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LABORATÓRIO CENTRAL DE SAÚDE PÚBLICA DO ESPÍRITO SANTO VITÓRIA 2017 MANUAL DE BIOSSEGURANÇA GOVERNO DO ESTADO DO ESPIRITO SANTO SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE LABORATÓRIO CENTRAL DE SAÚDE PÚBLICA LACEN ANÉZIA LIMA CHAVES RIBEIRO Coordenadora Geral do LACENES SHIRLEY DE CASTRO KOURY GUIMARÃES Chefe do Núcleo da Qualidade COMISSÃO DE BIOSSEGURANÇA Andréia Pereira dos Santos Fabíola Karla Correa Ribeiro Jaqueline Pegoretti Goulart Lilian Silva Lavagnoli Renan Vasconcelos Santos Shirley de Castro Kouri Guimaraes VITÓRIA ES 2017 MANUAL DE BIOSSEGURANÇA MANNQ01003 Elaborado Renan V Santos Fabíola K C Ribeiro Verificado Rita L Fioravanti Aprovado Anézia L C Ribeiro Homologado Shirley C K Guimarães SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 7 2 DECLARAÇÃO DA POLÍTICA DE BIOSSEGURANÇA 7 3 OBJETIVO E CAMPO DE APLICAÇÃO 7 31 OBJETIVO 7 32 CAMPO DE APLICAÇÃO 8 4 SIGLAS 8 5 DEFINIÇÕES 8 6 NORMAS GERAIS DE SEGURANÇA EM LABORATÓRIO 10 61 REGRAS BÁSICAS PARA O TRABALHO EM LABORATÓRIO 11 62 DESCONTAMINAÇÃO 13 63 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL EPI 14 631 Luvas 14 632 Jaleco ou avental 15 633 Protetores para a cabeça e face 16 634 Outros equipamentos de proteção individual 17 64 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA EPC 18 641 Cabines de Segurança Biológica CSB 18 642 Capela de Segurança Química 19 643 Chuveiro de Emergência 20 MANUAL DE BIOSSEGURANÇA MANNQ01003 644 Lava Olhos 20 7 SINALIZAÇÃO EM LABORATÓRIOS 21 8 SEGURANÇA QUÍMICA EM LABORATÓRIOS 23 81 PRINCÍPIOS DE SEGURANÇA QUÍMICA 23 82 PRODUTOS QUÍMICOS PERIGOSOS 24 83 MANIPULAÇÃO DE PRODUTOS QUÍMICOS 24 831 Produtos Formadores de Peróxidos PFP 24 832 Solventes 25 833 AIdeídos 26 834 Hidrácidos 26 835 Oxiácidos 27 836 Bases 28 837 Sais Higroscópicos 28 838 Substâncias de Baixa Estabilidade 28 84 CUIDADOS NA MANIPULAÇÃO DE SUBSTÂNCIAS SÓLIDAS INFLAMÁVEIS 28 85 UTILIZAÇÃO DE LUVAS NA MANIPULAÇÃO DE PRODUTOS QUÍMICOS 29 86 ARMAZENAMENTO DE PRODUTOS QUÍMICOS 29 87 TRANSPORTE 30 9 SEGURANÇA NO USO DE EQUIPAMENTOS E MATERIAIS 30 91 SEGURANÇA AO MANIPULAR MATERIAIS DE VIDRO 30 92 SEGURANÇA EM FONTES GERADORAS DE CALOR OU CHAMA 32 93 EQUIPAMENTOS DE BAIXA TEMPERATURA 33 94 EQUIPAMENTOS E INSTRUMENTOS PERFURANTES 33 95 EQUIPAMENTOS QUE UTILIZAM GASES COMPRIMIDOS 33 96 CENTRÍFUGAS E MISTURADOSAGITADORES DE CULTURAS 34 MANUAL DE BIOSSEGURANÇA MANNQ01003 10 BIOSSEGURANÇA EM LABORATÓRIOS DE BIOLOGIA MÉDICA 34 101 CLASSIFICAÇÃO DE RISCO DOS AGENTES BIOLÓGICOS 34 102 NÍVEIS DE BIOSSEGURANÇA 35 103 CLASSIFICAÇÃO DE RISCO DOS LABORATÓRIOS DE TUBERCULOSE 37 11 TRANSPORTE DE AMOSTRAS BIOLÓGICAS 38 111 TRANSPORTE INTRA E INTERLABORATORIAL DE AMOSTRAS BIOLÓGICAS 38 112 TRANSPORTE AÉREO DE SUBSTÂNCIAS INFECCIOSAS 39 12 ERGONOMIA EM LABORATÓRIOS 41 13 PROCEDIMENTOS EM CASOS DE ACIDENTES 43 131 EXPOSIÇÃO A MATERIAL BIOLÓGICO 43 132 DERRAMAMENTO DE MATERIAL BIOLÓGICO NO LABORATÓRIO 44 133 DERRAMAMENTO DE MATERIAL BIOLÓGICO DENTRO DA CABINE DE SEGURANÇA BIOLÓGICA 44 134 QUEBRA DE TUBOS NO INTERIOR DA CENTRÍFUGA 45 135 QUEBRA DE TUBOS NO INTERIOR DE ESTUFAS BACTERIOLÓGICAS 45 136 DERRAMAMENTO DE PRODUTOS QUÍMICOS 45 137 DERRAMAMENTO DE SUBSTÂNCIAS INFLAMÁVEIS 46 138 DERRAMAMENTO DE ÁCIDOS E COMPOSTOS QUÍMICOS CORROSIVOS 46 139 PROCEDIMENTOS PARA A LIMPEZA 46 1310DERRAMAMENTO DE PRODUTOS TÓXICOS INFLAMÁVEIS OU CORROSIVOS SOBRE O TRABALHADOR 47 14 PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS 47 141 PREVENÇÃO 47 142 COMBATE A INCÊNDIOS 48 143 CLASSIFICAÇÃO DE INCÊNDIO 48 MANUAL DE BIOSSEGURANÇA MANNQ01003 144 PROCESSOS DE EXTINÇÃO DO INCÊNDIO 49 145 AGENTES EXTINTORES 49 146 ORIENTAÇÕES BÁSICAS 50 15 HISTÓRICO DE REVISÕES 50 16 ANEXOS 50 17 REFERÊNCIAS 51 ANEXO A 53 ANEXO B 58 Revisão 02 Data de emissão 16102017 Vencimento 102019 Página 7 de 64 1 INTRODUÇÃO O Manual de Biossegurança é parte integrante do Sistema da Qualidade do LACENES que contém as políticas e procedimentos necessários para assegurar o cumprimento das Normas de Biossegurança nos laboratórios A segurança no local de trabalho depende de toda a equipe que deve planejar a tarefa a ser executada verificar o funcionamento da aparelhagem a ser utilizada e conhecer o material a ser manipulado As ações descritas neste manual visam à prevenção de acidentes de trabalho comuns em laboratórios e o mesmo deverá estar disponível em todos os Setores Organizacionais SO Modificações podem ser sugeridas pela equipe do LACENES e autorizadas pela Comissão de Biossegurança em concordância com a Coordenação Geral e Chefia do Núcleo da Qualidade do LACENES sendo registradas no histórico de revisões 2 DECLARAÇÃO DA POLÍTICA DE BIOSSEGURANÇA O LACENES está comprometido com as boas práticas laboratoriais e com a manutenção da Biossegurança em todas as suas atividades assegurando que sejam conduzidas em conformidade com o Sistema de Gestão da Biossegurança satisfazendo as necessidades das partes interessadas e buscando a excelência do seu desempenho Comprometese também com a manutenção das competências necessárias aos talentos humanos investindo continuamente na capacitação na melhoria contínua e eficácia das ações em Biossegurança Dessa forma todos os profissionais estão familiarizados com a documentação de Biossegurança para implementação das políticas e procedimentos em seus trabalhos Para alcançar esta Política a Coordenação Geral do LACENES comprometese a a assegurar a manutenção e a melhoria das políticas em Biossegurança mesmo que haja mudanças no sistema de gestão b garantir por meio de recursos financeiros humanos e tecnológicos a implantação e o acompanhamento das políticas institucionais de Biossegurança c assegurar a proteção das informações confidenciais d estabelecer as políticas e procedimentos para assegurar a proteção dos equipamentos e agentes de risco manipulados eou armazenados 3 OBJETIVO E CAMPO DE APLICAÇÃO 31 OBJETIVO Este Manual tem como objetivo informar o trabalhador quanto aos requisitos gerais de Biossegurança e a importância dos mecanismos de proteção individual e coletiva visando à competência em realizar atividades laboratoriais de forma a prevenir controlar reduzir eou eliminar os fatores de risco inerentes aos processos de trabalho que possam Revisão 02 Data de emissão 16102017 Vencimento 102019 Página 8 de 64 comprometer a saúde humana o meio ambiente e a qualidade do trabalho realizado no Laboratório Central de Saúde Pública do Espírito Santo LACENES 32 CAMPO DE APLICAÇÃO Este documento se aplica às atividades realizadas nas dependências do LACENES bem como aquelas realizadas por terceiros 4 SIGLAS São usadas neste Manual as seguintes SIGLAS ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas EPI Equipamento de Proteção Individual EPC Equipamento de Proteção Coletiva FISPQ Fichas de Informações de Segurança de Produto Químico HEPA High Efficiency Particulate Air IATA International Air Transport Association ISO International Organization for Standardization ISTs Infecções Sexualmente Transmissíveis LACENES Laboratório Central do Estado do Espírito Santo MB Manual de Biossegurança MQ Manual da Qualidade MS Ministério da Saúde NBR Norma Brasileira OCAI Organizational Culture Assessment Instrument OIT Organização Internacional do Trabalho OSHA Occupational Safety and Health Administration USA PFF2 Peça facial filtrante nível 2 eficiência mínima de filtração de 94 SGQ Sistema de Gestão da Qualidade SO Setor Organizacional 5 DEFINIÇÕES Para efeito deste Manual são adotadas as seguintes definições Acidente é todo evento anormal no local de trabalho com danos ao patrimônio da entidade ou empresa ferimentos leves ou graves em colaboradores e que deve ser investigado para evitar que a repetição acarrete outras vítimas Acidente de trabalho é aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa provocando lesão corporal perturbação funcional causando morte e perda ou redução permanente ou temporária da capacidade para o trabalho Revisão 02 Data de emissão 16102017 Vencimento 102019 Página 9 de 64 Agente de Risco qualquer componente de natureza física química biológica ou radioativa que possa vir a comprometer a saúde do homem dos animais do meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos Análise de risco é o processo de levantamento avaliação e comunicação dos riscos considerando o ambiente e os processos de trabalho para implementar ações de prevenção controle redução ou eliminação dos mesmos Aerossóis são partículas microscópicas que permanecem suspensas no ar e podem carrear elementos químicos biológicos radioativos e outros Biossegurança é um conjunto de medidas voltadas para ações de prevenção minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades de pesquisa produção ensino desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços que podem comprometer a saúde do homem dos animais e do meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos Classe de risco é o grau de risco associado ao material biológico que se manipula Contenção o termo descreve os métodos de segurança que devem ser utilizados na manipulação de agentes de risco no local onde estão sendo manejados ou mantidos Espécimes ou amostras para diagnóstico quaisquer materiais biológicos de origem humana ou animal incluindo mas não se limitando a dejetos secreções sangue e seus componentes tecidos ou fluidos expedidos para fins de diagnóstico Estes materiais podem ser classificados como substâncias infecciosas da categoria A substâncias biológicas da categoria B espécimes humanos de risco mínimo ou material biológico isento Filtro HEPA é um equipamento de alta eficiência feito de tecido de fibra de vidro com 60μ de espessura As fibras do filtro são feitas de uma trama tridimensional a qual remove as partículas de ar que passam por ele por inércia intercessão e difusão O filtro HEPA tem a capacidade para filtrar partículas com eficiência igual ou maior que 999 Incidente é uma circunstância acidental passível de ocorrer durante o trabalho sem danos imediatos ao trabalhador porém com possibilidades de agravos futuros se não houver medidas urgentes de bloqueio Material biológico é todo material que contenha informação genética e seja capaz de autoreprodução ou de ser reproduzido em um sistema biológico Inclui os organismos cultiváveis e agentes infecciosos entre eles vírus bactérias fungos filamentosos leveduras e protozoários as células humanas animais e vegetais as partes replicáveis destes organismos e células príons e os organismos ainda não cultivados Níveis de Biossegurança é o grau de contenção necessário para permitir o trabalho com materiais biológicos de forma segura para os seres humanos os animais e o Revisão 02 Data de emissão 16102017 Vencimento 102019 Página 10 de 64 ambiente Consiste na combinação de práticas e técnicas de laboratório equipamentos de segurança e instalações laboratoriais Patogenicidade Capacidade de um agente biológico causar doença em um hospedeiro suscetível Profissional responsável é o profissional com formação e treinamento específico para a área de atuação e que exerce a supervisão do trabalho Risco Ocupacional probabilidade de ocorrerem acidentes ou agravos à saúde ou à vida do trabalhador decorrentes de condições inadequadas durante suas atividades no trabalho Riscos de Acidentes qualquer fator que coloque o trabalhador em situação de perigo e possa afetar sua integridade bem estar físico e moral Ex máquinas e equipamentos sem proteção etc Riscos Biológicos a probabilidade de ocorrerem danos ou agravos à saúde humana animal ou ao meio ambiente decorrentes da exposição a agentes ou materiais considerados perigosos do ponto de vista biológico como bactérias fungos vírus parasitas e todos os agentes infecciosos potenciais manuseados nos laboratórios São distribuídos em quatro classes por ordem crescente de riscos Riscos Ergonômicos qualquer fator que possa interferir nas características psicofisiológicas do trabalhador causando desconforto ou afetando sua saúde Ex postura inadequada ritmo excessivo de trabalho levantamento e transporte manual de peso estresse etc Riscos Físicos são as diversas formas de energia a que possam estar expostas os trabalhadores tais como ruído vibrações pressões anormais temperatura externas radiações etc Riscos Químicos são as substâncias compostos ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória nas formas de poeiras fumos névoas neblinas gases etc 6 NORMAS GERAIS DE SEGURANÇA EM LABORATÓRIO As atividades realizadas em laboratório requerem do profissional uma série de cuidados justificada pelo risco à saúde em função do manuseio de material biológico contaminado bem como da utilização de vidraria equipamentos e produtos químicos Revisão 02 Data de emissão 16102017 Vencimento 102019 Página 11 de 64 61 REGRAS BÁSICAS PARA O TRABALHO EM LABORATÓRIO As boas práticas são fundamentais e referemse às normas de conduta que regem os trabalhos de laboratórios de modo a garantir a segurança individual e coletiva bem como a reprodutibilidade da metodologia e dos resultados obtidos a Higiene e hábitos pessoais Manter cabelos longos presos Usar exclusivamente sapatos fechados no laboratório O ideal é não usar lentes de contato Se for indispensável usálas não podem ser manuseadas durante o trabalho e devem ser protegidas por óculos de segurança Não aplicar cosméticos quando estiver na área laboratorial Não usar piercing Manter as unhas cortadas e limpas Não usar acessórios e adornos durante as atividades laboratoriais Os crachás presos com cordão em volta do pescoço devem estar sob o jaleco dentro da área analítica Não colocar objetos à boca Lavar as mãos com água e sabão por meio de técnica adequada Figura 1 para a remoção mecânica de sujidades e a microbiota transitória da pele NOTAS I As mãos devem ser lavadas ao entrar no laboratório depois de manipular amostras depois de realizar qualquer procedimento depois de tirar luvas e jaleco e antes de sair do laboratório Figura 1 II Após a lavagem das mãos aplicar antissépticos preferencialmente álcool a 70 glicerinado ou não III O uso de luvas não substitui a necessidade da LAVAGEM DAS MÃOS porque elas podem ter pequenos orifícios inaparentes ou danificarse durante o uso podendo contaminar as mãos quando removidas Revisão 02 Data de emissão 16102017 Vencimento 102019 Página 12 de 64 Figura 1 Técnica de higienização das mãos b Normas para a área analítica Não pipetar com a boca Não fumar beber ou se alimentar Não armazenar alimentos e artigos de uso pessoal no laboratório Não assistir televisão e ouvir aparelhos eletrônicos inclusive com fone de ouvido Não segurar o telefone ou manipular qualquer outro objeto externo à área analítica calçando luvas Não usar telefones celulares durante as atividades laboratoriais Não usar equipamentos da área analítica para aquecer e preparar alimentos Não utilizar refrigeradores para armazenar alimentos ou bebidas Não receber pessoas estranhas ao serviço inclusive crianças Não usar ventiladores Revisão 02 Data de emissão 16102017 Vencimento 102019 Página 13 de 64 Não manter plantas e animais na área analítica que não estejam diretamente relacionados com o trabalho técnico c Práticas de limpeza e descontaminação As superfícies das bancadas de trabalho devem ser limpas e descontaminadas antes e após os trabalhos e sempre após algum respingo ou derramamento vide item 132 d Formação de aerossóis Todos os procedimentos de laboratório devem ser conduzidos com o máximo cuidado para evitar a formação de aerossóis Em casos inevitáveis como nas operações em centrífugas aguardar 5 a 10 minutos após cessar a centrifugação sendo recomendável usar máscara de proteção respiratória descartável tipo PFF2 eficiência mínima de filtração de 94 e Uso de pipetas e de dispositivos auxiliares de pipetagem mecânicos ou automáticos Usar sempre um dispositivo auxiliar de pipetagem Eliminar os líquidos das pipetas de forma suave Pipetas graduadas devem conter barreira de algodão na extremidade superior interna para reduzir o risco de contaminação dos dispositivos de pipetagem Pipetas contaminadas devem ser mergulhadas por completo horizontalmente em um recipiente inquebrável contendo água Esterilizar o recipiente com as pipetas em autoclave 62 DESCONTAMINAÇÃO a Descontaminar todas as superfícies de trabalho diariamente utilizando álcool a 70 ou hipoclorito de sódio a 011 biologia molecular Quando houver respingos ou derramamentos observar o processo de desinfecção específico para escolha e utilização do agente desinfetante adequado b Colocar todo o material potencialmente contaminado por agentes biológicos em recipientes com tampa e a prova de vazamento antes de removêlos do laboratório para autoclavação c Descontaminar por autoclavação ou por desinfecção química todo o material potencialmente contaminado por agentes biológicos como vidraria equipamentos de laboratório etc d Descontaminar todo equipamento antes de qualquer serviço de manutenção de acordo com o procedimento operacional padrão e Colocar vidraria quebrada e pipetas descartáveis após descontaminação em caixa com paredes rígidas para perfurocortantes devidamente identificada e descartada como lixo comum Revisão 02 Data de emissão 16102017 Vencimento 102019 Página 14 de 64 63 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL EPI São empregados para proteger o pessoal da área de saúde do contato com agentes infecciosos tóxicos ou corrosivos calor excessivo fogo e outros perigos Também servem para evitar a contaminação do material em experimento ou em produção 631 Luvas As luvas devem ser usadas em atividades laboratoriais com riscos químicos físicos cortes calor radiações e biológicos Fornecem proteção contra dermatites queimaduras químicas e térmicas bem como as contaminações ocasionadas pela exposição repetida a pequenas concentrações de numerosos compostos químicos ATENÇÃO Enquanto estiver de luvas o trabalhador não pode manusear maçanetas telefones fixos ou celulares puxadores de armários e outros objetos de uso comum NÃO usar luvas fora da área de trabalho LAVAR INSTRUMENTOS e superfícies de trabalho SEMPRE usando luvas NUNCA reutilizar as luvas descartáveis DESCARTÁLAS de forma segura As luvas devem ser resistentes anatômicas flexíveis pouco permeáveis oferecer conforto e destreza ao usuário além de serem compatíveis com o tipo de trabalho executado Podem ter cano longo ou curto com ou sem palma antiderrapante o interior pode ser liso ou flocado com algodão São confeccionadas com grande variedade de materiais com características e empregos diversos A seleção deve se basear nas características condições e duração de uso das luvas e nos perigos inerentes ao trabalho conforme os exemplos a seguir a Luvas de proteção para o manuseio de material biológico Usar luvas de látex SEMPRE que houver CHANCE DE CONTATO com sangue fluídos do corpo dejetos trabalho com microrganismos e animais de laboratório Devem ser utilizadas luvas de látex descartáveis estéreis luvas cirúrgicas ou não estéreis luvas de procedimento Para pessoas alérgicas ao látex utilizar luvas de PVC vinil ou nitrila b Luvas de proteção ao calor Para os trabalhos que geram calor é recomendável o uso de luvas de tecido resistente ou revestida de material resistente ao calor Em trabalhos que envolvem altas temperaturas são recomendáveis as luvas de tecido atóxico do tipo kevlar fibras de aramida e grafatex resistentes a temperaturas de até 400C c Luvas de proteção ao frio Para procedimentos que envolvem a manipulação de objetos em baixa temperatura utilizamse luvas de náilon impermeabilizado ou de tecido emborrachado com Revisão 02 Data de emissão 16102017 Vencimento 102019 Página 15 de 64 revestimento interno de fibras naturais ou sintéticas Para o manuseio de objetos em temperaturas inferiores a 15C são utilizadas luvas de lã d Luvas de proteção para o manuseio de produtos químicos Para a manipulação de substâncias químicas devem ser utilizadas luvas de borracha natural neoprene PVC PVA e borracha de butadieno A escolha do tipo de luva deve ser de acordo com o tipo de substância química a ser manipulada Quadro 1 Quadro 1 Tipos de luvas para o manuseio de substâncias químicas Obs Para se ampliar as informações com outros produtos químicos sugerese pesquisar nos portais sites dos fabricantes nacionais de luvas 632 Jaleco ou avental O jaleco fornece uma barreira ou proteção e reduz a oportunidade de transmissão de microrganismos e contaminação química Previne a contaminação das roupas protegendo a pele da exposição a sangue e fluidos corpóreos salpicos e derramamentos de material infectado Deve ser de mangas longas confeccionado em algodão ou fibra sintética não inflamável O jaleco ou avental descartável deve ser resistente e impermeável NOTAS I Uso OBRIGATÓRIO de jaleco nos laboratórios ou quando o funcionário estiver em procedimento Revisão 02 Data de emissão 16102017 Vencimento 102019 Página 16 de 64 II Jalecos NUNCA devem ser colocados no armário onde são guardados objetos pessoais Devem ser descontaminados antes de serem lavados III Jalecos NÃO devem ser utilizados nas áreas administrativas banheiros refeitórios e outras áreas comuns 633 Protetores para a cabeça e face a Óculos de Proteção Os óculos de proteção ou de segurança oferecem proteção contra respingos de agentes corrosivos irritações e outras lesões oculares decorrentes da ação de produtos químicos radiações e partículas sólidas Os óculos devem proporcionar visão transparente e sem distorções Para trabalhos que envolvam a luz UV é necessária além dos óculos de segurança a proteção de toda a face com protetores faciais b Protetor Facial Equipamentos que protegem toda a face contra riscos de impactos partículas sólidas quentes ou frias substâncias nocivas poeiras líquidos vapores químicos e materiais biológicos e radiações São disponíveis em plásticos como propionatos acetatos e policarbonatos simples ou revestidos com metais para absorção de radiações infravermelhas c Máscaras de proteção As máscaras de proteção são equipamentos de proteção das vias aéreas nariz e boca confeccionados em tecido ou fibra sintética descartável utilizadas em situações de risco de formação de aerossóis e salpicos de material potencialmente contaminado As máscaras ou respiradores bicos de pato N95 ou PFF2 95 e 94 de eficiência de filtração respectivamente possuem filtro eficiente para retenção de partículas maiores que 03 μm vapores tóxicos e contaminantes presentes na atmosfera sob a forma de aerossóis tais como o bacilo da tuberculose Mycobacterium tuberculosis e outras doenças de transmissão aérea Dessa forma aumentam a proteção dos profissionais manipuladores NOTA Cuidados na utilização e preservação possibilitam a reutilização da máscara N95PFF2 tais como 1 Não utilizar cosméticos batons maquiagens pois os produtos podem manchar e obstruir os filtros das máscaras diminuindo a eficiência de proteção 2 Não guardar em bolsos de jalecos não dobrar nem amassar Guardálas sempre em local seco entre folhas de papel absorvente d Máscaras de proteção respiratória As máscaras de proteção respiratória são necessárias quando se manipulam gases irritantes cloreto de hidrogênio dióxido de enxofre amônia formaldeído que produzem inflamações ao contato direto com tecidos pele conjuntiva ocular e vias respiratórias Revisão 02 Data de emissão 16102017 Vencimento 102019 Página 17 de 64 São usadas nas atividades que utilizam gases anestésicos éter e solventes orgânicos que tem ação depressiva sobre o sistema nervoso central e gases asfixiantes hidrogênio nitrogênio e dióxido de carbono potencialmente agressores ao cérebro Existem dois tipos de máscaras respiratórias semifaciais e de proteção total As semifaciais são recomendadas para os casos em que a concentração dos vapores tóxicos não ultrapasse a 10 vezes o limite de exposição devendo ser acompanhadas do uso de óculos de proteção As máscaras de proteção total são utilizadas quando a concentração pode atingir até 50 vezes o limite de exposição As máscaras dispõem de filtros que protegem o aparelho respiratório Os filtros podem ser mecânicos para proteção contra partículas suspensas no ar químicos proteção contra gases e vapores orgânicos ou combinados NOTA O uso de máscara de proteção respiratória NÃO dispensa o uso da capela química para manipulação de reagentes 634 Outros equipamentos de proteção individual Esses equipamentos deverão ser utilizados dentro do laboratório de acordo com o procedimento e durante o mesmo a Toucas ou gorros dependendo da atividade desenvolvida devem ser utilizadas toucas para proteger os cabelos de contaminação aerossóis e respingos de líquidos ou evitar que os cabelos contaminem uma área estéril As toucas são confeccionadas em diferentes materiais e devem permitir a oxigenação do couro cabeludo podendo ser reutilizáveis Para isso devem ser de material de fácil lavagem e desinfecção b Botas ou calçados de segurança Os trabalhadores com sandálias calçados abertos ou de pano estão sujeitos a acidentes e lesões nos pés O calçado deve ser compatível com o tipo de atividade As botas de segurança devem ser resistentes à ação de agentes químicos ácidos e bases fortes e proteger contra respingos e materiais que causam queimaduras Para trabalhos de limpeza são indicadas botas de borracha de PVC Em situações de emergência como o derrame de líquidos ou qualquer material perigoso o responsável pela limpeza deve estar com os pés devidamente protegidos Quando o piso é escorregadio é recomendável o uso de calçados com solado antiderrapante c Própés sapatilhas esterilizadas confeccionadas em algodão em geral para áreas estéreis que podem ser reutilizadas conforme o tipo de material de sua confecção e a atividade desenvolvida d Dispositivos de pipetagem peras pipetadores automáticos e outros dispositivos de pipetagem também são considerados EPIs ver item 51e Revisão 02 Data de emissão 16102017 Vencimento 102019 Página 18 de 64 64 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA EPC São equipamentos que possibilitam a proteção do pessoal do laboratório do meio ambiente e da pesquisa desenvolvida São exemplos 641 Cabines de Segurança Biológica CSB As CSB constituem o principal meio de contenção e são utilizadas para proteger o profissional e o ambiente laboratorial dos aerossóis ou borrifos infectantes gerados a partir de procedimentos como centrifugação trituração homogeneização agitação vigorosa e misturas durante a manipulação dos materiais biológicos Protegem também o produto que está sendo manipulado evitando a sua contaminação com exceção da CSB classe I As CSB são providas de filtros de alta eficiênciaHEPA Alguns procedimentos para uso e manutenção da CSB devem ser observados a As cabines deverão estar localizadas longe da passagem de pessoas e das portas para que não interrompam o fluxo de ar b Evitar a circulação de ar mantendo as portas e janelas fechadas c Evitar a circulação de pessoas d Manter o sistema de filtro HEPA e a luz UV funcionando durante 15 a 20 minutos antes e após o uso e Descontaminar o interior da CSB com álcool a 70 f Minimizar os movimentos para evitar a ruptura do fluxo laminar de ar comprometendo a segurança do trabalho g Não armazenar objetos no interior da CSB h Usar EPI adequados às atividades i Não colocar na CSB caderno lápis caneta borracha ou outro material poluente j Organizar os materiais de modo que os itens limpos e contaminados não se misturem k As cabines devem ser testadas e certificadas in situ no laboratório no momento da instalação sempre que forem removidas ou uma vez ao ano Os sistemas de filtração das CSB são de acordo com o tipo de microrganismo ou produto que vai ser manipulado em cada cabine As CSB são classificadas em três tipos a Classe I b Classe II subdivididas em A B1 B2 e B3 c Classe III A escolha de uma CSB depende em primeiro lugar do tipo de proteção que se pretende obter proteção do produto ou ensaio proteção pessoal contra microrganismos das Classes de risco 1 a 4 proteção pessoal contra exposição a radionuclídeos e químicos tóxicos voláteis ou uma combinação destes Revisão 02 Data de emissão 16102017 Vencimento 102019 Página 19 de 64 Quadro 2 Comparação das CSB quanto às características e indicação de uso 642 Capela de Segurança Química Tem a função de proteger o funcionário ao manipular os produtos químicos que na sua maioria são tóxicos inflamáveis e bastante voláteis É construída de forma aerodinâmica cujo fluxo de ar ambiental não causa turbulências e correntes e absorve através de um exaustor os gases provenientes dos produtos químicos A Capela Química é o equipamento ideal para o trabalho com substâncias químicas em alta concentração O uso adequado das capelas de segurança química requer alguns procedimentos descritos abaixo a Antes da utilização verificar se o sistema de exaustão está funcionando b Realizar a limpeza retirando inclusive materiais inflamáveis se o trabalho a ser executado requer aquecimento ou uso de chamas c Não permitir que a capela seja utilizada como depósito de soluções reagentes ou equipamentos sem uso utilizar apenas o necessário para a análise em execução d Utilizar os EPI adequados para a tarefa apesar de estar usando a capela Revisão 02 Data de emissão 16102017 Vencimento 102019 Página 20 de 64 e Não trabalhar com o rosto dentro da capela para evitar a contaminação do operador f Conectar ao sistema de geração emergencial de energia elétrica pois no caso de falta de energia a capela continuará funcionando evitando assim a liberação de gases tóxicos no ambiente g Limitar as atividades próximas da área quando estiver trabalhando na CSQ h Colocar os materiais necessários no interior do equipamento ou deixálos próximos para evitar interrupções do trabalho i Evitar movimentos rápidos dos braços que devem ser retilíneos para dentro e para fora j Manter o visor frontal guilhotina abaixado na altura do peito e abaixo da zona respiratória do operador k Não desligar de imediato a exaustão da CSQ ao terminar o serviço para que os vapores perigosos ainda existentes sejam eliminados l Realizar manutenção periódica do equipamento As CSQ são indispensáveis no laboratório por oferecer segurança aos operadores retirando do local de trabalho e da zona respiratória gases tóxicos eou corrosivos gerados em diversas atividades A capela pode ser utilizada para vários tipos de análises que envolvem o manuseio de substâncias químicas ou particuladas Os tipos de capelas são específicos para as atividades que envolvem compostos orgânicos ácido perclórico análise química e radioisótopos A construção da CSQ obedece a critérios que consideram o tipo de trabalho a substância química 643 Chuveiro de Emergência É imprescindível para eliminação ou minimização aos danos causados por acidentes em qualquer parte do corpo Chuveiro de aproximadamente 30 cm de diâmetro acionado por alavancas de mão cotovelos ou joelhos Deve estar localizado em local de fácil acesso Figura 2a 644 Lava Olhos Serve para eliminar ou minimizar danos causados por acidentes nos olhos eou face É um dispositivo formado por dois pequenos chuveiros de média pressão acoplados a uma bacia metálica cujo ângulo permite direcionamento correto do jato de água Pode fazer parte do chuveiro de emergência ou ser do tipo frasco de lavagem ocular Figura 2b Revisão 02 Data de emissão 16102017 Vencimento 102019 Página 21 de 64 Figura 2 Chuveiro de emergência e lavaolhos 7 SINALIZAÇÃO EM LABORATÓRIOS Uma das formas mais imediatas de identificar um risco é através da simbologia Os servidores devem estar familiarizados com a simbologia A seguir são mostrados alguns exemplos de símbolos associados a riscos Figura 3 A B Revisão 02 Data de emissão 16102017 Vencimento 102019 Página 22 de 64 Figura 3 Sinalização em laboratórios Revisão 02 Data de emissão 16102017 Vencimento 102019 Página 23 de 64 8 SEGURANÇA QUÍMICA EM LABORATÓRIOS O trabalho com produtos químicos é perigoso e medidas de segurança devem ser tomadas para o seu manuseio Portanto o estudo e o conhecimento dos riscos químicos são muito importantes bem como o envolvimento responsável e consciente de todos aqueles que de alguma forma trabalham com produtos químicos A organização do trabalho é um aspecto fundamental para a segurança do pesquisador ou analista Nenhum trabalho é tão importante e tão urgente que não possa ser planejado e executado com segurança 81 PRINCÍPIOS DE SEGURANÇA QUÍMICA a Conhecer riscos associados aos produtos químicos a ser usado observar e providenciar os cuidados apropriados antes de começar a trabalhar b Usar somente produtos químicos perigosos com propósitos específicos c Ficar atento às condições de falta de segurança e se for o caso implementar ações corretivas d Manter solventes inflamáveis em recipientes adequados e longe de fontes de calor e Utilizar a capela sempre que efetuar uma reação ou manipular reagentes que liberem vapores f Conhecer as propriedades tóxicas das substâncias químicas antes de empregálas pela primeira vez no laboratório g Inspecionar periodicamente os equipamentos de segurança vidrarias e instalações em busca de vazamentos rachaduras furos etc antes de trabalhar com produtos químicos h Considerar o risco de reações entre substâncias químicas e usar equipamentos de segurança adequados para se proteger de exposição a gases vapores a aerossóis i Não levar as mãos à boca ou aos olhos quando estiver manuseando produtos químicos j Verificar se o sistema de exaustão funciona perfeitamente k Familiarizarse com os sintomas da exposição aos produtos químicos com os quais trabalha e observar as normas de segurança necessárias ao manuseálos l Manter desobstruída a câmara de exaustão m Não colocar recipientes contendo líquidos inflamáveis a um nível superior ao da cabeça em locais de difícil acesso e em locais sem ventilação n Realizar a manipulação e evaporação de solventes em capelas o Assegurar que as substâncias químicas não sejam manipuladas por pessoas não autorizadas p Manter uma boa ventilação e iluminação q Manter recipientes separados para vidrarias contaminadas e descontaminadas r Limpar imediatamente quaisquer derramamentos acidentais de produtos químicos seguindo as orientações do chefe do laboratório s Limpar previamente com água ao esvaziar um frasco de reagente antes de colocálo para lavar ou descartálo observando sempre as propriedades dos produtos químicos Revisão 02 Data de emissão 16102017 Vencimento 102019 Página 24 de 64 t Rotular imediatamente qualquer reagente solução preparada e as amostras coletadas u Fechar hermeticamente as embalagens de produtos químicos após a utilização v Usar pinças e materiais de tamanho adequado e em perfeito estado de conservação w Manter na bancada a quantidade mínima necessária de produtos químicos No caso de mistura de produtos lembrar que a mesma possui o nível de risco do componente mais perigoso 82 PRODUTOS QUÍMICOS PERIGOSOS É definido pelo OSHA Occupational Safety and Health Administration USA como quaisquer compostos químicos ou misturas de compostos que oferecem perigo para a integridade física eou saúde Os laboratórios devem dispor as Fichas de Informações de Segurança de Produto Químico FISPQ para cada reagente utilizado nos seus ensaios De acordo com a NBR 14725 da ABNT o fornecedor deve tornar disponível ao receptorusuário uma FISPQ completa para cada substância ou preparo com as informações relevantes quanto à segurança saúde e meio ambiente 83 MANIPULAÇÃO DE PRODUTOS QUÍMICOS Considerase manipulação de produtos químicos desde a abertura de sua embalagem até o descarte da mesma após todo o produto ter sido utilizado Informese antecipadamente se o produto sofre decomposicão peroxidação ou polimerização pela ação da luz do calor ou de ambos se é instável ou reativo frente à água e ar e adote as regras de manipulação recomendadas pelas normas de segurança do laboratório visando à segurança pessoal e coletiva 831 Produtos Formadores de Peróxidos PFP Os produtos que tendem a formar peróxidos peróxido grupo de compostos que contêm ligação oxigêniooxigênio devem ser submetidos a testes a cada três meses para verificar se o teor de peróxido está dentro dos limites informados pelos fabricantes Desta classe de compostos os orgânicos são os mais perigosos e dentre estes podese destacar o éter etílico tetrahidrofurano THF ciclohexano tetralina isopropilbenzeno cumeno etc A reação de peroxidação depende da exposição ao oxigênio ou a oxidantes para ocorrer portanto os recipientes devem estar bem selados Se este não estiver cheio devese eliminar o ar do espaço vazio com gás inerte antes de selar o recipiente Se for necessário destilar algum PFP devese tomar os seguintes cuidados a Use equipamento de proteção Revisão 02 Data de emissão 16102017 Vencimento 102019 Página 25 de 64 b Faça o teste de peróxido papel de teste antes de destilar c Conduza a destilação em atmosfera inerte d Adicione no balão de destilação um agente redutor adequado e Deixe ao final cerca de 10 de líquido no balão f Execute a operação na capela Em alguns casos quando o uso do produto permitir podese acrescentar aos produtos formadores de peróxidos substâncias inibidoras na quantidade de 0001 a 001 Servem a este propósito os seguintes compostos benzofenona hidroquinona 4tert butilcatecol ou 26ditertbutilpmetilfenol BHT Outro modo de remover peróxido é passar o PFP através de uma coluna de resina Dowex1 Mantenha os PFPs em locais frios NOTA Se houver a possibilidade de formação de precipitados devido à baixa temperatura não os armazene na geladeira 832 Solventes São os produtos mais freqüentemente encontrados nos laboratórios e por serem inflamáveis e tóxicos precisam ser manipulados com cuidado Solventes comuns como benzeno tetracloreto de carbono clorofórmio éter etílico acetona hexano e pentano devem ser mantidos longe de fontes de ignição e de substâncias oxidantes Dentre os solventes que oferecem maiores riscos destacamse Benzeno é considerado carcinogênico de Categoria I pela OSHA Sempre que possível substituao pelo tolueno que oferece menor risco Evite o contato com a pele e a inalação de seus vapores Use a capela ao manipulálo protegido por luvas óculos e máscara de proteção Tetracloreto de carbono é um solvente perigoso Sempre que possível substituao por diclorometano que oferece menor risco Reduza ao mínimo a exposição a seus vapores pois em altas concentrações no ar ele pode levar a morte por falha respiratória Exposição menos severa pode causar danos aos rins e fígado Manipuleo na capela usando os equipamentos de proteção adequados Clorofórmio é um solvente similar ao tetracloreto de carbono e apresenta os mesmos efeitos adversos Em animais de laboratório mostrou propriedades carcinogênicas e mutagênicas Pode ser substituído com vantagens para a segurança pelo diclorometano A manipulação é idêntica ao tetracloreto de carbono Éter etílico é um solvente extremamente inflamável usado para fazer extrações Seus vapores são mais pesados do que o ar e pode se propagar pela bancada e atingir fontes de ignição O produto anidro tende a formar peróxidos Pode afetar o sistema nervoso Revisão 02 Data de emissão 16102017 Vencimento 102019 Página 26 de 64 central causando inconsciência ou mesmo a morte se a exposição for severa Manipule o sempre na capela Metanol é um líquido inflamável que reage explosivamente com brometos ácido nítrico clorofórmio hipoclorito de sódio zinco dietílico soluções de alquilaluminatos trióxido de fósforo peróxido de hidrogênio tertbutóxido de potássio e perclorato de chumbo Etanol é um líquido inflamável e seus vapores podem formar misturas explosivas com o ar em temperatura ambiente O etanol reage vigorosamente com vários agentes oxidantes e com outras substâncias químicas como nitrato de prata ácido nítrico perclorato de potássio peróxido de hidrogênio permanganato de potássio entre outros NOTA Sempre que houver a substituição de produto químico mais perigoso por produto químico mais seguro avalie o impacto sobre os resultados das análises 833 AIdeídos Formaldeído formalina é usado como preservativo de tecido biológico na forma de solução aquosa 37 Esta solução contém cerca de 11 de metanol A exposição aos seus vapores pode causar câncer nos pulmões e no condutor nasofaríngeo Pode também causar irritação na pele nos olhos no trato respiratório e edemas Deve ser manipulado em capela usandose os equipamentos de proteção adequados 834 Hidrácidos Os hidrácidos ou haletos de hidrogênio ácido clorídrico ácido fluorídrico são ácidos não oxigenados irritantes ao aparelho respiratório Devem ser manipulados em capela para quaisquer propósitos com o operador usando luvas e máscara contra gases Ácido Fluorídrico tanto na forma gasosa quanto em solução é capaz de penetrar profundamente nos tecidos através da pele Em caso de contato com a pele aplique rapidamente no local uma solução de gluconato de cálcio e procure atendimento médico de urgência Após o uso verificar se o produto escorreu pela embalagem se for o caso neutralize com gluconato de cálcio lave com água corrente e enxugue com papel toalha Ácido Clorídrico possui uma alta ação corrosiva sobre a pele e mucosas podendo produzir queimaduras cuja gravidade dependerá da concentração da solução O contato do ácido com os olhos pode provocar redução ou perda total da visão se o ácido não for removido imediatamente através da irrigação com água O ácido clorídrico em si não é um produto inflamável mas em contato com certos metais libera hidrogênio formando uma mistura inflamável com o ar Revisão 02 Data de emissão 16102017 Vencimento 102019 Página 27 de 64 835 Oxiácidos São ácidos que contém oxigênio e possuem propriedades que variam de acordo com a composição Aqui cabe destacar aqueles que são os mais utilizados Ácido Sulfúrico é um poderoso agente desidratante Na forma concentrada reage explosivamente com potássio e sódio metálicos permanganatos cloratos álcool benzílico além do risco de provocar queimaduras severas na pele e olhos mesmo em soluções diluídas Deve ser manipulado em capela usandose equipamento de proteção Ácido Nítrico é um agente oxidante forte capaz de destruir estruturas protéicas O recipiente que o contém deve ser aberto com cuidado porque se a parte inerte interna da tampa se romper a parte plástica é atacada criando pressão positiva no interior projetando o ácido no ato da abertura Reage de forma descontrolada com anidrido acético de forma explosiva com flúor e acetonitrila A amônia se inflama na presença de seus vapores Quanto à manipulação oferece riscos iguais aqueles do ácido sulfúrico portanto deve ser tratado de modo idêntico Ácido Perclórico é um poderoso agente oxidante incolor capaz de reagir explosivamente com compostos e materiais orgânicos Forma percloratos explosivos em dutos metálicos do sistema de exaustão de capelas exigindo portanto capela especial para sua manipulação Devido ao risco de queimaduras severas na pele e olhos usar óculos de proteção e luvas para a manipulação deste ácido e no caso de transferência para outro recipiente fazêlo sobre a pia para coletar os respingos neutralizálos e lavá los com água corrente Na forma anidra concentração acima de 85 DEVE SER MANIPULADO SOMENTE POR TÉCNICO EXPERIENTE Se o produto anidro apresentar coloração descarteo imediatamente de acordo com as normas de segurança Ácido Acético Glacial é um solvente excelente para diversos compostos orgânicos fósforo e enxofre Seus vapores são extremamente irritantes aos olhos sistema respiratório e pode atacar o esmalte dos dentes se a exposição for de longa duração O contato com a pele provoca severas queimaduras Deve ser manipulado em capela exigindo o uso de equipamento de proteção Os frascos de ácido acético devem ser estocados longe de materiais oxidantes e de preferência entre 20 e 30 ºC quando estocado em temperaturas inferiores pode solidificar provocando ruptura do frasco Perácidos Ácido Perbenzóico Ácido Peracético são compostos explosivos e devem ser manipulados conforme as orientações do fabricante eou fornecedor Os demais ácidos devem ser manipulados em capela comum usandose luvas máscara contra gases No preparo de soluções diluídas destes ácidos misturar aos poucos o ácido na água nunca ao contrário pois poderá ocorrer ebulição localizada e projeção da solução Revisão 02 Data de emissão 16102017 Vencimento 102019 Página 28 de 64 Ácido Pícrico é extremamente explosivo e deve ser adquirido somente quando extremamente necessário É manipulado sob rígida orientação de especialista em segurança de laboratório 836 Bases As bases mais comumente encontradas nos laboratórios são o hidróxido de metais alcalinos e alcalinos terrosos e solução aquosa de amônia As soluções de hidróxidos de metais alcalinos sódio e potássio são corrosivas e provocam danos na pele e tecidos dos olhos Alem disso são extremamente exotérmicas durante a preparação Ao preparar tais soluções devese usar luvas óculos de proteção e avental Quanto à solução de hidróxido de amônia seus vapores são extremamente irritantes ao sistema respiratório e aos olhos exigem sempre o uso de capela luvas e máscara contra gases durante a manipulação 837 Sais Higroscópicos Devese manter as embalagens dos sais higroscópicos sempre bem fechadas observando se não há rachaduras na tampa Pequenas quantidades desses produtos em recipiente apropriado podem ser mantidas em dessecador para preservarIhes a qualidade 838 Substâncias de Baixa Estabilidade São substâncias pouco estáveis de modo geral devem ser mantidas na embalagem fornecida pelo fabricante e manipuladas segundo as recomendações do mesmo 84 CUIDADOS NA MANIPULAÇÃO DE SUBSTÂNCIAS SÓLIDAS INFLAMÁVEIS Na fricção Fósforo branco vermelho amarelo perssulfato de fósforo Na exposição ao ar Boro carvão vegetal ferro pirofosfórico fósforo branco vermelho e amarelo hidratos sódio metálico nitrito de cálcio pó de zinco Na absorção de umidade Cálcio carbonato de alumínio hidratos magnésio finamente dividido óxido de cálcio peróxido de bário pó de alumínio pó de zinco potássio selênio sódio sulfeto de ferro Na absorção de pequena quantidade de calor Carvão vegetal dinitrobenzol nitrato de celulose piroxilina pó de zircônio NOTA Encontrase no Anexo A a Classificação de Agentes Químicos Segundo Graus de Risco Revisão 02 Data de emissão 16102017 Vencimento 102019 Página 29 de 64 85 UTILIZAÇÃO DE LUVAS NA MANIPULAÇÃO DE PRODUTOS QUÍMICOS Muitos ácidos solventes e outros líquidos utilizados em laboratórios são capazes de danificar a pele causando dermatites e levando a doenças ocupacionais Existem luvas próprias para proteger a mão contra a maioria das exposições Ver tabela de Tipos de luvas para o manuseio de substâncias químicas pag 12 86 ARMAZENAMENTO DE PRODUTOS QUÍMICOS As áreas de armazenamento devem ter boa ventilação com exaustão de ar para fora do prédio sem sistema de recirculação a Bicos de gás fumaças e unidades de aquecimento não são permitidos nas áreas de armazenamento b Os corredores das áreas de armazenamento devem estar livres de obstruções c Quando necessário áreas de armazenamento devem ter ar condicionado eou sistema de desumidificação para promover uma atmosfera de ar frio e seco d Não armazenar produtos químicos em prateleiras elevadas frascos grandes devem ser colocados no máximo a 60 cm do piso e Produtos químicos não devem ser expostos ao calor e a luz solar direta f Prateleiras devem ter suportes firmes e espaço suficiente para prevenir deslocamento acidental bem como amontoamento de frascos g Frascos de reagentes não devem ficar salientes para fora das prateleiras h Preparar documento informativo sobre o uso manipulação e disposição dos produtos químicos perigosos e divulgálo para todas as pessoas que trabalham no laboratório i Adquirir sempre a quantidade mínima necessária as atividades do laboratório j Selar as tampas dos recipientes de produtos voláteis em uso com filme inerte para evitar odores ou a deterioração do mesmo se estes forem sensíveis ao ar eou umidade k Não armazenar produtos químicos dentro da Capela de Exaustão Química nem no chão do laboratório l Se for utilizado armário fechado para armazenamento que este tenha aberturas laterais ou na parte superior para ventilação evitandose acúmulo de vapores m As prateleiras ou armários de armazenamento devem ser rotulados de acordo com a classe do produto que contém n Considerar risco elevado os produtos químicos desconhecidos o As áreas devem ser limpas e livres de contaminação química p Observar a incompatibilidade dos produtos ver Anexo B e separar Inflamáveis oxidantes ácidos e bases Família de orgânicos e inorgânicos Família em grupos compatíveis Guardar em ordem alfabética NOTA Produtos químicos faltando rótulo ou com a embalagem violada não devem ser aceitos Revisão 02 Data de emissão 16102017 Vencimento 102019 Página 30 de 64 87 TRANSPORTE O transporte de produtos químicos entre laboratórios deve ser cuidadoso para se evitar derramamentos quedas vazamentos e choques É possível transportálos com certa segurança observandose as recomendações a seguir a Transportar em recipientes fechados e a prova de vazamentos os frascos com produtos extremamente tóxicos ou cancerígenos b Transportar recipientes de vidro acondicionados em caixas de material resistente e a prova de vazamento Usar também carrinhos para o deslocamento c Utilizar carrinhos apropriados para o transporte de cilindros de gás d Não pegar os frascos pelo gargalo ao transferilos para a caixa de transporte e Usar avental luvas e óculos de proteção durante o transporte e sempre que possível levar o kit de emergência para o caso de acidente 9 SEGURANÇA NO USO DE EQUIPAMENTOS E MATERIAIS Os equipamentos e materiais laboratoriais são fontes constantes de riscos físicos que podem ser enumerados dependendo dos equipamentosmateriais manuseados Há também os riscos físicos relacionados com as radiações ionizantes e não ionizantes pressão anormal umidade calor ruídos entre outros Antes de iniciar o trabalho com um equipamento as instruções sobre sua a operação devem ser cuidadosamente observadas Abaixo algumas recomendações gerais para evitar ou reduzir os riscos de acidentes no uso de equipamentos elétricos seguido da explanação sobre a segurança dos tipos de materiais e equipamentos mais comuns utilizados em laboratórios Os equipamentos elétricos somente devem ser operados quando os fios tomadas e pinos estiverem em perfeitas condições e o fio terra estiver ligado Nunca ligar equipamentos elétricos sem antes verificar a voltagem correta 110 ou 220 V entre o equipamento e o circuito Não usar equipamento elétrico sem identificação de voltagem Caso não haja solicitar que os responsáveis pela manutenção façam a identificação Remover frascos de produtos inflamáveis das proximidades do local onde são usados equipamentos elétricos 91 SEGURANÇA AO MANIPULAR MATERIAIS DE VIDRO a Observar a resistência mecânica espessura do vidro resistência química e ao calor b Evitar o armazenamento de alcali em vidro pois causam erosão c Utilizar apenas vidros de borossilicato resistentes ao calor para aquecimentos ou reações que liberam calor d Nunca levar à chama direta um frasco de vidro Recomendase manta elétrica quando utilizar bico de Bunsen Revisão 02 Data de emissão 16102017 Vencimento 102019 Página 31 de 64 e Nunca fechar hermeticamente o frasco de vidro ao aquecêlo Vidros contendo substâncias inflamáveis devem ser aquecidos em banhomaria nunca em mantas ou em chama Utilizar sempre luvas com poder de isolamento térmico adequado f Ao utilizar material de vidro em sistema de autovácuo não utilizar vidraria de parede fina recomendase utilizar frasco de Kitasato g Tomar precauções de utilizar manômetro para controle do vácuo e proteger o frasco em tela de arame ou caixa fechada para evitar estilhaço em caso de implosão principalmente na utilização de frasco de grande dimensão h Utilizar rolhas em frascos de vidro seguindo as recomendações Avaliar com cuidado o tamanho da rolha com o orifício de vidro a ser tampado Utilizar lubrificante tais como silicone vaselina ou mesmo água caso não permita uso de tais lubrificantes proteger as mãos com luvas que não permita perfuração Proteger os olhos com uso de óculos de proteção Nunca utilizar parte do corpo para servir de apoio para introdução da rolha Nunca utilizar frasco de vidro com fratura e trincas nas bordas onde a rolha será introduzida Avaliar a fragilidade do material com relação ao uso repetido que torna o vidro mais frágil i A lavagem de material como a vidraria é uma tarefa que propicia acidentes devido à utilização de detergente Sempre utilizar material amortecedor nos locais de lavagem Na superfície da pia colocar material de borrachaespuma e também protetores de torneira com silicone j Utilizar luvas com material antiderrapante durante o processo de lavagem k Evitar a utilização de solução sulfocrômica durante a limpeza por ser altamente perigosa e causar contaminação no meio ambiente No comércio existem disponíveis detergentes adequados extran ácido neutro ou alcalino para remoção de resíduos químicos ou biológicos l Descartar material de vidro de forma adequada Quando quebrados descartar como material perfurante em caixas de papelão resistente m Os dessecadores pipetas de vidros e frascos de grande volume são os causadores mais comuns de acidentes Cuidados devem ser maiores nesses casos pois são instrumentos bastante utilizados na prática n Trabalhos de evaporação devem ser sempre atentamente observados Um recipiente de vidro aquecido após o líquido haver sido completamente evaporado pode quebrar o Descartar os recipientes de vidro que foram aquecidos a seco pois ocorrerá o destempero do vidro deixandoo muito mais frágil p Evitar colocar vidro quente em superfícies frias ou molhadas e vidro frio em superfícies quentes Ele poderá se quebrar com a variação de temperatura Apesar do vidro de borosilicato suportar altas temperaturas trabalhe sempre com cuidado q Esfriar todo e qualquer material de vidro lentamente para evitar quebra r Não utilizar materiais de vidro que estejam trincados lascados ou corroídos Eles estão mais propensos à quebra s Verificar sempre os manuais de instrução do fabricante quando utilizar fontes de aquecimento Revisão 02 Data de emissão 16102017 Vencimento 102019 Página 32 de 64 t Materiais de vidro com paredes grossas tais como jarras cubas garrafões dessecadores etc não devem ser aquecidos em chama direta placa aquecedora ou outras fontes de calor similares 92 SEGURANÇA EM FONTES GERADORAS DE CALOR OU CHAMA Estufas muflas banhosmaria bico de gás lâmpada infravermelho manta aquecedora agitadores magnéticos com aquecimento termociclador incubadora elétrica forno de microondas esterilizador de alça ou agulha de platina e autoclaves são os principais equipamentos geradores de calor A instalação destes equipamentos deve ser feita em local ventilado e longe de material inflamável volátil e de equipamentos termossensíveis a Os geradores de calor elevado como a mufla devem ser cuidadosamente instalados em suportes termorresistentes ou em balcões com resistência térmica nunca em balcão de madeira Nunca instalar incubadoras próximas de refrigeradores b Ao manipular equipamentos geradores de calor protegerse utilizando EPIs adequados como luvas de proteção ao calor avental pinças protetor facial e protetores de braço Na manipulação de voláteis perigosos destiladores de solventes utilizar máscaras com filtros adequados ou capelas para substâncias químicas voláteis c Ajustar os bicos de Bunsen de maneira a obter uma chama alta e suave Isto causará um aquecimento mais lento porém mais uniforme d Para aquecimento direto ajustar a altura do anel do suporte ou o grampo que segura o vidro de maneira que a chama toque o recipiente de vidro abaixo do nível do líquido e Girar tubos de ensaio para evitar aquecimento em uma área determinada f Aquecer todos os líquidos lentamente Aquecimento rápido pode causar fervimento e projeção do líquido g Usar chamas somente em locais permitidos h Regular adequadamente o fluxo do gás i Fechar a válvula do gás ao final do expediente j Usar sempre uma placa aquecedora com área maior que o recipiente a ser aquecido k Em placas ou mantas aquecedoras verificar bem se os cabos e os conectores não estão estragados l Não evaporar líquidos ou queimar óleos na mufla m Utilizar na calcinação somente cadinhos ou cápsulas de materiais resistentes a altas temperaturas n Não abrir equipamentos geradores de calor de modo súbito quando estiverem aquecidos o Cuidado com o choque térmico ao retirar materiais dos equipamentos que geradores de calor p Não colocar a mufla em operação quando o pirômetro não estiver indicando a temperatura ou a temperatura ultrapassar a ajustada Revisão 02 Data de emissão 16102017 Vencimento 102019 Página 33 de 64 93 EQUIPAMENTOS DE BAIXA TEMPERATURA a Câmara fria Quando o operador tiver que executar tarefas dentro da câmara fria recomendase utilizar proteção adequada ao frio Um agasalho térmico é o recomendado b Em congeladores de ultra baixa temperatura de 70 C devem ser utilizados aventais térmicos e máscaras proteção das mãos com luvas térmicas além de prender os cabelos se muito longos Evitar manter abertos esses congeladores por muito tempo pois haverá queda demasiada da temperatura c Frascos de nitrogênio líquido e gelo seco também provocam acidentes muito graves tais como queimaduras O operador no primeiro caso deve se proteger com aventais e luvas térmicas além de sapatos de borrachas de cano alto com isolamento térmico O transporte desse material deve ser realizado em frascos adequados com fechamento com válvula de escape de gases d No caso do gelo seco manipular com luvas de proteção térmica Ao manipular com acetona ou etanol antes observar a solubilidade do material térmico em que se encontra acondicionado 94 EQUIPAMENTOS E INSTRUMENTOS PERFURANTES a Proteger as mãos com luvas adequadas e sem dúvida tomar os devidos cuidados na manipulação nunca voltando o instrumento contra o próprio corpo b Apoiar adequadamente em superfície firme antes de utilizar os instrumentos perfurantes ou prender em equipamentos adequados para cada tipo de uso 95 EQUIPAMENTOS QUE UTILIZAM GASES COMPRIMIDOS a Os fotômetros de absorção atômica e de emissão cromatógrafos líquido e a gás espectrômetro de massa RMN aparelhos de perfusão e de secagem e outros que utilizam gases comprimidos devem ser adequadamente e cuidadosamente utilizados b Manusear e instalar de acordo com as normas de segurança e cuidados para evitar acidentes c Cuidados com cilindros de gases comprimidos inertes e combustíveis De maneira geral os cilindros de gases devem ser acondicionados fora do laboratório em local especialmente projetado protegidos do calor e da umidade firmemente presos longe de aparelhos de arcondicionado com ventilação adequada Em caso de vazamento se necessário instalar ventilação forçada com acionamento isento de faísca ou aquecimento É obrigatório o uso de identificação e de reguladores de pressão externa e interna Esses reguladores são específicos para cada tipo de gás comprimido O revendedor destes gases orienta as especificações adequadas Quando do recebimento dos cilindros de gás comprimido os seguintes cuidados devem ser tomados teste de vazamento identificação dos cilindros local de armazenamento identificação com data de recebimento presença de proteção do registro e do lacre Nunca remover o lacre identificação ou qualquer etiqueta anexa no cilindro Revisão 02 Data de emissão 16102017 Vencimento 102019 Página 34 de 64 O transporte e movimentação do cilindro devem ser realizados por pessoal treinado pois a queda de um cilindro pode acarretar danos incalculáveis Devese evitar choques mecânicos de cilindros e entre os cilindros Ao utilizar o cilindro solicitar orientação do uso e regulagem das válvulas na pressão adequada Verificar de forma adequada a identificação e se o gás que está sendo instalado é o desejado Após instalação certificarse que não há vazamento Não permitir que se fume em locais onde os cilindros estão instalados utilizar sinalização nestes locais Nunca utilizar lubrificantes ou qualquer agente químico na válvula dos cilindros nunca transferir gases entre cilindros nunca movimentar os cilindros sem a adequada proteção pessoal como o capacete luvas e carrinho de transporte Nunca apertar demasiado as válvulas ou conexões Em caso de pequeno vazamento desatarraxar e vedar utilizando fita teflon após limpeza adequada Lembrar de sempre fechar a válvula do cilindro quando não estiver em uso utilizar as ferramentas adequadas para manipulação de válvulas e conexões O vazamento deve ser verificado por meio de espuma de sabão neutro ou com produtos fornecidos pelas empresas Os gases inflamáveis e tóxicos devem ser cuidadosamente identificados 96 CENTRÍFUGAS E MISTURADOSAGITADORES DE CULTURAS a Ao manusear centrífugas utilizar copos de centrifugação copos de segurança ou rotores fechados para evitar a formação de aerossóis e quebra de tubos Os copos devem ser abertos em uma CSB ou depois de repousarem cerca de 30 minutos Para manusear amostras de alta periculosidade usar protetor respiratório descartável do tipo PFF2 ou máscara semifacial com filtro P2 b Para evitar a formação de aerossóis projeções e derramamentos com os agitadores trabalhar sempre que possível em uma CSB e utilizar frascos de cultura com rolhas de rosca com uma saída protegida por filtro se necessário 10 BIOSSEGURANÇA EM LABORATÓRIOS DE BIOLOGIA MÉDICA 101 CLASSIFICAÇÃO DE RISCO DOS AGENTES BIOLÓGICOS O Ministério da Saúde expediu a Portaria nº 16082007 que aprova a Classificação de risco dos agentes biológicos elaborada em 2004 atualizada em 2006 e 2010 pela Comissão de Biossegurança em Saúde CBS do Ministério da Saúde Os critérios de classificação baseiamse em virulência modo de transmissão estabilidade do agente concentração e volume origem do material potencialmente infeccioso disponibilidade de medidas profiláticas e de tratamento eficazes dose infectante tipo de ensaio e fatores referentes ao trabalhador dentre outros Os agentes biológicos que afetam pessoas animais e meio ambiente são classificados conforme se segue CLASSE DE RISCO 1 baixo risco individual e coletivo Inclui os agentes que não provocam doenças em humanos ou animais adultos sadios Revisão 02 Data de emissão 16102017 Vencimento 102019 Página 35 de 64 Ex Lactobacillus spp Lactococcus spp Saccharomyces Bacillus subtilis Bacillus polimyxa cepas não patogênicas de E coli dentre outros CLASSE DE RISCO 2 moderado risco individual e limitado risco coletivo Inclui os agentes que podem provocar infecções eou doenças no homem ou nos animais cujo potencial de propagação na comunidade e de disseminação no ambiente é limitado além de existirem medidas terapêuticas além de existirem medidas terapêuticas e profiláticas eficazes Ex Escherichia coli Salmonella spp Streptococcus spp Staphylococcus aureusTreponema pallidum Vibrio cholerae Trypanosoma cruzi Candida albicans Schistosoma mansoni HTLV HIV Hepatites virais vírus da Dengue Zika vírus da Rubéola Sarampo Caxumba Citomegalovírus Herpes HSV HZV Rotavírus dentre outros Podem ser de Classe 2 ou 3 a depender do procedimento laboratorial CLASSE DE RISCO 3 alto risco individual e moderado risco coletivo Inclui os agentes biológicos que se transmitem por via respiratória e que causam patologias humanas ou animais potencialmente letais para as quais existem usualmente medidas profiláticas e terapêuticas eficazes Representam risco se disseminados na comunidade e no ambiente podendo se propagar de pessoa a pessoa Ex Mycobacterium tuberculosis Bacillus anthracis Coccidioides immitis Clostridium botulinum Escherichia coli enterohemorrágica Shigella dysenteriae Hantavírus vírus da Febre Amarela vírus da Chikungunya Influenza A H5N1 e H1N1 dentre outros NOTA Podem mudar de classe a depender da atividade laboratorial realizada Os laboratórios de Tuberculose possuem uma classificação de risco particular conforme explicado na sessão 103 mais adiante CLASSE DE RISCO 4 alto risco individual e coletivo Inclui os agentes biológicos que causam infecções eou doenças graves ao homem ou animais e representam um sério risco para os profissionais de laboratórios e para a coletividade São agentes patogênicos altamente infecciosos que se propagam com facilidade pela via respiratória ou de transmissão desconhecida geralmente vírus Podem causar a morte pois atualmente não existem medidas profiláticas ou terapêuticas eficazes Ex Sabiá Marburg Ebola Varíola major Herpesvírus Simiae 102 NÍVEIS DE BIOSSEGURANÇA A avaliação do grau de risco baseada na classificação dos agentes etiológicos insere cada laboratório em um nível de Biossegurança específico As classes de risco biológico dos microrganismos definem o grau de proteção ao pessoal do laboratório ao meio ambiente e à comunidade e definem os Níveis de Biossegurança ou de contenção laboratorial denominados NB1 NB2 NB3 e NB4 em ordem crescente de risco Tais níveis consistem em combinações de práticas e técnicas laboratoriais equipamentos de Revisão 02 Data de emissão 16102017 Vencimento 102019 Página 36 de 64 segurança e instalações do laboratório permitindo ao profissional exercer suas atividades com segurança O Quadro 3 a seguir apresenta resumidamente alguns desses requisitos para os quatro níveis de Biossegurança Quadro 3 Resumo com alguns requisitos exigidos aos níveis de Biossegurança Fonte Ministério da Saúde 2013 Revisão 02 Data de emissão 16102017 Vencimento 102019 Página 37 de 64 103 CLASSIFICAÇÃO DE RISCO DOS LABORATÓRIOS DE TUBERCULOSE Pela Classificação dos Agentes Etiológicos Baseado no Grau de Risco a espécie Mycobacterium tuberculosis integra Classe de Risco III três juntamente com outros microrganismos capazes de infectar através de aerossóis Com a publicação do Manual de Biossegurança para Laboratórios da Tuberculose TB pela OMS em 2012 a orientação para os referidos laboratórios é inicialmente realizar uma avaliação de risco do trabalho levando em consideração a carga bacilar das amostras biológicasisolado bacteriano e a viabilidade do M tuberculosis a via de transmissão da tuberculose material manipuladomanipulações necessárias para cada procedimento que possam gerar aerossóis o número de manobras que possam potencialmente gerar aerossóis em cada procedimento a localização do laboratório as características epidemiológicas da doença e do grupo de doentes atendidos no laboratório o nível de experiência e a competência dos técnicos do laboratório a condição física do pessoal do laboratório A OMS também orienta as políticas nacionais para a classificação das instalações laboratoriais em três níveis principais de risco baseada nas atividades realizadas e nos riscos associados em baixo risco de tuberculose risco moderado de tuberculose e alto risco de tuberculose laboratório de contenção de tuberculose O Quadro 4 apresenta os níveis de risco de um laboratório de tuberculose de acordo com as atividades laboratoriais executadas e avaliação de riscos desse laboratório Revisão 02 Data de emissão 16102017 Vencimento 102019 Página 38 de 64 Quadro 4 Níveis de precaução contra riscos atividades laboratoriais associadas e avaliação dos riscos em laboratórios de tuberculose TB Nível de risco de um laboratório de TBa Atividades laboratoriais Avaliação dos riscos Baixo risco Baciloscopia direta preparação de amostras para uso em um cartucho de teste automatizado de amplificação de ácido nucléico como o Xpert MTBRIF Baixo risco de geração de aerossóis infecciosos a partir das amostras baixa concentração de partículas infecciosas Risco moderado Processamento e concentração de amostras para inoculação em meios de isolamento primário teste de sensibilidade direto teste de sonda genética em expectoração processada Risco moderado de geração de aerossóis infecciosos a partir das amostras baixa concentração de partículas infecciosas Alto risco laboratório de contenção de TB Manipulação de cultura para identificação teste de sensibilidade ou teste de sonda genética em isolados de cultura Alto risco de geração de aerossóis infecciosos a partir das amostras alta concentração de partículas infecciosas Fonte WHO 2012 a O nível de risco referese à probabilidade de alguém no laboratório ser infectado com TB como resultado dos procedimentos realizados no laboratório A realização de cultura pelo método de Ogawa Kudoh apesar de não ser citado na tabela acima não exige agitação portanto é classificada como uma técnica de baixo risco Os procedimentos de baixo risco podem ser realizados fora da CSB na bancada com o auxílio de chama de um bico de Bunsen 11 TRANSPORTE DE AMOSTRAS BIOLÓGICAS 111 TRANSPORTE INTRA E INTERLABORATORIAL DE AMOSTRAS BIOLÓGICAS As amostras biológicas devem ser transportadas em caixas próprias com tampa identificadas com o símbolo de risco biológico nome local endereço e telefone da unidade solicitantesetor Figura 5 Os documentos fichas ofícios e outros que acompanham as amostras biológicas NUNCA devem ser colocados dentro das caixas isotérmicas Intralaboratorialmente as amostras devem ser transportadas pelo caminho mais curto e com menos obstáculos NOTA O profissional responsável pelo transporte deve usar jaleco e luvas Revisão 02 Data de emissão 16102017 Vencimento 102019 Página 39 de 64 Figura 5 Caixa para transporte de amostras biológicas O transporte interlaboratorial de amostras deve ser realizado em temperatura adequada conforme as orientações específicas para cada exame vide Manual de Procedimentos Técnicos para Coleta Armazenamento e Transporte de Amostras Biológicas do LACEN ES 112 TRANSPORTE AÉREO DE SUBSTÂNCIAS INFECCIOSAS vide POP PROCEDIMENTO TÉCNICO DE PREPARO DE AMOSTRAS BIOLÓGICAS PARA O ENVIO POR TRANSPORTE AÉREO NÚCLEO DE BIOLOGIA MÉDICA código POPNB01002 O transporte de amostras clínicas faz parte da fase préanalítica do processo operacional de realização de exames laboratoriais Para que o laboratório possa oferecer resultados confiáveis não basta que as técnicas sejam executadas de forma correta e com pessoal treinado é necessário que se utilize uma amostra biológica devidamente conservada Entendese como amostra biológica adequada aquela obtida em quantidade suficiente em recipiente adequado bem identificada e transportada de forma a manter a integridade do material a ser pesquisado O transporte de substâncias infecciosas deve seguir a regulamentação nacional e internacional que descreve a utilização de materiais de acondicionamento e requisitos de expedição Os regulamentos sobre o transporte de materiais infecciosos baseiamse nos Regulamentos Modelo das Nações Unidas sobre Transporte de Mercadorias Perigosas que devem ser introduzidos nos regulamentos nacionais e modais internacionais pelas autoridades competentes tais como OCAI e IATA atualizadas frequentemente No âmbito do MERCOSUL a Portaria nº 472 de 09 de março de 2009 Resolução GMC nº 5008 regulamenta o transporte de substâncias infecciosas e amostras biológicas As normas sanitárias que tratam do transporte de amostras biológicas para diagnóstico clínico têm como objetivo agregar às normas já existentes no âmbito do transporte a preocupação com o gerenciamento do risco na conservação das características biológicas Essas normas contêm em geral os princípios estabelecidos pela OMS definidos na Regulamentação para Transporte de Substâncias Infecciosas Revisão 02 Data de emissão 16102017 Vencimento 102019 Página 40 de 64 As substâncias infecciosas devem ser transportadas no sistema de embalagem tripla Figuras 6 e 7 composto por três elementos o primeiro receptáculo a embalagem secundária e a embalagem exterior O primeiro receptáculo contém a amostra deve ser bem vedado e estar corretamente etiquetado de acordo com o conteúdo Este receptáculo é embalado em material absorvente suficiente para absorver todo o líquido em caso de quebra ou derrame e é colocado na embalagem secundária A terceira embalagem é identificada com o símbolo de risco biológico destinada a proteger a embalagem secundária contra fatores externos tais como impacto físico e contato com a água durante o transporte Os limites de volume eou peso para embalagens de substâncias infecciosas devem seguir os regulamentos De acordo com os Regulamentos Modelo das Nações Unidas são determinados dois sistemas diferentes de embalagem tripla o sistema básico para várias substâncias infecciosas e o sistema com exigências mais rigorosas para expedição de organismos de maior risco As substâncias infecciosas estão divididas em categorias A e B Os requisitos definidos para cada classificação de risco do material biológico estão determinados nas normas da Anac Instrução Suplementar IS 17500A de 3 de abril de 2014 e da ANTT Resolução 420 de 12 de fevereiro de 2004 Resolução 3665 de 4 de maio de 2011 Categoria A substância infecciosa capaz de causar incapacidade permanente ameaça à vida ou doença letal em humanos e animais Categoria B substância infecciosa que não se inclui na Categoria A Figura 6 Embalagem e etiquetagem de substâncias infecciosas de Categoria A Revisão 02 Data de emissão 16102017 Vencimento 102019 Página 41 de 64 Figura 7 Embalagem e etiquetagem de substâncias infecciosas de Categoria B 12 ERGONOMIA EM LABORATÓRIOS Os riscos ergonômicos estão ligados à execução e à organização de todos os tipos de tarefas Por exemplo a altura inadequada do assento da cadeira a distância insuficiente entre as pessoas numa seção a monotonia do trabalho o isolamento do trabalhador o treinamento inadequado ou inexistente etc A ergonomia ou engenharia humana é uma ciência relativamente recente que estuda as relações entre homem e seu ambiente de trabalho A Organização Internacional do Trabalho OIT define a ergonomia como a aplicação das ciências biológicas humanas em conjunto com os recursos e técnicas da engenharia para alcançar o ajustamento mútuo ideal entre o homem e seu trabalho e cujos resultados se medem em termos de eficiência humana e bem estar no trabalho Os agentes ergonômicos podem gerar distúrbios psicológicos e fisiológicos e provocar sérios danos à saúde do trabalhador porque produzem alterações no organismo e no estado emocional comprometendo sua produtividade saúde e segurança Para evitar que esses agentes comprometam a atividade é necessário adequar o homem às condições de trabalho do ponto de vista da praticidade do conforto físico e psíquico e do visual agradável Isso reduz a possibilidade da ocorrência de acidentes Essa adequação pode ser obtida por meio de melhores condições de higiene no local de trabalho melhoria do relacionamento entre as pessoas modernização de máquinas e equipamentos uso de ferramentas adequadas alterações no ritmo de tarefas postura adequada racionalização simplificação e diversificação do trabalho Revisão 02 Data de emissão 16102017 Vencimento 102019 Página 42 de 64 Os riscos ergonômicos e psicossociais no laboratório decorrem da organização e da gestão do trabalho podem ser apontados os esforços repetitivos os turnos diferenciados de trabalho e o controle rígido da produtividade As medidas ergonômicas relacionadas com a postura no ambiente de trabalho assim como as soluções implementadas preventivamente são mais positivas especialmente quando associadas à utilização de técnicas corretas no processo de trabalho Os agentes de risco ergonômico podem produzir alterações no organismo e no estado emocional dos trabalhadores comprometendo sua produtividade saúde e segurança O cansaço físico as dores musculares a hipertensão arterial as alterações do sono as doenças nervosas a taquicardia a diabetes algumas doenças do aparelho digestivo como a gastrite e a úlcera a tensão a ansiedade e problemas musculoesqueléticos são exemplos dessas alterações Os agentes de risco ergonômico não são facilmente identificados uma vez que seus efeitos são menos visíveis Apesar de todas as conseqüências que os agentes de risco ergonômico podem acarretar para a saúde dos profissionais dos laboratórios o trabalho com atividades em laboratório é considerado pouco desgastante sendo os problemas de saúde detectados atribuídos a outras situações que não o trabalho Com o incremento de novas tecnologias atividades técnicas como a pipetagem que utiliza o pipetador automático podem contribuir para o risco do desenvolvimento da Lesão por Esforço Repetitivo LER Alguns trabalhos com outros equipamentos tais como o microscópio o micrótomo e os computadores também podem gerar essas lesões Vale ressaltar que os movimentos definemse como repetitivos não apenas quando são exatamente iguais mas também quando são semelhantes e solicitam de forma mais ou menos similar os mesmos músculos e nervos A norma regulamentadora nº 17 NR 17 do Ministério do Trabalho e Emprego estabelece parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores de modo a proporcionar um máximo de conforto segurança e desempenho eficiente Na área laboratorial a NR 17 recomenda para os trabalhos que exige a postura em pé a verificação da possibilidade de executar o trabalho na posição sentada Nesse caso o posto de trabalho deve ser planejado ou adaptado para essa postura Recomenda também a colocação de assentos para descanso em locais onde os trabalhadores possam utilizálos durante as pausas Trabalhar bem próximo da bancada com o ângulo de conforto do tornozelo em torno de 90º e sem inclinar a coluna para frente Para o trabalho nos laboratórios que exigem a postura sentada os assentos utilizados nos postos de trabalho devem atender aos seguintes requisitos mínimos Figura 8 Altura ajustável à estatura do trabalhador e à natureza da função exercida Característica de pouca ou nenhuma conformação do assento Borda frontal arredondada Encosto com forma levemente adaptada ao corpo para proteger a região lombar Revisão 02 Data de emissão 16102017 Vencimento 102019 Página 43 de 64 Em geral as atividades nas bancadas exigem pequenas contrações estáticas em função de os braços e antebraços ficarem suspensos por períodos prolongados gerando fadiga e desconforto nos membros superiores no ombro e no pescoço Uma forma importante de minimizar esses efeitos é trabalhar com o antebraço apoiado sempre que possível Na posição sentada o ângulo entre as coxas e o tronco deve ficar em torno de 100 procurando também evitar a inclinação do tronco para frente Trabalhar sempre com as articulações o mais próximo possível do neutro ou no ângulo de maior conforto Figura 8 Requisitos ergonômicos para os trabalhos laboratoriais que exigem postura sentada A NR 17 também recomenda as pausas compensatórias de pelo menos cinco minutos a cada cinquenta minutos trabalhados caminhar durante as pausas para melhorar a circulação dos membros inferiores ingerir água para minimizar a tendência à desidratação gerada pela climatização artificial A detecção precoce dos sintomas das disfunções musculoesqueléticas impede a instalação de quadros mais graves com incapacidade física Aos primeiros sinais e sintomas devese procurar imediatamente ajuda e orientação nos serviços de saúde do trabalhador e determinar se existem causas relacionadas com inadequações no ambiente e no processo de trabalho 13 PROCEDIMENTOS EM CASOS DE ACIDENTES 131 EXPOSIÇÃO A MATERIAL BIOLÓGICO a Lavar exaustivamente a área exposta com água e sabão soro fisiológico b O profissional acidentado deve ser encaminhado para um serviço de saúde especializado em ISTs Seguir recomendação específica para imunização contra o tétano Revisão 02 Data de emissão 16102017 Vencimento 102019 Página 44 de 64 e medidas de quimioprofilaxia para Hepatite B e HIV e acompanhamento sorológico para Hepatite B C HIV c A indicação de antirretrovirais deve ser baseada em avaliação criteriosa do risco de transmissão do HIV em função do tipo de acidente ocorrido e a toxicidade das medicações antirretrovirais Quando indicada a quimioprofilaxia deverá ser iniciada o mais rápido possível dentro de 1 a 2 horas após o acidente 132 DERRAMAMENTO DE MATERIAL BIOLÓGICO NO LABORATÓRIO a Solicitar às outras pessoas que estiverem na sala para saírem imediatamente b Utilizar luvas e jaleco incluindo se necessário proteção para a face e os olhos c Cobrir o local onde o material biológico está derramado com material absorvente papel toalha para minimizar a área afetada e a produção de aerossóis d Derramar sobre o papel toalha hipoclorito de sódio 1 a 2 de cloro ativo fenol a 5 para cultura de TB de forma concêntrica iniciando pelo exterior da área de derrame e avançando para o centro e Deixar em repouso pelo menos 30 minutos para que o desinfetante exerça a sua ação f Retirar os materiais envolvidos no acidente inclusive objetos cortantes utilizando um apanhador ou um pedaço de cartão rígido para recolher o material e colocálo em um recipiente resistente para descarte final g Limpar e desinfetar a área do derrame com gaze ou algodão embebido em álcool etílico a 70 133 DERRAMAMENTO DE MATERIAL BIOLÓGICO DENTRO DA CABINE DE SEGURANÇA BIOLÓGICA a Manter a CSB ligada para conter os aerossóis que possam ser formados b Iniciar a limpeza o mais rápido possível utilizando o desinfetante apropriado álcool etílico a 70 ou hipoclorito 1 a 2 c Caso o derramamento ocorra em um recipiente descartálo como material infeccioso d Se o derramamento ocorrer na superfície de trabalho cobrir o material derramado com papel toalha embebido com desinfetante Aguardar no mínimo 20 minutos para remover o papel toalha e descartálo como material infeccioso e Os materiais que estiverem dentro da CSB no momento do derramamento só podem ser retirados após 30 minutos do acidente tendo sido devidamente desinfetados antes de retirar da cabine f Após a limpeza a CSB deve ficar ligada por mais 10 minutos g Deixar a lâmpada UV ligada por 15 minutos Revisão 02 Data de emissão 16102017 Vencimento 102019 Página 45 de 64 134 QUEBRA DE TUBOS NO INTERIOR DA CENTRÍFUGA a Interromper a operação b Manter a centrífuga fechada por pelo menos 30 minutos para que baixem os aerossóis c Remover e descartar os fragmentos de vidro em condições seguras d Descontaminar a centrífuga o rotor e as caçapas com desinfetante adequado conforme o item 132 e as instruções do fabricante no manual da centrífuga e Utilizar preferencialmente caçapa de segurança e tubos de polipropileno com tampa rosqueável em substituição ao vidro 135 QUEBRA DE TUBOS NO INTERIOR DE ESTUFAS BACTERIOLÓGICAS a Solicitar às pessoas que estiverem na sala para sair imediatamente b Comunicar imediatamente ao supervisor do laboratório e ninguém deve entrar na sala durante por pelo menos 1 hora c Fixar na porta do laboratório um aviso indicando que a entrada é proibida constando o registro do horário que ocorreu o incidente d Retornar ao local após 1 hora utilizando EPIs apropriados luvas avental respirador e sapatos fechados e Proceder à descontaminação com quantidades significativas e suficientes de descontaminante químico que atuem mas mantenha a integridade do equipamento Poderão ser utilizados álcool etílico a 70 produtos fenólicos ou hipoclorito de sódio 05 a 1 de cloro ativo desde que não cause danos ao equipamento f Caso tenha bandejas ou estantes para tubos estas deverão ser retiradas descontaminadas e autoclavadas se possível g Remover os materiais contidos na estufa bacteriológica desinfetando com álcool a 70 ou desinfetante adequado e transferilos para outra estufa h Recolher os materiais contaminados não cortantes em um saco apropriado para a autoclavação e os materiais cortantes em recipientes apropriados para serem descartados i Limpar as superfícies da incubadora com detergente neutro em concentração recomendada pelo fabricante seguido de desinfecção com solução de álcool a 70 ou outro desinfetante recomendado 136 DERRAMAMENTO DE PRODUTOS QUÍMICOS A maioria das empresas produtoras de compostos químicos para uso laboratorial costuma distribuir quadros que descrevem a maneira de lidar com os respingos e derramamentos dos diversos produtos químicos Estes quadros devem ser afixados em local apropriado Consultar a ficha de informação de segurança do produto químico FISPQ e providenciar o equipamento e materiais necessários para limpar os locais contaminados pelo produto Revisão 02 Data de emissão 16102017 Vencimento 102019 Página 46 de 64 O kit utilizado para derramamento de produtos químicos contém absorventes como areia mantas ou absorventes granulados tipo vermiculita e mantas de polipropileno além de pá vassoura sacos plásticos etiquetas autoadesivas baldes plásticos solução de bicarbonato de sódio e gluconato de cálcio para derrames de ácido fluorídrico Deve conter os EPI adequados tais como óculos de segurança respiradores e luvas resistentes e outros Os resíduos absorvidos por materiais granulados devem ser coletados com pá e vassoura Os resíduos absorvidos com mantas devem ser recolhidos com pinças e recipiente adequado e que será enviado para o local de depósito de resíduos Observação A limpeza após derramamento pode ser feita com água detergente e limpeza final com panos desde que não existam vapores perigosos no ar A limpeza após derramamento pode ser mecânica aspiração química neutralizante ou por absorção com sorventes absorventes orgânicos serragem panos estopa inorgânicos vermiculita areia terra diatomácea ou sintéticos Os sorventes sintéticos são leves e fáceis de manusear e o volume de resíduo gerado é menor do que o provocado pelos absorventes orgânicos e inorgânicos porém são mais caros O descarte dos absorventes deve considerar o grupo da substância contida e as normas da Instituição 137 DERRAMAMENTO DE SUBSTÂNCIAS INFLAMÁVEIS a Absorver imediatamente o líquido derramado com substâncias absorventes como mantas específicas ou vermiculita b Recolher e descartar tudo em recipiente destinado a material inflamável c Em caso de derramamento de produtos tóxicos mais de 100 mL inflamáveis mais de 1 litro ou corrosivos mais de 1 litro tomar as seguintes providências d Interromper o trabalho e Evitar inalar o vapor do produto derramado remover fontes de ignição e desligar os equipamentos e o gás f Abrir as janelas e ligar o exaustor se disponível desde que não haja perigo em fazêlo g Evacuar o laboratório h Isolar a área e fechar as portas do ambiente i Chamar a equipe de segurança j Atender as pessoas que podem ter se contaminado k Advertir as pessoas próximas sobre o ocorrido l Informar a chefia eou gerência do laboratório 138 DERRAMAMENTO DE ÁCIDOS E COMPOSTOS QUÍMICOS CORROSIVOS Absorver imediatamente o líquido derramado com substâncias absorventes tais como mantas específicas ou vermiculita 139 PROCEDIMENTOS PARA A LIMPEZA Revisão 02 Data de emissão 16102017 Vencimento 102019 Página 47 de 64 Qualquer derramamento de produto ou reagente deve ser limpo imediatamente usando se para isso os EPI e outros materiais necessários Em caso de dúvida quanto à toxicidade ou cuidados especiais em relação ao produto derramado não efetuar qualquer operação de remoção sem orientação adequada Consultar a FISPQ 1310DERRAMAMENTO DE PRODUTOS TÓXICOS INFLAMÁVEIS OU CORROSIVOS SOBRE O TRABALHADOR Remover as roupas atingidas sob o chuveiro lavando a área do corpo afetada com água fria por 15 minutos ou enquanto persistir dor ou ardência 14 PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS O Corpo de Bombeiros fornece gratuitamente treinamentos teóricopráticos para servidores públicos sobre prevenção e combate a incêndios Acionar a chefia imediata ou chefe do Núcleo da Qualidade para agendamento e formação de turma É imprescindível que todos os servidores do LACENES estejam familiarizados com este tema 141 PREVENÇÃO a Verificar se os extintores estão carregados e as mangueiras em condições b Comunicar qualquer situação perigosa à sua chefia e ao serviço de manutenção c É proibido usar sob qualquer pretexto os equipamentos de proteção para outros fins que não o de combate ao fogo d Conservar sempre em seus lugares os equipamentos destinados a incêndio com seus acessos limpos e desimpedidos e Familiarizarse com os extintores e outros equipamentos de combate a incêndio existentes na edificação sabendo Onde se encontram Como operálos Para que classes de incêndio eles servem f Não fumar não produzir chamas ou centelhas em locais proibidos g Observar e ter cuidado com aparelhos elétricos que esquentam muito em pouco tempo de uso h Deixar que somente eletricistas façam reparos nas instalações elétricas i Guardar os recipientes que contenham substâncias voláteis em lugares apropriados e devidamente tampados j Guardar cada coisa em seu lugar A ordem e a arrumação são fatores importantes na prevenção de incêndios k Ao sair desligar todo o sistema de iluminação bem como os aparelhos e os equipamentos elétricos em geral Revisão 02 Data de emissão 16102017 Vencimento 102019 Página 48 de 64 142 COMBATE A INCÊNDIOS A extinção de incêndio baseiase na remoção de um dos três elementos que compõem o triângulo do fogo comburente combustível e agente ígneo Partindo desse princípio estabeleceuse a técnica moderna de combate a incêndio planejandose o material necessário para tal fim e para a determinação dos agentes extintores Assim a extinção de incêndio pode ser feita por a Retirada do combustível quando possível b Expulsão do oxigênio por exemplo quando o fogo é abafado c Abaixamento de temperatura por exemplo quando o fogo é resfriado pela água 143 CLASSIFICAÇÃO DE INCÊNDIO Os incêndios classificamse em quatro grupos A B C e D observandose as características da combustão ou perigo que o incêndio apresenta Incêndios Classe A São produzidos por combustíveis comuns tais como papel madeira couro tecido fibras etc Queimam em razão de superfície e profundidade e deixam resíduos característicos como brasa carvão e cinzas Sua extinção é feita principalmente pelo resfriamento do combustível com água ou outro agente extintor que contenha grande porcentagem de água Incêndios Classe B São produzidos por líquidos inflamáveis derivados do petróleo gasolina óleos graxa álcool éter tintas etc Queimam em razão de superfície e não deixam resíduos Sua extinção dáse principalmente por abafamento ou resfriamento por meio de água pulverizada Incêndios Classe C São os que ocorrem em equipamentos elétricos energizados tais como condutores e motores elétricos transformadores de voltagem disjuntores etc Sua extinção é feita por meio de agente extintor nãocondutor de eletricidade tais como pó químico dióxido de carbono etc Incêndios Classe D São incêndios em metais alcalinos magnésio selênio potássio etc e outros combustíveis pirofóricos que constituem exceção aos métodos convencionais de extinção Tem um comportamento diferente dos combustíveis comuns dessa forma são considerados combustíveis especiais Extintores de pó de grafite são usados para esse tipo de incêndio NOTA em instalações elétricas NUNCA USE extintores de água espuma ou soda ácido USE SOMENTE extintores de CO2 ou pó químico Revisão 02 Data de emissão 16102017 Vencimento 102019 Página 49 de 64 144 PROCESSOS DE EXTINÇÃO DO INCÊNDIO a Isolamento A retirada do material ou controle do combustível consiste na retirada ou interrupção do campo de propagação do fogo no material que ainda não foi atingido pelo incêndio b Resfriamento O resfriamento ou controle do calor é o método de extinção mais usado Consiste em se retirar o calor do material até abaixo do ponto de combustão A água é muito utilizada neste caso c Abafamento O abafamento ou controle do comburente consiste na eliminação do oxigênio das proximidades do combustível para modo interromper o triângulo do fogo e conseqüentemente a combustão d Extinção Química Certos extintores quando lançados sobre o fogo sofrem ação do calor reagindo sobre a área das chamas interrompendo assim a reação em cadeia extinção química Isso ocorre porque o oxigênio comburente deixa de reagir com gases combustíveis 145 AGENTES EXTINTORES a Extintor de Incêndio A Base de Água Utiliza o CO2 como propulsor É usado em papel tecido e madeira Não usar em eletricidade líquidos inflamáveis metais em ignição De CO2 Utiliza o CO2 como base A força de seu jato é capaz de disseminar os materiais incendiados É usado em líquidos e gases inflamáveis fogo de origem elétrica Não usar em metais alcalinos e papel De Pó Químico Seco Usado em líquidos e gases inflamáveis metais alcalinos fogo de origem elétrica Só apaga fogo de superfície De Espuma Usado para líquidos inflamáveis Não usar para fogo causado por eletricidade De BCF Utiliza o bromoclorofluormetano É usado em líquidos inflamáveis incêndio de origem elétrica Não utilizar em papel e madeira pois só apaga fogo de superfície O ambiente precisa ser cuidadosamente ventilado após seu uso De Pó de Grafite Único extintor adequado para incêndios da classe D Qualquer outro tipo de extintor provoca reações violentas Revisão 02 Data de emissão 16102017 Vencimento 102019 Página 50 de 64 b Mangueira de Incêndio São os condutores flexíveis utilizados para transportar a água sob pressão do seu ponto de tomada até o local onde deve ser utilizada para a extinção dos incêndios Modelo padrão comprimento e localização são fornecidos pelo Corpo de Bombeiros c Hidrantes Hidrantes externos estão localizados nas calçadas ligados ao sistema de abastecimento de água da cidade e permitem abastecimento das viaturas de combate a incêndio No interior das organizações encontramos hidrantes internos estes contêm mangueiras chaves de mangueiras e esguichos destinados ao combate a incêndio 146 ORIENTAÇÕES BÁSICAS Ao tomar conhecimento da ocorrência de um incêndio você deverá a Evitar o pânico b Não prejudicar os trabalhos de combate ao fogo c Portarse o mais normal possível d Desligar todos os equipamentos se você for um dos que tiveram treinamento de combate a incêndio reúnase à Brigada de Combate a Incêndio continue em retirada e lembre NÃO ENTRE EM PÂNICO 15 HISTÓRICO DE REVISÕES Adequações em atendimento à Portaria nº 3204 de 201010 Revisão reorganização e complementação dos tópicos inserção do conteúdo de Ergonomia Setembro2017 16 ANEXOS ANEXO A Classificação dos Agentes Químicos segundo seus Graus de Risco ANEXO B Incompatibilidade entre substâncias químicas Revisão 02 Data de emissão 16102017 Vencimento 102019 Página 51 de 64 17 REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR ISOIEC 17025 Requisitos gerais para competência de laboratórios de ensaio e calibração Rio de Janeiro 2001 ASSUMPÇÃO J C Manipulação e estocagem de produtos químicos e materiais radioativos In ODA L M ÁVILA S M Ed Biossegurança em laboratórios de saúde pública Rio de Janeiro Fundação Oswaldo Cruz 2000 p4361 BRASIL Secretaria de Vigilância Sanitária Ministério da Saúde Portaria n686 de 27 de agosto de 1998 Boas Práticas de Fabricação e Controle de Qualidade em Estabelecimentos de Produtos para Diagnóstico In Vitro BRASIL Ministério as Saúde FIOCRUZ Curso de Aperfeiçoamento em BiossegurançaOrganizado por Pedro Teixeira Rio de Janeiro Educação Distância EadEnsp 2000311p BRASIL Ministério da Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde Departamento de Vigilância Epidemiológica Biossegurança em laboratórios biomédicos e de microbiologia 2ed em português rev e atual Brasília Ministério da Saúde 2004 290p BRASIL Ministério da Saúde Secretaria de Ciência Tecnologia e Insumos Estratégicos Diretrizes gerais para o trabalho em contenção com material biológico Brasília Ministério da Saúde 2004 60p BRASIL Ministério da Saúde FIOCRUZ Comissão Técnica de Biossegurança da FIOCRUZ Procedimento para manipulação de microorganismos patogênicos eou recombinates na FIOCRUZ Rio de Janeiro 2005 221p BRASIL Ministério da Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde Departamento de Vigilância Epidemiológica Manual nacional de vigilância laboratorial da tuberculose e outras micobactérias Brasília Ministério da Saúde 2008 BRASIL Ministério da Saúde Comissão de Biossegurança em Saúde Classificação de risco dos agentes biológicos Brasília DF 2010a BRASIL Ministério da Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis Biocontenção o gerenciamento do risco em ambientes de alta contenção biológica NB3 e NBA3 Brasília Editora do Ministério da Saúde 2015 CDCCenters for Disease Control Office of Biosafety Classification of Ethiologic Agents on the Basis of Hazard 4 ed Sl US Department of Health Education and Welfare Public Health Service Washington DC 1974 Revisão 02 Data de emissão 16102017 Vencimento 102019 Página 52 de 64 FUNDAÇÃO EZEQUIEL DIAS Manual de Biossegurança NÚMERO DIOMDPGQMQ 0003 2010 GUIMARÃES Shirley de Castro Koury Percepção quanto à utilização de Equipamentos de Proteção Individual e Coletiva pelos Servidores do LACENES 69 f Trabalho de Conclusão de Curo de Especialização ENSP VitóriaES 2004 HIRATA M H FILHO J M Manual de Biossegurança em Laboratórios São Paulo 2004 INMETRO NIT DICLA 0832001 Norma interna para implementar sistema de qualidade em laboratórios clínicos 2001 LIMA e SILVA FHA Barreiras de Contenção In Oda LM Avila SM orgs Biossegurança em Laboratórios de Saúde Pública Ed MS p3156 1998 ISBN 85 85471115 MASTROENI MF Introdução à Biossegurança InBiossegurança Aplicada a Laboratórios e Serviços de Saúde São Paulo Atheneu 2004 Cap 1 p 15 ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE Manual de segurança biológica em laboratório 3 ed Genebra 203p 2004 ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE Guidance on regulations for the Transport of Infectious Substances 20132014 Disponível em httpappswhointirisbitstream10665780751WHOHSEGCR201212engpdf Acesso em 09102017 ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE Manual de Biossegurança para Laboratórios da Tuberculose 2013 TEIXEIRA P e CARDOSO T A O org Biossegurança em laboratórios de saúde pública v 2 Rio de Janeiro EADENSP Fundação Oswaldo Cruz 2013 331 p Revisão 02 Data de emissão 16102017 Vencimento 102019 Página 53 de 64 ANEXO A CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES QUÍMICOS SEGUNDO SEUS GRAUS DE RISCO Revisão 02 Data de emissão 16102017 Vencimento 102019 Página 54 de 64 Revisão 02 Data de emissão 16102017 Vencimento 102019 Página 55 de 64 FRASES DE RISCO R 01 Risco de explosão em estado seco 02 Risco de explosão por choque fricção e outras fontes de ignição 03 Grave risco de explosão por choque fricção ou outras fontes de ignição 04 Forma compostos metálicos explosivos 05 Perigo de explosão pela ação do calor 06 Perigo de explosão com ou sem contato com o ar 07 Pode provocar incêndio 08 Perigo de fogo em contato com substâncias combustíveis 09 Perigo de explosão em contato com substâncias combustíveis 10 Inflamável 11 Muito inflamável 12 Extremamente inflamável 13 Gás extremamente inflamável 14 Reage violentamente com a água 15 Reage com a água produzindo gases muito inflamáveis 16 Risco de explosão em misturas com substâncias oxidantes 17 Inflamase espontaneamente ao ar 18 Pode formar misturas vaporar explosivas 19 Pode formar peróxidos explosivos 20 Nocivo por inalação 21 Nocivo em contato com a pele 22 Nocivo por ingestão 23 Tóxico por inalação 24 Tóxico em contato com a pele 25 Tóxico por ingestão 26 Muito tóxico por inalação 27 Muito tóxico em contato com a pele 28 Muito tóxico por ingestão 29 Libera gases tóxicos em contato com a água 30 Pode inflamarse durante o uso 31 Libera gases tóxicos em contato com ácidos 32 Libera gases muito tóxicos em contato com ácidos 33 Perigo de efeitos acumulativos 34 Provoca queimaduras 35 Provoca graves queimaduras 36 Irrita os olhos 37 Irrita o sistema respiratório 38 Irrita a pele 39 Risco de efeitos irreversíveis 40 Probabilidade de efeitos irreversíveis 41 Risco de grave lesão aos olhos 42 Probabilidade de sensibilização por inalação 43 Probabilidade de sensibilização por contato com a pele 44 Risco de explosão por aquecimento em ambiente fechado Revisão 02 Data de emissão 16102017 Vencimento 102019 Página 56 de 64 45 Pode provocar câncer 46 Pode provocar dano genético hereditário 47 Pode provocar efeitos teratogênicos 48 Risco de sério dano à saúde por exposição prolongada FRASES DE SEGURANÇA S 01 Manter fechado 02 Manter fora do alcance das crianças 03 Manter em local fresco 04 Guardar fora de locais habitados 05 Manter em líquido inerte especificado pele fabricante 06 Manter em gás inerte especificado pele fabricante 07 Manter o recipiente bem fechado 08 Manter o recipiente em local seco 09 Manter o recipiente em local ventilado 10 Manter o produto em local úmido 11 Evitar contato com o ar 12 Não fechar hermeticamente o recipiente 13 Manter afastado de alimentos 14 Manter afastado de substâncias incompatíveis 15 Manter afastado do calor 16 Manter afastado de fontes de ignição 17 Manter afastado de materiais combustíveis 18 Manipular o recipiente com cuidado 19 Não comer nem beber durante a manipulação 20 Evitar contato com alimentos 21 Não fumar durante a manipulação 22 Evitar respirar o pó 23 Evitar respirar os vapores 24 Evitar contato com a pele 25 Evitar contato com os olhos 26 Em caso de contato com os olhos lavar com bastante água 27 Tirar imediatamente a roupa contaminada 28 Em caso de contato com a pele lavar com especificado pelo fabricante 29 Não descartar resíduos na pia 30 Nunca verter água sobre o produto 31 Manter afastado de materiais explosivos 32 Manter afastado de ácidos e não descartar na pia 33 Evitar acumulação de cargas eletrostáticas 34 Evitar choque e fricção 35 Tomar cuidados para o descarte 36 Usar roupa de proteção durante a manipulação 37 Usar luvas de proteção apropriadas 38 Usar equipamento de respiração adequada 39 Proteger os olhos e o rosto Revisão 02 Data de emissão 16102017 Vencimento 102019 Página 57 de 64 40 Limpar corretamente os pisos e objetos contaminados 41 Em caso de incêndio ou explosão não respirar os fumos 42 Usar equipamento de respiração adequado fumigações 43 Usar o extintor correto em caso de incêndio 44 Em caso de malestar procurar um médico 45 Em caso de acidente procurar um médico 46 Em caso de ingestão procurar imediatamente um médico levando o rótulo do frasco ou do conteúdo 47 Não ultrapassar a temperatura especificada 48 Manter úmido com o produto especificado pelo fabricante 49 Não passar para outro frasco 50 Não misturar com especificado pelo fabricante 51 Usar em áreas ventiladas 52 Não recomendável para uso interior em áreas de grande superfície Revisão 02 Data de emissão 16102017 Vencimento 102019 Página 58 de 64 ANEXO B INCOMPATIBILIDADE ENTRE SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS