro a seis semanas tanto a fêmea como o ma cho foram capazes de processar com eficiência estes itens DaRé 1995b Quando os itens figura 23 Viveiro construído na antiga base de campo do Projeto ararinhaazul Projeto ararinhaazul Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul Cyanopsitta spixii 50 nativos foram fornecidos pela primeira vez as aves geralmente necessitavam de 2 a 15 minu tos para abrir os frutos de pinhão após dois meses o tempo de manipulação do alimento caiu para em média 1 a 3 minutos Da mesma forma o tempo necessário para abrir frutos de baraúna caiu de 1 a 4 minutos para em média 30 a 90 segundos após dois meses a partir da análise de tabelas de DaRé 1995b é importante notar as diferenças entre o macho que foi capturado na natureza quan do ainda era ninhego e a fêmea com relação à adaptação aos itens alimentares as preferên cias alimentares do macho mudaram mais len tamente para a dieta nativa e ele inicialmente preferia frutos verdes de pinhão que são mais macios e fáceis de abrir DaRé 1995b a fêmea apresentava evidências de um adequado reconhecimento de predadores quando aves com a silhueta de rapinantes so brevoavam o viveiro especialmente o urubú decabeçavermelha Cathartes aura DaRé 1995b ela também utilizava todo o repertório vocal do macho selvagem alarme advertên cia chamada contato próximo e repouso diur no DaRé 1995b figura 24 fêmea de ararinhaazul durante o trei namento de voo présoltura figura 25 fêmea de ararinhaazul comendo frutos de pinhão durante o período de adap tação présoltura Projeto ararinhaazul Projeto ararinhaazul 51 Cyanopsitta spixii Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul a soltura aconteceu no dia 17 de março de 1995 as portas do viveiro foram abertas às 7h22 e a fêmea voou para fora às 7h47 DaRé 1995b Juniper 2002 o macho foi mantido em cativeiro para servir como uma âncora ou referência para que a fêmea ficasse na área durante a fase inicial póssoltura figura 26 Durante as primeiras semanas após a soltura o macho foi mantido em sua gaiola individual longe do viveiro de adaptação para evitar que a fêmea voltasse para dormir sobre o teto do viveiro onde ela estaria muito ex posta apenas após a fêmea ter encontrado o macho selvagem e estar voando com ele sem retornar mais à área do viveiro é que o macho cativo foi relocado para o viveiro de adaptação onde permaneceu até setembro sendo em seguida transferido de volta para o criadouro chaparral Y m barros in litt para Y de soye 2005 não foi colocado um rádiotransmissor na fêmea para eliminar qualquer impacto ne gativo na adaptação da ave por conta do peso extra mas principalmente para que isto não in terferisse negativamente na aceitação da fêmea pelo macho selvagem entretanto as retrizes centrais foram cortadas para fornecer uma mar cação temporária DaRé 1995b após a soltura foi fornecida alimenta ção suplementar pinhão favela ração comer cial mas a fêmea começou a se alimentar de itens silvestres já no primeiro dia após a soltura figura 27 e rapidamente reduziu o consumo da alimentação suplementar fornecida Já em abril e maio havia dias em que a fêmea não utilizava a alimentação suplementar DaRé 1995b a fêmea foi observada bebendo água em reservatórios na área após uma semana a fêmea já era capaz de voar continuamente de 2 a 3 km por dia e em duas semanas ela cobria dia riamente distâncias superiores a 10 km com vários períodos de descanso cerca de quin ze dias após sua liberação ela foi vista a 15 km de distância do local de soltura em qua tro semanas ela atingiu as distâncias usual mente cobertas pelo macho por volta de 30 a 40 km por dia seus principais períodos de atividade eram entre 5h30 às 7h30 e 16h30 às 18h00 DaRé 1995b a necessidade de treinamento para reco nhecimento de predadores e fuga e mesmo con trole de rapinantes ficou evidente por um ataque figura 26 fêmea reintroduzida de ararinhaazul pousada no viveiro do macho cativo após a soltura figura 27 fêmea de ararinhaazul comendo frutos de pinhão após a soltura Projeto ararinhaazul Projeto ararinhaazul Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul Cyanopsitta spixii 52 que a fêmea sofreu no quarto dia após a soltura por um falcãodecoleira do qual ela conseguiu escapar alguns falcões desta espécie foram abati dos na área após a soltura da fêmea para reduzir o risco de predação DaRé 1995b a distância de fuga da fêmea neste caso distância mínima que a ave permitia a aproximação de humanos antes de fugir logo após a soltura foi extremamente baixa apenas 12 m aumentando para 10 m de pois de várias semanas e chegando a 50 m logo que ela se juntou ao macho selvagem DaRé 1995b a fêmea encontrou o macho selvagem dois meses após a soltura por volta de 15 de maio de 1995 a partir desse momento ela não retornou mais para o viveiro passando a voar com o macho que a princípio se manteve pareado com a fêmea de maracanã o cPRaa decidiu não remover a parceira do macho an tes da soltura da fêmea de ararinhaazul para não alterar o seu comportamento de forma imprevisível Depois de outra semana o par coespecífico estava estabelecido e a fêmea de maracanã seguia o casal à distância as duas ararinhasazuis acompanhavam a maracanã até seu local de pernoite uma cavidade em caraibeira e depois voavam para seu próprio dormitório no início de junho a fêmea de maracanã pareou com um macho da sua es pécie e as quatro aves voavam juntas o par de ararinhasazuis permaneceu junto até 15 18 de junho quando surgiu um novo padrão de deslocamento após o qual a fêmea desapa receu e o macho restabeleceu o pareamento com a maracanã DaRé 1995b intensivas buscas subsequentes não fo ram capazes de localizar a fêmea reintroduzida apenas em 1999 um morador local informou ao Projeto que ele teria quatro anos antes en contrado a fêmea morta sob uma linha de alta tensão a equipe de campo vasculhou o local para tentar localizar restos da carcaça mas nada foi encontrado portanto esta hipótese não pôde ser confirmada barros et al 1999 o risco que estas linhas de transmis são representavam havia sido previsto pela equipe do Projeto antes da reintrodução Dentro da área de vida do macho selvagem foram colocadas bolas plásticas coloridas nas linhas de transmissão para alertar as aves em voo entretanto a fêmea teria sido encontrada morta em uma área onde estas marcações não estavam presentes 412 Experimento piloto de soltura de maracanãs a soltura piloto de um grupo de mara canãs criadas em cativeiro na mão e pelos pais na área de vida da ararinhaazul foi um progra ma audacioso de reintrodução de psitacídeos as maracanãs utilizadas neste experimento foram criadas na fundação loro Parque o detalhamen to do Projeto pode ser encontrado em barros et al 1997b 1998a 1998b 1998c barros e sera fim 1998 barros e Roos 1998 barros 1999b 1999c e barros e couto di Tullio 1999a 1999b o experimento objetivou desenvolver e testar uma metodologia para ser usada em futuras reintroduções de ararinhasazuis um grupo de 20 maracanãs foi enviado ao brasil em 1997 as aves passaram por um período prolongado de quarentena 8 meses em pe quenas gaiolas no criadouro chaparral em Re cife durante o qual foram realizados exames de saúde para assegurar que não fossem intro duzidas doenças na área de soltura Durante a quarentena uma ave morreu e oito tiveram que ser devolvidas à fundação loro Parque devido a arrancamento de penas e automutilação as onze aves restantes foram transferidas para a fazenda concórdia em no vembro de 1997 onde passaram 13 meses no viveiro de adaptação anteriormente usado para a fêmea de ararinhaazul 4121 Viveiro de adaptação présoltura Durante o período présoltura as aves desenvolveram suas habilidades de voo e fo ram também adaptadas à alimentação silves tre o viveiro foi modificado para receber as maracanãs por meio da introdução de ele mentos de hábitat importantes figura 28 as adaptações foram instalação de 14 caixas de madeira para estimular as aves a pernoitarem em ca vidades a exemplo das maracanãs sel vagens instalação de seis recintos 1mx1mx1m utilizados como locais de alimentação e captura das aves instalação de poleiros de forma a permi tir uma grande área livre para voo instalação de arvoretas sem folhas instalação de esteiras para sombrea mento foi também construído um abrigo nas proximidades do viveiro para monito ramento do comportamento das aves 53 Cyanopsitta spixii Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul figura 28 Viveiro de adaptação présoltura na fa zenda concórdia em dezembro de 1998 adaptado para receber maracanãs figura 29 a Rádiocolares com cores diferentes para identificação individual b maracanã com rádiocolar 4122 Reconhecimento de predadores as maracanãs no viveiro reagiam visivel mente à presença de rapinantes com vocalização de alarme e voando bastante no recinto barros 1998c no entanto não se pode dizer quanto deste comportamento era inato ou resultante de aprendizado por meio das maracanãs selvagens existentes nas proximidades do viveiro a presença de maracanãs selvagens em volta do viveiro foi uma constante durante todo o período de adaptação 4123 Marcações visuais e rádiotransmis sores Rádiotransmissores foram instalados nas onze araras figura 29 durante o período de adaptação rádiocolares com antenas salientes holohil si2c faixa de frequência de 149000 150000 mhz peso 12 g 12 meses de expecta tiva de duração baterias revestidas de material colorido para identificação individual os rádiocolares perturbaram significa tivamente as aves no dia seguinte à instalação dos rádios algumas aves pararam de comer e passaram a maior parte do dia tentando remo vêlos cerca de dez minutos após a coloca ção as aves haviam retirado os ímãs ativando os transmissores em poucas semanas a maior parte dos rádios havia sido destruída colares e antenas cortados baterias amassadas e danifi cadas figura 30 especialmente a partir do ponto de inserção da antena a colocação dos rádiocolares tam bém levou a mudanças comportamentais significativas a estrutura de dominância do grupo mudou e os pareamentos se alteraram as aves que conseguiram retirar os rádios A B Yara de melo barros fotos Projeto ararinhaazul Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul Cyanopsitta spixii 54 abandonaram os parceiros que não haviam conseguido retirálos e novos pareamentos foram estabelecidos Duas aves que não con seguiram retirar os rádios foram mortas figu ra 31 por aves sem rádios após estas ocor rências a equipe do Projeto retirou todos os rádios que ainda restavam nas aves para evitar mais acidentes como aparentemente a resposta a diferentes tipos de marcação é espécieespecífica é necessária a realização de mais pesquisas sobre como a presença de rádiocolares afetaria o comportamento de ararinhasazuis Também é necessário ava liar a colocação de rádiocolares nas aves cuja soltura não é iminente ver barros et al 1998a martin e bateson 1986 uma marcação que permita a iden tificação visual individual de cada ave é extremamente importante o período de adaptação présoltura possibilita o moni toramento do comportamento da ave e a avaliação de seu progresso e após a sol tura permite a identificação da ave caso o rádiotransmissor seja perdido eou pare de funcionar foram realizados alguns testes de mar cação visual das aves Tatuagens na área nua da face a área nua da face das maracanãs foi tatuada ainda na fundação loro Parque antes da transferência para o brasil figura 32 porém a cor desbotou rapidamente figura 30 Rádiocolar danificado pelas mara canãs figura 31 maracanã morta por coespecíficos no viveiro figura 32 maracanãs com a área nua da face tatuada para identificação individual Projeto ararinhaazul Projeto ararinhaazul Projeto ararinhaazul Projeto ararinhaazul 55 Cyanopsitta spixii Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul A B Sulcos no bico preenchidos com tinta epóxi foram escavados pequenos sulcos rasos nos bicos que foram preenchidos com tinta epóxi mas esta também foi re movida pelas aves barros in litt to Y de soye 2005 não foram observados efeitos nega tivos decorrentes da marcação facial nas aves barros com pess Colares com bolinhas metálicas foram confeccionados colares de metal mate rial usado para aparelhos dentários com pequenas bolinhas metálicas em cores diferentes permitindo várias combina ções desenvolvido por l sanfilippo e c Yamashita figura 33 estes colares provo caram pouca perturbação nas aves e ape sar de serem manipulados por elas com patas e bicos não afetaram o comporta mento ou a sobrevivência das maracanãs e permitiram seu monitoramento individu al por um período mais longo os colares eram facilmente visíveis e podem ser uma opção interessante para futuras marcações mesmo após a bolinhas de metal terem ca ído ou sua cor ter desaparecido os colares de metal e as anilhas continuaram a for necer uma indicação visual que permitia distinguir as maracanãs reintroduzidas das coespecíficas selvagens em vista da necessidade de monitora mento póssoltura e do impacto negativo dos rádiocolares foi testado outro tipo de rádio transmissor tail mounts figura 34 que é fixado na base da pena central da cauda na parte ventral usandose cola superbonder a antena é fixada e colada ao longo da raque da pena usandose fios e cola superbonder antes da colocação dos transmissores nas ma racanãs que seriam soltas este dispositivo foi testado em maracanãs em cativeiro na fun dação loro Parque com resultados positivos e sem alterações significativas no comporta mento das aves e diante deste resultado o Projeto decidiu usar este tipo de transmissor nas maracanãs a serem soltas os transmis sores tinham a seguinte configuração trans missor TW4 bat ag357 antena 21 kg cable whip com 18 centímetros de comprimento peso 5 g comprimento 22 mm largura 13 mm altura 7 mm pulsação 45minuto inter valo de pulso 13 s largura do pulso 20 ms tempo de duração estimado 66 meses Y de soye in litt para cPRaa 1998 4124 Locais de pernoite apesar da disponibilidade de caixas para pernoite um casal passou rapidamente a do minar todas as caixas no viveiro sendo o único casal que adquiriu o hábito de dormir em ocos pois estas aves não permitiam que as outras aves se aproximassem de nenhuma das caixas 4125 Mudança de alimentação a alimentação de cativeiro foi sendo gradualmente substituída por itens silvestres até que do terceiro mês em diante estes eram os únicos itens fornecidos de acordo com a dispo nibilidade sazonal a exceção para este padrão foram os meses de maio a setembro98 quan do a disponibilidade de alimento na natureza estava muito baixa e foi necessário adicionar temporariamente itens da alimentação de cati veiro na dieta neste período a ação do el niño acentuou a seca em toda a região em maio de 1998 no início da estação seca foi decretado estado de emergência em curaçá figura 33 a colares de metal com bolinhas metálicas coloridas em diferentes combinações de cores b maracanã com o colar fotos Projeto ararinhaazul Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul Cyanopsitta spixii 56 foi realizado o monitoramento indi vidual das aves para verificar a aceitação do alimento oferecido quantidade consumida e acompanhar a evolução no tempo de manipu lação do alimento 4126 Soltura o método utilizado foi softrelease com intensa preparação présoltura monitora mento e assistência póssoltura para maximizar as chances de sobrevivência de cada indivíduo reintroduzido a soltura das nove maracanãs rema nescentes no viveiro teve início na primeira semana de dezembro de 1998 o grupo de aves que seria liberado primeiro foi capturado e temporariamente colocado em uma subuni dade do viveiro no entanto imediatamente após a separação do grupo foi observado um importante comportamento agonístico assim que o macho dominante do grupo foi retirado seu par começou a sofrer ataques das aves res tantes obrigando a equipe de campo a intervir e liberar este macho novamente no viveiro os ataques cessaram imediatamente é importante notar que se formaram no viveiro três pares homossexuais e apenas um par heterossexual barros et al 1999a Depois de colocar os rádiotransmisso res em todas as nove aves dia 3 de dezembro foi solta uma ave no dia seguinte para testar o procedimento de soltura e avaliar seu compor tamento a soltura inicial foi feita às 730h a partir de uma pequena gaiola 1 x 1 x 15 m colocada em uma árvore a cerca de 50 m do viveiro figura 35 como o procedimento foi bem sucedido e a ave ficou no topo do vivei ro mais três maracanãs foram liberadas dia 5 de dezembro a partir da mesma gaiola os respec tivos parceiros das quatro aves liberadas ficaram retidos no viveiro para atuarem como âncoras e evitar a dispersão demasiado cedo o que fun cionou satisfatoriamente ver figura 36 barros et al 1998b Y de soye in litt para cPRaa 1998 em 6 de dezembro o parceiro do único par heterossexual também foi liberado Durante as solturas geralmente havia maracanãs selvagens na área cerca de 1015 aves e foram registradas interações sociais e agonísticas entre as aves reintroduzidas e as selvagens a soltura das quatro aves restantes de pares homossexuais foi postergada para dia 12 de janeiro de 1999 e as justificativas para o adiamento foram uma das cinco aves soltas inicialmente voou 700 m para longe do viveiro in dicando que um par poderia dispersar para ainda mais longe antes de ter se adaptado aos poucos ao novo ambiente nas imediações do viveiro foi também uma tentativa de quebrar os pares homossexuais pois para garantir o sucesso da reintrodução é interessante que as aves liberadas reproduzam sen do necessária a formação de pares hete rossexuais a ideia era que o adiamento da soltura facilitasse a separação estas últimas aves foram liberadas do próprio viveiro de adaptação por meio da abertura das portas superiores após a soltura alimento suplementar e água foram colocados em uma gaiola no topo do viveiro de adaptação figura 36 b além disto foram colocados ninhos artificiais em ár vores ao longo do riacho a nas imediações do viveiro para fornecimento de abrigo 4127 Monitoramento póssoltura após a soltura as aves foram monito radas em média cinco vezes por semana duas vezes por dia das 6 h às 9 h e das 15 h às 18 h Para o monitoramento foi utilizado um receptor falcon five Wildlife materials e antena Yagi nas primeiras semanas após a soltura a maioria das aves permaneceu no topo e em volta do viveiro e gradualmente começou a explorar as imediações Passavam a maior par te do dia principalmente dentro da gaiola de alimentação suplementar sempre mantendo contato com seus pares ainda presos Quando saíam de cima do viveiro voavam para carai beiras bem próximas de 5 a 10 metros de dis figura 34 Rádiotransmissor tail mount colocado nas maracanãs Projeto ararinhaazul 57 Cyanopsitta spixii Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul figura 35 Gaiola de soltura das maracanãs figura 36 a maracanãs já liberadas pousadas do lado de fora do viveiro e seus pares ainda cativos em dezembro de 1998 b maracanãs já liberadas na estação de alimentação suplementar no topo do viveiro de adaptação ao fundo um ninho artificial oferecido como abrigo A B fotos Yves de soye fundação loro Parque Projeto ararinhaazul Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul Cyanopsitta spixii 58 tância do viveiro e voltavam logo em seguida no máximo 10 minutos frequentemente muitas maracanãs da natureza pousavam sobre o viveiro inspecio nando os ninhos artificiais e tentando entrar na gaiola de alimentação mas sempre eram im pedidas pelas maracanãs reintroduzidas que reagiam em conjunto as maracanãs reintrodu zidas também inspecionavam os ninhos artifi ciais no topo do viveiro figura 37 as maracanãs soltas apresentaram rea ções diversas com relação às maracanãs selva gens um exemplo é que sempre que um gru po de maracanãs selvagens próximas ao viveiro emitia vocalização de alarme provavelmente por causa de um predador próximo as mara canãs soltas acompanhavam o grupo selvagem emitindo o mesmo tipo de vocalização sem pre que havia um grupo de maracanãs próxi mas do viveiro vocalizando as aves soltas res pondiam às vocalizações Duas das nove aves liberadas foram perdidas em duas semanas após a soltura uma desapareceu sem deixar vestígios e restos da carcaça do macho dominante do viveiro foram encontrados sete dias após a soltura confir mando a hipótese de predação os rádiotransmissores apesar de não terem afetado o comportamento das aves não foram adequados para a coleta de dados no longo prazo pois quando ocorre a muda o transmissor é perdido junto com a pena redu zindo muito sua vida útil Três meses após a soltura apenas duas das sete aves ainda man tinham os transmissores a equipe de campo conseguiu capturar duas aves e colocar novos transmissores mas quatro aves ficaram sem possibilidade de monitoramento em março de 1999 apenas uma das aves ainda tinha o rádio que emitia um sinal muito fraco que durou até final de maio em junho sete meses após a sol tura não havia mais transmissores em funcio namento barros et al 1999 a partir do segundo e terceiro meses após a soltura os deslocamentos aumentaram para vários quilômetros de distância do sítio de soltura barros e couto di Tullio 1999a a fi gura 38 mostra a área aproximada frequentada pelas maracanãs reintroduzidas durante os pri meiros cinco meses após a soltura dezembro de 1998 a maio de 1999 baseado em de bar ros e couto di Tullio 1999b Pelo menos seis das nove maracanãs reintroduzidas ainda esta vam vivas em 12 de outubro de 1999 barros et al 1999 quatro ainda eram observadas entre janeiro e julho de 2001 nas imediações da fa zenda concórdia de menezes et al 2001a e novamente quatro aves entre agosto e de figura 37 maracanãs reintroduzidas inspecionando ninhos artificiais colocados como abrigo no topo do viveiro de adaptação Projeto ararinhaazul 59 Cyanopsitta spixii Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul zembro de 2001 entre as fazendas concórdia e Gangorra cortes 2002 baseado em relatos de um funcionário do Projeto as aves reintroduzidas não se integra ram muito aos bandos selvagens o que tam bém tem sido observado em outras reintrodu ções de psitacídeos criados em cativeiro collar 2006 elas também não foram observadas uti lizando os ninhos artificiais colocados na área mas é importante acrescentar que estes ninhos instalados em várias áreas em curaçá também não foram utilizados por maracanãs selvagens barros 2000a no entanto o ciclo reprodu tivo das aves reintroduzidas aparentemente se adaptou gradualmente às condições locais o que é indicado pelo fato de que no final de ja neiro e início de fevereiro de 1999 um dos ca sais o único já em idade reprodutiva ocupou um dos ninhos colocados como abrigo no topo do viveiro e colocou dois ovos barros 1999b isto parece representar uma transição entre as estações reprodutivas na área de curaçá e a estação reprodutiva em Tenerife de onde as aves vieram em 1997 as aves começaram a buscar indepen dentemente itens alimentares silvestres espe cialmente favela e pinhão mas também baraú na entre quatro a dez semanas após a soltura inicialmente pegando sementes no solo e em seguida também nas árvores no entanto o uso da alimentação suplementar continuou por todo o período em que esta esteve disponível Para evitar a fermentação a alimentação ini cialmente consistia apenas de uma mistura de alimentos secos alpiste painço colza niger aveia semente de girassol ração para filhotes de cães linhaça e itens silvestres foram adicio nados a partir de 26 janeiro e também pronta mente utilizados em 1 de fevereiro de 1999 a alimenta ção suplementar foi alterada e foram ofereci dos apenas itens silvestres a quantidade ofere cida inicialmente foi aparentemente insuficiente para as aves pois no dia seguinte as maracanãs começaram a aparecer na base de campo che gando muito perto das pessoas elas pousavam no chão do terreiro em frente a casa onde ficavam procurando alimento Também ficavam pousadas em árvore fios e cercas em volta da casa Quando escutavam barulho de louça ou panelas na cozinha voavam para trás e pou savam na cerca próxima à porta da cozinha figura 38 a área lilás indica a fazenda concórdia e a área verde indica a área aproxima da utilizada pelas maracanãs reintroduzidas durante os cinco primeiros meses após a soltura dezembro de 1998 a maio de 1999 de acordo com barros e couto di Tullio 1999b Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul Cyanopsitta spixii 60 B A foto cristiano f ferreira provavelmente associando este som ao dos comedouros quando manipulados Quando a equipe tentava afastálas elas simplesmente voavam ou às vezes apenas andavam um pou co para longe retornando em seguida barros 1999c este é um dos problemas que deve ser corrigido em futuros experimentos os tratado res não usavam nenhuma vestimenta para dis farçar sua forma portanto as aves estabeleceram uma relação entre pessoas e alimento sanz e Grajal 1998a mencionam que alguns dos Amazona barbadensis que eles reintroduziram apresentaram este com portamento manso até oito meses após a soltura esta questão também é discutida por brightsmith et al 2005 a equipe de campo então voltou a adicionar sementes à alimentação suple mentar a fim de diminuir a associação que as aves faziam entre seres humanos e comi da o tratador passou a colocar a comida no topo do viveiro ao anoitecer após as aves terem se recolhido para dormir Para evitar que as aves se aproximassem da casa foi aumentada a quantidade de alimento su plementar no topo do viveiro embora isto tenha como consequência um retardamento no tempo que as aves levam para se afastar do viveiro uma segunda tentativa de retirar a alimentação suplementar foi bem sucedida Quando o alimento foi retirado as aves não retornaram à base de campo à procura de alimento e passaram a se alimentar inde pendente desde então no entanto quan do a estação seca em 1999 atingiu seu auge em meados de outubro e secou totalmente figura 39 a água da barragem da fazen da concórdia que era a principal fonte de água do local onde as maracanãs eram fre quentemente observadas bebendo as aves reintroduzidas vieram beber água próximo à casa da base de campo e a equipe do Proje to forneceu água temporariamente na gaiola de alimentação no topo do viveiro apesar da ausência de água não foi necessário re tornar a alimentação suplementar pois havia alimento nas proximidades como frutos de pinhão sementes de baraúna e flores de ca raibeiras barros et al 1999b figura 39 a barragem da fazenda concórdia durante a estação chuvosa de 1996 b barragem durante o auge da seca em agosto de 1999 no futuro deve ser estudada a possibi lidade de incluir na preparação présoltura trei namento para as aves evitarem pessoas human avoidance e também é preciso mudar a forma de apresentação de água e alimento tanto du rante a preparação como no período de suple mentação alimentar póssoltura 4128 Avaliação do sucesso da soltura De acordo com sanz e Grajal 1998 podese utilizar os seguintes critérios para con siderar a reintrodução bem sucedida sobrevivência por pelo menos um ano após a soltura uso de áreas de alimentação e itens ve getais semelhantes aos das aves selvagens interações com grupos sociais uso de áreas de pernoite comuns neste caso foi considerado pernoite em cavi dades formação de pares Tentativa de reprodução fotos Projeto ararinhaazul 61 Cyanopsitta spixii Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul a Tabela 7 mostra a avaliação segun do alguns destes parâmetros da soltura de maracanãs experimentos são extremamente úteis para a elaboração de técnicas de pais adotivos fos tering no futuro para por exemplo realizar a TABelA 7 PArâmeTros meDiDos DurAnTe o PeríoDo De ADAPTAção DAs mArACAnãs reinTroDuziDAs em DiAs ATé 250399 APós A solTurA este trabalho forneceu subsídios impor tantes para futuras reintroduções de ararinhas azuis mas ainda restam várias questões a se rem respondidas e testes a serem feitos sendo recomendada a repetição do experimento de soltura de maracanãs 413 Transferência de ovos e ninhegos de ninhos de maracanãs selvagens para o ninho do par heteroespecífico Durante cada estação reprodutiva o par heteroespecífico era observado ocupando ninhos ver figura 17 mas nunca foi registrada a saída de filhotes e até 1996 os ninhos não eram checados internamente para detectar a presença de ovos e ninhegos o Projeto ararinhaazul realizou al guns testes para avaliar a capacidade parental do casal heteroespecífico para avaliar a possi bilidade de usar este par como pais adotivos de ovos eou ninhegos de ararinhasazuis de cativeiro para ninhos da espécie na natureza essa teria certamente sido uma solução viá vel para transmitir a experiência do macho selvagem para futuras gerações de ararinhas azuis apesar de lamentavelmente o macho selvagem ter desaparecido em 2000 estes PRoCEsso ADAPtAtIVo AVEs 2 3 5 6 7 8 9 10 11 Sobrevivência confirmada 110 71 2 16 71 111 110 109 71 Abandono da área do viveiroa 4 21 1 2 2 46 4 6 1 Interação com grupos selvagens Pareamento heterossexual com aves do viveirob 8 47 Pareamento heterossexual com aves selvagensb Tentativa de reproduçãoc 55 54 Reproduçãod transferência de ovos e ninhegos de ararinhas azuis de cativeiro para ninhos da espécie na natureza o primeiro experimento foi realizado durante a estação reprodutiva de 19961997 quando o ninho foi monitorado após a ocupa ção pelo par heteroespecífico os três ovos pos tos pela maracanã figura 40 foram trocados por ovos férteis de um ninho de maracanãs selvagens os ovos foram aceitos pelo par e incubados pela maracanã um ninhego eclodiu figura 41 mas um dia após sua eclosão o ninhego e os ovos res tantes foram predados Quando os três ovos do par heteroespecífico foram retirados do ninho um estava rachado e quebrou durante o trans porte revelando um embrião em seu interior este embrião foi enviado para análise genética pela equipe da Dra cristina miyaki do labora tório de Genética e evolução molecular do ib usP que revelou que o embrião era um híbrido miyaki et al 2001 os dois ovos remanescentes foram enviados para incubação artificial no Zoo lógico de são Paulo mas não estavam férteis foram realizadas mais duas tentativas na estação reprodutiva de 19971998 mas também não foram bemsucedidas novamen te os ovos do par heteroespecífico foram troca dos por ovos férteis de maracanãs e enviados a a área do viveiro compreende 100 m de diâmetro em volta do mesmo foi considerado que uma ave abandonou a área do viveiro se ela chegou a sair desta mesmo que tenha retornado depois foi considerado abandono total da área do viveiro quando as aves não mais voltaram às imediações deste b consideramos uma ave pareada quando era observada repetidamente com outra principalmente nos voos da manhã e final de tarde c Produção de ovos d Produção de filhotes bem sucedida Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul Cyanopsitta spixii 62 para incubação artificial no Zoológico de são Paulo figura 42 na primeira tentativa os ovos foram predados e o ninho abandonado um dia após a transferência na segunda tentativa de reprodução os ovos foram trocados e também houve eclosão de um ninhego que após alguns dias foi encontrado morto no ninho o ninhe go foi retirado do ninho e a maracanã conti nuou a incubar os ovos mas dois dias depois os ovos foram predados após quatro dias o casal abandonou o ninho a quarta tentativa foi realizada durante a estação reprodutiva de 19981999 e foi bem sucedida os ovos do par heteroespecífico fo ram inicialmente substituídos por ovos de ma deira do mesmo tamanho formato e cor dos ovos originais para evitar predação Depois de decorrido o tempo de incubação padrão para maracanãs 21 a 23 dias foi simulada uma eclosão assincrônica no primeiro dia um ovo de madeira foi substituído por um ninhego de maracanã retirado de outro ninho com 2 a 3 dias de idade no dia seguinte foi observado que este ninhego estava bem e com o papo cheio de alimento então o procedimento foi repetido retirandose outro ovo de madeira e trocandoo por um ninhego de maracanã fi gura 43 os dois ninhegos foram criados com sucesso pelo par heteroespecífico e deixaram o ninho após cerca de 54 dias foi registrado que o ninhego de maracanã no ninho respon deu às vocalizações do macho de ararinhaazul de modo muito semelhante à vocalização dessa espécie após a saída do ninho os filhotes fica ram com os pais adotivos por 111 dias e depois se juntaram a bandos selvagens não foi pos sível monitorar estas aves após abandonarem os pais adotivos pois elas não tinham nenhum tipo de marcação a ausência de marcações rádiocolares anilhas foi para não introduzir nenhuma variável que pudesse afetar a acei tação dos ninhegos pelo par heteroespecífico uma vez que a pergunta inicial a ser respondi da com este experimento era se este par tinha capacidade parental uma vez comprovada a capacidade parental do par heteroespecífico foram feitos novos testes para averiguar outros parâmetros que pudessem nortear futuras transferência de ovosninhegos de ararinhasazuis de cativeiro para o ninho deste par foram conduzidos dois experimentos na estação reprodutiva de 19992000 o pri meiro visava registrar o tempo máximo que o figura 42 ovos do par heteroespecífico prontos para serem enviados para incubação artificial figura 40 ovos da maracanã no ninho do par he teroespecífico figura 41 maracanã que eclodiu no ninho do par heteroespecífico em 1997 par heteroespecífico permaneceria incubando os ovos de madeira antes de abandonar o ni nho o objetivo era definir a flexibilidade deste casal caso não houvesse posturas sincronizadas entre campo e cativeiro e não houvesse ovos filhotes disponíveis em cativeiro para transferên cia para o ninho da ararinhaazul na natureza Projeto ararinhaazul Projeto ararinhaazul Yara barros 63 Cyanopsitta spixii Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul A no momento adequado a maracanã incubou os ovos por 40 dias quando o par começou a apresentar indícios comportamentais de que es tava prestes a abandonar o ninho os ovos de madeira foram então removidos e em segui da o par realizou nova postura com seis ovos que foram novamente substituídos por ovos de madeira neste experimento foi testada a fle xibilidade do par heteroespecífico no sentido de aceitar ninhegos de idades diferentes Desta forma os ovos de madeira foram trocados após o tempo padrão de incubação por ninhegos de idades diferentes que foram aceitos pelo casal o primeiro ninhego colocado no ninho tinha em torno de dois a três dias de idade e foi encontrado morto no dia seguinte possivelmente por aranha que foi encontrada no ninho e poste riormente removida em seguida foram transferi dos para o ninho dois ninhegos com cerca de cin co dias de idade que foram aceitos e criados pelo par heteroespecífico mas após 20 dias foram en contrados mortos um sem a cabeça e outro com o abdome perfurado figura 44 a hipótese mais provável é que os ninhegos tenham sido predados por um gambá Didelphis albiventris Rosar et al 2000 isto aconteceu em uma estação reproduti va em que pela primeira vez em vários anos não foram instaladas armadilhas para captura de gam bás em volta da árvore do ninho antes da estação reprodutiva de 19981999 a base de várias árvores de nidi ficação tradicionais e também o tronco e ga lhos próximos aos ninhos foram cercados com cintas de metal figura 45 para evitar o acesso de predadores entretanto estas cintas podem ter afastado o par heteroespecífico na estação reprodutiva subsequente barros 1999 Por esta razão as cintas de metal com exceção daquelas ao redor da base da árvore foram re movidas barros 1997a 1997b 1999 barros e freitas 1998 Rosar et al 2000 de menezes et al 2001a 2001b 42 busca por populações rema nescentes de ararinhasazuis foram realizadas expedições para a busca de possíveis populações remanescentes de ararinhasazuis a partir dos dados disponí veis sobre distribuição histórica e requerimentos de hábitat além de informações de moradores locais e entrevistas foram percorridos mais de 55000 km mas não foram registrados novos in divíduos de ararinhasazuis na natureza mesmo após o encerramento do Projeto ararinhaazul em 2002 ainda são organizadas expedições para checar qualquer informação coerente so bre a possibilidade de presença da espécie 43 Pesquisa sobre o hábitat da região foram realizadas pesquisas sobre dis ponibilidade e distribuição de recursos alimen tares parâmetros de cavidades de nidificação quantidade e localização de cavidades disponí veis padrões de chuva etc 44 Atividades de recuperação de hábitat na área de vida da última ararinhaazul selvagem o trabalho de recuperação de hábitat na área de vida do macho selvagem ao longo dos Riachos barra Grande e melancia consistiu em figura 43 a ninhego de maracanã com dois dias de idade na caixa de transporte b ninhego um dia após a transferência para o ninho do par heteroespecífico com o papo cheio de alimento A fotos Projeto ararinhaazul Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul Cyanopsitta spixii 64 Programa Cercados de Conservação ativida de que buscou aliar a integração entre o desen volvimento social e a conservação de hábitat em longo prazo pois visava proteger e recuperar o hábitat ao mesmo tempo em que melhorava a qualidade de vida dos sertanejos a pecuária na caatinga é extensiva e os cercados são utiliza dos normalmente para manejo de pasto sendo áreas de pastoreio reservadas à estação seca anual Tendo isto em vista o Projeto ararinhaazul imple mentou doze cercados na área de vida do macho selvagem os cercados implementados tinham aproximadamente oito hectares cada ao longo dos riachos com matas ciliares e visavam produ zir forragem para o gado estimulando um melhor manejo do rebanho e ao mesmo tempo permitir a conservação eou recuperação do hábitat princi palmente das caraibeiras a ideia principal era que durante a época de chuva quando existe alimen to em abundância na caatinga os vaqueiros manti vessem sua criação fora dos cercados e na estação seca os animais seriam soltos dentro dos cercados onde há alimento nestes cercados também foram plantadas além de forrageiras para o rebanho es pécies vegetais importantes para a ararinhaazul desta maneira o benefício seria mútuo os cerca dos foram construídos em sistema de parcerias o Projeto ararinhaazul forneceu o material e os pro prietários forneceram a mão de obra o programa envolveu reuniões periódicas com os vaqueiros para que o trabalho fosse desenvolvido de manei ra conjunta Viveiro de mudas Para dar suporte ao tra balho com os cercados de conservação foi es tabelecido um viveiro de mudas figura 46 algumas das espécies mantidas no viveiro foram caraibeira mulungu brincodesoim pauferro baraúna aroeira angico catin gueira freijó imburana umbuzeiro juazeiro marizeiro unhadegato paudecolher qui xabeira e muquém Cercamento de caraibeiras foi realizado ex perimentalmente o cercamento individual de plântulas de caraibeiras ao longo dos riachos para impedir sua predação por caprinos mas esta experiência não teve bons resultados a área de várzea ao longo dos riachos onde as plântulas foram cercadas ficou inundada por um curto período de tempo e a água acabou por destruir a maior parte das cercas Desta for ma esta experiência indicou que é mais pro dutivo realizar o plantio dentro dos cercados figura 44 ninhegos de maracanãs encontrados mortos no ninho do par heteroespecífico figura 45 cinta de metal em torno da base de uma caraibeira onde havia um ninho do par hete roespecífico fotos Projeto ararinhaazul Projeto ararinhaazul 65 Cyanopsitta spixii Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul 45 Trabalhos de envolvimento da comunidade os trabalhos de conservação de biodi versidade tornamse mais difíceis em áreas ex tremamente pobres e carentes como é o caso de curaçá tornando muito importante usar um método e linguagem que possam atingir a comunidade alvo o fato de haver um biólogo em cam po em tempo integral permitiu que essa pes soa fosse inserida na comunidade comparti lhando a vida das pessoas e descobrindo seus referenciais este foi fator chave para desco brir qual linguagem deveria ser utilizada o trabalho de extensão foi realizado visando o contato individual e contínuo com o maior número de pessoas da comunidade pois a convivência com as pessoas permite que as informações sejam transmitidas e absorvidas de uma forma mais real e envolvente as atividades de envolvimento da co munidade foram desenvolvidas tanto na área urbana de curaçá quanto na área rural no interior da caatinga onde se concentra a maior parte dos moradores do município 451 Interação contínua com a popula ção da área urbana de Curaçá em parceria com a comunidade local e com a fundação loro Parque foi realizada uma campanha para a restauração de um te atro centenário da cidade de curaçá o Teatro Raul coelho figura 47 com o objetivo de ins talar neste local o centro de cultura ambiental ararinhaazul a comunidade participou ativa mente na campanha para restauração que foi muito importante para o envolvimento da po pulação com a conservação da ararinhaazul a reforma foi concluída em 1996 e o teatro passou a ser palco de atividades culturais na cidade incluindo Projeto Capoeira que atendia cerca de 60 jo vens da cidade figura 48 e foi realizado em parceria com a universidade estadual da bahia e com a Prefeitura municipal de curaçá as au las eram gratuitas e abertas a toda a população sendo um importante elo de ligação entre a co munidade e o Projeto Oficinas da Ararinha que atendiam cerca de 100 crianças o objetivo desta atividade era auxiliar no desenvolvimento psicopedagógi co das crianças estimulando a criatividade a convivência em grupo e a participação visan do a formação de adultos conscientes do seu papel como cidadãos estas oficinas ocorriam diariamente ministradas por monitores locais e pela equipe do Projeto ararinhaazul en volvendo atividades como educação ambien tal teatro desenho leitura e interpretação de texto figura 49 Projeto ararinhaazul figura 46 Viveiro de mudas do Projeto ararinhaazul Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul Cyanopsitta spixii 66 Cine Ararinhaazul com sessões aos domingos para adultos e crianças aliando entretenimen to a temas ambientais esta atividade propor cionava um excelente retorno em relação ao envolvimento da comunidade e criava um es paço para exibição de filmes com enfoque em questões ambientais e sociais propiciando um espaço adequado para a discussão e dissemi nação de conceitos de preservação ambiental 452 Interação contínua com a popula ção rural de Curaçá o convívio contínuo com a comunidade rural de curaçá possibilitou a realização do moni toramento e proteção do último macho selvagem e o envolvimento dessas pessoas com a conserva ção da ararinhaazul pois a comunidade partici pava ativamente das atividades das discussões e quando possível da tomada de decisões Desta forma se sentiam atores e colaboradores e não apenas expectadores das ações de conservação as principais ações desenvolvidas foram Monitoramento que consistia em visitar sema nalmente as casas na caatinga dentro da área de vida do macho selvagem esta atividade ti nha como objetivos o monitoramento da ave o recolhimento de informações sobre seu des locamento a criação e o fortalecimento de vín culo entre a equipe do Projeto ararinhaazul e a comunidade gerando uma cumplicidade que revertia na proteção da ararinha esta atividade teve continuidade por dois anos após o desapa recimento do macho selvagem para manter o envolvimento das pessoas Capacitação de moradores que foi realizada visando melhorar a qualidade de vida dos mo radores da caatinga e difundir técnicas que reduzissem o impacto da atividade pecuária no ambiente um agrônomo contratado pelo Projeto ministrou treinamento sobre criação de caprinos fenação silagem produção al ternativa de alimento para o rebanho dentre outros figura 50 Escola da Ararinha situada na caatinga dentro da antiga área de vida do exemplar selvagem remanescente atende atualmente cerca de vin te e cinco crianças funcionando em esquema multiseriado do primeiro ao quarto ano do ensi no fundamental esta escola figura 51 foi cons truída atendendo a uma demanda da comuni dade com recursos do Projeto ararinhaazul e mão de obra de pais alunos e colaboradores o tema da ararinha é sempre abordado em sala de aula o que gera um envolvimento de pais e alunos com esta questão a construção da es cola desencadeou um processo de organização comunitária e a escola passou a ser utilizada pela comunidade como espaço para discussões cursos e eventos a partir de 2006 por meio de recursos doados pela Parrots international fundação ly mington aWWP e acTP a escola voltou a rece ber doações que permitem custear alimentação material escolar mobília e equipamentos esses parceiros também estão financiando uma nova classe de aulas noturnas de alfabetização para adultos com cerca de 30 alunos em 2008 mediante apresentação de projeto elaborado pela Parrots international com a colaboração do icmbio a escola da ararinha recebeu uma doação do Walsrode Vogelpark da alemanha que permitiu a construção de um anexo para a escolinha um prédio maior e melhor estrutu rado e equipado figura 52 este espaço per mite que seja divulgada e assimilada a questão da conservação da ararinhaazul e também a realização de atividades de capacitação dos moradores rurais para o uso sustentável da ca atinga Desta forma a escola é uma ferramenta de conscientização e envolvimento da comu nidade em uma área que poderá ser um futuro sítio de reintrodução da espécie Teatro na Roça uma atividade que visava levar arte para lugares do município que ti nham pouco acesso a este tipo de linguagem o Teatro na Roça figura 53 consistia em um conjunto de manifestações artísticas que eram agregadas e integradas à arte dramática como música dança e poesia esta atividade também era um veículo para a transmissão de concei tos de preservação ambiental e conservação da ararinhaazul para as pequenas comunidades do interior do município de curaçá além das atividades específicas o Projeto ararinhaazul desenvolvia continua mente o que denominava de extensão so lidária que era a participação ativa no dia adia das comunidades urbana e rural em atividades que visavam a melhoria da sua qualidade de vida como exemplo pode ser citada a participação do Projeto em campanha de arrecadação de alimentos 67 Cyanopsitta spixii Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul B para as famílias que viviam na área de vida do macho selvagem durante um pe ríodo prolongado de seca Participação em campanhas de vacina ção de crianças na caatinga Participação em comissões e conselhos municipais de ações contra a seca saú de meio ambiente estruturação de rá dio comunitária dentre outros como resultado das ações desenvolvi das o município de curaçá adotou a ararinha azul como seu símbolo figura 54 e a popu lação rural estabeleceu uma analogia entre a situação da espécie e especialmente a do último macho selvagem e sua própria sina figura 55 figura 47 a Teatro Raul coelho antes da reforma b o Teatro após a reforma A figura 48 Projeto capoeira figura 49 oficinas da ararinha figura 50 cursos de capacitação para mora dores da caatinga em curaçá fotos Projeto ararinhaazul Projeto ararinhaazul Projeto ararinhaazul Yara barros Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul Cyanopsitta spixii 68 C figura 51 escola da ararinha a escola da ararinha já construída com apresentação de peça elaborada pelos alunos sobre a extinção da ararinha b horta na escola c curso de apicultura na escola D Reu nião com pais alunos e comunidade com enfoque no tema da ararinhaazul D fotos Projeto ararinhaazul B D figura 52 a escola da ararinha reformada em 2008 b nova sala de aula c e D alunos desenvolvendo atividades relacionadas à ararinhaazul A C fotos Yara barros B A 69 Cyanopsitta spixii Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul A B figura 53 apresentação do Teatro na Roça em distrito do município de curaçá Projeto ararinhaazul B A figura 54 a Placa na entrada da cidade de curaçá em 2000 instalada por iniciativa da Prefeitura local b ararinhaazul incorporada à bandeira de curaçá fotos Projeto ararinhaazul figura 55 faixa colocada por moradores durante a festa dos Vaqueiros comemoração tradicional de curaçá foto Projeto ararinhaazul fotos Projeto ararinhaazul Projeto ararinhaazul Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul Cyanopsitta spixii 70 5 INICIATIVAS ATUAIS DE PROTE ÇÃO DE ÁREAS DE OCORRêNCIA HISTóRICA objetivando assegurar a proteção e a recuperação de áreas de ocorrência histó rica da espécie que eventualmente possam se tornar sítios de reintrodução parceiros do icmbio adquiriram duas áreas em cura çá sendo Fazenda Concórdia local onde estava lo calizada a antiga base de campo do Projeto ararinhaazul a fazenda concórdia locali zase no município de curaçá ba e possui uma superfície de 22311ha esta fazenda é cortada pelo Riacho da melancia possui di versas caraibeiras antigas e apresenta certo grau de regeneração com árvores jovens em desenvolvimento a aWWP adquiriu esta fa zenda em 2008 Fazenda Gangorra localizada a três quilô metros riacho acima da fazenda concórdia com a qual faz fronteira na fazenda Gan gorra figura 56 estão localizados os últimos sítios de nidificação históricos de casais de ararinhasazuis Também é cortada pelo Ria cho da melancia e apresenta uma significativa regeneração das matas de caraibeira em uma contagem realizada em 2008 em um trecho do riacho de 700 m foram encontradas 335 caraibeiras sendo 70 delas abaixo de 4 m de altura ou seja árvores jovens em desen volvimento esta fazenda foi adquirida em 2007 com recursos fornecidos pelos seguintes parceiros fundação lymington Parrots inter national eua e acTP alemanha figura 56 Riacho da melancia com caraibeiras na margem na fazenda Gangorra fotos Projeto ararinhaazul 71 Cyanopsitta spixii Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul 6 MANEJO DA POPULAÇÃO EM CATIVEIRO 61 Introdução as transferências dos indivíduos em cativeiro somente são possíveis no âmbi to da ciTes convenção sobre o comércio internacional de espécies da fauna e flora selvagens em Perigo de extinção acordo in ternacional entre governos cujo objetivo é assegurar que o comércio internacional de espécies de animais e plantas silvestres não ameace sua sobrevivência na natureza as espécies mais ameaçadas de extinção cons tam do apêndice i da ciTes o que é o caso da ararinhaazul e geralmente seu comércio internacional é proibido no entanto exem plares de espécies listadas no apêndice i mas que foram reproduzidas em cativeiro são consideradas como apêndice ii para o qual é permitido o comércio sob determina das condições as negociações com mantenedores estrangeiros de forma a envolvêlos no Plano de ação de conservação da ararinhaazul são essenciais para a espécie e isto inclui uma es tratégia de reprodução em cativeiro efetiva ri gorosamente científica e voltada para a conser vação considerando o baixo número de aves disponíveis cada indivíduo é extremamente importante para o Programa em 1990 havia quinze aves em cati veiro conhecidas sendo seis no brasil e nove no exterior a partir de então teve início o manejo das ararinhasazuis em cativeiro com a aná lise genética das aves e a formação de pare amentos adequados além de fornecer aves para reintrodução o objetivo do programa de reprodução é o de estabilizar a população em cativeiro e de manter uma população de segu rança backup population que seja tão genéti ca e demograficamente viável quanto possível no longo prazo Para atingir este objetivo é impor tante que todos os indivíduos integrados no programa de reprodução sejam manejados como uma única população mesmo que es tejam distribuídos em diferentes centros de reprodução neste sentido visando princi palmente integrar aves que estavam ilegal mente mantidas por mantenedores o gover no brasileiro por meio da Portaria ibama nº 216190 declarou em caráter extremamen te excepcional que não seriam confiscados exemplares de ararinhasazuis que estives sem submetidos ao plano de manejo estabe lecido pelo cPRaa assim o governo brasilei ro convidou os possíveis mantenedores para ingressarem no programa de manejo a Por taria nº 35 de 23051996 estabeleceu uma data limite para mantenedores aderirem ao Plano de manejo como resultado em 1993 um Termo de Responsabilidade foi assinado pelos mante nedores garantindo que os exemplares sob seus cuidados seriam manejados de acordo com as determinações do cPRaa referendadas pelo ibama foram signatários deste termo adayr maluf saliba fundação Parque Zoológico de são Paulo Joseph hammerli suíça Wolfgang kiessling fundação loro Parque nelson machado kawall criadouro arcoíris maurício dos santos criadouro cha parral antônio de Diós birds international com a assinatura do Termo de Res ponsabilidade por parte dos mantenedores o ibama esperava assegurar o término das transações comerciais en volvendo ararinhasazuis o manejo das aves cativas como uma única população a não transferência de aves entre cria dores sem recomendação do comitê e anuência prévia do ibama em 2003 a aWWP manifestou seu interesse em contribuir para a recuperação da espécie e quase todo plantel foi transfe rido para a aWWP mas a instituição estava aguardando pela transferência das aves ad quiridas na suiça o que completaria o plan tel de ararinhasazuis em 2005 após realizar reuniões e con sultas com mantenedores pesquisadores e onGs foi estabelecido o Grupo de Trabalho para a Recuperação da ararinhaazul com o objetivo de elaborar um Plano de ação para a espécie e visando incluir o máximo de aves possível no programa de reprodução Três aves remanescentes foram vendi das em 2005 para a acTP a ciTes da ale manha e a agência ambiental do país bfn Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul Cyanopsitta spixii 72 agência federal para a conservação da natu reza condicionaram a emissão de licença para a entrada das aves no país ao compromisso de colaborar com o programa de recuperação da espécie em 2008 a partir da publicação da ins trução normativa icmbio n 7 de 16 de julho de 2008 definiuse que as instituições estran geiras que desejam receber animais pertencen tes à lista oficial da fauna brasileira ameaçadas de extinção deverão firmar acordo de emprés timo e manejo com o icmbio o livro internacional de Registros Genealógicos Studbook da ararinhaazul foi oficialmente reconhecido em 1991 e seu primeiro mantenedor foi Paulo antas entre 1992 a 2002 esta função assim como a de coordenadora de cativeiro ficou a cargo de natasha schischakin substituída por carlos bianchi ibama e Wanderlei de moraes itai pu binacional de 2002 a 2006 Desde janei ro de 2006 o Studbook da ararinhaazul foi mantido por Ryan Watson De 2004 a 2011 a coordenadora do programa de reprodução em cativeiro foi Yara de melo barros Recentemente foi publicada a ins trução normativa n 22 de 27032012 que estabelece os procedimentos para os Progra mas de cativeiro de espécies ameaçadas ao qual o Programa de cativeiro para a conser vação da ararinhaazul está sendo adequado Para tal o instituto chico mendes de conservação da biodiversidade icmbio se diou em brasília de 09 a 10 de maio de 2012 um encontro entre parceiros pesquisadores mantenedores representados pela aWWP fundação loro Parque acTP nesT e a fun dação lymington e o grupo assessor do Plano de ação nacional Pan para a conservação da ararinhaazul Durante a reunião foram listadas as principais linhas dos protocolos de cativeiro que integrarão o Programa de cativeiro da ararinhaazul 62 População atual conhecida em cati veiro e centros de reprodução existiam até agosto de 2012 79 aves no programa de reprodução em cativeiro dis tribuídas em cinco centros de reprodução em quatro países a criadouro nestavaré brasil b fundação lymingtonsão Paulo brasil c fundação loro ParqueTenerife espanha D alWabra Wildlife Preservationsharharnia Qatar e association for the conservation of Thre atened Parrots schöneiche alemanha a Tabela 5 item 210 mostra a distri buição destas aves atualmente as ararinhasazuis que in tegram o programa de reprodução em cativeiro são mantidas em centros de reprodução isolados e sem visitação pública no entanto está sendo discutida a exibição pública de ararinhasazuis que já não tenham condições reprodutivas tanto para conscientização quanto para arrecadação de recursos para a recuperação da espécie 73 Cyanopsitta spixii Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul B A A CriADouro nesT AvAré BrAsil Quatro aves dois machos e duas fêmeas que estavam no Zoológico de são Paulo foram transferidas para o criadouro nesT em avarésP as aves estão alojadas em local isolado não aberto à visitação e em recintos do tipo nogel figura 57 figura 57 a ararinhas que estavam no Zoológico de são Paulo b Viveiros que receberam os espécimes de ararinhaazul no criadouro nest fotos fernanda Vaz Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul Cyanopsitta spixii 74 figura 58 centro de reprodução de ararinhasazuis na fundação lymington B funDAção lymingTon são PAulo BrAsil um macho é mantido em recinto suspenso figura 58 que pode ser recolhido durante a noite esta ave está bastante velha cerca de 34 anos mas de acordo com o studbook ele teria sido capturado na natureza em 1984 e em 2002 foi repatriada dos estados unidos onde foi mantida de forma inadequada por provavelmente toda a sua vida adulta o que ocasionou muitos proble mas físicos e comportamentais em 2006 foi feito o pareamento deste macho com uma fêmea que resultou na postura de 13 ovos inférteis pois este macho não consegue copular apropriadamente atualmente este macho está sem condições reprodutivas em 2008 uma fêmea morreu na instituição esta ave era um exemplar com 32 anos de ida de que não deixou descendentes na população fotos fundação lymington Juliana sinhorini e andressa borsari 75 Cyanopsitta spixii Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul figura 59 centro de reprodução de ararinhasazuis na fundação loro Parque C funDAção loro PArque Tenerife esPAnhA sete aves dois machos cinco fêmeas e dois pares reprodutivos são mantidas em um cen tro de reprodução exclusivo para a espécie em la Quintera figura 59 Por meio da assinatura de um acordo de empréstimo e manejo a flP devolveu a proprie dade das ararinhasazuis mantidas por esta instituição para o governo brasileiro fotos fundação loro Parque Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul Cyanopsitta spixii 76 figura 60 centro de reprodução de ararinhasazuis na al Wabra Wildlife Preservation D Al WABrA WilDlife PreservATion DohA qATAr sessenta ararinhas 24 machos 36 fêmeas e 18 pares formados para reprodução são man tidas em um centro de reprodução exclusivo para a espécie figura 60 as ararinhasazuis mantidas na aWWP não pertencem ao governo brasileiro mas estão incluídas no Studbook da espécie a aWWP realiza várias pesquisas para maximizar o sucesso reprodutivo da especie in cluindo aspectos genéticos à reprodução artificial e sobre as doencas que acomentem as aves incluindo PDD Doença de Dilatação Proventricular uma doença que chegou à aWWP quando esta instituição recebeu aves do birds international incorporated bii e do sr Roland messer e que já foi diretamente responsável pela morte de sete ararinhasazuis desde 2004 esta doença ainda está largamente disseminada na população de ararinhasazuis da aWWP mas há indica ções que muitas aves confirmadas com a doença por biópsia de papo estão se recuperando antes mesmo de apresentarem sinais clínicos ver item 76 fotos al Wabra Wildlife Preservation 77 Cyanopsitta spixii Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul figura 61 centro de reprodução de ararinhasazuis na association for the conservation of Threatened Parrots fotos acTP e AssoCiATion for The ConservATion of ThreATeneD PArroTs sChöneiChe AlemAnhA a acTP tem atualmente sete aves quatro machos três fêmeas e um par reprodutivo figura 61 sendo que uma delas nasceu em 2008 por meio de um pareamento entre um ma cho do governo brasileiro e uma fêmea da acTP Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul Cyanopsitta spixii 78 63 Uso de EspécieModelo para Rein trodução evidentemente a maracanã é a mais apropriada espécie modelo para reintrodu ção ela é a espécie ecologicamente mais si milar à ararinhaazul uso de hábitat dieta requerimentos de nidificação estação repro dutiva esta espécie deve ser estabelecida em cativeiro no sítio de reintrodução o ideal é utilizar maracanãs selvagens para este propósito estes indivíduos serão usa dos para treinamento da equipe e reintrodu ção conjunta com ararinhasazuis criadas em cativeiro maracanãs selvagens necessariamen te devem ser utilizadas preferencialmente pa res que vivam na área de reintrodução pois 1 elas devem exibir o comportamento da espécie totalmente desenvolvido e o co nhecimento ecológico do ambiente ali mentação dormitórios aversão a preda dores etc 2 elas devem ter experiência em viver na área de reintrodução 3 as ararinhasazuis que serão reintrodu zidas deverão aprender com elas maxi mizando portanto sua chance de sobre vivência o uso de uma espécie modelo para reintrodu ção irá permitir 1 ensinar a equipe a manejar a espécie alvo 2 Desenvolver técnicas de manejo 3 conduzir experimentos piloto de soltu ras para desenvolver e aprimorar as téc nicas de reintrodução 4 Possivelmente controlar a exposição a parasitas e patógenos locais durante a adaptação 5 Testar a presença de vetores de doenças entre as aves de cativeiro usando as ma racanãs capturadas na natureza para ob servar se há transmissão de doenças das aves criadas em cativeiro para as aves selvagens capturadas 6 usar esta espécie como substituta para testar técnicas de aversão a predadores predator avoidance e outras 7 Treinar em conjunto e reintroduzir con juntamente indivíduos selvagens captu rados da espécie modelo de reintrodu ção e ararinhasazuis para aumentar as chances desta espécie aprender valiosas habilidades de sobrevivência de seus parceiros selvagens beck 1985 Wiley et al 1992 kleiman 1996 79 Cyanopsitta spixii Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul 64 Sucesso reprodutivo as instituições que já reproduziram ara rinhasazuis nos programas coordenados pelo governo brasileiro são birds international filipinas criadouro do sr Joseph hammerli suíça criadouro do sr Roland messer suíça criadouro chaparral Recife brasil fundação loro Parque Tenerife es panha figura 62 al Wabra Wildlife Preservation Doha Qatar figura 63 association for the conservation of Thre atened Parrots schöneiche alemanha as quatro primeiras instituições não estão mais no programa De 1999 a abril de 2012 os nascimentos no programa por esta ção reprodutiva foram os seguintes 199900 três nascimentos 200001 cinco nascimentos 200102 sem nascimentos 200203 sem nascimentos 200304 quatro nascimentos 200405 três nascimentos 200506 dez nascimentos 200607 cinco nascimentos 200708 um nascimento 200809 cinco nascimentos 200910 sete nascimentos 201011 três nascimentos 2011abril 2012 seis nascimentos atualmente existem 23 casais estabe lecidos no programa oito machos e fêmeas já se reproduziram anteriormente e cinco casais produziram filhotes vivos sendo ape nas quatro comprovadamente reprodutivos no entanto existem aproximadamente dez casais que tem potencial reprodutivo na população atual existem oito machos e seis fêmeas que têm filhotes vivos e ainda são ca pazes de se reproduzir figura 62 ararinhaazul nascida na fundação loro Parque em 2006 figura 63 ararinhasazuis nascidas na al Wabra Wildlife Preservation em 2006 foto fundação loro Parque foto aWWP Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul Cyanopsitta spixii 80 65 Demografia crescimento da população global e pedigree o crescimento da população em cati veiro global no período entre 1968 e 2008 é apresentado na figura 64 o crescimento da população tem sido lento mas ainda tenden do para cima e é possível que possa aumentar significativamente à medida que mais pares compatíveis são formados baseado nas últimas informações genéticas existe também a possibilidade de que aves adicionais possam ser incluídas no progra ma de reprodução oriundas de outras fontes o pedigree atual das ararinhasazuis co nhecidas em cativeiro é mostrado na figura 65 ele mostra todas as aves historicamente registra das no studbook internacional e quando possí vel sua ascendência conhecida até novembro de 2008 embora este pedigree seja uma ferra menta útil ela deverá ser utilizada com muito cuidado algumas das relações de parentesco das ararinhasazuis conhecidas em cativeiro continuam sem solução devido à coleta de da dos inadequada e à transferência de dados in completos de alguns mantenedores históricos figura 64 crescimento da população em cativeiro de 1971 a 2011 Watson 2011 AnimAis Ano ToTAl mAChos fêmeAs Ano AnimAis ToTAl silvesTres CAPTurADos 81 Cyanopsitta spixii Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul figura 65 Pedigree das ararinhasazuis conhecidas em cativeiro compilado por Ryan Watson simon bruslund Jensen e Yves de soye em maio de 2008 adaptado por Ryan Watson de documento elaborado por simon bruslund Jensen e Yves de soye em dezembro de 2008 al Wabra Wildlife Preservation este pedigree é uma compilação dos dados conhecidos e de informação coletada até o momento baseado em dados publicados e não publicados de J ballou R messer a de Dios n schischakin m Reinschmidt m Guth J haemmerli legenda moldura azul ave fundadora Quadrado macho círculo fêmea cinza morto colorido de acordo com diferentes instituições mantenedoras vivos localização atual ou última localização conhecida ai criadouro arco iris aW aWWP bii birds international inc cs santoli häm hämmerli inder indermauer lPf fundação loro Parque lY fundacão lymington mess messer acTP association for the con servation of Threatened Parrots Rel fêmea reintroduzida sa santos carvalho sPZ Zoológico de são Paulo os números com 3 e 4 dígitos são o registro das aves na aWWP número total de aves registradas 114 54582 número total de aves vivas manejadas dentro do studbook 63 2637 informações sobre o status atual das aves nº de Studbook 23 41 e 52 não estão disponíveis Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul Cyanopsitta spixii 82 66 Evolução recente da população em cativeiro a Tabela 7 apresenta a evolução recen te da população em cativeiro de ararinhasazuis no período entre 19992011 e a figura 66 mos tra as classes etárias da população atual 67 Genética a ararinhaazul passou e passa por vá rios gargalos demográficos e genéticos a popu lação em cativeiro está claramente na fase de fundação ou crescimento inicial e os esforços são no sentido de aumentar o número de aves figura 66 classes etárias da população em cativeiro da ararinhaazul a barra azul indica o núme ro de indivíduos de acordo com o sexo nas diferentes faixas etárias quanto mais perto do eixo x menor é a idade a linha vermelha indica o padrão de estabilidade TABelA 8 evolução DA PoPulAção em CATiveiro De ArArinhAsAzuis enTre 1999 ABril 2011 ClAsse De iDADe ATuAl PermAnenTe número De inDivíDuos os anos são contados de 1º de dezembro a 31 de novembro 99 00 00 01 01 02 02 03 03 04 04 05 05 06 06 07 07 08 08 09 09 10 10 11 11 12 Totais Tamanho da população em 01032011 54 53 57 55 53 54 54 74 66 63 63 63 74 Aquisições Eclosões 3 5 0 0 4 3 10 5 1 5 7 3 6 52 Capturas na natureza 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Importações 0 0 0 0 0 0 10 0 0 0 0 0 0 0 Total de aquisições 3 5 0 0 4 3 20 5 1 5 7 3 6 62 Saídas Mortes nº total 4 1 2 2 3 3 0 1 4 0 4 0 1 25 mortes de neonatos 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Exportações 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Solturas 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Falhou ao se desenvolver 0 0 0 0 0 0 0 12 0 0 0 0 0 12 Total de saídas 4 1 2 2 3 3 0 13 4 0 4 0 1 37 Tamanho da população em 31 de dezembro 53 57 55 53 54 54 74 66 63 68 71 74 79 83 Cyanopsitta spixii Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul e preservar o máximo possível da diversidade genética ballou 2002 atualmente a porcen tagem de diversidade genética retida é de 81 Watson 2006 o número total de fundadores cuja existência é reconhecida e confirmada é 17 107 ver pedigree na figura 66 apenas sete destes 17 fundadores reproduziram e vários morreram sem deixar descendentes análises preliminares de Dna demonstraram que os fundadores apresentam um elevado grau de similaridade genética e não podem ser consi derados geneticamente independentes caparroz et al 2001 analisaram a variabilidade genética de sete aves em cativei ro números de studbook 2 3 5 6 7 10 e 18 incluindo seis dos fundadores e encon traram que a similaridade obtida era inferior mas parecida com a de irmãos em outras es pécies de aves a baixa variabilidade genéti ca encontrada indica que as aves pertencem a uma população muito pequena os índices médios de similaridade coeficientes de ban das em comum encontrados foram 062 e 064 sendo que a faixa em outras espécies ameaçadas e não ameaçadas de psitacídeos encontrados por miyaki et al 1993 1995 1997 variou de 012 a 038 outros autores brock e White 1992 usaram os mesmos mé todos e compararam a variabilidade genética de espécies de psitacídeos aparentadas papa gaiodehispaniola Amazona ventralis consi derado vulnerável e papagaiodePortoRico Amazona vittata considerado criticamente em perigo como números similares de in divíduos selvagens das duas espécies foram levados para cativeiro para iniciar um pro grama de reprodução como medida de con servação o sucesso reprodutivo maior de A ventralis foi associado aos seus baixos índi ces de similaridade Portanto é possível que a similaridade genética esteja correlacionada com baixo sucesso reprodutivo e isto pode ser resultado de depressão endogâmica miyaki in litt para Y de soye 2003 2004 2005 2006 adiciona novas informa ções preliminares de análises recentes base adas em dados de microsatélites realizadas com mais aves este método análise de mi crosatélites permite aos pesquisadores tra balhar com amostras independentes umas das outras de forma que amostras adicio nais possam ser incluídas na análise quando se tornam disponíveis miyaki in litt 2003 os dados de microsatélites são usados para estimar a similaridade genética entre pares de indivíduos Dois índices de similaridade foram estimados para cada comparação dos pareamentos um índice simples de similari dade sis proporção de microsatélites com partilhada entre dois indivíduos e índice r estima o parentesco entre dois indivíduos baseado na composição de microsatélites e sua frequência na população esta análise é fundamental para o aconselhamento gené tico de casais e fornece escolhas de pares com a menor similaridade genética possível e desta forma tentando manter a endogamia tão baixa quanto possível em outras pala vras estes dados permitem avaliar a quali dade genética de pares potenciais baseados nos seus valores de similaridade genética as faixas de valores destes dois índices sis e r foram divididas em três categorias Para cada potencial par reprodutivo a combinação des tas duas categorias resultou em uma classe geral de qualidade genética a a e de me lhor para pior pareamento em 2008 Ryan Watson começou a desenvolver um método de ranquear a com patibilidade genética e o valor genético de cada indivíduo analisado a revisão dos da dos e resultados concluiu que apesar dos dois índices sis e r estarem correlaciona dos o índice r discrimina melhor as classes de aves relacionadas vs nãorelacionadas e por esta razão este índice é o mais adequa do para estabelecer o ranqueamento dos pa res isto tornou o processo de ranqueamento da compatibilidade de escolha de parceiros para cada indivíduo de ararinhasazuis mais fácil e também é possível ranquear a impor tância genética de cada indivíduo em relação ao restante da população conforme já mencionado é fato co nhecido que as ararinhasazuis fundadoras não são geneticamente independentes e sabese que há diversidade genética muito baixa na população total Portanto as recomendações de pareamentos feitas pelo studbook keeper são baseadas em uma combinação de dados de microsatélites pedigree idade e estado de saúde como o manejo de populações de ani mais via análise de microsatélites é um método relativamente novo um novo conceito preci sava ser desenvolvido de forma pioneira para determinar com precisão a representação ge nética de todos os indivíduos geneticamente Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul Cyanopsitta spixii 84 analisados o resultado foi o desenvolvimento de um sistema de ranking que determinou o Valor Genético de similaridade GsV de todas as aves avaliadas o GsV é obtido a partir do cálculo da soma de todos os valores de índices r disponíveis para cada ave individualmente Quanto menor a soma total mais baixa a re presentação genética portanto as aves gene ticamente melhor ranqueadas são as com o GsV mais baixo a Tabela 9 mostra em ordem de ranqueamento a importância genética de todos os machos avaliados na população com base no GsV além disto ela ranqueia em or dem de compatibilidade o índice r individual de cada macho com todas as aves analisadas na população 85 Cyanopsitta spixii Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul TABelA 9 Ranking Do vAlor De similAriDADe genéTiCA gsv Dos mAChos em orDem De ComPATiBiliDADe Com ToDAs As ouTrAs ArArinhAsAzuis Com PoTenCiAl reProDuTivo Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul Cyanopsitta spixii 86 68 Problemas e ameaças além da alta similaridade genética que pode estar relacionada com a baixa taxa de eclodibilidade dos ovos e baixa fertilidade dos machos a população global em cativei ro tem um subgrupo na aWWP que tem a Doença de Dilatação Proventricular ham mer et al 2005 que é uma doença crônica que afeta o sistema nervoso a doença é uma ganglioneurite linfoplasmocítica do sistema gastrintestinal acompanhada de encefalo mielite que afeta especialmente psitacídeos descrita em mais de 50 espécies de psitací deos staeheli et al 2011 Desde que a doença foi descoberta o bornavírus aviário abV tem sido isolado do sis tema nervoso central de psitacídeos com diag nóstico de PDD e por isso é tido atualmente como o agente etiológico da doença hoopes et al 2010 staeheli et al 2011 bornavírus é um Rna vírus envelopa do da ordem mononegavirale os sinais clíni cos podem variar de médios a severos a contar mais com eventos imunopatológicos ocasiona dos pelo vírus do que pela própria atividade viral isso quer dizer que as próprias células de defesa do organismo linfócitos T cD8 atacam as células nervosas infectadas e produzem uma meningoencefalite severa os sinais incluem diminuição do ape tite ou polifagia depressão perda de peso e disfunções gastrintestinais de diversos graus além de sinais no sistema nervoso central ou periférico inclinação da cabeça torcicolo convulsões e paresia entre outros os achados macroscópicos post mor tem incluem dilatação do esôfago próventrí culo moela e intestino delgado assim como atrofia do músculo proventricular e do mús culo peitoral histologicamente são observados infiltrados linfocíticos em vários órgãos atual mente o diagnóstico é realizado por meio da RTPcR de amostras obtidas de swab de cloa ca e inglúvio mas também a partir de tecidos obtidos a partir de biópsia figura 67 ou his topatologia no entanto os primers utilizados podem não detectar todos os bornavírus circu lantes havendo falsonegativo Também não é sabido se a PcR é sensível antes do apareci mento de sinais clínicos sendo possível que o teste sorológico seja mais sensível staeheli et al 2011 há pelo menos duas instituições na europa que podem fazer sorologia para abV o que pode ser inferido a partir das úl timas descobertas é o seguinte Todas as aves com PDD têm abV desco berto através de PcR ou sorologia nem todas as aves com abV estão clinica mente doentes até o momento não se sabe se todas as cepas de abV são capazes de causar PDD ou se há cepas virais específicas que são patogênicas caso todas as cepas de abV sejam pato gênicas ainda não sabemos sob quais cir cunstâncias a infecção se transforma em uma doença clínica infecções concorren tes dieta situações estressantes etc a descoberta de anticorpos específicos contra certos gangliosídeos pode ser diag nóstico da PDD Desta forma embora o diagnóstico clássico de PDD através da biópsia de papo ou glândula adrenal ainda seja uma boa ferra menta ela deverá ser complementada com di ferentes testes de laboratório para abV ou com detecção de anticorpos antigangliosídeos embora não haja um tratamento es pecífico para PDD vários protocolos sintomá ticos foram propostos os mais amplamente usados são baseados em duas drogas antiin flamatórias inibidoras de coX2 por exem plo celecoxib Recentemente teve início um novo protocolo que é um coquetel de dro gas imunoestimulantes específicas inibidores de coX2 e suplementos alimentares espe ciais embora seja promissor ainda é muito cedo para atestar sua eficácia as aves positivas para PDD devem ser mantidas em instalações isoladas não podendo ser transferidas ou pareadas com aves que tes taram negativo a existência de aves com PDD torna o manejo genético global da população muito difícil então deve haver algum nível de flexibilidade pois de outra forma correse o ris co de não produzir aves suficientes para alcan çar a metas de longo prazo do programa na aWWP está bem estabelecido que a maioria senão toda a população de arari nhasazuis adultas teve contato direto com a doença Portanto parear uma ave subclinica com uma ave negativa mas que teve certa mente exposição direta a outra ave positiva para PDD é aceitável se significativamente aumentar a possibilidade de produzir mais aves ovos férteis postos por pares que têm 87 Cyanopsitta spixii Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul PDD ou foram comprovadamente expostos à doença devem ser removidos do ninho para eclosão em incubadora para reduzir a possibilidade de transmissão da doença en tretanto está comprovado que a transmissão vertical de abV através do ovo é possível é provável que isso não irá acontecer a todos os embriões de pais infectados mas é um ris co que deve ser levado em consideração adicionalmente considerando que os anticorpos contra o abV aparecem entre 14 e 75 dias é recomendado que filhotes de pais positivos para o vírus sejam testados por sorologia não antes de terem três meses de idade a prole de popula ções afetadas por PDD deve ser mantida isolada a população de ararinhasazuis no bra sil está aparentemente livre de PDD um problema potencial relacionado aos pareamentos genéticos ideais é que psitací deos têm preferências individuais por parceiros Portanto não será sempre possível estabelecer os melhores pareamentos genéticos se as aves não forem compatíveis Desta forma as aves prioritárias devem ter a chance de escolher en tre parceiros geneticamente compatíveis infelizmente há muitas aves incluin do poucas fundadoras remanescentes que são muito velhas inférteis ou fisicamente incapazes de fazer parte da população reprodutiva 69 Manejo de saúde e veterinário foi desenvolvido um protocolo sa nitário padrão para todas as aves incluídas no Programa visando alcançar um padrão de saúde comum o que facilita a manuten ção de aves saudáveis e reprodutivas além de minimizar os riscos de disseminação de doenças entre as instituições mantenedo ras este protocolo foi desenvolvido pelo Dr crosta figura 68 Dr sven hammer aWWP e Dr marcellus burkle com a co laboração dos veterinários das instituições que mantém ararinhasazuis e ararasazuis delear sandra Ramirez correaZoo sP luís Paulo fedulloRioZoo Wanderlei de mora esitaipu binacional Juliana sinhorinifunda ção lymington José luiz catão DiasZoo sP marcelo américo de almeidaPolícia federal e sílvia neri Godoyicmbio o protocolo sanitário é uma ferra menta de manejo para monitorar o status de saúde da população em cativeiro e tem como objetivos monitorar a saúde das aves durante sua permanência em cada centro de repro dução estudar e entender quaisquer doenças ou problemas relacionados à espécie estudar e entender os requerimentos nu tricionais da espécie Desenvolver as melhores condições pos síveis de manejo para a espécie maximizar o potencial reprodutivo das aves checar cuidadosamente o status de saúde de cada ave que será transferida ou pareada Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul Cyanopsitta spixii 88 figura 67 biópsia de papo feita em uma ararinhaazul na aWWP fotos aWWP 89 Cyanopsitta spixii Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul 7 PERSPECTIVAS FUTURAS AS SOCIAÇÃO ENTRE CAMPO E CA TIVEIRO PARA A REINTRODUÇÃO DE ARARINHASAZUIS Para que a espécie possa ser recupera da é necessária uma associação entre os esfor ços de campo e cativeiro apenas o sucesso do programa de re produção em cativeiro irá garantir a disponibili dade de aves para a reintrodução e o trabalho de campo irá identificar o melhor sítio ou sítios de reintrodução para a espécie dentro de sua área de ocorrência original uma vez definido este sítio ou sítios e antes do início das solturas serão realizados nestes locais trabalhos de pro teção e recuperação de hábitat e envolvimento das comunidades locais com a questão da con servação da ararinhaazul Recomendouse a princípio que o programa de reintrodução começasse apenas quando 1 a população em cativeiro tenha de monstrado estabilidade genética e de mográfica ballou 2002 2 Todas ou a maior parte das aves geneti camente mais importantes tenham pro duzido descendentes suficientes para capturar a extensão total de sua diversi dade genética na população em cativei ro Watson 2008 3 a população em cativeiro tenha mostra do ser capaz de crescimento sustentável ballou 2002 4 os pareamentos possam resultar em des cendentes viáveis ballou 2002 5 a população em cativeiro possa supor tar a remoção de um número de pelo menos oito aves quatro fêmeas e quatro machos a cada ano durante um período de pelo menos dez anos 6 a população em cativeiro esteja atingin do um tamanho alvo prédeterminado 150 aves e possa ser demonstrado que a retirada de animais para a reintrodu ção não irá impedir que a população atinja este tamanho 7 exista uma forma segura de diagnosticar PDD que assegure que a doença não seja introduzida na natureza na área de ocorrência histórica da espécie figura 68 Dr lorenzo crosta realizando endos copia em ararinhaazul no Zoológico de são Paulo fotos arquivo icmbio novas recomendações podem ser in corporadas ou alteradas de acordo com a ob tenção de informações a partir de solturas ex perimentais 8 VISÃO GERAL DAS TÉCNICAS DE REINTRODUÇÃO POTENCIAIS PARA A ARARINHAAZUL os protocolos de procedimentos e me todologia de reintrodução de ararinhasazuis serão definidos e elaborados à medida que se aproximar o início do programa de reintrodu ção as técnicas e protocolos deverão ser pre viamente testados com a espécie modelo de reintrodução a maracanã no entanto algumas técnicas gerais que poderiam ser utilizadas para a espécie são listadas Técnica 1 Reintrodução direta de aves adul tas ou subadultas criadas em cativeiro que pode ser feita soltando apenas as ararinhasazuis soltandoas acompanhadas por um Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul Cyanopsitta spixii 90 grupo de maracanãs selvagens captu radas e previamente colocadas com as ararinhasazuis em um recinto présoltura no sítio de reintrodução durante o período de adaptação pré soltura Técnica 2 Reintrodução direta de juvenis criados em cativeiro aves com cerca de quatro a cinco meses esta técnica terá mais chances de sucesso se já houver um bando de arari nhasazuis previamente estabelecido na área para ensinar as aves jovens Técnica 3 Para ser usada no longo prazo que consiste na transferência de ovos ou ni nhegos de cativeiro para ninhos de casais reprodutivos de ararinhasazuis previamente reintroduzidas Para evitar o risco de imprinting errôneo e contaminação comportamental inicialmente não será considerada a possibilidade de trans ferência de ovos ou ninhegos de ararinhasazuis para ninhos de casais selvagens de maracanãs novas técnicas e protocolos devem ser desenvolvidos e testados à medida que dados de novas pesquisas sobre reintrodu ção especialmente de psitacídeos estejam disponíveis PARTE II PLANO DE CONSERVAÇÃO foto Juliana sinhorini 93 Cyanopsitta spixii Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul Para a elaboração deste Pan foram adotados os seguintes conceitos com base na instrução normativa icmbio nº 252012 oBJeTivo expressa mudança positiva na conservação da espécie ou ambiente de forma espe cífica aos alvos de conservação e representa uma perspectiva compartilhada dos colaboradores do plano de ação Reflete um estado ou condição necessária e sobretudo possível de se alcançar em cinco anos contribui para alcançar a visão de futuro construída de modo a responder as necessi dades de conservação da espécie ou ambiente oBJeTivo esPeCífiCo Representa o resultado intermediário para a superação das ame aças aos focos de conservação sendo mensurável e exeqüível contribuindo decisivamente para alcançar o objetivo geral do plano Ação é o que dever ser feito para alcançar os objetivos específicos buscando reverter as ameaças associadas a estes a ação é específica mensurável relevante exequível em período definido e está situada dentro da esfera de atribuições e competência dos participantes da oficina de planejamento ProDuTo aquilo que é obtido pela realização da ação sendo mensurável tangível e com prova a execução da ação PERíODO Data de início e término da implementação da ação Deve ser indicado mês e ano ArTiCulADor instituição e pessoa responsável por articular a implementação da ação e apresentar o produto o articulador não é o único responsável pela execução da ação esta res ponsabilidade é compartilhada com os colaboradores o articulador estava preferencialmente presente na oficina de planejamento ColABorADores Pessoasinstituições coresponsáveis pela execução da ação que auxi liam nas diferentes etapas de sua implementação CusTo ESTIMADO estimativa dos recursos financeiros necessários para a implementação da ação a indicação dos custos no plano de ação é importante para dimensionar volume de recur sos a serem captados para sua implementação o Pan ararinhaazul Cyanopsitta spixii foi elaborado no âmbito do Grupo de Trabalho para a Recuperação da ararinhaazul e teve início nas reuniões do Grupo em 2005 e 2006 cujos participantes estão listados na Tabela 10 em 2009 foi proposta a primeira versão do Plano na forma de um programa para a recuperação da espécie incluindo informações bioló gicas e a proposição de um conjunto de ações os participantes da iii reunião estão listados na Tabela 11 o Plano foi adequado em uma oficina de planejamento participativo ocorrida entre 4 e 6 de abril de 2011 em brasíliaDf cujos participantes estão descritos na Tabela 12 na oca sião foram estabelecidos o objetivo seis metas e 44 ações com os respectivos articuladores e o Grupo assessor estratégico para auxiliar na implementação do Pan a Portaria icmbio nº 172012 aprovou o Plano de ação nacional para a conservação Pla no de ação nacional para a conservação da ararinhaazul Cyanopsitta spixii Pan ararinhaazul com o objetivo geral execução de estratégias visando o aumento da população manejada em cativeiro e a recuperação e conservação do hábitat de ocorrência histórica da espécie até 2017 vi sando o início de reintroduções até 2021 a Portaria icmbio n 742012 instituiu o Grupo assessor para acompanhar a implementação e realizar monitoria do Pan ararinhaazul nos dias 24 a 27 de setembro de 2012 foi realizada uma oficina para realizar a análise de viabilidade populacional aVP da ararinhaazul e capacitar os participantes Tabela 13 para utiliza ção das ferramentas em longo prazo para que a modelagem seja realizada assim que novos dados estiverem disponíveis entretanto após algumas discussões sobre taxas de fertilidade foi verificado que a grande limitação para a espécie é a taxa de eclosão dos ovos que é atualmente de 10 em Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul Cyanopsitta spixii 94 cativeiro apesar disso após a eclosão a taxa de sobrevivência de filhotes em cativeiro com mane jo intensivo é de 100 com base nos índices reprodutivos atuais e projetando que as aves soltas serão intensamen te manejadas foi muito difícil prever os parâmetros de recrutamento sobrevivência e mortalidade como a viabilidade dos ovos foi identificada como a principal ameaça à espécie o objetivo da aVP foi a partir de então avaliar os efeitos da eclosão no crescimento populacional trabalhando com cenários de présoltura e póssoltura após a adição destes dados o programa foi rodado apenas como exercício Pela alta mor talidade entre 0 e 1 ano devido a baixa viabilidade de ovos o crescimento estocástico foi negativo os participantes não confiaram nas taxas de mortalidade utilizadas e o exemplo não foi considera do apropriado já que não há dados de vida livre sendo assim por mais que seja produzido o número necessário de filhotes para atingir o número mínimo sugerido inicialmente 150 indivíduos na população de cativeiro se não melhorar a viabilidade dos ovos a soltura nunca resultará em uma população viável assim nossa prioridade para os próximos anos deve ser a melhoria da fertilidade e das taxas de eclosão dos ovos com a melhoria dos pareamentos e a entrada de novos indivíduos no Programa de cativeiro Duas ações prioritárias foram identificadas 1 Possibilitar que todas as aves participem do Programa 2 Realizar os melhores pareamentos possíveis quando os pareamentos são adequados a taxa de eclosão sobe para 50 R Watson com pess 2012 logo é imprescindível que todos os animais façam parte do Programa de cativeiro foi discutido entre o grupo que a utilização do VoRTeX como ferramenta para avaliar a viabilidade populacional da espécie não é adequada no momento devido à falta de dados de vida livre porém o uso do Pmx seria adequado para pequenas populações em cativeiro para nortear as discussões sobre a viabilidade populacional da espécie esta falta de dados indica que existe uma prioridade na criação de um projeto piloto de soltura para obter dados comportamentais e ao mesmo tempo refinar metodologias e fortalecer argumentos importantes para a viabilidade populacional da espécie o grupo decidiu usar sPaRks Pmx e GsV para tentar responder algumas questões sPaRks é um software usado para animais em cativeiro e o Pmx extrai os dados do sPaRks e realiza aná lises demográficas e genéticas do passado presente e futuro baseado nos parâmetros utilizados o Pmx calcula a diversidade genética atual e potencial baseada no pedigree e o crescimento da po pulação podendose modelar dados de acordo com a recomendação de pareamento removendo aves da análise e prevendo mudanças no sucesso reprodutivo o índice GsV é utilizado na análise de similaridade genética e o quanto ela afeta o sucesso reprodutivo e pode ser uma ferramenta para recomendação de pareamentos Dois exemplos de como estes programas foram utilizados para a verificar a possibilidade de perda de um dos mantenedores para o Programa de cativeiro ou b se não fosse realizado o pareamento de um macho importante como o macho 6 abaixo uma lista dos efeitos na população a população total será reduzida em 9 79 7 os machos serão reduzidos em 12 33 4 a porcentagem de machos reprodutivos com sucesso seria reduzida em 33 3 1 a porcentagem de machos com sucesso reprodutivo baseado no histórico e análise de sêmen em 16 12 2 se não parearmos urgentemente o macho 6 antes de ele morrer a população ficará com baixa diversidade genética a qual cairá de 75 para 73 a meta para popula ções manejadas é de 94 nossa meta é atingir 80 a qual seria impossível atingir se não reproduzirmos o macho o 6 até que uma nova linhagem seja adicionada ao Programa em um futuro próximo Diversidade genética atual 0752 Diversidade genética potencial 0923 este dado possui viés já que a análise feita considera cruzamentos entre todos os possíveis pares de indivíduos inclusive do mes mo sexo lambda 1051 isto é a taxa de crescimento atual da população é de 51 95 Cyanopsitta spixii Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul Questões levantadas para a população em cativeiro foram Qual é a taxa de crescimento atual e em quantos anos iremos atingir a população incialmente sugerida 150 indivíduos para a soltura em aproximadamente 10 anos com a taxa de crescimento atual de 5 atingiremos 150 indivíduos Podemos identificar animais com boa representatividade genética para soltura imedia ta não pois estes animais ainda vão nascer entretanto o ideal é os pais sejam trazidos para o brasil para que assim que os filhotes nascerem possam ser preparados para a soltura Para tanto estão previstos dois centros de reprodução um da nesT em avaré sP e um da aWWP em curaçába logo a meta é ter 50 da população cativa no brasil nos próximos 5 anos idealmente trazendo 8 ararasano e que essa população represente toda a variabilidade genética da espécie Para tanto um protocolo específico para importação de aves silvestres ameaçadas de veria ser estabelecido junto ao maPa Poderia haver articulação com o maPa para que o quarentenário não seja realizado em cananéiasP e sim no criadouro da itaipu PR outra indicação desta discussão é trabalhar com a experimentação de soltura com maracanã como prioritária e que não é necessário criar Studbook para esta espécie como melhorar a eclodibilidade com pareamentos adequados trazer nova linhagem de animais ainda não pertencentes ao Programa e realizar inseminação artificial uma limitação do Pmx é que o programa trabalha somente com pedigree desconsiderando a análise genética Por isso os resultados devem ser observados com cautela após utilizar o Pmx decidiuse ajustar algumas ações e realizar a monitoria do Pan ara rinhaazul para se obter mais informações necessárias para utilizar o VoRTeX guiar as decisões importantes para o restabelecimento da população selvagem a monitoria começou na tarde do dia 26 de setembro ver matriz de monitoria e painel de gestão a matriz de planejamento que consta neste livro é fruto da monitoria e ajuste realizados nesta oficina e será considerada para o planejamento de ações para os próximos anos Para a persecução do objetivo geral do Pan ararinhaazul aumento da população manejada em cativeiro e a recuperação e conservação do hábitat de ocorrência histórica da espécie até 2017 visando o início das reintroduções até 2021 foram traçados os objetivos específicos listados na Tabela 14 o Pan tem vigência até fevereiro de 2017 e supervisão e monitoria anual o Pan ararinhaazul é coordenado pelo cemaVe e o braço de implementação principal do Pan ararinhaazul será efetivado com a implementação do Projeto ararinha na natureza a ser supervisionado pelo icmbio e coordenado pelo cemaVe e saVe brasil com patrocínio da Vale e apoio do funbio e dos mantenedores como nesT aWWP e acTP Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul Cyanopsitta spixii 96 noME InstItuIção à éPoCA Cristina Yumi Miyaki Universidade de São Paulo David Waugh Fundação Loro Parque Don Brightsmith Texas AM University Edson Paiva Crax Sociedade de Pesquisa Fernanda vaz Fundação Parque Zoológico de São Paulo Joaquim Rocha dos Santos Cemave Ibama José Flávio Cândido Sociedade Brasileira de ornitologia José Luís Catão Fundação Parque Zoológico de São Paulo Kátia Dejuste Fundação Parque Zoológico de São Paulo Linda Wittkoff Fundação Lymington Luís Fábio Silveira Universidade de São Paulo Marcellus Burkle Association for the Conservation of Threatened Parrots ACTP Marcelo Almeida Cofau Ibama Marie Stafford Parrots International Mark Stafford Parrots International Martin Guth Association for the Conservation of Threatened Parrots ACTP Neiva Guedes Projeto AraraAzulUniderp onildo Marini Filho CofauIbama oriel Nogali Fundação Parque Zoológico de São Paulo Paulo Bressan Fundação Parque Zoológico de São Paulo Paulo Machado vale verde Pedro Scherer Neto MHN Capão da Imbuia Ricardo José Soavinski CGFAU Ibama Rick Jordan Hill Country Aviaries Roberto Azeredo Crax Sociedade de Pesquisa Ryan Watson Al Wabra Wildlife Preservation Sílvia Nery Godoy Fundação Parque Zoológico de São Paulo Simone Tenório Proaves Wanderlei de Moraes Itaipu Binacional William Wittkoff Fundação Lymington Yara de Melo Barros Cofau Ibama Yves de Soye Consultor TABelA 10 lisTA De PArTiCiPAnTes DA ii reunião Do gruPo De TrABAlho PArA A reCuPerAção DA ArArinhAAzul Cyanopsitta spixii em 2006 que AvAliou o DoCumenTo PreliminAr Do PlAno De Ação 97 Cyanopsitta spixii Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul noME InstItuIção Anna Croukamp Foz Tropicana Parque das Aves Antônio Emanuel Alves Cemave ICMBio Cristina Yumi Miyaki Universidade de São Paulo Daniel Bampi Rosar Projeto Ararinhaazul David Waugh Fundação Loro Parque Don Brightsmith Texas AM University Fernanda vaz Fundação Parque Zoológico de São Paulo Flávia Presti Universidade de São Paulo Inês de Fátima oliveira Dias Direp ICMBio José Flávio Cândido Sociedade Brasileira de ornitologia Linda Wittkoff Fundação Lymington Marcelo Marcelino de oliveira Dibio ICMBio Marie Stafford Parrots International Mark Stafford Parrots International Neiva Guedes Projeto AraraAzulUniderp onildo Marini Filho Gecom ICMBio oriel Nogali Fundação Parque Zoológico de São Paulo Pedro Scherer Neto MHN Capão da Imbuia Rick Jordan Hill Country Aviaries Sílvia Nery Godoy Gecom ICMBio Simone Tenório Proaves Wanderlei de Moraes Itaipu Binacional William Wittkoff Fundação Lymington Yara de Melo Barros Gecom ICMBio TABelA 11 lisTA De PArTiCiPAnTes DA iii reunião Do gruPo De TrABAlho PArA A reCuPerAção DA ArA rinhAAzul Cyanopsitta spixii em 2009 que reAvAliou o DoCumenTo PreliminAr Do PlAno De Ação noME InstItuIção João Luiz X do Nascimento ICMBioCEMAvE Cristina Y Miyaki Universidade de São Paulo Pedro Scherer Neto MHN Capão da Imbuia Silvia Neri Godoy ICMBioDIBIo Pedro Develey Save Brasil Fátima Pires de Almeida oliveira ICMBioDIBIo Yara Barros Parque das AvesFoz do Iguaçu FACILItADoRA Luciana Crema ICMBio TABelA 12 lisTA De PArTiCiPAnTes DA iv ofiCinA PArA A reCuPerAção DA ArArinhAAzul Cyanopsitta spixii em ABril De 2011 Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul Cyanopsitta spixii 98 noME InstItuIção Antonio Eduardo Araujo Barbosa CEMAvE Arnaud Desbiez Instituto de Pesquisas Ecológicas Ciro Albano autônomo Camile Lugarini CEMAvE ICMBio Cristina Yumi Myiaki Universidade de São Paulo Instituto de Biociências Fabiane Fileto Dias CEMAvE ICMBio Fabio de Paiva Nunes Aquasis Ass de Pesq e Preserv de Ecoss Aquáticos Monalyssa Camandaroba Watson AWWP Pedro Develey SAvE Brasil Ryan Watson AWWP vicente Loyola vale Yara Barros Foz Tropicana Parque das Aves TABelA 13 lisTA De PArTiCiPAnTes DA ofiCinA PArA reAlizAção DA AvP DA ArArinhAAzul Cyanopsitta spixii em seTemBro De 2012 participantes da monitoria do Pan objetivos Específicos Ações Estabelecidas Custo Estimado R objetivo específico 1 Políticas públicas e envolvimento governamental fortalecidos até 2017 8 35925956 objetivo específico 2 População de cativeiro adequadamente manejada com aumento mínimo de 6 indivíduosano visando início das reintroduções antes de 2017 12 66146680 objetivo específico 3 Conhecimento científico necessário à reintrodução da espécie aprimorado até 2017 6 80700000 objetivo específico 4 Hábitats críticos para conservação da espécie protegidos e recuperados até 2017 5 115039811 objetivo específico 5 Parcerias fortalecidas e informações necessárias à conscientização para a conservação da ararinhaazul divulgadas até 2017 3 188764153 objetivo específico 6 Iniciar o projeto de conservação in situ até 2017 7 123000000 ToTAL DE AÇÕES 45 609576600 TABelA 14 oBJeTivos esPeCífiCos Do PAn ArArinhAAzul MATRIZ DE PLANEJAMENTO E MATRIZ DE METAS foto al Wabra Wildlife Preservation Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul Cyanopsitta spixii 100 PoLítICAs PúbLICAs E EnVoLVIMEnto goVERnAMEntAL FoRtALECIDos Até 2017 Nº Ações Início Término Articulador Colaboradores Produto Custo em R 11 Criar o Grupo Assessor para implementação monitoria e avaliação do Plano de Ação Ararinhaazul Abril de 2011 Junho de 2011 Fátima Pires CoPAN Yara Barros Parque das Aves João L X Nascimento CEMAvE Portaria Publicada no DoU Não significativo 12 Contactar IBAMA e agência de licenciamento estadual da Bahia e efetuar articulações no sentido de assegurar que a análise licenciamento e aprovação de empreendimentos econômicos desenvolvidos nas áreas onde será realizada a reintrodução da espécie contemplem as necessidades de conservação de Cyanopsitta spixii bem como proponham medidas mitigadoras e compensatórias que gerem benefícios para a conservação desta espécie e de seu hábitat Abril de 2011 Janeiro de 2017 Camile Lugarini CEMAvE Pedro Develey SAvE Brasil Articulação efetivada empreendimentos com medidas mitigadoras e compensatórias gerando benefícios para a conservação desta espécie e de seu hábitat 22561104 13 Contatar os responsáveis por empreendimentos potencialmente impactantes a serem desenvolvidos ou em desenvolvimento na área onde será realizada a reintrodução da espécie e buscar alternativas de mitigação dos impactos Abril de 2011 Janeiro de 2017 Camile Lugarini CEMAvE Pedro Develey SAvE Brasil Yara Barros Parque das Aves Carlos Alberto Possídio Articulação efetivada empreendimentos licenciados levando em consideração alternativas de mitigação dos impactos não licenciamento de empreendimentos com prejuízo à área de reintrodução da espécie 12064852 14 Contatar os responsáveis pelo empreendimento Mineração Caraíba a fim de propor medidas mitigatórias e compensatórias Abril de 2011 Julho de 2013 Yara Barros Parque das Aves Camile Lugarini CEMAvE Pedro Develey SAvE Brasil Articulação efetivada medidas mitigatórias e compensatórias implementadas 300000 oBJeTivo AumenTo DA PoPulAção mAneJADA em CATiveiro e A reCuPerAção e ConservAção Do háBiTAT De oCorrênCiA hisTóriCA DA esPéCie ATé 2017 visAnDo o iníCio DAs reinTroDuções ATé 2021 missão A missão é reesTABeleCer umA PoPulAção selvAgem genéTiCA e DemogrAfiCAmenTe viável e não AmeAçADA em suA áreA De DisTriBuição hisTóriCA e mAnTer Como segurAnçA PArA A esPéCie umA PoPulAção em CATiveiro iguAlmenTe viável Como resulTADo De mAneJo ADequADo 101 Cyanopsitta spixii Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul Nº Ações Início Término Articulador Colaboradores Produto Custo em R 15 Contatar os responsáveis pelo empreendimentos de hidrelétricas na área de Curaça a fim de propor medidas mitigatórias e compensatórias Abril de 2011 Dezembro de 2014 Camile Lugarini CEMAvE Fátima Pires CoPAN Marcelo Lima Reis CoPAN Pedro Develey SAvE Brasil Articulação efetivada medidas mitigatórias e compensatórias implementadas 1000000 16 Estabelecer junto ao MAPA um Protocolo de importação e exportação para espécies ameaçadas visando otimizar os trâmites na movimentação de espécimes de ararinhasazuis e material biológico Abril de 2011 Julho de 2013 Camile Lugarini CEMAvE Fátima Pires CoPAN Protocolo de importação e exportação oficializado Não significativo 17 Fazer gestão junto à Polícia Federal INTERPoL Agências Ambientais Internacionais e Autoridades CITES dos países envolvidos para o levantamento de informações sobre possíveis aves em cativeiro de paradeiro desconhecido dentro e fora do país Abril de 2011 Dezembro de 2013 Camile Lugarini CEMAvE Fátima Pires CoPAN Yara Barros Parque das Aves Registro de ações efetivas da Polícia Federal e Autoridades CITES Não significativo 18 Estabelecer termos de reciprocidade para fortalecer as parcerias e o envolvimento institucional através de Instrumento Legal Adequado entre o ICMBio e as instituições parceiras do PAN da Ararinhaazul Abril de 2011 Dezembro de 2012 Camile Lugarini CEMAvE Pedro Develey SAvE Brasil Termos de reciprocidades estabelecidos Não significativo Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul Cyanopsitta spixii 102 PoPuLAção DE CAtIVEIRo ADEquADAMEntE MAnEjADA CoM AuMEnto MínIMo DE 6 InDIVíDuosAno VIsAnDo IníCIo DAs REIntRoDuçõEs AntEs DE 2017 Nº Ações Início Término Articulador Colaboradores Produto Custo em R 21 Preparar a minuta de portaria do ICMBio do Programa de Cativeiro da ararinhaazul Abril de 2011 Dezembro de 2012 Camile Lugarini CEMAvE Yara Barros Parque das Aves Fátima Pires CoPAN Minuta aprovada Não significativo 22 oficializar o Programa de Cativeiro da ararinha azul com o objetivo de elaborar coordenar e implementar as estratégias de conservação a fim de manter populações genética e demograficamente viáveis em cativeiro Abril de 2011 Dezembro de 2012 Camile Lugarini CEMAvE Fátima Pires CoPAN Assinatura do Termo de Adesão pelos mantenedores e Publicação do Programa no DoU Não significativo 23 Revisar os protocolos de manutenção e manejo de animais em cativeiro Abril de 2011 Dezembro de 2012 Yara Barros Parque das Aves Camile Lugarini CEMAvE Tim Bouts AWWP Ryan Watson AWWP Lorenzo Crosta Clinica vet valcurone Enrico Sydow ACTP Cristina Yumi Myiaki USP Andrea Guimarães Nest Pedro Scherer Neto MHNCI Monalyssa Camandaroba AWWP Timotheus Jn Baptiste ACTP Linda Wittkoff Fundação Lymington Daniel Newmann Parrot Reproduction Consulting Reunião realizada e Protocolos revisados e aprovados 1000000 24 Realizar curso de qualificação para gerenciadores do livro de registros genealógicos de ararinhaazul e assegurar que os mantenedores Studbook keepers tenham à disposição as ferramentas necessárias para orientar o manejo da população de ararinhas azuis em cativeiro Janeiro de 2013 Dezembro de 2013 Camile Lugarini CEMAvE Arnaud Desbiez CBSG Kristin Leus CBSG Ryan Watson AWWP Yara Barros Parque das Aves Pelo menos 5 pessoas capacitadas 10000000 103 Cyanopsitta spixii Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul Nº Ações Início Término Articulador Colaboradores Produto Custo em R 25 Completar e atualizar constantemente a análise genética de toda a população em cativeiro dentro e fora do Programa de Cativeiro se possível Janeiro de 2012 Fevereiro de 2017 Cristina Yumi Miyaki USP Ryan Watson AWWP Enrico Sydow ACTP Andrea Guimarães Nest Linda Wittkoff Fundação Lymington Tim Bouts AWWP David Waugh LPF Relatórios anuais encaminhados para a coordenação do Programa de Cativeiro 13646680 26 Confirmar a identificação das aves determinar o grau de similaridade genética construir e revisar o pedigree de toda a população conhecida da espécie Janeiro de 2012 Fevereiro de 2017 Cristina Yumi Miyaki USP Ryan Watson AWWP Enrico Sydow ACTP Andrea Guimarães Nest Linda Wittkoff Fundação Lymington Tim Bouts AWWP Relatórios anuais encaminhados para a coordenação do Programa de Cativeiro 500000 ano 27 Estabelecer bancos de amostras viáveis para extração de DNA tecido ou amostras de sangue de células vivas e de esperma de todas as aves do programa em locais diferentes visando a conservação in vitro a longo prazo e inclusão no programa de conservação em cativeiro nos programas Frozen Ark e Genome 10K Janeiro de 2012 Fevereiro de 2017 Cristina Yumi Miyaki USP Ryan Watson AWWP Enrico Sydow ACTP Andrea Guimarães Nest Linda Wittkoff Fundação Lymigton Tim Bouts AWWP Camile Lugarini CEMAvE Materiais genéticos armazenados e incluídos nos programas 4000000 custo inicial 28 Realizar controle de saúde por meio de exames anuais de saúde padronizados de todas as ararinhasazuis incluídas no Programa de Cativeiro Julho de 2012 Julho de 2016 Camile Lugarini CEMAvE Andrea Guimarães Nest Tim Bouts AWWP Lorenzo Crosta Clínica veterinária valcurone Yara Barros Parque das Aves Enrico Sydow ACTP Relatórios anuais de avaliação encaminhados a coordenação do Programa de Cativeiro 1000000ano 29 Monitorar o desenvolvimento de doenças que podem afetar a população para avaliar o risco de infecção aquelas que contemplam o sacrifício de aves como medida de controle ou que impeçam a importação das ararinhas para o Brasil Abril de 2011 Janeiro de 2017 Yara Barros Parque das Aves Darrel Styles ISDA Relatórios anuais de avaliação encaminhados a coordenação do Programa de Cativeiro Não significativo 210 Contactar laboratórios e instituições de pesquisa no Brasil para avaliar a viabilidade de realização todos os exames laboratoriais que constam do protocolo sanitário do Programa de Cativeiro Abril de 2011 Julho de 2016 Camile Lugarini CEMAvE Juliana Sinhorini Fundação Lymington Andrea Guimarães Nest Ryan Watson AWWP Tania Freitas Raso USP Exames realizados no Brasil Não significativo Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul Cyanopsitta spixii 104 Nº Ações Início Término Articulador Colaboradores Produto Custo em R 211 Maximizar o sucesso reprodutivo das ararinhasazuis inseridas no Programa de Cativeiro implementar linhas de ação para manejo em cativeiro e segurança da população que incluam reprodução assistida Abril de 2011 Julho de 2016 Ryan Watson AWWP Daniel Newmann Parrot Reproduction Consulting Andrea Guimarães Nest Linda Wittkoff Fundação Lymington Enrico Sydow ACTP Tim Bouts AWWP Lorenzo Crosta Clinica veterinária valcurone Yara Barros Parque das Aves Aumento do sucesso reprodutivo Não significativo 212 Ter nos centros de reprodução no Brasil 50 das araras do Programa de Cativeiro mantendo a população dentro e fora do país geneticamente representativa e balanceada Dezembro de 2012 Janeiro de 2017 Camile Lugarini CEMAvE Ryan Watson AWWP Andrea Guimarães Nest Enrico Sydow ACTP Tim Bouts AWWP 50 das araras do Programa de Cativeiro no Brasil 6000000ano 105 Cyanopsitta spixii Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul ConHECIMEnto CIEntíFICo nECEssáRIo à REIntRoDução DA EsPéCIE APRIMoRADo Até 2017 Nº Ações Início Término Articulador Colaboradores Produto Custo em R 31 Avaliar a área para reintrodução no município de Curaçá de acordo com a Instrução Normativa 17908 e especificidades para a espécie Maio de 2012 Julho de 2013 Monalyssa Camandaroba AWWP Ryan Watson AWWP Yara Barros Parque das Aves Pedro Develey SAvE Brasil Thomas White USFWS Pedro Scherer Neto MHNCI Área avaliada 10000000 32 Realizar expedições para checar informações sobre a possível ocorrência de novas populações de ararinhasazuis e integrar os resultados com as observações das equipes de campo anteriores imagens de satélites eou fotos aéreas para subsequente mapeamento Julho de 2012 Dezembro de 2013 Pedro Develey SAvE Brasil Ryan Watson AWWP Monalyssa Camandaroba AWWP Camile Lugarini CEMAvE Yara Barros Parque das Aves Pedro Scherer Neto MHNCI Relatórios das expedições 5000000 33 Realizar monitoramento da avifauna na área de soltura com ênfase em psitacídeos e rapinantes Janeiro de 2012 Janeiro de 2017 Pedro Develey SAvE Brasil Ryan Watson AWWP Monalyssa Camandaroba AWWP Camile Lugarini CEMAvE Relatórios e artigos publicados 50000000 34 Levantar a disponibilidade de cavidades naturais e sua utilização por diversas espécies Janeiro de 2013 Janeiro de 2017 Monalyssa Camandaroba AWWP Ryan Watson AWWP Camile Lugarini CEMAvE Pedro Develey SAvE Brasil Relatórios e artigos publicados 6000000 35 Amostrar psitacídeos selvagens de várias espécies na área e conduzir pesquisa sobre doenças infecciosas para identificar potenciais riscos de saúde para os animais reintroduzidos Janeiro de 2013 Dezembro de 2015 Camile Lugarini CEMAvE Yara Barros Parque das Aves Monalysa Camandaroba AWWP Silvia Godoy CENAP Pedro Develey SAvE Brasil Relatórios do perfil epidemiológico artigo publicado 6700000 36 Realizar um Estudo de viabilidade Populacional da ararinhaazul e validar em oficina Janeiro de 2012 Julho de 2012 Camile Lugarini CEMAvE Fátima Pires CoPAN John Ballou Smithsonian Institution Yara Barros Parque das Aves Arnaud Desbiez CBSG Ryan Watson AWWP Monalyssa Camandaroba AWWP Yara Barros Parque das Aves Pedro Develey SAvE Brasil Estudo realizado artigo publicado 3000000 Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul Cyanopsitta spixii 106 HábItAts CRítICos PARA ConsERVAção DA EsPéCIE PRotEgIDos E RECuPERADos Até 2017 Nº Ações Início Término Articulador Colaboradores Produto Custo em R 41 Articular junto à Coordenação de Criação do de UCICMBio e Ministério do Meio Ambiente para priorizar áreas de registro histórico da ararinhaazul como unidades de conservação objetivando proteger áreas importantes de nidificação pernoite e alimentação sejam legalmente protegidas Abril de 2011 Dezembro de 2013 Pedro Develey SAvE Brasil Ryan Watson AWWP Monalyssa Camandaroba AWWP Yara Barros Parque das Aves Áreas prorizadas Não significativo 42 Criação de unidades de conservação objetivando proteger áreas importantes de nidificação pernoite e alimentação para ararinhaazul Janeiro de 2013 Janeiro de 2017 Pedro Develey SAvE Brasil Ryan Watson AWWP Monalyssa Camandaroba AWWP Yara Barros Parque das Aves Camile Lugarini CEMAvE UC criada 86704003 43 Contactar os proprietários de áreas particulares na área de reintrodução onde não seja possível a criação de unidades de conservação e discutir a possibilidade do estabelecimento de acordos de conservação da espécie priorizando práticas sustentáveis Janeiro de 2013 Fevereiro de 2017 Pedro Develey SAvE Brasil Yara Barros Parque das Aves Monalyssa Camandaroba AWWP Proprietários sensibilizados acordos de conservação da espécie assinados 500000 44 Promover a atualização dos agentes de fiscalização da região de ocorrência da espécie por meio de cursos sobre o programa de conservação da espécie de forma a permitir ações integradas com o trabalho de envolvimento da comunidade Janeiro de 2013 Dezembro de 2013 Pedro Develey SAvE Brasil Fátima Pires CoPAN Yara Barros Parque das Aves Pedro Develey SAvE Brasil João Luiz X do Nascimento CEMAvE Dois cursos de capacitação realizados 27835808 45 Adquirir terras no sítio de reintrodução identificado para a instalação da Base do Projeto Ararinha na Natureza Abril de 2011 Julho de 2013 Ryan Watson AWWP Yara Barros Parque das Aves Pedro Scherer Neto MHNCI Monalyssa Camandaroba AWWP Pedro Develey SAvE Brasil Terras adquiridas 100000000 107 Cyanopsitta spixii Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul PARCERIAs FoRtALECIDAs E InFoRMAçõEs nECEssáRIAs à ConsCIEntIzAção PARA A ConsERVAção DA ARARInHAAzuL DIVuLgADAs Até 2017 Nº Ações Início Término Articulador Colaboradores Produto Custo em R 51 Criar um Programa de Divulgação usando a imagem da ararinhaazul como uma espécie bandeira para programas de educação ambiental e divulgando periodicamente informações sobre as ações implementadas deste Plano de Ação Abril de 2011 Janeiro de 2017 Monalyssa Camandaroba AWWP Pedro Develey SAvE Brasil Yara Barros parque das Aves Mark Stafford Parrots International Camile Lugarini CEMAvE Yara Barros Parque das Aves Grupo de Comunicação Projeto Ararinha na Natureza Portifólio das informações divulgadas 178764153 52 Estabelecer mecanismos de captação de recurso para implementação das ações previstas neste PAN Abril de 2011 Fevererio de 2017 Pedro Develey SAvE Brasil Camile Lugarini CEMAvE Yara Barros Parque das Aves Ryan Watson AWWP Monalyssa Camandaroba AWWP Projetos financiados Não significativo 53 Realizar reuniões periódicas de monitoria do PAN com o Grupo Assessor e colaboradores Maio de 2012 Fevererio de 2017 Camile Lugarini CEMAvE Yara Barros Parque das Aves Pedro Scherer Neto MHNCI Pedro Develey SAvE Brasil Cristina Y Miyaki USP Mark Sttaford Parrots International Ryan Watson AWWP Uma reunião por ano presencial e reuniões on line 10000000 Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul Cyanopsitta spixii 108 InICIAR o PRojEto DE ConsERVAção In sItu Até 2017 Nº Ações Início Término Articulador Colaboradores Produto Custo em R 61 Elaborar proposta de projeto para iniciar o projeto de conservação in situ Abril de 2011 Julho de 2012 Pedro Develey SAvE Brasil Ryan Watson AWWP Monalyssa Camandaroba AWWP Natalia Paz FUNBIo João Luiz X do Nascimento CEMAvE Camile Lugarini CEMAvE Yara Barros Parque das Aves Proposta elaborada Não significativo 62 Executar o projeto elaborado na ação 61 no sítio de reintrodução contemplando atividades de pesquisa recuperação de hábitat envolvimento da comunidade local e experimentos de reintrodução Abril de 2011 Janeiro de 2017 Pedro Develey SAvE Brasil Monalyssa Camandaroba AWWP Ryan Watson AWWP Yara Barros Parque da Aves Natalia Paz FUNBIo Camile Lugarini CEMAvE Projeto em Execução Custo do Projeto Ararinha na Natureza 63 Construir e operacionalizar os Centros de Reprodução e Reintrodução in situ para solturas experimentais de maracanãs reprodução e reintrodução de ararinhasazuis Julho de 2013 Julho de 2014 Ryan Watson AWWP Monalyssa Camandaroba AWWP Yara Barros Parque da Aves Centro em funcionamento 50000000cada centro 64 Elaborar o projeto para reintrodução experimental de maracanãs Setembro de 2012 Dezembro de 2012 Ryan Watson AWWP Yara Barros Parque da Aves Monalyssa Camandaroba AWWP Thomas White USFWS Projeto elaborado Não significativo 65 Realizar solturas experimentais de acordo com o projeto elaborado na ação 64 Janeiro de 2014 Março de 2016 Ryan Watson AWWP Yara Barros Parque da Aves Monalyssa Camandaroba AWWP Thomas White USFWS Artigos publicados e relatórios produzidos Protocolos e método para a reintrodução da ararinhaazul elaborados 10000000 109 Cyanopsitta spixii Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul Nº Ações Início Término Articulador Colaboradores Produto Custo em R 66 Iniciar o Programa de Soltura de ararinhasazuis Julho de 2016 Janeiro de 2017 Ryan Watson AWWP Yara Barros Parque da Aves Monalyssa Camandaroba AWWP Thomas White USFWS Camile Lugarini CEMAvE Programa de Soltura em execução 10000000 67 Proporcionar treinamento e intercâmbio com outros programas internacionais Abril de 2011 Julho de 2014 Yara Barros Parque da Aves Ryan Watson AWWP Thomas White USFWS vicente Loyola vALE Pedro Develey SAvE Brasil Treinamento de equipes de campo e cativeiro em centros internacionais realizado 3000000 Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul Cyanopsitta spixii 110 MAtRIz DE MEtAs Nº oBJETIvoS ESPECÍFICoS INDICADoR LINHA DE BASE LB META MEIo DE vERIFICAÇÃo FREQUÊNCIA DATA DE MoNIToRAMENTo RESPoNSÁvEL 1 Políticas públicas e envolvimento governamental fortalecidos até 2017 número de empreendimentos na área de ocorrência histórica da espécie levando em consideração medidas compensatórias ou mitigatórias nenhum empreendimento na área com medidas compensatórias ou mitigatórias levando em consideração a espécie Cenário de risco de empreendimentos analisado até julho de 2013 pelo menos um empreendimentos na área de ocorrência histórica da espécie levando em consideração medidas compensatórias ou mitigatórias Monitoria do PAN Anual Camile Lugarini número de termos de reciprocidade ou planos de cooperação entre instituições governamentais e não governamentais nacionais e internacionais com o ICMBio a fim de subsidiar a implementação deste PAN nenhum termo de reciprocidade ou plano de cooperação estabelecidos termos de adesão estabelecidos com todos os mantenedores termos de reciprocidade estabelecidos com todos os colaboradores e planos de cooperação estabelecidos até 2014 Relatório anual de monitoria do PAN Anual Camile Lugarini 111 Cyanopsitta spixii Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul Nº oBJETIvoS ESPECÍFICoS INDICADoR LINHA DE BASE LB META MEIo DE vERIFICAÇÃo FREQUÊNCIA DATA DE MoNIToRAMENTo RESPoNSÁvEL 2 População de cativeiro adequadamente manejada com aumento mínimo de 6 indivíduosano visando início das reintroduções antes de 2017 número de indivíduos de ararinhaazul nascidosano 5 indivíduosano 6 indivíduosano Relatório anual do Programa de Cativeiro Anual Ryan Watson Protocolo de cativeiro aplicado Não existe protocolo estabelecido Todos os manetenedores oficialmente incluídos no Programa de Cativeiro por meio de Portaria aplicando o protocolo de cativeiro estabelecido e revisado Relatório anual do Programa de Cativeiro Anual Camile Lugarini Número de pareamentos realizados sucesso de x do total de pares número de inseminações artificiais com sucesso realizadas 23 pares em 4 instituições nenhuma inseminação artificial realizada Aumento de 3 pares reprodutivos por ano sucesso de 10 do total de pares inseminação artifical realizada com sucesso em junho 2013 Relatório anual do Programa de Cativeiro Anual Ryan Watson Manutenção de uma população viável e saudável em cativeiro com x ararinhasazuis com os mantenedores envolvidos por meio da assinatura do termo de adesão e acordo de empréstimo oficializado por meio de Portaria IMCBio Mantenedores trabalhando independentes sem acordo oficial Manutenção de uma população viável e saudável em cativeiro abrangendo todas as ararinhasazuis conhecidas com os mantenedores envolvidos por meio da assinatura do termo de adesão e acordo de empréstimo oficializado por meio de Portaria IMCBio Relatório anual do Programa de Cativeiro Anual Camile Lugarini 3 Conhecimento científico necessário à reintrodução da espécie aprimorado até 2017 área de soltura identificada e caracterizada de acordo com a IN 17908 especificidades para a espécie e demais publicações envolvendo a conservação de psitacídeos Somente trabalhos conduzidos antes de 2000 área de soltura identificada e caracterizada levando em consideração aspectos fitofisiológicos de comunidades da fauna saúde das populações e genética até 2014 Relatório e artigos publicados até 2014 Pedro Scherer População mínima viável estabelecida em cativeiro para início das reintroduções Nenhum trabalho com modelagem produzido População mínima viável determinada até 2012 Relatório e artigos publicados até dezembro de 2012 Yara Barros Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul Cyanopsitta spixii 112 Nº oBJETIvoS ESPECÍFICoS INDICADoR LINHA DE BASE LB META MEIo DE vERIFICAÇÃo FREQUÊNCIA DATA DE MoNIToRAMENTo RESPoNSÁvEL 4 Hábitats críticos para conservação da espécie protegidos e recuperados até 2017 Criação de unidades de conservação na área de soltura da espécie nenhuma UC criada Pelo menos 1 RPPN e uma UC de Proteção Integral de domínio público criada até 2017 Decreto de criação da UC publicado até 2017 Pedro Develey 5 Parcerias fortalecidas e informações necessárias à conscientização para a conservação da ararinhaazul divulgadas até 2017 Uso da imagem da ararinha azul em programas de educação ambiental divulgação das ações do PAN implementadas e captação de recursos dentro de um Programa estabelecido levando em consideração todos os executores e colaboradores para a conservação da espécie Não existe protocolo estabelecido Uso da imagem da ararinhaazul em programas de educação ambiental divulgação das ações do PAN implementadas e captação de recursos dentro de um Programa estabelecido levando em consideração todos os executores e colaboradores para a conservação da espécie até julho de 2013 Relatórios anuais Anual Pedro Develey 6 Iniciar o projeto de conservação in situ até 2017 Soltura experimental de Primolius maracana Existe um experimento com soltura de Primolius maracana Soltura experimental de Primolius maracana realizada e avaliada até julho de 2016 Artigo publicado até 2017 Yara Barros Inicio da soltura de ararinha azul 1 ararinhaazul reintroduzida em 1995 Início da reintrodução até 2017 Relatório até 2017 Yara Barros do Projeto Ararinha na Natureza executado 0 do Projeto Ararinha na Natureza executado 100 do Projeto Ararinha na Natureza executado Relatórios mensais Mensal até 2017 Pedro Develey 6 Iniciar o projeto de conservação in situ até 2017 Soltura experimental de Primolius maracana Existe um experimento com soltura de Primolius maracana Soltura experimental de Primolius maracana realizada e avaliada até julho de 2016 Artigo publicado até 2017 Yara Barros Inicio da soltura de ararinha azul 1 ararinhaazul reintroduzida em 1995 Início da reintrodução até 2017 Relatório até 2017 Yara Barros do Projeto Ararinha na Natureza executado 0 do Projeto Ararinha na Natureza executado 100 do Projeto Ararinha na Natureza executado Relatórios mensais Mensal até 2017 Pedro Develey PARTE III IMPLEMENTAÇÃO DO PLANO foto fundação loro Parque Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul Cyanopsitta spixii 114 Dentro da estratégia de conservação de uma espécie ameaçada a publicação de um Pla no de ação nacional representa um importante avanço o próprio trabalho de elaboração do Pan já contribui para a mobilização de diferentes pessoas e instituições todas focadas na melhora do estado de conservação de uma espécie ou de um grupo de espécies entretanto a publicação do Plano é só um primeiro passo sendo que o desafio maior é a sua efetiva implementação no caso da ararinhaazul junto à publi cação do Pan também se inicia o Projeto arari nha na natureza que nos próximos cinco anos irá implementar significante parte das ações pre vistas no Plano após a reunião técnica realizada em 2009 no Zoológico de são Paulo somada ao resultado de uma avaliação externa do Progra ma de conservação da ararinhaazul o icmbio estabeleceu que a ararinha merecia prioridade entre as outras 627 espécies da fauna ameaçadas de extinção no país a partir daí se iniciou um trabalho de captação de recursos junto ao setor privado para o financiamento da execução do Plano de ação como resultado dessa articulação a empresa brasileira de mineração Vale aprovou uma proposta apresentada pelo icmbio adotan do o Plano de ação e financiando parte dele Durante todo o processo de negociação junto à Vale o icmbio contou com a colabora ção técnica e administrativa de dois importantes parceiros sociedade para a conservação das aves do brasil saVe brasil e fundo brasileiro para a biodiversidade funbio Juntamente com o icmbio estas duas instituições estão co ordenando a implementação das ações propos tas no Plano este é o projeto reconhecido pelo governo brasileiro que espera que outras insti tuições e especialmente todos os mantenedores da espécie se integrem e trabalhem juntos para a recuperação da ararinhaazul Por meio da participação do funbio a implementação do Pan da ararinhaazul alavanca a iniciativa denominada carteira de conservação da fauna e dos Recursos Pesquei ros brasileiros carteira fauna brasil este é um mecanismo financeiro que recebe recursos pro venientes de sanções penais multas adminis trativas ambientais doações patrocínios den tre outras fontes fruto de uma parceria com o ibama o icmbio e o ministério Público federal tem por objetivo financiar programas e projetos de conservação da fauna brasileira o funbio é a organização responsável pela gestão dos recursos financeiros e pela coordenação geral da carteira fauna além de monitorar avaliar suas execuções e resultados e elaborar relatórios periódicos dos progressos financeiros da carteira assim como no caso da ararinhaazul o icmbio pretende que outras empresas também adotem espécies ame açadas e financiem a implementação dos Planos por meio do mecanismo da carteira fauna uma das primeiras atividades do Pro jeto ararinha na natureza foi o desenvolvi mento de uma identidade visual a logomarca do Projeto figura 69 representa seus princi figura 69 logomarca do Projeto ararinha na natureza 115 Cyanopsitta spixii Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul pais objetivos o próprio nome já deixa claro que o sentido do projeto é trazer a espécie de volta à natureza a figura estilizada da arari nha apresenta traços que remetem à literatura de cordel trazendo uma identificação com a região nordeste e a caatinga no desenho o olho da ararinha é preto coloração caracte rística da íris dos indivíduos imaturos repre sentando o nascimento de novos filhotes e a perpetuação da espécie outras duas ara rinhas também aparecem voando ao fundo num ângulo característico do voo de araras ao se deslocarem por grandes distâncias em liberdade assim o aumento populacional a liberdade e o voo são os objetivos principais do projeto expressos em sua logomarca os esforços de todos para a publica ção desse Pan somado aos novos parcei ros que posteriormente aderiram ao Projeto e viabilizaram o financiamento para a sua implementação deixa claro que existe um grande número de pessoas e instituições ex tremamente comprometidas com a recupe ração da espécie a publicação do Pan e a garantia de sua implementação é uma opor tunidade única para reverter o triste quadro em que a ararinhaazul se encontra trazen doa de volta à natureza Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul Cyanopsitta spixii 116 MATRIZ DE MoNIToRIA oBJETIvoS ESPECÍFICoS AÇÕES PRoDUToS Ação cujo início planejado é posterior ao período monitorado Ação não concluída no prazo previsto ou ainda não iniciada conforme planejado Ação em andamento com problemas de realização Ação em andamento no período previsto Ação concluída Ação excluída ou agrupada Descrição do andamento da ação Políticas públicas e envolvimento governamental fortalecidos até 2017 Criar o Grupo Estratégico para Conservação e Manejo da Ararinhaazul Portaria Publicada no DoU X Portaria 742012 publicada Contactar IBAMA e agência de licenciamento estadual da Bahia e efetuar articulações no sentido de assegurar que a análise licenciamento e aprovação de empreendimentos econômicos desenvolvidos nas áreas onde será realizada a reintrodução da espécie contemplem as necessidades de conservação de Cyanopsitta spixii bem como proponham medidas mitigadoras e compensatórias que gerem benefícios para a conservação desta espécie e de seu hábitat Correspondências enviadas Articulação efetivada X Um empreendimento na área UHE Riacho Seco com EIARIMA para avaliação e negociação Contatar os responsáveis por empreendimentos potencialmente impactantes a serem desenvolvidos ou em desenvolvimento na área onde será realizada a reintrodução da espécie e buscar alternativas de mitigação dos impactos Correspondências enviadas Articulação efetivada X Empreendimentos sendo contactados pela SAvE Brasil Contatar os responsáveis pelo empreendimento Mineração Caraíba a fim de propor medidas mitigatórias e compensatórias Correspondências enviadas Documento de recomendação encaminhado Articulação efetivada X vicente Loyola vale começou a articulação Contatar os responsáveis pelo empreendimentos de hidrelétricas na área de Curaça afim de propor medidas mitigatórias e compensatórias Correspondências enviadas Documento de recomendação encaminhado Articulação efetivada X UHE Riacho Seco em avaliação pelo ICMBIo Estabelecer um Plano de Cooperação Técnica entre MAPA e ICMBio visando agilizar os trâmites na movimentação de espécimes de ararinhasazuis e material biológico Acordo de Cooperação Técnica estabelecido X ofício elaborado para verificar se os países que possuem ararinhaazul cumprem os prérequisitos de exportação de aves ornamentais exigidos pelo MAPA contato com CTTA para viabilizar quarentenário em Itaipu contato entre Ugo vercilo e MAPA para viabilizar importação das ararinhas Fazer gestão junto à Polícia Federal INTERPoL Agências Ambientais Internacionais e Autoridades CITES dos países envolvidos para o levantamento de informações sobre possíveis aves em cativeiro de paradeiro desconhecido dentro e fora do país Registro de ações efetivas da Polícia Federal e Autoridades CITES X Contato entre ICMBio e WAZA por intermédio de Yara Barros para localizar ararinhas em criadouros internacionais que não estejam no Programa de Cativeiro Estabelecer termos de reciprocidade para fortalecer as parcerias e o envolvimento institucional através de Instrumento Legal Adequado entre o ICMBio e as instituições parceiras do PAN da ArarinhaAzul Termos de reciprocidades estabelecidos X SAvE AWWP e NEST discutindo termos de reciprocidade 117 Cyanopsitta spixii Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul oBJETIvoS ESPECÍFICoS AÇÕES PRoDUToS Ação cujo início planejado é posterior ao período monitorado Ação não concluída no prazo previsto ou ainda não iniciada conforme planejado Ação em andamento com problemas de realização Ação em andamento no período previsto Ação concluída Ação excluída ou agrupada Descrição do andamento da ação População de cativeiro adequadamente manejada com aumento mínimo da população de 3 indivíduosano até 2017 visando futuras reintroduções até 2021 Preparar a minuta de portaria do ICMBio do Programa de Reprodução para Conservação da ArarinhaAzul Minuta aprovada X Minuta preparada de acordo com a IN 222012 oficializar o Programa de Reprodução para Conservação da Ararinhaazul com o objetivo de elaborar coordenar e implementar as estratégias de conservação a fim de manter populações genética e demograficamente viáveis em cativeiro Publicação do Programa no DoU X Termo de adesão assinado por Nest e Lymigton e aprovada pela AWWP Estabelecer critérios para acreditacão de Centros de Reproducão oficiais do Programa de Reprodução para Conservação da ArarinhaAzul Reunião realizada e Protocolos Publicados X Protocolo em fase final de consolidação ação retirada pois está contemplada na ação seguinte Revisar os protocolos de manutenção e manejo de animais em cativeiro Reunião realizada e Protocolos revisados e aprovados X Reunião realizada em maio de 2012 e protocolos em fase final de consolidação Realizar curso de qualificação para gerenciadores do livro de registros genealógicos de Ararinha azul e assegurar que os mantenedores Studbook keepers tenham à disposição as ferramentas necessárias para orientar o manejo da população de ararinhasazuis em cativeiro Pelo menos 5 pessoas capacitadas X Contato com CBSG para a realização do curso em 2013 proposta será encaminhada como projeto DIBIo e curso de capacitação para CGGP Instalar a Espécie Modelo Primolius maracana maracanã em Cativeiro nos Centros de Reprodução da ArarinhaAzul Espécie estabelecida nos Centros de Reprodução X RETIRAR Já existe informação suficiente em cativeiro para ararinhaazul custo muito alto o que é aplicado para maracanã não necessariamente reflete para ararinhaazul Estabelecer o Livro de Registro Genealógico interno da espécie modelo Primolius maracana maracanã para as aves que fizerem parte do programa de recuperação Livro de Registro Genealógico elaborado X RETIRAR Já existe informação suficiente em cativeiro para ararinhaazul custo muito alto o que é aplicado para maracanã não necessariamente reflete para ararinhaazul Completar e atualizar constantemente a análise de DNA de toda a população em cativeiro dentro e fora do programa de recuperação se possível Relatórios anuais encaminhados para a coordenação do Programa de Reprodução para Conservação X Em 2012 C Miyaki recebeu 4 amostras da ACTP e já está em análise por uma aluna de mestrado existe um projeto de desenvolvimento de primers de microssatélites específicos para a espécie Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul Cyanopsitta spixii 118 oBJETIvoS ESPECÍFICoS AÇÕES PRoDUToS Ação cujo início planejado é posterior ao período monitorado Ação não concluída no prazo previsto ou ainda não iniciada conforme planejado Ação em andamento com problemas de realização Ação em andamento no período previsto Ação concluída Ação excluída ou agrupada Descrição do andamento da ação População de cativeiro adequadamente manejada com aumento mínimo da população de 3 indivíduosano até 2017 visando futuras reintroduções até 2021 Confirmar a identificação das aves determinar o grau de parentesco construir e revisar o pedigree de toda a população conhecida da espécie Relatórios anuais encaminhados para a coordenação do Programa de Reprodução para Conservação X Aves geneticamente identificada pedigree elaborado em constante atualização Estabelecer bancos de amostras viáveis para extração de DNA tecido ou amostras de sangue de células vivas e de esperma de todas as aves do programa em locais diferentes visando a conservação in vitro a longo prazo e inclusão no programa de conservação em cativeiro nos programas Frozen Ark e Genome 10K Materiais genéticos armazenados e incluídos nos programas X C Myiaki colocou as pessoas em contato com o Ugo pegar os contatos com Ugo para realizar a ação Realizar controle de saúde por meio de exames anuais de saúde padronizados de todas as ararinhasazuis incluídas no Programa de Reprodução para Conservação Relatórios anuais de avaliação encaminhados a coordenação do Programa de Reprodução para Conservação X Não foram realizados os exames anuais no Brasil e nos outros países em 2011 e 2012 Está programado para outubro na Nest e Lorenzo vem pro Brasil no começo de novembro Monitorar o desenvolvimento global do vírus altamente patogênico de gripe aviária H5N1e outras doenças que podem afetar a população para avaliar o risco de infecção ou de pedido de sacrifício de aves pelas autoridades governamentais Relatórios anuais de avaliação encaminhados a coordenação do Programa de Reprodução para Conservação X Yara solicitou o relatório para o Darrel Styles Contactar laboratórios e instituições de pesquisa no Brasil para avaliar a viabilidade de realização todos os exames laboratoriais que constam do protocolo sanitário do Programa de Reprodução para Conservação da ararinhaazul Exames realizados no Brasil X Contato com USP UFRPE Univasf Maximizar o sucesso reprodutivo das ararinhasazuis inseridas no Programa de Reprodução em Cativeiro implementar linhas de ação para manejo em cativeiro e segurança da população que incluam reprodução assistida Aumento do sucesso reprodutivo X Projetos com inseminação artificial sendo desenvolvidos na AWWP por Daniel Neumann 119 Cyanopsitta spixii Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul oBJETIvoS ESPECÍFICoS AÇÕES PRoDUToS Ação cujo início planejado é posterior ao período monitorado Ação não concluída no prazo previsto ou ainda não iniciada conforme planejado Ação em andamento com problemas de realização Ação em andamento no período previsto Ação concluída Ação excluída ou agrupada Descrição do andamento da ação Conhecimento científico necessário à reintrodução da espécie aprimorado até 2017 Executar a avaliação das áreas de ocorrência histórica da ararinhaazul para identificar os sítios de reintrodução mais adequados Áreas avaliadas X Contemplada no Projeto Ararinha na Natureza Realizar expedições para checar informações sobre a possível ocorrência de novas populações de ararinhasazuis e integrar os resultados com as observações das equipes de campo anteriores imagens de satélites eou fotos aéreas para subsequente mapeamento Relatórios das expedições X Monalyssa fez atualização em utilização de ferramentas para modelagem de distribuição potencial e aplicará para a área para realizar os levantamentos Amostrar psitacídeos selvagens de várias espécies na área e conduzir pesquisa sobre doenças infecciosas para identificar potenciais riscos de saúde para os animais reintroduzidos Relatórios do perfil Epidemiológico X Bolsista em fase final de contratação Realizar um Estudo de viabilidade de Populacional da ararinhaazul Estudo realizado Realizado em setembro de 2012 com vortex e PMX Submeter qualquer proposta que envolva estudos ou atividades relacionadas à ararinhaazul e seu hábitat para avaliação do GAP e ICMBio Propostas avaliadas e pareceres emitidos X RETIRAR Esta não é a função do GAP Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul Cyanopsitta spixii 120 oBJETIvoS ESPECÍFICoS AÇÕES PRoDUToS Ação cujo início planejado é posterior ao período monitorado Ação não concluída no prazo previsto ou ainda não iniciada conforme planejado Ação em andamento com problemas de realização Ação em andamento no período previsto Ação concluída Ação excluída ou agrupada Descrição do andamento da ação Habitats críticos para conservação da espécie protegidos e recuperados até 2017 Articular junto à Coordenação de Criação do de UCs ICMBio para priorizar áreas de registro histórico da Ararinhaazul como UCs objetivando proteger áreas importantes de nidificação pernoite e alimentação sejam legalmente protegidas Áreas prorizadas Criação de UC objetivando proteger áreas importantes de nidificação pernoite e alimentação para Ararinhaazul UC criada Contactar os proprietários de áreas particulares na área de reintrodução onde não seja possível a criação de unidades de conservação e discutir a possibilidade do estabelecimento de acordos de conservação da espécie Proprietários sensibilizados Acordos de conservação da espécie assinados X SAvE está fazendo o mapeamento das propriedades Promover a atualização dos agentes de fiscalização da região de ocorrência da espécie por meio de cursos sobre o programa de conservação da espécie de forma a permitir ações integradas com o trabalho de envolvimento da comunidade Dois cursos de capacitação realizados X Adquirir terras no sítio de reintrodução identificado para a instalação da Base do Projeto ArarinhaAzul em caso de comodato estabelecer contratos com proprietários que garantam uma cooperação de longo prazo e garanta a segurança das benfeitorias construídas pelo projeto Terras adquiridas X Propriedade adquirida faltando a regularização e base estabelecida 121 Cyanopsitta spixii Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul oBJETIvoS ESPECÍFICoS AÇÕES PRoDUToS Ação cujo início planejado é posterior ao período monitorado Ação não concluída no prazo previsto ou ainda não iniciada conforme planejado Ação em andamento com problemas de realização Ação em andamento no período previsto Ação concluída Ação excluída ou agrupada Descrição do andamento da ação Parcerias fortalecidas e informações necessárias à conscientização para a conservação da ararinhaazul divulgadas Estimular o uso da imagem da ararinhaazul como uma espécie bandeira para programas de educação ambiental Portifólio das informações divulgadas X Contemplada no Projeto Ararinha na Natureza Divulgar periodicamente informações sobre o Programa de Recuperação da ArarinhaAzul e divulgar as ações da implementação deste Plano de Ação Portifólio das informações divulgadas X X Monalyssa fez atualização em utilização de ferramentas para modelagem de distribuição potencial e aplicará para a área para realizar os levantamentos Estabelecer mecanismos de captação de recurso para implementação das ações previstas neste PAN Projetos financiados X Bolsista em fase final de contratação Realizar bianualmente reunião de monitoria do PAN com o GAP e colaboradores Duas reuniões realizadas X Realizado em setembro de 2012 com vortex e PMX Criar um programa de exibição e outros usos para aves definindo critérios e protocolos de exibição e de escolha das aves a serem expostas Programa criado X X RETIRAR Esta não é a função do GAP Implementar o programa de exibição Centros de exibição implementados X X Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul Cyanopsitta spixii 122 oBJETIvoS ESPECÍFICoS AÇÕES PRoDUToS Ação cujo início planejado é posterior ao período monitorado Ação não concluída no prazo previsto ou ainda não iniciada conforme planejado Ação em andamento com problemas de realização Ação em andamento no período previsto Ação concluída Ação excluída ou agrupada Descrição do andamento da ação Estrutura para reinício do Projeto Ararinhaazul estabelecida Elaborar proposta para reinício do Projeto ArarinhaAzul Proposta aprovada pelo Grupo Estratégico para Conservação e Manejo da Ararinhaazul X Projeto Ararinha na Natureza escrito e encaminhado para patrocinador e otimização do projeto com a inclusão de outros parceiros Reiniciar o Projeto ArarinhaAzul no sítio de reintrodução contemplando atividades de pesquisa recuperação de hábitat envolvimento da comunidade local e experimentos de reintrodução Projeto em Execução X Projeto Ararinha na Natureza patrocinado pela vALE e Projetos de campo AWWP trabalhando juntos com reuniões periódicas Elaborar o projeto de construção e operacionalizar o Centro de Reprodução e Reintrodução onsite para solturas experimentais treinamento com a Espécie Modelo de Reintrodução e Espécie Modelo para Cativeiro reprodução de ararinhasazuis em cativeiro e eventualmente reintroduções de ararinhasazuis seguindo diretrizes anexas ao PAN Centro em funcionamento X Projeto pronto Elaborar o projeto e a proposta de financiamento para reintrodução experimental de maracanãs e submeter ao GECA para a Recuperação da ArarinhaAzul X Realizar novas solturas experimentais usando maracanãs criadas em cativeiro e selvagens Número de aves soltas X Avaliar o sucesso das solturas e publicar os resultados Artigos publicados X Proporcionar treinamento e intercâmbio com outros programas em nível internacional Treinamento de equipes de campo e cativeiro em centros internacionais realizado X Simpósio Internacional sobre Conservação de Aves programado para dezembro de 2012 123 Cyanopsitta spixii Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul PAinel De gesTão 13 8 11 60 4 4 Excluída ou Agrupada Início planejado posterior Não concluída ou Não iniciada Em andamento com problemas Em andamento conforme previsto Concluída Ações Novas Ações gerAis 9 14 72 5 Início planejado posterior Não concluída ou Não iniciada Em andamento com problemas Em andamento conforme previsto Concluída Ações vigenTes exceto as ações excluídas agrupadas ou adicionadas na monitoria 125 Cyanopsitta spixii Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul REFERêNCIAS bIbLIOGRÁFICAS fotofernanda Vaz Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul Cyanopsitta spixii 126 ballou J D 2002 Genetic and Demographic Report on the captive Population of ibama owned spixs macaws Relatório para o Workshop sobre a ararinhaazul novembro 12 2002 Fortaleza brasil smithsonian national Zoological Park bamPi m i e DaRé m 1994 Recovery program for the spixs macaw Cyanopsitta spixii conservation in the wild and reintroduction program In Proceedings of the III International Parrot Convention 1994 Loro Parque Tenerife Pp 18894 baRRos Y m 2001 biologia Comportamental de Propyrrhura maracana Aves Psittacidae Fundamentos para conservação in situ de Cyanopsitta spixii Aves Psittacidae na Caatinga Tese de doutorado universidade estadual Paulista Rio claro sP baRRos Y m 2000a instituto ara brasil Activities Report 2001 Proposta não publicada elaborada para a american federation of aviculture 28 de novembro 2000 baRRos Y m 2000b experiência bem sucedida de translocação de ninhegos de maracanãs Propyrrhura maracana para o ninho do par heteroespecífico Cyanopsitta spixii P maracana Psittacidae Resumo enviado para o Congresso brasileiro de Ornitologia Julho 2000 baRRos Y m 1999a Projeto Ararinha Azul relatório de Atividades período dezembro 1998 a maio de 1999 Relatório não publicado para o comitê Permanente para a Recuperação da ararinhaazul cPRaa 01 de maio1999 baRRos Y m 1999b Projeto Soltura de Maracanãs Update Relatório não publicado para o comitê Permanente para a Recuperação da ararinhaazul cPRaa 02 de fevereiro1999 baRRos Y m 1999c Projeto Soltura de Maracanãs Update Relatório não publicado para o comitê Permanente para a Recuperação da ararinhaazul cPRaa 11 de fevereiro1999 baRRos Y m 1998 Projeto Ararinha Azul relatório semestral de Atividades período dezembro 1997 a maio 1998 Relatório não publicado para o comitê Permanente para a Recuperação da ararinhaazul cPRaa baRRos Y m 1997a Projeto Ararinha Azul relatório semestral de atividades período janeiro a julho de 1997 Relatório não publicado para o comitê Permanente para a Recuperação da ararinhaazul cPRaa Julho1997 baRRos Y m 1997b Projeto Ararinha Azul relatório semestral de Atividades período julho a novembro de 1997 Relatório não publicado para o comitê Permanente para a Recuperação da ararinhaazul cPRaa novembro1997 baRRos Y m aRaÚJo J c c e DaRé m 1997 manejo de Cyanopsitta spixii na natureza experiência de cuidado parental em um par híbrido Resumo apresentado no Congresso brasileiro de Ornitologia baRRos Y m e couTo Di Tullio J 1999a Projeto Soltura de Maracanãs relatório de Atividades período dezembro 1998 a fevereiro 1999 Relatório não publicado para o comitê Permanente para a Recuperação da ararinhaazul cPRaa 25 de março1999 baRRos Y m e couTo Di Tullio J 1999b Projeto Soltura de Maracanãs relatório final de Atividades período março a maio 1999 Relatório não publicado para o comitê Permanente para a Recuperação da ararinhaazul cPRaa 31 de maio1999 baRRos Y m e De fReiTas R R 1998 Projeto Ararinha Azul relatório de Atividades período junho a novembro de 1998 Relatório não publicado para o comitê Permanente para a Recuperação da ararinhaazul cPRaa 12 de novembro1998 baRRos Y m PimPÃo D m e Roos a l 1998 Projeto Soltura de Maracanãs relatório trimestral de Atividades período 29 de janeiro a 15 de abril de 98 Relatório não publicado para o comitê Permanente para a Recuperação da ararinhaazul cPRaa abril1998 baRRos Y m e Roos a l 1998 Projeto Soltura de Maracanãs relatório sobre colocação dos rádio colares e situação atual das aves Relatório não publicado para o comitê Permanente para a Recuperação da ararinhaazul cPRaa abril 1998 127 Cyanopsitta spixii Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul baRRos Y m Roos a l e De fReiTas R R 1998 Projeto Soltura de Maracanãs relatório de Atividades período 0105 a 300898 Relatório não publicado para o comitê Permanente para a Recuperação da ararinhaazul cPRaa 30 de agosto1998 baRRos Y m sanfiliPPo l f YamashiTa c soYe Y De fReiTas R R De e couTo Di Tullio J 1998 Projeto Soltura de Maracanãs relatório da primeira etapa da soltura das aves Relatório não publicado para o comitê Permanente para a Recuperação da ararinhaazul cPRaa 29 de dezembro1998 baRRos Y m e seRafim R n 1998 Projeto Soltura de Maracanãs relatório trimestral de Atividades período 20 de novembro de 97 a 28 de janeiro de 98 Relatório não publicado para o comitê Permanente para a Recuperação da ararinhaazul cPRaa fevereiro1998 baRRos Y m sanfiliPPo l s e seRafim R n 1997 Projeto Soltura de Maracanãs relatório parcial de Atividades Relatório não publicado para o comitê Permanente para a Recuperação da ararinhaazul cPRaa 22 de novembro 1997 baRRos Y m silVeiRa Gomes a e bamPi RosaR D 1999 Projeto Ararinha Azul relatório semestral de Atividades período maio a outubro de 1999 Relatório não publicado para o comitê Permanente para a Recuperação da ararinhaazul cPRaa 10 de novembro1999 beck b 1985 Reintroduction Zoos conservation and animal Welfare In noRTon b G huTchins m sTeVens e f e maPle T l Ethics on the Ark Zoos Animal Welfare and Wildlife Conservation Washington and london smithsonian institution Press 155163 bianchi c a c 1998 biologia Reprodutiva da araracanindé Ara ararauna no Parque Nacional das Emas Goiás Tese de mestrado instituto de ciências biológicas universidade de brasília biRDlife inTeRnaTionalnabu 2003 Protecting birds from Powerlines a practical guide on the risks to birds from electricity transmission facilities and how to minimise any such adverse effects Relatório escrito pela birdLife International em nome da bern Convention compilado por haas D niPkoW m fieDleR G schneiDeR haas W schÜRenbeRG b para nabu German society for nature conservation birdlife na alemanha download de httpwwwcoeintteculturalcooperationenvironmentnatureand biologicaldiversitynatureprotectionsc23inf15epdf bRiGhTsmiTh D J hilbuRn J Del camPo a J boYD fRisius m fRisius R Janik D e Guillen f 2005 The use of handraised Psittacines for reintroduction a case study of scarlet macaws Ara macao in Peru and Costa Rica biological conservation 121465 472 bRock m k e WhiT b n 1992 Application of DNA fingerprinting to the recovery program of the endangered Puerto Rican parrot Proc nat acad sc usa 89 1112111125 caPaRRoZ R miYak c Y bamPi m i e WaJnTal a 2001 Analysis of the genetic variability in a sample of the remaining group of Spixs Macaw Cyanopsitta spixii Psittaciformes Aves by DNA fingerprinting biological conservation 99 37311 collaR n J c 2006 Parrot reintroduction towards a synthesis of best practice Proceedings of the Vith World Parrot congress of loro Parque fundación Tenerife spain collaR n J c 1997 Psittacidae Parrots In Handbook of the birds of the World Volume 4 Del hoYo J ellioTT a e saRGaTal J eds lynx edicions barcelona collaR n J GonZaGa l P kRabbe n maDRoÑo nieTo a naRanJo l G PaRkeR T a iii e WeGe D c 1992 spixs macaw Cyanopsitta spixii In Threatened birds of the Americas The icbPiucn Red Data book international council for bird Preservation cambridge pp 266281 cook G 2003 I spy my macaw A letter on the USA Spixs Macaw cage e aviary birds week ending 22nd march 2003 coRTes c R 2002 Projeto Ararinha Azul relatório semestral de Atividades período agosto a dezembro de 2001 Relatório não publicado para o comitê Permanente para a Recuperação da ararinhaazul cPRaa 15 de fevereiro 2002 Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul Cyanopsitta spixii 128 DaRé m 1995a Relatório circunstancial sobre a operação de busca da fêmea de Cyanopsitta spixii reintroduzida à natureza em Curaça bA Relatório não publicado para o comitê Permanente para a Recuperação da ararinhaazul cPRaa Dezembro1995 DaRé m 1995b Projeto Ararinha Azul relatório anual 1995 Relatório não publicado para o comitê Permanente para a Recuperação da ararinhaazul cPRaa DaRé m 1994a Projeto Ararinha Azul Relatório não publicado e proposta para o cPRaa submetida entre setembro e dezembro 1994 draft DaRé m 1994b Relatório Técnico para a Reunião do CPRAA Relatório não publicado para o comitê Permanente para a Recuperação da ararinhaazul cPRaa DaRé m 1993a Sem título azul Relatório não publicado para o comitê Permanente para a Recuperação da ararinhaazul cPRaa DaRé m 1993b Projeto Ararinhaazul relatório técnico para a reunião oficial do CPRAA Relatório não publicado para o comitê Permanente para a Recuperação da ararinhaazul cPRaa outubro1993 DaRé m 1992 Relatório de Campo Agosto91 a Outubro92 azul Relatório não publicado para o comitê Permanente para a Recuperação da ararinhaazul cPRaa DaRé m 1991 Dimensões das cavidades possivelmente utilizadas para reprodução por Cyanopsitta spixii no Riacho da Melancia Curaçá bahia Relatório não publicado De anDRaDelima D 1981 The caatinga dominium Revista brasileira de botânica 4 149153 De meneZes a c fanDi a c e coRTes c R 2001a Projeto Ararinha Azul relatório semestral de Atividades período janeiro a julho de 2001 Relatório não publicado para o comitê Permanente para a Recuperação da ararinhaazul cPRaa 10 de setembro2001 De meneZes a c fanDi a c bamPi RosaR D e melo baRRos Y De 2001b Projeto Ararinha Azul relatório semestral de Atividades período junho a dezembro de 2000 Relatório não publicado para o comitê Permanente para a Recuperação da ararinhaazul cPRaa 10 de fevereiro2001 DRumonD m a PieDaDe kiill l h feRnanDes lima P c caValcanTe De oliVeiRa m RibeiRo De oliVeiRa V GonZaGa De albuQueRQue s souZa nascimenTo c e De caValcanTi J 2000 Estratégias para o Uso Sustentável da biodiversidade da Caatinga Documento para discussão no GT estratégias para o uso sustentável under avaliação e identificação de ações prioritárias para a conservação utilização sustentável e repartição de benefícios da biodiversidade do bioma caatinga Workshop on caatinga ecology conservation and sustainable use Petrolina 2126 may 2000 feRnanDes a G e beZeRRa P 1991 Estudo Fitogeográfico do brasil fortaleza stylus comunic 205 p GRiffiThs R e TiWaRY b 1995 sex of the last wild spixs macaw Nature 375 454 GueDes n m R 1995 alguns aspectos sobre o comportamento reprodutivo da araraazul Anodorhynchus hyacinthinus e a necessidade de manejo para a conservação da espécie Anais de Etologia 13 293309 hammeR s GeRlach h bÜRkle m e schulZ J 2005 Proventricular Dilatation Disease PDD in spixs macaws Cyanopsitta spixii Proceeding of the 42nd International Symposium on Diseases of Zoo and Wild Animals May 04 08 2005 Prague Czech Republic institute for Zoo and Wildlife Research berlin Germany hoPPes s GRaY P l PaYne s shiVaPRasaD h l TiZaRD i 2010 The isolation pathogenesis diagnosis transmission and control of avian bornavirus and proventricular dilatation disease Vet clin north am exot anim Pract 2010 sep 133495508 iucn 2001 IUCN Red List Categories and Criteria Version 31 IUCN Species Survival Commission iucn Gland switzerland and cambridge uk JuniPeR T 2002 Spixs Macaw The race to save the worlds rarest bird fourth estate harpercollins Publishers london 129 Cyanopsitta spixii Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul JuniPeR a T e YamashiTa c 1991 The hábitat and status of Spixs Macaw Cyanopsitta spixii bird conservation international 119 JuniPeR T e YamashiTa c 1990 The conservation of Spixs Macaw oryx 24 4 224228 JuniPeR T e PaRR m 1998 Parrots a Guide to the Parrots of the World new haven and london Yale university Press kleiman D G 1996 Reintroduction Programs In kleiman DG allen m e ThomPson k V e lumPkin s eds Wild Mammals in Captivity Principles and Techniques chicago london The university of chicago Press 297305 maDeiRos casTeleTi c h caRDoso Da silVa J m TabaRelli m e melo sanTos a m 2000 Quanto ainda resta da Caatinga Uma estimativa preliminar universidade federal de Pernambuco centro de ciências biológicas núcleo de biodiversidade Documento para discussão no GT estratégias para o uso sustentável under avaliação e identificação de ações prioritárias para a conservação utilização sustentavel e repartição de benefícios da biodiversidade do bioma caatinga Workshop on caatinga ecology conservation and sustainable use Petrolina 2126 may 2000 maRTin P e baTeson P 1986 Measuring behavior new York cambridge univ Press 1986 200p miYaki c Y faRia P J GRiffiThs R aRaÚJo J c c e melo baRRos Y de 2001 The last wild Spixs Macaw and an Illigers Macaw produced a hybrid conservation Genetics 2 5355 miYaki c Y PeReiRa s l biasia i e WaJnTa a 1997 Dna fingerprinting applied to parrot captive breeding programs Ararajuba brazilian Journal of Ornithology 5 2 127133 miYaki c Y hanoTTe o WaJnTal a e buRke T 1995 Dna fingerprinting in the endangered parrot aratinga guarouba and other aratinga species brazilian Journal of Genetics 18 3 405411 miYaki c Y o hanoTTe WaJnTal a e buRke T 1993 characterization and application of multilocus Dna fingerprints in brazilian endangered macaws In DNA Fingerprinting State of the Science Pena sDJ chakRaboRTY R ePPlen JT e JeffReYs a J eds birkhäuser Verlag basel switzerland pp 395401 minisTéRio Do meio ambienTe 2007 Áreas Prioritárias para a Conservação Uso Sustentável e Repartição de benefícios da biodiversidade brasileira Atualização Portaria MMA Nº 09 de 23 de janeiro de 2007 ministério do meio ambiente secretaria de biodiversidade e florestas brasília mma 2007 série biodiversidade 31 minisTéRio Do meio ambienTe 1998 Primeiro relatório nacional para a Convenção sobre Diversidade biológica brasil ministério do meio ambiente dos Recursos hídricos e da amazônia legal brasília Df minisTéRio Do meio ambienTe 1996 Os ecossistemas brasileiros e os principais macrovetores de desenvolvimento subsídios ao planejamento de gestão ambiental ministério do meio ambiente dos Recursos hídricos e da amazônia legal brasília Df neWTon i 1994 The role of nest sites in limiting the numbers of holenesting birds a review biological conservation v 70 p 26576 PonTual f b 1992a Spixs Macaw Survey Some notes on the biology trade and educational campaign of Cyanopsitta spixii expedition to the northeastern bahia brazil november 1991 Relatório não publicado Junho1992 PonTual f b 1992b Some remarks on the Spixs Macaw final text for the Red Data book Relatório não publicado Julho1992 Provavelmente coincide com f Pontual para n collar in litt 1992 RaDambRasil 1983 Levantamento de recursos naturais v 30 Rio de Janeiro RiZZini c T 1979 Tratado de Fitogeografia do brasil são Paulo eDusP V 2 374 P Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul Cyanopsitta spixii 130 RoDal m J n 1992 Fitossociologia da vegetação arbustivoarbórea em quatro áreas de Caatinga em Pernambuco universidade estadual de campinas Tese de Doutorado campinas RosaR D b baRRos Y m e silVeiRa Gomes a 2000 Projeto Ararinha Azul relatório semestral de Atividades período novembro 1999 a maio de 2000 Relatório não publicado para o comitê Permanente para a Recuperação da ararinhaazul cPRaa 25 de julho2000 RoTh P G 1990 SpixAra Cyanopsitta spixii was wissen wir heute über diese seltenen Vögel bericht über ein 19851988 durchgeführtes Projekt Papageien 390 8688 490 121125 RoTh P G 1989 Spixs Macaw population actual status and biology of Spixs Macaw Cyanopsitta spixii Relatório não publicado em cPRaa 1992c spixs macaw ararinha azul Cyanopsitta spixii livro base para o Workshop de estudo de Viabilidade de Populações e hábitat 2628 outubro 1992 belo horizonte brasil In collaR n J GonZaGa l P kRabbe n maDRoÑo nieTo a naRanJo l G PaRkeR T a iii e WeGe D c 1992 spixs macaw Cyanopsitta spixii In Threatened birds of the Americas The icbPiucn Red Data book international council for bird Preservation cambridge pp 266281 RoTh P G 1988a Populations actual status and biology of Spixs Macaw Cyanopsitta spixii Relatório preliminar não publicado do projeto Zürich switzerland em livro base para o Workshop de estudo de Viabilidade de Populações e hábitat 2628 outubro 1992 belo horizonte brasil RoTh P G 1988b Distribution biology and actual status of Spixs Macaw Relatório não publicado em cPRaa 1992c spixs macaw ararinha azul Cyanopsitta spixii livro base para o Workshop de estudo de Viabilidade de Populações e hábitat 2628 outubro 1992 belo horizonte brasil RoTh P G 1987a A last chance to save Spixs Macaw oryx 21 73 In collaR n J GonZaGa l P kRabbe n maDRoÑo nieTo a naRanJo l G PaRkeR T a iii e WeGe D c 1992 spixs macaw Cyanopsitta spixii In Threatened birds of the Americas The icbPiucn Red Data book international council for bird Preservation cambridge pp 266281 RoTh P G 1987b bericht über die Reise vom 28 April bis zum 10 Mai 1987 in die Region von Curaçá Zoologische Gesellschaft für arten und Populationsschutz mitglieder information oktober 1987 57 In collaR n J GonZaGa l P kRabbe n maDRoÑo nieTo a naRanJo l G PaRkeR T a iii e WeGe D c 1992 spixs macaw Cyanopsitta spixii In Threatened birds of the Americas The icbPiucn Red Data book international council for bird Preservation cambridge pp 266281 RoTh P G 1987c Ararinha azul a um passo da extinção ciência hoje 530 74 In collaR n J GonZaGa l P kRabbe n maDRoÑo nieTo a naRanJo l G PaRkeR T a iii e WeGe D c 1992 spixs macaw Cyanopsitta spixii In Threatened birds of the Americas The icbPiucn Red Data book international council for bird Preservation cambridge pp 266281 RoTh P G 1987d Distribution actual status and biology of Spixs Macaw Cyanopsitta spixii report on the 1987 activities Relatório não publicado em cPRaa 1992c spixs macaw ararinha azul Cyanopsitta spixii livro base para o Workshop de estudo de Viabilidade de Populações e hábitat 2628 outubro 1992 belo horizonte brasil In collaR n J GonZaGa l P kRabbe n maDRoÑo nieTo a naRanJo l G PaRkeR T a iii e WeGe D c 1992 spixs macaw Cyanopsitta spixii In Threatened birds of the Americas The icbPiucn Red Data book international council for bird Preservation cambridge pp 266281 RoTh P G 1986 Report on the second half of the project in search of spixs macaw Relatório não publicado In cPRaa 1992c Spixs Macaw Ararinha Azul Cyanopsitta spixii PHVA livro base para o Workshop de estudo de Viabilidade de Populações e hábitat 2628 outubro 1992 belo horizonte brasil RoTh P G 1985 notes on spixs macaw and observations on some other bird species of northeastern brazil Relatório on the excursion in search of Spixs Macaw June 22 to July 24 1985 não publicado samPaio Y e J e maZZa 2000 Diversidade sócio econômica e pressão antrópica na caatinga nordestina Documento para discussão no GT estratégias para o uso sustentável under Avaliação e identificação de ações prioritárias para a conservação utilização sustentavel e repartição de benefícios da biodiversidade do bioma Caatinga Workshop on caatinga ecology conservation and sustainable use Petrolina 2126 may 131 Cyanopsitta spixii Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul samPaio e V s b 1995 overview of the brazilian caatinga p 3558 In Seasonally dry forests bullock s h h a mooneY e e meDina ed cambridge university Press london 450p sanZ V e a GRaJal 1998a Successful Reintroduction of CaptiveRaised YellowShouldered Amazon Parrots on Margarita Island Venezuela conservation biology Volume 12 no2 430441 silVa T 1993 A monograph of macaws and conures silvio mattachione e co canada silVa J m e D c oRen 1997 Geographic variation and conservation of the Moustached Woodcreeper Xiphocolaptes falcirostris an endemic and threatened species of northeastern brazil bird cons intern 7263274 smiTh Ga 1990 Spixs Macaw Ara Cyanopsitta spixii 18page manuscript on file at birdLife International is this identical to smith 1991a sTaeheli P RinDeR m kasPeRs b 2010 avian bornavirus associated with fatal Disease in Psittacine birds Journal of virology July 2010 p 62696275 TabaRelli m silVa J m c sanTos a m m e VicenTe a 2000 análise de representatividade das unidades de conservação de uso direto e indireto na caatinga análise preliminar In Workshop avaliação e identificação de ações prioritárias para a conservação utilização sustentável e repartição de benefícios da biodiversidade do bioma Caatinga silVa J m c e TabaRelli m coord Petrolina Pe wwwbiodiversitas orgbrcaatinga TabaRelli m J e VicenTe a 2003 conhecimento sobre plantas lenhosas da caatinga lacunas geográficas e ecológicas p 101102 In biodiversidade da Caatinga áreas e ações prioritárias silVa J m c TabaRelli m fonseca m f e lins l V orgs mma brasília Df The naTuRe conseRVancY Do bRasil e associaçÃo caaTinGa 2000 unidades de conservação na caatinga Documento para discussão no GT estratégias para o uso sustentável under Avaliação e identificação de ações prioritárias para a conservação utilização sustentável e repartição de benefícios da biodiversidade do bioma Caatinga Workshop sobre a ecologia conservação e uso sustentável da caatinga Petrolina 2126 maio 2000 WaTson R 2008 Spixs Macaw Annual Report and Recommendations 2008 WaTson R 2006 Spixs Macaw Annual Report and Recommendations 2006 WaTson R 2011 International Studbook Annual Report and Recommendations for 2011 spixs macaw WileY J n snYDeR e R Gnam 1992 Reintroduction as a conservation strategy for Parrots In New World Parrots in Crisis Solutions from Conservation biology beissinGeR s R e snYDe n f R eds smithsonian institution Press Washington Dc Pp 165200 ANEXOS Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul Cyanopsitta spixii 134 PorTAriA ConJunTA mmA e iCmBio nº 316 De 9 De seTemBro De 2009 o ministro de estado do meio ambiente e o Presidente do instituto chico mendes de conservação da biodiversidade insTiTuTo chico menDes no uso de suas atribuições e tendo em vista o disposto na lei nº 10683 de 28 de maio de 2003 e nos Decretos nºs 6100 de 26 de abril de 2007 e 6101 de 26 de abril de 2007 e considerando os compromissos assumidos pelo brasil na convenção sobre Diversidade biológicacDb ratificada pelo Decreto legislativo nº 2 de 3 de fevereiro de 1994 e promulgada pelo Decreto nº 2519 de 16 de março de 1998 particularmente aqueles explicitados no art 7º alínea b e c 8º alínea f e 9º alínea c considerando o disposto nas leis nºs 5197 de 3 de janeiro de 1967 6938 de 31 de agosto de 1981 9985 de 18 de julho de 2000 10650 de 16 de abril de 2003 11516 de 28 de agosto de 2007 e no Decreto nº 4340 de 22 de agosto de 2002 e considerando os princípios e diretrizes da Política nacional da biodiversidade constantes do Decreto nº 4339 de 22 de agosto de 2002 resolvem art 1º aplicar os seguintes instrumentos de implementação da Política nacional da biodiversidade voltados para a conservação e recuperação de espécies ameaçadas de extinção i listas nacionais oficiais de espécies ameaçadas de extinção com a finalidade de reconhecer as espécies ameaçadas de extinção no território nacional na plataforma continental ou na zona econômica exclusiva brasileira para efeitos de restrição de uso priorização de ações de conservação e recuperação de populações ii livros Vermelhos das espécies brasileiras ameaçadas de extinção contendo entre outros a caracterização distribuição geográfica estado de conservação e principais fatores de ameaça à conservação das espécies integrantes das listas nacionais oficiais de espécies ameaçadas de extinção iii Planos de ação nacionais para a conservação de espécies ameaçadas de extinção elaborados com a finalidade de definir ações in situ e ex situ para conservação e recuperação de espécies ameaçadas 1º o processo de atualização das listas nacionais oficiais de espécies ameaçadas de extinção observará no que couber as listas estaduais regionais e globais de espécies ameaçadas de extinção 2º as listas nacionais oficiais de espécies ameaçadas de extinção serão atualizadas continuamente devendo ocorrer uma revisão completa no prazo máximo de dez anos 3º os três instrumentos de implementação da Política nacional da biodiversidade mencionados acima são complementares na medida em que as listas reconhecem as espécies na condição de ameaçadas os livros Vermelhos detalham as informações que embasaram a inclusão das espécies nas listas e os Planos de ação estabelecem as medidas a serem implementadas para a efetiva conservação e recuperação das espécies ameaçadas visando reverter o processo de ameaça a que cada espécie encontrase submetida art 2º Reconhecer os Grupos estratégicos para conservação e manejo de espécies ameaçadas de extinção criados no âmbito do instituto chico mendes de conservação da biodiversidade instituto chico mendes com a finalidade de colaborar na elaboração e implementação dos Planos de ação nacionais para a conservação de espécies ameaçadas de extinção com abrangência nacional Parágrafo único os Planos de ação nacionais deverão incluir também Programas de conservação em cativeiro de espécies ameaçadas de extinção com o objetivo de manter populações ex situ genética e demograficamente viáveis como fonte para promover a recuperação in situ de espécies ameaçadas de extinção art 3º caberá ao instituto chico mendes a coordenação da atualização das listas nacionais oficiais das espécies da fauna brasileira ameaçadas de extinção e a coordenação da elaboração publicação e implementação dos Planos nacionais para a conservação de espécies da fauna ameaçadas de extinção 135 Cyanopsitta spixii Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul art 4º os Planos de manejo das unidades de conservação federais contemplarão ações para conservação e recuperação de populações de espécies constantes das listas nacionais oficiais de espécies ameaçadas de extinção em consonância com os Planos de ação nacionais para a conservação de espécies ameaçadas de extinção art 5º caberá ao ministério do meio ambiente a avaliação e publicação das listas nacionais oficiais de espécies ameaçadas de extinção art 6º o ministério do meio ambiente e o instituto chico mendes envidarão esforços para assegurar a implementação dos Planos de ação nacionais para a conservação de espécies ameaçadas de extinção art 7º esta Portaria conjunta entra em vigor na data de sua publicação caRlos minc ministro de estado do meio ambiente RÔmulo José feRnanDes baRReTo mello Presidente do instituto chico mendes Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul Cyanopsitta spixii 136 PorTAriA n 78 De 3 De seTemBro De 2009 o PResiDenTe Do insTiTuTo chico menDes De conseRVaçÃo Da bioDiVeRsiDaDe no uso de suas atribuições considerando a Portaria n 214 de 8 de julho de 2009 que delega competência ao Presidente do instituto chico mendes para denominar fixar os locais de funcionamento e estabelecer atribuições aos centros especializados previstos no art3Va do anexo i do Decreto n 6100 de 26 de abril de 2007 considerando a necessidade de geração de conhecimento científico aplicado à conservação da biodiversidade assim como para o uso e conservação dos recursos naturais nas unidades de conservação federais considerando a necessidade de execução de ações planejadas para conservação de espécies ameaçadas de extinção constantes das listas oficiais nacionais principalmente nas áreas naturais não protegidas como unidades de conservação considerando a necessidade de identificação das unidades organizacionais descentralizadas dedicadas à pesquisa científica e à execução de ações planejadas para conservação da biodiversidade para efeito de nomeação de cargos lotação de servidores provisão de recursos de manutenção e locação de bens patrimoniais resolve art 1º criar os centros nacionais de Pesquisa e conservação abaixo denominados com o objetivo de reconhecêlos como unidades descentralizadas às quais compete produzir por meio da pesquisa científica do ordenamento e da análise técnica de dados o conhecimento necessário à conservação da biodiversidade do patrimônio espeleológico e da sóciobiodiversidade associada a povos e comunidades tradicionais bem como executar as ações de manejo para conservação e recuperação das espécies constantes das listas oficiais nacionais de espécies ameaçadas para conservação do patrimônio espeleológico e para o uso dos recursos naturais nas unidades de conservação federais de uso sustentável i centros com expertise técnicocientífica em biomas ecossistemas ou manejo sustentado dos recursos naturais a centro nacional de Pesquisa e conservação da biodiversidade amazônica cePam sediado no município de manaus no estado do amazonas com o objetivo de realizar pesquisas científicas e ações de manejo para conservação e recuperação de espécies ameaçadas e para o monitoramento da biodiversidade do bioma amazônia e seus ecossistemas assim como auxiliar no manejo das unidades de conservação federais do citado bioma b centro nacional de Pesquisa e conservação da biodiversidade do cerrado e caatinga cecaT sediado em brasília no Distrito federal com o objetivo de realizar pesquisas científicas e ações de manejo para conservação e recuperação de espécies ameaçadas e para o monitoramento da biodiversidade dos biomas cerrado e caatinga com ênfase nas espécies da flora invertebrados terrestres e polinizadores assim como auxiliar no manejo das unidades de conservação federais do cerrado e da caatinga especialmente por meio de estudos de vegetação c centro nacional de Pesquisa e conservação de cavernas cecaV sediado em brasília no Distrito federal com o objetivo de realizar pesquisas científicas e ações de manejo para conservação dos ambientes cavernícolas e espécies associadas assim como auxiliar no manejo das unidades de conservação federais com ambientes cavernícolas d centro nacional de Pesquisa e conservação da sociobiodiversidade associada a Povos e comunidades Tradicionais cnPT sediado em são luis município de são luis estado do maranhão com objetivo de promover pesquisa científica em manejo e conservação de ambientes e territórios utilizados por povos e comunidades tradicionais seus conhecimentos modos de organização social e formas de gestão dos recursos naturais em apoio ao manejo das unidades de conservação federais ii centros com expertise técnicocientífica em grupos taxonômicos a centro nacional de Pesquisa e conservação de Tartarugas marinhas TamaR sediado em arembepe município de camaçari no estado da bahia com o objetivo de realizar pesquisas científicas e ações de manejo para conservação e recuperação de espécies ameaçadas de tartarugas marinhas assim como atuar na conservação da biodiversidade marinha e costeira com ênfase nas espécies de peixes e invertebrados marinhos ameaçados e auxiliar no manejo das unidades de conservação federais marinhas e costeiras 137 Cyanopsitta spixii Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul b centro nacional de Pesquisa e conservação de Peixes continentais cePTa sediado no município de Pirassununga no estado de são Paulo com o objetivo de realizar pesquisas científicas e ações de manejo para conservação e recuperação de espécies ameaçadas de peixes continentais assim como atuar na conservação da biodiversidade aquática dos biomas continentais com ênfase nos biomas Pantanal e amazônia e auxiliar no manejo das unidades de conservação federais com ecossistemas dulcícolas c centro nacional de Pesquisa e conservação de mamíferos aquáticos cma sediado no município de itamaracá no estado de Pernambuco com o objetivo de realizar pesquisas científicas e ações de manejo para conservação e recuperação de espécies ameaçadas de mamíferos aquáticos assim como atuar na conservação de espécies migratórias na conservação da biodiversidade dos ecossistemas recifais estuarinos e de manguezais e auxiliar no manejo das unidades de conservação federais marinhas costeiras e da bacia amazônica d centro nacional de Pesquisa e conservação de Primatas brasileiros cPb sediado no município de João Pessoa no estado da Paraíba com o objetivo de realizar pesquisas científicas e ações de manejo para conservação e recuperação de espécies ameaçadas de primatas brasileiros assim como atuar na conservação das espécies ameaçadas de mamíferos terrestres na conservação da biodiversidade do bioma mata atlântica e auxiliar no manejo das unidades de conservação federais e centro nacional de Pesquisa e conservação de aves silvestres cemaVe sediado no município de cabedelo no estado da Paraíba com o objetivo de realizar pesquisas científicas e ações de manejo para conservação e recuperação de espécies de aves ameaçadas assim como atuar na conservação das espécies migratórias na conservação da biodiversidade dos biomas continentais marinhos e costeiros e auxiliar no manejo das unidades de conservação federais f centro nacional de Pesquisa e conservação de mamíferos carnívoros cenaP sediado no município de atibaia no estado de são Paulo com o objetivo de realizar pesquisas científicas e ações de manejo para conservação e recuperação de espécies ameaçadas de mamíferos carnívoros continentais assim como atuar na conservação dos mamíferos terrestres ameaçados na conservação dos biomas continentais e auxiliar no manejo das unidades de conservação federais g centro nacional de Pesquisa e conservação de Répteis e anfíbios Ran sediado no município de Goiânia no estado de Goiás com o objetivo de realizar pesquisas científicas e ações de manejo para conservação e recuperação de espécies ameaçadas de répteis e anfíbios assim como atuar na conservação dos biomas continentais costeiros e marinhos e auxiliar no manejo das unidades de conservação federais 1º os centros nacionais de Pesquisa e conservação buscarão implementar as parcerias necessárias com instituições científicas e acadêmicas para maximizar a consecução dos seus objetivos 2º os centros nacionais de Pesquisa e conservação poderão dispor de bases avançadas para sua atuação que contarão necessariamente com patrimônio quadro de servidores do instituto e responsáveis devidamente designados art 2º considerase base avançada unidade física do instituto chico mendes mantida em estrutura própria ou formalmente cedida localizada em sítio estratégico para execução de ações de pesquisa e conservação afetas aos centros nacionais de Pesquisa e conservação podendo ser compartilhada com instituições parceiras mediante acordos específicos formalmente estabelecidos 1º Para os efeitos desta portaria consideramse os seguintes tipos de base avançada i base avançada quando vinculada a apenas um centro nacional de Pesquisa e conservação e instalada em estrutura física exclusivamente definida para este fim ii base avançada multifuncional quando instalada em estrutura física partilhada com outro centro nacional de Pesquisa e conservação ou unidade descentralizada do instituto chico mendes e iii base avançada compartilhada quando vinculada a um ou mais centros nacionais de Pesquisa e conservação e instalada em estrutura física de instituições parceiras mediante acordo de cooperação formalmente estabelecido para este fim 2º as bases avançadas multifuncionais poderão ser instaladas na sede de centros nacionais de Pesquisa e conservação na sede de coordenação Regional ou em unidade de conservação federal 3º nos casos previstos no parágrafo anterior o funcionamento da base avançada multifuncional se dará mediante um plano de trabalho anual aprovado pelo chefe do centro nacional de Pesquisa e conservação pelo chefe da unidade descentralizada e chancelado pela Diretoria de vinculação do centro no início de cada exercício com o correspondente relatório de atividades ao final do mesmo 4 o funcionamento das bases avançadas e bases avançadas compartilhadas se dará mediante plano de trabalho aprovado pelo chefe do centro nacional e Pesquisa e conservação e chancelado pela Diretoria de vinculação do centro no início de cada exercício e com o correspondente relatório de atividades no final do mesmo i os planos de trabalho das bases avançadas compartilhadas deverão guardar coerência com os planos de trabalhos integrantes dos acordos de parcerias firmados 5º só serão instaladas bases avançadas multifuncionais em unidades de conservação federais quando sua área de atuação extrapolar os limites geográficos da unidade e zona de amortecimento caso contrário tal atuação será de competência da unidade de conservação federal com orientação do centro nacional de Pesquisa e conservação Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul Cyanopsitta spixii 138 6º as bases avançadas compartilhadas mantidas por parceiros serão automaticamente extintas ao final do acordo de cooperação celebrado para este fim e os bens e servidores lotados transferidos para outra unidade do instituto chico mendes art 3º ficam igualmente criadas as bases avançadas listadas nos anexos i ii e iii Parágrafo Único os anexos i ii e iii poderão ser alterados a qualquer momento por necessidade de estabelecimento de novas bases ou extinção das atuais art 4º o regimento interno do instituto chico mendes detalhará as atribuições dos centros nacionais de Pesquisa e conservação ora criados e seus limites de atuação art 5º as bases avançadas compartilhadas previstas nesta portaria que não são ainda objeto de instrumento de acordo de parceria devidamente firmado ou que já expiraram terão o prazo de 90 noventa dias dias para publicação dos mencionados instrumentos Parágrafo único as bases mencionadas no caput deste artigo não poderão ter servidores públicos federais lotados nessas unidades até a sua formalização oficial art 6 o centro nacional de Pesquisa e conservação da biodiversidade do cerrado e caatinga cecaT absorverá a estrutura do centro nacional de orquídeas Plantas ornamentais medicinais e aromáticas coPom que fica automaticamente extinto Parágrafo único a estrutura que representa o orquidário nacional fica excluída da estrutura a ser absorvida pelo centro nacional de Pesquisa e conservação da biodiversidade do cerrado e caatinga cecaT art 7 Revogamse as disposições em contrário art 8º esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação RÔmulo José feRnanDes baRReTo mello Presidente do instituto chico mendes aneXo i bases avançadas a base avançada do cnPT em Rio branco município de Rio branco estado do acre b base avançada do cemaVe no município de Jeremoabo município de Jeremoabo no estado da bahia c base avançada do TamaR em Vitória no município de Vitória no estado do espírito santo e d base avançada do TamaR em almofala no município de itarema no estado do ceará aneXo ii bases avançadas multifuncionais a base avançada multifuncional do cma no Piauí na Área de Proteção ambiental do Delta do Parnaíba no município de cajueiro da Praia no estado do Piauí b base avançada multifuncional do cma na Paraíba na Área de Proteção ambiental da barra do Rio mamanguape no município de Rio Tinto no estado da Paraíba c base avançada multifuncional do cma de fernando de noronha no Parque nacional marinho de fernando de noronha Distrito estadual de fernando de noronha no estado de Pernambuco especializada em pesquisa monitoramento e conservação da biodiversidade de ecossistemas recifais d base avançada multifuncional do cma no Rio de Janeiro na Reserva extrativista arraial do cabo no município de arraial do cabo no estado do Rio de Janeiro e base avançada multifuncional do cma em santa catarina na estação ecológica de carijós no município de florianópolis no estado de santa catarina f base avançada multifuncional do cnPT em santa catarina na estação ecológica de carijós no município de florianópolis no estado de santa catarina g base avançada multifuncional do cnPT na chapada dos Guimarães no Parque nacional da chapada dos Guimarães no município de chapada dos Guimarães no estado do mato Grosso h base avançada multifuncional do cnPT em Goiânia na sede do Ran no município de Goiânia estado de Goiás i base avançada multifuncional do cecaV no Parque nacional da chapada dos Guimarães no município de chapada dos Guimarães no estado de mato Grosso j base avançada multifuncional do cecaV de lagoa santa na área de Proteção ambiental de carste de lagoa santa no município de lagoa santa no estado de minas Gerais k base avançada multifuncional do cemaVe em santa catarina na estação ecológica de carijós no município de florianópolis no estado de santa catarina 139 Cyanopsitta spixii Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul l base avançada multifuncional do cemaVe de brasília no Parque nacional de brasília em brasília no Distrito federal m base avançada multifuncional do Ran de lagoa santa na Área de Proteção ambiental do carste de lagoa santa no município de lagoa santa no estado de minas Gerais n base avançada multifuncional do cePTa no Pantanal no Parque nacional do Pantanal matogrossense município de Poconé no estado de mato Grosso o base avançada multifuncional do cePTa na Reserva biológica união município de casemiro de abreu no estado do Rio de Janeiro p base avançada multifuncional do cePTa no araguaia na Área de Proteção ambiental dos meandros do araguaia município de são miguel do araguaia no estado de Goiás q base avançada multifuncional do cenaP no Parque nacional do iguaçu município de foz do iguaçu no estado do Paraná r base avançada multifuncional do TamaR de Pirambu na Reserva biológica de santa izabel no município de Pirambu no estado de sergipe s base avançada multifuncional do TamaR de Regência na Reserva biológica de comboios no município de linhares no estado do espírito santo e t base avançada multifuncional do TamaR de fernando de noronha no Parque nacional marinho de fernando de noronha Distrito estadual de fernando de noronha no estado de Pernambuco aneXo iii bases avançadas compartilhadas a base avançada compartilhada do cma no Pará no município de belém no estado do Pará b base avançada compartilhada do cma em são luis no município de são luis estado do maranhão c base avançada compartilhada do cma em alagoas no município de Porto das Pedras no estado de alagoas d base avançada compartilhada do cecaV no Rio Grande do norte no município de natal no estado do Rio Grande do norte e base avançada compartilhada do Ran no mato Grosso do sul no município de campo Grande no estado do mato Grosso do sul f base avançada compartilhada do TamaR em itajaí no município de itajaí no estado de santa catarina especializada em pesquisa e ações de conservação para as espécies ameaçadas do bioma marinho g base avançada compartilhada do TamaR da Praia de Pipa no município de Tibau do sul no estado do Rio Grande do norte h base avançada compartilhada do TamaR da Praia do forte no município de mata de são João no estado da bahia i base avançada compartilhada do TamaR de Guriri no município de são mateus no estado do espírito santo j base avançada compartilhada do TamaR de ubatuba no município de ubatuba no estado de são Paulo k base avançada compartilhada do TamaR na barra da lagoa no município de florianópolis no estado de santa catarina l base avançada compartilhada do TamaR de sitio do conde município de conde no estado da bahia m base avançada compartilhada do TamaR de costa do sauipe no município de mata de são João no estado da bahia e n base avançada compartilhada do TamaR em Povoação município de linhares no estado do espírito santo Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul Cyanopsitta spixii 140 PorTAriA nº 17 De 17 De fevereiro De 2012 o PResiDenTe Do insTiTuTo chico menDes De conseRVaçÃo Da bioDiVeRsiDaDe insTiTuTo chico menDes nomeado pela Portaria nº 532 de 30 de julho de 2008 da ministra de estado chefe da casa civil da Presidência da República publicada no Diário oficial da união de 31 de julho de 2008 no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo art 21 inciso i do anexo i da estrutura Regimental aprovada pelo Decreto nº 7515 de 08 de julho de 2011 publicado no Diário oficial da união do dia subsequente considerando a instrução normativa mma nº 03 de 27 de maio de 2003 que reconhece 627 espécies da fauna brasileira como ameaçadas de extinção de acordo com seus anexos considerando a Resolução mmaconabio nº 03 de 21 de dezembro de 2006 que estabelece metas para reduzir a perda de biodiversidade de espécies e ecossistemas em conformidade com as metas estabelecidas no Plano estratégico da convenção sobre Diversidade biológica considerando a Portaria conjunta mmaicm nº 316 de 09 de setembro de 2009 que estabelece os planos de ação como instrumentos de implementação da Política nacional da biodiversidade considerando a Portaria icm nº 78 de 03 de setembro de 2009 que cria os centros nacionais de pesquisa e conservação do instituto chico mendes e lhes confere atribuição considerando o disposto no Processo n 02070002591200906 ResolVe art 1º aprovar o Plano de ação nacional para a conservação Plano de ação nacional para a conservação da ararinhaazul cyanopsitta spixii Pan ararinhaazul art 2º o Pan ararinhaazul tem como objetivo geral a execução de estratégias visando o aumento da população manejada em cativeiro e a recuperação e conservação do habitat de ocorrência histórica da espécie até 2017 visando início de reintroduções até 2021 1º Para a persecução do objetivo previsto no caput o Pan ararinhaazul com prazo de vigência até fevereiro de 2017 e com supervisão e monitoria anual possui os seguintes objetivos específicos i Políticas públicas e envolvimento governamental fortalecidos até 2017 ii População de cativeiro adequadamente manejada com aumento mínimo da população de três indivíduosano até 2017 visando futuras reintroduções até 2021 iii conhecimento científico necessário à reintrodução da espécie aprimorado até 2017 iV habitats críticos para conservação da espécie protegidos e recuperados até 2017 V Parcerias fortalecidas e informações necessárias à conscientização para a conservação da ararinhaazul divulgadas Vi estrutura para reinicio do Projeto ararinhaazul estabelecida 2º Deverão ser indicadas as metas para alcance de cada objetivo específico aprova o Plano de ação nacional para a conservação da ararinha azul Cyanopsitta spixii estabelecendo seu objetivo geralobjetivos específicos prazo de execução abrangência e formas de implementação e supervisão 141 Cyanopsitta spixii Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul art 3º caberá ao centro nacional de Pesquisa e conservação de aves silvestres cemaVe a coordenação do Pan ararinhaazul com supervisão da coordenação Geral de manejo para conservação da Diretoria de Pesquisa avaliação e manejo da biodiversidade Parágrafo único o Presidente do instituto chico mendes designará um Grupo assessor para acompanhar a implementação e realizar monitoria do Pan ararinhaazul art 4º o presente Plano de ação nacional deverá ser mantido e atualizado na página eletrônica do instituto chico mendes art 5º esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação RÔmulo José feRnanDes baRReTo mello Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul Cyanopsitta spixii 142 PorTAriA nº 74 De 02 De mArço De 2012 o PResiDenTe Do insTiTuTo chico menDes De conseRVaçÃo Da bioDiVeRsiDaDe insTiTuTo chico menDes nomeado pela Portaria nº 532 de 30 de julho de 2008 da ministra de estado chefe da casa civil da Presidência da República publicada no Diário oficial da união de 31 de julho de 2008 no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo art 21 inciso i do anexo i da estrutura Regimental aprovada pelo Decreto nº 7515 de 08 de julho de 2011 publicado no Diário oficial da união do dia subsequente considerando a instrução normativa mma nº 03 de 27 de maio de 2003 que reconhece 627 espécies da fauna brasileira como ameaçadas de extinção de acordo com seus anexos considerando a Resolução mmaconabio nº 03 de 21 de dezembro de 2006 que estabelece metas para reduzir a perda de biodiversidade de espécies e ecossistemas em conformidade com as metas estabelecidas no Plano estratégico da convenção sobre Diversidade biológica considerando a Portaria conjunta mmaicm nº 316 de 09 de setembro de 2009 que reconhece os Grupos estratégicos para conservação e manejo de espécies ameaçadas de extinção com a finalidade de colaborar na implementação dos Planos de ação nacionais para a conservação de espécies ameaçadas de extinção considerando a Portaria icm nº 78 de 03 de setembro de 2009 que cria os centros nacionais de pesquisa e conservação do instituto chico mendes e lhes confere atribuição considerando a Portaria icm nº 17 de 17 de fevereiro de 2012 que aprova o Plano de ação nacional para a conservação da ararinhaazul Pan ararinhaazul considerando o disposto no Processo n 02070002591200906 resolve art 1º instituir o Grupo assessor para acompanhar a implementação e realizar monitoria do Plano de ação nacional para a conservação da ararinhaazul com a seguinte composição i João luiz Xavier do nascimento do centro nacional de Pesquisa e conservação de aves silvestres cemaVeicmbio na qualidade de coordenador ii cristina Yumi miyaki do instituto de biologia da universidade de são Paulo iii mark l stafford da Parrots internacional iV Pedro f Develey da save brasil V Pedro scherer neto do museu de história natural capão da imbuia Vi Yara de melo barros da foz Tropicana Parque das aves art 2º caberá ao Grupo assessor acompanhar a implementação e realizar monitoria do Pan ararinha azul em conformidade com a sistemática estabelecida pela coordenação Geral de manejo para conservação do instituto chico mendes art 3º a participação no Grupo assessor do Pan ararinhaazul não ensejará qualquer tipo de remuneração e será considerado serviço de relevante interesse público art 4º esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação RÔmulo José feRnanDes baRReTo mello 143 Cyanopsitta spixii Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul insTrução normATivA nº 22 De 27 De mArço De 2012 estabelece os procedimentos para os Programas de cativeiro de espécies ameaçadas a PResiDenTe subsTiTuTa Do insTiTuTo chico menDes De conseRVaçÃo Da bioDiVeRsiDaDe designada pela Portaria nº 411 de 29 de outubro de 2010 publicada no Diário oficial da união do dia 01 de novembro de 2010 no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo art 21 inciso i do anexo i do Decreto nº 7515 de 08 de julho de 2011 publicado no Diário oficial da união do dia subsequente considerando o Decreto n 3607 de 21 de setembro de 2000 que dispõe sobre a implementação da convenção sobre comércio internacional das espécies da flora e fauna selvagens em Perigo de extinção ciTes e dá outras providências alterado pelo Decreto n 7515 de 8 de julho de 2011 considerando os artigos da lei complementar n 140 de 8 de dezembro de 2011 art18 art 8 incisos XViii e XiX art 7 inciso XX art 4 e art 2 inciso ii considerando o art 2 incisos XXiii e XXiV anexo i do Decreto n 7515 de 8 de julho de 2011 e considerando a Portaria conjunta mmaicm nº 316 de 09 de setembro de 2009 que estabelece os Planos de ação nacionais para a conservação de espécies ameaçadas de extinção Pan elaborados com a finalidade de definir ações in situ e ex situ para conservação e recuperação de espécies como instrumentos de implementação da Política nacional da biodiversidade resolve art 1º a presente instrução normativa regulamenta o disposto no inciso XXiii do art 2 do anexo i do Decreto n 7515 de 08 de julho de 2011 art 2º os procedimentos para a criação dos Programas de cativeiro de espécies ameaçadas são estabelecidos na presente instrução normativa art 3º os Programas de cativeiro de espécies ameaçadas têm por finalidade definir coordenar e implementar as estratégias de conservação ex situ para revigoramento demográfico e genético da espécie de acordo com as diretrizes e ações previstas nos Planos de ação nacionais para a conservação de espécies ameaçadas de extinção Pan publicados por este instituto Parágrafo único os Programas de cativeiro serão criados para atender às demandas individuais de cada espécie identificadas nos Planos de ação nacionais para a conservação de espécies ameaçadas de extinção Pan art 4º o Programa de cativeiro de espécies ameaçadas conterá i as ações estratégicas para conservação ex situ da espécie ii protocolos necessários ao manejo manutenção e pareamento dos animais em cativeiro iii livro de Registro Genealógico da população cativa quando couber e iV relatórios anuais contemplando além dos resultados de execução das ações estratégicas as movimentações e pareamentos realizados e análises de viabilidade demográfica e genética da população cativa art 5º o Programa de cativeiro de espécies ameaçadas será apoiado por um Grupo de Trabalho instituído no ato de criação do Programa podendo conter i um coordenador do Programa de cativeiro de espécies ameaçadas Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul Cyanopsitta spixii 144 ii um consultor de manejo iii um consultor Genealógico iV Representantes das instituições mantenedoras participantes do programa designados pelo coordenador do programa V Pesquisadores e pessoas de notório saber sobre a espécie e Vi o centro nacional de Pesquisa e conservação que tiver no seu escopo a espécie beneficiada pelo programa de cativeiro art 6º o centro nacional de Pesquisa e conservação que tiver no seu escopo a espécie beneficiada pelo programa de cativeiro proporá à Diretoria de Pesquisa avaliação e monitoramento da biodiversidade Dibio a criação do Grupo de Trabalho Parágrafo único a Diretoria de Pesquisa avaliação e monitoramento da biodiversidade Dibio ouvindo a coordenação Geral de manejo para a conservação cGesP encaminhará minuta de portaria de criação do Grupo de Trabalho à Presidência do instituto chico mendes para assinatura e publicação no Diário oficial da união art 7º o coordenador do centro nacional de Pesquisa e conservação assinará o Termo de adesão ao Programa de cativeiro e o acordo de empréstimo ao Programa em cativeiro e aprovará os relatórios anuais do programa art 8º o Programa de cativeiro por espécie será instituído pelo Presidente do instituto chico mendes por meio de portaria específica 1º a proposta de Programa de cativeiro deverá ser elaborada pelo coordenador do Plano de ação nacional para a conservação de espécies ameaçadas de extinção Pan identificando os membros do Grupo de Trabalho e os mantenedores e encaminhada à Diretoria de Pesquisa avaliação e monitoramento da biodiversidade Dibio ouvida a coordenação Geral de manejo para a conservação cGesP 2º o instituto chico mendes manterá em seu portal eletrônico informações sobre os Programas de cativeiro instituídos bem como a lista dos mantenedores participantes art 9º a participação da instituição mantenedora dependerá da assinatura do Termo de adesão de acordo com o anexo i desta instrução normativa e comprovação de regularidade perante o órgão ambiental competente 1º nos casos de mantenedores localizados no exterior a autoridade científica ciTes no brasil deverá consultar a autoridade científica no país de destino do espécime sobre as condições de regularidade do mantenedor 2 o instituto chico mendes unilateralmente rescindirá os termos assinados com as partes excluindo as do programa de cativeiro caso haja comprovação de irregularidades ambientais art 10 o coordenador do Programa de cativeiro de espécies ameaçadas terá as seguintes atribuições i coordenar execução das ações do Programa ii coordenar a elaboração e atualização dos protocolos de manejo ex situ iii articular o cumprimento do Protocolo de manejo e o atendimento às recomendações do consultor de manejo iV articular o atendimento às recomendações de pareamento V elaborar Relatório anual do Programa e Vi recomendar à Diretoria de Pesquisa avaliação e monitoramento da biodiversidade Dibio por meio da coordenação Geral de manejo para a conservação cGesP a entrada ou saída de mantenedores art 11 o consultor de manejo terá as seguintes atribuições i elaborar o Protocolo de manejo para a espécie ii orientar e supervisionar a adoção das medidas de manejo estabelecidas no protocolo iii identificar indivíduos da espécie com potencial de integrar o programa iV identificar instituições mantenedoras para participar do programa e V recomendar ao coordenador do Programa indicação para a entrada ou saída de mantenedores art 12 o consultor Genealógico terá as seguintes atribuições i elaborar e manter o livro de Registro Genealógico da espécie ii avaliar a viabilidade genética da população da espécie em cativeiro e iii recomendar ao coordenador do Programa de cativeiro de espécies ameaçadas os pareamentos necessários 145 Cyanopsitta spixii Plano de ação nacional Para a conservação da ararinhaazul Parágrafo único nos Programas onde não houver a figura do coordenador Genealógico a função deste será assumida pelo coordenador de manejo art 13 os mantenedores que participarão do Programa de cativeiro de espécies ameaçadas terão as seguintes atribuições i manter espécimes pertencentes ao Programa seguindo estritamente os protocolos estabelecidos ii acatar as recomendações de movimentação e pareamento dos espécimes do Programa iii providenciar a licença de transporte e demais exigências legais para transferência dos espécimes iV nos casos de importação exportação ou reexportação deverá ser observado o que está estabelecido pela convenção sobre o comércio internacional de espécies da flora e fauna selvagens em Perigo de extinção ciTes V promover a coleta de material biológico quando requerido pelo consultor Genealógico Vi facilitar o acesso do consultor de manejo e consultor Genealógico ao plantel Vii não vender permutar doar ou ceder quaisquer espécimes participantes do Programa de cativeiro de espécie ameaçada e Viii enviar ao consultor de manejo e ao consultor Genealógico os dados por eles requeridos art 14 a participação no Programa de espécimes de propriedade privada comprovadamente nascidos em cativeiro estará condicionada à assinatura de acordo de empréstimo anexo ii entre o proprietário do espécime e o instituto chico mendes Parágrafo único os mantenedores participantes do Programa poderão incluir a qualquer tempo espécimes comprovadamente nascidos em cativeiro observando o caput deste artigo art15 espécimes vinculados a Termo de Depósitoauto de infração lavrados pela autoridade competente poderão participar do Programa de cativeiro de espécies ameaçadas Parágrafo único Quando os espécimes forem de relevância para o programa o coordenador do Programa poderá solicitar ao agente de fiscalização responsável a liberação administrativa ou providências para a liberação judicial dos espécimes art 16 o mantenedor que participar dos Programas em cativeiro não estará isento das suas obrigações com as instituições governamentais que licenciaram o seu empreendimento art 17 Revogase a instrução normativa instituto chico mendes nº 07 de 16 de junho de 2008 art 18 os casos omissos serão decididos pelo Presidente do instituto chico mendes ouvida a Diretoria de Pesquisa avaliação e monitoramento da biodiversidade Dibio art 19 esta instrução normativa entra em vigor na data de sua publicação SILVANA CANUTO MEDEIROS