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Patologia Clínica Veterinária
UNIS-MG
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Patologia Clínica Veterinária
UNIS-MG
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Patologia Clínica Veterinária
ARNALDO
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Patologia Clínica Veterinária
UNI SANTA CRUZ
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Patologia Clínica Veterinária
UFPA
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Patologia Clínica Veterinária
UFPA
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Patologia Clínica Veterinária
CESD
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Patologia Clínica Veterinária
UNIPAC
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Patologia Clínica Veterinária
UMG
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Patologia Clínica Veterinária
UMG
Texto de pré-visualização
PROPRIETÁRIO TELEFONE SETOR NOME ANIMAL RG IDADE 4a PESO 3850 Kg SEXO F DATA 290421 QUEIXA PRINCIPAL Icterícia colestase em US feito por colega ANAMNESE 1Início dos sintomas hiporexia há 3 semanasA icterícia iniciou há 1 semana Teve histórico de ter domicílio uso marcefalina 3 semanas 2Insercepção infecciosa Pode ficar internada com colega 4Teve melhoras após us insercepção foi aplicado ontem 5 Em normoquiza porém começou a defecar na caixa ental não tem mais ansiedade Normotúria está urinando fora da caixa início há 2 semanas 6 Nega tosse nem espirro 7 Nega convulsão fácilnega síncopenega convulsão 9Castrada há 3 anos 10Nega adocia head pissing head tilt 11Nega claudicação relativo fraqueza muscular está pensando para pular no sofá 12Nega lesões de pele Parou de se limpar 13Nega secreção nega alopecia Assintomática icterícia 14Apática 15Ração Special Cat castrads Whiskas peti forçada 16 Vacina quando filhote tomou último dose há 1 ano 17Vermífugo há 1 ano 18Casa não tem acesso a rua tem contato pelo sentar Tem 1 cão condutonte em BEG Tem alimem EXAME FÍSICO TR 372 C FC 240 bpm FR 28 mpm TRC seg HIDRATAÇÃO 8 1Pulso Arterial Regular Intesidade normal 2Mucosas Ictéricas 3Nível de Consciência Deprimido 4Estado Nutricional Magro 5Comportamento Dócil 6Ectoparasitas Sim 7Postura e Movimentação Normal 8Olhos N 9Orelhas N 10Pele e Anexos N 11Respiratório N 12Circulatório N 13Digestório N 14Abdome N 15Urínario N 16Genital N 17Músculoesquelético N 18Nervoso N 19Hemolinfático A 20Cavidade oral N 21Outros N para pássaros que risidom o local Beijo rea há 8 meses mostrou um beijaflev 20 há 2 anos teve o mesmo quadro em apatia vômitos colega fez US disse que havia comido algo ficou internada 2 dias e melhorou 21 Nega 19linfonodo submand reativo REAVALIAÇÃO NOME GATILHA RG 39721 IDADE 4a SEXO F PESO 265 kg DATA 240521 SETOR UCPAL EVOLUÇÃO Tutur relata bom estado geral relato estar atica dispoita Demonstrando interesse em alimento comeu 1 ração ao 1a pela manhã Relatos NQ NV ND Parou com as medicações ao completar 10 dias amor samol pilímicacolinus Nega demais queixas Relata diminuição da ictérica ASSINALAR QUANDO VERIFICADO PROBLEMA PRINCIPAL Melhora Piora Igual Quando percebeu Tratamento realizado Resposta ao tratamento ESTADO GERAL 5 Disposição Geral 6Alimentação 7Defecação e Fezes 8Ingestão de Água 9Micção e Urina 10 Outras Observações 11 Novas Queixas EXAME FÍSICO TC FC bpm FR mpm TRC seg DESIDRATAÇÃO 5 1Pulso Arterial Regular Filiforme Intensidade normal Outros 2Mucosas Rosadas Hiperêmicas Ictéricas Pálidas 3Nível de Consciência Alerta Deprimido Estupor Coma 4Estado Nutricional Caquético Magro Normal Obeso Muito obeso 5Comportamento Dócil Inquieto Medroso Agressivo Incontrolável 6Ectoparasitas Não Sim 7Postura e Movimentação Normal Anormal Diminuição da icterícia 8Olhos N A 9Orelhas N A 10Pele e Anexos N A 11Respiratório N A 12Circulatório N A 13Digestório N A 14Abdome N A 15Urínario N A 16Genital N A 17Músculoesquelético N A 18Nervoso N A 19Hemolinfático N A 20Cavidade oral N A 21Outros N A Pura de peso TRATAMENTO PRESCRITO Medicamento Sulimoxino 140 mg Same 90 mg Lactobactat Uvisacol 15 mg Princípio Ativo mani p Dose mgkg ou mgm³ 3 mg 1 kg 1 dose 2g Volume ml 1 cp 1 dose 2g 14 cp Via PO SC IM etc VO VO VO VO Posologia sid bid tid etc SID SID SID SID Duração em dia 30d 30d 7d 30d OBS Para prescrições de Quimioterapia preencher calendário próprio em duas vias uma para o proprietário e uma no prontuário TRATAMENTO AMBULATORIAL Medicamento Administrado empty Dose mgkg empty Volume ml empty Via empty Princípios Ativos empty CURATIVOS e outros procedimentos ambulatoriais Realizado lenoquomohoquímico HFAs clalatação das vias biliares estenose de estoma Retorno com medo cago Suporte pl fígado evento do acompanhamento bem como reforço na alimentação e hidratação OBSERVAÇÕES Retorno em 7 diav pl reavaliação retirar sonda Retorno Hora Setor Veterinário FEMM 40 Anos Fundação Educacional Miguel Mofarrej CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES INTEGRADAS DE OURINHOS Unifiio Centro Universitário das Faculdades Integradas de Ourinhos FUNDAÇÃO EDUCACIONAL MIGUEL MOFARREJ CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES INTEGRADAS DE OURINHOS HOSPITAL VETERINÁRIO Rodovia 153 Km 339 Bairro Água do Cateto Ourinhos SP Fones 14 33026400 0800 770 8788 secretariafiofemmcombr CONSULTA Proprietário empty Telefone empty Setor CCPA Nome Animal Gatinha RG 39721 Idade 4a Peso 39 cla 24 sda Sexo F Data 040621 Queixa Principal Vômitomagricumento Anamnese ① Há 15 dias Relato que houve troca de alimentação pl hipercalórica e iniciou com êmse com conteúdo alimentar e munícia do vômito interno E após este episódio apresenta emese recorrente sempre após administração da alimentação por sonda Relato que não consegue realizar administração de medicação por sonda com facilidade poerm sm resistência Há 1 semana sonda disloca e foi relocada por conta ③ ④ Tutor se nega a administrar medicações está sem nenhuma ⑤ relata fezes líquidos em pouca quantidade com coloração amarelaescurecida e muco disde cirurgäi Nego hematoquezia Relata que quem do oferece alimento possui intresse poerm quem do opanka alimento apresenta disfagia ⑥ nega tosse ou secreção nasal nega secreção nasal ⑦ nega síncope ou cyanose Relato leve carrasper fácil ⑧ normauria Porém relata coloração amarela intensa ASSINALAR QUANDO VERIFICADO Queixa atual 1 Tempo de evolução 2 Tipo de evolução 3 Tratamentos 4 Resposta a tratamentos Outros sistemas 5 Digestório 6 Respiratório 7 Cardiovascular 8 Urinário 9 Genital 10 Nervoso 11 Músculo Esquelético 12 Tegumentar 13 Oftálmico Manejo geral 14 Comportamento 15 Alimentação 16 Vacinações 17 Vermífugos 18 Ambiente 19 Acesso à rua Saúde progressiva 20 Doenças anteriores 21 Medicação contínua 22 Queixas adicionais EXAME FÍSICO TR 381 C FC 280 bpm FR mpm TRC 34 seg HIDRATAÇÃO 810 1 Pulso Arterial Regular X Irregular Filiforme Fraco Intensidade normal Outro 2 Mucosas Rosadas Congestas Hiperêmicas Cianóticas X Ictéricas Pálidas 3 Nível de Consciência X Alerta Deprimido Estupor Coma 4 Estado Nutricional X Caquético Magro Normal Obeso Muito obeso 5 Comportamento X Dócil Inquieto Medroso Agressivo Incontrolável 6 Ectoparasitas X Não Sim 7 Postura e Movimentação Normal Anormal Realizado atendimento emergencial com suspeição de volumia paciente pulmonarcii intirmada pl acompanhamento mdi ficha internamento Realizado retirada de sonda esofágica e limpeza do fênico 8 Olhos N A 9 Orelhas N A 10 Pele e Anexos N A 11 Respiratório N A 12 Circulatório N A 13 Digestório N A 14 Abdome N A 15 Urinário N A 16 Genital N A 17 Músculoesquelético N A 18 Nervoso N A 19 Hemolinfatico N A 20 Cavidade oral N A 21 Outros N A Nome Gatinha RG 39721 Idade 4a Sexo F Peso 2 Kg Data 160621 Setor CCPA Evolução Relata que paciente não apresentou melhoras permanecia sob alimentação e hidratação forçada pouco ativa Assinalar quando verificado Problema Principal Melhora Piora Igual Quando percebeu Tratamento realizado Resposta ao tratamento Estado Geral Disposição Geral Alimentação Defecação e Fezes Ingestão de Água Micção e Urina Outras Observações Novas Queixas EXAME FÍSICO TºC FC bpm FR mpm TRC 4 seg DESIDRATAÇÃO 10 12 1 Pulso Arterial Regular Irregular Filiforme Fraco Intensidade normal Outros 2 Mucosas Rosadas Congestas Hiperêmicas Cianóticas Icéricas Pálidas 3 Nível de Consciência Alerta Deprimido Estupor Coma 4 Estado Nutricional Caquético Magro Normal Obeso Muito obeso 5 Comportamento Dócil Inquieto Medroso Agressivo Incontrolável 6 Ectoparasitas Não Sim 7 Postura e Movimentação Normal Anormal 8 Olhos N A 9 Orehas N A 10 Pele e Anexos N A 11 Respiratório N A 12 Circulatório N A 13 Digestório N A 14 Abdome N A 15 Urinário N A 16 Genital N A 17 Músculoesquelético N A 18 Nervoso N A 19 Hemolinfático N A 20 Cavidade oral N A 21 Outros N A TRATAMENTO PRESCRITO Medicamento nome comercial Princípio Ativo nome genérico Dose mgkg ou mgm² Volume ml Via PO SC IM etc Posologia sid bid tid etc Duração em dia OBS Para prescrições de Quimioterapia preencher calendário próprio em duas vias uma para o proprietário e uma no prontuário TRATAMENTO AMBULATORIAL Medicamento Administrado Dose mgkg Volume ml Via Princípios Ativos CURATIVOS e outros procedimentos ambulatoriais Conversado com tutor sobre entanásia visto que paciente não evoluiu pf melhora pelo contrário apresentou piora apatía não defeca não está se alimentando tomando agua é pouca queda de vida Realizada então eutanasia Batista OBSERVAÇÕES Retorno Hora Setor Veterinário Centro Universitário das Faculdades Integradas de Ourinhos Centro Universitário de Ourinhos Rodovia BR 153 KM 33842 Bairro Água do Cateto OurinhosSP LAUDO ULTRASSONOGRÁFICO Paciente Gatinha Espécie Felino Sexo Fêmea Idade 4 anos Raça SRD Data 29042021 RG 39721 Bexiga Repleta com conteúdo anecóico e presença de discreta quantidade de sedimento ecogênico suspenso normoespessa Baço Tamanho normal ecogenicidade preservada com parênquima homogêneo Rins Tamanho normal contorno regular hiperecogênico e relação corticomedular mantida bilateral Fígado Tamanho normal com parênquima homogêneo e ecogenicidade preservada No entanto distensão e tortuosidade das vias biliares comuns e dilatação das vias biliares intrahepáticas Vesícula biliar distendida com importante espessamento de parede e presença de grande quantidade de sedimento hiperecogênico não formador de sombra acústica preenchendo aproximadamente 70 do lúmen Trato gastrointestinal Estômago pouco repleto por conteúdo gasoso e líquido parede visibilizada normoespessa com estratificação parietal mantida Alças com conteúdo habitual filamento gasoso e mucoso parede normoespessa e com estratificação parietal preservada Pâncreas Tamanho e arquitetura preservado Adrenais Tamanho e arquitetura preservado Cavidade abdominal Sem líquido livre Impressão diagnóstica Alterações descritas em sistema hepatobiliar são compatíveis com colangiohepatite obstrutiva Alteração em vesícula urinária sugestiva de processo inflamatórioinfeccioso cistite Stéphan C V Dallazem Med Veterinária CRMV 49834SP wwwfioedubr 0800 770 8788 Paciente Gatinha Espécie Felina RGHV 39721 Raça SRD Sexo Fêmea Idade 4 anos Suspeita clínica Platinossomose colestase Observações clínicas Icterícia apatia anorexia e desidratação Medicação Mercepton Solicitante Daniela Ribas Data 29042021 Eritrograma Valores Unidade Referência Hemácias 520 x10 12L 50 100 Hemoglobina 80 gdL 80 150 Volume Globular 25 24 45 VCM 481 fL 39 55 CHCM 320 31 35 RDW 187 17 22 Citologia Nada digno de nota Leucograma Leucócitos totais 114 x10 9 L 55 195 Mielócitos 0 0 x10 6 L 0 Metamielócitos 0 0 x10 6 L 0 Bastonetes 4 456 x10 6 L 0 300 Segmentados 81 9234 x10 6 L 2500 12500 Linfócitos 11 1254 x10 6 L 1500 7000 Monócitos 2 228 x10 6 L 0 850 Eosinófilos 2 228 x10 6 L 0 1500 Basófilos 0 0 x10 6 L Raros Outros 0 0 x10 6 L Citologia Presença de neutrófilos tóxicos basofilia citoplasmática 40 e corpúsculo de Dohle 10 Total 100 Outros Plaquetas automatizado 538 x10 9 L 300 800 Plaquetas microscopia 26 pcp1000X 15 40 Morfologia Plaquetária Presença de agregação plaquetária e macroplaquetas Proteína Plasmática Total 94 gdL 60 80 Índice Ictérico 100 U 2 5 Breno Fernando Martins de Almeida Médica Veterinária CRMVSP 49700 10 Paciente Gatinha Espécie Felina RGHV 39721 Raça SRD Sexo Fêmea Idade 4 anos Suspeita clínica Platinossomose colestase Observações clínicas Icterícia apatia anorexia desidratação Medicação Mercepton Solicitante Daniela Ribas Data 29042021 Tipo de amostra Soro Característica da amostra Presença de icterícia Valores Unidade Referência ALT 382 UIL 6 83 Albumina 243 gdL 21 33 Amilase UIL AST UIL 26 43 Bilirrubina total mgdL 015 050 Bilirrubina direta mgdL Bilirrubina indireta mgdL Cálcio total mgdL 62 102 Cap latente ligação Fe µgdL 105 205 Cloretos mmolL 117 123 Colesterol mgdL 95 130 CKNAC UIL 72 282 Creatinina 24 mgdL 08 18 Ferro sério µgdL 68 215 FA UIL 25 93 Fósforo total 116 mgdL 45 81 GGT 3800 UIL 13 51 Glicose 1004 mgdL 73 134 Globulinas 557 gdL 26 51 Lactato mgdL LDH UIL 63 273 Lipase UIL 0 83 Magnésio mgdL Potássio mmolL 40 45 Proteína total 80 gdL 54 78 Sódio mmolL 147 156 Triglicérides mgdL 10 114 Ureia 77 mgdL 427 641 Observações Breno Fernando Martins de Almeida Médico Veterinário CRMVSP 25674 11 Paciente Gatinha Espécie Felina RGHV 39721 Raça SRD Sexo Fêmea Idade 4 anos Suspeita clínica Platinossomose colestase Observações clínicas Icterícia apatia anorexia Medicação Mercepton Solicitante Daniela Ribas Data 29042021 Tipo de exame Teste rápido para FIV pesquisa de anticorpos e FeLV pesquisa de antígenos virais Amostra Soro Resultado FIV não reagente FeLV não reagente Breno Fernando Martins de Almeida Médico Veterinário CRMVSP 25674 Paciente Gatinha Espécie Felina RGHV 39721 Raça SRD Sexo Fêmea Idade 4 anos Suspeita clínica Colestase obstrutiva Observações clínicas Medicação Mercepton Solicitante Daniela Ribas Data 29042021 Tipo de amostra Urina Tipo de colheita Cistocentese Valores Referência Exame físicoquímico Cor Âmbar Amarelo Citrino Aspecto Turvo Límpido Odor Sui generis Sui generis Densidade 1030 1040 pH 60 50 65 Leucócitos Negativo Negativo Nitrito Negativo Negativo Proteína 1 Negativo Glicose Normal Normal Corpos cetônicos Negativo Negativo Urobilinogênio Normal Normal Bilirrubina 3 Negativo Sangue oculto 1 Negativo Sedimentoscopia Hemácias 2 pcp400X 05 Leucócitos Ausentes pcp400X 05 Célula renal Ausentes pcp400X 0 Célula da pelve renal Ausentes pcp400X 05 Célula de transição 3 pcp400X 05 Célula vaginalprepucial Ausentes pcp400X 05 Cilindro hialino Ausentes pcp400X Ausentes Cilindro granuloso 3 pcp400X Ausentes Espermatozóides Ausentes Ausentes Bactérias Ausentes Ausentes Cristais Cristais de bilirrubina 3 Outro Relação ProteínaCreatinina urinária UPC 05 Breno Fernando Martins de Almeida Médico Veterinário CRMVSP 25674 Paciente Gatinha Espécie Felina RGHV 39721 Raça SRD Sexo Fêmea Idade 4 anos Suspeita clínica Acompanhamento colecistite obstrutiva Observações clínicas Medicação Ampicilina sulbactam maropitant metadona e norepinefrina Solicitante Daniela Ribas Data 30042021 Eritrograma Valores Unidade Referência Hemácias 347 x1012 L 50 100 Hemoglobina 59 gdL 80 150 Volume Globular 17 24 45 VCM 490 fL 39 55 CHCM 347 31 35 RDW 189 17 22 Citologia Presença de 20 metarrubócitos em 100 leucócitos Leucograma Leucócitos totais 340 x109 L 55 195 Mielócitos 0 0 x106 L 0 Metamielócitos 2 680 x106 L 0 Bastonetes 245 8330 x106 L 0 300 Segmentados 59 20060 x106 L 2500 12500 Linfócitos 105 3570 x106 L 1500 7000 Monócitos 25 850 x106 L 0 850 Eosinófilos 15 510 x106 L 0 1500 Basófilos 0 0 x106 L Raros Outros 0 0 x106 L Citologia Presença de neutrófilos tóxicos basofilia citoplasmática 60 e corpúsculo de Dohle 40 Valor de leucócitos corrigido Total 100 Outros Plaquetas automatizado 447 x109 L 300 800 Plaquetas microscopia 22 pcp1000X 15 40 Morfologia Plaquetária Presença de macroplaquetas Proteína Plasmática Total 54 gdL 60 80 Índice Ictérico 100 U 2 5 Breno Fernando Martins de Almeida Médico Veterinário CRMVSP 25674 Paciente Gatinha Espécie Felina RGHV 39721 Raça SRD Sexo Fêmea Idade 4 anos Suspeita clínica Colangite colangiohepatite e platinossoma Observações clínicas Medicação Ampicilina sulbactan Solicitante Héllen Nishimura Data 03052021 Amostra Bile Data colheita 30042021 Bacterioscopia direta Bacterioscopia cultura Ágar sangue não houve crescimento bacteriano Ágar Mac Conkey não houve crescimento bacteriano Ágar Sabouraud não houve crescimento leveduriforme Antibióticos S I R Halo mm Antibióticos S I R Halo mm Antibióticos S I R Halo mm Amicacina Ciprofloxacina Neomicina Amoxicilina Clindamicina Nitrofurantoina AmoxiClav Cloranfenicol Norfloxacina Ampicilina Doxiciclina Oxacilina AmpicilinaSulb Enrofloxacina Penicilina Azitromicina Eritromicina Sulfazotrim Bacitracina Estreptomicina Sulfanamida Cefalexina Gentamicina Tetraciclina Cefalotina Imipenem Tobramicina Cefazolina Levofloxacina Vancomicina Cefepime Meropenem Cefovecina Ceftiofur Marbofloxacino OBS S Sensível I Intermediário R Resistente Prováveis patógenos Tainara de Oliveira Martins Médica Veterinária CRMVSP 45908 Paciente Gatinha Raça SRD Espécie Felina Sexo Fêmea RGHV 39721 Idade 4 anos Suspeita clínica Acompanhamento Observações clínicas Medicação Ampicilina sulbactan maropitant metadona e norepinefrina Solicitante Daniela Ribas Data 30042021 Bioquímico Tipo de amostra Plasma EDTA Característica da amostra Presença de icterícia Valores Unidade Referência ALT UIL 6 83 Albumina gdL 21 33 Amilase UIL AST UIL 26 43 Bilirrubina total mgdL 015 050 Bilirrubina direta mgdL Bilirrubina indireta mgdL Cálcio total mgdL 62 102 Cap latente ligação Fe µgdL 105 205 Cloretos mmolL 117 123 Colesterol mgdL 95 130 CKNAC UIL 72 282 Creatinina 20 mgdL 08 18 Ferro sérico µgdL 68 215 FA UIL 25 93 Fósforo total mgdL 45 81 GGT UIL 13 51 Glicose mgdL 73 134 Globulinas gdL 26 51 Lactato mgdL LDH UIL 63 273 Lipase UIL 0 83 Magnésio mgdL Potássio mmolL 40 45 Proteína total gdL 54 78 Sódio mmolL 147 156 Triglicérides mgdL 10 114 Ureia mgdL 427 641 Observações Breno Fernando Martins de Almeida Médico Veterinário CRMVSP 25674 Paciente Gatinha Raça SRD Espécie Felina Sexo Fêmea RGHV 39721 Idade 4 anos Suspeita clínica Acompanhamento platinosoma Observações clínicas Medicação Metadona ampicilina sulbactam dipirona Solicitante Daniela Ribas Data 04052021 Hemograma Eritrograma Valores Unidade Referência Hemácias 312 x1012L 50 100 Hemoglobina 50 gdL 80 150 Volume Globular 15 24 45 VCM 481 fL 39 55 CHCM 333 31 35 RDW 206 17 22 Citologia Presença de acantócitos 3 anisomicrocitose 2 anismacrocitose 2 policromasia 1 discretos corpúsculos de Howelljolly Leucograma Leucócitos totais 246 x109L 55 195 Mielócitos 0 0 x106L 0 Metamielócitos 0 0 x106L 0 Bastonetes 8 1968 x106L 0 300 Segmentados 84 20664 x106L 2500 12500 Linfócitos 75 1845 x106L 1500 7000 Monócitos 0 0 x106L 0 850 Eosinófilos 05 123 x106L 0 1500 Basófilos 0 0 x106L Raros Outros 0 0 x106L Citologia Presença de neutrófilos tóxicos corpúsculo de Dohle 10 Contagem diferencial realizada em 200 células Total 100 Outros Plaquetas automatizado x109L 300 800 Plaquetas microscopia 39 pcp1000X 15 40 Morfologia Plaquetária Presença de agregação plaquetária e macroplaquetas Proteína Plasmática Total 54 gdL 60 80 Índice Ictérico 75 U 2 5 Breno Fernando Martins de Almeida Médico Veterinário CRMVSP 25674 Paciente GATINHA Raça SRD Espécie Felina Sexo Fêmea RGHV 39721 Idade 4 ANOS Suspeita clínica Acompanhamento platimossomo Observações clínicas Medicação metadona ampicilina sulbactam e dipirona Solicitante Daniela Ribas Data 04052021 Bioquímico Tipo de amostra Soro Característica da amostra Sem alteração Valores Unidade Referência ALT 73 UIL 6 83 Albumina 124 gdL 21 33 Amilase UIL AST UIL 26 43 Bilirrubina total mgdL 015 050 Bilirrubina direta mgdL Bilirrubina indireta mgdL Cálcio total mgdL 62 102 Cap latente ligação Fe µgdL 105 205 Cloretos mmolL 117 123 Colesterol mgdL 95 130 CKNAC UIL 72 282 Creatinina 19 mgdL 08 18 Ferro sérico µgdL 68 215 FA UIL 25 93 Fósforo total mgdL 45 81 GGT 2250 UIL 13 51 Glicose 70 mgdL 73 134 Globulinas 346 gdL 26 51 Lactato mgdL LDH UIL 63 273 Lipase UIL 0 83 Magnésio mgdL Potássio mmolL 40 45 Proteína total 47 gdL 54 78 Sódio mmolL 147 156 Triglicérides mgdL 10 114 Ureia 46 mgdL 427 641 Observações Breno Fernando Martins de Almeida Médico Veterinário CRMVSP 25674 Paciente Gatinha Espécie Felina RGHV 39721 Raça SRD Sexo Fêmea Idade 4 anos Suspeita clínica Observações clínicas Medicação Solicitante Héllen Nishimura Data 04052021 Tipo de exame OPG Amostra Fezes Método de Faust Não realizado Método de Hoffman Negativo Método de Ritchie Positivo Platynosomum spp Observações Nada digno de nota Breno Fernando Martins de Almeida Médico Veterinário CRMVSP 25674 Relatório de Caso Clínico Universidade Federal do Rio Grande do Sul Faculdade de Veterinária Departamento de Patologia Clínica Veterinária Disciplina de Bioquímica e Hematologia Clínicas VET03121 httpwwwufrgsbrbioquimica IDENTIFICAÇÃO Caso Clínico no 2017205 Espécie Canina Anosemestre 20172 Raça West Highland White Terrier Idade 08 anos Sexo macho Peso 135 kg Alunosas Eduardo Custódio Panno Giovana Brum Teixeira e Jéssica Severo Dametto Médicoa Veterinárioa responsável Letícia Fontoura Moreira ANAMNESE O referido canino é tratado no Hospital de Clínicas Veterinárias da UFRGS desde março de 2016 Foi diagnosticado como portador de doença renal crônica DRC esplenoma lama biliar e hiperplasia prostática com involução após orquiectomia jun 2016 Além disso apresenta desde então quadros inflamatórios atópicos recorrentes Exames hematológicos bioquímicos urinários e ultrassonográficos são realizados com periodicidade Os resultados demonstram um perfil elevado nos níveis séricos da creatinina C e da ureia U As urinálises se caracterizam por proteinúria e os valores da relação ProteínaCreatinina urinária PC migraram de normais para elevadas Os hemogramas não revelam alterações significativas As imagens ultrassonográficas são compatíveis com as afecções supracitadas Parâmetros bioquímicos da alanina aminotransferase ALT fosfatase alcalina FA fósforo P e albumina Alb foram determinados em diferentes momentos estando dentro dos valores de referência VR da espécie A dieta é constituída por ração para pacientes renais suplementada com ômega 3 e carne de frango cozida O paciente faz uso contínuo do cloridrato de benazepril e do ácido ursodesoxicólico Durante a consulta de revisão realizada no dia 10 de julho de 2017 Dia 0 a tutora relatou um episódio de êmese no dia anterior Dia 1 afirmou que a ingestão alimentar hídrica e o volume de micção estavam normais e informou que o animal apresentava prurido na região dorsal Neste momento foi verificada a glicemia pressão arterial sistólica PAS e solicitado urinálise ultrassonografia abdominal total e análise sérica de triglicerídeos colesterol hormônio estimulante da tireoide TSH frutosamina tiroxina livre fT4 e total tT4 Até o momento não houve manifestação de quadro anêmico e a tutora nega poliúria e polidipsia Entretanto em diversos momentos foi administrada fluidoterapia ao paciente em razão de sinais clínicos compatíveis com desidratação EXAME CLÍNICO Dia 0 Paciente em estado de alerta e nervoso normohidratado mucosas normocoradas tempo de perfusão capilar 2 seg VR 12 seg7 escore corporal 6 acima do ideal escala de 19 ideal 5 PAS 180 mmHg hipertensão severa VR 90150 mmHg39 glicemia 98 mgdL VR 65118 mgdL Bom estado geral EXAMES COMPLEMENTARES PAS Dia 0 PAS 180 mmHg hipertensão severa VR 90150 mmHg39 Aferida por Doppler manguito número 4 Glicemia Dia 0 Glicemia 98 mgdL VR 65118 mgdL Aferida por glicosímetro sem jejum Ultrassonografia Abdominal Total Dia 36 Vesícula biliar paredes normoespessas repleta por conteúdo anecogênico e moderada quantidade de sedimento ecogênico amorfo com margens hipoecogênica em formato de meia lua sugerindo padrão radiado diferenciais lama biliarmucocele em formação Baço com imagem heterogênea de ecogenicidade mista em topografia corpo com trabeculações Página 2 UFRGS Faculdade de Veterinária Disciplina de Bioquímica e Hematologia Clínicas Caso Clínico 2017205 medindo 111 x 095 cm observase aumento do tamanho em relação ao exame anterior nódulo hiperplásiconeoplásico cranialmente a esta uma imagem circular anecogênica medindo 050 cm compatível com cisto Rins simétricos em topografia com contornos irregulares arquitetura e ecogenicidade normais Bilateralmente visualizase ecogenicidade aumentada perda da definição corticomedular presença de cistos corticais medindo 050 cm à esquerda e 045 cm à direita compatível com nefropatia crônica Adrenais tópicas com ecogenicidade formato e contornos preservados medindo 196 x 063 cm AD e 191 x 061 cm AE compatível com discreta adrenomegalia bilateral Próstata sem lobulações com contornos regulares parênquima homogêneo hipoecogênico dimensões reduzidas 185 x 180 x 107 cm orquiectomia prévia Nada digno de nota com relações às demais estruturas visualizadas URINÁLISE Método de coleta cistocentese Obs 10 mL Data 15082017 Dia 36 Sedimento urinário Células epiteliais transição 23 Cilindros ausentes Hemácias ausentes Leucócitos ausentes Bacteriúria ausente Outros não visualizados ProteínaCreatinina 091 05 para cães azotêmicos Exame químico pH 60 5570 Corpos cetônicos negativo Glicose negativo Bilirrubina negativo Urobilinogênio 02 mgdL 1 Proteína 100 mgdL Sangue negativo Exame físico Densidade específica 1024 10151045 Cor amarelo Consistência fluida Aspecto límpido número médio de elementos por campo de 400 x nd não determinado BIOQUÍMICA SANGUÍNEA Amostra soro Hemólise ausente Data 16082017 Dia 37 Anticoagulante nenhum Obs Proteínas totais gL 6080 Proteínas totais gL 5471 Albumina gL 2633 Globulinas gL 2744 Bilirrubina total mgdL 010050 Bilirrubina livre mgdL 001049 Bilirrubina conjugada mgdL 006012 Glicose mgdL 65118 Colesterol total 297 mgdL 135270 Ureia 80 mgdL 2160 Creatinina 21 mgdL 0515 Cálcio mgdL 90113 Fósforo mgdL 2662 Fosfatase alcalina UL 156 AST UL 66 ALT UL 102 CK UL 121 Frutosamina 264 µmolL 170338 TriglicerÍdeos 73 mgdL 32138 TSH 069 ngdL 001050 fT4 075 ngdL 060350 Observações Determinadas por refratometria Determinadas por espectrofotometria Página 3 UFRGS Faculdade de Veterinária Disciplina de Bioquímica e Hematologia Clínicas Caso Clínico 2017205 HEMOGRAMA Data 16082017 Dia 37 Leucograma Eritrograma Quantidade µL 600017000 Quantidade milhõesµL 5585 Tipos QuantidadeµL Hematócrito 3755 Mielócitos 0 0 Hemoglobina gdL 1218 Metamielócitos 0 0 VCM fL 6077 Neutrófilos bast 300 3 CHCM 3236 Neutrófilos seg 300011500 6077 RDW 1417 Basófilos 0 0 Reticulócitos 15 Eosinófilos 1001250 210 Observações Monócitos 1501350 310 Linfócitos 10004800 1230 Plasmócitos Observações Plaquetas Quantidade µL 200000500000 Observações Não realizado TRATAMENTO E EVOLUÇÃO Consulta de revisão Dia 50 Frequência cardíaca 140 bpm VR 60160 bpm7 temperatura retal 387 C VR 375395C7 escore corporal 7 acima do ideal escala de 1 a 9 ideal 5 PAS hipertensão severa 180 mmHg VR 90150 mmHg37 Relato de êmese na noite anterior Dia 49 e fezes pastosas em torno do dia 42 Os resultados das análises procedidas no dia 37 foram acima do VR para o TSH Tabela 3 a C a U e para o colesterol total Tabela 2 A urinálise do dia 36 revela proteinúria e elevação da PC Tabela 5 Foi solicitado hemograma ecografia da tireoide urinálise e bioquímico da C e U Suspeita hipotireoidismo Consulta de revisão Dia 78 A ultrassonografia abdominal total realizada nesta data revelou dimensões aumentadas das quatro paratireoides discreta adrenomegalia direita e na vesícula biliar imagens sugestivas de lama biliar sem visualização de estrutura compatível com formação de mucocele biliar Em relação as determinações da C e da U efetuada no dia 44 mantiveramse elevadas Tabela 2 Foi solicitado hemogasometria hemograma bioquímico da C U paratormônio PTH e cálcio iônico iCa Suspeita de hiperparatiroidismo Consulta de revisão Dia 100 As análises do dia 78 demonstram no hemograma discreta neutrofilia madura sem leucocitose Tabela 4 no bioquímico aumento da C e da U Tabela 2 e valores dentro da normalidade da espécie para o PTH e iCa Na urinálise mantevese a proteinúria e a elevação da PC Tabela 5 A hemogasometria indicou acidose metabólica não compensada Tabela 1 Não foram solicitados novos exames Hemogasometria Sangue venoso heparina Página 4 UFRGS Faculdade de Veterinária Disciplina de Bioquímica e Hematologia Clínicas Caso Clínico 2017205 Tabela 1 Resultado da hemogasometria Parâmetro avaliado val referência 181017 Dia 100 pH 7351 a 7443 732 pCO2 336 a 412 mmHg 365 pO2 479 a 563 mmHg 28 BEecf 3 a 2 mmoL 7 HCO3 21 a 25 mEqL 19 TCO2 mmolL 20 SO2 49 Na 140 a 155 mEqL 147 K 35 a 58 mEqL 49 iCa 13 a 15 mmolL 147 Tabela 2 Resultados das análises bioquímicas Parâmetro avaliado val referência 160817 Dia 37 230817 Dia 44 260917 Dia 78 181017 Dia 100 Bioquímica sanguínea Creatinina 0515 mgdL 21 21 25 23 Ureia 2160 mgdL 800 800 699 660 Colesterol 135270 mgdL 2970 nd nd nd Triglicerídeos 32138 mgdL 730 nd nd nd Frutosamina 170340 µmolL 2840 nd nd nd iCa 1315 mmolL nd nd nd 15 Albumina 2633 gL nd nd nd 32 Fósforo 2662 mgdL nd nd nd 39 ALT 102 UIL nd nd nd 54 FA 156 UIL nd nd nd 67 nd não determinado Tabela 3 Resultados das análises hormonais Parâmetro avaliado val referência 160817 Dia 37 181017 Dia 100 Hormônios T4 livre 060350 ngdL 075 nd TSH 001050 ngmL 069 nd PTH 525 pgmL nd 8 nd não determinado Determinado por radioimunoensaio pós diálise Determinado por radioimunoensaio Determinado por quimioluminescência Tabela 4 Resultados dos hemogramas Parâmetro avaliado val referência 260917 Dia 78 181017 Dia 100 Eritrograma Eritrócitos 5585 milhõesµL 661 715 Hemoglobina 1218 gdL 161 169 Hematócrito 3755 48 49 VCM 6077 fL 726 685 CHCM 3236 335 345 RDW 1417 115 nd PPT 6080 gL 74 76 Página 5 UFRGS Faculdade de Veterinária Disciplina de Bioquímica e Hematologia Clínicas Caso Clínico 2017205 Leucograma Leucócitos totais 600017000 µL 15900 14000 Mielócitos 0 µL 0 0 Metamielóctos 0 µL 0 0 Neutr Bastonetes 0300µL 0 0 Neutr Segmentados 3000115000µL 13356 11200 Eosinófilos 1001250µL 318 560 Basófilos raros 0 0 Monócitos 1501350µL 636 1120 Linfócitos 10004000µL 1590 1120 Plaquetas 200000500000µL 316000 276000 nd não determinado Tabela 5 Resultados das urinálises Parâmetro avaliado val referência 150817 Dia 36 260917 Dia 78 Urinálise Método de coleta cistocentese cistocentese Exame físico Volume 10 mL 10 mL Cor amarelo amarelo Aspecto límpido límpido Consistência fluida fluida Densidade 10151045 1024 1018 Exame químico Proteína 2 100 mgdL 2 100 mgdL pH 5575 60 60 Cetona negativo negativo Glicose negativo negativo Sangue oculto negativo negativo Bilirrubina negativo negativo Urubilinogênio normal normal Exame do sedimento Células epiteliais transição 02 transição 01 Leucócitos 01 01 Eritrócitos no 01 Espermatozoides no no Muco no 1 Bactérias ausentes ausentes Cilindros no no Cristaisoutros elementos no no Outros PC 05 para cães azotêmicos20 091 095 número médio de elementos por campo de 400 x nd não determinado no não observado Página 6 UFRGS Faculdade de Veterinária Disciplina de Bioquímica e Hematologia Clínicas Caso Clínico 2017205 DISCUSSÃO Hemograma Foram realizadas duas avaliações dia 78 e dia 100 As análises não revelaram alterações exceto no dia 78 por discreta neutrofilia madura 13356µL VR 3000115000µL sem leucocitose 15900µL VR 600017000 µL A neutrofilia por segmentados pode estar associada ao stress da coleta28 O estímulo estressor desencadeia a liberação endógena de catecolaminas especialmente a adrenalina que medeia o deslocamento dos neutrófilos do compartimento marginal para a circulação sanguínea6 Resultando em neutrofilia transitória e fisiológica628 Bioquímica sanguínea Os níveis da C e da U foram acima do VR em todas as mensurações confirmando quadro azotêmico de origem renal3035alterações na estrutura renal identificadas por ultrassonografia A azotemia é o acúmulo sanguíneo de substâncias não proteicas compostas por azoto35 Já a uremia é a manifestação clínica associada a azotemia2 A C e a U são compostos nitrogenados não proteicos CNNP que se originam principalmente do metabolismo muscular e do catabolismo proteico respectivamente18 A eliminação destes é realizada quase a totalidade pelos rins11 Estimase que a azotemia ocorra quando há o comprometimento de pelo menos 75 dos néfrons sendo um indicador tardio da falha renal17 A C é filtrada livremente pelo glomérulo e não é reabsorvida sendo um melhor indicador da TFG do que a U que sofre reabsorção1330 Além disso os níveis de U podem sofrer influência de causas extrarrenais como dieta hiperproteica e até mesmo inanição13 A ureia em si tem sido relatada como pouco tóxica535 causando principalmente vômito fadiga tendência a sangramentos e intolerância à glicose35 os sinais clínicos severos da uremia estão sendo atribuídos a outras moléculas que acompanham a elevação sanguínea de CNNP548 Os resultados obtidos são condizentes com azotemia por DRC indicando menor TFG9 e podem estar associados ao quadro de êmese35 relatado no dia 1 e no dia 49 sugerindo o início das manifestações urêmicas No dia 37 foi detectada elevação do colesterol 2970 mgdL VR 135270 mgdL e aumento no TSH 069 ngml VR 001050 ngml Triglicerídeos frutosamina e fT4 também foram determinados neste dia estando dentro dos VR da espécie As análises de TSH e de fT4 foram solicitadas por suspeita de hipotireoidismo um distúrbio endócrino comum em cães e de difícil diagnóstico caracterizado pela produção ineficiente dos hormônios tiroidianos TH17 A endocrinopatia pode ser de causa direta nas glândulas tiroidianas ocasionando menor síntese dos TH ou de causa indireta por distúrbios no eixo hipotalâmicohipofisário promovendo déficit de TSH34 Em geral a doença se instala vagarosamente fazendo com que as primeiras alterações sejam discretas17 O TSH é um hormônio secretado pela hipófise na ausência do feedback negativo mediado pelos TH11 principalmente pelas formas livres34 Níveis elevados de TSH associados a níveis baixos de fT4 são fortes indicativos de hipotireoidismo primário17 porém se a doença não estiver totalmente instaurada as células tiroidianas que ainda detêm capacidade para a síntese de TH podem manter os níveis dos TH dentro do VR1742 Entretanto para que isso ocorra se faz necessário uma maior secreção de TSH42 Os valores de TSH e de fT4 apresentados pelo paciente são indicativos de tireoidite compensada42 Além disso a hipercolesterolemia e o aumento no peso corporal também sugerem a doença1734 Contudo sinais clínicos inespecíficos e dosagens acercadas nos limites do VR como no caso do fT4 075 ngdL dificultam o diagnóstico definitivo devido à baixa acurácia dos testes hormonais sendo recomendado novas análises a posteriori17 A hipercolesterolemia representa o aumento do colesterol no sangue17 A incidência de hiperlipidemia em cães com alterações renais e proteinúricos é alta27 A elevação crônica da U pode contribuir para o aumento do colesterol por favorecer a resistência à insulina422 a mesma ativa a enzima HMGCoA redutase estimulando a síntese do colesterol15 O hipotireoidismo também predispõe a sua ocorrência porém por interferir no metabolismo dos lipídeos e das proteínas1727 Foi demonstrado que cães com lama biliar apresentam concentração sérica de colesterol mais elevada que cães sem esta alteração38 Associado a isso a ultrassonografia realizada no dia 36 sugere agravamento do quadro de colestase por possível mucocele biliar em formação o que pode ter contribuído para a hipercolesterolemia22 Outro estudo demonstrou que cães acima do peso são predispostos a Página 7 UFRGS Faculdade de Veterinária Disciplina de Bioquímica e Hematologia Clínicas Caso Clínico 2017205 dislipidemias36 Embora o paciente faça uso do ácido ursodesoxicólico inibidor da síntese hepática de colesterol e estimulante da síntese de ácidos biliares não há indicação que seu uso interfira nos níveis séricos de colesterol47 Portanto diferentes fatores podem estar agindo em sinergismo neste caso evidenciando que a determinação da causa de base carece de uma avaliação mais detalhada O resultado da ultrassonografia realizada no dia 78 revelou aumento das 4 paratireoides do paciente Em virtude disso no dia 100 foram determinados os níveis do PTH e do iCa Os resultados foram dentro do VR Os níveis de PTH e de iCa estão dentro do VR indicando que o feedback negativo exercido pelo cálcio na secreção de PTH está ativo16 Alb P FA ALT potássio e sódio também foram determinados neste dia e não se desviam do VR As alterações desencadeadas pela DRC podem estimular a secreção de PTH por retenção de fósforo através da diminuição da TFG e ainda é possível haver a redução na forma ativada vitamina D o que acarreta em menor absorção de cálcio e fósforo a partir do trato gastrointestinal41 Frente aos resultados dos exames o estímulo inicial para a ativação da secreção de PTH parece estar mais associado à diminuição do cálcio sérico do que à retenção de fósforo visto da ausência de hiperfosfatenemia Os níveis demonstrados do iCa são estreitos ao limite superior do VR devendo ser monitorados Devese considerar que a determinação do cálcio em apenas um momento não é um indicativo confiável já que suas variações são comuns e além disso seu valor pode ser superestimado em presença de lipemia e desidratação31 A acidose sanguínea demonstrada nesta mesma data por hemogasometria discutida adiante pode estar contribuindo para o aumento da forma livre do cálcio16 Urinálise Foram realizadas duas análises de urina a primeira no Dia 36 e a segunda no Dia 78 Os resultados revelam a presença de quantidade moderada de proteína 100 mgdL nos dois momentos e significativa elevação da relação PC 091 e 095 respectivamente VR 05 para cães azotêmicos20 Além disso no dia 78 foi observada pequena quantidade de muco na urina 1 A proteinúria é um achado comum em todos os estágios da DRC1046 Os cães podem apresentar uma pequena quantidade de proteínas na urina 0 a traços sem que isso represente doença45 Já as concentrações mais elevadas geralmente são indicativas de afecções35 Entretanto a análise da proteína urinária per se não é um parâmetro representativo da real excreção proteica do animal visto que ela reflete apenas a o momento da coleta estando suscetível a flutuações de causa transitórias como estados febris e alta ingesta proteica4 A relação PC é um indicador mais preciso e precoce para se detectar a proteinúria18 ela representa a razão entre a quantidade de proteínas na urina sobre a da creatinina refletindo com maior fidelidade perdas proteicas por considerar de forma indireta sua proporção em relação a taxa de filtração glomerular TFG45 Cães azotêmicos são classificados como proteinúricos a partir de um limiar mais baixo 0520 do que os cães hígidos 1045 logo os resultados da relação PC do paciente constatam o quadro proteinúrico azotemia constatada por análise bioquímica Tabela 2 A respeito da densidade urinária DU o paciente mostrouse dentro do VR nas duas avaliações A DU reflete a capacidade de concentração da urina45 e os paciente portadores de DRC perdem gradativamente essa habilidade35 Porém cães estadiados no grau I e II da DRC podem manter sua capacidade de concentração urinária34 por intermédio dos mecanismos compensatórios48 Além disso é preciso considerar que a DU pode ser superestimada quando se associa a presença acentuada de proteínas urinárias35 podendo ainda ser mais elevada se o animal estiver desidratado1 A urinálise de cães com DRC é caracterizada por sedimento inativo proteinúria leve a moderada e DU diminuída35 Os exames do paciente se encaixam no perfil esperado da DRC exceto pela DU porém como discutido anteriormente este valor pode estar associado aos estágios iniciais da doença bem como superestimado A presença de muco na urina não é normal com exceção dos equinos45 Entretanto como um achado isolado e em pequena quantidade não possui valor clínico significativo3245 Sua produção é desencadeada por processos irritativos às células tubulares tendo relevância quando acompanhado de sedimento celular32 Página 8 UFRGS Faculdade de Veterinária Disciplina de Bioquímica e Hematologia Clínicas Caso Clínico 2017205 Hemogasometria Realizada no dia 100 O resultado revela acidose metabólica não compensada A diminuição do pH indica a acidose já a baixa concentração de bicarbonato HCO3 e o menor valor no VR de excesso de base determinam a causa como metabólica Tabela 119 As perturbações renais causadas pela DRC comumente desencadeiam quadro acidótico por interferir no equilíbrio do tampão bicarbonato através da retenção de íons hidrogênio H eou ineficiência na reabsorção de HCO319 A primeira resposta do organismo frente a elevação sanguínea de H é a eliminação do dióxido de carbono CO2 por hiperventilação Entretanto a pressão de CO2 está dentro do VR demonstrando um processo não compensado pela troca gasosa alveolar43 A pressão de oxigênio pO2 está diminuída 28 mmHg VR 479563 mmHg porém para uma avaliação robusta a pO2 de sangue venoso devese comparála com a pO2 do sangue arterial43 Ainda é importante ressaltar que mesmo com uma perfusão alveolar de oxigênio adequada os valores da pO2 de sangue venoso podem ser inferiores ao VR por alterações circulatórias obstrutivas associadas ao vaso da coleta43 Aspectos gerais A PAS mostrouse elevada durante a consulta do dia 0 e a do dia 50 180 mmHg VR 90150 mmHg em ambos os momentos39 porém quando aferida em domicílio o paciente se mostra normotenso O uso do cloridrato de benazepril inibidor da enzima conversora de angiotensina ECA foi recomendado visando a diminuição da proteinúria O fármaco inibe a ação da ECA diminuindo a hipertensão intraglomerular o que acarreta em menor perda proteica e danos à membrana glomerular contribuindo para o retardo na progressão da DRC2 A discreta adrenomegalia bilateral demonstrado no dia 36 involuiu para unilateral no dia 78 Na presença de involução pelo momento o hiperadrenocorticismo pode ser descartado8 O estresse prolongado mediado pelo hormônio adrenocorticotrófico ACTH824 é capaz de induzir a uma hiperplasia bilateral reversível das adrenais8 A ativação do eixo hipotalâmicohipofisárioadrenal por estímulo estressor é executada através de um conjunto complexo de mecanismos neurais integrados que culminam na liberação de ACTH12 Quando cessado o estímulo a liberação é interrompida e as adrenais regridem de tamanho24 No entanto é possível que as glândulas não retomem as suas dimensões originais23 como indicado pela ultrassonografia realizada no dia 78 A DRC pode promover hiperplasia adrenal através da ativação do sistema reninaangiotensinaaldosterona24 mas é improvável que tenha contribuído diretamente neste caso visto que a formação de angiotensina II está restrita pelo uso do cloridrato de benazepril3 A ocorrência de fezes pastosas em torno do dia 42 pode ser decorrente do aumento da estase biliar21 sugerida pela ultrassonografia do dia 36 A respeito do relato referente a inexistência de poliúria e polidipsia ele pode ser ocasionado pela inexperiência do tutor em reconhecer as condições29 O esplenoma hiperplasia nodular esplênica é um achado benigno comum em cães e seu significado é desconhecido26 A hiperplasia prostática é o distúrbio mais comum da próstata está associada ao aumento da 5αdiidrotestosterona e raramente manifesta sinais clínicos26 Entretanto predispõem a prostatite26 o que justifica a orquiectomia Referente à atopia constituise de um distúrbio imunitário relativamente frequente nesta raça devido a sua predisposição genética37 Quanto a suplementação alimentar com ômega 3 ela foi indicada como auxiliar no retardo da progressão da DRC e para a melhora geral no estado de saúde devido as suas propriedades antiinflamatórias e antioxidantes35 Frente as observâncias deste caso podese inferir que A azotemia constatada indica expressivo comprometimento nefrônico O registro de acidose metabólica representa decaimento na função tubular Dieta baseada em ração específica para pacientes renais pode contribuir para a normofosfatenemia em baixa TFG O uso do ômega 3 e do cloridrato de benazepril aparentemente podem ter contribuído com a preservação da funcionalidade tubular dos néfrons e com o retardo na progressão da DRC neste paciente A presença de lama biliar parece não interferir na progressão da DRC Durante o período abrangido por este relatório nada foi observado referente ao uso do ácido ursodesoxicólico Página 9 UFRGS Faculdade de Veterinária Disciplina de Bioquímica e Hematologia Clínicas Caso Clínico 2017205 CONCLUSÕES A DRC é uma nefropatia primária progressiva e irreversível que culmina na perda da função renal35 As análises laboratoriais são ferramentas essenciais à clínica veterinária para detectar os desequilíbrios homeostáticos hormonais e excretórios causados pela DRC14 Segundo o estadiamento da DRC proposto pela International Renal Interest Society os resultados laboratoriais do paciente indicam a progressão do estádio II para o estádio III onde a concentração de C encontrase entre valores 21 a 50 mgdL e a da PC 0539 Quanto a suspeita de hipotireoidismo se faz necessário o acompanhamento do paciente para constatação do quadro REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1 BARSANTI J A Urinálise In LORENZ M D CORNELIUS L M Diagnóstico clínico em pequenos animais 2 ed Rio de Janeiro Interlivros 1996 cap 62 p 479487 2 CARVALHO M B Semiologia do sistema urinário In FEITOSA F L F Ed Semiologia veterinária a arte do diagnóstico São Paulo Roca 2004 cap 9 p 427448 3 BORGES F O et al Os inibidores da enzima conversora da angiotensina e suas múltiplas ações farmacoterapêuticas Cenarium pharmacêutico Brasilia DF v 2 n 2 maionov 2008 Disponível em httpwwwunieuroedubrsitenovorevistasdownloadsfarmaciacenarium0208pdf Acesso em 11 dez 2017 4 CHECO D J DOBARTOLA S P Diagnóstico e fisiopatologia da moléstia 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bioquímica clínica veterinária 3 ed Porto Alegre Universidade Federal do Rio Grande do Sul 2017 cap 6 p 307356 Página 10 UFRGS Faculdade de Veterinária Disciplina de Bioquímica e Hematologia Clínicas Caso Clínico 2017205 17 GONZÁLEZ F H D SILVA S C Bioquímica hormonal In Introdução à bioquímica clínica veterinária 3 ed Porto Alegre Universidade Federal do Rio Grande do Sul 2017 cap 7 p 357462 18 GONZÁLEZ F H D SILVA S C Perfil bioquímico sanguíneo In Introdução à bioquímica clínica veterinária 3 ed Porto Alegre Universidade Federal do Rio Grande do Sul 2017 cap 8 p 463516 19 GONZÁLEZ F H D SILVA S C Alterações do equilíbrio hidroeletrolítico e acidobásico In Introdução à bioquímica clínica veterinária 3 ed Porto Alegre Universidade Federal do Rio Grande do Sul 2017 cap 2 p 59110 20 INTERNATIONAL RENAL INTEREST SOCIETY IRIS IRIS Staging of CKD modified 2016 Sl IRIS 2016 Disponível em httpwwwiriskidneycompdf3stagingofckdpdf Acesso em 03 jan 2018 21 IOP J F M et al Aspectos ultrassonográficos de mucocele biliar em cão relato de caso Anais do Salão Internacional de Ensino Pesquisa e Extensão Bagé v 8 n 1 2016 Resumo Disponível em httppublicaseunipampaedubrindexphpsiepearticleview19471 Acesso em 27 nov 2017 22 JOHNSON R K Hiperlipidemia canina In ETTINGER S J Ed Tratado de medicina interna veterinária moléstias do cão e gato 3 ed São Paulo Manole 1992 v 1 cap 40 p 210215 23 JONES T C Distúrbios do crescimento aplasia até neoplasia In Patologia veterinária 6 ed São Paulo Manole 2000 cap 4 p 87118 24 JONES T C Glândulas endócrinas In Patologia veterinária 6 ed São Paulo Manole 2000 cap 26 p 12451280 25 JONES T C Sistema genital In Patologia veterinária 6 ed São Paulo Manole 2000 cap 25 p 11691244 26 JONES T C Sistema hêmico e linfático In Patologia veterinária 6 ed São Paulo Manole 2000 cap 22 p 10271062 27 LASSEN E D FETTMAN M J Avaliação laboratorial dos lipídeos In THRALL M A et al Hematologia e bioquímica clínica veterinária São Paulo Roca 2007 cap 28 p 394402 28 LOPES S T A BIONDO A W SANTOS A P Hematologia clínica In GONZÁLEZ F H D SILVA S C Ed Patologia clínica veterinária texto introdutório Porto Alegre Universidade Federal do Rio Grande do Sul 2008 cap 1 p 946 29 LORENZ M D Polidipsia e poliúria In CORNELIUS L M Diagnóstico clínico em pequenos animais 2 ed Rio de Janeiro Interlivros 1996 cap 5 p 3546 30 MARTÍNEZ P P CARVALHO M B Participação da excreção renal de cálcio fósforo sódio e potássio na homeostase em cães sadios e cães com doença renal crônica Pesquisa Veterinária Brasileira Rio de Janeiro v 30 n 10 p 868876 out 2010 31 MEUTEN D J ARMSTRONG P J Moléstias da paratireoide e metabolismo do cálcio In ETTINGER S J Ed Tratado de medicina interna veterinária moléstias do cão e gato 3 ed São Paulo Manole 1992 v 3 cap 94 p 16831075 32 MOTTA V T Rim e função renal In Bioquímica clínica para o laboratório princípios e interpretações 5 ed Rio de Janeiro MedBook 2009 cap 16 p 246271 33 OSÓRIO L G et al Exames auxiliares como ferramenta no diagnóstico clínico veterinário Pubvet Maringá v 11 n 11 p 11231128 2017 34 PETERSON M E FERGUSON D C Moléstias da tiroide In ETTINGER S J Ed Tratado de medicina interna veterinária moléstias do cão e gato 3 ed São Paulo Manole 1992 v3 cap 95 p 1706 1751 35 POLZIN D J OSBORNE C A OBRIEN T D Moléstias dos rins e ureteres In ETTINGER S J Ed Tratado de medicina interna veterinária moléstias do cão e gato 3 ed São Paulo Manole 1992 v 4 cap 108 p 20472138 36 RONCOSKI A T et al Frequência de dislipidemias em cães obesos Revista Acadêmica ciências agrárias e ambientais Curitiba v 12 p 5960 2014 Suplemento 1 37 SCOTT D W MILLWR W H GRIFFIN C E Immunemediated disorders In Muller Kirks small animal dermatology 6 ed Philadelphia W B Sauders 2001 cap 9 p 667779 38 SECCHI P Prevalência fatores de risco e marcadores bioquímicos em cães com lama biliar Página 11 UFRGS Faculdade de Veterinária Disciplina de Bioquímica e Hematologia Clínicas Caso Clínico 2017205 diagnosticada por ultrassonografia 2011 39 f Dissertação Mestrado em Ciências Veterinárias Faculdade de Veterinária Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre 2011 p 1920 39 SILVA M O MARCUSSO P F Estadiamento da insuficiência renal crônica em cães e gatos pela international renal interest society iris o que mudou Ciência Veterinária e Saúde Pública Umuarama v 4 n 2 p 2324 out 2017 40 STANTON B A KOEPPEN B M Elementos da função renal In BERNE R M et al Ed Fisiologia 5 ed Rio de Janeiro Elsevier 2004 cap 34 p 663682 41 STOCKHAM S L SCOTT M A Cálcio fósforo magnésio e seus hormônios reguladores In Fundamentos de patologia clínica veterinária 2 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2011 cap 11 p496532 42 STOCKHAM S L SCOTT M A Função da tireoide In Fundamentos de patologia clínica veterinária 2 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2011 cap 17 p 649665 43 STOCKHAM S L SCOTT M A Gases sanguíneos pH sanguíneo e diferença de íons fortes In Fundamentos de patologia clínica veterinária 2 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2011 cap 10 p 467495 44 STOCKHAM S L SCOTT M A Lipídeos In Fundamentos de patologia clínica veterinária 2 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2011 cap 16 p 633648 45 STOCKHAM S L SCOTT M A Sistema Urinário In Fundamentos de patologia clínica veterinária 2 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2011 cap 8 p 342411 46 WAKI M F et al Classificação em estágios da doença renal crônica em cães e gatos abordagem clínica laboratorial e terapêutica Ciência Rural Santa Maria v 40 n 10 p 22262234 out 2010 47 WARD A et al Ursodeoxycholic acid a review of its pharmacological properties and therapeutic efficacy Drugs New York v 27 n 2 p 95131 Feb 1984 48 ZATZ R Patogênese e fisiopatologia da doença renal crônica In RIELLA M C Princípios de nefrologia e distúrbios hidroeletrolíticos 5 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2010 cap 42 p 804814
14
Patologia Clínica Veterinária
UNIS-MG
1
Patologia Clínica Veterinária
UNIS-MG
17
Patologia Clínica Veterinária
ARNALDO
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Patologia Clínica Veterinária
UNI SANTA CRUZ
9
Patologia Clínica Veterinária
UFPA
9
Patologia Clínica Veterinária
UFPA
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Patologia Clínica Veterinária
CESD
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Patologia Clínica Veterinária
UNIPAC
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Patologia Clínica Veterinária
UMG
69
Patologia Clínica Veterinária
UMG
Texto de pré-visualização
PROPRIETÁRIO TELEFONE SETOR NOME ANIMAL RG IDADE 4a PESO 3850 Kg SEXO F DATA 290421 QUEIXA PRINCIPAL Icterícia colestase em US feito por colega ANAMNESE 1Início dos sintomas hiporexia há 3 semanasA icterícia iniciou há 1 semana Teve histórico de ter domicílio uso marcefalina 3 semanas 2Insercepção infecciosa Pode ficar internada com colega 4Teve melhoras após us insercepção foi aplicado ontem 5 Em normoquiza porém começou a defecar na caixa ental não tem mais ansiedade Normotúria está urinando fora da caixa início há 2 semanas 6 Nega tosse nem espirro 7 Nega convulsão fácilnega síncopenega convulsão 9Castrada há 3 anos 10Nega adocia head pissing head tilt 11Nega claudicação relativo fraqueza muscular está pensando para pular no sofá 12Nega lesões de pele Parou de se limpar 13Nega secreção nega alopecia Assintomática icterícia 14Apática 15Ração Special Cat castrads Whiskas peti forçada 16 Vacina quando filhote tomou último dose há 1 ano 17Vermífugo há 1 ano 18Casa não tem acesso a rua tem contato pelo sentar Tem 1 cão condutonte em BEG Tem alimem EXAME FÍSICO TR 372 C FC 240 bpm FR 28 mpm TRC seg HIDRATAÇÃO 8 1Pulso Arterial Regular Intesidade normal 2Mucosas Ictéricas 3Nível de Consciência Deprimido 4Estado Nutricional Magro 5Comportamento Dócil 6Ectoparasitas Sim 7Postura e Movimentação Normal 8Olhos N 9Orelhas N 10Pele e Anexos N 11Respiratório N 12Circulatório N 13Digestório N 14Abdome N 15Urínario N 16Genital N 17Músculoesquelético N 18Nervoso N 19Hemolinfático A 20Cavidade oral N 21Outros N para pássaros que risidom o local Beijo rea há 8 meses mostrou um beijaflev 20 há 2 anos teve o mesmo quadro em apatia vômitos colega fez US disse que havia comido algo ficou internada 2 dias e melhorou 21 Nega 19linfonodo submand reativo REAVALIAÇÃO NOME GATILHA RG 39721 IDADE 4a SEXO F PESO 265 kg DATA 240521 SETOR UCPAL EVOLUÇÃO Tutur relata bom estado geral relato estar atica dispoita Demonstrando interesse em alimento comeu 1 ração ao 1a pela manhã Relatos NQ NV ND Parou com as medicações ao completar 10 dias amor samol pilímicacolinus Nega demais queixas Relata diminuição da ictérica ASSINALAR QUANDO VERIFICADO PROBLEMA PRINCIPAL Melhora Piora Igual Quando percebeu Tratamento realizado Resposta ao tratamento ESTADO GERAL 5 Disposição Geral 6Alimentação 7Defecação e Fezes 8Ingestão de Água 9Micção e Urina 10 Outras Observações 11 Novas Queixas EXAME FÍSICO TC FC bpm FR mpm TRC seg DESIDRATAÇÃO 5 1Pulso Arterial Regular Filiforme Intensidade normal Outros 2Mucosas Rosadas Hiperêmicas Ictéricas Pálidas 3Nível de Consciência Alerta Deprimido Estupor Coma 4Estado Nutricional Caquético Magro Normal Obeso Muito obeso 5Comportamento Dócil Inquieto Medroso Agressivo Incontrolável 6Ectoparasitas Não Sim 7Postura e Movimentação Normal Anormal Diminuição da icterícia 8Olhos N A 9Orelhas N A 10Pele e Anexos N A 11Respiratório N A 12Circulatório N A 13Digestório N A 14Abdome N A 15Urínario N A 16Genital N A 17Músculoesquelético N A 18Nervoso N A 19Hemolinfático N A 20Cavidade oral N A 21Outros N A Pura de peso TRATAMENTO PRESCRITO Medicamento Sulimoxino 140 mg Same 90 mg Lactobactat Uvisacol 15 mg Princípio Ativo mani p Dose mgkg ou mgm³ 3 mg 1 kg 1 dose 2g Volume ml 1 cp 1 dose 2g 14 cp Via PO SC IM etc VO VO VO VO Posologia sid bid tid etc SID SID SID SID Duração em dia 30d 30d 7d 30d OBS Para prescrições de Quimioterapia preencher calendário próprio em duas vias uma para o proprietário e uma no prontuário TRATAMENTO AMBULATORIAL Medicamento Administrado empty Dose mgkg empty Volume ml empty Via empty Princípios Ativos empty CURATIVOS e outros procedimentos ambulatoriais Realizado lenoquomohoquímico HFAs clalatação das vias biliares estenose de estoma Retorno com medo cago Suporte pl fígado evento do acompanhamento bem como reforço na alimentação e hidratação OBSERVAÇÕES Retorno em 7 diav pl reavaliação retirar sonda Retorno Hora Setor Veterinário FEMM 40 Anos Fundação Educacional Miguel Mofarrej CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES INTEGRADAS DE OURINHOS Unifiio Centro Universitário das Faculdades Integradas de Ourinhos FUNDAÇÃO EDUCACIONAL MIGUEL MOFARREJ CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES INTEGRADAS DE OURINHOS HOSPITAL VETERINÁRIO Rodovia 153 Km 339 Bairro Água do Cateto Ourinhos SP Fones 14 33026400 0800 770 8788 secretariafiofemmcombr CONSULTA Proprietário empty Telefone empty Setor CCPA Nome Animal Gatinha RG 39721 Idade 4a Peso 39 cla 24 sda Sexo F Data 040621 Queixa Principal Vômitomagricumento Anamnese ① Há 15 dias Relato que houve troca de alimentação pl hipercalórica e iniciou com êmse com conteúdo alimentar e munícia do vômito interno E após este episódio apresenta emese recorrente sempre após administração da alimentação por sonda Relato que não consegue realizar administração de medicação por sonda com facilidade poerm sm resistência Há 1 semana sonda disloca e foi relocada por conta ③ ④ Tutor se nega a administrar medicações está sem nenhuma ⑤ relata fezes líquidos em pouca quantidade com coloração amarelaescurecida e muco disde cirurgäi Nego hematoquezia Relata que quem do oferece alimento possui intresse poerm quem do opanka alimento apresenta disfagia ⑥ nega tosse ou secreção nasal nega secreção nasal ⑦ nega síncope ou cyanose Relato leve carrasper fácil ⑧ normauria Porém relata coloração amarela intensa ASSINALAR QUANDO VERIFICADO Queixa atual 1 Tempo de evolução 2 Tipo de evolução 3 Tratamentos 4 Resposta a tratamentos Outros sistemas 5 Digestório 6 Respiratório 7 Cardiovascular 8 Urinário 9 Genital 10 Nervoso 11 Músculo Esquelético 12 Tegumentar 13 Oftálmico Manejo geral 14 Comportamento 15 Alimentação 16 Vacinações 17 Vermífugos 18 Ambiente 19 Acesso à rua Saúde progressiva 20 Doenças anteriores 21 Medicação contínua 22 Queixas adicionais EXAME FÍSICO TR 381 C FC 280 bpm FR mpm TRC 34 seg HIDRATAÇÃO 810 1 Pulso Arterial Regular X Irregular Filiforme Fraco Intensidade normal Outro 2 Mucosas Rosadas Congestas Hiperêmicas Cianóticas X Ictéricas Pálidas 3 Nível de Consciência X Alerta Deprimido Estupor Coma 4 Estado Nutricional X Caquético Magro Normal Obeso Muito obeso 5 Comportamento X Dócil Inquieto Medroso Agressivo Incontrolável 6 Ectoparasitas X Não Sim 7 Postura e Movimentação Normal Anormal Realizado atendimento emergencial com suspeição de volumia paciente pulmonarcii intirmada pl acompanhamento mdi ficha internamento Realizado retirada de sonda esofágica e limpeza do fênico 8 Olhos N A 9 Orelhas N A 10 Pele e Anexos N A 11 Respiratório N A 12 Circulatório N A 13 Digestório N A 14 Abdome N A 15 Urinário N A 16 Genital N A 17 Músculoesquelético N A 18 Nervoso N A 19 Hemolinfatico N A 20 Cavidade oral N A 21 Outros N A Nome Gatinha RG 39721 Idade 4a Sexo F Peso 2 Kg Data 160621 Setor CCPA Evolução Relata que paciente não apresentou melhoras permanecia sob alimentação e hidratação forçada pouco ativa Assinalar quando verificado Problema Principal Melhora Piora Igual Quando percebeu Tratamento realizado Resposta ao tratamento Estado Geral Disposição Geral Alimentação Defecação e Fezes Ingestão de Água Micção e Urina Outras Observações Novas Queixas EXAME FÍSICO TºC FC bpm FR mpm TRC 4 seg DESIDRATAÇÃO 10 12 1 Pulso Arterial Regular Irregular Filiforme Fraco Intensidade normal Outros 2 Mucosas Rosadas Congestas Hiperêmicas Cianóticas Icéricas Pálidas 3 Nível de Consciência Alerta Deprimido Estupor Coma 4 Estado Nutricional Caquético Magro Normal Obeso Muito obeso 5 Comportamento Dócil Inquieto Medroso Agressivo Incontrolável 6 Ectoparasitas Não Sim 7 Postura e Movimentação Normal Anormal 8 Olhos N A 9 Orehas N A 10 Pele e Anexos N A 11 Respiratório N A 12 Circulatório N A 13 Digestório N A 14 Abdome N A 15 Urinário N A 16 Genital N A 17 Músculoesquelético N A 18 Nervoso N A 19 Hemolinfático N A 20 Cavidade oral N A 21 Outros N A TRATAMENTO PRESCRITO Medicamento nome comercial Princípio Ativo nome genérico Dose mgkg ou mgm² Volume ml Via PO SC IM etc Posologia sid bid tid etc Duração em dia OBS Para prescrições de Quimioterapia preencher calendário próprio em duas vias uma para o proprietário e uma no prontuário TRATAMENTO AMBULATORIAL Medicamento Administrado Dose mgkg Volume ml Via Princípios Ativos CURATIVOS e outros procedimentos ambulatoriais Conversado com tutor sobre entanásia visto que paciente não evoluiu pf melhora pelo contrário apresentou piora apatía não defeca não está se alimentando tomando agua é pouca queda de vida Realizada então eutanasia Batista OBSERVAÇÕES Retorno Hora Setor Veterinário Centro Universitário das Faculdades Integradas de Ourinhos Centro Universitário de Ourinhos Rodovia BR 153 KM 33842 Bairro Água do Cateto OurinhosSP LAUDO ULTRASSONOGRÁFICO Paciente Gatinha Espécie Felino Sexo Fêmea Idade 4 anos Raça SRD Data 29042021 RG 39721 Bexiga Repleta com conteúdo anecóico e presença de discreta quantidade de sedimento ecogênico suspenso normoespessa Baço Tamanho normal ecogenicidade preservada com parênquima homogêneo Rins Tamanho normal contorno regular hiperecogênico e relação corticomedular mantida bilateral Fígado Tamanho normal com parênquima homogêneo e ecogenicidade preservada No entanto distensão e tortuosidade das vias biliares comuns e dilatação das vias biliares intrahepáticas Vesícula biliar distendida com importante espessamento de parede e presença de grande quantidade de sedimento hiperecogênico não formador de sombra acústica preenchendo aproximadamente 70 do lúmen Trato gastrointestinal Estômago pouco repleto por conteúdo gasoso e líquido parede visibilizada normoespessa com estratificação parietal mantida Alças com conteúdo habitual filamento gasoso e mucoso parede normoespessa e com estratificação parietal preservada Pâncreas Tamanho e arquitetura preservado Adrenais Tamanho e arquitetura preservado Cavidade abdominal Sem líquido livre Impressão diagnóstica Alterações descritas em sistema hepatobiliar são compatíveis com colangiohepatite obstrutiva Alteração em vesícula urinária sugestiva de processo inflamatórioinfeccioso cistite Stéphan C V Dallazem Med Veterinária CRMV 49834SP wwwfioedubr 0800 770 8788 Paciente Gatinha Espécie Felina RGHV 39721 Raça SRD Sexo Fêmea Idade 4 anos Suspeita clínica Platinossomose colestase Observações clínicas Icterícia apatia anorexia e desidratação Medicação Mercepton Solicitante Daniela Ribas Data 29042021 Eritrograma Valores Unidade Referência Hemácias 520 x10 12L 50 100 Hemoglobina 80 gdL 80 150 Volume Globular 25 24 45 VCM 481 fL 39 55 CHCM 320 31 35 RDW 187 17 22 Citologia Nada digno de nota Leucograma Leucócitos totais 114 x10 9 L 55 195 Mielócitos 0 0 x10 6 L 0 Metamielócitos 0 0 x10 6 L 0 Bastonetes 4 456 x10 6 L 0 300 Segmentados 81 9234 x10 6 L 2500 12500 Linfócitos 11 1254 x10 6 L 1500 7000 Monócitos 2 228 x10 6 L 0 850 Eosinófilos 2 228 x10 6 L 0 1500 Basófilos 0 0 x10 6 L Raros Outros 0 0 x10 6 L Citologia Presença de neutrófilos tóxicos basofilia citoplasmática 40 e corpúsculo de Dohle 10 Total 100 Outros Plaquetas automatizado 538 x10 9 L 300 800 Plaquetas microscopia 26 pcp1000X 15 40 Morfologia Plaquetária Presença de agregação plaquetária e macroplaquetas Proteína Plasmática Total 94 gdL 60 80 Índice Ictérico 100 U 2 5 Breno Fernando Martins de Almeida Médica Veterinária CRMVSP 49700 10 Paciente Gatinha Espécie Felina RGHV 39721 Raça SRD Sexo Fêmea Idade 4 anos Suspeita clínica Platinossomose colestase Observações clínicas Icterícia apatia anorexia desidratação Medicação Mercepton Solicitante Daniela Ribas Data 29042021 Tipo de amostra Soro Característica da amostra Presença de icterícia Valores Unidade Referência ALT 382 UIL 6 83 Albumina 243 gdL 21 33 Amilase UIL AST UIL 26 43 Bilirrubina total mgdL 015 050 Bilirrubina direta mgdL Bilirrubina indireta mgdL Cálcio total mgdL 62 102 Cap latente ligação Fe µgdL 105 205 Cloretos mmolL 117 123 Colesterol mgdL 95 130 CKNAC UIL 72 282 Creatinina 24 mgdL 08 18 Ferro sério µgdL 68 215 FA UIL 25 93 Fósforo total 116 mgdL 45 81 GGT 3800 UIL 13 51 Glicose 1004 mgdL 73 134 Globulinas 557 gdL 26 51 Lactato mgdL LDH UIL 63 273 Lipase UIL 0 83 Magnésio mgdL Potássio mmolL 40 45 Proteína total 80 gdL 54 78 Sódio mmolL 147 156 Triglicérides mgdL 10 114 Ureia 77 mgdL 427 641 Observações Breno Fernando Martins de Almeida Médico Veterinário CRMVSP 25674 11 Paciente Gatinha Espécie Felina RGHV 39721 Raça SRD Sexo Fêmea Idade 4 anos Suspeita clínica Platinossomose colestase Observações clínicas Icterícia apatia anorexia Medicação Mercepton Solicitante Daniela Ribas Data 29042021 Tipo de exame Teste rápido para FIV pesquisa de anticorpos e FeLV pesquisa de antígenos virais Amostra Soro Resultado FIV não reagente FeLV não reagente Breno Fernando Martins de Almeida Médico Veterinário CRMVSP 25674 Paciente Gatinha Espécie Felina RGHV 39721 Raça SRD Sexo Fêmea Idade 4 anos Suspeita clínica Colestase obstrutiva Observações clínicas Medicação Mercepton Solicitante Daniela Ribas Data 29042021 Tipo de amostra Urina Tipo de colheita Cistocentese Valores Referência Exame físicoquímico Cor Âmbar Amarelo Citrino Aspecto Turvo Límpido Odor Sui generis Sui generis Densidade 1030 1040 pH 60 50 65 Leucócitos Negativo Negativo Nitrito Negativo Negativo Proteína 1 Negativo Glicose Normal Normal Corpos cetônicos Negativo Negativo Urobilinogênio Normal Normal Bilirrubina 3 Negativo Sangue oculto 1 Negativo Sedimentoscopia Hemácias 2 pcp400X 05 Leucócitos Ausentes pcp400X 05 Célula renal Ausentes pcp400X 0 Célula da pelve renal Ausentes pcp400X 05 Célula de transição 3 pcp400X 05 Célula vaginalprepucial Ausentes pcp400X 05 Cilindro hialino Ausentes pcp400X Ausentes Cilindro granuloso 3 pcp400X Ausentes Espermatozóides Ausentes Ausentes Bactérias Ausentes Ausentes Cristais Cristais de bilirrubina 3 Outro Relação ProteínaCreatinina urinária UPC 05 Breno Fernando Martins de Almeida Médico Veterinário CRMVSP 25674 Paciente Gatinha Espécie Felina RGHV 39721 Raça SRD Sexo Fêmea Idade 4 anos Suspeita clínica Acompanhamento colecistite obstrutiva Observações clínicas Medicação Ampicilina sulbactam maropitant metadona e norepinefrina Solicitante Daniela Ribas Data 30042021 Eritrograma Valores Unidade Referência Hemácias 347 x1012 L 50 100 Hemoglobina 59 gdL 80 150 Volume Globular 17 24 45 VCM 490 fL 39 55 CHCM 347 31 35 RDW 189 17 22 Citologia Presença de 20 metarrubócitos em 100 leucócitos Leucograma Leucócitos totais 340 x109 L 55 195 Mielócitos 0 0 x106 L 0 Metamielócitos 2 680 x106 L 0 Bastonetes 245 8330 x106 L 0 300 Segmentados 59 20060 x106 L 2500 12500 Linfócitos 105 3570 x106 L 1500 7000 Monócitos 25 850 x106 L 0 850 Eosinófilos 15 510 x106 L 0 1500 Basófilos 0 0 x106 L Raros Outros 0 0 x106 L Citologia Presença de neutrófilos tóxicos basofilia citoplasmática 60 e corpúsculo de Dohle 40 Valor de leucócitos corrigido Total 100 Outros Plaquetas automatizado 447 x109 L 300 800 Plaquetas microscopia 22 pcp1000X 15 40 Morfologia Plaquetária Presença de macroplaquetas Proteína Plasmática Total 54 gdL 60 80 Índice Ictérico 100 U 2 5 Breno Fernando Martins de Almeida Médico Veterinário CRMVSP 25674 Paciente Gatinha Espécie Felina RGHV 39721 Raça SRD Sexo Fêmea Idade 4 anos Suspeita clínica Colangite colangiohepatite e platinossoma Observações clínicas Medicação Ampicilina sulbactan Solicitante Héllen Nishimura Data 03052021 Amostra Bile Data colheita 30042021 Bacterioscopia direta Bacterioscopia cultura Ágar sangue não houve crescimento bacteriano Ágar Mac Conkey não houve crescimento bacteriano Ágar Sabouraud não houve crescimento leveduriforme Antibióticos S I R Halo mm Antibióticos S I R Halo mm Antibióticos S I R Halo mm Amicacina Ciprofloxacina Neomicina Amoxicilina Clindamicina Nitrofurantoina AmoxiClav Cloranfenicol Norfloxacina Ampicilina Doxiciclina Oxacilina AmpicilinaSulb Enrofloxacina Penicilina Azitromicina Eritromicina Sulfazotrim Bacitracina Estreptomicina Sulfanamida Cefalexina Gentamicina Tetraciclina Cefalotina Imipenem Tobramicina Cefazolina Levofloxacina Vancomicina Cefepime Meropenem Cefovecina Ceftiofur Marbofloxacino OBS S Sensível I Intermediário R Resistente Prováveis patógenos Tainara de Oliveira Martins Médica Veterinária CRMVSP 45908 Paciente Gatinha Raça SRD Espécie Felina Sexo Fêmea RGHV 39721 Idade 4 anos Suspeita clínica Acompanhamento Observações clínicas Medicação Ampicilina sulbactan maropitant metadona e norepinefrina Solicitante Daniela Ribas Data 30042021 Bioquímico Tipo de amostra Plasma EDTA Característica da amostra Presença de icterícia Valores Unidade Referência ALT UIL 6 83 Albumina gdL 21 33 Amilase UIL AST UIL 26 43 Bilirrubina total mgdL 015 050 Bilirrubina direta mgdL Bilirrubina indireta mgdL Cálcio total mgdL 62 102 Cap latente ligação Fe µgdL 105 205 Cloretos mmolL 117 123 Colesterol mgdL 95 130 CKNAC UIL 72 282 Creatinina 20 mgdL 08 18 Ferro sérico µgdL 68 215 FA UIL 25 93 Fósforo total mgdL 45 81 GGT UIL 13 51 Glicose mgdL 73 134 Globulinas gdL 26 51 Lactato mgdL LDH UIL 63 273 Lipase UIL 0 83 Magnésio mgdL Potássio mmolL 40 45 Proteína total gdL 54 78 Sódio mmolL 147 156 Triglicérides mgdL 10 114 Ureia mgdL 427 641 Observações Breno Fernando Martins de Almeida Médico Veterinário CRMVSP 25674 Paciente Gatinha Raça SRD Espécie Felina Sexo Fêmea RGHV 39721 Idade 4 anos Suspeita clínica Acompanhamento platinosoma Observações clínicas Medicação Metadona ampicilina sulbactam dipirona Solicitante Daniela Ribas Data 04052021 Hemograma Eritrograma Valores Unidade Referência Hemácias 312 x1012L 50 100 Hemoglobina 50 gdL 80 150 Volume Globular 15 24 45 VCM 481 fL 39 55 CHCM 333 31 35 RDW 206 17 22 Citologia Presença de acantócitos 3 anisomicrocitose 2 anismacrocitose 2 policromasia 1 discretos corpúsculos de Howelljolly Leucograma Leucócitos totais 246 x109L 55 195 Mielócitos 0 0 x106L 0 Metamielócitos 0 0 x106L 0 Bastonetes 8 1968 x106L 0 300 Segmentados 84 20664 x106L 2500 12500 Linfócitos 75 1845 x106L 1500 7000 Monócitos 0 0 x106L 0 850 Eosinófilos 05 123 x106L 0 1500 Basófilos 0 0 x106L Raros Outros 0 0 x106L Citologia Presença de neutrófilos tóxicos corpúsculo de Dohle 10 Contagem diferencial realizada em 200 células Total 100 Outros Plaquetas automatizado x109L 300 800 Plaquetas microscopia 39 pcp1000X 15 40 Morfologia Plaquetária Presença de agregação plaquetária e macroplaquetas Proteína Plasmática Total 54 gdL 60 80 Índice Ictérico 75 U 2 5 Breno Fernando Martins de Almeida Médico Veterinário CRMVSP 25674 Paciente GATINHA Raça SRD Espécie Felina Sexo Fêmea RGHV 39721 Idade 4 ANOS Suspeita clínica Acompanhamento platimossomo Observações clínicas Medicação metadona ampicilina sulbactam e dipirona Solicitante Daniela Ribas Data 04052021 Bioquímico Tipo de amostra Soro Característica da amostra Sem alteração Valores Unidade Referência ALT 73 UIL 6 83 Albumina 124 gdL 21 33 Amilase UIL AST UIL 26 43 Bilirrubina total mgdL 015 050 Bilirrubina direta mgdL Bilirrubina indireta mgdL Cálcio total mgdL 62 102 Cap latente ligação Fe µgdL 105 205 Cloretos mmolL 117 123 Colesterol mgdL 95 130 CKNAC UIL 72 282 Creatinina 19 mgdL 08 18 Ferro sérico µgdL 68 215 FA UIL 25 93 Fósforo total mgdL 45 81 GGT 2250 UIL 13 51 Glicose 70 mgdL 73 134 Globulinas 346 gdL 26 51 Lactato mgdL LDH UIL 63 273 Lipase UIL 0 83 Magnésio mgdL Potássio mmolL 40 45 Proteína total 47 gdL 54 78 Sódio mmolL 147 156 Triglicérides mgdL 10 114 Ureia 46 mgdL 427 641 Observações Breno Fernando Martins de Almeida Médico Veterinário CRMVSP 25674 Paciente Gatinha Espécie Felina RGHV 39721 Raça SRD Sexo Fêmea Idade 4 anos Suspeita clínica Observações clínicas Medicação Solicitante Héllen Nishimura Data 04052021 Tipo de exame OPG Amostra Fezes Método de Faust Não realizado Método de Hoffman Negativo Método de Ritchie Positivo Platynosomum spp Observações Nada digno de nota Breno Fernando Martins de Almeida Médico Veterinário CRMVSP 25674 Relatório de Caso Clínico Universidade Federal do Rio Grande do Sul Faculdade de Veterinária Departamento de Patologia Clínica Veterinária Disciplina de Bioquímica e Hematologia Clínicas VET03121 httpwwwufrgsbrbioquimica IDENTIFICAÇÃO Caso Clínico no 2017205 Espécie Canina Anosemestre 20172 Raça West Highland White Terrier Idade 08 anos Sexo macho Peso 135 kg Alunosas Eduardo Custódio Panno Giovana Brum Teixeira e Jéssica Severo Dametto Médicoa Veterinárioa responsável Letícia Fontoura Moreira ANAMNESE O referido canino é tratado no Hospital de Clínicas Veterinárias da UFRGS desde março de 2016 Foi diagnosticado como portador de doença renal crônica DRC esplenoma lama biliar e hiperplasia prostática com involução após orquiectomia jun 2016 Além disso apresenta desde então quadros inflamatórios atópicos recorrentes Exames hematológicos bioquímicos urinários e ultrassonográficos são realizados com periodicidade Os resultados demonstram um perfil elevado nos níveis séricos da creatinina C e da ureia U As urinálises se caracterizam por proteinúria e os valores da relação ProteínaCreatinina urinária PC migraram de normais para elevadas Os hemogramas não revelam alterações significativas As imagens ultrassonográficas são compatíveis com as afecções supracitadas Parâmetros bioquímicos da alanina aminotransferase ALT fosfatase alcalina FA fósforo P e albumina Alb foram determinados em diferentes momentos estando dentro dos valores de referência VR da espécie A dieta é constituída por ração para pacientes renais suplementada com ômega 3 e carne de frango cozida O paciente faz uso contínuo do cloridrato de benazepril e do ácido ursodesoxicólico Durante a consulta de revisão realizada no dia 10 de julho de 2017 Dia 0 a tutora relatou um episódio de êmese no dia anterior Dia 1 afirmou que a ingestão alimentar hídrica e o volume de micção estavam normais e informou que o animal apresentava prurido na região dorsal Neste momento foi verificada a glicemia pressão arterial sistólica PAS e solicitado urinálise ultrassonografia abdominal total e análise sérica de triglicerídeos colesterol hormônio estimulante da tireoide TSH frutosamina tiroxina livre fT4 e total tT4 Até o momento não houve manifestação de quadro anêmico e a tutora nega poliúria e polidipsia Entretanto em diversos momentos foi administrada fluidoterapia ao paciente em razão de sinais clínicos compatíveis com desidratação EXAME CLÍNICO Dia 0 Paciente em estado de alerta e nervoso normohidratado mucosas normocoradas tempo de perfusão capilar 2 seg VR 12 seg7 escore corporal 6 acima do ideal escala de 19 ideal 5 PAS 180 mmHg hipertensão severa VR 90150 mmHg39 glicemia 98 mgdL VR 65118 mgdL Bom estado geral EXAMES COMPLEMENTARES PAS Dia 0 PAS 180 mmHg hipertensão severa VR 90150 mmHg39 Aferida por Doppler manguito número 4 Glicemia Dia 0 Glicemia 98 mgdL VR 65118 mgdL Aferida por glicosímetro sem jejum Ultrassonografia Abdominal Total Dia 36 Vesícula biliar paredes normoespessas repleta por conteúdo anecogênico e moderada quantidade de sedimento ecogênico amorfo com margens hipoecogênica em formato de meia lua sugerindo padrão radiado diferenciais lama biliarmucocele em formação Baço com imagem heterogênea de ecogenicidade mista em topografia corpo com trabeculações Página 2 UFRGS Faculdade de Veterinária Disciplina de Bioquímica e Hematologia Clínicas Caso Clínico 2017205 medindo 111 x 095 cm observase aumento do tamanho em relação ao exame anterior nódulo hiperplásiconeoplásico cranialmente a esta uma imagem circular anecogênica medindo 050 cm compatível com cisto Rins simétricos em topografia com contornos irregulares arquitetura e ecogenicidade normais Bilateralmente visualizase ecogenicidade aumentada perda da definição corticomedular presença de cistos corticais medindo 050 cm à esquerda e 045 cm à direita compatível com nefropatia crônica Adrenais tópicas com ecogenicidade formato e contornos preservados medindo 196 x 063 cm AD e 191 x 061 cm AE compatível com discreta adrenomegalia bilateral Próstata sem lobulações com contornos regulares parênquima homogêneo hipoecogênico dimensões reduzidas 185 x 180 x 107 cm orquiectomia prévia Nada digno de nota com relações às demais estruturas visualizadas URINÁLISE Método de coleta cistocentese Obs 10 mL Data 15082017 Dia 36 Sedimento urinário Células epiteliais transição 23 Cilindros ausentes Hemácias ausentes Leucócitos ausentes Bacteriúria ausente Outros não visualizados ProteínaCreatinina 091 05 para cães azotêmicos Exame químico pH 60 5570 Corpos cetônicos negativo Glicose negativo Bilirrubina negativo Urobilinogênio 02 mgdL 1 Proteína 100 mgdL Sangue negativo Exame físico Densidade específica 1024 10151045 Cor amarelo Consistência fluida Aspecto límpido número médio de elementos por campo de 400 x nd não determinado BIOQUÍMICA SANGUÍNEA Amostra soro Hemólise ausente Data 16082017 Dia 37 Anticoagulante nenhum Obs Proteínas totais gL 6080 Proteínas totais gL 5471 Albumina gL 2633 Globulinas gL 2744 Bilirrubina total mgdL 010050 Bilirrubina livre mgdL 001049 Bilirrubina conjugada mgdL 006012 Glicose mgdL 65118 Colesterol total 297 mgdL 135270 Ureia 80 mgdL 2160 Creatinina 21 mgdL 0515 Cálcio mgdL 90113 Fósforo mgdL 2662 Fosfatase alcalina UL 156 AST UL 66 ALT UL 102 CK UL 121 Frutosamina 264 µmolL 170338 TriglicerÍdeos 73 mgdL 32138 TSH 069 ngdL 001050 fT4 075 ngdL 060350 Observações Determinadas por refratometria Determinadas por espectrofotometria Página 3 UFRGS Faculdade de Veterinária Disciplina de Bioquímica e Hematologia Clínicas Caso Clínico 2017205 HEMOGRAMA Data 16082017 Dia 37 Leucograma Eritrograma Quantidade µL 600017000 Quantidade milhõesµL 5585 Tipos QuantidadeµL Hematócrito 3755 Mielócitos 0 0 Hemoglobina gdL 1218 Metamielócitos 0 0 VCM fL 6077 Neutrófilos bast 300 3 CHCM 3236 Neutrófilos seg 300011500 6077 RDW 1417 Basófilos 0 0 Reticulócitos 15 Eosinófilos 1001250 210 Observações Monócitos 1501350 310 Linfócitos 10004800 1230 Plasmócitos Observações Plaquetas Quantidade µL 200000500000 Observações Não realizado TRATAMENTO E EVOLUÇÃO Consulta de revisão Dia 50 Frequência cardíaca 140 bpm VR 60160 bpm7 temperatura retal 387 C VR 375395C7 escore corporal 7 acima do ideal escala de 1 a 9 ideal 5 PAS hipertensão severa 180 mmHg VR 90150 mmHg37 Relato de êmese na noite anterior Dia 49 e fezes pastosas em torno do dia 42 Os resultados das análises procedidas no dia 37 foram acima do VR para o TSH Tabela 3 a C a U e para o colesterol total Tabela 2 A urinálise do dia 36 revela proteinúria e elevação da PC Tabela 5 Foi solicitado hemograma ecografia da tireoide urinálise e bioquímico da C e U Suspeita hipotireoidismo Consulta de revisão Dia 78 A ultrassonografia abdominal total realizada nesta data revelou dimensões aumentadas das quatro paratireoides discreta adrenomegalia direita e na vesícula biliar imagens sugestivas de lama biliar sem visualização de estrutura compatível com formação de mucocele biliar Em relação as determinações da C e da U efetuada no dia 44 mantiveramse elevadas Tabela 2 Foi solicitado hemogasometria hemograma bioquímico da C U paratormônio PTH e cálcio iônico iCa Suspeita de hiperparatiroidismo Consulta de revisão Dia 100 As análises do dia 78 demonstram no hemograma discreta neutrofilia madura sem leucocitose Tabela 4 no bioquímico aumento da C e da U Tabela 2 e valores dentro da normalidade da espécie para o PTH e iCa Na urinálise mantevese a proteinúria e a elevação da PC Tabela 5 A hemogasometria indicou acidose metabólica não compensada Tabela 1 Não foram solicitados novos exames Hemogasometria Sangue venoso heparina Página 4 UFRGS Faculdade de Veterinária Disciplina de Bioquímica e Hematologia Clínicas Caso Clínico 2017205 Tabela 1 Resultado da hemogasometria Parâmetro avaliado val referência 181017 Dia 100 pH 7351 a 7443 732 pCO2 336 a 412 mmHg 365 pO2 479 a 563 mmHg 28 BEecf 3 a 2 mmoL 7 HCO3 21 a 25 mEqL 19 TCO2 mmolL 20 SO2 49 Na 140 a 155 mEqL 147 K 35 a 58 mEqL 49 iCa 13 a 15 mmolL 147 Tabela 2 Resultados das análises bioquímicas Parâmetro avaliado val referência 160817 Dia 37 230817 Dia 44 260917 Dia 78 181017 Dia 100 Bioquímica sanguínea Creatinina 0515 mgdL 21 21 25 23 Ureia 2160 mgdL 800 800 699 660 Colesterol 135270 mgdL 2970 nd nd nd Triglicerídeos 32138 mgdL 730 nd nd nd Frutosamina 170340 µmolL 2840 nd nd nd iCa 1315 mmolL nd nd nd 15 Albumina 2633 gL nd nd nd 32 Fósforo 2662 mgdL nd nd nd 39 ALT 102 UIL nd nd nd 54 FA 156 UIL nd nd nd 67 nd não determinado Tabela 3 Resultados das análises hormonais Parâmetro avaliado val referência 160817 Dia 37 181017 Dia 100 Hormônios T4 livre 060350 ngdL 075 nd TSH 001050 ngmL 069 nd PTH 525 pgmL nd 8 nd não determinado Determinado por radioimunoensaio pós diálise Determinado por radioimunoensaio Determinado por quimioluminescência Tabela 4 Resultados dos hemogramas Parâmetro avaliado val referência 260917 Dia 78 181017 Dia 100 Eritrograma Eritrócitos 5585 milhõesµL 661 715 Hemoglobina 1218 gdL 161 169 Hematócrito 3755 48 49 VCM 6077 fL 726 685 CHCM 3236 335 345 RDW 1417 115 nd PPT 6080 gL 74 76 Página 5 UFRGS Faculdade de Veterinária Disciplina de Bioquímica e Hematologia Clínicas Caso Clínico 2017205 Leucograma Leucócitos totais 600017000 µL 15900 14000 Mielócitos 0 µL 0 0 Metamielóctos 0 µL 0 0 Neutr Bastonetes 0300µL 0 0 Neutr Segmentados 3000115000µL 13356 11200 Eosinófilos 1001250µL 318 560 Basófilos raros 0 0 Monócitos 1501350µL 636 1120 Linfócitos 10004000µL 1590 1120 Plaquetas 200000500000µL 316000 276000 nd não determinado Tabela 5 Resultados das urinálises Parâmetro avaliado val referência 150817 Dia 36 260917 Dia 78 Urinálise Método de coleta cistocentese cistocentese Exame físico Volume 10 mL 10 mL Cor amarelo amarelo Aspecto límpido límpido Consistência fluida fluida Densidade 10151045 1024 1018 Exame químico Proteína 2 100 mgdL 2 100 mgdL pH 5575 60 60 Cetona negativo negativo Glicose negativo negativo Sangue oculto negativo negativo Bilirrubina negativo negativo Urubilinogênio normal normal Exame do sedimento Células epiteliais transição 02 transição 01 Leucócitos 01 01 Eritrócitos no 01 Espermatozoides no no Muco no 1 Bactérias ausentes ausentes Cilindros no no Cristaisoutros elementos no no Outros PC 05 para cães azotêmicos20 091 095 número médio de elementos por campo de 400 x nd não determinado no não observado Página 6 UFRGS Faculdade de Veterinária Disciplina de Bioquímica e Hematologia Clínicas Caso Clínico 2017205 DISCUSSÃO Hemograma Foram realizadas duas avaliações dia 78 e dia 100 As análises não revelaram alterações exceto no dia 78 por discreta neutrofilia madura 13356µL VR 3000115000µL sem leucocitose 15900µL VR 600017000 µL A neutrofilia por segmentados pode estar associada ao stress da coleta28 O estímulo estressor desencadeia a liberação endógena de catecolaminas especialmente a adrenalina que medeia o deslocamento dos neutrófilos do compartimento marginal para a circulação sanguínea6 Resultando em neutrofilia transitória e fisiológica628 Bioquímica sanguínea Os níveis da C e da U foram acima do VR em todas as mensurações confirmando quadro azotêmico de origem renal3035alterações na estrutura renal identificadas por ultrassonografia A azotemia é o acúmulo sanguíneo de substâncias não proteicas compostas por azoto35 Já a uremia é a manifestação clínica associada a azotemia2 A C e a U são compostos nitrogenados não proteicos CNNP que se originam principalmente do metabolismo muscular e do catabolismo proteico respectivamente18 A eliminação destes é realizada quase a totalidade pelos rins11 Estimase que a azotemia ocorra quando há o comprometimento de pelo menos 75 dos néfrons sendo um indicador tardio da falha renal17 A C é filtrada livremente pelo glomérulo e não é reabsorvida sendo um melhor indicador da TFG do que a U que sofre reabsorção1330 Além disso os níveis de U podem sofrer influência de causas extrarrenais como dieta hiperproteica e até mesmo inanição13 A ureia em si tem sido relatada como pouco tóxica535 causando principalmente vômito fadiga tendência a sangramentos e intolerância à glicose35 os sinais clínicos severos da uremia estão sendo atribuídos a outras moléculas que acompanham a elevação sanguínea de CNNP548 Os resultados obtidos são condizentes com azotemia por DRC indicando menor TFG9 e podem estar associados ao quadro de êmese35 relatado no dia 1 e no dia 49 sugerindo o início das manifestações urêmicas No dia 37 foi detectada elevação do colesterol 2970 mgdL VR 135270 mgdL e aumento no TSH 069 ngml VR 001050 ngml Triglicerídeos frutosamina e fT4 também foram determinados neste dia estando dentro dos VR da espécie As análises de TSH e de fT4 foram solicitadas por suspeita de hipotireoidismo um distúrbio endócrino comum em cães e de difícil diagnóstico caracterizado pela produção ineficiente dos hormônios tiroidianos TH17 A endocrinopatia pode ser de causa direta nas glândulas tiroidianas ocasionando menor síntese dos TH ou de causa indireta por distúrbios no eixo hipotalâmicohipofisário promovendo déficit de TSH34 Em geral a doença se instala vagarosamente fazendo com que as primeiras alterações sejam discretas17 O TSH é um hormônio secretado pela hipófise na ausência do feedback negativo mediado pelos TH11 principalmente pelas formas livres34 Níveis elevados de TSH associados a níveis baixos de fT4 são fortes indicativos de hipotireoidismo primário17 porém se a doença não estiver totalmente instaurada as células tiroidianas que ainda detêm capacidade para a síntese de TH podem manter os níveis dos TH dentro do VR1742 Entretanto para que isso ocorra se faz necessário uma maior secreção de TSH42 Os valores de TSH e de fT4 apresentados pelo paciente são indicativos de tireoidite compensada42 Além disso a hipercolesterolemia e o aumento no peso corporal também sugerem a doença1734 Contudo sinais clínicos inespecíficos e dosagens acercadas nos limites do VR como no caso do fT4 075 ngdL dificultam o diagnóstico definitivo devido à baixa acurácia dos testes hormonais sendo recomendado novas análises a posteriori17 A hipercolesterolemia representa o aumento do colesterol no sangue17 A incidência de hiperlipidemia em cães com alterações renais e proteinúricos é alta27 A elevação crônica da U pode contribuir para o aumento do colesterol por favorecer a resistência à insulina422 a mesma ativa a enzima HMGCoA redutase estimulando a síntese do colesterol15 O hipotireoidismo também predispõe a sua ocorrência porém por interferir no metabolismo dos lipídeos e das proteínas1727 Foi demonstrado que cães com lama biliar apresentam concentração sérica de colesterol mais elevada que cães sem esta alteração38 Associado a isso a ultrassonografia realizada no dia 36 sugere agravamento do quadro de colestase por possível mucocele biliar em formação o que pode ter contribuído para a hipercolesterolemia22 Outro estudo demonstrou que cães acima do peso são predispostos a Página 7 UFRGS Faculdade de Veterinária Disciplina de Bioquímica e Hematologia Clínicas Caso Clínico 2017205 dislipidemias36 Embora o paciente faça uso do ácido ursodesoxicólico inibidor da síntese hepática de colesterol e estimulante da síntese de ácidos biliares não há indicação que seu uso interfira nos níveis séricos de colesterol47 Portanto diferentes fatores podem estar agindo em sinergismo neste caso evidenciando que a determinação da causa de base carece de uma avaliação mais detalhada O resultado da ultrassonografia realizada no dia 78 revelou aumento das 4 paratireoides do paciente Em virtude disso no dia 100 foram determinados os níveis do PTH e do iCa Os resultados foram dentro do VR Os níveis de PTH e de iCa estão dentro do VR indicando que o feedback negativo exercido pelo cálcio na secreção de PTH está ativo16 Alb P FA ALT potássio e sódio também foram determinados neste dia e não se desviam do VR As alterações desencadeadas pela DRC podem estimular a secreção de PTH por retenção de fósforo através da diminuição da TFG e ainda é possível haver a redução na forma ativada vitamina D o que acarreta em menor absorção de cálcio e fósforo a partir do trato gastrointestinal41 Frente aos resultados dos exames o estímulo inicial para a ativação da secreção de PTH parece estar mais associado à diminuição do cálcio sérico do que à retenção de fósforo visto da ausência de hiperfosfatenemia Os níveis demonstrados do iCa são estreitos ao limite superior do VR devendo ser monitorados Devese considerar que a determinação do cálcio em apenas um momento não é um indicativo confiável já que suas variações são comuns e além disso seu valor pode ser superestimado em presença de lipemia e desidratação31 A acidose sanguínea demonstrada nesta mesma data por hemogasometria discutida adiante pode estar contribuindo para o aumento da forma livre do cálcio16 Urinálise Foram realizadas duas análises de urina a primeira no Dia 36 e a segunda no Dia 78 Os resultados revelam a presença de quantidade moderada de proteína 100 mgdL nos dois momentos e significativa elevação da relação PC 091 e 095 respectivamente VR 05 para cães azotêmicos20 Além disso no dia 78 foi observada pequena quantidade de muco na urina 1 A proteinúria é um achado comum em todos os estágios da DRC1046 Os cães podem apresentar uma pequena quantidade de proteínas na urina 0 a traços sem que isso represente doença45 Já as concentrações mais elevadas geralmente são indicativas de afecções35 Entretanto a análise da proteína urinária per se não é um parâmetro representativo da real excreção proteica do animal visto que ela reflete apenas a o momento da coleta estando suscetível a flutuações de causa transitórias como estados febris e alta ingesta proteica4 A relação PC é um indicador mais preciso e precoce para se detectar a proteinúria18 ela representa a razão entre a quantidade de proteínas na urina sobre a da creatinina refletindo com maior fidelidade perdas proteicas por considerar de forma indireta sua proporção em relação a taxa de filtração glomerular TFG45 Cães azotêmicos são classificados como proteinúricos a partir de um limiar mais baixo 0520 do que os cães hígidos 1045 logo os resultados da relação PC do paciente constatam o quadro proteinúrico azotemia constatada por análise bioquímica Tabela 2 A respeito da densidade urinária DU o paciente mostrouse dentro do VR nas duas avaliações A DU reflete a capacidade de concentração da urina45 e os paciente portadores de DRC perdem gradativamente essa habilidade35 Porém cães estadiados no grau I e II da DRC podem manter sua capacidade de concentração urinária34 por intermédio dos mecanismos compensatórios48 Além disso é preciso considerar que a DU pode ser superestimada quando se associa a presença acentuada de proteínas urinárias35 podendo ainda ser mais elevada se o animal estiver desidratado1 A urinálise de cães com DRC é caracterizada por sedimento inativo proteinúria leve a moderada e DU diminuída35 Os exames do paciente se encaixam no perfil esperado da DRC exceto pela DU porém como discutido anteriormente este valor pode estar associado aos estágios iniciais da doença bem como superestimado A presença de muco na urina não é normal com exceção dos equinos45 Entretanto como um achado isolado e em pequena quantidade não possui valor clínico significativo3245 Sua produção é desencadeada por processos irritativos às células tubulares tendo relevância quando acompanhado de sedimento celular32 Página 8 UFRGS Faculdade de Veterinária Disciplina de Bioquímica e Hematologia Clínicas Caso Clínico 2017205 Hemogasometria Realizada no dia 100 O resultado revela acidose metabólica não compensada A diminuição do pH indica a acidose já a baixa concentração de bicarbonato HCO3 e o menor valor no VR de excesso de base determinam a causa como metabólica Tabela 119 As perturbações renais causadas pela DRC comumente desencadeiam quadro acidótico por interferir no equilíbrio do tampão bicarbonato através da retenção de íons hidrogênio H eou ineficiência na reabsorção de HCO319 A primeira resposta do organismo frente a elevação sanguínea de H é a eliminação do dióxido de carbono CO2 por hiperventilação Entretanto a pressão de CO2 está dentro do VR demonstrando um processo não compensado pela troca gasosa alveolar43 A pressão de oxigênio pO2 está diminuída 28 mmHg VR 479563 mmHg porém para uma avaliação robusta a pO2 de sangue venoso devese comparála com a pO2 do sangue arterial43 Ainda é importante ressaltar que mesmo com uma perfusão alveolar de oxigênio adequada os valores da pO2 de sangue venoso podem ser inferiores ao VR por alterações circulatórias obstrutivas associadas ao vaso da coleta43 Aspectos gerais A PAS mostrouse elevada durante a consulta do dia 0 e a do dia 50 180 mmHg VR 90150 mmHg em ambos os momentos39 porém quando aferida em domicílio o paciente se mostra normotenso O uso do cloridrato de benazepril inibidor da enzima conversora de angiotensina ECA foi recomendado visando a diminuição da proteinúria O fármaco inibe a ação da ECA diminuindo a hipertensão intraglomerular o que acarreta em menor perda proteica e danos à membrana glomerular contribuindo para o retardo na progressão da DRC2 A discreta adrenomegalia bilateral demonstrado no dia 36 involuiu para unilateral no dia 78 Na presença de involução pelo momento o hiperadrenocorticismo pode ser descartado8 O estresse prolongado mediado pelo hormônio adrenocorticotrófico ACTH824 é capaz de induzir a uma hiperplasia bilateral reversível das adrenais8 A ativação do eixo hipotalâmicohipofisárioadrenal por estímulo estressor é executada através de um conjunto complexo de mecanismos neurais integrados que culminam na liberação de ACTH12 Quando cessado o estímulo a liberação é interrompida e as adrenais regridem de tamanho24 No entanto é possível que as glândulas não retomem as suas dimensões originais23 como indicado pela ultrassonografia realizada no dia 78 A DRC pode promover hiperplasia adrenal através da ativação do sistema reninaangiotensinaaldosterona24 mas é improvável que tenha contribuído diretamente neste caso visto que a formação de angiotensina II está restrita pelo uso do cloridrato de benazepril3 A ocorrência de fezes pastosas em torno do dia 42 pode ser decorrente do aumento da estase biliar21 sugerida pela ultrassonografia do dia 36 A respeito do relato referente a inexistência de poliúria e polidipsia ele pode ser ocasionado pela inexperiência do tutor em reconhecer as condições29 O esplenoma hiperplasia nodular esplênica é um achado benigno comum em cães e seu significado é desconhecido26 A hiperplasia prostática é o distúrbio mais comum da próstata está associada ao aumento da 5αdiidrotestosterona e raramente manifesta sinais clínicos26 Entretanto predispõem a prostatite26 o que justifica a orquiectomia Referente à atopia constituise de um distúrbio imunitário relativamente frequente nesta raça devido a sua predisposição genética37 Quanto a suplementação alimentar com ômega 3 ela foi indicada como auxiliar no retardo da progressão da DRC e para a melhora geral no estado de saúde devido as suas propriedades antiinflamatórias e antioxidantes35 Frente as observâncias deste caso podese inferir que A azotemia constatada indica expressivo comprometimento nefrônico O registro de acidose metabólica representa decaimento na função tubular Dieta baseada em ração específica para pacientes renais pode contribuir para a normofosfatenemia em baixa TFG O uso do ômega 3 e do cloridrato de benazepril aparentemente podem ter contribuído com a preservação da funcionalidade tubular dos néfrons e com o retardo na progressão da DRC neste paciente A presença de lama biliar parece não interferir na progressão da DRC Durante o período abrangido por este relatório nada foi observado referente ao uso do ácido ursodesoxicólico Página 9 UFRGS Faculdade de Veterinária Disciplina de Bioquímica e Hematologia Clínicas Caso Clínico 2017205 CONCLUSÕES A DRC é uma nefropatia primária progressiva e irreversível que culmina na perda da função renal35 As análises laboratoriais são ferramentas essenciais à clínica veterinária para detectar os desequilíbrios homeostáticos hormonais e excretórios causados pela DRC14 Segundo o estadiamento da DRC proposto pela International Renal Interest Society os resultados laboratoriais do paciente indicam a progressão do estádio II para o estádio III onde a concentração de C encontrase entre valores 21 a 50 mgdL e a da PC 0539 Quanto a suspeita de hipotireoidismo se faz necessário o acompanhamento do paciente para constatação do quadro REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1 BARSANTI J A Urinálise In LORENZ M D CORNELIUS L M Diagnóstico clínico em pequenos animais 2 ed Rio de Janeiro Interlivros 1996 cap 62 p 479487 2 CARVALHO M B Semiologia do sistema urinário In FEITOSA F L F Ed Semiologia veterinária a arte do diagnóstico São Paulo Roca 2004 cap 9 p 427448 3 BORGES F O et al Os inibidores da enzima conversora da angiotensina e suas múltiplas ações farmacoterapêuticas Cenarium pharmacêutico Brasilia DF v 2 n 2 maionov 2008 Disponível em httpwwwunieuroedubrsitenovorevistasdownloadsfarmaciacenarium0208pdf Acesso em 11 dez 2017 4 CHECO D J DOBARTOLA S P Diagnóstico e fisiopatologia da moléstia 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