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Psicologia ·

Psicologia Social

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UNIVERSIDADE FACULDADE CURSO DE MODELO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETO DE PESQUISA TÍTULO PESQUISADOR LOCAL MÊS ANO SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO3 2 OBJETIVOS4 3 JUSTIFICATIVA5 4 REVISÃO TEÓRICA6 5 METODOLOGIA7 6 CRONOGRAMA8 7 BIBLIOGRAFIA9 8 ANEXOS10 1INTRODUÇÃO O QUE É O TEMA Na introdução o pesquisador deverá explicar o assunto que deseja desenvolver Desenvolver genericamente o tema Anunciar a idéia básica Delimitar o foco da pesquisa Situar o tema dentro do contexto geral da sua área de trabalho Descrever as motivações que levaram à escolha do tema Definir o objeto de análise O QUÊ SERÁ ESTUDADO 4 2 OBJETIVOS VAI BUSCAR O QUÊ Aqui o pesquisador deverá descrever o objetivo concreto da pesquisa que irá desenvolver o que se vai procurar A apresentação dos objetivos varia em função da natureza do projeto Nos objetivos da pesquisa cabe identificar claramente o problema e apresentar sua delimitação Apresentamse os objetivos de forma geral e específica O objetivo geral define o que o pesquisador pretende atingir com sua investigação Os objetivos específicos definem etapas do trabalho a serem realizadas para que se alcance o objetivo geral Podem ser exploratórios descritivos e explicativos Utilizar verbos para iniciar os objetivos Exploratórios conhecer identificar levantar descobrir Descritivos caracterizar descrever traçar determinar Explicativos analisar avaliar verificar explicar 5 3 JUSTIFICATIVA POR QUE FAZER Consiste na apresentação de forma clara objetiva e rica em detalhes das razões de ordem teórica ou prática que justificam a realização da pesquisa ou o tema proposto para avaliação inicial No caso de pesquisa de natureza científica ou acadêmica a justificativa deve indicar A relevância social do problema a ser investigado As contribuições que a pesquisa pode trazer no sentido de proporcionar respostas aos problemas propostos ou ampliaras formulações teóricas a esse respeito O estágio de desenvolvimento dos conhecimentos referentes ao tema A possibilidade de sugerir modificações no âmbito da realidade proposta pelo tema 6 4 REVISÃO TEÓRICA O QUE JÁ FOI ESCRITO SOBRE O TEMA Pesquisa alguma parte hoje da estaca zero Mesmo que exploratória isto é de avaliação de uma situação concreta desconhecida em um dado local alguém ou um grupo em algum lugar já deve ter feito pesquisas iguais ou semelhantes ou mesmo complementares de certos aspectos da pesquisa pretendida Uma procura de tais fontes documentais ou bibliográficas tornase imprescindível para que não haja duplicação de esforços A citação das principais conclusões a que outros autores chegaram permite salientar a contribuição da pesquisa realizada demonstrar contradições ou reafirmar comportamentos e atitudes A literatura indicada deverá ser condizente com o problema em estudo Citar literatura relevante e atual sobre o assunto a ser estudado Apontar alguns dos autores que serão consultados Demonstrar entendimento da literatura existente sobre o tema As citações literais deverão aparecer sempre entre aspas ou caracteres em itálico indicando a obra consultada CUIDADO COM O PLÁGIO As citações devem especificar a fonte AUTOR ANO PÁGINA As citações e paráfrases deverão ser feitas de acordo com as regras da ABNT 6023 de2002 Citações literais utilizar fonte nº 11 7 5 METODOLOGIA COMO FAZER Descrever sucintamente o tipo de pesquisa a ser abordada bibliográfica documental de campo etc Delimitação e descrição se necessário dos instrumentos e fontes escolhidos para a coleta de dados entrevistas formulários questionários legislação doutrina jurisprudência etc Indicar o procedimento para a coleta de dados que deverá acompanhar o tipo de pesquisa selecionado isto é a para pesquisa bibliográfica indicar proposta de seleção das leituras seletiva crítica ou reflexiva analítica b para pesquisa experimental indicar o procedimento de testagem c para a pesquisa descritiva indicar o procedimento da observação entrevista questionário análise documental entre outros Listar bibliotecas visitadas até o momento do projeto e outras a serem visitadas durante a elaboração do trabalho final Indicar outros recursos jornais periódicos Internet 8 6 CRONOGRAMA EM QUANTO TEMPO FAZER A elaboração do cronograma responde à pergunta quando A pesquisa deve ser dividida em partes fazendose a previsão do tempo necessário para passar de uma fase a outra Não esquecer que há determinadas partes que podem ser executadas simultaneamente enquanto outras dependem das fases anteriores Distribuir o tempo total disponível para a realização da pesquisa incluindo nesta divisão a sua apresentação gráfica MESETAPAS Mêsano Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Escolha do tema X Levantamento bibliográfico X X X Elaboração do anteprojeto X Apresentação do projeto X Coleta de dados X X X X Análise dos dados X X X Organização do roteiropartes X Redação do trabalho X X Revisão e redação final X Entrega da monografia X Defesa da monografia X 9 7BIBLIOGRAFIA QUAL O MATERIAL BIBLIOGRÁFICO UTILIZADO A bibliografia utilizada no desenvolvimento do projeto de pesquisa pode incluir aqueles que ainda serão consultados para sua pesquisa A bibliografia básica todo material coletado sobre o tema livros artigos monografias material da internet etc As referências bibliográficas deverão ser feitas de acordo com as regras da ABNT NBR 60232002 Atenção para a ordem alfabética Na bibliografia final listar em ordem alfabética todas as fontes consultadas independente de serem de tipos diferentes Apenas a título de exemplo a seguir veja como citar alguns dos tipos de fontes mais comuns Livros GIL Antonio Carlos Como elaborar projetos de pesquisa 2 ed SP Atlas 1991 LAKATOS Eva e Marconi Marina Metodologia do Trabalho Científico SP Atlas 1992 RUIZ João Álvaro Metodologia Científica guia para eficiência nos estudos 4 ed SP Atlas 1996 Artigos de revistas AS 500 maiores empresas do Brasil Conjuntura Econômica Rio de Janeiro v38 n 9 set1984 Edição Especial TOURINHO NETO F C Dano ambiental Consulex Brasília DF ano 1 n 1 p 1823 fev 1997 Material da Internet SÃO PAULO Estado Secretaria do Meio Ambiente Tratados e organizações ambientais em matéria de meio ambiente In Entendendo o meio ambiente São Paulo1999 v 1 Disponível em httpwwwbdtorgbrsmaentendendoatualhtm Acesso em 8 mar1999 SILVA MML Crimes da era digital NET Rio de Janeiro nov1998Seção Ponto de Vista Disponível em httpwwwbrasilnetcombrcontextsbrasilrevistashtm Acesso em 28 nov1998 3cm 3cm 10 8 ANEXOS 2cm Você pode anexar qualquer tipo de material ilustrativo tais como tabelas lista de abreviações documentos ou parte de documentos resultados de pesquisas etc Apenas como exemplo aqui serão dadas algumas indicações para apresentação gráfica de seu projeto Utilizar papel branco A4 Fonte ARIAL estilo normal tamanho 12 Citações com mais de três linhas fonte tamanho 11 espaçamento simples e recuo de 4cm da margem esquerda Notas de rodapé fonte tamanho 10 Todas as letras dos títulos dos capítulos devem ser escritas no canto esquerdo de cada página em negrito e maiúsculas Cada capítulo deve começar em folha nova O espaçamento entre linhas deve ser 15 O início de cada parágrafo deve ser recuado de 2cm da margem esquerda As margens das páginas devem ser superior e esquerda de 3cm inferior e direita de 2cm O número da página deve aparecer na borda superior direita em algarismos arábicos inclusive das Referências e Anexos somente a partir da Introdução embora todas sejam contadas a partir da folha de rosto Não contar a capa para efeito de numeração 2cm TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO IV CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Resolução 19696 CONEP O respeito devido à dignidade humana exige que toda pesquisa se processe após consentimento livre e esclarecido dos sujeitos indivíduos ou grupos que por si eou por seus representantes legais manifestem a sua anuência à participação na pesquisa IV1 Exigese que o esclarecimento dos sujeitos se faça em linguagem acessível e que inclua necessariamente os seguintes aspectos a a justificativa os objetivos e os procedimentos que serão utilizados na pesquisa b os desconfortos e riscos possíveis e os benefícios esperados c os métodos alternativos existentes d a forma de acompanhamento e assistência assim como seus responsáveis e a garantia de esclarecimento antes e durante o curso da pesquisa sobre a metodologia informando a possibilidade de inclusão em grupo controle ou placebo f a liberdade do sujeito se recusar a participar ou retirar seu consentimento em qualquer fase da pesquisa sem penalização alguma e sem prejuízo ao seu cuidado g a garantia do sigilo que assegure a privacidade dos sujeitos quanto aos dados confidenciais envolvidos na pesquisa h as formas de ressarcimento das despesas decorrentes da participação na pesquisa e i as formas de indenização diante de eventuais danos decorrentes da pesquisa IV2 O termo de consentimento livre e esclarecido obedecerá aos seguintes requisitos a ser elaborado pelo pesquisador responsável expressando o cumprimento de cada uma das exigências acima b ser aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa que referenda a investigação c ser assinado ou identificado por impressão dactiloscópica por todos e cada um dos sujeitos da pesquisa ou por seus representantes legais e d ser elaborado em duas vias sendo uma retida pelo sujeito da pesquisa ou por seu representante legal e uma arquivada pelo pesquisador IV3 Nos casos em que haja qualquer restrição à liberdade ou ao esclarecimento necessários para o adequado consentimento devese ainda observar a em pesquisas envolvendo crianças e adolescentes portadores de perturbação ou doença mental e sujeitos em situação de substancial diminuição em suas capacidades de consentimento deverá haver justificação clara da escolha dos sujeitos da pesquisa especificada no protocolo aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa e cumprir as exigências do consentimento livre e esclarecido através dos representantes legais dos referidos sujeitos sem suspensão do direito de informação do indivíduo no limite de sua capacidade b a liberdade do consentimento deverá ser particularmente garantida para aqueles sujeitos que embora adultos e capazes estejam expostos a condicionamentos específicos ou à influência de autoridade especialmente estudantes militares empregados presidiários internos em centros de readaptação casasabrigo asilos associações religiosas e semelhantes assegurandolhes a inteira liberdade de participar ou não da pesquisa sem quaisquer represálias c nos casos em que seja impossível registrar o consentimento livre e esclarecido tal fato deve ser devidamente documentado com explicação das causas da impossibilidade e parecer do Comitê de Ética em Pesquisa d as pesquisas em pessoas com o diagnóstico de morte encefálica só podem ser realizadas desde que estejam preenchidas as seguintes condições documento comprobatório da morte encefálica atestado de óbito consentimento explícito dos familiares eou do responsável legal ou manifestação prévia da vontade da pessoa respeito total à dignidade do ser humano sem mutilação ou violação do corpo sem ônus econômico financeiro adicional à família sem prejuízo para outros pacientes aguardando internação ou tratamento possibilidade de obter conhecimento científico relevante novo e que não possa ser obtido de outra maneira e em comunidades culturalmente diferenciadas inclusive indígenas devese contar com a anuência antecipada da comunidade através dos seus próprios líderes não se dispensando porém esforços no sentido de obtenção do consentimento individual f quando o mérito da pesquisa depender de alguma restrição de informações aos sujeitos tal fato deve ser devidamente explicitado e justificado pelo pesquisador e submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa Os dados obtidos a partir dos sujeitos da pesquisa não poderão ser usados para outros fins que os não previstos no protocolo eou no consentimento UNIVERSIDADE FACULDADE CURSO DE SAÚDE MENTAL NA COMUNIDADE PESQUISADOR LOCAL MÊS ANO SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO3 2 OBJETIVOS4 3 JUSTIFICATIVA5 4 REVISÃO TEÓRICA6 5 METODOLOGIA12 6 CRONOGRAMA13 7 BIBLIOGRAFIA14 1INTRODUÇÃO A discussão sobre saúde mental na comunidade vai além da esfera pessoal permeando as interações sociais a coesão comunitária e o progresso coletivo Ao discutir abertamente questões relacionadas à saúde mental criase um ambiente propício para a compreensão mútua a empatia e o suporte entre os membros da comunidade CABRAL ALBUQUERQUE 2015 Além disso ao discutir a saúde mental na comunidade abremse oportunidades para a identificação precoce de desafios psicológicos e para a implementação de medidas preventivas O entendimento das dinâmicas sociais e ambientais que podem impactar a saúde mental permite o desenvolvimento de estratégias direcionadas visando não apenas a cura mas também a promoção da resiliência e do bemestar mental a longo prazo CABRAL ALBUQUERQUE 2015 Ao adentrar esse tema vasto a pesquisa visa não apenas abordar as manifestações diretas de problemas de saúde mental mas também analisar fatores que influenciam sua ocorrência e as estratégias de intervenção disponíveis A ideia fundamental subjacente a esta investigação é a busca por um entendimento aprofundado das dinâmicas que envolvem a saúde mental na comunidade visando contribuir para o desenvolvimento de práticas mais eficazes de promoção e prevenção A delimitação do foco desta pesquisa concentrase não apenas na identificação dos desafios específicos enfrentados pela comunidade em relação à saúde mental mas também na avaliação das iniciativas existentes e na proposição de estratégias inovadoras As motivações para a escolha deste tema são profundas e refletem a necessidade urgente de abordar as lacunas existentes no entendimento e tratamento dos problemas de saúde mental em contextos comunitários A crescente prevalência de distúrbios psicológicos e o impacto social e econômico associado a essas questões são motivadores poderosos para a pesquisa O objeto de análise desta pesquisa será a dinâmica da saúde mental na comunidade indo além da simples identificação de casos individuais para explorar padrões influências contextuais e as diferentes formas como a comunidade responde a desafios psicológicos Dessa forma a pesquisa busca não apenas documentar a realidade da saúde mental na comunidade mas também contribuir para a formulação de políticas e práticas baseadas em evidências fortalecendo o suporte psicológico oferecido às comunidades locais 2 OBJETIVOS Objetivo geral Investigar e compreender a dinâmica da saúde mental na comunidade buscando contribuir para o desenvolvimento de estratégias e intervenções eficazes que promovam o bemestar psicológico coletivo Objetivos específicos Definir e conceituar de maneira abrangente o termo saúde mental considerando não apenas a ausência de transtornos mas também fatores que contribuem para uma vida mentalmente saudável Explorar e delinear o conceito de comunidade sob diversas perspectivas considerando não apenas aspectos geográficos mas também os laços sociais culturais e emocionais que unem os membros de uma comunidade Identificar e analisar qualitativamente os desafios específicos enfrentados pela comunidade em relação à saúde mental levando em consideração fatores contextuais culturais e socioeconômicos 3 JUSTIFICATIVA A relevância da pesquisa sobre saúde mental na comunidade transcende a esfera individual estendendose aos pilares fundamentais da sociedade Em primeiro lugar a justificativa para essa investigação repousa na crescente urgência de abordar os desafios relacionados à saúde mental dada a sua incidência crescente em comunidades ao redor do mundo Observase um impacto direto na qualidade de vida dos indivíduos bem como implicações sociais e econômicas substanciais decorrentes dessas questões Além disso a pesquisa busca contribuir significativamente para a compreensão das dinâmicas complexas que envolvem a saúde mental na comunidade A justificativa reside na necessidade de preencher lacunas no entendimento atual considerando não apenas a presença de transtornos mas também os fatores contextuais culturais e sociais que moldam a saúde mental coletiva Ao abordar essa complexidade a pesquisa pode fornecer insights valiosos para a formulação de estratégias de intervenção mais eficazes e adaptadas às necessidades específicas das comunidades Ademais a justificativa se sustenta na capacidade da pesquisa de proporcionar respostas concretas aos problemas enfrentados pela comunidade em relação à saúde mental Ao analisar qualitativamente os desafios específicos identificar determinantes sociais e mapear recursos existentes a pesquisa visa oferecer um guia prático para a implementação de medidas preventivas e de promoção do bemestar psicológico Considerando o estágio atual de desenvolvimento dos conhecimentos sobre o tema é evidente que ainda há lacunas a serem preenchidas Esta pesquisa se propõe a contribuir para a evolução desses conhecimentos fornecendo uma base sólida para futuras investigações e intervenções Por fim a justificativa para a pesquisa sobre saúde mental na comunidade reside na sua capacidade de sugerir modificações práticas e tangíveis no âmbito da realidade proposta pelo tema Ao compreender as dinâmicas e desafios específicos enfrentados pelas comunidades é possível informar políticas públicas programas de conscientização e estratégias de intervenção que tenham um impacto mensurável no bemestar psicológico coletivo Portanto esta pesquisa não apenas aborda um problema premente mas busca ativamente fornecer soluções tangíveis para melhorar a saúde mental nas comunidades 4 REVISÃO TEÓRICA A concepção de Saúde Mental passou por uma transformação significativa ao longo do século XX inicialmente dominada pela visão de que saúde mental era simplesmente a ausência de loucura Contudo é a partir da metade desse século que ganha força uma perspectiva mais ampla e global sobre o tema alcançando reconhecimento internacional COIMBRA et al 2005 Diversos autores têm abordado o conceito de Saúde Mental de maneira semelhante destacando a transição da ênfase na Psiquiatria tradicional centrada na doença mental para uma abordagem interdisciplinar e multiprofissional Organizações como a OMS e a OPAS ressaltam a importância dessa abordagem integrada para a promoção da saúde mental CABRAL ALBUQUERQUE 2015 Ainda que não haja uma definição oficial de saúde mental pela OMS percebese que fatores como diferenças culturais julgamentos subjetivos e teorias concorrentes influenciam as interpretações desse termo Saúde mental é descrita como o nível de qualidade de vida cognitiva e emocional envolvendo a capacidade de apreciar a vida buscar equilíbrio e desenvolver resiliência psicológica ARRUDA 2011 O estado de completo bemestar físico mental e social é citado pela OMS como a definição de saúde implicando um critério valorativo relacionado ao bem estar e malestar Critérios como atitudes positivas em relação à autorealização integração emocional autonomia percepção da realidade domínio ambiental e competência social são considerados indicadores de saúde mental Diferentes autores contribuem com definições similares destacando a importância do ajustamento orientação produtiva entusiasmo autorealização e bemestar emocional A saúde mental é vista como um estado constante de bem ajustamento emocional capacidade de autorealização e ausência de distúrbios mentais COIMBRA et al 2005 A perspectiva de Straub adiciona dimensões físicas psicológicas e sociais à saúde enfatizando hábitos de estilo de vida saúde psicológica e habilidades sociais Assim a saúde mental é definida como um equilíbrio entre o indivíduo e o meio social garantindo capacidade laboral social e intelectual para uma boa qualidade de vida ARRUDA 2011 O avanço na compreensão da saúde mental também reflete nas práticas profissionais evoluindo de um foco exclusivo na doença mental e no psiquiatra para uma abordagem interdisciplinar Bock et al destacam a necessidade de considerar o homem como uma totalidade biopsicossocial enfatizando aspectos políticos CABRAL ALBUQUERQUE 2015 As mudanças na Saúde Mental hoje estão relacionadas ao estudo desses conceitos mas as definições não necessariamente determinam alterações significativas na prática profissional Para incluir doentes mentais como cidadãos é crucial reorganizar os serviços e conscientizar os profissionais sobre sua condição de agentes de mudança RICARDO et al 2005 Contudo é essencial considerar as críticas à visão conservadora e positivista que tende a psicologizar os transtornos mentais isolandoos de fatores sociais A individualização interpretada como a percepção de problemas sociais como questões individuais deve ser examinada à luz de contextos psicológicos e familiares COIMBRA et al 2005 A Saúde Mental no Brasil historicamente marcada pela criação do Hospital Psiquiátrico Pedro II em 1852 passou por mudanças significativas A Reforma Psiquiátrica no país iniciada em 1970 foi impulsionada por movimentos sociais levando à criação de políticas e leis como a Lei Federal 10216 de 2001 que redirecionou a assistência em Saúde Mental ARRUDA 2011 A Reforma Psiquiátrica brasileira embora em constante construção busca superar o modelo hospitalocêntrico e promover a inclusão social dos portadores de transtornos mentais A legislação como a Lei Estadual 917692 evidencia a transformação da abordagem em Saúde Mental favorecendo o tratamento em serviços de base comunitária Apesar das críticas e desafios a Reforma Psiquiátrica no Brasil representa uma mudança significativa na perspectiva e no tratamento de questões relacionadas à Saúde Mental RICARDO et al 2005 A comunidade no âmbito sociológico e psicológico representa um complexo sistema de interações sociais compartilhadas por um grupo de indivíduos que ocupam uma área geográfica comum Essa entidade social vai além de uma mera reunião de pessoas ela implica conexões emocionais normas culturais valores compartilhados e formas específicas de organização RICARDO et al 2005 A saúde mental na comunidade é intrinsecamente ligada à qualidade dos relacionamentos à coesão social e ao apoio emocional disponível Uma abordagem psicológica da saúde mental comunitária reconhece a influência significativa do ambiente social na formação da psique individual Indivíduos que se sentem parte de uma comunidade coesa muitas vezes experimentam níveis mais elevados de bemestar psicológico autonomia e resiliência emocional RICARDO et al 2005 A interação constante entre a psicologia e a comunidade pode ser exemplificada pela promoção de redes de apoio social como um elemento crucial para a saúde mental A presença de sistemas de suporte emocional seja através de vínculos familiares amizades sólidas ou grupos comunitários desempenha um papel vital na prevenção de distúrbios mentais e na promoção do ajustamento psicossocial Além disso uma comunidade que valoriza e promove a inclusão social a aceitação da diversidade e a redução do estigma relacionado à saúde mental cria um ambiente propício para o florescimento psicológico ARRUDA 2011 No contexto da psicologia comunitária a intervenção vai além do tratamento individualizado estendendose para estratégias que fortaleçam os laços sociais estimulem a participação cívica e promovam o empoderamento coletivo Programas psicossociais comunitários podem incluir atividades que visam aumentar a conscientização sobre questões de saúde mental fornecer recursos educacionais e criar espaços seguros para expressão emocional ARRUDA 2011 A compreensão profunda dos fatores psicossociais na saúde mental quando integrada à dinâmica comunitária contribui para a construção de ambientes que nutrem o desenvolvimento psicológico positivo Essa abordagem holística reconhece a importância de considerar não apenas os aspectos individuais mas também os contextos sociais que moldam as experiências psicológicas Em última análise a interconexão entre psicologia e comunidade destaca a necessidade de estratégias de intervenção que promovam não apenas o bemestar individual mas também a resiliência coletiva RICARDO et al 2005 5 METODOLOGIA A metodologia adotada para este projeto de pesquisa será de natureza bibliográfica GIL 1991 buscando uma compreensão abrangente da saúde mental na comunidade por meio da revisão e análise crítica de fontes literárias e científicas pertinentes ao tema A escolha por uma abordagem bibliográfica é justificada pela necessidade de alicerçar teoricamente o estudo explorando conceitos teorias e descobertas prévias relacionadas à saúde mental e psicologia comunitária O levantamento bibliográfico LAKATOS MARCONI 1992 será conduzido de maneira seletiva e crítica utilizando recursos como bases de dados acadêmicas periódicos científicos livros especializados e outras fontes confiáveis A análise se concentrará em obras que abordam a interseção entre saúde mental e comunidade considerando diferentes perspectivas teóricas contextos culturais e práticas de intervenção No que diz respeito às bibliotecas visitadas até o momento do projeto foram consultadas bibliotecas digitais e físicas como a Biblioteca Nacional e foram utilizadas ferramentas online como o Google Scholar e o PubMed para identificação e seleção de literatura relevante Durante a elaboração do trabalho final serão explorados recursos adicionais incluindo periódicos online revistas científicas e outras fontes disponíveis na Internet A metodologia proposta visa a construção de uma fundamentação teórica sólida que embasará as análises e conclusões da pesquisa contribuindo para o avanço do conhecimento sobre saúde mental na comunidade 6 CRONOGRAMA MESETAPAS Ago2023 Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Escolha do tema X Levantamento bibliográfico X X X Elaboração do anteprojeto X Apresentação do projeto X Coleta de dados X X X X Análise dos dados X X X Organização do roteiropartes X Redação do trabalho X X Revisão e redação final X Entrega da monografia X Defesa da monografia X 7BIBLIOGRAFIA ARRUDA Amália G Saúde mental na comunidade a terapia comunitária como dispositivo de cuidado Tese de Doutorado Dissertação Programa de Mestrado Acadêmico em Saúde Pública Universidade Estadual do Ceará Centro de Ciências da Saúde Fortaleza 2011 CABRAL Thamiris Maria Nascimento ALBUQUERQUE Paulette Cavalcanti de Saúde mental sob a ótica de Agentes Comunitários de Saúde a percepção de quem cuida Saúde em Debate v 39 p 159171 2015 COIMBRA Valéria Cristina Christello et al A atenção em saúde mental na estratégia saúde da família Revista eletrônica de Enfermagem v 7 n 1 2005 GIL Antonio Carlos Como elaborar projetos de pesquisa 2 ed SP Atlas 1991 LAKATOS Eva MARCONI Marina Metodologia do Trabalho Científico SP Atlas 1992 RICARDO Carolina Sasso et al Saúde mental e comunidade In Congresso de Extensão Universitária Universidade Estadual Paulista Unesp 2005 p 236