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Planejamento e Gestão da Manutenção
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1 Leandro Cardoso da Silva C Copyright Print Date All Rights Reserved CST Manutenção Industrial Paradas temporárias de equipamentos MSc Leandro Cardoso da Silva PLANEJAMENTO DA MANUTENÇÃO 2 Leandro Cardoso da Silva C Copyright Print Date All Rights Reserved Sumário 1 PARADAS TEMPORÁRIAS DE EQUIPAMENTOS 3 11 Introdução 3 12 Categorias das paradas temporárias de equipamentos 3 13 Estratégias de paradas de manutenção 4 14 Modelos de listas de verificação e ações para paradas temporárias de equipamentos 6 Saiba mais 8 Praticando 8 Referência Bibliográfica 8 3 Leandro Cardoso da Silva C Copyright Print Date All Rights Reserved 11 Introdução Várias perdas podem atingir um equipamento no sistema produtivo Algumas podem gerar mais impactos que outras mas mesmo as menores perdas quando frequentes podem impedir que a organização alcance seus resultados As pequenas paradas ou paradas temporárias podem incidir sobre qualquer ativo do sistema produtivo por motivos diversos Essas paradas muitas vezes exigem ações emergenciais das equipes de manutenção eou produção Por sua vez essas ações emergenciais podem gerar ambientes de trabalho mais tensos e onerar os custos Assim é importante que as empresas façam uma análise dessas paradas Nesta aula você conhecerá as categorias das paradas temporárias de equipamentos aprenderá estratégias que podem ser utilizadas diante dessas paradas e identificará modelos de lista de verificação para coleta de dados 12 Categorias das paradas temporárias de equipamentos As paradas temporárias também são conhecidas como pequenas paradas e constituem uma das seis grandes perdas do método denominado Manutenção Produtiva Total que além das perdas por pequenas paradas considera também as perdas por quebras por setup retrabalho queda de rendimento redução de velocidade As pequenas paradas estão relacionadas com problemas temporais que fazem com que a operação fique ociosa por um curto período Ainda segundo o autor diferemse das paradas por avarias que geram perdas de tempo e materiais devido à parada do equipamento por quebras ou falhas As paradas temporárias são interrupções momentâneas resultantes de um problema qualquer e geram perdas por operação em vazio ou pequenas tarefas As pequenas paradas geralmente são geradas por problemas insignificantes e contribuem com a redução do tempo de processo São pequenas paradas durante o tempo de ciclo do ativo que podem ser recuperadas ligeiramente mas acontecem com frequência Apesar de serem consideradas perdas de importância menor estudos confirmam que elas contribuem significativamente com a perda de Eficiência Global do Equipamento OEE Overall Equipment Effectiveness Perdas por pequenas paradas ou perdas por operação em vazio são paradas momentâneas originadas por problemas no ativo ou na produção que exigem uma ação emergencial do profissional para que o processo volte a operar Ainda segundo os autores esse tipo de perda influencia diretamente no tempo efetivo de operação As perdas relacionadas a pequenas paradas contribuem com a redução do índice de performance que está relacionado ao aproveitamento da capacidade de produção do equipamento Quanto maior o número de pequenas paradas ou quanto maior o tempo dessas paradas menor será a performance do equipamento 1 PARADAS TEMPORÁRIAS DE EQUIPAMENTOS 4 Leandro Cardoso da Silva C Copyright Print Date All Rights Reserved Diante de uma pequena parada o próprio operador consegue fazer com que a função requerida volte a ser desempenhada pelo ativo uma vez que se trata de problemas mais simples Podese dividir as paradas temporárias em categorias de acordo com a sua causa geradora A tabela 1 apresenta algumas categorias de paradas temporárias Tabela 1 Classificação das pequenas paradas e exemplos de cada categoria Fonte GREGÓRIO 2018 Percebese por meio da análise da tabela 1 que podem existir pequenas paradas oriundas de pequenas anomalias escassez de recursos para execução de ações de manutenção mal uso ou uso inadequado do ativo ou porque se deixa que produtos fora de especificação passem pelo ativo 13 Estratégias de paradas de manutenção As paradas influenciam na eficiência dos ativos do processo produtivo contribuindo com a redução da produtividade e com o aumento dos custos organizacionais Assim a redução dessas paradas mesmo que elas sejam pequenas mostrase importante para a indústria Paradas pequenas mas frequentes acabam acarretando perdas no sistema de produção Além disso essas paradas acontecem de forma aleatória gerando ainda mais impactos negativos Assim é necessário que a equipe reveja as estratégias adotadas e gerencie essas pequenas paradas de forma a reduzilas e melhorar o processo produtivo A Teoria das Restrições TOC do inglês Theory of Constraints proposta por Goldratt por meio do Processo de Raciocínio PR conduz ao uso de ferramentas que podem auxiliar no processo de definição de ações para reduzir essas paradas temporárias no ativo O processo de raciocínio é formado por um conjunto de ferramentas que podem ser utilizadas de forma individual interrelacionadas baseadas em um relacionamento causal Esse processo orienta a fazer as seguintes questões 1 O que mudar 5 Leandro Cardoso da Silva C Copyright Print Date All Rights Reserved 2 Para que mudar 3 Como causar a mudança Adaptando ao processo de manutenção podese fazer os seguintes questionamentos O que mudar Indica a necessidade de identificar as paradas temporárias e priorizar aquelas que mais impactam na eficiência do ativo Para que mudar Orienta quanto à avaliação dos ganhos advindos da redução eou eliminação das paradas temporárias Podem ser feitas questões como quanto aumento haverá no tempo efetivo de produção Quanto aumento haverá no volume de produção Qual é o impacto da redução de paradas temporárias na produtividade real do equipamento Como causar a mudança Indica a necessidade de identificar as causas das paradas temporárias para que as ações de manutenção e produção possam ser executadas com o objetivo de eliminar ou tornar essas paradas menos frequentes As paradas temporárias podem fazer com que o ativo se torne o gargalo do processo lembrando que o recurso gargalo é aquele que limita os ganhos organizacionais e geralmente é o recurso com a menor capacidade produtiva A avaliação da performance do gargalo é importante para avaliar a capacidade da empresa de produzir produtos conforme especificação considerando o tempo total ou tempo calendário 24 horas por dia todos os dias do ano Essa medição pode ser feita por meio de um indicador denominado TEEP Total Equipment Effectiveness Performance Performance Efetiva Total do Equipamento que avalia a eficiência por meio do produto dos índices de disponibilidade performance qualidade e utilização de um ativo Figura 1 Figura 1 Relação entre pequenas paradas e TEEP Fonte GREGÓRIO 2018 As pequenas paradas contribuem com a redução do índice de performance que avalia a velocidade de operação do ativo em relação à velocidade nominal A redução de pequenas paradas contribui para que o ativo opere em velocidade normal durante uma maior parte do tempo e assim contribui com o aumento da sua produtividade real 6 Leandro Cardoso da Silva C Copyright Print Date All Rights Reserved Algumas medidas podem ser adotadas para reduzir essas paradas temporárias como adoção de estratégia de manutenção adequada nos dispositivos avaliação da conformidade dos materiais que são inseridos nos equipamentos manutenção autônoma permitir que os operadores dos equipamentos possam realizar algumas tarefas de manutenção A Teoria das Restrições também propõe cinco passos globais que podem contribuir com o alcance das metas industriais gerenciando o processo a partir do gargalo Como as paradas temporárias frequentes podem fazer com que determinado ativo se torne o gargalo do processo a aplicação desses passos pode auxiliar o pessoal de produção e manutenção Os 5 passos são 1 identificar as restrições do sistema 2 utilizar da melhor forma possível as restrições do sistema 3 subordinar todos os demais recursos à decisão tomada no passo 2 4 elevar a capacidade das restrições 5 voltar a o passo 1 não deixando que a inércia tome conta do sistema Adaptando esses 5 passos ao processo de manutenção focando nas paradas temporárias podem ser feitas as seguintes análises Qual ativo é o recurso restritivo desse sistema Como utilizar melhor esse recurso restritivo Fazer com que todos os outros recursos do sistema produzam de acordo com a capacidade do recurso restritivo reduzindo os inventários Como aumentar a eficiência desse recurso gargalo A eliminação ou redução de paradas temporárias pode contribuir com o aumento do TEEP do equipamento Pensar sempre em estratégia de melhoria contínua e iniciar o ciclo novamente 14 Modelos de listas de verificação e ações para paradas temporárias de equipamentos Uma das principais dificuldades das empresas em avaliar os impactos das paradas temporárias e definir estratégias para a redução dessas paradas está relacionada à falta de dados e informações sobre as mesmas Como são paradas curtas e muitas vezes exigem ações emergenciais os operadores e mantenedores não costumam fazer os seus registros o que faz com que uma série de informações deixe de ser gerada para auxiliar nos planos de manutenção e produção A adoção de formas adequadas de registro de dados pode auxiliar no processo de coleta e existem alguns formulários que podem auxiliar as equipes nesses registros como a lista ou folha de verificação que é uma ferramenta que tem o objetivo de gerar dados para que posteriormente eles sejam analisados e tratados Não existe nenhum padrão preestabelecido e essa lista pode ser adequada de acordo com as necessidades de cada empresa Cada organização deve desenvolver seu formulário que além de registrar os 7 Leandro Cardoso da Silva C Copyright Print Date All Rights Reserved dados deve identificar os responsáveis pelas medições quando e como elas aconteceram Definese a lista de verificação ou folha de verificação como um formulário que contém os itens a serem verificados auxiliando no processo de coleta de dados A folha de verificação permite registrar dados de forma sistemática é fácil de usar e permite que todos os dados sejam capturados Por outro lado algumas categorias de dados que não foram capturadas podem ser negligenciadas A figura 2 apresenta um modelo de lista de verificação Figura 2 Modelo de lista de verificação Fonte GREGÓRIO 2018 A lista de verificação apresentada na figura 2 coleta dados que podem gerar uma série de informações para a empresa como Categorias de paradas comuns no ativo mal uso problemas relacionados à qualidade ausência de ferramentas entre outras Causas das paradas os motivos que conduziram às paradas temporárias Tempo total das paradas temporárias Ações necessárias para que o ativo voltasse a exercer a função requerida Outro modelo de folha de verificação apresentado na figura 3 permite avaliar a frequência de cada tipo de parada temporária inclusive para priorizar ações por meio das paradas mais frequentes Figura 3 Modelo de lista de verificação Fonte GREGÓRIO 2018 8 Leandro Cardoso da Silva C Copyright Print Date All Rights Reserved As empresas devem customizar as listas de acordo com suas necessidades de dados para auxiliar na definição da estratégia mais adequada de manutenção para o aumento do TEEP Alguns fatores podem orientar quanto à elaboração da folha de verificação como 1 Quais perguntas precisam ser respondidas 2 Quais dados devem ser registrados 3 Quais são as variáveis para estratificação 4 Quais são as definições operacionais 5 Qual será a duração da coleta de dados 6 Onde os dados serão coletados Saiba mais Exemplo de aplicativo de parada de máquinas Vídeo httpswwwyoutubecomwatchvoiYTre1j18 Praticando 1 Utilizando tudo que foi aprendido até este momento desenvolva um fluxograma onde você como gestor da área de manutenção estabelece um processo para que sua equipe de manutenção faça manutenção corretiva sobre a condição de paradas temporárias para máquinas e equipamentos O aluno deverá utilizar o app Lucidchart gratuito para android e IOS para criar o fluxograma e depois anexalo no FORMS na extensão pdf Exemplo de funcionamento Lucidchart httpswwwyoutubecomwatchvKk9MSeQcUeo Responder as questões via FORMS aba de Tarefas Referência Bibliográfica BRANCO FILHO G Indicadores e índices de manutenção Rio de Janeiro Ciência Moderna 2006 BRANCO FILHO G Organização o planejamento e o controle da manutenção São Paulo Moderna 2008 GREGÓRIO GFP SANTOS DF PRATA AB Engenharia de manutenção Porto Alegre SAGAH 2018 9 Leandro Cardoso da Silva C Copyright Print Date All Rights Reserved GREGÓRIO GFP SILVEIRA AM Manutenção industrial Porto Alegre SAGAH 2018 PEREIRA M J Técnicas Avançadas de Manutenção Rio de Janeiro Ciência Moderna 2010 PRADO D PERTCPM 4ª ed Belo Horizonte INDG 2013 SANTOS V A dos Manual Prático da Manutenção Industrial 4 ed São Paulo Ícone 2007 VIANA H RG Planejamento e Controle da 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1 Leandro Cardoso da Silva C Copyright Print Date All Rights Reserved CST Manutenção Industrial Paradas temporárias de equipamentos MSc Leandro Cardoso da Silva PLANEJAMENTO DA MANUTENÇÃO 2 Leandro Cardoso da Silva C Copyright Print Date All Rights Reserved Sumário 1 PARADAS TEMPORÁRIAS DE EQUIPAMENTOS 3 11 Introdução 3 12 Categorias das paradas temporárias de equipamentos 3 13 Estratégias de paradas de manutenção 4 14 Modelos de listas de verificação e ações para paradas temporárias de equipamentos 6 Saiba mais 8 Praticando 8 Referência Bibliográfica 8 3 Leandro Cardoso da Silva C Copyright Print Date All Rights Reserved 11 Introdução Várias perdas podem atingir um equipamento no sistema produtivo Algumas podem gerar mais impactos que outras mas mesmo as menores perdas quando frequentes podem impedir que a organização alcance seus resultados As pequenas paradas ou paradas temporárias podem incidir sobre qualquer ativo do sistema produtivo por motivos diversos Essas paradas muitas 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geram perdas de tempo e materiais devido à parada do equipamento por quebras ou falhas As paradas temporárias são interrupções momentâneas resultantes de um problema qualquer e geram perdas por operação em vazio ou pequenas tarefas As pequenas paradas geralmente são geradas por problemas insignificantes e contribuem com a redução do tempo de processo São pequenas paradas durante o tempo de ciclo do ativo que podem ser recuperadas ligeiramente mas acontecem com frequência Apesar de serem consideradas perdas de importância menor estudos confirmam que elas contribuem significativamente com a perda de Eficiência Global do Equipamento OEE Overall Equipment Effectiveness Perdas por pequenas paradas ou perdas por operação em vazio são paradas momentâneas originadas por problemas no ativo ou na produção que exigem uma ação emergencial do profissional para que o processo volte a operar Ainda segundo os autores esse tipo de perda influencia diretamente no tempo efetivo de operação As perdas relacionadas a pequenas paradas contribuem com a redução do índice de performance que está relacionado ao aproveitamento da capacidade de produção do equipamento Quanto maior o número de pequenas paradas ou quanto maior o tempo dessas paradas menor será a performance do equipamento 1 PARADAS TEMPORÁRIAS DE EQUIPAMENTOS 4 Leandro Cardoso da Silva C Copyright Print Date All Rights Reserved Diante de uma pequena parada o próprio operador consegue fazer com que a função requerida volte a ser desempenhada pelo ativo uma vez que se trata de problemas mais simples Podese dividir as paradas temporárias em categorias de acordo com a sua causa geradora A tabela 1 apresenta algumas categorias de paradas temporárias Tabela 1 Classificação das pequenas paradas e exemplos de cada categoria Fonte GREGÓRIO 2018 Percebese por meio da análise da tabela 1 que podem existir pequenas paradas oriundas de pequenas anomalias escassez de recursos para execução de ações de manutenção mal uso ou uso inadequado 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de eliminar ou tornar essas paradas menos frequentes As paradas temporárias podem fazer com que o ativo se torne o gargalo do processo lembrando que o recurso gargalo é aquele que limita os ganhos organizacionais e geralmente é o recurso com a menor capacidade produtiva A avaliação da performance do gargalo é importante para avaliar a capacidade da empresa de produzir produtos conforme especificação considerando o tempo total ou tempo calendário 24 horas por dia todos os dias do ano Essa medição pode ser feita por meio de um indicador denominado TEEP Total Equipment Effectiveness Performance Performance Efetiva Total do Equipamento que avalia a eficiência por meio do produto dos índices de disponibilidade performance qualidade e utilização de um ativo Figura 1 Figura 1 Relação entre pequenas paradas e TEEP Fonte GREGÓRIO 2018 As pequenas paradas contribuem com a redução do índice de performance que avalia a velocidade de operação do ativo em relação à velocidade nominal A redução de pequenas paradas contribui para que o ativo opere em velocidade normal durante uma maior parte do tempo e assim contribui com o aumento da sua produtividade real 6 Leandro Cardoso da Silva C Copyright Print Date All Rights Reserved Algumas medidas podem ser adotadas para reduzir essas paradas temporárias como adoção de estratégia de manutenção adequada nos dispositivos avaliação da conformidade dos materiais que são inseridos nos equipamentos manutenção autônoma permitir que os operadores dos equipamentos possam realizar algumas tarefas de manutenção A Teoria das Restrições também propõe cinco passos globais que podem contribuir com o alcance das metas industriais gerenciando o processo a partir do gargalo Como as paradas temporárias frequentes podem fazer com que determinado ativo se torne o gargalo do processo a aplicação desses passos pode auxiliar o pessoal de produção e manutenção Os 5 passos são 1 identificar as restrições do sistema 2 utilizar da melhor forma possível as restrições do sistema 3 subordinar todos os demais recursos à decisão tomada no passo 2 4 elevar a capacidade das restrições 5 voltar a o passo 1 não deixando que a inércia tome conta do sistema Adaptando esses 5 passos ao processo de manutenção focando nas paradas temporárias podem ser feitas as seguintes análises Qual ativo é o recurso restritivo desse sistema Como utilizar melhor esse recurso restritivo Fazer com que todos os outros recursos do sistema produzam de acordo com a capacidade do recurso restritivo reduzindo os inventários Como aumentar a eficiência desse recurso gargalo A eliminação ou redução de paradas temporárias pode contribuir com o aumento do TEEP do equipamento Pensar sempre em estratégia de melhoria contínua e iniciar o ciclo novamente 14 Modelos de listas de verificação e ações para paradas temporárias de equipamentos Uma das principais dificuldades das empresas em avaliar os impactos das paradas temporárias e definir estratégias para a redução dessas paradas está relacionada à falta de dados e informações sobre as mesmas Como são paradas curtas e muitas vezes exigem ações emergenciais os operadores e mantenedores não costumam fazer os seus registros o que faz com que uma série de informações deixe de ser gerada para auxiliar nos planos de manutenção e produção A adoção de formas adequadas de registro de dados pode auxiliar no processo de coleta e existem alguns formulários que podem auxiliar as equipes nesses registros como a lista ou folha de verificação que é uma ferramenta que tem o objetivo de gerar dados para que posteriormente eles sejam analisados e tratados Não existe nenhum padrão preestabelecido e essa lista pode ser adequada de acordo com as necessidades de cada empresa Cada organização deve desenvolver seu formulário que além de registrar os 7 Leandro Cardoso da Silva C Copyright Print Date All Rights Reserved dados deve identificar os responsáveis pelas medições quando e como elas aconteceram Definese a lista de verificação ou folha de verificação como um formulário que contém os itens a serem verificados auxiliando no processo de coleta de dados A folha de verificação permite registrar dados de forma sistemática é fácil de usar e permite que todos os dados sejam capturados Por outro lado algumas categorias de dados que não foram capturadas podem ser negligenciadas A figura 2 apresenta um modelo de lista de verificação Figura 2 Modelo de lista de verificação Fonte GREGÓRIO 2018 A lista de verificação apresentada na figura 2 coleta dados que podem gerar uma série de informações para a empresa como Categorias de paradas comuns no ativo mal uso problemas relacionados à qualidade ausência de ferramentas entre outras Causas das paradas os motivos que conduziram às paradas temporárias Tempo total das paradas temporárias Ações necessárias para que o ativo voltasse a exercer a função requerida Outro modelo de folha de verificação apresentado na figura 3 permite avaliar a frequência de cada tipo de parada temporária inclusive para priorizar ações por meio das paradas mais frequentes Figura 3 Modelo de lista de verificação Fonte GREGÓRIO 2018 8 Leandro Cardoso da Silva C Copyright Print Date All Rights Reserved As empresas devem customizar as listas de acordo com suas necessidades de dados para auxiliar na definição da estratégia mais adequada de manutenção para o aumento do TEEP Alguns fatores podem orientar quanto à elaboração da folha de verificação como 1 Quais perguntas precisam ser respondidas 2 Quais dados devem ser registrados 3 Quais são as variáveis para estratificação 4 Quais são as definições operacionais 5 Qual será a duração da coleta de dados 6 Onde os dados serão coletados Saiba mais Exemplo de aplicativo de parada de máquinas Vídeo httpswwwyoutubecomwatchvoiYTre1j18 Praticando 1 Utilizando tudo que foi aprendido até este momento desenvolva um fluxograma onde você como gestor da área de manutenção estabelece um processo para que sua equipe de manutenção faça manutenção corretiva sobre a condição de paradas temporárias para máquinas e equipamentos O aluno deverá utilizar o app Lucidchart gratuito para android e IOS para criar o fluxograma e depois anexalo no FORMS na extensão pdf Exemplo de funcionamento Lucidchart httpswwwyoutubecomwatchvKk9MSeQcUeo Responder as questões via FORMS aba de Tarefas Referência Bibliográfica BRANCO FILHO G Indicadores e índices de manutenção Rio de Janeiro Ciência Moderna 2006 BRANCO FILHO G Organização o planejamento e o controle da manutenção São Paulo Moderna 2008 GREGÓRIO GFP SANTOS DF PRATA AB Engenharia de manutenção Porto Alegre SAGAH 2018 9 Leandro Cardoso da Silva C Copyright Print Date All Rights Reserved GREGÓRIO GFP SILVEIRA AM Manutenção industrial Porto Alegre SAGAH 2018 PEREIRA M J Técnicas Avançadas de Manutenção Rio de Janeiro Ciência Moderna 2010 PRADO D PERTCPM 4ª ed Belo Horizonte INDG 2013 SANTOS V A dos Manual Prático da Manutenção Industrial 4 ed São Paulo Ícone 2007 VIANA H RG Planejamento e Controle da 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