·
Engenharia de Produção ·
Comunicação e Expressão
Send your question to AI and receive an answer instantly
Recommended for you
7
Dicionário de Comunicação: Teorias e Autores
Comunicação e Expressão
UNIVASF
12
Extensão ou Comunicação - Paulo Freire
Comunicação e Expressão
UNIVASF
13
A Arquitetura da Felicidade: Reflexões e Curiosidades
Comunicação e Expressão
UNIVASF
1
Conteúdo sobre Comunicação: Teoria e Funções de Linguagem
Comunicação e Expressão
UMG
Preview text
Conceitos Associação dos Docentes da Universidade Federal da Paraíba v 1 n 1 João Pessoa 1996 APRESENTAÇÃO O desafio histórico de um governo democrático nacional e popular Reestruturação Produtiva O Texto em Questão Resignificação Conceitual e Implicações Pedagógicas Segundo Abbagnano 1998894 de modo geral o signo é visto como qualquer objeto do acontecimento seja quanto menção de outro objeto ou acontecimento Ferreira 199851 ensaiando uma definição acaba por partilhar do mes mo horizonte de significado que Abbagnano quando afirma que signo é tudo aquilo que possibilita a medi atiza uma mensagem entre o expres sor e o receptor Ou ainda tudo aquilo conhecido que dá a conhecer outra coisa Das enunciações de Abbagnano e Ferreira nos interessam dois elementos a função mediadora do signo e a arbitrariedade de sua exis tência social O uso de objetos co mo meio de evocar determinados acontecimento representar determina dos tipos de conhecimento e de fun dar a existência das condições sim bólicas que viabilizem a interação comunicativa entre os indivíduos in dicam a função mediadora e o caráter arbitrário do signo Nesse sentido esclarecemos logo de início esses dois elementos Mediar pode ser entendido como a ação de pôr algo entre In terposição que possibilita a produ ção de uma associação de uma li gação não existente anteriormente poderíamos dizer que o signo se apresenta como um dispositivo social simbólico arbitrário e histórico mediador das relações entre as coisas e os homens e entre os próprios homens Compartilhamos da premissa de que o signo possui na sua constituição ontológica três dimen sões indissociáveis o significativo o significante e o uma referência Ana logicamente em outros termos as sim como um triângulo não seria tri ângulo se eliminássemos um dos seus lados o signo não seria signo sem uma das suas dimensões Explicando o modo de ser de cada uma dessas dimensões pode ríamos dizer que o significativo é a dimensão que possibilita a represen tação sensorial da referência gra fiasom Por sua vez o significador é o que permite a representação mental da referência idéiaconceito Por fim a referência é o ele mento social natural ou imaginário representado pelo significante significado coisa fato evento Como exemplo pensemos na coisa cadeira Nesse caso o significante seria a escrita grafia ou o som fo nomena cadeira o significado se ria a ideia de cadeira como uma coisa determinada utilizada para sentar e a referência será a coisa representada pelo par cadeiraas sento No contexto de nossa argu mentação é importante tocarmos mesmo que de passagem em duas questões relacionadas à análise so bre o ser do signo a representação e o simulacro A primeira ligase ao par significativosignificado que nos reporta diretamente ao núcleo da problemática da representação que conforme vimos seria constituída por um composto de significante marcas visuais sonoras e táteis e de significado idéias concepções em vez de ser constituído por um dos pares isola damente A representação só é possível por meio do processo de significação de algo existente A representação não é um processo de transubstanciação do ser do ente existente no ser da representação como se a representação fosse uma nova forma de ser do ente A re presentação não é uma duplicação essencialista do ente ao contrário é uma invenção arbitrária Não há nenhuma nexo essencialista entre o existenteausente e o estar presente no ato da representação A representação é o que e constitutiva do referido A eliminação de um dos elementos implica a destruição do próprio signo Conforme vimos é possível gerar no interno do signo em processo de transmutações descolamentos reposicionamentos nas não de dis solução ou eliminação de alguns dos elementos Nesse sentido como representação e representação o signo é atribuição do que o enunciado é e um processo de possibilidade de reverberação do signo considerado como um inteiro À luz do que expus cremos que referenciar um ponto de vista diante do que se considera como um signo ressignificálo e representálo é descrever a construção em maneira de representação é estrapolar os marcos da construção social e cultural do signo O elemento próprio do signo é a subjetividade que traz consigo e esta subjetividade é construída em modo relacional e simbolizado com dependência do que o signo representa Como havíamos dito o caráter mediador e arbitrário do signo é condição de possibilidade do estabelecimento das conexões entre o individual e o coletivo o passado e o presente o presente e o futuro A possibilidade de mediação e arbitrariedade significa se encontra no próprio modo de ser do signo a saber na sua constituição ontológica tripartite e nas funções que realiza Por exemplo são as funções do signo que possibilitam a designação e a representação das coisas naturais e sociais a expressão do mundo subjetivo do indivíduo e a consolidação de formas alternativas de comunicabilidade entre os homens Tocaremos pontualmente nessas três funções No plano do conhecimento a função designativa e representativa é uma condição necessária A construção do conhecimento científico é devido dessa função significativa A possibilidade de denominar e representar os fenômenos os elementos as propriedades as relações a legalidade e os processos do mundo natural e social propício ao desenvolvimento e o acúmulo do conhecimento humano sobre várias dimensões do mundo Nesse caso o signo permite a construção e o registro de um legado do conhecimento que se perderia não fora a função signica de nomear e representar o real No plano do desenvolvimento da subjetividade do indivíduo a função expressiva cumpre uma tarefa relevante Nesse ponto o signo é um dos aspectos reconhecidos como condição de possibilidade do indivíduo singular poder se expressar em diversos e diferentescontextos comunicativos Ele medeia a ação comunicativa de modo que os indivíduos possam dizer uns para os outros o que pensam sentem desejam sabem Nesse caso o signo é apresentado como um veículo de efetivação da subjetividade singular dos indivíduos na vida social que vivemos No plano da eficácia da comunicabilidade a função do comunicável é imprescindível Sem o signo e os diversos sistemas significativos constitutivos das diferentes formas de ser da linguagem seria impossível o entendimento entre os indivíduos Nesse caso o signo enquanto a eficácia de outras funções possibilita a construção de regras razoáveis e válidas que regulam o funcionamento da comunicação e da convivência social N o tópico anterior discutimos sobre a constituição ontológica do ser do signo sua natureza mediática e arbitrária sua trilogia e suas funções Vimos que o ser do signo é constituído por uma trilogia significantesignificadoreferência que nenhum desses elementos podese fazer ausente caso contrário o próprio signo se dissolve Vimos que o par significantesignificado é o que funda a representação E que a referência pode ser algo concreto ou não Vimos também que o signo tem várias funções entre as quais as funções designativas representativas expressivas e interativas Nesse tópico adentraremos na constituição da noção do textoescrito e desenvolvimentos alguns argumentos em torno dos limites dessa noção da necessidade social e histórica de sua ruptura desconstrução e possível superação A partir da constituição ontológica do signo podemos analisar a noção de texto apresentada por Luft como um desenho significativo determinado como uma noção portadora de uma configuração signo específica Nesse sentido retemos a formulação de Luft 1991599 que apresenta o texto como parte principal de um livro ou imagem por oposição às fotos ilustrações etc Ou como os termos de um escrito livro Lei etc Vale salientar que essa formulação se configura como um acontecimento enunciativo ilustrativo que marca a concepção de texto centrado na escrita Ao analisarmos a configuração da noção de texto encontrada em Luft à luz da constituição do signo poderíamos dizer que a grafia ou fonema texto se apresenta como o significante A ideia produção escrita como o significado A referência que o par textoescrito representa como composta pelos diversos objetos impressivos existentes como livros revistas legislações etc N esse sentido poderíamos afirmar que o livro didático de língua e literatura é um dos lugares assim como o dicionário onde a função enunciativa da língua circunscreve preserva e centraliza a noção de texto em torno da escrita O livro didático de língua e literatura é um exemplo do desdobramento do enunciado encontrado em Luft a saber a oposição entre a escrita e as fotos e ilustrações Ora não fazer perguntas à imagem soa como se ela não tivesse nada a dizer Esse procedimento forja uma consciência que elimina a forma e conteúdo da imagem às marcas dos diversos tipos de conhecimentos de valores de ideologias de sentimentos de desejos de interesses de visões de mundo etc selecionados intencional e deliberadamente ou não nas sempre historicamente determinados Quando os livros didáticos de língua e literatura objetivam a imagem como um nãotexto ela não é posta como objeto cognoscível e comunicante Sua presença é posta muito mais como um recurso estético ou mnêmico do que gnosiológico e comunicante A imagem cumpre uma função estética porque ajuda a embelezar e ilustrar o livro Cumpre também uma função mnemônica porque funciona como um recurso de fixação memorização visual do tema assunto a que está associada Ora não fazer perguntas à imagem soa como se ela não tivesse nada a dizer Nossa análise parte de premissa de que a circunscrição da noção de texto em torno do eixo da escrita restringe a capacidade comunicativa do homem contemporâneo Dessa premissa deriva o entendimento de que a desconstrução da noção em questão se faz necessária a fim de podermos abrir novas zonas de possibilidades significativas que viabilizem tanto a resignificação da noção em tela como a produção circulação e apropriação de novos diferentes e diversos tipos de textos Não é demais relembrarmos que o ato de pôr a noção comum do textoescrita em questão indica o desejo de superação do caráter excludente e reducionista que essa noção imprime nas três esferas tocadas anteriormente a saber a epistêmica a gnosiológica e a comunicante A partir da análise da trilogia textoescritaimpressos constitutiva da noção de texto apresentada por Luft podemos ressenhar uma nova configuração semântica Em vez de exclusão da foto da ilustração desejamos sua inclusão bem como de outras produções culturais Em vez da redução da noção aos limites do textoescritaimpressos almejamos novas configurações que possibilitem uma noção capaz de incluir outros textos Nesse sentido no processo de construção de uma noção de texto diferente da comum a graficou foi apenas texto continua sendo o significativo uma vez que o que está em questão são os seus correlatos ou seja o significado e o referenciado Em suas Reflexões sobre a educação danificada portanto Oliveira não poderia deixar de reverberar a existência objetiva de outras formas de linguagens que invadem intensa e diversificadamente a vida social Decorrente disso compartilha da tese da necessidade social da aprendizagem da leitura imagética como uma das relevantes feridas sociais do novo desenho pedagógico da escola contemporânea Nessa perspectiva Oliveira defende a aprendizagem da leitura imagética como um dos direitos fundamentais do cidadão contemporâneo noção de texto que ultrapasses os limites e as fronteiras da escrita dos impressos e das regras de funcionamento da língua Nesse sentido nos parece educativa a afirmativa de Giroux 199595 quando diz que se ocorreu uma mudança enorme no desenvolvimento e na recepção daquilo que conta como conhecimento ela tem sido acompanhada por uma compreensão de como definimos e aprendemos a grande quantidade de textos eletrônicos auditivos e visuais que se tornaram uma característica determinante da cultura da mídia e da vida cotidiana no mundo atual Poderíamos a partir dessa formulação de Giroux afirmar que a passagem da noção de textoescrita para uma noção significa capaz de incluir todas as modalidades de produções culturais representa uma marca do espírito de nossa época o que indica ainda a exigência da estabelecimento de uma postura cultural crítica uma reformulação das práticas pedagógicas em relação à mídia e à implementação de uma postura histórica das instituições e dos indivíduos diante dos riscos de massificação dos indivíduos Como espírito de uma época o desejo da ampliação e do uso de uma noção de texto para além da escrita se faz sentir em diferentes práticas sociais e campos de produção de conhecimento Por exemplo no campo dos estudos críticos sobre cultura Giroux 199598 esclarece que os Estudos Culturais estão comprometidos com o estudo da produção da recepção e do uso situado de variados textos e da forma como eles estruturam as relações sociais os valores e as noções de comunidade o futuro e as diversas definições do eu Os textos nesse sentido não se referem simplesmente à cultura da imprensa ou à tecnologia do livro mas a todas aquelas formas auditivas visuais e eletronicamente mediadas de conhecimento que têm provocado uma mudança radical na construção do conhecimento e nas formas pelas quais o conhecimento é produzido recebido e consumido Esse fenômeno produziu um empobrecimento do próprio conceito de cultura mediante a instauração de tudo que seja diferente dos parâmetros culturais defendidos e institucionalizados bem como forja a negação da alteridade Um dos efeitos dessa prática conservadora seria a exclusão dos acontecimentos e artefatos culturais próprios do mundo imediato e das vivências da maioria dos indivíduos que constituem a sociedade Afirma Kellner idem107 que para os pósmodernas a pedagogia moderna está organizada em torno de livros e o objetivo da aquisição de uma alfabetização em leitura e escrita centrando sua noção de educação e alfabetismo no desenvolvimento de habilidades que sejam especialmente aplicáveis à cultura impressa Um outro campo em que a discussão da imagem e do texto não é reciso se faz presente com análises de discurso Para este artigo o discurso é visto como uma prática social constituída por múltiplas linguagens e semióticas que produzem uma diversidade de significados e sentidos Nesse ponto lembra Pinto 199924 que os textos são partes integrantes do contexto sóciohistórico e não aquilo capaz de representar instrumental external as pressões sociais Tem assim papel fundamental na reprodução manutenção ou transformação das representações que as pessoas fazem de suas relações identitárias com que se definem numa sociedade pois é por meio dos textos que se travam as batalhas no nosso diaadia levando os participantes de um processo comunicacional a procurar dar a última palavra isto é inscreverse no ou no lugar de um texto quem necessitam se dizer naquilo que são e no que se transformam A fim de vislumbrarmos algumas pistas das implicações pedagógicas resultantes de uma possível adoção da noção de texto assentado na trilogia textomensagem enunciadaprodutos culturais recorremos ao artigo de Santos 1998 intitulado O uso escolar das imagens de satélite socialização da ciência e tecnologia espacial a partir do qual daremos alguns toques que indicam a riqueza das possibilidades e das contribuições do emprego de textoimagem no espaço escolar Primeiro toque A escola precisa assumir efetivamente seu papel social de participar da ampliação da capacidade comunicativa dos indivíduos situados historicamente na sociedade contemporânea A modernidade inventou múltiplas formas de produção registro e circulação da informação o que permitiu um processo mais veloz e diverso de sua produção e circulação Por outro lado no plano do consumo esse fenômeno implica a existência de indivíduos com uma performance comunicativa capaz de viabilizar o processamento crítico e criativo dessas informações transformandoas em conhecimentos significativos e produtivos do ponto de vista individual e social Segundo toque A escola precisa assumir efetivamente a incorporação do uso de imagens no cotidiano escolar com vistas a participar do desenvolvimento de um pensamento e uma prática pedagógica que considere a complexidade e a dinâmica do fazer educativo e da organização social O recurso imagético propicia a realização de atividades escolares preocupadas com o repasse de informações atualizadas
Send your question to AI and receive an answer instantly
Recommended for you
7
Dicionário de Comunicação: Teorias e Autores
Comunicação e Expressão
UNIVASF
12
Extensão ou Comunicação - Paulo Freire
Comunicação e Expressão
UNIVASF
13
A Arquitetura da Felicidade: Reflexões e Curiosidades
Comunicação e Expressão
UNIVASF
1
Conteúdo sobre Comunicação: Teoria e Funções de Linguagem
Comunicação e Expressão
UMG
Preview text
Conceitos Associação dos Docentes da Universidade Federal da Paraíba v 1 n 1 João Pessoa 1996 APRESENTAÇÃO O desafio histórico de um governo democrático nacional e popular Reestruturação Produtiva O Texto em Questão Resignificação Conceitual e Implicações Pedagógicas Segundo Abbagnano 1998894 de modo geral o signo é visto como qualquer objeto do acontecimento seja quanto menção de outro objeto ou acontecimento Ferreira 199851 ensaiando uma definição acaba por partilhar do mes mo horizonte de significado que Abbagnano quando afirma que signo é tudo aquilo que possibilita a medi atiza uma mensagem entre o expres sor e o receptor Ou ainda tudo aquilo conhecido que dá a conhecer outra coisa Das enunciações de Abbagnano e Ferreira nos interessam dois elementos a função mediadora do signo e a arbitrariedade de sua exis tência social O uso de objetos co mo meio de evocar determinados acontecimento representar determina dos tipos de conhecimento e de fun dar a existência das condições sim bólicas que viabilizem a interação comunicativa entre os indivíduos in dicam a função mediadora e o caráter arbitrário do signo Nesse sentido esclarecemos logo de início esses dois elementos Mediar pode ser entendido como a ação de pôr algo entre In terposição que possibilita a produ ção de uma associação de uma li gação não existente anteriormente poderíamos dizer que o signo se apresenta como um dispositivo social simbólico arbitrário e histórico mediador das relações entre as coisas e os homens e entre os próprios homens Compartilhamos da premissa de que o signo possui na sua constituição ontológica três dimen sões indissociáveis o significativo o significante e o uma referência Ana logicamente em outros termos as sim como um triângulo não seria tri ângulo se eliminássemos um dos seus lados o signo não seria signo sem uma das suas dimensões Explicando o modo de ser de cada uma dessas dimensões pode ríamos dizer que o significativo é a dimensão que possibilita a represen tação sensorial da referência gra fiasom Por sua vez o significador é o que permite a representação mental da referência idéiaconceito Por fim a referência é o ele mento social natural ou imaginário representado pelo significante significado coisa fato evento Como exemplo pensemos na coisa cadeira Nesse caso o significante seria a escrita grafia ou o som fo nomena cadeira o significado se ria a ideia de cadeira como uma coisa determinada utilizada para sentar e a referência será a coisa representada pelo par cadeiraas sento No contexto de nossa argu mentação é importante tocarmos mesmo que de passagem em duas questões relacionadas à análise so bre o ser do signo a representação e o simulacro A primeira ligase ao par significativosignificado que nos reporta diretamente ao núcleo da problemática da representação que conforme vimos seria constituída por um composto de significante marcas visuais sonoras e táteis e de significado idéias concepções em vez de ser constituído por um dos pares isola damente A representação só é possível por meio do processo de significação de algo existente A representação não é um processo de transubstanciação do ser do ente existente no ser da representação como se a representação fosse uma nova forma de ser do ente A re presentação não é uma duplicação essencialista do ente ao contrário é uma invenção arbitrária Não há nenhuma nexo essencialista entre o existenteausente e o estar presente no ato da representação A representação é o que e constitutiva do referido A eliminação de um dos elementos implica a destruição do próprio signo Conforme vimos é possível gerar no interno do signo em processo de transmutações descolamentos reposicionamentos nas não de dis solução ou eliminação de alguns dos elementos Nesse sentido como representação e representação o signo é atribuição do que o enunciado é e um processo de possibilidade de reverberação do signo considerado como um inteiro À luz do que expus cremos que referenciar um ponto de vista diante do que se considera como um signo ressignificálo e representálo é descrever a construção em maneira de representação é estrapolar os marcos da construção social e cultural do signo O elemento próprio do signo é a subjetividade que traz consigo e esta subjetividade é construída em modo relacional e simbolizado com dependência do que o signo representa Como havíamos dito o caráter mediador e arbitrário do signo é condição de possibilidade do estabelecimento das conexões entre o individual e o coletivo o passado e o presente o presente e o futuro A possibilidade de mediação e arbitrariedade significa se encontra no próprio modo de ser do signo a saber na sua constituição ontológica tripartite e nas funções que realiza Por exemplo são as funções do signo que possibilitam a designação e a representação das coisas naturais e sociais a expressão do mundo subjetivo do indivíduo e a consolidação de formas alternativas de comunicabilidade entre os homens Tocaremos pontualmente nessas três funções No plano do conhecimento a função designativa e representativa é uma condição necessária A construção do conhecimento científico é devido dessa função significativa A possibilidade de denominar e representar os fenômenos os elementos as propriedades as relações a legalidade e os processos do mundo natural e social propício ao desenvolvimento e o acúmulo do conhecimento humano sobre várias dimensões do mundo Nesse caso o signo permite a construção e o registro de um legado do conhecimento que se perderia não fora a função signica de nomear e representar o real No plano do desenvolvimento da subjetividade do indivíduo a função expressiva cumpre uma tarefa relevante Nesse ponto o signo é um dos aspectos reconhecidos como condição de possibilidade do indivíduo singular poder se expressar em diversos e diferentescontextos comunicativos Ele medeia a ação comunicativa de modo que os indivíduos possam dizer uns para os outros o que pensam sentem desejam sabem Nesse caso o signo é apresentado como um veículo de efetivação da subjetividade singular dos indivíduos na vida social que vivemos No plano da eficácia da comunicabilidade a função do comunicável é imprescindível Sem o signo e os diversos sistemas significativos constitutivos das diferentes formas de ser da linguagem seria impossível o entendimento entre os indivíduos Nesse caso o signo enquanto a eficácia de outras funções possibilita a construção de regras razoáveis e válidas que regulam o funcionamento da comunicação e da convivência social N o tópico anterior discutimos sobre a constituição ontológica do ser do signo sua natureza mediática e arbitrária sua trilogia e suas funções Vimos que o ser do signo é constituído por uma trilogia significantesignificadoreferência que nenhum desses elementos podese fazer ausente caso contrário o próprio signo se dissolve Vimos que o par significantesignificado é o que funda a representação E que a referência pode ser algo concreto ou não Vimos também que o signo tem várias funções entre as quais as funções designativas representativas expressivas e interativas Nesse tópico adentraremos na constituição da noção do textoescrito e desenvolvimentos alguns argumentos em torno dos limites dessa noção da necessidade social e histórica de sua ruptura desconstrução e possível superação A partir da constituição ontológica do signo podemos analisar a noção de texto apresentada por Luft como um desenho significativo determinado como uma noção portadora de uma configuração signo específica Nesse sentido retemos a formulação de Luft 1991599 que apresenta o texto como parte principal de um livro ou imagem por oposição às fotos ilustrações etc Ou como os termos de um escrito livro Lei etc Vale salientar que essa formulação se configura como um acontecimento enunciativo ilustrativo que marca a concepção de texto centrado na escrita Ao analisarmos a configuração da noção de texto encontrada em Luft à luz da constituição do signo poderíamos dizer que a grafia ou fonema texto se apresenta como o significante A ideia produção escrita como o significado A referência que o par textoescrito representa como composta pelos diversos objetos impressivos existentes como livros revistas legislações etc N esse sentido poderíamos afirmar que o livro didático de língua e literatura é um dos lugares assim como o dicionário onde a função enunciativa da língua circunscreve preserva e centraliza a noção de texto em torno da escrita O livro didático de língua e literatura é um exemplo do desdobramento do enunciado encontrado em Luft a saber a oposição entre a escrita e as fotos e ilustrações Ora não fazer perguntas à imagem soa como se ela não tivesse nada a dizer Esse procedimento forja uma consciência que elimina a forma e conteúdo da imagem às marcas dos diversos tipos de conhecimentos de valores de ideologias de sentimentos de desejos de interesses de visões de mundo etc selecionados intencional e deliberadamente ou não nas sempre historicamente determinados Quando os livros didáticos de língua e literatura objetivam a imagem como um nãotexto ela não é posta como objeto cognoscível e comunicante Sua presença é posta muito mais como um recurso estético ou mnêmico do que gnosiológico e comunicante A imagem cumpre uma função estética porque ajuda a embelezar e ilustrar o livro Cumpre também uma função mnemônica porque funciona como um recurso de fixação memorização visual do tema assunto a que está associada Ora não fazer perguntas à imagem soa como se ela não tivesse nada a dizer Nossa análise parte de premissa de que a circunscrição da noção de texto em torno do eixo da escrita restringe a capacidade comunicativa do homem contemporâneo Dessa premissa deriva o entendimento de que a desconstrução da noção em questão se faz necessária a fim de podermos abrir novas zonas de possibilidades significativas que viabilizem tanto a resignificação da noção em tela como a produção circulação e apropriação de novos diferentes e diversos tipos de textos Não é demais relembrarmos que o ato de pôr a noção comum do textoescrita em questão indica o desejo de superação do caráter excludente e reducionista que essa noção imprime nas três esferas tocadas anteriormente a saber a epistêmica a gnosiológica e a comunicante A partir da análise da trilogia textoescritaimpressos constitutiva da noção de texto apresentada por Luft podemos ressenhar uma nova configuração semântica Em vez de exclusão da foto da ilustração desejamos sua inclusão bem como de outras produções culturais Em vez da redução da noção aos limites do textoescritaimpressos almejamos novas configurações que possibilitem uma noção capaz de incluir outros textos Nesse sentido no processo de construção de uma noção de texto diferente da comum a graficou foi apenas texto continua sendo o significativo uma vez que o que está em questão são os seus correlatos ou seja o significado e o referenciado Em suas Reflexões sobre a educação danificada portanto Oliveira não poderia deixar de reverberar a existência objetiva de outras formas de linguagens que invadem intensa e diversificadamente a vida social Decorrente disso compartilha da tese da necessidade social da aprendizagem da leitura imagética como uma das relevantes feridas sociais do novo desenho pedagógico da escola contemporânea Nessa perspectiva Oliveira defende a aprendizagem da leitura imagética como um dos direitos fundamentais do cidadão contemporâneo noção de texto que ultrapasses os limites e as fronteiras da escrita dos impressos e das regras de funcionamento da língua Nesse sentido nos parece educativa a afirmativa de Giroux 199595 quando diz que se ocorreu uma mudança enorme no desenvolvimento e na recepção daquilo que conta como conhecimento ela tem sido acompanhada por uma compreensão de como definimos e aprendemos a grande quantidade de textos eletrônicos auditivos e visuais que se tornaram uma característica determinante da cultura da mídia e da vida cotidiana no mundo atual Poderíamos a partir dessa formulação de Giroux afirmar que a passagem da noção de textoescrita para uma noção significa capaz de incluir todas as modalidades de produções culturais representa uma marca do espírito de nossa época o que indica ainda a exigência da estabelecimento de uma postura cultural crítica uma reformulação das práticas pedagógicas em relação à mídia e à implementação de uma postura histórica das instituições e dos indivíduos diante dos riscos de massificação dos indivíduos Como espírito de uma época o desejo da ampliação e do uso de uma noção de texto para além da escrita se faz sentir em diferentes práticas sociais e campos de produção de conhecimento Por exemplo no campo dos estudos críticos sobre cultura Giroux 199598 esclarece que os Estudos Culturais estão comprometidos com o estudo da produção da recepção e do uso situado de variados textos e da forma como eles estruturam as relações sociais os valores e as noções de comunidade o futuro e as diversas definições do eu Os textos nesse sentido não se referem simplesmente à cultura da imprensa ou à tecnologia do livro mas a todas aquelas formas auditivas visuais e eletronicamente mediadas de conhecimento que têm provocado uma mudança radical na construção do conhecimento e nas formas pelas quais o conhecimento é produzido recebido e consumido Esse fenômeno produziu um empobrecimento do próprio conceito de cultura mediante a instauração de tudo que seja diferente dos parâmetros culturais defendidos e institucionalizados bem como forja a negação da alteridade Um dos efeitos dessa prática conservadora seria a exclusão dos acontecimentos e artefatos culturais próprios do mundo imediato e das vivências da maioria dos indivíduos que constituem a sociedade Afirma Kellner idem107 que para os pósmodernas a pedagogia moderna está organizada em torno de livros e o objetivo da aquisição de uma alfabetização em leitura e escrita centrando sua noção de educação e alfabetismo no desenvolvimento de habilidades que sejam especialmente aplicáveis à cultura impressa Um outro campo em que a discussão da imagem e do texto não é reciso se faz presente com análises de discurso Para este artigo o discurso é visto como uma prática social constituída por múltiplas linguagens e semióticas que produzem uma diversidade de significados e sentidos Nesse ponto lembra Pinto 199924 que os textos são partes integrantes do contexto sóciohistórico e não aquilo capaz de representar instrumental external as pressões sociais Tem assim papel fundamental na reprodução manutenção ou transformação das representações que as pessoas fazem de suas relações identitárias com que se definem numa sociedade pois é por meio dos textos que se travam as batalhas no nosso diaadia levando os participantes de um processo comunicacional a procurar dar a última palavra isto é inscreverse no ou no lugar de um texto quem necessitam se dizer naquilo que são e no que se transformam A fim de vislumbrarmos algumas pistas das implicações pedagógicas resultantes de uma possível adoção da noção de texto assentado na trilogia textomensagem enunciadaprodutos culturais recorremos ao artigo de Santos 1998 intitulado O uso escolar das imagens de satélite socialização da ciência e tecnologia espacial a partir do qual daremos alguns toques que indicam a riqueza das possibilidades e das contribuições do emprego de textoimagem no espaço escolar Primeiro toque A escola precisa assumir efetivamente seu papel social de participar da ampliação da capacidade comunicativa dos indivíduos situados historicamente na sociedade contemporânea A modernidade inventou múltiplas formas de produção registro e circulação da informação o que permitiu um processo mais veloz e diverso de sua produção e circulação Por outro lado no plano do consumo esse fenômeno implica a existência de indivíduos com uma performance comunicativa capaz de viabilizar o processamento crítico e criativo dessas informações transformandoas em conhecimentos significativos e produtivos do ponto de vista individual e social Segundo toque A escola precisa assumir efetivamente a incorporação do uso de imagens no cotidiano escolar com vistas a participar do desenvolvimento de um pensamento e uma prática pedagógica que considere a complexidade e a dinâmica do fazer educativo e da organização social O recurso imagético propicia a realização de atividades escolares preocupadas com o repasse de informações atualizadas