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ISSN 23172312 VOLUME 7 NÚMERO 3 AGOSTO 2017 Conheça e fique por dentro Ótima leitura MEDICAMENTOS POTENCIALMENTE INADEQUADOS PARA IDOSOS BOLETIM Copyright 2017 ISMP Brasil Instituto para Práticas Seguras no Uso de Medicamentos Todos os direitos reservados É proibida a reprodução deste boletim por quaisquer meios ou processos existentes especialmente programas de computador internet material gráfico impressão microfilmagem fotografia bem como a inclusão dos artigos em qualquer outro material que não seja do ISMP Brasil sem a prévia autorização dos editores por escrito Coordenadores Tânia Azevedo Anacleto Corpo Editorial Mariana Gonzaga Martins do Nascimento Colaboradores Danielly Botelho Soares Deborah Marta dos Santos Oliveira Joyce Costa Melgaço de Faria Revisores Adriano Max Moreira Reis Tânia Azevedo Anacleto Edson Perini Mário Borges Rosa Av do Contorno 9215 sl 502 Prado CEP 30110063 Belo Horizonte Minas Gerais Tel 55 31 30163613 wwwismpbrasilorg Emailismpismpbrasilorg volume 7 número 3 ISSN 23172312 Agosto 2017 A elaboração deste Boletim foi coordenada pelo ISMP Brasil com financiamento do Ministério da Saúde por meio da Secretaria de Ciência Tecnologia e Insumos EstratégicosDepartamento de Assistência Farmacêutica e Organização PanAmericana de Saúde OPAS MEDICAMENTOS POTENCIALMENTE INADEQUADOS PARA IDOSOS O processo de envelhecimento populacional no Brasil vem ocor rendo de forma acelerada Como consequência indivíduos com 60 anos ou mais idade que marca a definição de idoso nos países em desenvolvimento configuram par cela crescente da população brasi leira1 e tendem a apresentar múl tiplas doenças e por isso utilizar muitos medicamentos23 Garantir a segurança farmacote rapêutica dos idosos é uma tarefa mais complexa do que em outras faixas etárias Isso se dá em função de alterações fisiológicas e conse quentes mudanças no perfil farma cocinético e farmacodinâmico de inúmeros fármacos ex redução no fluxo sanguíneo e função he pática e renal aumento da massa adiposa redução da quantidade de água corporal e massa muscular redução da espessura da barreira hematoencefálica menor resposta dos receptores beta cardíacos e respiratórios4 A presença de co morbidades tende a potencializar tais alterações fazendo com que os idosos representem um grupoalvo prioritário para implementação de estratégias de prevenção de erros de medicação A escolha do medicamento apro priado para idosos é um passo fun damental na prevenção de eventos adversos nessa faixa etária Esse processo deve ser meticuloso pois o uso de alguns medicamen tos pode originar mais riscos que benefícios56 razão pela qual são conhecidos como medicamentos potencialmente inadequados para idosos Assim sua prescrição deve ser avaliada segundo a adequação às condições clínicas do idoso e constituir item indispensável para a promoção da segurança medica mentosa na população geriátrica5 A avaliação dessas prescrições pode se dar por métodos implíci tos ou explícitos Os primeiros se sustentam no julgamento clínico de acordo com informações do pa ciente ex perfil de saúde presen ça de problemas de saúde ou pe culiaridades clínicas relevantes e propõem uma análise farmacotera pêutica mais aprofundada Por isso demandam mais tempo e depen dem da experiência do profissional mas proporcionam uma análise individualizada compatível com a realidade dos serviços de saúde e a variabilidade clínica da popula ção geriátrica podendo ser incor porados com relativa facilidade no processo de decisão terapêutica discussão clínica multidisciplinar e em processos de acompanha mento farmacoterapêutico O mé todo implícito mais consagrado é o Medication Appropriateness Index MAI56 Os métodos explícitos são base ados em critérios estabelecidos de forma mais rígida geralmente desenvolvidos por meio de revi sões opiniões de experts e téc nicas de consensos Focamse 1 2 no medicamento e não levam em consideração a adequação clínica de cada paciente Por serem base ados em critérios menos flexíveis são bons instrumentos para re alizar revisões de prescrição ge riátrica mais objetivas e simples Uma importante referência de mé todo explícito é o Critério de Beers que lista classes de medicamentos e medicamentos específicos em categorias de medicamentos po tencialmente inadequados56 O Critério de Beers foi criado em 1991 com o objetivo de listar os me dicamentos potencialmente inade quados para idosos residentes em instituições de longa permanência7 Seus critérios foram atualizados em 1997 2003 2012 e 2015 sendo os dois últimos coordenados pela American Geriatrics Society AGS que assumiu o compromisso de atu alizálos frequentemente de acordo com a literatura internacional811 Atualmente ele só não é aplicável a idosos sob cuidados paliativos e relaciona as prescrições potencial mente inadequadas e informações complementares para orientar o uso seguro de medicamentos em idosos como a seguir11 Tipos de prescrições potencialmente inadequadas11 Medicamentos potencialmente inadequados para idosos ex benzodiazepínicos Medicamentos potencialmente inadequados para idosos devido às interações com doenças ou síndromes que podem exacerbálas ex antipsicóticos na presença de doença de Parkinson Medicamentos que devem ser utilizados com cautela em idosos ex ácido acetilsalicílico para prevenção primária de eventos cardiovasculares em idosos 80 anos Informações complementares para o uso seguro de medicamentos em idosos11 Interações medicamentosas potenciais clinicamente relevantes que devem ser evitadas em idosos ex corticoesteroides com antiinflamatórios não esteroides AINES Medicamentos que devem ser evitados ou ter sua dose reduzida em idosos com disfunção renal ex dabigatrana Medicamentos com propriedades anticolinérgicas pronunciadas ex amitriptilina Existem evidências de que o uso de medicamentos potencialmente ina dequados para idosos está associa do à ocorrência de diversos eventos adversos como quedas fraturas confusão pósoperatória sangra mentos gastrointestinais constipa ção piora no quadro de insuficiência cardíaca congestiva depressão dé ficit cognitivo e disfunção renal1215 Também está associado ao aumento nas taxas de hospitalização e mor talidade entre idosos1619 O Critério de Beers é o método com aplicação mais bem documentada e sua atua lização frequente pela AGS por meio de metodologia robusta com base na literatura sobre segurança de medicamentos em geriatria confere um alto grau de confiabilidade Outra ferramenta com bom desem penho para prever hospitalizações e outros desfechos negativos na população geriátrica é o STOPP Screening Tool of Older Peoples Prescriptions2022 Sua primeira ver são data de 2008 e a última de 2015 e sua aplicabilidade demanda cada vez mais detalhes clínicos sobre os pa cientes para avaliação dos critérios propostos ex uso de diurético de alça para edema de maléolo depen dente sem sinais clínicos evidência bioquímica ou radiológica de insufi ciência cardíaca disfunção hepática síndrome nefrótica ou insuficiência renal Por isso hoje representa um intermediário entre método implícito e explícito com boa aplicabilidade em processos mais abrangentes de revisão de prescrição2324 3 Adaptações ou desenvolvimento de critérios explícitos para realidades nacionais ou cenários assisten ciais específicos foram realizadas nos últimos anos em diferentes países como França Alemanha Noruega Canadá Taiwan Brasil e outros Entre os critérios para realidade nacional podemos citar Fit for the Aged FORTA PRISCUS The European Union EU 7PIM list NORGEP Consenso Brasileiro de Medicamentos Potencialmente Inapropriados para Idosos6 2527 O STOPP e o NORGEP foram adapta dos para atender às especificida des de idosos em instituições de longa permanência28 Outra adap tação do STOPP foi realizada na perspectiva do idoso frágil29 Muitos prescritores ainda desco nhecem os critérios para identi ficação de medicamentos poten cialmente inadequados sendo que a identificação de seu uso en tre indivíduos idosos tem sido in ternacionalmente documentada em instituições de longa perma nência em hospitais e na comu nidade3031 Dentre os estudos bra sileiros que caracterizaram o uso de medicamentos potencialmen te inadequados de acordo com as duas últimas versões do Cri tério de Beers 2012 e 2015 os medicamentos ou grupos farma cológicos mais utilizados foram benzodiazepínicos nifedipino de liberação imediata antiinflama tórios não esteroides AINES agentes bloqueadores alfa cen trais amiodarona antihistamí nicos inibidores de bomba de próton sulfonilureias de longa duração e antidepressivos tricí clicos3237 Nos dois quadros que compõem esse boletim são apre sentadas algumas recomenda ções para prevenção de eventos adversos envolvendo medicamen tos potencialmente inadequa dos para idosos Quadro 1 os eventos adversos mais comuns relacionados ao uso desses me dicamentos e sugestões de alter nativas terapêuticas Quadro 2 Definir idosos como grupoalvo prioritário para medidas de prevenção de eventos adversos relacionados a medicamentos Incluir medicamentos seguros para idosos na padronização ou lista de medicamentos padronizados de serviços de saúde levar em consideração princípios ativos dosagem e forma farmacêutica Adotar atualizar e divulgar listagem de medicamentos potencialmente inadequados nos serviços de saúde propondo alternativas terapêuticas e incorporando tal conhecimento para o desenvolvimento de protocolos diferenciados para a população geriátrica Incorporar informações sobre medicamentos potencialmente inadequados em sistemas de prescrição informatizados com suporte para decisão clínica Conscientizar os pacientes familiares e cuidadores sobre a importância de medidas não farmacológicas para o controle de doenças QUADRO 1 ALGUMAS RECOMENDAÇÕES PARA PREVENÇÃO DE EVENTOS ADVERSOS ENVOLVENDO MEDICAMENTOS POTENCIALMENTE INADEQUADOS PARA IDOSOS Continua 4 Divulgar os principais eventos adversos associados ao uso de medicamentos potencialmente inadequados entre os profissionais e as especificidades de suas consequências de acordo com o tipo de serviço oferecido ex pneumonia aspirativa associada ao uso de óleo mineral em unidades de cuidado crítico Incorporar referências de medicamentos potencialmente inadequados aos processos de adequação da farmacoterapia geriátrica tais como conciliação medicamentosa prevenção de quedas revisão de prescrições discussão multidisciplinar de casos clínicos acompanhamento farmacoterapêutico entre outros Avaliar a possibilidade de redução do número de medicamentos utilizados pelos idosos considerando sempre o uso de medidas não farmacológicas ex fisioterapia para controle da dor realizando a retirada de medicamentos potencialmente inadequados sempre que possível e observando os riscos de síndrome de abstinência ex retirada abrupta de benzodiazepínicos Se o uso de medicamentos potencialmente inadequados for indispensável inserir o medicamento na menor dose terapêutica mediante ajuste de acordo com a função renal e hepática do idoso propondo aumento gradual e cauteloso Sempre que possível devese retirar o medicamento da farmacoterapia geriátrica assim que controladas as situações agudas que os demandem Individualizar parâmetros de efetividade e de segurança para a farmacoterapia geriátrica de acordo com o perfil do idoso e acompanhalo com frequência para evitar eventos adversos ex metas glicêmicas menos rígidas de acordo com a vulnerabilidade do idoso para prevenir hipoglicemias Considerar sempre a possibilidade de que as disfunções sistêmicas sejam consequência de eventos adversos e não a presença de um novo diagnóstico ex tonteira devido ao uso de agente anticolinérgico e não um novo diagnóstico de labirintite Orientar os pacientes familiares e cuidadores sobre os riscos associados ao uso de medicamentos potencialmente inadequados incluindo aqueles isentos de prescrição que estão associados à prática de automedicação ex ibuprofeno óleo mineral dexclorfeniramina Promover a adesão da farmacoterapia somente depois de analisar se cada um dos medicamentos é indicado e está sendo efetivo e seguro incluindo a avaliação da prescrição de acordo com critérios para identificação de medicamentos potencialmente inadequados QUADRO 1 ALGUMAS RECOMENDAÇÕES PARA PREVENÇÃO DE EVENTOS ADVERSOS ENVOLVENDO MEDICAMENTOS POTENCIALMENTE INADEQUADOS PARA IDOSOS 5 MEDICAMENTO OU CLASSE DE MEDICAMENTO EVENTOS ADVERSOS ASSOCIADOS JUSTIFICATIVA DA INADEQUAÇÃO ALTERNATIVA TERAPÊUTICA Amiodarona Possui mais efeitos adversos que outros agentes usados para fibrilação atrial Risco de prolongamento do intervalo QT e Torsade de Pointes Evitar como primeira linha de trata mento a não ser que o paciente apre sente insuficiência cardíaca com hi pertrofia ventricular considerável Betabloqueadores verapamil diltiazem Se necessário iniciar tratamento com amiodarona em dose baixa e usar dose de manutenção reduzida ex 200 mg a cada 48 horas Antiinflamatórios não esteroides não seletivos para COX 2 ex ibuprofeno cetoprofeno meloxi cam naproxeno pi roxicam Risco pronunciado de sangramento gastrointestinal ou úlcera péptica em grupos de alto risco ex idade supe rior a 75 anos tomando corticoeste roides anticoagulantes eou agentes antiplaquetários Uso concomitante de inibidor de bom ba de prótons reduz mas não elimina o risco Não devem ser utilizados se ritmo de filtração glomerular for me nor que 50 mLmin173 m2 pacientes hipertensos ou doença cardiovascular Paracetamol para dor leve a moderada Antidepressivos tri cíclicos ex ami triptilina nortripti lina imipramina Efeito anticolinérgico pronunciado Causa sedação e hipotensão ortostática Risco de eventos adversos maior en tre idosos com demência glaucoma de ângulo estreito disfunções na con dução cardíaca e histórico de reten ção urinária Tratamento não farmacológico Para depressão inibidores da recap tação de serotonina seletivos exceto paroxetina e fluoxetina inibidores da recaptação de serotonina e noradre nalina bupropiona Para dor neuropática inibidores da recaptação de serotonina e noradre nalina gabapentina pregabalina Antihistamínicos de primeira geração ex clorfeniramina dexclorfeniramina dimenidrato hidro xizina prometazina Efeito anticolinérgico pronunciado Possui eliminação reduzida entre idosos Risco de confusão boca seca consti pação e outros efeitos anticolinérgicos Soro fisiológico nasal Antihistamínico de segunda geração ex loratadina Corticoesteroide intranasal ex bude sonida QUADRO 2 MEDICAMENTOS POTENCIALMENTE INADEQUADOS PARA IDOSOS MAIS UTILIZADOS NO BRASIL EVENTOS ADVERSOS ASSOCIADOS E ALTERNATIVAS TERAPÊUTICAS11 23 24 38 6 MEDICAMENTO OU CLASSE DE MEDICAMENTO EVENTOS ADVERSOS ASSOCIADOS JUSTIFICATIVA DA INADEQUAÇÃO ALTERNATIVA TERAPÊUTICA Benzodiazepínicos ex alprazolam clo nazepam diazepam Idosos possuem sensibilidade aumen tada para benzodiazepínicos e redu ção no seu metabolismo Causam sedação pronunciada con fusão e podem aumentar o risco de déficit cognitivo delirium quedas fra turas acidentes automotores e exa cerbação de disfunção respiratória crônica ou aguda Sem indicação para uso prolongado mais que 4 semanas Buscar medidas não farmacológicas higiene do sono Bloqueadores alfa centrais ex cloni dina metildopa Alto risco de efeitos adversos no siste ma nervoso central Pode causar bradicardia e hipotensão ortostática Não recomendado como tratamento de primeira linha para hipertensão Outros antihipertensivos ex diuréti cos tiazíditos inibidores da ECA blo queador de receptor de angiotensina bloqueadores de canal de cálcio Inibidores da bomba de próton ex ome prazol Risco de infecção por Clostridium difficile perda óssea e fratura Uso em dose máxima por período maior que 8 semanas sem indicação clara Sem opção Nifedipino de libera ção imediata Risco aumentado de hipotensão e is quemia miocárdica Bloqueador de canal de cálcio não dihidropiridínicos de longa duração ex anlodipino Outros antihipertensivos ex diuréticos tiazídicos inibidores da ECA bloquea dores de receptor de angiotensina Sulfunilureias de lon ga duração ex gli benclamida Risco pronunciado de hipoglicemia prolongada Dieta metformina sulfunilureias de curta duração ex gliclazida QUADRO 2 MEDICAMENTOS POTENCIALMENTE INADEQUADOS PARA IDOSOS MAIS UTILIZADOS NO BRASIL EVENTOS ADVERSOS ASSOCIADOS E ALTERNATIVAS TERAPÊUTICAS11 23 24 38 COX2 ciclooxigenase 2 ECA Enzima conversora de angiotensina 7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1 IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 2013 Síntese de indicadores sociais uma análise das condições de vida da população brasileira 2013 Disponível em httpbibliotecaibgegovbrvisualizacao livrosliv66777pdf Acesso em 08 ago 2017 2 IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 2014 Pesquisa Nacional de Saúde 2013 Percepção do estado de saúde estilos de vida e doenças crônicas Disponível em httpwwwibgegovbrhomeestatistica populacaopns2013defaultshtm Acesso em 08 ago 2017 3 Ramos LR Tavares NUL Bertoldi AD Farias MR Oliveira MA Luiza VL Dal Pizzol TS Arrais PSD Mengue SS Polypharmacy and Polymorbidity in Older Adults in Brazil a public health challenge Rev Saude Pub 201650s29s 4 Reeve E Wiese MD Mangoni AA Alterations in drug disposition in older adults Expert Opin Drug Metab Toxicol2015114491508 5 Page RL Linnebur SA Bryant LL Ruscin JM Inappropriate prescribing in hospitalized elderly patient defining the problem evaluation tools and possible solution Clin Interv Aging 201057587 6 Mimica Matanovic S VlahovicPalcevski V Potentially inappropriate medications in the elderly a comprehensive protocol Eur J Clin Pharmacol 2012688112338 7 Beers MH Ouslander JG Rollingher I Reuben DB Brooks J Beck JC Explicit criteria for determining inappropriate medication use in nursing home residents Arch Intern Med 19911519182532 8 Beers MH Explicit criteria for determining potentially inappropriate medication use by the elderly An update Arch Intern Med 19971571415316 9 Fick DM Cooper JW Wade WE Waller JL Maclean R Beers MH Uptading the Beers criteria for potentially inappropriate medication use in older adults Arch Intern Med 200316322271625 10 AGS American Geriatrics Society American Geriatrics Society updated Beers Criteria for Potentially Inappropriate Medication Use in Older Adults JAGS 201260461631 11 AGS American Geriatrics Society American Geriatrics Society 2015 updated Beers Criteria for Potentially Inappropriate Medication Use in Older Adults JAGS 20156311222746 12 Slaney H Macauley S IrvineMeek J Murray J Application of the Beers Criteria to Alternate Level of Care Patients in Hospital Inpatient Units Can J Hosp Pharm 201568321825 13 Koyama A Steinman M Ensrud K Hillier TA Yaffe K Longterm cognitive and functional effects of potentially inappropriate medications in older women J Gerontol A Biol Sci Med Sci 20146944239 14 Spinewine A Schmader KE Barber N Hugher C Lapane KL Swine C Hanlon JT Appropriate prescribing in elderly people how well can it be measured and optimized Lancet 2007 370958217384 15 Laroche ML Charmes JP Nouaille Y Picard N Merle L Is inappropriate medication use a major cause of adverse drug reactions in the elderly Brit J ClinPharmacol 200663217786 16 Muhlack DC Hoppe LK Weberpals J Brenner H Schöttker B The Association of Potentially Inappropriate Medication at Older Age with Cardiovascular Events and Overall Mortality A Systematic Review and MetaAnalysis of Cohort Studies J Am Med Dir Assoc 2017 Mar 1183211220 17 Nascimento MMG Mambrini JV LimaCosta MF Firmo JO Peixoto SW Loyola Filho AI Potentially inappropriate medications predictor for mortality in a cohort of communitydwelling older adults Eur J Clin Pharmacol 2017 May735615621 18 Lu WH Wen YW Chen LK Hsiao FY Effect of polypharmacy potentially inappropriate medications and anticholinergic burden on clinical outcomes a retrospective cohort study CMAJ 20151874E1307 19 Price SD Holman CD Sanfilippo FM Emery JD Association between potentially inappropriate medications from the Beers criteria and the risk of unplanned hospitalization in elderly patients Ann Pharmacother 2014481616 8 20 Moriarty F Bennet K Hahey T Kenny RA Cahir C Longitudinal prevalence of potentially inappropriate medicines and potential prescribing omissions in a cohort of communitydwelling older people Eur J Clin Pharmacol 2015 71473482 21 Cahir C Moriarty F Teljeur C Fahey T Bennet K Potentially inappropriate prescribing and vulnerability and hospitalization in older Communitydwelling patients Ann Pharmacother 201448154654 22 Lam MP Cheung BMY The use of STOPPSTART criteria as a screening tool for assessing the appropriateness of medications in the elderly population Expert Rev Clin Pharmacol 20125218797 23 Omahony D Osullivan D Byrne S Oconnor MN Ryan C Gallagher P STOPPSTART criteria for potentially inappropriate prescribing in older people version 2 Age Ageing 20154422138 24 RenomGuiteras A Meyer G Thurmann PA The EU7PIM list a list of potentially inappropriate medications for older people consented by experts from seven European countries Eur J Clin Pharmacol 2015717861875 25 KuhnThiel AM Weiß C Wehling M FORTA authorsexpert panel members Consensus validation of the FORTA Fit fOR The Aged List a clinical tool for increasing the appropriateness of pharmacotherapy in the elderly Drugs Aging 201431213140 26 Oliveira MG Amorim WW Oliveira CRB Coqueiro HL Gusmão LC Passos LC Brazilian consensus of potentially inappropriate medication for elderly people Geriatr Gerontol Aging 201610416881 27 Chang CB Yang SY Lai HY Wu RS Liu HC Hsu HY Hwang SJ Chan DC Using published criteria to develop a list of potentially inappropriate medications for elderly patients in Taiwan Pharmacoepidemiol Drug Saf 201221 12126979 28 Khodyakov D Ochoa A OlivieriMui BL Bouwmeester C Zarowitz BJ Patel M Ching D Briesacher B Screening Tool of Older Persons PrescriptionsScreening Tools to Alert Doctors to Right Treatment Medication Criteria Modified for US Nursing Home Setting Am Geriatr Soc 201765358691 29 Lavan AH Gallagher P Parsons C OMahony D STOPPFrail Screening Tool of Older Persons Prescriptions in Frail adults with limited life expectancy consensus validation Age Ageing 2017 Jan 23 30 Storms H Marquet K Aertgeerts B Claes N Prevalence of inappropriate medication use in residential longterm care facilities for the elderly A systematic review Eur J Gen Pract 20172316977 31 Bahat G Bay I Tufan A Tufan F Kilic C Karan MA Prevalence of potentially inappropriate prescribing among older adults A comparison of the Beers 2012 and Screening Tool of Older Persons Prescriptions criteria version 2 Geriatr Gerontol Int 2016 ago epub ahead of print 32 Novaes PH da Cruz DT Lucchetti AL Leite IC Lucchetti G Comparison of four criteria for potentially inappropriate medications in Brazilian communitydwelling older adults Geriatr Gerontol Int 2017 fev Epub ahead of print 33 Lopes LM Figueiredo TP Costa SC Reis AM Use of potentially inappropriate medications by the elderly at home Cien Saude Colet 20162111342938 34 Nacimento MMG Mambrini JVM LimaCosta MF Firmo JOA Peixoto SWV Loyola Filho AI Potentially inappropriate medications predictor for mortality in a cohort of communitydwelling older adults Eur J Clin Pharmacol 201773561521 35 Nascimento MMG LimaCosta MF Loyola Filho AI Potentially Inappropriate Medication Use Among Brazilian Elderly a PopulationBased Pharmacoepidemiological Study 201635465966 36 Martins GA Acurcio F de A Franceschini S do C Priore SE Ribeiro AQ Use of potentially inappropriate medications in the elderly in Viçosa Minas Gerais State Brazil a populationbased survey Cad Saude Publica 20153111240112 37 Vieira de Lima TJ Garbin CA Garbin AJ Sumida DH Saliba O Potentially inappropriate medications used by the elderly prevalence and risk factors in Brazilian care homes BMC Geriatr 20131352 38 Hanlon JT Semla TP Schmader KE Alternative Medications for Medications in the Use of HighRisk Medications in the Elderly and Potentially Harmful DrugDisease Interactions in the Elderly Quality Measures J Am Geriatr Soc 2015 Dec6312e8e18 Medicamentos inadequados para idosos São aqueles medicamentos em que o risco de produzir um evento adverso ultrapassa seus benefícios terapêuticos quando não há evidências científicas suficientes para seu uso quando existem alternativas farmacológicas mais seguras disponíveis ou quando o uso do medicamento possa agravar a doença do idoso 12 e está mais apta a ocorrer quando não é o geriatra que realiza a prescrição 1 Eles geram impacto sobre a qualidade de vida desses idosos pois favorecem o surgimento de interações drogadroga e drogadoença além dos efeitos colaterais indesejáveis 2 Os medicamentos inadequados para idosos são incluídos em três categorias medicamentos e classes de medicamentos potencialmente inapropriados a serem evitados em idosos medicamentos potencialmente inapropriados para uso por idosos devido a interações entre medicamento e doença e medicamentos que devem ser prescritos com cautela para idosos 1 Neste contexto destacamse os antihistamínicos de primeira geração 3 antidepressivos tricíclicos benzodiazepínicos relaxantes musculoesqueléticos antiarrítmicos dentre outros 1 Definição do que é um medicamento perigoso São aqueles que possuem risco aumentado de provocar danos significativos ao paciente em decorrência de uma falha no processo de utilização Os erros provenientes do uso desses medicamentos podem acarretar consequências graves podendo ocasionar danos permanentes e levar o paciente a óbito 4 É de suma importância que os profissionais envolvidos nos processos de produção e utilização destes medicamentos potencialmente perigosos conheçam os riscos associados ao seu erro e implantem barreiras especiais para prevenir a ocorrência de erros tais como dupla checagem padronização na sua prescrição adoção de etiquetas e rótulos auxiliares limitação ao acesso desses medicamentos entre outros 4 Antihistamínicos de primeira geração Também conhecidos como clássicos foram produzidos durante a pesquisa de neurofarmacologia e possuíam grandes efeitos neuropsicológicos devidos à sua habilidade em penetrar a barreira hematoencefálica e pela sua não seletividade como antagonista de receptor da histamina resultando consequentemente em sonolência e efeitos adversos anticolinérgicos antidopaminérgicos e anti serotoninérgicos 5 Entre os primeiros antihistamínicos descobertos destacamse a difenidramina e clorfeniramina que possuem em comum diversos efeitos colaterais como sonolência sedação e fadiga As razões que ainda levam ao uso dos anti histamínicos de primeira geração por adultos e crianças em primeiro lugar é sua utilização por décadas tornandose drogas familiares aos pacientes e seus responsáveis promovendo uma falsa ideia de segurança e efetividade 5 Características Os anti histamínicos são os medicamentos mais utilizados no tratamento de alergias e vem passando por vários avanços nos conhecimentos de suas ações São classificados em seis grupos químicos etanolaminas etilenodiaminas alquilaminas piperazinas piperidinas e fenotiazinas e em cada grupo podemos dar exemplos de agentes de primeira e segunda geração 5 Entre os agentes de primeira geração destacase a clorfeniramina a dexclorfeniramina e a hidroxizina São rapidamente absorvidos e metabolizados ocorrendo a necessidade de várias administrações ao dia normalmente três ou quatro vezes 6 A clorfeniramina e a dexclorfeniramina são classificadas no grupo das alquilaminas estão entre as mais potentes antagonistas H1 possuem menos tendência de causar sonolência e são mais apropriadas para uso diurno porém uma porcentagem expressiva de pacientes tem sedação Enquanto a hidroxizina um antihistamínico da classe das piperazinas é cum composto de longa ação usado amplamente para alergias cutâneas sendo que sua atividade depressora no sistema nervoso central pode contribuir para sua ação antipruriginosa 6 Os efeitos antihistamínicos no sistema nervoso central são primariamente os responsáveis pela toxicidade com potencial risco de vida desses agentes de primeira geração quando de superdosagem e já eram descritos logo após sua introdução no uso clínico 5 Mecanismo de ação Os antihistamínicos têm como mecanismo de ação o bloqueio dos receptores H1 da histamina Os antihistamínicos de primeira geração como a dexclorfeniramina clorfeniramina e hidroxizina apresentam propriedades lipofílicas e a fórmulas estruturais reduzidas são capazes de atravessar facilmente a barreira hematoencefálica causando sedação 6 não são antagonistas seletivos dos receptores histamínicos possuem portanto ação anticolinérgica que podem causar ressecamento da boca e das vias respiratórias retenção e aumento da frequência urinária e disúria5 antidopaminérgica e anti serotoninérgica 1 Para que eles servem São utilizados amplamente para os distúrbios alérgicos como rinites e conjuntivites sazonais Os efeitos sedativos significativos levaram seu uso para o tratamento de insônia embora haja medicamentos mais indicados 6 A hidroxizina também é utilizada como antiemética para ansiedade e como adjuvante na sedação 7 Malefícios causados nos idosos Os antihistamínicos de primeira geração causam sonolência sedação fadiga redução das funções cognitivas diminuição da memória e do desempenho psicomotor o que também pode ser associado a quedas em idosos 2 Além disso estão associados com risco para apresentar déficit de atenção fala desorganizada estado de consciência alterada perda do estado de alerta e diminuição do nível global de funcionamento 1 Ações para substituílos A prescrição de medicamentos inapropriados para idosos como os anti histamínicos está mais apta a ocorrer quando não é o geriatra que realiza a prescrição 1 Para diminuir o uso desses medicamentos em idosos é necessário realizar ações para conscientizar principalmente os profissionais prescritores quanto ao risco dos mesmos para esses pacientes pois devido a sua utilização por décadas promove uma falsa ideia de segurança Referências 1 GRAUDENZ GS MANSO MEG O uso de antihistamínicos de primeira geração em idosos e a necessidade de mudança de hábitos Arq Asma Alerg Imunol v 2 n3 p385 2018 2 MANSO MEG BIFFI ECA GERARDI TJ Prescrição inadequada de medicamentos a idosos portadores de doenças crônicas em um plano de saúde no município de São Paulo Brasil Rev Bras Geriatr e Gerontol v18 n1 p15164 2015 3 OLIVEIRA HSB de CORRADI MLG Aspectos farmacológicos do idoso uma revisão integrativa de literatura Rev Med São Paulo v97n2 p165176 marabr 2018 4 INSTITUTO PARA PRÁTICAS SEGURAS NO USO DE MEDICAMENTOS Medicamentos potencialmente perigosos de uso hospitalar lista atualizada 2019 Boletim ISMP Brasil v8 n1 p19 2019 5 PASTORINO AC Revision on efficacy and safety of antihistamines of first and second generation Rev Bras Alerg Imunopatol v33 n3 2010 6 SKIDGEL RA KAPLAN AP ERDOS EG Histamina bradicinina e seus antagonistasIn BRUNTON LL Goodman Gilman As Bases Farmacológicas da Terapêutica 12ª ed Rio de Janeiro McGrawHill 2012 p911935 7UpToDate Hydroxyzine Drug information Internet Sl LexiComp 2023 Disponível em httpswwwuptodatecomcontentshydroxyzinedruginformation searchhidroxizinasourcepanelsearchresultselectedTitle185usagetype panelkptabdruggeneraldisplayrank1 Acesso em 14 jun 2023 Medicamentos inadequados para idosos São aqueles medicamentos em que o risco de produzir um evento adverso ultrapassa seus benefícios terapêuticos quando não há evidências científicas suficientes para seu uso quando existem alternativas farmacológicas mais seguras disponíveis ou quando o uso do medicamento possa agravar a doença do idoso 12 e está mais apta a ocorrer quando não é o geriatra que realiza a prescrição 1 Eles geram impacto sobre a qualidade de vida desses idosos pois favorecem o surgimento de interações drogadroga e drogadoença além dos efeitos colaterais indesejáveis 2 Os medicamentos inadequados para idosos são incluídos em três categorias medicamentos e classes de medicamentos potencialmente inapropriados a serem evitados em idosos medicamentos potencialmente inapropriados para uso por idosos devido a interações entre medicamento e doença e medicamentos que devem ser prescritos com cautela para idosos 1 Neste contexto destacamse os antihistamínicos de primeira geração 3 antidepressivos tricíclicos benzodiazepínicos relaxantes musculoesqueléticos antiarrítmicos dentre outros 1 Definição do que é um medicamento perigoso São aqueles que possuem risco aumentado de provocar danos significativos ao paciente em decorrência de uma falha no processo de utilização Os erros provenientes do uso desses medicamentos podem acarretar consequências graves podendo ocasionar danos permanentes e levar o paciente a óbito 4 É de suma importância que os profissionais envolvidos nos processos de produção e utilização destes medicamentos potencialmente perigosos conheçam os riscos associados ao seu erro e implantem barreiras especiais para prevenir a ocorrência de erros tais como dupla checagem padronização na sua prescrição adoção de etiquetas e rótulos auxiliares limitação ao acesso desses medicamentos entre outros 4 Antihistamínicos de primeira geração Também conhecidos como clássicos foram produzidos durante a pesquisa de neurofarmacologia e possuíam grandes efeitos neuropsicológicos devidos à sua habilidade em penetrar a barreira hematoencefálica e pela sua não seletividade como antagonista de receptor da histamina resultando consequentemente em sonolência e efeitos adversos anticolinérgicos antidopaminérgicos e anti serotoninérgicos 5 Entre os primeiros antihistamínicos descobertos destacamse a difenidramina e clorfeniramina que possuem em comum diversos efeitos colaterais como sonolência sedação e fadiga As razões que ainda levam ao uso dos antihistamínicos de primeira geração por adultos e crianças em primeiro lugar é sua utilização por décadas tornandose drogas familiares aos pacientes e seus responsáveis promovendo uma falsa ideia de segurança e efetividade 5 Características Os anti histamínicos são os medicamentos mais utilizados no tratamento de alergias e vem passando por vários avanços nos conhecimentos de suas ações São classificados em seis grupos químicos etanolaminas etilenodiaminas alquilaminas piperazinas piperidinas e fenotiazinas e em cada grupo podemos dar exemplos de agentes de primeira e segunda geração 5 Entre os agentes de primeira geração destacase a clorfeniramina a dexclorfeniramina e a hidroxizina São rapidamente absorvidos e metabolizados ocorrendo a necessidade de várias administrações ao dia normalmente três ou quatro vezes 6 A clorfeniramina e a dexclorfeniramina são classificadas no grupo das alquilaminas estão entre as mais potentes antagonistas H1 possuem menos tendência de causar sonolência e são mais apropriadas para uso diurno porém uma porcentagem expressiva de pacientes tem sedação Enquanto a hidroxizina um antihistamínico da classe das piperazinas é cum composto de longa ação usado amplamente para alergias cutâneas sendo que sua atividade depressora no sistema nervoso central pode contribuir para sua ação antipruriginosa 6 Os efeitos antihistamínicos no sistema nervoso central são primariamente os responsáveis pela toxicidade com potencial risco de vida desses agentes de primeira geração quando de superdosagem e já eram descritos logo após sua introdução no uso clínico 5 Mecanismo de ação Os antihistamínicos têm como mecanismo de ação o bloqueio dos receptores H1 da histamina Os antihistamínicos de primeira geração como a dexclorfeniramina clorfeniramina e hidroxizina apresentam propriedades lipofílicas e a fórmulas estruturais reduzidas são capazes de atravessar facilmente a barreira hematoencefálica causando sedação 6 não são antagonistas seletivos dos receptores histamínicos possuem portanto ação anticolinérgica que podem causar ressecamento da boca e das vias respiratórias retenção e aumento da frequência urinária e disúria5 antidopaminérgica e anti serotoninérgica 1 Para que eles servem São utilizados amplamente para os distúrbios alérgicos como rinites e conjuntivites sazonais Os efeitos sedativos significativos levaram seu uso para o tratamento de insônia embora haja medicamentos mais indicados 6 A hidroxizina também é utilizada como antiemética para ansiedade e como adjuvante na sedação 7 Malefícios causados nos idosos Os antihistamínicos de primeira geração causam sonolência sedação fadiga redução das funções cognitivas diminuição da memória e do desempenho psicomotor o que também pode ser associado a quedas em idosos 2 Além disso estão associados com risco para apresentar déficit de atenção fala desorganizada estado de consciência alterada perda do estado de alerta e diminuição do nível global de funcionamento 1 Ações para substituílos A prescrição de medicamentos inapropriados para idosos como os antihistamínicos está mais apta a ocorrer quando não é o geriatra que realiza a prescrição 1 Para diminuir o uso desses medicamentos em idosos é necessário realizar ações para conscientizar principalmente os profissionais prescritores quanto ao risco dos mesmos para esses pacientes pois devido a sua utilização por décadas promove uma falsa ideia de segurança Referências 1 GRAUDENZ GS MANSO MEG O uso de antihistamínicos de primeira geração em idosos e a necessidade de mudança de hábitos Arq Asma Alerg Imunol v 2 n3 p385 2018 2 MANSO MEG BIFFI ECA GERARDI TJ Prescrição inadequada de medicamentos a idosos portadores de doenças crônicas em um plano de saúde no município de São Paulo Brasil Rev Bras Geriatr e Gerontol v18 n1 p15164 2015 3 OLIVEIRA HSB de CORRADI MLG Aspectos farmacológicos do idoso uma revisão integrativa de literatura Rev Med São Paulo v97n2 p165176 marabr 2018 4 INSTITUTO PARA PRÁTICAS SEGURAS NO USO DE MEDICAMENTOS Medicamentos potencialmente perigosos de uso hospitalar lista atualizada 2019 Boletim ISMP Brasil v8 n1 p19 2019 5 PASTORINO AC Revision on efficacy and safety of antihistamines of first and second generation Rev Bras Alerg Imunopatol v33 n3 2010 6 SKIDGEL RA KAPLAN AP ERDOS EG Histamina bradicinina e seus antagonistasIn BRUNTON LL Goodman Gilman As Bases Farmacológicas da Terapêutica 12ª ed Rio de Janeiro McGrawHill 2012 p911935 7UpToDate Hydroxyzine Drug information Internet Sl LexiComp 2023 Disponível em httpswwwuptodatecomcontentshydroxyzinedruginformationsearchhidroxizin asourcepanelsearchresultselectedTitle185usagetypepanelkptabdru ggeneraldisplayrank1 Acesso em 14 jun 2023
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ISSN 23172312 VOLUME 7 NÚMERO 3 AGOSTO 2017 Conheça e fique por dentro Ótima leitura MEDICAMENTOS POTENCIALMENTE INADEQUADOS PARA IDOSOS BOLETIM Copyright 2017 ISMP Brasil Instituto para Práticas Seguras no Uso de Medicamentos Todos os direitos reservados É proibida a reprodução deste boletim por quaisquer meios ou processos existentes especialmente programas de computador internet material gráfico impressão microfilmagem fotografia bem como a inclusão dos artigos em qualquer outro material que não seja do ISMP Brasil sem a prévia autorização dos editores por escrito Coordenadores Tânia Azevedo Anacleto Corpo Editorial Mariana Gonzaga Martins do Nascimento Colaboradores Danielly Botelho Soares Deborah Marta dos Santos Oliveira Joyce Costa Melgaço de Faria Revisores Adriano Max Moreira Reis Tânia Azevedo Anacleto Edson Perini Mário Borges Rosa Av do Contorno 9215 sl 502 Prado CEP 30110063 Belo Horizonte Minas Gerais Tel 55 31 30163613 wwwismpbrasilorg Emailismpismpbrasilorg volume 7 número 3 ISSN 23172312 Agosto 2017 A elaboração deste Boletim foi coordenada pelo ISMP Brasil com financiamento do Ministério da Saúde por meio da Secretaria de Ciência Tecnologia e Insumos EstratégicosDepartamento de Assistência Farmacêutica e Organização PanAmericana de Saúde OPAS MEDICAMENTOS POTENCIALMENTE INADEQUADOS PARA IDOSOS O processo de envelhecimento populacional no Brasil vem ocor rendo de forma acelerada Como consequência indivíduos com 60 anos ou mais idade que marca a definição de idoso nos países em desenvolvimento configuram par cela crescente da população brasi leira1 e tendem a apresentar múl tiplas doenças e por isso utilizar muitos medicamentos23 Garantir a segurança farmacote rapêutica dos idosos é uma tarefa mais complexa do que em outras faixas etárias Isso se dá em função de alterações fisiológicas e conse quentes mudanças no perfil farma cocinético e farmacodinâmico de inúmeros fármacos ex redução no fluxo sanguíneo e função he pática e renal aumento da massa adiposa redução da quantidade de água corporal e massa muscular redução da espessura da barreira hematoencefálica menor resposta dos receptores beta cardíacos e respiratórios4 A presença de co morbidades tende a potencializar tais alterações fazendo com que os idosos representem um grupoalvo prioritário para implementação de estratégias de prevenção de erros de medicação A escolha do medicamento apro priado para idosos é um passo fun damental na prevenção de eventos adversos nessa faixa etária Esse processo deve ser meticuloso pois o uso de alguns medicamen tos pode originar mais riscos que benefícios56 razão pela qual são conhecidos como medicamentos potencialmente inadequados para idosos Assim sua prescrição deve ser avaliada segundo a adequação às condições clínicas do idoso e constituir item indispensável para a promoção da segurança medica mentosa na população geriátrica5 A avaliação dessas prescrições pode se dar por métodos implíci tos ou explícitos Os primeiros se sustentam no julgamento clínico de acordo com informações do pa ciente ex perfil de saúde presen ça de problemas de saúde ou pe culiaridades clínicas relevantes e propõem uma análise farmacotera pêutica mais aprofundada Por isso demandam mais tempo e depen dem da experiência do profissional mas proporcionam uma análise individualizada compatível com a realidade dos serviços de saúde e a variabilidade clínica da popula ção geriátrica podendo ser incor porados com relativa facilidade no processo de decisão terapêutica discussão clínica multidisciplinar e em processos de acompanha mento farmacoterapêutico O mé todo implícito mais consagrado é o Medication Appropriateness Index MAI56 Os métodos explícitos são base ados em critérios estabelecidos de forma mais rígida geralmente desenvolvidos por meio de revi sões opiniões de experts e téc nicas de consensos Focamse 1 2 no medicamento e não levam em consideração a adequação clínica de cada paciente Por serem base ados em critérios menos flexíveis são bons instrumentos para re alizar revisões de prescrição ge riátrica mais objetivas e simples Uma importante referência de mé todo explícito é o Critério de Beers que lista classes de medicamentos e medicamentos específicos em categorias de medicamentos po tencialmente inadequados56 O Critério de Beers foi criado em 1991 com o objetivo de listar os me dicamentos potencialmente inade quados para idosos residentes em instituições de longa permanência7 Seus critérios foram atualizados em 1997 2003 2012 e 2015 sendo os dois últimos coordenados pela American Geriatrics Society AGS que assumiu o compromisso de atu alizálos frequentemente de acordo com a literatura internacional811 Atualmente ele só não é aplicável a idosos sob cuidados paliativos e relaciona as prescrições potencial mente inadequadas e informações complementares para orientar o uso seguro de medicamentos em idosos como a seguir11 Tipos de prescrições potencialmente inadequadas11 Medicamentos potencialmente inadequados para idosos ex benzodiazepínicos Medicamentos potencialmente inadequados para idosos devido às interações com doenças ou síndromes que podem exacerbálas ex antipsicóticos na presença de doença de Parkinson Medicamentos que devem ser utilizados com cautela em idosos ex ácido acetilsalicílico para prevenção primária de eventos cardiovasculares em idosos 80 anos Informações complementares para o uso seguro de medicamentos em idosos11 Interações medicamentosas potenciais clinicamente relevantes que devem ser evitadas em idosos ex corticoesteroides com antiinflamatórios não esteroides AINES Medicamentos que devem ser evitados ou ter sua dose reduzida em idosos com disfunção renal ex dabigatrana Medicamentos com propriedades anticolinérgicas pronunciadas ex amitriptilina Existem evidências de que o uso de medicamentos potencialmente ina dequados para idosos está associa do à ocorrência de diversos eventos adversos como quedas fraturas confusão pósoperatória sangra mentos gastrointestinais constipa ção piora no quadro de insuficiência cardíaca congestiva depressão dé ficit cognitivo e disfunção renal1215 Também está associado ao aumento nas taxas de hospitalização e mor talidade entre idosos1619 O Critério de Beers é o método com aplicação mais bem documentada e sua atua lização frequente pela AGS por meio de metodologia robusta com base na literatura sobre segurança de medicamentos em geriatria confere um alto grau de confiabilidade Outra ferramenta com bom desem penho para prever hospitalizações e outros desfechos negativos na população geriátrica é o STOPP Screening Tool of Older Peoples Prescriptions2022 Sua primeira ver são data de 2008 e a última de 2015 e sua aplicabilidade demanda cada vez mais detalhes clínicos sobre os pa cientes para avaliação dos critérios propostos ex uso de diurético de alça para edema de maléolo depen dente sem sinais clínicos evidência bioquímica ou radiológica de insufi ciência cardíaca disfunção hepática síndrome nefrótica ou insuficiência renal Por isso hoje representa um intermediário entre método implícito e explícito com boa aplicabilidade em processos mais abrangentes de revisão de prescrição2324 3 Adaptações ou desenvolvimento de critérios explícitos para realidades nacionais ou cenários assisten ciais específicos foram realizadas nos últimos anos em diferentes países como França Alemanha Noruega Canadá Taiwan Brasil e outros Entre os critérios para realidade nacional podemos citar Fit for the Aged FORTA PRISCUS The European Union EU 7PIM list NORGEP Consenso Brasileiro de Medicamentos Potencialmente Inapropriados para Idosos6 2527 O STOPP e o NORGEP foram adapta dos para atender às especificida des de idosos em instituições de longa permanência28 Outra adap tação do STOPP foi realizada na perspectiva do idoso frágil29 Muitos prescritores ainda desco nhecem os critérios para identi ficação de medicamentos poten cialmente inadequados sendo que a identificação de seu uso en tre indivíduos idosos tem sido in ternacionalmente documentada em instituições de longa perma nência em hospitais e na comu nidade3031 Dentre os estudos bra sileiros que caracterizaram o uso de medicamentos potencialmen te inadequados de acordo com as duas últimas versões do Cri tério de Beers 2012 e 2015 os medicamentos ou grupos farma cológicos mais utilizados foram benzodiazepínicos nifedipino de liberação imediata antiinflama tórios não esteroides AINES agentes bloqueadores alfa cen trais amiodarona antihistamí nicos inibidores de bomba de próton sulfonilureias de longa duração e antidepressivos tricí clicos3237 Nos dois quadros que compõem esse boletim são apre sentadas algumas recomenda ções para prevenção de eventos adversos envolvendo medicamen tos potencialmente inadequa dos para idosos Quadro 1 os eventos adversos mais comuns relacionados ao uso desses me dicamentos e sugestões de alter nativas terapêuticas Quadro 2 Definir idosos como grupoalvo prioritário para medidas de prevenção de eventos adversos relacionados a medicamentos Incluir medicamentos seguros para idosos na padronização ou lista de medicamentos padronizados de serviços de saúde levar em consideração princípios ativos dosagem e forma farmacêutica Adotar atualizar e divulgar listagem de medicamentos potencialmente inadequados nos serviços de saúde propondo alternativas terapêuticas e incorporando tal conhecimento para o desenvolvimento de protocolos diferenciados para a população geriátrica Incorporar informações sobre medicamentos potencialmente inadequados em sistemas de prescrição informatizados com suporte para decisão clínica Conscientizar os pacientes familiares e cuidadores sobre a importância de medidas não farmacológicas para o controle de doenças QUADRO 1 ALGUMAS RECOMENDAÇÕES PARA PREVENÇÃO DE EVENTOS ADVERSOS ENVOLVENDO MEDICAMENTOS POTENCIALMENTE INADEQUADOS PARA IDOSOS Continua 4 Divulgar os principais eventos adversos associados ao uso de medicamentos potencialmente inadequados entre os profissionais e as especificidades de suas consequências de acordo com o tipo de serviço oferecido ex pneumonia aspirativa associada ao uso de óleo mineral em unidades de cuidado crítico Incorporar referências de medicamentos potencialmente inadequados aos processos de adequação da farmacoterapia geriátrica tais como conciliação medicamentosa prevenção de quedas revisão de prescrições discussão multidisciplinar de casos clínicos acompanhamento farmacoterapêutico entre outros Avaliar a possibilidade de redução do número de medicamentos utilizados pelos idosos considerando sempre o uso de medidas não farmacológicas ex fisioterapia para controle da dor realizando a retirada de medicamentos potencialmente inadequados sempre que possível e observando os riscos de síndrome de abstinência ex retirada abrupta de benzodiazepínicos Se o uso de medicamentos potencialmente inadequados for indispensável inserir o medicamento na menor dose terapêutica mediante ajuste de acordo com a função renal e hepática do idoso propondo aumento gradual e cauteloso Sempre que possível devese retirar o medicamento da farmacoterapia geriátrica assim que controladas as situações agudas que os demandem Individualizar parâmetros de efetividade e de segurança para a farmacoterapia geriátrica de acordo com o perfil do idoso e acompanhalo com frequência para evitar eventos adversos ex metas glicêmicas menos rígidas de acordo com a vulnerabilidade do idoso para prevenir hipoglicemias Considerar sempre a possibilidade de que as disfunções sistêmicas sejam consequência de eventos adversos e não a presença de um novo diagnóstico ex tonteira devido ao uso de agente anticolinérgico e não um novo diagnóstico de labirintite Orientar os pacientes familiares e cuidadores sobre os riscos associados ao uso de medicamentos potencialmente inadequados incluindo aqueles isentos de prescrição que estão associados à prática de automedicação ex ibuprofeno óleo mineral dexclorfeniramina Promover a adesão da farmacoterapia somente depois de analisar se cada um dos medicamentos é indicado e está sendo efetivo e seguro incluindo a avaliação da prescrição de acordo com critérios para identificação de medicamentos potencialmente inadequados QUADRO 1 ALGUMAS RECOMENDAÇÕES PARA PREVENÇÃO DE EVENTOS ADVERSOS ENVOLVENDO MEDICAMENTOS POTENCIALMENTE INADEQUADOS PARA IDOSOS 5 MEDICAMENTO OU CLASSE DE MEDICAMENTO EVENTOS ADVERSOS ASSOCIADOS JUSTIFICATIVA DA INADEQUAÇÃO ALTERNATIVA TERAPÊUTICA Amiodarona Possui mais efeitos adversos que outros agentes usados para fibrilação atrial Risco de prolongamento do intervalo QT e Torsade de Pointes Evitar como primeira linha de trata mento a não ser que o paciente apre sente insuficiência cardíaca com hi pertrofia ventricular considerável Betabloqueadores verapamil diltiazem Se necessário iniciar tratamento com amiodarona em dose baixa e usar dose de manutenção reduzida ex 200 mg a cada 48 horas Antiinflamatórios não esteroides não seletivos para COX 2 ex ibuprofeno cetoprofeno meloxi cam naproxeno pi roxicam Risco pronunciado de sangramento gastrointestinal ou úlcera péptica em grupos de alto risco ex idade supe rior a 75 anos tomando corticoeste roides anticoagulantes eou agentes antiplaquetários Uso concomitante de inibidor de bom ba de prótons reduz mas não elimina o risco Não devem ser utilizados se ritmo de filtração glomerular for me nor que 50 mLmin173 m2 pacientes hipertensos ou doença cardiovascular Paracetamol para dor leve a moderada Antidepressivos tri cíclicos ex ami triptilina nortripti lina imipramina Efeito anticolinérgico pronunciado Causa sedação e hipotensão ortostática Risco de eventos adversos maior en tre idosos com demência glaucoma de ângulo estreito disfunções na con dução cardíaca e histórico de reten ção urinária Tratamento não farmacológico Para depressão inibidores da recap tação de serotonina seletivos exceto paroxetina e fluoxetina inibidores da recaptação de serotonina e noradre nalina bupropiona Para dor neuropática inibidores da recaptação de serotonina e noradre nalina gabapentina pregabalina Antihistamínicos de primeira geração ex clorfeniramina dexclorfeniramina dimenidrato hidro xizina prometazina Efeito anticolinérgico pronunciado Possui eliminação reduzida entre idosos Risco de confusão boca seca consti pação e outros efeitos anticolinérgicos Soro fisiológico nasal Antihistamínico de segunda geração ex loratadina Corticoesteroide intranasal ex bude sonida QUADRO 2 MEDICAMENTOS POTENCIALMENTE INADEQUADOS PARA IDOSOS MAIS UTILIZADOS NO BRASIL EVENTOS ADVERSOS ASSOCIADOS E ALTERNATIVAS TERAPÊUTICAS11 23 24 38 6 MEDICAMENTO OU CLASSE DE MEDICAMENTO EVENTOS ADVERSOS ASSOCIADOS JUSTIFICATIVA DA INADEQUAÇÃO ALTERNATIVA TERAPÊUTICA Benzodiazepínicos ex alprazolam clo nazepam diazepam Idosos possuem sensibilidade aumen tada para benzodiazepínicos e redu ção no seu metabolismo Causam sedação pronunciada con fusão e podem aumentar o risco de déficit cognitivo delirium quedas fra turas acidentes automotores e exa cerbação de disfunção respiratória crônica ou aguda Sem indicação para uso prolongado mais que 4 semanas Buscar medidas não farmacológicas higiene do sono Bloqueadores alfa centrais ex cloni dina metildopa Alto risco de efeitos adversos no siste ma nervoso central Pode causar bradicardia e hipotensão ortostática Não recomendado como tratamento de primeira linha para hipertensão Outros antihipertensivos ex diuréti cos tiazíditos inibidores da ECA blo queador de receptor de angiotensina bloqueadores de canal de cálcio Inibidores da bomba de próton ex ome prazol Risco de infecção por Clostridium difficile perda óssea e fratura Uso em dose máxima por período maior que 8 semanas sem indicação clara Sem opção Nifedipino de libera ção imediata Risco aumentado de hipotensão e is quemia miocárdica Bloqueador de canal de cálcio não dihidropiridínicos de longa duração ex anlodipino Outros antihipertensivos ex diuréticos tiazídicos inibidores da ECA bloquea dores de receptor de angiotensina Sulfunilureias de lon ga duração ex gli benclamida Risco pronunciado de hipoglicemia prolongada Dieta metformina sulfunilureias de curta duração ex gliclazida QUADRO 2 MEDICAMENTOS POTENCIALMENTE INADEQUADOS PARA IDOSOS MAIS UTILIZADOS NO BRASIL EVENTOS ADVERSOS ASSOCIADOS E ALTERNATIVAS TERAPÊUTICAS11 23 24 38 COX2 ciclooxigenase 2 ECA Enzima conversora de angiotensina 7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1 IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 2013 Síntese de indicadores sociais uma análise das condições de vida da população brasileira 2013 Disponível em httpbibliotecaibgegovbrvisualizacao livrosliv66777pdf Acesso em 08 ago 2017 2 IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 2014 Pesquisa Nacional de Saúde 2013 Percepção do estado de saúde estilos de vida e doenças crônicas Disponível em httpwwwibgegovbrhomeestatistica populacaopns2013defaultshtm Acesso em 08 ago 2017 3 Ramos LR Tavares NUL Bertoldi AD Farias MR Oliveira MA Luiza VL Dal Pizzol TS Arrais PSD Mengue SS Polypharmacy and Polymorbidity in Older Adults in Brazil a public health challenge Rev Saude Pub 201650s29s 4 Reeve E Wiese MD Mangoni AA Alterations in drug disposition in older adults Expert Opin Drug Metab Toxicol2015114491508 5 Page RL Linnebur SA Bryant LL Ruscin JM Inappropriate prescribing in hospitalized elderly patient defining the problem evaluation tools and possible solution Clin Interv Aging 201057587 6 Mimica Matanovic S VlahovicPalcevski V Potentially inappropriate medications in the elderly a comprehensive protocol Eur J Clin Pharmacol 2012688112338 7 Beers MH Ouslander JG Rollingher I Reuben DB Brooks J Beck JC Explicit criteria for determining inappropriate medication use in nursing home residents Arch Intern Med 19911519182532 8 Beers MH Explicit criteria for determining potentially inappropriate medication use by the elderly An update Arch Intern Med 19971571415316 9 Fick DM Cooper JW Wade WE Waller JL Maclean R Beers MH Uptading the Beers criteria for potentially inappropriate medication use in older adults Arch Intern Med 200316322271625 10 AGS American Geriatrics Society American Geriatrics Society updated Beers Criteria for Potentially Inappropriate Medication Use in Older Adults JAGS 201260461631 11 AGS American Geriatrics Society American Geriatrics Society 2015 updated Beers Criteria for Potentially Inappropriate Medication Use in Older Adults JAGS 20156311222746 12 Slaney H Macauley S IrvineMeek J Murray J Application of the Beers Criteria to Alternate Level of Care Patients in Hospital Inpatient Units Can J Hosp Pharm 201568321825 13 Koyama A Steinman M Ensrud K Hillier TA Yaffe K Longterm cognitive and functional effects of potentially inappropriate medications in older women J Gerontol A Biol Sci Med Sci 20146944239 14 Spinewine A Schmader KE Barber N Hugher C Lapane KL Swine C Hanlon JT Appropriate prescribing in elderly people how well can it be measured and optimized Lancet 2007 370958217384 15 Laroche ML Charmes JP Nouaille Y Picard N Merle L Is inappropriate medication use a major cause of adverse drug reactions in the elderly Brit J ClinPharmacol 200663217786 16 Muhlack DC Hoppe LK Weberpals J Brenner H Schöttker B The Association of Potentially Inappropriate Medication at Older Age with Cardiovascular Events and Overall Mortality A Systematic Review and MetaAnalysis of Cohort Studies J Am Med Dir Assoc 2017 Mar 1183211220 17 Nascimento MMG Mambrini JV LimaCosta MF Firmo JO Peixoto SW Loyola Filho AI Potentially inappropriate medications predictor for mortality in a cohort of communitydwelling older adults Eur J Clin Pharmacol 2017 May735615621 18 Lu WH Wen YW Chen LK Hsiao FY Effect of polypharmacy potentially inappropriate medications and anticholinergic burden on clinical outcomes a retrospective cohort study CMAJ 20151874E1307 19 Price SD Holman CD Sanfilippo FM Emery JD Association between potentially inappropriate medications from the Beers criteria and the risk of unplanned hospitalization in elderly patients Ann Pharmacother 2014481616 8 20 Moriarty F Bennet K Hahey T Kenny RA Cahir C Longitudinal prevalence of potentially inappropriate medicines and potential prescribing omissions in a cohort of communitydwelling older people Eur J Clin Pharmacol 2015 71473482 21 Cahir C Moriarty F Teljeur C Fahey T Bennet K Potentially inappropriate prescribing and vulnerability and hospitalization in older Communitydwelling patients Ann Pharmacother 201448154654 22 Lam MP Cheung BMY The use of STOPPSTART criteria as a screening tool for assessing the appropriateness of medications in the elderly population Expert Rev Clin Pharmacol 20125218797 23 Omahony D Osullivan D Byrne S Oconnor MN Ryan C Gallagher P STOPPSTART criteria for potentially inappropriate prescribing in older people version 2 Age Ageing 20154422138 24 RenomGuiteras A Meyer G Thurmann PA The EU7PIM list a list of potentially inappropriate medications for older people consented by experts from seven European countries Eur J Clin Pharmacol 2015717861875 25 KuhnThiel AM Weiß C Wehling M FORTA authorsexpert panel members Consensus validation of the FORTA Fit fOR The Aged List a clinical tool for increasing the appropriateness of pharmacotherapy in the elderly Drugs Aging 201431213140 26 Oliveira MG Amorim WW Oliveira CRB Coqueiro HL Gusmão LC Passos LC Brazilian consensus of potentially inappropriate medication for elderly people Geriatr Gerontol Aging 201610416881 27 Chang CB Yang SY Lai HY Wu RS Liu HC Hsu HY Hwang SJ Chan DC Using published criteria to develop a list of potentially inappropriate medications for elderly patients in Taiwan Pharmacoepidemiol Drug Saf 201221 12126979 28 Khodyakov D Ochoa A OlivieriMui BL Bouwmeester C Zarowitz BJ Patel M Ching D Briesacher B Screening Tool of Older Persons PrescriptionsScreening Tools to Alert Doctors to Right Treatment Medication Criteria Modified for US Nursing Home Setting Am Geriatr Soc 201765358691 29 Lavan AH Gallagher P Parsons C OMahony D STOPPFrail Screening Tool of Older Persons Prescriptions in Frail adults with limited life expectancy consensus validation Age Ageing 2017 Jan 23 30 Storms H Marquet K Aertgeerts B Claes N Prevalence of inappropriate medication use in residential longterm care facilities for the elderly A systematic review Eur J Gen Pract 20172316977 31 Bahat G Bay I Tufan A Tufan F Kilic C Karan MA Prevalence of potentially inappropriate prescribing among older adults A comparison of the Beers 2012 and Screening Tool of Older Persons Prescriptions criteria version 2 Geriatr Gerontol Int 2016 ago epub ahead of print 32 Novaes PH da Cruz DT Lucchetti AL Leite IC Lucchetti G Comparison of four criteria for potentially inappropriate medications in Brazilian communitydwelling older adults Geriatr Gerontol Int 2017 fev Epub ahead of print 33 Lopes LM Figueiredo TP Costa SC Reis AM Use of potentially inappropriate medications by the elderly at home Cien Saude Colet 20162111342938 34 Nacimento MMG Mambrini JVM LimaCosta MF Firmo JOA Peixoto SWV Loyola Filho AI Potentially inappropriate medications predictor for mortality in a cohort of communitydwelling older adults Eur J Clin Pharmacol 201773561521 35 Nascimento MMG LimaCosta MF Loyola Filho AI Potentially Inappropriate Medication Use Among Brazilian Elderly a PopulationBased Pharmacoepidemiological Study 201635465966 36 Martins GA Acurcio F de A Franceschini S do C Priore SE Ribeiro AQ Use of potentially inappropriate medications in the elderly in Viçosa Minas Gerais State Brazil a populationbased survey Cad Saude Publica 20153111240112 37 Vieira de Lima TJ Garbin CA Garbin AJ Sumida DH Saliba O Potentially inappropriate medications used by the elderly prevalence and risk factors in Brazilian care homes BMC Geriatr 20131352 38 Hanlon JT Semla TP Schmader KE Alternative Medications for Medications in the Use of HighRisk Medications in the Elderly and Potentially Harmful DrugDisease Interactions in the Elderly Quality Measures J Am Geriatr Soc 2015 Dec6312e8e18 Medicamentos inadequados para idosos São aqueles medicamentos em que o risco de produzir um evento adverso ultrapassa seus benefícios terapêuticos quando não há evidências científicas suficientes para seu uso quando existem alternativas farmacológicas mais seguras disponíveis ou quando o uso do medicamento possa agravar a doença do idoso 12 e está mais apta a ocorrer quando não é o geriatra que realiza a prescrição 1 Eles geram impacto sobre a qualidade de vida desses idosos pois favorecem o surgimento de interações drogadroga e drogadoença além dos efeitos colaterais indesejáveis 2 Os medicamentos inadequados para idosos são incluídos em três categorias medicamentos e classes de medicamentos potencialmente inapropriados a serem evitados em idosos medicamentos potencialmente inapropriados para uso por idosos devido a interações entre medicamento e doença e medicamentos que devem ser prescritos com cautela para idosos 1 Neste contexto destacamse os antihistamínicos de primeira geração 3 antidepressivos tricíclicos benzodiazepínicos relaxantes musculoesqueléticos antiarrítmicos dentre outros 1 Definição do que é um medicamento perigoso São aqueles que possuem risco aumentado de provocar danos significativos ao paciente em decorrência de uma falha no processo de utilização Os erros provenientes do uso desses medicamentos podem acarretar consequências graves podendo ocasionar danos permanentes e levar o paciente a óbito 4 É de suma importância que os profissionais envolvidos nos processos de produção e utilização destes medicamentos potencialmente perigosos conheçam os riscos associados ao seu erro e implantem barreiras especiais para prevenir a ocorrência de erros tais como dupla checagem padronização na sua prescrição adoção de etiquetas e rótulos auxiliares limitação ao acesso desses medicamentos entre outros 4 Antihistamínicos de primeira geração Também conhecidos como clássicos foram produzidos durante a pesquisa de neurofarmacologia e possuíam grandes efeitos neuropsicológicos devidos à sua habilidade em penetrar a barreira hematoencefálica e pela sua não seletividade como antagonista de receptor da histamina resultando consequentemente em sonolência e efeitos adversos anticolinérgicos antidopaminérgicos e anti serotoninérgicos 5 Entre os primeiros antihistamínicos descobertos destacamse a difenidramina e clorfeniramina que possuem em comum diversos efeitos colaterais como sonolência sedação e fadiga As razões que ainda levam ao uso dos anti histamínicos de primeira geração por adultos e crianças em primeiro lugar é sua utilização por décadas tornandose drogas familiares aos pacientes e seus responsáveis promovendo uma falsa ideia de segurança e efetividade 5 Características Os anti histamínicos são os medicamentos mais utilizados no tratamento de alergias e vem passando por vários avanços nos conhecimentos de suas ações São classificados em seis grupos químicos etanolaminas etilenodiaminas alquilaminas piperazinas piperidinas e fenotiazinas e em cada grupo podemos dar exemplos de agentes de primeira e segunda geração 5 Entre os agentes de primeira geração destacase a clorfeniramina a dexclorfeniramina e a hidroxizina São rapidamente absorvidos e metabolizados ocorrendo a necessidade de várias administrações ao dia normalmente três ou quatro vezes 6 A clorfeniramina e a dexclorfeniramina são classificadas no grupo das alquilaminas estão entre as mais potentes antagonistas H1 possuem menos tendência de causar sonolência e são mais apropriadas para uso diurno porém uma porcentagem expressiva de pacientes tem sedação Enquanto a hidroxizina um antihistamínico da classe das piperazinas é cum composto de longa ação usado amplamente para alergias cutâneas sendo que sua atividade depressora no sistema nervoso central pode contribuir para sua ação antipruriginosa 6 Os efeitos antihistamínicos no sistema nervoso central são primariamente os responsáveis pela toxicidade com potencial risco de vida desses agentes de primeira geração quando de superdosagem e já eram descritos logo após sua introdução no uso clínico 5 Mecanismo de ação Os antihistamínicos têm como mecanismo de ação o bloqueio dos receptores H1 da histamina Os antihistamínicos de primeira geração como a dexclorfeniramina clorfeniramina e hidroxizina apresentam propriedades lipofílicas e a fórmulas estruturais reduzidas são capazes de atravessar facilmente a barreira hematoencefálica causando sedação 6 não são antagonistas seletivos dos receptores histamínicos possuem portanto ação anticolinérgica que podem causar ressecamento da boca e das vias respiratórias retenção e aumento da frequência urinária e disúria5 antidopaminérgica e anti serotoninérgica 1 Para que eles servem São utilizados amplamente para os distúrbios alérgicos como rinites e conjuntivites sazonais Os efeitos sedativos significativos levaram seu uso para o tratamento de insônia embora haja medicamentos mais indicados 6 A hidroxizina também é utilizada como antiemética para ansiedade e como adjuvante na sedação 7 Malefícios causados nos idosos Os antihistamínicos de primeira geração causam sonolência sedação fadiga redução das funções cognitivas diminuição da memória e do desempenho psicomotor o que também pode ser associado a quedas em idosos 2 Além disso estão associados com risco para apresentar déficit de atenção fala desorganizada estado de consciência alterada perda do estado de alerta e diminuição do nível global de funcionamento 1 Ações para substituílos A prescrição de medicamentos inapropriados para idosos como os anti histamínicos está mais apta a ocorrer quando não é o geriatra que realiza a prescrição 1 Para diminuir o uso desses medicamentos em idosos é necessário realizar ações para conscientizar principalmente os profissionais prescritores quanto ao risco dos mesmos para esses pacientes pois devido a sua utilização por décadas promove uma falsa ideia de segurança Referências 1 GRAUDENZ GS MANSO MEG O uso de antihistamínicos de primeira geração em idosos e a necessidade de mudança de hábitos Arq Asma Alerg Imunol v 2 n3 p385 2018 2 MANSO MEG BIFFI ECA GERARDI TJ Prescrição inadequada de medicamentos a idosos portadores de doenças crônicas em um plano de saúde no município de São Paulo Brasil Rev Bras Geriatr e Gerontol v18 n1 p15164 2015 3 OLIVEIRA HSB de CORRADI MLG Aspectos farmacológicos do idoso uma revisão integrativa de literatura Rev Med São Paulo v97n2 p165176 marabr 2018 4 INSTITUTO PARA PRÁTICAS SEGURAS NO USO DE MEDICAMENTOS Medicamentos potencialmente perigosos de uso hospitalar lista atualizada 2019 Boletim ISMP Brasil v8 n1 p19 2019 5 PASTORINO AC Revision on efficacy and safety of antihistamines of first and second generation Rev Bras Alerg Imunopatol v33 n3 2010 6 SKIDGEL RA KAPLAN AP ERDOS EG Histamina bradicinina e seus antagonistasIn BRUNTON LL Goodman Gilman As Bases Farmacológicas da Terapêutica 12ª ed Rio de Janeiro McGrawHill 2012 p911935 7UpToDate Hydroxyzine Drug information Internet Sl LexiComp 2023 Disponível em httpswwwuptodatecomcontentshydroxyzinedruginformation searchhidroxizinasourcepanelsearchresultselectedTitle185usagetype panelkptabdruggeneraldisplayrank1 Acesso em 14 jun 2023 Medicamentos inadequados para idosos São aqueles medicamentos em que o risco de produzir um evento adverso ultrapassa seus benefícios terapêuticos quando não há evidências científicas suficientes para seu uso quando existem alternativas farmacológicas mais seguras disponíveis ou quando o uso do medicamento possa agravar a doença do idoso 12 e está mais apta a ocorrer quando não é o geriatra que realiza a prescrição 1 Eles geram impacto sobre a qualidade de vida desses idosos pois favorecem o surgimento de interações drogadroga e drogadoença além dos efeitos colaterais indesejáveis 2 Os medicamentos inadequados para idosos são incluídos em três categorias medicamentos e classes de medicamentos potencialmente inapropriados a serem evitados em idosos medicamentos potencialmente inapropriados para uso por idosos devido a interações entre medicamento e doença e medicamentos que devem ser prescritos com cautela para idosos 1 Neste contexto destacamse os antihistamínicos de primeira geração 3 antidepressivos tricíclicos benzodiazepínicos relaxantes musculoesqueléticos antiarrítmicos dentre outros 1 Definição do que é um medicamento perigoso São aqueles que possuem risco aumentado de provocar danos significativos ao paciente em decorrência de uma falha no processo de utilização Os erros provenientes do uso desses medicamentos podem acarretar consequências graves podendo ocasionar danos permanentes e levar o paciente a óbito 4 É de suma importância que os profissionais envolvidos nos processos de produção e utilização destes medicamentos potencialmente perigosos conheçam os riscos associados ao seu erro e implantem barreiras especiais para prevenir a ocorrência de erros tais como dupla checagem padronização na sua prescrição adoção de etiquetas e rótulos auxiliares limitação ao acesso desses medicamentos entre outros 4 Antihistamínicos de primeira geração Também conhecidos como clássicos foram produzidos durante a pesquisa de neurofarmacologia e possuíam grandes efeitos neuropsicológicos devidos à sua habilidade em penetrar a barreira hematoencefálica e pela sua não seletividade como antagonista de receptor da histamina resultando consequentemente em sonolência e efeitos adversos anticolinérgicos antidopaminérgicos e anti serotoninérgicos 5 Entre os primeiros antihistamínicos descobertos destacamse a difenidramina e clorfeniramina que possuem em comum diversos efeitos colaterais como sonolência sedação e fadiga As razões que ainda levam ao uso dos antihistamínicos de primeira geração por adultos e crianças em primeiro lugar é sua utilização por décadas tornandose drogas familiares aos pacientes e seus responsáveis promovendo uma falsa ideia de segurança e efetividade 5 Características Os anti histamínicos são os medicamentos mais utilizados no tratamento de alergias e vem passando por vários avanços nos conhecimentos de suas ações São classificados em seis grupos químicos etanolaminas etilenodiaminas alquilaminas piperazinas piperidinas e fenotiazinas e em cada grupo podemos dar exemplos de agentes de primeira e segunda geração 5 Entre os agentes de primeira geração destacase a clorfeniramina a dexclorfeniramina e a hidroxizina São rapidamente absorvidos e metabolizados ocorrendo a necessidade de várias administrações ao dia normalmente três ou quatro vezes 6 A clorfeniramina e a dexclorfeniramina são classificadas no grupo das alquilaminas estão entre as mais potentes antagonistas H1 possuem menos tendência de causar sonolência e são mais apropriadas para uso diurno porém uma porcentagem expressiva de pacientes tem sedação Enquanto a hidroxizina um antihistamínico da classe das piperazinas é cum composto de longa ação usado amplamente para alergias cutâneas sendo que sua atividade depressora no sistema nervoso central pode contribuir para sua ação antipruriginosa 6 Os efeitos antihistamínicos no sistema nervoso central são primariamente os responsáveis pela toxicidade com potencial risco de vida desses agentes de primeira geração quando de superdosagem e já eram descritos logo após sua introdução no uso clínico 5 Mecanismo de ação Os antihistamínicos têm como mecanismo de ação o bloqueio dos receptores H1 da histamina Os antihistamínicos de primeira geração como a dexclorfeniramina clorfeniramina e hidroxizina apresentam propriedades lipofílicas e a fórmulas estruturais reduzidas são capazes de atravessar facilmente a barreira hematoencefálica causando sedação 6 não são antagonistas seletivos dos receptores histamínicos possuem portanto ação anticolinérgica que podem causar ressecamento da boca e das vias respiratórias retenção e aumento da frequência urinária e disúria5 antidopaminérgica e anti serotoninérgica 1 Para que eles servem São utilizados amplamente para os distúrbios alérgicos como rinites e conjuntivites sazonais Os efeitos sedativos significativos levaram seu uso para o tratamento de insônia embora haja medicamentos mais indicados 6 A hidroxizina também é utilizada como antiemética para ansiedade e como adjuvante na sedação 7 Malefícios causados nos idosos Os antihistamínicos de primeira geração causam sonolência sedação fadiga redução das funções cognitivas diminuição da memória e do desempenho psicomotor o que também pode ser associado a quedas em idosos 2 Além disso estão associados com risco para apresentar déficit de atenção fala desorganizada estado de consciência alterada perda do estado de alerta e diminuição do nível global de funcionamento 1 Ações para substituílos A prescrição de medicamentos inapropriados para idosos como os antihistamínicos está mais apta a ocorrer quando não é o geriatra que realiza a prescrição 1 Para diminuir o uso desses medicamentos em idosos é necessário realizar ações para conscientizar principalmente os profissionais prescritores quanto ao risco dos mesmos para esses pacientes pois devido a sua utilização por décadas promove uma falsa ideia de segurança Referências 1 GRAUDENZ GS MANSO MEG O uso de antihistamínicos de primeira geração em idosos e a necessidade de mudança de hábitos Arq Asma Alerg Imunol v 2 n3 p385 2018 2 MANSO MEG BIFFI ECA GERARDI TJ Prescrição inadequada de medicamentos a idosos portadores de doenças crônicas em um plano de saúde no município de São Paulo Brasil Rev Bras Geriatr e Gerontol v18 n1 p15164 2015 3 OLIVEIRA HSB de CORRADI MLG Aspectos farmacológicos do idoso uma revisão integrativa de literatura Rev Med São Paulo v97n2 p165176 marabr 2018 4 INSTITUTO PARA PRÁTICAS SEGURAS NO USO DE MEDICAMENTOS Medicamentos potencialmente perigosos de uso hospitalar lista atualizada 2019 Boletim ISMP Brasil v8 n1 p19 2019 5 PASTORINO AC Revision on efficacy and safety of antihistamines of first and second generation Rev Bras Alerg Imunopatol v33 n3 2010 6 SKIDGEL RA KAPLAN AP ERDOS EG Histamina bradicinina e seus antagonistasIn BRUNTON LL Goodman Gilman As Bases Farmacológicas da Terapêutica 12ª ed Rio de Janeiro McGrawHill 2012 p911935 7UpToDate Hydroxyzine Drug information Internet Sl LexiComp 2023 Disponível em httpswwwuptodatecomcontentshydroxyzinedruginformationsearchhidroxizin asourcepanelsearchresultselectedTitle185usagetypepanelkptabdru ggeneraldisplayrank1 Acesso em 14 jun 2023