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Ciências Contábeis ·

Análise de Custos Industriais

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Unidade 1 CUSTEIO POR ABSORÇÃO Prezado a Aluno a Seja bemvindo a à Unidade de Ensino 1 da disciplina Análise de Custos que trata do Custeio por Absorção 1 Objetivos da Unidade A Unidade de Ensino 1 tem por finalidade o sistema de custeamento por absorção abordando tanto os procedimentos contábeis e tratamento de apropriação de custos com relação a produção conjunta Capítulo 14 do livrotexto quanto os aspectos fiscais pois recebe um tratamento específico no Regulamento do Imposto de Renda RIR Decreto 159877 Abrange também a apropriação dos Custos Indiretos de Fabricação CIF a departamentos e a produtos e finalmente a identificação e análise das variações dos CIF reais e do confronto com os CIF aplicados Capítulo 9 do livrotexto Essa unidade conclui a abordagem iniciada na disciplina Contabilidade de Custos que em seu conteúdo programático se dedica exclusivamente ao custeio tradicional custeio por absorção A Unidade 2 que virá a seguir abordará o custeio gerencial conhecido como Custeio Variável e de suas aplicações para a tomada de decisões na estratégia empresarial 2 Temáticas da Unidade e referências bibliográficas Essa unidade tem o conteúdo seguinte compreendendo dois capítulos do livro texto Contabilidade de Custos Eliseu Martins 11ª edição Atlas 2019 é a mesma distribuição de capítulos da 10ª edição de 2010 Unidade 1 CUSTEIO POR ABSORÇÃO Capítulo 14 PRODUÇÃO CONJUNTA E PROBLEMAS FISCAIS NA AVALIAÇÃO DE ESTOQUES INDUSTRIAIS CUSTOS CONJUNTOS Capítulo 9 APLICAÇÃO DE CUSTOS INDIRETOS DE PRODUÇÃO Registramos que o autor do livro texto denomina os Custos Indiretos de Fabricação CIF sigla usual que é adotada nessa disciplina por Custos Indiretos de Produção CIP Assim CIF ou CIP dentro da Contabilidade de Custos tem o mesmo significado Além do livro texto estão disponíveis na Biblioteca Virtual em Ebook livro eletrônico outros sob a temática Custos permitindo uma extensão e complementação dos estudos Livro texto MARTINS Eliseu Contabilidade de Custos 10ª ed São Paulo Atlas 2010 ou a 11ª edição de 2019 Ebook ISBN 9788597018080 Livros complementares SANTOS Joel José Manual de Contabilidade e Análise de Custos São Paulo Atlas 2017 Ebook ISBN 9788597010831 MEGLIORINI Evandir Custos análise e gestão São Paulo Pearson Prentice Hall 2012 Ebook ISBN 9788543025599 HORNGREN DATAR FOSTER Contabilidade de custos V 1 e 2 São Paulo Prentice Hall 2004 Ebook ISBN 9788587918956 Assim no contexto desta Unidade 1 Megliorini 2012 p68 trata na seção 246 da questão da taxa de aplicação de custos indiretos que é o assunto do Capítulo 9 do livro texto Já a produção conjunta abordada no Capítulo 14 do livro texto tem em Santos 2017 p 152 a 158 um capítulo inteiramente dedicado a custos conjuntos abordando também as distinções entre sucata coprodutos e subprodutos 3 Metodologia do Processo de Ensino e Aprendizagem Você pode começar seus estudos assistindo a vídeo aula desta Unidade e logo após a leitura dos capítulos 14 e 9 do livrotexto realizando em seguida a Tarefa Objetiva 1 Em seguida será divulgada a Tarefa Objetiva 2 valorizada também em até quatro 4 pontos Não deixe para a última hora a realização dos exercícios pois demandam atenção e cálculos que necessitam de muito cuidado e conferências Essas tarefas são fundamentais para que possa realizar as provas com conhecimento e obter bons resultados Na data seguinte ao dia de entrega determinada para cada tarefa será disponibilizada a resposta automática pelo sistema informatizado no ambiente virtual de aprendizagem AVA para sua conferência Tendo alguma divergência entre a resposta e o gabarito retome a leitura dos capítulos para localizar o erro Se persistir alguma dúvida não deixe de enviála pelo correio acadêmico através da Caixa de Entrada do AVACanvas para que possamos auxiliálo a Também não deixe de fazer nenhuma tarefa pois não o fazendo não receberá o gabarito da mesma Na pasta Exercícios de Apoio no Ambiente Virtual de Aprendizagem AVA são disponibilizados três 3 exercícios de apoio assim denominados pois aprofundam e exemplificam o conteúdo da matéria na parte prática com solução e comentários Eles são essenciais ao estudo e devem ser visualizados e entendidos antes de fazer qualquer uma das tarefas E para permitir a auto avaliação do conhecimento recomendase a realização dos exercícios propostos ao final de cada capítulo do livro texto capítulos 9 e 14 Se houver alguma dúvida não deixe de encaminhálas pelo correio acadêmico As respostas desses exercícios do livro texto estão disponibilizadas no ambiente virtual de aprendizagem não deixe de fazêlos pois assim poderá avaliar o quanto teve de facilidadedificuldade atestando seu grau de compreensão quanto aos assuntos tratados em cada capítulo 4 Processo de Avaliação Na Unidade 1 que trata do CUSTEIO POR ABSORÇÃO você será avaliado nas Tarefas Objetivas 1 e 2 em até quatro 4 pontos em cada uma São pelas tarefas objetivas e abertas que você se credencia a desenvolver a assimilação do conteúdo respondendo às questões após a leitura dos capítulos do livro texto indicados Como salientado na metodologia de ensino divulgada dessa disciplina é importante a leitura dos capítulos e a realização dos exercícios e tarefas propostas SEMANALMENTE Nas provas ocorrem questões que envolvam cálculos dos custos indiretos aplicados bem como sobre o entendimento dos conceitos de custos conjuntos coprodutos sucatas subprodutos Para as provas desta disciplina não é exigido o conteúdo da seção 149 do livro texto Um enorme problema a inflação Estamos na expectativa de sua dedicação aos estudos Esses dois capítulos 14 e 9 do livro texto requerem um estudo atento e eventualmente uma revisão de conceitos e de assuntos abordados na disciplina Contabilidade de Custos 5 Aspectos relevantes do conteúdo programático desta Unidade Para um bom início de estudos da disciplina em continuidade a disciplina Contabilidade de Custos é recomendável a leitura do conteúdo constante do Capítulo 3 do livro texto com relação a seção 32 que trata do Custeio por Absorção retomando o entendimento das características desse custeio como suporte inicial para o estudo do capítulo 14 e para a realização da Tarefa Objetiva 01 Como subsídio ao maior entendimento apresentamos as seguintes informações adicionais 51 Custeio por absorção O custeio por absorção objetiva absorver aos produtos fabricados e aos serviços prestados o custo real dos insumos e fatores relacionados com o processo de transformação de materiais em produtos e em serviços finais O custeio por absorção é voltado para a alocação dos custos de cada produto bens ou serviços visando organizar e analisar a ocorrência dos gastos durante o processo de produção Tem na sua concepção a apropriação de todos os custos diretos ou indiretos fixos ou variáveis na elaboração dos produtos tendo como principal característica a acumulação de custos para a finalidade de avaliação dos estoques e apuração dos resultados periódicos Nesse método são absorvidos aos produtos diretamente as matériasprimas o material de embalagem a mão de obra direta pois são facilmente mensuráveis e diretamente ligados aos produtos fabricados e serviços prestados Os custos indiretos no entanto por não estarem relacionados diretamente ao volume de produção são alocados absorvidos aos produtos com base em algum fator direto como unidades produzidas custo aplicado da matériaprima horas máquina horas trabalhadas etc A forma mais tradicional é a aplicação de taxas de apropriação dos custos indiretos aos produtos através da mão de obra direta em função dos tempos operacionais geralmente identificáveis no processo produtivo para cada produto Neste procedimento de alocação por critérios convencionais residem as maiores críticas ao custeio por absorção pois podem provocar resultados imprecisos principalmente quando é maior a diversidade dos bens e serviços bem como processos tecnológicos de produção mais complexos como na industrialização automatizada O rateio dos custos indiretos no método por absorção contém distorções que irão influenciar negativamente a avaliação dos custos dos produtos e consequentemente na determinação dos preços de vendas Do ponto de vista da legislação societária Lei n 64041976 art 183 e da legislação fiscal brasileira RIR1999 artigos 289 290 e 294 o custeio por absorção constitui a base da avaliação dos custos dos produtos acabados e em elaboração e seu correspondente registro nos respectivos estoques Portanto o tratamento legal é pelo custeio por absorção uma vez que integram o custo dos produtos e serviços o material aplicado a mão de obra direta e indireta supervisão manutenção almoxarifado e demais gastos indiretos de produção aluguéis manutenção e reparos depreciações amortizações e exaustões além de outros bens ou serviços aplicados ou consumidos na produção Em que pese a exigência legal da adoção do custeio por absorção o método dificulta sobremaneira a análise de resultados por produto em decorrência dos rateios dos custos indiretos que tomam por base dados eou volumes de fabricação com alocação de custos que pouco contribuem para o esclarecimento do real valor dos gastos incorridos para a obtenção de cada produto Ao concentrarse na segregação dos custos em diretos e indiretos este método não permite mensurar o efeito da produtividade inerente a ganhos de escala nem tampouco a identificação das causas do custo O custeio por absorção foi muito válido enquanto os custos fixos não eram relevantes e quando o foco era alocar os custos de fabricação aos produtos em estoque e aos produtos vendidos através da distribuição por critérios de apropriação usualmente associados a departamentos e unidades produtivas Nesse ponto reside o problema maior do custeio por absorção a adoção de critérios subjetivos na determinação das regras para rateio dos custos indiretos que ganharam maior importância na atualidade com a evolução dos ambientes de manufatura em que as chamadas funções de apoio e controle formadas pela mão de obra indireta engenharia do produto e processos compras controle de qualidade movimentação de materiais e logística atendimento ao cliente dentre outras superam em muitas empresas o valor dos custos diretos como a mão de obra direta base usual do custeio por absorção levando assim a alocações arbitrárias e muitas vezes enganosas 52 Espécies do custeio por absorção Em uma abordagem mais aprofundada o método do custeio por absorção pode ser dividido em três espécies custeio por absorção parcial custeio por absorção parcial modificado e custeio por absorção integral ou pleno 521 Custeio por absorção parcial É o custeio por absorção em sua forma mais tradicional Atribui aos produtos os custos fixos e variáveis enquanto as despesas gastos da administração da empresa e gastos de comercialização são contabilizadas diretamente no resultado do período em que incorrerem Os custos diretos são alocados diretamente aos produtos e os custos indiretos energia e aluguel por exemplo precisam passar por um rateio antes da incorporação ao custo dos produtos 522 Custeio por absorção parcial modificado Atribui aos produtos os custos fixos operacionais e os custos variáveis Os custos fixos estruturais são contabilizados diretamente no resultado do período em que ocorrem são os ônus pela manutenção da estrutura produtiva como um todo A justificativa pela não alocação dos custos fixos estruturais aos produtos deriva do fato de que constantemente dois ou mais produtos compartilham a mesma estrutura produtiva tornando os custos fixos estruturais não rastreáveis diretamente aos produtos com arbitrária alocação aos produtos individuais 523 Custeio por absorção pleno O Custeio Pleno também denominado Custeio Integral pode ser definido como o método de custos que aloca aos produtos todos os custos de produção tanto fixos quanto variáveis juntamente com as despesas fixas ou seja os gastos fixos de administração e de vendas Os custos indiretos e os gastos fixos de administração e de vendas passam por um rateio antes da incorporação aos produtos É uma forma incorreta pelas normas societárias e tributárias Na versão extrema é denominado RKW passando a incorporar também ao custo dos produtos os encargos financeiros e os juros sobre o capital próprio 53 Apropriação dos custos conjuntos Recomendamos a leitura dos capítulos 14 e 9 do livrotexto acima indicado Sobretudo a partir da leitura do capítulo 14 que trata da distinção entre coprodutos subprodutos e sucatas e a apropriação dos custos conjuntos aos coprodutos que vão receber os custos de produção deve procurar entender como funcionam os métodos para alocação dos custos conjuntos a cada coproduto Método do valor de mercado Método dos volumes produzidos ou Método das ponderações 54 Tratamento fiscal para o custeamento de produtos Especial atenção deve ser dada quanto ao tratamento fiscal para o custeio de produtos se a empresa não tiver um sistema integrado de custos com a contabilidade geral a legislação tributária obriga adotar a valorização dos estoques por valores referenciais aos preços de venda que geralmente acarreta prejuízos às organizações motivado por um imposto mais elevado em razão dos estoques mais valorizados Sobre esse assunto aproveitamos para salientar alguns aspectos legais extraído do capítulo do livro de nossa autoria Finanças corporativas teoria e prática empresarial no Brasil de Rossetti José Paschoal Lauria Luciano Carlos et al Rio de Janeiro Elsevier 2008 Capítulo 12 Gestão estratégica de custos transcrito a seguir A legislação brasileira para as finalidades de apuração do lucro tributável de cada empresa obriga ao levantamento e a avaliação dos estoques ao final de cada período devendo ser observados segundo a atividade da empresa e a sua forma de tributação os critérios de registro de estoques os critérios de avaliação pelo custo médio ponderado permanente ou mensal o PEPS Primeiro a Entrar Primeiro a Sair ou pelo preço de venda subtraída a margem de lucro além de outros aspectos legais que devem merecer a atenção das empresas com observância das leis e cumprindo o disposto no regulamento do imposto de renda RIR e pareceres normativos PN exarados pela Secretaria da Receita Federal Nas empresas comerciais industriais e de serviços que adquirem materiais e mercadorias para estocagem e revenda os estoques devem ser avaliados pelo custo de aquisição que compreende além do valor pago ao fornecedor os gastos com transporte e de seguro pagos a terceiros até a entrada dos bens no estabelecimento da empresa adquirente os impostos não recuperáveis pagos na aquisição no mercado interno ou na importação IPI ICMS Mas não integram o custo de aquisição os impostos pagos IPI e ICMS e as contribuições federais PIS e Cofins que são recuperáveis na revenda conforme Art 289 3 e Art 293 do RIR1999 Leis ns 106372002 e 108132003 Nas empresas industriais o custo dos produtos fabricados deverá ser determinado com observância do custeio por absorção que deve compreender os custos diretos matériaprima e mão de obra direta e os indiretos formados pelos demais gastos gerais de fabricação Não é admitida a adoção do custeio direto ou variável conforme Art 190 do RIR1999 e PN CST n 61979 Integram obrigatoriamente o custo de produção conforme Art 290 do RIR1999 a o custo de aquisição de matériasprimas empregadas e de quaisquer outros bens ou serviços aplicados ou consumidos na produção b o custo do pessoal aplicado na produção inclusive de supervisão direta manutenção e guarda das instalações de produção c os custos de locação manutenção e reparo e os encargos de depreciação dos bens aplicados na produção d os encargos de amortização diretamente relacionados com a produção e os encargos de exaustão dos recursos naturais utilizados na produção Nas empresas que exploram atividade industrial duas são as opções de avaliação dos estoques 1ª Pela adoção de sistema de contabilidade de custos integrado e coordenado com o restante da escrituração Aplicável para a maioria das empresas que utilizam um sistema contábil apoiado no registro permanente de suas operações com apuração de custos através da escrituração contábil para avaliação dos estoques de produtos acabados e em elaboração O RIR1999 no 2 do Art 294 define o sistema de contabilidade de custo integrado e coordenado com o restante da escrituração que deve atender cumulativamente os seguintes requisitos a esteja apoiado em valores originados de custo integrado e coordenado com o restante da escrituração contábil matériaprima mão de obra direta e gastos gerais de fabricação b permita a determinação contábil do valor dos estoques de matériasprimas e outros materiais produtos em elaboração e produtos acabados ao fim de cada mês c esteja apoiado em livros auxiliares fichas formulários contínuos ou mapas de apropriação ou rateio tidos em boa guarda e de registros coincidentes com aqueles constantes da escrituração principal d permita avaliar os estoques existentes na data de encerramento do período de apropriação de resultados segundo os custos efetivamente incorridos 2ª Pela inexistência de sistema integrado de custos Aplicável a empresas de pequeno porte e às microempresas que por força de suas limitações estruturais não possuem o controle contábil integrado com as suas atividades produtivas controle de estoque e dos processos Essas empresas ficam sujeitas ao arbitramento do valor dos estoques cumprindo o disposto no art 296 do RIR1999 que obriga a adoção de determinados percentuais legais a saber Estoques de produtos acabados Deverão ser avaliados aplicandose o percentual de 70 no maior preço de venda praticado no períodobase excluindose o IPI se for o caso Estoques de produtos em processamento Os produtos em elaboração ao final do período deverão ser avaliados por um dos seguintes critérios por uma vez e meia o maior custo de aquisição das matériasprimas adquiridas no período excluídos os impostos recuperáveis ou 80 do valorbase resultante do critério exposto no item b1 utilizado para a avaliação dos produtos acabados O arbitramento do valor dos estoques de produtos acabados e em processamento resulta em maior carga tributária uma vez que a utilização dos percentuais legais implica na sobrevalorização dos custos nos estoques e em consequência no registro de menores custos no resultado e assim maior valor para o lucro tributável o que é prejudicial às empresas A legislação fiscal quer sempre se proteger se a empresa não tem sistema de custos integrado e coordenado com a contabilidade geral significa que a empresa não sabe quanto é seu custo portanto não sabe quanto é o lucro e não saberá quantificar quanto de IR deverá recolher Nesta condição de não saber efetivamente qual é o CUSTO REAL e por extensão qual o valor do efetivo LUCRO REAL a legislação do IR estabelece margens para valorização dos ESTOQUES de produtos acabados e em processo de tal forma que ao custear os estoques eventualmente existentes com base no maior preço de venda estes estoques ficam mais VALORIZADOS do que o REAL e assim menos CPV CUSTO REALIZADO PELAS VENDAS irá para o resultado e em razão disso MAIOR LUCRO SERÁ APURADO e logicamente MAIOR IMPOSTO SERÁ RECOLHIDO Ou seja a legislação do IR se protege ao ARBITRAR o valor dos estoques PARA MAIS 70 do maior preço de venda é muito para o valor de custos lembrando que dentro do preço de venda tem tributos como o ICMS 18 PIS de 165 e COFINS de 760 Assim considerandose estes tributos sobra pouco para a cobertura das despesas e da remuneração do lucro se acaso for custeado como CUSTO 70 do preço de venda 55 Estoques No Capítulo 5 Estoques do livro Manual de Contabilidade Societária da FIPECAFI 2ª edição de 2013 na página 85 os autores afirmam que um dos aspectos mais complexos na Contabilidade prendese à apuração e determinação dos custos dos estoques não só por ser um ativo significativo como também pelo fato de sua determinação por um ou outro valor tem reflexo direto na apuração do resultado do exercício e ainda em face da grande quantidade de itens que normalmente compõem os estoques cuja movimentação de entradas e saídas é constante Também esclarecem que o custo é base elementar para a avaliação mas quando houver a perda de utilidade ou a redução no preço de venda ou de reposição de um item que reduza seu valor recuperável a um nível abaixo do custo devese então assumir como base final de avaliação tal preço de mercado inferior ao custo mediante o registro de uma perda estimada Na página 94 mencionam que essa prática de reduzir o valor de custo dos estoques writedown ao valor realizável líquido é coerente com a ideia que não se deve ter registrado valores superiores aos que se espera REALIZAR QUANDO DA OCORRÊNCIA DA VENDA OU DO USO faz parte do conceito geral de impairment Então só se pode reconhecer algum estoque com seu respectivo custo no ativo se este tiver efetivo valor para REALIZAÇÃO ou seja para venda cumprindo o pressuposto da competência Normalmente o subproduto tem valor de venda pois assim como os produtos principais eles também são vendidos Mas com relação a subprodutos SEM POTENCIAL DE VENDA se não serão vendidos ou seja SEUS CUSTOS RECUPERADOS por que então devem ficar no ativo patrimonial No Pronunciamento Técnico CPC 16 os estoques devem ser baixados quando a as receitas destes estoques são reconhecidas Receitas x CPV na DRE b os estoques são consumidos nas atividades que estavam destinados sem geração de receitas como o caso de consumo de material de limpeza material de escritório etc c quando há redução ao valor realizável líquido OU QUAISQUER OUTRAS PERDAS as palavras em maiúsculo são utilizadas para realçar não pertencem ao texto original Assim não podem figurar no ativo as sucatas e subprodutos sem potencial de venda Mas devemos lembrar que os critérios fiscais conflitam com os critérios de avaliação dos estoques da Lei das Sociedades por Ações e com as normas contábeis inclusive CPCsIFRS já que não admitem a dedutibilidade das perdas estimadas para ajuste dos estoques ao valor realizável líquido quando este for menor O capítulo 9 trata da apropriação dos custos indiretos antes do encerramento do exercício relativamente a valorização dos estoques e dos produtos vendidos É um assunto muito importante que irá subsidiar o entendimento do método do custopadrão objeto da Unidade 04 dessa disciplina 56 Terminologias específicas Na bibliografia sobre custos muitas conceituações tradicionais são apresentadas e conhecidas como abordado na disciplina de Contabilidade de Custos Na parte da análise e no exame de dados e informações para decisões gerenciais e estratégicas sobretudo quando do planejamento passam a existir outras terminologias como os tratados nos Capítulos finais do livro texto na parte IV página 285 e seguintes Alguns conceitos específicos Custo objetivado é um custo referenciado a uma meta uma previsão que se quer atingir Custo fixopadrão é o valor do custo fixo periódico estabelecido antes de se começar a produção do mês padronizado para o mês Custos diretosidealizados são os custos primários como material e mão de obra direta que são definidos como ideais a serem atingidos mas não são padrões pois os padrões são feitos com bases em circunstâncias normais e circunstâncias ideais nem sempre são as possíveis de serem atingidas 6 O que você deverá alcançar a partir de seus estudos e atividades Para essa Unidade 1 você deverá compreender A distinção entre coprodutos subprodutos e sucatas Como e quais critérios permitem a apropriação dos custos conjuntos aos coprodutos Os procedimentos que envolvem o custeio por absorção Como apropriar os custos indiretos de fabricação CIF por estimativas à produção durante a sua execução e antes do término do período entendendo a técnica dos Custos Indiretos Aplicados taxa predeterminada taxa real variações 7 Qual o tempo previsto para esta unidade Esta Unidade iniciase no dia 1º de agosto e termina no dia 14 de agosto que é a data de início da Unidade 2 Considerase um ideal de no mínimo quatro horas de estudos por semana para cada capítulo são dois para esta Unidade 1 os capítulos 14 e 9 do livro texto nesta ordem São duas tarefas para esta unidade Entre a leitura dos dois capítulos a realização dos exercícios propostos ao final de cada capítulo e dos exercícios de apoio deverá dedicarse o máximo para obter uma eficiente assimilação do conteúdo A aula em vídeo e a exemplificação prática também em vídeo muito contribuirão para o seu aprendizado assim como os exercícios de apoio 1 2 e 3 Embora o prazo de entrega da Tarefa Objetiva 2 seja até o dia 28 de agosto é conveniente não deixar acumular pois assim irá dificultar a sequencia e o tempo necessário dos estudos para a Unidade 2 A disciplina Análise de Custos é reconhecidamente relevante para o controle e para a tomada de decisões sempre de grande impacto nos resultados de empresas e instituições Procure dedicarse ao estudo desta disciplina pois o conhecimento que irá adquirir o credenciará certamente para sua atuação na profissão Reserve tempo e disponibilidade em cada semana para estudar assistir as vídeo aulas e fazer os exercícios propostos em cada capítulo E sempre que precisar de esclarecimentos tirar dúvidas do conteúdo da matéria e da resolução dos exercícios nos procure pelo correio acadêmico através da Caixa de Entrada do AVA Canvas pois estamos sempre a postos para ajudálo a Atenciosamente Professor Luciano Carlos Lauría Análise de Custos