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Cursos Gerais ·
Economia Brasileira Contemporânea
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1 GESTÃO EM RECURSOS HUMANOS GESTÃO DE PROCESSOS GERENCIAIS ECONOMIA NÚCLEO 2 Prof Roberto Gil Uchôa FASE 1 ROTEIRO DE APRENDIZAGEM OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM Analisar a microeconômica da teoria do consumidor Nesta fase os alunos terão contato com os conceitos básicos de economia bem como suas áreas de atuação Começaremos a entrar no campo microeconômico da Teoria do Consumidor Para o profis sional de Gestão é fundamental compreender o funcionamento da Economia e entender como os consumidores tomam as suas decisões e de que maneira as variáveis econômicas impactam as deci sões de consumo Nesta fase você aprenderá a Reconhecer os conceitos básicos da ciência econômica bem como os seus ramos de atuação e sistemas Compreender a microeconomia e a Teoria do Consumidor Analisar a restrição orçamentária as preferências do consumidor e suas escolhas Compreender analisar e avaliar as curvas de oferta demanda e ponto de equilíbrio Compreender aplicar e analisar as elasticidadespreço e renda da demanda CONTEXTO E RELEVÂNCIA Porque temos que aprender Economia As ciências econômicas servem de base para compreender como o mundo dos negócios funciona as estratégias empresariais são montadas as decisões de negócios são tomadas e as condições de em pregabilidade e carreira de um profissional de Gestão pode ser traçada Abdicar do direito de apren der Economia é relegarse à mediocridade de entender como o Marketing e as Finanças funcionam e amargar os pífios resultados que você vai ter na administração da sua própria vida financeira Sim verdade As Finanças Pessoais se vinculam essencialmente à Economia e você pode aprender a investir a partir da compreensão desta ciência Isso influencia a sua casa veremos daqui a pouco Tudo nessa vida depende de Política e Economia As empresas também Você vai querer ficar de fora desse jogo 2 DESCRIÇÃO DA FASE O que veremos nesta Fase Nesta fase vamos compreender como o mercado funciona lócus este onde a oferta se encontra com a demanda destacando quais variáveis impactam em mudanças no comportamento dos agen tes Entenderemos os objetivos das ciências econômicas e a partir daí vamos compreender o que são e como os sistemas econômicos funcionam Os chamados agentes econômicos são quaisquer atores do ambiente de mercado como pessoas famílias empresas instituições bancos seguradoras governo etc Os detalhes apresentados se tornam fundamentais para a tomada de decisão no âmbito empresari al pois os fluxos de trocas reais e monetárias constantes no mercado exigem que os gestores com preendam a diferença entre um argumento repleto de juízo de valor ou de uma análise sem impor sua visão de mundo Por isso é importante que você também compreenda as diferentes abordagens das ciências econô micas e o impacto que as restrições orçamentárias impõem sobre os o conjunto de produtos que os consumidores podem adquirir levando em conta também suas preferências de modo a maximizar sua satisfação e bemestar que é chamado na microeconomia de Escolha do consumidor Além disso veremos também como ocorre o equilíbrio entre oferta e demanda de bens e serviços bem como a sensibilidade e mudança em seu padrão de consumo diante de alterações nos níveis de preço Desse modo iremos elaborar a primeira parte de uma consultoria para uma grande empresa norte americana do ramo do varejo interessada em investir no mercado brasileiro Assim nessa primeira fase vamos entender os principais conceitos das ciências econômicas suas áreas de interseção e campos de atuação o tradeoff e custos de oportunidade os sistemas econô micos e método de análise normativo e positivo Com destaque ainda para a microeconomia e a teo ria do consumidor restrição orçamentária do e preferências consumidor oferta demanda e equilí brio de mercado e elasticidadespreço Glossário a ser pesquisado e descrito Pesquise os seguintes conceitos em Economia Ciências Econômicas Bemestar Diferença entre microeconomia e macroeconomia Diferença entre oferta demanda e consumo Agentes econômicos Preço Escassez Diferença entre lucro e riqueza Fluxos de trocas reais e fluxo de trocas monetárias Ao longo do nosso curso será relevante construirmos um glossário com todas as principais expres sões técnicas traba lhadas na disciplina Inclusive isso fará parte substancial da sua avaliação 3 CONHECIMENTOS E HABILIDADES 11 INTRODUÇÃO ÀS CIÊNCIAS ECONÔMICAS SUAS ÁREAS DE INTERSEÇÃO E CAMPOS DE ATUAÇÃO Neste primeiro momento vamonos concentrar na parte introdutória das ciências econômicas a Rainha das Ciências Sociais Sabemos que a economia afeta as nossas vidas todos os dias de forma quase invisível aos olhos da maioria Sendo assim para entender melhor está visão leia das páginas 1 a 8 da obra Introdução à Economia princípios e ferramentas 1ª edição do autor Arthur OSullivan Steve Sheffrin e Marislei Nishijima De forma a complementar seu conhecimento sobre os assuntos ligados às bases da ciência econômi ca e os campos de atuação leia das páginas 1 a 4 seção 11 até a seção 12 inteiras da obra Princípios de Economia 1ª edição do autor Francisco Mochón Você já parou para pensar quais são as outras áreas de estudo que possuem afinidades com a ciência econômica São muitas as áreas vejamos algumas delas Direito Matemática Estatística Contabilidade Administração História Filosofia Geografia Política Notas de Aprendizagem No livro Introdução à Economia de Mendes et al 2015 começamos falando da origem do termo economia termo que a autoria é atribuída ao filósofo grego Xenofonte cerca de 500 anos antes de Cristo A palavra economia deriva do termo grego OIKONOMOS onde OIKOS significa casa lar enquanto que NOMOS significa estudo ciência gestão OIKONOMOS OIKOS NOMOS Ou seja Casa Estudo Assim fazendo uma tradução livre economia significa em termos gerais como fazemos para adminis trar nosso lar nossa casa E se você fizer uma pequena analogia perceberá que para administrar uma casa são necessárias algumas similaridades com a administração de uma empresa ou de um Ma yo non parlo griego fessô 4 governo como receber valores pagar as despesas e investimentos garantir a infraestrutura básica etc De forma geral nossos recursos são escassos Por outro lado nossas necessidades são infinitas Para equilibrar isso entra a necessidade de produção distribuição e alocação de nossos recursos visando atender às necessidades Pois é neste momento que a ciência econômica nos auxilia com a missão tão importante que é a alocação eficiente dos recursos Saiba Mais Aprenda os fundamentos de economia lendo toda a seção 11 do capítulo 1 página 2 da obra Economia fundamentos e aplicações 1ª edição do autor Judas Mendes 12 SISTEMAS ECONÔMICOS Agora que compreendemos os conceitos básicos da ciência econômica vamos entender como os sistemas econômicos são concebidos como funcionam e quais suas diferenças mais marcantes A ciência econômica em razão de ser uma ciência social possui interseção com diversas áreas do conhecimento tais como matemática direito história e política entre outras Sendo assim para que possamos compreender os 2 dois sistemas econômicos mais difundidos na atualidade o capitalismo e o socialismos e suas diversas vertentes devemos antes fazer um breve mergulho no conteúdo para então entendermos de onde surgiram Nesse contexto leia os capítulos 2 e 3 da obra organizada por Cleyton Izidoro intitulada Economia e Política 2ª edição em que se apresenta as principais diferenças teóricas entre o capitalismo de Adam Smith e o socialismo de Karl Marx respectivamente Mesa de Trabalho Capitalismo vs Socialismo Você já deve ter percebido que o Brasil vive uma dicotomia entre aqueles que defendem o livre mercado e os direitos individuais o liberalismo direita e os que defendem maior intervenção do Estado maior protecionismo com foco no coletivismo esquerda Para complementar o assunto abordado assista ao vídeo do Professor Silvester Geografia intitulado Capitalismo e Socialismo VOCÊ REALMENTE CONHECE começar em 44 segundos Em seguida faça uma análise sobre este assunto que atualmente é tão comentado Após assistir ao vídeo res ponda as seguintes questões Glossário a ser pesquisado e descrito O que é o capitalismo Quais são as fases do capitalismo Quais as principais características de cada uma das fases do capitalismo O que é o socialismo Quais as principais características do socialismo 5 Os EUA são socialistas ou capitalistas Explique sua opinião A China é capitalista ou socialista Explique sua opinião O Brasil é socialista ou capitalista Explique sua opinião Notas de Aprendizagem Fazse necessário evidenciar que tanto o capitalismo quanto o socialismo são fenômenos sociais complexos e são difíceis de serem explicados de forma simplória Porém em termos gerais o socialismo é marcado pelo controle do Estado dos meios de produção ou seja tudo que seja empregado para a produção de riquezas em tese seria administrado pelo Estado de modo que nenhum homem seja explorado por outro homem gerando classes de pessoas com diferentes rendas e diferentes padrões de consumo coletivismo Já o capitalismo se diferencia pelo fato de todos os meios de produção a serem detidos pela iniciati va privada restando ao Estado apenas o papel de garantir os bens públicos como saúde segurança e educação individualismo Entretanto com o estudo veremos que estes sistemas puros não existem mas sim uma evolução histórica de deriva para várias vertentes híbridas deles Independentemente de sua visão de mundo ou preferências é importante compreendermos as principais diferenças e o motivo deles existirem como conhecemos hoje Saiba Mais Os conceitos sobre capitalismos e socialismo não possuem fronteiras muito bem definidas e como toda a sociedade estão em constante processo de evolução Entretanto é importante frisar que o capitalismo como conhecemos hoje vem evoluindo ao longo dos séculos XVII XVIII XIX e XX a partir do fim das monarquias absolutistas das revoluções industriais e com o surgimento da classe social proletariada Já o socialismo surge a partir de críticas àquele modelo de capitalismo que existia na época tendo também várias vertentes tais como o capitalismo utópico o científico e o revolucionário entre ou tros Assim para uma viagem mais profunda sobre esse tema fascinante uma boa dica é a leitura da obra História economia política e cultura no século XIX do autor Clóvis Gruner com destaque para os capítulos 2 página 55 que trata das mudanças sociais que permitiram a ascensão do capitalismos e o capítulo 3 que trata das revoluções liberais e a da experiência da Comuna de Paris Mas em geral recomendase o livro como um todo Além disso leia também a obra Economia e Política 2ª edição do autor Cleyton Izidoro com des taque para o capítulo 3 nas páginas 117 a 165 As sugestões de leitura apresentadas tem o objetivo de lapidar o entendimento e a opinião sobre os sistemas econômicos 6 13 TRADEOFF E CUSTOS DE OPORTUNIDADE Você já parou para pensar o quanto nossas necessidades são infinitas Aquela roupa aquele celular de última geração um notebook um carro Mas e depois que você os adquirir Inevitavelmente você irá desejar outra coisa e assim por diante Nossas necessidades são infinitas porém nossos recursos são escassos não é mesmo Sendo assim diante de nossas necessidades infinitas e nossos escassos recursos precisamos esco lher dentre as infinitas possibilidades de consumo aquelas que irão maximizar nossa satisfação sem que necessariamente todas sejam plenamente satisfeitas Nesse contexto agora entenderemos os conceitos de TradeOff e Custo de Oportunidade Para isto leia das páginas 6 a 10 seções 112 a 114 da obra Economia fundamentos e aplicações 1ª edi ção d o autor de Judas Mendes Para garantir nosso entendimento assista ao vídeo sobre Custo de Oportunidade criado pelo canal Terraço Econômico que apresentam uma linguagem bem bacana sobre o conceito de custo de opor tunidade Notas de Aprendizagem De acordo com o contexto estudado destacamos que a curva de possibilidade de produção é uma metodologia bem simples para exemplificar as questões que envolvem a escassez o tradeoff e o custo de oportunidade A escassez se dá pela limitação de recursos primários para a fabricação de um produto ou serviço Por exemplo uma fábrica teria o potencial de fabricar até 100 mil jogos de pneus para veículos de passeio No entanto o volume de borracha e outros insumos disponíveis no mercado seriam sufici entes para a produção de apenas 80 mil jogos de pneus e a sua fábrica ainda teria que disputar esses recursos com as suas concorrentes A expressão tradeoff se refere a qualquer decisão que remeta a uma situação de mutuamente ex cludente numa fábrica de brinquedos de plástico ou se fabrica ioiôs ou carrinhos Dados que os recursos matérias primas elementos essenciais e insumos são escassos para que seja possível elevar a produção de suco guaraná por exemplo é necessário fazer um tradeoff de reduzir as quantidades produzidas de energéticos de taurina que leva a mesma fruta Alguns even tos externos como catástrofes naturais ou avanços tecnológicos podem retrair ou expandir a curva de possibilidades de produção respectivamente O custo de oportunidade surge dos tradeoffs diários da nossa vida Ele representa os custos incorri dos que estejam associados a uma escolha medido em termos de melhor oportunidade perdida Tratase de um valor que atribuímos ou incorreríamos à melhor alternativa de que prescindimos quando efetuamos a nossa escolha O axioma se fecha quando percebemos que o custo de oportunidade só existe porque vive mos num mundo de escassez e que temos de tomar decisões de tradeoff visando maximizar a nossa satisfação 7 Por dispormos de limitação de recursos matérias espaço físico capacidade produtiva eou capital constantemente nos vemos frente à escassez Então nossas decisões se voltam para a maximização de satisfação maximizar o lucro aumentar o market share de um produto ou aproveitar um benefí cio fiscal de tempo limitado forçandonos a fazer tradeoffs Então na sua casa em uma empresa ou mesmo um plano governamental precisamos encarar o melhor custo de oportunidade das nossas decisões Uma mãe sabe que seus filhos adoram batata frita todos os fins de semana Mas por causa de uma quebra na produção de batatas seu preço mais que dobrou na feira Com seu orçamento doméstico limitado ela precisa tomar uma decisão tradeoffs comprar a batata e não comprar carne ou trocar a batata por inhame ou ainda reduzir o volume de batatas no almoço para poder comprar as maçãs que as crianças amam Curva de Possibilidade de Produção CPP Numa fábrica que utiliza os mesmos equipamentos para a produção de dois produtos mutuamente excludentes por exemplo farinha e açúcar existe a escassez por limitação da capacidade produtiva A empresa precisa mensurar as margens de lucratividade que alcança com cada produto a fim de mensurar o custo de oportunidade da sua decisão de tradeoff qual seria o volume ideal de farinha e açúcar dada a limitação produtiva que atendesse às estratégias da empresa para esses dois seg mentos de mercado mas que maximizasse o seu retorno pela minimização do custo de oportunida de É quando surge o esforço gráfico de se representar os diferentes impactos financeiros para o negó cio dessa decisão A curva de possibilidade de produção CPP é uma ferramenta gráfica que visa demonstrar a capa cidade de produção de um determinado produto podendo ser aplicado para comparar o desempe nho de dois produtos diferentes Vejamos no gráfico 1 do nosso exemplo usando a capacidade pro dutiva de farinha e açúcar da nossa fábrica Gráfico 1 Capacidade produtiva em tradeoff de farinha e açúcar na nossa Fábrica 8 Como vimos o conceito nos remete a algumas questões que o gestor de um negócio deve fazer O que produzir Para quem produzir Em que volume produzir Como produzir A que custo de oportunidade se deve produzir O recurso da CPP é especialmente útil em unidades fabris ou negócios que envolvam decisões de tradeoff Mas se formos pensar bem esse gráfico se aplicaria também em algumas rotinhas finan ceiras do lar como no caso das batatas fritas daquela mãe tão dedicada em satisfazer as necessida des dos filhos Por fim o entendimento da curva de possibilidades de produção nos esclarece que diante da escas sez para que seja possível produzir mais de algo é inevitavelmente necessário produzir menos de outro item ou seja para se investir mais em um ativo é necessário deixar de investir em outro ativo e assim sucessivamente Caso você precise de maiores esclarecimentos sobre CPP sugerimos assistir ao vídeo abaixo do ca nal Economia em Quadros Curva de Possibilidade de Produção parte 1 de 2 951 httpsyoutubemi3U9dWa5tQ Fixando o Conteúdo 9 Após todas as informações apresentadas perceberam como enfrentamos tradeoffs todos os dias e que cada um destes tradeoffs nos impõem custos de oportunidade Certamente assim como eu você também está enfrentando os seus Que tal reforçamos nosso aprendizado Vamos lá Liste ao menos 3 três de seus tradeoffs em casa ou no trabalho apontando quais são os custos de oportunidade de cada um deles não precisa ser necessariamente um valor específico pode ser algo descritivo Empresas e governos também enfrentam custos de oportunidade Explique um pouco seu ponto de vista Você conhece alguma situação em que não exista tradeoff ou custo de oportunidade Será que o custo de oportunidade tem alguma relação com os custos contábeis Será que eles são registrados em alguma demonstração financeira das empresas Saiba Mais Para saber mais sobre o assunto o sítio eletrônico do Valor Investe apresenta a matéria sobre o tra deoff entre retornos dos investimentos e risco de perda financeira intitulada Entenda os Fatores de Risco Antes de Investir Vale a pena dar uma conferida 14 MÉTODOS DE ANÁLISE NORMATIVO E POSITIVO Certamente você possui uma opinião formada sobre diversos assuntos não é mesmo Entretanto essa opinião se formou com base na sua experiência de vida A criação de seus pais seus valores sua vida colegial e de faculdade influenciaram a construção dessa experiência e consequen temente a sua opinião correto Pois bem os métodos de análise normativo e positivo são fundamentais para que possamos fazer reflexões importantes e sua compreensão é a nossa tarefa aqui Vamos primeiro aos conceitos bási cos Leia a seção 114 da obra Princípios de Economia 1ª edição do autor de Francisco Mochón Em seguida leia das páginas 6 a 7 da obra Microeconomia 8ª edição de Pindyck e Rubinfeld para consolidar o entendimento destes conceitos Mesa de Trabalho Análise Normativa vs Positiva Todos os dias nós nos deparamos com uma série de informações econômicas provenientes das mais diversas fontes Aqui temos que fazer um grande divisor em sua vida Presta atenção nisso No colégio até passarmos no vestibular recebemos uma carga ampla de conhecimentos básicos que a humanidade acumulou por séculos Experiências foram passadas de forma que você absorvesse o maior conteúdo possível Agora na faculdade o nosso objetivo é lhe ajudar a desenvolver competências e análise crítica Você não pode mais acatar a entrada de informações ou análises passivamente você precisa desenvolver 10 um senso de criticar o que está recebendo e melhorar os dados e informações recebidas gerando novas análises Sendo assim precisamos avaliar se as análises que estamos recebendo são de caráter normativo ou positivo Da mesma forma que você muitas análises que serão apreciadas pelas empresas estão repletas de valores e uma visão bastante pessoal do mundo o que pode causar uma compreensão duplicada ou divergente sobre determinados assuntos A análise positiva é aquela que tenta explicar como um tema ou assunto se dá ou seja o descreve como é A análise normativa tenta indicar como ela deveria ser Vejamos o exemplo a seguir José As leis atuais do saláriomínimo causam desemprego Maria O governo deveria aumentar o saláriomínimo Para você qual dessas afirmações seria normativa e qual seria positiva Seriam ambas uma e outra Vejamos Uma diferença essencial entre as análises positiva e normativa está em como julgamos sua validade Em princípio podemos confirmar ou refutar as afirmações positivas por meio do exame de evidên cias Um economista por exemplo poderia analisar as conclusões de José ou de Maria sustentando por dados estatísticos históricos como variação anual do saláriomínimo curva de desemprego no país análise do PIB ou da renda per capita Talvez o manifesto de José sim A afirmação de Maria entretanto não pode ser avaliada apenas com a comparação de dados Deci dir se uma política pode ou não ser aplicada não é questão apenas de ciência ela depende de outras questões como ética religião filosofia política dentre outros Embora as declarações positivas e normativas sejam diferentes elas estão intimamente integradas no conjunto de crenças do indivíduo Por exemplo aceitar a assertiva de que José é correta é auto maticamente rejeitar a de Maria pois se aumentarmos o saláriomínimo termos inflação À medida que estudamos economia tenha em mente a diferença entre essas afirmações pois isso o manterá no foco da compreensão das teóricas econômicas Mas tenha em mente que um consultor econômico se manifesta muito mais pelo discurso normativo enquanto o cientista e pesquisador de economia busca sempre atuar no discurso positivo Ah sim Um economista poderia facilmente corroborar ou contestar a frase de José com essa aná lise histórica sustentando que se trata de uma análise positiva Maria ficou no discurso normativo Mesa de trabalho 11 De modo a melhorar nosso entendimento sobre os conceitos de análise normativa e positiva fare mos uma discussão a cerca de duas reportagens que tocam sobre um assunto superpolêmico o aborto A primeira reportagem publicada no sitio eletrônico do El País Brasil intitulada Aborto um senti mento de alívio disponível em httpsbrasilelpaiscomopiniao20200117abortoum sentimentodealiviohtml Já a segunda matéria do sítio eletrônico Consultor Jurídico intitulada Estudos mostram que abor to legal reduziu criminalidade nos EUA disponível em httpswwwconjurcombr2001fev 04professoresafirmamabortolegalreduzcrimes Leia com atenção às duas reportagens e no grupo de trabalho discutam sobre o tema respondendo às seguintes perguntas Qual delas possui análise normativa sobre o assunto Qual delas possui análise positiva sobre o assunto Quais indicativos de que a matéria possui análise normativa Quais os indicativos de que a matéria possui análise positiva Notas de Aprendizagem O tempo todo o gestor se depara com informações para a partir delas tomar suas decisões Sendo assim é extremamente importante que o gestor consiga distinguir quando uma análise é normativa ou seja exprime principalmente o ponto de vista valores e ideologias de quem os preparou ou quando é uma análise positiva que se baseia em fatos de dados para apresentar uma opinião isenta e sem viés Sendo assim os gestores devem ser preparados para lidar com a diversidade em todos os seus as pectos porém sem deixar levar por influências que não estejam vinculadas com a razão Vamos checar se você compreendeu bem estes 2 dois conceitos Explique detalhadamente o que é i Análise Normativa dando um exemplo e ii Análise Positiva dando um exemplo Saiba Mais O site Consultor Jurídico publicou a matéria intitulada Richard Posner e a tradição da análise econômica do Direito em que entre outros pontos explica que a própria ciência já foi identificada como recurso ideológico em prol do capitalismo Assim os autores apontam na matéria a importân cia da análise positiva no campo das ciências sociais Vale muito a pena a leitura Um dos autores dos autores do livro Freakconomics o economista Steven Levitt concedeu entre vista para a página de notícias online G1 intitulada Lição de Freakonomics serve para o Brasil diz autor do livro vale a pena conferir e já fica aqui a recomendação da obra Freakonomics O Lado Oculto e Inesperado de Tudo que nos Afeta de autoria de Steven Levitt e Stephen J Dubner 12 httpg1globocomNoticiasPolitica0MUL162191560100 LICAODEFREAKONOMICSSERVEPARAOBRASILDIZAUTORDOLIVROhtml 15 MICROECONOMIA E A TEORIA DO CONSUMIDOR Uma das obras mais lidas em cursos de microeconomia no Brasil sem dúvidas é o livro dos professo res de economia dos EUA Robert Pindyck e Daniel Rubinfeld intitulado Microeconomia 8ª edição livro que usaremos bastante em nosso curso Sendo assim nessa ampla obra que destaca os princi pais conceitos de microeconomia também apresenta uma introdução interessante apontando os principais aspectos da microeconomia Neste contexto leia das páginas 3 a 18 do livro indicado e em paralelo destaque os seguintes pontos O que é microeconomia e em que compreende a sua atuação Os temas da microeconomia O que é um mercado Preços reais vs preços nominais Por que estudar microeconomia Complementarmente responda o que é macroeconomia e quais os seus principais temas Para Casa valendo nota de participação Ao longo de sua leitura alguns aspectos muito importantes devem ter sido assimilados por isso atentese às questões que você deverá ser capaz de responder Por que gestores precisam estudar e compreender a teoria microeconômica Por que cada vez mais os limites entre a microeconomia e a macroeconomia são mais tênues As mensalidades que você paga na Celso Lisboa estão em preços reais ou nominais Como você explicaria isso para seu amigo Com a leitura em destaque você conseguirá responder aos questionamentos apresentados Portan to elabore em uma folha de papel almaço as questões acima colocando no topo da primeira página o seu nome completo e matrícula em letra de imprensa Notas de Aprendizagem Conforme vimos a microeconomia é um dos campos de atuação das ciências econômica e tem por objetivo estudar as decisões individuais dos agentes econômicos em determinados mercados Desta forma dentro da microeconomia a teoria do consumidor surge como sendo o campo de estudo das decisões individuais dos consumidores e como eles fazem suas escolhas no mercado levando em consideração suas restrições orçamentárias e suas preferências de modo a maximizar sua utilidade satisfação Saiba Mais 13 Para complementar seus estudos sobre macroeconomia leia das páginas 24 a 25 da obra Microeconomia 1ª edição da autora de Jacqueline Haffner 16 RESTRIÇÃO ORÇAMENTÁRIA Agora falaremos sobre restrição orçamentária e para isso destacase a Teoria do Consumidor que se divide em Teoria do Consumidor e Teoria da Firma Neste momento iniciaremos nossa abordagem microeconômica pela teoria do consumidor de modo a entender como o consumidor toma suas decisões de consumo levando em consideração tanto suas restrições orçamentárias quanto suas preferências Desta forma leia das páginas 66 e de 80 a 84 toda a seção 32 da obra Microeconomia 8ª edição de Pindyck e Rubinfeld Em seguida leia das páginas 74 a 80 toda a seção 42 da obra Microeconomia 1ª edição da auto ra de Jacqueline Haffner A Teoria do Comportamento do Consumidor descreve como os consumidores alocam a sua renda entre diferentes bens e serviços procurando maximizar seu bemestar O comportamento do con sumidor é melhor compreendido quando contextualizado sob três etapas distintas 1ª etapa Preferência do consumidor Consiste em encontrar uma forma de descrever por que as pessoas preferiam um bem a outro essa preferência pode ser representada gráfica e algebricamente 2ª etapa Restrições orçamentárias Por mais que seus desejos sejam infinitos haverá sempre uma dotação orçamentária para suprir essas preferências do consumidor por isso devemos considerar os preços e quantidades de bens a serem consumidos à luz das suas limitações financeiras 3ª etapa Escolhas do consumidor Visa responder à questão o que um consumidor faz ao ter que limitar suas preferências em face de uma limitação orçamentária escolher uma combinação de bens que maximizem a sua sa tisfação depende dos preços dos vários bens disponíveis levandonos a compreender o que é demanda A cesta de mercado é um conjunto de diferentes bens e serviços com volumes determinados Ela pode conter gêneros alimentícios produtos de limpeza e higiene ou um certo volume de games ad quiridos A composição desta cesta varia de consumidor para consumidor e a teoria versa que ele buscará normalmente selecionar as cestas de mercado que os satisfaçam da melhor forma possível 14 A utilidade é um índice numérico que representa a satisfação que um consumidor obtém com dada cesta de mercado Quando se consegue propor uma fórmula que atribui níveis de utilidade a cestas de mercado individuais temos a função utilidade Notas de Aprendizagem Após todas as leituras indicadas destacamos que no dia a dia os agentes econômicos firmas famí lias e governos se deparam com restrições orçamentárias ou seja limitações que estes agentes possuem quando vão adquirir a melhor cesta de produtos bens e serviços disponível no mercado Inicialmente o consumidor se depara com uma infinidade de produtos que pode adquirir mas em decorrência de sua renda limitada deve adequar sua necessidade de consumo à sua capacidade de pagamento por estes produtos ou seja sua capacidade de consumo é limitada por sua renda Daí podemos depreender a seguinte expressão conforme a equação 1 a seguir 1 𝒑𝟏 𝒙𝟏 𝒑𝟐 𝒙𝟐 𝒑𝒊 𝒙𝒊 𝑴 Em que pi é o preço do bem i xi é a quantidade do bem i M é a renda do indivíduo i 1 2 Levandose em consideração que no presente modelo o mercado financeiro não está inserido aqui lo que o consumidor adquire não pode superar a sua renda Neste momento será feita uma peque na simplificação da realidade para que seja possível representar graficamente a restrição orçamen tária do consumidor Por isso serão considerados apenas 2 bens na cesta de produtos do consumi dor ou seja x1 e x2 Além disso será considerado que o consumidor gaste toda a sua renda no con sumo dos bens citados Desta forma podese representar a restrição orçamentária do consumidor conforme a equação 2 a seguir 2 𝒑𝟏 𝒙𝟏 𝒑𝟐 𝒙𝟐 𝑴 A partir da equação 2 podese apresentar a restrição orçamentária utilizandose o plano cartesiano conforme na figura 1 a seguir 15 Gráfico 2 Restrição orçamentária Fonte Varian 2006 Conforme pode ser observado no gráfico 2 a restrição orçamentária se refere ao limite que o con sumidor possui para adquirir bens e serviços A região interna à restrição orçamentária chamase Conjunto Orçamentário ou Conjunto de Possibilidades de Consumo Desta forma quanto mais distante da origem estiver a restrição orçamentária maior será a capaci dade de consumo e por consequência o conjunto orçamentário De forma análoga quanto mais próximo da origem menor será a capacidade de consumo A restrição orçamentária pode sofrer alterações em função de alterações na renda e nos preços Por isso aumentos na renda provocam aumentos na restrição orçamentária e por consequência au mentos na capacidade de consumo dos agentes econômicos e viceversa E os aumentos de preços provocam redução da restrição orçamentária reduzindo com isso a capacidade de consumo dos agentes econômicos e vice e versa Em suma ao realizar o consumo o consumidor busca a maximização de sua satisfação que é limita da por sua renda Por isso entender a noção de restrição orçamentária é fundamental para o proces so de escolha do consumidor Sendo assim repare que as alterações na renda ou nos preços dos produtos mudam o conjunto de possibilidades de consumo que é o conjunto de bens ou serviços que o consumidor pode adquirir com sua renda Em outras palavras quando a renda ou os preços mudam a quantidade de bens e serviços que o consumidor pode adquirir também muda Por este motivo é extremamente importante o entendimento de como a mudança nas variáveis renda e preços alteram a demanda por produtos e serviços no mercado em que determinada em presa atua Assim é possível perceber também que alguns consumidores são mais sensíveis às mu danças de renda e preços do que outros e isto certamente impacta no desempenho das empresas 16 Lembrese que neste modelo se presume que o consumidor irá sempre consumir toda a sua renda preferencias homotéticas de forma a maximizar a sua satisfação E sim em microeconomia a satis fação é maximizada quando se maximiza o consumo mais é melhor do que menos Sabemos que dinheiro não traz felicidade mas traz maximização da satisfação que para algumas pessoas é a mesma coisa Saiba Mais O vídeo do Terraço Econômico intitulado Restrição Orçamentária 334 disponível em httpsyoutubePQfQZ3BWUiI apresenta uma abordagem bem dinâmica sobre este conceito supe rimportante e que todos nós conhecemos muito bem não Importante que fique claro que suas decisões de consumo dependem de quanto de renda disponível para o consumo você tem 17 PREFERÊNCIAS DO CONSUMIDOR Agora iniciaremos nossa viagem sobre a forma como o consumidor escolhe sua cesta de produtos e serviços bens analisando a restrição orçamentária que conforme vimos limita o conjunto de pos sibilidade de consumo do indivíduo Desta forma o consumidor só poderá adquirir bens que estejam dentro de sua capacidade orçamentária Porém quais bens esse consumidor irá adquirir Esta pergunta será respondida a seguir quando entendermos como os consumidores formam suas preferências Outra referência importante é a leitura das páginas 66 a 74 seção 41 da obra Microeconomia 1ª edição da autora Jacqueline Haffner Leia também das páginas 67 a 80 seção 31 da obra Microeconomia 8ª edição do autor Pindyck e Rubinfeld Nesta leitura é importante que os seguintes assuntos fiquem bem claros para você Os axiomas das preferências completude reflexibilidade e transitividade Curvas de indiferença Bens substitutos e complementares O conceito de Utilidade e função de Utilidade e Utilidade cardinal e ordinal Notas de Aprendizagem No tópico anterior apresentamos o conceito de restrição orçamentária que representa um dos ele mentos que irão definir o conjunto de bens que um dado consumidor pode adquirir Já o segundo elemento que define o que o consumidor irá adquirir são as suas preferências Já nesta seção é apresentada a ideia de preferência que se baseia no conceito de racionalidade do consumidor que está alicerçado em 3 axiomas das preferências a Completude 17 Reflexibilidade e Transitividade Ao atender estes 3 axiomas podese afirmar que o consumidor possui preferências racionais aque las que não são determinadas por questões culturais emocionais ou psicológicas Uma cesta de produtos pode ser compreendida como o conjunto de bens e serviços demandados por um consumidor representativo ou seja é o conjunto de todos os produtos consumidos por um agente econômico podendo ser ele uma família uma firma ou um governo Para efeito de simplificação será considerado que a cesta de produtos demandada por este consu midor representativo seja composta por apenas dois bens quais sejam x1 e x2 Desta forma podemos classificar as preferências do consumidor da seguinte forma Preferência restrita ou forte 𝑥1 𝑥2 𝑦1 𝑦2 ao se deparar com duas cestas de consumo X e Y prefere absolutamente a cesta X em detrimento da cesta Y Na ausência da cesta X o con sumidor não irá consumir a cesta Y Preferência fraca ou irrestrita 𝑥1 𝑥2 𝑦1 𝑦2 ao se deparar com duas cestas de consumo X e Y prefere a cesta X mas na ausência da mesma substitui a cesta X pela Y Indiferença 𝑥1 𝑥2 𝑦1 𝑦2 é indiferente a consumir as duas cestas de produto É sabido que no dia a dia o processo de consumo não é definido apenas pelas preferências ou pela restrição orçamentária pois aspectos culturais e emocionais influenciam a decisão de consumo Entretanto a microeconomia clássica trata apenas do consumo racional que deve respeitar os axio mas das preferências conforme destacado a seguir Axioma 1 As preferências devem ser completas implica dizer que os consumidores devem ser capazes de comparar duas cestas de consumo Ex 𝑥1 𝑥2 𝑦1 𝑦2 𝑜𝑢 𝑥1 𝑥2 𝑦1 𝑦2𝑜𝑢 𝑥1 𝑥2 𝑦1 𝑦2 Axioma 2 As preferências devem ser reflexivas implica dizer que os consumidores devem ser indiferentes entre duas cestas de produtos exatamente idênticas Ex 𝑥1 𝑥2 𝑥1 𝑥2 e Axioma 3 As preferências devem ser transitivas implica dizer que os consumidores devem ser capazes de ordenar suas preferências Ex Se 𝑥1 𝑥2 𝑦1 𝑦2 𝑒 𝑦1 𝑦2 𝑧1 𝑧2 𝑒𝑛𝑡ã𝑜 𝑥1 𝑥2 𝑧1 𝑧2 As curvas de indiferença representam a forma gráfica como as preferências dos consumidores po dem ser demonstradas Repare que na Gráfico 3 estão ilustrados dois eixos que representam o con sumo dos bens 1 e 2 por um consumidor Gráfico 3 Curva de indiferença bem comportada 18 Fonte Varian 2006 Na Figura 2 ilustramos os bens 1 e 2 como alimentação e vestuário respectivamente Os pontos A e B na curva de indiferença 1 ilustram duas cestas com combinações diferentes de quantidades dos bens 1 e 2 que tornam o consumidor indiferentes entre elas As curvas de indiferença ilustram o nível de bem estar dos consumidores desta forma quanto mais distante da origem maior o nível de bem estar dos consumidores sendo aquela apresentada pela Figura 2 que se refere a uma curva de indiferença bem comportada que por esta razão apresenta este formato convexo Entretanto as curvas de indiferença podem ter outros formatos dependendo da característica dos bens que ela representa A Figura 3 apresenta o formato da curva de indiferença para bens substitutos perfeitos Ela possui este formato em razão da proporção de substituição entre um bem e outro serem constantes 19 Figura 4 Bens substitutos perfeitos Fonte Varian 2006 Já os bens complementares perfeitos apresentam uma taxa de consumo em proporções fixas entre estes bens conforme pode ser observado na Gráfico 5 Gráfico 5 Bens complementares perfeitos Fonte Varian 2006 Desta forma compreender a maneira como os economistas representam as preferências dos con sumidores é fundamental para compreender como irão fazer suas escolhas de consumo que em suma conjugam suas restrições orçamentárias aquilo que se pode pagar com suas preferências aquilo que gostam Em suma toda a microeconomia clássica está centrada na ideia de racionalidade do consumidor que se baseia segundo os Axiomas das Preferências em ser capaz de comparar produtos ser indiferente a produtos idênticos e conseguir ordenar as suas preferências Sendo assim se o consumidor é ca paz de atender aos 3 três Axiomas é dito que ele é racional Além da racionalidade é pressuposto da microeconomia clássica que as preferências do consumidor sejam homotéticas ou seja que ele irá sempre preferir cestas com maiores quantidades de produ 20 tos em comparação com as cestas com menores quantidades as necessidades são infinitas lem bra Com base nisso a microeconomia clássica estabelece que quanto maior for o consumo maior será a utilidade e portanto a satisfação do consumidor Sim consumo não traz felicidade mas sim satisfa ção para alguns é a mesma coisa Desta forma em seu processo de escolha o consumidor irá sempre escolher uma cesta de consumo que Calma esse é um assunto para a próxima seção Saiba Mais A revista eletrônica portuguesa Grande Consumo apresenta os desafios da percepção do cliente em relação aos produtos do varejo em tempos de Covid19 durante a pandemia de 2020 Portanto para saber mais leia a reportagem intitulada Retalho enfrenta o desafio da percepção do valor que nos fornece dicas valiosas Vale a pena a leitura httpsgrandeconsumocomretalhoenfrentaodesafiodapercecaodovalorX0PyIvZFw2x 18 ESCOLHA DO CONSUMIDOR Entendemos que o consumidor leva em consideração tanto suas preferências quanto sua restrição orçamentária na hora de escolher a melhor cesta de produtos e serviços bens para seu consumo Será que qualquer cesta de bens atende plenamente ao consumidor Será que qualquer cesta de bens maximiza seu bem estar É isso que iremos investigar agora Por isso primeiramente vamos ler das páginas 84 a 87 da obra Microeconomia 8ª edição do au tor de Pindyck e Rubinfeld Além disso leia também as páginas 80 a 84 da obra Microeconomia 1ª edição da autora Jacqueline Haffner Notas de Aprendizagem Durante a sua leitura é importante que fique claro que suas condições devem ser atendidas para que a escolha do consumidor seja maximizada Por isso é importante respeitar sua restrição orçamentária a cesta de consumo deve ser representada pela curva de indiferença mais distante da origem do gráfico e o ponto ótimo ocorrerá quando a curva de indiferença tangenciar a curva de restrição orça mentária Saiba Mais Conforme apresentamos que a economia possuía interseções com outras ciências Pois bem quan do falamos de microeconomia e teoria do consumidor tanto o Marketing quanto a Neurociência 21 vêm alcançando resultados muito interessantes em suas pesquisas em como o consumidor toma suas decisões Assim o site Consumidor Moderno traz uma matéria muito interessante intitulada O cérebro e as vendas emocionais que relacionam a microeconomia o marketing e a neurociência Recomendo a leitura 19 OFERTA DEMANDA E EQUILÍBRIO DE MERCADO Agora que compreendemos o comportamento do consumidor pela ótica da microeconomia é impor tante destacar que o comportamento geral dos consumidores de um determinado mercado desta cando sobre a chamada Curva de Demanda seus conceitos propriedades e funcionamento Contudo o comportamento da oferta está diretamente ligado a teoria da firma que será abordada na próxima fase Porém vamos apresentar alguns conceitos básicos mas em seguida retornaremos na fase 2 para aprofundar nosso entendimento Para isso leia as páginas 21 a 33 da obra Microeconomia 8ª edição do autor de Pindyck e Rubin feld para compreendermos bem os conceitos sobre oferta e demanda Além disso leia também das páginas 29 a 52 e 105 a 109 da obra Economia Fundamentos e aplicações 1ª edição do autor de Judas Mendes A partir da leitura podemos destacar que o equilíbrio de mercado ocorre quando a demanda se igua la com a oferta Portanto esta condição de igualdade gera um ponto de equilíbrio entre oferta e demanda quantidade ofertada é igual a quantidade demandada Pra um melhor entendimento deste conceito leia das páginas 53 a 64 da obra Microeconomia 1ª edição da autora de Jacqueline Haffner Os conceitos de oferta demanda e equilíbrio ficaram claros Vamos ver na prática O Jornal Correio Braziliense em sua versão online publicou a seguinte matéria Companhias aéreas se reinventam para enfrentar a crise instalada pela covid que tem total relação com os assuntos que estamos discutindo Clique aqui para ler a reportagem Então para fazer uma ponte entre o conteúdo estudado e a reportagem que acabamos de ler desta camos algumas perguntas que podem orientar seu entendimento Do que se trata a reportagem Qual mercado está sendo relatado Como se comportou a oferta durante essa crise Como se comportou a demanda durante essa crise Quais ações estão sendo tomadas para alcançar o equilíbrio neste mercado 22 Notas de Aprendizagem Conforme foi apresentado a demanda do consumidor considera os preços e a renda no momento do consumo e representam a cesta demandada Sendo assim a demanda do consumidor é influenciada pela renda e pelos preços de mercado ou seja as quantidades demandadas são funções da renda do preço do próprio produto e dos preços dos produtos substitutos conforme apresentado na equa ção 3 3 𝐱𝟏 𝐩𝟏 𝐩𝟐 𝐦 𝐞 𝐱𝟐 𝐩𝟐 𝐩𝟏 𝐦 A curva de demanda é construída a partir das escolhas do consumidor Conforme pode ser observa do na Figura 5 mantendose o preço do bem 2 e a renda do consumidor constantes coeteris pari bus e reduzindose o preço do bem 1 percebese que o consumidor consegue alcançar curvas de utilidade mais distantes da origem indicando que seu nível de satisfação aumenta Gráfico 6 Reduções de preço e satisfação do consumidor Fonte Varian 2006 Com a figura 5 percebese que o consumidor aumenta seu nível de satisfação à medida que o preço reduz e isso o leva a aumentar sua quantidade demandada Deste ponto podese estabelecer a chamada Lei Geral da Demanda que afirma que diante da relação inversa entre preço e quantidades demandadas quando o preço de um determinado produto cai a quantidade demandada aumenta e viceversa A curva de demanda apresenta exatamente esta noção em que variações nos preços irão afetar a quantidade demandada conforme apresentado pela Gráfico 7 23 Gráfico 7 Curva de demanda Fonte Varian 2006 Conforme observado na figura 6 a curva de demanda apresenta inclinação negativa mostrando justamente esta relação inversa entre preços e quantidades demandadas Importante destacar ain da que para uma perfeita apresentação da curva de demanda devese conter seu eixo das ordena das a variável preço e no eixo das abscissas a variável quantidade No que se refere ao produtor ele é incentivado a aumentar a sua produção à medida que o preço de mercado se eleva ou seja ocorre a uma relação positiva entre preço e quantidade ofertada A partir daí podese estabelecer a chamada Lei Geral da Oferta que determina que aumentos redu ções de preços provocarão aumentos reduções nas quantidades ofertadas Assim de acordo com a Gráfico 8 apresentase a Curva de Oferta Gráfico 8 Curva de Oferta Fonte Varian 2006 Agora apresentaremos o conceito de Ponto de Equilíbrio que representa a interseção entre as cur vas de oferta e demanda em um mesmo gráfico indicando os preços e quantidades que satisfazem consumidores e produtores simultaneamente conforme Gráfico 9 24 Gráfico 9 Ponto de Equilíbrio Fonte Varian 2006 Para o cálculo da quantidade e preço de equilíbrio se faz necessário igualar as equações de oferta e demanda ou seja 4 𝐎𝐟𝐞𝐫𝐭𝐚 𝐃𝐞𝐦𝐚𝐧𝐝𝐚 Vejamos um exemplo Curva de Oferta Qs 15 2P Curva de Demanda QD 30 P Resolução 15 2P 30 P 2P P 30 15 3P 15 P 5 Este é o preço de equilíbrio que satisfaz tanto a demanda quanto a oferta Agora é necessário cal cular a quantidade de equilíbrio substituindo o preço de equilíbrio na equação de oferta ou na de demanda conforme a seguir Qs 15 2P Qs 15 2 5 Qs 15 10 Qs 25 QD 30 P QD 30 5 QD 25 25 Aqui o aluno compreenderá que os bens podem ter classificações em função da renda e das prefe rências dos consumidores Esta diferenciação se faz importante uma vez que diversas empresas de varejo as utilizam para discriminar seus clientes podendo com isto estipular uma estratégia de pre ços para cada tipo de consumidor de modo a absorver o máximo seu excedente de consumo Bens Superiores e Inferiores Em economia os bens podem ser classificados como Superiores ou normais ou Inferiores Os bens superiores são aqueles que dado que a renda do consumidor eleva sua quantidade deman dada também aumenta ou seja possui uma relação positiva com a renda do consumidor conforme equação 5 5 x1 m 0 Como exemplo de bem superior podese citar o caso Um consumidor ao fazer suas viagens opta pelo modal rodoviário entretanto diante da elevação de sua renda acaba substituindo pela passagem aérea Desta forma a passagem aérea é considerada por este consumidor um bem superior pois ao ter sua renda aumentada ele passou a demandar mais deste produto Já os bens inferiores possuem uma relação inversa entre quantidade demandada pois quando a renda do consumidor tende a aumentar ele reduz o consumo de determinado produto Como exemplo podese citar o consumo de carne de 2ª Dado que a renda do consumidor aumentou o consumidor deixa de consumir carne de 2ª e passa a consumir carne de 1ª Desta forma a carne de 2ª para este consumidor é representativo e considerado um bem inferior Curvas de rendaconsumo As chamadas curvas de rendaconsumo refletem a trajetória de expansão do consumo frente às alterações na renda do consumidor conforme a Gráfico 10 a seguir Gráfico 10 Curva de RendaConsumo Fonte Varian 2006 26 Curvas De PreçoConsumo De forma análoga as curvas de rendaconsumo e as curvas de PreçoConsumo possibilitam analisar quais cestas de produtos estão sendo escolhidas pelo consumidor frente às variações dos preços dos produtos consumidor conforme Gráfico 11 Gráfico 11 Curva PreçoConsumo Fonte Varian 2006 Curvas de Engel As curvas de Engel ilustram as relações entre a renda e a quantidade demandada de determinado bem Se a curva de Engel for positivamente inclinada irá se referir a um bem superior pois demons tra uma relação positiva entre a quantidade demandada e a renda do consumidor Caso a curva de Engel apresente inclinação negativa irá se referir a um bem inferior pois denotará uma relação negativa entre renda e quantidade demandada de determinado bem Excedentes Do Consumidor Em todo o momento quando o consumidor vai ao mercado demandar um determinado produto mesmo de forma consciente estabelece um preço máximo que está disposto a pagar por aquele produto Desta forma a diferença entre o preço teto estabelecido pelo consumidor e aquele preço praticado pelo mercado é chamado de excedente do consumidor que funciona como um indicador de bem estar Gráfico 12 Excedente do consumidor Fonte Varian 2006 27 Para o cálculo do excedente do consumidor é necessário calcular a área do triângulo acima do preço de mercado Por fim repare que o conceito de equilíbrio é algo recorrente nas ciências econômicas sendo algo perseguido na microeconomia que veremos nas Fases 1 e 2 e na macroeconomia objeto de nossa Fase 3 sendo tão importante que se a demanda for maior que a oferta ceteris paribus os preços tendem a aumentar e viceversa enquanto que se a oferta for maior que a demanda ceteris paribus os preços tendem a cair e viceversa Além disso quando a demanda por produtos e serviços cai pode gerar um efeito muito grave nas empresas fazendo com que muitas delas acabem demitindo seus funcionários e até mesmo encer rando suas atividades Saiba Mais A demanda se relaciona com os preços de forma inversa ou seja à medida que os preços caem a demanda se eleva e viceversa Porém existem alguns tipos de bens que não obedecem à Lei Geral da Demanda e eles são chama dos Bens de Giffen Para enriquecer seus conhecimentos leia a reportagem jornal Tribuna do Norte em sua versão intitulada Curiosidade da ciência dos preços Clique aqui para ler a reportagem 110 ELASTICIDADES Agora falaremos sobre um assunto muito importante da Teoria do Consumidor as elasticidades As elasticidades medem o quanto o consumidor é sensível ou não às mudanças em variáveis microeco nômicas tais como preço renda e o preço dos bens substitutos Vamos começar nosso mergulho lendo as páginas 55 a 74 da obra Economia fundamentos e apli cações 1ª edição do autor Judas Mendes Além disso leia também as páginas 87 a 108 da obra Microeconomia 1ª edição da autora de Jacqueline Haffner Uma boa provocação sobre o conceito de elasticidades destacase na reportagem do site Consultor Jurídico que fala da relação das elasticidades com a concorrência e o bem estar do consumidor httpswwwconjurcombr2020jul11opiniaoimpactoopenbankingconcorrenciaconsumidor Por fim leia a reportagem do site ECommerce Brasil em que fala se sobre a variabilidade de preços no Brasil segundo pesquisa da empresa Nielsen httpswwwecommercebrasilcombrnoticiasbensdeconsumorapidotemprecosvariaveis 28 Notas de Aprendizagem As elasticidades são uma forma de mensurar o grau de sensibilidade do consumidor diante das vari ações de preço e renda entre outras Para os tomadores de decisão em uma companhia é muito importante entender de que forma seus consumidores se comportam frente às variações de preço e renda e mais ainda tentar prever qual será seu comportamento quando estas variáveis se altera rem Dentre os vários tipos de elasticidades abordaremos apenas Elasticidadepreço da demanda medir o grau de sensibilidade do consumidor frente às alterações de preços A mesma pode ser calculada conforme a expressão 6 6 𝐄𝐩𝐃 𝐩𝟎 𝐐𝟎 𝐐 𝐩 Após o cálculo da elasticidade podese classificar o grau de sensibilidade à preço do consumidor conforme apresentado Consumidor é elástico quando 𝐸𝑝𝐷 1 Quando se afirma que o consumidor é elástico significa dizer que é sensível à preço ou seja dado que os preços aumentaram 10 a queda na demanda será superior a 10 Consumidor é inelástico quando 𝐸𝑝𝐷 1 e Quando se afirma que o consumidor é inelástico significa dizer que é insensível à preço ou seja dado que os preços aumentaram 10 a queda na demanda será inferior a 10 Consumidor possui elasticidade unitária quando 𝐸𝑝𝐷 1 Quando se afirma que o consumidor possui elasticidade unitária significa dizer que sua variação na quantidade demandada é inversamente proporcional à variação nos preços ou seja se os preços aumentarem 10 a demanda irá cair exatamente 10 Elasticidadepreço cruzada medir se um determinado conjunto de produtos que são substitutos ou complementares Para produtos complementares aqueles que são consumidos conjuntamente quando o preço do bem x aumenta ocorre a redução da quantidade demandada do bem Y A mesma pode ser calculada da seguinte forma 7 7 𝐄𝐱 𝐲 𝐩𝐲 𝐐𝐱 𝐐𝐱 𝐩𝐲 Desta forma os bens poderão ser classificados se Se 𝑬𝒙 𝒚 0 então os bens são complementares e Se 𝑬𝒙 𝒚 0 então os bens são substitutos Elasticidaderenda medir o grau de sensibilidade do consumidor provocada por alterações em sua renda que pode ser calculada da seguinte forma 8 29 8 𝐄𝐑 𝐑𝟎 𝐐𝐱 𝐐𝐱 𝐑 Desta forma podese classificar a elasticidaderenda se Se 𝑬𝑹 0 então os bens são superiores e Se 𝑬𝒙 𝒚 0 então os bens são inferiores Por fim as elasticidades da demanda são medidas da sensibilidade do consumidor a preços e à ren da Com base nesses dados as empresas podem capturar maior excedente dos consumidores ele vando preços para aqueles clientes que estão propensos a pagar mais e reduzindo preços para aque les que não estejam dispostos a pagar tanto Assim os supermercados podem oferecer descontos para aqueles produtos mais consumidos pelos clientes mais elásticos à preços enquanto pode elevar os preços daqueles produtos consumidos pelos clientes inelásticos Já a elasticidadepreço cruzada é utilizada para caracterizar os chamados bens substitutos e bens complementares Como o próprio nome indica bens substitutos são aqueles que são consumidos quando da ausência do produto alvo tais como refrigerante e suco feijão e lentilha pão e bolo etc enquanto que os bens complementares são aqueles consumidos conjuntamente tais como feijão e arroz queijo e presunto shampoo e condicionador etc Ao identificar quais produtos são seus subs titutos e complementares permite aos supermercados estabelecer uma estratégia de preços mais rentável Por fim a elasticidaderenda permite classificar os bens como normaissuperiores aqueles que terão sua demanda elevada quando a renda aumentar e viceversa carne de 1ª passagens aéreas etc ou inferiores quando terão sua demanda reduzida quando a renda do consumidor se elevar carne de 2ª passagens de ônibus etc Saiba Mais Seguindo o conteúdo abordado para entender de que forma a Elasticidade são usadas para prever o comportamento da demanda e como isso deve elevar a rentabilidade das empresas leia a reporta gem publicada no site CIO intitulada Como Usar a Inteligência Artificial para Prever e Encontrar a Demanda Clique aqui para ler a reportagem
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1 GESTÃO EM RECURSOS HUMANOS GESTÃO DE PROCESSOS GERENCIAIS ECONOMIA NÚCLEO 2 Prof Roberto Gil Uchôa FASE 1 ROTEIRO DE APRENDIZAGEM OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM Analisar a microeconômica da teoria do consumidor Nesta fase os alunos terão contato com os conceitos básicos de economia bem como suas áreas de atuação Começaremos a entrar no campo microeconômico da Teoria do Consumidor Para o profis sional de Gestão é fundamental compreender o funcionamento da Economia e entender como os consumidores tomam as suas decisões e de que maneira as variáveis econômicas impactam as deci sões de consumo Nesta fase você aprenderá a Reconhecer os conceitos básicos da ciência econômica bem como os seus ramos de atuação e sistemas Compreender a microeconomia e a Teoria do Consumidor Analisar a restrição orçamentária as preferências do consumidor e suas escolhas Compreender analisar e avaliar as curvas de oferta demanda e ponto de equilíbrio Compreender aplicar e analisar as elasticidadespreço e renda da demanda CONTEXTO E RELEVÂNCIA Porque temos que aprender Economia As ciências econômicas servem de base para compreender como o mundo dos negócios funciona as estratégias empresariais são montadas as decisões de negócios são tomadas e as condições de em pregabilidade e carreira de um profissional de Gestão pode ser traçada Abdicar do direito de apren der Economia é relegarse à mediocridade de entender como o Marketing e as Finanças funcionam e amargar os pífios resultados que você vai ter na administração da sua própria vida financeira Sim verdade As Finanças Pessoais se vinculam essencialmente à Economia e você pode aprender a investir a partir da compreensão desta ciência Isso influencia a sua casa veremos daqui a pouco Tudo nessa vida depende de Política e Economia As empresas também Você vai querer ficar de fora desse jogo 2 DESCRIÇÃO DA FASE O que veremos nesta Fase Nesta fase vamos compreender como o mercado funciona lócus este onde a oferta se encontra com a demanda destacando quais variáveis impactam em mudanças no comportamento dos agen tes Entenderemos os objetivos das ciências econômicas e a partir daí vamos compreender o que são e como os sistemas econômicos funcionam Os chamados agentes econômicos são quaisquer atores do ambiente de mercado como pessoas famílias empresas instituições bancos seguradoras governo etc Os detalhes apresentados se tornam fundamentais para a tomada de decisão no âmbito empresari al pois os fluxos de trocas reais e monetárias constantes no mercado exigem que os gestores com preendam a diferença entre um argumento repleto de juízo de valor ou de uma análise sem impor sua visão de mundo Por isso é importante que você também compreenda as diferentes abordagens das ciências econô micas e o impacto que as restrições orçamentárias impõem sobre os o conjunto de produtos que os consumidores podem adquirir levando em conta também suas preferências de modo a maximizar sua satisfação e bemestar que é chamado na microeconomia de Escolha do consumidor Além disso veremos também como ocorre o equilíbrio entre oferta e demanda de bens e serviços bem como a sensibilidade e mudança em seu padrão de consumo diante de alterações nos níveis de preço Desse modo iremos elaborar a primeira parte de uma consultoria para uma grande empresa norte americana do ramo do varejo interessada em investir no mercado brasileiro Assim nessa primeira fase vamos entender os principais conceitos das ciências econômicas suas áreas de interseção e campos de atuação o tradeoff e custos de oportunidade os sistemas econô micos e método de análise normativo e positivo Com destaque ainda para a microeconomia e a teo ria do consumidor restrição orçamentária do e preferências consumidor oferta demanda e equilí brio de mercado e elasticidadespreço Glossário a ser pesquisado e descrito Pesquise os seguintes conceitos em Economia Ciências Econômicas Bemestar Diferença entre microeconomia e macroeconomia Diferença entre oferta demanda e consumo Agentes econômicos Preço Escassez Diferença entre lucro e riqueza Fluxos de trocas reais e fluxo de trocas monetárias Ao longo do nosso curso será relevante construirmos um glossário com todas as principais expres sões técnicas traba lhadas na disciplina Inclusive isso fará parte substancial da sua avaliação 3 CONHECIMENTOS E HABILIDADES 11 INTRODUÇÃO ÀS CIÊNCIAS ECONÔMICAS SUAS ÁREAS DE INTERSEÇÃO E CAMPOS DE ATUAÇÃO Neste primeiro momento vamonos concentrar na parte introdutória das ciências econômicas a Rainha das Ciências Sociais Sabemos que a economia afeta as nossas vidas todos os dias de forma quase invisível aos olhos da maioria Sendo assim para entender melhor está visão leia das páginas 1 a 8 da obra Introdução à Economia princípios e ferramentas 1ª edição do autor Arthur OSullivan Steve Sheffrin e Marislei Nishijima De forma a complementar seu conhecimento sobre os assuntos ligados às bases da ciência econômi ca e os campos de atuação leia das páginas 1 a 4 seção 11 até a seção 12 inteiras da obra Princípios de Economia 1ª edição do autor Francisco Mochón Você já parou para pensar quais são as outras áreas de estudo que possuem afinidades com a ciência econômica São muitas as áreas vejamos algumas delas Direito Matemática Estatística Contabilidade Administração História Filosofia Geografia Política Notas de Aprendizagem No livro Introdução à Economia de Mendes et al 2015 começamos falando da origem do termo economia termo que a autoria é atribuída ao filósofo grego Xenofonte cerca de 500 anos antes de Cristo A palavra economia deriva do termo grego OIKONOMOS onde OIKOS significa casa lar enquanto que NOMOS significa estudo ciência gestão OIKONOMOS OIKOS NOMOS Ou seja Casa Estudo Assim fazendo uma tradução livre economia significa em termos gerais como fazemos para adminis trar nosso lar nossa casa E se você fizer uma pequena analogia perceberá que para administrar uma casa são necessárias algumas similaridades com a administração de uma empresa ou de um Ma yo non parlo griego fessô 4 governo como receber valores pagar as despesas e investimentos garantir a infraestrutura básica etc De forma geral nossos recursos são escassos Por outro lado nossas necessidades são infinitas Para equilibrar isso entra a necessidade de produção distribuição e alocação de nossos recursos visando atender às necessidades Pois é neste momento que a ciência econômica nos auxilia com a missão tão importante que é a alocação eficiente dos recursos Saiba Mais Aprenda os fundamentos de economia lendo toda a seção 11 do capítulo 1 página 2 da obra Economia fundamentos e aplicações 1ª edição do autor Judas Mendes 12 SISTEMAS ECONÔMICOS Agora que compreendemos os conceitos básicos da ciência econômica vamos entender como os sistemas econômicos são concebidos como funcionam e quais suas diferenças mais marcantes A ciência econômica em razão de ser uma ciência social possui interseção com diversas áreas do conhecimento tais como matemática direito história e política entre outras Sendo assim para que possamos compreender os 2 dois sistemas econômicos mais difundidos na atualidade o capitalismo e o socialismos e suas diversas vertentes devemos antes fazer um breve mergulho no conteúdo para então entendermos de onde surgiram Nesse contexto leia os capítulos 2 e 3 da obra organizada por Cleyton Izidoro intitulada Economia e Política 2ª edição em que se apresenta as principais diferenças teóricas entre o capitalismo de Adam Smith e o socialismo de Karl Marx respectivamente Mesa de Trabalho Capitalismo vs Socialismo Você já deve ter percebido que o Brasil vive uma dicotomia entre aqueles que defendem o livre mercado e os direitos individuais o liberalismo direita e os que defendem maior intervenção do Estado maior protecionismo com foco no coletivismo esquerda Para complementar o assunto abordado assista ao vídeo do Professor Silvester Geografia intitulado Capitalismo e Socialismo VOCÊ REALMENTE CONHECE começar em 44 segundos Em seguida faça uma análise sobre este assunto que atualmente é tão comentado Após assistir ao vídeo res ponda as seguintes questões Glossário a ser pesquisado e descrito O que é o capitalismo Quais são as fases do capitalismo Quais as principais características de cada uma das fases do capitalismo O que é o socialismo Quais as principais características do socialismo 5 Os EUA são socialistas ou capitalistas Explique sua opinião A China é capitalista ou socialista Explique sua opinião O Brasil é socialista ou capitalista Explique sua opinião Notas de Aprendizagem Fazse necessário evidenciar que tanto o capitalismo quanto o socialismo são fenômenos sociais complexos e são difíceis de serem explicados de forma simplória Porém em termos gerais o socialismo é marcado pelo controle do Estado dos meios de produção ou seja tudo que seja empregado para a produção de riquezas em tese seria administrado pelo Estado de modo que nenhum homem seja explorado por outro homem gerando classes de pessoas com diferentes rendas e diferentes padrões de consumo coletivismo Já o capitalismo se diferencia pelo fato de todos os meios de produção a serem detidos pela iniciati va privada restando ao Estado apenas o papel de garantir os bens públicos como saúde segurança e educação individualismo Entretanto com o estudo veremos que estes sistemas puros não existem mas sim uma evolução histórica de deriva para várias vertentes híbridas deles Independentemente de sua visão de mundo ou preferências é importante compreendermos as principais diferenças e o motivo deles existirem como conhecemos hoje Saiba Mais Os conceitos sobre capitalismos e socialismo não possuem fronteiras muito bem definidas e como toda a sociedade estão em constante processo de evolução Entretanto é importante frisar que o capitalismo como conhecemos hoje vem evoluindo ao longo dos séculos XVII XVIII XIX e XX a partir do fim das monarquias absolutistas das revoluções industriais e com o surgimento da classe social proletariada Já o socialismo surge a partir de críticas àquele modelo de capitalismo que existia na época tendo também várias vertentes tais como o capitalismo utópico o científico e o revolucionário entre ou tros Assim para uma viagem mais profunda sobre esse tema fascinante uma boa dica é a leitura da obra História economia política e cultura no século XIX do autor Clóvis Gruner com destaque para os capítulos 2 página 55 que trata das mudanças sociais que permitiram a ascensão do capitalismos e o capítulo 3 que trata das revoluções liberais e a da experiência da Comuna de Paris Mas em geral recomendase o livro como um todo Além disso leia também a obra Economia e Política 2ª edição do autor Cleyton Izidoro com des taque para o capítulo 3 nas páginas 117 a 165 As sugestões de leitura apresentadas tem o objetivo de lapidar o entendimento e a opinião sobre os sistemas econômicos 6 13 TRADEOFF E CUSTOS DE OPORTUNIDADE Você já parou para pensar o quanto nossas necessidades são infinitas Aquela roupa aquele celular de última geração um notebook um carro Mas e depois que você os adquirir Inevitavelmente você irá desejar outra coisa e assim por diante Nossas necessidades são infinitas porém nossos recursos são escassos não é mesmo Sendo assim diante de nossas necessidades infinitas e nossos escassos recursos precisamos esco lher dentre as infinitas possibilidades de consumo aquelas que irão maximizar nossa satisfação sem que necessariamente todas sejam plenamente satisfeitas Nesse contexto agora entenderemos os conceitos de TradeOff e Custo de Oportunidade Para isto leia das páginas 6 a 10 seções 112 a 114 da obra Economia fundamentos e aplicações 1ª edi ção d o autor de Judas Mendes Para garantir nosso entendimento assista ao vídeo sobre Custo de Oportunidade criado pelo canal Terraço Econômico que apresentam uma linguagem bem bacana sobre o conceito de custo de opor tunidade Notas de Aprendizagem De acordo com o contexto estudado destacamos que a curva de possibilidade de produção é uma metodologia bem simples para exemplificar as questões que envolvem a escassez o tradeoff e o custo de oportunidade A escassez se dá pela limitação de recursos primários para a fabricação de um produto ou serviço Por exemplo uma fábrica teria o potencial de fabricar até 100 mil jogos de pneus para veículos de passeio No entanto o volume de borracha e outros insumos disponíveis no mercado seriam sufici entes para a produção de apenas 80 mil jogos de pneus e a sua fábrica ainda teria que disputar esses recursos com as suas concorrentes A expressão tradeoff se refere a qualquer decisão que remeta a uma situação de mutuamente ex cludente numa fábrica de brinquedos de plástico ou se fabrica ioiôs ou carrinhos Dados que os recursos matérias primas elementos essenciais e insumos são escassos para que seja possível elevar a produção de suco guaraná por exemplo é necessário fazer um tradeoff de reduzir as quantidades produzidas de energéticos de taurina que leva a mesma fruta Alguns even tos externos como catástrofes naturais ou avanços tecnológicos podem retrair ou expandir a curva de possibilidades de produção respectivamente O custo de oportunidade surge dos tradeoffs diários da nossa vida Ele representa os custos incorri dos que estejam associados a uma escolha medido em termos de melhor oportunidade perdida Tratase de um valor que atribuímos ou incorreríamos à melhor alternativa de que prescindimos quando efetuamos a nossa escolha O axioma se fecha quando percebemos que o custo de oportunidade só existe porque vive mos num mundo de escassez e que temos de tomar decisões de tradeoff visando maximizar a nossa satisfação 7 Por dispormos de limitação de recursos matérias espaço físico capacidade produtiva eou capital constantemente nos vemos frente à escassez Então nossas decisões se voltam para a maximização de satisfação maximizar o lucro aumentar o market share de um produto ou aproveitar um benefí cio fiscal de tempo limitado forçandonos a fazer tradeoffs Então na sua casa em uma empresa ou mesmo um plano governamental precisamos encarar o melhor custo de oportunidade das nossas decisões Uma mãe sabe que seus filhos adoram batata frita todos os fins de semana Mas por causa de uma quebra na produção de batatas seu preço mais que dobrou na feira Com seu orçamento doméstico limitado ela precisa tomar uma decisão tradeoffs comprar a batata e não comprar carne ou trocar a batata por inhame ou ainda reduzir o volume de batatas no almoço para poder comprar as maçãs que as crianças amam Curva de Possibilidade de Produção CPP Numa fábrica que utiliza os mesmos equipamentos para a produção de dois produtos mutuamente excludentes por exemplo farinha e açúcar existe a escassez por limitação da capacidade produtiva A empresa precisa mensurar as margens de lucratividade que alcança com cada produto a fim de mensurar o custo de oportunidade da sua decisão de tradeoff qual seria o volume ideal de farinha e açúcar dada a limitação produtiva que atendesse às estratégias da empresa para esses dois seg mentos de mercado mas que maximizasse o seu retorno pela minimização do custo de oportunida de É quando surge o esforço gráfico de se representar os diferentes impactos financeiros para o negó cio dessa decisão A curva de possibilidade de produção CPP é uma ferramenta gráfica que visa demonstrar a capa cidade de produção de um determinado produto podendo ser aplicado para comparar o desempe nho de dois produtos diferentes Vejamos no gráfico 1 do nosso exemplo usando a capacidade pro dutiva de farinha e açúcar da nossa fábrica Gráfico 1 Capacidade produtiva em tradeoff de farinha e açúcar na nossa Fábrica 8 Como vimos o conceito nos remete a algumas questões que o gestor de um negócio deve fazer O que produzir Para quem produzir Em que volume produzir Como produzir A que custo de oportunidade se deve produzir O recurso da CPP é especialmente útil em unidades fabris ou negócios que envolvam decisões de tradeoff Mas se formos pensar bem esse gráfico se aplicaria também em algumas rotinhas finan ceiras do lar como no caso das batatas fritas daquela mãe tão dedicada em satisfazer as necessida des dos filhos Por fim o entendimento da curva de possibilidades de produção nos esclarece que diante da escas sez para que seja possível produzir mais de algo é inevitavelmente necessário produzir menos de outro item ou seja para se investir mais em um ativo é necessário deixar de investir em outro ativo e assim sucessivamente Caso você precise de maiores esclarecimentos sobre CPP sugerimos assistir ao vídeo abaixo do ca nal Economia em Quadros Curva de Possibilidade de Produção parte 1 de 2 951 httpsyoutubemi3U9dWa5tQ Fixando o Conteúdo 9 Após todas as informações apresentadas perceberam como enfrentamos tradeoffs todos os dias e que cada um destes tradeoffs nos impõem custos de oportunidade Certamente assim como eu você também está enfrentando os seus Que tal reforçamos nosso aprendizado Vamos lá Liste ao menos 3 três de seus tradeoffs em casa ou no trabalho apontando quais são os custos de oportunidade de cada um deles não precisa ser necessariamente um valor específico pode ser algo descritivo Empresas e governos também enfrentam custos de oportunidade Explique um pouco seu ponto de vista Você conhece alguma situação em que não exista tradeoff ou custo de oportunidade Será que o custo de oportunidade tem alguma relação com os custos contábeis Será que eles são registrados em alguma demonstração financeira das empresas Saiba Mais Para saber mais sobre o assunto o sítio eletrônico do Valor Investe apresenta a matéria sobre o tra deoff entre retornos dos investimentos e risco de perda financeira intitulada Entenda os Fatores de Risco Antes de Investir Vale a pena dar uma conferida 14 MÉTODOS DE ANÁLISE NORMATIVO E POSITIVO Certamente você possui uma opinião formada sobre diversos assuntos não é mesmo Entretanto essa opinião se formou com base na sua experiência de vida A criação de seus pais seus valores sua vida colegial e de faculdade influenciaram a construção dessa experiência e consequen temente a sua opinião correto Pois bem os métodos de análise normativo e positivo são fundamentais para que possamos fazer reflexões importantes e sua compreensão é a nossa tarefa aqui Vamos primeiro aos conceitos bási cos Leia a seção 114 da obra Princípios de Economia 1ª edição do autor de Francisco Mochón Em seguida leia das páginas 6 a 7 da obra Microeconomia 8ª edição de Pindyck e Rubinfeld para consolidar o entendimento destes conceitos Mesa de Trabalho Análise Normativa vs Positiva Todos os dias nós nos deparamos com uma série de informações econômicas provenientes das mais diversas fontes Aqui temos que fazer um grande divisor em sua vida Presta atenção nisso No colégio até passarmos no vestibular recebemos uma carga ampla de conhecimentos básicos que a humanidade acumulou por séculos Experiências foram passadas de forma que você absorvesse o maior conteúdo possível Agora na faculdade o nosso objetivo é lhe ajudar a desenvolver competências e análise crítica Você não pode mais acatar a entrada de informações ou análises passivamente você precisa desenvolver 10 um senso de criticar o que está recebendo e melhorar os dados e informações recebidas gerando novas análises Sendo assim precisamos avaliar se as análises que estamos recebendo são de caráter normativo ou positivo Da mesma forma que você muitas análises que serão apreciadas pelas empresas estão repletas de valores e uma visão bastante pessoal do mundo o que pode causar uma compreensão duplicada ou divergente sobre determinados assuntos A análise positiva é aquela que tenta explicar como um tema ou assunto se dá ou seja o descreve como é A análise normativa tenta indicar como ela deveria ser Vejamos o exemplo a seguir José As leis atuais do saláriomínimo causam desemprego Maria O governo deveria aumentar o saláriomínimo Para você qual dessas afirmações seria normativa e qual seria positiva Seriam ambas uma e outra Vejamos Uma diferença essencial entre as análises positiva e normativa está em como julgamos sua validade Em princípio podemos confirmar ou refutar as afirmações positivas por meio do exame de evidên cias Um economista por exemplo poderia analisar as conclusões de José ou de Maria sustentando por dados estatísticos históricos como variação anual do saláriomínimo curva de desemprego no país análise do PIB ou da renda per capita Talvez o manifesto de José sim A afirmação de Maria entretanto não pode ser avaliada apenas com a comparação de dados Deci dir se uma política pode ou não ser aplicada não é questão apenas de ciência ela depende de outras questões como ética religião filosofia política dentre outros Embora as declarações positivas e normativas sejam diferentes elas estão intimamente integradas no conjunto de crenças do indivíduo Por exemplo aceitar a assertiva de que José é correta é auto maticamente rejeitar a de Maria pois se aumentarmos o saláriomínimo termos inflação À medida que estudamos economia tenha em mente a diferença entre essas afirmações pois isso o manterá no foco da compreensão das teóricas econômicas Mas tenha em mente que um consultor econômico se manifesta muito mais pelo discurso normativo enquanto o cientista e pesquisador de economia busca sempre atuar no discurso positivo Ah sim Um economista poderia facilmente corroborar ou contestar a frase de José com essa aná lise histórica sustentando que se trata de uma análise positiva Maria ficou no discurso normativo Mesa de trabalho 11 De modo a melhorar nosso entendimento sobre os conceitos de análise normativa e positiva fare mos uma discussão a cerca de duas reportagens que tocam sobre um assunto superpolêmico o aborto A primeira reportagem publicada no sitio eletrônico do El País Brasil intitulada Aborto um senti mento de alívio disponível em httpsbrasilelpaiscomopiniao20200117abortoum sentimentodealiviohtml Já a segunda matéria do sítio eletrônico Consultor Jurídico intitulada Estudos mostram que abor to legal reduziu criminalidade nos EUA disponível em httpswwwconjurcombr2001fev 04professoresafirmamabortolegalreduzcrimes Leia com atenção às duas reportagens e no grupo de trabalho discutam sobre o tema respondendo às seguintes perguntas Qual delas possui análise normativa sobre o assunto Qual delas possui análise positiva sobre o assunto Quais indicativos de que a matéria possui análise normativa Quais os indicativos de que a matéria possui análise positiva Notas de Aprendizagem O tempo todo o gestor se depara com informações para a partir delas tomar suas decisões Sendo assim é extremamente importante que o gestor consiga distinguir quando uma análise é normativa ou seja exprime principalmente o ponto de vista valores e ideologias de quem os preparou ou quando é uma análise positiva que se baseia em fatos de dados para apresentar uma opinião isenta e sem viés Sendo assim os gestores devem ser preparados para lidar com a diversidade em todos os seus as pectos porém sem deixar levar por influências que não estejam vinculadas com a razão Vamos checar se você compreendeu bem estes 2 dois conceitos Explique detalhadamente o que é i Análise Normativa dando um exemplo e ii Análise Positiva dando um exemplo Saiba Mais O site Consultor Jurídico publicou a matéria intitulada Richard Posner e a tradição da análise econômica do Direito em que entre outros pontos explica que a própria ciência já foi identificada como recurso ideológico em prol do capitalismo Assim os autores apontam na matéria a importân cia da análise positiva no campo das ciências sociais Vale muito a pena a leitura Um dos autores dos autores do livro Freakconomics o economista Steven Levitt concedeu entre vista para a página de notícias online G1 intitulada Lição de Freakonomics serve para o Brasil diz autor do livro vale a pena conferir e já fica aqui a recomendação da obra Freakonomics O Lado Oculto e Inesperado de Tudo que nos Afeta de autoria de Steven Levitt e Stephen J Dubner 12 httpg1globocomNoticiasPolitica0MUL162191560100 LICAODEFREAKONOMICSSERVEPARAOBRASILDIZAUTORDOLIVROhtml 15 MICROECONOMIA E A TEORIA DO CONSUMIDOR Uma das obras mais lidas em cursos de microeconomia no Brasil sem dúvidas é o livro dos professo res de economia dos EUA Robert Pindyck e Daniel Rubinfeld intitulado Microeconomia 8ª edição livro que usaremos bastante em nosso curso Sendo assim nessa ampla obra que destaca os princi pais conceitos de microeconomia também apresenta uma introdução interessante apontando os principais aspectos da microeconomia Neste contexto leia das páginas 3 a 18 do livro indicado e em paralelo destaque os seguintes pontos O que é microeconomia e em que compreende a sua atuação Os temas da microeconomia O que é um mercado Preços reais vs preços nominais Por que estudar microeconomia Complementarmente responda o que é macroeconomia e quais os seus principais temas Para Casa valendo nota de participação Ao longo de sua leitura alguns aspectos muito importantes devem ter sido assimilados por isso atentese às questões que você deverá ser capaz de responder Por que gestores precisam estudar e compreender a teoria microeconômica Por que cada vez mais os limites entre a microeconomia e a macroeconomia são mais tênues As mensalidades que você paga na Celso Lisboa estão em preços reais ou nominais Como você explicaria isso para seu amigo Com a leitura em destaque você conseguirá responder aos questionamentos apresentados Portan to elabore em uma folha de papel almaço as questões acima colocando no topo da primeira página o seu nome completo e matrícula em letra de imprensa Notas de Aprendizagem Conforme vimos a microeconomia é um dos campos de atuação das ciências econômica e tem por objetivo estudar as decisões individuais dos agentes econômicos em determinados mercados Desta forma dentro da microeconomia a teoria do consumidor surge como sendo o campo de estudo das decisões individuais dos consumidores e como eles fazem suas escolhas no mercado levando em consideração suas restrições orçamentárias e suas preferências de modo a maximizar sua utilidade satisfação Saiba Mais 13 Para complementar seus estudos sobre macroeconomia leia das páginas 24 a 25 da obra Microeconomia 1ª edição da autora de Jacqueline Haffner 16 RESTRIÇÃO ORÇAMENTÁRIA Agora falaremos sobre restrição orçamentária e para isso destacase a Teoria do Consumidor que se divide em Teoria do Consumidor e Teoria da Firma Neste momento iniciaremos nossa abordagem microeconômica pela teoria do consumidor de modo a entender como o consumidor toma suas decisões de consumo levando em consideração tanto suas restrições orçamentárias quanto suas preferências Desta forma leia das páginas 66 e de 80 a 84 toda a seção 32 da obra Microeconomia 8ª edição de Pindyck e Rubinfeld Em seguida leia das páginas 74 a 80 toda a seção 42 da obra Microeconomia 1ª edição da auto ra de Jacqueline Haffner A Teoria do Comportamento do Consumidor descreve como os consumidores alocam a sua renda entre diferentes bens e serviços procurando maximizar seu bemestar O comportamento do con sumidor é melhor compreendido quando contextualizado sob três etapas distintas 1ª etapa Preferência do consumidor Consiste em encontrar uma forma de descrever por que as pessoas preferiam um bem a outro essa preferência pode ser representada gráfica e algebricamente 2ª etapa Restrições orçamentárias Por mais que seus desejos sejam infinitos haverá sempre uma dotação orçamentária para suprir essas preferências do consumidor por isso devemos considerar os preços e quantidades de bens a serem consumidos à luz das suas limitações financeiras 3ª etapa Escolhas do consumidor Visa responder à questão o que um consumidor faz ao ter que limitar suas preferências em face de uma limitação orçamentária escolher uma combinação de bens que maximizem a sua sa tisfação depende dos preços dos vários bens disponíveis levandonos a compreender o que é demanda A cesta de mercado é um conjunto de diferentes bens e serviços com volumes determinados Ela pode conter gêneros alimentícios produtos de limpeza e higiene ou um certo volume de games ad quiridos A composição desta cesta varia de consumidor para consumidor e a teoria versa que ele buscará normalmente selecionar as cestas de mercado que os satisfaçam da melhor forma possível 14 A utilidade é um índice numérico que representa a satisfação que um consumidor obtém com dada cesta de mercado Quando se consegue propor uma fórmula que atribui níveis de utilidade a cestas de mercado individuais temos a função utilidade Notas de Aprendizagem Após todas as leituras indicadas destacamos que no dia a dia os agentes econômicos firmas famí lias e governos se deparam com restrições orçamentárias ou seja limitações que estes agentes possuem quando vão adquirir a melhor cesta de produtos bens e serviços disponível no mercado Inicialmente o consumidor se depara com uma infinidade de produtos que pode adquirir mas em decorrência de sua renda limitada deve adequar sua necessidade de consumo à sua capacidade de pagamento por estes produtos ou seja sua capacidade de consumo é limitada por sua renda Daí podemos depreender a seguinte expressão conforme a equação 1 a seguir 1 𝒑𝟏 𝒙𝟏 𝒑𝟐 𝒙𝟐 𝒑𝒊 𝒙𝒊 𝑴 Em que pi é o preço do bem i xi é a quantidade do bem i M é a renda do indivíduo i 1 2 Levandose em consideração que no presente modelo o mercado financeiro não está inserido aqui lo que o consumidor adquire não pode superar a sua renda Neste momento será feita uma peque na simplificação da realidade para que seja possível representar graficamente a restrição orçamen tária do consumidor Por isso serão considerados apenas 2 bens na cesta de produtos do consumi dor ou seja x1 e x2 Além disso será considerado que o consumidor gaste toda a sua renda no con sumo dos bens citados Desta forma podese representar a restrição orçamentária do consumidor conforme a equação 2 a seguir 2 𝒑𝟏 𝒙𝟏 𝒑𝟐 𝒙𝟐 𝑴 A partir da equação 2 podese apresentar a restrição orçamentária utilizandose o plano cartesiano conforme na figura 1 a seguir 15 Gráfico 2 Restrição orçamentária Fonte Varian 2006 Conforme pode ser observado no gráfico 2 a restrição orçamentária se refere ao limite que o con sumidor possui para adquirir bens e serviços A região interna à restrição orçamentária chamase Conjunto Orçamentário ou Conjunto de Possibilidades de Consumo Desta forma quanto mais distante da origem estiver a restrição orçamentária maior será a capaci dade de consumo e por consequência o conjunto orçamentário De forma análoga quanto mais próximo da origem menor será a capacidade de consumo A restrição orçamentária pode sofrer alterações em função de alterações na renda e nos preços Por isso aumentos na renda provocam aumentos na restrição orçamentária e por consequência au mentos na capacidade de consumo dos agentes econômicos e viceversa E os aumentos de preços provocam redução da restrição orçamentária reduzindo com isso a capacidade de consumo dos agentes econômicos e vice e versa Em suma ao realizar o consumo o consumidor busca a maximização de sua satisfação que é limita da por sua renda Por isso entender a noção de restrição orçamentária é fundamental para o proces so de escolha do consumidor Sendo assim repare que as alterações na renda ou nos preços dos produtos mudam o conjunto de possibilidades de consumo que é o conjunto de bens ou serviços que o consumidor pode adquirir com sua renda Em outras palavras quando a renda ou os preços mudam a quantidade de bens e serviços que o consumidor pode adquirir também muda Por este motivo é extremamente importante o entendimento de como a mudança nas variáveis renda e preços alteram a demanda por produtos e serviços no mercado em que determinada em presa atua Assim é possível perceber também que alguns consumidores são mais sensíveis às mu danças de renda e preços do que outros e isto certamente impacta no desempenho das empresas 16 Lembrese que neste modelo se presume que o consumidor irá sempre consumir toda a sua renda preferencias homotéticas de forma a maximizar a sua satisfação E sim em microeconomia a satis fação é maximizada quando se maximiza o consumo mais é melhor do que menos Sabemos que dinheiro não traz felicidade mas traz maximização da satisfação que para algumas pessoas é a mesma coisa Saiba Mais O vídeo do Terraço Econômico intitulado Restrição Orçamentária 334 disponível em httpsyoutubePQfQZ3BWUiI apresenta uma abordagem bem dinâmica sobre este conceito supe rimportante e que todos nós conhecemos muito bem não Importante que fique claro que suas decisões de consumo dependem de quanto de renda disponível para o consumo você tem 17 PREFERÊNCIAS DO CONSUMIDOR Agora iniciaremos nossa viagem sobre a forma como o consumidor escolhe sua cesta de produtos e serviços bens analisando a restrição orçamentária que conforme vimos limita o conjunto de pos sibilidade de consumo do indivíduo Desta forma o consumidor só poderá adquirir bens que estejam dentro de sua capacidade orçamentária Porém quais bens esse consumidor irá adquirir Esta pergunta será respondida a seguir quando entendermos como os consumidores formam suas preferências Outra referência importante é a leitura das páginas 66 a 74 seção 41 da obra Microeconomia 1ª edição da autora Jacqueline Haffner Leia também das páginas 67 a 80 seção 31 da obra Microeconomia 8ª edição do autor Pindyck e Rubinfeld Nesta leitura é importante que os seguintes assuntos fiquem bem claros para você Os axiomas das preferências completude reflexibilidade e transitividade Curvas de indiferença Bens substitutos e complementares O conceito de Utilidade e função de Utilidade e Utilidade cardinal e ordinal Notas de Aprendizagem No tópico anterior apresentamos o conceito de restrição orçamentária que representa um dos ele mentos que irão definir o conjunto de bens que um dado consumidor pode adquirir Já o segundo elemento que define o que o consumidor irá adquirir são as suas preferências Já nesta seção é apresentada a ideia de preferência que se baseia no conceito de racionalidade do consumidor que está alicerçado em 3 axiomas das preferências a Completude 17 Reflexibilidade e Transitividade Ao atender estes 3 axiomas podese afirmar que o consumidor possui preferências racionais aque las que não são determinadas por questões culturais emocionais ou psicológicas Uma cesta de produtos pode ser compreendida como o conjunto de bens e serviços demandados por um consumidor representativo ou seja é o conjunto de todos os produtos consumidos por um agente econômico podendo ser ele uma família uma firma ou um governo Para efeito de simplificação será considerado que a cesta de produtos demandada por este consu midor representativo seja composta por apenas dois bens quais sejam x1 e x2 Desta forma podemos classificar as preferências do consumidor da seguinte forma Preferência restrita ou forte 𝑥1 𝑥2 𝑦1 𝑦2 ao se deparar com duas cestas de consumo X e Y prefere absolutamente a cesta X em detrimento da cesta Y Na ausência da cesta X o con sumidor não irá consumir a cesta Y Preferência fraca ou irrestrita 𝑥1 𝑥2 𝑦1 𝑦2 ao se deparar com duas cestas de consumo X e Y prefere a cesta X mas na ausência da mesma substitui a cesta X pela Y Indiferença 𝑥1 𝑥2 𝑦1 𝑦2 é indiferente a consumir as duas cestas de produto É sabido que no dia a dia o processo de consumo não é definido apenas pelas preferências ou pela restrição orçamentária pois aspectos culturais e emocionais influenciam a decisão de consumo Entretanto a microeconomia clássica trata apenas do consumo racional que deve respeitar os axio mas das preferências conforme destacado a seguir Axioma 1 As preferências devem ser completas implica dizer que os consumidores devem ser capazes de comparar duas cestas de consumo Ex 𝑥1 𝑥2 𝑦1 𝑦2 𝑜𝑢 𝑥1 𝑥2 𝑦1 𝑦2𝑜𝑢 𝑥1 𝑥2 𝑦1 𝑦2 Axioma 2 As preferências devem ser reflexivas implica dizer que os consumidores devem ser indiferentes entre duas cestas de produtos exatamente idênticas Ex 𝑥1 𝑥2 𝑥1 𝑥2 e Axioma 3 As preferências devem ser transitivas implica dizer que os consumidores devem ser capazes de ordenar suas preferências Ex Se 𝑥1 𝑥2 𝑦1 𝑦2 𝑒 𝑦1 𝑦2 𝑧1 𝑧2 𝑒𝑛𝑡ã𝑜 𝑥1 𝑥2 𝑧1 𝑧2 As curvas de indiferença representam a forma gráfica como as preferências dos consumidores po dem ser demonstradas Repare que na Gráfico 3 estão ilustrados dois eixos que representam o con sumo dos bens 1 e 2 por um consumidor Gráfico 3 Curva de indiferença bem comportada 18 Fonte Varian 2006 Na Figura 2 ilustramos os bens 1 e 2 como alimentação e vestuário respectivamente Os pontos A e B na curva de indiferença 1 ilustram duas cestas com combinações diferentes de quantidades dos bens 1 e 2 que tornam o consumidor indiferentes entre elas As curvas de indiferença ilustram o nível de bem estar dos consumidores desta forma quanto mais distante da origem maior o nível de bem estar dos consumidores sendo aquela apresentada pela Figura 2 que se refere a uma curva de indiferença bem comportada que por esta razão apresenta este formato convexo Entretanto as curvas de indiferença podem ter outros formatos dependendo da característica dos bens que ela representa A Figura 3 apresenta o formato da curva de indiferença para bens substitutos perfeitos Ela possui este formato em razão da proporção de substituição entre um bem e outro serem constantes 19 Figura 4 Bens substitutos perfeitos Fonte Varian 2006 Já os bens complementares perfeitos apresentam uma taxa de consumo em proporções fixas entre estes bens conforme pode ser observado na Gráfico 5 Gráfico 5 Bens complementares perfeitos Fonte Varian 2006 Desta forma compreender a maneira como os economistas representam as preferências dos con sumidores é fundamental para compreender como irão fazer suas escolhas de consumo que em suma conjugam suas restrições orçamentárias aquilo que se pode pagar com suas preferências aquilo que gostam Em suma toda a microeconomia clássica está centrada na ideia de racionalidade do consumidor que se baseia segundo os Axiomas das Preferências em ser capaz de comparar produtos ser indiferente a produtos idênticos e conseguir ordenar as suas preferências Sendo assim se o consumidor é ca paz de atender aos 3 três Axiomas é dito que ele é racional Além da racionalidade é pressuposto da microeconomia clássica que as preferências do consumidor sejam homotéticas ou seja que ele irá sempre preferir cestas com maiores quantidades de produ 20 tos em comparação com as cestas com menores quantidades as necessidades são infinitas lem bra Com base nisso a microeconomia clássica estabelece que quanto maior for o consumo maior será a utilidade e portanto a satisfação do consumidor Sim consumo não traz felicidade mas sim satisfa ção para alguns é a mesma coisa Desta forma em seu processo de escolha o consumidor irá sempre escolher uma cesta de consumo que Calma esse é um assunto para a próxima seção Saiba Mais A revista eletrônica portuguesa Grande Consumo apresenta os desafios da percepção do cliente em relação aos produtos do varejo em tempos de Covid19 durante a pandemia de 2020 Portanto para saber mais leia a reportagem intitulada Retalho enfrenta o desafio da percepção do valor que nos fornece dicas valiosas Vale a pena a leitura httpsgrandeconsumocomretalhoenfrentaodesafiodapercecaodovalorX0PyIvZFw2x 18 ESCOLHA DO CONSUMIDOR Entendemos que o consumidor leva em consideração tanto suas preferências quanto sua restrição orçamentária na hora de escolher a melhor cesta de produtos e serviços bens para seu consumo Será que qualquer cesta de bens atende plenamente ao consumidor Será que qualquer cesta de bens maximiza seu bem estar É isso que iremos investigar agora Por isso primeiramente vamos ler das páginas 84 a 87 da obra Microeconomia 8ª edição do au tor de Pindyck e Rubinfeld Além disso leia também as páginas 80 a 84 da obra Microeconomia 1ª edição da autora Jacqueline Haffner Notas de Aprendizagem Durante a sua leitura é importante que fique claro que suas condições devem ser atendidas para que a escolha do consumidor seja maximizada Por isso é importante respeitar sua restrição orçamentária a cesta de consumo deve ser representada pela curva de indiferença mais distante da origem do gráfico e o ponto ótimo ocorrerá quando a curva de indiferença tangenciar a curva de restrição orça mentária Saiba Mais Conforme apresentamos que a economia possuía interseções com outras ciências Pois bem quan do falamos de microeconomia e teoria do consumidor tanto o Marketing quanto a Neurociência 21 vêm alcançando resultados muito interessantes em suas pesquisas em como o consumidor toma suas decisões Assim o site Consumidor Moderno traz uma matéria muito interessante intitulada O cérebro e as vendas emocionais que relacionam a microeconomia o marketing e a neurociência Recomendo a leitura 19 OFERTA DEMANDA E EQUILÍBRIO DE MERCADO Agora que compreendemos o comportamento do consumidor pela ótica da microeconomia é impor tante destacar que o comportamento geral dos consumidores de um determinado mercado desta cando sobre a chamada Curva de Demanda seus conceitos propriedades e funcionamento Contudo o comportamento da oferta está diretamente ligado a teoria da firma que será abordada na próxima fase Porém vamos apresentar alguns conceitos básicos mas em seguida retornaremos na fase 2 para aprofundar nosso entendimento Para isso leia as páginas 21 a 33 da obra Microeconomia 8ª edição do autor de Pindyck e Rubin feld para compreendermos bem os conceitos sobre oferta e demanda Além disso leia também das páginas 29 a 52 e 105 a 109 da obra Economia Fundamentos e aplicações 1ª edição do autor de Judas Mendes A partir da leitura podemos destacar que o equilíbrio de mercado ocorre quando a demanda se igua la com a oferta Portanto esta condição de igualdade gera um ponto de equilíbrio entre oferta e demanda quantidade ofertada é igual a quantidade demandada Pra um melhor entendimento deste conceito leia das páginas 53 a 64 da obra Microeconomia 1ª edição da autora de Jacqueline Haffner Os conceitos de oferta demanda e equilíbrio ficaram claros Vamos ver na prática O Jornal Correio Braziliense em sua versão online publicou a seguinte matéria Companhias aéreas se reinventam para enfrentar a crise instalada pela covid que tem total relação com os assuntos que estamos discutindo Clique aqui para ler a reportagem Então para fazer uma ponte entre o conteúdo estudado e a reportagem que acabamos de ler desta camos algumas perguntas que podem orientar seu entendimento Do que se trata a reportagem Qual mercado está sendo relatado Como se comportou a oferta durante essa crise Como se comportou a demanda durante essa crise Quais ações estão sendo tomadas para alcançar o equilíbrio neste mercado 22 Notas de Aprendizagem Conforme foi apresentado a demanda do consumidor considera os preços e a renda no momento do consumo e representam a cesta demandada Sendo assim a demanda do consumidor é influenciada pela renda e pelos preços de mercado ou seja as quantidades demandadas são funções da renda do preço do próprio produto e dos preços dos produtos substitutos conforme apresentado na equa ção 3 3 𝐱𝟏 𝐩𝟏 𝐩𝟐 𝐦 𝐞 𝐱𝟐 𝐩𝟐 𝐩𝟏 𝐦 A curva de demanda é construída a partir das escolhas do consumidor Conforme pode ser observa do na Figura 5 mantendose o preço do bem 2 e a renda do consumidor constantes coeteris pari bus e reduzindose o preço do bem 1 percebese que o consumidor consegue alcançar curvas de utilidade mais distantes da origem indicando que seu nível de satisfação aumenta Gráfico 6 Reduções de preço e satisfação do consumidor Fonte Varian 2006 Com a figura 5 percebese que o consumidor aumenta seu nível de satisfação à medida que o preço reduz e isso o leva a aumentar sua quantidade demandada Deste ponto podese estabelecer a chamada Lei Geral da Demanda que afirma que diante da relação inversa entre preço e quantidades demandadas quando o preço de um determinado produto cai a quantidade demandada aumenta e viceversa A curva de demanda apresenta exatamente esta noção em que variações nos preços irão afetar a quantidade demandada conforme apresentado pela Gráfico 7 23 Gráfico 7 Curva de demanda Fonte Varian 2006 Conforme observado na figura 6 a curva de demanda apresenta inclinação negativa mostrando justamente esta relação inversa entre preços e quantidades demandadas Importante destacar ain da que para uma perfeita apresentação da curva de demanda devese conter seu eixo das ordena das a variável preço e no eixo das abscissas a variável quantidade No que se refere ao produtor ele é incentivado a aumentar a sua produção à medida que o preço de mercado se eleva ou seja ocorre a uma relação positiva entre preço e quantidade ofertada A partir daí podese estabelecer a chamada Lei Geral da Oferta que determina que aumentos redu ções de preços provocarão aumentos reduções nas quantidades ofertadas Assim de acordo com a Gráfico 8 apresentase a Curva de Oferta Gráfico 8 Curva de Oferta Fonte Varian 2006 Agora apresentaremos o conceito de Ponto de Equilíbrio que representa a interseção entre as cur vas de oferta e demanda em um mesmo gráfico indicando os preços e quantidades que satisfazem consumidores e produtores simultaneamente conforme Gráfico 9 24 Gráfico 9 Ponto de Equilíbrio Fonte Varian 2006 Para o cálculo da quantidade e preço de equilíbrio se faz necessário igualar as equações de oferta e demanda ou seja 4 𝐎𝐟𝐞𝐫𝐭𝐚 𝐃𝐞𝐦𝐚𝐧𝐝𝐚 Vejamos um exemplo Curva de Oferta Qs 15 2P Curva de Demanda QD 30 P Resolução 15 2P 30 P 2P P 30 15 3P 15 P 5 Este é o preço de equilíbrio que satisfaz tanto a demanda quanto a oferta Agora é necessário cal cular a quantidade de equilíbrio substituindo o preço de equilíbrio na equação de oferta ou na de demanda conforme a seguir Qs 15 2P Qs 15 2 5 Qs 15 10 Qs 25 QD 30 P QD 30 5 QD 25 25 Aqui o aluno compreenderá que os bens podem ter classificações em função da renda e das prefe rências dos consumidores Esta diferenciação se faz importante uma vez que diversas empresas de varejo as utilizam para discriminar seus clientes podendo com isto estipular uma estratégia de pre ços para cada tipo de consumidor de modo a absorver o máximo seu excedente de consumo Bens Superiores e Inferiores Em economia os bens podem ser classificados como Superiores ou normais ou Inferiores Os bens superiores são aqueles que dado que a renda do consumidor eleva sua quantidade deman dada também aumenta ou seja possui uma relação positiva com a renda do consumidor conforme equação 5 5 x1 m 0 Como exemplo de bem superior podese citar o caso Um consumidor ao fazer suas viagens opta pelo modal rodoviário entretanto diante da elevação de sua renda acaba substituindo pela passagem aérea Desta forma a passagem aérea é considerada por este consumidor um bem superior pois ao ter sua renda aumentada ele passou a demandar mais deste produto Já os bens inferiores possuem uma relação inversa entre quantidade demandada pois quando a renda do consumidor tende a aumentar ele reduz o consumo de determinado produto Como exemplo podese citar o consumo de carne de 2ª Dado que a renda do consumidor aumentou o consumidor deixa de consumir carne de 2ª e passa a consumir carne de 1ª Desta forma a carne de 2ª para este consumidor é representativo e considerado um bem inferior Curvas de rendaconsumo As chamadas curvas de rendaconsumo refletem a trajetória de expansão do consumo frente às alterações na renda do consumidor conforme a Gráfico 10 a seguir Gráfico 10 Curva de RendaConsumo Fonte Varian 2006 26 Curvas De PreçoConsumo De forma análoga as curvas de rendaconsumo e as curvas de PreçoConsumo possibilitam analisar quais cestas de produtos estão sendo escolhidas pelo consumidor frente às variações dos preços dos produtos consumidor conforme Gráfico 11 Gráfico 11 Curva PreçoConsumo Fonte Varian 2006 Curvas de Engel As curvas de Engel ilustram as relações entre a renda e a quantidade demandada de determinado bem Se a curva de Engel for positivamente inclinada irá se referir a um bem superior pois demons tra uma relação positiva entre a quantidade demandada e a renda do consumidor Caso a curva de Engel apresente inclinação negativa irá se referir a um bem inferior pois denotará uma relação negativa entre renda e quantidade demandada de determinado bem Excedentes Do Consumidor Em todo o momento quando o consumidor vai ao mercado demandar um determinado produto mesmo de forma consciente estabelece um preço máximo que está disposto a pagar por aquele produto Desta forma a diferença entre o preço teto estabelecido pelo consumidor e aquele preço praticado pelo mercado é chamado de excedente do consumidor que funciona como um indicador de bem estar Gráfico 12 Excedente do consumidor Fonte Varian 2006 27 Para o cálculo do excedente do consumidor é necessário calcular a área do triângulo acima do preço de mercado Por fim repare que o conceito de equilíbrio é algo recorrente nas ciências econômicas sendo algo perseguido na microeconomia que veremos nas Fases 1 e 2 e na macroeconomia objeto de nossa Fase 3 sendo tão importante que se a demanda for maior que a oferta ceteris paribus os preços tendem a aumentar e viceversa enquanto que se a oferta for maior que a demanda ceteris paribus os preços tendem a cair e viceversa Além disso quando a demanda por produtos e serviços cai pode gerar um efeito muito grave nas empresas fazendo com que muitas delas acabem demitindo seus funcionários e até mesmo encer rando suas atividades Saiba Mais A demanda se relaciona com os preços de forma inversa ou seja à medida que os preços caem a demanda se eleva e viceversa Porém existem alguns tipos de bens que não obedecem à Lei Geral da Demanda e eles são chama dos Bens de Giffen Para enriquecer seus conhecimentos leia a reportagem jornal Tribuna do Norte em sua versão intitulada Curiosidade da ciência dos preços Clique aqui para ler a reportagem 110 ELASTICIDADES Agora falaremos sobre um assunto muito importante da Teoria do Consumidor as elasticidades As elasticidades medem o quanto o consumidor é sensível ou não às mudanças em variáveis microeco nômicas tais como preço renda e o preço dos bens substitutos Vamos começar nosso mergulho lendo as páginas 55 a 74 da obra Economia fundamentos e apli cações 1ª edição do autor Judas Mendes Além disso leia também as páginas 87 a 108 da obra Microeconomia 1ª edição da autora de Jacqueline Haffner Uma boa provocação sobre o conceito de elasticidades destacase na reportagem do site Consultor Jurídico que fala da relação das elasticidades com a concorrência e o bem estar do consumidor httpswwwconjurcombr2020jul11opiniaoimpactoopenbankingconcorrenciaconsumidor Por fim leia a reportagem do site ECommerce Brasil em que fala se sobre a variabilidade de preços no Brasil segundo pesquisa da empresa Nielsen httpswwwecommercebrasilcombrnoticiasbensdeconsumorapidotemprecosvariaveis 28 Notas de Aprendizagem As elasticidades são uma forma de mensurar o grau de sensibilidade do consumidor diante das vari ações de preço e renda entre outras Para os tomadores de decisão em uma companhia é muito importante entender de que forma seus consumidores se comportam frente às variações de preço e renda e mais ainda tentar prever qual será seu comportamento quando estas variáveis se altera rem Dentre os vários tipos de elasticidades abordaremos apenas Elasticidadepreço da demanda medir o grau de sensibilidade do consumidor frente às alterações de preços A mesma pode ser calculada conforme a expressão 6 6 𝐄𝐩𝐃 𝐩𝟎 𝐐𝟎 𝐐 𝐩 Após o cálculo da elasticidade podese classificar o grau de sensibilidade à preço do consumidor conforme apresentado Consumidor é elástico quando 𝐸𝑝𝐷 1 Quando se afirma que o consumidor é elástico significa dizer que é sensível à preço ou seja dado que os preços aumentaram 10 a queda na demanda será superior a 10 Consumidor é inelástico quando 𝐸𝑝𝐷 1 e Quando se afirma que o consumidor é inelástico significa dizer que é insensível à preço ou seja dado que os preços aumentaram 10 a queda na demanda será inferior a 10 Consumidor possui elasticidade unitária quando 𝐸𝑝𝐷 1 Quando se afirma que o consumidor possui elasticidade unitária significa dizer que sua variação na quantidade demandada é inversamente proporcional à variação nos preços ou seja se os preços aumentarem 10 a demanda irá cair exatamente 10 Elasticidadepreço cruzada medir se um determinado conjunto de produtos que são substitutos ou complementares Para produtos complementares aqueles que são consumidos conjuntamente quando o preço do bem x aumenta ocorre a redução da quantidade demandada do bem Y A mesma pode ser calculada da seguinte forma 7 7 𝐄𝐱 𝐲 𝐩𝐲 𝐐𝐱 𝐐𝐱 𝐩𝐲 Desta forma os bens poderão ser classificados se Se 𝑬𝒙 𝒚 0 então os bens são complementares e Se 𝑬𝒙 𝒚 0 então os bens são substitutos Elasticidaderenda medir o grau de sensibilidade do consumidor provocada por alterações em sua renda que pode ser calculada da seguinte forma 8 29 8 𝐄𝐑 𝐑𝟎 𝐐𝐱 𝐐𝐱 𝐑 Desta forma podese classificar a elasticidaderenda se Se 𝑬𝑹 0 então os bens são superiores e Se 𝑬𝒙 𝒚 0 então os bens são inferiores Por fim as elasticidades da demanda são medidas da sensibilidade do consumidor a preços e à ren da Com base nesses dados as empresas podem capturar maior excedente dos consumidores ele vando preços para aqueles clientes que estão propensos a pagar mais e reduzindo preços para aque les que não estejam dispostos a pagar tanto Assim os supermercados podem oferecer descontos para aqueles produtos mais consumidos pelos clientes mais elásticos à preços enquanto pode elevar os preços daqueles produtos consumidos pelos clientes inelásticos Já a elasticidadepreço cruzada é utilizada para caracterizar os chamados bens substitutos e bens complementares Como o próprio nome indica bens substitutos são aqueles que são consumidos quando da ausência do produto alvo tais como refrigerante e suco feijão e lentilha pão e bolo etc enquanto que os bens complementares são aqueles consumidos conjuntamente tais como feijão e arroz queijo e presunto shampoo e condicionador etc Ao identificar quais produtos são seus subs titutos e complementares permite aos supermercados estabelecer uma estratégia de preços mais rentável Por fim a elasticidaderenda permite classificar os bens como normaissuperiores aqueles que terão sua demanda elevada quando a renda aumentar e viceversa carne de 1ª passagens aéreas etc ou inferiores quando terão sua demanda reduzida quando a renda do consumidor se elevar carne de 2ª passagens de ônibus etc Saiba Mais Seguindo o conteúdo abordado para entender de que forma a Elasticidade são usadas para prever o comportamento da demanda e como isso deve elevar a rentabilidade das empresas leia a reporta gem publicada no site CIO intitulada Como Usar a Inteligência Artificial para Prever e Encontrar a Demanda Clique aqui para ler a reportagem