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ORIENTAÇÕES INSTITUCIONAIS PARA CONFECÇÃO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO APRESENTAÇÃO Com o propósito de orientar os estudantes da Pósgraduação na modalidade lato sensu em suas atividades de pesquisa oferece a disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso TCC Esta disciplina tem como objetivo proporcionar suporte orientação e fundamentação teórica para a elaboração do trabalho de conclusão do curso além de possibilitar aos estudantes a experiência da pesquisa em diversas disciplinas Para auxiliar os estudantes na disciplina de TCC disponibilizamos este manual de orientações institucionais A meta é apresentar aos estudantes os elementos essenciais de um projeto de pesquisa as diretrizes institucionais para a construção do TCC e incentivar o uso da pesquisa reflexiva como ferramenta de estudo para a atuação e formação acadêmica e profissional conforme as normas atualizadas da ABNT Dúvidas desafios e situações enfrentadas durante os estágios assim como os temas que despertaram maior interesse em cada estudante ao longo de sua pósgraduação devem se tornar o foco de suas pesquisas Essas pesquisas devem ser desenvolvidas e aprimoradas até culminarem no TCC O TCC portanto tem como meta estimular no futuro profissional a atividade de pesquisa desenvolvendo habilidades na produção de conhecimento por meio da organização de um trabalho de pesquisa Isso inclui a aplicação dos métodos da pesquisa científica e a observância das normas técnicas estabelecidas pela ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas Sumário APRESENTAÇÃO 2 INFORMAÇÕES GERAIS 4 OBJETIVOS DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO 5 AVALIAÇÃO DO TCC 5 COMO COMEÇAR SEU TCC 5 POR QUE PESQUISAR PROBLEMA 6 COM QUAIS RECURSOS REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 6 COMO PESQUISAR METODOLOGIA 7 QUANDO PESQUISAR CRONOGRAMA 7 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO TCC 7 MONOGRAFIA 8 ARTIGO 8 APRESENTAÇÃO GRÁFICA GERAL DO TCC PARA MONOGRAFIA 8 APRESENTAÇÃO GRÁFICA GERAL DO TCC PARA ARTIGO CIENTÍFICO 9 ASPECTOS GRÁFICOS 10 NÃO SE ESQUEÇA QUE 18 ANEXOS 19 INFORMAÇÕES GERAIS Este documento tem como objetivo orientar os estudantes em relação à produção acadêmica com ênfase no Trabalho de Conclusão do Curso TCC O conhecimento científico não é adquirido facilmente requer trabalho esforço e dedicação A pesquisa é o caminho para alcançar esse conhecimento Acreditamos que para cumprir essa função específica é necessário apresentar e explicar os conceitos as regras e as etapas do trabalho científico de forma simplificada Além disso é fundamental fornecer subsídios e recursos de ordem conceitual técnica e lógica indispensáveis ao estudante para a execução desse tipo de trabalho Ao produzir o TCC é importante considerar os seguintes requisitos e recomendações Produção de conhecimento novo o trabalho deve ser concebido e realizado com base no conhecimento adquirido durante o curso aprofundandose na área escolhida Deve oferecer uma contribuição para a área específica ao mesmo tempo em que contempla uma inquietação ou curiosidade pessoal equilibrando as necessidades da comunidade com os interesses do autor Papel do discente O total envolvimento do estudante AUTOR A compromisso pessoal e intransferível é essencial em todas as etapas do trabalho desde a concepção e o planejamento até a execução e a apresentaçãopublicação Papel do orientador o orientador é o interlocutor que guia a produção acadêmica do discente Para isso sugere leituras auxilia na delimitação do trabalho na escolha de uma metodologia apropriada e oferece sugestões teóricas metodológicas contribuindo principalmente para o bom desenvolvimento do trabalho O Trabalho de Conclusão de Curso consiste em uma pesquisa realizada pelo discente apresentada sob a forma de uma monografia ou de um artigo científico seguindo os eixos temáticos estabelecidos para os cursos de pósgraduação e atendendo às normas da ABNT OBJETIVOS DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO Estimular a pesquisa e a produção científica Aprofundar o conhecimento sobre o tema da pesquisa Criar conteúdo voltado ao tema da pesquisa que trará contribuições para o meio acadêmico e social AVALIAÇÃO DO TCC Na avaliação do TCC serão levados em conta os seguintes aspectos O cumprimento das orientações estipuladas neste manual O caráter científico do trabalho O trabalho enviado deve ser autoral A consistência dos dados e fundamentação teórica do trabalho Será utilizado na correção do trabalho de conclusão de curso uma tabela com requisitos mínimos para aprovação TABELA EM ANEXO Para aprovação o discente deve obter média igual ou superior a 70 setenta pontos atribuída pelos membros da banca examinadora COMO COMEÇAR SEU TCC O primeiro passo é realizar o planejamento inicial da pesquisa que servirá como guia Pode haver alterações ao longo da pesquisa e na elaboração do trabalho dependendo dos rumos que o estudo tomar O tema é de livre escolha do aluno e deve estar relacionado ao seu curso de Pós graduação Afinal você está se tornando especialista nessa área O método de pesquisa adotado será a revisão bibliográfica Em outras palavras não serão aceitos estudos de caso pesquisas de campo ou relatos de experiência Vale ressaltar que o tema não pode ser o nome do curso em si ou o nome de disciplinas presentes no seu curso Podemos afirmar que para realizar o planejamento inicial é necessário levantar as seguintes questões O QUE PESQUISAR TEMA É o primeiro passo a ser dado e envolve a delimitação do TEMA a área ou esfera que se pretende pesquisar Para isso algumas questões devem ser consideradas Interesse pessoal no tema Tempo disponível para a realização da pesquisa Limites das capacidades do pesquisador em relação ao tema pretendido A relevância do tema escolhido sua novidade seu valor social e acadêmico Material disponível para consulta POR QUE PESQUISAR PROBLEMA Após a delimitação do tema o segundo passo é formular o PROBLEMA que pode ser equivalente a conceber o tema como uma grande pergunta a ser resolvida Nesta etapa é crucial que o problema seja bem caracterizado por meio dos objetivos delimitação É fundamental que a pergunta formulada nesta etapa não contenha a palavra PORQUE PARA QUE REALIZAR A PESQUISA JUSTIFICATIVA As razões ou motivos que justificam tal escolha devem ser apresentados nesta etapa Isso envolve a importância percebida pelo pesquisador em relação ao problema proposto Aqui podem ser indicadas visões anteriores sobre o tema possíveis equívocos ou distorções relacionadas ao tema estudado A justificativa também reflete a convicção de que o trabalho de pesquisa é fundamental Ou seja é a afirmação de que o tema escolhido é de fundamental importância para a sociedade para um grupo ou para a comunidade acadêmica COM QUAIS RECURSOS REVISÃO BIBLIOGRÁFICA1 Diz respeito a um levantamento minucioso dos trabalhos publicados sobre o tema escolhido Isso é crucial para situar seu trabalho dentro da produção atual relacionada ao tema 1 Não aceitamos estudo de caso relato de experiência e pesquisa em campo A seguir são apresentados alguns sites acadêmicos para a pesquisa de artigos livros e monografias a fim de proporcionar um embasamento teórico para o seu Trabalho de Conclusão de Curso TCC Google acadêmico httpsscholargooglecombr Scielo ACadêmico httpwwwscielobr ERIC Educational Resources Information Center httpsericedgov Portal Periódicos Portal da CAPES httpwwwperiodicoscapesgovbr BDTD Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertação httpbdtdibictbrvufind COMO PESQUISAR METODOLOGIA A metodologia consiste na explicação minuciosa detalhada rigorosa e precisa de todas as ações que serão desenvolvidas no método caminho do trabalho de pesquisa Engloba a descrição do tipo de pesquisa do instrumental utilizado do tempo previsto da equipe de pesquisadores e da divisão de trabalho das formas de tabulação quando se trata de pesquisa quantitativa e do tratamento dos dados Em resumo abrange todos os elementos que serão utilizados no desenvolvimento do trabalho de pesquisa QUANDO PESQUISAR CRONOGRAMA É o planejamento e a organização dos momentos em que as etapas da pesquisa serão executadas TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO TCC O trabalho científico para a conclusão do curso pode ser elaborado em dois formatos ARTIGO CIENTÍFICO OU MONOGRAFIA A monografia ou o artigo deve ser digitado seguindo as orientações deste manual assim como as normas da ABNT que devem ser consultadas para a elaboração do trabalho O Trabalho de Conclusão de Curso TCC deve ser escrito na 3ª pessoa do singular Utilize a terceira pessoa em toda a escrita pois na redação formal como em trabalhos argumentativos e de pesquisa o uso da terceira pessoa torna o texto mais objetivo e menos pessoal Essa abordagem objetiva proporciona ao autor uma aparência menos enviesada e portanto mais crível ARTIGO E MONOGRAFIA Tanto o artigo científico quanto a monografia são tipos de trabalhos acadêmicos mas há diferenças significativas entre eles em relação à finalidade formato e abrangência O artigo científico geralmente segue uma estrutura bem definida incluindo introdução revisão bibliográfica metodologia resultados discussão e conclusão Ele é escrito de forma mais concisa e objetiva com uma extensão que pode variar de acordo com as exigências da revista científica Monografia é mais longa e detalhada podendo ter dezenas ou até mesmo centenas de páginas Visando demonstrar o conhecimento adquirido pelo autor e sua capacidade de desenvolver um trabalho de pesquisa independente MONOGRAFIA O trabalho deve apresentar um corpo textual com no mínimo 20 páginas e no máximo 30 páginas abrangendo desde o resumo até a conclusão Deve apresentar entre 10 a 20 referências bibliográficas É necessário incluir quebras de página entre as seções Os títulos das seções devem estar em letras maiúsculas ARTIGO O corpo textual do trabalho deve ter entre 10 e 20 páginas Deve apresentar entre 8 a 15 referências bibliográficas O texto deve ser corrido sem quebras de páginas Os títulos das seções devem ser escritos em letras maiúsculas APRESENTAÇÃO GRÁFICA GERAL DO TCC PARA MONOGRAFIA Elementos PréTextuais Capa Página de rosto Dedicatória opcional Agradecimento opcional Sumário Listas de tabelas e figuras opcional Lista de Abreviaturas e Siglas opcional Elementos Textuais ou Corpo do Trabalho Resumo Introdução Revisão da Literatura Metodologia Resultados e Discussões Conclusão Elementos PósTextuais Referências Anexo opcional APRESENTAÇÃO GRÁFICA GERAL DO TCC PARA ARTIGO CIENTÍFICO Elementos PréTextuais Titulo Nome do autor a Resumo Palavras chave Elementos Textuais ou Corpo do Trabalho Introdução Metodologia Resultados e Discussões Conclusão Elementos PósTextuais Referências Anexo opcional ASPECTOS GRÁFICOS O TCC será encaminhado via Portal do Aluno após realizado a précorreção junto ao setor Pedagógico2 e os arquivos devem ser enviados no formato PDF Utilize as fontes Times New Roman ou Arial tamanho 12 estilo normal cor preta Margens Superior 3 cm Inferior 2 cm Esquerda 3 cm Direita 2 cm Espaçamentos e Recuos Espaçamento entre linhas 15 Entre títulos de capítulos e texto 2 espaços de 15 Entre texto e subtítulo 2 espaços de 15 Entre subtítulos e texto 1 espaço de 15 Recuo no início do parágrafo 125 cm para monografias sem recuo para TCC na modalidade de artigo científico Usar na digitação alinhamento justificado Titulação As principais divisões capítulos assim como as outras partes do documento sumário resumo agradecimentos devem ter os títulos digitados em letras maiúsculas e em negrito O alinhamento deve ser à esquerda ou centralizado Os subtítulos também devem ser negritados mas apenas a primeira letra deve estar em maiúscula 2 Via Whatsapp Todos os títulos e subtítulos devem seguir uma sequência numérica Paginação A posição dos números das páginas deve estar localizada na margem inferior direita Na monografia número deve aparecer a partir da INTRODUÇÃO Citações no corpo do texto Citações são elementos retirados de documentos pesquisados que se mostraram relevantes para corroborar as ideias desenvolvidas pelo autor do trabalho Representam a menção de informações colhidas em outras fontes e podem ser classificadas em dois tipos Transcrição ou citação textual e paráfrase ou citação livre A citação ou transcrição textual consiste na reprodução das palavras do texto citado Essas citações podem ser longas ou curtas As citações são consideradas longas quando possuem mais de três linhas Nesse caso devem aparecer em um parágrafo independente todo o texto com recuo de 4 cm da margem esquerda digitado em espaço simples e fonte 10 Todas as citações sejam elas longas ou curtas devem ser acompanhadas da referência bibliográfica contendo o sobrenome do autor ano de publicação e página de onde foram retiradas Além disso as citações podem ser apresentadas em itálico Por exemplo Conforme Medeiros 1997 p 95 todo o processo de fichamento iniciase com uma leitura atenta do texto Essa leitura transcende a esfera emocional subjetiva e atinge o nível da racionalidade envolvendo a capacidade de analisar o texto discernir suas partes examinar suas interrelações e entender como o texto se relaciona com outras fontes Ademais requer competência para resumir as ideias apresentadas no texto Segundo Medeiros 1997 p 95 todo o trabalho de fichamento é antecedido por uma leitura atenta do texto Essa leitura se distancia da categoria emocional subjetiva e atinge o nível da racionalidade compreendendo a capacidade de analisar o texto separar suas partes examinar como se interrelacionam e entender como o texto se relaciona com outros além da competência para resumir as ideias apresentadas no texto Uma citação curta que contém até três linhas deve ser inserida entre aspas ou em itálico e fazer parte do parágrafo Exemplos De acordo com Falcão 2000 p157 há vários tipos de estímulo reforçador O não estranhamento da resposta emitida pode resultar em um estímulo que reforce a resposta Assim muitas vezes o que o professor julga ser estímulo reforçador apropriado a um discente mostra não sêlo Ou De acordo com Falcão há vários tipos de estímulo reforçador O não estranhamento da resposta emitida pode resultar em um estímulo que reforce a resposta Assim muitas vezes o que o professor julga ser estímulo reforçador apropriado a um discente mostra não sêIo 2000 p157 Ou De acordo com Falcão 2000 p157 há vários tipos de estímulo reforçador O não estranhamento da resposta emitida pode resultar em um estímulo que reforce a resposta Assim muitas vezes o que o professor julga ser estímulo reforçador apropriado a um discente mostra não sêlo Ou ainda De acordo com Falcão há vários tipos de estímulo reforçador O não estranhamento da resposta emitida pode resultar em um estímulo que reforce a resposta Assim muitas vezes o que o professor julga ser estímulo reforçador apropriado a um discente mostra não sêlo 2000 p157 Atenção Quando o trecho do texto a ser citado literalmente apresentar alguma passagem com aspas estas se transformam em apóstrofos Exemplo Medeiros 1997 p 62 indica que para Freire 1985 p 22 a leitura do mundo precede sempre a leitura da palavra e a leitura desta implica a continuidade da leitura daquele pois a leitura é a chave do conhecimento quer seja de um texto ou de uma realidade mais ampla o mundo Podese omitir partes do texto que não apresentem interesse para a transcrição tanto no início quanto no meio e no fim usando reticências Se ocorrer no meio da citação as reticências devem vir entre parênteses Exemplo do uso de reticências no meio e no final da citação Conforme Falcão 2000 p82 as necessidades mais fundamentais da criança como nutrição e alimentação e a própria sequência do processo de maturação levam a criança a agir sobre o meio Esta ação é praticada mediante o controle de certos esquemas mentais que lhe permitem sugar prender um objeto em sua mão Exemplo de reticências no início da citação É preciso encontrar um equilíbrio dinâmico equilíbrio de bicicleta que simultaneamente mantém e expande Quando é necessário citar alguma parte do texto a partir de outra fonte isso é chamado de citação de segunda mão Ou seja utilizar um autor que foi mencionado no texto de outro autor A fonte original o autor que foi efetivamente lido é precedida pela expressão apud que significa citado por conforme ou segundo Skinner interpreta comportamento como ato executado desempenho Skinner apud Falcão 2000 p 174 Neste exemplo a obra de Iida é de autoria de Falcão na qual se encontra a definição de Skinner Notas de Rodapé As notas de rodapé serão usadas para o TCC para duas finalidades 1 Inserir no trabalho considerações complementares quando necessário citar o autor e ano da obra 2 Trazer a versão original de uma citação traduzida no texto Não se pode esquecer de que as notas devem estar na mesma página do texto caso contrário é necessário fazer a citação completa mesmo que a obraautor permaneça o mesmo Se o nome do autor aparece no corpo do texto não há necessidade de repetilo na nota de rodapé A linha de rodapé deverá ocupar 13 do tamanho da página com texto em fonte 10 Referências Bibliográficas Os elementos essenciais de uma referência bibliográfica são Autor Inicia com o sobrenome em LETRAS MAIÚSCULAS abreviado ou não após a escolha adotada seguir um padrão Título do documento Destacar mediante um recurso tipográfico negrito itálico ou grifo O subtítulo não aparece com destaque Após escolher o destaque manter em todas as referências Edição Digitar o número da edição seguido de ponto e a palavra edição abreviada 2 ed Se numa nova edição tiverem ocorrido alterações substantivas elas devem ser indicadas de forma abreviada 21 ed rev e ampl Local de publicação Identificar o nome da cidade onde o documento foi editado Editora Especificar o nome da editora que consta da referência tal como se apresenta no documento Editora podendo ser abreviado Ed Data Usar algarismos arábicos seguidos para indicar o ano da publicação 2012 Atenção Fica a critério do autor do trabalho acrescentar nas referências bibliográficas dados opcionais como tradução revisão número de páginas série ou coleção meses volume etc O alinhamento deve se manter igual ao da primeira linha Não é necessário recuar A separação entre os títulos deve ser feita com um espaço maior Todos os elementos devem ser separados por ponto O sobrenome do autor em maiúsculo deve ser separado por vírgula pelas iniciais de seus primeiros nomes Os demais autores ficam separados entre si por ponto e vírgula O subtítulo é separado do título por dois pontos O título é separado dos outros elementos por ponto A editora é separada da cidade de publicação por dois pontos A data é separada da editora por vírgula Exemplos SEVERINO Antonio J Metodologia do Trabalho Científico 22 ed São Paulo Ed Cortez 2002 JUNQUEIRA LC CARNEIRO J Biologia Celular e Molecular 8 ed Rio de Janeiro Editora Guanabara Koogan 2005 No caso de citação de artigos de revistas devese respeitar a seguinte sequência AUTOR Título do artigo Título da revista com destaque gráfico negrito itálico ou grifo Volume Fascículo Páginas inclusivas Data mês e ano Exemplo FERRAZ JR Tércio S Curva de Demanda Tautologia e Lógica da Ciência Ciências Econômicas e Sociais v 6 n 1 p 97105 jan 1971 No caso de citação de dissertações ou teses devese respeitar a seguinte sequência Indicar nome do autor Título em itálico Data Número de páginas Tipo do trabalho Dissertação ou Tese Natureza do trabalho mestrado ou doutorado entre parênteses Instituição pode ser apenas a sigla Cidade Exemplo AVELAR G A O Pensamento Educacional de Lubienska e Sua Influência na Educação Brasileira 1977 161 p Dissertação Mestrado em Educação PUCSP São Paulo No caso de citação de documentos e dados da Internet devese respeitar a seguinte sequência Indicar o site os links e as especificações do trabalho Iniciar com o nome do autor se existir Data do documento Título do documento sem destaque Endereço da localização na rede em itálico Data de acesso Exemplo ASPIS Renata Paranhos Avaliar é humano Importância e Funções Avaliar Humaniza Disponível em httpwwwcbfccombrreflexãohtm Acesso em 20 dez 2001 No caso de citação de home page devese respeitar a seguinte sequência Iniciar com o nome da entidade a que a página está ligada ou com o assunto geral da página Exemplo GTCURRÍCULOANPED Disponível em httpwwwufrgsbrfacedgtcurric Acesso em 23 jun 2000 No caso de citação de artigos de jornal devese respeitar a seguinte sequência Citar autor título do artigo título do jornal cidade data completa número ou título do caderno seção ou suplemento indicação da página e eventualmente da coluna Exemplos Se o artigo de jornal for um artigo assinado PINTO JN Programa explora tema raro na TV O Estado de São Paulo 8 fev 1975 Caderno 2 p7 Se o artigo de jornal for um artigo não assinado ECONOMISTA recomenda investimento no ensino O Estado de São Paulo p21 45 col 24 maio 1977 Se o artigo de jornal for um artigo em suplemento ou caderno especial após a data acrescentar o título do suplemento número página e coluna Correio da Manhã Rio de Janeiro 20 de junho de 1968 Caderno Internacional p 36 c Tratandose de suplementos muito especiais como é caso do Suplemento Cultural de O Estado de São Paulo tal suplemento é assimilado a um periódico e passa a ser citado como tal SIMÕES Gilda N A educação da vontade Suplemento Cultural de O Estado de São Paulo 31 out 1976 v1 n3 p35 Para legislação e normas técnicas seguem os exemplos ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS ABNT NBR 10520 Informação e Documentação Citações em documentos Apresentação Rio de Janeiro ABNT 2002 7p BRASIL Ministério da Saúde Secretaria de Políticas de Saúde Área Técnica Saúde da Mulher Norma técnica prevenção e tratamento dos agravos resultantes da violência sexual contra mulheres e adolescentes 2ed Brasília DF 2002 Disponível em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesnta2ediE7E3opdf Acesso em 20 ago 2005 BRASIL Congresso Senado Resolução nº 17 de 1991 Coleção de Leis da República Federativa do Brasil Brasília DF v 183 p 11561157 maiojun 1991 NÃO SE ESQUEÇA QUE O prazo de correção dos trabalhos é de 15 dias úteis excluindo finais de semana feriados municipais federais e recessos Caso necessite possuímos uma banca extra que corrige os trabalhos a título de urgência onde o resultado é disponibilizado em seu Portal do Aluno em até 12 horas mediante ao investimento de uma taxa de R12000 Trabalhos que não atenderem à quantidade mínima de páginas estipuladas pelo manual não serão enviados para a banca examinadora Trabalhos que apresentarem indícios de plágio não serão avaliados Serão aceitos apenas os trabalhos que estiverem em conformidade com as orientações deste manual Os elementos prétextuais e póstextuais não serão considerados na contagem da quantidade de páginas do corpo textual ANEXOS 1 Tabela utilizada para a correção dos TCCs Critérios de avaliação Valor Nota obtida Observação Corpo textual Quantidade de páginas do corpo textual segue o estipulado pela instituição 5 pts Formatação do trabalho A formatação do trabalho está de acordo com as orientações institucionais 10 pts Tema Titulo O título é conciso e reflete com precisão o conteúdo 10 pts Resumo O resumo é claro Contempla a introdução desenvolvimento e conclusão do trabalho 10 pts Introdução A introdução foi escrita de forma sequencial que encaminha logicamente o leitor aos objetivos 10 pts ObjetivosProblemasHipótesesMetodologia Há uma definição clara dos objetivos e das hipóteses a serem levantadas A metodologia utilizada é adequada ao propósito do trabalho 10 pts Fundamentação Teórica Apresentou referencial teórico adequado ao tema fundamentado segundo os critérios científicos Apresentou sequência lógica de ideias e pensamentos deixando explicito o tema apresentado 15 pts Analise e interpretação dos resultados da pesquisa Teve Coerência na análise dos resultados da pesquisa Fez uma relação lógica com referencial teórico Todas as tabelas e figuras estão referenciadas no texto Há análise e interpretação Há uma relação de forma satisfatória dos resultados obtidos com os trabalhos de outros autores 10 pts Citações As citações estão devidamente referenciadas 5 pts Conclusão As conclusões são claras e sustentadas pela evidência São colocadas conjecturas ou recomendações práticas como conclusões A conclusão tem relação com o objetivo inicial 10 pts A hipótese apresentada inicialmente foi confirmada Referências O trabalho apresenta relação com as referências utilizadas As referências estão apresentadas da maneira correta 5 pts Pontuação Total 100 Pontuação Obtida Parecer Final Trabalho Aprovado Trabalho Reprovado Trabalho Aprovado Com Ressalvas Recomendações Finais A INFLUÊNCIA DA CULTURA AFRICANA NA FORMAÇÃO DA IDENTIDADE BRASILEIRA SOBRENOME nome do acadêmico RESUMO Este artigo tem por objetivo analisar a relevância da cultura africana no processo de formação da identidade brasileira considerando dimensões simbólicas e práticas tais como a religiosidade a música a dança a culinária e os valores culturais herdados da diáspora africana A partir de uma abordagem qualitativa por meio de revisão bibliográfica identificase que a contribuição africana ultrapassou a lógica da resistência e tornouse eixo estruturante da brasilidade A pesquisa reafirma a importância do reconhecimento e valorização do legado africano para a construção de uma identidade plural e inclusiva no Brasil Palavraschave Cultura africana Identidade Diversidade cultural Patrimônio imaterial Afrobrasilidade 1 INTRODUÇÃO A construção da identidade nacional brasileira não pode ser compreendida sem considerar o protagonismo dos povos africanos e seus descendentes Desde o início da colonização a presença forçada de africanos no território brasileiro ocasionou uma profunda e duradoura influência cultural que resistiu ao processo de escravização e se consolidou como uma das matrizes fundadoras do país Como destaca Munanga 1999 p 15 a identidade brasileira é uma construção que resulta da interação entre diferentes culturas especialmente a indígena a europeia e a africana Durante mais de três séculos o Brasil foi o principal destino do tráfico transatlântico de escravizados recebendo cerca de 40 do total de africanos trazidos para as Américas Essa diáspora forçada resultou em uma pluralidade étnica e cultural que apesar das tentativas de apagamento e silenciamento por parte do sistema colonial e do Estadonação permaneceu viva nos rituais nos corpos nas práticas cotidianas e nos valores transmitidos entre gerações A cultura africana nesse sentido não foi apenas sobrevivente mas criadora de novos sentidos adaptada ao contexto brasileiro sem perder sua raiz ancestral O modelo de identidade nacional que emergiu no Brasil especialmente a partir do século XIX buscou projetar uma imagem de unidade e homogeneidade cultural muitas vezes desconsiderando ou minimizando a contribuição dos africanos e afrodescendentes A ideologia da democracia racial e a exaltação do mestiço como símbolo da nação ocultaram as desigualdades raciais estruturais e o racismo sistêmico Nesse cenário a valorização da cultura afrobrasileira se impôs como forma de resistência e reapropriação simbólica dos espaços sociais e políticos A cultura africana no Brasil não se limita a um conjunto de manifestações folclóricas ou religiosas ela constitui um verdadeiro sistema de conhecimento de organização social e de produção simbólica Seus elementos estruturam práticas e saberes em diferentes campos da vida social da culinária à estética da música ao direito consuetudinário da religiosidade aos modelos de educação comunitária Como ressalta Gonzalez 1988 p 99 o pensamento afrobrasileiro é um sistema complexo de saberes que dialoga com a ancestralidade com a experiência da diáspora e com a realidade social brasileira Diante desse contexto o presente artigo tem por finalidade analisar com base em revisão bibliográfica como os elementos da cultura africana contribuíram de forma concreta e simbólica para a formação da identidade brasileira A proposta é não apenas evidenciar a presença africana em diferentes aspectos da vida cultural brasileira mas também refletir criticamente sobre os mecanismos de exclusão apropriação e resistência que marcaram essa trajetória Assim pretendese reforçar a importância do reconhecimento da herança africana como parte essencial da identidade nacional e não como um apêndice marginalizado 2 METODOLOGIA Este estudo adota uma abordagem qualitativa exploratória e de natureza bibliográfica A escolha metodológica fundamentase na necessidade de examinar e compreender de maneira aprofundada os processos culturais e históricos relacionados à presença africana no Brasil A investigação foi conduzida por meio de revisão da literatura especializada utilizando como fontes principais livros acadêmicos artigos científicos dissertações teses e documentos oficiais que abordam o legado cultural africano e sua influência na sociedade brasileira A seleção das obras foi realizada com base em critérios de relevância temática autoridade dos autores na área de estudos afrobrasileiros e atualidade das publicações Para a coleta de dados teóricos foram consultadas bases de dados acadêmicas como o Google Acadêmico SciELO Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações BDTD e o Portal CAPES As palavraschave utilizadas nas buscas incluíram cultura africana no Brasil identidade afrobrasileira diáspora africana cultura e resistência entre outras A análise do material coletado seguiu os princípios da análise de conteúdo temático identificando as categorias centrais relacionadas à contribuição africana para a identidade brasileira religiosidade música dança culinária linguagem e modos de vida A triangulação dos dados permitiu a verificação de convergências conceituais entre os autores bem como a identificação de pontos de tensão e debate acadêmico O processo de sistematização dos dados foi orientado pela leitura crítica e reflexiva dos textos priorizando a articulação entre o conteúdo empírico e o referencial teórico Assim buscase apresentar uma síntese interpretativa que valorize as múltiplas dimensões da cultura africana no contexto brasileiro respeitando o rigor acadêmico e a complexidade do objeto de estudo 3 REFERENCIAL TEÓRICO A contribuição da cultura africana para a formação da identidade brasileira se expressa em diferentes dimensões da vida social e simbólica Tratase de um legado múltiplo e resiliente que atravessa os campos da religiosidade da arte da linguagem da alimentação e dos modos de organização comunitária Essas manifestações não apenas sobreviveram ao processo de escravização e às políticas de apagamento cultural mas também foram fundamentais na construção de um imaginário nacional diverso e plural O reconhecimento desses elementos culturais como constituintes da identidade brasileira exige uma abordagem que vá além da visão folclorizada ou exótica É preciso compreender que a cultura africana no Brasil não se apresenta como resquício do passado mas como presença viva em constante reinvenção e diálogo com o presente Como bem assinala Munanga 1999 não se trata apenas de influência mas de uma verdadeira matriz formadora da nação brasileira A seguir serão analisadas algumas das principais expressões da cultura afro brasileira que contribuíram para essa formação identitária Iniciaremos pela religiosidade de matriz africana destacando seu papel como espaço de resistência simbólica e espiritual Em seguida exploraremos a importância da música e da dança a riqueza da culinária afrodescendente e por fim as marcas deixadas na linguagem nos hábitos e nas formas de ser do povo brasileiro 31 BRASIL UM PAÍS DE DIFERENÇAS E PRECONCEITOS Assim que os portugueses chegaram ao Brasil por volta do século XVI iniciou se um processo gradativo de discriminação racial pois eles tomaram as terras que outrora eram dos índios Mais tarde utilizando a mão de obra escrava dos negros impulsionaram a economia de seu país explorando todas as riquezas brasileiras Com o fim da escravidão o Brasil começa a utilizar o trabalho dos imigrantes os europeus principalmente italianos começam a vir e dessa maneira que é composta a sociedade brasileira negros brancos índios asiáticos europeus entre outros O Brasil é um país rico em diversidade étnica e cultural Coexistem no país culturas singulares ligadas à identidade de origens de diferentes grupos étnicos e culturais Convivem hoje no território nacional cerca de 206 etnias indígenas além de uma imensa população formada pelos descendentes de africanos e um grupo igualmente numeroso de imigrantes e descendentes dos povos originários de diferentes tradições culturais e de diferentes religiões O Brasil apresenta heterogeneidade notável em sua composição populacional a diversidade marca a vida social brasileira Encontramse diferentes características regionais maneiras diferenciadas de apreensão do mundo formas diversas de organização social multiplicidade de modos de relação com a natureza de vivência com o sagrado e de sua relação com o profano SOUZA MOTTA 2002 p 42 E isso favorece o surgimento de ideias divergentes entre os grupos resultando sempre em preconceito e discriminação Discriminação essa que como já vimos tem sua origem no inicio da formação da sociedade brasileira Segundo a Azevedo 2007 p 46 esse quadro é fruto do caráter racista dos colonizadores da época Se os colonizadores portugueses tivessem sido homens sem preconceitos raciais e tivessem constituído famílias com a mulher índia e ou com a mulher negra teríamos desenvolvido outra mentalidade valorativa em relação ao corpo da mulher de cor Mas a tradição que preservamos dos colonizadores é a de desrespeito ao uso do corpo da mulher de cor traduzido na busca do sexo fácil e na comercialização exibicionista da nudez da mulata para o lucro de empresários Essas atitudes e práticas tornaramse tão aclamadas no Brasil que se passou a não perceber o significado racista nelas implícito Para amenizar os conflitos raciais os antropólogos criaram um mito de uma democracia racial que alegava uma aparente convivência pacifica entre brancos e negros LOPES 2007 p 151 Surge então no Brasil um ideário de branqueamento que alimentou a noção de democracia racial apoiando a partir da década de 1930 uma ideia do mestiço como símbolo da sociedade brasileira SILVA 2008 p 72 Porém o que mostravam os estudos era uma grande diferença entre negros e brancos colocando um fim na concepção de democracia racial Os resultados porém particularmente dos estudos no Rio de Janeiro e em São Paulo apontavam as grandes desigualdades entre brancos e não brancos no País O projeto foi significativo para a critica à concepção de democracia racial e para a mudança de concepção no campo das Ciências Sociais particularmente da sociologia SILVA 2008 p 73 Podese afirmar que o Brasil é um país com uma grande diversidade cultural e racial fruto de uma construção sociocultural e interfere mesmo que de maneira silenciosa na vida das pessoas Inicialmente buscaramse as situações de racismo mais antigas que se tem notícia para justamente justificar a hipótese de que se trata de uma problemática presente nas relações humanas há muito tempo Em seguida evidenciaramse as ações racistas próprias da modernidade por se tratar de uma época de muitos embates e tragédias entre os povos Por fim a caracterização da constituição do povo brasileiro visto e valorizado por sua diversidade diversidade esta que influenciou o entendimento que hoje o povo brasileiro tem sobre o racismo 32 RELIGIOSIDADE MATRIZES AFRICANAS E RESISTÊNCIA ESPIRITUAL A religiosidade afrobrasileira constitui um dos aspectos mais significativos da influência africana na formação cultural do Brasil Os sistemas religiosos de matriz africana como o candomblé a umbanda e a jurema sagrada representam não apenas práticas de fé mas também formas de organização comunitária transmissão de saberes e resistência simbólica frente à violência colonial e à intolerância religiosa Como afirma Prandi 2001 p 106 o candomblé é uma religião afrobrasileira com fundamentos teológicos litúrgicos e cosmológicos próprios que preserva elementos centrais das religiões africanas tradicionais Tais religiões foram inicialmente demonizadas pelos colonizadores e pela Igreja sendo perseguidas criminalizadas e associadas ao atraso e à superstição Apesar disso as comunidades negras preservaram e reinventaram suas práticas religiosas por meio do sincretismo da oralidade e da resistência cotidiana Como explica Munanga 2006 p 44 as religiões afrobrasileiras funcionaram como verdadeiros quilombos simbólicos onde a cultura africana pôde sobreviver e florescer Essas religiões não foram apenas reinterpretações ou adaptações do catolicismo popular como muitas vezes se alegou mas verdadeiros sistemas religiosos com suas lógicas internas seus panteões divinos seus rituais suas éticas e suas formas de organização PRANDI 2001 p 108 Além disso as religiões de matriz africana foram essenciais para a manutenção da identidade coletiva dos afrodescendentes O culto aos orixás nkisis e voduns mantém viva a conexão com a ancestralidade com a natureza e com os valores civilizatórios africanos Nesse sentido o espaço do terreiro é mais do que um lugar de culto é um território de memória cura e fortalecimento da subjetividade negra A resiliência dessas religiões contribuiu diretamente para a formação de uma espiritualidade brasileira marcada pela diversidade pela sincretização e pela valorização do sagrado em suas múltiplas expressões Como destaca Silva 2007 p 71 o candomblé não apenas sobreviveu mas influenciou significativamente a religiosidade popular brasileira inclusive em práticas católicas e em festividades regionais 33 MÚSICA E DANÇA CORPOS COMO ESPAÇO DE MEMÓRIA E EXPRESSÃO A música e a dança de origem africana têm papel central na conformação da cultura e da identidade brasileira Desde os tempos coloniais essas expressões funcionaram como formas de comunicação resistência e preservação da memória ancestral traduzindo em ritmo e movimento a cosmovisão africana Como observa Moura 1983 p 45 a música dos negros era simultaneamente expressão religiosa catarse emocional e linguagem política codificada contra a opressão O samba o maracatu o jongo o afoxé e o coco são apenas alguns exemplos de gêneros musicais que carregam elementos rítmicos e melódicos oriundos das culturas africanas ocidentais como as do Golfo do Benim e da região do CongoAngola Esses ritmos não surgiram espontaneamente mas foram reelaborados a partir das experiências vividas pelos africanos e seus descendentes em território brasileiro Segundo Tinhorão 1998 p 112 o samba nasce do encontro entre os batuques africanos e a urbanização da cultura popular nas periferias das grandes cidades As rodas de samba organizadas pelas tias baianas no Rio de Janeiro no início do século XX eram muito mais do que eventos festivos eram celebrações da ancestralidade espaços de resistência cultural e estratégias de sobrevivência econômica e social MOURA 1983 p 94 Da mesma forma a dança tradicional africana não é apenas expressão artística mas uma linguagem do corpo carregada de simbolismo e espiritualidade Em muitas culturas africanas dançar é um ato de conexão com os antepassados e com o sagrado No Brasil essa tradição se manteve viva nas rodas de capoeira nos toques de candomblé e nas festas populares A capoeira em particular é um exemplo emblemático dessa herança Tratase de uma prática que articula dança luta música e jogo desenvolvida como forma de defesa física e simbólica dos negros escravizados Como afirma Assunção 2005 p 33 a capoeira foi um instrumento de resistência cultural uma performance codificada da liberdade Seu reconhecimento como patrimônio cultural imaterial da humanidade pela UNESCO reforça sua importância não apenas histórica mas também identitária É importante destacar que as manifestações musicais e corporais afrobrasileiras foram alvo de repressão estatal e criminalização ao longo da história sendo muitas vezes consideradas como práticas marginais No entanto resistiram se reinventaram e hoje ocupam lugar de destaque no cenário cultural brasileiro Conforme Costa 2010 p 87 o corpo negro dançante é um corpo político que inscreve na cena social uma história de dor beleza e sobrevivência 34 CULINÁRIA SABERES ANCESTRAIS MEMÓRIA E RESISTÊNCIA A culinária afrobrasileira é uma das expressões mais visíveis e celebradas da influência africana na formação da identidade cultural brasileira Os saberes alimentares trazidos pelos africanos escravizados e recriados no Brasil constituem um legado civilizatório que atravessa séculos e permeia as práticas cotidianas os rituais religiosos e os festejos populares Segundo Carneiro 2003 p 55 a comida de santo é antes de tudo um ato de fé e um símbolo de ancestralidade Os pratos tradicionais como o acarajé o vatapá o caruru a feijoada o xinxim de galinha e o angu expressam não apenas sabores mas modos de viver e de preservar identidades Muitos desses alimentos estão diretamente ligados aos rituais das religiões afrobrasileiras nos quais os ingredientes são oferendas aos orixás e entidades espirituais Como explica Barros 2008 p 72 a alimentação no candomblé possui dimensões simbólicas e espirituais que transcendem a nutrição configurandose como prática sagrada O ritual da comida no terreiro é um prolongamento da liturgia preparase com silêncio cantase enquanto se cozinha e cada ingrediente obedece a um princípio ancestral Nada é gratuito tudo é carregado de sentido Comer é portanto partilhar o axé a força vital dos orixás BARROS 2008 p 74 Além do aspecto religioso a culinária afrobrasileira foi essencial para a sobrevivência dos negros escravizados e de suas comunidades que diante da escassez de recursos elaboraram pratos a partir de alimentos disponíveis e acessíveis como o feijão o milho a mandioca as vísceras e o azeite de dendê A criatividade culinária dessas populações revelouse não apenas como resposta à adversidade mas também como afirmação de identidade e de autonomia cultural A atuação das mulheres negras especialmente das quituteiras e das baianas de acarajé foi decisiva para a difusão e valorização da culinária de matriz africana Elas foram responsáveis por manter viva a tradição alimentar transmitindo saberes de geração em geração Como aponta Nascimento 2011 p 134 as baianas de acarajé representam um elo entre o passado africano e o presente brasileiro personificando a resistência cultural e o empreendedorismo feminino negro É também importante destacar que a culinária afrobrasileira tem sido ao longo da história objeto de apropriação cultural e elitização muitas vezes dissociada de suas raízes negras e religiosas Pratos de origem africana foram absorvidos pela chamada alta gastronomia sem o devido reconhecimento de suas origens Como alerta Silva 2015 p 101 o apagamento da autoria negra na cozinha brasileira reflete o mesmo processo de exclusão que marca outras esferas da cultura e da sociedade Dessa forma valorizar e reconhecer a culinária afrobrasileira são também formas de valorizar a memória coletiva os saberes ancestrais e o direito à identidade Tratase de uma prática cultural que alimenta não apenas o corpo mas também a alma e a história do povo brasileiro 35 LINGUAGEM MODOS DE VIDA E CONSTRUÇÃO IDENTITÁRIA A influência africana na formação da identidade brasileira extrapola as manifestações artísticas e religiosas alcançando os modos de vida os valores sociais e de forma marcante a linguagem cotidiana O português falado no Brasil apresenta uma série de vocábulos expressões idiomáticas e construções sintáticas que têm origem nas línguas africanas sobretudo do tronco banto e iorubá Palavras como moleque dendê axé cafuné e quitanda são exemplos vivos dessa herança linguística Segundo Lody 2004 p 63 a língua portuguesa no Brasil foi africanizada na sua forma de falar de construir frases e de nomear o mundo O léxico afrobrasileiro é um testemunho da persistência cultural dos povos africanos escravizados A linguagem nesse sentido é compreendida como uma tecnologia cultural que não apenas comunica mas também preserva memórias identidades e afetos Além da linguagem verbal os modos de ser vestir andar se pentear e se relacionar socialmente também revelam a presença africana no cotidiano brasileiro A valorização do corpo como extensão da espiritualidade o respeito aos mais velhos o senso comunitário a musicalidade nas interações e o humor como ferramenta de crítica social são traços culturais herdados da matriz africana Como salienta Ribeiro 2006 p 118 a africanidade está presente no ethos do povo brasileiro ainda que muitas vezes não reconhecida conscientemente Ser negro no Brasil é carregar consigo um acervo cultural que se manifesta na linguagem no gesto no corpo nas expressões faciais nos valores coletivos e na religiosidade popular Esse patrimônio é constantemente desvalorizado pelo racismo estrutural mas é ele que sustenta a brasilidade GONZALEZ 1988 p 103 A construção identitária afrobrasileira especialmente a partir do século XX foi fortemente impulsionada pelos movimentos negros urbanos que passaram a reivindicar o reconhecimento da negritude como um valor positivo e estruturante da nação Conceitos como quilombismo Moura 1992 e amefricanidade Gonzalez 1988 resgataram perspectivas ancestrais e diaspóricas para pensar uma identidade afro brasileira autônoma crítica e politizada Esse processo de reconstrução identitária se expressa também na valorização da estética negra cabelos naturais turbantes vestimentas tradicionais arte corporal como formas de afirmação diante de padrões eurocentrados Conforme Carneiro 2005 p 89 o corpo negro antes objetificado e violentado é hoje território de disputa simbólica de ressignificação e de orgulho identitário A luta pelo reconhecimento da cultura afrobrasileira como parte constitutiva da identidade nacional envolve portanto o enfrentamento ao racismo epistêmico e à invisibilidade institucional Tratase de reafirmar que a brasilidade não pode ser compreendida sem a presença negra e que a diversidade cultural é condição para a democracia 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS A cultura africana foi e continua sendo um dos pilares centrais da formação da identidade brasileira Em meio à violência colonial ao racismo e à tentativa de apagamento cultural os descendentes de africanos mantiveram vivas tradições que hoje constituem parte indissociável da brasilidade Religiosidade música dança culinária e linguagem são formas de resistência e afirmação identitária O reconhecimento desse legado é fundamental para a construção de uma sociedade mais justa e plural Como bem sintetiza Sueli Carneiro 2005 p 89 não há como construir um Brasil democrático sem a valorização de sua herança africana e sem o enfrentamento das desigualdades raciais que ainda persistem Com este trabalho foi possível analisar que as diferenças raciais são proeminentes desde os tempos da colonização Desde os primórdios do desenvolvimento do Brasil quando as grandes fazendas começaram a ter destaque na econômia e o trabalho escravo foi essencial para esse desenvolvimento a população incutiu em sua cultura o preconceito contra este povo A identidade cultural brasileira é uma fusão de diversas culturas que ao longo do tempo foram se unindo e criando um país rico em diversidade Mesmo com a miscigenação de tantos povos até hoje podemos perceber que existem barreiras culturais entre a população até mesmo por ser de regiões diferentes do país um grande exemplo é quando os habitantes do sul mencionam os que moram no nordeste ou quando os moradores do norte do país falam sobre os do sul existe aí uma ideologia de que um ou outro são sossegados demais ou estressados demais ou tantos outros adjetivos que costumamos ouvir Para uma nação constituída de partes de muitos povos é importante que tenhamos consciência das qualidades do outro e lembrar que somos todos brasileiros independente de raça ou cor fazemos parte da mesma família devendo trabalhar em prol de nosso país de forma unida É importante que cada cidadão edifique as qualidades que o outro possui pois somente com a diversidade o desenvolvimento social e econômico é possível REFERÊNCIAS ASSUNÇÃO Matthias Röhrig Capoeira a history of an AfroBrazilian martial art London Routledge 2005 AZEVÊDO E Raça Conceito e preconceito São Paulo Ática 2007 BARBOSA Lívia O jeitinho brasileiro a arte de ser mais igual que os outros Rio de Janeiro Elsevier 2007 CARNEIRO Sueli A construção do outro como nãoser como fundamento do ser Tese Doutorado em Educação USP 2005 GONZALEZ Lélia A categoria políticocultural de amefricanidade Revista Estudos Feministas n 1 p 95103 1988 LOPES Ana Lúcia Currículo escola e relações éticoraciais In Educação africanidades Brasil MEC SECAD UnB CEAD Faculdade de Educação Brasília 2006 LOPES N O Racismo explicado aos meus filhos Rio de Janeiro Agir 2007 MOURA Clóvis Quilombos resistência ao escravismo São Paulo Ática 1992 MOURA Roberto Tia Ciata e a Pequena África no Rio de Janeiro Rio de Janeiro Funarte 1983 MUNANGA Kabengele Rediscutindo a mestiçagem no Brasil identidade nacional versus identidade negra Petrópolis Vozes 1999 PRANDI Reginaldo Religião e identidade étnica os afrobrasileiros Estudos Afro Asiáticos v 23 n 1 p 105123 2001 SILVA Ana Célia da Desconstruindo a Discriminação do Negro no Livro Didático Salvador BA EDUFBA 2005 SILVA A C E A África explicada aos meus filhos Rio de Janeiro Agir 2016 SOUZA I S MOTTA F P C FONSECA D Estudos sociológicos e antropológicos São Paulo 2002 SODRÉ Muniz O terreiro e a cidade a forma social negrobrasileira Petrópolis Vozes 2002

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ORIENTAÇÕES INSTITUCIONAIS PARA CONFECÇÃO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO APRESENTAÇÃO Com o propósito de orientar os estudantes da Pósgraduação na modalidade lato sensu em suas atividades de pesquisa oferece a disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso TCC Esta disciplina tem como objetivo proporcionar suporte orientação e fundamentação teórica para a elaboração do trabalho de conclusão do curso além de possibilitar aos estudantes a experiência da pesquisa em diversas disciplinas Para auxiliar os estudantes na disciplina de TCC disponibilizamos este manual de orientações institucionais A meta é apresentar aos estudantes os elementos essenciais de um projeto de pesquisa as diretrizes institucionais para a construção do TCC e incentivar o uso da pesquisa reflexiva como ferramenta de estudo para a atuação e formação acadêmica e profissional conforme as normas atualizadas da ABNT Dúvidas desafios e situações enfrentadas durante os estágios assim como os temas que despertaram maior interesse em cada estudante ao longo de sua pósgraduação devem se tornar o foco de suas pesquisas Essas pesquisas devem ser desenvolvidas e aprimoradas até culminarem no TCC O TCC portanto tem como meta estimular no futuro profissional a atividade de pesquisa desenvolvendo habilidades na produção de conhecimento por meio da organização de um trabalho de pesquisa Isso inclui a aplicação dos métodos da pesquisa científica e a observância das normas técnicas estabelecidas pela ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas Sumário APRESENTAÇÃO 2 INFORMAÇÕES GERAIS 4 OBJETIVOS DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO 5 AVALIAÇÃO DO TCC 5 COMO COMEÇAR SEU TCC 5 POR QUE PESQUISAR PROBLEMA 6 COM QUAIS RECURSOS REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 6 COMO PESQUISAR METODOLOGIA 7 QUANDO PESQUISAR CRONOGRAMA 7 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO TCC 7 MONOGRAFIA 8 ARTIGO 8 APRESENTAÇÃO GRÁFICA GERAL DO TCC PARA MONOGRAFIA 8 APRESENTAÇÃO GRÁFICA GERAL DO TCC PARA ARTIGO CIENTÍFICO 9 ASPECTOS GRÁFICOS 10 NÃO SE ESQUEÇA QUE 18 ANEXOS 19 INFORMAÇÕES GERAIS Este documento tem como objetivo orientar os estudantes em relação à produção acadêmica com ênfase no Trabalho de Conclusão do Curso TCC O conhecimento científico não é adquirido facilmente requer trabalho esforço e dedicação A pesquisa é o caminho para alcançar esse conhecimento Acreditamos que para cumprir essa função específica é necessário apresentar e explicar os conceitos as regras e as etapas do trabalho científico de forma simplificada Além disso é fundamental fornecer subsídios e recursos de ordem conceitual técnica e lógica indispensáveis ao estudante para a execução desse tipo de trabalho Ao produzir o TCC é importante considerar os seguintes requisitos e recomendações Produção de conhecimento novo o trabalho deve ser concebido e realizado com base no conhecimento adquirido durante o curso aprofundandose na área escolhida Deve oferecer uma contribuição para a área específica ao mesmo tempo em que contempla uma inquietação ou curiosidade pessoal equilibrando as necessidades da comunidade com os interesses do autor Papel do discente O total envolvimento do estudante AUTOR A compromisso pessoal e intransferível é essencial em todas as etapas do trabalho desde a concepção e o planejamento até a execução e a apresentaçãopublicação Papel do orientador o orientador é o interlocutor que guia a produção acadêmica do discente Para isso sugere leituras auxilia na delimitação do trabalho na escolha de uma metodologia apropriada e oferece sugestões teóricas metodológicas contribuindo principalmente para o bom desenvolvimento do trabalho O Trabalho de Conclusão de Curso consiste em uma pesquisa realizada pelo discente apresentada sob a forma de uma monografia ou de um artigo científico seguindo os eixos temáticos estabelecidos para os cursos de pósgraduação e atendendo às normas da ABNT OBJETIVOS DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO Estimular a pesquisa e a produção científica Aprofundar o conhecimento sobre o tema da pesquisa Criar conteúdo voltado ao tema da pesquisa que trará contribuições para o meio acadêmico e social AVALIAÇÃO DO TCC Na avaliação do TCC serão levados em conta os seguintes aspectos O cumprimento das orientações estipuladas neste manual O caráter científico do trabalho O trabalho enviado deve ser autoral A consistência dos dados e fundamentação teórica do trabalho Será utilizado na correção do trabalho de conclusão de curso uma tabela com requisitos mínimos para aprovação TABELA EM ANEXO Para aprovação o discente deve obter média igual ou superior a 70 setenta pontos atribuída pelos membros da banca examinadora COMO COMEÇAR SEU TCC O primeiro passo é realizar o planejamento inicial da pesquisa que servirá como guia Pode haver alterações ao longo da pesquisa e na elaboração do trabalho dependendo dos rumos que o estudo tomar O tema é de livre escolha do aluno e deve estar relacionado ao seu curso de Pós graduação Afinal você está se tornando especialista nessa área O método de pesquisa adotado será a revisão bibliográfica Em outras palavras não serão aceitos estudos de caso pesquisas de campo ou relatos de experiência Vale ressaltar que o tema não pode ser o nome do curso em si ou o nome de disciplinas presentes no seu curso Podemos afirmar que para realizar o planejamento inicial é necessário levantar as seguintes questões O QUE PESQUISAR TEMA É o primeiro passo a ser dado e envolve a delimitação do TEMA a área ou esfera que se pretende pesquisar Para isso algumas questões devem ser consideradas Interesse pessoal no tema Tempo disponível para a realização da pesquisa Limites das capacidades do pesquisador em relação ao tema pretendido A relevância do tema escolhido sua novidade seu valor social e acadêmico Material disponível para consulta POR QUE PESQUISAR PROBLEMA Após a delimitação do tema o segundo passo é formular o PROBLEMA que pode ser equivalente a conceber o tema como uma grande pergunta a ser resolvida Nesta etapa é crucial que o problema seja bem caracterizado por meio dos objetivos delimitação É fundamental que a pergunta formulada nesta etapa não contenha a palavra PORQUE PARA QUE REALIZAR A PESQUISA JUSTIFICATIVA As razões ou motivos que justificam tal escolha devem ser apresentados nesta etapa Isso envolve a importância percebida pelo pesquisador em relação ao problema proposto Aqui podem ser indicadas visões anteriores sobre o tema possíveis equívocos ou distorções relacionadas ao tema estudado A justificativa também reflete a convicção de que o trabalho de pesquisa é fundamental Ou seja é a afirmação de que o tema escolhido é de fundamental importância para a sociedade para um grupo ou para a comunidade acadêmica COM QUAIS RECURSOS REVISÃO BIBLIOGRÁFICA1 Diz respeito a um levantamento minucioso dos trabalhos publicados sobre o tema escolhido Isso é crucial para situar seu trabalho dentro da produção atual relacionada ao tema 1 Não aceitamos estudo de caso relato de experiência e pesquisa em campo A seguir são apresentados alguns sites acadêmicos para a pesquisa de artigos livros e monografias a fim de proporcionar um embasamento teórico para o seu Trabalho de Conclusão de Curso TCC Google acadêmico httpsscholargooglecombr Scielo ACadêmico httpwwwscielobr ERIC Educational Resources Information Center httpsericedgov Portal Periódicos Portal da CAPES httpwwwperiodicoscapesgovbr BDTD Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertação httpbdtdibictbrvufind COMO PESQUISAR METODOLOGIA A metodologia consiste na explicação minuciosa detalhada rigorosa e precisa de todas as ações que serão desenvolvidas no método caminho do trabalho de pesquisa Engloba a descrição do tipo de pesquisa do instrumental utilizado do tempo previsto da equipe de pesquisadores e da divisão de trabalho das formas de tabulação quando se trata de pesquisa quantitativa e do tratamento dos dados Em resumo abrange todos os elementos que serão utilizados no desenvolvimento do trabalho de pesquisa QUANDO PESQUISAR CRONOGRAMA É o planejamento e a organização dos momentos em que as etapas da pesquisa serão executadas TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO TCC O trabalho científico para a conclusão do curso pode ser elaborado em dois formatos ARTIGO CIENTÍFICO OU MONOGRAFIA A monografia ou o artigo deve ser digitado seguindo as orientações deste manual assim como as normas da ABNT que devem ser consultadas para a elaboração do trabalho O Trabalho de Conclusão de Curso TCC deve ser escrito na 3ª pessoa do singular Utilize a terceira pessoa em toda a escrita pois na redação formal como em trabalhos argumentativos e de pesquisa o uso da terceira pessoa torna o texto mais objetivo e menos pessoal Essa abordagem objetiva proporciona ao autor uma aparência menos enviesada e portanto mais crível ARTIGO E MONOGRAFIA Tanto o artigo científico quanto a monografia são tipos de trabalhos acadêmicos mas há diferenças significativas entre eles em relação à finalidade formato e abrangência O artigo científico geralmente segue uma estrutura bem definida incluindo introdução revisão bibliográfica metodologia resultados discussão e conclusão Ele é escrito de forma mais concisa e objetiva com uma extensão que pode variar de acordo com as exigências da revista científica Monografia é mais longa e detalhada podendo ter dezenas ou até mesmo centenas de páginas Visando demonstrar o conhecimento adquirido pelo autor e sua capacidade de desenvolver um trabalho de pesquisa independente MONOGRAFIA O trabalho deve apresentar um corpo textual com no mínimo 20 páginas e no máximo 30 páginas abrangendo desde o resumo até a conclusão Deve apresentar entre 10 a 20 referências bibliográficas É necessário incluir quebras de página entre as seções Os títulos das seções devem estar em letras maiúsculas ARTIGO O corpo textual do trabalho deve ter entre 10 e 20 páginas Deve apresentar entre 8 a 15 referências bibliográficas O texto deve ser corrido sem quebras de páginas Os títulos das seções devem ser escritos em letras maiúsculas APRESENTAÇÃO GRÁFICA GERAL DO TCC PARA MONOGRAFIA Elementos PréTextuais Capa Página de rosto Dedicatória opcional Agradecimento opcional Sumário Listas de tabelas e figuras opcional Lista de Abreviaturas e Siglas opcional Elementos Textuais ou Corpo do Trabalho Resumo Introdução Revisão da Literatura Metodologia Resultados e Discussões Conclusão Elementos PósTextuais Referências Anexo opcional APRESENTAÇÃO GRÁFICA GERAL DO TCC PARA ARTIGO CIENTÍFICO Elementos PréTextuais Titulo Nome do autor a Resumo Palavras chave Elementos Textuais ou Corpo do Trabalho Introdução Metodologia Resultados e Discussões Conclusão Elementos PósTextuais Referências Anexo opcional ASPECTOS GRÁFICOS O TCC será encaminhado via Portal do Aluno após realizado a précorreção junto ao setor Pedagógico2 e os arquivos devem ser enviados no formato PDF Utilize as fontes Times New Roman ou Arial tamanho 12 estilo normal cor preta Margens Superior 3 cm Inferior 2 cm Esquerda 3 cm Direita 2 cm Espaçamentos e Recuos Espaçamento entre linhas 15 Entre títulos de capítulos e texto 2 espaços de 15 Entre texto e subtítulo 2 espaços de 15 Entre subtítulos e texto 1 espaço de 15 Recuo no início do parágrafo 125 cm para monografias sem recuo para TCC na modalidade de artigo científico Usar na digitação alinhamento justificado Titulação As principais divisões capítulos assim como as outras partes do documento sumário resumo agradecimentos devem ter os títulos digitados em letras maiúsculas e em negrito O alinhamento deve ser à esquerda ou centralizado Os subtítulos também devem ser negritados mas apenas a primeira letra deve estar em maiúscula 2 Via Whatsapp Todos os títulos e subtítulos devem seguir uma sequência numérica Paginação A posição dos números das páginas deve estar localizada na margem inferior direita Na monografia número deve aparecer a partir da INTRODUÇÃO Citações no corpo do texto Citações são elementos retirados de documentos pesquisados que se mostraram relevantes para corroborar as ideias desenvolvidas pelo autor do trabalho Representam a menção de informações colhidas em outras fontes e podem ser classificadas em dois tipos Transcrição ou citação textual e paráfrase ou citação livre A citação ou transcrição textual consiste na reprodução das palavras do texto citado Essas citações podem ser longas ou curtas As citações são consideradas longas quando possuem mais de três linhas Nesse caso devem aparecer em um parágrafo independente todo o texto com recuo de 4 cm da margem esquerda digitado em espaço simples e fonte 10 Todas as citações sejam elas longas ou curtas devem ser acompanhadas da referência bibliográfica contendo o sobrenome do autor ano de publicação e página de onde foram retiradas Além disso as citações podem ser apresentadas em itálico Por exemplo Conforme Medeiros 1997 p 95 todo o processo de fichamento iniciase com uma leitura atenta do texto Essa leitura transcende a esfera emocional subjetiva e atinge o nível da racionalidade envolvendo a capacidade de analisar o texto discernir suas partes examinar suas interrelações e entender como o texto se relaciona com outras fontes Ademais requer competência para resumir as ideias apresentadas no texto Segundo Medeiros 1997 p 95 todo o trabalho de fichamento é antecedido por uma leitura atenta do texto Essa leitura se distancia da categoria emocional subjetiva e atinge o nível da racionalidade compreendendo a capacidade de analisar o texto separar suas partes examinar como se interrelacionam e entender como o texto se relaciona com outros além da competência para resumir as ideias apresentadas no texto Uma citação curta que contém até três linhas deve ser inserida entre aspas ou em itálico e fazer parte do parágrafo Exemplos De acordo com Falcão 2000 p157 há vários tipos de estímulo reforçador O não estranhamento da resposta emitida pode resultar em um estímulo que reforce a resposta Assim muitas vezes o que o professor julga ser estímulo reforçador apropriado a um discente mostra não sêlo Ou De acordo com Falcão há vários tipos de estímulo reforçador O não estranhamento da resposta emitida pode resultar em um estímulo que reforce a resposta Assim muitas vezes o que o professor julga ser estímulo reforçador apropriado a um discente mostra não sêIo 2000 p157 Ou De acordo com Falcão 2000 p157 há vários tipos de estímulo reforçador O não estranhamento da resposta emitida pode resultar em um estímulo que reforce a resposta Assim muitas vezes o que o professor julga ser estímulo reforçador apropriado a um discente mostra não sêlo Ou ainda De acordo com Falcão há vários tipos de estímulo reforçador O não estranhamento da resposta emitida pode resultar em um estímulo que reforce a resposta Assim muitas vezes o que o professor julga ser estímulo reforçador apropriado a um discente mostra não sêlo 2000 p157 Atenção Quando o trecho do texto a ser citado literalmente apresentar alguma passagem com aspas estas se transformam em apóstrofos Exemplo Medeiros 1997 p 62 indica que para Freire 1985 p 22 a leitura do mundo precede sempre a leitura da palavra e a leitura desta implica a continuidade da leitura daquele pois a leitura é a chave do conhecimento quer seja de um texto ou de uma realidade mais ampla o mundo Podese omitir partes do texto que não apresentem interesse para a transcrição tanto no início quanto no meio e no fim usando reticências Se ocorrer no meio da citação as reticências devem vir entre parênteses Exemplo do uso de reticências no meio e no final da citação Conforme Falcão 2000 p82 as necessidades mais fundamentais da criança como nutrição e alimentação e a própria sequência do processo de maturação levam a criança a agir sobre o meio Esta ação é praticada mediante o controle de certos esquemas mentais que lhe permitem sugar prender um objeto em sua mão Exemplo de reticências no início da citação É preciso encontrar um equilíbrio dinâmico equilíbrio de bicicleta que simultaneamente mantém e expande Quando é necessário citar alguma parte do texto a partir de outra fonte isso é chamado de citação de segunda mão Ou seja utilizar um autor que foi mencionado no texto de outro autor A fonte original o autor que foi efetivamente lido é precedida pela expressão apud que significa citado por conforme ou segundo Skinner interpreta comportamento como ato executado desempenho Skinner apud Falcão 2000 p 174 Neste exemplo a obra de Iida é de autoria de Falcão na qual se encontra a definição de Skinner Notas de Rodapé As notas de rodapé serão usadas para o TCC para duas finalidades 1 Inserir no trabalho considerações complementares quando necessário citar o autor e ano da obra 2 Trazer a versão original de uma citação traduzida no texto Não se pode esquecer de que as notas devem estar na mesma página do texto caso contrário é necessário fazer a citação completa mesmo que a obraautor permaneça o mesmo Se o nome do autor aparece no corpo do texto não há necessidade de repetilo na nota de rodapé A linha de rodapé deverá ocupar 13 do tamanho da página com texto em fonte 10 Referências Bibliográficas Os elementos essenciais de uma referência bibliográfica são Autor Inicia com o sobrenome em LETRAS MAIÚSCULAS abreviado ou não após a escolha adotada seguir um padrão Título do documento Destacar mediante um recurso tipográfico negrito itálico ou grifo O subtítulo não aparece com destaque Após escolher o destaque manter em todas as referências Edição Digitar o número da edição seguido de ponto e a palavra edição abreviada 2 ed Se numa nova edição tiverem ocorrido alterações substantivas elas devem ser indicadas de forma abreviada 21 ed rev e ampl Local de publicação Identificar o nome da cidade onde o documento foi editado Editora Especificar o nome da editora que consta da referência tal como se apresenta no documento Editora podendo ser abreviado Ed Data Usar algarismos arábicos seguidos para indicar o ano da publicação 2012 Atenção Fica a critério do autor do trabalho acrescentar nas referências bibliográficas dados opcionais como tradução revisão número de páginas série ou coleção meses volume etc O alinhamento deve se manter igual ao da primeira linha Não é necessário recuar A separação entre os títulos deve ser feita com um espaço maior Todos os elementos devem ser separados por ponto O sobrenome do autor em maiúsculo deve ser separado por vírgula pelas iniciais de seus primeiros nomes Os demais autores ficam separados entre si por ponto e vírgula O subtítulo é separado do título por dois pontos O título é separado dos outros elementos por ponto A editora é separada da cidade de publicação por dois pontos A data é separada da editora por vírgula Exemplos SEVERINO Antonio J Metodologia do Trabalho Científico 22 ed São Paulo Ed Cortez 2002 JUNQUEIRA LC CARNEIRO J Biologia Celular e Molecular 8 ed Rio de Janeiro Editora Guanabara Koogan 2005 No caso de citação de artigos de revistas devese respeitar a seguinte sequência AUTOR Título do artigo Título da revista com destaque gráfico negrito itálico ou grifo Volume Fascículo Páginas inclusivas Data mês e ano Exemplo FERRAZ JR Tércio S Curva de Demanda Tautologia e Lógica da Ciência Ciências Econômicas e Sociais v 6 n 1 p 97105 jan 1971 No caso de citação de dissertações ou teses devese respeitar a seguinte sequência Indicar nome do autor Título em itálico Data Número de páginas Tipo do trabalho Dissertação ou Tese Natureza do trabalho mestrado ou doutorado entre parênteses Instituição pode ser apenas a sigla Cidade Exemplo AVELAR G A O Pensamento Educacional de Lubienska e Sua Influência na Educação Brasileira 1977 161 p Dissertação Mestrado em Educação PUCSP São Paulo No caso de citação de documentos e dados da Internet devese respeitar a seguinte sequência Indicar o site os links e as especificações do trabalho Iniciar com o nome do autor se existir Data do documento Título do documento sem destaque Endereço da localização na rede em itálico Data de acesso Exemplo ASPIS Renata Paranhos Avaliar é humano Importância e Funções Avaliar Humaniza Disponível em httpwwwcbfccombrreflexãohtm Acesso em 20 dez 2001 No caso de citação de home page devese respeitar a seguinte sequência Iniciar com o nome da entidade a que a página está ligada ou com o assunto geral da página Exemplo GTCURRÍCULOANPED Disponível em httpwwwufrgsbrfacedgtcurric Acesso em 23 jun 2000 No caso de citação de artigos de jornal devese respeitar a seguinte sequência Citar autor título do artigo título do jornal cidade data completa número ou título do caderno seção ou suplemento indicação da página e eventualmente da coluna Exemplos Se o artigo de jornal for um artigo assinado PINTO JN Programa explora tema raro na TV O Estado de São Paulo 8 fev 1975 Caderno 2 p7 Se o artigo de jornal for um artigo não assinado ECONOMISTA recomenda investimento no ensino O Estado de São Paulo p21 45 col 24 maio 1977 Se o artigo de jornal for um artigo em suplemento ou caderno especial após a data acrescentar o título do suplemento número página e coluna Correio da Manhã Rio de Janeiro 20 de junho de 1968 Caderno Internacional p 36 c Tratandose de suplementos muito especiais como é caso do Suplemento Cultural de O Estado de São Paulo tal suplemento é assimilado a um periódico e passa a ser citado como tal SIMÕES Gilda N A educação da vontade Suplemento Cultural de O Estado de São Paulo 31 out 1976 v1 n3 p35 Para legislação e normas técnicas seguem os exemplos ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS ABNT NBR 10520 Informação e Documentação Citações em documentos Apresentação Rio de Janeiro ABNT 2002 7p BRASIL Ministério da Saúde Secretaria de Políticas de Saúde Área Técnica Saúde da Mulher Norma técnica prevenção e tratamento dos agravos resultantes da violência sexual contra mulheres e adolescentes 2ed Brasília DF 2002 Disponível em httpbvsmssaudegovbrbvspublicacoesnta2ediE7E3opdf Acesso em 20 ago 2005 BRASIL Congresso Senado Resolução nº 17 de 1991 Coleção de Leis da República Federativa do Brasil Brasília DF v 183 p 11561157 maiojun 1991 NÃO SE ESQUEÇA QUE O prazo de correção dos trabalhos é de 15 dias úteis excluindo finais de semana feriados municipais federais e recessos Caso necessite possuímos uma banca extra que corrige os trabalhos a título de urgência onde o resultado é disponibilizado em seu Portal do Aluno em até 12 horas mediante ao investimento de uma taxa de R12000 Trabalhos que não atenderem à quantidade mínima de páginas estipuladas pelo manual não serão enviados para a banca examinadora Trabalhos que apresentarem indícios de plágio não serão avaliados Serão aceitos apenas os trabalhos que estiverem em conformidade com as orientações deste manual Os elementos prétextuais e póstextuais não serão considerados na contagem da quantidade de páginas do corpo textual ANEXOS 1 Tabela utilizada para a correção dos TCCs Critérios de avaliação Valor Nota obtida Observação Corpo textual Quantidade de páginas do corpo textual segue o estipulado pela instituição 5 pts Formatação do trabalho A formatação do trabalho está de acordo com as orientações institucionais 10 pts Tema Titulo O título é conciso e reflete com precisão o conteúdo 10 pts Resumo O resumo é claro Contempla a introdução desenvolvimento e conclusão do trabalho 10 pts Introdução A introdução foi escrita de forma sequencial que encaminha logicamente o leitor aos objetivos 10 pts ObjetivosProblemasHipótesesMetodologia Há uma definição clara dos objetivos e das hipóteses a serem levantadas A metodologia utilizada é adequada ao propósito do trabalho 10 pts Fundamentação Teórica Apresentou referencial teórico adequado ao tema fundamentado segundo os critérios científicos Apresentou sequência lógica de ideias e pensamentos deixando explicito o tema apresentado 15 pts Analise e interpretação dos resultados da pesquisa Teve Coerência na análise dos resultados da pesquisa Fez uma relação lógica com referencial teórico Todas as tabelas e figuras estão referenciadas no texto Há análise e interpretação Há uma relação de forma satisfatória dos resultados obtidos com os trabalhos de outros autores 10 pts Citações As citações estão devidamente referenciadas 5 pts Conclusão As conclusões são claras e sustentadas pela evidência São colocadas conjecturas ou recomendações práticas como conclusões A conclusão tem relação com o objetivo inicial 10 pts A hipótese apresentada inicialmente foi confirmada Referências O trabalho apresenta relação com as referências utilizadas As referências estão apresentadas da maneira correta 5 pts Pontuação Total 100 Pontuação Obtida Parecer Final Trabalho Aprovado Trabalho Reprovado Trabalho Aprovado Com Ressalvas Recomendações Finais A INFLUÊNCIA DA CULTURA AFRICANA NA FORMAÇÃO DA IDENTIDADE BRASILEIRA SOBRENOME nome do acadêmico RESUMO Este artigo tem por objetivo analisar a relevância da cultura africana no processo de formação da identidade brasileira considerando dimensões simbólicas e práticas tais como a religiosidade a música a dança a culinária e os valores culturais herdados da diáspora africana A partir de uma abordagem qualitativa por meio de revisão bibliográfica identificase que a contribuição africana ultrapassou a lógica da resistência e tornouse eixo estruturante da brasilidade A pesquisa reafirma a importância do reconhecimento e valorização do legado africano para a construção de uma identidade plural e inclusiva no Brasil Palavraschave Cultura africana Identidade Diversidade cultural Patrimônio imaterial Afrobrasilidade 1 INTRODUÇÃO A construção da identidade nacional brasileira não pode ser compreendida sem considerar o protagonismo dos povos africanos e seus descendentes Desde o início da colonização a presença forçada de africanos no território brasileiro ocasionou uma profunda e duradoura influência cultural que resistiu ao processo de escravização e se consolidou como uma das matrizes fundadoras do país Como destaca Munanga 1999 p 15 a identidade brasileira é uma construção que resulta da interação entre diferentes culturas especialmente a indígena a europeia e a africana Durante mais de três séculos o Brasil foi o principal destino do tráfico transatlântico de escravizados recebendo cerca de 40 do total de africanos trazidos para as Américas Essa diáspora forçada resultou em uma pluralidade étnica e cultural que apesar das tentativas de apagamento e silenciamento por parte do sistema colonial e do Estadonação permaneceu viva nos rituais nos corpos nas práticas cotidianas e nos valores transmitidos entre gerações A cultura africana nesse sentido não foi apenas sobrevivente mas criadora de novos sentidos adaptada ao contexto brasileiro sem perder sua raiz ancestral O modelo de identidade nacional que emergiu no Brasil especialmente a partir do século XIX buscou projetar uma imagem de unidade e homogeneidade cultural muitas vezes desconsiderando ou minimizando a contribuição dos africanos e afrodescendentes A ideologia da democracia racial e a exaltação do mestiço como símbolo da nação ocultaram as desigualdades raciais estruturais e o racismo sistêmico Nesse cenário a valorização da cultura afrobrasileira se impôs como forma de resistência e reapropriação simbólica dos espaços sociais e políticos A cultura africana no Brasil não se limita a um conjunto de manifestações folclóricas ou religiosas ela constitui um verdadeiro sistema de conhecimento de organização social e de produção simbólica Seus elementos estruturam práticas e saberes em diferentes campos da vida social da culinária à estética da música ao direito consuetudinário da religiosidade aos modelos de educação comunitária Como ressalta Gonzalez 1988 p 99 o pensamento afrobrasileiro é um sistema complexo de saberes que dialoga com a ancestralidade com a experiência da diáspora e com a realidade social brasileira Diante desse contexto o presente artigo tem por finalidade analisar com base em revisão bibliográfica como os elementos da cultura africana contribuíram de forma concreta e simbólica para a formação da identidade brasileira A proposta é não apenas evidenciar a presença africana em diferentes aspectos da vida cultural brasileira mas também refletir criticamente sobre os mecanismos de exclusão apropriação e resistência que marcaram essa trajetória Assim pretendese reforçar a importância do reconhecimento da herança africana como parte essencial da identidade nacional e não como um apêndice marginalizado 2 METODOLOGIA Este estudo adota uma abordagem qualitativa exploratória e de natureza bibliográfica A escolha metodológica fundamentase na necessidade de examinar e compreender de maneira aprofundada os processos culturais e históricos relacionados à presença africana no Brasil A investigação foi conduzida por meio de revisão da literatura especializada utilizando como fontes principais livros acadêmicos artigos científicos dissertações teses e documentos oficiais que abordam o legado cultural africano e sua influência na sociedade brasileira A seleção das obras foi realizada com base em critérios de relevância temática autoridade dos autores na área de estudos afrobrasileiros e atualidade das publicações Para a coleta de dados teóricos foram consultadas bases de dados acadêmicas como o Google Acadêmico SciELO Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações BDTD e o Portal CAPES As palavraschave utilizadas nas buscas incluíram cultura africana no Brasil identidade afrobrasileira diáspora africana cultura e resistência entre outras A análise do material coletado seguiu os princípios da análise de conteúdo temático identificando as categorias centrais relacionadas à contribuição africana para a identidade brasileira religiosidade música dança culinária linguagem e modos de vida A triangulação dos dados permitiu a verificação de convergências conceituais entre os autores bem como a identificação de pontos de tensão e debate acadêmico O processo de sistematização dos dados foi orientado pela leitura crítica e reflexiva dos textos priorizando a articulação entre o conteúdo empírico e o referencial teórico Assim buscase apresentar uma síntese interpretativa que valorize as múltiplas dimensões da cultura africana no contexto brasileiro respeitando o rigor acadêmico e a complexidade do objeto de estudo 3 REFERENCIAL TEÓRICO A contribuição da cultura africana para a formação da identidade brasileira se expressa em diferentes dimensões da vida social e simbólica Tratase de um legado múltiplo e resiliente que atravessa os campos da religiosidade da arte da linguagem da alimentação e dos modos de organização comunitária Essas manifestações não apenas sobreviveram ao processo de escravização e às políticas de apagamento cultural mas também foram fundamentais na construção de um imaginário nacional diverso e plural O reconhecimento desses elementos culturais como constituintes da identidade brasileira exige uma abordagem que vá além da visão folclorizada ou exótica É preciso compreender que a cultura africana no Brasil não se apresenta como resquício do passado mas como presença viva em constante reinvenção e diálogo com o presente Como bem assinala Munanga 1999 não se trata apenas de influência mas de uma verdadeira matriz formadora da nação brasileira A seguir serão analisadas algumas das principais expressões da cultura afro brasileira que contribuíram para essa formação identitária Iniciaremos pela religiosidade de matriz africana destacando seu papel como espaço de resistência simbólica e espiritual Em seguida exploraremos a importância da música e da dança a riqueza da culinária afrodescendente e por fim as marcas deixadas na linguagem nos hábitos e nas formas de ser do povo brasileiro 31 BRASIL UM PAÍS DE DIFERENÇAS E PRECONCEITOS Assim que os portugueses chegaram ao Brasil por volta do século XVI iniciou se um processo gradativo de discriminação racial pois eles tomaram as terras que outrora eram dos índios Mais tarde utilizando a mão de obra escrava dos negros impulsionaram a economia de seu país explorando todas as riquezas brasileiras Com o fim da escravidão o Brasil começa a utilizar o trabalho dos imigrantes os europeus principalmente italianos começam a vir e dessa maneira que é composta a sociedade brasileira negros brancos índios asiáticos europeus entre outros O Brasil é um país rico em diversidade étnica e cultural Coexistem no país culturas singulares ligadas à identidade de origens de diferentes grupos étnicos e culturais Convivem hoje no território nacional cerca de 206 etnias indígenas além de uma imensa população formada pelos descendentes de africanos e um grupo igualmente numeroso de imigrantes e descendentes dos povos originários de diferentes tradições culturais e de diferentes religiões O Brasil apresenta heterogeneidade notável em sua composição populacional a diversidade marca a vida social brasileira Encontramse diferentes características regionais maneiras diferenciadas de apreensão do mundo formas diversas de organização social multiplicidade de modos de relação com a natureza de vivência com o sagrado e de sua relação com o profano SOUZA MOTTA 2002 p 42 E isso favorece o surgimento de ideias divergentes entre os grupos resultando sempre em preconceito e discriminação Discriminação essa que como já vimos tem sua origem no inicio da formação da sociedade brasileira Segundo a Azevedo 2007 p 46 esse quadro é fruto do caráter racista dos colonizadores da época Se os colonizadores portugueses tivessem sido homens sem preconceitos raciais e tivessem constituído famílias com a mulher índia e ou com a mulher negra teríamos desenvolvido outra mentalidade valorativa em relação ao corpo da mulher de cor Mas a tradição que preservamos dos colonizadores é a de desrespeito ao uso do corpo da mulher de cor traduzido na busca do sexo fácil e na comercialização exibicionista da nudez da mulata para o lucro de empresários Essas atitudes e práticas tornaramse tão aclamadas no Brasil que se passou a não perceber o significado racista nelas implícito Para amenizar os conflitos raciais os antropólogos criaram um mito de uma democracia racial que alegava uma aparente convivência pacifica entre brancos e negros LOPES 2007 p 151 Surge então no Brasil um ideário de branqueamento que alimentou a noção de democracia racial apoiando a partir da década de 1930 uma ideia do mestiço como símbolo da sociedade brasileira SILVA 2008 p 72 Porém o que mostravam os estudos era uma grande diferença entre negros e brancos colocando um fim na concepção de democracia racial Os resultados porém particularmente dos estudos no Rio de Janeiro e em São Paulo apontavam as grandes desigualdades entre brancos e não brancos no País O projeto foi significativo para a critica à concepção de democracia racial e para a mudança de concepção no campo das Ciências Sociais particularmente da sociologia SILVA 2008 p 73 Podese afirmar que o Brasil é um país com uma grande diversidade cultural e racial fruto de uma construção sociocultural e interfere mesmo que de maneira silenciosa na vida das pessoas Inicialmente buscaramse as situações de racismo mais antigas que se tem notícia para justamente justificar a hipótese de que se trata de uma problemática presente nas relações humanas há muito tempo Em seguida evidenciaramse as ações racistas próprias da modernidade por se tratar de uma época de muitos embates e tragédias entre os povos Por fim a caracterização da constituição do povo brasileiro visto e valorizado por sua diversidade diversidade esta que influenciou o entendimento que hoje o povo brasileiro tem sobre o racismo 32 RELIGIOSIDADE MATRIZES AFRICANAS E RESISTÊNCIA ESPIRITUAL A religiosidade afrobrasileira constitui um dos aspectos mais significativos da influência africana na formação cultural do Brasil Os sistemas religiosos de matriz africana como o candomblé a umbanda e a jurema sagrada representam não apenas práticas de fé mas também formas de organização comunitária transmissão de saberes e resistência simbólica frente à violência colonial e à intolerância religiosa Como afirma Prandi 2001 p 106 o candomblé é uma religião afrobrasileira com fundamentos teológicos litúrgicos e cosmológicos próprios que preserva elementos centrais das religiões africanas tradicionais Tais religiões foram inicialmente demonizadas pelos colonizadores e pela Igreja sendo perseguidas criminalizadas e associadas ao atraso e à superstição Apesar disso as comunidades negras preservaram e reinventaram suas práticas religiosas por meio do sincretismo da oralidade e da resistência cotidiana Como explica Munanga 2006 p 44 as religiões afrobrasileiras funcionaram como verdadeiros quilombos simbólicos onde a cultura africana pôde sobreviver e florescer Essas religiões não foram apenas reinterpretações ou adaptações do catolicismo popular como muitas vezes se alegou mas verdadeiros sistemas religiosos com suas lógicas internas seus panteões divinos seus rituais suas éticas e suas formas de organização PRANDI 2001 p 108 Além disso as religiões de matriz africana foram essenciais para a manutenção da identidade coletiva dos afrodescendentes O culto aos orixás nkisis e voduns mantém viva a conexão com a ancestralidade com a natureza e com os valores civilizatórios africanos Nesse sentido o espaço do terreiro é mais do que um lugar de culto é um território de memória cura e fortalecimento da subjetividade negra A resiliência dessas religiões contribuiu diretamente para a formação de uma espiritualidade brasileira marcada pela diversidade pela sincretização e pela valorização do sagrado em suas múltiplas expressões Como destaca Silva 2007 p 71 o candomblé não apenas sobreviveu mas influenciou significativamente a religiosidade popular brasileira inclusive em práticas católicas e em festividades regionais 33 MÚSICA E DANÇA CORPOS COMO ESPAÇO DE MEMÓRIA E EXPRESSÃO A música e a dança de origem africana têm papel central na conformação da cultura e da identidade brasileira Desde os tempos coloniais essas expressões funcionaram como formas de comunicação resistência e preservação da memória ancestral traduzindo em ritmo e movimento a cosmovisão africana Como observa Moura 1983 p 45 a música dos negros era simultaneamente expressão religiosa catarse emocional e linguagem política codificada contra a opressão O samba o maracatu o jongo o afoxé e o coco são apenas alguns exemplos de gêneros musicais que carregam elementos rítmicos e melódicos oriundos das culturas africanas ocidentais como as do Golfo do Benim e da região do CongoAngola Esses ritmos não surgiram espontaneamente mas foram reelaborados a partir das experiências vividas pelos africanos e seus descendentes em território brasileiro Segundo Tinhorão 1998 p 112 o samba nasce do encontro entre os batuques africanos e a urbanização da cultura popular nas periferias das grandes cidades As rodas de samba organizadas pelas tias baianas no Rio de Janeiro no início do século XX eram muito mais do que eventos festivos eram celebrações da ancestralidade espaços de resistência cultural e estratégias de sobrevivência econômica e social MOURA 1983 p 94 Da mesma forma a dança tradicional africana não é apenas expressão artística mas uma linguagem do corpo carregada de simbolismo e espiritualidade Em muitas culturas africanas dançar é um ato de conexão com os antepassados e com o sagrado No Brasil essa tradição se manteve viva nas rodas de capoeira nos toques de candomblé e nas festas populares A capoeira em particular é um exemplo emblemático dessa herança Tratase de uma prática que articula dança luta música e jogo desenvolvida como forma de defesa física e simbólica dos negros escravizados Como afirma Assunção 2005 p 33 a capoeira foi um instrumento de resistência cultural uma performance codificada da liberdade Seu reconhecimento como patrimônio cultural imaterial da humanidade pela UNESCO reforça sua importância não apenas histórica mas também identitária É importante destacar que as manifestações musicais e corporais afrobrasileiras foram alvo de repressão estatal e criminalização ao longo da história sendo muitas vezes consideradas como práticas marginais No entanto resistiram se reinventaram e hoje ocupam lugar de destaque no cenário cultural brasileiro Conforme Costa 2010 p 87 o corpo negro dançante é um corpo político que inscreve na cena social uma história de dor beleza e sobrevivência 34 CULINÁRIA SABERES ANCESTRAIS MEMÓRIA E RESISTÊNCIA A culinária afrobrasileira é uma das expressões mais visíveis e celebradas da influência africana na formação da identidade cultural brasileira Os saberes alimentares trazidos pelos africanos escravizados e recriados no Brasil constituem um legado civilizatório que atravessa séculos e permeia as práticas cotidianas os rituais religiosos e os festejos populares Segundo Carneiro 2003 p 55 a comida de santo é antes de tudo um ato de fé e um símbolo de ancestralidade Os pratos tradicionais como o acarajé o vatapá o caruru a feijoada o xinxim de galinha e o angu expressam não apenas sabores mas modos de viver e de preservar identidades Muitos desses alimentos estão diretamente ligados aos rituais das religiões afrobrasileiras nos quais os ingredientes são oferendas aos orixás e entidades espirituais Como explica Barros 2008 p 72 a alimentação no candomblé possui dimensões simbólicas e espirituais que transcendem a nutrição configurandose como prática sagrada O ritual da comida no terreiro é um prolongamento da liturgia preparase com silêncio cantase enquanto se cozinha e cada ingrediente obedece a um princípio ancestral Nada é gratuito tudo é carregado de sentido Comer é portanto partilhar o axé a força vital dos orixás BARROS 2008 p 74 Além do aspecto religioso a culinária afrobrasileira foi essencial para a sobrevivência dos negros escravizados e de suas comunidades que diante da escassez de recursos elaboraram pratos a partir de alimentos disponíveis e acessíveis como o feijão o milho a mandioca as vísceras e o azeite de dendê A criatividade culinária dessas populações revelouse não apenas como resposta à adversidade mas também como afirmação de identidade e de autonomia cultural A atuação das mulheres negras especialmente das quituteiras e das baianas de acarajé foi decisiva para a difusão e valorização da culinária de matriz africana Elas foram responsáveis por manter viva a tradição alimentar transmitindo saberes de geração em geração Como aponta Nascimento 2011 p 134 as baianas de acarajé representam um elo entre o passado africano e o presente brasileiro personificando a resistência cultural e o empreendedorismo feminino negro É também importante destacar que a culinária afrobrasileira tem sido ao longo da história objeto de apropriação cultural e elitização muitas vezes dissociada de suas raízes negras e religiosas Pratos de origem africana foram absorvidos pela chamada alta gastronomia sem o devido reconhecimento de suas origens Como alerta Silva 2015 p 101 o apagamento da autoria negra na cozinha brasileira reflete o mesmo processo de exclusão que marca outras esferas da cultura e da sociedade Dessa forma valorizar e reconhecer a culinária afrobrasileira são também formas de valorizar a memória coletiva os saberes ancestrais e o direito à identidade Tratase de uma prática cultural que alimenta não apenas o corpo mas também a alma e a história do povo brasileiro 35 LINGUAGEM MODOS DE VIDA E CONSTRUÇÃO IDENTITÁRIA A influência africana na formação da identidade brasileira extrapola as manifestações artísticas e religiosas alcançando os modos de vida os valores sociais e de forma marcante a linguagem cotidiana O português falado no Brasil apresenta uma série de vocábulos expressões idiomáticas e construções sintáticas que têm origem nas línguas africanas sobretudo do tronco banto e iorubá Palavras como moleque dendê axé cafuné e quitanda são exemplos vivos dessa herança linguística Segundo Lody 2004 p 63 a língua portuguesa no Brasil foi africanizada na sua forma de falar de construir frases e de nomear o mundo O léxico afrobrasileiro é um testemunho da persistência cultural dos povos africanos escravizados A linguagem nesse sentido é compreendida como uma tecnologia cultural que não apenas comunica mas também preserva memórias identidades e afetos Além da linguagem verbal os modos de ser vestir andar se pentear e se relacionar socialmente também revelam a presença africana no cotidiano brasileiro A valorização do corpo como extensão da espiritualidade o respeito aos mais velhos o senso comunitário a musicalidade nas interações e o humor como ferramenta de crítica social são traços culturais herdados da matriz africana Como salienta Ribeiro 2006 p 118 a africanidade está presente no ethos do povo brasileiro ainda que muitas vezes não reconhecida conscientemente Ser negro no Brasil é carregar consigo um acervo cultural que se manifesta na linguagem no gesto no corpo nas expressões faciais nos valores coletivos e na religiosidade popular Esse patrimônio é constantemente desvalorizado pelo racismo estrutural mas é ele que sustenta a brasilidade GONZALEZ 1988 p 103 A construção identitária afrobrasileira especialmente a partir do século XX foi fortemente impulsionada pelos movimentos negros urbanos que passaram a reivindicar o reconhecimento da negritude como um valor positivo e estruturante da nação Conceitos como quilombismo Moura 1992 e amefricanidade Gonzalez 1988 resgataram perspectivas ancestrais e diaspóricas para pensar uma identidade afro brasileira autônoma crítica e politizada Esse processo de reconstrução identitária se expressa também na valorização da estética negra cabelos naturais turbantes vestimentas tradicionais arte corporal como formas de afirmação diante de padrões eurocentrados Conforme Carneiro 2005 p 89 o corpo negro antes objetificado e violentado é hoje território de disputa simbólica de ressignificação e de orgulho identitário A luta pelo reconhecimento da cultura afrobrasileira como parte constitutiva da identidade nacional envolve portanto o enfrentamento ao racismo epistêmico e à invisibilidade institucional Tratase de reafirmar que a brasilidade não pode ser compreendida sem a presença negra e que a diversidade cultural é condição para a democracia 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS A cultura africana foi e continua sendo um dos pilares centrais da formação da identidade brasileira Em meio à violência colonial ao racismo e à tentativa de apagamento cultural os descendentes de africanos mantiveram vivas tradições que hoje constituem parte indissociável da brasilidade Religiosidade música dança culinária e linguagem são formas de resistência e afirmação identitária O reconhecimento desse legado é fundamental para a construção de uma sociedade mais justa e plural Como bem sintetiza Sueli Carneiro 2005 p 89 não há como construir um Brasil democrático sem a valorização de sua herança africana e sem o enfrentamento das desigualdades raciais que ainda persistem Com este trabalho foi possível analisar que as diferenças raciais são proeminentes desde os tempos da colonização Desde os primórdios do desenvolvimento do Brasil quando as grandes fazendas começaram a ter destaque na econômia e o trabalho escravo foi essencial para esse desenvolvimento a população incutiu em sua cultura o preconceito contra este povo A identidade cultural brasileira é uma fusão de diversas culturas que ao longo do tempo foram se unindo e criando um país rico em diversidade Mesmo com a miscigenação de tantos povos até hoje podemos perceber que existem barreiras culturais entre a população até mesmo por ser de regiões diferentes do país um grande exemplo é quando os habitantes do sul mencionam os que moram no nordeste ou quando os moradores do norte do país falam sobre os do sul existe aí uma ideologia de que um ou outro são sossegados demais ou estressados demais ou tantos outros adjetivos que costumamos ouvir Para uma nação constituída de partes de muitos povos é importante que tenhamos consciência das qualidades do outro e lembrar que somos todos brasileiros independente de raça ou cor fazemos parte da mesma família devendo trabalhar em prol de nosso país de forma unida É importante que cada cidadão edifique as qualidades que o outro possui pois somente com a diversidade o desenvolvimento social e econômico é possível REFERÊNCIAS ASSUNÇÃO Matthias Röhrig Capoeira a history of an AfroBrazilian martial art London Routledge 2005 AZEVÊDO E Raça Conceito e preconceito São Paulo Ática 2007 BARBOSA Lívia O jeitinho brasileiro a arte de ser mais igual que os outros Rio de Janeiro Elsevier 2007 CARNEIRO Sueli A construção do outro como nãoser como fundamento do ser Tese Doutorado em Educação USP 2005 GONZALEZ Lélia A categoria políticocultural de amefricanidade Revista Estudos Feministas n 1 p 95103 1988 LOPES Ana Lúcia Currículo escola e relações éticoraciais In Educação africanidades Brasil MEC SECAD UnB CEAD Faculdade de Educação Brasília 2006 LOPES N O Racismo explicado aos meus filhos Rio de Janeiro Agir 2007 MOURA Clóvis Quilombos resistência ao escravismo São Paulo Ática 1992 MOURA Roberto Tia Ciata e a Pequena África no Rio de Janeiro Rio de Janeiro Funarte 1983 MUNANGA Kabengele Rediscutindo a mestiçagem no Brasil identidade nacional versus identidade negra Petrópolis Vozes 1999 PRANDI Reginaldo Religião e identidade étnica os afrobrasileiros Estudos Afro Asiáticos v 23 n 1 p 105123 2001 SILVA Ana Célia da Desconstruindo a Discriminação do Negro no Livro Didático Salvador BA EDUFBA 2005 SILVA A C E A África explicada aos meus filhos Rio de Janeiro Agir 2016 SOUZA I S MOTTA F P C FONSECA D Estudos sociológicos e antropológicos São Paulo 2002 SODRÉ Muniz O terreiro e a cidade a forma social negrobrasileira Petrópolis Vozes 2002

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