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Ciências Contábeis ·

Contabilidade de Custos

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Contabilidade de custo I Introdução Nesta unidade veremos todas as características ligadas à contabilidade aplicada ao ramo Industrial ramo esse de grande importância para a economia nacional lembrando que custos também estão presentes em outros ramos como o comercial e a prestação de serviços A princípio vamos conhecer a disciplina de contabilidade de custos que trará alguns conhecimentos básicos necessários para um bom desenvolvimento harmônico A contabilidade de custos é vista atualmente como uma das grandes fornecedoras de informações para o processo decisório por isso conhecêla e dominála é um fator muito importante para o sucesso profissional na área contábil Seção 1 Origem evolução da contabilidade de custos Origem e evolução da contabilidade Quanto à origem a contabilidade surgiu da necessidade do homem acompanhar e controlar a evolução de seu patrimônio Dessa forma ela faz parte da evolução e do desenvolvimento do próprio se humano e da sociedade Alguns historiadores destacam que o homem abandonou sua vida nômade e começou a ter posses e controlálas nesse momento fezse necessária a existência de uma ferramenta que o auxiliasse nessa árdua tarefa de controle patrimonial Nos primórdios o controle era feito de forma bem simples em tábuas de argila com marcação em ossos Os primeiros sinais da existência de contas é de aproximadamente 4000 anos aC Assim notamos que desde as épocas mais antigas os homens buscam se organizar para controlar seus pertences A contabilidade de custos A contabilidade de custos é um dos ramos de aplicação da contabilidade sendo essa comumente aplicada nas empresas industriais no entanto na atualidade notase também a utilização da contabilidade de custos em empresas prestadoras de serviços e comerciais em razão de ela fornecer informações valiosas ao processo decisório Para adentrarmos nesse novo segmento dentro da contabilidade é importante conhecermos sua origem Afinal de onde vem a contabilidade de custos Será que ela surgiu junto com a contabilidade no século XV ou será que ela se apresentou como uma evolução da contabilidade Origem da contabilidade de custo A contabilidade de custos surgiu a partir da Revolução Industrial no século XVIII Até então a contabilidade existente satisfazia às necessidades dos empresários da época uma vez que a determinação do quanto custava uma mercadoria era de fácil determinação Se o empresário comprasse um tecido e pagasse por ele o total de R 5000 esse seria o custo portanto deveria vender esse tecido no mínimo pelo mesmo valor para não incorrer em prejuízo Portanto a determinação do quanto custou uma mercadoria era de fácil mensuração uma vez que o valor era objetivo e sem nenhum tipo de arbitrariedade em sua composição Antes da Revolução Industrial as produções eram todas realizadas manualmente em pequenas quantidades e normalmente nas próprias residências familiares Videoaula 1 Este vídeo é melhor visualizado nos navegadores Firefox e Internet Explorer Com o advento da Revolução Industrial os processos de produção passaram a ser mecanizados produzindo em grandes quantidades produtos padronizados fazendo uso de enormes estruturas industriais com máquinas e equipamentos que agilizavam o processo produtivo A partir daí viuse o surgimento de uma nova necessidade contábil a de determinar o quanto custava cada unidade produzida uma vez que agora esse custo já não era tão facilmente obtido como na era comercial Assim a mensuração do custo do produto produzido exigiu da contabilidade uma evolução o que acabou por incorrer no surgimento da contabilidade de custos que surgiu nessa época visando satisfazer essa necessidade da sociedade empresarial Trocando em miúdos Por que na era comercial era mais fácil determinar o custo Bom para simplificar vamos imaginar a seguinte situação você é um vendedor de tecidos e faz disso sua atividade principal Em determinado momento você adquire um lote de tecidos por R 5000 o metro No mesmo dia um de seus clientes deseja comprar alguns metros de tecido e você então pensa Bom é fácil se eu paguei R 5000 posso vender para ele por R 8000 o metro e assim obter o lucro de R 3000 por metro O raciocínio está correto uma vez que você apenas comprou o tecido e o revendeu No entanto pensemos em uma fábrica de roupas que produza blusas ela utilizou esse mesmo tecido pagando o mesmo preço R 5000 para fazer sua produção então você pensará da seguinte maneira Paguei R 5000 pelo tecido mas não posso vender só pelo custo do tecido a mão de obra dos funcionários dos vários departamentos corte costura acabamento etc deve também ser levada em conta Além disso há os gastos com linha e botão usado para confeccionar a blusa então também preciso considerar isso no custo Porém os equipamentos máquina de costurar etc que foram utilizados também se desgastaram e devo considerar esse desgaste E tem mais a energia elétrica e o aluguel do prédio E agora Como faço para determinar o quanto custou essa blusa Por quanto vender E assim a partir desta necessidade surgia a Contabilidade de Custos Se antes a preocupação era somente o quanto foi pago pelo tecido agora essa simplicidade já não era adequada uma vez que ocorreram outros gastos na produção para deixar o produto completamente pronto e estes também deveriam ser considerados na determinação do custo Contabilidade de custos como uma importante ferramenta de gestão A partir do surgimento da contabilidade de custos as empresas começaram a notar sua importância como ferramenta da gestão uma vez que ela auxiliava com o fornecimento de informações importantes para tomar decisões de por quanto vender quanto custou o produto qual fator do processo produtivo está encarecendo o produto entre outras questões Notase a partir daí que a contabilidade de custos estaria trazendo importantes informações para a gestão Se eu soubesse o quanto custava cada produto e como era composto seu custo eu poderia atuar com mais êxito na busca por redução dos custos de produção Link Acesse o seguinte link httpgooglXqbdp1 e tenha mais informações sobre a contabilidade e o controle de custos Se eu descobrisse que estava gastando mais com o preço da matériaprima poderia tentar uma negociação com o fornecedor se o problema fosse mão de obra ou linha de produção poderia tentar substituir as máquinas antigas por máquinas mais modernas ou implantar novas linhas automatizadas visando diminuir a necessidade de mão de obra Portanto a contabilidade de custos demonstrouse como uma ferramenta essencial à gestão empresarial O que no início surgiu só para mensurar o quanto custava um produto passava então a ser uma das mais importantes ferramentas para a gestão industrial Devemos nos conscientizar de que o controle de custos é fator fundamental para a sobrevivência da empresa no mercado uma vez que esse impacta diretamente no lucro da empresa Os resultados advindos de um adequado controle e análise de custos demonstra o sucesso da implantação em um supermercado Assim podemos verificar que a contabilidade de custos é uma importante ferramenta para a gestão empresarial não só para as entidades industriais mas também para empresas comerciais e prestadoras de serviços Seção 2 Terminologia aplicável à contabilidade de custos A contabilidade de custos utilizase de termos simples não muito distantes de nossa realidade cotidiana porém que atribui a cada termo um sentido e uma definição específica sendo que um profissional de outra área que não a contábil pode ver custo e despesa como coisas iguais No entanto aprenderemos aqui que para a contabilidade de custos são termos que fazem referência a gastos diferentes Como nomenclaturas comumente utilizadas na contabilidade de custos temos as seguintes gasto custo despesa perda desembolso e investimento Gasto É representado por toda e qualquer aquisição de bem ou serviço que a empresa faça Sendo assim temse gastos com luz água mão de obra compra de matériasprimas entre outros Esses gastos podem ocorrer não só na produção mas também na área administrativa e de vendas como gastos com assinatura de jornais ou gastos com compra de imobilizado O termo gasto é um termo bem genérico podendo ser atribuído a toda e qualquer aquisição realizada pela empresa Segundo Martins 2003 p 17 gasto é um sacrifício financeiro com que a entidade arca para a obtenção de um produto ou serviço qualquer Sacrifício esse representado por entrega ou promessa de entrega de ativos Exemplos gasto com compra de matériaprima gasto com compra de equipamentos gastos com saúde educação transportes comunicação entre outros Custo É todo gasto incorrido na produção de um bem ou na prestação de um serviço Sendo assim todo bem ou serviço que for consumido para gerar um novo bem ou serviço será custo Como exemplo de custos temse o consumo de matériaprima na produção salários dos funcionários da fábrica depreciação aluguel energia elétrica utilizada na fábrica consumo de água entre outros Para saber mais Na produção de café em pó temos como matériaprima o café em grão que entra no processo produtivo e depois de industrializado se torna o café em pó Assim o café em grão matériaprima é custo na produção de café em pó Será que entendi professor Então custo será tudo aquilo que estiver relacionado com o processo produtivo Sim isso mesmo todos os gastos que estiverem relacionados com o processo produtivo serão tratados como custo Imagine que você compre trigo para fazer farinha Esse trigo será custo porque ele está relacionado diretamente com o processo produtivo ele é a matériaprima que será utilizada para produzir a farinha E a mão de obra que for utilizada na área de produção da farinha também será custo O trigo é custo na produção de farinha Despesa Bem ou serviço consumido para a obtenção de receitas As despesas são gastos em que a empresa incorre buscando obter receitas Exemplos consumo de energia elétrica nos departamentos de vendas e administrativos depreciação dos móveis e equipamentos dos departamentos de vendas e administrativos conta de telefone dos departamentos de vendas e administrativos conta de telefone da diretoria propaganda etc Desembolso É o pagamento pela aquisição de bem ou serviço O desembolso representa a saída de dinheiro da empresa através do pagamento Sendo assim essa saída pode ocorrer antes durante ou depois do bem já entregue ou do serviço já prestado Videoaula 2 Este vídeo é melhor visualizado nos navegadores Firefox e Internet Explorer Perda Consumo de bem ou serviço de forma involuntária sem que a empresa desejasse São gastos em que a empresa incorre porém tem características de anormalidade ou involuntariedade ou seja aconteceram sem a empresa desejar ou sem que pudesse prever Exemplo destruição do estoque por incêndio ou enchente incêndio na empresa entre outros Investimento São gastos em que a empresa incorre visando por meio deles obter benefícios nos períodos futuros São as aquisições de bens ou serviços que são registrados no ativo da empresa Investimento é todo gasto pela aquisição de produtos ou serviços que trarão benefícios à empresa podendo ser por um longo período como a compra de um imóvel que beneficiará a empresa por muito tempo ou por um curto período como a compra de estoque Depois de esclarecidos os temos mais utilizados na contabilidade de custos são gastos custos despesas perda desembolso e investimento A partir de agora podemos ter nossa comunicação sem problemas Para fixarmos nossos conhecimentos vamos assistir a um vídeo tratando de terminologias utilizadas na contabilidade de custos Link Vamos ter mais informações sobre as terminologias de custos Acesse httpyoutubezEza12vQME8 Videoaula 3 DESEMBOLSO Pagamento resultante da aquisição do bem ou serviço ATO DE PAGAR Este vídeo é melhor visualizado nos navegadores Firefox e Internet Explorer As matériasprimas compradas mas que ainda não foram aplicadas no processo de produção estão na conta estoque no ativo são investimentos A partir do momento em que são requisitadas para aplicação no processo de produção deixam de ser investimento e passam a ser custo Meus caros chegamos ao final dessa unidade Foi possível entender sobre a evolução da contabilidade e aprendemos que a contabilidade possui uma linguagem própria e que muitos termos palavras e expressões utilizadas em nosso dia a dia podem assumir significados diferentes quando utilizados pela terminologia contábil Classificação na compra de mercadoria de gasto até custo Referências BERTÓ Dalvio José BEULKE Rolando Gestão de custos São Paulo Saraiva 2014 LEONE George Sebastião Guerra Custos planejamento implementação e controle 3 ed São Paulo Atlas 2000 MARTINS Eliseu Contabilidade de custos 9 ed São Paulo Atlas 2003 Seção 3 Classificação dos Custos Apresentação Já sabemos sobre as terminologias utilizadas em custos agora estudaremos como os custos são classificados Com o objetivo de facilitar a identificação dos custos e melhorar a aplicação dos cálculos dos mesmos para posteriores análises serão abordadas duas formas de classificação conforme várias literaturas utilizadas A primeira delas direcionase quanto à forma de apropriação aos produtos fabricados e a segunda quanto às variações nos volumes produzidos Vamos ver primeiramente quanto à forma de apropriação aos produtos fabricados Nessa forma de segregação dos custos os mesmos classificamse em Custos Diretos e Custos Indiretos Custos Diretos Os custos diretos são aqueles gastos que podem ser identificados e quantificados facilmente aos produtos ou serviços desenvolvidos ou seja são valorizados com relativa facilidade Dentre os exemplos mais comuns de custos diretos no contexto industrial temos os materiais e a mão de obra Os custos diretos compreendem os gastos com materiais mão de obra e gastos gerais de fabricação aplicados diretamente na fabricação de produtos São assim denominados porque além de integrarem os produtos suas quantidades e seus valores podem ser facilmente identificados em relação a cada produto fabricado Custos Indiretos Ao contrário dos diretos não são facilmente identificados aos produtos ou serviços desenvolvidos em determinado período necessitando assim de algum tipo de medida para sua distribuição A esse intermédio na atribuição dos custos indiretos aos produtos ou serviços denominase rateio Os custos indiretos compreendem os gastos com materiais mão de obra e gastos gerais de fabricação aplicados indiretamente na fabricação dos produtos São assim denominados porque além de não integrarem os produtos é impossível uma segura identificação de suas quantidades e de seus valores em relação a cada produto A classificação dos gastos em custos indiretos é dada tanto àqueles que impossibilitam uma segura e objetiva identificação em relação aos produtos fabricados como também àqueles que mesmo integrando os produtos como ocorre com parte dos materiais secundários em alguns processos de fabricação em razão do pequeno valor que representem em relação ao custo total têm cálculos e controle tão onerosos que é preferível tratálos como indiretos convenção contábil da materialidade A impossibilidade de identificação desses gastos em relação aos produtos ocorre porque beneficiam a fabricação de vários produtos ao mesmo tempo Como exemplo podemos citar o aluguel da fábrica que é pago para que a empresa possa utilizar o imóvel durante um período Essa utilização beneficia a fabricação de todos os produtos e o normal é que não seja possível identificar gastos com esse ou aquele produto fabricado A energia elétrica é outro exemplo pois quando consumida na iluminação de dependências da fábrica bem como aquela consumida por máquinas que não possuem medidores para permitir o controle do consumo não poderão ser identificadas em relação a cada produto fabricado A atribuição dos custos indiretos aos produtos é feita por meio de critérios que podem ser estimados ou até mesmo arbitrados pela empresa A distribuição dos custos indiretos aos produtos denominase rateio e a medida que serve de parâmetro para se efetuar essa distribuição denominase base de rateio Exemplo de classificação de custo em direto e indireto Custos Direto ou Indireto Valor R MatériaPrima Direto R 1500000 Material de Consumo Indireto R 500000 Mão de obra Parte Direto e Parte Indireto R 2000000 Salários da Supervisão Indireto R 400000 Depreciação das Máquinas Indireto R 300000 Aluguel do Prédio Indireto R 600000 TOTAL R 5300000 A matériaprima é um custo direto por ser possível alocar eficientemente seus gastos em cada produto ou seja podese avaliar o quanto de matériaprima foi utilizada em cada unidade de produto Material de consumo exemplo os lubrificantes das máquinas é tratado como indireto devido à sua alocação para cada produto ser feita por meio de critérios de rateios muitas vezes arbitrários ou seja não é possível definir com exatidão o quanto cada produto consumiu de material de consumo A mão de obra apresentase como um custo tendo parte direta e indireta Na empresa como parte do processo é manual é possível definir quanto tempo foi gasto de mão de obra em cada produto e a outra parte da mão de obra é composta por salário de chefes de equipes tornandose difícil assim a alocação por produtos Os salários da supervisão assim como os de chefe de equipe são de difícil alocação para cada produto sendo assim classificados como custos indiretos A depreciação das máquinas é feita de forma linear o que impede uma alocação adequada a cada produto sendo assim é classificada como custo indireto O aluguel do prédio da fábrica também é um valor de difícil segregação por produto por isso também é classificado como custo indireto Videoaula 4 CUSTOS INDIRETOS São aqueles que necessitam de medição para definir o critério de rateio ou seja não são perfeitamente identificados nos produtos ou serviços Compreendem os gastos com materiais mão de obra e gastos gerais de fabricação aplicados indiretamente no produto Este vídeo é melhor visualizado nos navegadores Firefox e Internet Explorer Quanto às Variações nos Volumes Produzidos Além da classificação em Diretos e Indiretos os custos possuem outro tipo de agrupamento Esse leva em consideração a relação entre todos os custos e o volume de produção de determinado período no contexto industrial São os Custos Fixos e os Custos Variáveis Custos Fixos São aqueles que permanecem estáveis independentemente de alterações no volume da produção São custos necessários ao desenvolvimento do processo industrial em geral motivo pelo qual se repetem em todos os meses do ano Agora vamos a alguns exemplos de custos fixos aluguel da fábrica água utilizada para consumo do pessoal e limpeza da fábrica energia elétrica utilizada para iluminação da fábrica salários e encargos dos mensalistas que trabalham na manutenção e limpeza da fábrica seguro do imóvel segurança da fábrica telefone depreciação normal das máquinas salários e encargos dos supervisores da fábrica etc É importante salientar que os custos fixos podem sofrer alguma variação de um período para outro como ocorre por exemplo com o aluguel que em consequência de cláusulas contratuais podem estar sujeitos a reajustes periódicos como os salários e encargos que podem variar em decorrência da própria legislação trabalhista No entanto mesmo estando sujeitos a variações dessas naturezas esses custos continuam sendo classificados como fixos porque a classificação dos custos em fixos e variáveis é feita exclusivamente em relação ao volume de produção Há situações em que alguns custos fixos podem sofrer pequenas variações em decorrência de aumento no volume de produção como ocorre por exemplo com aumento de telefonemas no consumo de materiais de limpeza entre outros Entretanto esses custos não perdem a condição de fixos uma vez que podem variar até um determinado limite da viração do volume da produção e depois permanecem estáveis novamente Custos Variáveis São aqueles que variam em decorrência do volume da produção Então quanto mais produtos forem fabricados em um período maiores serão os custos variáveis Exemplo de matériaprima se para fabricar uma camisa é preciso 2 metros de tecido para 50 camisas serão necessários 100 metros de tecido Assim quanto maior for a quantidade fabricada maior será o consumo de matériaprima e por consequência maior será o custo Os custos variáveis por estarem vinculados ao volume produzido são também denominados custos diretos Vídeoaul 5 CUSTOS VARIÁVEIS São aqueles que variam em função da quantidade produzida como ocorre por exemplo com a matériaprima Este vídeo é melhor visualizado nos navegadores Firefox e Internet Explorer É importante salientar ainda que em relação ao volume de produção entre os custos fixos é comum alguns possuírem uma parcela variável e entre os custos variáveis também é comum alguns possuírem uma parcela fixa Daí as denominações de custos semifixos e custos semivariáveis Link Acesse o vídeo httpyoutubeqgarPLu4XrM E tenha mais informações sobre a classificação dos gastos Seção 4 Princípios contábeis aplicáveis a custos Os princípios e as convenções contábeis orientam os procedimentos contábeis seja qual for o ramo da Contabilidade Assim como na contabilidade propriamente dita que objetiva a geração de informações para as tomadas de decisões os princípios contábeis devem ser observados e cumpridos e em custos tornase relevante a utilização de alguns desses princípios Para o Conselho Federal de Contabilidade CFC órgão máximo da classe contábil no Brasil os princípios constituem sempre as vigasmestras de uma ciência revestindose dos atributos de universidade e veracidade conservando validade em qualquer circunstância Ou seja os princípios são a base norteadora de qualquer ciência Segundo Martins 2003 p 129 os princípios contábeis são o núcleo central da teoria contábil e estruturam a resposta da contabilidade aos seus desafios na busca de atingir os seus objetivos dentro do ambiente delimitado pelos postulados fundamentais Assim os princípios têm o papel de orientar efetivamente os procedimentos contábeis definindo a produção da informação De acordo com Martins 2003 os princípios contábeis mais relevantes em custos são Princípio da Realização da Receita Princípio da Competência ou da Confrontação entre Despesas e Receitas Princípio do Custo Histórico como Base de Valor Consistência ou Uniformidade Conservadorismo ou Prudência e Materialidade ou Relevância Ressaltase que esses princípios determinam como devem ser feitos os registros contábeis Princípio da Realização da Receita Determina este princípio o reconhecimento contábil do resultado lucro ou prejuízo apenas quando da realização da receita E ocorre a realização da receita em regra quando da transferência do bem ou do serviço para terceiros A Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis Atuariais e Financeiras FIpecafi 1994 p 78 afirma que a receita é considerada realizada e portanto passível de registro pela contabilidade quando os produtos e os serviços produzidos ou prestados pela entidade são transferidos para outra entidade mediante pagamento ou compromisso de pagamento especificado perante à entidade pagadora Esse princípio determina que contabilmente só seja registrada uma receita no momento da venda do bem Diferentemente de economia todo o lucro somente é reconhecido no momento da venda No caso de serviços existem dois tipos básicos de transferências numa só vez ao final de sua execução ou paulatinamente Como exemplo do primeiro caso temos a execução de plantas de residências e como exemplo do segundo temos a assessoria contínua Princípio da Competência ou Confronto das Despesas com as Receitas A Fipecaf 1994 p 84 considera que toda despesa diretamente delineável com as receitas reconhecidas em determinado período com elas deverá ser confrontada os consumos ou sacrifícios de ativos realizados em determinado período e que não puderam ser associados à receita do período nem às dos períodos futuros deverão ser descarregados como despesas do período em que ocorrerem Para saber mais Vamos ver o que dispõe o artigo 9º e respectivo parágrafo único da Resolução CFC nº 7501993 alterado pela resolução CFC nº 12822010 Art 9º O Princípio de Competência determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos que se referem independentemente do recebimento ou pagamento Parágrafo único O Princípio da Competência pressupõe a simultaneidade da confrontação de receitas e de despesas correlatas A regra é teoricamente simples após o reconhecimento da receita deduzemse dela todos os valores representativos dos esforços para sua consecução despesas Como esses esforços podem ser subdivididos em dois grupos também existem praticamente dois grandes grupos de despesas a Despesas especificamente incorridas para a consecução daquelas receitas que estão sendo reconhecidas b Despesas incorridas para a obtenção de receitas genéricas e não necessariamente daquelas que agora estão sendo contabilizadas Despesa Bem ou serviço consumido para a obtenção de receitas As despesas são gastos em que a empresa incorre buscando obter receitas Exemplos consumo de energia elétrica nos departamentos de vendas e administrativos depreciação dos móveis e equipamentos dos departamentos de vendas e administrativos conta de telefone dos departamentos de vendas e administrativos conta de telefone da diretoria propaganda etc Princípio do Custo como Base de Valor A Fipecaf 1994 p 73 considera que o custo de aquisição de um ativo ou dos insumos necessários para fabricálo e colocálo em condições de gerar benefícios para a Entidade representa a base de valor para a Contabilidade expresso em termos de moeda de poder aquisitivo constante O significado desse princípio direcionase ao registro pelo valor original de todos os ativos ou bens adquiridos pela empresa ou seja contabilmente devem ser registradas as aquisições pelos seus valores históricos valores de custo Para saber mais Os componentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos valores originais das transações expressos em moeda nacional Caput do artigo 7º da Resolução CFC n 7501993 alterado pela Resolução CFC n 12822010 Esse princípio estabelece que todos os elementos componentes do patrimônio sejam eles representativos de bens direitos obrigações ou ainda daqueles responsáveis pelas variações patrimoniais despesas custos e receitas devem ser registrados na contabilidade pelos valores originais constantes dos documentos que comprovem os efetivos ingressos desses elementos no patrimônio como notas fiscais contratos recibos etc Princípio da Consistência ou Uniformidade Para a Fipecafi 1994 p 90 a Contabilidade de uma entidade deverá ser mantida de forma tal que os usuários das Demonstrações Contábeis tenham possibilidade de delinear a sua tendência com o menor grau de dificuldade possível Esse princípio determina que os registros contábeis devam ser realizados de maneira uniforme e que se tenha consistência diante das alternativas de registro de um mesmo evento Assim para a apropriação de inúmeros custos de industrialização há a necessidade de adoção de critérios escolhidos entre várias alternativas diferentes Por exemplo a empresa pode distribuir os custos de manutenção em função de horasmáquina valor do equipamento média passada etc Todos são métodos aceitos mas não podem ser utilizados indiscriminadamente em cada período Após a adoção de um deles deve haver consistência em seu uso já que a mudança pode provocar alterações nos valores dos estoques e consequentemente nos resultados Princípio do Conservadorismo ou Prudência A Fipecafi 1994 p 89 considera que entre conjuntos alternativos de avaliação para o patrimônio igualmente válidos segundo os Princípios Fundamentais a Contabilidade escolherá o que apresentar o menor valor atual para o ativo e o maior para as obrigações Esse princípio determina precaução nos registros contábeis onde em caso de dúvida nas avaliações devese sempre considerar o menor valor para os ativos bens e direitos e o maior para os passivos obrigações Para saber mais O princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para que os componentes do ATIVO e do maior valor para o PASSIVO sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido Caput do art 10 da Resolução CFC nº 7591993 Referências BERTÓ D J BEULKE R Gestão de custos São Paulo Saraiva 2014 CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE CFC Princípios de Contabilidade aprovados pela Resolução CFC no 7501993 atualizada e consolidada pela Resolução CFC no 12822010 Diário Oficial da União Brasília 21 dez 1993 FIPECAFI Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis Atuariais e Financeiras Manual de contabilidade das sociedades por ações aplicável também às demais sociedades 4 ed São Paulo Atlas 1994 MARTINS E Contabilidade de custos 9 ed São Paulo Atlas 2003 Princípio da Materialidade ou Relevância A Fipecafí 1994 p 88 considera que o contador deverá sempre avaliar a influência e materialidade da informação evidenciada ou negada para o usuário à luz da relação custo benefício levando em conta aspectos internos do sistema contábil Esse princípio possui extrema relevância e aplicação a custos pois considera que a empresa é desobrigada de um controle mais rigoroso dos itens com pequeno valor monetário em relação ao total de gastos Link Acesse o vídeo httpyoutubeGWvioIqjTo E tenha mais informações sobre os Princípios Contábeis Videoaula 6 PRINCIPIOS CONTABEIS Principe da Consistencia ou Uniformidade Principe do Conservadorismo ou Prudencia Principe da Materi de ou Relevancia Este video e melhor visualizado nos navegadores Firefox e Internet Explorer