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UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS AGRONOMIA BACHARELADO ACADÊMICOS ALEXANDRE S ARAKAKI GABRIELA SUDA E NATHALIA BANHARA RECOMENDAÇÃO DE CORREÇÃO E ADUBAÇÃO PARA CULTURAS DE INTERESSE AGRONÔMICO RECOMENDAÇÃO PARA A CULTURA DA SOJA DOURADOS MS 2024 1 ALEXANDRE S ARAKAKI GABRIELA SUDA E NATHALIA BANHARA RECOMENDAÇÃO DE CORREÇÃO E ADUBAÇÃO PARA CULTURAS DE INTERESSE AGRONÔMICO RECOMENDAÇÃO PARA A CULTURA DA SOJA TRABALHO APRESENTADO NO CURSO DE AGRONOMIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS DOCENTE PROF DRA ALESSANDRA MAYUMI TOKURA ALOVISI DOURADOS MS 2024 2 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 3 2 DESENVOLVIMENTO 4 21 EXIGÊNCIA NUTRICIONAIS NA CULTURA DA SOJA 6 22 RECOMENDAÇÃO DE ADUBAÇÃO 7 221 BOLETIM DE SP BOLETIM 100 7 222 BOLETIM RS E SC MANUAL DE CALAGEM E ADUBAÇÃO PARA OS ESTADOS DO RIO GRANDE DO SUL E DE SANTA CATARINA 12 223 BOLETIM DOS CERRADOS SOUSA LOBATO 2004 16 3 EXEMPLO PRÁTICO 20 4 CONCLUSÃO 22 5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 24 3 1 INTRODUÇÃO A cultura da soja é uma das principais oleaginosas do mundo Em 2006 a soja representou cerca de 57 da produção mundial total de grãos oleaginosos EMBRAPA 2021 Segundo a Forbes na safra de 202324 a área de cultivo total foi de 453 milhões de hectares A soja é uma cultura economicamente crucial utilizada como matériaprima em diversos setores incluindo agrícola alimentício industrial e cosméticos Seus grãos servem para ração animal produção de óleo vegetal lubrificantes industriais tintas polímeros compostos substitutos da madeira e em cosméticos como protetores solares e cremes antioxidantes FREITAS 2011 A soja tem uma longa história no Brasil sendo introduzida pela primeira vez por volta de 1882 São 144 anos desde a sua introdução no país EMBRAPA 2021 A produção comercial teve início na segunda metade da década de 1970 no estado do Rio Grande do Sul como uma opção de rotação com o trigo expandindose posteriormente para outros estados como Santa Catarina Paraná e São Paulo DOMINGUES et al 2014 Ao longo do tempo a cultura da soja teve um grande desenvolvimento não apenas na área de cultivo mas também na aplicação de técnicas de manejo avançadas que aumentaram a produtividade Esse avanço está diretamente ligado ao desenvolvimento do manejo de solos adubação e calagem FREITAS 2011 O manejo de adubos e calagem é um tema amplamente discutido pois produtividade e fertilidade do solo são frequentemente associadas A fertilidade do solo engloba características químicas físicas e biológicas que permitem à planta expressar seu potencial máximo de produtividade FREIRE 2013 A acidez do solo é um fator crítico para a fertilidade pois a disponibilidade de nutrientes é determinada por vários fatores incluindo o pH do solo que mede diretamente a acidez Solos ácidos podem causar problemas como a presença de alumínio tóxico e prejuízos à vida microbiana BROCH et al 2009 Além da calagem para neutralização da acidez do solo o uso de gesso agrícola é importante para a produção O gesso melhora a distribuição radicular em profundidade essencial para a tolerância ao estresse hídrico reduz o teor de alumínio melhora a disponibilidade de nutrientes e neutraliza a acidez em profundidade O gesso agrícola é um condicionador químico que fornece sulfato solúvel ao solo FREIRE et al 2013 Após citar estes itens de suma importância temos a utilização de adubos para a correção ou a manutenção de nutrientes como fósforo potássio enxofre etc A adubação nada mais é que compostos químicos minerais ou orgânicos naturais ou sintéticos que contenham um ou 4 mais nutrientes empregados para suprir as necessidades nutricionais das plantas A deficiência de algum nutriente pode acarretar problemas de má formação da planta ou baixa produtividade impedindo a planta de expressar seu potencial genético FREIRE et al 2013 Historicamente a análise de solo começou quando o homem se interessou por saber como as plantas crescem Podese dizer que foi Justus Von Liebig fundador da química agrícola o primeiro a fazer a análise de solo e a recomendar o uso de fertilizantes artificiais MELSTED PECK 1973 CATANI JACINTO 1974 A análise química do solo é fundamental para transferir informações sobre calagem e adubação da pesquisa para o agricultor Com uma análise de solo bem conduzida é possível avaliar a deficiência de nutrientes e determinar as quantidades necessárias para adubações RAIJ et al 1985 A coleta de amostras de solo representativas é crucial para uma avaliação precisa das necessidades de corretivos e fertilizantes facilitando a obtenção de rendimentos econômicos A amostra representativa é aquela que reflete com maior precisão as condições de fertilidade de uma área específica permitindo um manejo adequado dos nutrientes EMBRAPA2024 2 DESENVOLVIMENTO A composição elementar da matéria seca de uma planta é 90 composta por CarbonoC OxigênioO e HidrogênioH sendo o resto composto por minerais Estes elementos são recebidos através de 3 meios sendo eles o ar a água e o solo Através destes meios a planta recebe Macronutrientes e Micronutrientes que podem atuar como benéficos ou tóxicos para o seu desenvolvimento Os Macronutrientes geralmente são expressos em percentagem e os Micronutrientes em partes por milhão ppm sendo a única distinção entre eles a sua concentração exigida pelas plantas FAQUIN 2005 A soja é considerada uma cultura anual tendo o seu plantio predominantemente na primavera e a colheita no verão tendo exigência nutricional e potencial de exportação influenciadas principalmente por fatores climáticos fertilidade do solo variedade e pelo manejo aplicado Veja que de acordo com o Nutrição de Safras o ciclo da soja pode variar também de acordo com a região Norte Ciclos de aproximadamente 90 dias Nordeste Ciclos médios de 120 dias CentroOeste Ciclos variando de 90 a 120 dias Sudeste Ciclos também variando de 90 a 120 dias Sul Ciclos dentro da mesma faixa de 90 a 120 dias 5 O ciclo da soja é dividido pela fase vegetativa onde a planta se desenvolve para criar estrutura necessária para suportar a sua fase reprodutiva e a fase reprodutiva que é a última fase estratégica da planta para se multiplicar e gerar descendentes Nutrição de Safras 2023 Observe de forma mais detalhada o ciclo da soja e suas etapas na Figura 1 Figura 1 Etapas do Ciclo da Soja Fonte EMBRAPA 2009 A soja é suscetível a uma série de doenças e pragas que podem afetar significativamente sua produtividade e qualidade Entre as doenças mais comuns estão a ferrugem asiática o míldio a podridão radicular e a antracnose Essas doenças são causadas por diferentes tipos de fungos e podem se manifestar em diversas fases do ciclo de crescimento da planta A Ferrugem Asiática pode ocorrer em qualquer fase de crescimento da planta e em áreas onde a doença se tornou epidêmica os danos podem variar de 10 a 90 da produção de soja Ministério da Agricultura e Pecuária 2024 O vazio sanitário um período de pelo menos 90 dias em que é proibido plantar ou manter plantas de soja vivas em uma área específica é uma medida crucial para controlar a disseminação da Ferrugem Asiática causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi Ministério da Agricultura e Pecuária 2024 Observe na Figura 2 algumas datas do vazio sanitário referente à semeadura da soja durante a safra 20242025 Figura 2 calendário de semeadura da soja para a safra 20242025 Fonte Ministério da Agricultura e Pecuária 6 21 EXIGÊNCIA NUTRICIONAIS NA CULTURA DA SOJA Na agricultura atender as necessidades nutricionais das culturas é essencial para alcançar colheitas produtivas e saudáveis Na cultura da soja por exemplo os Macronutrientes desempenham papéis fundamentais no crescimento e desenvolvimento das plantas O nitrogênio lidera como o nutriente mais demandado seguido pelo enxofre e pelo fósforo que são cruciais para processos metabólicos e de crescimento O potássio embora em menor quantidade que o fósforo também desempenha um papel significativo no desenvolvimento geral e na resistência a doenças O cálcio e o magnésio embora necessários em menor quantidade ainda são essenciais para uma nutrição equilibrada da cultura da soja SFREDO 2008 A adubação consiste em suplementar à planta os elementos essenciais nutrientes necessários para seu desenvolvimento saudável visando alcançar colheitas satisfatórias de produtos com qualidade nutricional ou industrial adequada sem causar danos significativos ao ambiente Em outras palavras quando a quantidade de nutrientes fornecidos pelo solo não é suficiente para atender às necessidades da cultura é preciso recorrer à aplicação de fertilizantes FAQUIN 2005 Observe que na Figura 3 está destacada na tabela as exigências da cultura da soja em relação a macronutrientes kg ha Figura 3 Exigências em Macronutrientes destacadas na cultura da soja Fonte UFLAFAEPE Nutrição Mineral de Plantas Segue a proporção exigida de Macronutrientes na cultura da soja N K Ca Mg P S Entre os micronutrientes mais importantes para a soja estão o ferro o zinco o cobre o manganês o molibdênio e o boro Embora necessários em quantidades muito menores do 7 que os macronutrientes esses elementos são essenciais para funções específicas dentro das células vegetais como atividades enzimáticas síntese de proteínas e metabolismo de carboidratos A deficiência de qualquer um desses micronutrientes pode resultar em sintomas visíveis de estresse e redução na produtividade da cultura SFREDO 2008 Observe na Figura 4 as exigências de Micronutrientes gha na cultura da soja Figura 4 Exigências em Micronutrientes destacadas na cultura da soja Fonte UFLAFAEPE Nutrição Mineral de Plantas Segue a proporção exigida de Micronutrientes na cultura da soja Fe Mn Zn B Cu Mo 22 RECOMENDAÇÃO DE ADUBAÇÃO 221 BOLETIM DE SP BOLETIM 100 Este Boletim se destaca entre os outros boletins de análise de solo por ser específico para a região de São Paulo Particularmente focado nas condições climáticas nos tipos de solos e culturas do estado de São Paulo outros boletins podem fornecer diretrizes mais generalistas ou específicas para outras regiões Além disso ele é regularmente atualizado com os desenvolvimentos nos campos da pesquisa científica e tecnológica o que garante que as recomendações sejam baseadas nas informações mais atualizadas Essencial para a agricultura paulista devido à sua atualização contínua e especificidade regional ela se distingue de outras publicações relacionadas que podem oferecer menos detalhamento sobre a região Com isso vamos começar a explorar como os nutrientes são abordados no Boletim 100 Sendo eles Nitrogênio Ainda não existe um critério confiável em São Paulo para a recomendação de adubação nitrogenada com base na análise do solo Adotase para várias 8 culturas anuais um critério de classes de resposta esperada que associado às recomendações baseadas na produtividade esperada deve resultar em adubações mais adequadas às necessidades de cada caso As resposta são divididas em Alta resposta esperada Solos corrigidos com muitos anos de plantio contínuo de gramíneas ou outras culturas não leguminosas primeiros anos de plantio direto solos arenosos sujeitos a altas perdas por lixiviação Culturas perenes com teores baixos de N nas folhas Média resposta esperada Solos muito ácidos que serão corrigidos ou plantio anterior esporádico de leguminosas ou solo em pousio por um ano ou uso de quantidades moderadas de adubos orgânicos Culturas perenes com teores médios de N nas folhas Baixa resposta esperada Solos em pousio por dois ou mais anos cultivo após pastagem exceto solos arenosos ou solos com cultivo anterior intenso de leguminosas ou adubação verde com leguminosas ou rotação permanente com leguminosas uso constante de quantidades elevadas de adubos orgânicos Culturas perenes com teores altos de N nas folhas Fósforo e potássio Os resultados de fósforo e potássio são classificados em cinco categorias de teores Os limites dessas categorias foram determinados através de ensaios de calibração realizados principalmente para culturas anuais em condições de campo considerando as respostas aos elementos aplicados na adubação expressos em termos de produção relativa Observe na Tabela 1 Tabela 1 Limites de interpretação de teores de potássio e de fósforo em solos Para o potássio o teor do nutriente no solo é um índice melhor para avaliar a disponibilidade do que a relação com outros cátions ou a porcentagem da CTC A relação 9 com a CTC pode eventualmente ser usada como um critério auxiliar mas não em substituição ao critério básico dado no quadro 1 Tabela 2 Principais fertilizantes fosfatados simples e suas garantias mínimas de acordo com o Ministério da Agricultura Acidez A determinação do pH em uma solução de cloreto de cálcio a 001 molL1 permite obter resultados mais consistentes do que a determinação do pH em água Isso ocorre porque a medição em água é mais afetada por pequenas quantidades de sais presentes nas amostras de solo enviadas ao laboratório Tabela 3 Limites de interpretação das determinações relacionadas com a acidez da camada arável do solo Cálcio magnésio e enxofre Para cálcio magnésio e enxofre são estabelecidas três classes de teores com a interpretação apresentada na Tabela 4 Tabela 4 Limites de interpretação de teores de Ca2 Mg2 e SO42 10 Micronutrientes A interpretação adotada é apresentada no Tabela 5 A interpretação da análise de solo para micronutrientes pode ser aprimorada ao considerar diferentes espécies vegetais Nas tabelas de adubação a interpretação da análise de solo é incluída para as culturas onde deficiências frequentes têm sido observadas Tabela 5 Limites de interpretação dos teores de micronutrientes em solos Matéria orgânica e argila Não mostrou ser um índice adequado para prever a disponibilidade de nitrogênio nos solos e portanto não tem sido utilizado para essa finalidade No entanto é útil para indicar a textura do solo com valores de até 15 gdm³ para solos arenosos entre 16 e 30 gdm³ para solos de textura média e de 31 a 60 gdm³ para solos argilosos Valores muito acima de 60 gdm³ indicam acúmulo de matéria orgânica no solo devido a condições localizadas geralmente por má drenagem ou alta acidez Corretivos da acidez São mais utilizados as rochas calcárias moídas ou calcários Eles são classificados de acordo com a concentração de MgO em calcíticos menos de 5 magnesianos 5 a 12 dolomíticos acima de 12 e calcários calcinados Quanto à granulometria a legislação exige que pelo menos 95 do material corretivo passe pela peneira de 2 mm ABNT nº 10 70 pela peneira de 084 mm ABNT nº 20 e 50 pela peneira de 030 mm ABNT nº 50 Observe na Tabela 6 Tabela 6 Valores mínimos do poder de neutralização PN e da soma dos teores de cálcio e de magnésio 11 Poder de neutralização PN ou porcentagem de equivalente carbonato de cálcio representa o teor de neutralizantes presentes Seu valor pode ser determinado em laboratório ou calculado nos casos em que todo o cálcio e magnésio estejam na forma de óxidos hidróxidos ou carbonatos O cálculo é realizado por PN CaO x 179 MgO x 248 As partículas dos corretivos de acidez que não se dissolveram no solo durante alguns meses utilizase outra fórmula que considera as partículas menos reativas ou seja o poder relativo de neutralização total PRNT calculado por PRNT PN x RE100 O PRNT representa portanto o valor do PN multiplicado pelo RE que indica a reatividade das partículas de calcário de diversos tamanhos em comparação com o carbonato de cálcio finamente moído ao longo de um período de três meses A eficiência relativa é calculada por RE 02x 06y z sendo x a porcentagem do material retido na peneira ABNT nº 20 o material retido na peneira ABNT nº 50 e o material que passa pela peneira ABNT nº 50 O material retido na peneira ABNT nº 10 é considerado como tendo reatividade nula O sulfato de cálcio e as exigências para comercialização são teores mínimos de 13 de S e 16 de Ca Cálculo da necessidade de calagem A quantidade de calcário a aplicar para elevar a saturação por bases do solo de um valor atual V1 a um valor maior V2 é calculada pela seguinte expressão Adubação fosfatada Nas recomendações de adubação as quantidades de fósforo a serem aplicadas dependem dos teores de fósforo no solo os quais são determinados pelo método de extração com resina de troca iônica Além disso para várias culturas a produtividade esperada também é considerada 12 Quadro 6 Principais fertilizantes fosfatados simples e suas garantias mínimas de acordo com o Ministério da Agricultura Nas adubações a maior parte do fósforo é aplicada por meio de fórmulas NPK que são preparadas com diversas matériasprimas sendo predominantes os fosfatos solúveis em água No caso das fórmulas os cálculos de adubação devem considerar os teores solúveis em citrato de amônio água Embora haja muitos adubos fosfatados disponíveis o princípio de caracterização e uso é semelhante 222 BOLETIM RS E SC MANUAL DE CALAGEM E ADUBAÇÃO PARA OS ESTADOS DO RIO GRANDE DO SUL E DE SANTA CATARINA No método tradicional de preparo do solo é essencial incorporar o calcário de forma homogênea até uma profundidade de 17 a 20 cm Após a aplicação seus efeitos benéficos duram cerca de cinco anos variando conforme o manejo do solo Após esse período é aconselhável realizar uma nova análise do solo para determinar a quantidade necessária de corretivo SFREDO2008 Aplicar o corretivo seis meses antes da semeadura da soja e cultivar uma cultura de inverno em linha Em solos sob sistema de plantio direto já estabelecido e que foram recentemente corrigidos a aplicação adicional de corretivo não necessariamente resultará em um aumento na produtividade da soja pois o SMP não detecta o corretivo que ainda não reagiu no solo Observando esses aspectos evitase a supercalagem SFREDO 2008 Segue pH de referência segundo Boletim de SC E RS 13 Figura 5 pH de referência segundo Boletim de SC E RS Sempre que o valor do pH do solo for limitante à produtividade da cultura devese aplicar calcário em quantidade suficiente para elevar o seu valor ao valor do pH de referência Para a primeira calagem ou no estabelecimento de um novo sistema produtivo de longa duração o calcário deve ser incorporado sempre que possível o mais profundo 20 cm Figura 6 pH referência segundo Boletim de SC E RS 14 Manual assume uma provável correspondência entre o valor do pH de referência das culturas com o valor V sendo pH 55 V 65 pH 60 V 75 e pH 65 V 85 Ao se optar pelo método da saturação por bases a partir dos dados constantes nos laudos de análise de solo V e CTCpH 70 e do V considerando o pH de referência do grupo de culturas de interesse a dose de calcário é definida por NC V1V2100 x CTCpH 70 Especificamente nos casos de solos com baixo poder tampão o índice SMP pode subestimar a acidez potencial e consequentemente indicar uma dose de calcário insuficiente para elevar o pH até o valor desejado Recomendase usar equações que levam em conta o teor de matéria orgânica e de Al trocável para definir a dose de calcário tha PRNT 100 NC pH 55 0653 0480MO 1937Al NC pH 60 0516 0805MO 2435Al NC pH 65 0122 1193MO 2713Al As recomendações de calagem são baseadas em corretivos com PRNT Poder Relativo de Neutralização Total de 100 Isso significa que as quantidades totais a serem aplicadas devem ser ajustadas de acordo com o PRNT do material disponível SFREDO 2008 Figura 7 Indicação da necessidade e quantidade de corretivo de acidez DC tha NC x LFADLP x 100PRNT DC dose de calcário tha NC necessidade de calcário para a cultura tha LFA largura da faixa de aplicação do calcário m DLP distância entre as linhas de plantio m PRNT poder relativo de neutralização total do calcário 15 A CTC pH70 é importante para a caracterização do solo e seu enquadramento em quatro classes serve para a interpretação dos teores de K no solo e para auxiliar no manejo da adubação Figura 8 Interpretação dos teores de argila MO e CTC Figura 9 Interpretação do teor de fósforo pelo método Mehlich1 Figura 10 Interpretação do teor de Potássio pelo método Mehlich1 16 Figura 11 Interpretação do teor de Cálcio Magnésio e Enxofre extraível do solo 223 BOLETIM DOS CERRADOS SOUSA LOBATO 2004 No Cerrado os problemas de acidez alto teor de alumínio e baixo teor de cálcio e magnésio ocorrem tanto na superfície do solo 0 a 20 cm quanto na subsuperfície 21 a 50 cm Logo haverá restrições químicas ao desenvolvimento radicular de cultivares de interesse econômico Calagem Para corrigir o pH da camada superficial do solo 0 a 20 cm recomendase a calagem com calcário preferencialmente dolomítico ou magnesiano devido ao seu maior teor de MgO ideal para compensar a deficiência de magnésio nos solos O pH ideal varia de 55 a 63 facilitando a assimilação de nutrientes mas aumenta a perda de micronutrientes como zinco manganês cobre e ferro A relação ideal de cálcio e magnésio no solo deve ser de 11 até no máximo 101 A aplicação correta do calcário varia conforme a situação em áreas recémabertas deve ser incorporado Em grandes quantidades deve ser parcelada e em pequenas quantidades pode ser feita no sulco do plantio Em áreas de plantio direto a aplicação deve ser a lanço sem incorporação Devido ao clima do Cerrado a calagem deve ser feita ao final do período chuvoso ou no início do período chuvoso O cálculo da necessidade de calcário NC considera teores de alumínio cálcio e magnésio a capacidade de troca catiônica CTC teor de argila e o PRNT Para solos com a CTC maior que 40 cmolc dm3 teor de argila acima de 15 e teor de Ca Mg menor que 20 cmolc dm3 é utilizada esta fórmula NCtha 2 x AI 2 Ca Mg x f f é o fator de correção da qualidade efetiva do calcário PRNT 17 Para encontrar f é utilizada a seguinte fórmula 𝑓 100 𝑃𝑅𝑁𝑇 Para solos com a CTC maior que 40 cmolc dm3 teor de argila acima de 15 e teor de Ca Mg maior que 20 cmolc dm3 é utilizada esta fórmula NCtha 2 x Al x f Em solos com textura mais arenosa ou teor de argila menor que 15 a fórmula para calcular a necessidade de calcário NC muda mas é utilizada os mesmos dados de Al Ca e Mg São duas fórmulas e a quantidade que será recomendada é dada ao maior valor encontrado NC tha 2 x Al x f NC tha 2 Ca Mg x f O método para estimar o NC pelos teores de Al Ca e Mg trocáveis pode acarretar a elevar a saturação por bases para valores médios de 49 mas em contraponto há a tendência de recomendar mais Cálcio que o necessário para solos arenosos com baixo CTC 40 cmolc dm3 entretanto os solos do Cerrado variam entre 40 e 10 cmolc dm3 A NC é calculada da seguinte forma NC tha T f 𝑉2𝑉1 100 V2 Saturação de bases desejada V1 Saturação de bases atual T CTC H Al S S Soma de bases Ca Mg K f Fator de correção já descrito anteriormente Como a saturação por bases maior que 50 já atende o sistema de maioria das culturas de sequeiro cultivada no Cerrado a fórmula pode ser modificada para NC tha 𝑇 S x f 2 Para o cultivo de soja a saturação de bases é um parâmetro importante para garantir o bom desenvolvimento das plantas e uma produtividade adequada A saturação de bases necessária varia conforme o sistema de cultivo Sistemas de sequeiro Requerem uma saturação de bases de 50 Sistemas irrigados Requerem uma saturação de bases de 60 Além disso é fundamental manter níveis adequados de magnésio no solo para garantir o crescimento saudável das plantas O teor ideal de magnésio deve ser de No mínimo 05 cmolc dm3 para sistemas de sequeiro No mínimo 10 cmolc dm3 para sistemas irrigados 18 Gessagem A acidez subsuperficial é um fator que modifica a utilização do calcário sendo o gesso utilizado como alternativa A incorporação do calcário deixa camadas mais profundas sem a devida correção Quando aplicado em um solo já corrigido na camada arável o gesso ao se dissolver resulta em um aumento dos teores de cálcio e magnésio em camadas mais profundas entre 60 e 80 cm diminuindo a toxicidade do alumínio e melhorando o ambiente para o desenvolvimento das raízes das plantas Com o melhor desenvolvimento das raízes o problema hídrico é de certa forma amenizado pois as raízes conseguem chegar a camadas mais profundas A melhor distribuição das raízes nas camadas mais profundas facilita o acesso tanto à água quanto aos nutrientes sejam eles de baixa ou alta mobilidade Cálculo da aplicação de gesso Culturas anuais DG kgha 50 x argila Culturas perenes DG kgha 75 x argila DG dose de gesso agrícola com 15 de enxofre A aplicação do gesso é semelhante à da calagem com a diferença de que o gesso é aplicado após o calcário ou imediatamente dependendo da situação Caso a incorporação do gesso não seja possível ele pode ser mantido na superfície do solo Adubação A adubação é essencial para maximizar o potencial genético das plantas garantindo um ambiente de crescimento ideal Os nutrientes necessários são divididos em macronutrientes que incluem nitrogênio N fósforo P potássio K cálcio Ca magnésio Mg e enxofre S e micronutrientes como ferro Fe manganês Mn zinco Zn cobre Cu boro B molibdênio Mo e cloro Cl Para a produção agrícola no Cerrado é necessário um investimento inicial elevado devido aos solos ácidos com baixa fertilidade natural e alto teor de alumínio desde a superfície até as camadas subsuperficiais Isso exige o uso intensivo de insumos incluindo adubos Na cultura da soja a adubação com nitrogênio não é geralmente necessária devido à fixação biológica do nitrogênio permitindo produtividades superiores a 4 t ha1 A adubação deve focar nos demais nutrientes 19 Estes solos têm uma grande capacidade de reter e fixar fósforo tornandoo menos disponível para as plantas Portanto é comumente necessário aplicar fósforo em grandes quantidades Para melhorar a disponibilidade de fósforo no solo a calagem é fundamental Existem duas formas de recomendação para a adubação corretiva de fósforo 1 Correção Definitiva A correção é feita de uma vez aplicando o fósforo a lanço e incorporandoo ao solo posteriormente 2 Correção Gradual Consiste na aplicação de doses mais altas do que as de manutenção realizadas nos sulcos de semeadura Ambas as abordagens visam aumentar a disponibilidade de fósforo no solo crucial para o desenvolvimento das plantas O potássio é o segundo elemento mais absorvido pelas plantas e nos solos do Cerrado sua disponibilidade é baixa necessitando adubação corretiva A aplicação pode ser corretiva total 100 kgha de K2O a lanço seguida por aplicações de manutenção ou 20 corretiva gradual com doses acima da manutenção via sulco de semeadura A recomendação é baseada na CTC a pH 7 Micronutrientes são frequentemente perdidos durante a correção do solo necessitando de reposição O Boletim do Cerrado recomenda a seguinte formulação para aplicação a lanço Boro 20 kg ha1 Cobre 20 kg ha1 Manganês 60 kg ha1 Molibdênio 04 kg ha1 Zinco 60 kg ha1 Não é necessário aplicar ferro pois os solos do Cerrado são ricos neste elemento Para aplicação no sulco divida essa formulação em três partes Para corrigir deficiências específicas aplique na parte foliar as seguintes soluções 400 L ha1 cada Boro 05 de bórax ou 03 de ácido bórico Cobre 05 de sulfato de cobre Manganês 05 de sulfato de manganês Zinco 05 de sulfato de zinco 3 EXEMPLO PRÁTICO Para podermos fazer um exemplo prático é necessário uma análise química de solo após será feito os cálculos dos três boletins escolhidos Prof pH CaCl2 Argila Pmehl K K Ca Mg Al H Al mgdm3 cmolcdm3 0 20 48 355 168 1370 035 396 115 00 438 0 40 45 327 98 740 019 275 066 00 386 21 Prof SB CTC Saturação Relações efetivo pH 7 Al Bases Ca Mg K Ca Mg CaK MgK cmolcdm3 m V 0 20 546 546 984 00 5549 402 117 36 34 113 33 20 40 360 360 746 00 4826 369 88 25 42 145 35 Localização 2222139S 5420552W Distrito CulturamaFátima do Sul 4ª Linha Nasc 1 Boletim 100 Calagem Considerar PRNT de 85 V2 de 60 NC 003 tha de calcário 546 60 5549 10 𝑥 85 2462 850 Gessagem NG 6 x argila argila 327 100 1000g 327 327 x NG 6 x 327 1962 kgha de gesso Adubação P Médio K Alto Segundo o Boletim 100 é necessário 50 kgha de P2O5 e K2O para 30 34 tha de produção 50 kgha de P2O5 e 60 kgha de K2O sendo 30 kgha por cobertura para produzir 35 40 tha 2 Boletim RS e SC Calagem NC 60 5549100 x 984 044 tha de calcário Gesso No RS e SC a aplicação de gesso não aumenta o rendimento das culturas em solos onde não há deficiência de cálcio eou enxofre especialmente em solos que já receberam calcário Adubação P médio K alto 22 Segundo a Tabela do boletim do RS e SC É necessário a aplicação de 85 kgha de P e 75 kgha de K no primeiro cultivo já no segundo se faz necessário a aplicação de 45 kgha de P e 75 kgha de K no segundo cultivo 3 Boletim Cerrados Calagem Como esta análise possui alto teor de argila e teores de CaMg maior que 20 cmolc dm3 NCtha 2 x 000 x 85 0 tha de calcário ou NC tha 984 85 040 tha de calcário 605549 100 Gessagem DG kgha 50 x 327 1635 kgha Adubação P adequado K alto Segundo a tabela do boletim dos Cerrados é necessário P e K Não há necessidade de correção Manutenção P 60 a 100 kgha K 60 kgha 4 CONCLUSÕES O manejo adequado do solo incluindo correção e adubação é fundamental para o cultivo de qualquer cultura agronômica especialmente da soja Dada suas exigências nutricionais específicas e sua importância econômica é essencial realizar essas práticas corretamente como demonstrado na amostra analisada Aplicando as técnicas adequadas é possível garantir que a cultura da soja atinja sua máxima produtividade Portanto uma análise precisa e uma adubação adequada do solo são cruciais para o sucesso da cultura da soja 23 5 REFERÊNCIAS EMBRAPA EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA 2021 Soja Evolução Disponível em Soja Evolução Acesso em 08062024 Forbes 2023 Produção e área plantada de soja no Brasil deve ser recorde em 202324 Disponível em Produção e área plantada de soja no Brasil deve ser recorde em 202324 Acesso em 08062024 FREITAS Márcio 2011 A CULTURA DA SOJA NO BRASIL O CRESCIMENTO DA PRODUÇÃO BRASILEIRA E O SURGIMENTO DE UMA NOVA FRONTEIRA AGRÍCOLA Disponível em A CULTURA DA SOJA NO BRASIL O CRESCIMENTO DA PRODUÇÃO BRASILEIRA E O SURGIMENTO DE UMA NOVA FRONTEIRA AGRÍCOLA ENCICLOPEDIA BIOSFERA Acesso em 08062024 DOMINGUESMariana Soares BERMANNCélio MANFREDINISidneide 2014 A PRODUÇÃO DE SOJA NO BRASIL E SUA RELAÇÃO COM O DESMATAMENTO NA AMAZÔNIA Disponível em httpsdoiorg1036026rpgeov1i12308 Acesso em 08062024 FREIRE L R 2013 Manual de calagem e adubação do Estado do Rio de Janeiro Disponível em Infotecae Manual de calagem e adubação do Estado do Rio de Janeiro Acesso em 08062024 BROCH D L RANNO S K 2009 Fertilidade do Solo Adubação e Nutrição da Cultura da Soja Disponível em httpdiadecampocombrarquivosmaterias7B0D2B31456D6C478387703C5B8897C 5B57D02fertilidadedosoloculturadasojapdf Acesso em 08062024 FAQUIN Valdemar Nutrição mineral de plantas Lavras UFLAFaepe v 183 2005Disponível em httpsmaiscursoslivrescombrcursos7e7fab97d9eb25aea5ec128f702c2e2epdf Acesso em 08062024 Nutrição de Safras 2023 Ciclo da Soja Guia Completo de produção Disponível em httpsnutricaodesafrascombrciclodasojatextA20soja20C3A920consider ada20umadias2C20considerado20de20curto20prazo Acesso em 08062024 SFREDO Gedi Jorge Soja no Brasil calagem adubação e nutrição mineral Londrina Embrapa Soja 2008 httpswwwagrolinkcombrdownloadssoja20no20Brasil2020calagem20aduba 24 C3A7C3A3o20e20nutriC3A7C3A3o20mineralpdf Acesso em 08062024 SILVA F C da ed Manual de análises químicas de solos plantas e fertilizantes 2 ed rev e ampl Brasília DF Embrapa Informação Tecnológica Rio de Janeiro Embrapa Solos 2009 pt 1 cap 1 p 2357 httpswwwalicecnptiaembrapabralicehandledoc256789 Acesso em 08062024 RAIJ B van ANDRADE JC de CANTARELLA H QUAGGIO JA Análise Química para Avaliação da Fertilidade de Solos Tropicais Campinas Instituto Agronômico 285p 2001 MALAVOLTA E e BOARETTO Antonio Enedi e PAULINO V T Micronutrientes uma visãogeral 1988 Anais Jaboticabal FcavUnesp 1988 Acesso em 08062024 Ministério da Agricultura e Pecuária 2023 Mapa divulga os períodos de vazio sanitário da soja para 2023 httpswwwgovbragriculturaptbrassuntosnoticiasmapadivulgaosperiodosdevazios anitariodasojapara2023

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS AGRONOMIA BACHARELADO ACADÊMICOS ALEXANDRE S ARAKAKI GABRIELA SUDA E NATHALIA BANHARA RECOMENDAÇÃO DE CORREÇÃO E ADUBAÇÃO PARA CULTURAS DE INTERESSE AGRONÔMICO RECOMENDAÇÃO PARA A CULTURA DA SOJA DOURADOS MS 2024 1 ALEXANDRE S ARAKAKI GABRIELA SUDA E NATHALIA BANHARA RECOMENDAÇÃO DE CORREÇÃO E ADUBAÇÃO PARA CULTURAS DE INTERESSE AGRONÔMICO RECOMENDAÇÃO PARA A CULTURA DA SOJA TRABALHO APRESENTADO NO CURSO DE AGRONOMIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS DOCENTE PROF DRA ALESSANDRA MAYUMI TOKURA ALOVISI DOURADOS MS 2024 2 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 3 2 DESENVOLVIMENTO 4 21 EXIGÊNCIA NUTRICIONAIS NA CULTURA DA SOJA 6 22 RECOMENDAÇÃO DE ADUBAÇÃO 7 221 BOLETIM DE SP BOLETIM 100 7 222 BOLETIM RS E SC MANUAL DE CALAGEM E ADUBAÇÃO PARA OS ESTADOS DO RIO GRANDE DO SUL E DE SANTA CATARINA 12 223 BOLETIM DOS CERRADOS SOUSA LOBATO 2004 16 3 EXEMPLO PRÁTICO 20 4 CONCLUSÃO 22 5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 24 3 1 INTRODUÇÃO A cultura da soja é uma das principais oleaginosas do mundo Em 2006 a soja representou cerca de 57 da produção mundial total de grãos oleaginosos EMBRAPA 2021 Segundo a Forbes na safra de 202324 a área de cultivo total foi de 453 milhões de hectares A soja é uma cultura economicamente crucial utilizada como matériaprima em diversos setores incluindo agrícola alimentício industrial e cosméticos Seus grãos servem para ração animal produção de óleo vegetal lubrificantes industriais tintas polímeros compostos substitutos da madeira e em cosméticos como protetores solares e cremes antioxidantes FREITAS 2011 A soja tem uma longa história no Brasil sendo introduzida pela primeira vez por volta de 1882 São 144 anos desde a sua introdução no país EMBRAPA 2021 A produção comercial teve início na segunda metade da década de 1970 no estado do Rio Grande do Sul como uma opção de rotação com o trigo expandindose posteriormente para outros estados como Santa Catarina Paraná e São Paulo DOMINGUES et al 2014 Ao longo do tempo a cultura da soja teve um grande desenvolvimento não apenas na área de cultivo mas também na aplicação de técnicas de manejo avançadas que aumentaram a produtividade Esse avanço está diretamente ligado ao desenvolvimento do manejo de solos adubação e calagem FREITAS 2011 O manejo de adubos e calagem é um tema amplamente discutido pois produtividade e fertilidade do solo são frequentemente associadas A fertilidade do solo engloba características químicas físicas e biológicas que permitem à planta expressar seu potencial máximo de produtividade FREIRE 2013 A acidez do solo é um fator crítico para a fertilidade pois a disponibilidade de nutrientes é determinada por vários fatores incluindo o pH do solo que mede diretamente a acidez Solos ácidos podem causar problemas como a presença de alumínio tóxico e prejuízos à vida microbiana BROCH et al 2009 Além da calagem para neutralização da acidez do solo o uso de gesso agrícola é importante para a produção O gesso melhora a distribuição radicular em profundidade essencial para a tolerância ao estresse hídrico reduz o teor de alumínio melhora a disponibilidade de nutrientes e neutraliza a acidez em profundidade O gesso agrícola é um condicionador químico que fornece sulfato solúvel ao solo FREIRE et al 2013 Após citar estes itens de suma importância temos a utilização de adubos para a correção ou a manutenção de nutrientes como fósforo potássio enxofre etc A adubação nada mais é que compostos químicos minerais ou orgânicos naturais ou sintéticos que contenham um ou 4 mais nutrientes empregados para suprir as necessidades nutricionais das plantas A deficiência de algum nutriente pode acarretar problemas de má formação da planta ou baixa produtividade impedindo a planta de expressar seu potencial genético FREIRE et al 2013 Historicamente a análise de solo começou quando o homem se interessou por saber como as plantas crescem Podese dizer que foi Justus Von Liebig fundador da química agrícola o primeiro a fazer a análise de solo e a recomendar o uso de fertilizantes artificiais MELSTED PECK 1973 CATANI JACINTO 1974 A análise química do solo é fundamental para transferir informações sobre calagem e adubação da pesquisa para o agricultor Com uma análise de solo bem conduzida é possível avaliar a deficiência de nutrientes e determinar as quantidades necessárias para adubações RAIJ et al 1985 A coleta de amostras de solo representativas é crucial para uma avaliação precisa das necessidades de corretivos e fertilizantes facilitando a obtenção de rendimentos econômicos A amostra representativa é aquela que reflete com maior precisão as condições de fertilidade de uma área específica permitindo um manejo adequado dos nutrientes EMBRAPA2024 2 DESENVOLVIMENTO A composição elementar da matéria seca de uma planta é 90 composta por CarbonoC OxigênioO e HidrogênioH sendo o resto composto por minerais Estes elementos são recebidos através de 3 meios sendo eles o ar a água e o solo Através destes meios a planta recebe Macronutrientes e Micronutrientes que podem atuar como benéficos ou tóxicos para o seu desenvolvimento Os Macronutrientes geralmente são expressos em percentagem e os Micronutrientes em partes por milhão ppm sendo a única distinção entre eles a sua concentração exigida pelas plantas FAQUIN 2005 A soja é considerada uma cultura anual tendo o seu plantio predominantemente na primavera e a colheita no verão tendo exigência nutricional e potencial de exportação influenciadas principalmente por fatores climáticos fertilidade do solo variedade e pelo manejo aplicado Veja que de acordo com o Nutrição de Safras o ciclo da soja pode variar também de acordo com a região Norte Ciclos de aproximadamente 90 dias Nordeste Ciclos médios de 120 dias CentroOeste Ciclos variando de 90 a 120 dias Sudeste Ciclos também variando de 90 a 120 dias Sul Ciclos dentro da mesma faixa de 90 a 120 dias 5 O ciclo da soja é dividido pela fase vegetativa onde a planta se desenvolve para criar estrutura necessária para suportar a sua fase reprodutiva e a fase reprodutiva que é a última fase estratégica da planta para se multiplicar e gerar descendentes Nutrição de Safras 2023 Observe de forma mais detalhada o ciclo da soja e suas etapas na Figura 1 Figura 1 Etapas do Ciclo da Soja Fonte EMBRAPA 2009 A soja é suscetível a uma série de doenças e pragas que podem afetar significativamente sua produtividade e qualidade Entre as doenças mais comuns estão a ferrugem asiática o míldio a podridão radicular e a antracnose Essas doenças são causadas por diferentes tipos de fungos e podem se manifestar em diversas fases do ciclo de crescimento da planta A Ferrugem Asiática pode ocorrer em qualquer fase de crescimento da planta e em áreas onde a doença se tornou epidêmica os danos podem variar de 10 a 90 da produção de soja Ministério da Agricultura e Pecuária 2024 O vazio sanitário um período de pelo menos 90 dias em que é proibido plantar ou manter plantas de soja vivas em uma área específica é uma medida crucial para controlar a disseminação da Ferrugem Asiática causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi Ministério da Agricultura e Pecuária 2024 Observe na Figura 2 algumas datas do vazio sanitário referente à semeadura da soja durante a safra 20242025 Figura 2 calendário de semeadura da soja para a safra 20242025 Fonte Ministério da Agricultura e Pecuária 6 21 EXIGÊNCIA NUTRICIONAIS NA CULTURA DA SOJA Na agricultura atender as necessidades nutricionais das culturas é essencial para alcançar colheitas produtivas e saudáveis Na cultura da soja por exemplo os Macronutrientes desempenham papéis fundamentais no crescimento e desenvolvimento das plantas O nitrogênio lidera como o nutriente mais demandado seguido pelo enxofre e pelo fósforo que são cruciais para processos metabólicos e de crescimento O potássio embora em menor quantidade que o fósforo também desempenha um papel significativo no desenvolvimento geral e na resistência a doenças O cálcio e o magnésio embora necessários em menor quantidade ainda são essenciais para uma nutrição equilibrada da cultura da soja SFREDO 2008 A adubação consiste em suplementar à planta os elementos essenciais nutrientes necessários para seu desenvolvimento saudável visando alcançar colheitas satisfatórias de produtos com qualidade nutricional ou industrial adequada sem causar danos significativos ao ambiente Em outras palavras quando a quantidade de nutrientes fornecidos pelo solo não é suficiente para atender às necessidades da cultura é preciso recorrer à aplicação de fertilizantes FAQUIN 2005 Observe que na Figura 3 está destacada na tabela as exigências da cultura da soja em relação a macronutrientes kg ha Figura 3 Exigências em Macronutrientes destacadas na cultura da soja Fonte UFLAFAEPE Nutrição Mineral de Plantas Segue a proporção exigida de Macronutrientes na cultura da soja N K Ca Mg P S Entre os micronutrientes mais importantes para a soja estão o ferro o zinco o cobre o manganês o molibdênio e o boro Embora necessários em quantidades muito menores do 7 que os macronutrientes esses elementos são essenciais para funções específicas dentro das células vegetais como atividades enzimáticas síntese de proteínas e metabolismo de carboidratos A deficiência de qualquer um desses micronutrientes pode resultar em sintomas visíveis de estresse e redução na produtividade da cultura SFREDO 2008 Observe na Figura 4 as exigências de Micronutrientes gha na cultura da soja Figura 4 Exigências em Micronutrientes destacadas na cultura da soja Fonte UFLAFAEPE Nutrição Mineral de Plantas Segue a proporção exigida de Micronutrientes na cultura da soja Fe Mn Zn B Cu Mo 22 RECOMENDAÇÃO DE ADUBAÇÃO 221 BOLETIM DE SP BOLETIM 100 Este Boletim se destaca entre os outros boletins de análise de solo por ser específico para a região de São Paulo Particularmente focado nas condições climáticas nos tipos de solos e culturas do estado de São Paulo outros boletins podem fornecer diretrizes mais generalistas ou específicas para outras regiões Além disso ele é regularmente atualizado com os desenvolvimentos nos campos da pesquisa científica e tecnológica o que garante que as recomendações sejam baseadas nas informações mais atualizadas Essencial para a agricultura paulista devido à sua atualização contínua e especificidade regional ela se distingue de outras publicações relacionadas que podem oferecer menos detalhamento sobre a região Com isso vamos começar a explorar como os nutrientes são abordados no Boletim 100 Sendo eles Nitrogênio Ainda não existe um critério confiável em São Paulo para a recomendação de adubação nitrogenada com base na análise do solo Adotase para várias 8 culturas anuais um critério de classes de resposta esperada que associado às recomendações baseadas na produtividade esperada deve resultar em adubações mais adequadas às necessidades de cada caso As resposta são divididas em Alta resposta esperada Solos corrigidos com muitos anos de plantio contínuo de gramíneas ou outras culturas não leguminosas primeiros anos de plantio direto solos arenosos sujeitos a altas perdas por lixiviação Culturas perenes com teores baixos de N nas folhas Média resposta esperada Solos muito ácidos que serão corrigidos ou plantio anterior esporádico de leguminosas ou solo em pousio por um ano ou uso de quantidades moderadas de adubos orgânicos Culturas perenes com teores médios de N nas folhas Baixa resposta esperada Solos em pousio por dois ou mais anos cultivo após pastagem exceto solos arenosos ou solos com cultivo anterior intenso de leguminosas ou adubação verde com leguminosas ou rotação permanente com leguminosas uso constante de quantidades elevadas de adubos orgânicos Culturas perenes com teores altos de N nas folhas Fósforo e potássio Os resultados de fósforo e potássio são classificados em cinco categorias de teores Os limites dessas categorias foram determinados através de ensaios de calibração realizados principalmente para culturas anuais em condições de campo considerando as respostas aos elementos aplicados na adubação expressos em termos de produção relativa Observe na Tabela 1 Tabela 1 Limites de interpretação de teores de potássio e de fósforo em solos Para o potássio o teor do nutriente no solo é um índice melhor para avaliar a disponibilidade do que a relação com outros cátions ou a porcentagem da CTC A relação 9 com a CTC pode eventualmente ser usada como um critério auxiliar mas não em substituição ao critério básico dado no quadro 1 Tabela 2 Principais fertilizantes fosfatados simples e suas garantias mínimas de acordo com o Ministério da Agricultura Acidez A determinação do pH em uma solução de cloreto de cálcio a 001 molL1 permite obter resultados mais consistentes do que a determinação do pH em água Isso ocorre porque a medição em água é mais afetada por pequenas quantidades de sais presentes nas amostras de solo enviadas ao laboratório Tabela 3 Limites de interpretação das determinações relacionadas com a acidez da camada arável do solo Cálcio magnésio e enxofre Para cálcio magnésio e enxofre são estabelecidas três classes de teores com a interpretação apresentada na Tabela 4 Tabela 4 Limites de interpretação de teores de Ca2 Mg2 e SO42 10 Micronutrientes A interpretação adotada é apresentada no Tabela 5 A interpretação da análise de solo para micronutrientes pode ser aprimorada ao considerar diferentes espécies vegetais Nas tabelas de adubação a interpretação da análise de solo é incluída para as culturas onde deficiências frequentes têm sido observadas Tabela 5 Limites de interpretação dos teores de micronutrientes em solos Matéria orgânica e argila Não mostrou ser um índice adequado para prever a disponibilidade de nitrogênio nos solos e portanto não tem sido utilizado para essa finalidade No entanto é útil para indicar a textura do solo com valores de até 15 gdm³ para solos arenosos entre 16 e 30 gdm³ para solos de textura média e de 31 a 60 gdm³ para solos argilosos Valores muito acima de 60 gdm³ indicam acúmulo de matéria orgânica no solo devido a condições localizadas geralmente por má drenagem ou alta acidez Corretivos da acidez São mais utilizados as rochas calcárias moídas ou calcários Eles são classificados de acordo com a concentração de MgO em calcíticos menos de 5 magnesianos 5 a 12 dolomíticos acima de 12 e calcários calcinados Quanto à granulometria a legislação exige que pelo menos 95 do material corretivo passe pela peneira de 2 mm ABNT nº 10 70 pela peneira de 084 mm ABNT nº 20 e 50 pela peneira de 030 mm ABNT nº 50 Observe na Tabela 6 Tabela 6 Valores mínimos do poder de neutralização PN e da soma dos teores de cálcio e de magnésio 11 Poder de neutralização PN ou porcentagem de equivalente carbonato de cálcio representa o teor de neutralizantes presentes Seu valor pode ser determinado em laboratório ou calculado nos casos em que todo o cálcio e magnésio estejam na forma de óxidos hidróxidos ou carbonatos O cálculo é realizado por PN CaO x 179 MgO x 248 As partículas dos corretivos de acidez que não se dissolveram no solo durante alguns meses utilizase outra fórmula que considera as partículas menos reativas ou seja o poder relativo de neutralização total PRNT calculado por PRNT PN x RE100 O PRNT representa portanto o valor do PN multiplicado pelo RE que indica a reatividade das partículas de calcário de diversos tamanhos em comparação com o carbonato de cálcio finamente moído ao longo de um período de três meses A eficiência relativa é calculada por RE 02x 06y z sendo x a porcentagem do material retido na peneira ABNT nº 20 o material retido na peneira ABNT nº 50 e o material que passa pela peneira ABNT nº 50 O material retido na peneira ABNT nº 10 é considerado como tendo reatividade nula O sulfato de cálcio e as exigências para comercialização são teores mínimos de 13 de S e 16 de Ca Cálculo da necessidade de calagem A quantidade de calcário a aplicar para elevar a saturação por bases do solo de um valor atual V1 a um valor maior V2 é calculada pela seguinte expressão Adubação fosfatada Nas recomendações de adubação as quantidades de fósforo a serem aplicadas dependem dos teores de fósforo no solo os quais são determinados pelo método de extração com resina de troca iônica Além disso para várias culturas a produtividade esperada também é considerada 12 Quadro 6 Principais fertilizantes fosfatados simples e suas garantias mínimas de acordo com o Ministério da Agricultura Nas adubações a maior parte do fósforo é aplicada por meio de fórmulas NPK que são preparadas com diversas matériasprimas sendo predominantes os fosfatos solúveis em água No caso das fórmulas os cálculos de adubação devem considerar os teores solúveis em citrato de amônio água Embora haja muitos adubos fosfatados disponíveis o princípio de caracterização e uso é semelhante 222 BOLETIM RS E SC MANUAL DE CALAGEM E ADUBAÇÃO PARA OS ESTADOS DO RIO GRANDE DO SUL E DE SANTA CATARINA No método tradicional de preparo do solo é essencial incorporar o calcário de forma homogênea até uma profundidade de 17 a 20 cm Após a aplicação seus efeitos benéficos duram cerca de cinco anos variando conforme o manejo do solo Após esse período é aconselhável realizar uma nova análise do solo para determinar a quantidade necessária de corretivo SFREDO2008 Aplicar o corretivo seis meses antes da semeadura da soja e cultivar uma cultura de inverno em linha Em solos sob sistema de plantio direto já estabelecido e que foram recentemente corrigidos a aplicação adicional de corretivo não necessariamente resultará em um aumento na produtividade da soja pois o SMP não detecta o corretivo que ainda não reagiu no solo Observando esses aspectos evitase a supercalagem SFREDO 2008 Segue pH de referência segundo Boletim de SC E RS 13 Figura 5 pH de referência segundo Boletim de SC E RS Sempre que o valor do pH do solo for limitante à produtividade da cultura devese aplicar calcário em quantidade suficiente para elevar o seu valor ao valor do pH de referência Para a primeira calagem ou no estabelecimento de um novo sistema produtivo de longa duração o calcário deve ser incorporado sempre que possível o mais profundo 20 cm Figura 6 pH referência segundo Boletim de SC E RS 14 Manual assume uma provável correspondência entre o valor do pH de referência das culturas com o valor V sendo pH 55 V 65 pH 60 V 75 e pH 65 V 85 Ao se optar pelo método da saturação por bases a partir dos dados constantes nos laudos de análise de solo V e CTCpH 70 e do V considerando o pH de referência do grupo de culturas de interesse a dose de calcário é definida por NC V1V2100 x CTCpH 70 Especificamente nos casos de solos com baixo poder tampão o índice SMP pode subestimar a acidez potencial e consequentemente indicar uma dose de calcário insuficiente para elevar o pH até o valor desejado Recomendase usar equações que levam em conta o teor de matéria orgânica e de Al trocável para definir a dose de calcário tha PRNT 100 NC pH 55 0653 0480MO 1937Al NC pH 60 0516 0805MO 2435Al NC pH 65 0122 1193MO 2713Al As recomendações de calagem são baseadas em corretivos com PRNT Poder Relativo de Neutralização Total de 100 Isso significa que as quantidades totais a serem aplicadas devem ser ajustadas de acordo com o PRNT do material disponível SFREDO 2008 Figura 7 Indicação da necessidade e quantidade de corretivo de acidez DC tha NC x LFADLP x 100PRNT DC dose de calcário tha NC necessidade de calcário para a cultura tha LFA largura da faixa de aplicação do calcário m DLP distância entre as linhas de plantio m PRNT poder relativo de neutralização total do calcário 15 A CTC pH70 é importante para a caracterização do solo e seu enquadramento em quatro classes serve para a interpretação dos teores de K no solo e para auxiliar no manejo da adubação Figura 8 Interpretação dos teores de argila MO e CTC Figura 9 Interpretação do teor de fósforo pelo método Mehlich1 Figura 10 Interpretação do teor de Potássio pelo método Mehlich1 16 Figura 11 Interpretação do teor de Cálcio Magnésio e Enxofre extraível do solo 223 BOLETIM DOS CERRADOS SOUSA LOBATO 2004 No Cerrado os problemas de acidez alto teor de alumínio e baixo teor de cálcio e magnésio ocorrem tanto na superfície do solo 0 a 20 cm quanto na subsuperfície 21 a 50 cm Logo haverá restrições químicas ao desenvolvimento radicular de cultivares de interesse econômico Calagem Para corrigir o pH da camada superficial do solo 0 a 20 cm recomendase a calagem com calcário preferencialmente dolomítico ou magnesiano devido ao seu maior teor de MgO ideal para compensar a deficiência de magnésio nos solos O pH ideal varia de 55 a 63 facilitando a assimilação de nutrientes mas aumenta a perda de micronutrientes como zinco manganês cobre e ferro A relação ideal de cálcio e magnésio no solo deve ser de 11 até no máximo 101 A aplicação correta do calcário varia conforme a situação em áreas recémabertas deve ser incorporado Em grandes quantidades deve ser parcelada e em pequenas quantidades pode ser feita no sulco do plantio Em áreas de plantio direto a aplicação deve ser a lanço sem incorporação Devido ao clima do Cerrado a calagem deve ser feita ao final do período chuvoso ou no início do período chuvoso O cálculo da necessidade de calcário NC considera teores de alumínio cálcio e magnésio a capacidade de troca catiônica CTC teor de argila e o PRNT Para solos com a CTC maior que 40 cmolc dm3 teor de argila acima de 15 e teor de Ca Mg menor que 20 cmolc dm3 é utilizada esta fórmula NCtha 2 x AI 2 Ca Mg x f f é o fator de correção da qualidade efetiva do calcário PRNT 17 Para encontrar f é utilizada a seguinte fórmula 𝑓 100 𝑃𝑅𝑁𝑇 Para solos com a CTC maior que 40 cmolc dm3 teor de argila acima de 15 e teor de Ca Mg maior que 20 cmolc dm3 é utilizada esta fórmula NCtha 2 x Al x f Em solos com textura mais arenosa ou teor de argila menor que 15 a fórmula para calcular a necessidade de calcário NC muda mas é utilizada os mesmos dados de Al Ca e Mg São duas fórmulas e a quantidade que será recomendada é dada ao maior valor encontrado NC tha 2 x Al x f NC tha 2 Ca Mg x f O método para estimar o NC pelos teores de Al Ca e Mg trocáveis pode acarretar a elevar a saturação por bases para valores médios de 49 mas em contraponto há a tendência de recomendar mais Cálcio que o necessário para solos arenosos com baixo CTC 40 cmolc dm3 entretanto os solos do Cerrado variam entre 40 e 10 cmolc dm3 A NC é calculada da seguinte forma NC tha T f 𝑉2𝑉1 100 V2 Saturação de bases desejada V1 Saturação de bases atual T CTC H Al S S Soma de bases Ca Mg K f Fator de correção já descrito anteriormente Como a saturação por bases maior que 50 já atende o sistema de maioria das culturas de sequeiro cultivada no Cerrado a fórmula pode ser modificada para NC tha 𝑇 S x f 2 Para o cultivo de soja a saturação de bases é um parâmetro importante para garantir o bom desenvolvimento das plantas e uma produtividade adequada A saturação de bases necessária varia conforme o sistema de cultivo Sistemas de sequeiro Requerem uma saturação de bases de 50 Sistemas irrigados Requerem uma saturação de bases de 60 Além disso é fundamental manter níveis adequados de magnésio no solo para garantir o crescimento saudável das plantas O teor ideal de magnésio deve ser de No mínimo 05 cmolc dm3 para sistemas de sequeiro No mínimo 10 cmolc dm3 para sistemas irrigados 18 Gessagem A acidez subsuperficial é um fator que modifica a utilização do calcário sendo o gesso utilizado como alternativa A incorporação do calcário deixa camadas mais profundas sem a devida correção Quando aplicado em um solo já corrigido na camada arável o gesso ao se dissolver resulta em um aumento dos teores de cálcio e magnésio em camadas mais profundas entre 60 e 80 cm diminuindo a toxicidade do alumínio e melhorando o ambiente para o desenvolvimento das raízes das plantas Com o melhor desenvolvimento das raízes o problema hídrico é de certa forma amenizado pois as raízes conseguem chegar a camadas mais profundas A melhor distribuição das raízes nas camadas mais profundas facilita o acesso tanto à água quanto aos nutrientes sejam eles de baixa ou alta mobilidade Cálculo da aplicação de gesso Culturas anuais DG kgha 50 x argila Culturas perenes DG kgha 75 x argila DG dose de gesso agrícola com 15 de enxofre A aplicação do gesso é semelhante à da calagem com a diferença de que o gesso é aplicado após o calcário ou imediatamente dependendo da situação Caso a incorporação do gesso não seja possível ele pode ser mantido na superfície do solo Adubação A adubação é essencial para maximizar o potencial genético das plantas garantindo um ambiente de crescimento ideal Os nutrientes necessários são divididos em macronutrientes que incluem nitrogênio N fósforo P potássio K cálcio Ca magnésio Mg e enxofre S e micronutrientes como ferro Fe manganês Mn zinco Zn cobre Cu boro B molibdênio Mo e cloro Cl Para a produção agrícola no Cerrado é necessário um investimento inicial elevado devido aos solos ácidos com baixa fertilidade natural e alto teor de alumínio desde a superfície até as camadas subsuperficiais Isso exige o uso intensivo de insumos incluindo adubos Na cultura da soja a adubação com nitrogênio não é geralmente necessária devido à fixação biológica do nitrogênio permitindo produtividades superiores a 4 t ha1 A adubação deve focar nos demais nutrientes 19 Estes solos têm uma grande capacidade de reter e fixar fósforo tornandoo menos disponível para as plantas Portanto é comumente necessário aplicar fósforo em grandes quantidades Para melhorar a disponibilidade de fósforo no solo a calagem é fundamental Existem duas formas de recomendação para a adubação corretiva de fósforo 1 Correção Definitiva A correção é feita de uma vez aplicando o fósforo a lanço e incorporandoo ao solo posteriormente 2 Correção Gradual Consiste na aplicação de doses mais altas do que as de manutenção realizadas nos sulcos de semeadura Ambas as abordagens visam aumentar a disponibilidade de fósforo no solo crucial para o desenvolvimento das plantas O potássio é o segundo elemento mais absorvido pelas plantas e nos solos do Cerrado sua disponibilidade é baixa necessitando adubação corretiva A aplicação pode ser corretiva total 100 kgha de K2O a lanço seguida por aplicações de manutenção ou 20 corretiva gradual com doses acima da manutenção via sulco de semeadura A recomendação é baseada na CTC a pH 7 Micronutrientes são frequentemente perdidos durante a correção do solo necessitando de reposição O Boletim do Cerrado recomenda a seguinte formulação para aplicação a lanço Boro 20 kg ha1 Cobre 20 kg ha1 Manganês 60 kg ha1 Molibdênio 04 kg ha1 Zinco 60 kg ha1 Não é necessário aplicar ferro pois os solos do Cerrado são ricos neste elemento Para aplicação no sulco divida essa formulação em três partes Para corrigir deficiências específicas aplique na parte foliar as seguintes soluções 400 L ha1 cada Boro 05 de bórax ou 03 de ácido bórico Cobre 05 de sulfato de cobre Manganês 05 de sulfato de manganês Zinco 05 de sulfato de zinco 3 EXEMPLO PRÁTICO Para podermos fazer um exemplo prático é necessário uma análise química de solo após será feito os cálculos dos três boletins escolhidos Prof pH CaCl2 Argila Pmehl K K Ca Mg Al H Al mgdm3 cmolcdm3 0 20 48 355 168 1370 035 396 115 00 438 0 40 45 327 98 740 019 275 066 00 386 21 Prof SB CTC Saturação Relações efetivo pH 7 Al Bases Ca Mg K Ca Mg CaK MgK cmolcdm3 m V 0 20 546 546 984 00 5549 402 117 36 34 113 33 20 40 360 360 746 00 4826 369 88 25 42 145 35 Localização 2222139S 5420552W Distrito CulturamaFátima do Sul 4ª Linha Nasc 1 Boletim 100 Calagem Considerar PRNT de 85 V2 de 60 NC 003 tha de calcário 546 60 5549 10 𝑥 85 2462 850 Gessagem NG 6 x argila argila 327 100 1000g 327 327 x NG 6 x 327 1962 kgha de gesso Adubação P Médio K Alto Segundo o Boletim 100 é necessário 50 kgha de P2O5 e K2O para 30 34 tha de produção 50 kgha de P2O5 e 60 kgha de K2O sendo 30 kgha por cobertura para produzir 35 40 tha 2 Boletim RS e SC Calagem NC 60 5549100 x 984 044 tha de calcário Gesso No RS e SC a aplicação de gesso não aumenta o rendimento das culturas em solos onde não há deficiência de cálcio eou enxofre especialmente em solos que já receberam calcário Adubação P médio K alto 22 Segundo a Tabela do boletim do RS e SC É necessário a aplicação de 85 kgha de P e 75 kgha de K no primeiro cultivo já no segundo se faz necessário a aplicação de 45 kgha de P e 75 kgha de K no segundo cultivo 3 Boletim Cerrados Calagem Como esta análise possui alto teor de argila e teores de CaMg maior que 20 cmolc dm3 NCtha 2 x 000 x 85 0 tha de calcário ou NC tha 984 85 040 tha de calcário 605549 100 Gessagem DG kgha 50 x 327 1635 kgha Adubação P adequado K alto Segundo a tabela do boletim dos Cerrados é necessário P e K Não há necessidade de correção Manutenção P 60 a 100 kgha K 60 kgha 4 CONCLUSÕES O manejo adequado do solo incluindo correção e adubação é fundamental para o cultivo de qualquer cultura agronômica especialmente da soja Dada suas exigências nutricionais específicas e sua importância econômica é essencial realizar essas práticas corretamente como demonstrado na amostra analisada Aplicando as técnicas adequadas é possível garantir que a cultura da soja atinja sua máxima produtividade Portanto uma análise precisa e uma adubação adequada do solo são cruciais para o sucesso da cultura da soja 23 5 REFERÊNCIAS EMBRAPA EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA 2021 Soja Evolução Disponível em Soja Evolução Acesso em 08062024 Forbes 2023 Produção e área plantada de soja no Brasil deve ser recorde em 202324 Disponível em Produção e área plantada de soja no Brasil deve ser recorde em 202324 Acesso em 08062024 FREITAS Márcio 2011 A CULTURA DA SOJA NO BRASIL O CRESCIMENTO DA PRODUÇÃO BRASILEIRA E O SURGIMENTO DE UMA NOVA FRONTEIRA AGRÍCOLA Disponível em A CULTURA DA SOJA NO BRASIL O CRESCIMENTO DA PRODUÇÃO BRASILEIRA E O SURGIMENTO DE UMA NOVA FRONTEIRA AGRÍCOLA ENCICLOPEDIA BIOSFERA Acesso em 08062024 DOMINGUESMariana Soares BERMANNCélio MANFREDINISidneide 2014 A PRODUÇÃO DE SOJA NO BRASIL E SUA RELAÇÃO COM O DESMATAMENTO NA AMAZÔNIA Disponível em httpsdoiorg1036026rpgeov1i12308 Acesso em 08062024 FREIRE L R 2013 Manual de calagem e adubação do Estado do Rio de Janeiro Disponível em Infotecae Manual de calagem e adubação do Estado do Rio de Janeiro Acesso em 08062024 BROCH D L RANNO S K 2009 Fertilidade do Solo Adubação e Nutrição da Cultura da Soja Disponível em httpdiadecampocombrarquivosmaterias7B0D2B31456D6C478387703C5B8897C 5B57D02fertilidadedosoloculturadasojapdf Acesso em 08062024 FAQUIN Valdemar Nutrição mineral de plantas Lavras UFLAFaepe v 183 2005Disponível em httpsmaiscursoslivrescombrcursos7e7fab97d9eb25aea5ec128f702c2e2epdf Acesso em 08062024 Nutrição de Safras 2023 Ciclo da Soja Guia Completo de produção Disponível em httpsnutricaodesafrascombrciclodasojatextA20soja20C3A920consider ada20umadias2C20considerado20de20curto20prazo Acesso em 08062024 SFREDO Gedi Jorge Soja no Brasil calagem adubação e nutrição mineral Londrina Embrapa Soja 2008 httpswwwagrolinkcombrdownloadssoja20no20Brasil2020calagem20aduba 24 C3A7C3A3o20e20nutriC3A7C3A3o20mineralpdf Acesso em 08062024 SILVA F C da ed Manual de análises químicas de solos plantas e fertilizantes 2 ed rev e ampl Brasília DF Embrapa Informação Tecnológica Rio de Janeiro Embrapa Solos 2009 pt 1 cap 1 p 2357 httpswwwalicecnptiaembrapabralicehandledoc256789 Acesso em 08062024 RAIJ B van ANDRADE JC de CANTARELLA H QUAGGIO JA Análise Química para Avaliação da Fertilidade de Solos Tropicais Campinas Instituto Agronômico 285p 2001 MALAVOLTA E e BOARETTO Antonio Enedi e PAULINO V T Micronutrientes uma visãogeral 1988 Anais Jaboticabal FcavUnesp 1988 Acesso em 08062024 Ministério da Agricultura e Pecuária 2023 Mapa divulga os períodos de vazio sanitário da soja para 2023 httpswwwgovbragriculturaptbrassuntosnoticiasmapadivulgaosperiodosdevazios anitariodasojapara2023

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