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Direito ·
Filosofia
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MITO DA CAVERNA\nPlatão imagina uma caverna onde estão acorrentados os homens desde a infância, de tal forma que, não podendo se voltar para a entrada, apenas enxergam o fundo da caverna. Ali são projetadas as sombras das coisas que passam às suas costas, onde há uma fogueira.\n\nSe um desses homens conseguisse se soltar das correntes para contemplar a luz do dia os verdadeiros objetos, quando regressasse, relatando o que viu aos seus antigos companheiros, esses o tomariam por louco, não acreditando em suas palavras.\n\nINTERIOR representa o mundo SENSÍVEL ou dos fenômenos\nO homem que saiu do interior da caverna é o filósofo (rei filósofo)\n\nEXTERIOR representa o mundo INTELIGÍVEL ou mundo das ideias\nResposta a Heráclito e Parmênides Platão tenta superar a oposição pelo pensamento de Heráclito, que afirmava a mutabilidade essencial do ser, e a posição de Parmênides, para o qual o ser é imóvel.\nPlatão resolve o problema.\n\nMUNDO SENSÍVEL\nO mundo sensível, é o acessível aos sentidos, é o mundo da multiplicidade, do movimento, e é ilusão; por ser pura sombra do verdadeiro mundo.\n\nPortanto, acima do ilusão mundo sensível, há o mundo das ideias gerias, das essências imutáveis que o homem atinge pela contemplação e pela depuração dos enganos dos sentidos.\n\nSendo as ideias a única verdadeira, o mundo dos fenômenos só existe na medida em que participa do mundo das ideias, do qual é apenas sombra ou cópia.\n\nPara Platão há uma dialética que fará a alma elevar-se das coisas múltiplas e mutáveis às umas e imutáveis. As ideias são hierarquizadas, ao topo delas está a ideia do Bem, a mais alta em perfeição e a mais divina de todas as coisas não existentes senão que participam do Bem. E o Bem supremo é também a Suprema Beleza. E o Deus de Platão. *dialética = esforço intelectual e discursivo de depuração dos conceitos; captação intelectual do mundo ideal, da estrutura e do lugar que cada Ideia ocupa em relação às outras Ideias nessa estrutura.\n\nPara os homens ultrapassarem o mundo das aparências ilusórias, Platão supõe que eles já teriam vivido como puro espírito quando contemplaram o mundo das ideias. Mas tudo esquecido quando se degradam ao se tornaram prisioneiros do corpo, que é considerado o \"túmulo da alma\".\n\nPela teoria da reminiscência, Platão explica como os sentidos se constituem apenas na ocasião para despertar nas almas as lembranças adormecidas. Em outras palavras, conhecer é lembrar.\n\nMUNDO INTELIGÍVEL\nNo mito da caverna: o filósofo (aquele que se libertou das correntes), ao contemplar a verdadeira realidade e ter passado da opinião (doxa) à ciência (episteme), deve retornar ao meio dos homens para orientá-los.\n\nEis assim a segunda dimensão do mito, a política, surgida da pergunta: como influenciar os homens que não veem? Cabe ao sábio ensinar e governar. Trata-se da necessidade de ação política, da transformação dos homens e da sociedade.\n\nSeu posicionamento de valorização da reflexão filosófica leva a conceber uma \"sufocracia\" (poder da sabedoria), porque os homens comuns são vítimas do conhecimento imperfeito, da \"opinião\", e, portanto, devem ser dirigidos por homens que se distinguem pelo saber.\n\nA UTOPIA PLATÔNICA: A REPÚBLICA\nformas de governo: SUFOCRACIA\n\nWise\nGovernor\n\nCallipolis\nCidade Bela\ntipo ideal\n\nPartindo do princípio de que as pessoas são diferentes e por isso devem ocupar lugares e funções diversas na sociedade, Platão imagina que o Estado, e não a família, deveria se incumbir da educação das crianças.\n\nPara isso, propôs estabelecer-se uma forma de comunismo em que é eliminada a propriedade e a família, a fim de evitar a cobiça e os interesses decorrentes dos laços afetivos.\n\nO Estado orientaria as pessoas para evitar casamentos entre desiguais, oferecendo melhores condições de reprodução, ao mesmo tempo, criando creches para a educação coletiva das crianças.\n\nA educação promovida pelo Estado deveria, segundo Platão, ser igual para todos até os 20 anos, quando dar-se-ia o primeiro corte identificando as pessoas que, por possuírem \"alma de bronze\", por terem uma sensibilidade grosseira devem se dedicar à agricultura, ao artesanato ou ao comércio. Estes cuidariam da subsistência da cidade. Os outros continuariam os estudos por mais dez anos, até o segundo corte. Aqueles que tivessem a \"alma de prata\" e a virtude da coragem essencial aos guerreiros constituiriam a guarda do Estado, os soldados que cuidariam da defesa da cidade.\n\nOs mais notáveis, que sobressaíssem desses cortes, por terem a \"alma de ouro\", seriam instruídos na arte de pensar e dois, ou seja, na arte de dialogar. Estudariam filosofia, que eleva a alma até o conhecimento mais puro e é a fonte de toda verdade.\n\nAos cinquenta anos, aqueles que passassem com sucesso pela série de provas estariam aptos a ser admitidos no corpo supremo dos magistrados. Caberia a eles o governo da cidade, e exercício do poder, pois apenas eles teriam a ciência da política.\n\nSua função seria manter a cidade coesa. Por serem os mais sábios, também seriam os mais justos, uma vez que justo é aquele que conhece a justiça. A justiça constitui a principal virtude, a própria condição das outras virtudes. Para que o Estado seja bem governado, é preciso que os filósofos se tornem reis, ou que os reis se tornem filósofos.\n\nPlatão propõe um modelo aristocrático de poder. No entanto, como já vimos, não se trata de uma aristocracia da riqueza, mas da inteligência, em que o poder é confiado aos melhores, ou seja, é uma sufocracia.\n\nO rigor do Estado concebido por Platão ultrapassa de muito a proposta de educação. Se a virtude suprema é a obediência à lei, o legislador tem de conseguir o seu cumprimento pela persuasão ou pela lei.\n\nCaso não consiga pelo convencimento, deve usar a força: prisão, exílio ou a morte. Da mesma forma, a censura é justificada quando visa manter a integridade do Estado.\n\nA democracia é inadequada, pois desconcebe que a igualdade deve ser apenas na repartição dos bens, mas nunca no igual direito ao poder.\n\nFORMAS DE GOVERNO\nDEMOCRACIA ⟶ DEMAGIGIA ⟶ TIRANIA\n\nA democracia não corresponde aos ideais platônicos porque, por definição, o povo é incapaz de possuir a ciência política. Quando o poder pertence ao povo, é fácil prevalecer a demagogia, característica do político que manipula e engana o povo (etimologicamente, \"o que conduz o povo\").\n\nPlatão critica a noção de igualdade na democracia, pois para ele a verdadeira igualdade não se baseia no valor pessoal que é sempre desigual (já que uns são melhores do que outros), não considerando todos igualmente cidadãos.\n\nPor fim, a democracia levaria fatalmente à tirania, a pior forma de governo, exercida pela força por um só homem e sem ter por objetivo o bem comum. O tirano é a antítese do magistrado-filósofo.
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Ali são projetadas as sombras das coisas que passam às suas costas, onde há uma fogueira.\n\nSe um desses homens conseguisse se soltar das correntes para contemplar a luz do dia os verdadeiros objetos, quando regressasse, relatando o que viu aos seus antigos companheiros, esses o tomariam por louco, não acreditando em suas palavras.\n\nINTERIOR representa o mundo SENSÍVEL ou dos fenômenos\nO homem que saiu do interior da caverna é o filósofo (rei filósofo)\n\nEXTERIOR representa o mundo INTELIGÍVEL ou mundo das ideias\nResposta a Heráclito e Parmênides Platão tenta superar a oposição pelo pensamento de Heráclito, que afirmava a mutabilidade essencial do ser, e a posição de Parmênides, para o qual o ser é imóvel.\nPlatão resolve o problema.\n\nMUNDO SENSÍVEL\nO mundo sensível, é o acessível aos sentidos, é o mundo da multiplicidade, do movimento, e é ilusão; por ser pura sombra do verdadeiro mundo.\n\nPortanto, acima do ilusão mundo sensível, há o mundo das ideias gerias, das essências imutáveis que o homem atinge pela contemplação e pela depuração dos enganos dos sentidos.\n\nSendo as ideias a única verdadeira, o mundo dos fenômenos só existe na medida em que participa do mundo das ideias, do qual é apenas sombra ou cópia.\n\nPara Platão há uma dialética que fará a alma elevar-se das coisas múltiplas e mutáveis às umas e imutáveis. As ideias são hierarquizadas, ao topo delas está a ideia do Bem, a mais alta em perfeição e a mais divina de todas as coisas não existentes senão que participam do Bem. E o Bem supremo é também a Suprema Beleza. E o Deus de Platão. *dialética = esforço intelectual e discursivo de depuração dos conceitos; captação intelectual do mundo ideal, da estrutura e do lugar que cada Ideia ocupa em relação às outras Ideias nessa estrutura.\n\nPara os homens ultrapassarem o mundo das aparências ilusórias, Platão supõe que eles já teriam vivido como puro espírito quando contemplaram o mundo das ideias. Mas tudo esquecido quando se degradam ao se tornaram prisioneiros do corpo, que é considerado o \"túmulo da alma\".\n\nPela teoria da reminiscência, Platão explica como os sentidos se constituem apenas na ocasião para despertar nas almas as lembranças adormecidas. Em outras palavras, conhecer é lembrar.\n\nMUNDO INTELIGÍVEL\nNo mito da caverna: o filósofo (aquele que se libertou das correntes), ao contemplar a verdadeira realidade e ter passado da opinião (doxa) à ciência (episteme), deve retornar ao meio dos homens para orientá-los.\n\nEis assim a segunda dimensão do mito, a política, surgida da pergunta: como influenciar os homens que não veem? Cabe ao sábio ensinar e governar. Trata-se da necessidade de ação política, da transformação dos homens e da sociedade.\n\nSeu posicionamento de valorização da reflexão filosófica leva a conceber uma \"sufocracia\" (poder da sabedoria), porque os homens comuns são vítimas do conhecimento imperfeito, da \"opinião\", e, portanto, devem ser dirigidos por homens que se distinguem pelo saber.\n\nA UTOPIA PLATÔNICA: A REPÚBLICA\nformas de governo: SUFOCRACIA\n\nWise\nGovernor\n\nCallipolis\nCidade Bela\ntipo ideal\n\nPartindo do princípio de que as pessoas são diferentes e por isso devem ocupar lugares e funções diversas na sociedade, Platão imagina que o Estado, e não a família, deveria se incumbir da educação das crianças.\n\nPara isso, propôs estabelecer-se uma forma de comunismo em que é eliminada a propriedade e a família, a fim de evitar a cobiça e os interesses decorrentes dos laços afetivos.\n\nO Estado orientaria as pessoas para evitar casamentos entre desiguais, oferecendo melhores condições de reprodução, ao mesmo tempo, criando creches para a educação coletiva das crianças.\n\nA educação promovida pelo Estado deveria, segundo Platão, ser igual para todos até os 20 anos, quando dar-se-ia o primeiro corte identificando as pessoas que, por possuírem \"alma de bronze\", por terem uma sensibilidade grosseira devem se dedicar à agricultura, ao artesanato ou ao comércio. Estes cuidariam da subsistência da cidade. Os outros continuariam os estudos por mais dez anos, até o segundo corte. Aqueles que tivessem a \"alma de prata\" e a virtude da coragem essencial aos guerreiros constituiriam a guarda do Estado, os soldados que cuidariam da defesa da cidade.\n\nOs mais notáveis, que sobressaíssem desses cortes, por terem a \"alma de ouro\", seriam instruídos na arte de pensar e dois, ou seja, na arte de dialogar. Estudariam filosofia, que eleva a alma até o conhecimento mais puro e é a fonte de toda verdade.\n\nAos cinquenta anos, aqueles que passassem com sucesso pela série de provas estariam aptos a ser admitidos no corpo supremo dos magistrados. Caberia a eles o governo da cidade, e exercício do poder, pois apenas eles teriam a ciência da política.\n\nSua função seria manter a cidade coesa. Por serem os mais sábios, também seriam os mais justos, uma vez que justo é aquele que conhece a justiça. A justiça constitui a principal virtude, a própria condição das outras virtudes. Para que o Estado seja bem governado, é preciso que os filósofos se tornem reis, ou que os reis se tornem filósofos.\n\nPlatão propõe um modelo aristocrático de poder. No entanto, como já vimos, não se trata de uma aristocracia da riqueza, mas da inteligência, em que o poder é confiado aos melhores, ou seja, é uma sufocracia.\n\nO rigor do Estado concebido por Platão ultrapassa de muito a proposta de educação. Se a virtude suprema é a obediência à lei, o legislador tem de conseguir o seu cumprimento pela persuasão ou pela lei.\n\nCaso não consiga pelo convencimento, deve usar a força: prisão, exílio ou a morte. 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