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Macroeconomia 2
EEP/FUMEP
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PUC
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UMG
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UFABC
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MACKENZIE
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UNIGRANRIO
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UNIOESTE
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NEGÓCIOS INTERNACIONAIS U N I DA D E 1 G l o b a l i z a ç ã o e e s t r a t é g i a g l o b a l I n t ro d u ç ã o O q u e s ã o n e g ó c i o s i n t e r n a c i o n a i s C a r a c t e r í s t i c a s g e r a i s d o p ro c e s s o d e g l o b a l i z a ç ã o A g l o b a l i z a ç ã o d o s m e rc a d o s e a i n t e r n a c i o n a l i z a ç ã o d a e m p r e s a A b e r t u r a c o m e rc i a l e f i n a n c e i r a d o B r a s i l p ó s e s t a b i l i z a ç ã o O que são negócios internacionais Os negócios internacionais ou interfronteiras referemse ao desempenho de atividades de comércio e investimento por empresas governos e órgãos internacionais através das fronteiras nacionais 2 O que são negócios internacionais As empresas conduzem atividades de valor agregado em uma escala global essencialmente para organizar abastecer fabricar e comercializar A internacionalização é a tendência das empresas ampliarem de forma sistemática a dimensão internacional de suas atividades comerciais e produtivas 3 Modalidades de negócios internacionais Há duas grandes categorias Comércio internacional é a troca de produtos e serviços através de fronteiras nacionais isto é apenas os bens e serviços cruzam as fronteiras nacionais Investimento internacional referese à transferência ou aquisição de ativos em outro país a própria empresa atravessa a fronteira para assegurar a propriedade de ativos localizados no exterior 4 Modalidades de negócios internacionais Comércio internacional Exportação venda de produtos ou serviços para clientes que estão no exterior a partir de uma base no país de origem ou terceiro país Importação global sourcing aquisição de produtos ou serviços de fornecedores localizados no exterior para consumo no país de origem ou em um terceiro 5 Modalidades de negócios internacionais Investimento internacional Investimento em carteira ou portfólio tipicamente de curto prazo é a propriedade de títulos estrangeiros tais como ações e obrigações para gerar retornos financeiros Investimento direto estrangeiro IDE ou IED tipicamente de longo prazo a empresa estabelece presença física no exterior por meio da aquisição de ativos produtivos tais como capital tecnologia força de trabalho terrenos instalações industriais e equipamentos 6 7 COMPARAÇÃO DAS TAXAS DE CRESCIMENTO DO PIB GLOBAL E DAS EXPORTAÇÕES MUNDIAIS 8 PRINCIPAIS PAÍSES NO COMÉRCIO INTERNACIONAL DE MERCADORIAS VALOR TOTAL 9 PRINCIPAIS PAÍSES NO COMÉRCIO INTERNACIONAL DE MERCADORIAS CONFORME PIB DA NAÇÃO 10 PRINCIPAIS PAÍSES NO COMÉRCIO INTERNACIONAL DE SERVIÇOS VALOR TOTAL 11 PRINCIPAIS PAÍSES NO COMÉRCIO INTERNACIONAL DE SERVIÇOS CONFORME PIB DA NAÇÃO 12 ENTRADAS DE INVESTIMENTOS ESTRANGEIROS IDE NAS REGIÕES DO MUNDO EM BILHÕES DE USD 13 SETORES DE SERVIÇOS QUE SE INTERNACIONALIZAM RAPIDAMENTE Riscos da internacionalização 1 Risco intercultural diferenças culturais no idioma estilo de vida modo de pensar costumes e religião Questões relevantes estilos de negociação estilos de processos decisórios práticas éticas 14 Riscos da internacionalização 2 Risco país ou risco político envolve situações nos ambientes político jurídico ou econômico que podem afetar a rentabilidade da empresa Questões relevantes intervenção governamental protecionismo e barreiras ao comércio e investimento burocracia entraves administrativos corrupção 15 Riscos da internacionalização falta de salvaguarda legal para o direito de propriedade e repatriamento de lucros legislação desfavorável a empresas estrangeiras alta tributação economia instável problemas nas contas externas agitações sociais e políticas 16 Riscos da internacionalização 3 Risco cambial ou risco financeiro envolve flutuações adversas na taxa de câmbio Questões relevantes exposição financeira avaliação de ativos tributação estrangeira efeitos da inflação e dos custos de transferência de capitais 17 Riscos da internacionalização 4 Risco comercial probabilidade de fracasso ou prejuízo de uma empresa resultante de estratégias mal formuladas ou mal implementadas Questões relevantes parceiro fraco problemas operacionais produtos ou serviços de qualidade inferior concorrência acirrada com as empresas locais 18 Tipos de empresas nos negócios internacionais Empresa multinacional EMN caracterizase por ter recursos substanciais e realizar negócios por meio de uma rede de subsidiárias e afiliadas em diversos países Empresa born global geralmente pequenas e médias empresas que iniciam sua experiência no mercado internacional no início do seu ciclo de vida Organizações não governamentais ONGs 19 Tipos de empresas nos negócios internacionais Pequenas e médias empresas born global Uma empresa definida nos Estados Unidos como tendo 500 funcionários ou menos Abrange 90 a 95 por cento de todas as empresas na maioria dos países Cada vez mais empresas médias e pequenas participam de negócios internacionais Responsáveis por 13 das exportações da Ásia 14 das exportações de países ricos da Europa e América do Norte Contribuem com mais do que 50 do total nacional de exportações da Itália Coreia do Sul e China 20 Tipos de empresas nos negócios internacionais Pequenas e médias empresas born global São frequentemente mais inovadoras adaptáveis e possuem tempos de resposta mais rápidos Têm melhor capacidade para servir nichos de mercado Alavancam a internet para realizar negócios internacionais Tendem a minimizar custos fixos e terceirizar devido a recursos limitados Tendem a florecer no conhecimento privado que cultivam através de suas redes de conhecimento 21 22 LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA DE EMPRESAS MULTINACIONAIS Motivos para a internacionalização 1 Buscar oportunidades de crescimento com a diversificação de mercado 2 Obter maiores margens e lucros 3 Adquirir novas ideias sobre produtos serviços e formas de negociação 4 Atender melhor a clientes importantes que se internacionalizaram ex Toyota Hyundai 23 Motivos para a internacionalização 5 Ficar mais próximo das fontes de suprimentos beneficiandose do global sourcing ex empresas extrativistas como petróleo mineração e madeira ou ganhar flexibilidade no fornecimento de suprimentos ex Dell 6 Obter acesso a fatores de produção com menor custo ou melhor valor 7 Desenvolver economias de escala em suprimentos produção marketing distribuição e PD 24 Motivos para a internacionalização 8 Enfrentar a concorrência internacional com eficácia ou desestabilizar e desacelerar o crescimento das empresas concorrentes no mercado doméstico investimento defensivo ex Caterpillar X Komatsu 9 Investir em um relacionamento potencialmente vantajoso com um parceiro estrangeiro ex formação de joint ventures Em resumo as empresas se internacionalizam para aumentar a vantagem competitiva e buscar oportunidade de crescimento e lucro 25 Globalização conceito A globalização é o processo de acelerada integração econômica social e política pelo qual está passando o mundo desde final da década de 1970 É uma macrotendência de intensa interconectividade econômica entre os países A globalização permite que muitas empresas se internacionalizem e aumentou de modo substancial o volume e a variedade de transações internacionais de bens serviços e fluxos de capital além de acarretar uma difusão mais rápida e ampla de produtos tecnologia e conhecimento pelo mundo 26 Globalização conceito A rapidez extraordinária da mudança tecnológica reflete o caráter dinâmico da globalização Base tecnológica redução nos custos dos transportes comunicações e principalmente a revolução da Tecnologia da Informação Essa revolução tecnológica ao facilitar a formação e integração dos mercados mundiais promoveu o aumento da competição econômica internacional e a reorganização da produção pelas corporações transnacionais 27 Enorme avanço tecnológico Abertura comercial das economias Crescimento sem precedentes do comércio internacional com aumento das trocas internacionais em relação ao PIB mundial Fluxos substanciais de capital moeda tecnologia e conhecimento Globalização características gerais 28 Integração produtiva praticada pelas empresas transnacionais Abertura financeira com o desenvolvimento de sistemas financeiros globais altamente sofisticados para dar suporte às operações entre fronteiras ex SWIFT Society for Worldwide Interbank Financial Telecommunication Sociedade para Telecomunicação Financeira Interbancária Global Globalização características gerais 29 Maior grau de colaboração entre as nações por meio de órgãos multilaterais de regulamentação como a Organização Mundial do Comércio OMC e o Fundo Monetário Internacional FMI Níveis de renda per capita mais elevados que refletem uma maior complexidade dos sistemas econômicos nacionais e mundial Convergência de estilos de vida e preferências dos consumidores Globalização características gerais 30 Avanços tecnológicos Avanços em tecnologia fornecem meios para a internacionalização das empresas Avanços em tecnologia Reduzem custos ao se fazer negócios internacionais Permitem que mesmo empresas pequenas consigam se tornar internacionais Ajudam a coordenar as atividades mundiais Reduz as distâncias geográficas 31 Tecnologia da informação O custo do processamento por computador caiu 30 por cento ao ano desde o final da década de 1980 e continua a cair Aumento na produtividade das empresas O impacto da TI na vida das pessoas e empresas tem sido profundo laptops telefones celulares inteligentes Internet Google etc 32 DECLÍNIO DO CUSTO DE COMUNICAÇÃO GLOBAL E AUMENTO DO NÚMERO DE USUÁRIOS DE INTERNET 33 Tecnologia de comunicações Inclui telecomunicações satélites fibras ópticas tecnologia sem fio e a Internet A Internet e os sistemas dependentes desta tais como intranet extranets e email conectam milhares de pessoas por todo o mundo A Internet abre um mercado global para todas as empresas grandes e pequenas 34 Tecnologia de manufatura e transportes Os revolucionários desenvolvimentos atuais permitem a manufatura em baixa escala e a baixos custos com o apoio de produtos criados via computador CAD robótica e linhas de produção gerenciadas e monitoradas por meio de controles por microprocessadores Nos anos 1960 os avanços tecnológicos levaram ao desenvolvimento de aviões jumbo que tinham um consumo de combustível eficiente cargueiros gigantes e embarques conteinerizados O custo do transporte caiu substancialmente estimulando o rápido crescimento do comércio 35 RELAÇÃO ENTRE GLOBALIZAÇÃO E CRESCIMENTO PER CAPITA DO PIB DÉCADA DE 1990 36 A GLOBALIZAÇÃO DOS MERCADOS E A INTERNACIONALIZAÇÃO DA EMPRESA 37 EXEMPLOS DE INTERNACIONALIZAÇÃO DE ATIVIDADES DA CADEIA DE VALOR Cadeia de valor sequência de atividades que agregam valor estabelecidas durante o desenvolvimento a produção a comercialização e a manutenção de um produto 38 Consequências positivas da globalização Mais empregos Desenvolvimento econômico e prosperidade crescente Transferência de tecnologia e conhecimento Maior arrecadação de impostos pelos governos que sediam as empresas Ao longo do tempo os governos aprovaram legislações que melhoraram as condições ambientais Além disso muitas empresas agora consideram as consequências ambientais de suas ações Corporate Social Responsibilty CSR 39 Ao longo das últimas décadas o Brasil apresentou taxas de crescimento do PIB de 17 aa nos anos 1990 e 31 aa entre 2000 e 2005 A década de 1990 foi marcada pelas reformas liberalizantes abertura comercial e financeira desregulamentação dos mercados privatizações redução da atuação do Estado e pela estabilização inflacionária alcançada através do Plano Real Abertura comercial e financeira do Brasil pós estabilização 40 As reformas liberalizantes no Brasil e na América Latina foram inspiradas na visão liberal segundo a qual a globalização é inevitável e indomável é uma expressão da modernidade das forças de mercado é uma libertação das forças nocivas do Estado O decálogo de regras criado pelo economista John Willianson em 1989 sintetiza o conjunto de transformações liberalizantes que deveriam ser aplicadas nas reformas econômicas em curso na América Latina que ficou conhecido como Consenso de Washington Abertura comercial e financeira do Brasil pós estabilização 41 Consenso de Washington 1 Disciplina fiscal com déficit público não superior a 2 do PIB 2 Focalização dos gastos públicos em educação saúde e infraestrutura com redução de gastos de custeio da máquina pública 3 Reforma fiscal com ampliação da base tributária e redução de alíquotas marginais consideradas excessivamente elevadas 42 Consenso de Washington 4 Liberalização financeira fim de restrições que impeçam instituições financeiras internacionais de atuar em igualdade com as nacionais e a definição de taxas de juros pelo mercado visando a promoção de uma taxa de juros real positiva e moderada 5 Unificação das taxas de câmbio em níveis competitivos eliminando taxas múltiplas e incentivando o rápido crescimento das exportações 6 Eliminação de barreiras ao IED 43 Consenso de Washington 7 Liberalização comercial com eliminação das restrições nãotarifárias e redução das tarifas de importação a um nível de 10 a 20 no máximo 8 Privatização de empresas estatais 9 Desregulamentação com redução da legislação de controle do processo econômico e das relações trabalhistas 10 Garantia do direito de propriedade destaque para a propriedade intelectual através da melhoria do sistema judiciário 44 Plano Real 1994 O Plano Real foi um plano de estabilização que combinou medidas ortodoxas e heterodoxas para o controle da inflação no Brasil Os estágios que antecederam a reforma monetária e a criação da nova moeda o Real foram Programa de Ação Imediata PAI buscava o equilíbrio do orçamento fiscal do governo por intermédio de cortes profundos na proposta orçamentária para 1994 Fundo Social de Emergência FSEemenda constitucional aprovada em fevereiro de 1994 com o objetivo de desvincular 20 do orçamento da União para atender aos fins da política econômica 45 Plano Real 1994 URV Unidade Real de Valor unidade de conta doméstica cuja taxa de câmbio informal era de 1 URV para 1 dólar O valor desse indexador assim como a do dólar seria estabelecido diariamente pelo Banco Central de acordo com a taxa de inflação verificada Quando todos os contratos tivessem sido convertidos para múltiplos de URVs esta unidade de conta passaria a ser emitida sob o nome de Real como a nova moeda não indexada do país com uma paridade inicial de R100 US100 Seu principal objetivo era alinhar os preços básicos da economia entre 1º de março e 31 de junho de 1994 46 AS MOEDAS BRASILEIRAS NAS ÚLTIMAS QUATRO DÉCADAS CRUZEIRO Cr Vigente de 15 de maio de 1970 a 27 de fevereiro de 1986 CRUZADO Cz Vigente de 28 de fevereiro de 1986 a 15 de janeiro de 1989 CRUZADO NOVO NCz Vigente de 16 de janeiro de 1989 a 15 de março de 1990 CRUZEIRO Cr Vigente de 16 de março de 1990 a 31 de julho de 1993 CRUZEIRO REAL CR Vigente de 19 de agosto de 1993 a 30 de julho de 1994 REAL R Vigente desde 19 de julho de 1994 50 Inflação no Brasil entre maio 1993 e nov 1994 Inflação Mensal Real R fonte Morais Cunha Investors 67 Recursos públicos para o crescimento Em R bilhões Execução orçamentária do PAC Valor pago Fonte Ministério do Planejamento Data de referência 3110 11112011 Instrumentos e Políticas Públicas do Plano Real 48 Instrumentos e Políticas Públicas do Plano Real 49 50 Âncora Cambial Taxa de Câmbio Fixa Características 19941998 1º Mandato FHC política monetária de juros reais elevados câmbio sobrevalorizado e políticas tributárias e fiscais restritivas Características 19992002 2º Mandato FHC metas inflacionárias rigorosas com juros altos política fiscal restritiva com superávits fiscais primários regime de câmbio flexível com alta volatilidade Política macroeconômica do Plano Real 52 Desempenho macroeconômico as políticas macroeconômicas restritivas determinam o desempenho medíocre do lado real da economia brasileira o baixo crescimento do PIB devese às baixas taxas de investimento e sua queda a partir de 1995 A taxa média de investimento caiu de 213 do PIB entre 19801994 para 193 do PIB no período entre 19952004 aumento da taxa média de desemprego que subiu de 57 em 19801994 para 73 no intervalo de 1995 2004 53 Desequilíbrio nas contas externas aumento da vulnerabilidade externa agravada pela abertura comercial e financeira aumento das importações em geral com destaque para os bens de consumo novo ciclo de endividamento externo com o Plano Real e o boom dos mercados emergentes desequilíbrios nas contas externas com dependência crônica do capital estrangeiro aumento da dívida externa líquida 54 Consolidação do capital financeiro o aumento da taxa de juro real favorece o capital financeiro e especulativo em detrimento do capital produtivo e dos salários dos trabalhadores a taxa de lucro médio dos grandes bancos privados brasileiros tem sido cerca de três vezes maior do que a taxa média de lucro do capital produtivo Entre 19952002 a taxa média de lucro do capital financeiro foi de 187 enquanto a variação média anual do salário real foi 07 nas regiões metropolitanas e 05 no conjunto do país 55 Reestruturação produtiva O Plano Real contribuiu para acentuar o movimento de reestruturação da indústria nacional A arquitetura do plano âncora cambial altas taxas de juros reais e abertura comercial e financeira estimularam o aumento das importações o endividamento externo e a dívida pública além de promover um processo chamado de desindustrialização 56 Processo de desindustrialização redução do valor agregado em todas as cadeias industriais complexas substituição da produção nacional por produtos importados quebra de várias empresas nacionais por falta de competitividade fragilidade competitiva da indústria em todos os complexos industriais de alto valor agregado e competitividade somente nas commodities privatizações e desnacionalização regressão da base doméstica de financiamento LP 57 A questão da produtividade O governo defendia que sob a liderança do investimento direto estrangeiro haveria uma rápida e abrangente atualização tecnológica do setor industrial a sobrevalorização cambial seria compensada por um aumento da produtividade nos setores exportadores pois a abertura comercial levaria a uma modernização destes setores com a modernização das empresas estas se tornariam competitivas e teriam condições de concorrer com os produtos importados reduzindo sua entrada no país 58 A questão da produtividade No entanto os aumentos de produtividade entre 19941997 se realizaram principalmente devido à substituição de componentes nacionais por importados e à descentralização de atividades e serviços anteriormente integrados à cadeia produtiva com as terceirizações 59 Os investimentos estrangeiros IED O IED se deu em grande parte em aquisições de ativos preexistentes em 1996 35 a 40 do total Destinouse preferencialmente ao setor de serviços bancários telecomunicações energia elétrica transportes e petróleo que são ativos não transacionáveis nontradebles isto é não geram capacidade exportadora As privatizações trouxeram em contrapartida uma entrada de recursos que não é suficiente para equilibrar as contas externas 60 Consequências gerais do Plano Real A abertura comercial causou a deterioração do saldo comercial e o desequilíbrio do balanço de pagamentos tornando a economia bastante dependente de recursos externos A política de taxa de juros elevada e a concorrência com os produtos importados ocasionaram a quebra de muitas empresas nacionais e o aumento do nível de desemprego A ausência de regulação dos fluxos de capitais implicou volatilidade do financiamento vulnerabilidade da economia aos fluxos de curto prazo e restrições à autonomia da política econômica para administrar taxas de juros e câmbio 61 Consequências gerais do Plano Real O Estado perdeu sua capacidade de coordenação e de indução do investimento com a preocupação de reduzir o déficit público e aumentar o superávit primário poupança para pagar juros devido ao peso crescente das despesas financeiras O processo de ajustamento da economia durante o Plano Real reduziu a taxa de investimento o que contribuiu para a depreciação do estoque de capital principalmente em infraestrutura com consequências danosas sobre a produtividade da economia 62 Política Econômica a partir de 2000 1 Âncora monetária controle da inflação a partir do Sistema de Metas de Inflação adotado em 1999 taxa de crescimento do PIB não poderia ultrapassar 35 aa taxa de juros básica utilizada para controlar a inflação SELIC subiu de 58 em dezembro de 2002 para 143 em abril de 2004 atingindo 1875 em 2005 63 2 Âncora fiscal enorme transferência de juros da dívida pública aos credores nacionais e internacionais 82 do PIB aa entre 2003 2005 necessidade de geração de elevados superávits primários 45 do PIB crescimento da dívida mobiliária federal de R 623 bilhões em 2002 para R 979 bilhões em 2005 relação dívidaPIB caiu de 555 em 2002 para 516 em 2005 devido à recuperação das taxas de crescimento ampliação da carga tributária 64 Política Econômica a partir de 2000 3 Âncora cambial valorização cambial com a recuperação das contas externas superávits comerciais entrada de IED e capitais especulativos taxa de câmbio de R 220 em 2006 valorização do real utilizada para controlar a inflação concorrência dos bens importados ausência de controle sobre o movimento de capitais para evitar a saída de recursos que financiam a dívida pública elevada taxa de juros favorecendo os interesses dos especuladores e rentistas 65 Política Econômica a partir de 2000 Motivos da retomada do crescimento econômico entre 2003 2010 aumento do superávit comercial puxado pelas exportações principalmente devido à expansão do comércio internacional 5 aa entre 20032006 redução da taxa de inflação e redução da taxa SELIC exceto entre o final de 2007 e 2008 aumento real do salário mínimo de 257 e ganhos reais dos demais salários ampliação do crédito consignado e subsidiado para aposentados e trabalhadores ampliação do financiamento imobiliário programas de transferência de renda como o Bolsa Família e o BPC Benefício de Prestação Continuada 66 PAC Programa de Aceleração do Crescimento Metas do PAC 20072010 crescimento do PIB de 45 aa investimento em infraestrutura estímulo ao crédito e ao financiamento melhoria do ambiente de investimento desoneração e aperfeiçoamento do sistema tributário adoção de medidas fiscais de longo prazo 67 Medidas de recuperação da crise mundial 20072010 Evolução da SELIC setembro de 2007 1125 aa abril de 2008 1175 aa dezembro de 2008 1375 aa Em 2009 2010 a SELIC volta a cair chegando ao seu mínimo de 875 aa em março de 2010 Ao final de 2008 e por todo o ano de 2009 o governo adotou medidas de subsídios para a compra de automóveis zero Km e eletrodomésticos da linha branca com redução do IPI Imposto sobre Produtos Industrializados 69 70 Indicadores Econômicos 31jul2013 Produto Interno Bruto Período Preços Em milhões Variação Preços População Per capita correntes de R percentual correntes Em mil em R do último real em milhões Preços Em R Variação Preços ano de US1 correntes do último percentual correntes R ano real em US1 1990 11 548 79455 2 318 36199 43 469 318 146 593 008 15 81500 71 3 20151 1991 60 285 99927 2 342 24112 10 405 679 149 094 040 15 70980 07 2 72096 1992 640 958 76764 2 329 50917 05 387 295 151 547 423 15 37155 22 2 55561 1993 14 097 114 18182 2 444 23205 49 429 685 153 986 9155 15 87312 33 2 79043 1994 349 204 679 18100 2 587 28978 59 543 087 156 431 2 23232 16 53950 42 3 47173 1995 705 640 892 09187 2 696 57156 42 770 350 158 875 4 44149 16 97292 26 4 84878 1996 843 963 999 00000 2 754 56131 22 840 267 161 323 5 23151 17 07480 06 5 20859 1997 939 146 001 00000 2 847 53595 34 871 274 163 780 5 73420 17 38637 18 5 31979 1998 979 277 002 00000 2 848 54243 00 843 986 166 252 5 89031 17 13387 15 5 07654 1999 1 065 000 000 00000 2 855 77996 03 586 777 168 754 6 31098 16 92278 12 3 47712 2000 1 179 482 001 00000 2 978 75517 43 644 984 171 280 6 88628 17 39116 28 3 76567 2001 1 302 135 998 00000 3 017 86977 13 553 771 173 808 7 49181 17 36324 02 3 18610 2002 1 477 822 004 00000 3 098 08759 27 504 359 176 304 8 38224 17 57243 12 2 86074 2003 1 699 947 998 00000 3 133 61087 11 553 603 178 741 9 51066 17 53153 02 3 09723 2004 1 941 497 999 00000 3 312 61190 57 663 783 181 106 10 72025 18 29105 43 3 66517 2005 2 147 238 999 00000 3 417 27963 32 882 439 183 383 11 70903 18 63464 19 4 81199 2006 2 369 484 000 00000 3 552 50258 40 1 088 767 185 564 12 76908 19 14433 27 5 86733 2007 2 661 344 001 00000 3 768 90010 61 1 366 544 187 642 14 18311 20 08562 49 7 28273 2008 3 032 203 004 00000 3 963 81244 52 1 650 897 189 613 15 99155 20 90477 41 8 70668 2009 3 239 403 999 00000 3 950 74266 03 1 625 636 191 481 16 91766 20 63260 13 8 48982 2010 3 770 084 872 00000 4 248 37929 75 2 143 921 193 253 19 50859 21 98356 65 11 09388 2011 4 143 013 338 00000 4 364 47922 27 2 475 066 194 947 21 25200 22 38803 18 12 69610 2012 4 402 537 109 40773 4 402 53711 09 2 252 628 196 526 22 40200 22 40200 01 11 46222 Font e IBGE 71 Indicadores Econômicos 26jul2017 Produto Interno Bruto do Brasil Período Preços Em milhões Variação Preços População Per capita correntes de R percentual correntes Em mil em R do último real em milhões Preços Em R Variação Preços ano de US1 correntes do último percentual correntes R ano real em US1 2000 1 199 092 070 94021 4 289 34854 44 655 707 173 448 6 91325 24 72983 3 78042 2001 1 315 755 467 83093 4 348 96604 14 559 563 175 895 7 48035 24 72478 00 3 18123 2002 1 488 787 255 15837 4 481 76006 31 508 101 178 288 8 35046 25 13775 17 2 84989 2003 1 717 950 396 42449 4 532 88928 11 559 465 180 627 9 51104 25 09530 02 3 09735 2004 1 957 751 212 96256 4 793 98210 58 669 340 182 913 10 70318 26 20908 44 3 65933 2005 2 170 584 500 00000 4 947 49168 32 892 033 185 144 11 72376 26 72240 20 4 81805 2006 2 409 449 940 00000 5 143 51075 40 1 107 131 187 322 12 86261 27 45812 28 5 91031 2007 2 720 262 930 00000 5 455 71520 61 1 396 797 189 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54
Macroeconomia 2
EEP/FUMEP
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PUC
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UFABC
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UNIOESTE
Texto de pré-visualização
NEGÓCIOS INTERNACIONAIS U N I DA D E 1 G l o b a l i z a ç ã o e e s t r a t é g i a g l o b a l I n t ro d u ç ã o O q u e s ã o n e g ó c i o s i n t e r n a c i o n a i s C a r a c t e r í s t i c a s g e r a i s d o p ro c e s s o d e g l o b a l i z a ç ã o A g l o b a l i z a ç ã o d o s m e rc a d o s e a i n t e r n a c i o n a l i z a ç ã o d a e m p r e s a A b e r t u r a c o m e rc i a l e f i n a n c e i r a d o B r a s i l p ó s e s t a b i l i z a ç ã o O que são negócios internacionais Os negócios internacionais ou interfronteiras referemse ao desempenho de atividades de comércio e investimento por empresas governos e órgãos internacionais através das fronteiras nacionais 2 O que são negócios internacionais As empresas conduzem atividades de valor agregado em uma escala global essencialmente para organizar abastecer fabricar e comercializar A internacionalização é a tendência das empresas ampliarem de forma sistemática a dimensão internacional de suas atividades comerciais e produtivas 3 Modalidades de negócios internacionais Há duas grandes categorias Comércio internacional é a troca de produtos e serviços através de fronteiras nacionais isto é apenas os bens e serviços cruzam as fronteiras nacionais Investimento internacional referese à transferência ou aquisição de ativos em outro país a própria empresa atravessa a fronteira para assegurar a propriedade de ativos localizados no exterior 4 Modalidades de negócios internacionais Comércio internacional Exportação venda de produtos ou serviços para clientes que estão no exterior a partir de uma base no país de origem ou terceiro país Importação global sourcing aquisição de produtos ou serviços de fornecedores localizados no exterior para consumo no país de origem ou em um terceiro 5 Modalidades de negócios internacionais Investimento internacional Investimento em carteira ou portfólio tipicamente de curto prazo é a propriedade de títulos estrangeiros tais como ações e obrigações para gerar retornos financeiros Investimento direto estrangeiro IDE ou IED tipicamente de longo prazo a empresa estabelece presença física no exterior por meio da aquisição de ativos produtivos tais como capital tecnologia força de trabalho terrenos instalações industriais e equipamentos 6 7 COMPARAÇÃO DAS TAXAS DE CRESCIMENTO DO PIB GLOBAL E DAS EXPORTAÇÕES MUNDIAIS 8 PRINCIPAIS PAÍSES NO COMÉRCIO INTERNACIONAL DE MERCADORIAS VALOR TOTAL 9 PRINCIPAIS PAÍSES NO COMÉRCIO INTERNACIONAL DE MERCADORIAS CONFORME PIB DA NAÇÃO 10 PRINCIPAIS PAÍSES NO COMÉRCIO INTERNACIONAL DE SERVIÇOS VALOR TOTAL 11 PRINCIPAIS PAÍSES NO COMÉRCIO INTERNACIONAL DE SERVIÇOS CONFORME PIB DA NAÇÃO 12 ENTRADAS DE INVESTIMENTOS ESTRANGEIROS IDE NAS REGIÕES DO MUNDO EM BILHÕES DE USD 13 SETORES DE SERVIÇOS QUE SE INTERNACIONALIZAM RAPIDAMENTE Riscos da internacionalização 1 Risco intercultural diferenças culturais no idioma estilo de vida modo de pensar costumes e religião Questões relevantes estilos de negociação estilos de processos decisórios práticas éticas 14 Riscos da internacionalização 2 Risco país ou risco político envolve situações nos ambientes político jurídico ou econômico que podem afetar a rentabilidade da empresa Questões relevantes intervenção governamental protecionismo e barreiras ao comércio e investimento burocracia entraves administrativos corrupção 15 Riscos da internacionalização falta de salvaguarda legal para o direito de propriedade e repatriamento de lucros legislação desfavorável a empresas estrangeiras alta tributação economia instável problemas nas contas externas agitações sociais e políticas 16 Riscos da internacionalização 3 Risco cambial ou risco financeiro envolve flutuações adversas na taxa de câmbio Questões relevantes exposição financeira avaliação de ativos tributação estrangeira efeitos da inflação e dos custos de transferência de capitais 17 Riscos da internacionalização 4 Risco comercial probabilidade de fracasso ou prejuízo de uma empresa resultante de estratégias mal formuladas ou mal implementadas Questões relevantes parceiro fraco problemas operacionais produtos ou serviços de qualidade inferior concorrência acirrada com as empresas locais 18 Tipos de empresas nos negócios internacionais Empresa multinacional EMN caracterizase por ter recursos substanciais e realizar negócios por meio de uma rede de subsidiárias e afiliadas em diversos países Empresa born global geralmente pequenas e médias empresas que iniciam sua experiência no mercado internacional no início do seu ciclo de vida Organizações não governamentais ONGs 19 Tipos de empresas nos negócios internacionais Pequenas e médias empresas born global Uma empresa definida nos Estados Unidos como tendo 500 funcionários ou menos Abrange 90 a 95 por cento de todas as empresas na maioria dos países Cada vez mais empresas médias e pequenas participam de negócios internacionais Responsáveis por 13 das exportações da Ásia 14 das exportações de países ricos da Europa e América do Norte Contribuem com mais do que 50 do total nacional de exportações da Itália Coreia do Sul e China 20 Tipos de empresas nos negócios internacionais Pequenas e médias empresas born global São frequentemente mais inovadoras adaptáveis e possuem tempos de resposta mais rápidos Têm melhor capacidade para servir nichos de mercado Alavancam a internet para realizar negócios internacionais Tendem a minimizar custos fixos e terceirizar devido a recursos limitados Tendem a florecer no conhecimento privado que cultivam através de suas redes de conhecimento 21 22 LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA DE EMPRESAS MULTINACIONAIS Motivos para a internacionalização 1 Buscar oportunidades de crescimento com a diversificação de mercado 2 Obter maiores margens e lucros 3 Adquirir novas ideias sobre produtos serviços e formas de negociação 4 Atender melhor a clientes importantes que se internacionalizaram ex Toyota Hyundai 23 Motivos para a internacionalização 5 Ficar mais próximo das fontes de suprimentos beneficiandose do global sourcing ex empresas extrativistas como petróleo mineração e madeira ou ganhar flexibilidade no fornecimento de suprimentos ex Dell 6 Obter acesso a fatores de produção com menor custo ou melhor valor 7 Desenvolver economias de escala em suprimentos produção marketing distribuição e PD 24 Motivos para a internacionalização 8 Enfrentar a concorrência internacional com eficácia ou desestabilizar e desacelerar o crescimento das empresas concorrentes no mercado doméstico investimento defensivo ex Caterpillar X Komatsu 9 Investir em um relacionamento potencialmente vantajoso com um parceiro estrangeiro ex formação de joint ventures Em resumo as empresas se internacionalizam para aumentar a vantagem competitiva e buscar oportunidade de crescimento e lucro 25 Globalização conceito A globalização é o processo de acelerada integração econômica social e política pelo qual está passando o mundo desde final da década de 1970 É uma macrotendência de intensa interconectividade econômica entre os países A globalização permite que muitas empresas se internacionalizem e aumentou de modo substancial o volume e a variedade de transações internacionais de bens serviços e fluxos de capital além de acarretar uma difusão mais rápida e ampla de produtos tecnologia e conhecimento pelo mundo 26 Globalização conceito A rapidez extraordinária da mudança tecnológica reflete o caráter dinâmico da globalização Base tecnológica redução nos custos dos transportes comunicações e principalmente a revolução da Tecnologia da Informação Essa revolução tecnológica ao facilitar a formação e integração dos mercados mundiais promoveu o aumento da competição econômica internacional e a reorganização da produção pelas corporações transnacionais 27 Enorme avanço tecnológico Abertura comercial das economias Crescimento sem precedentes do comércio internacional com aumento das trocas internacionais em relação ao PIB mundial Fluxos substanciais de capital moeda tecnologia e conhecimento Globalização características gerais 28 Integração produtiva praticada pelas empresas transnacionais Abertura financeira com o desenvolvimento de sistemas financeiros globais altamente sofisticados para dar suporte às operações entre fronteiras ex SWIFT Society for Worldwide Interbank Financial Telecommunication Sociedade para Telecomunicação Financeira Interbancária Global Globalização características gerais 29 Maior grau de colaboração entre as nações por meio de órgãos multilaterais de regulamentação como a Organização Mundial do Comércio OMC e o Fundo Monetário Internacional FMI Níveis de renda per capita mais elevados que refletem uma maior complexidade dos sistemas econômicos nacionais e mundial Convergência de estilos de vida e preferências dos consumidores Globalização características gerais 30 Avanços tecnológicos Avanços em tecnologia fornecem meios para a internacionalização das empresas Avanços em tecnologia Reduzem custos ao se fazer negócios internacionais Permitem que mesmo empresas pequenas consigam se tornar internacionais Ajudam a coordenar as atividades mundiais Reduz as distâncias geográficas 31 Tecnologia da informação O custo do processamento por computador caiu 30 por cento ao ano desde o final da década de 1980 e continua a cair Aumento na produtividade das empresas O impacto da TI na vida das pessoas e empresas tem sido profundo laptops telefones celulares inteligentes Internet Google etc 32 DECLÍNIO DO CUSTO DE COMUNICAÇÃO GLOBAL E AUMENTO DO NÚMERO DE USUÁRIOS DE INTERNET 33 Tecnologia de comunicações Inclui telecomunicações satélites fibras ópticas tecnologia sem fio e a Internet A Internet e os sistemas dependentes desta tais como intranet extranets e email conectam milhares de pessoas por todo o mundo A Internet abre um mercado global para todas as empresas grandes e pequenas 34 Tecnologia de manufatura e transportes Os revolucionários desenvolvimentos atuais permitem a manufatura em baixa escala e a baixos custos com o apoio de produtos criados via computador CAD robótica e linhas de produção gerenciadas e monitoradas por meio de controles por microprocessadores Nos anos 1960 os avanços tecnológicos levaram ao desenvolvimento de aviões jumbo que tinham um consumo de combustível eficiente cargueiros gigantes e embarques conteinerizados O custo do transporte caiu substancialmente estimulando o rápido crescimento do comércio 35 RELAÇÃO ENTRE GLOBALIZAÇÃO E CRESCIMENTO PER CAPITA DO PIB DÉCADA DE 1990 36 A GLOBALIZAÇÃO DOS MERCADOS E A INTERNACIONALIZAÇÃO DA EMPRESA 37 EXEMPLOS DE INTERNACIONALIZAÇÃO DE ATIVIDADES DA CADEIA DE VALOR Cadeia de valor sequência de atividades que agregam valor estabelecidas durante o desenvolvimento a produção a comercialização e a manutenção de um produto 38 Consequências positivas da globalização Mais empregos Desenvolvimento econômico e prosperidade crescente Transferência de tecnologia e conhecimento Maior arrecadação de impostos pelos governos que sediam as empresas Ao longo do tempo os governos aprovaram legislações que melhoraram as condições ambientais Além disso muitas empresas agora consideram as consequências ambientais de suas ações Corporate Social Responsibilty CSR 39 Ao longo das últimas décadas o Brasil apresentou taxas de crescimento do PIB de 17 aa nos anos 1990 e 31 aa entre 2000 e 2005 A década de 1990 foi marcada pelas reformas liberalizantes abertura comercial e financeira desregulamentação dos mercados privatizações redução da atuação do Estado e pela estabilização inflacionária alcançada através do Plano Real Abertura comercial e financeira do Brasil pós estabilização 40 As reformas liberalizantes no Brasil e na América Latina foram inspiradas na visão liberal segundo a qual a globalização é inevitável e indomável é uma expressão da modernidade das forças de mercado é uma libertação das forças nocivas do Estado O decálogo de regras criado pelo economista John Willianson em 1989 sintetiza o conjunto de transformações liberalizantes que deveriam ser aplicadas nas reformas econômicas em curso na América Latina que ficou conhecido como Consenso de Washington Abertura comercial e financeira do Brasil pós estabilização 41 Consenso de Washington 1 Disciplina fiscal com déficit público não superior a 2 do PIB 2 Focalização dos gastos públicos em educação saúde e infraestrutura com redução de gastos de custeio da máquina pública 3 Reforma fiscal com ampliação da base tributária e redução de alíquotas marginais consideradas excessivamente elevadas 42 Consenso de Washington 4 Liberalização financeira fim de restrições que impeçam instituições financeiras internacionais de atuar em igualdade com as nacionais e a definição de taxas de juros pelo mercado visando a promoção de uma taxa de juros real positiva e moderada 5 Unificação das taxas de câmbio em níveis competitivos eliminando taxas múltiplas e incentivando o rápido crescimento das exportações 6 Eliminação de barreiras ao IED 43 Consenso de Washington 7 Liberalização comercial com eliminação das restrições nãotarifárias e redução das tarifas de importação a um nível de 10 a 20 no máximo 8 Privatização de empresas estatais 9 Desregulamentação com redução da legislação de controle do processo econômico e das relações trabalhistas 10 Garantia do direito de propriedade destaque para a propriedade intelectual através da melhoria do sistema judiciário 44 Plano Real 1994 O Plano Real foi um plano de estabilização que combinou medidas ortodoxas e heterodoxas para o controle da inflação no Brasil Os estágios que antecederam a reforma monetária e a criação da nova moeda o Real foram Programa de Ação Imediata PAI buscava o equilíbrio do orçamento fiscal do governo por intermédio de cortes profundos na proposta orçamentária para 1994 Fundo Social de Emergência FSEemenda constitucional aprovada em fevereiro de 1994 com o objetivo de desvincular 20 do orçamento da União para atender aos fins da política econômica 45 Plano Real 1994 URV Unidade Real de Valor unidade de conta doméstica cuja taxa de câmbio informal era de 1 URV para 1 dólar O valor desse indexador assim como a do dólar seria estabelecido diariamente pelo Banco Central de acordo com a taxa de inflação verificada Quando todos os contratos tivessem sido convertidos para múltiplos de URVs esta unidade de conta passaria a ser emitida sob o nome de Real como a nova moeda não indexada do país com uma paridade inicial de R100 US100 Seu principal objetivo era alinhar os preços básicos da economia entre 1º de março e 31 de junho de 1994 46 AS MOEDAS BRASILEIRAS NAS ÚLTIMAS QUATRO DÉCADAS CRUZEIRO Cr Vigente de 15 de maio de 1970 a 27 de fevereiro de 1986 CRUZADO Cz Vigente de 28 de fevereiro de 1986 a 15 de janeiro de 1989 CRUZADO NOVO NCz Vigente de 16 de janeiro de 1989 a 15 de março de 1990 CRUZEIRO Cr Vigente de 16 de março de 1990 a 31 de julho de 1993 CRUZEIRO REAL CR Vigente de 19 de agosto de 1993 a 30 de julho de 1994 REAL R Vigente desde 19 de julho de 1994 50 Inflação no Brasil entre maio 1993 e nov 1994 Inflação Mensal Real R fonte Morais Cunha Investors 67 Recursos públicos para o crescimento Em R bilhões Execução orçamentária do PAC Valor pago Fonte Ministério do Planejamento Data de referência 3110 11112011 Instrumentos e Políticas Públicas do Plano Real 48 Instrumentos e Políticas Públicas do Plano Real 49 50 Âncora Cambial Taxa de Câmbio Fixa Características 19941998 1º Mandato FHC política monetária de juros reais elevados câmbio sobrevalorizado e políticas tributárias e fiscais restritivas Características 19992002 2º Mandato FHC metas inflacionárias rigorosas com juros altos política fiscal restritiva com superávits fiscais primários regime de câmbio flexível com alta volatilidade Política macroeconômica do Plano Real 52 Desempenho macroeconômico as políticas macroeconômicas restritivas determinam o desempenho medíocre do lado real da economia brasileira o baixo crescimento do PIB devese às baixas taxas de investimento e sua queda a partir de 1995 A taxa média de investimento caiu de 213 do PIB entre 19801994 para 193 do PIB no período entre 19952004 aumento da taxa média de desemprego que subiu de 57 em 19801994 para 73 no intervalo de 1995 2004 53 Desequilíbrio nas contas externas aumento da vulnerabilidade externa agravada pela abertura comercial e financeira aumento das importações em geral com destaque para os bens de consumo novo ciclo de endividamento externo com o Plano Real e o boom dos mercados emergentes desequilíbrios nas contas externas com dependência crônica do capital estrangeiro aumento da dívida externa líquida 54 Consolidação do capital financeiro o aumento da taxa de juro real favorece o capital financeiro e especulativo em detrimento do capital produtivo e dos salários dos trabalhadores a taxa de lucro médio dos grandes bancos privados brasileiros tem sido cerca de três vezes maior do que a taxa média de lucro do capital produtivo Entre 19952002 a taxa média de lucro do capital financeiro foi de 187 enquanto a variação média anual do salário real foi 07 nas regiões metropolitanas e 05 no conjunto do país 55 Reestruturação produtiva O Plano Real contribuiu para acentuar o movimento de reestruturação da indústria nacional A arquitetura do plano âncora cambial altas taxas de juros reais e abertura comercial e financeira estimularam o aumento das importações o endividamento externo e a dívida pública além de promover um processo chamado de desindustrialização 56 Processo de desindustrialização redução do valor agregado em todas as cadeias industriais complexas substituição da produção nacional por produtos importados quebra de várias empresas nacionais por falta de competitividade fragilidade competitiva da indústria em todos os complexos industriais de alto valor agregado e competitividade somente nas commodities privatizações e desnacionalização regressão da base doméstica de financiamento LP 57 A questão da produtividade O governo defendia que sob a liderança do investimento direto estrangeiro haveria uma rápida e abrangente atualização tecnológica do setor industrial a sobrevalorização cambial seria compensada por um aumento da produtividade nos setores exportadores pois a abertura comercial levaria a uma modernização destes setores com a modernização das empresas estas se tornariam competitivas e teriam condições de concorrer com os produtos importados reduzindo sua entrada no país 58 A questão da produtividade No entanto os aumentos de produtividade entre 19941997 se realizaram principalmente devido à substituição de componentes nacionais por importados e à descentralização de atividades e serviços anteriormente integrados à cadeia produtiva com as terceirizações 59 Os investimentos estrangeiros IED O IED se deu em grande parte em aquisições de ativos preexistentes em 1996 35 a 40 do total Destinouse preferencialmente ao setor de serviços bancários telecomunicações energia elétrica transportes e petróleo que são ativos não transacionáveis nontradebles isto é não geram capacidade exportadora As privatizações trouxeram em contrapartida uma entrada de recursos que não é suficiente para equilibrar as contas externas 60 Consequências gerais do Plano Real A abertura comercial causou a deterioração do saldo comercial e o desequilíbrio do balanço de pagamentos tornando a economia bastante dependente de recursos externos A política de taxa de juros elevada e a concorrência com os produtos importados ocasionaram a quebra de muitas empresas nacionais e o aumento do nível de desemprego A ausência de regulação dos fluxos de capitais implicou volatilidade do financiamento vulnerabilidade da economia aos fluxos de curto prazo e restrições à autonomia da política econômica para administrar taxas de juros e câmbio 61 Consequências gerais do Plano Real O Estado perdeu sua capacidade de coordenação e de indução do investimento com a preocupação de reduzir o déficit público e aumentar o superávit primário poupança para pagar juros devido ao peso crescente das despesas financeiras O processo de ajustamento da economia durante o Plano Real reduziu a taxa de investimento o que contribuiu para a depreciação do estoque de capital principalmente em infraestrutura com consequências danosas sobre a produtividade da economia 62 Política Econômica a partir de 2000 1 Âncora monetária controle da inflação a partir do Sistema de Metas de Inflação adotado em 1999 taxa de crescimento do PIB não poderia ultrapassar 35 aa taxa de juros básica utilizada para controlar a inflação SELIC subiu de 58 em dezembro de 2002 para 143 em abril de 2004 atingindo 1875 em 2005 63 2 Âncora fiscal enorme transferência de juros da dívida pública aos credores nacionais e internacionais 82 do PIB aa entre 2003 2005 necessidade de geração de elevados superávits primários 45 do PIB crescimento da dívida mobiliária federal de R 623 bilhões em 2002 para R 979 bilhões em 2005 relação dívidaPIB caiu de 555 em 2002 para 516 em 2005 devido à recuperação das taxas de crescimento ampliação da carga tributária 64 Política Econômica a partir de 2000 3 Âncora cambial valorização cambial com a recuperação das contas externas superávits comerciais entrada de IED e capitais especulativos taxa de câmbio de R 220 em 2006 valorização do real utilizada para controlar a inflação concorrência dos bens importados ausência de controle sobre o movimento de capitais para evitar a saída de recursos que financiam a dívida pública elevada taxa de juros favorecendo os interesses dos especuladores e rentistas 65 Política Econômica a partir de 2000 Motivos da retomada do crescimento econômico entre 2003 2010 aumento do superávit comercial puxado pelas exportações principalmente devido à expansão do comércio internacional 5 aa entre 20032006 redução da taxa de inflação e redução da taxa SELIC exceto entre o final de 2007 e 2008 aumento real do salário mínimo de 257 e ganhos reais dos demais salários ampliação do crédito consignado e subsidiado para aposentados e trabalhadores ampliação do financiamento imobiliário programas de transferência de renda como o Bolsa Família e o BPC Benefício de Prestação Continuada 66 PAC Programa de Aceleração do Crescimento Metas do PAC 20072010 crescimento do PIB de 45 aa investimento em infraestrutura estímulo ao crédito e ao financiamento melhoria do ambiente de investimento desoneração e aperfeiçoamento do sistema tributário adoção de medidas fiscais de longo prazo 67 Medidas de recuperação da crise mundial 20072010 Evolução da SELIC setembro de 2007 1125 aa abril de 2008 1175 aa dezembro de 2008 1375 aa Em 2009 2010 a SELIC volta a cair chegando ao seu mínimo de 875 aa em março de 2010 Ao final de 2008 e por todo o ano de 2009 o governo adotou medidas de subsídios para a compra de automóveis zero Km e eletrodomésticos da linha branca com redução do IPI Imposto sobre Produtos Industrializados 69 70 Indicadores Econômicos 31jul2013 Produto Interno Bruto Período Preços Em milhões Variação Preços População Per capita correntes de R percentual correntes Em mil em R do último real em milhões Preços Em R Variação Preços ano de US1 correntes do último percentual correntes R ano real em US1 1990 11 548 79455 2 318 36199 43 469 318 146 593 008 15 81500 71 3 20151 1991 60 285 99927 2 342 24112 10 405 679 149 094 040 15 70980 07 2 72096 1992 640 958 76764 2 329 50917 05 387 295 151 547 423 15 37155 22 2 55561 1993 14 097 114 18182 2 444 23205 49 429 685 153 986 9155 15 87312 33 2 79043 1994 349 204 679 18100 2 587 28978 59 543 087 156 431 2 23232 16 53950 42 3 47173 1995 705 640 892 09187 2 696 57156 42 770 350 158 875 4 44149 16 97292 26 4 84878 1996 843 963 999 00000 2 754 56131 22 840 267 161 323 5 23151 17 07480 06 5 20859 1997 939 146 001 00000 2 847 53595 34 871 274 163 780 5 73420 17 38637 18 5 31979 1998 979 277 002 00000 2 848 54243 00 843 986 166 252 5 89031 17 13387 15 5 07654 1999 1 065 000 000 00000 2 855 77996 03 586 777 168 754 6 31098 16 92278 12 3 47712 2000 1 179 482 001 00000 2 978 75517 43 644 984 171 280 6 88628 17 39116 28 3 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628 196 526 22 40200 22 40200 01 11 46222 Font e IBGE 71 Indicadores Econômicos 26jul2017 Produto Interno Bruto do Brasil Período Preços Em milhões Variação Preços População Per capita correntes de R percentual correntes Em mil em R do último real em milhões Preços Em R Variação Preços ano de US1 correntes do último percentual correntes R ano real em US1 2000 1 199 092 070 94021 4 289 34854 44 655 707 173 448 6 91325 24 72983 3 78042 2001 1 315 755 467 83093 4 348 96604 14 559 563 175 895 7 48035 24 72478 00 3 18123 2002 1 488 787 255 15837 4 481 76006 31 508 101 178 288 8 35046 25 13775 17 2 84989 2003 1 717 950 396 42449 4 532 88928 11 559 465 180 627 9 51104 25 09530 02 3 09735 2004 1 957 751 212 96256 4 793 98210 58 669 340 182 913 10 70318 26 20908 44 3 65933 2005 2 170 584 500 00000 4 947 49168 32 892 033 185 144 11 72376 26 72240 20 4 81805 2006 2 409 449 940 00000 5 143 51075 40 1 107 131 187 322 12 86261 27 45812 28 5 91031 2007 2 720 262 930 00000 5 455 71520 61 1 396 797 189 445 14 35912 28 79841 49 7 37310 2008 3 109 803 100 00000 5 733 63999 51 1 693 147 191 514 16 23799 29 93849 40 8 84085 2009 3 333 039 350 00000 5 726 42638 01 1 672 625 193 528 17 22252 29 58965 12 8 64280 2010 3 885 847 000 00000 6 157 52468 75 2 209 751 195 488 19 87768 31 49822 65 11 30377 2011 4 376 382 000 00000 6 402 25076 40 2 614 482 197 394 22 17080 32 43387 30 13 24499 2012 4 814 760 000 00000 6 525 24927 19 2 463 549 199 245 24 16502 32 74988 10 12 36442 2013 5 331 619 000 00001 6 721 32144 30 2 468 456 201 041 26 52006 33 43259 21 12 27837 2014 5 778 953 000 00000 6 755 19392 05 2 454 846 202 783 28 49821 33 31243 04 12 10578 2015 6 000 570 460 09999 6 500 57340 38 1 797 601 204 470 29 34697 31 79234 46 8 79152 2016 6 266 894 736 44386 6 266 89474 36 1 799 436 206 102 30 40677 30 40677 44 8 73080 Fonte IBGE