Pragas da Citricultura - Levantamento Bibliográfico sobre Anastrepha fraterculus e Outras

ENTOMOLOGIA AGRÍCOLA AVALIAÇÃO 4 Façam um levantamento bibliográfico sobre o seguinte tema Principais pragas da citricultura Observações O trabalho deverá ser entregue em arquivo PDF Prazo de entrega 1012 Tamanho sugerido até 5 páginas Evitar excesso de tabelas imagens e referências bibliográficas O trabalho terá notas atribuídas de 0 a 10 e peso de 14 da nota semestral RECOMENDAÇÕES PARA ELABORAÇÃO DO TRABALHO Procurem 2 pragas principais e explorem de forma mais aprofundada as mesmas Descrição da praga e ecologia do inseto Danos causados Manejo o Amostragem o Métodos de controle o Inseticidas usados evidenciar com trabalhos científicos Principais pragas na citricultura No levantamento bibliográfico realizado foi constatado as seguintes doenças e pragas que vêm limitando e encarecendo a produção de cítricos leprose cancro cítrico clorose variegada dos citros CVC morte súbita MSC mancha negra do citros MPC mancha preta do citros MNC o Huanglongbing HLB exgreening moscanegradoscitros Aleurocanthus woglumi moscasdasfrutas Anastrepha fraterculus minadordoscitros Phyllocnistis citrella cochonilha ortézia Orthezia praelonga cochonilha pardinha Selenaspidus articulatus escama farinha Pinnaspis aspidistrae ácarodafalsaferrugem Phyllocoptruta oleivora e ácaro purpúreo Panonychus citri Dentre estas foi escolhido duas principais que serão exploradas e aprofundadas a seguir Moscasdasfrutas Anastrepha fraterculus Descrição da praga e ecologia do inseto RAGA 2005 SENAR 2016 As moscasdasfrutas Diptera Tephritidae caracterizamse como uma das pragas mais importantes na fruticultura mundial e ocorrem em uma grande diversidade de hospedeiros com extensa distribuição geográfica A espécie Anastrepha fraterculus também conhecida como mosca sulafricana é uma das principais pragas da citricultura brasileira Os adultos são insetos com 65 mm de comprimento possuem cor amarelada e asas transparentes com manchas amarelas de tamanho variados e em forma de S que se estendem desde a base até a extremidade O ciclo de vida desses insetos dividese nas seguintes fases oviposição embrionária ovos larval pupal e adulta Na primeira fase a fêmea perfura a casca com o ovipositor e deposita os ovos nos cítricos em amadurecimento O número varia de 50 a mais de 1000 ovos durante toda a sua vida Os ovos apresentam coloração brancoleitosa são alongados curvados e afunilados nos extremos As larvas são de coloração branca ou branca amarelada o corpo é segmentado alongado e afilado de um lado e arredondado e achatado do outro Todo o desenvolvimento da larva acontece no interior do fruto hospedeiro As pupas se localizam no solo e apresentam coloração marrom e formato de cápsula cilíndrica Essa fase pode durar de poucos dias até meses dependendo do clima Nos adultos o corpo encontrase coberto de pelos ou cerdas a cabeça é grande e larga e apresenta duas antenas curtas na parte frontal As asas também estão presentes em faixas e manchas de diversos padrões de forma e coloração Figura 01 Danos causados RAGA 2005 Os danos diretos das moscasdasfrutas são causados pelas fêmeas adultas e pelas larvas unicamente em frutos A fêmea através da perfuração do fruto depositando ou não o ovo já causa dano irreversível No local da punctura a epiderme fica marcada e mais tarde se desenvolve uma concavidade no fruto Internamente no local da punctura formase na polpa uma massa morta Estes danos não estão associados à presença e desenvolvimento da larva mas unicamente à perfuração do fruto pela fêmea Os frutos podem ficar com inúmeras pontuações escuras na epiderme devido à grande quantidade de puncturas As larvas consomem a polpa dos frutos Não existe um padrão de deslocamento das larvas no interior do fruto embora elas sejam mais frequentemente encontradas na parte central da polpa Em geral as larvas produzem um apodrecimento interno da polpa ficando a área atacada decomposta úmida e escurecida Muitas vezes não é perceptível a infestação de larvas pois os frutos permanecem com o visual externo inalterado Com um simples apalpar do fruto entretanto notase a perda de sua consistência Figura 01 Os danos indiretos desta praga estão relacionados à redução de produtividade das plantas à queda dos preços dos frutos devido a problemas de qualidade e à imposição por países importadores de barreiras comerciais e fitossanitárias resultando na exigência de tratamentos quarentenários de póscolheita para evitar a introdução destas pragas Todos esses problemas resultam no aumento dos custos de produção uma vez que a adoção de práticas de controle monitoramento e implantação de programas quarentenários são investimentos inesperados e arcados pelo produtor Figura 01 Exemplares de Anastrepha fraterculus e danos causados nos frutos em A Fêmea inserindo o ovipositor no fruto e B larvas alimentandose da polpa Fonte Nava Botton 2010 Manejo Amostragem e Métodos de controle LEMOS et al 2004 RAGA 2005 Devese espalhar armadilhas nos talhões normalmente do tipo McPhail e a Jackson as quais são monitoradas semanalmente para constatar a presença de adultos da mosca A ação será desencadeada quando apresentar a densidade de 1 adultoarmadilhasemana A análise de frutos para detecção de larvas também pode ser empregada de modo exclusivo ou em conjunto com as armadilhas Os primeiros frutos que amadurecem e principalmente aqueles frutos que amadurecem fora de tempo e antes dos demais chamados temporões são os indicadores mais precisos do potencial de infestação A principal forma de controle das moscasdasfrutas é a preventiva Devese dar atenção especial a plantios localizados próximos a citricultura pois a disseminação dessa praga dá se principalmente através de mudas das espécies hospedeiras Quando a praga é identificada indicase o método de controle cultural que é o processo de coleta de frutas infestadas para que ovos e larvas de moscasdasfrutas sejam removidos da área de produção O controle químico iniciase quando são registradas as primeiras capturas de moscas nas armadilhas A aplicação deve ser dirigida às folhas ou ao tronco numa faixa de 1 m de largura em fileiras na borda do pomar e em 25 das plantas no seu interior No controle biológico de moscasdasfrutas podem ser utilizadas vespas parasitóides eou entomopatógenos nematóides bactérias e fungos Manejo Inseticidas usados Salles 1995 recomenda para a pulverização utilizar um inseticida que tenha ação de profundidade ou seja que possa matar as larvas nascidas e as que vierem a nascer no interior do fruto nos dias seguintes à aplicação dentre eles destacamse dimetoato fenitrotion fention fosmet formation mevinfós e triclorfon Lemos e colaboradores 2004 indicam a confecção de Iscatóxica com uma mistura de atraente alimentar e inseticida que pode ser utilizada no controle das moscasdafrutas Ao se alimentar desta solução o inseto se intoxica e morre É recomendado a preparação de iscas atrativas com 300 mL Abamectin 7 L de melaço ou 5 Kg de açúcar cristal100 L dágua A aplicação deverá ser realizada em 25 a 50 das plantas gastandose 100 mL da caldaplanta Malathion 350 mL100 L dágua e Fenthion 600 800 mLha também podem ser utilizados nas iscas tóxicas Não utilizar inseticidas fosforados durante a floração Cochonilha ortézia Orthezia praelonga Descrição da praga e ecologia do inseto BENVENGA et al 2017 Dentre as principais pragas que atacam os citros encontramse as cochonilhas especialmente a Orthezia praelonga que apresenta grande importância econômica pois ataca laranja limão e tangerina causando vários prejuízos devido seu dinamismo e rapidez com que se reproduz e dá origem a novas gerações A cochonilha ortézia é um inseto de coloração esbranquiçada desprovido de carapaça quitinosa e que apresenta como proteção uma cerosidade sobre o corpo Figura 02 Esta característica permite que a cochonilha tenha elevada mobilidade na fase de ninfa e na fase adulta propiciando elevada disseminação natural Esses insetos injetam toxinas nas plantas durante a sucção da seiva provocando desfolhamento lento redução da produção e queda acentuada de frutos além de favorecer o aparecimento de fumagina fungo saprófito que diminui a área fotossintética da planta As formas mais eficientes de disseminação são vento materiais de colheita e trânsito de máquinas e caminhões Danos causados BENVENGA et al 2017 Os danos diretos referemse à extração contínua de seiva para a alimentação e à injeção de toxinas durante este processo desta forma o primeiro dano indireto considerado é o definhamento das plantas pelas toxinas e pelo desenvolvimento da fumagina Capnodium sp que utiliza a exudação da ortézia para sua colonização e multiplicação A fumagina recobre as folhas da planta dificultando o seu processo de respiração bem como a realização da fotossíntese O definhamento é visualizado pela queda de folhas e frutos estes por sua vez não se desprendem da planta são pequenos em tamanho com baixos teores de açúcares e de ácidos e não apresentam valor para a comercialização Figura 02 A presença de fungos saprófitos sobre os frutos causa a depreciação visual além de elevar os custos de produção Manejo Amostragem e Métodos de controle CARVALHO 1998 A cochonilha é uma praga de difícil controle e elevado custo desta forma recomendase o monitoramento objetivando a identificação de focos iniciais da praga O monitoramento do pomar deve ser realizado periodicamente mensalmente identificandose as plantas que apresentam a face superior das folhas cobertas pela fumagina e face inferior infestadas pela praga Quando localizado o foco as plantas infestadas devem ser marcadas para o controle imediato juntamente com as oitos plantas ao redor e a vegetação rasteira Tornase imprescindível uma mãodeobra qualificada no reconhecimento da praga e as formas de se evitar a disseminação atuando como inspetores fitossanitários para impedir a entrada da cochonilha ortézia seja por meio de pessoas máquinas ou equipamentos no talhão Para reduzir a disseminação pelo vento sugerese a implantação de quebra ventos e cercas vivas O controle biológico da cochonilha em pomares cítricos pode ser realizado com os insetos predadores e os fungos entomopatogênicos Como exemplo de inseto predador de ovos é citada a larva da mosca Gitona brasiliensis e como predador de adultos e ninfas as joaninhas Scymnus sp e Azya luteipes as larvas do bicho lixeiro Chrysopodes sp e Ceraeochrysa cubana e os adultos e ninfas do percevejo predador Heza insignis Manejo Inseticidas usados Os inseticidas registrados para o controle da cochonilha ortézia estão agrupados em organofosforado dimethoate ethion methidathion parathion e acephate piretroide fenpropathrin betacyfluthrin e bifenthrin carbamato aldicarb e neonicotinoide thiamethoxan Lemos e colaboradores descrevem a quantidade de alguns deles Bifenthrin 20 mL100 L Methidathion 100 125 mL100 L Imidacloprid 10 g100 L Acephate 75 g100 L e Aldicarb 25 130 gcova Felippe e colaboradores 2005 relataram que o manejo com inseticidas é mais efetivo quando a aplicação ocorre na via foliar seguido pela aplicação de um granulado sistêmico via solo ao redor de toda a copa da planta e que tanto os produtos sistêmicos reguladores de crescimento como os de contato necessitam de certo tempo para causar mortalidade à cochonilha Figura 02 Fêmeas de Orthezia praelonga e Danos foliares Fonte site Fundecitrus REFERÊNCIAS RAGA Adalton Incidência monitoramento e controle de moscasdasfrutas na citricultura paulista Laranja v 26 n 2 p 307322 2005 BARBOSA C de J RORIZ Alzira Kelly Passos SILVA Suely Xavier de Brito BARBOSA Luciana Veiga Pragas quarentenárias A1 e A2 da citricultura baiana Embrapa Amazônia OrientalComunicado Técnico INFOTECAE 2014 BENVENGA Sérgio Roberto GRAVENA Santin SILVA Jose Luiz JUNIOR Nilton Araujo AMORIM Luis Carlos Souza Manejo prático da cochonilha ortézia em pomares de citros Citrus Research Technology v 32 n 1 p 3952 2017 CARVALHO Romuto da Silva NASCIMENTO Antonio Souza do SANCHES Nilton Fritzons Controle de Orthezia dos Citros Cruz das AlmasBA EMBRAPACNPMF 1 998 FELIPPE Marcos Rogério GARBIM Luiz FernandoCOELHO Juliana Helena Carvalho XIMENES Nivian Lopes SANCHEZ André Luiz YAMAMOTO Pedro Tokao Controle químico da cochonilha ortézia em citros Laranja v 26 n 2 p 251264 2005 Ortonésia FUNDECITRUS 2022 Disponível em httpswwwfundecitruscombrdoencasortezia Acesso em 30 nov 2022 GRAVENA Santin História do controle de pragas na citricultura brasileira Citrus Research Technology v 32 n 2 p 8592 2017 LEMOS W de P VELOSO Carlos Alberto Costa RIBEIRO Sydney Itauran Identificação e controle das principais pragas em pomares de citros no Pará Embrapa Amazônia OrientalComunicado Técnico INFOTECAE 2004 NAVA Dori Edson BOTTON Marcos Bioecologia e controle de Anastrepha fraterculus e Ceratitis capitata em pessegueiro Embrapa Clima TemperadoDocumentos INFOTECAE 2010 SALLES L A B Bioecologia e controle da moscadasfrutas sulamericana Pelotas RS EMBRAPA CPACT 1995 58 p SENAR Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Fruticultura moscasdasfrutas biologia e manejo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural SENAR 1 ed Brasília 2016 Principais pragas na citricultura No levantamento bibliográfico realizado foi constatado as seguintes doenças e pragas que vêm limitando e encarecendo a produção de cítricos leprose cancro cítrico clorose variegada dos citros CVC morte súbita MSC mancha negra do citros MPC mancha preta do citros MNC o Huanglongbing HLB exgreening moscanegradoscitros Aleurocanthus woglumi moscasdasfrutas Anastrepha fraterculus minadordoscitros Phyllocnistis citrella cochonilha ortézia Orthezia praelonga cochonilha pardinha Selenaspidus articulatus escama farinha Pinnaspis aspidistrae ácarodafalsaferrugem Phyllocoptruta oleivora e ácaro purpúreo Panonychus citri Dentre estas foi escolhido duas principais que serão exploradas e aprofundadas a seguir Moscasdasfrutas Anastrepha fraterculus Descrição da praga e ecologia do inseto RAGA 2005 SENAR 2016 As moscasdasfrutas Diptera Tephritidae caracterizamse como uma das pragas mais importantes na fruticultura mundial e ocorrem em uma grande diversidade de hospedeiros com extensa distribuição geográfica A espécie Anastrepha fraterculus também conhecida como mosca sulafricana é uma das principais pragas da citricultura brasileira Os adultos são insetos com 65 mm de comprimento possuem cor amarelada e asas transparentes com manchas amarelas de tamanho variados e em forma de S que se estendem desde a base até a extremidade O ciclo de vida desses insetos dividese nas seguintes fases oviposição embrionária ovos larval pupal e adulta Na primeira fase a fêmea perfura a casca com o ovipositor e deposita os ovos nos cítricos em amadurecimento O número varia de 50 a mais de 1000 ovos durante toda a sua vida Os ovos apresentam coloração brancoleitosa são alongados curvados e afunilados nos extremos As larvas são de coloração branca ou branca amarelada o corpo é segmentado alongado e afilado de um lado e arredondado e achatado do outro Todo o desenvolvimento da larva acontece no interior do fruto hospedeiro As pupas se localizam no solo e apresentam coloração marrom e formato de cápsula cilíndrica Essa fase pode durar de poucos dias até meses dependendo do clima Nos adultos o corpo encontrase coberto de pelos ou cerdas a cabeça é grande e larga e apresenta duas antenas curtas na parte frontal As asas também estão presentes em faixas e manchas de diversos padrões de forma e coloração Figura 01 Danos causados RAGA 2005 Os danos diretos das moscasdasfrutas são causados pelas fêmeas adultas e pelas larvas unicamente em frutos A fêmea através da perfuração do fruto depositando ou não o ovo já causa dano irreversível No local da punctura a epiderme fica marcada e mais tarde se desenvolve uma concavidade no fruto Internamente no local da punctura forma se na polpa uma massa morta Estes danos não estão associados à presença e desenvolvimento da larva mas unicamente à perfuração do fruto pela fêmea Os frutos podem ficar com inúmeras pontuações escuras na epiderme devido à grande quantidade de puncturas As larvas consomem a polpa dos frutos Não existe um padrão de deslocamento das larvas no interior do fruto embora elas sejam mais frequentemente encontradas na parte central da polpa Em geral as larvas produzem um apodrecimento interno da polpa ficando a área atacada decomposta úmida e escurecida Muitas vezes não é perceptível a infestação de larvas pois os frutos permanecem com o visual externo inalterado Com um simples apalpar do fruto entretanto notase a perda de sua consistência Figura 01 Os danos indiretos desta praga estão relacionados à redução de produtividade das plantas à queda dos preços dos frutos devido a problemas de qualidade e à imposição por países importadores de barreiras comerciais e fitossanitárias resultando na exigência de tratamentos quarentenários de póscolheita para evitar a introdução destas pragas Todos esses problemas resultam no aumento dos custos de produção uma vez que a adoção de práticas de controle monitoramento e implantação de programas quarentenários são investimentos inesperados e arcados pelo produtor Figura 01 Exemplares de Anastrepha fraterculus e danos causados nos frutos em A Fêmea inserindo o ovipositor no fruto e B larvas alimentandose da polpa Fonte Nava Botton 2010 Manejo Amostragem e Métodos de controle LEMOS et al 2004 RAGA 2005 Devese espalhar armadilhas nos talhões normalmente do tipo McPhail e a Jackson as quais são monitoradas semanalmente para constatar a presença de adultos da mosca A ação será desencadeada quando apresentar a densidade de 1 adultoarmadilhasemana A análise de frutos para detecção de larvas também pode ser empregada de modo exclusivo ou em conjunto com as armadilhas Os primeiros frutos que amadurecem e principalmente aqueles frutos que amadurecem fora de tempo e antes dos demais chamados temporões são os indicadores mais precisos do potencial de infestação A principal forma de controle das moscasdasfrutas é a preventiva Devese dar atenção especial a plantios localizados próximos a citricultura pois a disseminação dessa praga dá se principalmente através de mudas das espécies hospedeiras Quando a praga é identificada indicase o método de controle cultural que é o processo de coleta de frutas infestadas para que ovos e larvas de moscasdasfrutas sejam removidos da área de produção O controle químico iniciase quando são registradas as primeiras capturas de moscas nas armadilhas A aplicação deve ser dirigida às folhas ou ao tronco numa faixa de 1 m de largura em fileiras na borda do pomar e em 25 das plantas no seu interior No controle biológico de moscasdasfrutas podem ser utilizadas vespas parasitóides eou entomopatógenos nematóides bactérias e fungos Manejo Inseticidas usados Salles 1995 recomenda para a pulverização utilizar um inseticida que tenha ação de profundidade ou seja que possa matar as larvas nascidas e as que vierem a nascer no interior do fruto nos dias seguintes à aplicação dentre eles destacamse dimetoato fenitrotion fention fosmet formation mevinfós e triclorfon Lemos e colaboradores 2004 indicam a confecção de Iscatóxica com uma mistura de atraente alimentar e inseticida que pode ser utilizada no controle das moscasdafrutas Ao se alimentar desta solução o inseto se intoxica e morre É recomendado a preparação de iscas atrativas com 300 mL Abamectin 7 L de melaço ou 5 Kg de açúcar cristal100 L dágua A aplicação deverá ser realizada em 25 a 50 das plantas gastandose 100 mL da caldaplanta Malathion 350 mL100 L dágua e Fenthion 600 800 mLha também podem ser utilizados nas iscas tóxicas Não utilizar inseticidas fosforados durante a floração Cochonilha ortézia Orthezia praelonga Descrição da praga e ecologia do inseto BENVENGA et al 2017 Dentre as principais pragas que atacam os citros encontramse as cochonilhas especialmente a Orthezia praelonga que apresenta grande importância econômica pois ataca laranja limão e tangerina causando vários prejuízos devido seu dinamismo e rapidez com que se reproduz e dá origem a novas gerações A cochonilha ortézia é um inseto de coloração esbranquiçada desprovido de carapaça quitinosa e que apresenta como proteção uma cerosidade sobre o corpo Figura 02 Esta característica permite que a cochonilha tenha elevada mobilidade na fase de ninfa e na fase adulta propiciando elevada disseminação natural Esses insetos injetam toxinas nas plantas durante a sucção da seiva provocando desfolhamento lento redução da produção e queda acentuada de frutos além de favorecer o aparecimento de fumagina fungo saprófito que diminui a área fotossintética da planta As formas mais eficientes de disseminação são vento materiais de colheita e trânsito de máquinas e caminhões Danos causados BENVENGA et al 2017 Os danos diretos referemse à extração contínua de seiva para a alimentação e à injeção de toxinas durante este processo desta forma o primeiro dano indireto considerado é o definhamento das plantas pelas toxinas e pelo desenvolvimento da fumagina Capnodium sp que utiliza a exudação da ortézia para sua colonização e multiplicação A fumagina recobre as folhas da planta dificultando o seu processo de respiração bem como a realização da fotossíntese O definhamento é visualizado pela queda de folhas e frutos estes por sua vez não se desprendem da planta são pequenos em tamanho com baixos teores de açúcares e de ácidos e não apresentam valor para a comercialização Figura 02 A presença de fungos saprófitos sobre os frutos causa a depreciação visual além de elevar os custos de produção Manejo Amostragem e Métodos de controle CARVALHO 1998 A cochonilha é uma praga de difícil controle e elevado custo desta forma recomendase o monitoramento objetivando a identificação de focos iniciais da praga O monitoramento do pomar deve ser realizado periodicamente mensalmente identificando se as plantas que apresentam a face superior das folhas cobertas pela fumagina e face inferior infestadas pela praga Quando localizado o foco as plantas infestadas devem ser marcadas para o controle imediato juntamente com as oitos plantas ao redor e a vegetação rasteira Tornase imprescindível uma mãodeobra qualificada no reconhecimento da praga e as formas de se evitar a disseminação atuando como inspetores fitossanitários para impedir a entrada da cochonilha ortézia seja por meio de pessoas máquinas ou equipamentos no talhão Para reduzir a disseminação pelo vento sugerese a implantação de quebra ventos e cercas vivas O controle biológico da cochonilha em pomares cítricos pode ser realizado com os insetos predadores e os fungos entomopatogênicos Como exemplo de inseto predador de ovos é citada a larva da mosca Gitona brasiliensis e como predador de adultos e ninfas as joaninhas Scymnus sp e Azya luteipes as larvas do bicho lixeiro Chrysopodes sp e Ceraeochrysa cubana e os adultos e ninfas do percevejo predador Heza insignis Manejo Inseticidas usados Os inseticidas registrados para o controle da cochonilha ortézia estão agrupados em organofosforado dimethoate ethion methidathion parathion e acephate piretroide fenpropathrin betacyfluthrin e bifenthrin carbamato aldicarb e neonicotinoide thiamethoxan Lemos e colaboradores descrevem a quantidade de alguns deles Bifenthrin 20 mL100 L Methidathion 100 125 mL100 L Imidacloprid 10 g100 L Acephate 75 g100 L e Aldicarb 25 130 gcova Felippe e colaboradores 2005 relataram que o manejo com inseticidas é mais efetivo quando a aplicação ocorre na via foliar seguido pela aplicação de um granulado sistêmico via solo ao redor de toda a copa da planta e que tanto os produtos sistêmicos reguladores de crescimento como os de contato necessitam de certo tempo para causar mortalidade à cochonilha Figura 02 Fêmeas de Orthezia praelonga e Danos foliares Fonte site Fundecitrus REFERÊNCIAS RAGA Adalton Incidência monitoramento e controle de moscasdasfrutas na citricultura paulista Laranja v 26 n 2 p 307322 2005 BARBOSA C de J RORIZ Alzira Kelly Passos SILVA Suely Xavier de Brito BARBOSA Luciana Veiga Pragas quarentenárias A1 e A2 da citricultura baiana Embrapa Amazônia Oriental Comunicado Técnico INFOTECAE 2014 BENVENGA Sérgio Roberto GRAVENA Santin SILVA Jose Luiz JUNIOR Nilton Araujo AMORIM Luis Carlos Souza Manejo prático da cochonilha ortézia em pomares de citros Citrus Research Technology v 32 n 1 p 3952 2017 CARVALHO Romuto da Silva NASCIMENTO Antonio Souza do SANCHES Nilton Fritzons Controle de Orthezia dos Citros Cruz das AlmasBA EMBRAPACNPMF 1 998 FELIPPE Marcos Rogério GARBIM Luiz FernandoCOELHO Juliana Helena Carvalho XIMENES Nivian Lopes SANCHEZ André Luiz YAMAMOTO Pedro Tokao Controle químico da cochonilha ortézia em citros Laranja v 26 n 2 p 251264 2005 Ortonésia FUNDECITRUS 2022 Disponível em httpswwwfundecitruscombrdoencasortezia Acesso em 30 nov 2022 GRAVENA Santin História do controle de pragas na citricultura brasileira Citrus Research Technology v 32 n 2 p 8592 2017 LEMOS W de P VELOSO Carlos Alberto Costa RIBEIRO Sydney Itauran Identificação e controle das principais pragas em pomares de citros no Pará Embrapa Amazônia OrientalComunicado Técnico INFOTECAE 2004 NAVA Dori Edson BOTTON Marcos Bioecologia e controle de Anastrepha fraterculus e Ceratitis capitata em pessegueiro Embrapa Clima TemperadoDocumentos INFOTECAE 2010 SALLES L A B Bioecologia e controle da moscadasfrutas sulamericana Pelotas RS EMBRAPA CPACT 1995 58 p SENAR Serviço Nacional de Aprendizagem Rural Fruticultura moscasdasfrutas biologia e manejo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural SENAR 1 ed Brasília 2016