5
Patologia Clínica Veterinária
FAESA
1
Patologia Clínica Veterinária
UNIS-MG
17
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UNI SANTA CRUZ
9
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UFPA
9
Patologia Clínica Veterinária
UFPA
17
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ARNALDO
56
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CESD
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UNIPAC
2
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UMG
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UNIS-MG
Texto de pré-visualização
APOSTILA PRICÍPIOS DE AVALIAÇÃO DOS ALIMENTOS NECESSIDADES NUTRICIONAIS E DE ENERGIA PROCESSAMENTO DE ALIMENTOS PARA CÃES E GATOS Curso TeóricoPrático sobre Nutrição de Cães e Gatos Prof Dr Aulus Cavalieri Carciofi UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 2 Colaboração e Revisão Fabiano Cesar Sá Iris Mayumi Kawauchi Juliana Toloi Jeremias Luciana Domingues de Oliveira Márcia de Oliveira Sampaio Gomes Márcio Antonio Brunetto Mayara Aline Baller Ricardo de Souza Vasconcellos Thaila Cristina Putarov Lista de abreviaturas CD Coeficiente de digestibilidade CDA Coeficiente de digestibilidade aparente CDAMS Coeficiente de digestibilidade aparente da matéria seca CDAN Coeficiente de digestibilidade aparente do nutriente CDE Coeficiente de digestibilidade da energia CIA Cinzas insolúveis em ácido Cr2O3 Óxido Crômico indicador externo EB Energia bruta ECC Escore de condição corporal ED Energia digestível EE Extrato etéreo gordura EEA Extrato etéreo em hidrólise ácida gordura EEAD Extrato etéreo ácido digestível EM Energia metabolizável EMA Energia metabolizável aparente ENN Extrativos não nitrogenados carboidratos FB Fibra bruta matéria fibrosa FC Fator de correção FD Fibra digestível FDT Fibra dietética total MM Matéria mineral MMD Matéria mineral digestível MN Matéria natural MO Matéria orgânica MOD Matéria orgânica digestível MS Matéria seca MS 105C Matéria seca à 105C ou 2ª MS secagem total MS 55C Matéria seca à 55C ou 1ª MS présecagem MS final Matéria seca final ou matéria seca total MSD Matéria seca digestível PB Proteína bruta PC Peso corporal PD Proteína digestível PDing Proteína digestível ingerida PM Peso metabólico RR Ração referência RT Ração teste UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 2 I ESTIMATIVA DA ENERGIA METABOLIZÁVEL DOS ALIMENTOS E DAS NECESSIDADES ENERGÉTICAS DE CÃES E GATOS 1 ESTIMATIVA DA ENERGIA METABOLIZÁVEL DOS ALIMENTOS A estimativa da energia metabolizável de alimentos industrializados para cães e gatos foi revisada pelo Nutrient Requirementes of Dogs and Cats NRC 2006 A princípio para entendermos o significado e origem da energia metabolizável precisamos compreender que a energia não é um nutriente não tem massa e dimensão mensurável Case et al 2000 Quando as moléculas orgânicas são oxidadas a energia é produzida como calor e utilizada nos processos metabólicos dos animais A energia liberada pela oxidação dos alimentos assim como a oriunda do metabolismo energético como calor produzido é expressa em caloria ou joule Uma caloria é definida como a quantidade de calor necessária para elevar um grama de água de 145C a 155C Um joule equivale a 0239 cal ou seja uma caloria é igual a 418 joules Sakomura e Rostagno 2007 A energia química dos alimentos é oriunda basicamente de três nutrientes gorduras proteínas e carboidratos A energia é fundamental para a manutenção do metabolismo durante a fase de crescimento reprodução lactação na prática de atividade física e até mesmo para manutenção das atividades vitais do organismo A Figura 1 ilustra como os monogástricos aproveitam a energia dos alimentos Biologicamente podese dividir a energia em energia bruta EB energia digestível ED energia metabolizável EM e energia líquida EL A energia bruta EB ou calor de combustão é definida como a energia química total presente no alimento obtida pela combustão completa deste em bomba calorimétrica Outra forma de se obter a EB é por meio de um cálculo estimativo de acordo com os procedimentos descritos no NRC 2006 A equação para predição da EB de alimentos para cães é a mesma utilizada para alimentos destinados aos gatos como demonstrado adiante A energia digestível ED representa a energia do alimento que é absorvida após o processo de digestão nos animais É determinada pela diferença entre a EB do alimento consumido e a EB das fezes De acordo com o NRC 2006 para estimála por meio de fórmulas primeiro é necessário se estimar o coeficiente de digestibilidade da energia CDE utilizando equações distintas para cães e gatos e posteriormente calculase a ED A energia metabolizável EM representa a diferença entre a EB do alimento e a EB das fezes urina e dos gases oriundos da digestão Entretanto a perda energética na forma de gases é muito baixa e tem sido desprezada nos cálculos da EM para cães e gatos NRC 2006 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 3 A energia líquida EL é obtida pela diferença entre a EM e a energia perdida como incremento calórico O incremento calórico de forma geral representa toda perda energética que ocorre durante os processos de digestão absorção e metabolismo dos nutrientes Em síntese a EL é a energia que o animal utiliza para mantença e para atender a demanda de crescimento lactação gestação e atividade física Figura 1 Princípio da biodisponibilidade da energia Adaptado NRC 2006 A EM é a forma adotada para expressar o conteúdo energético de ingredientes e de dietas comerciais para cães e gatos Dois procedimentos básicos são admitidos para se obter a EM O primeiro corresponde à sua determinação in vivo segundo os protocolos mínimos de teste descritos internacionalmente como os descritos pela FEDIAF 2017 e outras associações Estes podem ser conduzidos pelo método de coleta total de fezes com ou sem coleta de urina ou pelo método dos indicadores ou marcadores Tais protocolos encontramse descritos no item II desta apostila Outro procedimento para obtenção da EM é sua estimativa por meio de cálculos utilizando como base a composição química analisada do alimento Em 1902 Atwater propôs estimar a energia de alimentos atribuindose valores calóricos de 4 kcalg de proteína bruta PB 9 kcalg de gordura EE e 4 kcalg de carboidrato extrativos não nitrogenados ENN Contudo estes valores são aceitáveis quando se consideram dietas de elevada digestibilidade como substitutos do leite e alimentos líquidos para nutrição enteral Para a maior parte dos alimentos comerciais para cães e gatos os quais contém quantidade relevante de carboidratos fibrosos e lignina o fator de Atwater pode conduzir a valores superestimados de EM UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 4 Desta forma foi proposta modificação no fator de Atwater atribuindose 35 kcalg PB 35 kcalg ENN e 85 kcalg EE Estas alterações foram realizadas com base na digestibilidade de dietas disponíveis no mercado nos anos 70 e 80 Mais recentemente no entanto já se reconhece que os fatores modificados de Atwater são muito imprecisos pois a digestibilidade de um alimento não é fixa dependendo largamente de sua composição especialmente de seus teores de fibra Laflamme 2001 Assim o NRC 2006 propôs uma série de equações para estimar a EM conforme descrito a seguir e que devem ser adotadas na estimativa da EM de alimentos comerciais Antes porém é importante destacar que as garantias de rótulo são apenas ajustes dos teores máximos e mínimos dos nutrientes presentes no alimento e portanto não se recomenda o emprego destas informações para a estimativa do conteúdo energético do alimento industrializado Devese estimar a EM com base nos valores analisados de nutrientes Outro ponto importante é que existem variações na composição nutricional entre lotes de um mesmo produto sendo aconselhável o emprego do conteúdo nutricional típico do produto que pode ser obtido pela média das análises químicas de vários lotes de produção A Estimativa da EM de alimentos industrializados para GATOS 1 Calcule os extrativos não nitrogenados ENN do alimento por meio da fórmula ENN 100 Umidadea PB EEA FB MM 2 Determine a energia bruta EB do alimento em bomba calorimétrica ou estime por meio da fórmulab EB kcalg 57 x g PB 94 x g EEA 41 x g ENN g FB 3 Determine o coeficiente de digestibilidade da energia CDE por meio da fórmula CDE 879 088 x porcentagem de FB na matéria secac 4 Determine a energia digestível ED por meio da fórmula ED kcalg EB x CDE100 5 Determine a energia metabolizável EM por meio da fórmula EM kcalg ED 077 x g PB aCaso a composição nutricional do alimento esteja na matéria seca utilizar a fórmula ENN 100 PB EEA FB MM bConsiderar a composição em PB EEA ENN e FB com base na matéria natural MN cEquação alternativa quando se considera a composição em fibra dietética total FDT CDE 956089 x porcentagem da FDT na matéria seca Onde PB proteína bruta EEA extrato etéreo em hidrólise ácida FB fibra bruta MM matéria mineral UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 5 Exemplo Considere um alimento com 10 umidade 32 PB 15 EEA 8 MM e 3 FB ENN 100 10 32 15 8 3 32 EB 57 x 032 94 x 015 41 x 032 003 467 kcalg CDE 87 9 0 88 x 390 x 100 85 ED 467 x 85100 397 kcalg EM 397 077 x 032 372 kcalg ou 3720 kcalkg B Estimativa da EM de alimentos industrializados para CÃES 1 Calcule os extrativos não nitrogenados ENN do alimento por meio da fórmula ENN 100 Umidadea PB EEA FB MM 2 Determine a energia bruta EB do alimento em bomba calorimétrica ou estime por meio da fórmulab EB kcalg 57 x g PB 94 x g EEA 41 x g ENN g FB 3 Determine o coeficiente de digestibilidade da energia CDE por meio da fórmula CDE 912 143 x porcentagem de FB na matéria secac 4 Determine a energia digestível ED por meio da fórmula ED kcalg EB x CDE100 5 Determine a energia metabolizável EM por meio da fórmula EM kcalg ED 104 x g PB aCaso a composição nutricional do alimento esteja na matéria seca utilizar a fórmula ENN 100 PB EEA FB MM bConsiderar a composição em PB EEA ENN e FB com base na matéria natural MN cEquação alternativa quando se considera a composição em fibra dietética total FDT CDE 966095 x porcentagem da FDT na matéria seca Onde PB proteína bruta EEA extrato etéreo em hidrólise ácida FB fibra bruta MM matéria mineral UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 6 Exemplo Considere um alimento com 10 umidade 24 PB 12 EEA 8 MM e 3 FB ENN 100 10 24 12 8 3 43 EB 57 x 024 94 x 012 41 x 043 003 438 kcalg CDE 91 2 1 43 x 390 x 100 86 43 ED 438 x 8643100 378 kcalg EM 378 104 x 024 353 kcalg ou 3530 kcalkg Obs O NRC 2006 não recomenda o uso destas equações para estimar a EM de alimentos com elevada digestibilidade como substitutos do leite e dietas líquidas para nutrição enteral Tais equações também podem não ser apropriadas para estimar a EM de alimentos para cães com teor de fibra bruta superior a 8 com base na matéria seca 2 ESTIMATIVA DAS NECESSIDADES ENERGÉTICAS DE CÃES E GATOS A definição das necessidades energéticas de cães e gatos com base somente no peso corporal não representa de forma exata a real necessidade destes animais Assim do ponto de vista fisiológico a necessidade energética não está diretamente relacionada somente ao peso corporal PC mas ao peso corporal elevado à uma potência p que corresponde ao peso metabólico PCP É importante ressaltar que considerações alométricas são particularmente importantes para cães espécie cujo peso adulto varia de 1 a 90 kg ou mais Além disso sabese que as necessidades energéticas variam de acordo com o estado fisiológico ou seja são diferentes para animais na fase de crescimento adultos em manutenção ou durante a gestação e lactação Outra característica de fundamental importância na determinação da necessidade energética principalmente para cães é a prática de atividades físicas assim como a intensidade e periodicidade com que estas são realizadas O NRC 2006 considera o escore de condição corporal ECC de gatos adultos na estimativa de suas necessidades energéticas Este corresponde a seguinte classificação UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 7 ECC Caracterização 1 Costelas visíveis em gatos de pêlo curto gordura não palpável severa retração abdominal vértebra lombar e asa do íleo evidentes e facilmente palpáveis 2 Características intermediárias entre o ECC 1 e 3 3 Costelas facilmente palpáveis com cobertura mínima de gordura vértebras lombares evidentes cintura definida atrás das costelas cobertura mínima de gordura 4 Características intermediárias entre o ECC 3 e 5 5 Ideal aparência harmônica linha da cintura uniforme com as costelas as quais são palpáveis e com cobertura delgada de gordura mínimo acúmulo de gordura abdominal 6 Características intermediárias entre o ECC 5 e 7 7 Costelas dificilmente palpáveis com moderada cobertura de gordura cintura pouco definida evidente forma circular do abdômen acúmulo moderado de gordura abdominal 8 Características intermediárias entre o ECC 7 e 9 9 Costelas não palpáveis e sob espessa cobertura de gordura depósito espesso de gordura na área lombar face região cervical e membros abdômen distendido e sem cintura evidenciando grande depósito de gordura abdominal Baseada em Laflamme et al1997ab A Estimativa das necessidades energéticas de animais ADULTOS EM MANUTENÇÃO Estão apresentadas na sequência as necessidades energéticas propostas pelo NRC 2006 No entanto particularmente para felinos esta são muito elevadas e não correspondem à realidade dos gatos domiciliados e castrados Desta forma fatores adicionais são sugeridos GATOS Tipo kcal EM por dia Gatos domésticos em adequada condição corporal ou magros¹ 100 kcal x PC em kg067 Gatos domésticos obesos² 130 kcal x PC em kg040 Gatos exóticos 55260 kcal PC em kg075 Gatos com baixa necessidade energética castrados domiciliados3 75 kcal x PC em kg067 ¹ Escore de condição corporal 5 em escala de 1 a 9 ² Escore de condição corporal 5 em escala de 1 a 9 3 Necessidade sugerida para a maior parte dos gatos domiciliados FEDIAF 2017 Necessidades ainda menores 6070 kcal x PC em kg067 podem ser verificadas para fêmeas castradas UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 8 CÃES Tipo kcal EM por dia Cães ativos ou de canil necessidade média1 130 kcal x PC em kg075 Necessidades acima da média Cães adultos jovens e ativos 140 kcal x PC em kg075 Cães Dogue Alemão Great Danes adultos e ativos 200 kcal x PC em kg075 Cães terriers adultos e ativos 180 kcal x PC em kg075 Necessidades abaixo da média Cães inativos2 95 kcal x PC em kg075 Cães idosos ativos ou Newfoundlands 105 kcal x PC em kg075 ¹Cães em ambiente doméstico com ampla oportunidade e forte estímulo à prática de exercícios como a presença de um grupo de cães em ambiente rural ou em domicílio com amplo quintal ²Cães mantidos em ambiente doméstico com pouca oportunidade ou estímulo à prática de exercício As necessidades de cães idosos ou obesos podem ser ainda menores É importante considerar para ambas espécies que os valores resultantes das equações propostas podem sub ou superestimar as necessidades de um indivíduo em particular em mais de 50 de forma que ajustes são importantes e necessários B Estimativa das necessidades energéticas de animais EM CRESCIMENTO APÓS DESMAME As necessidades energéticas de animais na fase de crescimento podem ser calculadas considerandose a relação entre o peso corporal no momento da avaliação e o peso estimado do indivíduo adulto GATOS EM kcaldia energia necessária para manutenção x 67 x e0189p 066 EM kcaldia 100 x PC em kga067 x 67 x e0189p 066 Onde p PCaPCm PCa peso corporal no momento da avaliação kg PCm peso corporal esperado quando adulto kg e base do logaritmo natural log 2718 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 9 Exemplo Para um filhote com 08 kg cuja estimativa do peso adulto seja de 5 kg a necessidade energética diária é de 179 kcaldia EM 100 x 08067 x 67 x 27180189x085 066 EM 179 kcaldia CÃES EM kcaldia energia necessária para manutenção x 32 x e087p 01 EM kcaldia 130 x PC em kga075 x 32 x e087p 01 Onde p PCaPCm PCa peso corporal no momento da avaliação kg PCm peso corporal esperado quando adulto kg e base do logaritmo natural log 2718 Esta equação considera filhotes desmamados No caso de filhotes recém nascidos a necessidade corresponde a cerca de 25 kcal para cada 100 g de PC Kienzle et al 1985 Além disso a necessidade energética de manutenção de filhotes inativos sem oportunidade ou com pouco estímulo à prática de exercícios físicos pode ser reduzida em 10 a 20 enquanto para filhotes muito ativos a necessidade pode ser maior Exemplo Para um filhote de Labrador com 16 semanas de idade 15 kg cuja estimativa do peso adulto seja de 30 kg a necessidade energética diária é de 1735 kcaldia EM 130 x 15075 x 32 x 2718087x1530 01 EM 1735 kcaldia C Estimativa das necessidades energéticas de fêmeas EM GESTAÇÃO GATOS O NRC 2006 não apresenta equação específica para estimativa da necessidade energética de gatas na fase de gestação Estes animais tendem a perder peso durante a lactação independente do alimento oferecido Scott 1968 Loveridge 1986 Loveridge e Rivers 1989 Zottmann 1997 Hendriks e Wamberg 2000 Desta forma para uma atividade reprodutiva satisfatória o aumento no peso corporal durante a fase de gestação deve ser de 40 a 50 corresponder ao ganho de peso líquido dos tecidos em decorrência do preparo para lactação acrescido do ganho em tecido fetal placental e estruturas associadas UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 10 CÃES Fêmeas na fase final de gestação ou seja de 4 semanas após acasalamento até a parição podem ter sua necessidade energética calculada considerandose a necessidade energética para manutenção acrescida da exigência energética para a gestação atribuindose 26 kcal para cada quilograma de peso corporal como expresso pela equação EM kcaldia energia necessária para manutenção 26 kcal x PC em kg EM kcaldia 130 x PC em kg075 26 kcal x PC em kg Exemplo Para uma fêmea gestante com 30 kg a necessidade energética corresponde a 2446 kcaldia EM 130 x 30075 26 x 30 EM 2446 kcaldia D Estimativa das necessidades energéticas de fêmeas EM LACTAÇÃO A estimativa das necessidades energéticas de fêmeas em lactação pode ser obtida considerandose o número de filhotes que estão sendo amamentados corrigido pelo estágio da lactação GATOS N filhotes kcal EMdia 3 EM kcaldia energia necessária para manutenção 18 x PC em kg x L EM kcaldia 100 x PC em kg067 18 x PC em kg x L 34 EM kcaldia energia necessária para manutenção 60 x PC em kg x L EM kcaldia 100 x PC em kg067 60 x PC em kg x L 4 EM kcaldia energia necessária para manutenção 70 x PC em kg x L EM kcaldia 100 x PC em kg067 70 x PC em kg x L Onde L fator para estágio de lactação de 1 a 7 semanas 09 09 12 12 11 10 08 respectivamente UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 11 Exemplo Para uma gata com 5 kg de peso corporal amamentando uma ninhada com 5 filhotes durante o pico de lactação ou seja 3ª semana a necessidade energética é de 714 kcaldia EM 100 x 5067 70 x 5 x 12 EM 714 kcaldia CÃES EM kcaldia energia necessária para manutenção extrapolada durante a lactação PC em kg x 24n 12m x L EM kcaldia 145 x PC em kg075 PC em kg x 24n 12m x L Onde n número de filhotes considerando n de 1 a 4 m número de filhotes considerando m de 5 a 8 5 filhotes m 0 L fator de correção para estágio de lactação de 1 a 4 semanas 075 095 11 12 respectivamente Exemplo Para uma cadela com 27 kg de peso corporal amamentando uma ninhada com 7 filhotes durante a 1ª semana de lactação a necessidade energética é de 4390 kcaldia EM 145 x 27075 27 x 24 x 4 12 x 3 x 075 EM 4390 kcaldia Cálculo da quantidade de alimento gramas por dia A quantidade de alimento a ser fornecido a um indivíduo é calculada considerandose a EM do alimento estimada ou determinada in vivo e a necessidade energética estimada para o animal Este procedimento de cálculo deve ser adotado para a composição das sugestões de uso constantes nos rótulos das rações A quantidade de alimento é calculada como Quantidade de alimento gdia necessidade energética do animal kcal por dia EM do alimento kcal por grama Bibliografia Consultada AAFCO Association Of American Feed Control Officials Official Publications 2004 Association of American Feed Control Officials 2004 Atwater WO Principles of nutrition and nutritive value of food Farmers Bulletin n142 1902 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 12 BRASIL Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento Regulamento técnico sobre fixação de padrões de identidade e qualidade de alimentos para fins nutricionais especiais ou alimentos com fins nutricionais específicos destinados a cães e gatos Instrução normativasarc n 9 de 9 de julho de 2003 Diário Oficial da União Brasília Seção 1 de 14 de julho de 2003 CASE LP CAREY EP HIRAKAWA DA Canine and feline nutrition 2 ed A resource for companion animal professionals St Louis Mosby 2000 455p FEDIAF The European Pet Food Industry Federation Nutritional guidelines for complete and complementary pet food for cats and dogs The European Pet Food Industry Federation Bruxelas 2018 Hendriks WH Wamberg S Milk intake of suckling kittens remains relatively constant from one to four weeks of age The Journal of Nutrition v130 p7782 2000 Laflamme DP Development and validation of a body condition score system for dogs Canine Practice v22 n4 p1015 1997a Laflamme DP Development and validation of a body condition score system for cats A clinical tool Feline Practice v25 n56 p1318 1997b Laflamme DP Determining metabolizable energy content in commercial petfoods Journal of Animal Physiology and Animal Nutrition v85 p222230 Loveridge GG Body weight changes and energy intakes of cats during gestation and lactation Animal Technology v37 p715 1986 Loveridge GG Rivers JPW Body weight changes and energy intakes of cats during pregnancy and lactation In Nutrition of the Dog and Cat Burger IH Rivers JPW eds Cambridge UK Cambridge University Press 1989 Kienzle E Meyer H Dammers C Lohrie H Milk intake weight development feed digestibility as well as energy and nutrient retention in suckling puppies In Investigations on Nutrient Requirements in Breeding Bitches and Suckling Pups Meyer H ed Volume 16 In Advances in Animal Physiology and Animal Nutrition Hamburg Germany Paul Parey 1985 Nutrient Requirements of Dogs and Cats National Research Council The National Academy Press Washington DC 2006 398p Sakomura NK Rostagno HS Métodos de pesquisa em nutrição de monogástricos Jaboticabal FUNEP 2007 283 p Scott PP The special features of nutrition of cats with observations on wild Felidae nutrition in the London Zoo In Comparative Nutrition of Wild Animals Crawford MA ed New York Academic Press 1968 Zottmann B Investigations on milk yield and milk composition of the domestic cat Felis catus Doctoral thesis Veterinary Faculty Ludwig MaximiliansUniversity Munich 1997 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 13 3 EXERCÍCIOS 31 CÃES Calcule a EM da ração abaixo especificada e a necessidade energética de cães com diferentes idades raças e que realizam atividade física em intensidades distintas que consomem esta ração Ração Níveis de garantia MN Umidade máx 100 Proteína bruta min 260 Extrato etéreo min 160 Matéria fibrosaa máx 30 Matéria mineral máx 70 Cálcio máx 13 Fósforo min 06 aMatéria fibrosa fibra bruta Cálculo da EM da ração para cães USAR DADOS SOBRE MN 1 ENN 100 Umidade PB EE FB MM 2 EB kcalg 57 x g PB 94 x g EE 41 x g ENN g FB 3 CDE 912 143 x porcentagem de FB na matéria seca 4 ED kcalg EB x CDE100 5 EM kcalg ED 104 x g PB UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 14 NECESSIDADES ENERGÉTICAS DE CÃES kcal POR DIA Cães Dogue Alemão Great Danes 200 kcal x PC em kg075 Cães Terriers ativos 180 kcal x PC em kg075 Cães adultos jovens e ativos1 140 kcal x PC em kg075 Cães ativos ou de canil 130 kcal x PC em kg075 Cães idosos ativos ou Newfoundlands 105 kcal x PC em kg075 Cães inativos domiciliados² 95 kcal x PC em kg075 ¹Cães em ambiente doméstico com ampla oportunidade e forte estímulo à prática de exercícios como a presença de um grupo de cães em ambiente rural ou em domicílio com amplo quintal ² Tratase da necessidade energética da maior parte dos cães mantidos em ambiente doméstico com pouca oportunidade ou estímulo à prática de exercício As necessidades de cães idosos e animais obesos podem ser ainda menores EM da ração kcalg Raça Idade anos Peso kg Nível de atividade física Necessidade de EM kcaldia Quantidade de ração gdia Cão 1 Terrier 15 7 Alto Cão 2 Pit Bull 16 35 Alto Cão 3 Beagle 35 125 moderado Cão 4 Labrador 40 32 moderado Cão 5 Rottweiller 90 53 moderado Cão 6 Poodle 80 28 Baixo 32 GATOS Calcule a EM da ração abaixo especificada e a necessidade energética de gatos com diferentes idades raças e que realizam atividade física em intensidades distintas que consomem esta ração Ração Níveis de garantia MN Umidade máx 100 Proteína bruta min 350 Extrato etéreo min 200 Matéria fibrosaa máx 25 Matéria mineral máx 65 Cálcio máx 14 Fósforo min 08 aMatéria fibrosa fibra bruta UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 15 Cálculo da EM da ração para gatos USAR DADOS SOBRE MN 1 ENN 100 Umidade PB EE FB MM 2 EB kcalg 57 x g PB 94 x g EE 41 x g ENN g FB 3 CDE 879 088 x porcentagem de FB na matéria seca 4 ED kcalg EB x CDE100 5 EM kcalg ED 077 x g PB NECESSIDADES ENERGÉTICAS DE GATOS kcal POR DIA Gatos em adequada condição corporal ou magros1 100 kcal x PC em kg067 Gatos obesos2 130 kcal x PC em kg040 1Escore de condição corporal de1 a 5 2Escore de condição corporal de 6 a 9 EM da ração kcalg Raça Idade anos Peso kg Escore corporal Necessidade de EM kcaldia Quantidade de ração gdia Gato 1 SRD 15 51 5 Gato 2 A Short hair 20 68 7 Gato 3 Persa 50 45 8 Gato 4 Siamês 60 42 7 Gato 5 S da Birmânia 90 32 3 Gato 6 Angorá 80 31 4 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 16 II PROTOCOLO MÍNIMO PARA DETERMINAR A ENERGIA METABOLIZÁVEL E COEFICIENTES DE DIGESTIBILIDADE APARENTE DOS NUTRIENTES DE ALIMENTOS PARA CÃES E GATOS 1 MÉTODO DE COLETA QUANTITATIVA OU COLETA TOTAL A Recebimento e identificação da amostra As informações referentes ao alimento tais como tipo seco úmido semi úmido espécie e fase da vida para a qual é destinado devem ser registrados juntamente com a marca fabricante lote e data de produção do produto Níveis de garantia de nutrientes e lista de ingredientes também são informações fundamentais e devem estar explícitas no rótulo da ração Verificar e anotar as condições do produto cor odor aspecto uniformidade presença de contaminantes e de finos no fundo da embalagem Amostrar cerca de 500g da ração e acondicionar o material devidamente identificado e vedado Esta amostra será utilizada nas determinações laboratoriais de nutrientes e em conjunto com as análises realizadas nas fezes e urina possibilitarão o cálculo da digestibilidade e energia metabolizável do alimento B Preparo dos animais para o teste Utilizar um mínimo de 6 animais adultos para o teste cães ou gatos devidamente desverminados e vacinados e clinicamente sadios É aconselhável que os animais sejam uniformes com relação à raça idade peso e escore corporal fêmeas no cio não devem ser empregadas Para determinar a EM com coleta de urina os animais deverão ser mantidos individualmente em gaiolas de metabolismo em inox durante todo o período experimental Caso a urina não seja recolhida e a EM estimada com base em fatores de correção ver a seguir os animais poderão ser individualmente mantidos em gaiolas com grade no fundo de modo que possibilite separar fezes de urina além de garantir a coleta quantitativa de fezes Admitese também neste caso o uso de baias desde que estas permitam a coleta de fezes sem que ocorram perdas e contaminações UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 17 C Procedimento experimental O protocolo é dividido em duas fases denominadas de fase de adaptação e de coleta O período de adaptação deve ser composto por no mínimo 5 dias e tem por objetivos adaptar os animais à dieta à gaiola ajustar a ingestão de alimento e quando necessário verificar a manutenção do peso corporal A fase de coleta deve corresponder a um mínimo de 120 horas para cães e para gatos recomendase duração mínima de 7 dias 168 horas Durante este período toda a produção de fezes e se for o caso de urina deve ser recolhida quantificada e armazenada à 15oC Durante a fase de coleta o consumo de alimento deverá permanecer constante de forma a evitar variações de excreção além de ser rigorosamente mensurado e registrado No entanto o protocolo mínimo oficialmente preconizado é de 3 dias de adaptação e 4 dias de coleta para cães e 5 dias de adaptação e 5 de coleta para gatos FEDIAF 2017 Este período muito curto especialmente para felinos não e muito apropriado pois gatos podem defecar a dias alternados comprometendo a qualidade do balanço de massas e gatos pequenos podem produzir poucas fezes restringindo a amostra disponível para análises laboratoriais D Fase de adaptação Os animais deverão ser identificados ter seu peso aferido e registrado em documento que disponibilize todas as informações referentes ao mesmo O alimento pode ser fornecido uma vez ao dia ou dividido em duas porções no entanto devese sempre alimentar os animais nos mesmos horários ao longo do ensaio A quantidade de alimento fornecida a cada animal pode ser aquela necessária para manter o peso corporal ou ser estimada de acordo com as necessidades energéticas de manutenção segundo recomendações do NRC 2006 Devese ter o cuidado entretanto de aplicar o mesmo fator para calcular a necessidade energética de todos os animais envolvidos Durante todo o período experimental devese disponibilizar água à vontade Nos casos de rejeição ao alimento durante a fase de adaptação ou a maior parte dos animais não consumir no mínimo 75 da quantidade calculada o teste deverá ser interrompido Ingestão inferior assim como uma ingestão aumentada caso a quantidade não tenha sido calculada corretamente ou em ingestões ad libitum são alterações que podem comprometer a veracidade dos resultados O consumo de quantidade abaixo da recomendada pode causar aumento da perda endógena e o excesso de alimento pode diminuir a digestibilidade por sobrecarga alimentar E Fase de coleta Alimento o alimento oferecido deverá ser quantificado em balança com precisão de no mínimo décimo de grama 001g sendo esta informação registrada em planilha própria Para ensaios com rações semiúmidas e úmidas toda a sobra de alimentos deve ser recolhida quantitativamente e armazenada em freezer 15o C Ao final do procedimento estas deverão ser homogeneizadas e ter sua matéria seca determinada Esta sobra de matéria seca do alimento não consumido deverá ser empregado no cálculo da ingestão do produto UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 18 Fezes estas devem ser coletadas e pesadas preferencialmente à medida que os animais defecarem ou pelo menos 2 vezes ao dia As fezes de cada animal devem ser armazenadas em saco plástico ou recipiente apropriado identificado e com fechamento hermético sendo imediatamente armazenadas em freezer 15oC Devese compor um pool das fezes de cada um dos animais Urina quando realizada coleta de urina esta deve ser recolhida em recipiente contendo 1mL de ácido sulfúrico H2SO4 1EqL com a finalidade de evitar o crescimento bacteriano e a volatilização de nitrogênio da amostra O volume total deverá ser mensurado e anotado em planilha própria Para cães é possível armazenar uma alíquota de 30 do volume da urina produzida evitandose assim a manipulação e armazenamento de grande quantidade de recipientes Recomendase o congelamento em recipientes identificados e individuais o quanto antes Devese compor um pool da urina de cada um dos animais F Preparo das amostras para análise laboratorial Após o término do ensaio as fezes de cada animal devem ser descongeladas devidamente homogeneizadas distribuídas em bandejas pesadas pesar separadamente a bandeja e a amostra e submetidas a pré secagem em estufa de ventilação forçada à temperatura de 55ºC por um período de 72 horas Após este período as fezes deverão ser retiradas pesadas e acondicionadas em sacos plásticos ou recipientes apropriados hermeticamente fechados e identificados de forma a não se rehidratarem Alimentos secos não necessitam de présecagem em estufa à 55ºC Já alimentos úmidos deverão passar pelo procedimento de présecagem da mesma forma que as fezes A umidade de alimentos semiúmidos deve ser determinada pelo método do Tolueno AOAC 1996 Após os procedimentos acima fezes e alimento devem ser moídos em moinho de facas com peneira de 1mm e então analisadas em laboratório em duplicata para a determinação da energia bruta e demais nutrientes de interesse segundo metodologias analíticas aprovadas e recomendadas pela AOAC 1996 A matéria seca final das fezes para o cálculo da digestibilidade poderá ser calculada pela seguinte fórmula MS final MS 55C x MS 105C 100 Obs A MS final será utilizada APENAS para se obter a quantidade de matéria seca de fezes excretada Nos cálculos das análises bromatológicas das fezes devese utilizar o valor da MS 105C já que a amostra utilizada para tais análises se encontrava préseca à 55C UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 19 Para secar a urina devese descongelar e homogeneizar o pool de cada animal o que equivale à produção de urina durante todo período de coleta Colocar 30mL de urina em recipiente não muito fundo pesar separadamente o recipiente e a amostra e posteriormente levar a estufa com ventilação forçada à 55ºC por um período de 24 horas Repetir este procedimento por mais duas vezes completando assim o volume total de 90 mL secos O resíduo seco da urina estará pronto para análise de matéria seca e energia bruta em bomba calorimétrica G Cálculo dos coeficientes de digestibilidade aparente e da energia metabolizável Abaixo estão descritos os cálculos para determinação dos coeficientes de digestibilidade aparente dos nutrientes e da energia metabolizável de alimentos pelo método de coleta total A composição nutricional do alimento e das fezes devem estar sobre a matéria seca 1 Coeficiente de digestibilidade aparente da matéria seca CDAMS CDAMS consumo total raçãoa fezes totaisb x 100 consumo total raçãoa 2 Coeficiente de digestibilidade aparente do nutriente CDAN CDAN nutrienteRc x consumo total raçãoa nutrienteFd x fezes totaisb x 100 nutrienteRc x consumo total raçãoa 3 Energia metabolizável aparente EMA É importante destacar que a EMA dos alimentos pode ser determinada com ou sem coleta de urina A coleta de urina visa determinar em bomba calorimétrica a energia bruta proveniente da excreção renal de uréia quando a proteína digerida é completamente metabolizada Quando não houver coleta quantitativa de urina podese estimar a EB desta por meio dos fatores de correção recomendados pela FEDIAF 2017 conforme especificado a seguir Fatores de correção FC para perdas energéticas pela urina Cães 125 kcal por grama de proteína digestível ingerida PDing Gatos 086 kcal por g de PDing UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 20 EMA SEM coleta de urina PDing g consumo total raçãoa x PBre fezes totaisb x PBff 100 100 EMA kcalg consumo total raçãoa x EBrg fezes totaisb x EBfh FC x PDing consumo total raçãoa aconsumo total ração equivale a quantidade total de alimento oferecido descontada da quantidade total de alimento recusado durante a fase de coleta Dados em gramas g de MS bfezes totais equivale a quantidade total de fezes excretadas pelo animal durante a fase de coleta Dados em gramas g de MS cnutrienteR equivale a composição percentual na matéria seca de determinado nutriente na ração consumida dnutrienteF equivale a composição percentual na matéria seca de determinado nutriente nas fezes produzidas ePBr equivale a composição percentual na matéria seca de proteína bruta na ração consumida fPBf equivale a composição percentual na matéria seca de proteína bruta nas fezes produzidas gEBr equivale a energia bruta em kcalg MS de ração consumida hEBf equivale a energia bruta em kcalg MS de fezes produzidas EMA COM coleta de urina EMA kcalg consumo total raçãoa x EBrg fezes totaisb x EBfh urina totali x EBuj consumo total raçãoa iurina total equivale ao volume total de urina excretada pelo animal durante a fase de coleta Dados em mililitros mL jEBu equivale a energia bruta em kcalmL de urina produzida Para fixar os procedimentos de cálculo considere o exemplo abaixo Considerando que um cão tenha sido submetido ao protocolo descrito neste capítulo obtendose os seguintes dados valores sobre a matéria seca a Consumo total de matéria seca do alimento 1200g b Excreção fecal total em matéria seca 240g c Teor de proteína bruta na matéria seca da dieta 24 d Teor de proteína bruta na matéria seca das fezes 20 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 21 e Energia bruta da dieta na matéria seca 46 kcalg f Energia bruta da urina 05 kcalmL g Volume de urina 400 mL h Energia bruta das fezes na matéria seca 32 kcalg i Fator de correção para perda de energia pela urina de cães 125 kcalg PDing Determinar o CDAMS CDAPB e a EMA utilizando o tanto o fator de correção para perda de energia pela urina como a EB eliminada pela urina Coeficiente de digestibilidade aparente da matéria seca CDAMS CDAMS a b x 100 a CDAMS 1200 240 x 100 80 1200 Coeficiente de digestibilidade aparente da proteína bruta CDAPB CDAPB c x a d x b x 100 c x a CDAPB 24 x 1200 20 x 240 x 100 833 24 x 1200 Energia metabolizável aparente EMA Sem coleta de urina PDing g a x c100 b x d100 PDing 1200 x 24100 240 x 20100 240 g EMA kcalg a x e b x h i x PDing a EMA 1200 x 46 240 x 32 125 x 240 37 kcalg 1200 Com coleta de urina EMA kcalg a x e b x h f x g a EMA 1200 x 46 240 x 32 05 x 400 38 kcalg 1200 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 22 Bibliografia consultada AAFCO ASSOCIATION OF AMERICAN FEED CONTROL OFFICIALS Official Publications 2004 Association of American Feed Control Officials 2004 AOAC Association of Official Analytical Chemists Official Methods of analysis 16 ed Gaithersburg 1996 v1 chap 4 p145 Nutrient Requirements of Dogs and Cats National Research Council The National Academy Press Washington DC 2006 398p UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 23 2 EXERCÍCIOS A Ingestão total de alimento no período em gramas A B Ingestão total de MS de alimento no período em gramas BA x MS100 C Total de fezes coletadas no período em gramas C D Total de MS de fezes coletadas no período em gramas DC x MS100 E Porcentagem do nutriente na MS do alimento E F Nutriente ingerido no período em gramas FB x E100 G Porcentagem do nutriente na MS das fezes G H Nutriente excretado nas fezes no período em gramas HD x G100 I Coeficiente de digestibilidade aparente IFHF x 100 Onde MS matéria seca 100 umidade A valor referente ao consumo acumulado nos 5 dias de coleta C valor referente a excreção acumulada nos 5 dias de coleta EXERCÍCIO 1 Considere a ingestão acumulada em 7 dias de 30882g para o gato 1 e 31803g para o gato 2 Foram coletados 11017g de fezes e 198 mL de urina do animal 1 e 15594g de fezes e 238 mL de urina do animal 2 nesse mesmo período Calcular os coeficientes de digestibilidade aparente CDA dos nutrientes e a energia metabolizável EM da ração para os animais 1 e 2 Ração Animal 1 Animal 2 Fezes MS 9413 3996 3144 Composição sobre a MS MM 611 2398 1982 MO 9389 7602 PB 4168 2931 2916 EEA 953 1214 868 FB 233 934 754 EB kcalg 508 413 400 ENN 4035 2523 Urina Volume mL 198 238 EB kcalmL 098 085 MS final MS 55C x MS 105C100 MS matéria seca MM matéria mineral MO matéria orgânica MO 100 MM se estiver na MS ou MO MS MM se estiver na MN PB proteína bruta EEA extrato etéreo ácido FB fibra bruta EB energia bruta ENN extrativos não nitrogenados ENN 100 Umidade MM PB EEA FB se os dados estiverem na MS não precisa descontar a umidade UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 24 Digestibilidade da MS Fórmula Animal 1 Animal 2 A Ingestão total de alimento no período em gramas A 30882 B Ingestão total de MS de alimento no período em gramas B A x MS100 30882 x 09413 29069 C Total de fezes coletadas no período em gramas C 11017 D Total de MS de fezes coletadas no período em gramas D C x MS100 11017 x 03996 4402 E CDA da MS E B D x 100 B 8486 Digestibilidade da MO Fórmula Animal 1 Animal 2 A Ingestão total de alimento no período em gramas A 30882 B Ingestão total de MS de alimento no período em gramas B A x MS100 30882 x 09413 29069 C Total de fezes coletadas no período em gramas C 11017 D Total de MS de fezes coletadas no período em gramas D C x MS100 11017 x 03996 4402 E MO na MS do alimento E 9389 F MO ingerida em gramas F B x E100 27293 G MO na MS das fezes G 7602 H MO excretada nas fezes em gramas H D x G100 3346 I CDA da MO I F H x 100 F 8774 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 25 Digestibilidade da PB Animal 1 Animal 2 A Ingestão total de alimento no período em gramas 30882 B Ingestão total de MS de alimento no período em gramas 30882 x 09413 29069 C Total de fezes coletadas no período em gramas 11017 D Total de MS de fezes coletadas no período em gramas 11017 x 03996 4402 E PB na MS do alimento 4168 F PB ingerida em gramas 12116 G PB na MS das fezes 2931 H PB excretada nas fezes em gramas 1290 I CDA da PB 8935 Digestibilidade do EEA Animal 1 Animal 2 A Ingestão total de alimento no período em gramas 30882 B Ingestão total de MS de alimento no período em gramas 30882 x 09413 29069 C Total de fezes coletadas no período em gramas 11017 D Total de MS de fezes coletadas no período em gramas 11017 x 03996 4402 E EEA na MS do alimento 953 F EEA ingerido em gramas 2770 G EEA na MS das fezes 1214 H EEA excretado nas fezes em gramas 534 I CDA do EEA 8072 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 26 Digestibilidade da FB Animal 1 Animal 2 A Ingestão total de alimento no período em gramas 30882 B Ingestão total de MS de alimento no período em gramas 30882 x 09413 29069 C Total de fezes coletadas no período em gramas 11017 D Total de MS de fezes coletadas no período em gramas 11017 x 03996 4402 E FB na MS do alimento 233 F FB ingerida em gramas 677 G FB na MS das fezes 934 H FB excretada nas fezes em gramas 411 I CDA da FB 3929 Digestibilidade da EB Animal 1 Animal 2 A Ingestão total de alimento no período em gramas 30882 B Ingestão total de MS de alimento no período em gramas 30882 x 09413 29069 C Total de fezes coletadas no período em gramas 11017 D Total de MS de fezes coletadas no período em gramas 11017 x 03996 4402 E kcal EBg MS do alimento 508 F EB ingerida em kcal 147671 G kcal EBg MS de fezes 413 H EB excretada nas fezes em kcal 18180 I CDA da EB 8769 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 27 Digestibilidade do ENN Animal 1 Animal 2 A Ingestão total de alimento no período em gramas 30882 B Ingestão total de MS de alimento no período em gramas 30882 x 09413 29069 C Total de fezes coletadas no período em gramas 11017 D Total de MS de fezes coletadas no período em gramas 11017 x 03996 4402 E ENN na MS do alimento 4035 F ENN ingerido em gramas 11729 G ENN na MS das fezes 2523 H ENN excretado nas fezes em gramas 1111 I CDA do ENN 9053 Energia metabolizável COM coleta de urina Fórmula Animal 1 Animal 2 A kcal EBg MS de alimento A 508 B kcal EBg MS de fezes B 413 C kcal EBmL de urina C 098 D Ingestão total de MS de alimento no período em gramas D 29069 E Total de MS de fezes coletadas no período em gramas E 4402 F Total de urina coletada no período em mL F 1980 G Energia metabolizável kcalg MS G A x D B x E C x F D 379 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 28 EXERCÍCIO 2 Considere a ingestão acumulada em 5 dias de 650g para o cão 1 e 680g para o cão 2 Foram coletados 35129g de fezes do animal 1 e 31560g de fezes do animal 2 neste mesmo período Calcular os coeficientes de digestibilidade aparente CDA dos nutrientes e a energia metabolizável EM da ração para os animais 1 e 2 Composição Ração Ração sobre MS Animal 1 Animal 1 sobre MS Animal 2 Animal 2 sobre MS Fezes MS 55C 3764 4293 MS 105C 9202 9352 9248 MS final 9202 3520 MM 1311 1425 2904 3105 3282 MO 9443 7588 PB 2406 2788 2693 EEA 625 377 345 FB 289 1123 1396 EB kcalg 381 245 236 ENN MS final MS 55C x MS 105C Utilizada APENAS para calcular a quantidade de 100 MS de fezes excretada MS matéria seca MM matéria mineral MO matéria orgânica MO 100 MM se estiver na MS ou MO MS MM se estiver na MN PB proteína bruta EEA extrato etéreo ácido FB fibra bruta EB energia bruta ENN extrativos não nitrogenados ENN 100 Umidade MM PB EEA FB se os dados estiverem na MS não precisa descontar a umidade Digestibilidade da MS Fórmula Animal 1 Animal 2 A Ingestão total de alimento no período em gramas A 650 B Ingestão total de MS de alimento no período em gramas B A x MS100 650 x 09202 59813 C Total de fezes coletadas no período em gramas C 35129 D Total de MS de fezes coletadas no período em gramas D C x MS100 35129 x 03520 12365 E CDA da MS E B D x 100 B 7934 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 29 Digestibilidade da MO Fórmula Animal 1 Animal 2 A Ingestão total de alimento no período em gramas A 650 B Ingestão total de MS de alimento no período em gramas B A x MS100 650 x 09202 59813 C Total de fezes coletadas no período em gramas C 35129 D Total de MS de fezes coletadas no período em gramas D C x MS100 35129 x 03520 12365 E MO na MS do alimento E 9443 F MO ingerida em gramas F B x E100 56481 G MO na MS das fezes G 7588 H MO excretada nas fezes em gramas H D x G100 9383 I CDA da MO I F H x 100 F 8339 Seguindo o mesmo modelo de cálculo exposto acima para coeficiente de digestibilidade aparente CDA da matéria orgânica MO calcule os CDA para os outros nutrientes Animal 1 Animal 2 CDA da PB 7643 CDA do EEA 8773 CDA da FB 2093 CDA da EB 8692 CDA dos ENN 8936 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 30 Energia metabolizável SEM coleta de urina Fórmula Animal 1 Animal 2 A kcal EBg MS de alimento A 414 B kcal EBg MS de fezes B 262 C Ingestão total de MS de alimento no período em gramas C 59813 D Total de MS de fezes coletadas no período em gramas D 12365 E PB na MS do alimento E 2615 F PB na MS das fezes F 2981 G Fator de correção G 125 H Ingestão total de PB no período em gramas H C x E100 15641 I Excreção total de PB nas fezes no período em gramas I D x F100 3686 J PD ingerida no período em gramas J H I 11955 K Energia metabolizável kcalg K A x C B x D FC x J C 335 Fator de correção 125 kcal EBg PDing para cães 086 kcal EBg PDing para gatos UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 31 3 MÉTODO DO INDICADOR OU SUBSTÂNCIA ÍNDICE O método do indicador é uma alternativa à coleta total quando se torna difícil ou inconveniente mensurarse a ingestão ou coletarse totalmente as fezes Carciofi et al 2007 O indicador deve ser totalmente indigerível e inabsorvido no trato gastrintestinal não ter função fisiológica poder ser processado com o alimento misturarse facilmente com o alimento permanecer homogeneamente distribuído na digesta possuir um método específico sensível e prático de determinação laboratorial e preferencialmente ocorrer naturalmente no alimento Há dois tipos de indicadores os internos e externos Indicadores internos estão presentes no próprio alimento a exemplo das Cinzas Insolúveis em Ácido CIA que demonstrou ser uma boa opção e uma alternativa viável como indicador para gatos Vasconcellos et al 2007 Indicador externo é aquele que é adicionado ao alimento teste o mais comumente utilizado é o Óxido Crômico OC O cromo solúvel e o hexavalente são altamente mutagênicos Porém o cromo presente no OC trivalente é muito pouco reativo ao DNA e pobremente absorvido pelas membranas celulares Ferreira 2002 No entanto este também não dispensa cuidados na sua manipulação Para mensurar a viabilidade do indicador determinase sua Taxa de Recuperação TR Independente do indicador interno ou externo esperase uma recuperação nas fezes próxima a 100 Esta é calculada como TR indicador ingerido g x 100 indicador excretado g ARecebimento e identificação da amostra Os dados referentes ao alimento tais como tipo de produto espécie e fase da vida para a qual é destinado devem ser anotados juntamente com a marca fabricante lote e data de fabricação Anotar níveis de garantia de nutrientes e a lista de ingredientes presentes no rótulo da ração Verificar e anotar as condições do produto cor odor aspecto uniformidade presença de contaminantes e presença de finos no fundo do saco Amostrar cerca de 500g da ração e acondicionar o material devidamente identificado e vedado BPreparo o alimento para o teste com uso de óxido crômico A seguir são apresentados três procedimentos distintos cabendo ao responsável pelas análises escolher a melhor opção para o emprego do Óxido Crômico UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 32 O procedimento descrito abaixo é utilizado nos casos em que a ração empregada para a determinação da digestibilidade já se apresente extrusada 1 Calcular a quantidade de ração necessária para realizar o ensaio 2 Moer a ração em moinho com peneira de 25 milímetros ou maior Peneiras menores não devem ser utilizadas quando produtos comerciais forem empregados no teste pois uma moagem mais fina do produto em teste pode involuntariamente elevar sua digestibilidade levando a um resultado incorreto 3 Pesar exatamente a quantidade de ração conseguida após a moagem e calcular a quantidade de Óxido Crômico a ser adicionada 4 O Óxido Crômico deverá ser de boa qualidade e livre de cromo solúvel 5 Sugerese adição de 025 a 035 de óxido crômico 6 É fundamental utilizar luvas para manipular o óxido crômico 7 Pesar o óxido crômico necessário para adição na ração e guardar uma amostra de 2 gramas para uso nas análises laboratoriais 8 Separar parte da ração moída em um recipiente cerca de 5 kg e peneirar sobre ela o óxido crômico em peneira fina de forma a desfazer todos os grumos 9 À medida que o cromo é peneirado sobre a ração mistureo à mesma freqüentemente evitando que os grumos se formem novamente 10 Colocar a ração farelada e o conteúdo do recipiente ração pré misturada ao óxido crômico no misturador e efetuar a mistura final do óxido crômico à ração Os misturadores indicados para efetuar uma mistura homogênea são os em forma de Y ou V 11 Após a mistura total do óxido crômico com a ração teste retirar 500g de ração e armazenar em saco plástico apropriado devidamente identificado Esta amostra será empregada para as determinações laboratoriais para o cálculo da digestibilidade e energia metabolizável O procedimento descrito abaixo poderá ser seguido quando o óxido crômico for adicionado ao produto antes da extrusão 1 O Óxido Crômico em pó deverá ser acrescentado durante a pré mistura dos ingredientes e deverá ser homogeneizado e posteriormente extrusado juntamente com o produto CPreparo dos animais para o teste Utilizar um mínimo de 6 animais adultos para o teste cães ou gatos Estes deverão ser considerados clinicamente sadios estarem devidamente desverminados e vacinados É aconselhável que estes sejam uniformes com relação à raça idade peso e escore corporal fêmeas no cio devem ser evitadas UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 33 Para a determinação da Energia Metabolizável pelo método dos indicadores não é necessário que os animais sejam mantidos em gaiolas metabólicas desde que fiquem alojados em recintos individuais que propiciem a coleta de fezes não contaminadas com urina ou sujeira DProcedimento experimental O protocolo é dividido em duas fases adaptação e coleta semelhante ao protocolo pelo método de coleta total descrito no capítulo anterior O período de adaptação é composto por um tempo mínimo de 5 dias para cães e gatos tendo por objetivo adaptar os animais à dieta regularizar a taxa de excreção fecal do indicador ajustar a ingestão de alimento e quando necessário verificar a manutenção do peso corporal A fase de coleta deve constar de um mínimo de 5 dias ou 120 horas para cães e de 7 dias para gatos 168 horas Não é necessário colher todo o material fecal nem quantificar o consumo alimentar No entanto é necessário que o consumo alimentar seja adequado e constante durante esta fase EFase de adaptação Pesar os animais que participarão do ensaio e anotar o peso em local apropriado junto com os dados e nomes dos mesmos A quantidade de alimento fornecida a cada animal pode ser baseada na quantidade necessária para manter o peso corporal ou estimada conforme as necessidades energéticas de manutenção recomendados pelo NRC 2006 A quantidade diária de alimento pode ser fornecida uma vez ao dia ou dividida em duas refeições Devese sempre alimentar os animais nos mesmos horários ao longo do ensaio Água deve ser disponível à vontade durante todo o período experimental Se durante o período de adaptação o alimento for rejeitado pelos animais ou a maior parte dos animais não consumir 75 da quantidade calculada o teste deverá ser interrompido O alimento moído farelado misturado ao cromo deverá ser fornecido aos animais umedecido em água de forma a adquirir consistência pastosa o que visa aumentar sua palatabilidade e favorecer o consumo Gatos recusam ingerir alimento desta forma Para estes animais é preferível a utilização da coleta total ou a mistura do óxido crômico ao alimento antes da extrusão FFase de coleta Fezes durante o período de coleta não é necessário quantificar o consumo alimentar e a produção fecal pois no calculo será apenas considerada a relação entre as concentrações de OC no alimento e nas fezes de cada animal Uma porção representativa das fezes deve ser colhida preferencialmente 2 vezes ao dia armazenada em recipiente apropriado e identificado compondose um pool das fezes de cada animal Assim que recolhidas deverão ser imediatamente armazenadas em freezer 15oC UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 34 GPreparo das amostras para análise laboratorial Após o término do ensaio as fezes de cada animal devem ser descongeladas devidamente homogeneizadas distribuídas em bandejas e pesadas pesar separadamente a bandeja e a amostra para a présecagem em estufa de ventilação forçada à temperatura de 55ºC por um período de 72 horas O peso do material antes da présecagem deverá ser anotado para o cálculo da primeira matéria seca Após 72 horas em estufa as fezes deverão ser retiradas e pesadas imediatamente Acondicionar as fezes secas em sacos plásticos ou recipientes apropriados hermeticamente fechados e identificados de forma a não se rehidratarem Moer as fezes e ração em moinho de facas com peneira de 1mm Rações secas não necessitam présecagem em estufa à 55ºC Alimentos úmidos deverão passar pelo procedimento de présecagem da mesma forma que as fezes A umidade de alimentos semiúmidos deve ser determinada pelo método do Tolueno AOAC 1996 As amostras devidamente moídas deverão ser analisadas no laboratório em duplicata para a determinação da energia bruta e demais nutrientes de interesse segundo metodologias analíticas aprovadas e descritas pela AOAC 1996 A matéria seca final das fezes para o cálculo da digestibilidade poderá ser calculada pela fórmula abaixo MS Final MS 55C x MS 105C 100 O óxido crômico contido no alimento e nas fezes pode ser quantificado por duas metodologias colorimetria ou espectrofotometria de absorção atômica De acordo com AAFCO 2004 a especfotometria de absorção atômica é a mais indicada por permitir maior repetibilidade Recomendase realizála conforme foi descrita por Silva e Queiroz 2006 Para análise colorimétrica sugerese o método de FENTON e FENTON 1979 Carciofi e colaboradores 2007 demonstraram que as duas técnicas são eficientes para uso em cães e apresentam elevada correlação entre si r099 P001 HCálculos dos coeficientes de digestibilidade e da Energia Metabolizável Aparente Abaixo estão descritos os cálculos para a determinação dos coeficientes de digestibilidade e energia metabolizável dos alimentos pelo método dos indicadores Os resultados de análises devem todos ser expressos sobre a matéria seca UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 35 Coeficientes de digestibilidade aparente da matéria seca CDAMS CDAMS 100 100 x ind ração ind fezes 1 Coeficientes de digestibilidade aparente dos nutrientes CDAN CDAN 100 100 x ind ração x nutriente fezes ind fezes nutriente ração 2 Calculo da Energia Metabolizável Aparente EMA sem coleta de urina Fatores de correção para perdas energética através da urina Cães 125 kcal por grama de proteína digestível ingerida PDing Gatos 086 kcalg PDing Para a determinação da EMA é preciso se quantificar a porcentagem de PB do alimento teste e das fezes dos animais a fim de se terminar a Proteína Digestível PD Calculo da EMA EMA kcalg EDa PDb100 x FC a ED 1 Ind ração x EB fezes x EB ração ind fezes EB ração b PD 1 ind ração x PB fezes x PB ração ind fezes PB ração Supondose que um cão foi submetido ao protocolo acima utilizando o indicador externo OC e tenhamse obtidos os seguintes dados Óxido crômico na ração a 035 Óxido crômico nas fezes b 315 Proteína bruta da ração c 24 Proteína bruta das fezes d 20 Energia bruta da ração e 42 kcalg Energia bruta das fezes f 32 kcalg UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 36 Fator de correção para perda energética pela urina de cães g 125 kcalg de PDing 1 CDAMS 100 100 x a b CDAMS 100 100 x 035 8889 315 2 CDAPB 100 100 x a x d b c CDAPB c 100 100 x 035 x 20 9074 315 24 c Para os demais nutrientes o cálculo é o mesmo devendose substituir a concentração de PB pelo teor de nutriente de interesse 3 ED 1 a x f x e b e ED 1 035 x 32 x 42 384 kcalg 315 42 4 PD 1 a x d x e b e PD 1 035 x 20 x 24 2178 315 24 5 EMA ED PD100 x g EMA 384 2178100 x 125 357 kcalgrama de alimento Bibliografia Consultada AAFCO ASSOCIATION OF AMERICAN FEED CONTROL OFFICIALS Official Publications 2004 Association of American Feed Control Officials 2004 AOAC Association of Official Analytical Chemists Official Methods of analysis 16 ed Gaithersburg v1 cap 4 p145 1996 CARCIOFI A C VASCONCELLOS R S OLIVEIRA L D et al Chromic oxide as a digestibility marker for dogsA comparison of methods analysis Animal Feed Science and Technologyv 134 p273282 2007 FENTON TW FENTON M An improved procedure for the determination of chromic oxide in feed and feces Canadian Journal of Animal Science Ottawa v 1 n 59 p 6316341979 FERREIRA ADQ O impacto do crômio nos sistemas biológicos Quim Nova v25 p572578 2002 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 37 NRC Nutrient Requirements of Dogs and Cats National Research Council The National Academy Press Washington DC 2006 398p SILVA D J QUEIROZ A C Determinação do Cromo Óxido CrômicoCr2O3 em fezes In Análise de Alimentos Métodos Químicos e Biológicos Ed Universidade Federal de Viçosa UFV UFV 3 ed p218224 2006 VASCONCELLOS R S CARCIOFI AC OLIVEIRA L D PRADA F PEREIRA GT Utilização de indicadores para estimar a digestibilidade aparente em gatos Arq Bras Med Vet Zootec v59 n2 p466472 2007 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 38 4 EXERCÍCIOS MÉTODO DO INDICADOR EXERCÍCIO 1 Complete o quadro abaixo e determine as digestibilidades dos nutrientes e a energia metabolizável para os cães 1 e 2 abaixo Análise sobre a MS Ração Animal 1 Animal 2 MS 9311 362 431 MM 502 102 109 MO 9498 8980 PB 240 1210 1540 EEA 1228 789 623 FB 30 75 82 EB kcalg 435 265 242 ENN 5570 6231 Cr2O3 025 092 089 Digestibilidade da MS Fórmula Animal 1 Animal 2 A de Cr2O3 no alimento na MS A 025 B de Cr2O3 nas fezes na MS B 092 C CDAMS C100100xAB 7283 Digestibilidade da MO Fórmula Animal 1 Animal 2 A de Cr2O3 no alimento na MS A 025 B de Cr2O3 nas fezes na MS B 092 C MO no alimento C 9498 D MO nas fezes D 8990 E CDAMO E100100xABxDC 7431 Digestibilidade da PB Fórmula Animal 1 Animal 2 A de Cr2O3 no alimento na MS A 025 B de Cr2O3 nas fezes na MS B 092 C PB no alimento C 240 D PB nas fezes D 1210 E CDAPB E100100xABxDC 8630 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 39 Digestibilidade do EEA Fórmula Animal 1 Animal 2 A de Cr2O3 no alimento na MS A 025 B de Cr2O3 nas fezes na MS B 092 C EEA no alimento C 1228 D EEA nas fezes D 789 E CDAEEA E100100xABxDC 8254 Digestibilidade da EB Fórmula Animal 1 Animal 2 A de Cr2O3 no alimento na MS A 025 B de Cr2O3 nas fezes na MS B 092 C EB no alimento C 435 D EB nas fezes D 265 E CDAEB E100100xABxDC 8345 Digestibilidade dos ENN Fórmula Animal 1 Animal 2 A de Cr2O3 no alimento na MS A 025 B de Cr2O3 nas fezes na MS B 092 C ENN no alimento C 5570 D ENN nas fezes D 6231 E CDAENN E100100xABxDC 6960 Energia metabolizável Fórmula Animal 1 Animal 2 A EB do alimento kcalg A 435 B EB das fezes kcalg B 265 C de Cr2O3 no alimento C 025 D de Cr2O3 nas fezes D 092 E PB no alimento E 240 F PB nas fezes F 1210 G Fator de correção G 125 H Energia digestível kcalg H1CDBAA 363 I Proteína Digestível I1CDEFF 2071 J Energia metabolizável kcalg JHI100G 337 FC fator de correção 125 kcalg para cães 086 kcalg para gatos UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 40 III DETERMINAÇÃO DA DIGESTIBILIDADE E ENERGIA METABOLIZÁVEL DE UM INGREDIENTE MÉTODO DE SUBSTITUIÇÃO MATTERSON et al1965 É possível se determinar os coeficientes de digestibilidade aparente dos nutrientes e a EM de INGREDIENTES e não de dietas como demonstrado no último capítulo A determinação da digestibilidade dos nutrientes de uma matéria prima é o primeiro aspecto a ser considerado quando se deseja avaliar seu potencial de utilização Cho 1987 Estudos demonstram que ingredientes com composições químicas semelhantes podem apresentar diferentes coeficientes de digestibilidade sendo tais informações de fundamental importância na formulação de rações Quando se deseja avaliar a digestibilidade do ingrediente e não da ração total três métodos são descritos método direto com fornecimento apenas do alimentoteste ao animal Jorgensen et al 1984 método de substituição que utiliza uma ração referência e uma ração teste sendo esta última composta pela ração referência acrescida de porcentagem prédeterminada do alimento teste Pond et al 1995 método de regressão que utiliza uma dieta basal e o alimentoteste é adicionado a esta em concentrações crescentes estabelecendose relação entre os percentuais de digestibilidade do alimento teste nas dietas e sua contribuição percentual nas mesmas Fan e Sauer 1995 O método de substituição é largamente utilizado para avaliar ingredientes para animais de produção e também pode ser adotado em estudos com cães e gatos Para tanto utilizase a equação proposta por Matterson et al 1965 abaixo descrita A ração referência RR deve ser balanceada para a espécie e em geral para compor a ração teste RT substituise 30 da RR pelo ingrediente em teste desde que este teor de inclusão não seja prejudicial por exemplo no caso de fontes de gordura e fibras A digestibilidade do ingrediente é calculada pela diferença entre a digestibilidade da RT e da RR Portanto devese determinar a digestibilidade dos nutrientes e a EM da RR e da RT pelo método de coleta total ou do indicador Com base nestas informações calculase a digestibilidade dos nutrientes e a EM do ingrediente utilizando a seguinte equação CDI CD RR CD RT CD RR subst 100 Considerar a média das repetições dos CD RR Onde CDI coeficiente de digestibilidade aparente do ingrediente CD RR coeficiente de digestibilidade aparente da ração referência CD RT coeficiente de digestibilidade aparente da ração teste UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 41 subst percentual de substituição da ração referência pelo ingrediente teste ajustado para a matéria seca Pode ser expresso pela relação entre g MS ingrediente testeg MS ração O produto entre os coeficientes de digestibilidade aparente e a concentração dos respectivos nutrientes de um ingrediente fornece seus nutrientes digestíveis Bibliografia consultada Cho CH La energia en la nutrición de los peces In Nutrición en cuicultura II MadridEspaña Espinosa de los Monteros J e Labarta U 1987 p197237 Fan MZ Sauer WC Determination of apparent ileal amino acid digestibility in peas for pigs with the direct difference and regression methods Livestock Production Science v44 p6172 1995 Jorgensen H Sauer WC Thacker PA Amino acid availabilities in soybean meal sunflower meal fish meal and meat bone meal fed to growing pigs Journal of Animal Science v58 n4 p926934 1984 Matterson LD Potter LM Stutuz NW Singsen EP The metabolizable energy of feed ingredients for chickens Storrs The University of Connecticut Agricultural Experiment Station 1965 p311 Pond WG Church DC Pond KR Basic animal nutrition and feeding 4 ed New York John Wiley 1995 615p UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 42 1 EXERCÍCIO Calcule a digestibilidade a energia metabolizável e os nutrientes digestíveis do ingrediente teste para os cães 1 e 2 utilizando o método de substituição por meio da equação proposta por Matterson et al 1965 Considere MS do ingrediente de 8943 e MS da RR ração referência de 9343 RR média 6 animais RT cão 1 RT cão 2 CDAMS 8184 8390 8460 CDAMO 8666 8140 8340 CDAPB 8330 8130 8220 CDAEEA 8810 8621 8730 CDAENN 9120 8190 8290 CDAEB 8242 8360 8370 EM kcalkg MS 368969 3790 3870 Cálculo do de substituição A Substituição do ingrediente na MN A 3000 B Substituição do ingrediente na MS B A8943100 2683 C Inclusão da RR na MN C 7000 D Inclusão da RR na MS D C9343100 6540 E MS do ingrediente MS RR E BD 9223 F Substituição g MS ingredienteg MS ração F BE100 2909 Ingrediente Fórmula Cão 1 Cão 2 CDAMS RT A 8390 CDAMS RR B 8184 Subst C 2909 CDMS D B ABC100 8892 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 43 Ingrediente Fórmula Cão 1 Cão 2 CDMO RT A 8140 CDMO RR B 8666 Subst C 2909 CDMO D B ABC100 6858 Ingrediente Fórmula Cão 1 Cão 2 CDPB RT A 8130 CDPB RR B 8330 Subst C 2909 CDPB D B ABC100 7642 Ingrediente Fórmula Cão 1 Cão 2 CDEEA RT A 8621 CDEEA RR B 8810 Subst C 2909 CDEEA D B ABC100 8160 Ingrediente Fórmula Cão 1 Cão 2 CDENN RT A 8190 CDENN RR B 9120 Subst C 2909 CDENN D B ABC100 5923 Ingrediente Fórmula Cão 1 Cão 2 CDEB RT A 8360 CDEB RR B 8242 Subst C 2909 CDEB D B ABC100 8648 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 44 Ingrediente Fórmula Cão 1 Cão 2 EMRT A 379000 EMRR B 368969 Subst C 2909 EMI D B ABC100 403452 EMI energia metabolizável do ingrediente Ingrediente Análises sobre MS Nutr Digest Animal 1 Animal 2 MS 8943 MSD 8943 x 8892100 7952 MO 8003 MOD 8003 x 6858100 5488 PB 6432 PD 6432 x 7642100 4915 EEA 1456 EEAD 1456 x 8160100 1188 ENN 1205 ENND 1205 x 5923100 714 EB kcalkg 4517 ED kcalkg 4517 x 8648100 390630 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 45 IV PROTOCOLO MÍNIMO PARA A DETERMINAÇÃO DO EFEITO DA DIETA NO pH URINÁRIO DE CÃES E GATOS INTRODUÇÃO Um importante método de se averiguar a qualidade e balanceamento dos macroelementos dos alimentos é pela aferição do pH urinário desencadeado pela dieta A capacidade do organismo em acidificar ou não a urina devese ao metabolismo e catabolismo dos aminoácidos sulfurados e dos minerais fósforo cálcio magnésio sódio potássio e cloro presentes na dieta refletindose no controle da excreção de amônio e bicarbonato pelos rins O pH urinário é um dos fatores que influenciam a precipitação e a formação de inúmeros tipos de cristais conseqüentemente podendo prevenir ou predispor ao desenvolvimento de urolitíases Jeremias et al 2013 Veja o quadro abaixo Urólitos pH urinário para formação dos cristais Estruvita Em geral pH alcalino estéreis pode associarse pH65 Apatita de Cálcio Em geral pH alcalino estéreis pode associarse pH65 Urato de Amônio pH ácido à neutro Cistina pH ácido Oxalato de Cálcio Em geral pH ácido a neutro Fonte Small Animal Nutrition 4 ed página 816 O pH urinário varia durante o dia devido a influência do alimento horário de alimentação velocidade de ingestão de alimento o método de alimentação e a quantidade consumida Sendo assim é difícil a interpretação com apenas um único valor especialmente se o tempo de ingestão e o alimento são desconhecidos Isto torna necessária a coleta total de urina de 24h cujo resultado de pH reflete mais adequadamente o efeito da dieta no equilíbrio ácidobásico do animal O limite fisiológico para o pH urinário de cães e gatos está entre 85 e 55 pH Para a maioria dos gatos com idade inferior a sete anos o pH urinário diário ideal deve estar na faixa entre 62 e 64 pH Geralmente gatos com idade superior à 10 anos são mais predispostos a formarem urólitos de oxalato de cálcio bem como animais das raças Birmânia Persa e Himalaia devendo o pH urinário destes animais permanecer na faixa entre 64 e 66 pH ALLEN e KRUGER 2002 Cabe ao formulador de rações para gatos desenvolver dietas que mantenham o pH urinário dos animais dentro de uma faixa adequada de variação Para isto este deve estar apto a formular adequadamente os macroelementos da dieta se utilização de acidificantes e ter acesso a testes periódicos in vivo dos valores de pH urinário dos animais UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 46 A Recebimento e identificação da amostra Os dados referentes à dieta tais como tipo de alimento e fase da vida para a qual é destinado devem ser anotados juntamente com a marca fabricante lote e data de fabricação Anotar níveis de garantia de nutrientes e a lista de ingredientes presentes no rótulo Verificar e anotar as condições do produto cor odor aspecto uniformidade presença de contaminantes e presença de finos no fundo do saco Amostrar cerca de 500g da ração e acondicionar o material devidamente identificado e vedado B Preparo dos animais para o teste Empregar um mínimo de 6 animais cãesgatos adultos para o teste Antes do teste animais deverão ser submetidos ao exame clínico e amostras de sangue e urina deverão ser colhidas para a realização do hemograma e urinálise Todos os animais empregados no teste deverão estar devidamente desverminados e vacinados É imprescindível que a avaliação físicoquímica e do sedimento urinário de cada animal urinálise constate antes do início do teste perfeita saúde do trato urinário Dosagens séricas de uréia e creatinina são recomendadas para avaliação da função renal Pesar os animais que participarão do ensaio e anotar o peso em local apropriado junto com os dados e nome dos mesmos A quantidade de alimento fornecida a cada animal pode ser baseada na quantidade necessária para manter o peso corporal ou estimada segundo as necessidades energéticas de manutenção utilizandose para isto os procedimentos recomendados pelo NRC 2006 Se durante o período de adaptação o alimento for rejeitado pelos animais ou a maior parte dos animais não consumir 75 da quantidade calculada o teste deverá ser interrompido O alimento deverá permanecer disponível durante as 24 horas do dia Durante o ensaio é importante que a quantidade de alimento fornecida aos animais permaneça constante Água deverá estar disponível durante toda o experimento A qualidade das fezes deve ser avaliada por meio de escore fecal atribuindose notas de 0 a 5 sendo 0 fezes líquidas e 5 fezes bem formadas duras e secas considerando normal valores entre 3 e 4 A ocorrência de vômito ou diarréia inviabiliza a avaliação da dieta no animal pois nestes processos a perda de eletrólitos é intensa e alterações no equilíbrio ácido básico e hidroeletrolítico se refletem em alterações urinárias importantes Os animais deverão permanecer alojados em gaiolas metabólicas individuais em inox ou outro ambientematerial que não interfira com o pH da urina e que permita a coleta total e quantitativa segura de urina sem contaminação com fezes ou alimento UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 47 C Protocolo experimental O estudo dividese em duas fases adaptação e colheita O período de adaptação tem duração mínima de sete dias Este período é importante para a estabilização do consumo alimentar e para a perfeita adaptação ao alimento O período de colheita tem duração mínima de 72 horas Nesta fase após sua higienização normal os ambientes deverão ser lavados ao menos uma vez ao dia e a superfícieutensílio que terá contato direto com a urina lavado com água destilada e seca com papel toalha A urina excretada pelos animais deverá ser colhida em recipiente apropriado identificado devidamente limpo enxaguado com água destilada e seco Estes recipientes deverão receber 100mg de Timol conservante que impede o crescimento de microrganismos e com isto mantem por várias horas estável o pH da urina dos animais O emprego de timol tornar mais confiável o teste pois quando a urina é eliminada bactérias iniciam crescimento na amostra o que resulta em elevação do pH da urina pela conversão de ureia e amônia São aceitos outros métodos de conservação da urina desde que não haja interferência no pH A urina deve ser recolhida no mínimo quatro vezes ao dia ou sempre que eliminada Este procedimento minimiza a deterioração da amostra e alterações no pH da mesma resultantes do crescimento de microorganismos Imediatamente após seu recolhimento a urina deve ser resfriada entre 4 e 8ºC em geladeira A produção urinária individual de cada intervalo de 24 horas deverá ser homogeneizada e ter seu volume quantificado e pH e densidade determinados Não devese utilizar fitas reagentes para estimativa do pH devese empregar pHmetros digitais de boa procedência A determinação da densidade é realizada em refratômetro Este procedimento é repetido nos dias seguintes de experimento tendose ao final no mínimo três valores de volume pH e densidade de cada um dos animais empregados ensaio D Cálculo do pH O pH final das 72h mínimo de colheita de urina será obtido pela média aritmética desvio padrão do valor obtido para cada animal e consequentemente para o grupo conforme descrito abaixo Exemplo de cálculo dia 1 dia 2 dia 3 Média animal 1 63 68 58 630 animal 2 62 62 66 633 animal 3 56 7 72 660 animal 4 58 6 62 600 animal 5 58 67 63 627 animal 6 63 62 61 620 pH médio 628 desvio padrão 020 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 48 Bibliografia consultada CASE LP CAREY EP HIRAKAWA DA Canine and feline nutrition 2 ed A resource for companion animal professionals St Louis Mosby 2000 455p ALLEN TA KRUGER JM Feline Lower Urinary Tract Disease In Small Animal Nutrition 4 ed Topeka Kansas Mark Morris Institute p 689723 2002 JEREMIAS JT NOGUEIRA SP BRUNETTO MA PEREIRA GT LOUREIRO BA FERREIRA CS GOMES MOS CARCIOFI AC Predictive formulas for food base excess and urine pH estimations of cats Animal Feed Science and Technology v182 p 8292 2013 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 49 V PROTOCOLO MÍNIMO PARA A DETERMINAÇÃO DA APETIBILIDADE PALATABILIDADE O que é palatabilidadeapetibilidade É o termo utilizado para a verificação dos aspectos sensoriais envolvidos na ingestão do alimento paladar odor textura formato tamanho sensação de mastigação e deglutição São realizados basicamente dois testes para verificação da palatabilidade Aceitabilidade este método é empregado no intuito de simular as condições de ingestão na casa dos proprietários quando o cão ou o gato ingere apenas um único alimento por vez Para este teste oferecese um único alimento por vez ao animal e se determina se os animais apresentam consumo voluntário suficiente para manter o peso corporal Preferência o objetivo deste teste é confrontar dois alimentos para verificar qual deles será preferido pelos cães ou gatos Este método pode ser empregado para comparar duas rações presentes no mercado mudanças de formulação industrial de uma mesma ração ou diferentes palatabilizantes em uma mesma fórmula Desta forma são oferecidos dois alimentos simultaneamente e se mensura qual o mais consumido que é classificado como o mais palatável Abaixo será descrito o protocolo mínimo para o teste de preferência e em seguida serão comentadas particularidades do teste de aceitabilidade em relação ao de preferência A Animais Devese utilizar no teste preferencialmente animais com sensibilidade para detectar diferenças ou seja que sejam capazes de discriminar diferentes alimentos por mais que as diferenças entre estes alimentos sejam mínimas como por exemplo diferentes inclusões de um mesmo ingrediente ou diferentes dosagens de palatabilizante Portanto para isto devese evitar empregar para estes testes animais glutões com distúrbios comportamentais como lateralidade no canilgatil animais velhos hiperativos entre outros Alguns animais ingerem indiscriminadamente alimentos com uma ampla faixa de palatabilidade enquanto outros são fixados a certos alimentos rejeitando outros Uma terceira situação são os animais que apresentam tendência a ingerir alimento em local específico Animais nestas três situações devem ser evitados UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 50 B Número de animais e observações Não existe um protocolo restrito e específico para este tipo de teste porém recomendase um grande número de observações para minimizar os efeitos das diferenças entre as preferências e comportamentos alimentares de cada animal Recomendase 40 observações no teste embora se possa utilizar muito mais em testes de maior poder discriminatório Para isto podese utilizar por exemplo 40 animais e 1 dia de teste ou 20 animais e 2 dias de teste C Protocolo Dois alimentos são oferecidos simultaneamente em excesso à capacidade de consumo dos animais para evitar que o animal tenha que comer os dois alimentos para se sentir saciado o que irá mascarar os resultados da avaliação Após um intervalo prédeterminado de tempo geralmente 2030 minutos as sobras são recolhidas pesadas e o consumo anotado Em cada alimentação sucessiva a posição dos comedouros é alterada para se evitar erros de observação preferência por local As observações deverão ser em número par devido à posição dos comedouros O teste pode ser dividido em dois períodos adaptação e desafio Durante o período de adaptação uma única ração é fornecida dividia em dois comedouros colocados simultaneamente em locais determinados da baiagaiola Se o animal consumir toda a ração no dia seguinte será aumentada a quantidade para assegurar um consumo ad libtum A ração do período de adaptação deve ser diferente das em estudo de forma a evitarse efeito residual Este período objetiva minimizar a interferência de comportamentos de neofobia aversão pelo novo e neofilia desejo pelo novo permitindo melhor avaliação do efeito primário de apetibilidade A partir do consumo individual verificado no período de adaptação durante o período de desafio quantidades prédeterminadas dos alimentos em teste são oferecidas uma ou duas vez ao dia por um período determinado de tempo As quantidades oferecidas e recusadas de cada uma são pesadas de preferência em balança digital com precisão de 001 calculandose o consumo de alimento por animal Podese observar também a primeira ração a ser consumida first bite ou primeira mordida D Análise dos resultados Um completo delineamento estatístico para contornar erros como diferenças de consumo relativas ao tamanho do animal conteúdo de água e energia do alimento distrações ambientais e preferência pela posição do comedouro deve ser planejado e implementado De maneira geral os estudos avaliam a Razão de Ingestão Na análise dos resultados não se deve comparar o consumo em grama por animal ou somarse o consumo de todos eles pois como os animais têm peso e ingestão diferentes isto leva à distorção dos resultados Devese considerar então o consumo percentual das rações em estudo ou Razão de Ingestão RI UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 51 RI ingestão alimento A ingestão alimento A ingestão alimento B O somatório dos valores de razão de ingestão será sempre igual a um 100 pois pela equação acima a RI para o alimento A RIA será sempre um número complementar a RI para o alimento B RIB Desta forma estes dados podem ser comparados quanto às suas médias por análise estatística verificandose a existência ou não de diferenças de RI entre os alimentos O seguinte modelo estatístico pode ser adotado Yijk u Fi Dj FDij BXijk Eijk Onde Yijk ingestão diária u média paramétrica F efeito do alimento i i2 D efeito do dia j j 2 FD interação entre o alimento i e o dia j B slope of model covariate Xijk peso do cãogato model covariate Eijk erro do modelo Uma maneira prática de se avaliar os resultados é simplesmente verificar qual foi o alimento mais consumido e considerar que para um número pequeno de animais entre 2040 o alimento que apresentar RI060 é preferido Quando o número de animais é superior a 40 considerase estas diferenças a partir de uma RI055 Podese expressar os resultados somente em valores numéricos para verificar qual deles os animais preferem A avaliação dos resultados vai depender do tipo de comparação feita que por sua vez irá depender dos objetivos do teste composição das dietas teste ingrediente ou dosagem testados entre outros Para o teste de aceitabilidade também são comparados dois alimentos porém os mesmos são oferecidos em períodos diferentes ou seja num primeiro momento os animais recebem o alimento A e num segundo momento refeição estes animais recebem o alimento B Para evitar o efeito do momento de alimentação metade dos animais recebe o alimento A e metade o alimento B no primeiro momento e no segundo momento esta situação se inverte O objetivo deste teste é deixar somente 1 alimento disponível por vez e verificar se o animal come a ração em quantidade suficiente simulando a situação na casa do proprietário quando somente um alimento é fornecido por vez UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 52 E Aspectos sensoriais envolvidos na apetibilidade Cheiro sentido extremamente desenvolvido e discriminatório Gosto doce salgado azedo ácido e umami Além disso cães e gatos respondem a aminoácidos específicos apesar destes serem muito levemente ácidos ou azedos ácidos graxos e ácidos nucléicos Cães respondem a alguns mono e dissacárides enquanto gatos não sentem o sabor doce Gatos gostam de alimentos acidificados Textura e sensação bucal Tamanho cães por vezes preferem extrusados maiores forma relação superfícievolume grau de moagem dos ingredientes viscosidade de alimentos úmidos Estas características por vezes determinam grande preferência por determinada formatextura de uma mesma formula de produto Visão sem estudos comprobatórios e muito provavelmente muito mais importante para o proprietário que para o animal F Fatores que afetam a preferência pelo alimento Teor de umidade existe correlação direta entre umidade e preferência para cães e relação inversa entre umidade e preferência para gatos Não se deve comparar para cães ou gatos alimentos com teores de umidade diferente cães preferirão os mais úmidos e gatos os mais secos Diferenças de apenas 1 na umidade já serão suficientes para mascarar os resultados podendo induzir ao erro Conteúdo de nutrientes e seleção de ingredientes teor de proteína e gordura proteína animal x vegetal tipo de proteína animal Cozimento e temperatura do alimento em geral preferem alimentos cozidos e levemente aquecidos Palatabilizantes Efeito da experiência alimentar prévia Bibliografia Consultada FELINE ANEMIAS A Diagnostic Challenge Disponível em httpwwwvincomproceedingsProceedingsplxCIDWSAVA2002PID2599 Acessado em 02 de Abril de 2003 GAULT G BERNY P LORGUE G Plants which are toxic for pets Recueil de Medecine Veterinaire de lEcole dAlfort 17123 171176 1995 HORTON GMJ BLETHEN DB PRASAD BM The effect of garlic Allium sativum on feed palatability of horses and feed consumption selected performance and blood parameters in sheep and swine Canadian Journal Of Animal Science 712 607610 1991 TOXICITY OF MEDICINAL HERBS Disponível em httpwwwwalthamusacomwalthamosumarsden2bodyhtml Acessado em 02 de Abril de 2003 WEISER MG In Ettinger SJ e EC Feldman eds Textbook of Veterinary Internal Medicine WB Saunders Company Philadelphia vol2 1995 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 53 YAMATO O YOSHIHARA T ICHIHARA A MAEDE Y Novel Heinz body hemolysis factors in onion Allium cepa Bioscience Biotechnology and Biochemistry 581 221222 1994 YAMOTO O MAEDE Y Susceptibility to onioninduced hemolysis in dogs with hereditary high erythrocyte reduced glutathione and potassium concentrations American Journal Of Veterinary Research 531 134137 1992 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 54 1 EXERCÍCIO Para um teste de palatabilidade onde se pretendeu confrontar a ração A com a ração B foram utilizados 30 cães machos ou fêmeas castrados com idade entre 15 a 5 anos Os animais foram alojados permanentemente em canis individuais e foram alimentados 2 vezes ao dia Todos os cães receberam em vasilhas idênticas uma quantidade tal de cada uma das rações em teste que fosse suficiente para suprir as necessidades do animal e ainda haver sobras O teste teve duração de três dias e a posição dos comedouros foi invertida a cada refeição A quantidade oferecida de cada ração e as sobras foram anotadas para todos os animais durante os 3 dias de experimento Animal Consumo dia 1 Consumo dia 2 Consumo dia 3 Ração A g Ração B g Ração A g Ração B g Ração A g Ração B g 1 235 246 256 242 230 263 2 123 150 102 246 56 301 3 0 369 0 385 0 369 4 32 452 45 432 42 436 5 90 485 250 310 256 242 Calcular a Razão de ingestão RI para cada um dos alimentos individualizados por dia e também a razão de ingestão média dos 3 dias de teste para os alimentos A e B Utilize apenas os dados dos 5 cães presentes na tabela Cães 1 Dia 2 Dia 3 Dia Médias RI A RI B RI A RI B RI A RI B RI A RI B 1 2 3 4 5 Média UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 55 VII Tabelas NESSECIDADES NUTRICIONAIS DE CÃES E GATOS ADAPATADO DE NUTRIENTS REQUERIMENTS OF DOGS AND CATS 2006 Fonte Nutrient Requirements of Dogs and Cats National Research Council The National Academy Press Washington DC 2006 Pp 354370 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 56 TABELA 1 Necessidades de nutrientes para cães adultos em manutenção aOs valores para quantidade por quilograma de matéria seca Quantkg MS calculada de acordo com uma dieta cuja densidade energética é de 4000 kcalkg EM Se a densidade energética da dieta não for 4000 kcalkg EM depois do calculo para cada Quantkg MS multiplica o valor para o nutriente tabelado na coluna Quantkg MS pela densidade energética do pet food desejado em kcal EMkg e dividao por 4000 b001 g de Arginina deve ser acréscimo para cada grama de proteína bruta acima de 100 g para Teor Recomendado TR de Arginina cA quantidade de Tirosina para maximizar a necessidade aos cães filhotes de pêlos pretos pode ser aproximadamente 1520 vezes esta quantidade dA necessidade de Ácido Alfa Linolênico varia dependendo da quantidade Ácido Linoléicocontido na dieta A proporção de Ácido Linoléico com Ácido Alfa Linolênico deverá estar entre 26 e 26 Note que 044 gkg MS valor mostrado é o mínimo TR de Ácido Alfa Linolênico com 11 gramas de ácido linoléico por kg de MS assim resulta numa proporção de aproximadamente 25 e5060 da quantidade total deve ser Ácido Eicosanóico EPA 4050 deve ser de Ácido Docoheicoxanóide DHA fAlgumas formas de óxido de Ferro e Cobre não deverão ser empregados devido a baixa biodisponibilidade Nutrientes Teores Recomendados Limite Maximo seguro Quantidade por kg de matéria seca dieta com 4kcalga Proteína g 100 Aminoácidos Arginina g b 35 Histidina g 19 Isoleucina g 38 Metionina g 33 Metionina Cistina g 65 Leucina g 68 Lisina g 35 Fenilalanina g 45 Fenilalanina Tirosina g c 74 Treonina g 43 Triptofano g 14 Valina g 49 Gorduras Totais g 55 330 Ácidos Graxos Ác Linoléico g 11 65 AlfaLinolênico g d 044 Ác Aracdônico g 044 EPA DHA g e 11 Minerais Cálcio g 40 Fósforo g 30 Magnésio mg 600 Sódio mg 800 15g Potássio g 40 Cloreto mg 1200 235g Ferro mg f 30 Cobre mg f 6 Zinco mg 60 Manganês mg 48 Selênio µg 350 Iodo µg 880 4mg Vitaminas Vit A Retinol µg g 1515 64000 Colecalciferol µg h 1380 80 Vit E Alfatocoferol mg i 30 Vit K Menadiona mg j 163 Tiamina mg 225 Ribofalvina mg 525 Piridoxina mg 15 Niacina mg 170 Ác Pantotênico mg 15 Cobalamina µg 35 ÁcFólicoµg 270 Biotina µg l Colina mg 1700 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 57 gPara a vitamina A as exigências são expressas com ER equivalente de retinol Um ER equivale 1 microgramas de alltrans retinol e uma unidade internacional UI de vitamina A representa 03 microgramas de ER h1 micrograma de Colicalciferol 40 UI vitamina D3 iAltas concentrações de vitamina E são recomendadas para dietas com elevada quantidade de Ácidos Graxos Poliinsaturados Uma UI de vitamina E1mg allracalfaacetado de tocoferol jCães tem uma necessidade metabólica mas uma necessidade dietética não tem sido observada quando dietas naturais são fornecidas vitamina K adequada é provavelmente sintetizada pela microbiota intestinal A vitamina K permitida é expressa em termos comerciais como precursor de menadiona que requere alcalinização para ativação da vitamina lEm dietas normais não contem ovo cru Biotina adequada é provavelmente proveniente da microbiota intestinal Dietas contendo antibióticos podem necessitar de suplementação UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 58 TABELA 2 Necessidades de nutrientes para cães em crescimento após desmame aOs valores para quantidade por quilograma de matéria seca Quantkg MS calculada de acordo com uma dieta cuja densidade energética é de 4000 kcalkg EM Se a densidade energética da dieta não for 4000 kcalkg EM depois do calculo para cada Quantkg MS multiplica o valor para o nutriente tabelado na coluna Quantkg MS pela densidade energética do pet food desejado em kcal EMkg e dividao por 4000 bPara filhotes com idade entre 4 a 14 semanas de vida 001 g de Arginina deve ser acrescido para cada grama de proteína bruta acima de 225 g para Teor Recomendado TR de Arginina Para filhotes com idade acima de 14 semanas de vida 001 g de arginina deverá ser acrescentada a cada grama de proteína bruta acima de 175 gramas para PR de Arginina cA quantidade de Tirosina para maximizar a exigência aos cães filhotes de pêlos pretos pode ser aproximadamente 1520 vezes esta quantidade dA necessidade de Ácido Alfa Linolênico varia dependendo da quantidade Ácido Linoléico contido na dieta A proporção de ácido linoléico com Ácido Alfa Linolênico deverá ser entre 26 e 16 Note que 08gkg MS valor Nutrientes Teores Recomendados Limite máximo seguro 414 semanas de idade 14 semanas de idade Quantidade por kg de matéria seca dieta com 4kcalg a Proteína g 225 175 Aminoácidos Arginina g b 79 66 Histidina g 39 25 Isoleucina g 65 50 Metionina g 35 26 Metionina Cistina g 70 53 Leucina g 129 82 Lisina g 88 70 20 Fenilalanina g 65 50 Fenilalanina Tirosina g c 130 100 Treonina g 81 63 Triptofano g 23 18 Valina g 68 56 A partir de 4 semana Gorduras Totais g 85 330 Ácidos Graxos Ác Linoléico g 13 65 AlfaLinolênico g d 08 Ác Aracdônico g 03 EPA DHA g e 05 11 Minerais Cálcio g f 12 18 Fósforo g 10 Magnésio mg 400 Sódio mg 2200 Potássio g 44 Cloreto mg 2900 Ferro mg g 88 Cobre mg g 11 Zinco mg 100 Manganês mg 56 Selênio µg 350 Iodo µg 880 Vitaminas Vit A Retinol µg h 1515 15000 Colecalciferol µg i 138 80 Vit E Alfatocoferol mg j 30 Vit K Menadiona mg l 164 Tiamina mg 138 Ribofalvina mg 525 Piridoxina mg 15 Niacina mg 170 Ác Pantotênico mg 150 Cobalamina µg 35 ÁcFólicoµg 270 Biotina µg m Colina mg 1700 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 59 mostrado é o mínimo TR de ácido alfa linolênico com 13 gramas de ácido linoléico por kg de MS assim resulta numa proporção de aproximadamente 16 eO Ácido Eicosanóico EPA não deve exceder em 60 do total da quantidade fO TR para o necessidade de Cálcio para filhotes de raças grandes peso corpóreo na maturidade acima de 25 kg acima de 14 semanas de vida não deverá ser menor do que 054 gramas de cálciokg peso corpóreo gAlgumas formas de óxido de Ferro e Cobre não deverão ser empregados devido a baixa biodisponibilidade hPara a vitamina A as necessidades são expressas com ER equivalente de retinol Um ER equivale 1 microgramas de alltrans retinol e uma unidade internacional UI de vitamina A representa 03 microgramas de ER i1 micrograma de Colicalciferol 40 UI vitamina D3 jAltas concentrações de vitamina E são recomendadas para dietas com elevada quantidade de Ácidos Graxos Poliinsaturados Uma UI de vitamina E1mg allracalfaacetado de tocoferol lCães tem uma necessidade metabólica mas uma necessidade dietética não tem sido observada quando dietas naturais são fornecidas vitamina K adequada é provavelmente sintetizada pela microbiota intestinal A vitamina K permitida é expressa em termos comerciais como precursor de menadiona que requer alcalinização para ativação da vitamina mEm dietas normais não contem ovo cru Biotina adequada é provavelmente proveniente da microbiota intestinal Dietas contendo antibióticos podem necessitar de suplementação UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 60 TABELA 3 Necessidades de nutrientes para cadelas em final da gestação e na lactaçãoa aPoucos dados foram encontrados para as concentrações de exigência mínima para cadelas em gestação O valor para lactação relativo para kgMS pode se retirado como satisfatoriamente para a gestação bOs valores para quantidade por quilograma de matéria seca Quantkg MS calculada de acordo com uma dieta cuja densidade energética é de 4000 kcalkg EM Se a densidade energética da dieta não for 4000 kcalkg EM depois do calculo para cada Quantkg MS multiplica o valor para o nutriente tabelado na coluna Quantkg MS pela densidade energética do pet food desejado em kcal EMkg e dividao por 4000 c001 g de Arginina deve ser acréscimo para cada grama de proteína bruta acima de 200 g para Teor Recomendado TR de Arginina dA quantidade de Tirosina para maximizar de pêlos pretos pode ser aproximadamente 1520 vezes esta quantidade eA necessidade para Ácido Alfa Linolênico varia dependendo da quantidade Ácido Linoleicocontido na dieta A proporção de ácido linoléico com Ácido Alfa Linolênico deverá estar entre 26 e 16 Note que 08 gkg MS valor mostrado é o mínimo TR de Ácido Alfa Linolênico com 13 gramas de Ácido Linoléico por kg de MS assim resulta numa proporção de aproximadamente 16 f5060 da quantidade total deve ser Ácido Eicosanóico EPA 4050 deve ser de Ácido Docoheicoxanóide DHA gAlgumas formas de óxido de Ferro e Cobre não deverão ser empregados devido a baixa biodisponibilidade Nutrientes Teor Recomendado Limite Máximo Seguro Quantidade por kg de matéria seca dieta com 4kcalg b Proteína g 200 Aminoácidos Arginina g c 100 Histidina g 44 Isoleucina g 71 Metionina g 31 Metionina Cistina g 62 Leucina g 200 Lisina g 90 Fenilalanina g 83 Fenilalanina Tirosina g d 123 Treonina g 104 Triptofano g 12 Valina g 130 Gorduras Totais g 85 330 Ácidos Graxos Ác Linoléico g 13 65 AlfaLinolênico g e 08 EPA DHA g f 05 11 Minerais Cálcio g 80 Fósforo g 50 Magnésio mg 600 Sódio mg 2000 Potássio g 36 Cloreto mg 3000 Ferro mg g 70 Cobre mg g 124 Zinco mg 96 Manganês mg 72 Selênio µg 350 Iodo µg 880 Vitaminas Vit A Retinol µg h 1515 15000 Colecalciferol µg i 138 80 Vit E Alfatocoferol mg j 30 Vit K Menadiona mg l 16 Tiamina mg 225 Ribofalvina mg 53 Piridoxina mg 15 Niacina mg 17 Ác Pantotênico mg 15 Cobalamina µg 35 ÁcFólicoµg 270 Biotina µg m Colina mg 1700 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 61 hPara a vitamina A a exigência são expressas com ER equivalente de retinol Um ER equivale 1 microgramas de all trans retinol e uma unidade internacional UI de vitamina A representa 03 microgramas de ER i1 micrograma de Colicalciferol 40 UI vitamina D3 jAltas concentrações de vitamina E são recomendadas para dietas com elevada quantidade de Ácidos Graxos Poliinsaturados Uma UI de vitamina E1mg allracalfaacetado de tocoferol lCães tem uma necessidade metabólica mas uma necessidade dietética não tem sido observado quando dietas naturais são fornecidas vitamina K adequada é provavelmente sintetizada pela microbiota intestinal A vitamina K permitida é expressa em termos comerciais como precursor de menadiona que requer alcalinização para ativação da vitamina mEm dietas normais não contem ovo cru Biotina adequada é provavelmente proveniente da microbiota intestinal Dietas contendo antibióticos podem necessitar de suplementação UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 62 TABELA 4 Necessidades de nutrientes para gatos adultos em manutenção aOs valores para quantidade por quilograma de matéria seca Quantkg MS calculada de acordo com uma dieta cuja densidade energética é de 4000 kcalkg EM Se a densidade energética da dieta não for 4000 kcalkg EM depois do calculo para cada Quantkg MS multiplica o valor para o nutriente tabelado na coluna Quantkg MS pela densidade energética do pet food desejado em kcal EMkg e dividao por 4000 b002 g de Arginina deve ser acrescido para cada grama de proteína bruta acima de 200 g para Teor Recomendado TR de Arginina cA Metionina presumida ser a metade da soma do exigido para Metionina Cistina combinada dPara maximizar o pêlo preto uma quantidade equivalente ou superior de Tirosina para que a Fenilalamina é exigida eO TR de Taurina para dietas purificadas de alta digestibilidades é 04 gkg dieta ao invés do permitido para dietas secas expandidas e enlatadas que são 10 e 17 gkg respectivamente fInclui DHA apenas nenhuma informação é avaliada sobre EPA É aconselhável que EPA quando incluído não ultrapassar 20 do total da porção EPADHA gAlgumas fontes de Ferro e Cobre não devem ser empregada devido a baixa biodisponibilidade Nutrientes Teor Recomendado Limite Máximo Seguro Quantidade por kg de matéria seca dieta com 4kcalg a Proteína g 200 Aminoácidos Arginina g b 77 Histidina g 26 Isoleucina g 43 Metionina g c 17 Metionina Cistina g 34 Leucina g 102 Lisina g 34 Fenilalanina g 40 Fenilalanina Tirosina g d 153 Treonina g 52 Triptofano g 13 Valina g 51 Taurina g e 040 Gorduras Totais g 90 330 Ácidos Graxos Ác Linoléico g 55 55 Ác Aracdônico g 006 2 EPA DHA g f 01 Minerais Cálcio g 29 Fósforo g 26 Magnésio mg 400 Sódio mg 680 15g Potássio g 52 Cloreto mg 960 Ferro mg g 80 Cobre mg g 50 Zinco mg 74 Manganês mg 48 600 Selênio µg 300 Iodo µg 1400 Vitaminas Vit A Retinol µg h 1000 100000 Colecalciferol µg i 7 750 Vit E Alfatocoferol mg j 38 Vit K Menadiona mg l 10 Tiamina mg 56 Ribofalvina mg 40 Piridoxina mg 250 Niacina mg 40 Ác Pantotênico mg 575 Cobalamina µg 225 ÁcFólicoµg 750 Biotina µg m 75 Colina mg 2550 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 63 hUma UI vitamina A é equivalente a 03 microgramas de alltrans reitnol ou 1 micrograma de retinol3333 UI de vitamina A i1 microgramas de Colicalciferol 40 UI Vitamina D3 jAltas concentrações de vitamina E são recomendadas para dietas com elevada quantidade de Ácidos Graxos Poliinsaturados Uma UI de vitamina E1mg allracalfaacetado de tocoferol lGatos tem uma necessidade metabólica mas uma necessidade dietética não tem sido observada quando dietas naturais são fornecidas com exceção com dietas a base de peixe Na maioria das condições a vitamina K adequada é provavelmente sintetizada pela microbiota intestinal A vitamina K permitida é expressa em termos comerciais como precursor de menadiona que requer alcalinização para ativação da vitamina mEm dietas normais não contem ovo cru Biotina adequada é provavelmente proveniente da microbiota intestinal Dietas contendo antibióticos podem necessitar de suplementação UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 64 TABELA 5 Necessidades de nutrientes para gatos em crescimento após desmame aOs valores para quantidade por quilograma de matéria seca Quantkg MS calculada de acordo com uma dieta cuja densidade energética é de 4000 kcalkg EM Se a densidade energética da dieta não for 4000 kcalkg EM depois do calculo para cada Quantkg MS multiplica o valor para o nutriente tabelado na coluna Quantkg MS pela densidade energética do pet food desejado em kcal EMkg e dividao por 4000 b002 g de Arginina deve ser adicionada para cada grama de proteína bruta acima de 225 g para Teor Recomendado TR de Arginina cPara maximizar o pêlo preto uma quantidade equivalente ou superior de Tirosina para que a Fenilalamina é necessária dO TR de Taurina para dietas purificadas de alta digestibilidades é 053 gkg dieta ao invés do permitido para dietas secas expandidas e enlatadas que são 10 e 17 gkg respectivamente eÉ aconselhável que Ácido EPA não exceda 60 do total da porção de EPA DHA fAlgumas fontes de Ferro e Cobre não devem ser empregada devido a baixa biodisponibilidade Nutrientes Teor Recomendado Limite Máximo Seguro Quantidade por kg de matéria seca dieta com 4kcalg a Proteína g 225 Aminoácidos Arginina g b 96 35 Histidina g 33 22 Isoleucina g 54 87 Metionina g 44 13 Metionina Cistina g 88 Leucina g 128 87 Lisina g 85 58 Fenilalanina g 50 29 Fenilalanina Tirosina g c 191 68 Treonina g 65 51 Triptofano g 16 17 Valina g 64 87 Àc Glutâmico g 75 Taurina g d 040 89 Gorduras Totais g 90 330 Ácidos Graxos Ác Linoléico g 55 55 AlfaLinolênico g 02 Ác Aracdônico g 02 EPA DHA g e 01 Minerais Cálcio g 80 Fósforo g 72 Magnésio mg 400 Sódio mg 1400 10g Potássio g 40 Cloreto mg 900 Ferro mg f 80 Cobre mg f 84 Zinco mg 75 Manganês mg 48 Selênio µg 300 Iodo µg 1800 Vitaminas Vit A Retinol µg g 1000 80000 Colecalciferol µg h 56 750 Vit E Alfatocoferol mg i 38 Vit K Menadiona mg j 10 Tiamina mg 55 Ribofalvina mg 40 Piridoxina mg 250 Niacina mg 40 Ác Pantotênico mg 570 Cobalamina µg 225 ÁcFólicoµg 750 Biotina µg l 75 Colina mg 2550 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 65 gUma UI vitamina A é equivalente a 03 microgramas de alltrans reitnol ou 1 micrograma de retinol3333 UI de vitamina A h1 microgramas de Colicalciferol 40 UI Vitamina D3 iAltas concentrações de vitamina E são recomendadas para dietas com elevada quantidade de Ácidos Graxos Poliinsaturados Uma UI de vitamina E1mg allracalfaacetado de tocoferol jGatos têm uma necessidade metabólica mas uma exigência dietética não tem sido observada quando dietas naturais são fornecidas com exceção com dietas a base de peixe Na maioria das condições a vitamina K adequada é provavelmente sintetizada pela microbiota intestinal A vitamina K permitida é expressa em termos comerciais como precursor de menadiona que requer alcalinização para ativação da vitamina lEm dietas normais não contem ovo cru Biotina adequada é provavelmente proveniente da microbiota intestinal Dietas contendo antibióticos podem necessitar de suplementação UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 66 TABELAS 6 Necessidade de nutrientes para gatas em gestação e lactação a aCom exceção dos aminoácidos poucos dados pode ser encontrados para a concentração de exigência mínima para a gestação de gatas Para outros nutrientes os valores para lactação relativa para kgMS podem ser utilizados como satisfatório pra gestação e lactação em gatas bOs valores para quantidade por quilograma de matéria seca Quantkg MS calculada de acordo com uma dieta cuja densidade energética é de 4000 kcalkg EM Se a densidade energética da dieta não for 4000 kcalkg EM depois do calculo para cada Quantkg MS multiplica o valor para o nutriente tabelado na coluna Quantkg MS pela densidade energética do pet food desejado em kcal EMkg e dividao por 4000 c002 g de Arginina deve ser acrescido para cada grama de proteína bruta acima de 213 g para Teor Recomendado TR de Arginina dPara maximizar o pêlo preto uma quantidade equivalente ou superior de Tirosina para que a Fenilalamina é exigida eO TR de Taurina para dietas purificadas de alta digestibilidades é 053 gkg dieta ao invés do permitido para dietas secas expandidas e enlatadas que são 10 e 17 gkg respectivamente Nutrientes Teor Permitido Limite MáximoSeguro Gatas adultas em gestação Gatas adultas em lactação Quantidade por kg de matéria seca dieta com 4kcalg b Proteína g 213 300 Aminoácidos Arginina g c 15 15 Histidina g 43 71 Isoleucina g 77 12 Metionina g 50 60 Metionina Cistina g 90 104 Leucina g 18 20 Lisina g 11 14 Fenilalanina Tirosina g d 191 191 Treonina g 89 108 Triptofano g 19 19 Valina g 10 12 Taurina g e 053 053 Gestação e Lactação Gorduras Totais g 90 330 Ácidos Graxos Ác Linoléico g 55 55 AlfaLinolênico g 02 Ác Aracdônico g 02 EPA DHA g f 01 Minerais Cálcio g 108 Fósforo g 76 Magnésio mg 500 Sódio mg 2680 Potássio g 52 Cloreto mg 4000 Ferro mg g 80 Cobre mg g 88 Zinco mg 60 Manganês mg 72 Selênio µg 300 Iodo µg 1800 Vitaminas Vit A Retinol µg h 2000 100000 Colecalciferol µg i 70 750 Vit E Alfatocoferol mg j 31 Vit K Menadiona mg l 10 Tiamina mg 63 Ribofalvina mg 40 Piridoxina mg 250 Niacina mg 40 Ác Pantotênico mg 575 Cobalamina µg 225 ÁcFólicoµg 750 Biotina µg m 75 Colina mg 2500 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 67 fÉ aconselhável que EPA não exceda em 60 do total da porção EPADHA gAlgumas fontes de Ferro e Cobre não devem ser empregada devido a baixa biodisponibilidade hUma UI vitamina A é equivalente a 03 microgramas de alltrans reitnol ou 1 micrograma de retinol3333 UI de vitamina A i1 microgramas de Colicalciferol 40 UI Vitamina D3 jAltas concentrações de Vitamina E são recomendadas para dietas com elevada quantidade de Ácidos Graxos Poliinsaturados Uma UI de vitamina E1mg allracalfaacetado de tocoferol lGatos tem uma necessidade metabólica mas uma necessidade dietética não tem sido observada quando dietas naturais são fornecidas com exceção com dietas a base de peixe Na maioria das condições a vitamina K adequada é provavelmente sintetizada pela microbiota intestinal A vitamina K permitida é expressa em termos comerciais como precursor de menadiona que requer alcalinização para ativação da vitamina mEm dietas normais não contem ovo cru Biotina adequada é provavelmente proveniente da microbiota intestinal Dietas contendo antibióticos podem necessitar de suplementação UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 68 IX PROCESSAMENTO DE RAÇÕES EXTRUSADAS PARA CÃES E GATOS Fabiano Cesar Sá1 Aulus Cavalieri Carciofi 1 Mercado Brasileiro No mercado Pet Food as perspectivas têm sido animadoras Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação Abinpet o Brasil possui 1011 milhões de pets sendo 357 milhões de cães e 198 milhões de gatos o segundo maior do mundo em população de cães e gatos e o quarto maior do mundo em população total de animais de companhia Hoje o Brasil representa aproximadamente 8 do mercado mundial na área pet food com faturamento expressivo em relação ao mercado pet mundial Do total de faturamento no Brasil 69 referese às rações 16 serviços 7 equipamentos e acessórios e 8 medicamentos veterinários O crescimento verificado nos últimos anos se deve ao aumento no número de consumidores e seus respectivos animais de estimação pois há maior massa populacional movida pelo crescimento de famílias com poucos filhos pessoas com pouco tempo e ritmo de trabalho intenso e informações mais diretas de como alimentar seus animais Isso tem impulsionado maneira mais cômoda e segura de oferecer a estes animais de estimação alimento industrializado e de fácil acesso Neste contexto o sistema de produção de alimentos por cozimento a baixa umidade extrusão conquistou seu lugar devido a sua grande versatilidade elevada eficiência termodinâmica baixo custo de operação e baixa exigência de espaço por tonelada métrica de produção Além disso agrega ao produto final características específicas desejáveis como aumento de digestibilidade maior estabilidade e vida de prateleira descontaminação microbiológica crocância dureza resistência sabor e odores agradáveis UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 69 Para assegurar qualidade no produto final há necessidade de cuidados na produção destes alimentos extrusados Estes se estendem desde a compra seleção e recepção das matérias primas até sua adequada pesagem moagem mistura extrusão secagem recobrimento ensaque e expedição O cuidado em todo o processo é necessário para que o alimento chegue ao consumidor final com todas as características físicoquímicas e biológicas desejáveis preservadas 2 Fabricas de alimentos para cães e gatos As fabricas devem seguir procedimentos criteriosos e adequadamente estruturados para que se obtenha controle rigoroso de qualidade A matéria prima ao chegar à indústria deve ser analisada antes de ser descarregada para se assegurar o atendimento de todos os padrões de qualidade necessários a cada ingrediente Estes procedimentos devem ser estudados e escritos por profissional capacitado A armazenagem da matéria prima é outro ponto de importância que auxilia na correta ordem de utilização minimização de estoques com aprisionamento de capital controle de validade manutenção da qualidade e características organolépticas iniciais dentre outros A estrutura da armazenagem deve incluir acesso fácil limpeza adequada proteção da matéria prima controle de pragas dentre outros merecendo cuidados por parte de profissional habilitado O processamento da matéria prima deve ser conduzido por equipamentos de boa qualidade e devidamente revisados para o bom funcionamento realizado por funcionários treinados e conscientes dos requisitos para correto uso manutenção e limpeza dos mesmos Esses incluem por exemplo conjunto de silos moinhos peneiras sistemas de transporte e elevação balanças misturadores gerador de vapor extrusor secador sistema de recobrimento resfriador e ensacadeiras necessários à correta transformação das matériasprimas no produto final estabelecido pelo nutricionista UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 70 3 Cuidados no recebimento e armazenamento dos ingredientes Na recepção os ingredientes devem ser adequadamente conferidos verificandose seu aspecto físico coloração odor impurezas presença de insetos e fungos São coletadas amostras de toda matéria prima que será analisada no laboratório de controle de qualidade da empresa As análises realizadas variam de acordo com o produtoingrediente recebido Apenas como exemplo farinhas de origem animal são analisadas para teores de peróxido acidez titulável umidade e atividade de água Óleos podem ser analisados para umidade peróxido acidez e residual de antioxidantes Matérias primas de origem vegetal são analisadas para umidade micotoxinas de acordo com levantamento e histórico de contaminação de cada matéria prima em particular insetos e materiais estranhos Amostras devem também ser enviadas para laboratórios externos para condução de análise bromatológica e verificarse se os teores nutricionais são condizentes com o ingrediente e critérios estabelecidos pela empresa Suplemento tecnológico que permite controle rápido e preciso de matérias primas é o Near Infrared Reflectance System NIRS instrumento que pode medir através do espectro infravermelho próximo em alguns minutos a umidade proteína bruta extrato etéreo fibra bruta dentre outros das matérias primas e mesmo produtos acabados Produtos à granel são recebidos em moegas e posteriormente enviados para silos específicos O transporte da moega para os silos é feito por elevadores esteiras e roscas transportadoras Os micro ingredientes que farão parte da formulação são recebidos em embalagem apropriada e armazenados em local seco e arejado A armazenagem constitui parte importante do processo produtivo apresentando custo que não deve ser desconsiderado Os cuidados durante este período variam com o tipo de produto armazenado estendendose à estrutura física do armazém e equipamentos de armazenagem É importante a empresa ter adequado planejamento desta etapa contando com técnicos e funcionários devidamente capacitados para esta função que estudem as matérias primas utilizadas seus requisitos de armazenagem perigos associados a riscos físicos e biológicos etc dentro da estrutura dos programas de boas práticas de fabricação UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 71 4 Alguns pontos do processamento por extrusão de alimentos para cães e gatos 41 Mistura Os macroingredientes como farinhas de origem animal cereais farelos proteicos de origem vegetal fontes de fibra e macroelementos bom como os microingredientes como conservantes premix vitamínicomineral aminoácidos entre outros são pesados e transportados automaticamente ou em empresas pequenas manualmente até o misturador Os sistemas de transporte e pesagem não serão aqui abordados mas são fundamentais para que a receita ou composição nutricional do produto seja alcançada A aferição de balanças é um ponto crítico de controle dentro das boas fábricas de fabricação Estes ingredientes são em seguida depositados no misturador por roscas transportadoras elevadores de canecas transporte pneumático dentre outros A sequência de depósito no misturador deve seguir do ingrediente com maior inclusão que entra primeiro para o de menor inclusão depositado por último Ingredientes com partículas grandes como grãos de cereais e ingredientes peletizados necessitam de prémoagem para poderem ser convenientemente misturados aos demais Esta e realizada em moinho de martelos com peneiras com crivos entre 25 e 35mm facilitando a homogeneização da mistura e a eficiência da moagem definitiva A adoção de prémistura dos microingredientes e ingredientes com granulometria muito pequena fina em um misturador menor para então o conjunto ser adicionado no misturador principal pode ser também adotada a depender dos equipamentos e condições de operação disponíveis na empresa Existem vários modelos de misturador como de fita de pás verticais e horizontais Foge ao escopo deste texto discussão pormenorizada dos mesmos mas os mais empregados são os horizontais de fita que pode ser única ou dupla e mas recentemente os horizontais de pás Os ingredientes ficam em agitação no misturador por período de tempo préestabelecido pelo fabricante do equipamento sendo encaminhados novamente por roscas transportadoras e elevadores para o silo de armazenagem do moinho que irá reduzir as UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 72 partículas do alimento ao tamanho final desejado para ser posteriormente extrusado O tempo de mistura préestabelecido pelo fabricante do equipamento pode ser averiguado ou modificado Todo misturador deve operar em seu tempo ótimo de mistura para se atingir propósitos como mistura mais homogênea possível dos ingredientes eficiência do equipamento menor tempo de operação redução de gastos com mão de obra e energia elétrica Existem várias maneiras de se determinar o tempo ótimo de mistura mas todos os métodos se baseiam em analisar diferentes amostras coletadas do misturador ao mesmo tempo e analisálas para um determinado nutriente ou componente O método proposto por Herrman e Behnke 1994 é conveniente de baixo custo e fácil utilização tem como componente de análise o NaCl sal comum Materiais necessários I 40 copos de isopor com capacidade para 300 a 500 mL II 40 tiras para identificação do teor de cloro nas amostras Sugerese o produto Quantab Triators for chloride Hach compan LovelandCO USA III Sal comum moído fino Esse será adicionado na quantidade de 05 do total da mistura IV Um calador para amostragem da mistura V Proveta de 200 ml VI Balança eletrônica com sensibilidade de 001g VII 10 litros de água quente 90C VIII Um cronômetro ou um relógio que marcam segundos Procedimento Uma vez de posse de todos os materiais necessários devemse seguir as seguintes etapas 1 Utilizar uma fórmula de ração completa e balanceada representativa do que é produzido na empresa 2 Após pesados todos os ingredientes estes devem ser colocados no misturador na sequência do de maior para o de menor quantidade O ultimo UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 73 ingrediente a ser adicionado ao misturador deve ser aquele que contém o marcador No caso do NaCl este deve ser adicionado na razão de 05 do total da mistura 3 Carregados todos os ingredientes o misturador é acionado Com o auxílio do relógio o misturador é interrompido em momentos preestabelecidos procedendose amostragem do produto em seu interior à cada parada Os tempos para coleta de amostra são variáveis como sugestão podese colher após 2 4 6 e 8 minutos de funcionamento do misturador Podese intercalar com tempos impares também o ideal é que sejam no mínimo 4 tempos de avaliação da mistura 4 Nos momentos estabelecidos para amostragem desligase o misturador Este é aberto e são colhidas 10 amostras de produto de seu interior cada uma composta por 100g de ração As amostras devem ser colhidas com auxilio de calador de modo que esta represente toda a extensão ou altura da camada de ração Os 10 pontos de amostragem são dispostos da seguinte maneira 4 do lado esquerdo 4 do lado direito 2 no centro do equipamento Dentro do possível fazer as coletas em pontos geométricos equidistantes 5 Lembrar da segurança da operação Acessar o interior do misturador e perigoso se o equipamento é acionado há risco de acidentes sérios 6 Identificar corretamente a amostra com dados do tempo de coleta minutos e local de amostragem no interior do misturador Ao final se terá 10 amostras por tempo de avaliação se forem 4 tempos serão 4 x 10 40 amostras 7 Completado o procedimento de amostragem nos tempos predeterminados iniciamse as dosagens de cloro Para isto 100 g de cada amostra são pesadas em balança com precisão de 001g Estas são depositadas nos copos de isopor que recebem então 200mL medidos com precisão em proveta de água quente 90C Agitase até formar mistura homogênea 8 Adicionase a cada solução uma tira reagente Quantab tomando cuidado para que a água não toque na banda amarela perto do topo da tira Procedese a leitura da concentração de cloro de acordo com as instruções do fabricante 9 De posse dos resultados das análises de cloro devese calcular o coeficiente de variação para cada tempo de amostragem A fórmula para cálculo é a seguinte UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 74 CV onde CV coeficiente de variação m média aritmética s desvio padrão O coeficiente de variação mede a variação percentual entre diferentes valores com relação à média aritmética Dessa forma podese comparar diferentes grupos de amostras medidos em diferentes tempos 10 Com os valores dos coeficientes de variação de cada tempo de amostragem se analisa em que momento a variabilidade foi baixa indicando mistura homogênea de ingredientes Na Tabela 1 encontrase um exemplo Tabela 1 Dados fornecidos pela leitura das tiras indicadoras de Cl nos quatro diferentes tempos de amostragem Tempos Pontos de amostragem 2 minutos 4 minutos 6 minutos 8 minutos Concentração de cloro mgdL 1 lado direito 1 041 064 051 051 2 lado direito 2 048 052 044 052 3 lado direito 3 036 056 051 051 4 lado direito 4 036 044 044 044 5 centro 1 041 052 051 051 6 centro 2 044 052 044 044 7 lado esquerdo 1 048 052 044 044 8 lado esquerdo 2 051 044 048 048 9 lado esquerdo 3 052 052 051 051 10 lado esquerdo 4 044 048 051 051 Média 044 052 048 049 Desvio padrão 006 006 003 003 CV 129 112 73 69 Pela Tabela 1 podese verificar que a faixa ideal de trabalho para esse misturador está entre seis e oito minutos devendose utilizar o menor tempo ou seja seis minutos porque trará maior economia de energia elétrica e rapidez na operação Para a qualidade nutricional homogeneidade e consistência do alimento quanto menor o coeficiente de variação melhor No entanto uma classificação prática sugerida para o coeficiente de variação seria 5 excelente 10 satisfatório entre 10 e 15 aumentar o tempo de mistura UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 75 em 25 ou 30 entre 15 e 20 aumentar tempo de mistura em 50 acima de 20 consulte o fabricante Para se determinar o tempo de mistura é suficiente que se realize apenas um ensaio como o descrito Entretanto se houver alterações no equipamento inclusive desgaste de peças e troca do motor recomendase que a avaliação seja repetida para maior segurança 42 Moagem Moagem é o nome dado ao processo de redução do tamanho das partículas de um ingrediente Esta tem como objetivos principais melhorar a capacidade de mistura a diponibilidade nutricional de seus nutrientes e o processamento posterior seja de peletização ou extrusão Praticamente todos os ingredientes passaram ou irão passar por algum processo de redução do tamanho de partículas Grãos rochas minerais farinhas proteicas de origem animal ou vegetal fontes de fibra etc devem ter tamanho geométrico adequado para que possam ser transportados entre os diversos equipamentos de fabricação sejam adequadamente homogeneizados adquirindo concentração uniforme em toda a massa no misturador e possam ser extrusados com eficiência no caso das rações para cães e gatos Outras razões importantes para a redução do tamanho de partículas são aumentar a área superficial facilitar a manipulação e estoque de ingredientes diminuir perdas de produto O equipamento mundialmente mais utilizado para esta finalidade é o moinho de martelos COWELL et al 2000 com predominância absoluta dentro da Indústria de rações para pets e animais de produção Outro sistema de moagem também bastante empregado são os moinhos de rolo mas estes não serão detalhados no presente documento Resumidamente o moinho de martelos consiste de um rotor formado por vários discos montados em um eixo apoiado sobre mancais e rolamentos Estes discos são interligados por pinos que por sua vez suportam os martelos O rotor é circundado lateralmente por placas de colisão ou placas de impacto e telas perfuradas peneiras Diferentes modelos de moinhos de martelo têm diferentes proporções circulares entre placas de impacto e área de peneira com áreas de peneira representado de 50 a 100 da área que circunda os martelos O UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 76 processo se inicia com a entrada da mistura na câmara do rotor ou câmara de moagem onde acontece o primeiro contato com os martelos Ao receber o impacto a mistura é lançada contra as placas de impacto ou contra as telas e essa sequencia continua até que as partículas estejam reduzidas a um tamanho que permita a sua passagem através dos crivos da tela As peneiras fazem a seleção das partículas que estão pequenas o suficiente para serem retiradas da câmara de moagem e as que ainda estão grandes necessitando serem quebradas a partículas menores Desta forma a seleção do diâmetro dos crivos da peneira é realizada com vistas à obtenção de determinado tamanho geométrico médio dos ingredientes OWENS e HEIMANN 1994 FRAILHA 2005 Nos moinho de martelos configurados para moagem fina existem sistemas de exaustão que retiram o ar da câmara de moagem criando pressão negativa em seu interior Esta é fundamental ao fluxo de materiais no interior do moinho criando condições para que as partículas finas menores que os crivos da peneira saiam e possam ser substituídas por novo ingrediente a ser moído Isto evita redução desnecessária do tamanho das partículas aumenta a produtividade do moinho e reduz o desgaste dos martelos e custos de produção Os pontos principais para a eficiência de moagem são o custo do processo medido pelo gasto de energia elétrica por tonelada moída e a homogeneidade do produto moído que deve apresentar baixa dispersão de tamanhos ou baixo desvio padrão geométrico médio Os principais fatores que influenciam a eficiência de moagem e tamanho geométrico médio final das partículas são desenho construtivo do moinho tipo e características da matériaprima velocidade periférica dos martelos características e disposição dos martelos características e disposição da área de impacto características disposição e área aberta de peneira ventilação ou troca de ar no interior da câmara de moagem A relação entre a área útil da peneira e a potência do motor é importante POZZA et al 2005 Para exemplificar essa relação utilizandose moinho com motor de 100 cv de potência e peneira com furos de 16mm se tivermos área de peneira de 1000 pol2 e 30 de área perfurada isso proporciona relação de 300pol2 de área perfurada para 100 cv Em uma segunda situação podese ter peneira com 2000 pol2 e com os mesmos 30 de área perfurada obtendose relação de 600 pol2 de área perfurada para 100 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 77 cv A segunda situação resulta em aumento na capacidade de saída do ingrediente da câmara de moagem aumentando significativamente a produção ALLES 2003 A velocidade periférica e a configuração dos martelos do moinho são outro fator importante LARA 2010 quanto maior a velocidade periférica maior o impacto com o ingrediente portanto menor o tamanho das partículas No entanto velocidades muito altas geram maior velocidade periférica do material resultando em maior tempo de permanência das partículas dentro da câmara de moagem o que pode diminuir a eficiência do equipamento Sugerese velocidade de martelos de 90 ms A configuração dos martelos e sua proximidade das telas têm ainda influência na limpeza e abertura dos orifícios da tela importante para a saída do material e produtividade do equipamento OWENS e HEIMANN 1994 O alimentador do moinho tem também papel crucial na produtividade Ele deve proporcionar a entrada constante e uniforme dos ingredientes na câmara do moinho e também a correta distribuição dos ingredientes em toda a área da peneira ALLES 2003 A moagem na empresa de rações é responsável por parte expressiva da energia elétrica consumida Estimase que 3 de toda a energia consumida no mundo seja gasta para a redução do tamanho de partículas de materiais incluindo minérios e insumos para as indústrias química farmacêutica e alimentícia TAVARES 2001 Estudos têm encontrado grande variação no consumo de energia para moagem Pozza et al 2005 mensuraram o consumo de energia gasta em 10 granjas de suínos e observaram valores entre 6 e 20 kWht de ração exemplificando a necessidade de se aperfeiçoar a moagem de forma a racionalizar o uso de energia elétrica A definição do tamanho geométrico desejado para o produto é também importante Healy et al 1994 verificaram que a energia elétrica gasta para a moagem do grão de milho a 900 micras foi de 53 kWht com uma produção de 176th No mesmo equipamento de moagem a redução do tamanho da partículas de milho para 300 micras resultou no consumo 245 kWht e na produção de apenas 065 th Assim uma moagem fina eleva o custo de processo não somente em função do gasto direto de energia elétrica como também pela grande redução de produtividade horária do equipamento Por fim devese considerar que as matérias primas possuem propriedades de plasticidade solidez e umidade que definem seu comportamento de moagem UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 78 aumento da umidade e teor de gordura reduzem em muito a eficiência do processo Assim a produtividade eficiência configuração e características construtivas do moinho devem ser planejadas em função da matéria prima que será processada LARA 2010 Avaliação do diâmetro geométrico médio DGM A redução de partículas deve ser avaliada pela determinação do DGM e seu respectivo desvio denominado desvio padrão geométrico médio DPG ZANOTTO e BELLAVER 1996 Empresas costumam usar uma única peneira com abertura maior como 08mm 800 micras ou 10mm 1000 micas e verificar se há ou não retenção de partículas que estejam acima desta granulometria Esta avaliação no entanto somente indica se há furos nas peneiras do moinho por onde partículas maiores estejam escapando Ela não diz nada a respeito do DGM dos ingredientes que deve ser avaliado de modo consistente Descrição completa do processamento e materiais necessários pode ser encontrada em publicação da EMBRAPA ZANOTTO e BELLAVER 1996 httpwwwcnpsaembrapabrsgcsgcpublicacoescot215pdf Alteração necessária ao procedimento diz respeito ao tamanho dos crivos das peneiras a serem utilizadas quando se trata de rações para cães e gatos Em função dos requisitos de DGM para que a extrusão ocorra de modo eficiente e que cães e gatos possam digerir adequadamente o alimento trabalhase com partículas com DGM no intervalo de 250 a 350 micras Quando as partículas são maiores de 400 micras o alimento adquire aspecto mais grosseiro e o cozimento do amido durante a extrusão pode ser prejudicado Além disso o emprego de maior número de peneiras no teste dará melhor informação da distribuição das partículas sugerese o emprego de 9 peneiras e não 7 como proposto Como sugestão estas poderiam ter as seguintes aberturas em micras micrometros 1200 900 600 400 300 200 100 50 fundo Outras combinações de peneiras podem ser selecionadas orientadas para a distribuição de partículas que se deseja avaliar Os resultados obtidos são integrados em uma equação matemática que converte as gramas de material retidos em cada um das peneiras no tamanho geométrico médio das partículas e sua distribuição UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 79 Procedimento de Laboratório Análise de Granulometria O seguinte procedimento se destina à determinação da distribuição de tamanho das partículas de matéria prima Equipamentos 1 Jogo de peneiras 2 Agitador Tipo Rotap ou similar Foto 1 3 Balança Precisão 01g Método 1 Pesar 100 g de amostra 2 Situar a amostra na peneira superior do jogo 3 Agitar por pelo menos 10 minutos mais tempo pode ser necessário se houver de gordura na amostra acima de 7 e também o uso de esferas de vidro e escovas 4 Pesar e anotar o peso do material retido em cada peneira Tabela 1 5 Calcular o diâmetro geométrico médio das partículas bem como o desvio padrão geométrico seguindo as equações enunciadas na referência padrão ver abaixo ou utilizando um software específico da EMBRAPA Granucalc Foto 1 Agitador tipo ROTAP ou similar Peneira ABNT nº Abertura Nominal da Peneira mm 18 100 20 0840 25 0710 40 0420 50 0297 60 0250 fundo 037 Quadro 1 Jogo de peneiras recomendadas UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 80 Tabela 2 Modelo de tabela para registro de dados para calculo do diâmetro geométrico médio de um produtos Análise Granulométrica Peneira ABNT nº Abertura mm Peso Peneira g Peso Peneira g amostra g 20 840 25 710 30 600 35 500 40 420 45 350 50 297 60 250 70 210 80 177 120 125 170 88 270 53 Prato 37 Bibliografia ASAE Standards 1996 Standard ASAE S3192 Method of determining and expressing fineness of feed material by sieving ZANOTTO DL BELLAVER C Método de determinação da granulometria de ingredientes para uso de rações de suínos e aves Concórdia EMBRAPA CNPSA 1996 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 81 43 Extrusão A extrusão é processamento diferenciado que consiste no cozimento e posterior formatação dos produtos melhorando as características das matérias primas e a qualidade final do alimento Na extrusão os materiais umedecidos amiláceos e protéicos são cozidos expandidos e agrupados por calor pressão e cisalhamento mecânico em um curto espaço de tempo HUACK 1994 É processo de cozimento baseado em alta pressão 20 a 60atm umidade controlada 20 a 30 e temperatura elevada 125C a 150ºC proporcionando sanitização microbiológica inativação de fatores antinutricionais termolábeis gelatinização do amido formatação e texturização do alimento com ganhos expressivos em digestibilidade vida de prateleira e palatabilidade Sua ampla utilização se deve à sua versatilidade eficiência termodinâmica baixo custo de operação e baixo espaço requerido por unidade métrica de produção Na cadeia de pet food a extrusão possibilita a utilização com eficiência de coprodutos oriundos de indústrias produtoras de alimentos para seres humanos como frigoríficos esmagadoras de grãos indústria de farinhas entre outras criando cadeia harmônica de transformar melhorar e utilizar eficientemente o que antes era visto como produtos sem fim específico ou até mesmo como problemas ambientais Foge ao escopo deste texto se aprofundar em extrusão extrusoras e sua operação Recomendase como leitura básica os seguintes livros RIAZ MN Extruders and Expanders in Pet Food Aquatic and Livestock Feeds Agrimedia Clenze 2007 MOSCICKI L ExtrusionCooking Techniques Applications Theory and Sustainability WileyVCH Verlag GmbH Co KGaA Weinheim Germany 2011 O sistema de extrusão consiste fundamentalmente de alimentador condicionador extrusora matriz e sistema de corte Cada componente é desenvolvido para desempenhar função específica no processo de cozimento texturização e formatação do produto RESCHSTEINER 2005 O alimentador proporciona a entrada em fluxo contínuo e controlado da mistura seca dos ingredientes para o condicionador e consequentemente para o canhão da UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 82 extrusora HAUCK 1994 No condicionador são adicionados à mistura de ingredientes vapor e água Ingredientes líquidos podem também ser adicionados por este equipamento como emulsões cárneas óleos corantes ácidos e outros aditivos líquidos Essa mistura é então homogeneizada por sistema de barras cilíndricas com pás dispostas radialmente transformandoa em massa homogênea hidratada e aquecida A função primordial do condicionador é promover hidratação homogênea e elevar a temperatura da massa A maior parte da energia de transformação dos ingredientes no processamento de pet food é adicionada no condicionador na forma de energia térmica pela injeção de vapor direto Isto demonstra a importância deste equipamento que deve ter desenho construtivo adequado ter suas pás corretamente configuradas e ser operado de modo conveniente Adequado condicionamento aumenta a estabilidade e a produtividade da extrusora favorecendo sobremaneira a qualidade do produto final Adicionalmente o correto condicionamento reduz o desgaste mecânico das roscas e camisa da extrusora e da matriz de formatação do produto RIAZ 2003 Como a energia térmica é mais barata que a mecânica elétrica condicionamento eficiente tende a reduzir o custo da operação de extrusão A umidade ideal de saída da massa do condicionador é variável dependente da formulação do alimento em processamento Como regra geral formulações com bastante amido necessitam de menor hidratação que as ricas em proteína ou fibra Umidades entre 15 a 35 podem ser necessárias A temperatura medida no final do condicionador é ponto crítico de controle de processo refletindo a extensão da transferência de energia térmica Alimentos ricos em amido fáceis de processar e expandir necessitam de menores temperaturas de condicionamento do que alimentos ricos em proteína ou fibra Temperaturas entre 70C a 99C podem ser utilizadas Na operação do condicionador a entrada de ração seca depositada pela rosca de alimentação de vapor e de água são ajustadas para os objetivos propostos O controle e regularidade da entrada de ração água e vapor são críticos para temperatura e hidratação uniformes e constantes Outro ponto importante do equipamento e sua operação é o tempo de residência da massa no condicionador Preconizase retenção aproximada de ao menos 3 minutos necessários para que água e vapor penetrem nas partículas em processamento hidratando e aquecendo o interior dos grânulos Há métodos para se ajustar e UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 83 conhecer o tempo de residência do alimento no condicionador Este depende basicamente da relação entre o volume útil do condicionador e a produtividade horária do extrusor do anglo e velocidade de rotação das pás do condicionador O volume útil é fixo e depende do desenho construtivo do equipamento mas o anglo das pás e sua velocidade de rotação podem ser ajustados Neste sentido condicionadores com inversor de frequência e rotação variável são vantajosos Distribuição do Tempo de Residência no condicionador A distribuição do tempo de residência DTR da massa no condicionador pode ser estabelecida pelo teste de resposta a um estímulo pulsado Neste após a estabilização do sistema quantidade definida de marcador traçador é instantemente introduzida no cilindro do condicionador e em intervalos de tempos prédefinidos coletase amostras na saída do mesmo Em cada amostra determinase a concentração do marcador construindose curva de concentração em função do tempo Santos e Canevarolo 1999 com adaptações da Kansas State University Manhattan KS USA Materiais necessários I Esferas de plástico com diâmetro de 3mm na quantidade de 100 g por ensaio II Balança com sensibilidade de 001g III Peneira pequena o suficiente para permitir a passagem da ração e reter as esferas plásticas IV Cronômetro V Baldes ou sacos plásticos de tamanho suficiente para acondicionar 30 segundos de produção de ração Procedimento 1 Estabelecer a configuração de pás taxa de alimentação de produto e velocidade do eixo do condicionador pretendidas O teste é feito somente com ração não se adiciona água nem vapor 2 Iniciar o eixo das pás e a alimentação do condicionador ajustandoas para as condições estabelecidas de processamento UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 84 3 Aguardar o enchimento completo do condicionador e que o fluxo de saída do material esteja constante no mínimo 10 min 4 Medir o fluxo da massa ou produtividade na saída do condicionador 5 Adicionar 100 g de esferas plásticas na entrada do condicionador de uma só vez e iniciar o registro de tempo e a coleta de ração na saída do condicionador 6 Coletar em intervalos de 30 segundos quantitativamente a ração que saí do condicionador Esta é armazenada nos baldes ou sacos plásticos previamente identificados com o intervalo de tempo de coleta A coleta de ração deve se estender até que todo o marcador bolinhas plásticas tenha sido recolhido Este tempo depende da configuração do condicionador mas geralmente 10 minutos são suficientes 7 O teste será melhor se ao menos 3 configurações ou velocidades de rotação das pás do condicionador forem testadas Desta forma repetir os itens 1 a 6 para cada configuração estabelecida 8 Pesar em balança de precisão adequada a ração mais as esferas plásticas Peneirar a ração em seguida separandose bolinhas plásticas Pesar as bolinhas plásticas Este procedimento é realizado para cada um dos intervalos de 30 segundos de coleta de ração previamente estabelecidos Exemplo de ficha de coleta de dados esta na Tabela 3 Tabela 3 Exemplo de ficha para coleta de dados durante a determinação da Distribuição do Tempo de Residência Amostra Intervalo de tempo segundos Configuração 1 Configuração 2 Ração esferas Mm g Peso esferas m g Ração esferas Mm g Peso esferas m g 1 030 2 3060 3 6090 4 90120 5 19 540570 20 570600 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 85 Procedimentos de cálculo Com os dados obtidos a DTR pode ser calculada pelas seguintes equações Curva da distribuição do tempo de residência Et vs t 0 t t C C E t Curva de distribuição acumulativa Ft vs t 0 0 t t t C C F t Tempo de residência médio 0 0 t t C tC t Onde Ct é a concentração de marcador dentro do intervalo de tempo Para melhor compreensão dos cálculos estes estão demonstrados na Tabela 4 a seguir i tempo médio da observação sem segundos tempo final tempo inicial 2 ii peso da ração mais esferas referente aos 30 segundos de coleta iii peso das esferas após separação na peneira da ração e do traçador iv peso do farelo sem as esferas peso da ração mais esferas ii peso das esferas iii v concentração de esferas no farelo peso das esferas iii peso do farelo iv vi concentração de esferas no período é a multiplicação do período médio s pela concentração de esferas período i x concentração de esferas vi UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 86 Tabela 4 Exemplo do cálculo da Distribuição do Tempo de Residência Tempo de Residência Médio e Grau de Enchimento do condicionador I Ii iii iv v Vi Vii viii ix Período s farelo esferas g Farelo Concentração Concentração esferas no Curva distribuição Curva de esferas g Sozinho g de esferas no farelo de esferas do período período anterior do tempo residência distribuição cumulativa 15 16700 00 16700 0000 0000 0000 0000 0000 45 17200 00 17200 0000 0000 0000 0000 0000 75 16800 09 16792 0001 0038 0001 0009 0000 105 16200 38 16162 0002 0248 0003 0040 0000 135 16900 116 16784 0007 0934 0010 0117 0001 165 16500 143 16357 0009 1440 0019 0148 0001 195 16500 141 16359 0009 1676 0027 0146 0002 225 16300 102 16198 0006 1415 0033 0107 0002 255 16200 104 16096 0006 1646 0040 0110 0003 285 16200 120 16080 0007 2120 0047 0126 0003 315 17570 29 17541 0002 0523 0049 0028 0003 345 17570 29 17541 0002 0572 0051 0028 0004 375 17570 29 17541 0002 0622 0052 0028 0004 405 17570 29 17541 0002 0672 0054 0028 0004 435 17570 29 17541 0002 0722 0056 0028 0004 465 17570 29 17541 0002 0771 0057 0028 0004 495 17570 29 17541 0002 0821 0059 0028 0004 Soma 975 28751 00598 14221 Tempo residência médio s x 2414 Grau de enchimento kg xi 13609 vii somatório de esferas no período concentração de esferas do período vi somatório de esferas do período anterior vii do período anterior viii Curva da distribuição do tempo de residência concentração de esferas no farelo v somatório da concentração de esferas soma da coluna v ix Curva de distribuição acumulativa somatório de esferas no período vii soma da concentração de esferas nos períodos soma da coluna vi x Tempo de residência médio segundos soma da concentração de esferas nos períodos soma da coluna vi somatório da concentração de esferas no último período observado última célula da coluna vii xi Grau de enchimento do condicionador kg peso total do farelo no período sem esferas No exemplo da Tabela 3 as curvas de distribuição cumulativa e distribuição do tempo de residência encontramse ilustradas na Figura 1 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 87 Figura 1 Curva de distribuição cumulativa e curva de distribuição do tempo de residência dos dados dispostos na Tabela 3 Após sair do condicionador a massa entra na extrusora Esta consiste em um tubo com um ou dois eixos em seu interior munidos de sistema de rosca sem fim O conjunto recebe o nome de canhão extrusor Esse sistema de rosca irá transportar a massa para frente comprimindoa contra as paredes laterais e o final do equipamento gerando atrito cisalhamento pressão e calor energias que irão transformar a matéria prima O processo é determinado pelas seguintes variáveis quantidade de ração que entra no sistema umidade da ração à entrada composição química da massa amido proteína fibra e gordura configuração da camisa que reveste o tubo configuração da rosca do extrusor elementos de restrição geometria das circunvoluções etc velocidade de rotação da rosca área de saída na matriz ao final do equipamento A energia total transferida neste processo é denominada energia mecânica CHUANG e YEH 2004 DING et al 2004 É possível também se injetar vapor água emulsões cárneas óleos e outros líquidos diretamente no canhão da extrusora ABECASSIS et al 1994 A injeção de vapor diretamente no canhão da extrusora auxilia a elevação de temperatura e redução da fricção da massa colaborando para aumento da produção redução do desgaste mecânico das peças maior cozimento e obtenção de extrusados mais expandidos e leves A matriz da extrusora é a ultima parte do sistema de extrusão possuindo duas funções proporcionar restrição para a saída do produto gerando assim a compressão necessária para a aplicação da energia mecânica dar o formato final do extrusado por meio do formato do orifício da matriz e da velocidade de corte das facas COWELL 2000 O conjunto de facas se UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 88 encontra fixado à matriz e acoplado a um carrinho lhe dá sustentabilidade e rotação através de um motor elétrico Para cortar o alimento no tamanho desejado o motor que movimenta as facas tem rotação variável controlada pelo operador A transformação das matérias primas no sistema de extrusão ocorrerá na medida em que energia seja aplicada à massa em processamento Como dissemos quantitativamente a energia térmica transferida no condicionador é maior mas a energia mecânica é fundamental à gelatinização texturização e formatação do produto Para que esta seja suficientemente aplicada tanto variáveis de processo como umidade e temperatura da massa à entrada taxa de alimentação e velocidade de rotação da rosca extrusora como variáveis pré determinadas incluindo configuração da rosca e da camisa do extrusor e a área aberta da matriz são fundamentais Este é aspecto de elevada tecnologia diferenciado os sistemas modernos de extrusão A restrição da área aberta da matriz ou área de vazão deve ser programada em função da receita e objetivos do alimento em processamento Esta é também bastante variável entre os diversos modelos de fabricação Alimentos com pouco amido e elevada gordura proteína ou fibra requerem maior restrição de saída ou menor área de vazão Alimentos ricos em amido são mais facilmente extrusados podendo ser processados com maior área de vasão Um intervalo entre 100 e 500 mm2tonhora pode ser utilizado O calculo da área de vasão inclui duas etapas 1 Determinação da área aberta da matriz mm2 Para orifícios redondos a área é calculada como Pi vezes o raio ao quadrado Área aberta Para orifícios com desenhos esta informação deve ser fornecida pelo fabricante da matriz 2 Área de vazão mm2tonh Dividir a área aberta da matriz pela produção horária da extrusora Área de vazão UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 89 A transferência de energia mecânica ao produto pode ser medida definindose o consumo de energia elétrica do motor em função da produtividade horária da extrusora 3 Cálculo da energia mecânica específica a Calcular o consumo de energia elétrica kWh Ex cos motor de 50A tem rendimento máximo com 953 do seu uso Quando a amperagem for 4765A o cosceno é 076 quando for 4765A é 086 b Calcular a energia mecânica específica EME transferida para a massa kWhton Multiplicar o consumo de energia elétrica por 1000 e dividir pela produtividade da extrusora EME A distribuição do tempo de residência DTR da massa no canhão extrusor é outro parâmetro crítico de processamento importante para que os objetivos de transformações das matérias primas sejam alcançados e para que o padrão de fluxo do material seja melhor compreendido O DTR é definido como a distribuição provável do tempo que um material sólido ou fluido permanece dentro de uma unidade operacional em um sistema com fluxo continuo Este é influenciado por vários fatores relativos à geometria do equipamento como área interna útil conformação de roscas e camisa do extrusor presença de elemento de interrupção de fluxo como shear locks trancas de cisalhamento e fatores variáveis de produção como velocidade de rotação da rosca extrusora e taxa de alimentação do equipamento dentre UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 90 outros Estas características podem favorecer ou dificultar o fluxo do material dentro do canhão extrusor determinando o volume de material retido e com isto o tempo de retenção Para a determinação do DTR da massa no canhão extrusor utilizaremos o mesmo princípio utilizado para o précondicionador o teste de resposta a um estímulo pulsado Materiais necessários I Marcador Dióxido de titânio TiO2 ou outro corante validado II Sacos plásticos para coleta de amostras de material da saída de extrusora III Cronômetro Procedimento 1 Pesar 20 gramas de dióxido de titânio em um recipiente que facilite a introdução do mesmo na entrada da extrusora ou quantidade pré estabelecida de corante validado 2 Certifiquese que o processo de extrusão atingiu a estabilidade 3 Meça a produtiva do sistema e a utilize como parâmetro 4 Após confirmada a estabilidade do processo o marcador será adicionado na entrada da extrusora Simultaneamente a introdução do marcador no canhão extrusor o observador deverá iniciar coleta de produto na saída da extrusora em intervalos de 10 segundos portanto iniciase a coleta no tempo 0 e finalizase com 10 segundos Outra amostra será tomada imediatamente no intervalo de 10 a 20 segundos e assim sucessivamente até completar 300 segundos ou então até completo desaparecimento da cor do marcador 5 Mensure a produtividade novamente para que a estabilidade do processo possa ser confirmada 6 Em um local onde a luminosidade seja adequada organize as amostras por tempo de coleta e atribua notas de 0 a 10 para a intensidade da coloração sendo 0 para amostras não coradas cor natural da massa de ração e 10 para as amostras intensamente coradas máxima coloração atingida pelo corante 7 Use a tabela a seguir para fazer as anotações das notas e calcule o tempo de residencia OBS É necessário utilizar dois ou mais observadores para atribuição das notas e que as mesmas sejam atribuidas de forma independente entre os observadores Certifiquese que a escala de intensidade de cor seja a mesma UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 91 para todos os observadores Modelo de ficha de coleta de dados é apresentado na Tabela 5 Tabela 5 Exemplo de ficha para coleta de dados durante a determinação da Distribuição do Tempo de Residência do canhão extrusor Amostra Intervalo de tempo segundos Configuração 1 RPM Configuração 2 RPM Intensidade de coloração escala de 0 a 10 Intensidade de coloração escala de 0 a 10 1 010 2 1020 3 2030 4 3040 5 4050 6 5060 Procedimentos de cálculo Com os dados obtidos a DTR pode ser calculada pelas seguintes equações Curva da distribuição do tempo de residência Et vs t 0 t t C C t E Curva de distribuição acumulativa Ft vs t 0 0 t t t C C t F Tempo de residência médio 0 0 t t C tC t Onde Ct é a concentração de marcador dentro do intervalo de tempo UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 92 Na tabela 6 é apresentado exemplo real de mensuração do tempo de residência no canhão extrusor Tabela 6 Exemplo real de mensuração do tempo de residência Tempo s NOTA 1 NOTA 2 NOTA 3 NOTA 4 Média Tempo médio ts Concentração corante média Ct tCt s Σ Ct Et Ft 010 4 3 3 3 325 5 325 16 3 0157 0157 10 to 20 8 9 8 9 850 15 850 12750 1175 0410 0566 2030 4 6 6 5 525 25 525 13125 1700 0253 0819 3040 2 4 3 2 275 35 275 9625 1975 0133 0952 4050 1 1 1 1 100 45 100 4500 2075 0048 1000 5060 0 0 0 0 TOTAL 2075 41625 Tempo média de residência s 2006 44 Secagem Adição de água é fundamental para o cozimento e plasticisação no processo de extrusão Água fluidifica a massa aumenta o fluxo e produtividade da extrusora e sob aquecimento e pressão promove a gelatinização do amido O material seco moído tem umidade entre 6 e 12 quando entra no condicionador a depender de sua composição de ingredientes Ao sair do condicionador e entrar na extrusora a massa pode ter umidade variando de 17 a 35 Na saída da extrusora alcançando pressão atmosférica ocorre rápida vaporização e perda da umidade interna dos extrusados reduzindo a umidade da massa em 2 a 6 esta perda é bastante variável em função da formula e condições de processamento Desta forma ao sair da extrusora os extrusados tem umidade variável usualmente entre 17 e 27 Esta umidade necessária ao processamento tem agora que ser retirada do produto para que este atinja estabilidade física e microbiológica Estabilidade física para que adquira dureza necessária ao manuseio já que quando úmidos os extrusados são facilmente deformáveis Estabilidade microbiológica para que não tenham água livre suficiente para proporcionar crescimento de microrganismos alcançado estabilidade e vida de prateleira de 12 a 16 meses UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 93 Para isto os extrusados são transportados do extrusor para o secador geralmente por transporte pneumático de pressão negativa ou positiva No secador o produto é distribuído sobre conjunto de esteiras ou plataformas que transportam o alimento através de câmaras aquecidas com calor seco gerado em sistema de contra corrente por queimadores ou radiadores e ventiladores Existem inúmeros sistemas de secagem verticais horizontais aquecidos a gás e a vapor Foge aos objetivos aqui propostos aprofundamento sobre os mesmos De forma geral as temperaturas internas no secador podem variar de 90 a 140ºC dependendo das características do equipamento e produto em secagem com tempo de residência do produto em seu interior variando de 15 a 45 minutos ou mais Independentemente do modelo do secador e se este tem operação manual ou automatizada os parâmetros críticos da operação são resumidamente regularidade e distribuição da camada de produto em seu interior fluxo renovação e temperatura do ar tempo de residência A remoção da umidade é operação cara e também um ponto crítico de controle Ela influencia a dureza durabilidade produção de finos gasto de energia com produção segurança e estabilidade microbiológica do produtos estando especialmente ligada à palatabilidade do produto Remover mais água do que o necessário pode aumentar a fragilidade dos extrusados aumentar a produção de finos comprometer a palatabilidade Ela também resulta na venda de menos produto perdendo água reduzse a massa de produção do sistema e na elevação desnecessária de gastos com energia no processamento Remover menos água do que o necessário pode resultar em produto com elevada atividade de água esta água livre dará suporte ao metabolismo de microrganismos que irão se multiplicar deteriorando o alimento A umidade final ideal na secagem depende da formulação se o produto é para cães ou gatos da presença de ingredientes que sequestrem água da relação entre umidade e atividade de água do produto e se será ou não adicionado palatabilizante líquido após a secagem Em função de todas estas características esta pode variar de 4 a 10 45 Aplicação de líquidos e pós Existem diversas maneiras de se aplicar líquidos óleos gorduras hidrolisados cárneos ácidos etc e pós palatabilizantes em pó nutraceuticos UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 94 termolábeis sobre os kibbles secos A aplicação em forma de torre ou em misturadores horizontais é processo de baixo custo mas limitada em relação à quantidade de líquidos e pós que pode ser adicionada e à precisão de aplicação que pode ser baixa Esse sistema possui um reservatório acoplado com bomba de infusão que termina em bico aplicador sobre pressão Este forma camada fina de aspersão que deve atingir toda superfície do extrusado Acoplado encontrase também sistema de aplicação de pós Nesta etapa precaução com limpeza frequente dos bicos pulverizadores e da linha confere maior segurança sanitária e qualidade de recobrimento É crítico que a quantidade aplicada de líquidos pós e de produto seco que passa no sistema sejam constantes de modo que correto balanço de massas seja alcançado e a quantidade de produto aplicada por recobrimento seja precisa o suficiente Infelizmente isto nem sempre é alcançado de modo satisfatório no dia a dia das empresas Mais recentemente temse preconizado aplicação por sistema de bateladas que pode ser feita por sistema à vácuo ou atmosférico O sistema é composto de dois reservatórios um recebe produto continuamente até que some quantidade determinada de ração que é pesada com precisão Neste momento este primeiro reservatório se fecha e a ração passa a ser deposita no segundo reservatório Os líquidos e pós desejados previamente pesados automaticamente também com precisão passam a ser aspergidos na ração em agitação no reservatório fechado até que os extrusados absorvam todo o liquido e recebam o pó necessário Apesar de mais oneroso este sistema tende a ser mais preciso na aplicação da quantidade desejada de matéria prima por recobrimento que também tende a ser distribuída de modo mais uniforme nos extrusados Em nossa experiência prática é comum se encontrar rações que na análise química apresentam menos ou mais extrato etéreo do que o declarado Isto sugere que a aplicação em sistemas contínuos é sujeita a muitos erros Considerandose o elevado custo de óleos gorduras e palatabilizantes líquidos e em pó matérias primas adicionadas por recobrimento estudo financeiro de riscos e de segurança alimentar provavelmente indicará que os sistemas de batelada são vantajosos UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 95 46 Resfriamento Finalizado o recobrimento o produto ainda encontrase quente Para ser acondicionado nas embalagens este deve apresentar temperatura similar a ambiente A depender das características do produto uma diferença para mais de até 4 a 5ºC pode ser adequada mas isto deve ser estudado Tornase necessária etapa de resfriamento para isto o alimento é transportado para o resfriador que promove sucção de ar frio ambiente que passa pelos extrusados fazendo que estes esfriem à temperatura desejada 47 Ensaque O produto final é por fim encasado em embalagens apropriadas que devem ser elaboradas considerando a composição química e especificações do tempo de prateleira do alimento Embalagem adequada segundo Radtke 2010 contribui para proteção do produto acabado contra impacto umidade oxidação luz e migração de gordura Na Tabela 7 exemplificase alguns tipos de materiais que são apropriados para o ensaque de alimentos para cães e gatos UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 96 Tabela 7 Comparação entre as principais estruturas e propriedades das embalagens utilizadas no acondicionamento de alimentos secos e semiúmidos para animais de estimação 1Estrutura dos polímeros Espessura Resistência Barreira Barreira Barreira Barreira Custo μm Mecânica umidade Oxigênio luz gordura PELBDPEAD 150 ótimo ótimo ruim ruim ruim baixo PELBDPEBD PELBDPEBD 150 bom ótimo bom ruim ótimo alto PET PELBDPEBD 150 bom ótimo bom ruim ótimo médio BOPP PELBDPA PELBD 150 ótimo ótimo ótimo bom ótimo elevado PELBDPEBD PELBDPEBD PET MET 180 ruim ótimo ótimo ótimo ótimo elevado PET TRANSP PELBDPEBD 180 ruim ótimo ótimo ótimo ótimo elevado PET MET BOPP TRANSP 1Sigla da estrutura dos polímeros PELBD Polietileno linear de baixa densidade PEBD Polietileno de baixa densidade PEAD Polietileno de alta densidade PP Polipropileno PA Poliamida Nylon PET Polyester PET MET Polyester Metalizado BOPP TRANSP Polipropileno biorientado transparente BOPP Polipropileno biorientado UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 97 Apêndice LEITURA RECOMENDADA SOBRE NUTRIÇÃO DE CÃES E GATOS Sugestão de ordem de importância 1 FASCETTI A J DELANEY S J Applied Veterinary Clinical Nutrition Oxford WileyBlackwell 2012 ed 1 P269287 2 Nutrient Requirements of Dogs and Cats National Research Council The National Academy Press Washington DC 2006 398p 3 CASE L P DARISTOTLE L HAYEK M G RAASCH M F Canine and feline nutrition 3 ed A resorce for companion animal professionals St Louis Elsevier 2010 576p 4 HAND M S THATCHER C D REMILLARD R L ROUDEBUSH P NOVOTNY B J Small Animal Clinical Nutrition 5th edition Marceline Walsworth 2010 1192p 5 PIBOT P BIOURGE V ELLIOT D Encyclopedia of canine clinical nutrition Aniwa SAS Paris 2006 486p 6 BIOURGE V ELLIOT D PIBOT P Encyclopedia of feline clinical nutrition Aniwa SAS Paris 2008 486p 7 FEDIAF The European Pet Food Industry Federation Nutritional guidelines for complete and complementary pet food for cats and dogs The European Pet Food Industry Federation 2018 8 AAFCO ASSOCIATION OF AMERICAN FEED CONTROL OFFICIALS Official Publications 2010 Association of American Feed Control Officials 2010 451p Leitura complementar 9 McDOWELL L R Vitamins in animal and human nutrition Iowa Academic Press 2000 486p 10 POND WG CHURCH DC POND KR SCHOKNECHT PA Basic animal nutrition and feeding 5ed Wiley 2004 11 UNDERWOOD EJ SUTTLE NF The mineral nutrition of livestock 3ed CABI International 1999 524p UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 98 Refêrencias Bibliográficas Abecassis J et al Influence of extrusion conditions on extrusion speed temperature and pressure in the extruder and on pasta quality Cereal Chemistry v 71 n 3 p 247253 1994 Alles G Particle reduction technology In KVAMME J L PHILLIPS T D Petfood technology Illinois Mt Morris 2003 p 327335 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DE PRODUTOS PARA ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO ABINPET Mercado Pet Brasil São Paulo ANFALPET 2012 Bazolli R S Vasconcellos R S Brunetto M A et al Influence of particles size of corn sorghum 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Pond W G Church D C Pond K R Carbohydrates In Basic animal nutrition and feeding 4 ed New York John Wiley 1995 p7496 Pozza PC et al Avaliação da moagem e granulometria do milho e consumo de energia no processamento em moinhos de martelos Ciência Rural v 35 n 1 pp 235238 2005 Radtke F Embalado pelo crescimento Pet Food Brasil Ano 2 Ed11 NovDez 2010 Disponível em httpwwwnutricaovetbrpdfsrevistapetfoodbrasildez2010pdf Acessado em 21 agosto 2014 Reschsteiner M S Produção digestibilidade e amido resistente em biscoitos extrusados a partir da farinha e fécula de batata doce e mandioca 2005 92f Dissertação Mestrado em Agronomia Faculdade de Ciências Agronômicas Universidade Estadual Paulista Botucatu 2005 Riaz M N Extrusion basics In Kvamme J L Phillips T D Petfood technology Illinois Mt Morris 2003 p 347360 Soares C M et al Diferentes graus de moagem dos ingredientes em dietas peletizadas para a tilápia do nilo oreochromis niloticus l em fase de crescimento desempenho e digestibilidade aparente Zootecnia Tropical v 21 n 3 p 275288 2003 SPEARS JK FAHEY Jr GC Resistant starch as related to companion animal nutrition Journal AOAC Int 87787791 2004 Svihus B et al Effects of starch granule structure associated components and processing on nutritive value of cereal starch Animal Feed Science and Technology v122 p303320 2005 Takakura FS Avaliação de fontes de amido para alimentos extrusados para cães 2003 106 f Dissertação Mestrado em Medicina Veterinária Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias Universidade Estadual Paulista Jaboticabal 2003 Tavares LM Um método para o cálculo da eficiência energética de moinhos industriais Revista Matéria Periódico científico virtual da área de materiais 2001 Disponível em wwwmateriacoppeufrjbr Acesso em 29 de janeiro de 2013 Twomey LN et al The replacement value of sorghum and maize with or without supplemental enzymes for rice in extruded dog food Animal Feed Science and Technology v 18 p 61 69 2003 Wolter R et al Fecal and ileal digestibility in the dog of diets rich in wheat or tapioca starch Recueil de Médicine Vétérinaire v 174 n 56 p 4555 1998 Zanotto D L C Belaver 1996 Método de determinação da granulometria de ingredientes para uso em rações de suínos e aves Comunicado Técnico EMBRAPA Suíno e Aves CT 215 15 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 100 RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS I ESTIMATIVA DA ENERGIA METABOLIZÁVEL DOS ALIMENTOS E DAS NECESSIDADES ENERGÉTICAS DE CÃES E GATOS PÁG 13 CÁLCULO DA ENERGIA METABOLIZÁVEL DE RAÇÃO PARA CÃES 1 ENN 100 10 26 16 3 7 ENN 38 2 EB 57 x 026 94 x 016 41 x 038 003 EB 1482 1504 41 x 041 EB 467 kcalg 3 MS 100 umidade 90 CDE 912 143 x 333 FB na MS 3 x 10090 CDE 912 476 FB na MS 333 CDE 8644 4 ED 467 x 8644100 ED 404 kcalg 5 EM 404 104 x 026 EM 404 027 EM 377 kcalg PÁG 14 NECESSIDADES ENERGÉTICAS DE CÃES Necessidade de EM kcaldia Quantidade de ração gdia Cão 1 180 x 7075 7746 775377 206 Cão 2 130 x 35075 18707 1871377 496 Cão 3 105 x 125075 698 698377 185 Cão 4 105 x 32075 14127 1413377 375 Cão 5 95 x 53075 1866 1866377 495 Cão 6 95 x 28075 2056 206377 55 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 101 PÁG 15 CÁLCULO DA ENERGIA METABOLIZÁVEL DE RAÇÃO PARA GATOS 1 ENN 100 10 35 20 25 65 ENN 26 2 EB 57 x 035 94 x 020 41 026 0025 EB 199 188 41 x 0285 EB 504 kcalg 3 MS 100 umidade 90 CDE 879 088 x 278 FB na MS 25 x 10090 CDE 879 245 FB na MS 278 CDE 8545 4 ED 504 x 8545100 ED 431 kcalg 5 EM 431 077 x 035 EM 431 027 EM 404 kcalg PÁG 16 NECESSIDADES ENERGÉTICAS DE GATOS Necessidade de EM kcaldia Quantidade de ração gdia Gato 1 100 x 51067 298 298404 737 Gato 2 130 x 68040 280 280404 693 Gato 3 130 x 45040 237 237404 587 Gato 4 130 x 42040 231 231404 571 Gato 5 100 x 32067 218 218404 540 Gato 6 100 x 31067 213 213404 528 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 102 II PROTOCOLO MÍNIMO PARA DETERMINAR ENERGIA METABOLIZÁVEL E COEFICIENTES DE DIGESTIBILIDADE APARENTE DOS NUTRIENTES DE ALIMENTOS PARA CÃES E GATOS 1 MÉTODO DE COLETA QUANTITATIVA OU COLETA TOTAL PÁG 23 EXECÍCIO 1 Animal 2 MO 8018 ENN 3480 Digestibilidade da MS A 31803 B 31803 x 09413 29936 C 15594 D 15594 x 03144 4903 E 8362 Digestibilidade da MO A 31803 B 31803 x 09413 29936 C 15594 D 15594 x 03144 4903 E 9389 F 28107 G 8018 H 3931 I 8601 Digestibilidade da PB A 31803 B 31803 x 09413 29936 C 15594 D 15594 x 03144 4903 E 4168 F 12477 G 2916 H 1430 I 8854 Digestibilidade do EEA A 31803 B 31803 x 09413 29936 C 15594 D 15594 x 03144 4903 E 953 F 2853 G 868 H 426 I 8507 Digestibilidade da FB A 31803 B 31803 x 09413 29936 C 15594 D 15594 x 03144 4903 E 233 F 698 G 754 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 103 H 370 I 4699 Digestibilidade da EB A 31803 B 31803 x 09413 29936 C 15594 D 15594 x 03144 4903 E 508 F 152075 G 40 H 19612 I 8710 Digestibilidade do ENN A 31803 B 31803 x 09413 29936 C 15594 D 15594 x 03144 4903 E 4035 F 12079 G 3480 H 1706 I 8588 Energia metabolizável COM coleta de urina A 508 B 40 C 085 D 29936 E 4903 F 2380 G 375 PÁG 27 EXECÍCIO 2 Composição Ração Ração sobre MS Animal 1 Animal 1 sobre MS Animal 2 Animal 2 sobre MS Fezes MS 55C 3764 4293 MS 105C 9202 9352 9248 MS final 9202 3520 3970 MM 1311 1425 2904 3105 3282 3549 MO 8689 9443 7096 7588 6718 7264 PB 2406 2615 2788 2981 2693 2912 EEA 625 679 377 403 345 373 FB 289 314 1123 1201 1396 1510 EB kcalg 381 414 245 262 236 255 ENN 5369 5835 2808 3003 2284 2470 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 104 Animal 2 Digestibilidade da MS A 680 B 680 x 09202 62574 C 31560 D 31560 x 03970 12529 E 7998 Digestibilidade da MO A 680 B 680 x 09202 62574 C 31560 D 31560 x 03970 12529 E 9443 F 59089 G 7264 H 9101 I 8460 Animal 2 CDA da PB 7770 CDA do EEA 8900 CDA da FB 371 CDA da EB 8767 CDA dos ENN 9152 Energia metabolizável SEM coleta de urina A 414 B 255 C 62574 D 12529 E 2615 F 2912 G 125 H 16363 I 3648 J 12715 K 338 3 MÉTODO DO INDICADOR OU SUBSTÂNCIA ÍNDICE PÁG 37 EXERCÍCIO 1 Animal 2 MO 8910 ENN 5927 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 105 Digestibilidade da MS A 025 B 089 C 7191 Digestibilidade da MO A 025 B 089 C 9498 D 8910 E 7365 Digestibilidade da PB A 025 B 089 C 240 D 1540 E 8198 Digestibilidade do EEA A 025 B 089 C 1228 D 623 E 8575 Digestibilidade da EB A 025 B 089 C 435 D 242 E 8437 Digestibilidade dos ENN A 025 B 089 C 5570 D 5927 E 7011 Energia metabolizável A 435 B 242 C 025 D 089 E 240 F 1540 G 125 H 367 I 1967 J 342 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 106 III DETERMINAÇÃO DA DIGESTIBILIDADE E ENERGIA METABOLIZÁVEL DE UM INGREDIENTE MÉTODO DE SUBSTITUIÇÃO MATTERSON et al1965 PÁG 42 Ingrediente Cão 2 CDAMS RT 8460 CDAMS RR 8184 Subst 2909 CDMS 9133 Ingrediente Cão 2 CDMO RT 8340 CDMO RR 8666 Subst 2909 CDMO 7545 Ingrediente Cão 2 CDPB RT 8220 CDPB RR 8330 Subst 2909 CDPB 7952 Ingrediente Cão 2 CDEEA RT 8730 CDEEA RR 8810 Subst 2909 CDEEA 8535 Ingrediente Cão 2 CDENN RT 8290 CDENN RR 9120 Subst 2909 CDENN 6267 Ingrediente Cão 2 CDEB RT 8370 CDEB RR 8242 Subst 2909 CDEB 8682 Ingrediente Cão 2 EMRT 387000 EMRR 368969 Subst 2909 EMI 430952 Ingrediente Cão 2 MSD 8168 MOD 6038 PD 5115 EEAD 1243 ENND 755 ED kcalkg 392166 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 107 V PROTOCOLO MÍNIMO PARA A DETERMINAÇÃO DA APETIBILIDADE PALATABILIDADE PÁG 52 1DIA 2DIA 3DIA MÉDIA CÃO RIA RIB RIA RIB RIA RIB RIA RIB 1 4886 5114 5141 4859 4665 5335 4897 5103 2 4505 5495 2931 7069 1569 8431 3002 6998 3 000 10000 000 10000 000 10000 000 10000 4 661 9339 943 9057 879 9121 828 9172 5 1565 8435 4464 5536 5141 4859 3723 6277 MÉDIA 2324 7676 2696 7304 2451 7549
5
Patologia Clínica Veterinária
FAESA
1
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UNIS-MG
17
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UNI SANTA CRUZ
9
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UFPA
9
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UFPA
17
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ARNALDO
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UNIPAC
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UMG
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Texto de pré-visualização
APOSTILA PRICÍPIOS DE AVALIAÇÃO DOS ALIMENTOS NECESSIDADES NUTRICIONAIS E DE ENERGIA PROCESSAMENTO DE ALIMENTOS PARA CÃES E GATOS Curso TeóricoPrático sobre Nutrição de Cães e Gatos Prof Dr Aulus Cavalieri Carciofi UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 2 Colaboração e Revisão Fabiano Cesar Sá Iris Mayumi Kawauchi Juliana Toloi Jeremias Luciana Domingues de Oliveira Márcia de Oliveira Sampaio Gomes Márcio Antonio Brunetto Mayara Aline Baller Ricardo de Souza Vasconcellos Thaila Cristina Putarov Lista de abreviaturas CD Coeficiente de digestibilidade CDA Coeficiente de digestibilidade aparente CDAMS Coeficiente de digestibilidade aparente da matéria seca CDAN Coeficiente de digestibilidade aparente do nutriente CDE Coeficiente de digestibilidade da energia CIA Cinzas insolúveis em ácido Cr2O3 Óxido Crômico indicador externo EB Energia bruta ECC Escore de condição corporal ED Energia digestível EE Extrato etéreo gordura EEA Extrato etéreo em hidrólise ácida gordura EEAD Extrato etéreo ácido digestível EM Energia metabolizável EMA Energia metabolizável aparente ENN Extrativos não nitrogenados carboidratos FB Fibra bruta matéria fibrosa FC Fator de correção FD Fibra digestível FDT Fibra dietética total MM Matéria mineral MMD Matéria mineral digestível MN Matéria natural MO Matéria orgânica MOD Matéria orgânica digestível MS Matéria seca MS 105C Matéria seca à 105C ou 2ª MS secagem total MS 55C Matéria seca à 55C ou 1ª MS présecagem MS final Matéria seca final ou matéria seca total MSD Matéria seca digestível PB Proteína bruta PC Peso corporal PD Proteína digestível PDing Proteína digestível ingerida PM Peso metabólico RR Ração referência RT Ração teste UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 2 I ESTIMATIVA DA ENERGIA METABOLIZÁVEL DOS ALIMENTOS E DAS NECESSIDADES ENERGÉTICAS DE CÃES E GATOS 1 ESTIMATIVA DA ENERGIA METABOLIZÁVEL DOS ALIMENTOS A estimativa da energia metabolizável de alimentos industrializados para cães e gatos foi revisada pelo Nutrient Requirementes of Dogs and Cats NRC 2006 A princípio para entendermos o significado e origem da energia metabolizável precisamos compreender que a energia não é um nutriente não tem massa e dimensão mensurável Case et al 2000 Quando as moléculas orgânicas são oxidadas a energia é produzida como calor e utilizada nos processos metabólicos dos animais A energia liberada pela oxidação dos alimentos assim como a oriunda do metabolismo energético como calor produzido é expressa em caloria ou joule Uma caloria é definida como a quantidade de calor necessária para elevar um grama de água de 145C a 155C Um joule equivale a 0239 cal ou seja uma caloria é igual a 418 joules Sakomura e Rostagno 2007 A energia química dos alimentos é oriunda basicamente de três nutrientes gorduras proteínas e carboidratos A energia é fundamental para a manutenção do metabolismo durante a fase de crescimento reprodução lactação na prática de atividade física e até mesmo para manutenção das atividades vitais do organismo A Figura 1 ilustra como os monogástricos aproveitam a energia dos alimentos Biologicamente podese dividir a energia em energia bruta EB energia digestível ED energia metabolizável EM e energia líquida EL A energia bruta EB ou calor de combustão é definida como a energia química total presente no alimento obtida pela combustão completa deste em bomba calorimétrica Outra forma de se obter a EB é por meio de um cálculo estimativo de acordo com os procedimentos descritos no NRC 2006 A equação para predição da EB de alimentos para cães é a mesma utilizada para alimentos destinados aos gatos como demonstrado adiante A energia digestível ED representa a energia do alimento que é absorvida após o processo de digestão nos animais É determinada pela diferença entre a EB do alimento consumido e a EB das fezes De acordo com o NRC 2006 para estimála por meio de fórmulas primeiro é necessário se estimar o coeficiente de digestibilidade da energia CDE utilizando equações distintas para cães e gatos e posteriormente calculase a ED A energia metabolizável EM representa a diferença entre a EB do alimento e a EB das fezes urina e dos gases oriundos da digestão Entretanto a perda energética na forma de gases é muito baixa e tem sido desprezada nos cálculos da EM para cães e gatos NRC 2006 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 3 A energia líquida EL é obtida pela diferença entre a EM e a energia perdida como incremento calórico O incremento calórico de forma geral representa toda perda energética que ocorre durante os processos de digestão absorção e metabolismo dos nutrientes Em síntese a EL é a energia que o animal utiliza para mantença e para atender a demanda de crescimento lactação gestação e atividade física Figura 1 Princípio da biodisponibilidade da energia Adaptado NRC 2006 A EM é a forma adotada para expressar o conteúdo energético de ingredientes e de dietas comerciais para cães e gatos Dois procedimentos básicos são admitidos para se obter a EM O primeiro corresponde à sua determinação in vivo segundo os protocolos mínimos de teste descritos internacionalmente como os descritos pela FEDIAF 2017 e outras associações Estes podem ser conduzidos pelo método de coleta total de fezes com ou sem coleta de urina ou pelo método dos indicadores ou marcadores Tais protocolos encontramse descritos no item II desta apostila Outro procedimento para obtenção da EM é sua estimativa por meio de cálculos utilizando como base a composição química analisada do alimento Em 1902 Atwater propôs estimar a energia de alimentos atribuindose valores calóricos de 4 kcalg de proteína bruta PB 9 kcalg de gordura EE e 4 kcalg de carboidrato extrativos não nitrogenados ENN Contudo estes valores são aceitáveis quando se consideram dietas de elevada digestibilidade como substitutos do leite e alimentos líquidos para nutrição enteral Para a maior parte dos alimentos comerciais para cães e gatos os quais contém quantidade relevante de carboidratos fibrosos e lignina o fator de Atwater pode conduzir a valores superestimados de EM UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 4 Desta forma foi proposta modificação no fator de Atwater atribuindose 35 kcalg PB 35 kcalg ENN e 85 kcalg EE Estas alterações foram realizadas com base na digestibilidade de dietas disponíveis no mercado nos anos 70 e 80 Mais recentemente no entanto já se reconhece que os fatores modificados de Atwater são muito imprecisos pois a digestibilidade de um alimento não é fixa dependendo largamente de sua composição especialmente de seus teores de fibra Laflamme 2001 Assim o NRC 2006 propôs uma série de equações para estimar a EM conforme descrito a seguir e que devem ser adotadas na estimativa da EM de alimentos comerciais Antes porém é importante destacar que as garantias de rótulo são apenas ajustes dos teores máximos e mínimos dos nutrientes presentes no alimento e portanto não se recomenda o emprego destas informações para a estimativa do conteúdo energético do alimento industrializado Devese estimar a EM com base nos valores analisados de nutrientes Outro ponto importante é que existem variações na composição nutricional entre lotes de um mesmo produto sendo aconselhável o emprego do conteúdo nutricional típico do produto que pode ser obtido pela média das análises químicas de vários lotes de produção A Estimativa da EM de alimentos industrializados para GATOS 1 Calcule os extrativos não nitrogenados ENN do alimento por meio da fórmula ENN 100 Umidadea PB EEA FB MM 2 Determine a energia bruta EB do alimento em bomba calorimétrica ou estime por meio da fórmulab EB kcalg 57 x g PB 94 x g EEA 41 x g ENN g FB 3 Determine o coeficiente de digestibilidade da energia CDE por meio da fórmula CDE 879 088 x porcentagem de FB na matéria secac 4 Determine a energia digestível ED por meio da fórmula ED kcalg EB x CDE100 5 Determine a energia metabolizável EM por meio da fórmula EM kcalg ED 077 x g PB aCaso a composição nutricional do alimento esteja na matéria seca utilizar a fórmula ENN 100 PB EEA FB MM bConsiderar a composição em PB EEA ENN e FB com base na matéria natural MN cEquação alternativa quando se considera a composição em fibra dietética total FDT CDE 956089 x porcentagem da FDT na matéria seca Onde PB proteína bruta EEA extrato etéreo em hidrólise ácida FB fibra bruta MM matéria mineral UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 5 Exemplo Considere um alimento com 10 umidade 32 PB 15 EEA 8 MM e 3 FB ENN 100 10 32 15 8 3 32 EB 57 x 032 94 x 015 41 x 032 003 467 kcalg CDE 87 9 0 88 x 390 x 100 85 ED 467 x 85100 397 kcalg EM 397 077 x 032 372 kcalg ou 3720 kcalkg B Estimativa da EM de alimentos industrializados para CÃES 1 Calcule os extrativos não nitrogenados ENN do alimento por meio da fórmula ENN 100 Umidadea PB EEA FB MM 2 Determine a energia bruta EB do alimento em bomba calorimétrica ou estime por meio da fórmulab EB kcalg 57 x g PB 94 x g EEA 41 x g ENN g FB 3 Determine o coeficiente de digestibilidade da energia CDE por meio da fórmula CDE 912 143 x porcentagem de FB na matéria secac 4 Determine a energia digestível ED por meio da fórmula ED kcalg EB x CDE100 5 Determine a energia metabolizável EM por meio da fórmula EM kcalg ED 104 x g PB aCaso a composição nutricional do alimento esteja na matéria seca utilizar a fórmula ENN 100 PB EEA FB MM bConsiderar a composição em PB EEA ENN e FB com base na matéria natural MN cEquação alternativa quando se considera a composição em fibra dietética total FDT CDE 966095 x porcentagem da FDT na matéria seca Onde PB proteína bruta EEA extrato etéreo em hidrólise ácida FB fibra bruta MM matéria mineral UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 6 Exemplo Considere um alimento com 10 umidade 24 PB 12 EEA 8 MM e 3 FB ENN 100 10 24 12 8 3 43 EB 57 x 024 94 x 012 41 x 043 003 438 kcalg CDE 91 2 1 43 x 390 x 100 86 43 ED 438 x 8643100 378 kcalg EM 378 104 x 024 353 kcalg ou 3530 kcalkg Obs O NRC 2006 não recomenda o uso destas equações para estimar a EM de alimentos com elevada digestibilidade como substitutos do leite e dietas líquidas para nutrição enteral Tais equações também podem não ser apropriadas para estimar a EM de alimentos para cães com teor de fibra bruta superior a 8 com base na matéria seca 2 ESTIMATIVA DAS NECESSIDADES ENERGÉTICAS DE CÃES E GATOS A definição das necessidades energéticas de cães e gatos com base somente no peso corporal não representa de forma exata a real necessidade destes animais Assim do ponto de vista fisiológico a necessidade energética não está diretamente relacionada somente ao peso corporal PC mas ao peso corporal elevado à uma potência p que corresponde ao peso metabólico PCP É importante ressaltar que considerações alométricas são particularmente importantes para cães espécie cujo peso adulto varia de 1 a 90 kg ou mais Além disso sabese que as necessidades energéticas variam de acordo com o estado fisiológico ou seja são diferentes para animais na fase de crescimento adultos em manutenção ou durante a gestação e lactação Outra característica de fundamental importância na determinação da necessidade energética principalmente para cães é a prática de atividades físicas assim como a intensidade e periodicidade com que estas são realizadas O NRC 2006 considera o escore de condição corporal ECC de gatos adultos na estimativa de suas necessidades energéticas Este corresponde a seguinte classificação UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 7 ECC Caracterização 1 Costelas visíveis em gatos de pêlo curto gordura não palpável severa retração abdominal vértebra lombar e asa do íleo evidentes e facilmente palpáveis 2 Características intermediárias entre o ECC 1 e 3 3 Costelas facilmente palpáveis com cobertura mínima de gordura vértebras lombares evidentes cintura definida atrás das costelas cobertura mínima de gordura 4 Características intermediárias entre o ECC 3 e 5 5 Ideal aparência harmônica linha da cintura uniforme com as costelas as quais são palpáveis e com cobertura delgada de gordura mínimo acúmulo de gordura abdominal 6 Características intermediárias entre o ECC 5 e 7 7 Costelas dificilmente palpáveis com moderada cobertura de gordura cintura pouco definida evidente forma circular do abdômen acúmulo moderado de gordura abdominal 8 Características intermediárias entre o ECC 7 e 9 9 Costelas não palpáveis e sob espessa cobertura de gordura depósito espesso de gordura na área lombar face região cervical e membros abdômen distendido e sem cintura evidenciando grande depósito de gordura abdominal Baseada em Laflamme et al1997ab A Estimativa das necessidades energéticas de animais ADULTOS EM MANUTENÇÃO Estão apresentadas na sequência as necessidades energéticas propostas pelo NRC 2006 No entanto particularmente para felinos esta são muito elevadas e não correspondem à realidade dos gatos domiciliados e castrados Desta forma fatores adicionais são sugeridos GATOS Tipo kcal EM por dia Gatos domésticos em adequada condição corporal ou magros¹ 100 kcal x PC em kg067 Gatos domésticos obesos² 130 kcal x PC em kg040 Gatos exóticos 55260 kcal PC em kg075 Gatos com baixa necessidade energética castrados domiciliados3 75 kcal x PC em kg067 ¹ Escore de condição corporal 5 em escala de 1 a 9 ² Escore de condição corporal 5 em escala de 1 a 9 3 Necessidade sugerida para a maior parte dos gatos domiciliados FEDIAF 2017 Necessidades ainda menores 6070 kcal x PC em kg067 podem ser verificadas para fêmeas castradas UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 8 CÃES Tipo kcal EM por dia Cães ativos ou de canil necessidade média1 130 kcal x PC em kg075 Necessidades acima da média Cães adultos jovens e ativos 140 kcal x PC em kg075 Cães Dogue Alemão Great Danes adultos e ativos 200 kcal x PC em kg075 Cães terriers adultos e ativos 180 kcal x PC em kg075 Necessidades abaixo da média Cães inativos2 95 kcal x PC em kg075 Cães idosos ativos ou Newfoundlands 105 kcal x PC em kg075 ¹Cães em ambiente doméstico com ampla oportunidade e forte estímulo à prática de exercícios como a presença de um grupo de cães em ambiente rural ou em domicílio com amplo quintal ²Cães mantidos em ambiente doméstico com pouca oportunidade ou estímulo à prática de exercício As necessidades de cães idosos ou obesos podem ser ainda menores É importante considerar para ambas espécies que os valores resultantes das equações propostas podem sub ou superestimar as necessidades de um indivíduo em particular em mais de 50 de forma que ajustes são importantes e necessários B Estimativa das necessidades energéticas de animais EM CRESCIMENTO APÓS DESMAME As necessidades energéticas de animais na fase de crescimento podem ser calculadas considerandose a relação entre o peso corporal no momento da avaliação e o peso estimado do indivíduo adulto GATOS EM kcaldia energia necessária para manutenção x 67 x e0189p 066 EM kcaldia 100 x PC em kga067 x 67 x e0189p 066 Onde p PCaPCm PCa peso corporal no momento da avaliação kg PCm peso corporal esperado quando adulto kg e base do logaritmo natural log 2718 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 9 Exemplo Para um filhote com 08 kg cuja estimativa do peso adulto seja de 5 kg a necessidade energética diária é de 179 kcaldia EM 100 x 08067 x 67 x 27180189x085 066 EM 179 kcaldia CÃES EM kcaldia energia necessária para manutenção x 32 x e087p 01 EM kcaldia 130 x PC em kga075 x 32 x e087p 01 Onde p PCaPCm PCa peso corporal no momento da avaliação kg PCm peso corporal esperado quando adulto kg e base do logaritmo natural log 2718 Esta equação considera filhotes desmamados No caso de filhotes recém nascidos a necessidade corresponde a cerca de 25 kcal para cada 100 g de PC Kienzle et al 1985 Além disso a necessidade energética de manutenção de filhotes inativos sem oportunidade ou com pouco estímulo à prática de exercícios físicos pode ser reduzida em 10 a 20 enquanto para filhotes muito ativos a necessidade pode ser maior Exemplo Para um filhote de Labrador com 16 semanas de idade 15 kg cuja estimativa do peso adulto seja de 30 kg a necessidade energética diária é de 1735 kcaldia EM 130 x 15075 x 32 x 2718087x1530 01 EM 1735 kcaldia C Estimativa das necessidades energéticas de fêmeas EM GESTAÇÃO GATOS O NRC 2006 não apresenta equação específica para estimativa da necessidade energética de gatas na fase de gestação Estes animais tendem a perder peso durante a lactação independente do alimento oferecido Scott 1968 Loveridge 1986 Loveridge e Rivers 1989 Zottmann 1997 Hendriks e Wamberg 2000 Desta forma para uma atividade reprodutiva satisfatória o aumento no peso corporal durante a fase de gestação deve ser de 40 a 50 corresponder ao ganho de peso líquido dos tecidos em decorrência do preparo para lactação acrescido do ganho em tecido fetal placental e estruturas associadas UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 10 CÃES Fêmeas na fase final de gestação ou seja de 4 semanas após acasalamento até a parição podem ter sua necessidade energética calculada considerandose a necessidade energética para manutenção acrescida da exigência energética para a gestação atribuindose 26 kcal para cada quilograma de peso corporal como expresso pela equação EM kcaldia energia necessária para manutenção 26 kcal x PC em kg EM kcaldia 130 x PC em kg075 26 kcal x PC em kg Exemplo Para uma fêmea gestante com 30 kg a necessidade energética corresponde a 2446 kcaldia EM 130 x 30075 26 x 30 EM 2446 kcaldia D Estimativa das necessidades energéticas de fêmeas EM LACTAÇÃO A estimativa das necessidades energéticas de fêmeas em lactação pode ser obtida considerandose o número de filhotes que estão sendo amamentados corrigido pelo estágio da lactação GATOS N filhotes kcal EMdia 3 EM kcaldia energia necessária para manutenção 18 x PC em kg x L EM kcaldia 100 x PC em kg067 18 x PC em kg x L 34 EM kcaldia energia necessária para manutenção 60 x PC em kg x L EM kcaldia 100 x PC em kg067 60 x PC em kg x L 4 EM kcaldia energia necessária para manutenção 70 x PC em kg x L EM kcaldia 100 x PC em kg067 70 x PC em kg x L Onde L fator para estágio de lactação de 1 a 7 semanas 09 09 12 12 11 10 08 respectivamente UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 11 Exemplo Para uma gata com 5 kg de peso corporal amamentando uma ninhada com 5 filhotes durante o pico de lactação ou seja 3ª semana a necessidade energética é de 714 kcaldia EM 100 x 5067 70 x 5 x 12 EM 714 kcaldia CÃES EM kcaldia energia necessária para manutenção extrapolada durante a lactação PC em kg x 24n 12m x L EM kcaldia 145 x PC em kg075 PC em kg x 24n 12m x L Onde n número de filhotes considerando n de 1 a 4 m número de filhotes considerando m de 5 a 8 5 filhotes m 0 L fator de correção para estágio de lactação de 1 a 4 semanas 075 095 11 12 respectivamente Exemplo Para uma cadela com 27 kg de peso corporal amamentando uma ninhada com 7 filhotes durante a 1ª semana de lactação a necessidade energética é de 4390 kcaldia EM 145 x 27075 27 x 24 x 4 12 x 3 x 075 EM 4390 kcaldia Cálculo da quantidade de alimento gramas por dia A quantidade de alimento a ser fornecido a um indivíduo é calculada considerandose a EM do alimento estimada ou determinada in vivo e a necessidade energética estimada para o animal Este procedimento de cálculo deve ser adotado para a composição das sugestões de uso constantes nos rótulos das rações A quantidade de alimento é calculada como Quantidade de alimento gdia necessidade energética do animal kcal por dia EM do alimento kcal por grama Bibliografia Consultada AAFCO Association Of American Feed Control Officials Official Publications 2004 Association of American Feed Control Officials 2004 Atwater WO Principles of nutrition and nutritive value of food Farmers Bulletin n142 1902 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 12 BRASIL Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento Regulamento técnico sobre fixação de padrões de identidade e qualidade de alimentos para fins nutricionais especiais ou alimentos com fins nutricionais específicos destinados a cães e gatos Instrução normativasarc n 9 de 9 de julho de 2003 Diário Oficial da União Brasília Seção 1 de 14 de julho de 2003 CASE LP CAREY EP HIRAKAWA DA Canine and feline nutrition 2 ed A resource for companion animal professionals St Louis Mosby 2000 455p FEDIAF The European Pet Food Industry Federation Nutritional guidelines for complete and complementary pet food for cats and dogs The European Pet Food Industry Federation Bruxelas 2018 Hendriks WH Wamberg S Milk intake of suckling kittens remains relatively constant from one to four weeks of age The Journal of Nutrition v130 p7782 2000 Laflamme DP Development and validation of a body condition score system for dogs Canine Practice v22 n4 p1015 1997a Laflamme DP Development and validation of a body condition score system for cats A clinical tool Feline Practice v25 n56 p1318 1997b Laflamme DP Determining metabolizable energy content in commercial petfoods Journal of Animal Physiology and Animal Nutrition v85 p222230 Loveridge GG Body weight changes and energy intakes of cats during gestation and lactation Animal Technology v37 p715 1986 Loveridge GG Rivers JPW Body weight changes and energy intakes of cats during pregnancy and lactation In Nutrition of the Dog and Cat Burger IH Rivers JPW eds Cambridge UK Cambridge University Press 1989 Kienzle E Meyer H Dammers C Lohrie H Milk intake weight development feed digestibility as well as energy and nutrient retention in suckling puppies In Investigations on Nutrient Requirements in Breeding Bitches and Suckling Pups Meyer H ed Volume 16 In Advances in Animal Physiology and Animal Nutrition Hamburg Germany Paul Parey 1985 Nutrient Requirements of Dogs and Cats National Research Council The National Academy Press Washington DC 2006 398p Sakomura NK Rostagno HS Métodos de pesquisa em nutrição de monogástricos Jaboticabal FUNEP 2007 283 p Scott PP The special features of nutrition of cats with observations on wild Felidae nutrition in the London Zoo In Comparative Nutrition of Wild Animals Crawford MA ed New York Academic Press 1968 Zottmann B Investigations on milk yield and milk composition of the domestic cat Felis catus Doctoral thesis Veterinary Faculty Ludwig MaximiliansUniversity Munich 1997 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 13 3 EXERCÍCIOS 31 CÃES Calcule a EM da ração abaixo especificada e a necessidade energética de cães com diferentes idades raças e que realizam atividade física em intensidades distintas que consomem esta ração Ração Níveis de garantia MN Umidade máx 100 Proteína bruta min 260 Extrato etéreo min 160 Matéria fibrosaa máx 30 Matéria mineral máx 70 Cálcio máx 13 Fósforo min 06 aMatéria fibrosa fibra bruta Cálculo da EM da ração para cães USAR DADOS SOBRE MN 1 ENN 100 Umidade PB EE FB MM 2 EB kcalg 57 x g PB 94 x g EE 41 x g ENN g FB 3 CDE 912 143 x porcentagem de FB na matéria seca 4 ED kcalg EB x CDE100 5 EM kcalg ED 104 x g PB UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 14 NECESSIDADES ENERGÉTICAS DE CÃES kcal POR DIA Cães Dogue Alemão Great Danes 200 kcal x PC em kg075 Cães Terriers ativos 180 kcal x PC em kg075 Cães adultos jovens e ativos1 140 kcal x PC em kg075 Cães ativos ou de canil 130 kcal x PC em kg075 Cães idosos ativos ou Newfoundlands 105 kcal x PC em kg075 Cães inativos domiciliados² 95 kcal x PC em kg075 ¹Cães em ambiente doméstico com ampla oportunidade e forte estímulo à prática de exercícios como a presença de um grupo de cães em ambiente rural ou em domicílio com amplo quintal ² Tratase da necessidade energética da maior parte dos cães mantidos em ambiente doméstico com pouca oportunidade ou estímulo à prática de exercício As necessidades de cães idosos e animais obesos podem ser ainda menores EM da ração kcalg Raça Idade anos Peso kg Nível de atividade física Necessidade de EM kcaldia Quantidade de ração gdia Cão 1 Terrier 15 7 Alto Cão 2 Pit Bull 16 35 Alto Cão 3 Beagle 35 125 moderado Cão 4 Labrador 40 32 moderado Cão 5 Rottweiller 90 53 moderado Cão 6 Poodle 80 28 Baixo 32 GATOS Calcule a EM da ração abaixo especificada e a necessidade energética de gatos com diferentes idades raças e que realizam atividade física em intensidades distintas que consomem esta ração Ração Níveis de garantia MN Umidade máx 100 Proteína bruta min 350 Extrato etéreo min 200 Matéria fibrosaa máx 25 Matéria mineral máx 65 Cálcio máx 14 Fósforo min 08 aMatéria fibrosa fibra bruta UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 15 Cálculo da EM da ração para gatos USAR DADOS SOBRE MN 1 ENN 100 Umidade PB EE FB MM 2 EB kcalg 57 x g PB 94 x g EE 41 x g ENN g FB 3 CDE 879 088 x porcentagem de FB na matéria seca 4 ED kcalg EB x CDE100 5 EM kcalg ED 077 x g PB NECESSIDADES ENERGÉTICAS DE GATOS kcal POR DIA Gatos em adequada condição corporal ou magros1 100 kcal x PC em kg067 Gatos obesos2 130 kcal x PC em kg040 1Escore de condição corporal de1 a 5 2Escore de condição corporal de 6 a 9 EM da ração kcalg Raça Idade anos Peso kg Escore corporal Necessidade de EM kcaldia Quantidade de ração gdia Gato 1 SRD 15 51 5 Gato 2 A Short hair 20 68 7 Gato 3 Persa 50 45 8 Gato 4 Siamês 60 42 7 Gato 5 S da Birmânia 90 32 3 Gato 6 Angorá 80 31 4 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 16 II PROTOCOLO MÍNIMO PARA DETERMINAR A ENERGIA METABOLIZÁVEL E COEFICIENTES DE DIGESTIBILIDADE APARENTE DOS NUTRIENTES DE ALIMENTOS PARA CÃES E GATOS 1 MÉTODO DE COLETA QUANTITATIVA OU COLETA TOTAL A Recebimento e identificação da amostra As informações referentes ao alimento tais como tipo seco úmido semi úmido espécie e fase da vida para a qual é destinado devem ser registrados juntamente com a marca fabricante lote e data de produção do produto Níveis de garantia de nutrientes e lista de ingredientes também são informações fundamentais e devem estar explícitas no rótulo da ração Verificar e anotar as condições do produto cor odor aspecto uniformidade presença de contaminantes e de finos no fundo da embalagem Amostrar cerca de 500g da ração e acondicionar o material devidamente identificado e vedado Esta amostra será utilizada nas determinações laboratoriais de nutrientes e em conjunto com as análises realizadas nas fezes e urina possibilitarão o cálculo da digestibilidade e energia metabolizável do alimento B Preparo dos animais para o teste Utilizar um mínimo de 6 animais adultos para o teste cães ou gatos devidamente desverminados e vacinados e clinicamente sadios É aconselhável que os animais sejam uniformes com relação à raça idade peso e escore corporal fêmeas no cio não devem ser empregadas Para determinar a EM com coleta de urina os animais deverão ser mantidos individualmente em gaiolas de metabolismo em inox durante todo o período experimental Caso a urina não seja recolhida e a EM estimada com base em fatores de correção ver a seguir os animais poderão ser individualmente mantidos em gaiolas com grade no fundo de modo que possibilite separar fezes de urina além de garantir a coleta quantitativa de fezes Admitese também neste caso o uso de baias desde que estas permitam a coleta de fezes sem que ocorram perdas e contaminações UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 17 C Procedimento experimental O protocolo é dividido em duas fases denominadas de fase de adaptação e de coleta O período de adaptação deve ser composto por no mínimo 5 dias e tem por objetivos adaptar os animais à dieta à gaiola ajustar a ingestão de alimento e quando necessário verificar a manutenção do peso corporal A fase de coleta deve corresponder a um mínimo de 120 horas para cães e para gatos recomendase duração mínima de 7 dias 168 horas Durante este período toda a produção de fezes e se for o caso de urina deve ser recolhida quantificada e armazenada à 15oC Durante a fase de coleta o consumo de alimento deverá permanecer constante de forma a evitar variações de excreção além de ser rigorosamente mensurado e registrado No entanto o protocolo mínimo oficialmente preconizado é de 3 dias de adaptação e 4 dias de coleta para cães e 5 dias de adaptação e 5 de coleta para gatos FEDIAF 2017 Este período muito curto especialmente para felinos não e muito apropriado pois gatos podem defecar a dias alternados comprometendo a qualidade do balanço de massas e gatos pequenos podem produzir poucas fezes restringindo a amostra disponível para análises laboratoriais D Fase de adaptação Os animais deverão ser identificados ter seu peso aferido e registrado em documento que disponibilize todas as informações referentes ao mesmo O alimento pode ser fornecido uma vez ao dia ou dividido em duas porções no entanto devese sempre alimentar os animais nos mesmos horários ao longo do ensaio A quantidade de alimento fornecida a cada animal pode ser aquela necessária para manter o peso corporal ou ser estimada de acordo com as necessidades energéticas de manutenção segundo recomendações do NRC 2006 Devese ter o cuidado entretanto de aplicar o mesmo fator para calcular a necessidade energética de todos os animais envolvidos Durante todo o período experimental devese disponibilizar água à vontade Nos casos de rejeição ao alimento durante a fase de adaptação ou a maior parte dos animais não consumir no mínimo 75 da quantidade calculada o teste deverá ser interrompido Ingestão inferior assim como uma ingestão aumentada caso a quantidade não tenha sido calculada corretamente ou em ingestões ad libitum são alterações que podem comprometer a veracidade dos resultados O consumo de quantidade abaixo da recomendada pode causar aumento da perda endógena e o excesso de alimento pode diminuir a digestibilidade por sobrecarga alimentar E Fase de coleta Alimento o alimento oferecido deverá ser quantificado em balança com precisão de no mínimo décimo de grama 001g sendo esta informação registrada em planilha própria Para ensaios com rações semiúmidas e úmidas toda a sobra de alimentos deve ser recolhida quantitativamente e armazenada em freezer 15o C Ao final do procedimento estas deverão ser homogeneizadas e ter sua matéria seca determinada Esta sobra de matéria seca do alimento não consumido deverá ser empregado no cálculo da ingestão do produto UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 18 Fezes estas devem ser coletadas e pesadas preferencialmente à medida que os animais defecarem ou pelo menos 2 vezes ao dia As fezes de cada animal devem ser armazenadas em saco plástico ou recipiente apropriado identificado e com fechamento hermético sendo imediatamente armazenadas em freezer 15oC Devese compor um pool das fezes de cada um dos animais Urina quando realizada coleta de urina esta deve ser recolhida em recipiente contendo 1mL de ácido sulfúrico H2SO4 1EqL com a finalidade de evitar o crescimento bacteriano e a volatilização de nitrogênio da amostra O volume total deverá ser mensurado e anotado em planilha própria Para cães é possível armazenar uma alíquota de 30 do volume da urina produzida evitandose assim a manipulação e armazenamento de grande quantidade de recipientes Recomendase o congelamento em recipientes identificados e individuais o quanto antes Devese compor um pool da urina de cada um dos animais F Preparo das amostras para análise laboratorial Após o término do ensaio as fezes de cada animal devem ser descongeladas devidamente homogeneizadas distribuídas em bandejas pesadas pesar separadamente a bandeja e a amostra e submetidas a pré secagem em estufa de ventilação forçada à temperatura de 55ºC por um período de 72 horas Após este período as fezes deverão ser retiradas pesadas e acondicionadas em sacos plásticos ou recipientes apropriados hermeticamente fechados e identificados de forma a não se rehidratarem Alimentos secos não necessitam de présecagem em estufa à 55ºC Já alimentos úmidos deverão passar pelo procedimento de présecagem da mesma forma que as fezes A umidade de alimentos semiúmidos deve ser determinada pelo método do Tolueno AOAC 1996 Após os procedimentos acima fezes e alimento devem ser moídos em moinho de facas com peneira de 1mm e então analisadas em laboratório em duplicata para a determinação da energia bruta e demais nutrientes de interesse segundo metodologias analíticas aprovadas e recomendadas pela AOAC 1996 A matéria seca final das fezes para o cálculo da digestibilidade poderá ser calculada pela seguinte fórmula MS final MS 55C x MS 105C 100 Obs A MS final será utilizada APENAS para se obter a quantidade de matéria seca de fezes excretada Nos cálculos das análises bromatológicas das fezes devese utilizar o valor da MS 105C já que a amostra utilizada para tais análises se encontrava préseca à 55C UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 19 Para secar a urina devese descongelar e homogeneizar o pool de cada animal o que equivale à produção de urina durante todo período de coleta Colocar 30mL de urina em recipiente não muito fundo pesar separadamente o recipiente e a amostra e posteriormente levar a estufa com ventilação forçada à 55ºC por um período de 24 horas Repetir este procedimento por mais duas vezes completando assim o volume total de 90 mL secos O resíduo seco da urina estará pronto para análise de matéria seca e energia bruta em bomba calorimétrica G Cálculo dos coeficientes de digestibilidade aparente e da energia metabolizável Abaixo estão descritos os cálculos para determinação dos coeficientes de digestibilidade aparente dos nutrientes e da energia metabolizável de alimentos pelo método de coleta total A composição nutricional do alimento e das fezes devem estar sobre a matéria seca 1 Coeficiente de digestibilidade aparente da matéria seca CDAMS CDAMS consumo total raçãoa fezes totaisb x 100 consumo total raçãoa 2 Coeficiente de digestibilidade aparente do nutriente CDAN CDAN nutrienteRc x consumo total raçãoa nutrienteFd x fezes totaisb x 100 nutrienteRc x consumo total raçãoa 3 Energia metabolizável aparente EMA É importante destacar que a EMA dos alimentos pode ser determinada com ou sem coleta de urina A coleta de urina visa determinar em bomba calorimétrica a energia bruta proveniente da excreção renal de uréia quando a proteína digerida é completamente metabolizada Quando não houver coleta quantitativa de urina podese estimar a EB desta por meio dos fatores de correção recomendados pela FEDIAF 2017 conforme especificado a seguir Fatores de correção FC para perdas energéticas pela urina Cães 125 kcal por grama de proteína digestível ingerida PDing Gatos 086 kcal por g de PDing UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 20 EMA SEM coleta de urina PDing g consumo total raçãoa x PBre fezes totaisb x PBff 100 100 EMA kcalg consumo total raçãoa x EBrg fezes totaisb x EBfh FC x PDing consumo total raçãoa aconsumo total ração equivale a quantidade total de alimento oferecido descontada da quantidade total de alimento recusado durante a fase de coleta Dados em gramas g de MS bfezes totais equivale a quantidade total de fezes excretadas pelo animal durante a fase de coleta Dados em gramas g de MS cnutrienteR equivale a composição percentual na matéria seca de determinado nutriente na ração consumida dnutrienteF equivale a composição percentual na matéria seca de determinado nutriente nas fezes produzidas ePBr equivale a composição percentual na matéria seca de proteína bruta na ração consumida fPBf equivale a composição percentual na matéria seca de proteína bruta nas fezes produzidas gEBr equivale a energia bruta em kcalg MS de ração consumida hEBf equivale a energia bruta em kcalg MS de fezes produzidas EMA COM coleta de urina EMA kcalg consumo total raçãoa x EBrg fezes totaisb x EBfh urina totali x EBuj consumo total raçãoa iurina total equivale ao volume total de urina excretada pelo animal durante a fase de coleta Dados em mililitros mL jEBu equivale a energia bruta em kcalmL de urina produzida Para fixar os procedimentos de cálculo considere o exemplo abaixo Considerando que um cão tenha sido submetido ao protocolo descrito neste capítulo obtendose os seguintes dados valores sobre a matéria seca a Consumo total de matéria seca do alimento 1200g b Excreção fecal total em matéria seca 240g c Teor de proteína bruta na matéria seca da dieta 24 d Teor de proteína bruta na matéria seca das fezes 20 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 21 e Energia bruta da dieta na matéria seca 46 kcalg f Energia bruta da urina 05 kcalmL g Volume de urina 400 mL h Energia bruta das fezes na matéria seca 32 kcalg i Fator de correção para perda de energia pela urina de cães 125 kcalg PDing Determinar o CDAMS CDAPB e a EMA utilizando o tanto o fator de correção para perda de energia pela urina como a EB eliminada pela urina Coeficiente de digestibilidade aparente da matéria seca CDAMS CDAMS a b x 100 a CDAMS 1200 240 x 100 80 1200 Coeficiente de digestibilidade aparente da proteína bruta CDAPB CDAPB c x a d x b x 100 c x a CDAPB 24 x 1200 20 x 240 x 100 833 24 x 1200 Energia metabolizável aparente EMA Sem coleta de urina PDing g a x c100 b x d100 PDing 1200 x 24100 240 x 20100 240 g EMA kcalg a x e b x h i x PDing a EMA 1200 x 46 240 x 32 125 x 240 37 kcalg 1200 Com coleta de urina EMA kcalg a x e b x h f x g a EMA 1200 x 46 240 x 32 05 x 400 38 kcalg 1200 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 22 Bibliografia consultada AAFCO ASSOCIATION OF AMERICAN FEED CONTROL OFFICIALS Official Publications 2004 Association of American Feed Control Officials 2004 AOAC Association of Official Analytical Chemists Official Methods of analysis 16 ed Gaithersburg 1996 v1 chap 4 p145 Nutrient Requirements of Dogs and Cats National Research Council The National Academy Press Washington DC 2006 398p UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 23 2 EXERCÍCIOS A Ingestão total de alimento no período em gramas A B Ingestão total de MS de alimento no período em gramas BA x MS100 C Total de fezes coletadas no período em gramas C D Total de MS de fezes coletadas no período em gramas DC x MS100 E Porcentagem do nutriente na MS do alimento E F Nutriente ingerido no período em gramas FB x E100 G Porcentagem do nutriente na MS das fezes G H Nutriente excretado nas fezes no período em gramas HD x G100 I Coeficiente de digestibilidade aparente IFHF x 100 Onde MS matéria seca 100 umidade A valor referente ao consumo acumulado nos 5 dias de coleta C valor referente a excreção acumulada nos 5 dias de coleta EXERCÍCIO 1 Considere a ingestão acumulada em 7 dias de 30882g para o gato 1 e 31803g para o gato 2 Foram coletados 11017g de fezes e 198 mL de urina do animal 1 e 15594g de fezes e 238 mL de urina do animal 2 nesse mesmo período Calcular os coeficientes de digestibilidade aparente CDA dos nutrientes e a energia metabolizável EM da ração para os animais 1 e 2 Ração Animal 1 Animal 2 Fezes MS 9413 3996 3144 Composição sobre a MS MM 611 2398 1982 MO 9389 7602 PB 4168 2931 2916 EEA 953 1214 868 FB 233 934 754 EB kcalg 508 413 400 ENN 4035 2523 Urina Volume mL 198 238 EB kcalmL 098 085 MS final MS 55C x MS 105C100 MS matéria seca MM matéria mineral MO matéria orgânica MO 100 MM se estiver na MS ou MO MS MM se estiver na MN PB proteína bruta EEA extrato etéreo ácido FB fibra bruta EB energia bruta ENN extrativos não nitrogenados ENN 100 Umidade MM PB EEA FB se os dados estiverem na MS não precisa descontar a umidade UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 24 Digestibilidade da MS Fórmula Animal 1 Animal 2 A Ingestão total de alimento no período em gramas A 30882 B Ingestão total de MS de alimento no período em gramas B A x MS100 30882 x 09413 29069 C Total de fezes coletadas no período em gramas C 11017 D Total de MS de fezes coletadas no período em gramas D C x MS100 11017 x 03996 4402 E CDA da MS E B D x 100 B 8486 Digestibilidade da MO Fórmula Animal 1 Animal 2 A Ingestão total de alimento no período em gramas A 30882 B Ingestão total de MS de alimento no período em gramas B A x MS100 30882 x 09413 29069 C Total de fezes coletadas no período em gramas C 11017 D Total de MS de fezes coletadas no período em gramas D C x MS100 11017 x 03996 4402 E MO na MS do alimento E 9389 F MO ingerida em gramas F B x E100 27293 G MO na MS das fezes G 7602 H MO excretada nas fezes em gramas H D x G100 3346 I CDA da MO I F H x 100 F 8774 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 25 Digestibilidade da PB Animal 1 Animal 2 A Ingestão total de alimento no período em gramas 30882 B Ingestão total de MS de alimento no período em gramas 30882 x 09413 29069 C Total de fezes coletadas no período em gramas 11017 D Total de MS de fezes coletadas no período em gramas 11017 x 03996 4402 E PB na MS do alimento 4168 F PB ingerida em gramas 12116 G PB na MS das fezes 2931 H PB excretada nas fezes em gramas 1290 I CDA da PB 8935 Digestibilidade do EEA Animal 1 Animal 2 A Ingestão total de alimento no período em gramas 30882 B Ingestão total de MS de alimento no período em gramas 30882 x 09413 29069 C Total de fezes coletadas no período em gramas 11017 D Total de MS de fezes coletadas no período em gramas 11017 x 03996 4402 E EEA na MS do alimento 953 F EEA ingerido em gramas 2770 G EEA na MS das fezes 1214 H EEA excretado nas fezes em gramas 534 I CDA do EEA 8072 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 26 Digestibilidade da FB Animal 1 Animal 2 A Ingestão total de alimento no período em gramas 30882 B Ingestão total de MS de alimento no período em gramas 30882 x 09413 29069 C Total de fezes coletadas no período em gramas 11017 D Total de MS de fezes coletadas no período em gramas 11017 x 03996 4402 E FB na MS do alimento 233 F FB ingerida em gramas 677 G FB na MS das fezes 934 H FB excretada nas fezes em gramas 411 I CDA da FB 3929 Digestibilidade da EB Animal 1 Animal 2 A Ingestão total de alimento no período em gramas 30882 B Ingestão total de MS de alimento no período em gramas 30882 x 09413 29069 C Total de fezes coletadas no período em gramas 11017 D Total de MS de fezes coletadas no período em gramas 11017 x 03996 4402 E kcal EBg MS do alimento 508 F EB ingerida em kcal 147671 G kcal EBg MS de fezes 413 H EB excretada nas fezes em kcal 18180 I CDA da EB 8769 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 27 Digestibilidade do ENN Animal 1 Animal 2 A Ingestão total de alimento no período em gramas 30882 B Ingestão total de MS de alimento no período em gramas 30882 x 09413 29069 C Total de fezes coletadas no período em gramas 11017 D Total de MS de fezes coletadas no período em gramas 11017 x 03996 4402 E ENN na MS do alimento 4035 F ENN ingerido em gramas 11729 G ENN na MS das fezes 2523 H ENN excretado nas fezes em gramas 1111 I CDA do ENN 9053 Energia metabolizável COM coleta de urina Fórmula Animal 1 Animal 2 A kcal EBg MS de alimento A 508 B kcal EBg MS de fezes B 413 C kcal EBmL de urina C 098 D Ingestão total de MS de alimento no período em gramas D 29069 E Total de MS de fezes coletadas no período em gramas E 4402 F Total de urina coletada no período em mL F 1980 G Energia metabolizável kcalg MS G A x D B x E C x F D 379 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 28 EXERCÍCIO 2 Considere a ingestão acumulada em 5 dias de 650g para o cão 1 e 680g para o cão 2 Foram coletados 35129g de fezes do animal 1 e 31560g de fezes do animal 2 neste mesmo período Calcular os coeficientes de digestibilidade aparente CDA dos nutrientes e a energia metabolizável EM da ração para os animais 1 e 2 Composição Ração Ração sobre MS Animal 1 Animal 1 sobre MS Animal 2 Animal 2 sobre MS Fezes MS 55C 3764 4293 MS 105C 9202 9352 9248 MS final 9202 3520 MM 1311 1425 2904 3105 3282 MO 9443 7588 PB 2406 2788 2693 EEA 625 377 345 FB 289 1123 1396 EB kcalg 381 245 236 ENN MS final MS 55C x MS 105C Utilizada APENAS para calcular a quantidade de 100 MS de fezes excretada MS matéria seca MM matéria mineral MO matéria orgânica MO 100 MM se estiver na MS ou MO MS MM se estiver na MN PB proteína bruta EEA extrato etéreo ácido FB fibra bruta EB energia bruta ENN extrativos não nitrogenados ENN 100 Umidade MM PB EEA FB se os dados estiverem na MS não precisa descontar a umidade Digestibilidade da MS Fórmula Animal 1 Animal 2 A Ingestão total de alimento no período em gramas A 650 B Ingestão total de MS de alimento no período em gramas B A x MS100 650 x 09202 59813 C Total de fezes coletadas no período em gramas C 35129 D Total de MS de fezes coletadas no período em gramas D C x MS100 35129 x 03520 12365 E CDA da MS E B D x 100 B 7934 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 29 Digestibilidade da MO Fórmula Animal 1 Animal 2 A Ingestão total de alimento no período em gramas A 650 B Ingestão total de MS de alimento no período em gramas B A x MS100 650 x 09202 59813 C Total de fezes coletadas no período em gramas C 35129 D Total de MS de fezes coletadas no período em gramas D C x MS100 35129 x 03520 12365 E MO na MS do alimento E 9443 F MO ingerida em gramas F B x E100 56481 G MO na MS das fezes G 7588 H MO excretada nas fezes em gramas H D x G100 9383 I CDA da MO I F H x 100 F 8339 Seguindo o mesmo modelo de cálculo exposto acima para coeficiente de digestibilidade aparente CDA da matéria orgânica MO calcule os CDA para os outros nutrientes Animal 1 Animal 2 CDA da PB 7643 CDA do EEA 8773 CDA da FB 2093 CDA da EB 8692 CDA dos ENN 8936 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 30 Energia metabolizável SEM coleta de urina Fórmula Animal 1 Animal 2 A kcal EBg MS de alimento A 414 B kcal EBg MS de fezes B 262 C Ingestão total de MS de alimento no período em gramas C 59813 D Total de MS de fezes coletadas no período em gramas D 12365 E PB na MS do alimento E 2615 F PB na MS das fezes F 2981 G Fator de correção G 125 H Ingestão total de PB no período em gramas H C x E100 15641 I Excreção total de PB nas fezes no período em gramas I D x F100 3686 J PD ingerida no período em gramas J H I 11955 K Energia metabolizável kcalg K A x C B x D FC x J C 335 Fator de correção 125 kcal EBg PDing para cães 086 kcal EBg PDing para gatos UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 31 3 MÉTODO DO INDICADOR OU SUBSTÂNCIA ÍNDICE O método do indicador é uma alternativa à coleta total quando se torna difícil ou inconveniente mensurarse a ingestão ou coletarse totalmente as fezes Carciofi et al 2007 O indicador deve ser totalmente indigerível e inabsorvido no trato gastrintestinal não ter função fisiológica poder ser processado com o alimento misturarse facilmente com o alimento permanecer homogeneamente distribuído na digesta possuir um método específico sensível e prático de determinação laboratorial e preferencialmente ocorrer naturalmente no alimento Há dois tipos de indicadores os internos e externos Indicadores internos estão presentes no próprio alimento a exemplo das Cinzas Insolúveis em Ácido CIA que demonstrou ser uma boa opção e uma alternativa viável como indicador para gatos Vasconcellos et al 2007 Indicador externo é aquele que é adicionado ao alimento teste o mais comumente utilizado é o Óxido Crômico OC O cromo solúvel e o hexavalente são altamente mutagênicos Porém o cromo presente no OC trivalente é muito pouco reativo ao DNA e pobremente absorvido pelas membranas celulares Ferreira 2002 No entanto este também não dispensa cuidados na sua manipulação Para mensurar a viabilidade do indicador determinase sua Taxa de Recuperação TR Independente do indicador interno ou externo esperase uma recuperação nas fezes próxima a 100 Esta é calculada como TR indicador ingerido g x 100 indicador excretado g ARecebimento e identificação da amostra Os dados referentes ao alimento tais como tipo de produto espécie e fase da vida para a qual é destinado devem ser anotados juntamente com a marca fabricante lote e data de fabricação Anotar níveis de garantia de nutrientes e a lista de ingredientes presentes no rótulo da ração Verificar e anotar as condições do produto cor odor aspecto uniformidade presença de contaminantes e presença de finos no fundo do saco Amostrar cerca de 500g da ração e acondicionar o material devidamente identificado e vedado BPreparo o alimento para o teste com uso de óxido crômico A seguir são apresentados três procedimentos distintos cabendo ao responsável pelas análises escolher a melhor opção para o emprego do Óxido Crômico UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 32 O procedimento descrito abaixo é utilizado nos casos em que a ração empregada para a determinação da digestibilidade já se apresente extrusada 1 Calcular a quantidade de ração necessária para realizar o ensaio 2 Moer a ração em moinho com peneira de 25 milímetros ou maior Peneiras menores não devem ser utilizadas quando produtos comerciais forem empregados no teste pois uma moagem mais fina do produto em teste pode involuntariamente elevar sua digestibilidade levando a um resultado incorreto 3 Pesar exatamente a quantidade de ração conseguida após a moagem e calcular a quantidade de Óxido Crômico a ser adicionada 4 O Óxido Crômico deverá ser de boa qualidade e livre de cromo solúvel 5 Sugerese adição de 025 a 035 de óxido crômico 6 É fundamental utilizar luvas para manipular o óxido crômico 7 Pesar o óxido crômico necessário para adição na ração e guardar uma amostra de 2 gramas para uso nas análises laboratoriais 8 Separar parte da ração moída em um recipiente cerca de 5 kg e peneirar sobre ela o óxido crômico em peneira fina de forma a desfazer todos os grumos 9 À medida que o cromo é peneirado sobre a ração mistureo à mesma freqüentemente evitando que os grumos se formem novamente 10 Colocar a ração farelada e o conteúdo do recipiente ração pré misturada ao óxido crômico no misturador e efetuar a mistura final do óxido crômico à ração Os misturadores indicados para efetuar uma mistura homogênea são os em forma de Y ou V 11 Após a mistura total do óxido crômico com a ração teste retirar 500g de ração e armazenar em saco plástico apropriado devidamente identificado Esta amostra será empregada para as determinações laboratoriais para o cálculo da digestibilidade e energia metabolizável O procedimento descrito abaixo poderá ser seguido quando o óxido crômico for adicionado ao produto antes da extrusão 1 O Óxido Crômico em pó deverá ser acrescentado durante a pré mistura dos ingredientes e deverá ser homogeneizado e posteriormente extrusado juntamente com o produto CPreparo dos animais para o teste Utilizar um mínimo de 6 animais adultos para o teste cães ou gatos Estes deverão ser considerados clinicamente sadios estarem devidamente desverminados e vacinados É aconselhável que estes sejam uniformes com relação à raça idade peso e escore corporal fêmeas no cio devem ser evitadas UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 33 Para a determinação da Energia Metabolizável pelo método dos indicadores não é necessário que os animais sejam mantidos em gaiolas metabólicas desde que fiquem alojados em recintos individuais que propiciem a coleta de fezes não contaminadas com urina ou sujeira DProcedimento experimental O protocolo é dividido em duas fases adaptação e coleta semelhante ao protocolo pelo método de coleta total descrito no capítulo anterior O período de adaptação é composto por um tempo mínimo de 5 dias para cães e gatos tendo por objetivo adaptar os animais à dieta regularizar a taxa de excreção fecal do indicador ajustar a ingestão de alimento e quando necessário verificar a manutenção do peso corporal A fase de coleta deve constar de um mínimo de 5 dias ou 120 horas para cães e de 7 dias para gatos 168 horas Não é necessário colher todo o material fecal nem quantificar o consumo alimentar No entanto é necessário que o consumo alimentar seja adequado e constante durante esta fase EFase de adaptação Pesar os animais que participarão do ensaio e anotar o peso em local apropriado junto com os dados e nomes dos mesmos A quantidade de alimento fornecida a cada animal pode ser baseada na quantidade necessária para manter o peso corporal ou estimada conforme as necessidades energéticas de manutenção recomendados pelo NRC 2006 A quantidade diária de alimento pode ser fornecida uma vez ao dia ou dividida em duas refeições Devese sempre alimentar os animais nos mesmos horários ao longo do ensaio Água deve ser disponível à vontade durante todo o período experimental Se durante o período de adaptação o alimento for rejeitado pelos animais ou a maior parte dos animais não consumir 75 da quantidade calculada o teste deverá ser interrompido O alimento moído farelado misturado ao cromo deverá ser fornecido aos animais umedecido em água de forma a adquirir consistência pastosa o que visa aumentar sua palatabilidade e favorecer o consumo Gatos recusam ingerir alimento desta forma Para estes animais é preferível a utilização da coleta total ou a mistura do óxido crômico ao alimento antes da extrusão FFase de coleta Fezes durante o período de coleta não é necessário quantificar o consumo alimentar e a produção fecal pois no calculo será apenas considerada a relação entre as concentrações de OC no alimento e nas fezes de cada animal Uma porção representativa das fezes deve ser colhida preferencialmente 2 vezes ao dia armazenada em recipiente apropriado e identificado compondose um pool das fezes de cada animal Assim que recolhidas deverão ser imediatamente armazenadas em freezer 15oC UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 34 GPreparo das amostras para análise laboratorial Após o término do ensaio as fezes de cada animal devem ser descongeladas devidamente homogeneizadas distribuídas em bandejas e pesadas pesar separadamente a bandeja e a amostra para a présecagem em estufa de ventilação forçada à temperatura de 55ºC por um período de 72 horas O peso do material antes da présecagem deverá ser anotado para o cálculo da primeira matéria seca Após 72 horas em estufa as fezes deverão ser retiradas e pesadas imediatamente Acondicionar as fezes secas em sacos plásticos ou recipientes apropriados hermeticamente fechados e identificados de forma a não se rehidratarem Moer as fezes e ração em moinho de facas com peneira de 1mm Rações secas não necessitam présecagem em estufa à 55ºC Alimentos úmidos deverão passar pelo procedimento de présecagem da mesma forma que as fezes A umidade de alimentos semiúmidos deve ser determinada pelo método do Tolueno AOAC 1996 As amostras devidamente moídas deverão ser analisadas no laboratório em duplicata para a determinação da energia bruta e demais nutrientes de interesse segundo metodologias analíticas aprovadas e descritas pela AOAC 1996 A matéria seca final das fezes para o cálculo da digestibilidade poderá ser calculada pela fórmula abaixo MS Final MS 55C x MS 105C 100 O óxido crômico contido no alimento e nas fezes pode ser quantificado por duas metodologias colorimetria ou espectrofotometria de absorção atômica De acordo com AAFCO 2004 a especfotometria de absorção atômica é a mais indicada por permitir maior repetibilidade Recomendase realizála conforme foi descrita por Silva e Queiroz 2006 Para análise colorimétrica sugerese o método de FENTON e FENTON 1979 Carciofi e colaboradores 2007 demonstraram que as duas técnicas são eficientes para uso em cães e apresentam elevada correlação entre si r099 P001 HCálculos dos coeficientes de digestibilidade e da Energia Metabolizável Aparente Abaixo estão descritos os cálculos para a determinação dos coeficientes de digestibilidade e energia metabolizável dos alimentos pelo método dos indicadores Os resultados de análises devem todos ser expressos sobre a matéria seca UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 35 Coeficientes de digestibilidade aparente da matéria seca CDAMS CDAMS 100 100 x ind ração ind fezes 1 Coeficientes de digestibilidade aparente dos nutrientes CDAN CDAN 100 100 x ind ração x nutriente fezes ind fezes nutriente ração 2 Calculo da Energia Metabolizável Aparente EMA sem coleta de urina Fatores de correção para perdas energética através da urina Cães 125 kcal por grama de proteína digestível ingerida PDing Gatos 086 kcalg PDing Para a determinação da EMA é preciso se quantificar a porcentagem de PB do alimento teste e das fezes dos animais a fim de se terminar a Proteína Digestível PD Calculo da EMA EMA kcalg EDa PDb100 x FC a ED 1 Ind ração x EB fezes x EB ração ind fezes EB ração b PD 1 ind ração x PB fezes x PB ração ind fezes PB ração Supondose que um cão foi submetido ao protocolo acima utilizando o indicador externo OC e tenhamse obtidos os seguintes dados Óxido crômico na ração a 035 Óxido crômico nas fezes b 315 Proteína bruta da ração c 24 Proteína bruta das fezes d 20 Energia bruta da ração e 42 kcalg Energia bruta das fezes f 32 kcalg UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 36 Fator de correção para perda energética pela urina de cães g 125 kcalg de PDing 1 CDAMS 100 100 x a b CDAMS 100 100 x 035 8889 315 2 CDAPB 100 100 x a x d b c CDAPB c 100 100 x 035 x 20 9074 315 24 c Para os demais nutrientes o cálculo é o mesmo devendose substituir a concentração de PB pelo teor de nutriente de interesse 3 ED 1 a x f x e b e ED 1 035 x 32 x 42 384 kcalg 315 42 4 PD 1 a x d x e b e PD 1 035 x 20 x 24 2178 315 24 5 EMA ED PD100 x g EMA 384 2178100 x 125 357 kcalgrama de alimento Bibliografia Consultada AAFCO ASSOCIATION OF AMERICAN FEED CONTROL OFFICIALS Official Publications 2004 Association of American Feed Control Officials 2004 AOAC Association of Official Analytical Chemists Official Methods of analysis 16 ed Gaithersburg v1 cap 4 p145 1996 CARCIOFI A C VASCONCELLOS R S OLIVEIRA L D et al Chromic oxide as a digestibility marker for dogsA comparison of methods analysis Animal Feed Science and Technologyv 134 p273282 2007 FENTON TW FENTON M An improved procedure for the determination of chromic oxide in feed and feces Canadian Journal of Animal Science Ottawa v 1 n 59 p 6316341979 FERREIRA ADQ O impacto do crômio nos sistemas biológicos Quim Nova v25 p572578 2002 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 37 NRC Nutrient Requirements of Dogs and Cats National Research Council The National Academy Press Washington DC 2006 398p SILVA D J QUEIROZ A C Determinação do Cromo Óxido CrômicoCr2O3 em fezes In Análise de Alimentos Métodos Químicos e Biológicos Ed Universidade Federal de Viçosa UFV UFV 3 ed p218224 2006 VASCONCELLOS R S CARCIOFI AC OLIVEIRA L D PRADA F PEREIRA GT Utilização de indicadores para estimar a digestibilidade aparente em gatos Arq Bras Med Vet Zootec v59 n2 p466472 2007 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 38 4 EXERCÍCIOS MÉTODO DO INDICADOR EXERCÍCIO 1 Complete o quadro abaixo e determine as digestibilidades dos nutrientes e a energia metabolizável para os cães 1 e 2 abaixo Análise sobre a MS Ração Animal 1 Animal 2 MS 9311 362 431 MM 502 102 109 MO 9498 8980 PB 240 1210 1540 EEA 1228 789 623 FB 30 75 82 EB kcalg 435 265 242 ENN 5570 6231 Cr2O3 025 092 089 Digestibilidade da MS Fórmula Animal 1 Animal 2 A de Cr2O3 no alimento na MS A 025 B de Cr2O3 nas fezes na MS B 092 C CDAMS C100100xAB 7283 Digestibilidade da MO Fórmula Animal 1 Animal 2 A de Cr2O3 no alimento na MS A 025 B de Cr2O3 nas fezes na MS B 092 C MO no alimento C 9498 D MO nas fezes D 8990 E CDAMO E100100xABxDC 7431 Digestibilidade da PB Fórmula Animal 1 Animal 2 A de Cr2O3 no alimento na MS A 025 B de Cr2O3 nas fezes na MS B 092 C PB no alimento C 240 D PB nas fezes D 1210 E CDAPB E100100xABxDC 8630 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 39 Digestibilidade do EEA Fórmula Animal 1 Animal 2 A de Cr2O3 no alimento na MS A 025 B de Cr2O3 nas fezes na MS B 092 C EEA no alimento C 1228 D EEA nas fezes D 789 E CDAEEA E100100xABxDC 8254 Digestibilidade da EB Fórmula Animal 1 Animal 2 A de Cr2O3 no alimento na MS A 025 B de Cr2O3 nas fezes na MS B 092 C EB no alimento C 435 D EB nas fezes D 265 E CDAEB E100100xABxDC 8345 Digestibilidade dos ENN Fórmula Animal 1 Animal 2 A de Cr2O3 no alimento na MS A 025 B de Cr2O3 nas fezes na MS B 092 C ENN no alimento C 5570 D ENN nas fezes D 6231 E CDAENN E100100xABxDC 6960 Energia metabolizável Fórmula Animal 1 Animal 2 A EB do alimento kcalg A 435 B EB das fezes kcalg B 265 C de Cr2O3 no alimento C 025 D de Cr2O3 nas fezes D 092 E PB no alimento E 240 F PB nas fezes F 1210 G Fator de correção G 125 H Energia digestível kcalg H1CDBAA 363 I Proteína Digestível I1CDEFF 2071 J Energia metabolizável kcalg JHI100G 337 FC fator de correção 125 kcalg para cães 086 kcalg para gatos UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 40 III DETERMINAÇÃO DA DIGESTIBILIDADE E ENERGIA METABOLIZÁVEL DE UM INGREDIENTE MÉTODO DE SUBSTITUIÇÃO MATTERSON et al1965 É possível se determinar os coeficientes de digestibilidade aparente dos nutrientes e a EM de INGREDIENTES e não de dietas como demonstrado no último capítulo A determinação da digestibilidade dos nutrientes de uma matéria prima é o primeiro aspecto a ser considerado quando se deseja avaliar seu potencial de utilização Cho 1987 Estudos demonstram que ingredientes com composições químicas semelhantes podem apresentar diferentes coeficientes de digestibilidade sendo tais informações de fundamental importância na formulação de rações Quando se deseja avaliar a digestibilidade do ingrediente e não da ração total três métodos são descritos método direto com fornecimento apenas do alimentoteste ao animal Jorgensen et al 1984 método de substituição que utiliza uma ração referência e uma ração teste sendo esta última composta pela ração referência acrescida de porcentagem prédeterminada do alimento teste Pond et al 1995 método de regressão que utiliza uma dieta basal e o alimentoteste é adicionado a esta em concentrações crescentes estabelecendose relação entre os percentuais de digestibilidade do alimento teste nas dietas e sua contribuição percentual nas mesmas Fan e Sauer 1995 O método de substituição é largamente utilizado para avaliar ingredientes para animais de produção e também pode ser adotado em estudos com cães e gatos Para tanto utilizase a equação proposta por Matterson et al 1965 abaixo descrita A ração referência RR deve ser balanceada para a espécie e em geral para compor a ração teste RT substituise 30 da RR pelo ingrediente em teste desde que este teor de inclusão não seja prejudicial por exemplo no caso de fontes de gordura e fibras A digestibilidade do ingrediente é calculada pela diferença entre a digestibilidade da RT e da RR Portanto devese determinar a digestibilidade dos nutrientes e a EM da RR e da RT pelo método de coleta total ou do indicador Com base nestas informações calculase a digestibilidade dos nutrientes e a EM do ingrediente utilizando a seguinte equação CDI CD RR CD RT CD RR subst 100 Considerar a média das repetições dos CD RR Onde CDI coeficiente de digestibilidade aparente do ingrediente CD RR coeficiente de digestibilidade aparente da ração referência CD RT coeficiente de digestibilidade aparente da ração teste UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 41 subst percentual de substituição da ração referência pelo ingrediente teste ajustado para a matéria seca Pode ser expresso pela relação entre g MS ingrediente testeg MS ração O produto entre os coeficientes de digestibilidade aparente e a concentração dos respectivos nutrientes de um ingrediente fornece seus nutrientes digestíveis Bibliografia consultada Cho CH La energia en la nutrición de los peces In Nutrición en cuicultura II MadridEspaña Espinosa de los Monteros J e Labarta U 1987 p197237 Fan MZ Sauer WC Determination of apparent ileal amino acid digestibility in peas for pigs with the direct difference and regression methods Livestock Production Science v44 p6172 1995 Jorgensen H Sauer WC Thacker PA Amino acid availabilities in soybean meal sunflower meal fish meal and meat bone meal fed to growing pigs Journal of Animal Science v58 n4 p926934 1984 Matterson LD Potter LM Stutuz NW Singsen EP The metabolizable energy of feed ingredients for chickens Storrs The University of Connecticut Agricultural Experiment Station 1965 p311 Pond WG Church DC Pond KR Basic animal nutrition and feeding 4 ed New York John Wiley 1995 615p UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 42 1 EXERCÍCIO Calcule a digestibilidade a energia metabolizável e os nutrientes digestíveis do ingrediente teste para os cães 1 e 2 utilizando o método de substituição por meio da equação proposta por Matterson et al 1965 Considere MS do ingrediente de 8943 e MS da RR ração referência de 9343 RR média 6 animais RT cão 1 RT cão 2 CDAMS 8184 8390 8460 CDAMO 8666 8140 8340 CDAPB 8330 8130 8220 CDAEEA 8810 8621 8730 CDAENN 9120 8190 8290 CDAEB 8242 8360 8370 EM kcalkg MS 368969 3790 3870 Cálculo do de substituição A Substituição do ingrediente na MN A 3000 B Substituição do ingrediente na MS B A8943100 2683 C Inclusão da RR na MN C 7000 D Inclusão da RR na MS D C9343100 6540 E MS do ingrediente MS RR E BD 9223 F Substituição g MS ingredienteg MS ração F BE100 2909 Ingrediente Fórmula Cão 1 Cão 2 CDAMS RT A 8390 CDAMS RR B 8184 Subst C 2909 CDMS D B ABC100 8892 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 43 Ingrediente Fórmula Cão 1 Cão 2 CDMO RT A 8140 CDMO RR B 8666 Subst C 2909 CDMO D B ABC100 6858 Ingrediente Fórmula Cão 1 Cão 2 CDPB RT A 8130 CDPB RR B 8330 Subst C 2909 CDPB D B ABC100 7642 Ingrediente Fórmula Cão 1 Cão 2 CDEEA RT A 8621 CDEEA RR B 8810 Subst C 2909 CDEEA D B ABC100 8160 Ingrediente Fórmula Cão 1 Cão 2 CDENN RT A 8190 CDENN RR B 9120 Subst C 2909 CDENN D B ABC100 5923 Ingrediente Fórmula Cão 1 Cão 2 CDEB RT A 8360 CDEB RR B 8242 Subst C 2909 CDEB D B ABC100 8648 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 44 Ingrediente Fórmula Cão 1 Cão 2 EMRT A 379000 EMRR B 368969 Subst C 2909 EMI D B ABC100 403452 EMI energia metabolizável do ingrediente Ingrediente Análises sobre MS Nutr Digest Animal 1 Animal 2 MS 8943 MSD 8943 x 8892100 7952 MO 8003 MOD 8003 x 6858100 5488 PB 6432 PD 6432 x 7642100 4915 EEA 1456 EEAD 1456 x 8160100 1188 ENN 1205 ENND 1205 x 5923100 714 EB kcalkg 4517 ED kcalkg 4517 x 8648100 390630 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 45 IV PROTOCOLO MÍNIMO PARA A DETERMINAÇÃO DO EFEITO DA DIETA NO pH URINÁRIO DE CÃES E GATOS INTRODUÇÃO Um importante método de se averiguar a qualidade e balanceamento dos macroelementos dos alimentos é pela aferição do pH urinário desencadeado pela dieta A capacidade do organismo em acidificar ou não a urina devese ao metabolismo e catabolismo dos aminoácidos sulfurados e dos minerais fósforo cálcio magnésio sódio potássio e cloro presentes na dieta refletindose no controle da excreção de amônio e bicarbonato pelos rins O pH urinário é um dos fatores que influenciam a precipitação e a formação de inúmeros tipos de cristais conseqüentemente podendo prevenir ou predispor ao desenvolvimento de urolitíases Jeremias et al 2013 Veja o quadro abaixo Urólitos pH urinário para formação dos cristais Estruvita Em geral pH alcalino estéreis pode associarse pH65 Apatita de Cálcio Em geral pH alcalino estéreis pode associarse pH65 Urato de Amônio pH ácido à neutro Cistina pH ácido Oxalato de Cálcio Em geral pH ácido a neutro Fonte Small Animal Nutrition 4 ed página 816 O pH urinário varia durante o dia devido a influência do alimento horário de alimentação velocidade de ingestão de alimento o método de alimentação e a quantidade consumida Sendo assim é difícil a interpretação com apenas um único valor especialmente se o tempo de ingestão e o alimento são desconhecidos Isto torna necessária a coleta total de urina de 24h cujo resultado de pH reflete mais adequadamente o efeito da dieta no equilíbrio ácidobásico do animal O limite fisiológico para o pH urinário de cães e gatos está entre 85 e 55 pH Para a maioria dos gatos com idade inferior a sete anos o pH urinário diário ideal deve estar na faixa entre 62 e 64 pH Geralmente gatos com idade superior à 10 anos são mais predispostos a formarem urólitos de oxalato de cálcio bem como animais das raças Birmânia Persa e Himalaia devendo o pH urinário destes animais permanecer na faixa entre 64 e 66 pH ALLEN e KRUGER 2002 Cabe ao formulador de rações para gatos desenvolver dietas que mantenham o pH urinário dos animais dentro de uma faixa adequada de variação Para isto este deve estar apto a formular adequadamente os macroelementos da dieta se utilização de acidificantes e ter acesso a testes periódicos in vivo dos valores de pH urinário dos animais UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 46 A Recebimento e identificação da amostra Os dados referentes à dieta tais como tipo de alimento e fase da vida para a qual é destinado devem ser anotados juntamente com a marca fabricante lote e data de fabricação Anotar níveis de garantia de nutrientes e a lista de ingredientes presentes no rótulo Verificar e anotar as condições do produto cor odor aspecto uniformidade presença de contaminantes e presença de finos no fundo do saco Amostrar cerca de 500g da ração e acondicionar o material devidamente identificado e vedado B Preparo dos animais para o teste Empregar um mínimo de 6 animais cãesgatos adultos para o teste Antes do teste animais deverão ser submetidos ao exame clínico e amostras de sangue e urina deverão ser colhidas para a realização do hemograma e urinálise Todos os animais empregados no teste deverão estar devidamente desverminados e vacinados É imprescindível que a avaliação físicoquímica e do sedimento urinário de cada animal urinálise constate antes do início do teste perfeita saúde do trato urinário Dosagens séricas de uréia e creatinina são recomendadas para avaliação da função renal Pesar os animais que participarão do ensaio e anotar o peso em local apropriado junto com os dados e nome dos mesmos A quantidade de alimento fornecida a cada animal pode ser baseada na quantidade necessária para manter o peso corporal ou estimada segundo as necessidades energéticas de manutenção utilizandose para isto os procedimentos recomendados pelo NRC 2006 Se durante o período de adaptação o alimento for rejeitado pelos animais ou a maior parte dos animais não consumir 75 da quantidade calculada o teste deverá ser interrompido O alimento deverá permanecer disponível durante as 24 horas do dia Durante o ensaio é importante que a quantidade de alimento fornecida aos animais permaneça constante Água deverá estar disponível durante toda o experimento A qualidade das fezes deve ser avaliada por meio de escore fecal atribuindose notas de 0 a 5 sendo 0 fezes líquidas e 5 fezes bem formadas duras e secas considerando normal valores entre 3 e 4 A ocorrência de vômito ou diarréia inviabiliza a avaliação da dieta no animal pois nestes processos a perda de eletrólitos é intensa e alterações no equilíbrio ácido básico e hidroeletrolítico se refletem em alterações urinárias importantes Os animais deverão permanecer alojados em gaiolas metabólicas individuais em inox ou outro ambientematerial que não interfira com o pH da urina e que permita a coleta total e quantitativa segura de urina sem contaminação com fezes ou alimento UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 47 C Protocolo experimental O estudo dividese em duas fases adaptação e colheita O período de adaptação tem duração mínima de sete dias Este período é importante para a estabilização do consumo alimentar e para a perfeita adaptação ao alimento O período de colheita tem duração mínima de 72 horas Nesta fase após sua higienização normal os ambientes deverão ser lavados ao menos uma vez ao dia e a superfícieutensílio que terá contato direto com a urina lavado com água destilada e seca com papel toalha A urina excretada pelos animais deverá ser colhida em recipiente apropriado identificado devidamente limpo enxaguado com água destilada e seco Estes recipientes deverão receber 100mg de Timol conservante que impede o crescimento de microrganismos e com isto mantem por várias horas estável o pH da urina dos animais O emprego de timol tornar mais confiável o teste pois quando a urina é eliminada bactérias iniciam crescimento na amostra o que resulta em elevação do pH da urina pela conversão de ureia e amônia São aceitos outros métodos de conservação da urina desde que não haja interferência no pH A urina deve ser recolhida no mínimo quatro vezes ao dia ou sempre que eliminada Este procedimento minimiza a deterioração da amostra e alterações no pH da mesma resultantes do crescimento de microorganismos Imediatamente após seu recolhimento a urina deve ser resfriada entre 4 e 8ºC em geladeira A produção urinária individual de cada intervalo de 24 horas deverá ser homogeneizada e ter seu volume quantificado e pH e densidade determinados Não devese utilizar fitas reagentes para estimativa do pH devese empregar pHmetros digitais de boa procedência A determinação da densidade é realizada em refratômetro Este procedimento é repetido nos dias seguintes de experimento tendose ao final no mínimo três valores de volume pH e densidade de cada um dos animais empregados ensaio D Cálculo do pH O pH final das 72h mínimo de colheita de urina será obtido pela média aritmética desvio padrão do valor obtido para cada animal e consequentemente para o grupo conforme descrito abaixo Exemplo de cálculo dia 1 dia 2 dia 3 Média animal 1 63 68 58 630 animal 2 62 62 66 633 animal 3 56 7 72 660 animal 4 58 6 62 600 animal 5 58 67 63 627 animal 6 63 62 61 620 pH médio 628 desvio padrão 020 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 48 Bibliografia consultada CASE LP CAREY EP HIRAKAWA DA Canine and feline nutrition 2 ed A resource for companion animal professionals St Louis Mosby 2000 455p ALLEN TA KRUGER JM Feline Lower Urinary Tract Disease In Small Animal Nutrition 4 ed Topeka Kansas Mark Morris Institute p 689723 2002 JEREMIAS JT NOGUEIRA SP BRUNETTO MA PEREIRA GT LOUREIRO BA FERREIRA CS GOMES MOS CARCIOFI AC Predictive formulas for food base excess and urine pH estimations of cats Animal Feed Science and Technology v182 p 8292 2013 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 49 V PROTOCOLO MÍNIMO PARA A DETERMINAÇÃO DA APETIBILIDADE PALATABILIDADE O que é palatabilidadeapetibilidade É o termo utilizado para a verificação dos aspectos sensoriais envolvidos na ingestão do alimento paladar odor textura formato tamanho sensação de mastigação e deglutição São realizados basicamente dois testes para verificação da palatabilidade Aceitabilidade este método é empregado no intuito de simular as condições de ingestão na casa dos proprietários quando o cão ou o gato ingere apenas um único alimento por vez Para este teste oferecese um único alimento por vez ao animal e se determina se os animais apresentam consumo voluntário suficiente para manter o peso corporal Preferência o objetivo deste teste é confrontar dois alimentos para verificar qual deles será preferido pelos cães ou gatos Este método pode ser empregado para comparar duas rações presentes no mercado mudanças de formulação industrial de uma mesma ração ou diferentes palatabilizantes em uma mesma fórmula Desta forma são oferecidos dois alimentos simultaneamente e se mensura qual o mais consumido que é classificado como o mais palatável Abaixo será descrito o protocolo mínimo para o teste de preferência e em seguida serão comentadas particularidades do teste de aceitabilidade em relação ao de preferência A Animais Devese utilizar no teste preferencialmente animais com sensibilidade para detectar diferenças ou seja que sejam capazes de discriminar diferentes alimentos por mais que as diferenças entre estes alimentos sejam mínimas como por exemplo diferentes inclusões de um mesmo ingrediente ou diferentes dosagens de palatabilizante Portanto para isto devese evitar empregar para estes testes animais glutões com distúrbios comportamentais como lateralidade no canilgatil animais velhos hiperativos entre outros Alguns animais ingerem indiscriminadamente alimentos com uma ampla faixa de palatabilidade enquanto outros são fixados a certos alimentos rejeitando outros Uma terceira situação são os animais que apresentam tendência a ingerir alimento em local específico Animais nestas três situações devem ser evitados UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 50 B Número de animais e observações Não existe um protocolo restrito e específico para este tipo de teste porém recomendase um grande número de observações para minimizar os efeitos das diferenças entre as preferências e comportamentos alimentares de cada animal Recomendase 40 observações no teste embora se possa utilizar muito mais em testes de maior poder discriminatório Para isto podese utilizar por exemplo 40 animais e 1 dia de teste ou 20 animais e 2 dias de teste C Protocolo Dois alimentos são oferecidos simultaneamente em excesso à capacidade de consumo dos animais para evitar que o animal tenha que comer os dois alimentos para se sentir saciado o que irá mascarar os resultados da avaliação Após um intervalo prédeterminado de tempo geralmente 2030 minutos as sobras são recolhidas pesadas e o consumo anotado Em cada alimentação sucessiva a posição dos comedouros é alterada para se evitar erros de observação preferência por local As observações deverão ser em número par devido à posição dos comedouros O teste pode ser dividido em dois períodos adaptação e desafio Durante o período de adaptação uma única ração é fornecida dividia em dois comedouros colocados simultaneamente em locais determinados da baiagaiola Se o animal consumir toda a ração no dia seguinte será aumentada a quantidade para assegurar um consumo ad libtum A ração do período de adaptação deve ser diferente das em estudo de forma a evitarse efeito residual Este período objetiva minimizar a interferência de comportamentos de neofobia aversão pelo novo e neofilia desejo pelo novo permitindo melhor avaliação do efeito primário de apetibilidade A partir do consumo individual verificado no período de adaptação durante o período de desafio quantidades prédeterminadas dos alimentos em teste são oferecidas uma ou duas vez ao dia por um período determinado de tempo As quantidades oferecidas e recusadas de cada uma são pesadas de preferência em balança digital com precisão de 001 calculandose o consumo de alimento por animal Podese observar também a primeira ração a ser consumida first bite ou primeira mordida D Análise dos resultados Um completo delineamento estatístico para contornar erros como diferenças de consumo relativas ao tamanho do animal conteúdo de água e energia do alimento distrações ambientais e preferência pela posição do comedouro deve ser planejado e implementado De maneira geral os estudos avaliam a Razão de Ingestão Na análise dos resultados não se deve comparar o consumo em grama por animal ou somarse o consumo de todos eles pois como os animais têm peso e ingestão diferentes isto leva à distorção dos resultados Devese considerar então o consumo percentual das rações em estudo ou Razão de Ingestão RI UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 51 RI ingestão alimento A ingestão alimento A ingestão alimento B O somatório dos valores de razão de ingestão será sempre igual a um 100 pois pela equação acima a RI para o alimento A RIA será sempre um número complementar a RI para o alimento B RIB Desta forma estes dados podem ser comparados quanto às suas médias por análise estatística verificandose a existência ou não de diferenças de RI entre os alimentos O seguinte modelo estatístico pode ser adotado Yijk u Fi Dj FDij BXijk Eijk Onde Yijk ingestão diária u média paramétrica F efeito do alimento i i2 D efeito do dia j j 2 FD interação entre o alimento i e o dia j B slope of model covariate Xijk peso do cãogato model covariate Eijk erro do modelo Uma maneira prática de se avaliar os resultados é simplesmente verificar qual foi o alimento mais consumido e considerar que para um número pequeno de animais entre 2040 o alimento que apresentar RI060 é preferido Quando o número de animais é superior a 40 considerase estas diferenças a partir de uma RI055 Podese expressar os resultados somente em valores numéricos para verificar qual deles os animais preferem A avaliação dos resultados vai depender do tipo de comparação feita que por sua vez irá depender dos objetivos do teste composição das dietas teste ingrediente ou dosagem testados entre outros Para o teste de aceitabilidade também são comparados dois alimentos porém os mesmos são oferecidos em períodos diferentes ou seja num primeiro momento os animais recebem o alimento A e num segundo momento refeição estes animais recebem o alimento B Para evitar o efeito do momento de alimentação metade dos animais recebe o alimento A e metade o alimento B no primeiro momento e no segundo momento esta situação se inverte O objetivo deste teste é deixar somente 1 alimento disponível por vez e verificar se o animal come a ração em quantidade suficiente simulando a situação na casa do proprietário quando somente um alimento é fornecido por vez UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 52 E Aspectos sensoriais envolvidos na apetibilidade Cheiro sentido extremamente desenvolvido e discriminatório Gosto doce salgado azedo ácido e umami Além disso cães e gatos respondem a aminoácidos específicos apesar destes serem muito levemente ácidos ou azedos ácidos graxos e ácidos nucléicos Cães respondem a alguns mono e dissacárides enquanto gatos não sentem o sabor doce Gatos gostam de alimentos acidificados Textura e sensação bucal Tamanho cães por vezes preferem extrusados maiores forma relação superfícievolume grau de moagem dos ingredientes viscosidade de alimentos úmidos Estas características por vezes determinam grande preferência por determinada formatextura de uma mesma formula de produto Visão sem estudos comprobatórios e muito provavelmente muito mais importante para o proprietário que para o animal F Fatores que afetam a preferência pelo alimento Teor de umidade existe correlação direta entre umidade e preferência para cães e relação inversa entre umidade e preferência para gatos Não se deve comparar para cães ou gatos alimentos com teores de umidade diferente cães preferirão os mais úmidos e gatos os mais secos Diferenças de apenas 1 na umidade já serão suficientes para mascarar os resultados podendo induzir ao erro Conteúdo de nutrientes e seleção de ingredientes teor de proteína e gordura proteína animal x vegetal tipo de proteína animal Cozimento e temperatura do alimento em geral preferem alimentos cozidos e levemente aquecidos Palatabilizantes Efeito da experiência alimentar prévia Bibliografia Consultada FELINE ANEMIAS A Diagnostic Challenge Disponível em httpwwwvincomproceedingsProceedingsplxCIDWSAVA2002PID2599 Acessado em 02 de Abril de 2003 GAULT G BERNY P LORGUE G Plants which are toxic for pets Recueil de Medecine Veterinaire de lEcole dAlfort 17123 171176 1995 HORTON GMJ BLETHEN DB PRASAD BM The effect of garlic Allium sativum on feed palatability of horses and feed consumption selected performance and blood parameters in sheep and swine Canadian Journal Of Animal Science 712 607610 1991 TOXICITY OF MEDICINAL HERBS Disponível em httpwwwwalthamusacomwalthamosumarsden2bodyhtml Acessado em 02 de Abril de 2003 WEISER MG In Ettinger SJ e EC Feldman eds Textbook of Veterinary Internal Medicine WB Saunders Company Philadelphia vol2 1995 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 53 YAMATO O YOSHIHARA T ICHIHARA A MAEDE Y Novel Heinz body hemolysis factors in onion Allium cepa Bioscience Biotechnology and Biochemistry 581 221222 1994 YAMOTO O MAEDE Y Susceptibility to onioninduced hemolysis in dogs with hereditary high erythrocyte reduced glutathione and potassium concentrations American Journal Of Veterinary Research 531 134137 1992 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 54 1 EXERCÍCIO Para um teste de palatabilidade onde se pretendeu confrontar a ração A com a ração B foram utilizados 30 cães machos ou fêmeas castrados com idade entre 15 a 5 anos Os animais foram alojados permanentemente em canis individuais e foram alimentados 2 vezes ao dia Todos os cães receberam em vasilhas idênticas uma quantidade tal de cada uma das rações em teste que fosse suficiente para suprir as necessidades do animal e ainda haver sobras O teste teve duração de três dias e a posição dos comedouros foi invertida a cada refeição A quantidade oferecida de cada ração e as sobras foram anotadas para todos os animais durante os 3 dias de experimento Animal Consumo dia 1 Consumo dia 2 Consumo dia 3 Ração A g Ração B g Ração A g Ração B g Ração A g Ração B g 1 235 246 256 242 230 263 2 123 150 102 246 56 301 3 0 369 0 385 0 369 4 32 452 45 432 42 436 5 90 485 250 310 256 242 Calcular a Razão de ingestão RI para cada um dos alimentos individualizados por dia e também a razão de ingestão média dos 3 dias de teste para os alimentos A e B Utilize apenas os dados dos 5 cães presentes na tabela Cães 1 Dia 2 Dia 3 Dia Médias RI A RI B RI A RI B RI A RI B RI A RI B 1 2 3 4 5 Média UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 55 VII Tabelas NESSECIDADES NUTRICIONAIS DE CÃES E GATOS ADAPATADO DE NUTRIENTS REQUERIMENTS OF DOGS AND CATS 2006 Fonte Nutrient Requirements of Dogs and Cats National Research Council The National Academy Press Washington DC 2006 Pp 354370 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 56 TABELA 1 Necessidades de nutrientes para cães adultos em manutenção aOs valores para quantidade por quilograma de matéria seca Quantkg MS calculada de acordo com uma dieta cuja densidade energética é de 4000 kcalkg EM Se a densidade energética da dieta não for 4000 kcalkg EM depois do calculo para cada Quantkg MS multiplica o valor para o nutriente tabelado na coluna Quantkg MS pela densidade energética do pet food desejado em kcal EMkg e dividao por 4000 b001 g de Arginina deve ser acréscimo para cada grama de proteína bruta acima de 100 g para Teor Recomendado TR de Arginina cA quantidade de Tirosina para maximizar a necessidade aos cães filhotes de pêlos pretos pode ser aproximadamente 1520 vezes esta quantidade dA necessidade de Ácido Alfa Linolênico varia dependendo da quantidade Ácido Linoléicocontido na dieta A proporção de Ácido Linoléico com Ácido Alfa Linolênico deverá estar entre 26 e 26 Note que 044 gkg MS valor mostrado é o mínimo TR de Ácido Alfa Linolênico com 11 gramas de ácido linoléico por kg de MS assim resulta numa proporção de aproximadamente 25 e5060 da quantidade total deve ser Ácido Eicosanóico EPA 4050 deve ser de Ácido Docoheicoxanóide DHA fAlgumas formas de óxido de Ferro e Cobre não deverão ser empregados devido a baixa biodisponibilidade Nutrientes Teores Recomendados Limite Maximo seguro Quantidade por kg de matéria seca dieta com 4kcalga Proteína g 100 Aminoácidos Arginina g b 35 Histidina g 19 Isoleucina g 38 Metionina g 33 Metionina Cistina g 65 Leucina g 68 Lisina g 35 Fenilalanina g 45 Fenilalanina Tirosina g c 74 Treonina g 43 Triptofano g 14 Valina g 49 Gorduras Totais g 55 330 Ácidos Graxos Ác Linoléico g 11 65 AlfaLinolênico g d 044 Ác Aracdônico g 044 EPA DHA g e 11 Minerais Cálcio g 40 Fósforo g 30 Magnésio mg 600 Sódio mg 800 15g Potássio g 40 Cloreto mg 1200 235g Ferro mg f 30 Cobre mg f 6 Zinco mg 60 Manganês mg 48 Selênio µg 350 Iodo µg 880 4mg Vitaminas Vit A Retinol µg g 1515 64000 Colecalciferol µg h 1380 80 Vit E Alfatocoferol mg i 30 Vit K Menadiona mg j 163 Tiamina mg 225 Ribofalvina mg 525 Piridoxina mg 15 Niacina mg 170 Ác Pantotênico mg 15 Cobalamina µg 35 ÁcFólicoµg 270 Biotina µg l Colina mg 1700 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 57 gPara a vitamina A as exigências são expressas com ER equivalente de retinol Um ER equivale 1 microgramas de alltrans retinol e uma unidade internacional UI de vitamina A representa 03 microgramas de ER h1 micrograma de Colicalciferol 40 UI vitamina D3 iAltas concentrações de vitamina E são recomendadas para dietas com elevada quantidade de Ácidos Graxos Poliinsaturados Uma UI de vitamina E1mg allracalfaacetado de tocoferol jCães tem uma necessidade metabólica mas uma necessidade dietética não tem sido observada quando dietas naturais são fornecidas vitamina K adequada é provavelmente sintetizada pela microbiota intestinal A vitamina K permitida é expressa em termos comerciais como precursor de menadiona que requere alcalinização para ativação da vitamina lEm dietas normais não contem ovo cru Biotina adequada é provavelmente proveniente da microbiota intestinal Dietas contendo antibióticos podem necessitar de suplementação UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 58 TABELA 2 Necessidades de nutrientes para cães em crescimento após desmame aOs valores para quantidade por quilograma de matéria seca Quantkg MS calculada de acordo com uma dieta cuja densidade energética é de 4000 kcalkg EM Se a densidade energética da dieta não for 4000 kcalkg EM depois do calculo para cada Quantkg MS multiplica o valor para o nutriente tabelado na coluna Quantkg MS pela densidade energética do pet food desejado em kcal EMkg e dividao por 4000 bPara filhotes com idade entre 4 a 14 semanas de vida 001 g de Arginina deve ser acrescido para cada grama de proteína bruta acima de 225 g para Teor Recomendado TR de Arginina Para filhotes com idade acima de 14 semanas de vida 001 g de arginina deverá ser acrescentada a cada grama de proteína bruta acima de 175 gramas para PR de Arginina cA quantidade de Tirosina para maximizar a exigência aos cães filhotes de pêlos pretos pode ser aproximadamente 1520 vezes esta quantidade dA necessidade de Ácido Alfa Linolênico varia dependendo da quantidade Ácido Linoléico contido na dieta A proporção de ácido linoléico com Ácido Alfa Linolênico deverá ser entre 26 e 16 Note que 08gkg MS valor Nutrientes Teores Recomendados Limite máximo seguro 414 semanas de idade 14 semanas de idade Quantidade por kg de matéria seca dieta com 4kcalg a Proteína g 225 175 Aminoácidos Arginina g b 79 66 Histidina g 39 25 Isoleucina g 65 50 Metionina g 35 26 Metionina Cistina g 70 53 Leucina g 129 82 Lisina g 88 70 20 Fenilalanina g 65 50 Fenilalanina Tirosina g c 130 100 Treonina g 81 63 Triptofano g 23 18 Valina g 68 56 A partir de 4 semana Gorduras Totais g 85 330 Ácidos Graxos Ác Linoléico g 13 65 AlfaLinolênico g d 08 Ác Aracdônico g 03 EPA DHA g e 05 11 Minerais Cálcio g f 12 18 Fósforo g 10 Magnésio mg 400 Sódio mg 2200 Potássio g 44 Cloreto mg 2900 Ferro mg g 88 Cobre mg g 11 Zinco mg 100 Manganês mg 56 Selênio µg 350 Iodo µg 880 Vitaminas Vit A Retinol µg h 1515 15000 Colecalciferol µg i 138 80 Vit E Alfatocoferol mg j 30 Vit K Menadiona mg l 164 Tiamina mg 138 Ribofalvina mg 525 Piridoxina mg 15 Niacina mg 170 Ác Pantotênico mg 150 Cobalamina µg 35 ÁcFólicoµg 270 Biotina µg m Colina mg 1700 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 59 mostrado é o mínimo TR de ácido alfa linolênico com 13 gramas de ácido linoléico por kg de MS assim resulta numa proporção de aproximadamente 16 eO Ácido Eicosanóico EPA não deve exceder em 60 do total da quantidade fO TR para o necessidade de Cálcio para filhotes de raças grandes peso corpóreo na maturidade acima de 25 kg acima de 14 semanas de vida não deverá ser menor do que 054 gramas de cálciokg peso corpóreo gAlgumas formas de óxido de Ferro e Cobre não deverão ser empregados devido a baixa biodisponibilidade hPara a vitamina A as necessidades são expressas com ER equivalente de retinol Um ER equivale 1 microgramas de alltrans retinol e uma unidade internacional UI de vitamina A representa 03 microgramas de ER i1 micrograma de Colicalciferol 40 UI vitamina D3 jAltas concentrações de vitamina E são recomendadas para dietas com elevada quantidade de Ácidos Graxos Poliinsaturados Uma UI de vitamina E1mg allracalfaacetado de tocoferol lCães tem uma necessidade metabólica mas uma necessidade dietética não tem sido observada quando dietas naturais são fornecidas vitamina K adequada é provavelmente sintetizada pela microbiota intestinal A vitamina K permitida é expressa em termos comerciais como precursor de menadiona que requer alcalinização para ativação da vitamina mEm dietas normais não contem ovo cru Biotina adequada é provavelmente proveniente da microbiota intestinal Dietas contendo antibióticos podem necessitar de suplementação UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 60 TABELA 3 Necessidades de nutrientes para cadelas em final da gestação e na lactaçãoa aPoucos dados foram encontrados para as concentrações de exigência mínima para cadelas em gestação O valor para lactação relativo para kgMS pode se retirado como satisfatoriamente para a gestação bOs valores para quantidade por quilograma de matéria seca Quantkg MS calculada de acordo com uma dieta cuja densidade energética é de 4000 kcalkg EM Se a densidade energética da dieta não for 4000 kcalkg EM depois do calculo para cada Quantkg MS multiplica o valor para o nutriente tabelado na coluna Quantkg MS pela densidade energética do pet food desejado em kcal EMkg e dividao por 4000 c001 g de Arginina deve ser acréscimo para cada grama de proteína bruta acima de 200 g para Teor Recomendado TR de Arginina dA quantidade de Tirosina para maximizar de pêlos pretos pode ser aproximadamente 1520 vezes esta quantidade eA necessidade para Ácido Alfa Linolênico varia dependendo da quantidade Ácido Linoleicocontido na dieta A proporção de ácido linoléico com Ácido Alfa Linolênico deverá estar entre 26 e 16 Note que 08 gkg MS valor mostrado é o mínimo TR de Ácido Alfa Linolênico com 13 gramas de Ácido Linoléico por kg de MS assim resulta numa proporção de aproximadamente 16 f5060 da quantidade total deve ser Ácido Eicosanóico EPA 4050 deve ser de Ácido Docoheicoxanóide DHA gAlgumas formas de óxido de Ferro e Cobre não deverão ser empregados devido a baixa biodisponibilidade Nutrientes Teor Recomendado Limite Máximo Seguro Quantidade por kg de matéria seca dieta com 4kcalg b Proteína g 200 Aminoácidos Arginina g c 100 Histidina g 44 Isoleucina g 71 Metionina g 31 Metionina Cistina g 62 Leucina g 200 Lisina g 90 Fenilalanina g 83 Fenilalanina Tirosina g d 123 Treonina g 104 Triptofano g 12 Valina g 130 Gorduras Totais g 85 330 Ácidos Graxos Ác Linoléico g 13 65 AlfaLinolênico g e 08 EPA DHA g f 05 11 Minerais Cálcio g 80 Fósforo g 50 Magnésio mg 600 Sódio mg 2000 Potássio g 36 Cloreto mg 3000 Ferro mg g 70 Cobre mg g 124 Zinco mg 96 Manganês mg 72 Selênio µg 350 Iodo µg 880 Vitaminas Vit A Retinol µg h 1515 15000 Colecalciferol µg i 138 80 Vit E Alfatocoferol mg j 30 Vit K Menadiona mg l 16 Tiamina mg 225 Ribofalvina mg 53 Piridoxina mg 15 Niacina mg 17 Ác Pantotênico mg 15 Cobalamina µg 35 ÁcFólicoµg 270 Biotina µg m Colina mg 1700 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 61 hPara a vitamina A a exigência são expressas com ER equivalente de retinol Um ER equivale 1 microgramas de all trans retinol e uma unidade internacional UI de vitamina A representa 03 microgramas de ER i1 micrograma de Colicalciferol 40 UI vitamina D3 jAltas concentrações de vitamina E são recomendadas para dietas com elevada quantidade de Ácidos Graxos Poliinsaturados Uma UI de vitamina E1mg allracalfaacetado de tocoferol lCães tem uma necessidade metabólica mas uma necessidade dietética não tem sido observado quando dietas naturais são fornecidas vitamina K adequada é provavelmente sintetizada pela microbiota intestinal A vitamina K permitida é expressa em termos comerciais como precursor de menadiona que requer alcalinização para ativação da vitamina mEm dietas normais não contem ovo cru Biotina adequada é provavelmente proveniente da microbiota intestinal Dietas contendo antibióticos podem necessitar de suplementação UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 62 TABELA 4 Necessidades de nutrientes para gatos adultos em manutenção aOs valores para quantidade por quilograma de matéria seca Quantkg MS calculada de acordo com uma dieta cuja densidade energética é de 4000 kcalkg EM Se a densidade energética da dieta não for 4000 kcalkg EM depois do calculo para cada Quantkg MS multiplica o valor para o nutriente tabelado na coluna Quantkg MS pela densidade energética do pet food desejado em kcal EMkg e dividao por 4000 b002 g de Arginina deve ser acrescido para cada grama de proteína bruta acima de 200 g para Teor Recomendado TR de Arginina cA Metionina presumida ser a metade da soma do exigido para Metionina Cistina combinada dPara maximizar o pêlo preto uma quantidade equivalente ou superior de Tirosina para que a Fenilalamina é exigida eO TR de Taurina para dietas purificadas de alta digestibilidades é 04 gkg dieta ao invés do permitido para dietas secas expandidas e enlatadas que são 10 e 17 gkg respectivamente fInclui DHA apenas nenhuma informação é avaliada sobre EPA É aconselhável que EPA quando incluído não ultrapassar 20 do total da porção EPADHA gAlgumas fontes de Ferro e Cobre não devem ser empregada devido a baixa biodisponibilidade Nutrientes Teor Recomendado Limite Máximo Seguro Quantidade por kg de matéria seca dieta com 4kcalg a Proteína g 200 Aminoácidos Arginina g b 77 Histidina g 26 Isoleucina g 43 Metionina g c 17 Metionina Cistina g 34 Leucina g 102 Lisina g 34 Fenilalanina g 40 Fenilalanina Tirosina g d 153 Treonina g 52 Triptofano g 13 Valina g 51 Taurina g e 040 Gorduras Totais g 90 330 Ácidos Graxos Ác Linoléico g 55 55 Ác Aracdônico g 006 2 EPA DHA g f 01 Minerais Cálcio g 29 Fósforo g 26 Magnésio mg 400 Sódio mg 680 15g Potássio g 52 Cloreto mg 960 Ferro mg g 80 Cobre mg g 50 Zinco mg 74 Manganês mg 48 600 Selênio µg 300 Iodo µg 1400 Vitaminas Vit A Retinol µg h 1000 100000 Colecalciferol µg i 7 750 Vit E Alfatocoferol mg j 38 Vit K Menadiona mg l 10 Tiamina mg 56 Ribofalvina mg 40 Piridoxina mg 250 Niacina mg 40 Ác Pantotênico mg 575 Cobalamina µg 225 ÁcFólicoµg 750 Biotina µg m 75 Colina mg 2550 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 63 hUma UI vitamina A é equivalente a 03 microgramas de alltrans reitnol ou 1 micrograma de retinol3333 UI de vitamina A i1 microgramas de Colicalciferol 40 UI Vitamina D3 jAltas concentrações de vitamina E são recomendadas para dietas com elevada quantidade de Ácidos Graxos Poliinsaturados Uma UI de vitamina E1mg allracalfaacetado de tocoferol lGatos tem uma necessidade metabólica mas uma necessidade dietética não tem sido observada quando dietas naturais são fornecidas com exceção com dietas a base de peixe Na maioria das condições a vitamina K adequada é provavelmente sintetizada pela microbiota intestinal A vitamina K permitida é expressa em termos comerciais como precursor de menadiona que requer alcalinização para ativação da vitamina mEm dietas normais não contem ovo cru Biotina adequada é provavelmente proveniente da microbiota intestinal Dietas contendo antibióticos podem necessitar de suplementação UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 64 TABELA 5 Necessidades de nutrientes para gatos em crescimento após desmame aOs valores para quantidade por quilograma de matéria seca Quantkg MS calculada de acordo com uma dieta cuja densidade energética é de 4000 kcalkg EM Se a densidade energética da dieta não for 4000 kcalkg EM depois do calculo para cada Quantkg MS multiplica o valor para o nutriente tabelado na coluna Quantkg MS pela densidade energética do pet food desejado em kcal EMkg e dividao por 4000 b002 g de Arginina deve ser adicionada para cada grama de proteína bruta acima de 225 g para Teor Recomendado TR de Arginina cPara maximizar o pêlo preto uma quantidade equivalente ou superior de Tirosina para que a Fenilalamina é necessária dO TR de Taurina para dietas purificadas de alta digestibilidades é 053 gkg dieta ao invés do permitido para dietas secas expandidas e enlatadas que são 10 e 17 gkg respectivamente eÉ aconselhável que Ácido EPA não exceda 60 do total da porção de EPA DHA fAlgumas fontes de Ferro e Cobre não devem ser empregada devido a baixa biodisponibilidade Nutrientes Teor Recomendado Limite Máximo Seguro Quantidade por kg de matéria seca dieta com 4kcalg a Proteína g 225 Aminoácidos Arginina g b 96 35 Histidina g 33 22 Isoleucina g 54 87 Metionina g 44 13 Metionina Cistina g 88 Leucina g 128 87 Lisina g 85 58 Fenilalanina g 50 29 Fenilalanina Tirosina g c 191 68 Treonina g 65 51 Triptofano g 16 17 Valina g 64 87 Àc Glutâmico g 75 Taurina g d 040 89 Gorduras Totais g 90 330 Ácidos Graxos Ác Linoléico g 55 55 AlfaLinolênico g 02 Ác Aracdônico g 02 EPA DHA g e 01 Minerais Cálcio g 80 Fósforo g 72 Magnésio mg 400 Sódio mg 1400 10g Potássio g 40 Cloreto mg 900 Ferro mg f 80 Cobre mg f 84 Zinco mg 75 Manganês mg 48 Selênio µg 300 Iodo µg 1800 Vitaminas Vit A Retinol µg g 1000 80000 Colecalciferol µg h 56 750 Vit E Alfatocoferol mg i 38 Vit K Menadiona mg j 10 Tiamina mg 55 Ribofalvina mg 40 Piridoxina mg 250 Niacina mg 40 Ác Pantotênico mg 570 Cobalamina µg 225 ÁcFólicoµg 750 Biotina µg l 75 Colina mg 2550 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 65 gUma UI vitamina A é equivalente a 03 microgramas de alltrans reitnol ou 1 micrograma de retinol3333 UI de vitamina A h1 microgramas de Colicalciferol 40 UI Vitamina D3 iAltas concentrações de vitamina E são recomendadas para dietas com elevada quantidade de Ácidos Graxos Poliinsaturados Uma UI de vitamina E1mg allracalfaacetado de tocoferol jGatos têm uma necessidade metabólica mas uma exigência dietética não tem sido observada quando dietas naturais são fornecidas com exceção com dietas a base de peixe Na maioria das condições a vitamina K adequada é provavelmente sintetizada pela microbiota intestinal A vitamina K permitida é expressa em termos comerciais como precursor de menadiona que requer alcalinização para ativação da vitamina lEm dietas normais não contem ovo cru Biotina adequada é provavelmente proveniente da microbiota intestinal Dietas contendo antibióticos podem necessitar de suplementação UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 66 TABELAS 6 Necessidade de nutrientes para gatas em gestação e lactação a aCom exceção dos aminoácidos poucos dados pode ser encontrados para a concentração de exigência mínima para a gestação de gatas Para outros nutrientes os valores para lactação relativa para kgMS podem ser utilizados como satisfatório pra gestação e lactação em gatas bOs valores para quantidade por quilograma de matéria seca Quantkg MS calculada de acordo com uma dieta cuja densidade energética é de 4000 kcalkg EM Se a densidade energética da dieta não for 4000 kcalkg EM depois do calculo para cada Quantkg MS multiplica o valor para o nutriente tabelado na coluna Quantkg MS pela densidade energética do pet food desejado em kcal EMkg e dividao por 4000 c002 g de Arginina deve ser acrescido para cada grama de proteína bruta acima de 213 g para Teor Recomendado TR de Arginina dPara maximizar o pêlo preto uma quantidade equivalente ou superior de Tirosina para que a Fenilalamina é exigida eO TR de Taurina para dietas purificadas de alta digestibilidades é 053 gkg dieta ao invés do permitido para dietas secas expandidas e enlatadas que são 10 e 17 gkg respectivamente Nutrientes Teor Permitido Limite MáximoSeguro Gatas adultas em gestação Gatas adultas em lactação Quantidade por kg de matéria seca dieta com 4kcalg b Proteína g 213 300 Aminoácidos Arginina g c 15 15 Histidina g 43 71 Isoleucina g 77 12 Metionina g 50 60 Metionina Cistina g 90 104 Leucina g 18 20 Lisina g 11 14 Fenilalanina Tirosina g d 191 191 Treonina g 89 108 Triptofano g 19 19 Valina g 10 12 Taurina g e 053 053 Gestação e Lactação Gorduras Totais g 90 330 Ácidos Graxos Ác Linoléico g 55 55 AlfaLinolênico g 02 Ác Aracdônico g 02 EPA DHA g f 01 Minerais Cálcio g 108 Fósforo g 76 Magnésio mg 500 Sódio mg 2680 Potássio g 52 Cloreto mg 4000 Ferro mg g 80 Cobre mg g 88 Zinco mg 60 Manganês mg 72 Selênio µg 300 Iodo µg 1800 Vitaminas Vit A Retinol µg h 2000 100000 Colecalciferol µg i 70 750 Vit E Alfatocoferol mg j 31 Vit K Menadiona mg l 10 Tiamina mg 63 Ribofalvina mg 40 Piridoxina mg 250 Niacina mg 40 Ác Pantotênico mg 575 Cobalamina µg 225 ÁcFólicoµg 750 Biotina µg m 75 Colina mg 2500 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 67 fÉ aconselhável que EPA não exceda em 60 do total da porção EPADHA gAlgumas fontes de Ferro e Cobre não devem ser empregada devido a baixa biodisponibilidade hUma UI vitamina A é equivalente a 03 microgramas de alltrans reitnol ou 1 micrograma de retinol3333 UI de vitamina A i1 microgramas de Colicalciferol 40 UI Vitamina D3 jAltas concentrações de Vitamina E são recomendadas para dietas com elevada quantidade de Ácidos Graxos Poliinsaturados Uma UI de vitamina E1mg allracalfaacetado de tocoferol lGatos tem uma necessidade metabólica mas uma necessidade dietética não tem sido observada quando dietas naturais são fornecidas com exceção com dietas a base de peixe Na maioria das condições a vitamina K adequada é provavelmente sintetizada pela microbiota intestinal A vitamina K permitida é expressa em termos comerciais como precursor de menadiona que requer alcalinização para ativação da vitamina mEm dietas normais não contem ovo cru Biotina adequada é provavelmente proveniente da microbiota intestinal Dietas contendo antibióticos podem necessitar de suplementação UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 68 IX PROCESSAMENTO DE RAÇÕES EXTRUSADAS PARA CÃES E GATOS Fabiano Cesar Sá1 Aulus Cavalieri Carciofi 1 Mercado Brasileiro No mercado Pet Food as perspectivas têm sido animadoras Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação Abinpet o Brasil possui 1011 milhões de pets sendo 357 milhões de cães e 198 milhões de gatos o segundo maior do mundo em população de cães e gatos e o quarto maior do mundo em população total de animais de companhia Hoje o Brasil representa aproximadamente 8 do mercado mundial na área pet food com faturamento expressivo em relação ao mercado pet mundial Do total de faturamento no Brasil 69 referese às rações 16 serviços 7 equipamentos e acessórios e 8 medicamentos veterinários O crescimento verificado nos últimos anos se deve ao aumento no número de consumidores e seus respectivos animais de estimação pois há maior massa populacional movida pelo crescimento de famílias com poucos filhos pessoas com pouco tempo e ritmo de trabalho intenso e informações mais diretas de como alimentar seus animais Isso tem impulsionado maneira mais cômoda e segura de oferecer a estes animais de estimação alimento industrializado e de fácil acesso Neste contexto o sistema de produção de alimentos por cozimento a baixa umidade extrusão conquistou seu lugar devido a sua grande versatilidade elevada eficiência termodinâmica baixo custo de operação e baixa exigência de espaço por tonelada métrica de produção Além disso agrega ao produto final características específicas desejáveis como aumento de digestibilidade maior estabilidade e vida de prateleira descontaminação microbiológica crocância dureza resistência sabor e odores agradáveis UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 69 Para assegurar qualidade no produto final há necessidade de cuidados na produção destes alimentos extrusados Estes se estendem desde a compra seleção e recepção das matérias primas até sua adequada pesagem moagem mistura extrusão secagem recobrimento ensaque e expedição O cuidado em todo o processo é necessário para que o alimento chegue ao consumidor final com todas as características físicoquímicas e biológicas desejáveis preservadas 2 Fabricas de alimentos para cães e gatos As fabricas devem seguir procedimentos criteriosos e adequadamente estruturados para que se obtenha controle rigoroso de qualidade A matéria prima ao chegar à indústria deve ser analisada antes de ser descarregada para se assegurar o atendimento de todos os padrões de qualidade necessários a cada ingrediente Estes procedimentos devem ser estudados e escritos por profissional capacitado A armazenagem da matéria prima é outro ponto de importância que auxilia na correta ordem de utilização minimização de estoques com aprisionamento de capital controle de validade manutenção da qualidade e características organolépticas iniciais dentre outros A estrutura da armazenagem deve incluir acesso fácil limpeza adequada proteção da matéria prima controle de pragas dentre outros merecendo cuidados por parte de profissional habilitado O processamento da matéria prima deve ser conduzido por equipamentos de boa qualidade e devidamente revisados para o bom funcionamento realizado por funcionários treinados e conscientes dos requisitos para correto uso manutenção e limpeza dos mesmos Esses incluem por exemplo conjunto de silos moinhos peneiras sistemas de transporte e elevação balanças misturadores gerador de vapor extrusor secador sistema de recobrimento resfriador e ensacadeiras necessários à correta transformação das matériasprimas no produto final estabelecido pelo nutricionista UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 70 3 Cuidados no recebimento e armazenamento dos ingredientes Na recepção os ingredientes devem ser adequadamente conferidos verificandose seu aspecto físico coloração odor impurezas presença de insetos e fungos São coletadas amostras de toda matéria prima que será analisada no laboratório de controle de qualidade da empresa As análises realizadas variam de acordo com o produtoingrediente recebido Apenas como exemplo farinhas de origem animal são analisadas para teores de peróxido acidez titulável umidade e atividade de água Óleos podem ser analisados para umidade peróxido acidez e residual de antioxidantes Matérias primas de origem vegetal são analisadas para umidade micotoxinas de acordo com levantamento e histórico de contaminação de cada matéria prima em particular insetos e materiais estranhos Amostras devem também ser enviadas para laboratórios externos para condução de análise bromatológica e verificarse se os teores nutricionais são condizentes com o ingrediente e critérios estabelecidos pela empresa Suplemento tecnológico que permite controle rápido e preciso de matérias primas é o Near Infrared Reflectance System NIRS instrumento que pode medir através do espectro infravermelho próximo em alguns minutos a umidade proteína bruta extrato etéreo fibra bruta dentre outros das matérias primas e mesmo produtos acabados Produtos à granel são recebidos em moegas e posteriormente enviados para silos específicos O transporte da moega para os silos é feito por elevadores esteiras e roscas transportadoras Os micro ingredientes que farão parte da formulação são recebidos em embalagem apropriada e armazenados em local seco e arejado A armazenagem constitui parte importante do processo produtivo apresentando custo que não deve ser desconsiderado Os cuidados durante este período variam com o tipo de produto armazenado estendendose à estrutura física do armazém e equipamentos de armazenagem É importante a empresa ter adequado planejamento desta etapa contando com técnicos e funcionários devidamente capacitados para esta função que estudem as matérias primas utilizadas seus requisitos de armazenagem perigos associados a riscos físicos e biológicos etc dentro da estrutura dos programas de boas práticas de fabricação UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 71 4 Alguns pontos do processamento por extrusão de alimentos para cães e gatos 41 Mistura Os macroingredientes como farinhas de origem animal cereais farelos proteicos de origem vegetal fontes de fibra e macroelementos bom como os microingredientes como conservantes premix vitamínicomineral aminoácidos entre outros são pesados e transportados automaticamente ou em empresas pequenas manualmente até o misturador Os sistemas de transporte e pesagem não serão aqui abordados mas são fundamentais para que a receita ou composição nutricional do produto seja alcançada A aferição de balanças é um ponto crítico de controle dentro das boas fábricas de fabricação Estes ingredientes são em seguida depositados no misturador por roscas transportadoras elevadores de canecas transporte pneumático dentre outros A sequência de depósito no misturador deve seguir do ingrediente com maior inclusão que entra primeiro para o de menor inclusão depositado por último Ingredientes com partículas grandes como grãos de cereais e ingredientes peletizados necessitam de prémoagem para poderem ser convenientemente misturados aos demais Esta e realizada em moinho de martelos com peneiras com crivos entre 25 e 35mm facilitando a homogeneização da mistura e a eficiência da moagem definitiva A adoção de prémistura dos microingredientes e ingredientes com granulometria muito pequena fina em um misturador menor para então o conjunto ser adicionado no misturador principal pode ser também adotada a depender dos equipamentos e condições de operação disponíveis na empresa Existem vários modelos de misturador como de fita de pás verticais e horizontais Foge ao escopo deste texto discussão pormenorizada dos mesmos mas os mais empregados são os horizontais de fita que pode ser única ou dupla e mas recentemente os horizontais de pás Os ingredientes ficam em agitação no misturador por período de tempo préestabelecido pelo fabricante do equipamento sendo encaminhados novamente por roscas transportadoras e elevadores para o silo de armazenagem do moinho que irá reduzir as UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 72 partículas do alimento ao tamanho final desejado para ser posteriormente extrusado O tempo de mistura préestabelecido pelo fabricante do equipamento pode ser averiguado ou modificado Todo misturador deve operar em seu tempo ótimo de mistura para se atingir propósitos como mistura mais homogênea possível dos ingredientes eficiência do equipamento menor tempo de operação redução de gastos com mão de obra e energia elétrica Existem várias maneiras de se determinar o tempo ótimo de mistura mas todos os métodos se baseiam em analisar diferentes amostras coletadas do misturador ao mesmo tempo e analisálas para um determinado nutriente ou componente O método proposto por Herrman e Behnke 1994 é conveniente de baixo custo e fácil utilização tem como componente de análise o NaCl sal comum Materiais necessários I 40 copos de isopor com capacidade para 300 a 500 mL II 40 tiras para identificação do teor de cloro nas amostras Sugerese o produto Quantab Triators for chloride Hach compan LovelandCO USA III Sal comum moído fino Esse será adicionado na quantidade de 05 do total da mistura IV Um calador para amostragem da mistura V Proveta de 200 ml VI Balança eletrônica com sensibilidade de 001g VII 10 litros de água quente 90C VIII Um cronômetro ou um relógio que marcam segundos Procedimento Uma vez de posse de todos os materiais necessários devemse seguir as seguintes etapas 1 Utilizar uma fórmula de ração completa e balanceada representativa do que é produzido na empresa 2 Após pesados todos os ingredientes estes devem ser colocados no misturador na sequência do de maior para o de menor quantidade O ultimo UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 73 ingrediente a ser adicionado ao misturador deve ser aquele que contém o marcador No caso do NaCl este deve ser adicionado na razão de 05 do total da mistura 3 Carregados todos os ingredientes o misturador é acionado Com o auxílio do relógio o misturador é interrompido em momentos preestabelecidos procedendose amostragem do produto em seu interior à cada parada Os tempos para coleta de amostra são variáveis como sugestão podese colher após 2 4 6 e 8 minutos de funcionamento do misturador Podese intercalar com tempos impares também o ideal é que sejam no mínimo 4 tempos de avaliação da mistura 4 Nos momentos estabelecidos para amostragem desligase o misturador Este é aberto e são colhidas 10 amostras de produto de seu interior cada uma composta por 100g de ração As amostras devem ser colhidas com auxilio de calador de modo que esta represente toda a extensão ou altura da camada de ração Os 10 pontos de amostragem são dispostos da seguinte maneira 4 do lado esquerdo 4 do lado direito 2 no centro do equipamento Dentro do possível fazer as coletas em pontos geométricos equidistantes 5 Lembrar da segurança da operação Acessar o interior do misturador e perigoso se o equipamento é acionado há risco de acidentes sérios 6 Identificar corretamente a amostra com dados do tempo de coleta minutos e local de amostragem no interior do misturador Ao final se terá 10 amostras por tempo de avaliação se forem 4 tempos serão 4 x 10 40 amostras 7 Completado o procedimento de amostragem nos tempos predeterminados iniciamse as dosagens de cloro Para isto 100 g de cada amostra são pesadas em balança com precisão de 001g Estas são depositadas nos copos de isopor que recebem então 200mL medidos com precisão em proveta de água quente 90C Agitase até formar mistura homogênea 8 Adicionase a cada solução uma tira reagente Quantab tomando cuidado para que a água não toque na banda amarela perto do topo da tira Procedese a leitura da concentração de cloro de acordo com as instruções do fabricante 9 De posse dos resultados das análises de cloro devese calcular o coeficiente de variação para cada tempo de amostragem A fórmula para cálculo é a seguinte UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 74 CV onde CV coeficiente de variação m média aritmética s desvio padrão O coeficiente de variação mede a variação percentual entre diferentes valores com relação à média aritmética Dessa forma podese comparar diferentes grupos de amostras medidos em diferentes tempos 10 Com os valores dos coeficientes de variação de cada tempo de amostragem se analisa em que momento a variabilidade foi baixa indicando mistura homogênea de ingredientes Na Tabela 1 encontrase um exemplo Tabela 1 Dados fornecidos pela leitura das tiras indicadoras de Cl nos quatro diferentes tempos de amostragem Tempos Pontos de amostragem 2 minutos 4 minutos 6 minutos 8 minutos Concentração de cloro mgdL 1 lado direito 1 041 064 051 051 2 lado direito 2 048 052 044 052 3 lado direito 3 036 056 051 051 4 lado direito 4 036 044 044 044 5 centro 1 041 052 051 051 6 centro 2 044 052 044 044 7 lado esquerdo 1 048 052 044 044 8 lado esquerdo 2 051 044 048 048 9 lado esquerdo 3 052 052 051 051 10 lado esquerdo 4 044 048 051 051 Média 044 052 048 049 Desvio padrão 006 006 003 003 CV 129 112 73 69 Pela Tabela 1 podese verificar que a faixa ideal de trabalho para esse misturador está entre seis e oito minutos devendose utilizar o menor tempo ou seja seis minutos porque trará maior economia de energia elétrica e rapidez na operação Para a qualidade nutricional homogeneidade e consistência do alimento quanto menor o coeficiente de variação melhor No entanto uma classificação prática sugerida para o coeficiente de variação seria 5 excelente 10 satisfatório entre 10 e 15 aumentar o tempo de mistura UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 75 em 25 ou 30 entre 15 e 20 aumentar tempo de mistura em 50 acima de 20 consulte o fabricante Para se determinar o tempo de mistura é suficiente que se realize apenas um ensaio como o descrito Entretanto se houver alterações no equipamento inclusive desgaste de peças e troca do motor recomendase que a avaliação seja repetida para maior segurança 42 Moagem Moagem é o nome dado ao processo de redução do tamanho das partículas de um ingrediente Esta tem como objetivos principais melhorar a capacidade de mistura a diponibilidade nutricional de seus nutrientes e o processamento posterior seja de peletização ou extrusão Praticamente todos os ingredientes passaram ou irão passar por algum processo de redução do tamanho de partículas Grãos rochas minerais farinhas proteicas de origem animal ou vegetal fontes de fibra etc devem ter tamanho geométrico adequado para que possam ser transportados entre os diversos equipamentos de fabricação sejam adequadamente homogeneizados adquirindo concentração uniforme em toda a massa no misturador e possam ser extrusados com eficiência no caso das rações para cães e gatos Outras razões importantes para a redução do tamanho de partículas são aumentar a área superficial facilitar a manipulação e estoque de ingredientes diminuir perdas de produto O equipamento mundialmente mais utilizado para esta finalidade é o moinho de martelos COWELL et al 2000 com predominância absoluta dentro da Indústria de rações para pets e animais de produção Outro sistema de moagem também bastante empregado são os moinhos de rolo mas estes não serão detalhados no presente documento Resumidamente o moinho de martelos consiste de um rotor formado por vários discos montados em um eixo apoiado sobre mancais e rolamentos Estes discos são interligados por pinos que por sua vez suportam os martelos O rotor é circundado lateralmente por placas de colisão ou placas de impacto e telas perfuradas peneiras Diferentes modelos de moinhos de martelo têm diferentes proporções circulares entre placas de impacto e área de peneira com áreas de peneira representado de 50 a 100 da área que circunda os martelos O UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 76 processo se inicia com a entrada da mistura na câmara do rotor ou câmara de moagem onde acontece o primeiro contato com os martelos Ao receber o impacto a mistura é lançada contra as placas de impacto ou contra as telas e essa sequencia continua até que as partículas estejam reduzidas a um tamanho que permita a sua passagem através dos crivos da tela As peneiras fazem a seleção das partículas que estão pequenas o suficiente para serem retiradas da câmara de moagem e as que ainda estão grandes necessitando serem quebradas a partículas menores Desta forma a seleção do diâmetro dos crivos da peneira é realizada com vistas à obtenção de determinado tamanho geométrico médio dos ingredientes OWENS e HEIMANN 1994 FRAILHA 2005 Nos moinho de martelos configurados para moagem fina existem sistemas de exaustão que retiram o ar da câmara de moagem criando pressão negativa em seu interior Esta é fundamental ao fluxo de materiais no interior do moinho criando condições para que as partículas finas menores que os crivos da peneira saiam e possam ser substituídas por novo ingrediente a ser moído Isto evita redução desnecessária do tamanho das partículas aumenta a produtividade do moinho e reduz o desgaste dos martelos e custos de produção Os pontos principais para a eficiência de moagem são o custo do processo medido pelo gasto de energia elétrica por tonelada moída e a homogeneidade do produto moído que deve apresentar baixa dispersão de tamanhos ou baixo desvio padrão geométrico médio Os principais fatores que influenciam a eficiência de moagem e tamanho geométrico médio final das partículas são desenho construtivo do moinho tipo e características da matériaprima velocidade periférica dos martelos características e disposição dos martelos características e disposição da área de impacto características disposição e área aberta de peneira ventilação ou troca de ar no interior da câmara de moagem A relação entre a área útil da peneira e a potência do motor é importante POZZA et al 2005 Para exemplificar essa relação utilizandose moinho com motor de 100 cv de potência e peneira com furos de 16mm se tivermos área de peneira de 1000 pol2 e 30 de área perfurada isso proporciona relação de 300pol2 de área perfurada para 100 cv Em uma segunda situação podese ter peneira com 2000 pol2 e com os mesmos 30 de área perfurada obtendose relação de 600 pol2 de área perfurada para 100 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 77 cv A segunda situação resulta em aumento na capacidade de saída do ingrediente da câmara de moagem aumentando significativamente a produção ALLES 2003 A velocidade periférica e a configuração dos martelos do moinho são outro fator importante LARA 2010 quanto maior a velocidade periférica maior o impacto com o ingrediente portanto menor o tamanho das partículas No entanto velocidades muito altas geram maior velocidade periférica do material resultando em maior tempo de permanência das partículas dentro da câmara de moagem o que pode diminuir a eficiência do equipamento Sugerese velocidade de martelos de 90 ms A configuração dos martelos e sua proximidade das telas têm ainda influência na limpeza e abertura dos orifícios da tela importante para a saída do material e produtividade do equipamento OWENS e HEIMANN 1994 O alimentador do moinho tem também papel crucial na produtividade Ele deve proporcionar a entrada constante e uniforme dos ingredientes na câmara do moinho e também a correta distribuição dos ingredientes em toda a área da peneira ALLES 2003 A moagem na empresa de rações é responsável por parte expressiva da energia elétrica consumida Estimase que 3 de toda a energia consumida no mundo seja gasta para a redução do tamanho de partículas de materiais incluindo minérios e insumos para as indústrias química farmacêutica e alimentícia TAVARES 2001 Estudos têm encontrado grande variação no consumo de energia para moagem Pozza et al 2005 mensuraram o consumo de energia gasta em 10 granjas de suínos e observaram valores entre 6 e 20 kWht de ração exemplificando a necessidade de se aperfeiçoar a moagem de forma a racionalizar o uso de energia elétrica A definição do tamanho geométrico desejado para o produto é também importante Healy et al 1994 verificaram que a energia elétrica gasta para a moagem do grão de milho a 900 micras foi de 53 kWht com uma produção de 176th No mesmo equipamento de moagem a redução do tamanho da partículas de milho para 300 micras resultou no consumo 245 kWht e na produção de apenas 065 th Assim uma moagem fina eleva o custo de processo não somente em função do gasto direto de energia elétrica como também pela grande redução de produtividade horária do equipamento Por fim devese considerar que as matérias primas possuem propriedades de plasticidade solidez e umidade que definem seu comportamento de moagem UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 78 aumento da umidade e teor de gordura reduzem em muito a eficiência do processo Assim a produtividade eficiência configuração e características construtivas do moinho devem ser planejadas em função da matéria prima que será processada LARA 2010 Avaliação do diâmetro geométrico médio DGM A redução de partículas deve ser avaliada pela determinação do DGM e seu respectivo desvio denominado desvio padrão geométrico médio DPG ZANOTTO e BELLAVER 1996 Empresas costumam usar uma única peneira com abertura maior como 08mm 800 micras ou 10mm 1000 micas e verificar se há ou não retenção de partículas que estejam acima desta granulometria Esta avaliação no entanto somente indica se há furos nas peneiras do moinho por onde partículas maiores estejam escapando Ela não diz nada a respeito do DGM dos ingredientes que deve ser avaliado de modo consistente Descrição completa do processamento e materiais necessários pode ser encontrada em publicação da EMBRAPA ZANOTTO e BELLAVER 1996 httpwwwcnpsaembrapabrsgcsgcpublicacoescot215pdf Alteração necessária ao procedimento diz respeito ao tamanho dos crivos das peneiras a serem utilizadas quando se trata de rações para cães e gatos Em função dos requisitos de DGM para que a extrusão ocorra de modo eficiente e que cães e gatos possam digerir adequadamente o alimento trabalhase com partículas com DGM no intervalo de 250 a 350 micras Quando as partículas são maiores de 400 micras o alimento adquire aspecto mais grosseiro e o cozimento do amido durante a extrusão pode ser prejudicado Além disso o emprego de maior número de peneiras no teste dará melhor informação da distribuição das partículas sugerese o emprego de 9 peneiras e não 7 como proposto Como sugestão estas poderiam ter as seguintes aberturas em micras micrometros 1200 900 600 400 300 200 100 50 fundo Outras combinações de peneiras podem ser selecionadas orientadas para a distribuição de partículas que se deseja avaliar Os resultados obtidos são integrados em uma equação matemática que converte as gramas de material retidos em cada um das peneiras no tamanho geométrico médio das partículas e sua distribuição UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 79 Procedimento de Laboratório Análise de Granulometria O seguinte procedimento se destina à determinação da distribuição de tamanho das partículas de matéria prima Equipamentos 1 Jogo de peneiras 2 Agitador Tipo Rotap ou similar Foto 1 3 Balança Precisão 01g Método 1 Pesar 100 g de amostra 2 Situar a amostra na peneira superior do jogo 3 Agitar por pelo menos 10 minutos mais tempo pode ser necessário se houver de gordura na amostra acima de 7 e também o uso de esferas de vidro e escovas 4 Pesar e anotar o peso do material retido em cada peneira Tabela 1 5 Calcular o diâmetro geométrico médio das partículas bem como o desvio padrão geométrico seguindo as equações enunciadas na referência padrão ver abaixo ou utilizando um software específico da EMBRAPA Granucalc Foto 1 Agitador tipo ROTAP ou similar Peneira ABNT nº Abertura Nominal da Peneira mm 18 100 20 0840 25 0710 40 0420 50 0297 60 0250 fundo 037 Quadro 1 Jogo de peneiras recomendadas UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 80 Tabela 2 Modelo de tabela para registro de dados para calculo do diâmetro geométrico médio de um produtos Análise Granulométrica Peneira ABNT nº Abertura mm Peso Peneira g Peso Peneira g amostra g 20 840 25 710 30 600 35 500 40 420 45 350 50 297 60 250 70 210 80 177 120 125 170 88 270 53 Prato 37 Bibliografia ASAE Standards 1996 Standard ASAE S3192 Method of determining and expressing fineness of feed material by sieving ZANOTTO DL BELLAVER C Método de determinação da granulometria de ingredientes para uso de rações de suínos e aves Concórdia EMBRAPA CNPSA 1996 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 81 43 Extrusão A extrusão é processamento diferenciado que consiste no cozimento e posterior formatação dos produtos melhorando as características das matérias primas e a qualidade final do alimento Na extrusão os materiais umedecidos amiláceos e protéicos são cozidos expandidos e agrupados por calor pressão e cisalhamento mecânico em um curto espaço de tempo HUACK 1994 É processo de cozimento baseado em alta pressão 20 a 60atm umidade controlada 20 a 30 e temperatura elevada 125C a 150ºC proporcionando sanitização microbiológica inativação de fatores antinutricionais termolábeis gelatinização do amido formatação e texturização do alimento com ganhos expressivos em digestibilidade vida de prateleira e palatabilidade Sua ampla utilização se deve à sua versatilidade eficiência termodinâmica baixo custo de operação e baixo espaço requerido por unidade métrica de produção Na cadeia de pet food a extrusão possibilita a utilização com eficiência de coprodutos oriundos de indústrias produtoras de alimentos para seres humanos como frigoríficos esmagadoras de grãos indústria de farinhas entre outras criando cadeia harmônica de transformar melhorar e utilizar eficientemente o que antes era visto como produtos sem fim específico ou até mesmo como problemas ambientais Foge ao escopo deste texto se aprofundar em extrusão extrusoras e sua operação Recomendase como leitura básica os seguintes livros RIAZ MN Extruders and Expanders in Pet Food Aquatic and Livestock Feeds Agrimedia Clenze 2007 MOSCICKI L ExtrusionCooking Techniques Applications Theory and Sustainability WileyVCH Verlag GmbH Co KGaA Weinheim Germany 2011 O sistema de extrusão consiste fundamentalmente de alimentador condicionador extrusora matriz e sistema de corte Cada componente é desenvolvido para desempenhar função específica no processo de cozimento texturização e formatação do produto RESCHSTEINER 2005 O alimentador proporciona a entrada em fluxo contínuo e controlado da mistura seca dos ingredientes para o condicionador e consequentemente para o canhão da UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 82 extrusora HAUCK 1994 No condicionador são adicionados à mistura de ingredientes vapor e água Ingredientes líquidos podem também ser adicionados por este equipamento como emulsões cárneas óleos corantes ácidos e outros aditivos líquidos Essa mistura é então homogeneizada por sistema de barras cilíndricas com pás dispostas radialmente transformandoa em massa homogênea hidratada e aquecida A função primordial do condicionador é promover hidratação homogênea e elevar a temperatura da massa A maior parte da energia de transformação dos ingredientes no processamento de pet food é adicionada no condicionador na forma de energia térmica pela injeção de vapor direto Isto demonstra a importância deste equipamento que deve ter desenho construtivo adequado ter suas pás corretamente configuradas e ser operado de modo conveniente Adequado condicionamento aumenta a estabilidade e a produtividade da extrusora favorecendo sobremaneira a qualidade do produto final Adicionalmente o correto condicionamento reduz o desgaste mecânico das roscas e camisa da extrusora e da matriz de formatação do produto RIAZ 2003 Como a energia térmica é mais barata que a mecânica elétrica condicionamento eficiente tende a reduzir o custo da operação de extrusão A umidade ideal de saída da massa do condicionador é variável dependente da formulação do alimento em processamento Como regra geral formulações com bastante amido necessitam de menor hidratação que as ricas em proteína ou fibra Umidades entre 15 a 35 podem ser necessárias A temperatura medida no final do condicionador é ponto crítico de controle de processo refletindo a extensão da transferência de energia térmica Alimentos ricos em amido fáceis de processar e expandir necessitam de menores temperaturas de condicionamento do que alimentos ricos em proteína ou fibra Temperaturas entre 70C a 99C podem ser utilizadas Na operação do condicionador a entrada de ração seca depositada pela rosca de alimentação de vapor e de água são ajustadas para os objetivos propostos O controle e regularidade da entrada de ração água e vapor são críticos para temperatura e hidratação uniformes e constantes Outro ponto importante do equipamento e sua operação é o tempo de residência da massa no condicionador Preconizase retenção aproximada de ao menos 3 minutos necessários para que água e vapor penetrem nas partículas em processamento hidratando e aquecendo o interior dos grânulos Há métodos para se ajustar e UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 83 conhecer o tempo de residência do alimento no condicionador Este depende basicamente da relação entre o volume útil do condicionador e a produtividade horária do extrusor do anglo e velocidade de rotação das pás do condicionador O volume útil é fixo e depende do desenho construtivo do equipamento mas o anglo das pás e sua velocidade de rotação podem ser ajustados Neste sentido condicionadores com inversor de frequência e rotação variável são vantajosos Distribuição do Tempo de Residência no condicionador A distribuição do tempo de residência DTR da massa no condicionador pode ser estabelecida pelo teste de resposta a um estímulo pulsado Neste após a estabilização do sistema quantidade definida de marcador traçador é instantemente introduzida no cilindro do condicionador e em intervalos de tempos prédefinidos coletase amostras na saída do mesmo Em cada amostra determinase a concentração do marcador construindose curva de concentração em função do tempo Santos e Canevarolo 1999 com adaptações da Kansas State University Manhattan KS USA Materiais necessários I Esferas de plástico com diâmetro de 3mm na quantidade de 100 g por ensaio II Balança com sensibilidade de 001g III Peneira pequena o suficiente para permitir a passagem da ração e reter as esferas plásticas IV Cronômetro V Baldes ou sacos plásticos de tamanho suficiente para acondicionar 30 segundos de produção de ração Procedimento 1 Estabelecer a configuração de pás taxa de alimentação de produto e velocidade do eixo do condicionador pretendidas O teste é feito somente com ração não se adiciona água nem vapor 2 Iniciar o eixo das pás e a alimentação do condicionador ajustandoas para as condições estabelecidas de processamento UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 84 3 Aguardar o enchimento completo do condicionador e que o fluxo de saída do material esteja constante no mínimo 10 min 4 Medir o fluxo da massa ou produtividade na saída do condicionador 5 Adicionar 100 g de esferas plásticas na entrada do condicionador de uma só vez e iniciar o registro de tempo e a coleta de ração na saída do condicionador 6 Coletar em intervalos de 30 segundos quantitativamente a ração que saí do condicionador Esta é armazenada nos baldes ou sacos plásticos previamente identificados com o intervalo de tempo de coleta A coleta de ração deve se estender até que todo o marcador bolinhas plásticas tenha sido recolhido Este tempo depende da configuração do condicionador mas geralmente 10 minutos são suficientes 7 O teste será melhor se ao menos 3 configurações ou velocidades de rotação das pás do condicionador forem testadas Desta forma repetir os itens 1 a 6 para cada configuração estabelecida 8 Pesar em balança de precisão adequada a ração mais as esferas plásticas Peneirar a ração em seguida separandose bolinhas plásticas Pesar as bolinhas plásticas Este procedimento é realizado para cada um dos intervalos de 30 segundos de coleta de ração previamente estabelecidos Exemplo de ficha de coleta de dados esta na Tabela 3 Tabela 3 Exemplo de ficha para coleta de dados durante a determinação da Distribuição do Tempo de Residência Amostra Intervalo de tempo segundos Configuração 1 Configuração 2 Ração esferas Mm g Peso esferas m g Ração esferas Mm g Peso esferas m g 1 030 2 3060 3 6090 4 90120 5 19 540570 20 570600 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 85 Procedimentos de cálculo Com os dados obtidos a DTR pode ser calculada pelas seguintes equações Curva da distribuição do tempo de residência Et vs t 0 t t C C E t Curva de distribuição acumulativa Ft vs t 0 0 t t t C C F t Tempo de residência médio 0 0 t t C tC t Onde Ct é a concentração de marcador dentro do intervalo de tempo Para melhor compreensão dos cálculos estes estão demonstrados na Tabela 4 a seguir i tempo médio da observação sem segundos tempo final tempo inicial 2 ii peso da ração mais esferas referente aos 30 segundos de coleta iii peso das esferas após separação na peneira da ração e do traçador iv peso do farelo sem as esferas peso da ração mais esferas ii peso das esferas iii v concentração de esferas no farelo peso das esferas iii peso do farelo iv vi concentração de esferas no período é a multiplicação do período médio s pela concentração de esferas período i x concentração de esferas vi UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 86 Tabela 4 Exemplo do cálculo da Distribuição do Tempo de Residência Tempo de Residência Médio e Grau de Enchimento do condicionador I Ii iii iv v Vi Vii viii ix Período s farelo esferas g Farelo Concentração Concentração esferas no Curva distribuição Curva de esferas g Sozinho g de esferas no farelo de esferas do período período anterior do tempo residência distribuição cumulativa 15 16700 00 16700 0000 0000 0000 0000 0000 45 17200 00 17200 0000 0000 0000 0000 0000 75 16800 09 16792 0001 0038 0001 0009 0000 105 16200 38 16162 0002 0248 0003 0040 0000 135 16900 116 16784 0007 0934 0010 0117 0001 165 16500 143 16357 0009 1440 0019 0148 0001 195 16500 141 16359 0009 1676 0027 0146 0002 225 16300 102 16198 0006 1415 0033 0107 0002 255 16200 104 16096 0006 1646 0040 0110 0003 285 16200 120 16080 0007 2120 0047 0126 0003 315 17570 29 17541 0002 0523 0049 0028 0003 345 17570 29 17541 0002 0572 0051 0028 0004 375 17570 29 17541 0002 0622 0052 0028 0004 405 17570 29 17541 0002 0672 0054 0028 0004 435 17570 29 17541 0002 0722 0056 0028 0004 465 17570 29 17541 0002 0771 0057 0028 0004 495 17570 29 17541 0002 0821 0059 0028 0004 Soma 975 28751 00598 14221 Tempo residência médio s x 2414 Grau de enchimento kg xi 13609 vii somatório de esferas no período concentração de esferas do período vi somatório de esferas do período anterior vii do período anterior viii Curva da distribuição do tempo de residência concentração de esferas no farelo v somatório da concentração de esferas soma da coluna v ix Curva de distribuição acumulativa somatório de esferas no período vii soma da concentração de esferas nos períodos soma da coluna vi x Tempo de residência médio segundos soma da concentração de esferas nos períodos soma da coluna vi somatório da concentração de esferas no último período observado última célula da coluna vii xi Grau de enchimento do condicionador kg peso total do farelo no período sem esferas No exemplo da Tabela 3 as curvas de distribuição cumulativa e distribuição do tempo de residência encontramse ilustradas na Figura 1 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 87 Figura 1 Curva de distribuição cumulativa e curva de distribuição do tempo de residência dos dados dispostos na Tabela 3 Após sair do condicionador a massa entra na extrusora Esta consiste em um tubo com um ou dois eixos em seu interior munidos de sistema de rosca sem fim O conjunto recebe o nome de canhão extrusor Esse sistema de rosca irá transportar a massa para frente comprimindoa contra as paredes laterais e o final do equipamento gerando atrito cisalhamento pressão e calor energias que irão transformar a matéria prima O processo é determinado pelas seguintes variáveis quantidade de ração que entra no sistema umidade da ração à entrada composição química da massa amido proteína fibra e gordura configuração da camisa que reveste o tubo configuração da rosca do extrusor elementos de restrição geometria das circunvoluções etc velocidade de rotação da rosca área de saída na matriz ao final do equipamento A energia total transferida neste processo é denominada energia mecânica CHUANG e YEH 2004 DING et al 2004 É possível também se injetar vapor água emulsões cárneas óleos e outros líquidos diretamente no canhão da extrusora ABECASSIS et al 1994 A injeção de vapor diretamente no canhão da extrusora auxilia a elevação de temperatura e redução da fricção da massa colaborando para aumento da produção redução do desgaste mecânico das peças maior cozimento e obtenção de extrusados mais expandidos e leves A matriz da extrusora é a ultima parte do sistema de extrusão possuindo duas funções proporcionar restrição para a saída do produto gerando assim a compressão necessária para a aplicação da energia mecânica dar o formato final do extrusado por meio do formato do orifício da matriz e da velocidade de corte das facas COWELL 2000 O conjunto de facas se UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 88 encontra fixado à matriz e acoplado a um carrinho lhe dá sustentabilidade e rotação através de um motor elétrico Para cortar o alimento no tamanho desejado o motor que movimenta as facas tem rotação variável controlada pelo operador A transformação das matérias primas no sistema de extrusão ocorrerá na medida em que energia seja aplicada à massa em processamento Como dissemos quantitativamente a energia térmica transferida no condicionador é maior mas a energia mecânica é fundamental à gelatinização texturização e formatação do produto Para que esta seja suficientemente aplicada tanto variáveis de processo como umidade e temperatura da massa à entrada taxa de alimentação e velocidade de rotação da rosca extrusora como variáveis pré determinadas incluindo configuração da rosca e da camisa do extrusor e a área aberta da matriz são fundamentais Este é aspecto de elevada tecnologia diferenciado os sistemas modernos de extrusão A restrição da área aberta da matriz ou área de vazão deve ser programada em função da receita e objetivos do alimento em processamento Esta é também bastante variável entre os diversos modelos de fabricação Alimentos com pouco amido e elevada gordura proteína ou fibra requerem maior restrição de saída ou menor área de vazão Alimentos ricos em amido são mais facilmente extrusados podendo ser processados com maior área de vasão Um intervalo entre 100 e 500 mm2tonhora pode ser utilizado O calculo da área de vasão inclui duas etapas 1 Determinação da área aberta da matriz mm2 Para orifícios redondos a área é calculada como Pi vezes o raio ao quadrado Área aberta Para orifícios com desenhos esta informação deve ser fornecida pelo fabricante da matriz 2 Área de vazão mm2tonh Dividir a área aberta da matriz pela produção horária da extrusora Área de vazão UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 89 A transferência de energia mecânica ao produto pode ser medida definindose o consumo de energia elétrica do motor em função da produtividade horária da extrusora 3 Cálculo da energia mecânica específica a Calcular o consumo de energia elétrica kWh Ex cos motor de 50A tem rendimento máximo com 953 do seu uso Quando a amperagem for 4765A o cosceno é 076 quando for 4765A é 086 b Calcular a energia mecânica específica EME transferida para a massa kWhton Multiplicar o consumo de energia elétrica por 1000 e dividir pela produtividade da extrusora EME A distribuição do tempo de residência DTR da massa no canhão extrusor é outro parâmetro crítico de processamento importante para que os objetivos de transformações das matérias primas sejam alcançados e para que o padrão de fluxo do material seja melhor compreendido O DTR é definido como a distribuição provável do tempo que um material sólido ou fluido permanece dentro de uma unidade operacional em um sistema com fluxo continuo Este é influenciado por vários fatores relativos à geometria do equipamento como área interna útil conformação de roscas e camisa do extrusor presença de elemento de interrupção de fluxo como shear locks trancas de cisalhamento e fatores variáveis de produção como velocidade de rotação da rosca extrusora e taxa de alimentação do equipamento dentre UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 90 outros Estas características podem favorecer ou dificultar o fluxo do material dentro do canhão extrusor determinando o volume de material retido e com isto o tempo de retenção Para a determinação do DTR da massa no canhão extrusor utilizaremos o mesmo princípio utilizado para o précondicionador o teste de resposta a um estímulo pulsado Materiais necessários I Marcador Dióxido de titânio TiO2 ou outro corante validado II Sacos plásticos para coleta de amostras de material da saída de extrusora III Cronômetro Procedimento 1 Pesar 20 gramas de dióxido de titânio em um recipiente que facilite a introdução do mesmo na entrada da extrusora ou quantidade pré estabelecida de corante validado 2 Certifiquese que o processo de extrusão atingiu a estabilidade 3 Meça a produtiva do sistema e a utilize como parâmetro 4 Após confirmada a estabilidade do processo o marcador será adicionado na entrada da extrusora Simultaneamente a introdução do marcador no canhão extrusor o observador deverá iniciar coleta de produto na saída da extrusora em intervalos de 10 segundos portanto iniciase a coleta no tempo 0 e finalizase com 10 segundos Outra amostra será tomada imediatamente no intervalo de 10 a 20 segundos e assim sucessivamente até completar 300 segundos ou então até completo desaparecimento da cor do marcador 5 Mensure a produtividade novamente para que a estabilidade do processo possa ser confirmada 6 Em um local onde a luminosidade seja adequada organize as amostras por tempo de coleta e atribua notas de 0 a 10 para a intensidade da coloração sendo 0 para amostras não coradas cor natural da massa de ração e 10 para as amostras intensamente coradas máxima coloração atingida pelo corante 7 Use a tabela a seguir para fazer as anotações das notas e calcule o tempo de residencia OBS É necessário utilizar dois ou mais observadores para atribuição das notas e que as mesmas sejam atribuidas de forma independente entre os observadores Certifiquese que a escala de intensidade de cor seja a mesma UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 91 para todos os observadores Modelo de ficha de coleta de dados é apresentado na Tabela 5 Tabela 5 Exemplo de ficha para coleta de dados durante a determinação da Distribuição do Tempo de Residência do canhão extrusor Amostra Intervalo de tempo segundos Configuração 1 RPM Configuração 2 RPM Intensidade de coloração escala de 0 a 10 Intensidade de coloração escala de 0 a 10 1 010 2 1020 3 2030 4 3040 5 4050 6 5060 Procedimentos de cálculo Com os dados obtidos a DTR pode ser calculada pelas seguintes equações Curva da distribuição do tempo de residência Et vs t 0 t t C C t E Curva de distribuição acumulativa Ft vs t 0 0 t t t C C t F Tempo de residência médio 0 0 t t C tC t Onde Ct é a concentração de marcador dentro do intervalo de tempo UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 92 Na tabela 6 é apresentado exemplo real de mensuração do tempo de residência no canhão extrusor Tabela 6 Exemplo real de mensuração do tempo de residência Tempo s NOTA 1 NOTA 2 NOTA 3 NOTA 4 Média Tempo médio ts Concentração corante média Ct tCt s Σ Ct Et Ft 010 4 3 3 3 325 5 325 16 3 0157 0157 10 to 20 8 9 8 9 850 15 850 12750 1175 0410 0566 2030 4 6 6 5 525 25 525 13125 1700 0253 0819 3040 2 4 3 2 275 35 275 9625 1975 0133 0952 4050 1 1 1 1 100 45 100 4500 2075 0048 1000 5060 0 0 0 0 TOTAL 2075 41625 Tempo média de residência s 2006 44 Secagem Adição de água é fundamental para o cozimento e plasticisação no processo de extrusão Água fluidifica a massa aumenta o fluxo e produtividade da extrusora e sob aquecimento e pressão promove a gelatinização do amido O material seco moído tem umidade entre 6 e 12 quando entra no condicionador a depender de sua composição de ingredientes Ao sair do condicionador e entrar na extrusora a massa pode ter umidade variando de 17 a 35 Na saída da extrusora alcançando pressão atmosférica ocorre rápida vaporização e perda da umidade interna dos extrusados reduzindo a umidade da massa em 2 a 6 esta perda é bastante variável em função da formula e condições de processamento Desta forma ao sair da extrusora os extrusados tem umidade variável usualmente entre 17 e 27 Esta umidade necessária ao processamento tem agora que ser retirada do produto para que este atinja estabilidade física e microbiológica Estabilidade física para que adquira dureza necessária ao manuseio já que quando úmidos os extrusados são facilmente deformáveis Estabilidade microbiológica para que não tenham água livre suficiente para proporcionar crescimento de microrganismos alcançado estabilidade e vida de prateleira de 12 a 16 meses UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 93 Para isto os extrusados são transportados do extrusor para o secador geralmente por transporte pneumático de pressão negativa ou positiva No secador o produto é distribuído sobre conjunto de esteiras ou plataformas que transportam o alimento através de câmaras aquecidas com calor seco gerado em sistema de contra corrente por queimadores ou radiadores e ventiladores Existem inúmeros sistemas de secagem verticais horizontais aquecidos a gás e a vapor Foge aos objetivos aqui propostos aprofundamento sobre os mesmos De forma geral as temperaturas internas no secador podem variar de 90 a 140ºC dependendo das características do equipamento e produto em secagem com tempo de residência do produto em seu interior variando de 15 a 45 minutos ou mais Independentemente do modelo do secador e se este tem operação manual ou automatizada os parâmetros críticos da operação são resumidamente regularidade e distribuição da camada de produto em seu interior fluxo renovação e temperatura do ar tempo de residência A remoção da umidade é operação cara e também um ponto crítico de controle Ela influencia a dureza durabilidade produção de finos gasto de energia com produção segurança e estabilidade microbiológica do produtos estando especialmente ligada à palatabilidade do produto Remover mais água do que o necessário pode aumentar a fragilidade dos extrusados aumentar a produção de finos comprometer a palatabilidade Ela também resulta na venda de menos produto perdendo água reduzse a massa de produção do sistema e na elevação desnecessária de gastos com energia no processamento Remover menos água do que o necessário pode resultar em produto com elevada atividade de água esta água livre dará suporte ao metabolismo de microrganismos que irão se multiplicar deteriorando o alimento A umidade final ideal na secagem depende da formulação se o produto é para cães ou gatos da presença de ingredientes que sequestrem água da relação entre umidade e atividade de água do produto e se será ou não adicionado palatabilizante líquido após a secagem Em função de todas estas características esta pode variar de 4 a 10 45 Aplicação de líquidos e pós Existem diversas maneiras de se aplicar líquidos óleos gorduras hidrolisados cárneos ácidos etc e pós palatabilizantes em pó nutraceuticos UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 94 termolábeis sobre os kibbles secos A aplicação em forma de torre ou em misturadores horizontais é processo de baixo custo mas limitada em relação à quantidade de líquidos e pós que pode ser adicionada e à precisão de aplicação que pode ser baixa Esse sistema possui um reservatório acoplado com bomba de infusão que termina em bico aplicador sobre pressão Este forma camada fina de aspersão que deve atingir toda superfície do extrusado Acoplado encontrase também sistema de aplicação de pós Nesta etapa precaução com limpeza frequente dos bicos pulverizadores e da linha confere maior segurança sanitária e qualidade de recobrimento É crítico que a quantidade aplicada de líquidos pós e de produto seco que passa no sistema sejam constantes de modo que correto balanço de massas seja alcançado e a quantidade de produto aplicada por recobrimento seja precisa o suficiente Infelizmente isto nem sempre é alcançado de modo satisfatório no dia a dia das empresas Mais recentemente temse preconizado aplicação por sistema de bateladas que pode ser feita por sistema à vácuo ou atmosférico O sistema é composto de dois reservatórios um recebe produto continuamente até que some quantidade determinada de ração que é pesada com precisão Neste momento este primeiro reservatório se fecha e a ração passa a ser deposita no segundo reservatório Os líquidos e pós desejados previamente pesados automaticamente também com precisão passam a ser aspergidos na ração em agitação no reservatório fechado até que os extrusados absorvam todo o liquido e recebam o pó necessário Apesar de mais oneroso este sistema tende a ser mais preciso na aplicação da quantidade desejada de matéria prima por recobrimento que também tende a ser distribuída de modo mais uniforme nos extrusados Em nossa experiência prática é comum se encontrar rações que na análise química apresentam menos ou mais extrato etéreo do que o declarado Isto sugere que a aplicação em sistemas contínuos é sujeita a muitos erros Considerandose o elevado custo de óleos gorduras e palatabilizantes líquidos e em pó matérias primas adicionadas por recobrimento estudo financeiro de riscos e de segurança alimentar provavelmente indicará que os sistemas de batelada são vantajosos UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 95 46 Resfriamento Finalizado o recobrimento o produto ainda encontrase quente Para ser acondicionado nas embalagens este deve apresentar temperatura similar a ambiente A depender das características do produto uma diferença para mais de até 4 a 5ºC pode ser adequada mas isto deve ser estudado Tornase necessária etapa de resfriamento para isto o alimento é transportado para o resfriador que promove sucção de ar frio ambiente que passa pelos extrusados fazendo que estes esfriem à temperatura desejada 47 Ensaque O produto final é por fim encasado em embalagens apropriadas que devem ser elaboradas considerando a composição química e especificações do tempo de prateleira do alimento Embalagem adequada segundo Radtke 2010 contribui para proteção do produto acabado contra impacto umidade oxidação luz e migração de gordura Na Tabela 7 exemplificase alguns tipos de materiais que são apropriados para o ensaque de alimentos para cães e gatos UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 96 Tabela 7 Comparação entre as principais estruturas e propriedades das embalagens utilizadas no acondicionamento de alimentos secos e semiúmidos para animais de estimação 1Estrutura dos polímeros Espessura Resistência Barreira Barreira Barreira Barreira Custo μm Mecânica umidade Oxigênio luz gordura PELBDPEAD 150 ótimo ótimo ruim ruim ruim baixo PELBDPEBD PELBDPEBD 150 bom ótimo bom ruim ótimo alto PET PELBDPEBD 150 bom ótimo bom ruim ótimo médio BOPP PELBDPA PELBD 150 ótimo ótimo ótimo bom ótimo elevado PELBDPEBD PELBDPEBD PET MET 180 ruim ótimo ótimo ótimo ótimo elevado PET TRANSP PELBDPEBD 180 ruim ótimo ótimo ótimo ótimo elevado PET MET BOPP TRANSP 1Sigla da estrutura dos polímeros PELBD Polietileno linear de baixa densidade PEBD Polietileno de baixa densidade PEAD Polietileno de alta densidade PP Polipropileno PA Poliamida Nylon PET Polyester PET MET Polyester Metalizado BOPP TRANSP Polipropileno biorientado transparente BOPP Polipropileno biorientado UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 97 Apêndice LEITURA RECOMENDADA SOBRE NUTRIÇÃO DE CÃES E GATOS Sugestão de ordem de importância 1 FASCETTI A J DELANEY S J Applied Veterinary Clinical Nutrition Oxford WileyBlackwell 2012 ed 1 P269287 2 Nutrient Requirements of Dogs and Cats National Research Council The National Academy Press Washington DC 2006 398p 3 CASE L P DARISTOTLE L HAYEK M G RAASCH M F Canine and feline nutrition 3 ed A resorce for companion animal professionals St Louis Elsevier 2010 576p 4 HAND M S THATCHER C D REMILLARD R L ROUDEBUSH P NOVOTNY B J Small Animal Clinical Nutrition 5th edition Marceline Walsworth 2010 1192p 5 PIBOT P BIOURGE V ELLIOT D Encyclopedia of canine clinical nutrition Aniwa SAS Paris 2006 486p 6 BIOURGE V ELLIOT D PIBOT P Encyclopedia of feline clinical nutrition Aniwa SAS Paris 2008 486p 7 FEDIAF The European Pet Food Industry Federation Nutritional guidelines for complete and complementary pet food for cats and dogs The European Pet Food Industry Federation 2018 8 AAFCO ASSOCIATION OF AMERICAN FEED CONTROL OFFICIALS Official Publications 2010 Association of American Feed Control Officials 2010 451p Leitura complementar 9 McDOWELL L R Vitamins in animal and human nutrition Iowa Academic Press 2000 486p 10 POND WG CHURCH DC POND KR SCHOKNECHT PA Basic animal nutrition and feeding 5ed Wiley 2004 11 UNDERWOOD EJ SUTTLE NF The mineral nutrition of livestock 3ed CABI International 1999 524p UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 98 Refêrencias Bibliográficas Abecassis J et al Influence of extrusion conditions on extrusion speed temperature and pressure in the extruder and on pasta quality Cereal Chemistry v 71 n 3 p 247253 1994 Alles G Particle reduction technology In KVAMME J L PHILLIPS T D Petfood technology Illinois Mt Morris 2003 p 327335 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DE PRODUTOS PARA ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO ABINPET Mercado Pet Brasil São Paulo ANFALPET 2012 Bazolli R S Vasconcellos R S Brunetto M A et al Influence of particles size of corn sorghum 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de frangos de corte Revista Brasileira de Ciência Avícola v 3 n 3 p 2001 Ding Q et al The effect of extrusion conditions on the physicochemical properties and sensory characteristics of ricebased expanded snacks Journal of Food Engineering v 86 p 283 289 2004 Frailha M Benefício do investimento energético na redução do tamanho de partículas na alimentação animal In SIMPÓSIO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO 9 Bauru Anais 2005 Hauck B Extrusion cooking system In McELLHINEY R R Feed manufacturing technology IV ArlingtonVA p 1311401994 Healy BJ et al Optimum particle size of corn and hard and soft sorghum for nursery pigs Journal of Animal Science v 72 p 22272236 1994 Herrman Tim and Keith Behnke Testing mixer performance Department of Grain Science and Industry Kansas State University October 1994 httpwwwoznetksuedulibrarygrsci2MFl 172 PDF Acessado em 18 setembro 2014 Jouglin M et al Apparent digestibility of starch in dog and contribution to the study of digestibility in vitro by enzymatic 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aparente Zootecnia Tropical v 21 n 3 p 275288 2003 SPEARS JK FAHEY Jr GC Resistant starch as related to companion animal nutrition Journal AOAC Int 87787791 2004 Svihus B et al Effects of starch granule structure associated components and processing on nutritive value of cereal starch Animal Feed Science and Technology v122 p303320 2005 Takakura FS Avaliação de fontes de amido para alimentos extrusados para cães 2003 106 f Dissertação Mestrado em Medicina Veterinária Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias Universidade Estadual Paulista Jaboticabal 2003 Tavares LM Um método para o cálculo da eficiência energética de moinhos industriais Revista Matéria Periódico científico virtual da área de materiais 2001 Disponível em wwwmateriacoppeufrjbr Acesso em 29 de janeiro de 2013 Twomey LN et al The replacement value of sorghum and maize with or without supplemental enzymes for rice in extruded dog food Animal Feed Science and Technology v 18 p 61 69 2003 Wolter R et al Fecal and ileal digestibility in the dog of diets rich in wheat or tapioca starch Recueil de Médicine Vétérinaire v 174 n 56 p 4555 1998 Zanotto D L C Belaver 1996 Método de determinação da granulometria de ingredientes para uso em rações de suínos e aves Comunicado Técnico EMBRAPA Suíno e Aves CT 215 15 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 100 RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS I ESTIMATIVA DA ENERGIA METABOLIZÁVEL DOS ALIMENTOS E DAS NECESSIDADES ENERGÉTICAS DE CÃES E GATOS PÁG 13 CÁLCULO DA ENERGIA METABOLIZÁVEL DE RAÇÃO PARA CÃES 1 ENN 100 10 26 16 3 7 ENN 38 2 EB 57 x 026 94 x 016 41 x 038 003 EB 1482 1504 41 x 041 EB 467 kcalg 3 MS 100 umidade 90 CDE 912 143 x 333 FB na MS 3 x 10090 CDE 912 476 FB na MS 333 CDE 8644 4 ED 467 x 8644100 ED 404 kcalg 5 EM 404 104 x 026 EM 404 027 EM 377 kcalg PÁG 14 NECESSIDADES ENERGÉTICAS DE CÃES Necessidade de EM kcaldia Quantidade de ração gdia Cão 1 180 x 7075 7746 775377 206 Cão 2 130 x 35075 18707 1871377 496 Cão 3 105 x 125075 698 698377 185 Cão 4 105 x 32075 14127 1413377 375 Cão 5 95 x 53075 1866 1866377 495 Cão 6 95 x 28075 2056 206377 55 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 101 PÁG 15 CÁLCULO DA ENERGIA METABOLIZÁVEL DE RAÇÃO PARA GATOS 1 ENN 100 10 35 20 25 65 ENN 26 2 EB 57 x 035 94 x 020 41 026 0025 EB 199 188 41 x 0285 EB 504 kcalg 3 MS 100 umidade 90 CDE 879 088 x 278 FB na MS 25 x 10090 CDE 879 245 FB na MS 278 CDE 8545 4 ED 504 x 8545100 ED 431 kcalg 5 EM 431 077 x 035 EM 431 027 EM 404 kcalg PÁG 16 NECESSIDADES ENERGÉTICAS DE GATOS Necessidade de EM kcaldia Quantidade de ração gdia Gato 1 100 x 51067 298 298404 737 Gato 2 130 x 68040 280 280404 693 Gato 3 130 x 45040 237 237404 587 Gato 4 130 x 42040 231 231404 571 Gato 5 100 x 32067 218 218404 540 Gato 6 100 x 31067 213 213404 528 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 102 II PROTOCOLO MÍNIMO PARA DETERMINAR ENERGIA METABOLIZÁVEL E COEFICIENTES DE DIGESTIBILIDADE APARENTE DOS NUTRIENTES DE ALIMENTOS PARA CÃES E GATOS 1 MÉTODO DE COLETA QUANTITATIVA OU COLETA TOTAL PÁG 23 EXECÍCIO 1 Animal 2 MO 8018 ENN 3480 Digestibilidade da MS A 31803 B 31803 x 09413 29936 C 15594 D 15594 x 03144 4903 E 8362 Digestibilidade da MO A 31803 B 31803 x 09413 29936 C 15594 D 15594 x 03144 4903 E 9389 F 28107 G 8018 H 3931 I 8601 Digestibilidade da PB A 31803 B 31803 x 09413 29936 C 15594 D 15594 x 03144 4903 E 4168 F 12477 G 2916 H 1430 I 8854 Digestibilidade do EEA A 31803 B 31803 x 09413 29936 C 15594 D 15594 x 03144 4903 E 953 F 2853 G 868 H 426 I 8507 Digestibilidade da FB A 31803 B 31803 x 09413 29936 C 15594 D 15594 x 03144 4903 E 233 F 698 G 754 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 103 H 370 I 4699 Digestibilidade da EB A 31803 B 31803 x 09413 29936 C 15594 D 15594 x 03144 4903 E 508 F 152075 G 40 H 19612 I 8710 Digestibilidade do ENN A 31803 B 31803 x 09413 29936 C 15594 D 15594 x 03144 4903 E 4035 F 12079 G 3480 H 1706 I 8588 Energia metabolizável COM coleta de urina A 508 B 40 C 085 D 29936 E 4903 F 2380 G 375 PÁG 27 EXECÍCIO 2 Composição Ração Ração sobre MS Animal 1 Animal 1 sobre MS Animal 2 Animal 2 sobre MS Fezes MS 55C 3764 4293 MS 105C 9202 9352 9248 MS final 9202 3520 3970 MM 1311 1425 2904 3105 3282 3549 MO 8689 9443 7096 7588 6718 7264 PB 2406 2615 2788 2981 2693 2912 EEA 625 679 377 403 345 373 FB 289 314 1123 1201 1396 1510 EB kcalg 381 414 245 262 236 255 ENN 5369 5835 2808 3003 2284 2470 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 104 Animal 2 Digestibilidade da MS A 680 B 680 x 09202 62574 C 31560 D 31560 x 03970 12529 E 7998 Digestibilidade da MO A 680 B 680 x 09202 62574 C 31560 D 31560 x 03970 12529 E 9443 F 59089 G 7264 H 9101 I 8460 Animal 2 CDA da PB 7770 CDA do EEA 8900 CDA da FB 371 CDA da EB 8767 CDA dos ENN 9152 Energia metabolizável SEM coleta de urina A 414 B 255 C 62574 D 12529 E 2615 F 2912 G 125 H 16363 I 3648 J 12715 K 338 3 MÉTODO DO INDICADOR OU SUBSTÂNCIA ÍNDICE PÁG 37 EXERCÍCIO 1 Animal 2 MO 8910 ENN 5927 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 105 Digestibilidade da MS A 025 B 089 C 7191 Digestibilidade da MO A 025 B 089 C 9498 D 8910 E 7365 Digestibilidade da PB A 025 B 089 C 240 D 1540 E 8198 Digestibilidade do EEA A 025 B 089 C 1228 D 623 E 8575 Digestibilidade da EB A 025 B 089 C 435 D 242 E 8437 Digestibilidade dos ENN A 025 B 089 C 5570 D 5927 E 7011 Energia metabolizável A 435 B 242 C 025 D 089 E 240 F 1540 G 125 H 367 I 1967 J 342 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 106 III DETERMINAÇÃO DA DIGESTIBILIDADE E ENERGIA METABOLIZÁVEL DE UM INGREDIENTE MÉTODO DE SUBSTITUIÇÃO MATTERSON et al1965 PÁG 42 Ingrediente Cão 2 CDAMS RT 8460 CDAMS RR 8184 Subst 2909 CDMS 9133 Ingrediente Cão 2 CDMO RT 8340 CDMO RR 8666 Subst 2909 CDMO 7545 Ingrediente Cão 2 CDPB RT 8220 CDPB RR 8330 Subst 2909 CDPB 7952 Ingrediente Cão 2 CDEEA RT 8730 CDEEA RR 8810 Subst 2909 CDEEA 8535 Ingrediente Cão 2 CDENN RT 8290 CDENN RR 9120 Subst 2909 CDENN 6267 Ingrediente Cão 2 CDEB RT 8370 CDEB RR 8242 Subst 2909 CDEB 8682 Ingrediente Cão 2 EMRT 387000 EMRR 368969 Subst 2909 EMI 430952 Ingrediente Cão 2 MSD 8168 MOD 6038 PD 5115 EEAD 1243 ENND 755 ED kcalkg 392166 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA Carciofi A C 107 V PROTOCOLO MÍNIMO PARA A DETERMINAÇÃO DA APETIBILIDADE PALATABILIDADE PÁG 52 1DIA 2DIA 3DIA MÉDIA CÃO RIA RIB RIA RIB RIA RIB RIA RIB 1 4886 5114 5141 4859 4665 5335 4897 5103 2 4505 5495 2931 7069 1569 8431 3002 6998 3 000 10000 000 10000 000 10000 000 10000 4 661 9339 943 9057 879 9121 828 9172 5 1565 8435 4464 5536 5141 4859 3723 6277 MÉDIA 2324 7676 2696 7304 2451 7549