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PAULA VANESSA DIAS SCHULLER EVOLUÇÃO DOS MÉTODOS DIAGNÓSTICOS PARA HPV AVANÇOS E LIMITAÇÕES Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Biomedicina do Centro Universitário Avantis UNIAVAN como requisito para obtenção do Título de Bacharel em Biomedicina Orientador Mariana Milano JUNHO 2025 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 4 2 REFERENCIAL TEÓRICO 6 21 Epidemiologia 7 3 METODOLOGIA 8 4 RESULTADOS E DISCUSSÕES 8 5 CONCLUSÃO 11 REFERÊNCIAS 13 RESUMO A detecção precoce do Papiloma vírus Humano é importante para prevenir a progressão de lesões précancerosas e cânceres associados Este trabalho revisa os avanços recentes e as limitações dos métodos diagnósticos utilizados para identificar o HPV A análise abrange tecnologias condicionais como a ocorrência em cadeia da polimerase PCR captura híbrida e sequenciamento de nova geração NGS Apesar dos avanços inovadores ainda existem desafios relacionados à sensibilidade especificidade custo e infraestrutura necessária para a implementação desses métodos O objetivo é fornecer uma visão abrangente sobre o estado atual dos métodos de diagnóstico do HPV e sugestões futuras para melhorar a eficácia e acessibilidade dos testes Palavraschave HPV Diagnóstico PCR Sequenciamento ABSTRACT Early detection of Human Papillomavirus HPV is important to prevent the progression of precancerous lesions and associated cancers This work reviews recent advances and limitations of diagnostic methods used to identify HPV The analysis covers conditional technologies such as polymerase chain reaction PCR hybrid capture and nextgeneration sequencing NGS Despite innovative advances there are still challenges related to sensitivity specificity cost and infrastructure required to implement these methods The goal is to provide a comprehensive overview of the current state of HPV diagnostic methods and future suggestions for improving the effectiveness and accessibility of testing Keywords HPV Diagnosis PCR Sequencing 1 INTRODUÇÃO O Vírus do Papiloma Humano HPV pertence a uma família de vírus que pode causar infecções em várias partes do corpo incluindo a pele e as mucosas Entre os tipos de HPV alguns são conhecidos por serem oncogênicos ou seja estão associados ao desenvolvimento de câncer principalmente o câncer cervical A infecção pelo HPV é uma das infecções sexualmente transmissíveis mais comuns em todo o mundo INCA 2020 A patologia cervical referese a alterações no colo do útero que podem variar desde lesões précancerosas até câncer invasivo As lesões precursoras do câncer cervical incluem a neoplasia intraepitelial cervical NIC que é classificada em graus I II e III conforme a severidade das alterações celulares O câncer de colo uterino constitui a quarta neoplasia mais prevalente em mulheres no mundo sendo a quarta causa de óbito por câncer em mulheres no Brasil INCA 2016 Conceição et al 2024 explicam que nos últimos anos os métodos de detecção do HPV evoluíram significativamente com o desenvolvimento de técnicas moleculares cada vez mais sensíveis e específicas PCR Reação em Cadeia da Polimerase é uma técnica molecular que amplifica o ácido desoxirribonucleico DNA permitindo a detecção precisa de sequências genéticas como o HPV O sequenciamento determina a ordem dos nucleotídeos no DNA oferecendo uma análise mais detalhada A técnica de detecção molecular conhecida como PCR tornouse o padrão ouro permitindo a identificação precisa de diferentes subtipos virais uma vez que detecta o material genético do vírus As tecnologias avançadas como o sequenciamento de nova geração NGS permitem uma análise mais precisa e aprofundada do genoma viral e de suas variantes Apesar dos avanços os métodos diagnósticos atuais ainda enfrentam dificuldades específicas A PCR por exemplo é altamente sensível mas pode detectar a presença de DNA viral em infecções latentes sem indicar atividade viral ou risco de progressão para câncer Para além os métodos moleculares muitas vezes não distinguem entre infecções transitórias e persistentes que estão mais associadas ao desenvolvimento de lesões malignas Lima et al 2023 Ambos podem ter limitações em detectar infecções de baixo risco ou com baixa carga viral A principal problemática envolve a dificuldade de detectar infecções precoces distinguir entre infecções transitórias e persistentes e os custos e limitações dos métodos Assim justificase a realização do presente trabalho por meio de uma revisão abrangente sobre os avanços e limitações dos métodos diagnósticos do HPV com o objetivo de compreender como essas tecnologias podem ser aprimoradas e disseminadas contribuindo para uma detecção mais eficiente e acessível em diferentes contextos populacionais Este estudo baseiase na premissa de que essas tecnologias conseguem identificar com precisão subtipos específicos do HPV e detectar cargas virais baixas o que possibilita uma triagem mais eficaz e um monitoramento aprimorado das infecções de alto risco especialmente aquelas associadas ao desenvolvimento de câncer cervical Os métodos moleculares mais recentes como a Reação em Cadeia da Polimerase e o Sequenciamento de Nova Geração aumentam significativamente a sensibilidade e especificidade na detecção do HPV em comparação com métodos convencionais permitindo a identificação precisa de subtipos específicos e a detecção de cargas virais baixas o que contribui para uma triagem mais eficaz e um monitoramento aprimorado das infecções de alto risco Dessa forma este trabalho tem como propósito revisar e analisar os avanços e limitações dos métodos diagnósticos utilizados para a detecção do HPV identificando e descrevendo as principais tecnologias atualmente empregadas como PCR captura híbrida e NGS 2 REFERENCIAL TEÓRICO O Vírus do Papiloma Humano é um grupo de vírus pertencentes à família Papillomaviridae Eles são pequenos vírus de ácido desoxirribonucleico DNA não envelopados que infectam as células epiteliais da pele e das mucosas causando uma variedade de lesões e infecções Esses vírus são altamente específicos para cada espécie os HPVs infectam apenas humanos Palefsky 2022 A estrutura deste vírus é fundamental para sua capacidade de infectar células hospedeiras e se replicar O genoma do HPV possui proteínas importantes na patogênese e replicação viral As proteínas L late proteins estão relacionadas à estrutura viral e as proteínas E early proteins desempenham um papel importante na regulação do código genético viral e à transformação celular Palefsky 2022 O vírus é composto por um capsídeo protéico formado por proteínas L1 e L2 que envolvem o material genético de DNA de fita dupla circular Conway Meyers 2009 A proteína L1 é a principal componente do capsídeo e forma os pentâmeros que constituem as faces do icosaedro Ela é importante na estabilidade do capsídeo e na ligação do vírus a receptores na superfície das células hospedeiras A proteína L2 está 10 localizada dentro do capsídeo e tem um papel menos claro mas acreditase que esteja envolvida na entrada do vírus na célula hospedeira Conway Meyers 2009 As proteínas E1 e E2 são expressas precocemente auxiliando no estabelecimento de 20 a 100 cópias do material viral por meio das células basais do hospedeiro Lima et al 2023 Smith et al 2007 Essas 2 proteínas formam um complexo com a célula do hospedeiro e recrutam polimerases e proteínas acessórias necessárias para facilitar a replicação Lima et al 2023 Diferentes tipos de HPV possuem tropismo a diferentes tecidos do corpo humano sendo assim associados a diferentes patologias Palefsky 2022 Alguns tipos de HPV tem predileção ao epitélio cutâneo e se manifestam clinicamente através de lesões verrucosas Hadi et al 2023 Os tipos de HPV associados a lesões verrucosas cutâneas incluem o tipo 1 2 3 4 7 e 10 Jain et al 2023 Os tipos de HPV com predileção pelo epitélio ano genital são diversos Locais comuns para esta infecção incluem pênis escroto região perineal canal anal introito vaginal vulva e cérvice Mais de 40 subtipos de HPV podem infectar o trato genital Palefsky 2022 21 Epidemiologia Globalmente o HPV é a infecção sexualmente transmissível IST mais comum Em países ocidentais o pico de incidência tipicamente se encontra entre 1525 anos de idade assim como a maioria das ISTs Sendo a prevalência maior em mulheres em idade reprodutiva Palefsky 2022 Estimase que pelo menos 80 dos indivíduos sexualmente ativos vão ser expostos ao HPV ao menos uma vez durante a vida Centers For Disease Control And Prevention 2012 No entanto a maioria das infecções pelo HPV incluindo aquelas causadas por genótipos oncogênicos tem resolução espontânea em 12 meses Palefsky 2022 Dados preliminares do estudo POPBrasil resultados e ações para o enfrentamento da infecção pelo HPV realizado em 26 capitais e no Distrito Federal demonstraram a presença do vírus em 546 dos participantes A idade média dos entrevistados foi de 206 anos A maioria informou estar em uma relação afetiva estável 419 11 namorando 331 casados ou morando com oa parceiroa O restante estava sem relacionamento Pilz et al 2020 O câncer de colo do útero é a quarta neoplasia maligna mais frequente em mulheres com incidência mundial estimada de 595414 casos novos e mortalidade de 311365 mulheres em 2018 Bray et al 2024 Segundo o Instituto Nacional de Câncer o câncer de colo uterino é a quarta neoplasia mais frequente em mulheres com estimativa de 1548 casos para cada 100 mil mulheres No Brasil o câncer de colo uterino foi responsável por 5448 óbitos em mulheres no ano de 2018 com estimativa de 488 mortes para cada 100 mil mulheres Febrasgo 2021 INCA 2020 3 METODOLOGIA A presente pesquisa utilizada baseiase de uma revisão de literatura onde segundo Brizola e Fantin 2016 a revisão da literatura é a compilação e a replicação de ideias de vários autores sobre um determinado tema que foram coletadas por meio da leitura e da pesquisa realizada pelo pesquisador A documentação feita pelo pesquisador sobre a pesquisa que é conveniente fazer é chamada de revisão da literatura neste sentido Nesse sentido para a realização da pesquisa foi utilizado as plataformas de busca de dados Google Scholar SciELO e Portal CAPES O mesmo contou com os seguintes critérios conforme exposto na tabela 1 abaixo TABELA 1 Critérios de inclusão e exclusão da pesquisa CRITÉRIOS DE INCLUSÃO CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO Trabalhos com até 10 anos de publicação 20142024 Trabalhos com mais de 10 anos de publicação anterior a 2014 Palavraschave HPV Biotecnologia Avanços Desafios Quaisquer outras palavraschave que não estejam alinhadas com os critérios de inclusão Trabalhos concluídos Trabalhos em desenvolvimento Fonte O autor 2024 4 RESULTADOS E DISCUSSÕES A análise dos avanços nos métodos diagnósticos para detecção do HPV especialmente com o uso de tecnologias moleculares como a Reação em Cadeia da Polimerase PCR e o Sequenciamento de Nova Geração NGS revela um aumento significativo na capacidade de detecção de diferentes subtipos virais e de baixas cargas virais Esses métodos por serem mais sensíveis e específicos do que os métodos convencionais permitem uma triagem mais detalhada de infecções de alto risco contribuindo para o diagnóstico precoce de casos com potencial oncogênico Durante o estudo verificouse que o uso desses métodos avançados demonstrou eficácia na identificação de infecções persistentes diferenciandoas das infecções transitórias que geralmente não progridem para lesões malignas Além disso a combinação dos métodos de detecção de DNA viral com marcadores adicionais como a expressão das oncoproteínas E6 e E7 pode ajudar a distinguir casos de alto risco com maior precisão Com base no levantamento teórico realizado observouse que o Papilomavírus Humano HPV é uma infecção altamente prevalente e relevante para a saúde pública mundial O vírus apresenta grande diversidade genética com diferentes tipos associados a diversas formas clínicas desde verrugas cutâneas até lesões précancerosas e câncer principalmente de colo uterino A análise dos estudos revelou que a estrutura do HPV está diretamente relacionada à sua capacidade de invadir as células do hospedeiro e se replicar As proteínas virais como L1 L2 E1 e E2 têm funções importantes nesse processo A proteína L1 por exemplo é essencial para a entrada do vírus na célula e também é base para a formulação de vacinas por compor a maior parte do capsídeo viral Já as proteínas E1 e E2 participam da replicação do material genético do vírus dentro das células infectadas favorecendo sua permanência e possível transformação maligna Os dados também mostram que o HPV apresenta tropismo por diferentes tecidos do corpo sendo os tipos oncogênicos mais relacionados ao epitélio do trato anogenital Isso inclui regiões como o colo do útero vagina pênis ânus e vulva No caso específico do câncer cervical a infecção persistente por tipos de alto risco como o HPV 16 e 18 está claramente associada ao desenvolvimento da doença Do ponto de vista epidemiológico os dados apontam que o HPV é a infecção sexualmente transmissível mais comum em todo o mundo A maior incidência ocorre entre jovens de 15 a 25 anos sendo a maioria das infecções transitórias Porém mesmo sendo uma infecção comum seu potencial de causar lesões malignas justifica a necessidade de estratégias eficientes de prevenção diagnóstico precoce e acompanhamento Os dados do estudo POPBrasil reforçam esse cenário ao revelar que mais da metade dos jovens analisados estavam infectados com HPV destacando a necessidade de ações educativas e de saúde voltadas especialmente para essa faixa etária Também se confirmou com base nos dados revisados que o câncer de colo uterino continua sendo um importante problema de saúde pública principalmente em países em desenvolvimento Apesar de ser evitável e tratável quando diagnosticado precocemente o número de casos e óbitos ainda é significativo Esses resultados reforçam a importância de estratégias de detecção mais precisas que sejam capazes de diferenciar infecções temporárias das persistentes essas últimas com maior risco de evolução para câncer Eles também sustentam a relevância de campanhas de vacinação rastreamento com exames sensíveis e acessíveis além do acompanhamento adequado das mulheres infectadas com tipos de HPV de alto risco Autores Ano Título do Artigo Metodologia Resultados Principais Contribuição para o TCC WHO 2023 Cervical cancer Revisão epidemiológica O câncer cervical é causado em 95 dos casos Refirma a relação entre HPV persistente e por HPV de alto risco câncer do colo uterino Ministério da Saúde 2020 POPBrasil Prevalência do HPV Estudo transversal nacional Mais da metade dos jovens brasileiros têm contato com o HPV Apoia a discussão sobre prevalência e necessidade de triagem Frontiers in Oncology 2022 HPV E6E7 mRNA expression as a biomarker Revisão sistemática A expressão de E6E7 é mais específica que DNA para detectar risco oncogênico Mostra avanço nas técnicas diagnósticas Revista FT 2023 Diagnóstico molecular do HPV por PCR Artigo de revisão PCR detecta baixos níveis virais e diferencia subtipos com alta precisão Demonstra a vantagem da PCR sobre o Papanicolau ResearchGate 2023 Avanços no diagnóstico molecular do HPV e sua importância clínica Revisão narrativa NGS permite rastrear múltiplos subtipos e mutações relevantes simultaneamente Reforça a importância da inovação no rastreio do HPV OPAS 2024 Câncer do colo do útero Dados oficiais Alta mortalidade nos países em desenvolvimento Reforça a necessidade de diagnóstico precoce 5 CONCLUSÃO A detecção precoce do HPV é essencial para prevenir complicações graves como o câncer de colo do útero Neste trabalho foi possível analisar como os métodos diagnósticos evoluíram ao longo dos anos trazendo avanços significativos na identificação e acompanhamento dessa infecção viral tão comum e ao mesmo tempo tão perigosa Ficou evidente que técnicas como a PCR e o sequenciamento de nova geração NGS contribuíram para tornar os diagnósticos mais sensíveis e específicos permitindo identificar até mesmo subtipos virais e cargas virais muito baixas Essas inovações aumentaram a capacidade dos profissionais de saúde em detectar infecções de alto risco antes mesmo do aparecimento de sintomas ou lesões mais graves Ao mesmo tempo este estudo também mostrou que ainda há limitações importantes Nem todos os métodos conseguem distinguir por exemplo entre infecções transitórias que tendem a desaparecer espontaneamente e infecções persistentes que representam maior risco de evolução para o câncer Além disso os altos custos e a infraestrutura necessária para aplicar as tecnologias mais modernas ainda são obstáculos especialmente em contextos de baixa renda ou com poucos recursos de saúde Com isso entendese que o desafio atual não está apenas em desenvolver novas ferramentas mas também em tornálas mais acessíveis e práticas para uso no cotidiano dos serviços de saúde É preciso que as inovações tecnológicas caminhem junto com políticas públicas que ampliem o acesso aos exames e garantam um atendimento mais justo e eficaz à população Portanto concluise que os métodos diagnósticos para detecção do HPV avançaram bastante e oferecem grande potencial para melhorar o rastreamento e o cuidado com a saúde da população Porém para que esses avanços realmente façam a diferença é necessário superar as limitações ainda presentes especialmente em relação ao custo à infraestrutura e à equidade no acesso Assim a ciência aliada à gestão em saúde poderá contribuir de forma ainda mais efetiva para a prevenção do câncer e para a promoção da saúde pública REFERÊNCIAS 1 BRAY Freddie et al Global cancer statistics 2022 GLOBOCAN estimates of incidence and mortality worldwide for 36 cancers in 185 countries CA a cancer journal for clinicians v 74 n 3 p 229263 2024 2 BRIZOLA Jairo FANTIN Nádia Revisão da literatura e revisão sistemática da literatura Revista de Educação do Vale do ArinosRELVA v 3 n 2 2016 3 CONCEIÇÃO Humberto Novais et al Desafios e avanços no combate ao papilomavírus humano estratégias de prevenção e tratamento Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences v 6 n 5 p 8392 2024 4 CONWAY MJ MEYERS C Replication and assembly of human papillomaviruses Journal of Dental Research v 88 n 4 p 307317 abr 2009 5 FEDERAÇÃO BRASILEIRA DAS ASSOCIAÇÕES DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA FEBRASGO Câncer do colo do útero São Paulo FEBRASGO 2021 6 FEDERAÇÃO BRASILEIRA DAS ASSOCIAÇÕES DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA FEBRASGO Câncer da vulva e vagina São Paulo FEBRASGO 2020 7 HADI A et al Human Papillomavirus Its Characteristics Pathogenesis Transmission Immunity and its Role in Cervical Cancer A Mini Review J Water Res v 1 p 6572 2023 8 INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER INCA Coordenação de Prevenção e Vigilância Divisão de Detecção Precoce e Apoio à Organização de Rede Diretrizes brasileiras para o rastreamento do câncer do colo do útero 2ª ed Ver Atual Rio de Janeiro INCA 2016 9 INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER INCA Estimativa 2020 incidência de câncer no Brasil Rio de Janeiro INCA 2020 10 JAIN Meenu et al Epidemiology molecular pathogenesis immunopathogenesis immune escape mechanisms and vaccine evaluation for HPVassociated carcinogenesis Pathogens v 12 n 12 p 1380 2023 11 LIMA Hyale Melo et al Rastreio de Câncer de Colo de Útero pelo DNA do HPV Brazilian Journal of Health Review v 6 n 2 p 58975908 2023 12 PALEFSKY J M Human papillomavirus infections epidemiology and disease associations UpToDate 2022 13 SANKARANARAYANAN Rengaswamy et al Cervical cancer screening and therapeutic perspectives Medical Principles and Practice v 17 n 5 p 351 364 2008 14 SMITH J et al Human papillomavirus type 31 uses a caveolin 1 and dynamin 2mediated entry pathway for infection of human keratinocytes Journal of Virology vol 81 p 99229931 2007 15 TRENTINI M PAIM L Pesquisa em Enfermagem Uma modalidade convergenteassistencial Florianópolis Editora da UFSC 2001 16 BRASIL Ministério da Saúde Estudo epidemiológico sobre a prevalência nacional de infecção pelo Papilomavírus Humano POPBrasil 20152017 Brasília Ministério da Saúde 2020 Disponível em httpswwwgovbraidsptbrcentraldeconteudopublicacoes2020estu doepidemiologicosobreaprevalencianacionaldeinfeccaopelopapilo mavirushumanopopbrasil20152017view Acesso em 26 maio 2025 17 FRONTIERS IN ONCOLOGY Diagnostic potential of HPV E6E7 mRNA expression a promising biomarker for cervical cancer Frontiers in Oncology 2022 Disponível em httpswwwfrontiersinorgjournalsoncologyarticles103389fonc2022 864820full Acesso em 26 maio 2025 18 ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE Cervical cancer Genebra WHO 2023 Disponível em httpswwwwhointnewsroomfactsheetsdetailcervicalcancer Acesso em 26 maio 2025 19 ORGANIZAÇÃO PANAMERICANA DA SAÚDE Câncer do colo do útero OPAS 2024 Disponível em httpswwwpahoorgpttopicoscancerdocolodoutero Acesso em 26 maio 2025 20 RESEARCHGATE Avanços no diagnóstico molecular do Papiloma Vírus Humano e sua importância clínica ResearchGate 2023 Disponível em httpswwwresearchgatenetpublication387764735 Acesso em 26 maio 2025 21 REVISTA FT Diagnóstico molecular do Papilomavírus Humano HPV pelo método de PCR Revista FT 2023 Disponível em httpsrevistaftcombrdiagnosticomoleculardopapilomavirushumano hpvpelometododepcr Acesso em 26 maio 2025 CENTRO UNIVERSITÁRIO AVANTIS UNIAVAN PAULA VANESSA DIAS SCHULLER EVOLUÇÃO DOS MÉTODOS DIAGNÓSTICOS PARA HPV AVANÇOS E LIMITAÇÕES Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Biomedicina do Centro Universitário Avantis UNIAVAN como requisito para obtenção do Título de Bacharel em Biomedicina Orientador Mariana Milano 2025 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 5 2 REFERENCIAL TEÓRICO 7 21 Epidemiologia 8 3 METODOLOGIA 9 4 RESULTADOS E DISCUSSÕES 10 5 CONCLUSÃO 13 REFERÊNCIAS 15 RESUMO A detecção precoce do Papiloma vírus Humano é importante para prevenir a progressão de lesões précancerosas e cânceres associados Este trabalho revisa os avanços recentes e as limitações dos métodos diagnósticos utilizados para identificar o HPV A análise abrange tecnologias condicionais como a ocorrência em cadeia da polimerase PCR captura híbrida e sequenciamento de nova geração NGS Apesar dos avanços inovadores ainda existem desafios relacionados à sensibilidade especificidade custo e infraestrutura necessária para a implementação desses métodos O objetivo é fornecer uma visão abrangente sobre o estado atual dos métodos de diagnóstico do HPV e sugestões futuras para melhorar a eficácia e acessibilidade dos testes Palavraschave HPV Diagnóstico PCR Sequenciamento ABSTRACT Early detection of Human Papillomavirus HPV is important to prevent the progression of precancerous lesions and associated cancers This work reviews recent advances and limitations of diagnostic methods used to identify HPV The analysis covers conditional technologies such as polymerase chain reaction PCR hybrid capture and nextgeneration sequencing NGS Despite innovative advances there are still challenges related to sensitivity specificity cost and infrastructure required to implement these methods The goal is to provide a comprehensive overview of the current state of HPV diagnostic methods and future suggestions for improving the effectiveness and accessibility of testing Keywords HPV Diagnosis PCR Sequencing 5 1 INTRODUÇÃO O Vírus do Papiloma Humano HPV pertence a uma família de vírus que pode causar infecções em várias partes do corpo incluindo a pele e as mucosas Entre os tipos de HPV alguns são conhecidos por serem oncogênicos ou seja estão associados ao desenvolvimento de câncer principalmente o câncer cervical A infecção pelo HPV é uma das infecções sexualmente transmissíveis mais comuns em todo o mundo INCA 2020 A patologia cervical referese a alterações no colo do útero que podem variar desde lesões précancerosas até câncer invasivo As lesões precursoras do câncer cervical incluem a neoplasia intraepitelial cervical NIC que é classificada em graus I II e III conforme a severidade das alterações celulares O câncer de colo uterino constitui a quarta neoplasia mais prevalente em mulheres no mundo sendo a quarta causa de óbito por câncer em mulheres no Brasil INCA 2016 Conceição et al 2024 explicam que nos últimos anos os métodos de detecção do HPV evoluíram significativamente com o desenvolvimento de técnicas moleculares cada vez mais sensíveis e específicas PCR Reação em Cadeia da Polimerase é uma técnica molecular que amplifica o ácido desoxirribonucleico DNA permitindo a detecção precisa de sequências genéticas como o HPV O sequenciamento determina a ordem dos nucleotídeos no DNA oferecendo uma análise mais detalhada A técnica de detecção molecular conhecida como PCR tornouse o padrão ouro permitindo a identificação precisa de diferentes subtipos virais uma vez que detecta o material genético do vírus As tecnologias avançadas como o sequenciamento de nova geração NGS permitem uma análise mais precisa e aprofundada do genoma viral e de suas variantes Apesar dos avanços os métodos diagnósticos atuais ainda enfrentam dificuldades específicas A PCR por exemplo é altamente sensível mas pode detectar a presença de DNA viral em infecções latentes sem indicar atividade viral ou risco de progressão para câncer Para além os métodos moleculares muitas vezes não distinguem entre infecções transitórias e persistentes que estão mais associadas ao desenvolvimento de lesões malignas Lima et al 2023 Ambos podem ter limitações em detectar infecções de baixo risco ou com baixa carga viral 6 A principal problemática envolve a dificuldade de detectar infecções precoces distinguir entre infecções transitórias e persistentes e os custos e limitações dos métodos Assim justificase a realização do presente trabalho por meio de uma revisão abrangente sobre os avanços e limitações dos métodos diagnósticos do HPV com o objetivo de compreender como essas tecnologias podem ser aprimoradas e disseminadas contribuindo para uma detecção mais eficiente e acessível em diferentes contextos populacionais Este estudo baseiase na premissa de que essas tecnologias conseguem identificar com precisão subtipos específicos do HPV e detectar cargas virais baixas o que possibilita uma triagem mais eficaz e um monitoramento aprimorado das infecções de alto risco especialmente aquelas associadas ao desenvolvimento de câncer cervical Os métodos moleculares mais recentes como a Reação em Cadeia da Polimerase e o Sequenciamento de Nova Geração aumentam significativamente a sensibilidade e especificidade na detecção do HPV em comparação com métodos convencionais permitindo a identificação precisa de subtipos específicos e a detecção de cargas virais baixas o que contribui para uma triagem mais eficaz e um monitoramento aprimorado das infecções de alto risco Dessa forma este trabalho tem como propósito revisar e analisar os avanços e limitações dos métodos diagnósticos utilizados para a detecção do HPV identificando e descrevendo as principais tecnologias atualmente empregadas como PCR captura híbrida e NGS 7 2 REFERENCIAL TEÓRICO O Vírus do Papiloma Humano é um grupo de vírus pertencentes à família Papillomaviridae Eles são pequenos vírus de ácido desoxirribonucleico DNA não envelopados que infectam as células epiteliais da pele e das mucosas causando uma variedade de lesões e infecções Esses vírus são altamente específicos para cada espécie os HPVs infectam apenas humanos Palefsky 2022 A estrutura deste vírus é fundamental para sua capacidade de infectar células hospedeiras e se replicar O genoma do HPV possui proteínas importantes na patogênese e replicação viral As proteínas L late proteins estão relacionadas à estrutura viral e as proteínas E early proteins desempenham um papel importante na regulação do código genético viral e à transformação celular Palefsky 2022 O vírus é composto por um capsídeo protéico formado por proteínas L1 e L2 que envolvem o material genético de DNA de fita dupla circular Conway Meyers 2009 A proteína L1 é a principal componente do capsídeo e forma os pentâmeros que constituem as faces do icosaedro Ela é importante na estabilidade do capsídeo e na ligação do vírus a receptores na superfície das células hospedeiras A proteína L2 está 10 localizada dentro do capsídeo e tem um papel menos claro mas acreditase que esteja envolvida na entrada do vírus na célula hospedeira Conway Meyers 2009 As proteínas E1 e E2 são expressas precocemente auxiliando no estabelecimento de 20 a 100 cópias do material viral por meio das células basais do hospedeiro Lima et al 2023 Smith et al 2007 Essas 2 proteínas formam um complexo com a célula do hospedeiro e recrutam polimerases e proteínas acessórias necessárias para facilitar a replicação Lima et al 2023 Diferentes tipos de HPV possuem tropismo a diferentes tecidos do corpo humano sendo assim associados a diferentes patologias Palefsky 2022 Alguns tipos de HPV tem predileção ao epitélio cutâneo e se manifestam clinicamente através de lesões verrucosas Hadi et al 2023 Os tipos de HPV associados a lesões verrucosas cutâneas incluem o tipo 1 2 3 4 7 e 10 Jain et al 2023 Os tipos de HPV com predileção pelo epitélio ano genital são diversos Locais comuns para esta infecção incluem pênis escroto região perineal canal anal introito vaginal vulva e cérvice Mais de 40 subtipos de HPV podem infectar o trato genital Palefsky 2022 8 21 Epidemiologia Globalmente o HPV é a infecção sexualmente transmissível IST mais comum Em países ocidentais o pico de incidência tipicamente se encontra entre 1525 anos de idade assim como a maioria das ISTs Sendo a prevalência maior em mulheres em idade reprodutiva Palefsky 2022 Estimase que pelo menos 80 dos indivíduos sexualmente ativos vão ser expostos ao HPV ao menos uma vez durante a vida Centers For Disease Control And Prevention 2012 No entanto a maioria das infecções pelo HPV incluindo aquelas causadas por genótipos oncogênicos tem resolução espontânea em 12 meses Palefsky 2022 Dados preliminares do estudo POPBrasil resultados e ações para o enfrentamento da infecção pelo HPV realizado em 26 capitais e no Distrito Federal demonstraram a presença do vírus em 546 dos participantes A idade média dos entrevistados foi de 206 anos A maioria informou estar em uma relação afetiva estável 419 11 namorando 331 casados ou morando com oa parceiroa O restante estava sem relacionamento Pilz et al 2020 O câncer de colo do útero é a quarta neoplasia maligna mais frequente em mulheres com incidência mundial estimada de 595414 casos novos e mortalidade de 311365 mulheres em 2018 Bray et al 2024 Segundo o Instituto Nacional de Câncer o câncer de colo uterino é a quarta neoplasia mais frequente em mulheres com estimativa de 1548 casos para cada 100 mil mulheres No Brasil o câncer de colo uterino foi responsável por 5448 óbitos em mulheres no ano de 2018 com estimativa de 488 mortes para cada 100 mil mulheres Febrasgo 2021 INCA 2020 9 3 METODOLOGIA A presente pesquisa utilizada baseiase de uma revisão de literatura onde segundo Brizola e Fantin 2016 a revisão da literatura é a compilação e a replicação de ideias de vários autores sobre um determinado tema que foram coletadas por meio da leitura e da pesquisa realizada pelo pesquisador A documentação feita pelo pesquisador sobre a pesquisa que é conveniente fazer é chamada de revisão da literatura neste sentido Nesse sentido para a realização da pesquisa foi utilizado as plataformas de busca de dados Google Scholar SciELO e Portal CAPES O mesmo contou com os seguintes critérios conforme exposto na tabela 1 abaixo TABELA 1 Critérios de inclusão e exclusão da pesquisa CRITÉRIOS DE INCLUSÃO CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO Trabalhos com até 10 anos de publicação 20142024 Trabalhos com mais de 10 anos de publicação anterior a 2014 Palavraschave HPV Biotecnologia Avanços Desafios Quaisquer outras palavraschave que não estejam alinhadas com os critérios de inclusão Trabalhos concluídos Trabalhos em desenvolvimento Fonte O autor 2024 10 4 RESULTADOS E DISCUSSÕES A análise dos avanços nos métodos diagnósticos para detecção do HPV especialmente com o uso de tecnologias moleculares como a Reação em Cadeia da Polimerase PCR e o Sequenciamento de Nova Geração NGS revela um aumento significativo na capacidade de detecção de diferentes subtipos virais e de baixas cargas virais Esses métodos por serem mais sensíveis e específicos do que os métodos convencionais permitem uma triagem mais detalhada de infecções de alto risco contribuindo para o diagnóstico precoce de casos com potencial oncogênico Durante o estudo verificouse que o uso desses métodos avançados demonstrou eficácia na identificação de infecções persistentes diferenciandoas das infecções transitórias que geralmente não progridem para lesões malignas Além disso a combinação dos métodos de detecção de DNA viral com marcadores adicionais como a expressão das oncoproteínas E6 e E7 pode ajudar a distinguir casos de alto risco com maior precisão Com base no levantamento teórico realizado observouse que o Papilomavírus Humano HPV é uma infecção altamente prevalente e relevante para a saúde pública mundial O vírus apresenta grande diversidade genética com diferentes tipos associados a diversas formas clínicas desde verrugas cutâneas até lesões précancerosas e câncer principalmente de colo uterino A análise dos estudos revelou que a estrutura do HPV está diretamente relacionada à sua capacidade de invadir as células do hospedeiro e se replicar As proteínas virais como L1 L2 E1 e E2 têm funções importantes nesse processo A proteína L1 por exemplo é essencial para a entrada do vírus na célula e também é base para a formulação de vacinas por compor a maior parte do capsídeo viral Já as proteínas E1 e E2 participam da replicação do material genético do vírus dentro das células infectadas favorecendo sua permanência e possível transformação maligna Os dados também mostram que o HPV apresenta tropismo por diferentes tecidos do corpo sendo os tipos oncogênicos mais relacionados ao epitélio do trato anogenital Isso inclui regiões como o colo do útero vagina pênis ânus e vulva No caso específico do câncer cervical a infecção persistente por tipos de alto risco como o HPV 16 e 18 está claramente associada ao desenvolvimento da doença 11 Do ponto de vista epidemiológico os dados apontam que o HPV é a infecção sexualmente transmissível mais comum em todo o mundo A maior incidência ocorre entre jovens de 15 a 25 anos sendo a maioria das infecções transitórias Porém mesmo sendo uma infecção comum seu potencial de causar lesões malignas justifica a necessidade de estratégias eficientes de prevenção diagnóstico precoce e acompanhamento Os dados do estudo POPBrasil reforçam esse cenário ao revelar que mais da metade dos jovens analisados estavam infectados com HPV destacando a necessidade de ações educativas e de saúde voltadas especialmente para essa faixa etária Também se confirmou com base nos dados revisados que o câncer de colo uterino continua sendo um importante problema de saúde pública principalmente em países em desenvolvimento Apesar de ser evitável e tratável quando diagnosticado precocemente o número de casos e óbitos ainda é significativo Esses resultados reforçam a importância de estratégias de detecção mais precisas que sejam capazes de diferenciar infecções temporárias das persistentes essas últimas com maior risco de evolução para câncer Eles também sustentam a relevância de campanhas de vacinação rastreamento com exames sensíveis e acessíveis além do acompanhamento adequado das mulheres infectadas com tipos de HPV de alto risco Autores Ano Título do Artigo Metodologia Resultados Principais Contribuição para o TCC WHO 2023 Cervical cancer Revisão epidemiológica O câncer cervical é causado em 95 dos casos por HPV de alto risco Refirma a relação entre HPV persistente e câncer do colo uterino 12 Ministério da Saúde 2020 POPBrasil Prevalência do HPV Estudo transversal nacional Mais da metade dos jovens brasileiros têm contato com o HPV Apoia a discussão sobre prevalência e necessidade de triagem Frontiers in Oncology 2022 HPV E6E7 mRNA expression as a biomarker Revisão sistemática A expressão de E6E7 é mais específica que DNA para detectar risco oncogênico Mostra avanço nas técnicas diagnósticas Revista FT 2023 Diagnóstico molecular do HPV por PCR Artigo de revisão PCR detecta baixos níveis virais e diferencia subtipos com alta precisão Demonstra a vantagem da PCR sobre o Papanicolau ResearchGate 2023 Avanços no diagnóstico molecular do HPV e sua importância clínica Revisão narrativa NGS permite rastrear múltiplos subtipos e mutações relevantes simultaneamente Reforça a importância da inovação no rastreio do HPV OPAS 2024 Câncer do colo do útero Dados oficiais Alta mortalidade nos países em desenvolvimento Reforça a necessidade de diagnóstico precoce 13 5 CONCLUSÃO A detecção precoce do HPV é essencial para prevenir complicações graves como o câncer de colo do útero Neste trabalho foi possível analisar como os métodos diagnósticos evoluíram ao longo dos anos trazendo avanços significativos na identificação e acompanhamento dessa infecção viral tão comum e ao mesmo tempo tão perigosa Ficou evidente que técnicas como a PCR e o sequenciamento de nova geração NGS contribuíram para tornar os diagnósticos mais sensíveis e específicos permitindo identificar até mesmo subtipos virais e cargas virais muito baixas Essas inovações aumentaram a capacidade dos profissionais de saúde em detectar infecções de alto risco antes mesmo do aparecimento de sintomas ou lesões mais graves Ao mesmo tempo este estudo também mostrou que ainda há limitações importantes Nem todos os métodos conseguem distinguir por exemplo entre infecções transitórias que tendem a desaparecer espontaneamente e infecções persistentes que representam maior risco de evolução para o câncer Além disso os altos custos e a infraestrutura necessária para aplicar as tecnologias mais modernas ainda são obstáculos especialmente em contextos de baixa renda ou com poucos recursos de saúde Com isso entendese que o desafio atual não está apenas em desenvolver novas ferramentas mas também em tornálas mais acessíveis e práticas para uso no cotidiano dos serviços de saúde É preciso que as inovações tecnológicas caminhem junto com políticas públicas que ampliem o acesso aos exames e garantam um atendimento mais justo e eficaz à população Portanto concluise que os métodos diagnósticos para detecção do HPV avançaram bastante e oferecem grande potencial para melhorar o rastreamento e o cuidado com a saúde da população Porém para que esses avanços realmente façam a diferença é necessário superar as limitações ainda presentes especialmente em relação ao custo à infraestrutura e à equidade no acesso Assim 14 a ciência aliada à gestão em saúde poderá contribuir de forma ainda mais efetiva para a prevenção do câncer e para a promoção da saúde pública 15 REFERÊNCIAS BRAY Freddie et al Global cancer statistics 2022 GLOBOCAN estimates of incidence and mortality worldwide for 36 cancers in 185 countries CA a cancer journal for clinicians v 74 n 3 p 229263 2024 BRIZOLA Jairo FANTIN Nádia Revisão da literatura e revisão sistemática da literatura Revista de Educação do Vale do ArinosRELVA v 3 n 2 2016 CONCEIÇÃO Humberto Novais et al Desafios e avanços no combate ao papilomavírus humano estratégias de prevenção e tratamento Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences v 6 n 5 p 8392 2024 CONWAY MJ MEYERS C Replication and assembly of human papillomaviruses Journal of Dental Research v 88 n 4 p 307317 abr 2009 FEDERAÇÃO BRASILEIRA DAS ASSOCIAÇÕES DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA FEBRASGO Câncer do colo do útero São Paulo FEBRASGO 2021 FEDERAÇÃO BRASILEIRA DAS ASSOCIAÇÕES DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA FEBRASGO Câncer da vulva e vagina São Paulo FEBRASGO 2020 HADI A et al Human Papillomavirus Its Characteristics Pathogenesis Transmission Immunity and its Role in Cervical Cancer A Mini Review J Water Res v 1 p 6572 2023 INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER INCA Coordenação de Prevenção e Vigilância Divisão de Detecção Precoce e Apoio à Organização de Rede Diretrizes brasileiras para o rastreamento do câncer do colo do útero 2ª ed Ver Atual Rio de Janeiro INCA 2016 INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER INCA Estimativa 2020 incidência de câncer no Brasil Rio de Janeiro INCA 2020 JAIN Meenu et al Epidemiology molecular pathogenesis immunopathogenesis immune escape mechanisms and vaccine evaluation for HPVassociated carcinogenesis Pathogens v 12 n 12 p 1380 2023 LIMA Hyale Melo et al Rastreio de Câncer de Colo de Útero pelo DNA do HPV Brazilian Journal of Health Review v 6 n 2 p 58975908 2023 PALEFSKY J M Human papillomavirus infections epidemiology and disease associations UpToDate 2022 SANKARANARAYANAN Rengaswamy et al Cervical cancer screening and therapeutic perspectives Medical Principles and Practice v 17 n 5 p 351 364 2008 SMITH J et al Human papillomavirus type 31 uses a caveolin 1 and dynamin 2mediated entry pathway for infection of human keratinocytes Journal of 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