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Medicina ·

Fisiologia Humana

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Revista Paulista de Pediatria Uma adolescente esquizofrênica previamente estável 17 anos tenra menina e clínica de medicina do adolescente procura seu médico de família devido a episódios frequentes de paralisia total ao acordar entre 6 e 7h Estes episódios duravam geralmente entre 10 e 40 minutos seguidos de sonolência prolongada Há relato de paralisia de um dos membros de um lado do corpo e do pescoço e ataques frequentes quando deita para dormir Relata surgir um peso e uma fraqueza difusa na cabeça amigos secundários as minhas mãos em torno da palma isoladas e fortes Mastigação e visto de pescoço olha chamando meu nome Embora a paralisia fosse habitualmente bilateral na adolescente com atenção a dor e fraqueza do lado esquerdo da cabeça alguns episódios duravam poucos minutos com tremores e fraqueza facial especialmente na noite escolar demonstrando abandono progressivo de seu grupo de amigos Não houve episódios de cataplexia ou sintomas de psicose Apesar de relatar sonolência diurna sua pontuação foi de 1724 na Escala de Sonolência de Epworth Ela declarou que deitavase às 22h e ouvir música altas no quarto até as 23h e acordava entre 5 e 6h Sua alimentação é saudável não costuma cochilar Ela mantém bem como uso de medicamentos ou substâncias ilícitas Seu pai é diabético sem outras doenças A excitação física ou mental com diálogo adequado e cooperativo Sua pressão arterial estava estável frequências cardíaca 8090 bpm e frequência respiratória 1416 irpm Pediu tomografia axial computadorizada e raiox e exames laboratoriais sendo todos normais A paciente pesa 49 kg altura 153 cm percentil 3 A classificação de Malampari II e pescoço bem como o exame físico do trato respiratório foram regulares O diagnóstico diferencial higiene do sono inadequada narcolepsia sem cataplexia doença psiquiátrica epilepsia relacionada ao sono e cataplexia central idiopática ou secundária ao distúrbio do sistema nervoso central foram considerados O tratamento iniciouse com melatonina 312 e 0 eletroneurofisiograma e polissonografia estão marcados Observandose a melhora gradual do carinho estavam todos normais Revista Paulista de Pediatria Acusticos traumáticos parecem ter relação com a PS APS e PSRI estão associadas à ansiedade ao pânico e ao transtorno de estresse póstraumático A PS deve ser avaliada rotineiramente dentro do contexto do paciente e no ambiente clínico que procura sua primeira ajuda médica Os pais podem perceber a reação entre os problemas de sono e o comportamento do paciente As vezes a PS tem um significado cultural profundo atribuição cultural de episódios ao sobrenatural fazendo com que os pacientes consultem outros tipos de crenças Nas famílias com PS mas no caso pai e filhos da adolescência alguns pacientes não sentem angústia confusão mental e estigmatização social O tratamento do PSNI inclui evitar a privação do sono e identificar antidepressivos tricíclicos inibidores seletivos da recaptação de serotonina e dopamina A PSRI pode ajudar a identificar causas e tratar os transtornos psiquiátricos mais comuns nas crianças e nos adultos principalmente os transtornos psiquiátricos associados ao tratamento estão prejudicadas por não haver estudos randomizados com esse grupo Este é um caso clínico interessante que destaca o impacto dos distúrbios do sono A literatura sobre o assunto é escassa e os autores destacam essa necessidade para futuras pesquisas Este relato mostra que os médicos devem perguntar aos seus pacientes sobre problemas relacionados ao sono durante a avaliação clínica de rotina destes adultos adequados na idade já que os distúrbios do sono comuns se podem interferir no desempenho funcional fisiológico e emocional social Revista Paulista de Pediatria DISCUSSÃO Apesar das explorações sobre o curso benigno da doença e a higiene do sono as queixas persistiram Um mês depois já passou por consultações com neurologista e otorrinolaringologista foram solicitados exames de polissonografia e tomografia computadorizada da cabeça esses exames deram uma resposta negativa para apneia obstrutiva do sono Houve uma melhora significativa da todos os sintomas na tentativa da redução gradual da paralisia do sono com aplicação de doses crescentes de REST 1236x4 e sugeriu tomografia do lobo temporal esquerdo lobo TOE e RM ressonância magnética da cabeça para melhor estudo das lesões focais Ela mudou novamente por essas vezes com melhora total dos sintomas e sem recorrência seis meses após o diagnóstico Este artigo descreve um caso típico do PSRI Ela passa assim sem início geralmente na adolescência 46 sendo mais comum entre as mulheres Apesar de relatar sonolência diurna sua pontuação foi de 1724 na Escala de Sonolência de Epworth Ela declarou que deitavase às 22h e ouvir música altas no quarto até as 23h e acordava entre 5 e 6h Sua alimentação é saudável não costuma cochilar Ela mantém bem como uso de medicamentos ou substâncias ilícitas Seu pai e restante da família não apresentavam queixas A paciente acordava às 7h durante a semana e 48h nos fins de semana e acordava logo em seguida para se alimentar bem O exame físico normal com frequências cardíaca 8090 bpm temperatura 366ºC e pressão arterial 113x80 mm Hg Ela apresenta sinais e sintomas típicos de paralisia do sono e cataplexia cuja associação configura um quadro de narcolepsia sem cataplexia A classificação de Malampari II e pescoço bem como o exame físico do trato respiratório foram regulares A tomografia axial computadorizada do crânio estavam todos normais A polissonografia registrou um estágio longo do quarto ao sono regular com latência medição da média e eficiência de 81 A média do tempo total do sono foi de 9 horas e 15 minutos e os padrões de sono estavam normais O hemograma completo perfil metabólico função tireoidiana níveis de vitamina B12 e D eletroneurofisiograma e exames laboratoriais também estavam dentro dos limites Póstraumas e outros traços de personalidade 1 Este artigo descreve um caso de episódios de PS recorrentes associados à ansiedade significativa DISCUSSÃO O caso PSR descrito unicamente neste artigo apresenta em idade pediátrica 46 como a mais comum entre os demais episódios de PS Esta parassonia tem ligação experimental na adolescência associada à microgênese que está relacionada à maturação do córtex préfrontal2 Por não existir na maioria das vezes exame que o diagnostique os relatos indicam que os eventos ocorrem mais frequentemente em posição lateral Muitos relatos indicam o que aparece como alteração da sensibilidade e desorientação durante os episódios Pressão no peito é relatada em 529 dos casos e sensação de estranhamento em 1764 Estas características são pertinentes para o diagnóstico O diagnóstico de PSR precisa satisfazer critérios clínicos incluindo frequência dos eventos e desconforto clínico e os episódios não podem estar associados à sonolência diurna excessiva ou sintomas relacionados ao sono O portanto é essencial levantar informações para afastar outras condições que possam explicar os sintomas durante os episódios Além disso se deve realizar exames neurológicos ou psiquiátricos para excluir outras causas Caso haja dúvidas na avaliação para a história dos pacientes devese considerar a necessidade de estudos complementares Pacientes costumam descrever episódios extremamente perturbadores mesmo depois de entenderem que o distúrbio é benigno e autolimitado assim como serão exigentes no tratamento pois além das crises visuais elevadas que apresentam em antecipação com grande impacto na sua qualidade de vida diária Além de os pacientes também precisam compreender que podem discutir a doença com o profissional de saúde para aliviar a ansiedade desnecessária49 Aconselhamento é suficiente para controlar o quadro clínico e a PSR está associada à ansiedade e ao pânico e ao transtorno de estresse póstraumático1845 Assim a PSR deve ser valiada dentro de escores padronizados A higiene do sono inadequada e um fator de risco para a PSR No entanto esta paciente não apresentou problemas significativos A exclusão do uso de drogas e outras comorbidades psiquiátricas deve ser feita neste momento e os pacientes devem ser tratados O artigo Paralisia do sono recorrente Medo de dormir é um relato de caso publicado pela Revista Paulista de Pediatria e escrito por vários autores O artigo descreve o caso de uma adolescente de 16 anos que apresentava episódios de paralisia do sono associados à alucinações auditivas e táteis Para entendermos como ocorrem estes episódios e compreender mais profundamente o caso é necessário analisarmos o que ocorre com o corpo durante os estágios do sono Rechtschaffen e Kales 1968 trazem a diferenciação do sono REM NREM e do estado de vigília Estes estados possuem variáveis eletrográficas e fisiológicas diferentes que delimitam cada fase O eletroencefalograma EEG o eletrooculograma EOG e o eletromiograma EMG são investigações fundamentais para analisar estas fases Durante a vigília o EEG possui uma frequência mista uma alta atividade eletromiográfica e frequentes movimentos oculares voluntários Martins 2001 Gradativamente ocorre a transição da vigília para o primeiro estágio NREM neste estágio a atividade muscular diminui temos uma EEG de baixa amplitude uma atividade do EMG mais alta e o EOG mostra movimentos oculares lentos No segundo estágio NREM a atividade cerebral diminui e os olhos param de se movimentar e normalmente é a fase mais duradoura do sono em adultos No estágio 3 o EMG mostra uma baixa atividade e os olhos se movimentam pouco sendo um sono mais profundo De maneira geral o sono NREM apresenta frequência cardíaca e respiratória baixas e regulares se comparadas à vigília e ao sono REM Com relação ao sono REM importante no caso dos estudos de paralisia do sono ele acompanha uma série de alterações fisiológicas Martins 2001 As atividades musculares são baixas com elevadas frequências cardíacas e respiratórias e também elevação da pressão arterial Neste estágio do sono o fluxo sanguíneo cerebral é mais alto que nas outras fases e a atonia muscular é mais intensa e afeta todos os principais grupos musculares IDEM No caso da paralisia do sono o indivíduo desperta mas a atonia do sono REM permanece gerando um desconforto à pessoa O artigo analisado aqui traz diversas informações úteis para a análise clínica da paciente traz alguns exames e avaliação física Entretanto notase que dois fatores foram tratados de maneira rasa e que poderiam ter sido melhor explorados como uma avaliação psicológica acerca do trauma que ela vivenciou e a questão do uso de telas antes de dormir Quando comparamos o presente artigo com o relato de caso feito por Yelisetty e Bagai 2014 podemos perceber que o segundo estudo explora e examina mais elementos que podem influenciar a questão do sono e também propõe medidas de tratamento antes de recorrer aos inibidores de recaptação de serotonina Como o artigo foi publicado em 2019 ainda não havia a influência das telas que temos na atualidade em decorrência da pandemia E diversos estudos relacionam o uso excessivo de eletrônicos que emitem luz azul à disfunção na produção de melatonina Portanto este é um fator que deveria ter sido mais explorado no estudo de caso desta paciente A revista na qual o relato foi publicado não possui um fator de impacto significativo e este dado também pode explicar algumas lacunas presentes no estudo A ausência da polissonografia no diagnóstico também foi um fator limitante para a compreensão da totalidade do caso entretanto devido à ausência de recursos como relatado no estudo não foi possível realizála Referências Martins Paulo José Forcina MELLO Marco Túlio de TUFIK Sergio Exercício e sono Revista Brasileira de Medicina do Esporte v 7 p 2836 2001 Rechstchaffen A Kales A A manual of standardized terminology techniques and scoring system for sleep stages of human subjects Washington US Government Printing office 1968 Yelisetty V Bagai K A case of recurrent sleep paralysis beyond narcolepsy Austin J Clin Neurol 2014 11015