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61 Rev Saúde Públ Santa Cat Florianópolis v 10 n 3 p 6175 setdez 2017 INCIDÊNCIA E PREVALÊNCIA DA TOXOPLASMOSE NA REGIÃO SUL DO BRASIL REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Robson Lovison1 Renata Mendonça Rodrigues2 RESUMO O estudo objetivou realizar uma revisão bibliográfica a respeito da incidência e prevalência da toxoplasmose na região sul do Brasil e descrever sinteticamente os seus resultados Foi realizada revisão bibliográfica em que foram utilizadas as palavraschaves toxoplasmose epidemiologia incidência prevalência região sul e saúde pública buscando artigos publicados completos em língua portuguesa entre os anos de 2010 e 2015 Foram encontrados 17 trabalhos que levantaram episódios específicos de prevalência incidência ou surtos da toxoplasmose na região mas não se conseguiu um estudo completo que traçasse um percentual global da temática estudada no espaço definido Os resultados a partir destes estudos indicaram que houve a exposição geral da população regional ao parasito e que há alta incidência e prevalência na região mas acima de tudo revelam a negligência com relação à toxoplasmose e da importância de mais esclarecimentos a população Não há um registro sistematizado nem programas efetivos de informações quanto à prevenção e quanto aos modos de transmissão da doença Palavraschave Toxoplasmose Epidemiologia Saúde Pública 1 INTRODUÇÃO Os parasitos são seres vivos que dependem de outros animais para sua sobrevivência os hospedeiros Uma vez alojados podem provocar diversas patologias sejam leves ou graves Muitos desses parasitos podem ser transmitidos de animais silvestres ou domésticos aos seres humanos são as chamadas zoonoses OMS 2016 O animal pode ser um hospedeiro e viver muitos anos com o parasita como também pode adoecer em função de desequilíbrio o mesmo ocorre com os seres humanos 1 Acadêmico do curso de enfermagem da Universidade do Estado de Santa Catarina UDSC Email robson0910qgmailcom 2 Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro UFRJ 1999 e mestrado em Biologia Celular e Molecular pela Fundação Oswaldo Cruz 2002 Professora assistente da Universidade do Estado de Santa Catarina UDESC nas disciplinas de Biologia Celular Genética Humana Patologia Parasitologia Vigilância Sanitária e Histologia desde de 2006 Tem experiência na área de Morfologia com ênfase em Citologia e Biologia Celular atuando como docente principalmente nos seguintes temas Toxoplasma gondii célula muscular esquelética célula muscular cardíaca Trypanossoma cruzi e ciências Também desenvolve projetos de extensão e pesquisa dessas temáticas Trabalhou em atividades administrativas com o cargo de Sub Chefe do Departamento de Enfermagem do CEOUDESC 20072009 como Diretora de Extensão do Centro de Educação Superior do Oeste CEOUDESC 20102012 e atualmente está desenvolvendo atividades como Diretora Geral do Centro de Educação Superior do Oeste CEOUDESC 2012 Realizando o doutorado em Enfermagem DINTER UFRGSUDESC na Universidade Federal do Rio Grande do Sul UFRGS Email renatarodriguesudescbr 62 Rev Saúde Públ Santa Cat Florianópolis v 10 n 3 p 6175 setdez 2017 A Organização Mundial de Saúde OMS 2016 cita que nos últimos 10 anos aproximadamente 75 das novas doenças que têm afetado os humanos são causados por patógenos de origem animal não humanos ou em produtos de origem animal e grande parte delas tem potencial de se disseminar globalmente Alguns estudos HIGA et al 2010 LOPESMORI et al 2011 VAZ et al 2011 indicam que muitas destas zoonoses são doenças negligenciadas e portanto há a necessidade de aprofundamento do tema Principalmente por ser relevante para a promoção da saúde por serem doenças de pouco interesse às pesquisas mas que ainda apresentam altas taxas de mortalidade e comprometendo tanto a saúde humana como a saúde animal e é de suma importância o conhecimento desta temática pelos profissionais da saúde em geral Entre as parasitoses incluídas no rol de zoonoses PERDONCINI et al 2010 e que devem ser melhor estudadas e trabalhadas no âmbito da saúde está a toxoplasmose HIGA et al 2010 ENGROFF et al 2014 tema principal deste estudo que se delimita à sua incidência e prevalência na região sul do Brasil A toxoplasmose atinge parte significativa da população mundial Os felinos são os principais hospedeiros mas existem em outros animais silvestres e o homem é o hospedeiro intermediário PERDONCINI et al 2010 ENGROFF et al 2014 O Toxoplasma gondii é o protozoário responsável por esta parasitose pertence ao Filo Apicomplexae embora esteja popularmente associada apenas ao gato este juntamente com outros felídeos é seu hospedeiro definitivo mas a doença pode ser transmitida na forma congênita ou por hábitos alimentares impróprios como consumo de água e alimentos contaminados ou ingestão de carnes dos hospedeiros intermediários como ovinos caprinos bovinos e suínos CANTON et al 2015 Portanto são três formas de infecção no homem a a forma fecaoral ao ingerir os oocistos forma infectante do parasito eliminados pelas fezes dos felinos infectados que podem estar presentes em jardins caixas de areia latas de lixo ou disseminados por moscas baratas minhocas e outros animais em terrenos e outros espaços MITSUKABREGANÓ LOPESMORI NAVARRO 2010 b Carnivorismo pela ingestão dos cistos tissulares presentes em carne crua ou malcozida especialmente de suínos e carneiros NEVES et al 2011 c Transplacentária é a transmissão congênita ou seja quando a mãe infectada e na fase aguda da doença transmite via transplacentária formas trofozoítas do parasita ao filho NEVES et al 2011 63 Rev Saúde Públ Santa Cat Florianópolis v 10 n 3 p 6175 setdez 2017 O processo tanto nos oocistos como nos cistos é semelhante Quando ingeridos por hospedeiros suscetíveis liberam esporozoítas ou bradizoítas respectivamente Estes penetram em células nucleadas onde se transformam em taquizoítas Por sua vez os taquizoítas reproduzemse e disseminamse por via hematogênica e localizamse nos mais variados órgãos e tecidos como o sistema nervoso central olhos músculos esqueléticos coração e placenta MITSUKABREGANÓ LOPESMORI NAVARRO 2010 O período de incubação da toxoplasmose é variável conforme a forma de 10 a 23 dias quando a infecção ocorre pela ingestão de bradizoítas de 5 a 20 dias após a ingestão de oocistos excretados nas fezes de felídeos infectados Os oocistos eliminados no ambiente em condições adequadas de umidade e temperatura esporulam e tornamse infectantes após o período de 1 a 5 dias BRASIL 2010 A toxoplasmose apresenta quadro clínico variável e se manifesta de muitas formas como pode ser assintomática febril aguda pode generalizarse afetando pulmões miocárdio fígado e cérebro a toxoplasmose ocular que provoca a coriorretinite em mais de 40 dos casos e ainda pode ser causa da retinite aguda e crônica a toxoplasmose neonatal pode causar microcefalia hidrocefalia ou outros agravos Sendo assim esta parasitose pode se apresentar assintomática ou com diversos sintomas chegando a quadro extremamente grave e letal BRASIL 2010 Cerca de 10 a 20 dos adultos infectados apresentam na fase aguda da doença uma ou mais das seguintes principais formas clínicas linfoglandular mais frequente meningoencefalite pneumonite hepatite miosite erupção cutânea e retinocoroidite AMATO NETO MARCHI 2002 A forma severa da doença aparece de forma significativa em indivíduos imunossuprimidos e também em recémnascidos que são infectados por via congênita ou durante a fase prénatal e receptores de transplante de medula e fígado ELMORE et al 2010 A incidência no Brasil e no mundo é considerada alta Nos Estados Unidos e na Europa cerca de 13 da população adulta apresenta anticorpos contra o T gondii indicativo da alta exposição dessas populações ao parasito CANTON et al 2015 O artigo objetiva realizar uma revisão bibliográfica sistemática a respeito incidência e prevalência da toxoplasmose na região sul do Brasil e descrever sinteticamente os seus resultados A pesquisa realizada entre abril e junho de 2016 englobou textos publicados entre os anos de 2010 e 2015 2 MÉTODO 64 Rev Saúde Públ Santa Cat Florianópolis v 10 n 3 p 6175 setdez 2017 O procedimento metodológico adotado foi à revisão bibliográfica Noronha e Ferreira 2000 p 191 explicam que é o tipo de pesquisa em que é realizada a produção bibliográfica em determinada área temática dentro de um recorte de tempo fornecendo uma visão geral ou um relatório do estado da arte sobre um tópico específico evidenciando novas ideias métodos subtemas que têm recebido maior ou menor ênfase na literatura selecionada A revisão bibliográfica objetiva integrar informações levantadas a partir de um conjunto de estudos realizados separadamente sobre determinado tema e que podem apresentar resultados conflitantes ou coincidentes ou ainda buscando fomentar a necessidade de evidências e novas pesquisas LINDE 2003 Os descritores utilizados para a pesquisa foram toxoplasmose epidemiologia incidência prevalência região sul do Brasil e saúde pública Foram definidos como critérios de inclusão livros e manuais com a temática de toxoplasmose na região sul do Brasil artigos em português indexados na base de dados BVS que abordam a incidência e prevalência da toxoplasmose na região sul do Brasil e apresentados em seminários e congressos os artigos publicados completos no período de 2010 a 2015 Já os critérios de exclusão foram artigos anteriores ao período estipulado expressos em outras línguas que não a portuguesa e que não estão disponíveis na íntegra A pesquisa foi realizada no período de abril a junho de 2016 sendo selecionados todos os artigos que tivessem um ou mais descritores Em seguida foi feita a primeira classificação selecionando aqueles que tratavam da incidência prevalência ou epidemiologia da toxoplasmose e na próxima etapa escolhidos àqueles que tratavam do tema exclusivamente na região sul do Brasil sendo no geral ou em municípios ou microrregiões específicas 3 DESCRIÇÃO DOS RESULTADOS Não foram encontrados estudos que tratam amplamente da incidência e prevalência da toxoplasmose na região sul do Brasil Deficiência largamente citada e abordada por diversos pesquisadores que tratam da negligência da saúde e das pesquisas com a toxoplasmose CANTON et al 2015 MITSUKABREGANÓ LOPESMORI NAVARRO 2010 VAZ et al 2011 Os estudos encontrados trazem pesquisas com universo delimitado mas que podem auxiliar na percepção da abrangência e importância da doença na região Foram classificados 17 estudos sendo que em nenhum deles foi possível encontrar dados gerais consolidados da região sul do Brasil Percebeuse pequeno aumento de estudos publicados no ano de 2015 com 65 Rev Saúde Públ Santa Cat Florianópolis v 10 n 3 p 6175 setdez 2017 quatro estudos o mesmo número de 2012 e o dobro nos anos de 2013 e 2014 Os métodos de estudo também são diversos e na maioria dos estudos focase em populações específicas gestantes idosos recémnascidos Na sequência são apresentados os dados principais de cada publicação e que interessam a este estudo Estudo de Sandrin et al 2012 realizado entre agosto de 2005 a dezembro de 2009 pesquisou gestantes atendidas nas Unidades básicas de Saúde do município de Chapecó SC que foram encaminhadas para a Clínica da Mulher por diagnóstico ou suspeita de toxoplasmose O estudo levantou que do total de 102 gestantes encaminhadas com suposto diagnóstico de toxoplasmose 27 apresentaram infecção aguda o que indica prevalência de 057 a cada 1000 gestantes13 das gestações de alto risco foram por toxoplasmose estando abaixo de outros estudos em outras cidades ou regiões brasileiras mas indicando a pesquisa subnotificação e baixo acompanhamento adequado no prénatal Estudo transversal realizado com 599 idosos atendidos pela estratégia da Saúde da Família ESF da cidade de Porto Alegre entre março de 2011 e dezembro de 2012 revelou que 88 deles tiveram maior probabilidade de se infectar com cistos ou oocistos do parasito T gondii ao longo da vida IgG antiTgondii e de 08 para IgM Quanto maior a idade menor a escolaridade e menores rendas maior a prevalência ENGROFF et al 2014 Ekman 2012 realizou revisão sistemática levantando registros de surtos ocorridos no Brasil e no mundo Dentre eles descrevem um surto em Agronômica Santa Catarina ocorrido em 2005 com nove casos de toxoplasmose aguda por ingestão de água não tratada Surto em Santa Isabel do Ivaí no Paraná ocorrido entre novembro de 2001 e janeiro de 2002 sendo que 426 pessoas apresentaram IgM e anticorpos para IgG e 176 foram diagnosticados como casos efetivos do surto A água também foi a causa identificada sendo este caso considerado o maior surto já registrado no país Vaz et al 2011 investigam estudos que tratam da incidência e prevalência da toxoplasmose no Brasil e relatam a negligência tanto na investigação da doença quanto nos estudos e destacam apenas um estudo brasileiro publicado em língua inglesa No estudo descrevese a prevalência de toxoplasmose congênita em cada estado do Brasil a partir de um screening em neonatos que passaram por triagem no período de setembro1995 a julho2009 Neste estudo Santa Catarina apresenta 10 casos em cada 10000 casos de neonatos Rio Grande do Sul 710000 e Paraná 410000 66 Rev Saúde Públ Santa Cat Florianópolis v 10 n 3 p 6175 setdez 2017 Levantamento de dados de registro em gestantes na Central de Epidemiologia da Secretaria de Saúde do Município de Pato Branco foi realizado por Chuarts 2012 e constatou que em cinco anos apenas quatro casos foram registrados sendo que estes não são notificados Fontana e Machado 2013 realizam estudo para determinar a prevalência de anticorpos para toxoplasmose na comunidade atendida no Laboratório Escola de Análises Clínicas da Univali Itajaí SC no ano de 2011 e levantaram que 728 são susceptíveis a doença e 272 já tiveram contato com o agente etiológico sendo que nenhum dos indivíduos atendidos foi diagnosticado em fase aguda da doença Bittencourt et al 2011 avaliaram 422 gestantes por meio da pesquisa sorológica de anticorpos IgG e IgM antiToxoplasma gondii ELISA e MEIA e a triagem neonatal em 27 recémnascidos para detecção de IgM antiToxoplasma gondii pelo teste de fluorometria no serviço público de saúde dos municípios de Palotina e Jesuítas na região oeste do Estado do Paraná entre Julho de 2009 a outubro de 2010 A prevalência de anticorpos IgG anti Toxoplasma gondii nas gestantes foi de 598 e 606 em cada município respectivamente Não houve nenhum caso de toxoplasmose aguda e nenhum recémnascido apresentou positividade nos exames Ferezin Bertolini e Demarchi 2012 realizaram estudo retrospectivo de gestantes provenientes de 29 municípios pertencentes à 15ª Regional de Saúde do Paraná a partir de exames sorológicos de 1534 pacientes atendidas durante o primeiro semestre de 2010 A reatividade para anticorpos IgM antiToxoplasma gondii foi de 11 e para IgG de 59 Estudo realizado junto ao Programa de Vigilância em Saúde da Toxoplasmose Adquirida na Gestação e Congênita implantado nos municípios de Londrina Rolândia Cambé Cascavel e Palotina no estado do Paraná detectou que a prevalência de anticorpos IgG anti Tgondii encontrada foi de 505 em Londrina 544 em Rolândia 464 em Cambé 530 em Cascavel e 613 em Palotina Quanto à prevalência de anticorpos IgM foi encontrado 04 em Londrina 18 em Rolândia 14 em Cambé 24 em Cascavel e 08 em Palotina LOPESMORI 2010 Bischoff et al 2015 investigaram pacientes que foram tratados em um ambulatório pediátrico de toxoplasmose congênita em um hospital universitário no Sul do Brasil no período de abril de 2004 a dezembro de 2014 A incidência de toxoplasmose congênita variou de 0 a 140610000 nascidos vivos com uma incidência média de 59710000 nos 10 anos estudados A incidência de toxoplasmose congênita sintomática variou de 0 a 86710000 nascidos vivos com uma incidência média de 46910000 Apenas 5 casos 143 foram assintomáticos 67 Rev Saúde Públ Santa Cat Florianópolis v 10 n 3 p 6175 setdez 2017 Estudo do tipo transversal foi realizado no período de maio de 2012 a junho de 2013 envolvendo 120 crianças atendidas no setor de pediatria do Hospital Universitário da cidade do Rio Grande RS Para este estudo foram incluídas crianças de seis meses a 12 anos e excluídas as crianças com doença imunossupressora Foi levantada soroprevalência de 15 18120 para IgG antiToxoplasma gondii LEMOS et al 2014 Orathes e Moraes 2010 realizaram levantamento de dados dos prontuários das gestantes acompanhadas no ambulatório de prénatal de toxoplasmose do Hospital Universitário Regional de Maringá HURM e que tiveram parto no ano de 2008 em um total de 24 casos Todas tiveram sorologia IgG e IgM reagentes critério este para o seguimento no ambulatório de alto risco Em 17 casos foi determinada a avidez para IgG 16 deles com alta avidez e 1 baixa Em três foi detectada a toxoplasmose aguda Estudo verificou a prevalência de toxoplasmose analisando os prontuários de 408 gestantes atendidas no Ambulatório de Prénatal do Hospital Universitário de Santa Maria RS entre janeiro de 2005 e dezembro de 2006 Entre as gestantes avaliadas 296 n121 eram suscetíveis e 703 n 287 apresentavam anticorpos para o T gondii A presença de anticorpos IgG e IgM simultaneamente foi verificada em 16 gestantes Por meio da pesquisa de avidez de IgG foi possível determinar a possibilidade de fase aguda da infecção durante a gravidez em seis gestantes as outras 10 já estavam com mais de 16 semanas de gestação e por isso não foi possível detectar o período da faze aguda BECK et al 2010 LopesMori et al 2011 utilizaramse do Programa de Controle da Toxoplasmose Congênita implementado em municípios do Estado do Paraná para verificar a prevalência da toxoplasmose em gestantes ao longo do período de 2006 quando da sua implantação até 2010 e verificaram que no município de Londrina ocorreu queda de 639 no número de gestantes e de 426 no número de crianças encaminhadas aos serviços de referência HUUEL para o tratamento da toxoplasmose Houve redução de 623 no consumo de ácido folínico e de 674 de sulfadiazina Esses dados indicam que programas organizados e contínuos colaboram diretamente para as estatísticas e registros de casos bem como da prevenção que reduz sobremaneira os casos e as condutas das equipes não efetivas No ano de 2007 a prevalência em gestantes foi de 505 de anticorpos IgG antiT gondii e associação significativa com a residência na zona rural mais de uma gestação baixo nível de escolaridade 8 anos de estudo e baixa renda per capita Por meio da implantação do mesmo programa nos municípios de Rolândia Cambé e Palotina foi levantada em gestantes a prevalência de 544 464 e 613 de anticorpos IgG antiT gondii respectivamente LOPESMORI 2011 68 Rev Saúde Públ Santa Cat Florianópolis v 10 n 3 p 6175 setdez 2017 Silva Figueiredo e Freitas 2015 investigaram os níveis de incidência de anticorpos para Toxoplasma gondii na população humana no município de Xanxerê estado de Santa Catarina A pesquisa coletou 101 amostras de sangue humano em postos de saúde estas foram analisadas através do imunoensaio por quimioluminescência para a determinação quantitativa de anticorpos IgG antiToxoplasma em plasma O índice de amostras reagentes foi de 71 considerado alto e preocupante A pesquisa também apontou que 60 conhece as vias de transmissão mas prefere correr o risco a mudar os hábitos Zerbinatti et al 2015 realizaram estudo retrospectivo com prontuários médicos de gestantes atendidas na Clínica da Mulher localizada no município de Marialva PR no período de janeiro de 2011 a janeiro de 2012 A amostragem foi de 204 mulheres sendo que 20 98 delas apresentaram soropositividade para toxoplasmose e oito destas apresentaram resultado reagente para IgM antiToxoplasma gondii Dois recémnascidos também apresentaram soropositividade para IgM e corioretinite O município possui controle prénatal da toxoplasmose o que se revela essencial para a diminuição dos índices de toxoplasmose congênita Estudo apresentado no XX Seminário Interinstitucional de Ensino Pesquisa e extensão SILVA MAIA AZZOLINBONFANTI 2015 mostrou resultados de estudo retrospectivo de exames realizados em gestantes atendidas no Laboratório Escola de Análises Clínicas da UNICRUZ em Cruz Alta RS no período de fevereiro a julho de 2015 Foram analisados 321 prontuários de gestantes sendo classificadas 106 com dados aptos para os estudos Destas 498 apresentaram resultado reagente para toxoplasmose IgG e nenhum resultado positivo para o anticorpo IgM Este foi um resultado inédito já que todos os demais apresentam alguma incidência positiva para o IgM Já o percentual IgG mostrouse significativo como a maioria dos estudos 4 ANÁLISE No período de cinco anos foram selecionados 17 artigos que tratam da prevalência eou incidência da Toxoplasmose na região sul do Brasil Não foi encontrado nenhum artigo ou documento que trouxesse uma avaliação geral com dados completos por grupo região cidade ou estado Alguns estudos trazem pesquisas feitas com pouco critério científico ou ainda com amostragem muito pequena tornando os resultados pouco confiáveis São estudos pontuais que não revelam consistência e periodicidade necessárias para efetivamente estabelecer a prevalência e incidência e não possibilitam igualmente estabelecer 69 Rev Saúde Públ Santa Cat Florianópolis v 10 n 3 p 6175 setdez 2017 planejamento e critérios de políticas de saúde pública de forma que se possa estabelecer medidas para reverter índices de soroprevalência associados as características demográficas e sociais de cada grupo comunidade ou região Não existe programa organizado no Brasil para o controle da toxoplasmose encontrou se apenas dois municípios na região sul em que um programa sistematizado de controle está inserido na rede pública de assistência à gestante e a criança São Londrina e Curitiba ainda assim são projetos específicos à toxoplasmose congênita mas que já trouxeram resultados significativos consolidando os conhecimentos acerca do diagnóstico tratamento condutas médicas para esse grupo de risco MITSUKABREGANÓ LOPESMORI NAVARRO 2010 Alguns outros municípios do Paraná também já têm implantado esse mesmo programa Higa et al 2010 realizaram estudo de caso com duas gestantes no estado do Paraná e verificaram que mesmo quando a gestante busca atendimento no início da gestação encontra dificuldade para ser atendida realizar os exames e o acompanhamento durante toda a gestação O estudo revelou atraso no encaminhamento ao serviço de referência devido à dificuldade na identificação de toxoplasmose aguda ou do processo de reagudização e consequentemente retardo no início da terapêutica preconizada Considerando que quanto mais avança a gestação maior o risco de transmissão vertical esse quadro de dificuldade e demora nos encaminhamentos para a detecção da toxoplasmose é mais um indicativo que se soma as questões de higiene e hábitos alimentares a aumentar os casos de toxoplasmose em nosso país e região sul Importante frisar que existe a previsão de realização do diagnóstico clínicolaboratorial das gestantes e filhos expostos ao risco do T gondii a todas as usuárias que buscam atendimento no SUS no programa de prénatal do Ministério da Saúde BRASIL 2001 porém na prática ainda se está muito longe da efetividade das ações que possam prevenir e tratar com acuidade os casos potenciais e concretos Beck et al 2010 relata que não há programa que obrigue a notificação dos casos de toxoplasmose em qualquer das formas de transmissão e assim as subnotificações impedem que se estabeleça com rigor a incidência e prevalência o que consequentemente impossibilita que sejam tomadas medidas efetivas contra a contaminação e disseminação da doença O próprio Ministério da saúde admite que a notificação da toxoplasmose no Brasil não é compulsória BRASIL 2010 Em função da desorganização do sistema já que não há obrigatoriedade de notificação BECK et al 2010 e de triar componentes sanguíneos para toxoplasmose há falta de preparo dos profissionais e dificuldade no acompanhamento prénatal entre outros fatores também não é 70 Rev Saúde Públ Santa Cat Florianópolis v 10 n 3 p 6175 setdez 2017 possível detectar com efetiva validade se há aumento ou diminuição dos casos de toxoplasmose na Região Sul As evidências das pesquisas localizadas e pouco abrangentes indicam que não há evolução no quadro de prevenção ou seja a disseminação se mantém alta ao longo do tempo VAZ et al 2011 Estimase taxas de infecção entre 70 e 80 da população do sul do país condizente com as taxas médias mundiais A variação por região ou país no entanto pode variar muito em função de questões como hábitos alimentares condições de saneamento saúde e higiene MITSUKABREGANÓ LOPESMORI NAVARRO 2010 Os estudos levantados tratam de formas diferentes de transmissão assim como das características de amostragem recémnascidos gestantes idosos e por isso fica difícil estabelecer um perfil da doença da população atingida ou mesmo da prevalência e incidência na região Estudo de Dubey et al 2012 aponta prevalência variada tanto no contexto global do país como quando analisada por regiões cidades ou comunidades rurais e urbanas Esta variação gira entre 50 e 80 mostrando semelhança com os estudos aqui relatados e apontando que se em algumas regiões do país a falta total de saneamento e as condições sociais e de higiene interferem de forma mais significativa para a prevalência da doença em outras regiões como o sul do Brasil a alimentação especialmente o consumo de carne malpassada é fator de maior preponderância Um dos fatores que pode explicar a alta prevalência na região sul do Brasil é o hábito cotidiano do consumo de carne sendo que um percentual significativo das pessoas a ingere malpassada PERDOCINI et al 2015 Orathes e Moraes 2010 em seu estudo avaliaram os principais fatores de risco para infecção por T gondii na região sul do Brasil e destacaram a água o solo a carne suína bovina e ovina contaminada Lemos et al 2014 ainda destacam a idade como fator de risco A prevalência de infecção por Tgondii aumenta com a idade isto sugere que a infecção primária ocorra principalmente na infância Higa et al 2010 explicam que é fundamental no Brasil elaborar programas de prevenção da toxoplasmose especialmente no caso da congênita de forma que as gestantes suscetíveis possam ter acompanhamento coerente e sistemático e tratamento precoce em caso de soroconversão a exemplo de países como a França e a Áustria A prevenção é de tal forma significativa que como apontam Moncada e Montoya 2012 no caso da transmissão congênita a taxa de transmissão varia de 5060 em mães que não foram tratadas a 2530 em mães tratadas durante a gestação ou seja cai pela metade 71 Rev Saúde Públ Santa Cat Florianópolis v 10 n 3 p 6175 setdez 2017 A prevenção da toxoplasmose deve envolver diversos aspectos Dabritz e Conrad 2010 enfatizam que qualquer medida preventiva deve incluir questões de vigilância sanitária e epidemiológica que objetivam a eliminação de fontes de infecção quais sejam controle da população de gatos de rua recomendações para controle da transmissão dentro do ambiente doméstico que incluem a prevenção do consumo de carne mal passada limpeza frequente das caixas de areia de gatos domésticos usando proteção para as mãos e detergentes apropriados eou água fervente descarte das fezes e das camas de areia dos felinos de maneira adequada uso de ração industrializada e água tratada na alimentação dos animais prevenção do hábito da caça por parte de gatos domésticos para evitar que os mesmos se alimentem com presas infectadas com cistos Além disso a prevenção da toxoplasmose congênita depende de exame prénatal e do tratamento das gestantes soropositivas para Toxoplasmose Outro aspecto a ser destacado é que entre os três estados da região sul Santa Catarina publicou o menor número de estudos e não tem nenhum programa efetivo de controle da toxoplasmose As pesquisas os cursos de formação em saúde e os profissionais precisam atentar mais para as zoonoses e especialmente a toxoplasmose buscando ampliar seu conhecimento os estudos e ainda apresentando dados concretos quanto à incidência prevalência e consequências do não controle da patologia para que os organismos públicos se convençam a implementar medidas efetivas e amplas para o combate a toxoplasmose 5 CONCLUSÃO As parasitoses estão entre as patologias que mais afetam as populações e consequentemente a saúde coletiva e pública No Brasil são diversas as que ainda estão sem o devido controle pois a maioria tem relação com as condições socioeconômicas com questões como o saneamento básico além da informação e do acesso à toda a população das medidas de saúde pública adequadas e intensas No caso das parasitoses animais o controle da população de animais domésticos e especialmente a promoção da saúde destes também é vital pois existem vacinas e outros medicamentos além das condições de higiene que possibilitam a diminuição das zoonoses e da infecção em humanos A condição de moradia e de trabalho nos espaços silvestres também aumenta as possibilidades de parasitoses quase exclusivas de animais silvestres proliferem entre animais domésticos e humanos Outro aspecto relevante no caso das parasitoses especialmente da toxoplasmose tema deste estudo é o senso comum de que a doença somente é transmitida através do gato Não há 72 Rev Saúde Públ Santa Cat Florianópolis v 10 n 3 p 6175 setdez 2017 conhecimento claro da população quanto a contaminação via alimentação água e até mesmo na forma congênita Assim são muitas as pessoas que entendem que basta não ter o felino doméstico por perto especialmente durante a gravidez que a doença não será transmitida Dessa forma se faz importante que se aprofunde os estudos e intervenções no sentido da prevenção e promoção da saúde de maneira a evitar o aumento de casos visto que há um destaque a algumas regiões do Brasil onde o clima e as baixas condições de saneamento e higiene a ocupação populacional desordenada favorecem ao aumento dos riscos de infecções por estes parasitos No caso da região sul do Brasil além de programas de saúde voltados para o controle e registro da patologia é também fundamental a orientação e informação acerca das formas de contagio que não se limitam a transmissão direta animalhumano e sim através da alimentação e da água com destaque para os diversos tipos de carne consumidas sem os devidos cuidados Os profissionais da saúde pública em especial os da enfermagem têm papel fundamental em informar orientar e auxiliar a comunidade a tomar medidas de prevenção contra estas doenças sobretudo desenvolvendo pesquisas e ações de prevenção em todas as comunidades atribuindo maior dedicação às mais carentes tendo em vista que segundo as pesquisas são as mais impactadas por esta patologia Acreditamos que tornar compulsória a notificação de casos de toxoplasmose especialmente a aguda e sintomática e organizar programas de prevenção além de colaborar diretamente na diminuição dos casos de morbimortalidade consequentemente evidenciará a diminuição de alguns custos da saúde no Brasil relacionados à saúde pública e a efetiva organização e alimentação do sistema de saúde com a inserção das pessoas infectadas que por meio da prevenção poderiam ter evitado a doença ou a contaminação Acreditase que esta seria uma forma de atender a integralidade da saúde tão propalada em nossa legislação INCIDENCE AND PREVALENCE OF TOXOPLASMOSIS IN THE SOUTH OF BRAZIL REGION BIBLIOGRAPHICAL REVIEW ABSTRACT The objective of this study was to carry out a literature review on the incidence and prevalence of toxoplasmosis in southern Brazil and to describe their results in a synthetical manner A bibliographic review was carried out in which the following keywords were used toxoplasmosis epidemiology incidence prevalence southern region and public health searching for articles published in Portuguese between 2010 and2015 We found 17 studies that present specific episodes of prevalence incidence or outbreaks of toxoplasma in the region but a complete study that did not reach a global percentage of the subject studied in the defined 73 Rev Saúde Públ Santa Cat Florianópolis v 10 n 3 p 6175 setdez 2017 space was obtained The results from these studies indicated that there was a general exposure of the regional population to the parasite and that there is a high incidence and prevalence in the region but above all they reveal negligence regarding toxoplasmosis and the importance of further clarification of the population There is no systematized record no effective information programs on prevention and how the disease is transmitted Keywords Toxoplasmosis Epidemiology Public health REFERÊNCIAS AMATO NETO V MARCHI C R Toxoplasmose In CIMERMAN B CIMERMAN S Parasitologia humana e seus fundamentos gerais 2 ed São Paulo Atheneu 2002 p 159 178 BECK S T KONOPKA C K DIEHL F P K Importância do rastreamento sorológico da toxoplasmose em gestantes atendidas em ambulatório de prénatal de alto risco Revista Saúde Santa Maria v 36 n 1 p 2936 janjun 2010 BISCHOFF A R et al Incidência de toxoplasmose congênita no período de 10 anos em um hospital universitário e frequência de sintomas nesta população Boletim Científico de Pediatria v 4 n 2 p 3844 2015 BITTENCOURT L H F de B et al Soroepidemiologia da toxoplasmose em gestantes a partir da implantação do Programa de Vigilância da Toxoplasmose Adquirida e Congênita em municípios da região Oeste do Paraná Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia v 34 n 2 p 6368 fev 2012 BRASIL Ministério da Saúde Secretaria de Políticas de Saúde Gestação de alto risco manual técnico 3 ed Brasília Ministério da Saúde 2001 BRASIL Ministério da Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde Departamento de Vigilância Epidemiológica Doenças infecciosas e parasitárias guia de bolso 8 ed Brasília Ministério da Saúde 2010 Série B Textos Básicos de Saúde CANTON K M K NASCIMENTO G C MOURA L K B et al O conhecimento de indivíduos adultos sobre toxoplasmose em uma população universitária Revista de Enfermagem UFPE Recife v 9 n 10 p 14451452 dez 2015 CHUARTS C Toxoplasmose congênita um problema de saúde pública e proposta de abordagem nas escolas públicas do Ensino Básico do Município de Pato BrancoParaná 2012 75f Monografia Graduação em Ciências BiológicasCentro de Ciências das Saúde Universidade Federal de Santa Catarina 2012 DABRITZ H A CONRAD P A Cats and Toxoplasma implications for public health Zoonoses Public Health v 57 p 3452 2010 DUBEY J P LAGO E G GENNARI S M et al Toxoplasmosis in humans and animals in Brazil high prevalence high burden of disease and epidemiology Parasitology v 139 p 13751424 2012 74 Rev Saúde Públ Santa Cat Florianópolis v 10 n 3 p 6175 setdez 2017 EKMAN C C J Influência da forma infectante do toxoplasma Gondii na doença aguda humana revisão sistemática de surtos epidêmicos 2012 198f Dissertação Mestrado em CiênciasInstituto de Medicina Tropical de São Paulo Universidade de São Paulo 2012 ELMORE S A et al Toxoplasma gondii epidemiology feline clinical aspects and prevention Trends in Parasitology v 26 p 190196 2010 ENGROFF P et al Soroepidemiologia de Toxoplasma gondii em idosos atendidos pela Estratégia Saúde da Família Porto Alegre Rio Grande do Sul Brasil Ciência Saúde Coletiva v 19 n 8 p 33853393 2014 FEREZIN R I BERTOLINI D A DEMARCHI I G Prevalência de sorologia positiva para HIV hepatite B toxoplasmose e rubéola em gestantes do noroeste paranaense Revista Brasileira Ginecologia e Obstetrícia Rio de Janeiro v 35 n 2 fev 2013 FONTANA G MACHADO J H Soroprevalência de anticorpos para toxoplasmose na população atendida pelo laboratório escola de análises clínicas da Univali 2013 47f Monografia Curso de Farmácia Centro de Ciências da Saúde Universidade do Vale do Itajaí Itajaí SC 2013 HIGA L T et al Relato de dois casos de toxoplasmose em gestantes atendidas no noroeste do Paraná Brasil Scientia Medica Porto Alegre v 20 n1 p 99102 2010 LEMOS L L et al Soroprevalência de infecção por Toxoplasma gondii em crianças do Sul do Brasil III Congreso Panamericano de Zoonosis e VII Congreso Argentino de Zoonosis La Plata 2014 LINDE K Willich S N How objective are systematic reviews Differences between reviews on complementary medicine Royal Society of Medicine p 1722 2003 LOPESMORI F M R Epidemiologia da toxoplasmose gestacional em cinco municípios do estado do Paraná Londrina 2010 81f Tese Doutorado em Ciência Animal Universidade Estadual de Londrina LOPESMORI F M R et al Programas de controle da toxoplasmose congênita Revista da Associação Médica Brasileira São Paulo v 57 n 5 p 594599 out 2011 MITSUKABREGANÓ R LOPESMORI F M R NAVARRO I T Toxoplasmose adquirida na gestação e congênita vigilância em saúde diagnóstico tratamento e condutas Londrina Eduel 2010 MONCADA P A MONTOYA J G Toxoplasmosis in the fetus and newborn an update on prevalence diagnosis and treatment Expert Review of Antiinfective Therapy v 10 n 7 p 815818 2012 NEVES D P et al Parasitologia humana 12 ed São Paulo Atheneu 2011 NORONHA D P FERREIRA S M S P Revisões de literatura In CAMPELLO B S CONDÓN B V KREMEER J M Orgs Fontes de informações para pesquisadores e profissionais Belo Horizonte UFMG 2000 75 Rev Saúde Públ Santa Cat Florianópolis v 10 n 3 p 6175 setdez 2017 Organização Mundial de Saúde Zoonoses Interface 2010 Disponível em httpwwwwhointzoonosesen Acesso em 9 abr 2016 ORATHES C M MORAES A M Levantamento dos casos de toxoplasmose aguda em gestantes acompanhadas no ambulatório de toxoplasmose do HUM Anais do XIX EAIC 28 a 30 de outubro de 2010 UNICENTRO Guarapuava PR PERDONCINI G PASQUALI A MARIANI F et al Prevalência de Toxoplasma gondii em aves e suínos Um problema para a saúde pública UnoescCiência online Internet 2010 SANDRIN L N A PONZI C C BINDA G et al Perfil epidemiológico de toxoplasmose em gestantes Revista da Sociedade Brasileira de Clínica Médica p 4869 2012 SILVA I C FIGUEIREDO G S FREITAS D R J Levantamento sorológico e epidemiológico de toxoplasmose no município de Xanxerê estado de Santa Catarina Revista Revista Prevenção em Infecção e Saúde v 1 p 19 2015 SILVA E E B MAIA I AZZOLINBONFANTI G Perfil de reatividade de sorológica de IGG e IGM contra toxoplasmose de gestantes atendidas pelo Laboratório Escola da Universidade de Cruz Alta In SEMINÁRIO INTERINSTITUCIONAL DE ENSINO PESQUISA E EXTENSÃO 20 2015 Cruz Alta Anais Cruz Alta Unicruz outubro 2015 VAZ R S RAULI P MELLO R G et al Toxoplasmose Congênita uma doença negligenciada Atual política de saúde pública brasileira Facts Reports v 3 n3 p 08 2011 ZERBINATTI M E GOLDONI A L TIYO R Incidência de soropositividade para toxoplasmose em gestantes no município de Marialva PR no período de janeiro de 2011 a janeiro de 2012 Revista UNINGÁ Review v 22 n 1 p 0509 abrjun 2015 Submetido em 30112017 Aceito para publicação em 22122017

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61 Rev Saúde Públ Santa Cat Florianópolis v 10 n 3 p 6175 setdez 2017 INCIDÊNCIA E PREVALÊNCIA DA TOXOPLASMOSE NA REGIÃO SUL DO BRASIL REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Robson Lovison1 Renata Mendonça Rodrigues2 RESUMO O estudo objetivou realizar uma revisão bibliográfica a respeito da incidência e prevalência da toxoplasmose na região sul do Brasil e descrever sinteticamente os seus resultados Foi realizada revisão bibliográfica em que foram utilizadas as palavraschaves toxoplasmose epidemiologia incidência prevalência região sul e saúde pública buscando artigos publicados completos em língua portuguesa entre os anos de 2010 e 2015 Foram encontrados 17 trabalhos que levantaram episódios específicos de prevalência incidência ou surtos da toxoplasmose na região mas não se conseguiu um estudo completo que traçasse um percentual global da temática estudada no espaço definido Os resultados a partir destes estudos indicaram que houve a exposição geral da população regional ao parasito e que há alta incidência e prevalência na região mas acima de tudo revelam a negligência com relação à toxoplasmose e da importância de mais esclarecimentos a população Não há um registro sistematizado nem programas efetivos de informações quanto à prevenção e quanto aos modos de transmissão da doença Palavraschave Toxoplasmose Epidemiologia Saúde Pública 1 INTRODUÇÃO Os parasitos são seres vivos que dependem de outros animais para sua sobrevivência os hospedeiros Uma vez alojados podem provocar diversas patologias sejam leves ou graves Muitos desses parasitos podem ser transmitidos de animais silvestres ou domésticos aos seres humanos são as chamadas zoonoses OMS 2016 O animal pode ser um hospedeiro e viver muitos anos com o parasita como também pode adoecer em função de desequilíbrio o mesmo ocorre com os seres humanos 1 Acadêmico do curso de enfermagem da Universidade do Estado de Santa Catarina UDSC Email robson0910qgmailcom 2 Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro UFRJ 1999 e mestrado em Biologia Celular e Molecular pela Fundação Oswaldo Cruz 2002 Professora assistente da Universidade do Estado de Santa Catarina UDESC nas disciplinas de Biologia Celular Genética Humana Patologia Parasitologia Vigilância Sanitária e Histologia desde de 2006 Tem experiência na área de Morfologia com ênfase em Citologia e Biologia Celular atuando como docente principalmente nos seguintes temas Toxoplasma gondii célula muscular esquelética célula muscular cardíaca Trypanossoma cruzi e ciências Também desenvolve projetos de extensão e pesquisa dessas temáticas Trabalhou em atividades administrativas com o cargo de Sub Chefe do Departamento de Enfermagem do CEOUDESC 20072009 como Diretora de Extensão do Centro de Educação Superior do Oeste CEOUDESC 20102012 e atualmente está desenvolvendo atividades como Diretora Geral do Centro de Educação Superior do Oeste CEOUDESC 2012 Realizando o doutorado em Enfermagem DINTER UFRGSUDESC na Universidade Federal do Rio Grande do Sul UFRGS Email renatarodriguesudescbr 62 Rev Saúde Públ Santa Cat Florianópolis v 10 n 3 p 6175 setdez 2017 A Organização Mundial de Saúde OMS 2016 cita que nos últimos 10 anos aproximadamente 75 das novas doenças que têm afetado os humanos são causados por patógenos de origem animal não humanos ou em produtos de origem animal e grande parte delas tem potencial de se disseminar globalmente Alguns estudos HIGA et al 2010 LOPESMORI et al 2011 VAZ et al 2011 indicam que muitas destas zoonoses são doenças negligenciadas e portanto há a necessidade de aprofundamento do tema Principalmente por ser relevante para a promoção da saúde por serem doenças de pouco interesse às pesquisas mas que ainda apresentam altas taxas de mortalidade e comprometendo tanto a saúde humana como a saúde animal e é de suma importância o conhecimento desta temática pelos profissionais da saúde em geral Entre as parasitoses incluídas no rol de zoonoses PERDONCINI et al 2010 e que devem ser melhor estudadas e trabalhadas no âmbito da saúde está a toxoplasmose HIGA et al 2010 ENGROFF et al 2014 tema principal deste estudo que se delimita à sua incidência e prevalência na região sul do Brasil A toxoplasmose atinge parte significativa da população mundial Os felinos são os principais hospedeiros mas existem em outros animais silvestres e o homem é o hospedeiro intermediário PERDONCINI et al 2010 ENGROFF et al 2014 O Toxoplasma gondii é o protozoário responsável por esta parasitose pertence ao Filo Apicomplexae embora esteja popularmente associada apenas ao gato este juntamente com outros felídeos é seu hospedeiro definitivo mas a doença pode ser transmitida na forma congênita ou por hábitos alimentares impróprios como consumo de água e alimentos contaminados ou ingestão de carnes dos hospedeiros intermediários como ovinos caprinos bovinos e suínos CANTON et al 2015 Portanto são três formas de infecção no homem a a forma fecaoral ao ingerir os oocistos forma infectante do parasito eliminados pelas fezes dos felinos infectados que podem estar presentes em jardins caixas de areia latas de lixo ou disseminados por moscas baratas minhocas e outros animais em terrenos e outros espaços MITSUKABREGANÓ LOPESMORI NAVARRO 2010 b Carnivorismo pela ingestão dos cistos tissulares presentes em carne crua ou malcozida especialmente de suínos e carneiros NEVES et al 2011 c Transplacentária é a transmissão congênita ou seja quando a mãe infectada e na fase aguda da doença transmite via transplacentária formas trofozoítas do parasita ao filho NEVES et al 2011 63 Rev Saúde Públ Santa Cat Florianópolis v 10 n 3 p 6175 setdez 2017 O processo tanto nos oocistos como nos cistos é semelhante Quando ingeridos por hospedeiros suscetíveis liberam esporozoítas ou bradizoítas respectivamente Estes penetram em células nucleadas onde se transformam em taquizoítas Por sua vez os taquizoítas reproduzemse e disseminamse por via hematogênica e localizamse nos mais variados órgãos e tecidos como o sistema nervoso central olhos músculos esqueléticos coração e placenta MITSUKABREGANÓ LOPESMORI NAVARRO 2010 O período de incubação da toxoplasmose é variável conforme a forma de 10 a 23 dias quando a infecção ocorre pela ingestão de bradizoítas de 5 a 20 dias após a ingestão de oocistos excretados nas fezes de felídeos infectados Os oocistos eliminados no ambiente em condições adequadas de umidade e temperatura esporulam e tornamse infectantes após o período de 1 a 5 dias BRASIL 2010 A toxoplasmose apresenta quadro clínico variável e se manifesta de muitas formas como pode ser assintomática febril aguda pode generalizarse afetando pulmões miocárdio fígado e cérebro a toxoplasmose ocular que provoca a coriorretinite em mais de 40 dos casos e ainda pode ser causa da retinite aguda e crônica a toxoplasmose neonatal pode causar microcefalia hidrocefalia ou outros agravos Sendo assim esta parasitose pode se apresentar assintomática ou com diversos sintomas chegando a quadro extremamente grave e letal BRASIL 2010 Cerca de 10 a 20 dos adultos infectados apresentam na fase aguda da doença uma ou mais das seguintes principais formas clínicas linfoglandular mais frequente meningoencefalite pneumonite hepatite miosite erupção cutânea e retinocoroidite AMATO NETO MARCHI 2002 A forma severa da doença aparece de forma significativa em indivíduos imunossuprimidos e também em recémnascidos que são infectados por via congênita ou durante a fase prénatal e receptores de transplante de medula e fígado ELMORE et al 2010 A incidência no Brasil e no mundo é considerada alta Nos Estados Unidos e na Europa cerca de 13 da população adulta apresenta anticorpos contra o T gondii indicativo da alta exposição dessas populações ao parasito CANTON et al 2015 O artigo objetiva realizar uma revisão bibliográfica sistemática a respeito incidência e prevalência da toxoplasmose na região sul do Brasil e descrever sinteticamente os seus resultados A pesquisa realizada entre abril e junho de 2016 englobou textos publicados entre os anos de 2010 e 2015 2 MÉTODO 64 Rev Saúde Públ Santa Cat Florianópolis v 10 n 3 p 6175 setdez 2017 O procedimento metodológico adotado foi à revisão bibliográfica Noronha e Ferreira 2000 p 191 explicam que é o tipo de pesquisa em que é realizada a produção bibliográfica em determinada área temática dentro de um recorte de tempo fornecendo uma visão geral ou um relatório do estado da arte sobre um tópico específico evidenciando novas ideias métodos subtemas que têm recebido maior ou menor ênfase na literatura selecionada A revisão bibliográfica objetiva integrar informações levantadas a partir de um conjunto de estudos realizados separadamente sobre determinado tema e que podem apresentar resultados conflitantes ou coincidentes ou ainda buscando fomentar a necessidade de evidências e novas pesquisas LINDE 2003 Os descritores utilizados para a pesquisa foram toxoplasmose epidemiologia incidência prevalência região sul do Brasil e saúde pública Foram definidos como critérios de inclusão livros e manuais com a temática de toxoplasmose na região sul do Brasil artigos em português indexados na base de dados BVS que abordam a incidência e prevalência da toxoplasmose na região sul do Brasil e apresentados em seminários e congressos os artigos publicados completos no período de 2010 a 2015 Já os critérios de exclusão foram artigos anteriores ao período estipulado expressos em outras línguas que não a portuguesa e que não estão disponíveis na íntegra A pesquisa foi realizada no período de abril a junho de 2016 sendo selecionados todos os artigos que tivessem um ou mais descritores Em seguida foi feita a primeira classificação selecionando aqueles que tratavam da incidência prevalência ou epidemiologia da toxoplasmose e na próxima etapa escolhidos àqueles que tratavam do tema exclusivamente na região sul do Brasil sendo no geral ou em municípios ou microrregiões específicas 3 DESCRIÇÃO DOS RESULTADOS Não foram encontrados estudos que tratam amplamente da incidência e prevalência da toxoplasmose na região sul do Brasil Deficiência largamente citada e abordada por diversos pesquisadores que tratam da negligência da saúde e das pesquisas com a toxoplasmose CANTON et al 2015 MITSUKABREGANÓ LOPESMORI NAVARRO 2010 VAZ et al 2011 Os estudos encontrados trazem pesquisas com universo delimitado mas que podem auxiliar na percepção da abrangência e importância da doença na região Foram classificados 17 estudos sendo que em nenhum deles foi possível encontrar dados gerais consolidados da região sul do Brasil Percebeuse pequeno aumento de estudos publicados no ano de 2015 com 65 Rev Saúde Públ Santa Cat Florianópolis v 10 n 3 p 6175 setdez 2017 quatro estudos o mesmo número de 2012 e o dobro nos anos de 2013 e 2014 Os métodos de estudo também são diversos e na maioria dos estudos focase em populações específicas gestantes idosos recémnascidos Na sequência são apresentados os dados principais de cada publicação e que interessam a este estudo Estudo de Sandrin et al 2012 realizado entre agosto de 2005 a dezembro de 2009 pesquisou gestantes atendidas nas Unidades básicas de Saúde do município de Chapecó SC que foram encaminhadas para a Clínica da Mulher por diagnóstico ou suspeita de toxoplasmose O estudo levantou que do total de 102 gestantes encaminhadas com suposto diagnóstico de toxoplasmose 27 apresentaram infecção aguda o que indica prevalência de 057 a cada 1000 gestantes13 das gestações de alto risco foram por toxoplasmose estando abaixo de outros estudos em outras cidades ou regiões brasileiras mas indicando a pesquisa subnotificação e baixo acompanhamento adequado no prénatal Estudo transversal realizado com 599 idosos atendidos pela estratégia da Saúde da Família ESF da cidade de Porto Alegre entre março de 2011 e dezembro de 2012 revelou que 88 deles tiveram maior probabilidade de se infectar com cistos ou oocistos do parasito T gondii ao longo da vida IgG antiTgondii e de 08 para IgM Quanto maior a idade menor a escolaridade e menores rendas maior a prevalência ENGROFF et al 2014 Ekman 2012 realizou revisão sistemática levantando registros de surtos ocorridos no Brasil e no mundo Dentre eles descrevem um surto em Agronômica Santa Catarina ocorrido em 2005 com nove casos de toxoplasmose aguda por ingestão de água não tratada Surto em Santa Isabel do Ivaí no Paraná ocorrido entre novembro de 2001 e janeiro de 2002 sendo que 426 pessoas apresentaram IgM e anticorpos para IgG e 176 foram diagnosticados como casos efetivos do surto A água também foi a causa identificada sendo este caso considerado o maior surto já registrado no país Vaz et al 2011 investigam estudos que tratam da incidência e prevalência da toxoplasmose no Brasil e relatam a negligência tanto na investigação da doença quanto nos estudos e destacam apenas um estudo brasileiro publicado em língua inglesa No estudo descrevese a prevalência de toxoplasmose congênita em cada estado do Brasil a partir de um screening em neonatos que passaram por triagem no período de setembro1995 a julho2009 Neste estudo Santa Catarina apresenta 10 casos em cada 10000 casos de neonatos Rio Grande do Sul 710000 e Paraná 410000 66 Rev Saúde Públ Santa Cat Florianópolis v 10 n 3 p 6175 setdez 2017 Levantamento de dados de registro em gestantes na Central de Epidemiologia da Secretaria de Saúde do Município de Pato Branco foi realizado por Chuarts 2012 e constatou que em cinco anos apenas quatro casos foram registrados sendo que estes não são notificados Fontana e Machado 2013 realizam estudo para determinar a prevalência de anticorpos para toxoplasmose na comunidade atendida no Laboratório Escola de Análises Clínicas da Univali Itajaí SC no ano de 2011 e levantaram que 728 são susceptíveis a doença e 272 já tiveram contato com o agente etiológico sendo que nenhum dos indivíduos atendidos foi diagnosticado em fase aguda da doença Bittencourt et al 2011 avaliaram 422 gestantes por meio da pesquisa sorológica de anticorpos IgG e IgM antiToxoplasma gondii ELISA e MEIA e a triagem neonatal em 27 recémnascidos para detecção de IgM antiToxoplasma gondii pelo teste de fluorometria no serviço público de saúde dos municípios de Palotina e Jesuítas na região oeste do Estado do Paraná entre Julho de 2009 a outubro de 2010 A prevalência de anticorpos IgG anti Toxoplasma gondii nas gestantes foi de 598 e 606 em cada município respectivamente Não houve nenhum caso de toxoplasmose aguda e nenhum recémnascido apresentou positividade nos exames Ferezin Bertolini e Demarchi 2012 realizaram estudo retrospectivo de gestantes provenientes de 29 municípios pertencentes à 15ª Regional de Saúde do Paraná a partir de exames sorológicos de 1534 pacientes atendidas durante o primeiro semestre de 2010 A reatividade para anticorpos IgM antiToxoplasma gondii foi de 11 e para IgG de 59 Estudo realizado junto ao Programa de Vigilância em Saúde da Toxoplasmose Adquirida na Gestação e Congênita implantado nos municípios de Londrina Rolândia Cambé Cascavel e Palotina no estado do Paraná detectou que a prevalência de anticorpos IgG anti Tgondii encontrada foi de 505 em Londrina 544 em Rolândia 464 em Cambé 530 em Cascavel e 613 em Palotina Quanto à prevalência de anticorpos IgM foi encontrado 04 em Londrina 18 em Rolândia 14 em Cambé 24 em Cascavel e 08 em Palotina LOPESMORI 2010 Bischoff et al 2015 investigaram pacientes que foram tratados em um ambulatório pediátrico de toxoplasmose congênita em um hospital universitário no Sul do Brasil no período de abril de 2004 a dezembro de 2014 A incidência de toxoplasmose congênita variou de 0 a 140610000 nascidos vivos com uma incidência média de 59710000 nos 10 anos estudados A incidência de toxoplasmose congênita sintomática variou de 0 a 86710000 nascidos vivos com uma incidência média de 46910000 Apenas 5 casos 143 foram assintomáticos 67 Rev Saúde Públ Santa Cat Florianópolis v 10 n 3 p 6175 setdez 2017 Estudo do tipo transversal foi realizado no período de maio de 2012 a junho de 2013 envolvendo 120 crianças atendidas no setor de pediatria do Hospital Universitário da cidade do Rio Grande RS Para este estudo foram incluídas crianças de seis meses a 12 anos e excluídas as crianças com doença imunossupressora Foi levantada soroprevalência de 15 18120 para IgG antiToxoplasma gondii LEMOS et al 2014 Orathes e Moraes 2010 realizaram levantamento de dados dos prontuários das gestantes acompanhadas no ambulatório de prénatal de toxoplasmose do Hospital Universitário Regional de Maringá HURM e que tiveram parto no ano de 2008 em um total de 24 casos Todas tiveram sorologia IgG e IgM reagentes critério este para o seguimento no ambulatório de alto risco Em 17 casos foi determinada a avidez para IgG 16 deles com alta avidez e 1 baixa Em três foi detectada a toxoplasmose aguda Estudo verificou a prevalência de toxoplasmose analisando os prontuários de 408 gestantes atendidas no Ambulatório de Prénatal do Hospital Universitário de Santa Maria RS entre janeiro de 2005 e dezembro de 2006 Entre as gestantes avaliadas 296 n121 eram suscetíveis e 703 n 287 apresentavam anticorpos para o T gondii A presença de anticorpos IgG e IgM simultaneamente foi verificada em 16 gestantes Por meio da pesquisa de avidez de IgG foi possível determinar a possibilidade de fase aguda da infecção durante a gravidez em seis gestantes as outras 10 já estavam com mais de 16 semanas de gestação e por isso não foi possível detectar o período da faze aguda BECK et al 2010 LopesMori et al 2011 utilizaramse do Programa de Controle da Toxoplasmose Congênita implementado em municípios do Estado do Paraná para verificar a prevalência da toxoplasmose em gestantes ao longo do período de 2006 quando da sua implantação até 2010 e verificaram que no município de Londrina ocorreu queda de 639 no número de gestantes e de 426 no número de crianças encaminhadas aos serviços de referência HUUEL para o tratamento da toxoplasmose Houve redução de 623 no consumo de ácido folínico e de 674 de sulfadiazina Esses dados indicam que programas organizados e contínuos colaboram diretamente para as estatísticas e registros de casos bem como da prevenção que reduz sobremaneira os casos e as condutas das equipes não efetivas No ano de 2007 a prevalência em gestantes foi de 505 de anticorpos IgG antiT gondii e associação significativa com a residência na zona rural mais de uma gestação baixo nível de escolaridade 8 anos de estudo e baixa renda per capita Por meio da implantação do mesmo programa nos municípios de Rolândia Cambé e Palotina foi levantada em gestantes a prevalência de 544 464 e 613 de anticorpos IgG antiT gondii respectivamente LOPESMORI 2011 68 Rev Saúde Públ Santa Cat Florianópolis v 10 n 3 p 6175 setdez 2017 Silva Figueiredo e Freitas 2015 investigaram os níveis de incidência de anticorpos para Toxoplasma gondii na população humana no município de Xanxerê estado de Santa Catarina A pesquisa coletou 101 amostras de sangue humano em postos de saúde estas foram analisadas através do imunoensaio por quimioluminescência para a determinação quantitativa de anticorpos IgG antiToxoplasma em plasma O índice de amostras reagentes foi de 71 considerado alto e preocupante A pesquisa também apontou que 60 conhece as vias de transmissão mas prefere correr o risco a mudar os hábitos Zerbinatti et al 2015 realizaram estudo retrospectivo com prontuários médicos de gestantes atendidas na Clínica da Mulher localizada no município de Marialva PR no período de janeiro de 2011 a janeiro de 2012 A amostragem foi de 204 mulheres sendo que 20 98 delas apresentaram soropositividade para toxoplasmose e oito destas apresentaram resultado reagente para IgM antiToxoplasma gondii Dois recémnascidos também apresentaram soropositividade para IgM e corioretinite O município possui controle prénatal da toxoplasmose o que se revela essencial para a diminuição dos índices de toxoplasmose congênita Estudo apresentado no XX Seminário Interinstitucional de Ensino Pesquisa e extensão SILVA MAIA AZZOLINBONFANTI 2015 mostrou resultados de estudo retrospectivo de exames realizados em gestantes atendidas no Laboratório Escola de Análises Clínicas da UNICRUZ em Cruz Alta RS no período de fevereiro a julho de 2015 Foram analisados 321 prontuários de gestantes sendo classificadas 106 com dados aptos para os estudos Destas 498 apresentaram resultado reagente para toxoplasmose IgG e nenhum resultado positivo para o anticorpo IgM Este foi um resultado inédito já que todos os demais apresentam alguma incidência positiva para o IgM Já o percentual IgG mostrouse significativo como a maioria dos estudos 4 ANÁLISE No período de cinco anos foram selecionados 17 artigos que tratam da prevalência eou incidência da Toxoplasmose na região sul do Brasil Não foi encontrado nenhum artigo ou documento que trouxesse uma avaliação geral com dados completos por grupo região cidade ou estado Alguns estudos trazem pesquisas feitas com pouco critério científico ou ainda com amostragem muito pequena tornando os resultados pouco confiáveis São estudos pontuais que não revelam consistência e periodicidade necessárias para efetivamente estabelecer a prevalência e incidência e não possibilitam igualmente estabelecer 69 Rev Saúde Públ Santa Cat Florianópolis v 10 n 3 p 6175 setdez 2017 planejamento e critérios de políticas de saúde pública de forma que se possa estabelecer medidas para reverter índices de soroprevalência associados as características demográficas e sociais de cada grupo comunidade ou região Não existe programa organizado no Brasil para o controle da toxoplasmose encontrou se apenas dois municípios na região sul em que um programa sistematizado de controle está inserido na rede pública de assistência à gestante e a criança São Londrina e Curitiba ainda assim são projetos específicos à toxoplasmose congênita mas que já trouxeram resultados significativos consolidando os conhecimentos acerca do diagnóstico tratamento condutas médicas para esse grupo de risco MITSUKABREGANÓ LOPESMORI NAVARRO 2010 Alguns outros municípios do Paraná também já têm implantado esse mesmo programa Higa et al 2010 realizaram estudo de caso com duas gestantes no estado do Paraná e verificaram que mesmo quando a gestante busca atendimento no início da gestação encontra dificuldade para ser atendida realizar os exames e o acompanhamento durante toda a gestação O estudo revelou atraso no encaminhamento ao serviço de referência devido à dificuldade na identificação de toxoplasmose aguda ou do processo de reagudização e consequentemente retardo no início da terapêutica preconizada Considerando que quanto mais avança a gestação maior o risco de transmissão vertical esse quadro de dificuldade e demora nos encaminhamentos para a detecção da toxoplasmose é mais um indicativo que se soma as questões de higiene e hábitos alimentares a aumentar os casos de toxoplasmose em nosso país e região sul Importante frisar que existe a previsão de realização do diagnóstico clínicolaboratorial das gestantes e filhos expostos ao risco do T gondii a todas as usuárias que buscam atendimento no SUS no programa de prénatal do Ministério da Saúde BRASIL 2001 porém na prática ainda se está muito longe da efetividade das ações que possam prevenir e tratar com acuidade os casos potenciais e concretos Beck et al 2010 relata que não há programa que obrigue a notificação dos casos de toxoplasmose em qualquer das formas de transmissão e assim as subnotificações impedem que se estabeleça com rigor a incidência e prevalência o que consequentemente impossibilita que sejam tomadas medidas efetivas contra a contaminação e disseminação da doença O próprio Ministério da saúde admite que a notificação da toxoplasmose no Brasil não é compulsória BRASIL 2010 Em função da desorganização do sistema já que não há obrigatoriedade de notificação BECK et al 2010 e de triar componentes sanguíneos para toxoplasmose há falta de preparo dos profissionais e dificuldade no acompanhamento prénatal entre outros fatores também não é 70 Rev Saúde Públ Santa Cat Florianópolis v 10 n 3 p 6175 setdez 2017 possível detectar com efetiva validade se há aumento ou diminuição dos casos de toxoplasmose na Região Sul As evidências das pesquisas localizadas e pouco abrangentes indicam que não há evolução no quadro de prevenção ou seja a disseminação se mantém alta ao longo do tempo VAZ et al 2011 Estimase taxas de infecção entre 70 e 80 da população do sul do país condizente com as taxas médias mundiais A variação por região ou país no entanto pode variar muito em função de questões como hábitos alimentares condições de saneamento saúde e higiene MITSUKABREGANÓ LOPESMORI NAVARRO 2010 Os estudos levantados tratam de formas diferentes de transmissão assim como das características de amostragem recémnascidos gestantes idosos e por isso fica difícil estabelecer um perfil da doença da população atingida ou mesmo da prevalência e incidência na região Estudo de Dubey et al 2012 aponta prevalência variada tanto no contexto global do país como quando analisada por regiões cidades ou comunidades rurais e urbanas Esta variação gira entre 50 e 80 mostrando semelhança com os estudos aqui relatados e apontando que se em algumas regiões do país a falta total de saneamento e as condições sociais e de higiene interferem de forma mais significativa para a prevalência da doença em outras regiões como o sul do Brasil a alimentação especialmente o consumo de carne malpassada é fator de maior preponderância Um dos fatores que pode explicar a alta prevalência na região sul do Brasil é o hábito cotidiano do consumo de carne sendo que um percentual significativo das pessoas a ingere malpassada PERDOCINI et al 2015 Orathes e Moraes 2010 em seu estudo avaliaram os principais fatores de risco para infecção por T gondii na região sul do Brasil e destacaram a água o solo a carne suína bovina e ovina contaminada Lemos et al 2014 ainda destacam a idade como fator de risco A prevalência de infecção por Tgondii aumenta com a idade isto sugere que a infecção primária ocorra principalmente na infância Higa et al 2010 explicam que é fundamental no Brasil elaborar programas de prevenção da toxoplasmose especialmente no caso da congênita de forma que as gestantes suscetíveis possam ter acompanhamento coerente e sistemático e tratamento precoce em caso de soroconversão a exemplo de países como a França e a Áustria A prevenção é de tal forma significativa que como apontam Moncada e Montoya 2012 no caso da transmissão congênita a taxa de transmissão varia de 5060 em mães que não foram tratadas a 2530 em mães tratadas durante a gestação ou seja cai pela metade 71 Rev Saúde Públ Santa Cat Florianópolis v 10 n 3 p 6175 setdez 2017 A prevenção da toxoplasmose deve envolver diversos aspectos Dabritz e Conrad 2010 enfatizam que qualquer medida preventiva deve incluir questões de vigilância sanitária e epidemiológica que objetivam a eliminação de fontes de infecção quais sejam controle da população de gatos de rua recomendações para controle da transmissão dentro do ambiente doméstico que incluem a prevenção do consumo de carne mal passada limpeza frequente das caixas de areia de gatos domésticos usando proteção para as mãos e detergentes apropriados eou água fervente descarte das fezes e das camas de areia dos felinos de maneira adequada uso de ração industrializada e água tratada na alimentação dos animais prevenção do hábito da caça por parte de gatos domésticos para evitar que os mesmos se alimentem com presas infectadas com cistos Além disso a prevenção da toxoplasmose congênita depende de exame prénatal e do tratamento das gestantes soropositivas para Toxoplasmose Outro aspecto a ser destacado é que entre os três estados da região sul Santa Catarina publicou o menor número de estudos e não tem nenhum programa efetivo de controle da toxoplasmose As pesquisas os cursos de formação em saúde e os profissionais precisam atentar mais para as zoonoses e especialmente a toxoplasmose buscando ampliar seu conhecimento os estudos e ainda apresentando dados concretos quanto à incidência prevalência e consequências do não controle da patologia para que os organismos públicos se convençam a implementar medidas efetivas e amplas para o combate a toxoplasmose 5 CONCLUSÃO As parasitoses estão entre as patologias que mais afetam as populações e consequentemente a saúde coletiva e pública No Brasil são diversas as que ainda estão sem o devido controle pois a maioria tem relação com as condições socioeconômicas com questões como o saneamento básico além da informação e do acesso à toda a população das medidas de saúde pública adequadas e intensas No caso das parasitoses animais o controle da população de animais domésticos e especialmente a promoção da saúde destes também é vital pois existem vacinas e outros medicamentos além das condições de higiene que possibilitam a diminuição das zoonoses e da infecção em humanos A condição de moradia e de trabalho nos espaços silvestres também aumenta as possibilidades de parasitoses quase exclusivas de animais silvestres proliferem entre animais domésticos e humanos Outro aspecto relevante no caso das parasitoses especialmente da toxoplasmose tema deste estudo é o senso comum de que a doença somente é transmitida através do gato Não há 72 Rev Saúde Públ Santa Cat Florianópolis v 10 n 3 p 6175 setdez 2017 conhecimento claro da população quanto a contaminação via alimentação água e até mesmo na forma congênita Assim são muitas as pessoas que entendem que basta não ter o felino doméstico por perto especialmente durante a gravidez que a doença não será transmitida Dessa forma se faz importante que se aprofunde os estudos e intervenções no sentido da prevenção e promoção da saúde de maneira a evitar o aumento de casos visto que há um destaque a algumas regiões do Brasil onde o clima e as baixas condições de saneamento e higiene a ocupação populacional desordenada favorecem ao aumento dos riscos de infecções por estes parasitos No caso da região sul do Brasil além de programas de saúde voltados para o controle e registro da patologia é também fundamental a orientação e informação acerca das formas de contagio que não se limitam a transmissão direta animalhumano e sim através da alimentação e da água com destaque para os diversos tipos de carne consumidas sem os devidos cuidados Os profissionais da saúde pública em especial os da enfermagem têm papel fundamental em informar orientar e auxiliar a comunidade a tomar medidas de prevenção contra estas doenças sobretudo desenvolvendo pesquisas e ações de prevenção em todas as comunidades atribuindo maior dedicação às mais carentes tendo em vista que segundo as pesquisas são as mais impactadas por esta patologia Acreditamos que tornar compulsória a notificação de casos de toxoplasmose especialmente a aguda e sintomática e organizar programas de prevenção além de colaborar diretamente na diminuição dos casos de morbimortalidade consequentemente evidenciará a diminuição de alguns custos da saúde no Brasil relacionados à saúde pública e a efetiva organização e alimentação do sistema de saúde com a inserção das pessoas infectadas que por meio da prevenção poderiam ter evitado a doença ou a contaminação Acreditase que esta seria uma forma de atender a integralidade da saúde tão propalada em nossa legislação INCIDENCE AND PREVALENCE OF TOXOPLASMOSIS IN THE SOUTH OF BRAZIL REGION BIBLIOGRAPHICAL REVIEW ABSTRACT The objective of this study was to carry out a literature review on the incidence and prevalence of toxoplasmosis in southern Brazil and to describe their results in a synthetical manner A bibliographic review was carried out in which the following keywords were used toxoplasmosis epidemiology incidence prevalence southern region and public health searching for articles published in Portuguese between 2010 and2015 We found 17 studies that present specific episodes of prevalence incidence or outbreaks of toxoplasma in the region but a complete study that did not reach a global percentage of the subject studied in the defined 73 Rev Saúde Públ Santa Cat Florianópolis v 10 n 3 p 6175 setdez 2017 space was obtained The results from these studies indicated that there was a general exposure of the regional population to the parasite and that there is a high incidence and prevalence in the region but above all they reveal negligence regarding toxoplasmosis and the importance of further clarification of the population There is no systematized record no effective information programs on prevention and how the disease is transmitted Keywords Toxoplasmosis Epidemiology Public health REFERÊNCIAS AMATO NETO V MARCHI C R Toxoplasmose In CIMERMAN B CIMERMAN S Parasitologia humana e seus fundamentos gerais 2 ed São Paulo Atheneu 2002 p 159 178 BECK S T KONOPKA C K DIEHL F P K Importância do rastreamento sorológico da toxoplasmose em gestantes atendidas em ambulatório de prénatal de alto risco Revista Saúde Santa Maria v 36 n 1 p 2936 janjun 2010 BISCHOFF A R et al Incidência de toxoplasmose congênita no período de 10 anos em um hospital universitário e frequência de sintomas nesta população Boletim Científico de Pediatria v 4 n 2 p 3844 2015 BITTENCOURT L H F de B et al Soroepidemiologia da toxoplasmose em gestantes a partir da implantação do Programa de Vigilância da Toxoplasmose Adquirida e Congênita em municípios da região Oeste do Paraná Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia v 34 n 2 p 6368 fev 2012 BRASIL Ministério da Saúde Secretaria de Políticas de Saúde Gestação de alto risco manual técnico 3 ed Brasília Ministério da Saúde 2001 BRASIL Ministério da Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde Departamento de Vigilância Epidemiológica Doenças infecciosas e parasitárias guia de bolso 8 ed Brasília Ministério da Saúde 2010 Série B Textos Básicos de Saúde CANTON K M K NASCIMENTO G C MOURA L K B et al O conhecimento de indivíduos adultos sobre toxoplasmose em uma população universitária Revista de Enfermagem UFPE Recife v 9 n 10 p 14451452 dez 2015 CHUARTS C Toxoplasmose congênita um problema de saúde pública e proposta de abordagem nas escolas públicas do Ensino Básico do Município de Pato BrancoParaná 2012 75f Monografia Graduação em Ciências BiológicasCentro de Ciências das Saúde Universidade Federal de Santa Catarina 2012 DABRITZ H A CONRAD P A Cats and Toxoplasma implications for public health Zoonoses Public Health v 57 p 3452 2010 DUBEY J P LAGO E G GENNARI S M et al Toxoplasmosis in humans and animals in Brazil high prevalence high burden of disease and epidemiology Parasitology v 139 p 13751424 2012 74 Rev Saúde Públ Santa Cat Florianópolis v 10 n 3 p 6175 setdez 2017 EKMAN C C J Influência da forma infectante do toxoplasma Gondii na doença aguda humana revisão sistemática de surtos epidêmicos 2012 198f Dissertação Mestrado em CiênciasInstituto de Medicina Tropical de São Paulo Universidade de São Paulo 2012 ELMORE S A et al Toxoplasma gondii epidemiology feline clinical aspects and prevention Trends in Parasitology v 26 p 190196 2010 ENGROFF P et al Soroepidemiologia de Toxoplasma gondii em idosos atendidos pela Estratégia Saúde da Família Porto Alegre Rio Grande do Sul Brasil Ciência Saúde Coletiva v 19 n 8 p 33853393 2014 FEREZIN R I BERTOLINI D A DEMARCHI I G Prevalência de sorologia positiva para HIV hepatite B toxoplasmose e rubéola em gestantes do noroeste paranaense Revista Brasileira Ginecologia e Obstetrícia Rio de Janeiro v 35 n 2 fev 2013 FONTANA G MACHADO J H Soroprevalência de anticorpos para toxoplasmose na população atendida pelo laboratório escola de análises clínicas da Univali 2013 47f Monografia Curso de Farmácia Centro de Ciências da Saúde Universidade do Vale do Itajaí Itajaí SC 2013 HIGA L T et al Relato de dois casos de toxoplasmose em gestantes atendidas no noroeste do Paraná Brasil Scientia Medica Porto Alegre v 20 n1 p 99102 2010 LEMOS L L et al Soroprevalência de infecção por Toxoplasma gondii em crianças do Sul do Brasil III Congreso Panamericano de Zoonosis e VII Congreso Argentino de Zoonosis La Plata 2014 LINDE K Willich S N How objective are systematic reviews Differences between reviews on complementary medicine Royal Society of Medicine p 1722 2003 LOPESMORI F M R Epidemiologia da toxoplasmose gestacional em cinco municípios do estado do Paraná Londrina 2010 81f Tese Doutorado em Ciência Animal Universidade Estadual de Londrina LOPESMORI F M R et al Programas de controle da toxoplasmose congênita Revista da Associação Médica Brasileira São Paulo v 57 n 5 p 594599 out 2011 MITSUKABREGANÓ R LOPESMORI F M R NAVARRO I T Toxoplasmose adquirida na gestação e congênita vigilância em saúde diagnóstico tratamento e condutas Londrina Eduel 2010 MONCADA P A MONTOYA J G Toxoplasmosis in the fetus and newborn an update on prevalence diagnosis and treatment Expert Review of Antiinfective Therapy v 10 n 7 p 815818 2012 NEVES D P et al Parasitologia humana 12 ed São Paulo Atheneu 2011 NORONHA D P FERREIRA S M S P Revisões de literatura In CAMPELLO B S CONDÓN B V KREMEER J M Orgs Fontes de informações para pesquisadores e profissionais Belo Horizonte UFMG 2000 75 Rev Saúde Públ Santa Cat Florianópolis v 10 n 3 p 6175 setdez 2017 Organização Mundial de Saúde Zoonoses Interface 2010 Disponível em httpwwwwhointzoonosesen Acesso em 9 abr 2016 ORATHES C M MORAES A M Levantamento dos casos de toxoplasmose aguda em gestantes acompanhadas no ambulatório de toxoplasmose do HUM Anais do XIX EAIC 28 a 30 de outubro de 2010 UNICENTRO Guarapuava PR PERDONCINI G PASQUALI A MARIANI F et al Prevalência de Toxoplasma gondii em aves e suínos Um problema para a saúde pública UnoescCiência online Internet 2010 SANDRIN L N A PONZI C C BINDA G et al Perfil epidemiológico de toxoplasmose em gestantes Revista da Sociedade Brasileira de Clínica Médica p 4869 2012 SILVA I C FIGUEIREDO G S FREITAS D R J Levantamento sorológico e epidemiológico de toxoplasmose no município de Xanxerê estado de Santa Catarina Revista Revista Prevenção em Infecção e Saúde v 1 p 19 2015 SILVA E E B MAIA I AZZOLINBONFANTI G Perfil de reatividade de sorológica de IGG e IGM contra toxoplasmose de gestantes atendidas pelo Laboratório Escola da Universidade de Cruz Alta In SEMINÁRIO INTERINSTITUCIONAL DE ENSINO PESQUISA E EXTENSÃO 20 2015 Cruz Alta Anais Cruz Alta Unicruz outubro 2015 VAZ R S RAULI P MELLO R G et al Toxoplasmose Congênita uma doença negligenciada Atual política de saúde pública brasileira Facts Reports v 3 n3 p 08 2011 ZERBINATTI M E GOLDONI A L TIYO R Incidência de soropositividade para toxoplasmose em gestantes no município de Marialva PR no período de janeiro de 2011 a janeiro de 2012 Revista UNINGÁ Review v 22 n 1 p 0509 abrjun 2015 Submetido em 30112017 Aceito para publicação em 22122017

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