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Ciclo Biológico Apresentação Nesta Unidade de Aprendizagem falaremos sobre o ciclo biológico dos parasitas de importância médica Observaremos as formas parasitárias presentes em cada ciclo os tipos de hospedeiro e o modo de transmissão Bons estudos Ao final desta Unidade de Aprendizagem você deve apresentar os seguintes aprendizados Demonstrar os diferentes ciclos biológicos parasitários Identificar o tipo de hospedeiro em cada ciclo biológico Apontar o modo de transmissão envolvido em cada ciclo biológico estudado Desafio A Taenia solium e a Taenia saginata causam teníase e apresentam ciclo de vida semelhante A Taenia solium também pode causar cisticercose porém o seu ciclo de vida é diferente da teníase Com base no conteúdo do livro selecionado para estudo você deverá Descrever o ciclo de vida da teníase e da cisticercose Pode ser elaborado através de um fluxograma Infográfico Os principais fatores envolvidos nos ciclos biológicos dos diferentes parasitas estão identificados a seguir Conteúdo do livro O ciclo biológico de um parasita nos leva ao entendimento das formas parasitárias dos tipos de hospedeiro e do modo de transmissão de cada doença parasitária Aprofunde seu conhecimento no capítulo Ciclo Biológico da obra Parasitologia onde você verá os diferentes ciclos biológicos e modos de transmissão Boa leitura PARASITOLOGIA Sílvia Regina Costa Dias Ciclos biológicos Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto você deve apresentar os seguintes aprendizados Demonstrar os diferentes ciclos biológicos parasitários Identificar o tipo de hospedeiro em cada ciclo biológico Apontar o modo de transmissão envolvido em cada ciclo biológico estudado Introdução A essência do parasitismo está na natureza da relação parasitahospedeiro Assim a ecologia do hospedeiro pode ser considerada simultaneamente no ciclo de vida de um parasito uma vez que o hospedeiro é o hábitat do parasito e por isso variantes bióticas e abióticas influenciam a ecologia dos hospedeiros afetando também o parasito Complexo não é Isso é particularmente relevante para os ciclos biológicos complexos que os parasitos seguem em suas vidas em busca de temperatura umi dade e alimento propício para viver reproduzir e perpetuar a espécie muitas vezes marcados por diferentes formas evolutivas e estágio repro dutivo implicando também a passagem por mais de um hospedeiro REY 2008 NEVES 2016 Neste capítulo você vai aprender sobre os diferentes ciclos biológicos parasitários conhecendo os variados tipos de hospedeiro de acordo com o ciclo assim como os modos de transmissão envolvidos Ciclos biológicos conceitos básicos Denominase ciclo biológico de um ser vivo as diversas fases e etapas que um ser vivo inclusive parasitos passa durante sua vida Figura 1 Cada espécie desenvolveu ao longo do processo evolutivo recursos próprios que garantis sem seu sucesso reprodutivo e de dispersão Assim nas relações parasitárias em alguns ciclos observase que há passagem do parasito de um hospedeiro para outros passando em alguns casos por duas ou mais fases evolutivas PARKER BALL CHUBB 2015 Fase evolutiva ou biológica é aquela fase pelas quais os parasitos passam durante seu ciclo biológico Habitualmente em parasitos destacamse como fases evolutivas ovocisto larva pupa e adulto Figura 1 PARKER BALL CHUBB 2015 BLASCOCOSTA POULIN 2017 Durante uma mesma fase evolutiva do parasito podem ser observadas modificações morfológicas eou fisiológicas Essas modificações são denominadas mudas A evolução das larvas de nematoides é um exemplo importantes desses eventos Neste caso o intervalo entre essas mudas é denominado estádio Assim distinguemse larvas de 1º estádio larvas de 2º estádio larvas de 3º estádio larvas de 4º estádio e larva de 5º estádio uma fase evolutiva com 5 estádios de desenvolvimento Figura 1 Exemplo do ciclo biológico da mosca doméstica adulto ovo larva pupa Observe que as larvas são diferenciadas em 1º 2º e 3º estádios Fonte Adaptada de BlueRingMediaShutterstockcom Mosca adulta Ovos Pupa Larva de 1º estádio Larva de 2º estádio Larva de 3º estádio Ciclos biológicos 2 Hospedeiro versus ciclos biológicos Os organismos nos quais os parasitos se desenvolvem são denominados hos pedeiros Aquele hospedeiro que alberga o parasito na sua forma adulta eou reprodutiva é denominado hospedeiro defi nitivo REY 2008 NEVES 2016 Aqueles organismos nos quais o parasito desenvolve suas formas jovensas sexuadas são denominados vetores biológicos ou hospedeiros intermediários REY 2008 NEVES 2016 A Figura 2 mostra esta relação entre hospedeiros e o desenvolvimento do parasito Figura 2 Relação entre o hospedeiro e a fase de desenvolvimento dos parasitos Vários estudos dentre os quais se destaca o de Parker Ball e Chubb 2015 mostram as características dos parasitos que podem apresentar ciclos vitais variados de acordo com os requisitos de cada fase do ciclo da forma que segue Ciclo direto ou monoxênico o desenvolvimento do parasito ocorre em apenas um hospedeiro o definitivo O parasito passa toda a vida em parasitismo mas desenvolve formas de resistência que são encontra das no ambiente os ovos dos helmintos e os cistos de protozoários REY 2008 FERREIRA 2012 NEVES 2016 Ali pode ocorrer o embrionamento os ovos e o desenvolvimento das larvas As formas de resistência suportam fatores adversos do ambiente por longos períodos de tempo Exemplo ciclo biológico do Ascaris lumbricoides Figura 3a 3 Ciclos biológicos Ciclo indireto ou heteroxênico é um ciclo mais complexo no qual o desenvolvimento do parasito exige a participação de um ou mais hospedeiros intermediários neles desenvolvemse as formas evolu tivas eou infectantes para o hospedeiro definitivo Neste tipo de ciclo o parasito pode desenvolver etapas de vida livre Há ainda aqueles ciclos heteroxenos em que não há fase de vida livre nem formas de resistên cia no ambiente nestes casos a transmissão é feita por artrópodes MATTHEWS 2011 SOKOLOW et al 2016 BLASCOCOSTA POULIN 2017 Exemplo a forma infectante da Fasciola hepatica se desenvolve no corpo do caramujo Lymnea sp Figura 3b Figura 3 Ciclos biológicos de parasitos a Ciclo monoxênico de Ascaris lumbricoides o homem é o único hospedeiro do parasito hospedeiro definitivo b Ciclo heteroxênico de Fasciola hepatica o caramujo é o hospedeiro intermediário em que se desenvolvem as formas infectantes do parasito e o hospedeiro definitivo pode ser bovino ovino ou o homem Fonte Adaptada de Aldona Griskeviciene ViktoriiaPShutterstockcom Parasitos estenoxenos e eurixenos Há parasitos que só se desenvolvem em uma única espécie de hospedeiro enquanto outros admitem variedade de hospedeiros No primeiro caso dizse que o parasito é estenoxeno no segundo caso o parasito é denominado eurixeno REY 2008 NEVES 2016 Essa peculiaridade não interfere na defi nição Ciclos biológicos 4 do ciclo biológico em direto ou indireto Por exemplo a Taenia saginata é um parasito do organismo humano estenoxeno que se desenvolve num ciclo indireto em que o boi é o hospedeiro intermediário Durante o ciclo biológico de um parasito podese encontrar hospedeiros denominados vetores organismos capazes de transmitir o parasito entre dois hospedeiros Os vetores biológicos são aqueles nos quais o parasito se reproduz ou se desenvolve por exemplo moluscos e artrópodes Há ainda os vetores mecânicos quando o parasito não se reproduz e nem se desenvolve no vetor que apenas o transporta Objetos inanimados também podem veicular parasitos e nesses casos são denominados fômites Vias de transmissão Os parasitos desenvolvemse e distribuemse em regiões que ofereçam condi ções para sua sobrevivência e propagação O modo de transmissão é portanto a forma pela qual o agente infeccioso atinge o hospedeiro REY 2008 MAT THEWS 2011 FERREIRA 2012 NEVES 2016 Os principais mecanismos são os seguintes Transmissão vertical tratase da transmissão direta de um patógeno entre mãe e filhoa ainda durante o período gestacional trabalho de parto eou parto e da amamentação referese à denominada transmissão congênita Transmissão horizontal tratase da transmissão direta ou indireta de um patógeno entre indivíduos Transmissão direta é a transferência direta do agente infeccioso por uma porta de entrada para que se possa causar a infecção Também é denominada transmissão de pessoa a pessoa e pode acontecer por meio do contato direto como por porque ou relações sexuais Entre os parasitos podemos exemplificar a transmissão da tricomoníase em que o trofozoíto é transmitido durante a relação sexual Transmissão indireta pode acontecer de várias maneiras Entre as parasitoses humanas destacamse as transmissões que ocorrem das formas a seguir 5 Ciclos biológicos Mediante veículos mecânicos de transmissão por meio de objetos ou materiais contaminados tais como água alimentos leite produtos biológicos incluindo soro e plasma O agente pode ou não ter se multiplicado ou desenvolvido no veículo antes de ser transmitido Por meio de um vetor biológico por intermédio de um portador vivo inseto ácaro molusco que transporta um agente infeccioso até um indivíduo suscetível sua comida ou seu ambiente imediato O agente pode ou não se desenvolver propagar ou multiplicar dentro do vetor O agente infeccioso pode transmitir em forma vertical transmissão transovariana às gerações sucessivas do vetor bem como aos es tágios sucessivos do ciclo biológico do vetor A transmissão pode ocorrer por meio da saliva durante a picada como na malária por regurgitação como na leishmaniose ou ao depositar sobre a pele com a defecação do artrópode vetor como na doença de Chagas os agentes infecciosos que podem entrar pela ferida da picada ou ao coçarse MATTHEWS 2011 Por meio do arpó é a disseminação de ovoscistos leves de dimensões variáveis que se precipitam no solo o que pode dar origem a uma transmissão direta ao serem ressuspendidos pelo vento ou por agitação mecânica ao sacudir vestidos e roupas de cama por exemplo O Guia de Bolso de Doenças Infecciosas e Parasitárias é reconhecido pelos profis sionais da saúde como um manual prático e de grande utilidade para aqueles que desempenham as suas funções nos serviços de saúde pública no Brasil Para saber mais acesse o link a seguir httpsqrgopagelinkMTK8V Água um importante veículo de transmissão de parasitoses A compreensão dos mecanismos envolvidos e capazes de agravar os riscos de infecção é de suma importância para a melhoria das condições de saúde de uma população Nesse sentido a água um dos principais elementos presentes em Ciclos biológicos 6 nosso cotidiano é de extrema importância uma vez que a sua contaminação pode levar a prejuízos na qualidade de vida da população e na economia do país STRUNZ et al 2014 NEVES 2016 Considerando as parasitoses humanas Rey 2008 destaca que a água impede a dessecação e a morte dos parasitos nos momentos de passagem de um hospedeiro para outro devendo suportar condições ambientais adversas a água veicula as formas infectantes de várias espécies de parasitos a exemplo de amebíase esquistossomose ascaridíase e outras hospedeiros intermediários e vetores de doenças parasitárias têm a água como hábitat moluscos vetores da esquistossomose por exemplo eou utilizam a água como criadouros formas evolutivas de moscas vetores das filarioses por exemplo Nesse sentido a melhoria das condições no acesso à água e ao sane amento tem papel fundamental na redução de uma grande variedade de doenças inclusive as parasitárias De acordo com o Instituto Trata Brasil a Organização Mundial de Saúde OMS e o Fundo das Nações Unidas para a Infância UNICEF os indicadores de morbidade e mortalidade por enfermidades diarreicas entre outras doenças estão entre os que apresentam mais forte correlação com os indicadores de saneamento STRUNZ et al 2014 NEVES 2016 Um estudo publicado em 2019 pela OMS e pelo UNICEF mostrou que a cada 3 pessoas 1 não tem acesso a água potável o que equivale a cerca de 22 bilhões de pessoas no mundo A OMS também aponta que 42 bilhões de pessoas não apresentam acesso a esgotamento sanitário O estudo afirma que todos os anos 297 mil crianças menores de cinco anos de idade acabam morrendo por desidratação devido a diarreia associada a falta de água e saneamento básico adequados Segundo dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento SNIS ano base 2017 o Brasil tem 35 milhões de brasileiros sem acesso a água por rede de abastecimento cerca de 100 milhões não possuem coleta de esgoto e apenas 45 dos esgotos são tratados Mais informações podem ser obtidas no site do Instituto Trata Brasil no link a seguir httpsqrgopagelinkA3RDc 7 Ciclos biológicos Rede de casualidade das doenças a tríade epidemiológica Os agentes infecciosos são necessários mas nem sempre sufi cientes para causar a doença Os fatores do hospedeiro são os que determinam a exposição de um indivíduo sua suscetibilidade e capacidade de resposta assim como características de idade grupo étnico constituição genética gênero situação socioeconômica e estilo de vida Por último os fatores ambientais englobam o ambiente social físico e biológico ROCHE GUEGUAN 2011 NEVES 2016 Assim a tríade epidemiológica Figura 4 é um modelo tradicional de causalidade das doenças transmissíveis no qual a doença é o resultado da interação entre o agente o hospedeiro suscetível e o ambiente que em doenças transmitidas por vetores representam o elo de transmissão REY 2008 OPAS 2010 ROCHE GUEGUAN 2011 NEVES 2016 Utilizase o esquema tradicional denominado cadeia epidemiológica tam bém conhecido como cadeia de infecção para entender as relações entre os diferentes elementos que levam ao aparecimento de uma doença transmissível Essa cadeia organiza os elos que identificam os pontos principais da sequência de interação entre o agente o hospedeiro e o meio e o vetor se for o caso OPAS 2010 ROCHE GUEGUAN 2011 NEVES 2016 Figura 4 Tríade epidemiológica Fonte Adaptada de Organização PanAmericana da Saúde 2010 Ciclos biológicos 8 O link a seguir apresenta uma discussão atual sobre o papel dos reservatórios na transmissão da doença de Chagas uma importante doença parasitária humana causada pelo Trypanosoma cruzi httpsqrgopagelink5xXkf O ciclo de vida do Plasmodium sp Figura 5 agente etiológico da malária é heteroxeno indireto do tipo estenoxeno e o mosquito do gênero Anopheles sp é o vetor e o hospedeiro intermediário uma vez que o protozoário desenvolvese dentro dele A transmissão ocorre por meio da picada do inseto Uma das principais formas de controle da doença é a eliminação do principal elo no ciclo de transmissão da doença o mosquito Mosquitos infectados picam um hospedeiro suscetível Ciclo hepático Ciclo eritrocítico Mosquitos picam o hospedeiro infectado tornandose infectado e potencial transmissor Figura 5 Ciclo de vida do Plasmodium sp Fonte Adaptada de VectorMineShutterstockcom BLASCOCOSTA I POULIN R Parasite lifecycle studies a plea to resurrect an old parasitological tradition Journal Helminthology v 91 n 6 p 647656 fev 2017 Dis ponível em httpswwwcambridgeorgcorejournalsjournalofhelminthology articleparasitelifecyclestudiesapleatoresurrectanoldparasitologicaltradition D6F5324D8455AC9121FFECACEE78B951 Acesso em 22 set 2019 9 Ciclos biológicos FERREIRA M U Parasitologia contemporânea Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2012 MATTHEWS K R Controlling and Coordinating Development in VectorTransmitted Parasites Science New York v 331 n 6021 p 11491153 Mar 2011 Disponível em https sciencesciencemagorgcontent33160211149 Acesso em 22 set 2019 NEVES D P Parasitologia humana 13 ed São Paulo Atheneu 2016 ORGANIZAÇÃO PANAMERICANA DA SAÚDE OPAS Módulos de princípios de epidemio logia para o controle de enfermidades módulo 2 saúde e doença na população Brasília DF Organização PanAmericana da Saúde Ministério da Saúde 2010 Disponível em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesmoduloprincipiosepidemiologia2 pdf Acesso em 22 set 2019 PARKER G A BALL M A CHUBB J C Evolution of complex life cycles in trophically transmitted helminths I Host incorporation and trophic ascent Journal of Evolutionary Biology v 28 n 2 p 267329 Jan 2015 Disponível em httpsonlinelibrarywileycom doi101111jeb12575 Acesso em 22 set 2019 REY L Parasitologia 3 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2008 ROCHE B GUÉGAN J F Ecosystem dynamics biological diversity and emerging infec tious diseases Comptes Rendus Biologies v 334 n 56 p 385392 May 2011 Disponível em httpswwwsciencedirectcomsciencearticlepiiS1631069111000709via3Dihub Acesso em 22 set 2019 SOKOLOW S H et al Global assessment of schistosomiasis control over the past cen tury shows targeting the snail intermediate host works best PLoS Neglected Tropical Diseases California v 10 n e0004794 Jul 2016 Disponível em httpsjournalsplos orgplosntdsarticleid101371journalpntd0004794 Acesso em 22 set 2019 STRUNZ E C et al Water Sanitation Hygiene and Soil Transmitted Helminth In fection A Systematic Review and MetaAnalysis PLoS Medicine v 11 n 3 Mar 2014 Disponível em httpsjournalsplosorgplosmedicinearticlefileid101371journal pmed1001620typeprintable Acesso em 22 set 2019 Leituras recomendadas BRASIL Ministério da Saúde Doenças infecciosas e parasitárias guia de bolso Brasília DF Ministério da Saúde 2010 Disponível em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoes doencasinfecciosasparasitariaguiabolsopdf Acesso em 22 set 2019 PORTAL DA DOENÇA DE CHAGAS Reservatórios de vida livre 2017 Disponível em http chagasfiocruzbrreservatoriosdevida Acesso em 22 set 2019 TRATA BRASIL Blog sobre saneamento básico 2019 Disponível em httpwwwtratabrasil orgbrblog Acesso em 22 set 2019 Ciclos biológicos 10 Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para esta Unidade de Aprendizagem Na Biblioteca Virtual da Instituição você encontra a obra na íntegra Conteúdo SAGAH SOLUÇÕES EDUCACIONAIS INTEGRADAS Dica do professor Nessa unidade de aprendizagem serão demonstrados diferentes ciclos biológicos de parasitas identificando os hospedeiros e as formas parasitárias envolvidas Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar Na prática A toxoplasmose apresenta o gato como hospedeiro definitivo O ciclo no interior do gato inicia com a ingestão dos cistos na carne crua por exemplo de ratos e posterior formação de oocistos que são excretados nas fezes O ciclo é completado quando o solo contaminado com fezes de gato é acidentalmente ingerido por humanos A infecção em humanos geralmente ocorre por meio da alimentação Vejamos exemplos de como podem ocorrer surtos por contaminação de Toxoplasma gondii Santa Isabel do Ivaí é um município situado na região noroeste do Estado do Paraná No período de novembro de 2001 a janeiro de 2002 aproximadamente 600 pessoas procuraram o serviço de saúde com sintomas compatíveis com toxoplasmose A presença de felinos com sorologia reativa para toxoplasmose que habitavam dentro da casa de máquinas de um dos reservatórios de água do município causou a transmissão hídrica devido a contaminação por oocistos de Toxoplasma gondii Fundação Nacional de Saúde 2002 Outro surto de toxoplasmose ocorreu no Município de Santa Vitória do Palmar Rio Grande do Sul com dez pessoas acometidas Foi um surto intrafamiliar de toxoplasmose adquirida sintomática Entre os adultos o consumo de um embutido de carne suína denominado copa industrializada esteve associado ao adoecimento por toxoplasmose Crianças lactentes afetadas pela doença possivelmente foram contaminadas via leite materno A presença de T gondii em amostras de carne suína de produção comercial abriu margem à discussão de formas mais eficientes de inspeção sanitária naquele município Secretaria de Vigilância em Saúde 2006 Oocistos e cistos teciduais transformamse em taquizoítos rapidamente após a ingestão Os taquizoítos localizamse nos tecidos nervoso e muscular e desenvolvemse em cistos teciduais do tipo bradizoítos Se uma mulher grávida for infectada os taquizoítos podem infectar o feto via corrente sanguínea LEGENDAS I Estágio infectante D Estágio de diagnóstico D Estágio de diagnóstico 1 Diagnóstico sorológico ou 2 Identificação direta do parasita do sangue periférico líquido amniótico ou cortes dos tecidos Saiba Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto veja abaixo as sugestões do professor Microbiologia Médica e Imunologia Um Manual Clínico para Doenças Infecciosas Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino Surto de Toxoplasmose no Município de Santa Isabel do Ivaí Paraná Fundação Nacional de Saúde Boletim Eletrônico Brasília 2002 2319 Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar Surto intrafamiliar de Toxoplasmose Santa Vitória do Palmar RS Julho de 2005 ecretaria de Vigilância em Saúde Boletim Eletrônico Epidemiológico Brasília 2006 631 7Secretaria de Vigilância em Saúde Surto intrafamiliar de Toxoplasmose Santa Vitória do Palmar RS Julho de 2005 Boletim Eletrônico Epidemiológico Brasília 2006 6317 Aponte a câmera para o código e 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também o parasito Complexo não é Isso é particularmente relevante para os ciclos biológicos complexos que os parasitos seguem em suas vidas em busca de temperatura umi dade e alimento propício para viver reproduzir e perpetuar a espécie muitas vezes marcados por diferentes formas evolutivas e estágio repro dutivo implicando também a passagem por mais de um hospedeiro REY 2008 NEVES 2016 Neste capítulo você vai aprender sobre os diferentes ciclos biológicos parasitários conhecendo os variados tipos de hospedeiro de acordo com o ciclo assim como os modos de transmissão envolvidos Ciclos biológicos conceitos básicos Denominase ciclo biológico de um ser vivo as diversas fases e etapas que um ser vivo inclusive parasitos passa durante sua vida Figura 1 Cada espécie desenvolveu ao longo do processo evolutivo recursos próprios que garantis sem seu sucesso reprodutivo e de dispersão Assim nas relações parasitárias em alguns ciclos observase que há passagem do parasito de um hospedeiro para outros passando em alguns casos por duas ou mais fases evolutivas PARKER BALL CHUBB 2015 Fase evolutiva ou biológica é aquela fase pelas quais os parasitos passam durante seu ciclo biológico Habitualmente em parasitos destacamse como fases evolutivas ovocisto larva pupa e adulto Figura 1 PARKER BALL CHUBB 2015 BLASCOCOSTA POULIN 2017 Durante uma mesma fase evolutiva do parasito podem ser observadas modificações morfológicas eou fisiológicas Essas modificações são denominadas mudas A evolução das larvas de nematoides é um exemplo importantes desses eventos Neste caso o intervalo entre essas mudas é denominado estádio Assim distinguemse larvas de 1º estádio larvas de 2º estádio larvas de 3º estádio larvas de 4º estádio e larva de 5º estádio uma fase evolutiva com 5 estádios de desenvolvimento Figura 1 Exemplo do ciclo biológico da mosca doméstica adulto ovo larva pupa Observe que as larvas são diferenciadas em 1º 2º e 3º estádios Fonte Adaptada de BlueRingMediaShutterstockcom Mosca adulta Ovos Pupa Larva de 1º estádio Larva de 2º estádio Larva de 3º estádio Ciclos biológicos 2 Hospedeiro versus ciclos biológicos Os organismos nos quais os parasitos se desenvolvem são denominados hos pedeiros Aquele hospedeiro que alberga o parasito na sua forma adulta eou reprodutiva é denominado hospedeiro defi nitivo REY 2008 NEVES 2016 Aqueles organismos nos quais o parasito desenvolve suas formas jovensas sexuadas são denominados vetores biológicos ou hospedeiros intermediários REY 2008 NEVES 2016 A Figura 2 mostra esta relação entre hospedeiros e o desenvolvimento do parasito Figura 2 Relação entre o hospedeiro e a fase de desenvolvimento dos parasitos Vários estudos dentre os quais se destaca o de Parker Ball e Chubb 2015 mostram as características dos parasitos que podem apresentar ciclos vitais variados de acordo com os requisitos de cada fase do ciclo da forma que segue Ciclo direto ou monoxênico o desenvolvimento do parasito ocorre em apenas um hospedeiro o definitivo O parasito passa toda a vida em parasitismo mas desenvolve formas de resistência que são encontra das no ambiente os ovos dos helmintos e os cistos de protozoários REY 2008 FERREIRA 2012 NEVES 2016 Ali pode ocorrer o embrionamento os ovos e o desenvolvimento das larvas As formas de resistência suportam fatores adversos do ambiente por longos períodos de tempo Exemplo ciclo biológico do Ascaris lumbricoides Figura 3a 3 Ciclos biológicos Ciclo indireto ou heteroxênico é um ciclo mais complexo no qual o desenvolvimento do parasito exige a participação de um ou mais hospedeiros intermediários neles desenvolvemse as formas evolu tivas eou infectantes para o hospedeiro definitivo Neste tipo de ciclo o parasito pode desenvolver etapas de vida livre Há ainda aqueles ciclos heteroxenos em que não há fase de vida livre nem formas de resistên cia no ambiente nestes casos a transmissão é feita por artrópodes MATTHEWS 2011 SOKOLOW et al 2016 BLASCOCOSTA POULIN 2017 Exemplo a forma infectante da Fasciola hepatica se desenvolve no corpo do caramujo Lymnea sp Figura 3b Figura 3 Ciclos biológicos de parasitos a Ciclo monoxênico de Ascaris lumbricoides o homem é o único hospedeiro do parasito hospedeiro definitivo b Ciclo heteroxênico de Fasciola hepatica o caramujo é o hospedeiro intermediário em que se desenvolvem as formas infectantes do parasito e o hospedeiro definitivo pode ser bovino ovino ou o homem Fonte Adaptada de Aldona Griskeviciene ViktoriiaPShutterstockcom Parasitos estenoxenos e eurixenos Há parasitos que só se desenvolvem em uma única espécie de hospedeiro enquanto outros admitem variedade de hospedeiros No primeiro caso dizse que o parasito é estenoxeno no segundo caso o parasito é denominado eurixeno REY 2008 NEVES 2016 Essa peculiaridade não interfere na defi nição Ciclos biológicos 4 do ciclo biológico em direto ou indireto Por exemplo a Taenia saginata é um parasito do organismo humano estenoxeno que se desenvolve num ciclo indireto em que o boi é o hospedeiro intermediário Durante o ciclo biológico de um parasito podese encontrar hospedeiros denominados vetores organismos capazes de transmitir o parasito entre dois hospedeiros Os vetores biológicos são aqueles nos quais o parasito se reproduz ou se desenvolve por exemplo moluscos e artrópodes Há ainda os vetores mecânicos quando o parasito não se reproduz e nem se desenvolve no vetor que apenas o transporta Objetos inanimados também podem veicular parasitos e nesses casos são denominados fômites Vias de transmissão Os parasitos desenvolvemse e distribuemse em regiões que ofereçam condi ções para sua sobrevivência e propagação O modo de transmissão é portanto a forma pela qual o agente infeccioso atinge o hospedeiro REY 2008 MAT THEWS 2011 FERREIRA 2012 NEVES 2016 Os principais mecanismos são os seguintes Transmissão vertical tratase da transmissão direta de um patógeno entre mãe e filhoa ainda durante o período gestacional trabalho de parto eou parto e da amamentação referese à denominada transmissão congênita Transmissão horizontal tratase da transmissão direta ou indireta de um patógeno entre indivíduos Transmissão direta é a transferência direta do agente infeccioso por uma porta de entrada para que se possa causar a infecção Também é denominada transmissão de pessoa a pessoa e pode acontecer por meio do contato direto como por porque ou relações sexuais Entre os parasitos podemos exemplificar a transmissão da tricomoníase em que o trofozoíto é transmitido durante a relação sexual Transmissão indireta pode acontecer de várias maneiras Entre as parasitoses humanas destacamse as transmissões que ocorrem das formas a seguir 5 Ciclos biológicos Mediante veículos mecânicos de transmissão por meio de objetos ou materiais contaminados tais como água alimentos leite produtos biológicos incluindo soro e plasma O agente pode ou não ter se multiplicado ou desenvolvido no veículo antes de ser transmitido Por meio de um vetor biológico por intermédio de um portador vivo inseto ácaro molusco que transporta um agente infeccioso até um indivíduo suscetível sua comida ou seu ambiente imediato O agente pode ou não se desenvolver propagar ou multiplicar dentro do vetor O agente infeccioso pode transmitir em forma vertical transmissão transovariana às gerações sucessivas do vetor bem como aos es tágios sucessivos do ciclo biológico do vetor A transmissão pode ocorrer por meio da saliva durante a picada como na malária por regurgitação como na leishmaniose ou ao depositar sobre a pele com a defecação do artrópode vetor como na doença de Chagas os agentes infecciosos que podem entrar pela ferida da picada ou ao coçarse MATTHEWS 2011 Por meio do arpó é a disseminação de ovoscistos leves de dimensões variáveis que se precipitam no solo o que pode dar origem a uma transmissão direta ao serem ressuspendidos pelo vento ou por agitação mecânica ao sacudir vestidos e roupas de cama por exemplo O Guia de Bolso de Doenças Infecciosas e Parasitárias é reconhecido pelos profis sionais da saúde como um manual prático e de grande utilidade para aqueles que desempenham as suas funções nos serviços de saúde pública no Brasil Para saber mais acesse o link a seguir httpsqrgopagelinkMTK8V Água um importante veículo de transmissão de parasitoses A compreensão dos mecanismos envolvidos e capazes de agravar os riscos de infecção é de suma importância para a melhoria das condições de saúde de uma população Nesse sentido a água um dos principais elementos presentes em Ciclos biológicos 6 nosso cotidiano é de extrema importância uma vez que a sua contaminação pode levar a prejuízos na qualidade de vida da população e na economia do país STRUNZ et al 2014 NEVES 2016 Considerando as parasitoses humanas Rey 2008 destaca que a água impede a dessecação e a morte dos parasitos nos momentos de passagem de um hospedeiro para outro devendo suportar condições ambientais adversas a água veicula as formas infectantes de várias espécies de parasitos a exemplo de amebíase esquistossomose ascaridíase e outras hospedeiros intermediários e vetores de doenças parasitárias têm a água como hábitat moluscos vetores da esquistossomose por exemplo eou utilizam a água como criadouros formas evolutivas de moscas vetores das filarioses por exemplo Nesse sentido a melhoria das condições no acesso à água e ao sane amento tem papel fundamental na redução de uma grande variedade de doenças inclusive as parasitárias De acordo com o Instituto Trata Brasil a Organização Mundial de Saúde OMS e o Fundo das Nações Unidas para a Infância UNICEF os indicadores de morbidade e mortalidade por enfermidades diarreicas entre outras doenças estão entre os que apresentam mais forte correlação com os indicadores de saneamento STRUNZ et al 2014 NEVES 2016 Um estudo publicado em 2019 pela OMS e pelo UNICEF mostrou que a cada 3 pessoas 1 não tem acesso a água potável o que equivale a cerca de 22 bilhões de pessoas no mundo A OMS também aponta que 42 bilhões de pessoas não apresentam acesso a esgotamento sanitário O estudo afirma que todos os anos 297 mil crianças menores de cinco anos de idade acabam morrendo por desidratação devido a diarreia associada a falta de água e saneamento básico adequados Segundo dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento SNIS ano base 2017 o Brasil tem 35 milhões de brasileiros sem acesso a água por rede de abastecimento cerca de 100 milhões não possuem coleta de esgoto e apenas 45 dos esgotos são tratados Mais informações podem ser obtidas no site do Instituto Trata Brasil no link a seguir httpsqrgopagelinkA3RDc 7 Ciclos biológicos Rede de casualidade das doenças a tríade epidemiológica Os agentes infecciosos são necessários mas nem sempre sufi cientes para causar a doença Os fatores do hospedeiro são os que determinam a exposição de um indivíduo sua suscetibilidade e capacidade de resposta assim como características de idade grupo étnico constituição genética gênero situação socioeconômica e estilo de vida Por último os fatores ambientais englobam o ambiente social físico e biológico ROCHE GUEGUAN 2011 NEVES 2016 Assim a tríade epidemiológica Figura 4 é um modelo tradicional de causalidade das doenças transmissíveis no qual a doença é o resultado da interação entre o agente o hospedeiro suscetível e o ambiente que em doenças transmitidas por vetores representam o elo de transmissão REY 2008 OPAS 2010 ROCHE GUEGUAN 2011 NEVES 2016 Utilizase o esquema tradicional denominado cadeia epidemiológica tam bém conhecido como cadeia de infecção para entender as relações entre os diferentes elementos que levam ao aparecimento de uma doença transmissível Essa cadeia organiza os elos que identificam os pontos principais da sequência de interação entre o agente o hospedeiro e o meio e o vetor se for o caso OPAS 2010 ROCHE GUEGUAN 2011 NEVES 2016 Figura 4 Tríade epidemiológica Fonte Adaptada de Organização PanAmericana da Saúde 2010 Ciclos biológicos 8 O link a seguir apresenta uma discussão atual sobre o papel dos reservatórios na transmissão da doença de Chagas uma importante doença parasitária humana causada pelo Trypanosoma cruzi httpsqrgopagelink5xXkf O ciclo de vida do Plasmodium sp Figura 5 agente etiológico da malária é heteroxeno indireto do tipo estenoxeno e o mosquito do gênero Anopheles sp é o vetor e o hospedeiro intermediário uma vez que o protozoário desenvolvese dentro dele A transmissão ocorre por meio da picada do inseto Uma das principais formas de controle da doença é a eliminação do principal elo no ciclo de transmissão da doença o mosquito Mosquitos infectados picam um hospedeiro suscetível Ciclo hepático Ciclo eritrocítico Mosquitos picam o hospedeiro infectado tornandose infectado e potencial transmissor Figura 5 Ciclo de vida do Plasmodium sp Fonte Adaptada de VectorMineShutterstockcom BLASCOCOSTA I POULIN R Parasite lifecycle studies a plea to resurrect an old parasitological tradition Journal Helminthology v 91 n 6 p 647656 fev 2017 Dis ponível em httpswwwcambridgeorgcorejournalsjournalofhelminthology articleparasitelifecyclestudiesapleatoresurrectanoldparasitologicaltradition D6F5324D8455AC9121FFECACEE78B951 Acesso em 22 set 2019 9 Ciclos biológicos FERREIRA M U Parasitologia contemporânea Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2012 MATTHEWS K R Controlling and Coordinating Development in VectorTransmitted Parasites Science New York v 331 n 6021 p 11491153 Mar 2011 Disponível em https sciencesciencemagorgcontent33160211149 Acesso em 22 set 2019 NEVES D P Parasitologia humana 13 ed São Paulo Atheneu 2016 ORGANIZAÇÃO PANAMERICANA DA SAÚDE OPAS Módulos de princípios de epidemio logia para o controle de enfermidades módulo 2 saúde e doença na população Brasília DF Organização PanAmericana da Saúde Ministério da Saúde 2010 Disponível em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesmoduloprincipiosepidemiologia2 pdf Acesso em 22 set 2019 PARKER G A BALL M A CHUBB J C Evolution of complex life cycles in trophically transmitted helminths I Host incorporation and trophic ascent Journal of Evolutionary Biology v 28 n 2 p 267329 Jan 2015 Disponível em httpsonlinelibrarywileycom doi101111jeb12575 Acesso em 22 set 2019 REY L Parasitologia 3 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2008 ROCHE B GUÉGAN J F Ecosystem dynamics biological diversity and emerging infec tious diseases Comptes Rendus Biologies v 334 n 56 p 385392 May 2011 Disponível em httpswwwsciencedirectcomsciencearticlepiiS1631069111000709via3Dihub Acesso em 22 set 2019 SOKOLOW S H et al Global assessment of schistosomiasis control over the past cen tury shows targeting the snail intermediate host works best PLoS Neglected Tropical Diseases California v 10 n e0004794 Jul 2016 Disponível em httpsjournalsplos orgplosntdsarticleid101371journalpntd0004794 Acesso em 22 set 2019 STRUNZ E C et al Water Sanitation Hygiene and Soil Transmitted Helminth In fection A Systematic Review and MetaAnalysis PLoS Medicine v 11 n 3 Mar 2014 Disponível em httpsjournalsplosorgplosmedicinearticlefileid101371journal pmed1001620typeprintable Acesso em 22 set 2019 Leituras recomendadas BRASIL Ministério da Saúde Doenças infecciosas e parasitárias guia de bolso Brasília DF Ministério da Saúde 2010 Disponível em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoes doencasinfecciosasparasitariaguiabolsopdf Acesso em 22 set 2019 PORTAL DA DOENÇA DE CHAGAS Reservatórios de vida livre 2017 Disponível em http chagasfiocruzbrreservatoriosdevida Acesso em 22 set 2019 TRATA BRASIL Blog sobre saneamento básico 2019 Disponível em httpwwwtratabrasil orgbrblog Acesso em 22 set 2019 Ciclos biológicos 10 Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para esta Unidade de Aprendizagem Na Biblioteca Virtual da Instituição você encontra a obra na íntegra Conteúdo SAGAH SOLUÇÕES EDUCACIONAIS INTEGRADAS Dica do professor Nessa unidade de aprendizagem serão demonstrados diferentes ciclos biológicos de parasitas identificando os hospedeiros e as formas parasitárias envolvidas Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar Na prática A toxoplasmose apresenta o gato como hospedeiro definitivo O ciclo no interior do gato inicia com a ingestão dos cistos na carne crua por exemplo de ratos e posterior formação de oocistos que são excretados nas fezes O ciclo é completado quando o solo contaminado com fezes de gato é acidentalmente ingerido por humanos A infecção em humanos geralmente ocorre por meio da alimentação Vejamos exemplos de como podem ocorrer surtos por contaminação de Toxoplasma gondii Santa Isabel do Ivaí é um município situado na região noroeste do Estado do Paraná No período de novembro de 2001 a janeiro de 2002 aproximadamente 600 pessoas procuraram o serviço de saúde com sintomas compatíveis com toxoplasmose A presença de felinos com sorologia reativa para toxoplasmose que habitavam dentro da casa de máquinas de um dos reservatórios de água do município causou a transmissão hídrica devido a contaminação por oocistos de Toxoplasma gondii Fundação Nacional de Saúde 2002 Outro surto de toxoplasmose ocorreu no Município de Santa Vitória do Palmar Rio Grande do Sul com dez pessoas acometidas Foi um surto intrafamiliar de toxoplasmose adquirida sintomática Entre os adultos o consumo de um embutido de carne suína denominado copa industrializada esteve associado ao adoecimento por toxoplasmose Crianças lactentes afetadas pela doença possivelmente foram contaminadas via leite materno A presença de T gondii em amostras de carne suína de produção comercial abriu margem à discussão de formas mais eficientes de inspeção sanitária naquele município Secretaria de Vigilância em Saúde 2006 Oocistos e cistos teciduais transformamse em taquizoítos rapidamente após a ingestão Os taquizoítos localizamse nos tecidos nervoso e muscular e desenvolvemse em cistos teciduais do tipo bradizoítos Se uma mulher grávida for infectada os taquizoítos podem infectar o feto via corrente sanguínea LEGENDAS I Estágio infectante D Estágio de diagnóstico D Estágio de diagnóstico 1 Diagnóstico sorológico ou 2 Identificação direta do parasita do sangue periférico líquido amniótico ou cortes dos tecidos Saiba Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto veja abaixo as sugestões do professor Microbiologia Médica e Imunologia Um Manual Clínico para Doenças Infecciosas Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino Surto de Toxoplasmose no Município de Santa Isabel do Ivaí Paraná Fundação Nacional de Saúde Boletim Eletrônico Brasília 2002 2319 Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar Surto intrafamiliar de Toxoplasmose Santa Vitória do Palmar RS Julho de 2005 ecretaria de Vigilância em Saúde Boletim Eletrônico Epidemiológico Brasília 2006 631 7Secretaria de Vigilância em Saúde Surto intrafamiliar de Toxoplasmose Santa Vitória do Palmar RS Julho de 2005 Boletim Eletrônico Epidemiológico Brasília 2006 6317 Aponte a câmera para o código e 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