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PAVIMENTAÇÃO ASFÁLTICA Formação Básica para Engenheiros 2ª Edição Liedi Bariani Bernucci Laura Maria Goretti da Motta Jorge Augusto Pereira Ceratti Jorge Barbosa Soares Jorge Augusto Pereira Ceratti Engenheiro Civil e Mestre pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul UFRGS Doutor em Engenharia Civil pela Coordenação dos Programas de PósGraduação em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro COPPEUFRJ Professor do Programa de PósGraduação em Engenharia Civil da UFRGS de 1979 a 2015 Atualmente aposentado é Professor Convidado da UFRGS e Membro Permanente do corpo docente do Programa de PósGraduação em Engenharia Civil Construção e Infraestrutura da UFRGS desde 2017 É fundador do Laboratório de Pavimentação da UFRGSLAPAV o qual coordenou de 1981 a 2017 É membro da Comissão de Asfaltos do Instituto Brasileiro do Petróleo e Gás Atua como consultor em pavimentação desenvolvendo projetos de cooperação com empresas e órgãos do setor de pavimentação Possui diversas publicações nos prin cipais periódicos e congressos técnicocientíficos nacionais e internacionais na área de pavimentação Laura Maria Goretti da Motta Engenheira Civil 1976 pela Universidade Federal de Juiz de Fora UFJF Mes tre em Engenharia Civil 1979 pela Coordenação dos Programas de Pósgradua ção em Engenharia COPPE da Universidade Federal do Rio de Janeiro UFRJ e Doutora pela COPPEUFRJ 1991 Professora do Programa de Engenharia Civil da COPPEUFRJ de 1984 a 2019 atualmente aposentada continua atuando como colaboradora voluntária Coordenou o Setor de Pavimentos do Laboratório de Geotecnia da COPPE de 1994 até 2016 É membro da Comissão de Asfaltos do Instituto Brasileiro do Petróleo e Gás Possui diversos trabalhos publicados no Brasil e no exterior Co autora do livro de Mecânica dos Pavimentos Já orientou mais de 100 mestres e doutores Já atuou em mais de 100 projetos de cooperação com empresas e órgãos do setor de pavimentação Liedi Bariani Bernucci Engenheira Civil pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo 1981 especialização no Instituto de Geotécnica da Escola Politécnica Federal de Zuri que na Suíça 1984 e 1985 Mestre em Engenharia Geotécnica pelo Departamento de Estruturas e Geotécnica da EPUSP 1987 estágio de Doutoramento pelo Instituto de Geotécnica da Escola Politécnica Federal de Zurique na Suíça 1987 e 1988 Doutora em Engenharia de Transportes pelo Departamento de Engenharia de Transportes da EPUSP 1995 LivreDocente 2001 e Professora Titular no Departa mento de Engenharia de Transportes da EPUSP 2006 Coordenou o Laboratório de Tecnologia de Pavimentação da EPUSP de 1995 a 2021 foi Chefe do Departamento de Engenharia de Transportes da EPUSP por 7 anos ViceDiretora 20142018 e Diretora 20182021 da Escola Politécni ca da USP Atualmente é Presidente do Instituto de Pesquisas Tecnológicas IPT do Estado de São Paulo É membro do Conselho Superior da FAPESP Atua como docente em graduação e pós graduação como coordenadora de diversos projetos de pesquisa e extensão É consultora em pavimentos possui diversas publicações e já formou cerca de 50 mestres e doutores em Engenharia de Transportes Jorge Barbosa Soares Engenheiro Civil pela Universidade Federal do Ceará UFC MSc e PhD em Engenharia Civil pela Texas AM University É Professor Titular da UFC e pesqui sador do CNPq integrando o Comitê de Assessoramento de Engenharia Civil do órgão 20182022 É Diretor de Inovação da FUNCAP 2015 coordena o INCTInfra do CNPq foi Diretor da International Society for Pavements 2016 2018 integra a Comissão do IBPABNT 2003 é Editor Associado da Revista Transportes Já presidiu importantes eventos orientou mais de 40 alunos de pósgraduação 10 pós doutores e possui diversas publicações na área CURRÍCULO RESUMIDO DOS AUTORES Rio de Janeiro 2008 Liedi Bariani Bernucci Laura Maria Goretti da Motta Jorge Augusto Pereira Ceratti Jorge Barbosa Soares Pavimentação asfáltica Formação básica para engenheiros 2ª Edição 2022 P338 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Liedi Bariani Bernucci et al Rio de Janeiro PETROBRAS ABEDA 2ª edição 2022 750 p il ISBN 9788569658023 Inclui Bibliografias Patrocínio ANTT TRANSBRASILIANA 1 Asfalto 2 Pavimentação 3 Camada asfáltica 4 Mistura I Bernucci Liedi Bariani II Motta Laura Maria Goretti da III Ceratti Jorge Augusto Pereira IV Soares Jorge Barbosa CDD 62585 Ficha catalográfica elaborada pelos autores Copyright 2007 Liedi Bariani Bernucci Laura Maria Goretti da Motta Jorge Augusto Pereira Ceratti e Jorge Barbosa Soares COORDENAÇÃO DE PRODUÇÃO Trama Criações de Arte PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO Trama Criações de Arte REVISÃO DE TEXTO Mariflor Rocha Sonia Cardoso Patrocinadores APRESENTAÇÃO Passados 15 anos da primeira edição deste livro Pavimentação Asfáltica Formação Básica para Engenheiros seguida de uma atualização já podemos con siderar como sucesso esta iniciativa de apoio aos autores para o lançamento desta segunda edição revisada Inicialmente sua primeira edição foi distribuída gratuita mente na forma impressa a várias Universidades Faculdades e Escolas de Engen haria nas cinco regiões brasileiras perfazendo 20000 exemplares Entre 2007 e 2009 foram organizados pela Petrobras e Abeda vários cursos proferidos pelos quatro autores dentro do PROASFALTO Programa Asfalto na Universidade uma série de cursos gratuitos feitos para professores da área de pavimentação em várias cidades onde se transmitia o conteúdo do livro trocavamse ideias entre profissio nais e o aprendizado era coletivo Nesta oportunidade eram oferecidas também de forma gratuita 30 aulas em slides que refletiam o conteúdo dos 11 capítulos do livro especialmente preparadas pelos autores do livro Numa segunda fase foi feita a opção de disponibilizar o livro da primeira edição digitalmente o que ampliou de forma extraordinária a sua divulgação Tornouse livro texto em muitas universidades e muitos profissionais passaram também a utilizálo Vale dizer que toda esta efervescência no meio acadêmico na área de pavimen tação atraiu muitos estudantes de graduação mestrado e doutorado o que enri queceu sobremaneira o meio técnico das empresas de consultoria de fornecedores de construção e de controle Os autores professores de universidades importantes e reconhecidamente atu antes no meio técnico firmaram e confirmam a cada dia uma parceria profícua e complementar visto que cada um busca contribuir com suas visões sobre os materi ais e a pavimentação asfáltica embasados em seus muitos anos como professores pesquisadores e consultores Agradecemos à Agência Nacional de Transportes Terrestres ANTT e à Empre sa Transbrasiliana Concessionária de Rodovias SA que através da utilização dos Recursos de Desenvolvimento Tecnológico RDT verba destinada à pesquisa e ao desenvolvimento tecnológico possibilitaram a realização desta segunda edição do livro Pavimentação Asfáltica Formação Básica para Engenheiros Nesta nova edição o livro descreve os materiais usados na pavimentação desde o subleito até o revestimento suas propriedades técnicas de construção avaliação e restauração de pavimentos trazendo as novidades introduzidas nestes últimos anos para melhoria contínua das estruturas dos pavimentos Os conceitos são clara mente expostos ressaltamse as interações entre as características dos materiais das camadas e por tratar de todas as fases do processo de seleção de materiais e suas aplicações permite que tanto os jovens estudantes como os profissionais que já atuam na área possam obter informações relevantes para a compreensão da dinâmica da estrutura do pavimento sujeito às cargas dos veículos e ao clima Apreciamos de forma viva a contribuição que esta publicação tem feito e espe ramos que continue a fazer para o sucesso da pavimentação das rodovias aero portos e vias urbanas espalhadas por todo o território nacional contribuindo efeti vamente para que o transporte de passageiros e de cargas se torne cada vez mais durável seguro e confortável para todos os usuários dos numerosos caminhos deste país gigante e rodoviário SUMÁRIO Apresentação 3 Prefácio 9 1 Introdução 11 11 PAVIMENTO DO PONTO DE VISTA ESTRUTURAL E FUNCIONAL 11 12 UM BREVE HISTÓRICO DA PAVIMENTAÇÃO 13 13 SITUAÇÃO DA PAVIMENTAÇÃO NO BRASIL 23 14 BREVE RESUMO DO AVANÇO DO CONHECIMENTO NA ÁREA RODOVIÁRIA E NO DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTOS NO BRASIL 26 15 CONSIDERAÇÕES FINAIS 30 2 Ligantes asfálticos 35 21 INTRODUÇÃO 35 22 ASFALTOS 36 23 LIGANTE ASFÁLTICO CIMENTO ASFÁLTICO CAP OU LIGANTE BETUMINOSO 38 24 ASFALTO MODIFICADO POR POLÍMERO 94 25 ASFALTOBORRACHA 112 26 ASFALTO TLA 118 27 ALFALTOS MODIFICADOS POR ADITIVOS ESPECIAIS 122 28 EMULSÃO ASFÁLTICA 138 29 ASFALTO DILUÍDO 151 210 ASFALTO ESPUMA 152 211 O PROGRAMA SHRP E AS ESPECIFICAÇÕES DOS LIGANTES POR DESEMPENHO SUPERPAVE 154 212 SMS E SUSTENTABILIDADE 178 3 Agregados 217 31 INTRODUÇÃO 217 32 CLASSIFICAÇÃO DOS AGREGADOS 218 33 PRODUÇÃO DE AGREGADOS BRITADOS 227 34 CARACTERÍSTICAS TECNOLÓGICAS IMPORTANTES DOS AGREGADOS PARA PAVIMENTAÇÃO ASFÁLTICA 231 35 CARACTERIZAÇÃO DE AGREGADOS SEGUNDO O SHRP 256 36 CONSIDERAÇÕES FINAIS 260 4 TIPOS DE CAMADAS ASFÁLTICAS 267 41 INTRODUÇÃO 267 42 MISTURAS ASFÁLTICAS USINADAS A QUENTE E MORNAS 269 43 SAMI STRESS ABSORBING MEMBRANE INTERLAYER 296 44 MISTURAS ASFÁLTICAS USINADAS A FRIO 297 45 MISTURAS USINADAS IN SITU EM USINAS MÓVEIS E APLICADORAS ESPECIAIS 300 46 MISTURAS ASFÁLTICAS RECICLADAS 305 47 TRATAMENTOS SUPERFICIAIS 308 48 SELEÇÃO DE CAMADAS ASFÁLTICAS PARA AS OBRAS DE PAVIMENTAÇÃO 316 5 Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas 335 51 INTRODUÇÃO 335 52 DEFINIÇÕES DE MASSAS ESPECÍFICAS PARA MISTURAS ASFÁLTICAS 337 53 MISTURAS ASFÁLTICAS A QUENTE 345 54 DOSAGEM DE MISTURAS ASFÁLTICAS A FRIO 392 55 MISTURAS ASFÁLTICAS RECICLADAS A QUENTE E MORNAS 395 56 MISTURAS ASFÁLTICAS RECICLADAS A FRIO 408 57 TRATAMENTO SUPERFICIAL 411 58 MICRORREVESTIMENTO ASFÁLTICO E LAMA ASFÁLTICA 423 6 Propriedades mecânicas das misturas asfálticas 453 61 INTRODUÇÃO 453 62 ENSAIOS DE RUPTURA COM CARREGAMENTO MONOTÔNICO RT 455 63 RIGIDEZ 468 64 ENSAIOS DE RUPTURA VIDA DE FADIGA POR CARREGAMENTO CÍCLICO 482 65 ENSAIOS DE DEFORMAÇÃO PERMANENTE 503 7 Materiais das camadas de base subbase e reforço do subleito dos pavimentos asfálticos 535 71 INTRODUÇÃO 535 72 PROPRIEDADES DOS MATERIAIS DE BASE SUBBASE E REFORÇO DO SUBLEITO 537 73 MATERIAIS DE BASE SUBBASE E REFORÇO DO SUBLEITO 554 8 Técnicas executivas de camadas asfálticas 583 81 INTRODUÇÃO 583 82 USINAS ASFÁLTICAS PARA PRODUÇÃO DE MISTURAS PARA REVESTIMENTOS 583 83 USINAS PARA PRODUÇÃO DE MISTURAS RECICLADAS 596 84 TRANSPORTE E LANÇAMENTO DE MISTURAS ASFÁLTICAS PARA REVESTIMENTOS 599 85 TRANSPORTE E LANÇAMENTO DE MISTURAS RECICLADAS 604 86 COMPACTAÇÃO DE CAMADAS DE REVESTIMENTO 604 87 COMPACTAÇÃO DE CAMADAS DE BASE RECICLADA 610 88 EXECUÇÃO DE CAMADAS DE BASE RECICLADA IN SITU 612 89 EXECUÇÃO DE TRATAMENTOS SUPERFICIAIS POR PENETRAÇÃO 617 810 EXECUÇÃO DE LAMAS E MICRORREVESTIMENTOS ASFÁLTICOS 622 811 CONSIDERAÇÕES FINAIS 626 9 Diagnóstico de defeitos avaliação funcional e de aderência 629 91 INTRODUÇÃO 629 92 SERVENTIA 630 93 IRREGULARIDADE LONGITUDINAL 635 94 DEFEITOS DE SUPERFÍCIE 651 95 AVALIAÇÃO OBJETIVA DE SUPERFÍCIE 660 96 NOVAS FORMAS DE AVALIAÇÃO OBJETIVA DOS DEFEITOS DE SUPERFÍCIE 665 97 AVALIAÇÃO DE ADERÊNCIA EM PISTAS MOLHADAS 667 98 ASPECTOS DE AVALIAÇÃO FUNCIONAL EM PAVIMENTOS DE AEROPORTOS 678 99 AVALIAÇÃO DE RUÍDO PROVOCADO PELO TRÁFEGO 680 10 Avaliação estrutural de pavimentos asfálticos 703 101 INTRODUÇÃO 703 102 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO ESTRUTURAL 705 103 EQUIPAMENTOS DE AVALIAÇÃO ESTRUTURAL NÃO DESTRUTIVA 709 104 NOÇÕES DE RETROANÁLISE 722 105 SIMULADORES DE TRÁFEGO 731 106 CONSIDERAÇÕES FINAIS 734 7 11 Técnicas de restauração asfáltica 741 111 INTRODUÇÃO 741 112 TÉCNICAS DE RESTAURAÇÃO DE PAVIMENTOS COM PROBLEMAS FUNCIONAIS 744 113 TÉCNICAS DE RESTAURAÇÃO DE PAVIMENTOS COM PROBLEMAS ESTRUTURAIS 746 114 CONSIDERAÇÕES SOBRE O TRINCAMENTO POR REFLEXÃO 750 PREFÁCIO Desde a sua primeira versão em 2007 este livro foi pensado de modo a apoiar o ensino de graduação de Engenharia especificamente para disciplinas de infraestru tura de transportes Ao longo dos anos o retorno da comunidade de pavimentação sobre o conteúdo foi bastante positivo e evidenciouse a utilidade deste tipo de ma terial também para engenheiros técnicos e pósgraduandos da área Fizemos à época uma analogia da elaboração de um livro como este à construção de uma estrada influenciada por vias preexistentes e abrindose para muitos caminhos possíveis Desde então novos caminhos surgiram pelo avanço da área em ciência em tecnologia e em inovação na compreensão dos materiais nas técnicas de pro jeto e de execução e até nos propósitos ampliados dos pavimentos eg geração de energia captura de CO2 etc Com o intuito de alinhar o escopo anterior com o conhecimento disponível e aplicado hoje trazse a presente versão atualizada Diversos novos métodos e ensaios foram incorporados com centenas de referências bibliográficas adicionais Como em um projeto de manutenção viária decisões foram tomadas com vistas à delimitação do que deveria ser alterado ou mesmo descartado Nesta espécie de reciclagem na qual se aproveita parte dos materiais sem comprometer o sistema foram priorizados melhoramentos nas camadas do livro referentes aos ligantes as fálticos e aos tipos e propriedades das misturas asfálticas técnicas executivas e de avaliação de desempenho Além da relevância destes assuntos para a pavimentação os mesmos passaram por transformações tão significativas nos últimos 15 anos que as atualizações são entendidas como essenciais para proporcionar a devida estrutura de conhecimento Os autores reconhecem a limitação do escopo mesmo frente à presente atuali zação e recomendam que os leitores busquem bibliografia complementar em temas tão diversos quanto dimensionamento de pavimentos mecânica dos pavimentos química e reologia de materiais geotecnia projeto de tráfego e drenagem técnicas de controle tecnológico gerência de pavimentos etc Assim como na primeira versão contamos para esta revisão com a contribuição de colegas e alunos os quais gostaríamos de reconhecer por seus valiosos comentári os e sugestões Nossos agradecimentos especiais a Leni Figueiredo Mathias Leite e Luis Alberto do Nascimento também a Suelly Barroso Sandra Soares Jorge Lucas Junior Jardel de Oliveira Juceline Bastos Aline Fialho Alessandra Oliveira Beatriz Gouveia Kamilla Vasconcelos Clóvis Gonzatti Armando Morilha Júnior Ana Karo liny Bezerra Lucas Sassaki Notese ainda o uso de textos anteriormente escritos pelos autores em coautoria com seus vários colaboradores sendo estes devidamente referenciados Os autores agradecem a Danilo Martinelli Pitta pela atuação junto à conces sionária para a viabilização do projeto RDT junto à ANTT e pelo apoio durante a execução deste projeto que viabilizou a revisão do livro A experiência de revisitar este livro novamente a oito mãos agora mais experien tes foi deveras gratificante Isso só foi possível num período tão agudo como o da pandemia graças à harmonia entre os quatro autores Competências e disponi bilidades de tempo foram devidamente dosadas e se fizeram falta os encontros presenciais houve uma adaptação aos encontros virtuais que possibilitaram viagens instantâneas do Rio Grande do Sul ao Ceará passando pelo Rio de Janeiro e por São Paulo Como previsto desde que foi lançado este projeto qual uma estrada a obra estava sujeita a falhas O olhar atento dos pares ajudou na manutenção ora entre gue O avanço do conhecimento na área de pavimentação prosseguirá e portanto alguns trechos da obra merecerão novos reparos reciclagens inserções inovadoras Certamente novos trechos surgirão na infindável estrada que é o conhecimento Boa viagem De novo Os autores 335 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas 5 Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas 51 INTRODUÇÃO Este capítulo trata da dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas para comporem camadas de revestimento bases asfálticas entre outras da estrutura de pavimento misturas asfálticas a quente e a frio misturas asfálticas recicladas tratamentos superficiais asfálticos e microrrevestimentos asfálticos a frio A dosagem de uma mistura asfáltica tem consistido até hoje na escolha por procedimentos experimentais de um teor dito ótimo de ligante a partir de uma faixa granulométrica prede finida É possível que o termo teor ótimo tenha sido escolhido por analogia ao teor ótimo de umidade de um solo que para uma determinada energia é função somente da massa especí fica Porém no caso das misturas asfálticas são vários os aspectos a serem considerados e o teor ótimo varia conforme o critério de avaliação Portanto o mais conveniente é se nomear o teor de ligante dosado como teor de projeto como forma de ressaltar que sua definição é con vencional Fica a sugestão e ao longo deste texto usarseão alternativamente os dois termos Durante a evolução dos procedimentos de dosagem diversas formas de compactação de amostras vêm sendo desenvolvidas Dependendo da metodologia as amostras podem ser quanto à forma cilíndricas trapezoidais ou retangulares e a compactação pode ser realizada por meio de impacto amassamento vibração ou rolagem HARMAN et al 2002 conforme exemplos apresentados na figura 51 Para ilustrar processos de compactação citase uma pesquisa brasileira sobre uso do sistema de rolagem para compactação de mistura asfáltica em laboratório que foi desenvolvida por Leandro 2016 O teor de projeto de ligante asfáltico varia de acordo com o método de dosagem e é função de parâmetros como granulometria forma e energia de compactação tipo de mistura tempe ratura a qual o pavimento estará submetido entre outros O método de dosagem mais usado mundialmente faz uso da compactação por impacto e é denominado método Marshall em refe rência ao engenheiro Bruce Marshall que o desenvolveu na década de 1940 Durante a década de 1980 várias rodovias norteamericanas de tráfego pesado passaram a evidenciar deforma ções permanentes prematuras que foram atribuídas ao excesso de ligante nas misturas Muitos engenheiros acreditavam que a compactação por impacto das misturas durante a dosagem produzia corpos de prova CP com densidades que não condiziam com as do pavimento em campo Esse assunto foi abordado no estudo realizado nos Estados Unidos sobre materiais asfálticos denominado Strategic Highway Research Program SHRP que resultou em um novo procedimento de dosagem por amassamento denominado Superpave cuja mais recente atualização é de 2017 AASHTO 2017 O procedimento SHRPSuperpave apesar de bastante usado em instituições de pesquisa e concessionárias nacionais ainda não pode ser considerado de uso corrente no Brasil embora o DNIT já disponha de norma de preparação dos corpos de prova pelo compactador giratório DNIT ME 1782018 Nos vários ensaios mecânicos que são utilizados para obter os parâmetros para o dimensionamento pelo novo método MeDiNa tam bém são utilizados corpos de prova obtidos pela compactação giratória como será visto mais à frente assim esperase que a disseminação desse equipamento seja efetiva no país 336 Bernucci Motta Ceratti e Soares Figura 51 Exemplos de corpos de prova de diversas formas e compactadores de misturas asfálticas Fonte Elaborada pelos autores O método de dosagem Marshall de misturas asfálticas ainda é o mais utilizado no país e a norma DNERME 04395 descreve a forma de se obter os parâmetros mecânicos de estabilida de e fluência correspondentes à dosagem Marshall tradicional Foi concebido no final da década de 30 nos Estados Unidos e muito utilizado por sua praticidade e uso de poucos equipamentos no decorrer da II Guerra Mundial como um procedimento para definir a proporção de agrega dos e ligante capaz de resistir às cargas de roda e pressão de pneus das aeronaves militares Portanto o foco dessa tecnologia era evitar deformações permanentes excessivas denominada de fluência e manter um nível mínimo de rigidez denominada de estabilidade das mis turas asfálticas que estariam sujeitas a elevadas cargas de roda Originalmente a compactação Marshall utilizava um esforço de 25 golpes com o soquete Proctor seguido de aplicação de uma carga estática de 5000 libras 2268 kgf durante 2 minutos A aplicação dessa carga tinha a finalidade de nivelar a superfície do corpo de prova visto que como o soquete utilizado tinha diâmetro menor que o corpo de prova a superfície final não era totalmente plana Outras fontes citam a compactação inicial como sendo de 10 golpes seguidos de mais cinco WHITE 1985 O método de ensaio DNERME 04395 descreve o método Marshall utilizado para dosagem de misturas asfálticas e na especificação de serviço DNIT 0312006ES são apresentadas ca racterísticas de misturas asfálticas a obter no processo de dosagem 337 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas White 1985 relata que pela análise de trechos experimentais verificouse que o teor de ligante escolhido com o uso do método Marshall conforme concebido em seus primórdios era muito elevado As seções construídas com os teores escolhidos apresentavam exsudação com o decorrer do tempo devido à póscompactação que o tráfego causava Esse fato indicou que o esforço de compactação então empregado em laboratório era leve não representando a com pactação exercida em campo Com base nessas observações estudos foram realizados para identificar o esforço de compactação que levaria à escolha de um teor de ligante adequado Variações de peso e diâmetro do soquete se seguiram resultando na adoção do peso de 10 libras 454 kgf 50 golpes e diâmetro de 3 78 em vez do soquete tipo Proctor como foi inicialmente adotado por facilidade de disponibilidade de equipamentos laboratoriais no final da década de 30 WHITE 1985 Antes de apresentar os procedimentos de dosagem Marshall e Superpave são definidos a seguir alguns parâmetros que eles utilizam 52 DEFINIÇÕES DE MASSAS ESPECÍFICAS PARA MISTURAS ASFÁLTICAS A figura 52 ASPHALT INSTITUTE 2014 apresenta um esquema para compreensão do uso dos parâmetros físicos dos componentes asfalto e agregados em uma mistura asfáltica que serão utilizados na determinação das massas específicas aparente e efetiva dos vazios de ar e do teor de asfalto absorvido em uma mistura asfáltica compactada Figura 52 Esquema de componentes em uma mistura asfáltica compactada Fonte Asphalt Institute 2014 338 Bernucci Motta Ceratti e Soares 521 Massa específica aparente de mistura asfáltica compactada A massa específica aparente obtida a partir de corpo de prova de uma mistura asfáltica com pactada Gmb é dada pela seguinte razão 51 Onde Ms massa seca do corpo de prova compactado g Va volume de asfalto cm3 Vagefetivo volume efetivo do agregado cm3 capítulo 3 Var volume de ar vazios cm3 Em laboratório valores de volumes são facilmente determinados pela diferença entre massas no caso entre a massa do corpo de prova pesada em balança convencional figura 53a e a massa pesada submersa em balança hidrostática figura 53b A norma DNIT 4282020 indica os procedimentos a serem empregados nessa determinação Figura 53 Pesagem de corpos de prova Fonte Elaborada pelos autores A massa específica aparente de uma mistura asfáltica compactada Gmb é numericamente igual à razão entre a massa seca Ms a uma temperatura prefixada e a massa de um volume igual de água destilada livre de gás a mesma temperatura sendo dada por 52 Onde Msss massa de corpo de prova compactado na condição de superfície saturada seca g que corresponde ao corpo de prova com os poros superficiais saturados sendo elimi nado o excesso de água figura 54 Mssssub massa de corpo de prova compactado na condição de superfície saturada seca e posteriormente submerso em água g 09971 massa específica da água a 25oC gcm3 339 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas A Mssssub é medida com o corpo de prova diretamente submerso em água e deve ser usada em corpos de prova que absorvam até 2 de água Caso contrário devese usar o procedimento no qual o corpo de prova é envolto em material impermeável Figura 54 Obtenção da condição de superfície saturada seca em corpo de prova de mistura asfáltica compactada Fonte Elaborada pelos autores A norma DNIT 4282020 fixa o modo pelo qual se determina a massa específica aparente de mistura asfáltica em corpos de prova moldados em laboratório ou obtidos em pista O pro cedimento é equivalente ao utilizado nas normas AASHTO e ASTM correspondentes Também o procedimento indicado pela norma europeia EN 126976 assemelhase ao indicado pela nor ma DNIT pois considera a massa do corpo de prova na condição de superfície saturada seca O mesmo método DNIT 4282020 fixa os procedimentos para a determinação da densidade aparente de misturas abertas e muito abertas pela utilização de papel filme 522 Massas específicas máximas teóricas e medida de misturas asfálticas A massa específica máxima teórica tradicionalmente denominada densidade máxima teórica sigla DMT no Brasil é dada pela ponderação entre as massas dos constituintes da mistura asfáltica e é descrita mais adiante figura 55a Esse parâmetro é definido na norma de do sagem de misturas asfálticas ABNT NBR 128912016 A massa específica máxima medida no Brasil denominada densidade máxima medida DMM é dada pela razão entre a massa do agregado mais ligante asfáltico e a soma dos volumes dos agregados vazios impermeáveis vazios permeáveis não preenchidos com asfalto e total de asfalto conforme ilustrado na figura 55b Neste livro será adotada a terminologia Gmm para esse parâmetro de modo a ficar consistente com a terminologia das massas espe cíficas dos agregados apresentada no capítulo 3 A Gmm também é chamada de densidade específica Rice James Rice desenvolveu esse procedimento de teste Esse parâmetro pode ser determinado em laboratório seguindo a ASTM 2041 2019 ou a AASHTO T 209 2020 No Brasil os detalhes para essa determinação constam em ABNT NBR 156192016 e na norma DNIT 4272020 ME 340 Bernucci Motta Ceratti e Soares Figura 55 Ilustração dos volumes considerados na determinação da DMT e da Gmm Fonte Elaborada pelos autores A DMT ou a Gmm são usadas no cálculo de percentual de vazios de misturas asfálticas compactadas absorção de ligante pelos agregados massa específica efetiva do agregado Gse referida no capítulo 3 teor de asfalto efetivo da mistura asfáltica e ainda para fornecer valores alvo para a compactação de misturas asfálticas através do compactador giratório Uma outra utilização desses parâmetros é encontrada na determinação da massa específica de misturas asfálticas já compactadas em campo Juntamente com a espessura do pavimento a DMT ou a Gmm é necessária para que se estime a massa específica da mistura sem extração de corpos de prova pelo método que faz uso do densímetro nuclear ou eletromagnético Adiante são descritos dois procedimentos de determinação da DMT e Gmm i ponderação das densidades reais DMT ii ABNT NBR 156192016 utilizando vácuo Gmm o mesmo método indicado pelo DNIT DNIT 4272020 ME Vasconcelos et al 2003 considerando ain da um terceiro método do querosene CASTRO NETO 1996 mostram que os procedimentos podem levar a uma variação de teor de projeto de asfalto de até 04 quando se consideram agregados com pouca absorção de ligante É importante dar preferência para a utilização da determinação da Gmm DNIT 4272020 ME ABNT NBR 156192016 nas dosagens por ser a mais condizente com a condição de en volvimento dos agregados pelo ligante Ponderação das massas específicas reais A determinação da DMT era realizada tradicionalmente pela ponderação das massas espe cíficas reais dos materiais que compõem a mistura asfáltica brita 34 areia de campo pó de pedra e asfalto por exemplo No entanto essa forma pode não representar bem a condição de misturas asfálticas que contenham agregados com uma certa porosidade O ensaio de massa específica correspondente numericamente à densidade nesses agre gados é feito segundo as normas do DNIT para agregado graúdo DNIT 4132019 e agregado miúdo DNIT 4112019 conforme mostrado no capítulo 3 De posse das massas específicas reais de todos os materiais e suas respectivas proporções fazse uma ponderação para a determinação da DMT da mistura para os diferentes percentuais de ligante A expressão 53 apresenta o cálculo da DMT pelas massas Mi e das massas específicas reais Gi dos materiais constituintes 53 341 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas Onde a porcentagem de asfalto expressa em relação à massa total da mistura asfáltica por exemplo no caso de um teor de asfalto de 5 utilizase o número 5 na variável a no denominador da expressão Ag Am e f porcentagens do agregado graúdo agregado miúdo e fíler respectivamente expressas em relação à massa total da mistura asfáltica Ga GAg GAm e Gf massas específicas reais do asfalto do agregado graúdo do agregado miúdo e do fíler respectivamente Essa expressão pode eventualmente ser usada com as massas específicas efetivas dos agregados ou até com a média entre as massas específicas reais e aparentes PINTO 1996 conceitos definidos no capítulo 3 A determinação da DMT com a expressão 53 depende da norma utilizada para a obtenção das massas específicas reais dos materiais granulares É pos sível determinar a massa específica efetiva dos agregados como mostrado no capítulo 3 Massa específica máxima medida procedimento com vácuo GMM A obtenção da Gmm em laboratório pode seguir o método DNIT 4272020 ABNT NBR 156192016 os métodos norteamericanos ASTM D 2041 2019 AASHTO T 209 2020 ou o método europeu EN 126975 2018 A figura 56 ilustra um exemplo de equipamento utilizado nesse ensaio A Gmm pelo vácuo é empregada em projetos de misturas asfálticas dos Estados Unidos Canadá INSTITUTO DE ASFALTO 2014 África do Sul JOOSTE 2000 Austrália APRG 1997 e Europa HEIDE 2003 Para a realização do ensaio pesase inicialmente 1500 g da mistura para tamanho má ximo nominal de até 125 mm em um recipiente de massa conhecida Em seguida ele é pre enchido com água a 25C até que toda a mistura fique coberta É então aplicada uma pressão de vácuo residual no recipiente de 30 mmHg aplicação de 730 mmHg por um período de 15 minutos a fim de expulsar o ar existente entre os agregados recobertos pelo filme de ligante conforme ilustrado esquematicamente na figura 56 342 Bernucci Motta Ceratti e Soares Figura 56 Exemplo de procedimento para determinação da Gmm em laboratório fotos Marques 2004 Fonte Elaborada pelos autores Observese nesse procedimento que a temperatura de ensaio gira em torno da temperatura ambiente não havendo desestruturação de grumos formados por agregados e ligante asfáltico A permanência desses grumos faz com que os vazios existentes entre os dois materiais per maneçam sem alteração tendo o vácuo a função apenas de expulsão do ar entre os grumos figura 57 343 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas Figura 57 Ilustração dos vazios existentes entre os agregados recobertos ou entre os grumos Fonte Elaborada pelos autores Após o período de vácuo é restabelecida a pressão ambiente no recipiente Completase então com água o volume do recipiente O conjunto recipiente mistura asfáltica e água é imerso em banho térmico para obtenção de equilíbrio de temperatura e posteriormente pesado conforme indica a sequência da figura 58 Figura 58 Sequência final do procedimento para determinação da Gmm Fonte Elaborada pelos autores A vantagem do procedimento descrito é a obtenção da massa específica da mistura asfáltica sem a necessidade da obtenção das massas específicas dos seus constituintes separadamente além de já considerar a absorção de ligante pelos agregados A Gmm é determinada pela expressão 54 devidamente ilustrada na figura 59 54 Onde A massa da amostra seca em ar g B massa do recipiente com volume completo com água g C massa do recipiente amostra submersa em água g 344 Bernucci Motta Ceratti e Soares Figura 59 Massas consideradas para o cálculo da Gmm Fonte Elaborada pelos autores 523 Considerações sobre a volumetria de misturas asfálticas Segundo Roberts et al 1996 uma compreensão básica da relação massavolume de misturas asfálticas compactadas é importante tanto do ponto de vista de um projeto de mistura quanto do da construção em campo O projeto de mistura é um processo volumétrico cujo propósito é determinar o volume de asfalto e agregado requerido para produzir uma mistura com as propriedades projetadas Entretanto medidas do volume de agregados e asfalto no laboratório ou em campo são difíceis de obter Por essa razão para simplificar o problema de medidas massas são usadas no lugar de volumes e a massa específica é usada para converter massa para volume Dois parâmetros muito importantes são os vazios na mistura total VTM ou vazios de ar na mistura asfáltica compactada no Brasil comumente chamado simplesmente de volume de vazios ou VV e o volume de vazios nos agregados minerais VAM que representa o que não é agregado numa mistura ou seja vazios com ar e asfalto efetivo descontado o asfalto que for absorvido pelo agregado A figura 510 ilustra esses volumes e ainda os vazios cheios com betume VCB que dizem respeito tanto ao asfalto disponível para a mistura como àquele ab sorvido e a relação betume vazios dada pela razão asfalto efetivoVAM O cálculo acurado desses volumes é influenciado pela absorção parcial do asfalto pelo agre gado Se o asfalto não é absorvido pelo agregado o cálculo é relativamente direto e a massa específica aparente Gsb do agregado pode ser usada para calcular o volume de agregado Se a absorção do asfalto é idêntica à absorção de água como definido pela ASTM C 127 ou C 128 o cálculo é relativamente direto e a massa específica real Gsa pode ser usada para calcular o volume de agregados Visto que quase todas as misturas têm absorção parcial de asfalto os cálculos são menos diretos como explicado a seguir 345 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas Figura 510 Ilustração da volumetria em uma mistura asfáltica Fonte Elaborada pelos autores 53 MISTURAS ASFÁLTICAS A QUENTE O primeiro procedimento de dosagem documentado para misturas asfálticas é conhecido como método HubbardField Ele foi originalmente desenvolvido para dosagem de misturas de areia e asfalto composta por agregados miúdos e ligante como descrito no capítulo 4 e posterior mente modificado para aplicação em misturas com agregados graúdos ASPHALT INSTITUTE 1956 Segundo Roberts et al 1996 entre 1940 e metade da década de 1990 75 dos departamentos de transportes norteamericanos utilizavam o método Marshall e 25 o método Hveem A partir de então foi introduzido o método Superpave que vem gradativamente substi tuindo os outros dois No Brasil ainda se utiliza o método Marshall ou suas variações tendo o uso do método Superpave ganhado destaque nos últimos anos tendo em vista que nas pesqui sas no âmbito das universidades e em concessionárias já é normalmente aplicado É esperado o crescimento do seu uso tendo em vista que o DNIT tem normas a respeito A norma DNIT 1782020 descreve a preparação de corpos de prova pelo método de com pactação Marshall e pelo compactador giratório equipamento empregado no método de dosa gem Superpave As normas ASTM D 55812013 e D 69262020 ASTM 2013 2020 des crevem a preparação de corpos de prova no compactador Marshall de diâmetro de 1524 cm e de 1016 cm respectivamente e a realização do ensaio assim como as especificações da AASHTO referentes ao método Marshall A figura 511 apresenta o compactador Marshall em sua forma manual e automática 531 Dosagem Marshall misturas densas Segue uma explicação passo a passo do procedimento de determinação dos parâmetros gera dos numa dosagem Marshall para concreto asfáltico usado em camada de rolamento passos semelhantes valem para outras misturas a quente considerando as respectivas particularidades 346 Bernucci Motta Ceratti e Soares Figura 511 Exemplos de compactadores Marshall Fonte Elaborada pelos autores Passos para a dosagem de concreto asfáltico com o método Marshall 1 Determinação das massas específicas reais do CAP e dos agregados conforme indica do nos capítulos 2 e 3 respectivamente 2 Seleção da faixa granulométrica a ser utilizada de acordo com a mistura asfáltica DNIT Diretoria de Engenharia da Aeronáutica órgãos estaduais ou municipais etc 3 Escolha da composição dos agregados de forma a enquadrar a sua mistura nos limites da faixa granulométrica escolhida tabela 51 Ou seja é escolhido o percentual em massa de cada agregado para formar a mistura Notese que neste momento não se considera ainda o teor de asfalto portanto n 100 onde n varia de 1 ao núme ro de diferentes agregados na mistura A porcentagemalvo na faixa de projeto corres ponde à composição de agregados escolhida podendo em campo variar entre um mí nimo e um máximo em cada peneira de acordo com a especificação tabela 41 do capítulo 4 Observese ainda que a porcentagemalvo deve estar enquadrada dentro da faixa selecionada como no exemplo da tabela 51 mostrase a Faixa C do DNIT vigente à época sendo que a análise granulométrica dos agregados deve ser feita pela norma DNIT 4122019 4 Escolha das temperaturas de mistura e de compactação a partir da curva viscosi dadetemperatura do ligante escolhido figura 512 A temperatura do ligante na hora de ser misturado ao agregado deve ser tal que a sua viscosidade esteja situada entre 75 e 150 SSF segundos SayboltFurol de preferência entre 75 e 95 SSF ou 017 002 Pas se medida com o viscosímetro rotacional Brookfield ver capítulo 2 5 A temperatura do ligante não deve ser inferior a 107oC nem superior a 177oC A tem peratura dos agregados deve ser de 10 a 15oC acima da temperatura definida para o 347 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas ligante sem ultrapassar 177oC A temperatura de compactação deve ser tal que o ligante apresente viscosidades na faixa de 125 a 155 SSF ou 028 003 Pas Essas faixas de temperatura permitidas advêm da necessidade de temperatura mínima para a redução de vazios com ar contando com a lubrificação dos contatos entre agregados para promover uma densificação e de temperatura máxima para evitar envelhecimento precoce do ligante A mínima recomendada pode ser alterada caso se empreguem técni cas de misturas asfálticas mornas ou semimornas e a máxima também pode sofrer uma certa variação devido ao uso de ligantes modificados por polímeros ou borracha TABELA 51 EXEMPLO DA COMPOSIÇÃO DOS AGREGADOS NÚMEROS INDICAM PERCENTUAL PASSANTE EM CADA PENEIRA Peneira Brita 34 Brita 38 Pó de pedra Areia de campo Fíler Faixa de projeto Faixa C 25 36 20 18 1 mínimo alvo máximo mínimo máximo ¾ 100 100 100 100 100 1000 931 ½ 72 100 100 100 100 86 931 100 80 100 38 33 98 100 100 100 76 826 90 70 90 N0 4 5 30 98 100 100 46 506 56 44 72 N0 10 3 6 82 99 100 33 380 43 22 50 N0 40 2 2 39 68 100 17 222 27 8 26 N0 80 1 1 21 41 100 10 131 16 4 16 N0 200 0 1 10 21 95 5 71 10 2 10 Fonte Elaborada pelos autores 348 Bernucci Motta Ceratti e Soares Figura 512 Exemplos de curvas de viscosidade obtidas em diferentes viscosímetros e faixas de mistura e compactação Fonte Elaborada pelos autores 349 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas 6 Adoção de teores de asfalto para os diferentes grupos de CPs corpos de prova a serem moldados Cada grupo deve ter no mínimo três CPs Conforme a experiência do projetista para a granulometria selecionada é sugerido um teor de asfalto T em para o primeiro grupo de CPs Os outros grupos terão teores de asfalto acima T 05 e T 10 e abaixo T 05 e T 10 Os CPs são moldados conforme indica a sequência da figura 513 Dependendo do método podese usar um procedimento de conservar a massa asfáltica solta em uma estufa ajustada na temperatura de moldagem por 2 horas para que se proceda em parte à absorção de parte do ligante nos vazios de superfície dos agregados fato que ocorre entre a usinagem da mistura asfáltica e o transporte e descarga do material em pista para sua densificação Figura 513 Moldagem de CPs tipo Marshall em laboratório Fonte Elaborada pelos autores 350 Bernucci Motta Ceratti e Soares 7 Após o resfriamento e a desmoldagem dos corpos de prova obtêmse as dimensões de cada um deles diâmetro e altura Determinamse para cada corpo de prova suas mas sas seca MS e submersa em água Mssub Com esses valores é possível obter a massa específica aparente dos corpos de prova Gmb que por comparação com a massa específica máxima teórica DMT vai permitir obter as relações volumétricas típicas da dosagem Essas relações volumétricas serão mostradas no passo 9 8 A partir do teor de asfalto do grupo de CPs em questão a ajustase o percentual em massa dos agregados ou seja n n 100 a onde n é o percentual em massa do agregado n na mistura asfáltica já contendo o asfalto Notese que en quanto n 100 após o ajuste n 100 a conforme exemplo da tabela 52 TABELA 52 AJUSTE DO PERCENTUAL EM MASSA DOS AGREGADOS EM FUNÇÃO DO TEOR DE ASFALTO POR SIMPLIFICAÇÃO SÃO MOSTRADOS APENAS QUATRO TEORES Teor de asfalto 55 60 65 70 Brita ¾ 23625 23500 23375 23250 Brita 38 34020 33840 33660 33480 Areia de campo 18900 18800 18700 18600 Pó de pedra 17010 16920 16830 16740 Fíler 0945 0940 0935 0930 Fonte Elaborada pelos autores 9 Com base em n a e nas massas específicas reais dos constituintes Gi calculase a DMT correspondente ao teor de asfalto considerado a usandose a expressão 54 anteriormente apresentada conforme exemplo da tabela 53 TABELA 53 MASSA ESPECÍFICA REAL DOS CONSTITUINTES GCM3 E DMT DA MISTURA EM FUNÇÃO DO TEOR DE ASFALTO Constituintes Brita ¾ Brita 38 Areia de campo Pó de pedra Fíler Asfalto Massa específica real gcm3 2656 2656 2645 2640 2780 10268 Teor de asfalto 55 60 65 70 DMT 2439 2422 2404 2387 Fonte Elaborada pelos autores 10 Cálculo dos parâmetros de dosagem para cada CP conforme expressões 59 e 510 e exemplo da tabela 54 Volume dos corpos de prova 55 Massa específica aparente da mistura 56 351 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas TABELA 54 CÁLCULO DA MASSA ESPECÍFICA DAS MISTURAS COMPACTADAS Teor de asfalto 55 60 65 70 MS g 11843 11843 11850 11844 11840 11881 11880 11834 MSsub g 6768 6737 6792 6797 6778 6820 6800 6780 Volume cm3 6800 5065 5058 5047 5062 5061 5080 5054 Gmb gcm3 2334 2330 2343 2347 2339 2348 2339 2342 Gmb médio gcm3 2332 2345 2343 2340 Fonte Elaborada pelos autores Os parâmetros volumétricos a seguir devem ser sempre calculados com valores de Gmb médio de três corpos de prova Volume de vazios 57 Porcentagem em massa dos agregados 58 Vazios do agregado mineral 59 Relação betumevazios 510 11 Após as medidas volumétricas os corpos de prova são submersos em banhomaria a 60C por 30 a 40 minutos conforme figura 514a Retirase cada corpo de prova colocandoo imediatamente dentro do molde de compressão figura 514b Determi namse então por meio da prensa Marshall ilustrada na figura 515a o seguinte parâmetro mecânico resultante da curva obtida na figura 515b estabilidade N carga máxima a qual o corpo de prova resiste antes da ruptura defi nida como um deslocamento ou quebra de agregado de modo a causar diminuição na carga necessária para manter o prato da prensa se deslocando a uma taxa constante 08 mmsegundo Vale destacar que o parâmetro fluência foi retirado da norma de concreto asfáltico em sua atualização de 2006 DNIT 0312006ES Nos laboratórios que dispõem de prensas Marshall que usam anel dinamométrico para leitura da carga não se obtém a curva mostrada na figura 515b tendo portanto pouca precisão na determinação dos parâmetros Modernamente temse empregado prensas com células de carga em lugar do anel dinamométrico e um LVDT para medição da fluência acoplados em sistema de aquisição de dados para que se possam melhor interpretar valores registrados e evolução da curva Porém destacase que o método Marshall vem sendo substituído pelo Superpave em vários departamentos de transportes norte americanos e mesmo no Brasil por algumas instituições 352 Bernucci Motta Ceratti e Soares Figura 514 Exemplo de corpos de prova submersos em banhomaria e molde de compressão Fonte Elaborada pelos autores Figura 515 Exemplo de equipamento de ensaio de estabilidade Marshall Fonte Elaborada pelos autores Com todos os valores dos parâmetros volumétricos e mecânicos determinados são plotadas seis curvas em função do teor de asfalto que podem ser usadas na definição do teor de projeto 353 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas A figura 516 apresenta essas curvas com os dados do exemplo anterior Figura 516 Exemplos de curvas dos parâmetros determinados na dosagem Marshall Fonte Elaborada pelos autores Determinação do teor de projeto de ligante asfáltico O método de dosagem Marshall pode apresentar diversas alternativas para escolha do teor de projeto de ligante asfáltico Segundo a Napa 1982 a escolha do teor de asfalto primordial mente para camadas de rolamento em concreto asfáltico seria baseada somente no volume de vazios VV correspondente a 4 ou o Vv correspondente à média das especificações No Brasil a escolha do teor de projeto correspondente a um Vv de 4 também é adotada no estado de São Paulo pela Dersa e outros órgãos Observase distinção de procedimentos para definição do teor de projeto dependendo do órgão empresa ou instituto de pesquisa É comum também 354 Bernucci Motta Ceratti e Soares a escolha se dar a partir da estabilidade Marshall da massa específica aparente e do Vv Nesse caso o teor de projeto é uma média de três teores correspondentes aos teores associados à máxima estabilidade à massa específica aparente máxima da amostra compactada e a um VV de 4 ou média das especificações Ainda outra forma de se obter o teor de projeto é fazendo uso somente de dois parâmetros volumétricos VV e RBV o que é mostrado a seguir Os parâmetros determinados no passo 10 são correspondentes a cada CP Os valores de cada grupo são as médias dos valores dos CPs com o mesmo teor de asfalto figura 517 Figura 517 Representação esquemática dos grupos de corpos de prova Fonte Elaborada pelos autores Podese então selecionar o teor de projeto a partir dos parâmetros de dosagem VV e RBV Com os cinco valores médios de Vv e RBV obtidos nos grupos de corpos de prova é possível traçar um gráfico figura 518 do teor de asfalto no eixo x versus Vv no eixo y1 e RBV no eixo y2 Adicionamse então linhas de tendência para os valores encontrados dos dois parâmetros O gráfico deve conter ainda os limites específicos das duas variáveis indicados pelas linhas tracejadas e apresentados na tabela 55 A partir da interseção das linhas de tendência do Vv e do RBV com os limites respectivos de cada um desses parâmetros são determinados quatro teores de CAP X1 X2 X3 e X4 O teor ótimo é selecionado tomando a média dos dois teores centrais ou seja teor ótimo X2 X32 TABELA 55 EXEMPLOS DE LIMITES DE VV E RBV PARA DIFERENTES FAIXAS GRANULOMÉTRICAS DE CONCRETO ASFÁLTICO Faixas Vv RBV Mínimo Máximo Mínimo Máximo A DNIT 0312004 4 6 65 72 B e C DNIT 0312004 3 5 75 82 3 Aeronáutica rolamento 3 5 70 80 7 Aeronáutica ligação 5 7 50 70 Fonte Elaborada pelos autores 355 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas Figura 518 Teor de asfalto versus Vv e RBV Fonte Elaborada pelos autores Para exemplificar o método a tabela 56 apresenta a escolha do teor de projeto de uma mis tura de concreto asfáltico na faixa B do DNIT com o CAP 3045 Foi inicialmente escolhido um teor de asfalto de 50 Os demais grupos foram dosados com 40 45 55 e 60 Os valores dos parâmetros de dosagem apresentados são relativos às médias dos CPs de cada gru po Na última linha da tabela é indicado o teor ótimo determinado por um gráfico como o da fi gura 518 O teor de projeto é dado por X2 X32 onde X1 44 X2 46 X3 54 e X4 55 TABELA 56 RESULTADOS DA DOSAGEM Teores de asfalto 40 45 50 55 60 Gmb gcm3 2350 2356 2371 2369 2380 Vv 5837 4907 3603 2967 1805 VAM 150 152 151 157 157 RBV 611 678 762 811 885 Teor de projeto 50 Fonte Elaborada pelos autores Ressaltese que os critérios convencionais volumétricos não garantem que o teor de projeto dito ótimo corresponda necessariamente ao melhor teor para todos os aspectos do compor tamento de uma mistura asfáltica O caso exemplificado resulta em uma mistura asfáltica que compactada a 100 de grau de compactação possui 36 de volume de vazios o que em nosso clima brasileiro pode ser considerado baixo Dada esta questão muitos órgãos rodoviá 356 Bernucci Motta Ceratti e Soares rios e laboratórios de projeto têm usado apenas o alvo de volume de vazios de 4 para as misturas asfálticas densas e os demais valores de norma são apenas verificados se estão na faixa recomendada Outro fator importante a se destacar é a faixa adotada para o RBV alguns órgãos brasileiros rodoviários têm empregado faixas mais baixas que a recomendada em norma do DNIT DNITES 0312006 levando a um menor consumo de asfalto para evitar recorrentes problemas de exsudação após verões intensos e repetidas solicitações por tráfego pesado Com a disseminação dos métodos mecanísticos de dimensionamento recomendase que numa dosagem racional a mistura seja projetada para um determinado nível de resistência à tração RT módulo de resiliência MR para se evitar a fadiga eou de número de fluxo flow number FN para se evitar a deformação permanente de maneira que os conjuntos de tensões nas camadas que compõem a estrutura do pavimento não venham a diminuir a vida útil do pavimento ou que a mistura venha a apresentar deformação permanente excessiva Esses parâ metros mecânicos são discutidos no capítulo 6 ressaltandose que o parâmetro FN é muito vin culado à dosagem tendo sido estabelecidos valores a serem atingidos em função do volume de tráfego na implantação do novo método de dimensionamento do DNIT denominado MeDiNa O FN está associado à prevenção do defeito de deformação permanente da mistura asfáltica A tabela 57 mostra como exemplo os requisitos exigidos pela especificação DNITES 0312006 para serviços de concreto asfáltico a serem usados em revestimentos de pavimen tos e que compõem os parâmetros a serem atendidos na dosagem de laboratório e no campo Atente para o fato de que nesta especificação o parâmetro de RT já faz parte das exigências a serem atendidas na dosagem talvez ainda discriminada a RT de forma não adequada visto que só é definido um valor mínimo para esse parâmetro e ainda associado à presença do parâmetro estabilidade TABELA 57 REQUISITOS DE DOSAGEM DE CONCRETO ASFÁLTICO Características Método de ensaio Camada de rolamento Camada de ligação Vv DNERME 043 3 5 4 6 RBV DNERME 043 75 82 65 72 Estabilidade mínima kgf 75 golpes DNERME 043 500 500 RT a 25ºC mínimo MPa DNERME 138 065 065 Fonte DNITES 0312006 532 Considerações finais sobre a dosagem Marshall É importante considerar que a dosagem Marshall realizada normalmente no país quando segue as orientações de normas antigas do DNER ou DNIT não cumpre o necessário em pelo menos dois pontos importantes a consideração da absorção de ligante pelos agregados e o uso da massa seca com superfície saturada o uso de fórmula para cálculo da DMT essencial para as determinações volumétricas das misturas asfálticas Na ASTM e no Instituto de Asfalto só se utiliza a Gmm o que 357 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas já leva em conta a absorção dos agregados e tem interferência muito grande nas deter minações das relações volumétricas Assim julgam os autores que há necessidade de se modificar as normas do ensaio Marshall de dosagem de concreto asfáltico urgentemente para adaptála ao padrão ASTM que é também o padrão usado em muitos outros países nesses aspectos comentados e em outros Parte já foi feita com a definição do método de preparação dos corpos de prova DNIT 1782018 e da criação do método de ensaio Rice DNIT 4272020 O uso do método Rice é hoje uma ferramenta importante e com boa repetibilidade pela grande evolução dos equipamentos usados nesse ensaio especialmente no caso do vácuo e das balanças e se compara à repetibilidade do método descrito na ASTM 2041 2019 Além disso evitase a necessidade de medir repetidas vezes as densidades dos agregados das várias frações e a absorção de água que não estima corretamente a absorção dos ligantes Também apesar da existência de normas ABNT e DNER padronizando o método Marshall há ainda uma dispersão significativa em seus resultados e entre os diversos fatores que causam essa dispersão citamse a forma de compactação dos corpos de prova as características dos equipamentos usados e as condições operacionais do processo o que caracteriza a variabilida de de resultados sob condições idênticas de materiais COELHO SÓRIA 1992 Motta 1998 relata algumas críticas relativas ao método Marshall Entre elas a pouca representatividade do método de compactação em relação ao campo e a grande influência na determinação do teor de projeto derivada de fatores ligados à preparação dos corpos de prova tipo de soquete formas de apoio etc Francken et al 1997 comentam que em um importante estudo interlaboratorial realizado em nível internacional pela Rilem verificouse uma variação entre 54 e 68 de teor de projeto determinado utilizando o método de dosagem Marshall para uma mesma mistura testada Uma comparação entre os resultados dos diversos laboratórios envolvidos no estudo e o laboratório de referência apresentou considerável diferença demonstrando assim que na utilização do método Marshall os procedimentos de trabalho dos laboratórios não são sempre semelhantes Concluem que há necessidade de estar sempre se revendo normas definições equipamentos procedimentos de preparação de amostras calibrações e interpretações de resultados de for ma a retreinar os técnicos e melhorar a reprodutibilidade e a confiança nos resultados Outro fator relevante nesse processo é o reduzido número de corpos de prova exigidos pela norma mínimo de três impossibilitando assim qualquer análise estatística dos resultados Na concepção do método Marshall a compactação manual foi a única utilizada Posterior mente a compactação automática foi desenvolvida poupando esforço do operador KANDHAL KOEHLER 1985 e também evitando sua influência durante a aplicação dos golpes No entanto já foi constatado que geralmente corpos de prova compactados manualmente apre sentam densidades maiores do que os compactados automaticamente Para levar em conta a diferença entre os resultados da compactação manual e automática o método da AASHTO requeria durante algum tempo que quando do uso de compactação automática que esta seja calibrada para que os resultados sejam comparáveis aos da compactação manual KANDHAL KOEHLER 1985 No estudo de Aldigueri et al 2001 utilizando o mesmo procedimento e apenas variando a forma de compactação obtevese uma diferença de 06 no teor de projeto para uma mesma mistura analisada O fator de maior influência na diferença entre os dois tipos de compactação foi a frequência de aplicação dos golpes Corpos de prova compactados na mesma frequência 1 Hz tanto no procedimento manual como no automático apresentam densidades aparentes 358 Bernucci Motta Ceratti e Soares semelhantes Os corpos de prova compactados manualmente e com frequências mais altas apresentaram densidades aparentes maiores No intervalo de frequências utilizadas no referi do estudo verificouse uma diferença absoluta de até 143 de Vv entre os corpos de prova compactados com maior e menor frequência Os autores recomendam que para garantir maior uniformidade entre os resultados da dosagem Marshall devese estipular o tempo de compac tação quando da utilização de compactação manual e usar sempre que possível a compacta ção automática para eliminar a possível interferência ocasionada pelo ritmo de compactação imposto pelo operador Reforçase também a necessidade de se explorar melhor a granulometria dos agregados dis poníveis além de se dosar cada mistura em função do tipo de asfalto escolhido e da estrutura na qual será empregada Para um bom projeto é preciso compatibilizar as características do concreto asfáltico com toda a estrutura do pavimento o que não é garantido quando se obtém o teor de projeto a partir somente dos requisitos tradicionais volumétricos Recomendase duran te a dosagem testar as misturas com ensaios tais como RT MR e fadiga Mais forte ainda deve ser o alerta quanto à necessidade de fiscalização no campo tanto nas usinas quanto na pista pois todo sucesso de qualquer projeto passa pela fabricação e aplicação correta da mistura Com a entrada em vigor do novo método de dimensionamento será obrigatório que a dosa gem de um concreto asfáltico não se limite aos parâmetros volumétricos visto que a mistura projetada deve apresentar todos os parâmetros mecânicos necessários ao dimensionamento Como exemplo Marques 2004 avaliou a influência de fatores tais como granulometria tipo de ligante teor de ligante tipo de compactação e temperatura no valor do módulo de resiliência de misturas asfálticas densas Procurou utilizar o módulo de resiliência como um critério de dosagem de concreto asfáltico possibilitando projetálas para atingirem um determinado valor ou faixa de valores de módulo de resiliência Foi desenvolvido um planejamento de experimen tos fatoriais para a obtenção do modulo de resiliência e resistência à tração por compressão diametral de concretos asfálticos em função dos fatores das misturas Na mesma linha de ra ciocínio Castro Neto 2000 emprega RT e MR para estudar a dosagem de misturas asfálticas recicladas a quente e o uso de agente rejuvescenedor 533 Dosagem Superpave A maioria das misturas asfálticas a quente produzida nos Estados Unidos entre 1940 e 1990 foi dosada utilizando a metodologia Marshall ou Hveem ROBERTS et al 1996 Desde 1993 porém as universidades e departamentos de transporte norteamericanos vêm utilizando a me todologia Superpave Na pesquisa SHRP várias mudanças foram realizadas Foi proposta uma metodologia distinta que consiste basicamente em estimar um teor provável de projeto pela fixação do volume de vazios e do conhecimento da granulometria dos agregados disponíveis A maior diferença entre esse novo procedimento e o Marshall é a forma de compactação Enquanto na dosagem Marshall a compactação é feita por impacto golpes na dosagem Su perpave é realizada por amassamento giros figura 51d e e Outra diferença que pode ser citada entre os dois processos é a forma de escolha da granu lometria da mistura de agregados A metodologia Superpave incluiu os conceitos de pontos de controle e zona de restrição atualmente descontinuada conforme mencionado no capítulo 4 Com a implementação do Superpave e a constatação de sucessos de vários revestimentos asfálticos os quais possuíam curvas granulométricas que passavam pela zona de restrição houve descontinuidade dessa recomendação restritiva Teoricamente pode parecer razoável 359 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas que a melhor graduação para os agregados nas misturas asfálticas fosse aquela que fornecesse a graduação mais densa A graduação com maior densidade acarreta uma estabilidade superior pelo maior contato entre as partículas maior resistência ao cisalhamento e reduzidos vazios no agregado mineral Porém é necessária a existência de um espaço de vazios tal que permita que um volume suficiente de ligante seja incorporado Isso garante durabilidade e ainda permite algum volume de vazios na mistura para evitar exsudação por sobrecompactação pelo tráfego Outro fator importante é que quanto mais próximo da curva de máxima densidade teórica dado o reduzido volume de vazios no agregado mineral pequenas variações de teor de ligante implicam alteração volumétrica importante podendo resultar em misturas asfálticas mais sen síveis a deformações permanentes por excesso de ligante asfáltico ou à fadiga e desagregações por falta de ligante asfáltico Vários investigadores propuseram faixas granulométricas para a densidade máxima A mais conhecida é a curva de Fuller proposta por Fuller e Thompson em 1907 cuja expressão é 511 Onde P porcentagem de material que passa na peneira de diâmetro d d diâmetro da peneira em questão D tamanho máximo do agregado definido como uma peneira acima do tamanho nominal máximo sendo este último definido como o tamanho de peneira maior que a primeira peneira que retém mais que 10 de material Os estudos de Fuller mostraram que a granulometria de densidade máxima pode ser obtida para um agregado quando n 050 Na década de 1960 a Federal Highway Administration FHWA dos Estados Unidos adotou para o mesmo efeito o expoente como 045 Graficamente a granulometria é mostrada num eixo cuja ordenada é a porcentagem que passa e a abscissa é uma escala numérica da razão tamanhos de peneiratamanho máximo do agregado elevada à potência de 045 ou somente tamanho da peneira elevado a 045 A granulometria de densidade máxima é uma linha reta que parte da origem e vai até o ponto do tamanho máximo do agregado figura 519a Uma granulometria que repouse sobre ou próxima a esta linha não permitirá a incorporação de um volume adequado de ligante Nas especificações Superpave iniciais para granulometria dos agregados foram acrescen tadas duas características ao gráfico de potência 045 a pontos de controle e b zona de restrição como já reforçado em desuso os pontos de controle funcionam como pontos mestres onde a curva granulométrica deve passar Eles estão no tamanho máximo nominal um no tamanho intermediário 236 mm e um nos finos 0075 mm a zona de restrição ZR repousava sobre a linha de densidade máxima e nas peneiras intermediárias 475 mm ou 236 mm e no tamanho 03 mm Formava uma região na qual a curva não deveria passar Granulometrias que violavam a zona de restrição pode riam apresentar esqueleto pétreo frágil que dependeriam muito do ligante para terem resistência ao cisalhamento Essas misturas seriam muito sensíveis ao teor de ligante e poderiam facilmente deformar As especificações Superpave recomendavam mas não obrigavam que as misturas apresentassem granulometrias abaixo da zona de restrição 360 Bernucci Motta Ceratti e Soares Embora as zonas de restrição não façam mais parte das especificações Superpave a figura 519b ilustra um exemplo com os limites da faixa A de concreto asfáltico do DNIT tabela 41 duas curvas granulométricas enquadradas nessa faixa os respectivos pontos de controle e zona de restrição relativos às duas misturas ambas com tamanho máximo nominal igual a 19 mm 34 O tamanho do molde a ser utilizado na dosagem Superpave é um aspecto importante O molde de 150 mm de diâmetro é o requerido nas especificações Superpave porém o compac tador giratório Superpave CGS também admite moldagem de corpos de prova com 100 mm de diâmetro conforme mostrado adiante No estudo realizado por Jackson e Cozor 2003 não foi observada diferença significativa no percentual da massa específica máxima Gmm para os corpos de prova moldados com o cilindro de 100 e 150 mm Os autores advertem que a adequação dos dois tamanhos de molde é limitada a misturas com tamanho máximo de agre gado de 254 mm ou menor No procedimento SuperpaveSHRP há três níveis de projeto de mistura dependendo do tráfego e da importância da rodovia conforme indicado na tabela 58 Dependendo do tráfego o projeto de mistura pode estar completo após o projeto volumétrico nível 1 Valores de trá fego número N sugeridos como limites entre os diferentes níveis são 106 e 107 repetições do eixo padrão considerando a conversão do tráfego por fatores definidos pela AASHTO Nos níveis 2 e 3 ensaios baseados em desempenho são conduzidos para otimizar o projeto a fim de resistir a falhas como deformação permanente trincamento por fadiga e trincamento à baixa temperatura 361 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas Figura 519 Exemplo de granulometria adequada à especificação Superpave inicial a Granulometria de densidade máxima b Exemplo de granulometria num gráfico com pontos de controle e zona de restrição Fonte Elaborada pelos autores TABELA 58 ORGANIZAÇÃO HIERÁRQUICA DO MÉTODO SUPERPAVE INICIAL Nível 1 2 3 Critério Volumétrico Volumétrico Ensaios de previsão de desempenho a uma temperatura Volumétrico Ensaios de previsão de desempenho a três temperaturas N AASHTO 106 106 a 107 107 Fonte Elaborada pelos autores 362 Bernucci Motta Ceratti e Soares O projeto de mistura é todo feito utilizando o CGS Tratase de um equipamento que pode ser portátil é prático e possui boa repetibilidade e reprodutibilidade Um exemplo de CGS padroni zado pelo Superpave está ilustrado na figura 520 e tem as seguintes características ângulo de rotação de 125 002 taxa de 30 rotações por minuto tensão de compressão vertical durante a rotação de 600 kPa capacidade de produzir corpos de prova com diâmetros de 150 e 100 mm Certas características devem ser calibradas periodicamente O item crítico de calibração é o sistema de medida de altura normalmente obtido por meio de corpos de prova de referência de dimensões conhecidas A célula de carga pode ser calibrada por meio de um anel ou outra célula de carga de precisão adequada e já calibrada A velocidade de giro pode ser checada por medida de tempo da rotação sob número conhecido de revoluções Outro item crítico é a calibração do ângulo de giro que pode ser efetuada por vários meios que dependem do compactador cada um define seu método Um método usa extensores precisos para medidas coletadas com molde a várias orientações As medidas são usadas para cálculo do ângulo de giro Em qualquer caso o ângulo deve ser checado com o molde contendo o corpo de prova sob condições de carregamento Passo a passo para determinação do teor de projeto Superpave O primeiro passo do procedimento Superpave consiste na escolha de três composições gra nulométricas com os materiais à disposição O passo seguinte é a compactação de corpos de prova no CGS com um teor de ligante de tentativa para cada mistura dois corpos de prova por mistura obtido por meio de estimativas usandose a massa específica efetiva dos agregados capítulo 3 Dessas misturas experimentais se obtêm as propriedades volumétricas Vv VAM e RBV após a compactação dos corpos de prova no compactador giratório com o número de giros de projeto determinado em função do tráfego conforme visto mais adiante 363 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas Figura 520 Ilustração esquemática e exemplo de CGS Fonte Elaborada pelos autores Além dos requisitos volumétricos tradicionais mencionados verificase também a proporção póasfalto que corresponde à razão entre o teor de material passante na peneira n0 200 e o teor de ligante parâmetro que deve estar entre 06 e 12 Considerações sobre o efeito desse parâmetro podem ser encontradas em Motta e Leite 2000 A premissa principal do projeto de misturas Superpave Nível 1 o único abordado neste livro é que a quantidade de ligante usada deve ser tal que a mistura atinja 4 de vazios no número de giros de projeto Caso isso não ocorra nessa mistura experimental fazse uma estimativa por meio de fórmulas empíricas para saber qual teor de ligante deve ser usado para atingir os 4 de vazios Esse teor calculado será o teor de ligante estimado para cada mistura O procedimento Superpave faculta ao projetista escolher qual das misturas testadas entre as três composições granulométricas melhor atende às exigências volumétricas especificadas para o projeto A etapa seguinte da metodologia Superpave consiste na seleção do teor de ligante asfáltico de projeto Para isso são confeccionados corpos de prova no teor de ligante estimado conforme descrito anteriormente e outros corpos de prova devem ser confeccionados considerando outros três teores o teor estimado 05 e 1 Os corpos de prova são novamente compactados no Nprojeto e as propriedades volumétricas correspondentes obtidas O teor final de projeto é aquele que corresponde a um Vv 4 O fluxograma da dosagem em questão é ilustrado na figura 521 sendo os detalhes dos passos apresentados a seguir 364 Bernucci Motta Ceratti e Soares Figura 521 Fluxograma da dosagem Superpave Fonte Elaborada pelos autores Determinação do teor de ligante inicial No procedimento Superpave para a definição do teor de asfalto ligante inicial de projeto utilizamse expressões empíricas baseadas nos seguintes parâmetros massas específicas apa rente e real da composição de agregados fator de absorção desaa composição percentual de agregados na mistura Vv da mistura massa específica do ligante e tamanho máximo nominal de peneira para a composição de agregados Considerase que o teor de ligante inicial é aquele no qual os vazios dos agregados não absorvem mais ligante Tal consideração implica que quantidades de ligante iguais ou maiores que esse teor comporão uma mistura de agregados com massa específica efetiva constante Conforme apresentado no capítulo 3 a massa específica efetiva do agregado é a relação entre a massa seca do agregado e o volume da parte sólida desse grão mais o volume dos vazios preenchidos por asfalto O teor inicial de ligante é estimado de acordo com os seguintes cinco passos sendo as gran dezas definidas após a expressão 516 Passo 1 cálculo da massa específica efetiva da composição de agregados Gse consi derando máxima absorção de ligante pelos vazios dos agregados 512 Passo 2 cálculo do volume de ligante absorvido Vla Neste passo precisase assumir um determinado teor de ligante Pl e um consequente teor de agregado Pag ambos em massa 513 365 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas Passo 3 cálculo do volume de ligante efetivo Vle 514 Passo 4 cálculo da massa de agregado Mag 515 Passo 5 estimativa do teor de ligante inicial Pli 516 Onde Mag massa de agregado g Gsb massa específica aparente da composição de agregados gcm3 Gsa massa específica real da composição de agregados gcm3 Gl massa específica do ligante gcm3 Fa fator de absorção Pl teor de ligante em massa admitido para uma determinada faixa granulométrica por exemplo 5 Pag percentual de agregados na mistura em massa dado por 1 Pl Pli teor de ligante inicial em massa Vv volume de vazios Vla volume de ligante absorvido Vle volume de ligante efetivo TMN tamanho máximo nominal de peneira para a composição de agregados polegadas A partir do valor da Gmm DNIT 4272020 calculase a Gse da composição de agregados para o teor de ligante inicial estimado expressão 517 Esta última é assumida constante ou seja independente do teor de ligante e usada no cálculo das Gmms dos demais teores pela expressão 518 517 518 366 Bernucci Motta Ceratti e Soares Determinação do teor de ligante de projeto Realizase a compactação de dois CPs no teor de ligante inicial Pli bem como em mais três outros teores 05 e 10 em relação ao Pli A compactação é realizada no CGS com pressão aplicada de 600 kPa e o ângulo de rotação de 125 A sequência do procedimento de compactação é apresentada na figura 523 Destacase o fato de a mistura não compactada permanecer em estufa à temperatura de compactação função da viscosidade do ligante figura 512 por um período de 2 horas antes da compactação figura 522a de modo a simular o envelhecimento de curto prazo durante a usinagem Durante a compactação de cada corpo de prova temse três referências a ser consideradas Ninicial esforço de compactação inicial Nprojeto esforço de compactação de projeto no qual Vv deve ser igual a 4 Nmáximo esforço de compactação máximo representa a condição de compactação da mistura ao fim da sua vida de serviço Os esforços de compactação Ninicial e Nmáximo são usados para se avaliar a compactabilidade da mistura O Nprojeto é usado para se selecionar o teor de ligante de projeto Estes valores são função do tráfego N e variam conforme indicado na tabela 59 367 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas Figura 522 Sequência do procedimento de compactação Superpave Fonte Elaborada pelos autores 368 Bernucci Motta Ceratti e Soares TABELA 59 NÚMERO DE GIROS ESPECIFICADOS NA NORMA DE DOSAGEM SUPERPAVE INICIAL Parâmetros de compactação Tráfego Ninicial Nprojeto Nmáximo 50 75 Muito leve local 7 75 115 Médio rodovias coletoras 8 100 160 Médio a alto vias principais rodovias rurais 9 125 205 Alto volume de tráfego interestaduais muito pesado Fonte Elaborada pelos autores Durante o processo de compactação a massa específica do CP é monitorada em função da altura Essa massa específica referida como percentual da Gmm pode ser plotada versus o número de giros ou versus o logaritmo do número de giros figura 523 Este processo permite avaliar a compactabilidade da mistura ou seja sua trabalhabilidade e seu potencial de densificação que depende do esqueleto mineral agregados Figura 523 Curva de compactação típica obtida do CGS Fonte Motta et al 1996 As massas específicas estimadas da mistura asfáltica Gmb correspondentes aos esforços de compactação Ninicial Nprojeto e Nmáximo são respectivamente Ginicial Gprojeto Gmáximo ex pressas como percentuais da massa específica máxima Gmm Para garantir uma estrutura de esqueleto mineral adequada as especificações exigem Ginicial 89 Gmm O valor limite para Gmáximo garante que a mistura não vai sofrer so brecompactação excessiva sob o tráfego previsto e não vai apresentar um comportamento plás tico levando a deformações permanentes As especificações exigem Gmáximo 98 Gmm Em outras palavras o volume de vazios mínimo deve ser 2 Caso esses critérios não sejam satisfeitos para nenhum dos teores de ligante eou curva granulométrica testada devese rever a curva granulométrica ou alterar o teor de ligante até que todos sejam atendidos O teor de projeto deve satisfazer os critérios apresentados na tabela 510 369 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas TABELA 510 CRITÉRIOS VOLUMÉTRICOS PARA ESCOLHA DO TEOR DE PROJETO MÉTODO SUPERPAVE INICIAL Esforço de compactação número de giros Relação entre massa específica aparente e a Gmm Vv Ninicial 89 11 Nprojeto 96 4 Nmáximo 98 2 Fonte Elaborada pelos autores Os dados do CGS são usados da seguinte forma sendo um exemplo de compactação apre sentado na tabela 511 estimase a Gmb para cada número de giros em função da altura do corpo de prova corrigese a Gmb estimada em cada giro a partir de Gmb no Nmáximo essa correção considera o corpo de prova como um cilindro perfeito o que na realidade não é determinase a Gmb corrigida como uma porcentagem em relação à Gmm para cada número de giros TABELA 511 EXEMPLO DE COMPACTAÇÃO POR AMASSAMENTO CGS CP n 1 Massa Total 4869g Gmm 2563 gcm3 N de giros Altura mm Gmb estimada gcm3 Gmb corrigida gcm3 Gmm 8 Ninicial 1270 2170 2218 865 50 1180 2334 2385 931 100 1152 2391 2444 954 109 Nprojeto 1149 2398 2451 956 150 1136 2425 2478 967 174 Nmáximo 1131 2436 2489 971 Gmb medida 2489 Fonte Elaborada pelos autores As condições de projeto estabelecidas para a mistura do exemplo na tabela 511 foram tais que levaram a Nmáximo 174 Ninicial 8 e Nprojeto 109 Durante a compactação a altura é medida automaticamente pelo CGS após cada giro sendo registrada para o número de giros correspondente na primeira coluna Os valores de Gmb estimada foram determinados por 519 Onde Mm massa do CP g que independe do número de giros Vmx volume do CP no molde durante a compactação cm3 dado por 520 370 Bernucci Motta Ceratti e Soares Onde d diâmetro do molde 150 ou 100 mm hx altura do corpo de prova no molde durante a compactação mm Para ilustrar esta determinação considere as condições do CP a 50 giros A altura do CP é de 118 mm O seu volume estimado a 50 giros é 521 Assim a Gmb estimada a 50 giros é 522 Este cálculo admite que o CP seja um cilindro de laterais sem rugosidade o que não retrata a realidade O volume do corpo de prova é levemente menor que o volume do cilindro de laterais sem rugosidade devido a suas irregularidades superficiais causadas pelos agregados É por isso que a Gmb final estimada a 174 giros 2436 gcm3 é diferente da Gmb medida após 174 giros 2489 gcm3 Para corrigir essa diferença a Gmb estimada a qualquer número de giros é corrigida pela razão entre a massa específica aparente medida e a massa específica aparente estimada a Nmáximo usando a seguinte expressão 523 Onde C fator de correção Gmb medida massa específica aparente medida a Nmáximo Gmb estimada massa específica aparente estimada a Nmáximo A Gmb estimada para todos os outros números de giros pode ser corrigida usando o fator de correção por meio da seguinte expressão 524 Onde Gmbn corrigida massa específica aparente corrigida do corpo de prova a qualquer giro n Gmbn estimada massa específica aparente estimada a qualquer giro n Neste exemplo a razão é 24892436 ou 1022 O percentual da Gmm é calculado como a razão Gmb corrigida para Gmm Para se determinar o teor de projeto de uma mistura asfáltica utilizase a média dos resultados referentes a dois corpos de prova O gráfico de compactação para esse exemplo mostrando os dois CPs e a média está apresentado na figura 524 371 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas Figura 524 Curva de compactação típica obtida do CG Fonte Elaborada pelos autores Exemplo Segue um exemplo passo a passo de uma dosagem Superpave desde a verificação das pro priedades das combinações de agregados até a determinação do teor de projeto de ligante O exemplo foi retirado de FHWA 1995 e Motta et al 1996 São consideradas três composições granulométricas sendo conforme recomendação Superpave uma mistura miúda uma graúda e uma intermediária Daqui por diante as misturas tentativas são denominadas misturas 1 2 e 3 Todas passam abaixo da zona de restrição embora isso seja uma recomendação e não uma exigência e atendem aos requisitos Superpave para agregados capítulo 3 conforme indica a tabela 512 quais sejam angularidade dos agregados graúdos e miúdos partículas alongadas e achatadas e teor de argila equivalente de areia TABELA 512 DADOS DOS AGREGADOS DAS MISTURAS TENTATIVAS 1 2 E 3 Propriedades Critério Superpave Mistura tentativa 1 Mistura tentativa 2 Mistura tentativa 3 Angularidade graúdos 9690 mínimo 9692 9592 9793 Angularidade miúdos 45 mínimo 48 50 54 Alongadasachatadas 10 máximo 0 0 0 Equivalente areia 45 mínimo 59 58 54 Gsb combinado gcm3 NA 2699 2697 2701 Gsa combinado gcm3 NA 2768 2769 2767 NAnão aplicável Fonte Elaborada pelos autores Seguindo o fluxograma indicado na figura 521 para cada uma das três composições gra nulométricas moldase um mínimo de dois corpos de prova no CGS assumindose no exemplo um teor de 50 de ligante Pl 5 Partese desse teor admitido com o objetivo de determi 372 Bernucci Motta Ceratti e Soares nar um teor de ligante inicial Pli para cada granulometria a partir dos parâmetros volumétricos em cada caso conforme indicado a seguir Passo 1 cálculo da Gse considerando máxima absorção de ligante pelos vazios dos agregados conforme expressão 512 Gse Gsb Fa xGsa Gsb assumindose Fa 08 Mistura 1 Gse 2699 08 2768 2699 2754 gcm3 Mistura 2 Gse 2697 08 2769 2697 2755 gcm3 Mistura 3 Gse 2701 08 2767 2701 2754gcm3 Passo 2 cálculo do volume de ligante absorvido pelo agregado Vla por meio da expres são 517 assumindo Vv 4 Pl 5 consequentemente Pag 95 e Gl 102 Mistura 1 Mistura 2 Mistura 3 Passo 3 cálculo do volume de ligante efetivo Vle conforme expressão 518 lembrando que TMN é dado em polegadas e neste caso as três misturas possuem o mesmo TMN Misturas 1 2 e 3 Passo 4 cálculo da massa de agregado Mag em gramas por meio da expressão 515 Mistura 1 Mistura 2 373 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas Mistura 3 Passo 5 estimativa do teor de ligante inicial Pli por meio da expressão 516 Mistura 1 Mistura 2 Mistura 3 Como no exemplo os Pli estimados foram muito próximos uns dos outros diferença na se gunda casa decimal que não é viável na prática admitese um valor único inicial na tentativa para o prosseguimento da dosagem Nesse caso foi admitido Pli 44 para as três misturas ou seja os corpos de prova para cada mistura são moldados nesse teor Portanto de modo a ficar consistente com o exemplo assumese aqui Pli 44 para as três misturas afinal os dados da compactação se referem a este teor específico e único no qual foram moldados os corpos de prova De posse dos teores iniciais de ligante das três composições um mínimo de dois corpos de prova para cada mistura tentativa é compactado no CGS Em cada caso são preparados dois volumes distintos de cada mistura para a determinação das respectivas Gmm Todas as mistu ras devem passar por envelhecimento em estufa por 2 horas na temperatura de compactação antes de serem compactadas Os números de giros Ninicial Nprojeto e Nmáximo usados para com pactação são determinados com base no volume de tráfego conforme indicado na tabela 59 Os dados da compactação giratória Superpave devem ser analisados calculando para cada número de giros desejado a massa específica aparente estimada Gmb e a corrigida esta última ainda como porcentagem da massa específica máxima teórica Gmm Um exemplo de compactação de corpos de prova foi apresentado na tabela 511 lembrando que a correção da Gmb se dá em virtude do cálculo da Gmb estimada ser realizado considerando um volume do cilindro da amostra como sendo de superfície lisa o que não corresponde à realidade O volume verdadeiro é ligeiramente menor devido à presença de vazios na superfície da lateral do corpo de prova Realizandose a partir das respectivas compactações no CGS os cálculos da tabela 511 para cada uma das três misturas deste exemplo têmse os valores de Gmb corrigidos apresen tados na tabela 513 Observese que os valores devem ser relativos às médias de dois corpos de prova 374 Bernucci Motta Ceratti e Soares TABELA 513 VALORES DE GMB CORRIGIDOS E RESPECTIVOS CRITÉRIOS DADOS COMO GMM Gmb corrigido Gmm Critério Mistura tentativa 1 Mistura tentativa 2 Mistura tentativa 3 Gmm Ninicial 89 871 856 863 Gmm Nprojeto 96 962 957 952 Gmm Nmáximo 98 976 974 965 Fonte Elaborada pelos autores A partir das porcentagens da tabela 513 correspondentes ao Nprojeto as porcentagens de vazios Vv e vazios no agregado mineral VAM são determinadas Mistura 1 Vv 100 962 38 Mistura 2 Vv 100 957 43 Mistura 3 Vv 100 952 48 O VAM em é dado por 525 Onde Gsb massa específica aparente da composição de agregados gcm3 Pag 1 Pli 1 0044 0956 assumido o mesmo para as três misturas Portanto Mistura 1 Mistura 2 Mistura 3 A tabela 514 apresenta o resumo das informações de compactação das três misturas ana lisadas no exemplo TABELA 514 RESUMO DAS INFORMAÇÕES DA COMPACTAÇÃO DAS MISTURAS TENTATIVAS Mistura tentativa Ligante Gmm a Ninicial N 8 Gmm a Nprojeto N 109 Gmm a Nmáximo N 174 Vv para Nprojeto VAM para Nprojeto 1 44 871 962 976 38 127 2 44 856 957 974 43 130 3 44 863 952 965 48 135 Fonte Elaborada pelos autores 375 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas A premissa principal do projeto de mistura Superpave nível 1 é que a quantidade correta de ligante asfáltico seja usada em cada mistura tentativa de maneira a atingir exatamente 96 de Gmm ou 4 de vazios no Nprojeto Claramente isso não aconteceu para nenhuma das misturas do exemplo A mistura 1 contém uma quantidade de ligante levemente superior à necessária para atingir um volume de vazios de 4 no Nprojeto tendo apenas 38 de vazios Além disso o VAM da mistura 1 é muito baixo Cabe então ao projetista se perguntar caso tivesse usado menos asfalto na mistura 1 para obter 4 de vazios no Nprojeto se o VAM e outras propriedades requeridas poderiam ter melho rado a níveis aceitáveis Para responder uma estimativa de qual teor de ligante seria necessário para se obter Vv 4 96 de Gmm no Nprojeto é determinada para cada mistura tentativa usando a seguinte expressão empírica 526 Onde Pl estimado teor de ligante estimado em Pli teor de ligante inicial tentativa em admitido 44 para as três misturas Vv vazios no Nprojeto em Portanto no exemplo Mistura 1 Mistura 2 Mistura 3 As propriedades volumétricas VAM e RBV e de compactação da mistura são então estima das para esses teores de ligantes Essa etapa é exclusivamente realizada de modo a responder O que aconteceria às propriedades da mistura se tivesse sido usada a quantidade exata de ligante para obter Vv 4 no Nprojeto Podese assim realizar uma comparação apropriada das misturas tentativas A estimativa do VAM em é feita por meio da expressão 527 Onde VAMinicial VAM do teor de ligante inicial tentativa C constante igual a 01 se Vv 40 e igual a 02 se Vv 40 A estimativa de RBV em é dada por meio da expressão 528 No exemplo as estimativas de VAM são as seguintes Mistura 1 376 Bernucci Motta Ceratti e Soares Mistura 2 Mistura 3 E as de RBV as seguintes Mistura 1 Mistura 2 Mistura 3 Estimase ainda considerando a situação ideal de Vv 4 os seguintes dois parâmetros apresentados na tabela 514 i Gmm a Ninicial e ii Gmm a Nmáximo por meio de expressões que consideram o volume de vazios real atingido em cada caso correspondente ao teor de ligante inicial tentativa ou seja 529 530 No exemplo em análise obtêmse os seguintes valores Mistura 1 Mistura 2 Mistura 3 A tabela 515 apresenta o resumo das propriedades volumétricas e de compactação das misturas tentativas para o correspondente teor de ligante asfáltico estimado que resulta em 4 de vazios no Nprojeto partindose de um teor de ligante inicial tentativa de 44 TABELA 515 RESUMO DAS INFORMAÇÕES DAS MISTURAS TENTATIVAS PARA VV 4 NO NPROJETO Mistura tentativa Ligante tentativa Ligante estimado VAM RBV Gmm Ninicial N 8 Gmm Nmáximo N 174 1 44 43 127 685 869 974 2 44 45 130 692 859 977 3 44 47 133 701 871 973 Fonte Elaborada pelos autores As propriedades estimadas são comparadas com os critérios de projeto Para o tráfego de projeto e o tamanho máximo nominal TMN dos agregados os critérios volumétricos e de com 377 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas pactação são os seguintes Vv 4 VAM 13 para TMN 190 mm RBV 6575 para N entre 10 e 30 107 Gmm Ninicial 89 Gmm Nmáximo 98 Por fim há uma faixa requerida para a proporção de póasfalto dustasphalt Este critério é constante para todos os níveis de tráfego Ele é calculado como uma porcentagem em massa do material passante na peneira no 200 0075 mm dividido pelo teor de ligante efetivo este em da massa da mistura O teor de ligante efetivo Ple estimado em é determinado como segue 531 Onde Gsb massa específica aparente da composição de agregados gcm3 Gse massa específica efetiva da composição de agregados gcm3 Gl massa específica do ligante gcm3 Pag percentual de agregados na mistura em massa Para as misturas do exemplo Mistura 1 Mistura 2 Mistura 3 Verificando agora a proporção de póasfalto PA dada por 532 Temse que Mistura 1 Mistura 2 Mistura 3 Todas as PA estão dentro da especificação qual seja entre 06 e 12 Após estimar todas as propriedades das três misturas o projetista pode observar os va lores e decidir se uma ou mais são aceitáveis ou se misturas tentativas adicionais devem ser avaliadas a mistura 1 é inaceitável com base no critério de VAM mínimo a mistura 2 é aceitável mas o VAM está no mínimo a mistura 3 tem um valor de VAM aceitável bem como atende ao critério para RBV proporção PA e aos critérios de compactação 378 Bernucci Motta Ceratti e Soares A partir desses dados a mistura 3 é selecionada como sendo o projeto do esqueleto mineral do agregado Um mínimo de dois corpos de prova é compactado a cada um dos seguintes qua tro teores de asfalto Superpave exige um mínimo de quatro teores Plestimado 47 para a mis tura 3 do exemplo Plestimado 05 ou seja 42 e 52 Plestimado 10 ou seja 57 Um mínimo de dois corpos de prova também é preparado para a determinação da massa es pecífica máxima teórica no teor de ligante estimado Corpos de prova são preparados e testados da mesma maneira que na etapa de seleção do projeto de estrutura do agregado A figura 525 ilustra a compactação dos dois corpos de prova da mistura 3 com 42 de ligante asfáltico Curvas semelhantes são obtidas para os outros três teores As propriedades são avaliadas para a mistura selecionada com diferentes teores de ligante usandose os dados de compactação no Ninicial Nprojeto e Nmáximo As tabelas a seguir mostram as propriedades volumétricas e de compactação da mistura com a variação do teor de ligante Figura 525 Curva de compactação da mistura 3 com 42 de ligante e tamanho máximo nominal de 19 mm Fonte Elaborada pelos autores TABELA 516 RESUMO DAS INFORMAÇÕES DA MISTURA 3 Ligante Gmm Ninicial N8 Gmm Nprojeto N109 Gmm Nmáximo N174 Vv VAM RBV Massa específica gcm3 42 858 945 958 55 134 593 2441 47 871 961 975 39 132 701 2461 52 874 970 985 30 134 779 2467 57 886 981 998 19 136 862 2476 Fonte Elaborada pelos autores As propriedades volumétricas são calculadas no número de giros de projeto Nprojeto para cada teor de ligante asfáltico testado A partir desses dados pontuais o projetista pode gerar gráficos do teor de vazios VAM e RBV versus teor de ligante asfáltico O teor de ligante de projeto é estabelecido para um volume de vazios de 4 Neste exemplo o teor de ligante é de 47 valor que corresponde praticamente a Vv 4 no Nprojeto 109 giros Todas as outras propriedades são verificadas no teor de projeto quanto ao atendimento dos critérios Os valores 379 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas de projeto para uma mistura nominal de 190 mm mistura 3 são apresentados na tabela 517 juntamente com os critérios correspondentes TABELA 517 PROPRIEDADES DE PROJETO DA MISTURA COM 47 DE LIGANTE Propriedades da mistura Resultado Critério Vv 40 40 VAM 132 130 mínimo RBV 701 65 a 75 Proporção póasfalto 088 06 a 12 Gmm Ninicial8 871 89 Gmm Nmáximo174 975 98 Fonte Elaborada pelos autores A próxima etapa no projeto Superpave nível 1 é avaliar a sensibilidade à umidade do projeto da mistura final escolhida o que é feito por meio do ensaio expresso pela norma DNIT ME 1802018 conhecido como dano à umidade induzida DUI Ensaios adicionais de previsão de desempenho são usados nos níveis 2 e 3 mas não são abordados de forma específica neste livro sendo o leitor referido a Motta et al 1996 para uma apresentação desses ensaios O capítulo 6 apresenta com detalhes os diversos ensaios mecânicos que têm sido usados no Brasil para avaliação mecânica de misturas asfálticas e que hoje fazem parte do novo método de dimensionamento de pavimentos asfálticos do DNIT Dano por umidade induzida Este ensaio veio substituir a verificação da adesividade entre os agregados e o ligante as fáltico tradicionalmente examinada por ensaios visuais de recobrimento dos agregados após ação de fervura em água dos agregados previamente recobertos por ligante asfálticos ou outra forma de induzir o descolamento do ligante da superfície dos agregados tal como descrito na norma DNER ME 078 1994 Em vários países há algumas décadas migrouse para ensaios mecânicos de verificação da integridade da cobertura asfáltica dos agregados e da coesão entre agregados recobertos em substituição aos ensaios de avaliação subjetiva visual sendo que a norma AASHTO T 283 teve sua primeira edição em 1989 No Brasil essas técnicas de verifica ção de adesividade por meio de ensaios mecânicos na mistura asfáltica vêm sendo empregadas há cerca de duas décadas MOURA 2001 DNIT ME 1802018 O dano é resultante dos efeitos da saturação parcial com água dos vazios dos corpos de prova de misturas asfálticas compactadas com volume de vazios controlado por especificação de ensaio e do condicionamento acelerado dos corpos de prova ora em água aquecida ora eventualmente com um ciclo de congelamentodegelo usados para intensificar o dano nas li gações do ligante ao agregado e assim prever a suscetibilidade de descolamento do filme de ligante asfáltico dos agregados a curto e a longo prazo Dependendo das características dos agregados se ácidos ou básicos esses ensaios visam avaliar a eficiência de aditivos líquidos conhecidos como dope antistripping ou melhoradores de adesividade que são adicionados ao aglutinante asfáltico ou ainda no estado sólido pulverulento como cal hidratada ou cimento Portland que são adicionados ao agregado mineral visando melhorar a compatibilidade entre agregados e ligante asfáltico No Brasil a norma DNIT 1802018 descreve esse procedimento que é similar ao método T283 da AASTHO sendo que este tem sua versão mais atualizada também de 2018 380 Bernucci Motta Ceratti e Soares A avaliação do dano nas misturas asfálticas causado pela umidade é de grande importância uma vez que afeta o desempenho e a vida de serviço dos pavimentos Na realidade o dano por umidade evidencia os possíveis problemas de adesividade agregadoligante asfáltico Embora seja reconhecida a dificuldade de associar resultados de ensaios laboratoriais ao desempenho das misturas em campo existem diversos ensaios para identificação do potencial ao dano por umidade em misturas Eles podem ser classificados em duas categorias i realizados em misturas não compactadas e ii realizados em misturas compactadas MOURA 2001 SOLAI MANIAN et al 2004 A tabela 518 apresenta um resumo dos ensaios de avaliação de dano por umidade existen tes para amostras compactadas por serem os mais representativos de condições reais e dos problemas complexos relacionados à adesividade TABELA 518 ENSAIOS DE SENSIBILIDADE À UMIDADE PARA CORPOS DE PROVA COMPACTADOS Teste ASTM AASHTO Outros Moisture vapor susceptibility California Test 307 Immersioncompression D1075 T 165 ASTM STP 252 Marshall immersion Stuart 1986 Freezethaw pedestal test Kennedy et al 1982 Original Lottman indirect tension NCHRP Report 246 LOTTMAN 1982 Transportation Research Board 515 1974 Modified Lottman indirect tension T 283 NCHRP Report 274 TUNNICLIFF ROOT 1984 ECS with resilient modulus SHRPA403 ALSWAILMI TERREL 1994 Hamburg wheel tracking T 234 1993 Tex242F Asphalt pavement analyzer T 340 Método em estudo na ASTM ECSSPT environmental conditioning systemsimple performance test NCHRP 934 2002 2007 Fonte Adaptado de Solaimanian et al 2004 O ensaio de sensibilidade à ação deletéria da água ou dano por umidade induzida usado atualmente no Brasil DNIT 1802018 segue o procedimento descrito em AASHTO T 283 que foi baseado no trabalho de Lottman NCHRP Project 408 e um trabalho posterior realizado por Tunnicliff e Root NCHRP Project 1017 MOURA 2001 Segundo esse procedimento os corpos de prova de misturas asfálticas de graduação densa ou ainda de SMA podem ser preparados em laboratório seguindo os métodos Marshall ou Superpave e pode ser resumido nos passos descritos a seguir a moldar seis CPs similares com 1200 g de mistura asfáltica na faixa de projeto e teor de ligante asfáltico de projeto com vazios de 7 05 b separar um primeiro conjunto de três CPs colocandoos dentro de sacos plásticos para proteção e imersão em banho de água a 25oC por 2 1 h c separar um segundo conjunto de três desses CPs colocandoos em um recipiente com água destilada e aplicandose vácuo a uma pressão de 97502 mmHg por 5 a 10 minutos a fim de obter grau de saturação dos vazios entre 55 e 80 de água 381 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas d envolver os CPs em filme plástico e colocar cada CP dentro de um saco plástico com 10 ml de água adicionais vedandoos em seguida colocar o segundo conjunto de três CPs para congelamento 18oC por um período mínimo de 16 h É muito impor tante ressaltar que essa fase do congelamento não está associada à representação das condições climáticas locais sendo simplesmente uma forma de criar microfissuras que permitam a saturação mais eficiente do corpo de prova visando ressaltar o que ocorre no campo com o tempo e o tráfego e imergir esse conjunto de três CPs em um banho de 60oC por um período de 24 1 h retirandose os CPs dos sacos plásticos e do filme logo após a imersão f retirar o conjunto de três CPs do banho a 60oC e imergilos em um banho a 25oC por um período de 2 1 h g realizar ensaio de resistência à tração no primeiro conjunto de três CPs não condicio nados RT e no segundo conjunto de três CPs após todo o ciclo de condicionamento RTu sendo esse ensaio de resistência à tração realizado segundo a norma DNIT 1362018 comentada no próximo capítulo h calcular a resistência à tração retida por umidade induzida razão entre RTu e RT A figura 526a a d ilustra alguns passos adotados no processo de condicionamento e ensaio de RT e RTu dos CPs do segundo conjunto A sensibilidade à água é avaliada pela relação entre a resistência à tração estática média do subgrupo de CPs condicionados e do subgrupo de controle sendo a relação mínima de 70 a 80 dependendo da especificação do órgão rodoviário de referência Para a confecção dos CPs das dosagens Marshall com vazios entre 6 e 8 é necessária a moldagem de CPs com diferentes números de golpes A partir de um gráfico com o número de golpes versus volume de vazios obtémse o número de golpes necessários para a obtenção do volume de vazios preconizados em norma O número de golpes necessário para obtenção dos vazios exigidos em norma varia dependendo da graduação Para as misturas dosadas pelo método Superpave procedese de forma diferente para a ob tenção do número de giros necessários para um volume de vazios entre 6 e 8 acompanhan dose as alturas do CP durante o processo Assim é possível obterse uma estimativa dos vo lumes de vazios para os diferentes números de giros Determinase em quantos giros obtémse 7 de vazios referência nos CPs compactados no teor de projeto fazendo o acompanhamento dos vazios até o número de giros igual ao Nprojeto 382 Bernucci Motta Ceratti e Soares Figura 526 Passos para o condicionamento acelerado e para a determinação da RT para o ensaio de DUI de misturas asfálticas compactadas Fonte Elaborada pelos autores A tabela 519 apresenta como exemplo os resultados obtidos para a resistência à tração por compressão diametral após o condicionamento saturação parcial congelamento e aque cimento em água a resistência à tração por compressão diametral sem condicionamento e a resistência à tração retida por umidade induzida RRT para duas misturas analisadas por Vasconcelos 2004 TABELA 519 RESULTADOS DE RT RTU E RRT PARA DUAS MISTURAS ASFÁLTICAS ANALISADAS Compactação Parâmetro CA SMA 95 mm Marshall RT MPa 092 088 RTu MPa 043 080 RRT 47 91 Fonte Vasconcelos 2004 No caso de misturas contínuas o valor mínimo de RRT para que a amostra seja aprovada é em geral de 70 Para as misturas SMA o limite mínimo para RRT de 70 também tem sido adotado segundo a especificação AASHTO M 32508 Um fator importante a ser levado em consideração é a eventual presença de fíleres ativos como a cal hidratada que é um melho rador de adesividade Resultados de pesquisa indicam que o ensaio de adesividade realizado para agregados graúdos isoladamente DNERME 07894 não garante que a mistura irá apre 383 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas sentar bom comportamento à ação deletéria da água mesmo quando os agregados apresentam resultados satisfatórios O ensaio de dano por umidade induzida em CPs de mistura asfáltica compactada foi normalizado também pela ABNT com a norma ABNT NBR 156172015 Considerações finais da dosagem de misturas a quente Algumas das primeiras comparações entre a dosagem Marshall e Superpave no país foram feitas por Marques 2004 Vasconcelos 2005 e Nascimento 2008 Também devese consi derar que o ajuste da curva granulométrica mais adequada para os agregados disponíveis pode e deve ser avaliada segundo dois métodos o denominado método de Bailey sendo um dos pri meiros estudos no Brasil feito por Cunha 2004 e o método FAD introduzido no Brasil por Fer reira et al 2015 Tratamse de ajustes por volume que ajudam a otimizar o esqueleto mineral tornando mais adequado o comportamento mecânico das misturas asfálticas densas O método Bailey para seleção de granulometria de agregados é baseado no conceito de empacotamento que depende da forma textura e resistência dos agregados do esforço de compactação e da granulometria e também se aplica a misturas descontínuas como o tipo SMA A norma do mé todo Bailey foi proposta para o DNIT em 2019 e está em fase de aprovação Outra informação importante é que mais recentemente a dosagem para o volume de vazios de 4 tem sido questionada devido à prática de no campo aceitar graus de compactação menores do que 100 em relação ao projeto da mistura asfáltica em laboratório Isto leva a que o volume de vazios seja muito diferente do definido para os 4 de vazios e durante o tempo em que o revestimento está sendo utilizado com maior teor de vazios pode estar mais poroso e permitir a entrada de água assim como não apresentar as características mecânicas necessárias ao bom funcionamento do pavimento Surgiu assim o que tem sido chamado de Superpave 5 indicando a nova proposição de dosagem e de aplicação no campo para volume de vazios de 5 Nas dosagens Marshall e Superpave em geral se fixa o volume de vazios em 4 aceitando na compactação inicial no campo vazios de até 7 acreditando que no fim da vida o reves timento estará com os 4 de vazios pela sobrecompactação do tráfego Na França temse também para algumas misturas densas a dosagem para 5 e execução que alcance os 5 de vazios Uma referência para essa nova visão da dosagem é a publicação NCHRP 2007Task 412 TRAN et al 2018 que embasa as várias propostas de mudança na dosagem Superpave que decorrem em parte da mudança do volume de vazios de dosagem e inicial de construção Como outra referência na publicação NCAT Report 1908 TRAN et al 2019 estão apre sentadas várias proposições de ajustes a serem feitos no método Superpave de dosagem de forma a melhorar o desempenho das misturas asfálticas tanto em relação à deformação per manente quanto à fadiga entre elas o uso do volume de vazios de 5 que também muda a energia de compactação e as características volumétricas a serem atendidas e também fazem uso do método Bailey A visão inicial do método Superpave de dosagem de concreto asfáltico era incluir ensaios de desempenho na fase de dosagem além dos parâmetros volumétricos No entanto a utilização dos ensaios mecânicos de desempenho não foi efetivamente incorporada em muitas obras não chegando a se tornar rotineira No início o afundamento de trilha de roda foi considerado o principal defeito do concreto asfáltico mas com o tempo percebeuse que eventualmente as misturas eram dosadas com um teor de asfalto baixo para evitar a deformação permanente e acabavam ficando mais suscetíveis à fadiga e com menor durabilidade Além disso durante as 384 Bernucci Motta Ceratti e Soares obras não se atingia os 4 de vazios inicialmente e assim a porosidade volume de vazios fica va maior permitindo a entrada da água Assim foram revistos alguns critérios iniciais visando melhorar o desempenho das misturas asfálticas TRAN et al 2019 Várias pesquisas e consultas aos órgãos rodoviários foram feitas nos últimos anos nos EUA e três ajustes foram identificados como potencialmente necessários para proporcionar melhoria no desempenho do revestimento Um caminho para essa melhoria foi passar a utilizar o volume de vazios de 5 Superpave 5 e também incentivar o uso do método Bailey para o ajuste da granulometria combinada dos diversos tamanhos dos agregados usados na dosagem As sugestões que tiveram maior número de respostas foram passar a utilizar com mais frequência o asfalto polímero modificar o volume de vazios alterar o projeto da mistura asfáltica mudar a aceitabilidade do grau de compactação no campo e diminuir o número de giros de compactação no laboratório por ocasião da dosagem Comparando o atual método de dosagem Superpave com o descrito anteriormente foram feitas as seguintes modificações o volume de vazios de projeto passou de 4 para 5 e o grau de compactação aceito no campo passou a ser de 100 para manter o volume efetivo de ligante asfáltico o VAM também foi aumentado em 1 os níveis de número de giros foram alterados de 125 100 e 75 para 70 50 e 30 giros Afora essas mudanças principais foi mantido o tipo de compactador giratório as mesmas propriedades de consenso dos agregados em função do tráfego as espessuras típicas e outras práticas do Superpave A especificação AASTHO M3232017 traz essas modificações atualizadas No estado de Indiana EUA foi aprovada em 2020 a utilização da dosagem pelo volume de vazios de 5 40105 Volumetric Mix Design mudando a relação póligante e referindose ainda às peneiras de controle do Bailey que consta da relação de normas e especificações de 2020 do Indot Standard Specification Desde 2019 os contratos de obras também especificam a dosagem com 5 de vazios por memorando do diretor de construção do departamento CONSTRUCTION MEMORANDUM 1903 na parte que trata do controle de qualidade dos concretos asfálticos O método Bailey tem sido utilizado no Brasil há alguns anos e está sendo normalizado pelo DNIT Deve ser consultada regularmente a página do DNIT para se tomar conhecimento das novas normas e especificações de serviço que se espera sejam revistas regularmente 534 Mistura asfáltica tipo SMA O stone matrix asphalt SMA apresentado no capítulo 4 deve necessariamente apresentar um esqueleto pétreo onde seja garantido o contato entre os grãos de agregados graúdos Esse contato é garantido quando o VCAMIX vazios da fração graúda do agregado na mistura compac tada é menor ou igual ao VCADRC vazios da fração graúda do agregado compactado NAPA 2002 figura 527 Ou seja é necessário que os agregados graúdos em sua grande maioria com dimensões similares toquemse formando vazios que devem ser ocupados em parte por um mástique composto por agregados na fração areia fíler asfalto e fibras Devese sempre manter vazios com ar para que a mistura não exsude e possa ainda sofrer compactação adicio nal pelo tráfego 385 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas Figura 527 Representação esquemática dos parâmetros volumétricos de controle do SMA Fonte Elaborada pelos autores Os parâmetros VCAMIX e VCADRC podem ser obtidos utilizandose as expressões 533 e 534 533 Onde VCADRC vazios da fração graúda do agregado compactado Gs massa específica da fração graúda do agregado seco compactado kgdm3 DNERME 15397 Gw massa específica da água 998 kgm3 Gsbg massa específica aparente da fração graúda do agregado gcm3 534 Onde VCAMIX vazios da fração graúda do agregado na mistura compactada Gmb massa específica aparente da mistura compactada gcm3 Gsbg massa específica aparente da fração graúda do agregado gcm3 PCA de fração graúda do agregado em relação ao peso total da mistura A fração de agregado graúdo é definida como sendo a porção relativa à mistura total de agre gados retida numa determinada peneira que varia de acordo com o diâmetro máximo nominal dos agregados como apresentado na tabela 520 O projeto de mistura do SMA segundo a Napa 1999 deve seguir ainda os requisitos mí nimos apresentados na tabela 521 Os parâmetros de volume de vazios VAM e estabilidade são obtidos com corpos de prova Marshall compactados com 50 golpes de cada lado A Napa 386 Bernucci Motta Ceratti e Soares também indica a compactação no equipamento giratório sendo que os mesmos valores são fixados para amostras após 100 giros TABELA 520 DEFINIÇÃO DA FRAÇÃO GRAÚDA Diâmetro máximo nominal dos agregados Porção de agregado retida na peneira mm Peneira mm Numeração 25 1 475 N0 4 19 ¾ 475 N0 4 125 ½ 475 N0 4 95 38 236 N0 8 475 N0 4 118 N0 16 Exemplo Para uma mistura com diâmetro máximo nominal de 25 mm o agregado graúdo é a porção da mistura total de agregados que fica retida na peneira de 475 mm de abertura peneira no 4 Fonte Napa 1999 TABELA 521 ESPECIFICAÇÃO PARA MISTURAS SMA UTILIZANDO MÉTODO MARSHALL Propriedade Requerido Cimento asfáltico mínimo 6 de vazios com ar 4 VAM mínimo 17 VCAMIX VCADRC Estabilidade N mínimo 6200 RTR mínimo 70 Escorrimento na temperatura de usinagem máximo 03 Fonte Napa 1999 A RTR é obtida de acordo com procedimento da norma do DNIT 1802018 que avalia o dano por umidade induzida descrita no item anterior sobre a dosagem do CA O valor de escorrimento do ligante asfáltico segue a norma AASHTO T 30597 O ensaio de escorrimento é utilizado para determinar a quantidade de ligante asfáltico que potencialmente poderá escorrer da mistura de SMA É estabelecido um valor máximo admitido no ensaio la boratorial de forma a evitar perda de ligante no transporte na aplicação e na compactação do SMA Em linhas gerais o ensaio consiste em inserir uma amostra de no mínimo 1200 g de SMA usinado utilizando a faixa granulométrica teor de ligante e de fibras que se deseja testar em um cesto cilíndrico confeccionado com tela metálica de abertura 63 mm com fundo sus penso afastado do fundo Pesase e inserese o conjunto apoiado em um papelfiltro dentro de uma estufa regulada na temperatura de compactação por 1 h 1 min figura 528 Trans corrido o tempo retirase o conjunto da estufa e pesase a folha de papelfiltro novamente que poderá conter ligante escorrido da mistura A figura 528 d e e ilustram resultados obtidos com SMA com e sem fibras de celulose e usinado com dois ligantes distintos um convencional e um modificado por polímero SBS Observese o efeito benéfico das fibras e de ligantes modificados para reduzir o escorrimento A porcentagem de escorrimento é expressa pela massa de ligante escorrida e depositada sobre o papelfiltro dividida pela massa total da mistura inserida inicialmente no cesto A determinação da quantidade de fibras necessária para a mistura SMA também pode ser feita empregandose o método alemão conhecido por Schellenberg originalmente concebido 387 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas para esse fim figura 528f De forma resumida esse método utiliza 1000 g da mistura asfáltica com as características que serão utilizadas no revestimento despejada dentro de um béquer previamente tarado O recipiente com seu conteúdo é levado à estufa na temperatura de compactação por 1 h 1 min Decorrido esse período o conjunto é removido da estufa e o conteúdo é imediatamente despejado em outro recipiente Pesase novamente o béquer e calculase a massa de ligante que eventualmente tenha ficado preso à sua superfície Essa por centagem não deve exceder 03 para ser considerada satisfatória sendo desejável que seja inferior ou igual a 02 Figura 528 Ensaio de escorrimento de ligante asfáltico de mistura SMA fotos a b e c Silva 2005 d e e Mourão 2003 f Erdlen 2004 Fonte Elaborada pelos autores 388 Bernucci Motta Ceratti e Soares Um livro disponível na internet dedicado a apresentar os vários aspectos das misturas SMA é o de Blazejowski 2011 que descreve as misturas asfálticas SMA desde a sua origem e con cepção na Alemanha as diferenças ao redor do mundo anos depois passando pela formação do esqueleto pétreo e do mástique os vários produtos ou fibras que têm sido utilizados os re quisitos aplicados em alguns países as formas de fazer a dosagem usinar e aplicar no campo além de discussões sobre as especificações entre outros pontos A norma europeia EN 131085 2016 descreve as misturas asfálticas SMA como descon tínuas compostas de um esqueleto pétreo de agregado graúdo britado stone aglutinadas por um mástique composto dos finos com o ligante e apresenta os vários requisitos a serem atendidos Também há estudos sobre SMA usando material fresado e processado do tipo mistura morna ALINEZAD SAHAF 2019 DEVULAPALLI et al 2019 entre outros Outros autores pesquisaram sobre o uso de asfalto borracha em SMA NEVES FILHO 2004 LU 2007 entre outros A mistura asfáltica do tipo SMA ao longo desses vários anos que já vem sendo aplicada mostrou ser muito resistente à deformação permanente e com bom comportamento mecânico em geral O projeto de dosagem deve levar em conta que o sucesso desse tipo de composição granulométrica está em garantir o contato dos agregados graúdos entre si o que garante o atrito necessário para uma boa resistência ao cisalhamento enquanto a parcela de argamassa rica em asfalto fornece elevada coesão Esse sucesso é garantido pelo tipo de esqueleto mineral que se forma que é preenchido com ligante modificado que forma um mástique com os agregados finos tendo as fibras para garantir o não escorrimento do asfalto durante o trajeto e a constru ção Para isso vários requisitos devem ser atendidos entre eles agregados pétreos britados com Los Angeles 30 forma cúbica com no máximo 30 de agregados com relação 31 e 5 com relação 51 a curva granulométrica descontínua deve ser obedecida rigorosamente a curva granu lométrica deve atender à proporção de 20 a 28 passante na peneira de 475 mm no 4 e 8 a 10 na peneira no 200 deve atender a todos os requisitos da especificação quanto aos parâmetros volumétri cos e teor de asfalto usar asfalto modificado por polímero e fibras ou outro agente estabilizador do escorrimento do ligante na aplicação no campo manter a velocidade dos rolos e utilizar dois ou três rolos com pactadores para atingir rapidamente a densidade de projeto cuidando de todos os deta lhes durante a usinagem transporte aplicação e compactação Algumas especificações de SMA já estão disponíveis em concessionária tal como em Arteris 2015 ou órgão estadual DER SP DER ET P 00031 2007 A especificação técnica do DERSP menciona três tipos de ensaios para determinação do escorrimento do ligante asfáltico e consequente especificação do percentual de fibras ASTM D 9690 AASHTO T 305 ou ensaio de Schellenberg Muitos estudos e publicações sobre SMA já foram feitos no Brasil ao longo dos últimos 20 anos e devem ser consultados para maiores esclarecimentos sobre esse tipo de mistura asfálti ca inclusive alguns avaliaram diferentes tipos de fibra para diminuir o escorrimento do ligante e até sem o uso de fibra Várias obras também já usaram SMA sendo a primeira aplicação feita no Autódromo de Interlagos em São Paulo para receber o Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1 em 2000 BELIGNI et al 2000 389 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas Outras obras pioneiras foram feitas na via Anchieta 2001 São PauloSP Corredor Tecno lógico em 2002 BarueriSP via Dutra em 2002 ArujáSP trechos em rodovias sob a respon sabilidade da Concessionária Rodovia das Colinas em 2003 SP e aplicações de mistura SMA em rodovias nos estados de São Paulo Minas Gerais e Paraná além do uso urbano em São Paulo Rio de Janeiro e Salvador ao longo desses anos Citamse alguns dos autores a seguir Reis 2002 Chaves et al 2002 Mourão 2003 Neves Filho 2004 Silva 2005 Vale Soares 2005 Oda et al 2005 Vale et al 2007 Ramos 2012 Leal e Castro 2012 Silva 2012 Valença 2012 ElHage 2012 Tavares 2012 Miranda et al 2013 Gomes 2015 Ramos 2015 Cavalcante et al 2016 Pires 2018 entre outros Outras misturas asfálticas de granulometria descontínua Como uma mistura asfáltica também de granulometria descontínua embora não porosa podemse citar as misturas denominadas de gapgraded São curvas granulométricas bem dife renciadas quanto à distribuição percentual dos agregados por peneira Tratase de uma mistura descontínua amplamente utilizada na Califórnia em serviços de pavimentação com asfaltobor racha No Brasil essa mistura com asfaltoborracha já foi utilizada por várias concessionárias destacando a Ecovias dos Imigrantes com extensa e bemsucedida obra no sistema Anchieta Imigrantes Mistura executada a quente em usina apropriada constituída de agregado graúdo agregado miúdo material de enchimento fíler em granulometria descontínua e ligante asfáltico modificado por borracha moída de pneus devendo ser espalhada e compactada a quente Visa à obtenção de camada de alta resistência à deformação permanente e melhoria das condições de aderência em pista molhada A concessionária Arteris apresenta a especificação de serviço ES 27 2021 onde são indi cadas as características a serem atendidas na dosagem adequada da mistura atendendo a uma série de parâmetros e aos requisitos granulométricos de uma das quatro faixas apresentadas com tamanho máximo nominal entre 95 e 190 mm No ensaio de escorrimento de asfalto pelo método de ensaio de Schellenberg o máximo de escorrimento aceitável deve ser de 03 em peso da mistura do projeto proposto no teor ótimo mais 02 de ligante No ensaio Cântabro da mistura asfáltica no teor ótimo após 24 h deve ser menor que 12 Misturas asfálticas descontínuas ultradelgadas na linha de misturas francesas denominadas BBTM são também de granulometria descontínua e são utilizadas como camada pouco espes sa de revestimento adicional aos concretos asfálticos responsável por aumentar o atrito e a dre nagem parcial da lâmina dágua Mais informações sobre esse tipo de mistura sua concepção e características podem ser vistas em Ferreira 2006 e Reis 2012 entre outras referências Ferreira 2006 apresenta o estudo de revestimentos asfálticos delgados a quente para pavimentos rodoviários do tipo BBTM nas graduações 06 e 010 com diâmetro nominal má ximo de 6 mm e 10 mm respectivamente As atividades experimentais foram desenvolvidas no Brasil no Laboratório de Tecnologia de Pavimentação da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo LTPEPUSP e na França no Centro de Nantes do Laboratoire Central des Ponts et Chaussées LCPC Além dos ensaios de dosagem da metodologia francesa ensaio PCG ensaio Duriez ensaio de deformação permanente e evolução da macrotextura e ensaios suplementa res ensaio Cântabro e a avaliação da textura sem contato a raio laser em laboratório descreve o acompanhamento das obras de restauração produção em usina aplicação e controle tecno lógico de obra na Rodovia Castelo Branco em BBTM 010 390 Bernucci Motta Ceratti e Soares 535 Mistura asfáltica a quente aberta e drenante tipo CPA As misturas asfálticas abertas do tipo CPA Camada Porosa de Atrito mantêm uma grande porcentagem de vazios com ar não preenchidos graças às pequenas quantidades de fíler de agregado miúdo e de ligante asfáltico conforme apresentado no capítulo 4 A dosagem dessas misturas abertas é realizada com CPs compactados no Marshall com 50 golpes por lado Segundo as especificações brasileiras do DNERES 38699 na condição compactada em laboratório essas misturas devem apresentar vazios com ar na faixa de 18 a 25 Na França essas misturas são utilizadas desde a década de 1960 sendo aplicadas atu almente com vazios entre 20 e 30 Por se tratar de mistura asfáltica de caráter funcional cuja contribuição importante é a retirada da água da superfície do pavimento é importante manter o esqueleto sólido com contato grãogrão de modo que haja uma manutenção dos vazios com ar no decorrer do tempo Para manutenção desses vazios e estabilidade da mistura devem ser garantidas principal mente a resistência à desagregação especificada no DNER pela perda de massa máxima ad missível no ensaio Cântabro apresentado adiante e a resistência à tração por compressão dia metral apresentada no capítulo 6 A perda de massa no Cântabro não deve ultrapassar os 25 DNERES 38699 e a resistência à tração mínima é de 055 kN DNERES 38699 É im portante realçar que quanto menor a perda de massa do Cântabro melhor será sua resistência à desagregação Os espanhóis que originalmente propuseram o ensaio de desgaste Cântabro fixam perda de no máximo 20 para as misturas drenantes É interessante igualmente realizar o ensaio de perda de massa após condição de exposição aos danos induzidos pela água para comparação com o resultado a seco sem condicionamento prévio O DERSP possui a especificação ETDEP00028 de 2006 para a CPA A concessionária Arteris tem a especificação de CPA ES028 Rev 3 2018 chamando a atenção para que a mistura asfáltica a quente do tipo CPA só deve ser aplicada onde a camada subjacente for per feitamente impermeável Caso contrário esta deve ser impermeabilizada previamente O DERPR tem a especificação ES P 222017 que trata de misturas asfálticas a quente abertas MAAUQ fazendo distinção entre cinco granulometrias sendo as mais finas VI e V as correspondentes à CPA tendo a granulometria com 100 passante na peneira de ½ e na peneira no 200 passante de 0 a 4 na faixa VI e de 3 a 5 na faixa V Uma das primeiras pesquisas acadêmicas brasileiras sobre misturas asfálticas porosas foi realizada por Campos 1998 que em sua tese analisou o comportamento de um trecho piloto em uma rodovia Nos aeroportos é necessário garantir atrito e baixa lâmina dágua nas cabeceiras das pistas e nas próprias pistas para a segurança dos pousos e decolagens Assim muitos utilizam CPA para garantir a drenagem das águas das chuvas Um exemplo desse emprego da CPA foi analisado por Lugão 2008 que analisou a CPA do Aeroporto Internacional Tancredo Neves MG entre outros estudos Recentemente foram restauradas com a execução de camada de rolamento em CPA as pistas de pouso e decolagem de dois aeroportos de grande movimentação de ae ronaves em âmbito nacional os aeroportos Santos Dumont no Rio de Janeiro em 2019 e de Congonhas em São Paulo em 2020 Avaliações das condições de desempenho acústico de vários tipos de revestimentos de pavi mentos foram realizadas por Lao 2004 Callai 2011 Knabben 2012 entre outros Dresch 2016 analisou cinco tipos diferentes de CPA que seriam aplicadas em obras de rodovias fe derais no Rio Grande do Sul nas BR 158 e 285 e além dos ensaios mecânicos fez medidas 391 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas de absorção sonora Kolodziej 2016 também avaliou propriedades acústicas de revestimentos drenantes Strufaldi et al 2010 apresentam interessante avaliação do uso de CPA como camada mitigadora do ruído proveniente do tráfego especialmente aplicada sobre um revestimento pavimento de concreto de cimento Portland em região onde a rodovia urbana passava por área densamente habitada Aps e Bernucci 2020 analisam após 5 anos de operação que a CPA continuava com condições satisfatórias e cumprindo o papel de diminuir o ruído entre outros benefícios A capacidade drenante de CPA e outras misturas asfálticas foram analisadas por Oliveira 2003 Silva 2005 Souza 2008 entre outros autores Recomendase a leitura de outros autores que estudaram sob vários aspectos as misturas CPA e drenantes tais como Meurer 2001 Homem 2002 Oliveira 2003 Dumke 2005 Roseno 2005 entre outros Desgaste Cântabro O arrancamento progressivo de agregados da capa de rolamento por efeito do atrito pneu pavimento é denominado desgaste SANTANA 1993 sendo um defeito comum em revesti mentos brasileiros O ensaio usualmente realizado para determinação de resistência à desagre gação é o ensaio Cântabro Esse ensaio foi originado na Universidad de Cantabria na Espanha objetivando avaliar o comportamento de misturas asfálticas quanto à perda de material Mais tarde importantes contribuições à normatização e novas pesquisas foram realizadas na Univer sitat Politècnica de Catalunya UPC A norma DNERME 38399 consiste na análise da perda de massa que eventualmente ocorre quando CPs Marshall de misturas asfálticas drenantes ou porosas são submetidos ao aparelho de abrasão Los Angeles figura 529 a por um certo nú mero de giros Apesar de sua concepção estar relacionada aos pavimentos drenantes o ensaio de desgaste Cântabro pode ser estendido para outros tipos de misturas asfálticas ABNTNBR 151402004 Os principais passos do ensaio são os seguintes i pesar inicialmente o CP Marshall M1 ii colocar no aparelho de abrasão Los Angeles sem as esferas de aço figura 529b iii condicionado a 25oC efetuar 300 revoluções na velocidade angular de 30 rpm iv pesar no vamente o CP M2 ilustrado na figura 529c O desgaste Cântabro é determinado por meio da expressão 535 Onde D valor do desgaste em M1 massa do CP antes do ensaio M2 massa do CP após o ensaio 392 Bernucci Motta Ceratti e Soares Figura 529 Exemplo de aparelho de abrasão Los Angeles utilizado para o ensaio de desgaste Cântabro de misturas asfálticas porosas Fonte Elaborada pelos autores O desgaste máximo admitido é de 25 para misturas asfálticas porosas DNER 1999 e o desgaste para cada teor de ligante deve ser realizado a partir da média aritmética de três CPs com o valor individual não diferindo 20 do valor médio Como citado o ensaio Cântabro é comumente realizado em misturas drenantes como a CPA MEURER FILHO 2001 OLIVEIRA 2003 podendo ser empregado para misturas areiaasfalto BOTTIN FILHO 1997 SILVEIRA 1999 e para concretos asfálticos CASTRO NETO 2000 O ensaio pode ainda ser realizado com corpos de prova submetidos à submersão visando principalmente misturas drenantes em sua suscetibilidade à ação da água evidenciando perda por problemas de adesividade 54 DOSAGEM DE MISTURAS ASFÁLTICAS A FRIO As misturas asfálticas a frio apresentadas no capítulo 4 são aquelas cujo ligante é a emulsão asfáltica capítulo 2 O uso de misturas asfálticas a frio iniciouse na Inglaterra com uma téc nica denominada retread process tendo sido bastante utilizada pela França para restauração de seus pavimentos após a II Guerra Mundial No Brasil essa técnica de mistura passou a ser utilizada em 1966 A partir de 1980 as emulsões asfálticas foram mais difundidas com a téc nica de PMFs densos em revestimentos asfálticos delgados TUCHUMANTEL JR 1990 Nas 393 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas últimas décadas os PMFs vêm sendo prioritariamente utilizados para uso em revestimentos de vias urbanas sujeitas a baixo volume de tráfego camadas intermediárias de revestimento e em serviços urbanos de conservação como regularização de revestimentos e remendos de panelas ABEDA 2001 As principais misturas asfálticas a frio são os TS AAUF e PMF As vantagens do uso de misturas a frio são muitas entre elas produção e execução à temperatura ambiente reduzindo o consumo de combustíveis alta trabalhabilidade devido ao estado fluido do ligante à tempera tura ambiente menor agressão ao meio ambiente em relação aos asfaltos diluídos de petróleo capítulo 2 e redução do problema de emissões de gases de efeito estufa que ocorrem regular mente na usinagem de misturas asfálticas a quente além de evitar o envelhecimento prematuro do asfalto por oxidação que pode ocorrer nas usinas em misturas a quente SANTANA 1993 Chaves 2010 propôs um método de dosagem para misturas do tipo areia asfáltica a frio com ligante de ruptura lenta ou média Definiu uma faixa granulométrica fez a caracterização dos materiais naturais por ensaios de equivalente de areia densidade real mineralogia e grau de arredondamento Determinou as porcentagens de umidades ideais a serem incorporadas aos agregados visando a um melhor envolvimento dos ligantes Com base nos parâmetros de RT e densidade aparente foram propostas mudanças nos tempos de cura indicados no método DNER ME 10794 Utilizou a compactação Marshall e giratória com e sem fíler Utilizou a técnica do AIMS e da tomografia computadorizada para avaliar a distribuição dos vazios de ar nas mistu ras compactadas As propriedades mecânicas das misturas a frio foram obtidas por ensaios de módulo de resiliência Cântabro WTAT e LWT com adaptações Definiu parâmetros para uma dosagem mais adequada de AAUF visando maior durabilidade como revestimentos de rodovias de baixo volume de tráfego O processo de cura das misturas asfálticas a frio ainda não é perfeitamente compreendido MOULTHROP et al 1997 Esse fator tem importância maior quando se verifica que não há um consenso entre os métodos de dosagem de misturas a frio com relação ao grau e ao método de cura que devem ser considerados como representativos do processo que ocorre em campo SILVEIRA 1999 MOREIRA SOARES 2002 Ribeiro 1991 estudou a dosagem de prémisturado a frio de graduação aberta PMAF e desenvolveu uma câmara para dessecação a vácuo dos CPs com a finalidade de acelerar o processo de cura em laboratório além de realizar ensaios de resistência à tração e módulo de resiliência desses CPs como forma de dosagem ensaios que não eram considerados à época nos métodos usuais de dosagem Agetop 2018 apresenta duas especificações de serviço de PMF e semidenso definindo os materiais a composição das misturas os equipamentos a execução e o controle de campo DNIT 1532010 ES define os materiais e todos os passos para construção de PMF que pode ser empregado como revestimento regularização reforço ou restauração de pavimento Indica que para prémisturado aberto podem ser utilizados a emulsão asfáltica catiônica de ruptura média tipos RM1C e RM2C enquanto para o denso usase a emulsão asfáltica catiônica de ruptura lenta tipo RL1C e define quatro faixas granulométricas A dosagem dos PMFs iniciase com o cálculo dos teores preliminares de asfalto e EA Para tanto pode ser utilizada a metodologia descrita a seguir que se baseia na proposição de Duriez SANTANA 1993 que consiste no cálculo da superfície específica dos agregados a partir da proporção dos diversos tamanhos de partícula devidamente ponderada Para a determinação da superfície específica dos agregados utilizase a fórmula de Vogt que consiste em uma adaptação da formulação de Duriez para as peneiras correspondentes às especificações brasileiras 394 Bernucci Motta Ceratti e Soares 536 Onde superfície específica de agregados P4 massa do material retido entre as peneiras 21 P3 massa do material retido entre as peneiras 112 P2 massa do material retido entre as peneiras 12no 4 P1 massa do material retido entre as peneiras no 4no 10 S3 massa do material retido entre as peneiras no 10no 40 S2 massa do material retido entre as peneiras no 40no 80 S1 massa do material retido entre as peneiras no 80no 200 F massa do material passante na peneira no 200 A figura 530 apresenta um fluxograma para a determinação da massa específica média dos agregados a partir da massa específica de três frações predefinidas Após calcular a superfície específica média dos agregados fazse sua correção com um fator determinado em função da massa específica real média dos agregados Gsamédio conforme indica a tabela 522 SANTANA 1993 Figura 530 Fluxograma para determinação da massa específica real média dos agregados Fonte Elaborada pelos autores 395 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas TABELA 522 FATORES CORRETIVOS DA SUPERFÍCIE ESPECÍFICA DO MÉTODO DE DURIEZ Massa específica Gsamédio gcm3 Fatores corretivos 235 113 245 108 255 102 265 100 275 097 285 093 295 090 Fonte Santana 1993 Calculase então o teor de asfalto residual p em relação à massa total dos agregados utilizando a expressão de Duriez p k 02 537 Onde k módulo de riqueza Para PMF denso Santana 1993 sugere valores de k entre 32 e 45 Obtémse o teor de asfalto p e de emulsão asfáltica pEA sobre a mistura asfáltica total a partir das seguintes relações 538 539 Onde t teor percentual em massa de asfalto na emulsão asfáltica Tendo sido definido o teor t procedese à dosagem Marshall descrita anteriormente varian dose os teores de moldagem geralmente t 1 e t 2 e determinandose então os pa râmetros volumétricos e mecânicos Santana 1993 sugere a determinação do teor de projeto final de acordo com o teor que obtiver a maior massa específica aparente do CP 55 MISTURAS ASFÁLTICAS RECICLADAS A QUENTE E MORNAS No caso de misturas recicladas a quente capítulo 4 há uma diversidade de métodos de dosa gem quanto aos seguintes aspectos procedimentos de ensaio definição de agregado que cons ta no reciclado com ou sem o ligante envelhecido parâmetros necessários para a definição do teor do ligante novo e percentual de material fresado a ser reaproveitado Convém destacar que aquilo que se chama de reciclado geralmente é o material já proces sado O termo fresado usado daqui em diante indistintamente como RAP que é consagrado na literatura internacional diz respeito ao material retirado ou fresado recuperado dos pavimentos asfálticos que é reciclável porém não necessariamente que já tenha sofrido a reciclagem para seu emprego Notese que o RAP pode ser oriundo de blocos de revestimento posteriormente 396 Bernucci Motta Ceratti e Soares triturados em moinho ou seja não necessariamente é obtido por meio da operação de fresa gem Como a maior parte do RAP é de fato fresada estes são os dois termos mais usados neste livro Já o termo ligante novo referese ao ligante com ou sem AR misturado que é adicionado ao fresado para devolver ao ligante suas características iniciais Enquanto nos Estados Unidos é comum o uso de ligantes menos consistentes sem AR para contrabalançar o ligante endureci do do fresado no Brasil tem sido comum a utilização de ARs sendo o ligante novo uma mistura de AR com cimento asfáltico virgem Muitas pesquisas reconhecem que misturas asfálticas com RAP podem apresentar desem penho equivalente ou mesmo superior ao de misturas asfálticas preparadas apenas com mate rial virgem desde que adequadamente dosadas e usinadas MCDANIEL et al 2000 CASTRO NETO 2001 NEWCOMB et al 2007 LOPES et al 2015 Um bom desempenho depende do uso de métodos de dosagem tradicionais e sua adaptação para incluir o RAP dada a variabili dade das propriedades deste último Devese reiterar a importância do emprego das técnicas de usinagem mornas principalmente no caso de incorporação de RAP na mistura asfáltica de maneira que se ocasione por ocasião do aquecimento para misturação o menor envelhecimento possível do ligante contido no RAP Lopes et al 2015 consideram o emprego das técnicas de usinagem morna para um aumento da quantidade de RAP na mistura asfáltica reciclada A norma AASTHO 3232017 estabelece diretrizes para a dosagem volumétrica de misturas asfálticas inclusive considerando a inserção de RAP Definem gráficos de dosagem para mistu ras convencionais ou quando utilizando variadas porcentagens de RAP Chama a atenção para um procedimento para avaliar as pilhas de RAP extrair o ligante residual e analisar os agregados existentes Na gestão do RAP por vezes é fracionado em pilhas de materiais mais finos ou mais graú dos devendo ser observada ainda a procedência uma vez que materiais provenientes de esta cionamentos e de vias urbanas são geralmente distintos dos provenientes de rodovias A parte fina do RAP possui maior teor de ligante Caso não haja fracionamento é razoável assumir que o teor de ligante do RAP é próximo do teor da mistura reciclada que irá incorporálo Todavia com o uso crescente do fracionamento do RAP tal hipótese pode não ser atendida e então devese adotar a chamada razão recicladoligante RAP pavement binder ratio RPBR em al gumas referências também denominado de RAP binder ratio RBR que será discutida adiante Como comentário final dessas primeiras considerações sobre misturas asfálticas recicladas um material também descrito no Manual do Instituto do Asfalto para uso em misturas recicla das é o proveniente de telha de asfalto reclaimed asphalt shingle RAS com teor de 2030 de ligante mas este material não é discutido aqui por não ter uso no Brasil 551 Dosagem de misturas asfálticas recicladas a quente MARQ Na dosagem de misturas asfálticas o foco é atingir as propriedades volumétricas e mecânicas consideradas necessárias para um bom desempenho NEWCOMB BROWN EPPS 2007 le vandose em consideração que o projeto da mistura reciclada poderá ser praticado na usina A tentativa de aumento do teor de RAP traz uma maior necessidade de determinar a quantidade e as propriedades do ligante asfáltico presente nele assim como as características dos seus agregados Uma premissa básica de muitos projetos de MARQ é que todo o ligante presente no RAP será ativado pelo calor e estará disponível para se misturar aos novos materiais incorpora dos Há um entendimento pela comunidade científica muitas vezes contraditório da própria 397 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas nomenclatura envolvida nesse processo de ativação e interação entre ligantes As propriedades das MARQs são diretamente influenciadas pela interação entre o ligante do RAP e o agente de reciclagem ligante asfáltico agente rejuvenescedor ou a combinação de ambos de forma que o processo de dosagem deve levar em consideração até que ponto o ligante do RAP contribui para as características finais da mistura reciclada Lopes et al 2016 mostram as técnicas e as dificuldades de identificação de percentual de mobilização e mesclagem dos ligantes do RAP e do ligante novo empregando microspectrometria ATRFTIR attenuated total reflectionFou rier transform infrared imaging Lo Presti et al 2019 apresentam uma explicação dos fenômenos envolvidos na interação entre os ligantes durante a reciclagem da mistura asfáltica O trabalho traz ainda uma proposta inicial para a quantificação da ativação do ligante do RAP considerada uma propriedade in trínseca do material auxiliando assim no processo de dosagem das MARQs Oreškovic et al 2020 apresentam uma revisão da literatura sobre diferentes métodos que vêm sendo usados para a análise dos parâmetros envolvidos nesse processo de interação entre ligantes na recicla gem a quente Há todavia diferentes metodologias para a dosagem dessas misturas Gaspar 2019 traz um resumo dos diferentes métodos vigentes no mundo conforme apresentase sucintamente a seguir Nos Estados Unidos alguns anos após a implementação do método de dosagem Superpave na década de 1990 a FHWA publicou um conjunto de recomendações para guiar a dosagem de misturas com RAP utilizando a metodologia Superpave baseadas em um estudo anterior por Kandhal e Foo 1997 principalmente no que diz respeito à seleção do ligante asfáltico virgem a ser adicionado com diferentes abordagens dependendo do teor de RAP MCDANIEL et al 2000 Para teores de até 15 de RAP o ligante asfáltico virgem não precisaria ser alterado com parando com a mistura sem RAP já que a influência do ligante presente no RAP seria mínima independente das suas propriedades Já para teores entre 15 e 25 o órgão recomendava que fosse utilizado ligante asfáltico com PG performance grade sistema de classificação de ligantes asfálticos utilizado nos EUA um nível abaixo tanto na temperatura alta de PG quanto na baixa Para as misturas asfálticas com alto teor de RAP acima de 25 o projetista deveria re correr aos blending charts ou seja determinar a temperatura alta de PG do ligante presente no RAP após extração e recuperação e do ligante desejado para a mistura final e obter com um gráfico uma relação linear entre a variação desse parâmetro e a proporção de RAP na mistura Assim é possível definir o ligante virgem necessário à mistura reciclada conforme ilustrado na figura 531 Os blending charts já eram rotineiramente usados para projetar misturas com alto teor de RAP mesmo antes da implementação do método Superpave porém utilizavase a viscosidade dos ligantes como parâmetro em vez da temperatura de PG WEST WILLIS MARASTEANU 2013 398 Bernucci Motta Ceratti e Soares Figura 531 Exemplo de blending chart para seleção do ligante asfáltico virgem Temperatura alta de PG ºC Fonte Gaspar 2019 Tais recomendações foram posteriormente inseridas na norma AASHTO M323 que espe cifica a dosagem de misturas asfálticas pela metodologia Superpave assim como recomen dações adicionais para o manuseio e a caracterização do RAP em laboratório Na sua versão mais atual AASHTO M32317 o sistema para seleção do ligante asfáltico virgem foi revisado e o critério utilizado não é mais a porcentagem de RAP em relação à massa total de mistura mas sim o já mencionado parâmetro RBR que indica a proporção de ligante oriundo do RAP em relação ao total de ligante asfáltico na mistura Para RBR inferior a 25 o ligante virgem não deve ser alterado Caso contrário devese recorrer aos blending charts WEST WILLIS MARASTEANU 2013 Na Comunidade Europeia um conceito semelhante de dosagem é adotado porém utilizando a penetração e o PA como parâmetros para caracterização dos dois ligantes No lugar dos blen ding charts são usadas equações para estimar os parâmetros do ligante asfáltico resultante de acordo com a proporção em massa de cada ligante na mistura DEL BARCO CARRIÓN et al 2015 Caso o teor de RAP seja inferior a 10 para camadas de revestimento ou 20 para camadas de base e de ligação o ligante asfáltico virgem deve ser o mesmo considerado na dosagem de uma mistura sem RAP que costuma ser feita pelo método Marshall IPAVEC et al 2012 DEL BARCO CARRIÓN et al 2015 A especificação EN 13 1088 2016 traz ainda alguns requisitos para a classificação e descrição de RAP como um material constituinte de misturas asfálticas Na Austrália e no Japão os blending charts também são aplicados mas utilizando outros parâmetros para caracterização A norma australiana da Austroads AGPTT19315 faz uso da viscosidade dos ligantes asfálticos enquanto os japoneses utilizam além da penetração dos li gantes resultados do ensaio de resistência à tração realizados em amostras de mistura asfáltica produzidas em laboratório WEST COPELAND 2015 As normas brasileiras de reciclagem a quente em usina DNIT ES 033 2005 DER ETDE P00032 2006 PMSP IE 07 2010 mencionam a dosagem da mistura reciclada em um dos 399 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas itens porém o foco é nos requisitos volumétricos que se assemelham ao de misturas asfálticas convencionais sem o uso de RAP não sendo fornecidas diretrizes para a escolha do ligante asfáltico Zaumanis et al 2019 porém pontuam que métodos de dosagem convencionais não ga rantem o desempenho requerido para misturas com altos teores de RAP devido às variáveis envolvidas no processo incluindo uso de rejuvenescedores interação e difusão entre ligantes aumento da susceptibilidade ao trincamento entre outras Na edição anterior deste livro constavam três métodos de dosagem Instituto do Asfalto Castro Neto 2000 e Superpave Castro Neto 2000 propôs um método que considera o comportamento da mistura reci clada com diferentes valores de teor de ligante novo pela avaliação dos valores de MR e RT O procedimento prescinde da extraçãorecuperação e caracterização do ligante do RAP O passo inicial é a determinação do intervalo de MR eou de RT que a mistura reciclada deve apresentar A partir desses valores adotase com base na experiência do projetista uma porcentagem de material fresado Estabelecida essa porcentagem a composição granulométrica final desejada agregados do RAP mais agregados novos e selecionado o ligante novo confeccionamse CPs com diferentes teores de ligante Avaliamse os valores de MR e RT dos CPs e verificase o teor de ligante mais adequado à mistura a partir dos valores desejados dos referidos parâmetros mecânicos No procedimento a determinação experimental da Gmm faz uso do querosene em substituição ao vácuo Embora considere indiretamente a reologia do ligante envelhecido e recuperado o método apresenta a vantagem de se basear em parâmetros mecânicos para a determinação do teor de ligante novo e do teor total de ligante novo e envelhecido na mistura reciclada Uma complementação do método proposto há mais de 20 anos pode ser buscada incluindose o dano por umidade induzida das misturas asfálticas recicladas que à época foi empregado o desgaste Cântabro e ensaio para avaliação da deformação permanente Os en saios do MR podem ser ainda substituídos pelo módulo dinâmico Outro fator importante a ser considerado é o uso de técnicas de reciclagem morna para reduzir as temperaturas de reaque cimento do RAP mistura em usina e execução em pista O item com a metodologia Superpave foi suprimido nesta versão do livro A especificação AASHTO M32317 traz a descrição da metodologia mas salientase o fato de os departamen tos de transporte dos estados norteamericanos adotarem particularidades não havendo um único método nacionalmente aplicado Deuse preferência ao detalhamento do método de dosagem de MARQ mais recente e es tabelecido o qual os autores julgam suficientemente sólido e facilmente empregável no Brasil Apresentase a seguir o método do Instituto do Asfalto ASPHALT INSTITUTE 2014 seus procedimentos vantagens e desvantagens incluindo exemplos numéricos que facilitam a com preensão 552 Dosagem do Asphalt Institute O método de dosagem de MARQ do Instituto do Asfalto ASPHALT INSTITUTE 2014 objetiva que misturas recicladas atendam às mesmas exigências existentes para misturas convencionais que contêm apenas materiais virgens Uma vez que o tipo de ligante e a porcentagem de RAP ou RBR RAP binder ratio seja selecionada podese prosseguir com um processo de dosa gem bastante próximo do convencional Para facilitar a compreensão esta seção é dividida da seguinte forma i escolha do tipo de ligante na MARQ ii determinação da granulometria 400 Bernucci Motta Ceratti e Soares combinada iii manuseio de RAP no laboratório iv aquecimento do RAP e agregados virgens no processo de dosagem da MARQ v determinação da nova quantidade de ligante virgem i Escolha do tipo de ligante na MARQ Ao serem usados os bleding charts há três casos que podem ser encontrados pelos proje tistas da mistura reciclada 1 definição do ligante asfáltico novo com ou sem AR quando o percentual de ligante do RAP a ser usado na mistura é conhecido bem como as características da mistura final de ligantes grau PG especificado para o projeto 2 definição do percentual de ligante do RAP que pode ser usado quando o ligante asfál tico novo com ou sem AR bem como as características da mistura final de ligantes são conhecidos e 3 definição das características da mistura final de ligantes quando o percentual de ligante do RAP e o ligante asfáltico novo já são conhecidos Para todos os casos o Asphalt Institute 2014 adota o grau PG como característica a ser adotada nos blending charts sendo verificadas as temperaturas alta intermediária e baixa O exemplo a seguir extraído da citada referência ilustra o caso descrito no item 1 acima Ou seja quando são conhecidos a classificação final do ligante combinado o teor de RAP e as propriedades do ligante recuperado do RAP então as propriedades do ligante virgem apropriado podem ser determinadas Assumindose então as seguintes informações neste exemplo do Instituto do Asfalto o órgão responsável requer um ligante do tipo PG 6422 ou superior na temperatura alta o teor de RAP na mistura do exemplo é 30 RPBR 030 o ligante recuperado do RAP possui as características indicadas na tabela 523a TABELA 523 EXEMPLO PROPRIEDADES DOS LIGANTES A RECUPERADO DO RAP B VIRGEM Envelhecimento Propriedade Temperatura crítica oC RTFOT DSR Gsen δ Alta 86 DSR Gsen δ Intermediária 31 BBR S Baixa 14 BBR valor m Baixa 11 PG Atual PG 8611 M 320 PG 8210 a Ligante recuperado do RAP Envelhecimento Propriedade Temperatura crítica oC RTFOT DSR Gsen δ Alta 55 DSR Gsen δ Intermediária 22 BBR S Baixa 26 BBR valor m Baixa 27 PG Atual PG 5527 M 320 PG 58 28 b Ligante virgem Fonte Asphalt Institute 2014 401 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas Tratando o problema linearmente o valor crítico da temperatura alta do ligante virgem pode ser determinado da seguinte forma 540 Onde TVirgem temperatura crítica alta do ligante virgem TLigFinal temperatura crítica alta do ligante ao final da mistura entre ligante virgem e ligante contido no RAP RPBR razão recicladoligante TRAP temperatura crítica alta do ligante recuperado do RAP Considerando os valores na tabela 523a a temperatura alta crítica do ligante virgem é calculada por 541 Do resultado o ligante virgem requer uma temperatura crítica alta de 55oC arredondada para cima ou superior para produzir uma classificação final de ligante de PG 64 usando 30 do RAP RPBR 030 Este processo é repetido para as temperaturas críticas intermediária e baixa para rigidez BBR e valorm como mostrado a seguir Para a temperatura crítica intermediária 542 Para a temperatura crítica baixa da rigidez S encontrada no ensaio BBR 543 Para a temperatura crítica baixa para o valorm encontrado no ensaio BBR 544 Usando as equações para os níveis de temperatura crítica alto intermediário e baixo as propriedades necessárias do ligante constam na tabela 523b Como indicado na tabela 523b e na figura 532 o grau mínimo de alta temperatura do li gante virgem deve estar a 55oC arredondado ao grau mais próximo para satisfazer os requisitos de grau combinado PG 6422 usando o RAP da tabela 523a no teor de 30 RPBR 030 Isso significa que um PG 58xx é necessário acima de 55oC na figura 532 402 Bernucci Motta Ceratti e Soares Figura 532 Blending chart para temperatura alta teor de RAP conhecido Fonte Asphalt Institute 2014 A tabela 523b e a figura 533a e b indicam que o grau mínimo de temperatura baixa do ligante virgem deve estar a 27oC que é o valor de temperatura mais baixa quando se considera a rigidez S e o valorm no ensaio de BBR Arredondase para o grau mais próximo de modo a satisfazer os requisitos do grau combinado PG 6422 usando o RAP na tabela 523a com um teor de 30 Um PG xx28 seria necessário para garantir o valor mínimo exigido de 27oC 403 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas Figura 533 Blending charts para temperatura baixa a BBRS b BBR valorm Fonte Asphalt Institute 2014 Ao final um ligante com PG 5828 seria selecionado como ligante virgem para uma mistura usando 30 do ligante do RAP RPBR 030 com as características indicadas na tabela 523a Uma última verificação diz respeito ao grau intermediário da temperatura Gsenδ na figura 534 O ligante virgem precisará ter uma temperatura intermediária crítica não superior a 22oC A temperatura intermediária crítica máxima definida pela AASHTO M 320 para um ligante com PG 5828 é de 19oC Portanto o ligante recuperado selecionado atende a todos os requisitos 404 Bernucci Motta Ceratti e Soares Figura 534 Blending chart para temperatura intermediária Fonte Asphalt Institute 2014 ii Determinação da granulometria combinada Na determinação da granulometria combinada dos agregados de uma MARQ o RAP deve ser tratado como qualquer um dos demais agregados virgens ainda que contenha agregado e ligante envelhecido Notese contudo que diferentemente dos agregados virgens a porcenta gem de agregado no RAP será menor do que a porcentagem total de RAP adicionada à mistura Para se determinar a granulometria combinada dos agregados da MARQ precisase deter minar a quantidade de agregado do RAP RAPagregado como um percentual em peso da MARQ Essa porcentagem de agregado do RAP é função da porcentagem do RAP total desejado para a mistura RAPMistura bem como do teor de ligante presente no RAP sendo obtida conforme a equação seguinte 545 Onde RAPagregado porcentagem do RAP que é relativa ao agregado sendo usado no cálculo da mistura de agregados combinada RAPMistura porcentagem total de RAP usado na mistura PbRAP teor de ligante do RAP em porcentagem Por exemplo para se usar em uma MARQ um total de 25 de um RAP cujo teor de ligante é de 60 a porcentagem de RAP da pilha como se fora uma pilha de agregado do RAP é determinada da seguinte maneira 405 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas Notese que esses 235 representam os agregados no RAP uma vez que foi descontado o teor do ligante Passase então a ajustar as porcentagens dos agregados virgens AgVirgem dividindose a quantidade de cada agregado virgem AgVirgemMisturai pela quantidade total de agregado virgem da mistura proporcionada pela diferença entre RAPagregado e RAPMistura O que ocorre é que as porcentagens dos agregados virgens são ligeiramente acrescidas uma vez que a porcentagem de agregado no RAP é um pouco menor que o teor de RAP descontase o teor de ligante do mesmo Portanto a equação para cada agregado virgem i da pilha de agregados e que será coloca do na MARQ fica da seguinte forma 546 Onde AgVirgemajustadoi porcentagem de um agregado virgem i ajustado usado nos cálculos da mistura de agregados combinada AgVirgemMisturai quantidade de um dado agregado virgem i usado na mistura em porcen tagem i 1 se refere ao material 1 i 2 se refere ao material 2 e assim por diante RAPMistura porcentagem total de RAP usado na mistura RAPagregado porcentagem do RAP que é relativa ao agregado sendo usado no cálculo da mistura de agregados combinada Ainda do exemplo anterior considerese que 100 dos agregados que constituirão a MARQ são divididos da seguinte forma 25 de RAP 20 de agregado graúdo 19 30 de agre gado graúdo 125 e 25 de agregado miúdo Considerando a totalidade dos agregados as respectivas porcentagens em peso a serem retiradas das pilhas de cada um são como apre sentado a seguir Para o agregado graúdo 19 Para o agregado graúdo 125 Para o agregado miúdo Assim para calcular a granulometria combinada dos agregados da MARQ as porcentagens da pilha de cada agregado mostradas na tabela 524 são utilizadas As porcentagens da pilha também devem ser usadas no cálculo das propriedades de consenso dos agregados bem como da sua densidade combinada 406 Bernucci Motta Ceratti e Soares TABELA 524 CÁLCULO DAS PORCENTAGENS DOS AGREGADOS DA PILHA PARA GRANULOMETRIA COMBINADA Material de agregado antes do ajuste da granulometria de cada agregado para compor a granulometria combinada Agregado graúdo 19 20 204 Agregado graúdo 125 30 306 Agregado miúdo 25 255 Agregado RAP 25 235 Fonte Elaborada pelos autores iii Manuseio de RAP no laboratório Para a dosagem de uma MARQ os agregados são agrupados de acordo com as suas res pectivas porcentagens e então misturados A mistura de agregados virgens é preaquecida em temperatura ligeiramente acima da temperatura de mistura de modo a considerar a perda de calor durante a pesagem que ocorre antes de se iniciar o processo de dosagem Experiência é necessária de modo a não se incorrer no risco de queima do ligante O RAP agregado junto ao ligante deve ser mantido separado dos agregados virgens ou seja são aquecidos separa damente Como exemplo considerese 5000 g de agregados para preparação de uma mistura Usan do as percentagens apresentadas na tabela 524 a quantidade de agregados é a seguinte Agregado graúdo 19 204 x 5000 g 1020 g Agregado graúdo 125 306 x 5000 g 1530 g Agregado miúdo 255 x 5000 g 1275 g Agregado RAP 235 x 5000 g 1175 g TOTAL 5000 g A quantidade total de RAP que precisará ter na pilha para mistura é calculada multiplican dose o valor da massa do agregado RAP pelo RAPMistura dividido pelo RAPPilha como mostrado a seguir 547 Onde Massa RAP Mistura massa total de RAP para mistura Massa Agregado RAP massa do agregado RAP na mistura RAPagregado porcentagem do RAP que é relativa ao agregado sendo usado no cálculo da mistura de agregados combinada RAPMistura porcentagem total de RAP usado na mistura Usando os dados do exemplo a massa de RAP a misturar é calculada da seguinte forma 407 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas Assim para cada amostra de 5000 g de mistura a ser feita neste exemplo específico 1250 g de RAP devem ser colocados separadamente em um recipiente iv Aquecimento do RAP e agregados virgens no processo de dosagem da MARQ Normalmente agregados virgens são misturados e colocados em estufa na temperatura de mistura Por conter ligante o RAP não pode ser aquecido sem que isso afete as propriedades do ligante Portanto para misturas com RAP MARQ recomendase que o mesmo seja agrupado separadamente em não mais do que 1 a 2 kg 1000 a 2000 g e aquecido por não mais de 2 h a 110oC Tratase de tempo suficiente para aquecer o RAP e remover a umidade da sua superfície Temperaturas mais altas e tempos de aquecimento mais longos podem alterar as propriedades do RAP Para compensar a introdução de uma temperatura menor o agregado virgem deve ser aque cido acima da temperatura de mistura Embora as temperaturas reais da mistura possam variar a regra geral é aumentar a temperatura dos agregados virgens em 05oC para cada porcentagem de RAP na mistura RAPMistura Assim para uma mistura com RAPMistura 25 a temperatura de mistura dos agregados virgens deve ser elevada em 125oC 05oC x 25 A temperatura de mistura do ligante virgem não deve ser ajustada Para confecção da amostra o agregado virgem é adicionado a um recipiente e o RAP aquecido é adicionado e rapidamente misturado com os agregados virgens Assim como no processo normal de qualquer mistura asfáltica o ligante virgem é então adicionado na quantidade apropriada e o processo de mistura é iniciado v Determinação da nova quantidade de ligante virgem Como a amostra de RAP prémisturada contém ligante e agregados a massa do ligante do RAP deve ser contabilizada para que o conteúdo total do ligante da mistura esteja correto Isso é feito calculando a massa total do ligante a ser usada para um teor de ligante especificado subtraindoa do teor de ligante do RAP para se obter a massa do ligante virgem a ser adiciona do Isso é mostrado na equação a seguir 548 Onde Massa do Ligante Virgem massa total do ligante virgem Pb teor de ligante desejado em porcentagem Ps teor de agregado 100 Pb em porcentagem Massa RAP massa total de RAP que será misturado Massa Agregado RAP massa do agregado RAP na mistura Usando os dados do exemplo anterior e assumindo um teor de ligante total desejado de 50 a massa do ligante virgem pode ser calculada conforme segue 408 Bernucci Motta Ceratti e Soares Portanto para obter um teor de ligante total de 50 na mistura precisase de 263 g de li gante adicionados a 5000 g de agregados No entanto como o RAP antes da mistura 1250 g contém ligante há de se levar isso em conta para calcular a quantidade de ligante virgem a adicionar No exemplo há 75 g de ligante no RAP deixando 188 g de ligante virgem a ser adi cionado para se obter um teor total de ligante de 50 em massa da mistura Comentários adicionais a escolha dos agregados novos é feita com base nas faixas granulométricas sugeridas pelos órgãos rodoviários e nas características de abrasão e equivalente de areia desses materiais a seleção da consistência do ligante novo é feita a partir dos blending charts mencio nados anteriormente para a determinação do teor de ligante final da MARQ utilizase o procedimento de dosagem convencional Para o Asphalt Institute o teor de projeto é aquele que apresen ta um Vv 4 hoje tendendo a utilizar um Vv 5 O procedimento do Asphalt Institute tem como principal vantagem a simplicidade pois uma vez definida a quantidade de ligante novo em relação ao ligante do fresado a dosagem segue o procedimento convencional misturas sem RAP Vale comentar que o teor de projeto pode ser determinado levandose em conta outros parâmetros No Brasil conforme visto anteriormente o teor de projeto é aquele que satisfaz os limites de volume de vazios relação betumevazios e resistência à tração por compressão diametral DNITES 0332021 tal como previsto na DNITES 0312006 56 MISTURAS ASFÁLTICAS RECICLADAS A FRIO As misturas recicladas a frio são geralmente estabilizadas com ligante asfáltico emulsão asfál tica ou asfalto espumado e ligante hidráulico cimento Portland ou cal hidratada adicionados para influenciar a mistura nos seguintes aspectos cura propriedades tais como plasticidade e rigidez e adesividade do ligante asfáltico aos agregados GODENZONI et al 2016 ASPHALT ACADEMY 2020 Castro 2003 fez um apanhado sobre espuma de asfalto que estava chegando ao país e os processos de reciclagem utilizando esse material Fez uso de uma máquina de espumação em laboratório e também o acompanhamento de uma obra executada na rodovia RJ106 com três trechos teste onde foi variando os teores de espuma tendo feito a avaliação por 20 meses após a abertura ao tráfego Zubaran 2014 buscou definir metodologia para produção de misturas recicladas mornas utilizando espuma de asfalto em usina preparada para processar o RAP em um módulo es pecial No campo foram aplicados uma mistura de referência sem RAP mas com espuma e outra com 50 de RAP e espuma Avaliações volumétricas mecânicas e de envelhecimento do ligante ao longo do processo indicaram a viabilidade econômica ambiental e técnica da reciclagem morna Entre os tipos de misturas recicladas a frio utilizadas para reabilitação de pavimentos po dem ser citados pelo menos quatro tipos distintos que são usados em diferentes situações de níveis de tráfego caracterizados pelo tipo de agente estabilizante e dosagem dos mesmos bem 409 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas como pelo comportamento mecânico esperado GRILLI et al 2012 GODENZONI et al 2016 Os quatro tipos são caracterizados de acordo com o tipo de estabilizante e o teor adotado bem como o seu comportamento mecânico Encontramse brevemente descritos a seguir segundo Silva 2019 materiais estabilizados com cimento mistura reciclada produzida apenas com a adição de cimento como agente estabilizante CTM do inglês cementtreated material caracteriza da pela susceptibilidade ao trincamento por retração ocorrendo a redução da flexibilidade da mistura comportamento frágil e aumento da resistência à deformação permanente podendo o CTM conter até 6 de teor de cimento GRILLI et al 2012 CARDONE et al 2014 mistura asfáltica a frio denominada em inglês como cold asphalt mixture CAM essa mistura recebe tal denominação por ser produzida com mais de 3 de teor de asfalto espuma ou emulsão considerado um teor elevado quando comparado com os outros tipos de misturas recicladas a frio e teor de ligante hidráulico limitado adicionado apenas com a função de fíler ativo A composição da CAM propicia um aumento da resistência à umidade e da flexibilidade apresentando comportamento susceptível à temperatura e à taxa de carregamento São mis turas geralmente utilizadas em camadas de ligação binder e camadas de base do pavimento asfáltico GRILLI et al 2012 CARDONE et al 2014 mistura estabilizada com asfalto estabilizada com teor máximo de 3 de emulsão ou espuma e teor máximo de 1 de cimento Portland ou cal hidratada adicionados na mistura especificamente para função de fíler ativo são denominadas em inglês de bitumen stabili zed material BSM Nessa proporção adotada na composição do BSM a mistura apresenta comportamento mecânico compatível aos materiais granulares com a forma de dispersão do estabilizante asfáltico aumentando a coesão da mistura a resistência ao dano por umidade e a resistência à deformação permanente JENKINS et al 2007 ASPHALT ACADEMY 2009 GUATIMOSIM 2015 material estabilizado com cimento e asfalto caracterizado por possuir maior coesão e rigi dez sendo menos propenso à deformação permanente quando por exemplo comparado com os BSMs Os materiais estabilizados com cimento e asfalto CBTM do inglês cementbitumen treated material são estabilizados com teor máximo de 3 de emulsão ou espuma e com teor de cimento entre 1 e 3 adotandose geralmente teor de cimento a partir de 2 O CBTM tem seu comportamento mecânico influenciado pelo teor de cimento adotado e de estabilizante asfáltico utilizado devido ao tipo de cobertura das partículas dos agregados o que reduz a susceptibilidade ao trincamento e à rigidez estrutural geral da camada reciclada podendo ainda destacarse a dependência do tempotemperatura e propensão ao dano por fadiga como ocorre com um CA GRILLI et al 2012 CARDONE et al 2014 GODENZONI et al 2016 Nas misturas asfálticas recicladas a frio o ligante asfáltico presente no RAP geralmente não é extraído e recuperado para caracterização uma vez que o material fresado é considerado como um black rock Porém já existem estudos sobre o uso de ARs emulsionados para mis turas recicladas a frio com 100 de material fresado UNGER FILHO 2018 onde a dosagem da mistura reciclada segue um protocolo semelhante ao da dosagem Marshall para misturas a quente porém com os parâmetros de acordo com a especificação da ARRA 2017 Segundo o manual da Asphalt Academy 2020 a quantidade de emulsão ou asfalto espu mado em misturas estabilizadas com asfalto BSM não deve ultrapassar 25 em massa de agregado seco Na versão anterior do referido manual ASPHALT ACADEMY 2009 era con siderado BSM teores de ligante asfáltico até 30 em massa A dispersão adequada desses estabilizantes asfálticos e a cobertura dos agregados estão diretamente associados ao aumento da resistência melhoria na coesão e redução da susceptibilidade à umidade Para o caso de uso 410 Bernucci Motta Ceratti e Soares do cimento Portland o manual limita o percentual em 10 A figura 535 mostra o compor tamento das misturas estabilizadas a frio em comparação com outros materiais utilizados em pavimentação a depender da quantidade de ligante asfáltico e cimento adicionados Figura 535 Comportamento dos diferentes materiais utilizados em pavimentação 5 14 23 0 Levemente cimentado Fonte Asphalt Academy 2020 A escolha do tipo de mistura reciclada a frio deve estar diretamente associada ao papel que esse material terá dentro da estrutura do pavimento bem como do tipo de falha ou mecanismo de ruptura atribuída a ele no dimensionamento da estrutura KUCHIISHI et al 2019 Em se tratando da dosagem das misturas recicladas muito se discute na literatura sobre o que seria mais adequado em termos de tipo de compactação percentual de ligante asfáltico e ligante hidráulico além do processo de cura Este último em termos de tempo temperatura e condição do CP talvez seja o ponto de maior divergência conforme resumido por Bessa et al 2016 havendo muitas possibilidades dependendo do projeto da mistura Na África do Sul a Asphalt Academy 2020 menciona algumas etapas importantes para a dosagem de misturas estabilizadas com asfalto BSM entre elas 1 definição dos mecanismos de ruptura do material a ser projetado a África do Sul atribui às misturas estabilizadas com asfalto um caráter granular de maior coesão sendo a deformação permanente o principal mecanismo de dano do material além das ques tões associadas ao dano por umidade 2 considerações sobre o tipo de mistura relacionadas ao tráfego previsto qualidade dos materiais e clima da região mesmo as misturas estabilizadas com asfalto são divididas em classes a depender de sua qualidade 3 definição do tipo de ligante asfáltico emulsão ou espuma de asfalto 4 ensaio de resistência à tração por compressão diametral antes e após o condicionamen to em água como etapa de definição do teor de ligante a ser incorporado à mistura 411 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas 57 TRATAMENTO SUPERFICIAL Os tratamentos superficiais abrangem uma variedade de serviços rodoviários em que geralmen te o ligante asfáltico e os materiais pétreos são aplicados em espessuras inferiores a 25 mm sobre bases granulares ou pavimentos estruturalmente adequados Podem ser classificados de acordo com a sua aplicação nos seguintes tipos Ceratti et al 2015 a usinados lama asfáltica e microrrevestimento asfáltico a frio e b sem mistura prévia tratamentos superficiais por penetração 571 Tratamento superficial asfáltico por penetração TSP O tratamento superficial por penetração TSP como descrito no capítulo 4 é um revestimento asfáltico flexível de espessura delgada executado por espalhamento sucessivo de ligante asfál tico e agregado em operação simples ou múltipla sendo classificado em dois tipos o tratamento superficial simples TSS iniciase pela aplicação do ligante sendo re coberto em seguida por uma única camada de agregado O ligante penetra de baixo para cima no agregado penetração invertida A prática em alguns estados brasileiros recomenda subdividir a taxa de emulsão em duas aplicações sendo a primeira antes da distribuição dos agregados e a segunda diluída em água como banho superficial sobre os agregados já espalhados o tratamento múltiplo iniciase pela aplicação do ligante que penetra de baixo para cima penetração invertida na primeira camada de agregado enquanto a penetração das ca madas seguintes de ligante é tanto invertida como direta A espessura acabada é da ordem de 10 a 20 mm Os tratamentos múltiplos dividemse em TSD e TST O TSD é uma solução bastante difundida há décadas no país para revestimentos de pavi mentos novos sobre base granular de solo ou estabilizada com amplo histórico de sucesso Mais recentemente a aplicação dessa técnica vem sendo estendida também para restaurações de pavimentos podendo ser executada sobre praticamente qualquer tipo de revestimento que não tenha irregularidades significativas e que não apresente sinais de defeitos estruturais quan do utilizada isoladamente capítulo 11 Devido à pequena espessura do tratamento é especial mente importante a sua ligação eficiente à superfície a receber o tratamento No TSP é o agregado que confere a textura e a cor da pista sendo suas funções principais transmitir as cargas até o substrato resistir à abrasão e à fragmentação pela ação do tráfego resistir ao intemperismo assegurar uma superfície antiderrapante promover uma drenagem superficial adequada Para obter essas qualidades é necessário que as propriedades geométricas físicoquímicas e mecânicas do agregado que dependem das suas características mineralógicas e dos métodos usados na sua fabricação satisfaçam algumas exigências ilustradas na figura 536 e na tabela 525 BARROSO et al 2020 412 Bernucci Motta Ceratti e Soares TABELA 525 ENSAIOS GERAIS PARA AGREGADOS EM TSPS Ensaios Normas Unidade Valores a serem considerados Granulometria DNERME 08398 passante Faixas granulométricas para TSS TSD e TST Absorção de água DNERME 8164 massa Máxima 1 Índice de forma DNERME 8694 massa Superior a 05 Durabilidade ABNT MB 1665 massa Inferior a 12 Abrasão Los Angeles DNERME 03598 massa Igual ou inferior a 40 Agregado graúdo adesividade ABNT NBR 125832017 Condição de recobrimento Adesividade satisfatória Fonte Barroso et al 2020 Vale notar que é admitida para os TSPs a exploração de resíduos do reaproveitamento e reciclagem de materiais devendose atender às disposições da ABNT NBR 100052004 ob tenção de extrato lixiviado de resíduos sólidos Alguns resíduos devem ser classificados como perigosos não inertes enquadrandose na classe IIB da ABNT NBR 100042004 Exemplos de materiais são os fresados MESQUITA JÚNIOR 2017 borracha reciclada moída e agrega dos siderúrgicos ROCHA 2011 LOIOLA 2009 Como exemplo citase que Rocha 2011 avaliou em laboratório e em campo o uso de agregado siderúrgico escória de aciaria tratada previamente para diminuir a expansão na gra nulometria de 0 a 5 mm como agregado de um TSD utilizando emulsão RR2C Flex com po límero SBR Discute vários modelos de dosagem e também executou um trecho experimental de 1 km em uma estrada municipal com sucesso quando comparado ao segmento completo executado com agregados naturais Com respeito à granulometria a distribuição mais uniforme é a mais adequada Com agrega dos bem graduados graduação contínua há um envolvimento heterogêneo das partículas po dendose chegar à ausência total de cobertura de alguns grãos diminuindose assim a adesão global e aumentandose o risco de rejeição desses O risco de exsudação posterior do ligante também é maior Com agregados de dimensões similares aplicados na taxa correta há uma adesão mais uniforme e portanto maior estabilidade do conjunto Obtémse assim também uma área máxima de contato pneuagregado Costumase denominar os agregados de dimensões similares pelos diâmetros nominais míni mo d e máximo D com uma indicação da tolerância quanto às frações menor que d e maior que D Segundo Pinto 2004 o diâmetro máximo é definido como a abertura da malha da menor peneira na qual passam no mínimo 95 do material enquanto o diâmetro mínimo é a abertura da malha da maior peneira na qual passam no máximo 5 do material Não existe um critério universal quanto aos valores numéricos que devem ser satisfeitos pela granulometria do agregado Geralmente os tamanhos relativos das peneiras d e D são assim definidos d k x D onde k 05 a 08 sendo as porcentagens permitidas das frações superiores a D e inferiores a d da ordem de 10 a 25 A tabela 526 apresenta uma recomendação para a graduação de agregado de acordo com a intensidade do tráfego LARSEN 1985 413 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas Figura 536 Exemplos de equipamentos para ensaios em agregados para tratamento superficial Fonte Chaves 2004 TABELA 526 RECOMENDAÇÃO PARA AGREGADOS DE TRATAMENTOS SUPERFICIAIS Tráfego 1 2 e 3 a VMD total volume médio diário nos dois sentidos 2000 2000 k dD 065 050 Fração D 10 20 Fração 125 D zero Fração 150 D zero Fração d 15 25 Fração 2 mm peneira no 10 2 5 Fração 0075 mm peneira no 200 05 10 a Tráfego 2 corresponde a 500 VMD 2000 e tráfego 3 a VMD 500 Apesar das recomendações serem idênticas para tráfego 2 e 3 o tamanho do agregado tende a ser menor quanto menor o volume de tráfego e fica a critério do projetista Fonte Larsen 1985 De uma forma geral quanto mais pesado e intenso o tráfego maior deverá ser o tamanho do agregado Por outro lado quanto mais rígido o substrato menor será esse tamanho Para fixação adequada do TSS na base de solo mais fino é indicado o agulhamento de agregado na mesma previamente à colocação do TSS Na escolha do tamanho do agregado devese ainda considerar que acima de um certo valor da ordem de 125 mm tratamento simples a dificuldade em se fixar o agregado no ligante aumenta significativamente sendo maior o risco de rejeição Quanto maior o tamanho do grão maior será também o ruído gerado e maior o desgaste dos pneus Para os tratamentos múltiplos o agregado de tamanho maior primeira camada é protegi do pelas camadas superiores e o risco de rejeição ou de exsudação é menor O tamanho relativo do agregado nas várias camadas do tratamento múltiplo é frequentemente escolhido de tal maneira que o tamanho nominal do agregado em cada camada seja a metade do corres pondente tamanho na camada inferior A dosagem exata das taxas a serem empregadas deve ser indicada pelo laboratório A subdosagem de ligante resultará em um revestimento pouco durável sujeito à desagregação O excesso de ligante asfáltico resultará em uma camada de rolamento com macrotextura da superfície fechada e sujeita a exsudação A definição das taxas de aplicação dos materiais se dá em função do tamanho das partículas sendo que o teor de ligante deve ser corrigido conforme ocorra a absorção pela superfície dos minerais 414 Bernucci Motta Ceratti e Soares A norma DNIT 1462012 ES descreve as características e formas de aplicação de TSS a DNIT 1472012 TSD e DNIT 1482012 ES TST Como exemplo na norma DNIT 1462012 indicamse as seguintes taxas de aplicação de ligantes e agregados ligante asfáltico 08 lm2 a 12 lm2 e agregados entre 8 kgm2 a 12 kgm2 572 Projeto do tratamento superficial por penetração TSP O projeto para o tratamento superficial visa à adequação do tipo de tratamento e dos mate riais a serem usados bem como as suas dosagens de acordo com as condições específicas da obra A base de conhecimento ainda hoje usada nesses projetos data da década de 1930 mais especificamente dos estudos de F M Hanson na Nova Zelândia com experiências em vários outros países Atualmente há grande número de métodos para dosagem dos materiais no tratamento superficial em geral considerandose parâmetros relacionados ao tamanho do agre gado diâmetro médio no caso do método de Linckelheyl tamanho máximo efetivo abertura da malha da peneira na qual passam 90 do agregado no caso do método da Califórnia diâmetro médio ponderado no caso do método do Asphalt Institute Larsen 1985 destaca que quan do se usam agregados de tamanho comum 5 a 20 mm há pequena diferença nos resultados pelos diversos métodos O leitor pode consultar Larsen 1985 e Pinto 2004 para discussões e exemplos de diferentes métodos de dosagem Aqui será visto o método experimental direto de dosagem e na sequência experiências mais recentes de dosagem no país com base em Barroso et al 2020 Método experimental direto O método direto mais usado é o chamado ensaio de placa ou bandeja que consiste em es palhar o agregado sobre uma placa plana de área conhecida 500 x 500 mm de modo a cobrir a área da placa obtendose um mosaico uniforme de agregado sem superposição e sem falhas Devese repetir o processo três vezes PINTO 2004 Este é um método direto no qual a quantidade de agregados é determinada experimental mente pelo uso de gabarito retangular simples de contornos metálicos com as dimensões internas de 05 x 10 m e altura de aproximadamente 3 cm O agregado retirado de uma caixa previamente pesada é acomodado dentro do gabarito uniforme e cuidadosamente evitando faltas ou excessos Feito isso pesase novamente a caixa obtendose por diferença de peso a quantidade em quilos do agregado distribuído no gabarito Multiplicando por dois visto que a caixa tem 05 m de largura dessa quantidade é obtida a taxa de agregados em kgm2 Proce dese da mesma forma com as demais granulometrias que comporão cada camada Usando a densidade aparente do agregado convertemse as quantidades obtidas em litrosm2 BUZATTI 1994 Calculase a taxa de agregado graúdo da primeira camada Tg pela seguinte expressão 549 Onde Pt massa da placa com o agregado Pp massa da placa A área da placa 415 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas Conhecida a massa específica aparente solta do agregado em gcm³ calculase a mesma taxa em litrosm² ou seja 550 A taxa de agregado miúdo Tm é aproximadamente metade da taxa de agregado graúdo no caso do TSD A taxa de ligante TL considerando o uso de CAP é determinada por 551 Onde 552 O uso de uma caixa dosadora 800 x 250 x 40 mm idealizada por Vaniscotte e Duff 1978a 1978b é útil na dosagem do agregado figura 537 LARSEN 1985 Espalhase o agregado sobre o fundo da caixa em posição horizontal de modo a formar um mosaico igual ao que se deseja construir na pista Colocase então a caixa na posição vertical e lêse a taxa de agregado em litrom² na graduação indicada na tampa transparente da caixa PINTO 2004 A mesma caixa pode ser usada no controle do espalhamento na pista Figura 537 Caixa dosadora para tratamento superficial 30 30 25 25 15 15 35 30 25 20 15 10 5 20 20 10 10 litrom litrom2 5 Fonte Larsen 1985 A dosagem ótima é a que corresponde à ausência de exsudação e o mínimo de rejeição de agregado da última camada do tratamento o que é possível por exemplo a partir da realiza ção de testes em um simulador de tráfego de laboratório onde rodas padronizadas solicitam o tratamento construído em placas experimentais 416 Bernucci Motta Ceratti e Soares Pinto 2004 apresenta o seguinte exemplo do método experimental direto para um TSD Dada a massa da bandeja ou placa com o agregado da primeira camada Pt 9019 kg sendo a massa da bandeja ou placa Pp 3593 kg e a área da placa A 032 m2 Calculase a taxa de agregado graúdo da primeira camada Tg Lembrando que a taxa de agregado miúdo Tm é aproximadamente metade da taxa de agre gado graúdo portanto Tm 9 kgm2 A taxa total de agregados é dada por Conhecida a massa específica aparente solta do agregado no exemplo 135 gcm³ calcula se a taxa total de agregados em litrosm² da seguinte forma A taxa de ligante TL é determinada por Esse volume é dividido entre os dois banhos assumindose como regra prática que 60 do valor é colocado no 10 banho de ligante e 40 no 20 10 banho de ligante 60 1a camada de agregado 20 banho de ligante 40 2a camada de agregado Como ilustração de dosagem de TST pelo método da caixa dosadora apresentase a seguir outro exemplo de modo a fornecer ao leitor ordens de grandeza dos parâmetros considerados 1 Materiais utilizados o material asfáltico usado é uma emulsão RR2C obedecendo às características técnicas da NBR 14594 Os agregados são brita 1 3458 brita 0 3814 e pedrisco 14238 mm enquadradas nas faixas A B e C da especi ficação DNERES 31097 As granulometrias desses agregados são apresentadas na tabela 527 e os resultados dos demais ensaios na tabela 528 2 Projeto pelo método direto da caixa dosadora chegouse às quantidades indicadas na tabela 529 TABELA 527 GRADUAÇÃO DOS AGREGADOS PARA TST USADOS NO EXEMPLO Peneira Brita 1 Especificação faixa A Brita 0 Especificação faixa B Pedrisco Especificação eaixa C 1 100 ¾ 1000 90100 ½ 23 2055 100 38 03 015 1000 85100 1000 100 N0 4 02 0 14 1030 914 85100 N0 10 04 010 227 1040 N0 200 01 01 02 02 08 02 Fonte Elaborada pelos autores 417 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas TABELA 528 RESULTADOS DOS DEMAIS ENSAIOS Unidade Especificação Brita 1 Brita 0 Pedrisco Massa específica aparente solta gcm³ 1551 1532 1450 Ensaios de qualidade do agregado Índice de lamelaridade DAER RSEL 10801 40 máximo 134 87 Abrasão Los Angeles 40 máximo 161 Fonte Elaborada pelos autores TABELA 529 RESULTADOS DA DOSAGEM Taxa da 1a aplicação de RR2C 11 litrom² Taxa da 1a aplicação de agregado brita 1 194 kgm² Taxa da 2a aplicação de RR2C 12 litrom² Taxa da 2a aplicação de agregado brita 0 102 kgm² Taxa da 3a aplicação de RR2C diluída 10 litrom2 diluído a 30 de água Taxa da 3a aplicação de agregado pedrisco 67 kgm2 Obs Para os cálculos da taxa de ligante considerouse o resíduo da emulsão no valor de 680 Fonte Elaborada pelos autores Avanços recentes do projeto de TSPs no Brasil As recomendações a seguir advêm dos trabalhos de Barroso et al 2020 para os diversos tipos de tratamentos superficiais sendo que esses trabalhos vêm buscando uma maior raciona lidade às dosagens desse importante tipo de revestimento sobretudo em regiões que possuem volumes de tráfego mais baixos Não por acaso muitos dos desenvolvimentos ocorreram justa mente no Ceará estado no qual 61 dos revestimentos são em TSP A seguir são colocadas as recomendações divididas em TSS TSD e TST No método de dimensionamento de pavimentos asfálticos do DNIT MeDiNa os tratamentos superficiais duplos e triplos estão contemplados para tráfego correspondente a N 106 TSS Os agregados devem ser selecionados a partir de partículas angulares e de textura rugosa a fim de favorecer a aderência com a emulsão asfáltica A absorção de ligante pelo agregado deve ser considerada no projeto de forma a ponderar a taxa de ligante absorvido Outro parâmetro a observar é a uniformidade do tamanho sendo recomendados grãos cúbi cos e de distribuição granulométrica uniforme A tabela 530 traz as classes adotadas em TSS conforme o volume de tráfego e já inclui informações do TSD discutido mais adiante TABELA 530 CLASSES GRANULOMÉTRICAS PARA TSS E TSD TS Classes D1d1 mm D2d2 mm N TSS I 1916 NA 25 105 N 75 105 II 1610 NA 75 104 N 25 105 III 1063 NA 75 104 N TSD III 1916 1610 25 106 N 5 106 IIIII 1610 1063 106 N 25 106 IVIII 1910 1063 N 106 Obs D1d1 representam as aberturas das malhas referentes a 100 de material passante e 100 de material retido da primeira camada e D2d2 se referem à segunda camada Fonte DERTESP1000 2000 418 Bernucci Motta Ceratti e Soares Selecionada a classe de serviço calculase o parâmetro performance based uniformity co efficient PUC aqui traduzido como coeficiente de uniformidade SILVA et al 2018 Tratase de um indicador da qualidade do agregado para emprego em TSPs por meio da análise granulo métrica O PUC une o critério de falha de McLeod figura 538 e o coeficiente de uniformidade utilizado em solos O risco de falha pelo excesso de ligante ou perda de agregado é minimizado quando a graduação dos agregados é escolhida adequadamente Figura 538 Critério de McLeod Fonte Barroso et al 2020 adaptado de Lee e Kim 2009 A porcentagem de excesso de ligante e de perda de agregado pode ser calculada pelas equações 553 e 554 respectivamente sendo o PUC função dessas duas variáveis conforme a equação 555 553 554 555 Onde PUC coeficiente de uniformidade expresso em PEM percentual que passa na curva granulométrica do agregado correspondente ao diâ metro 07 M Esse percentual representa a quantidade de agregado com tamanho muito menor que o da mediana e apresenta riscos de exsudação M diâmetro correspondente a 50 do material que passa na curva granulométrica do agregado ou seja tratase da mediana da curva granulométrica P2EM percentual que passa na curva granulométrica do agregado correspondente ao diâmetro 14 M Esse percentual representa a quantidade de agregado com tama nho muito maior que o da mediana e apresenta riscos de se soltar do revestimento As partículas menores que PEM estão sujeitas a induzirem exsudação pois seu alto percentu al de recobrimento diminui o contato dos pneus com a macrotextura dos agregados Já os grãos superiores a P2EM podem se sujeitar ao descolamento uma vez que a baixa área superficial aderida ao filme de ligante pode não ser suficiente aos esforços impostos sobre o TSS A figura 539 esquematiza esses limites que podem ser inferidos a partir da granulometria 419 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas Figura 539 Exsudação e perda de agregados em tratamentos superficiais 14M M 07M Fonte Mesquita Júnior 2020 Devese traçar a curva granulométrica do agregado e promover a retirada dos grãos que não se enquadrem nos limites das variáveis especificadas na equação 555 O valor assumido pelo PUC deverá ser o menor possível Para definição da taxa de agregados Tag recomendase considerar a influência do tipo de agregado na dosagem não se devendo ignorar a influência da densidade O método da bandeja pode ser usado para definir a taxa real de diferentes tipos de agregados naturais e artificiais Devese calcular Tag no laboratório em volume kgm3 recomendandose que seja confirmada no campo A especificação DERTESP1000 fixa o método da bandeja de fundo vermelho 500 mm 500 mm onde são colocadas manualmente as partículas de agregado até que se observe o mí nimo possível da cor vermelha conforme figura 540 Pela diferença de massa obtémse a taxa de agregados em massa Tmag que deve ser convertida para taxa em volume Tvag pela massa específica solta A determinação da massa específica solta também é obtida com uma caixa de madeira de dimensões internas de volume conhecido 300 mm 300 mm 200 mm A taxa de agregado Tag a ser aplicada equação 556 em volume será o resultado da taxa efetiva do agregado em volume Tvag multiplicado por 105 considerase na dosagem um ex cesso de 5 a mais de agregados 556 420 Bernucci Motta Ceratti e Soares Figura 540 Método da bandeja Fonte Pereira 2013 O teor de CAP em litrosm² é obtido da equação 557 Para cada tipo de emulsão deve ser feita uma avaliação da sua composição a fim de identificar o teor de CAP para a dosagem Para uma emulsão asfáltica do tipo RR2C por exemplo considerase o teor de CAP como 67 da composição do ligante e devido a sua viscosidade o seu aproveitamento é 10 superior ao do CAP ver equação 558 A partir da taxa aplicada de agregados Tag calculase a taxa de emulsão asfáltica TRR2C por meio da relação empírica da equação 559 conforme DERTESP1000 2000 557 558 Em que TRR2C teor de emulsão RR2C em lm² TCAP teor de CAP na composição da emulsão TSD A dosagem do TSD é similar à do TSS com algumas adaptações A tabela 528 já mostrava a relação das classes adotadas em TSDs segundo o volume de tráfego Aplicase a equação 556 descrita para a dosagem de TSS ao cálculo do PUC para uso na primeira camada do TSD Mesquita Júnior et al 2019 demonstram que a metodologia do coeficiente PUC possui maior impacto para a primeira camada do TSD Em relação à segunda camada de agregados deve ser considerada a granulometria convencionalmente descrita na tabela 528 em virtude de um melhor preenchimento verificado nos vazios do revestimento até que outras pesquisas possam confirmar a aplicação do PUC em TSD e TST 421 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas Devese então promover a retirada das partículas que se localizarem fora dos limites fixados nas malhas de PEM e P2EM apenas da primeira camada do TSD A taxa de agregados é calculada como a soma das duas taxas de materiais Essa taxa final deve ser validada em laboratório e no campo pelo método da bandeja de fundo vermelho DERTESP1000 2000 e convertida para volume A taxa de agregado Tag a espalhar em volume será o resultado da taxa do agre gado em volume Tvag multiplicado por 105 conforme apresentado na equação 560 para cada camada individual 559 Já a taxa de emulsão asfáltica TRR2C para TSD é calculada pela equação 561 Após a ob tenção do total de ligante necessário é feita a separação para cada camada No caso da taxa de emulsão recomendase destinar 40 do total para a primeira camada equação 564 e dos 60 restantes são destinados 05 litrom² para o banho diluído e o que sobrar é então aplicado na segunda camada de emulsão equação 565 560 561 562 Recomendase a aplicação do banho diluído pois aumenta consideravelmente a coesão superficial e funciona quase como um selante já que a matriz pétrea do TSP é mais aberta que a de misturas asfálticas A fabricação desse banho diluído se dá pela proporção de 11 de misturação em água Sua execução sobre o TSD deverá ocorrer logo após o espalhamento da segunda camada de agregados antes da etapa de compactação TST Reproduzemse aqui as classes granulométricas sugeridas pela norma do DERESP00021 2006 O agregado deve estar enquadrado em uma das seis faixas dispostas na tabela 531 Indicase o uso das combinações de classes BDF e ACE como grupos de dosagem em projetos de TST De modo preliminar recomendamse as curvas granulométricas das diferentes camadas do tratamento superficial A equação 555 de cálculo do PUC deve ser aplicada à primeira camada de agregados seguida da não aplicação na segunda em virtude de um preenchimento de va zios mais efetivo MESQUITA JÚNIOR et al 2019 Fica facultado ao projetista a aplicação do PUC para a terceira camada do TST O cálculo desse parâmetro deverá abranger o disposto no tópico para TSS assumindo o menor valor possível 422 Bernucci Motta Ceratti e Soares TABELA 531 CLASSES GRANULOMÉTRICAS PARA TST Classes Aberturas das peneiras mm 38 mm 25 mm 19 mm 125 mm 95 mm 48 mm 24 mm 0075 mm A 25125 100 90100 2055 010 02 B 1995 100 90100 2055 015 02 C 12548 100 90100 4075 015 02 D 9548 100 90100 020 05 02 E 9524 100 90100 1030 08 02 F 4824 100 75100 010 02 Fonte DERESP00021 2006 O projeto do TST deve trazer informações sobre i as classes escolhidas da tabela 531 ii detalhes do uso do PUC para primeira camada iii aplicação da classe de projeto para a segun da camada e iii procedimento escolhido para as partículas da terceira e última camada do TST de modo a manter a classe adotada pela tabela 531 ou modificála com o ajuste da uniformi dade proposto pelo PUC Devese então promover a retirada das partículas que se localizarem fora dos limites fixados nas malhas de PEM e P2EM para as camadas referentes a tal aplicação As primeiras taxas de agregados litrosm² são recomendadas conforme tabela 532 e devem em seguida ser confirmadas pelo método da bandeja A taxa efetiva de agregado é cal culada como a soma das taxas relativas das três camadas e com a validação em laboratório ou em campo pelo método da bandeja de fundo vermelho após converter a taxa da tabela 532 em massa para inferência por diferença de massa TABELA 532 TAXAS DE AGREGADOS LITROSM² PARA TST Camadas Classes BDF ACE 1a A 18 B 14 C D E F 2a C 95 D 7 E F Fonte DERESP00021 2006 Convertese a taxa efetiva para volume pela massa específica solta caixa de madeira de dimensões 300 mm 300 mm 200 mm em que a taxa de agregados Tag a ser espalha da é calculada como 105 taxa efetiva de agregados em volume A definição das taxas de emulsão asfáltica TEAP se dá conforme a classe granulométrica adotada anteriormente pela tabela 531 sendo que constam na tabela 533 423 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas TABELA 533 TAXAS DE EMULSÃO ASFÁLTICA PARA TST EM LM² Camadas BDF ACE 1a 14 14 2a 19 23 3a 08 10 Total 41 47 Fonte DERESP00021 2006 Em virtude da coesão do tratamento deverá ser descontado 05 litrom² da TEAPC referente à terceira camada de emulsão do TST aplicandose como banho diluído sobre o revestimento acabado antes da compactação da última camada de agregados Considerase a proporção 11 de diluição em água Ensaios de desempenho após a dosagem dos materiais Ensaios de desempenho são instrumentos para teste e validação dos procedimentos de do sagem em tratamentos superficiais em que as principais falhas de projeto a serem evitadas são a exsudação e a perda de agregados SILVA 2018 Não são ensaios comumente realizados no Brasil mas recomendase pelo menos a execução do ensaio de perda de agregados pela sua simplicidade e baixo custo Para tal pode ser usado o wet test abrasion test WTAT uma adaptação de procedimento para MRAF e lama asfáltica denominado perda por abrasão úmida ABNT NBR 147462014 Pode ser utilizado em TSPs para simular a perda de agregados através do desgaste D obtido em CPs com a dosagem definida em projeto O leitor é referido a Pereira 2013 para mais in formações sobre esse tema Conforme esses dois últimos trabalhos recomendase um D de até 20 obtido no equipamento WTAT para considerar o TSP como de bom desempenho 58 MICRORREVESTIMENTO ASFÁLTICO E LAMA ASFÁLTICA Conforme visto no capítulo 4 o microrrevestimento asfáltico e a lama asfáltica são tecnologias afins embora a segunda seja mais restritiva estando os agregados neste caso sujeitos a especi ficações menos severas quando comparadas às especificações do microrrevestimento Em am bos os casos o ganho estrutural é mínimo ou inexistente sendo as técnicas usadas fundamen talmente para melhoramento da rugosidade do revestimento Os procedimentos de dosagem são empíricos e envolvem ensaios e análises em laboratório complementadas por observações em campo Primeiramente são descritos aqui os ensaios mecânicos usados no procedimento de dosagem quando se consideram as duas técnicas para em seguida serem apresentados de for ma resumida os procedimentos propriamente ditos devidamente acompanhados de exemplos práticos Aconselhase buscar as referências Espírito Santo e Reis 1994 FHWA 1994 ISSA 2005a 2005b 2010 e DNIT 2018 para mais detalhes 424 Bernucci Motta Ceratti e Soares 581 Ensaios mecânicos A dosagem da lama asfáltica e do microrrevestimento é realizada de acordo com as recomen dações da International Slurry Surfacing Association ISSA fazendo uso dos seguintes ensaios que são descritos a seguir wet track abrasion test ISSATB 100 loaded wheel test ISSATB 109 wet stripping test ISSATB 114 WTAT Por meio desse ensaio determinase o teor de ligante mínimo para uma lama asfáltica ou um microrrevestimento O ensaio reflete a resistência à abrasão relativa à porcentagem de ligante Em conjunto com o loaded wheel test LWT permite determinar o teor ótimo de ligante que será empregado O teste simula as condições abrasivas como veículos freando e fazendo cur vas em condições úmidas O procedimento de ensaio utiliza uma amostra em forma de disco com 6 mm de espessura e 280 mm de diâmetro Essa amostra é ensaiada após passar um período de 1 hora ou excepcionalmente 6 dias submersa em água Esse disco é colocado no equipamento figura 541 ainda submerso em água e submetido a uma carga abrasiva rotativa de 23 kg por 5 minutos Após esse período secase e pesase o disco A perda máxima de massa para amostras submetidas à imersão por 1 hora e 6 dias é respectivamente 538 gm2 e 807 gm2 O teor de ligante que resulta nestas perdas de massa é considerado o teor mínimo de ligante Figura 541 Exemplo de equipamento WTAT Fonte Elaborada pelos autores 425 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas LWT Nesse ensaio realizado numa espécie de simulador laboratorial de tráfego determinase o teor de ligante máximo para uma lama asfáltica ou um microrrevestimento O procedimento emprega um corpo de prova de 50 mm de largura por 375 mm de comprimento que é compac tado com 1000 ciclos com carga de 57 kg no equipamento figura 542 Após a compactação o CP é lavado seco e pesado Colocamse então 300 g de areia sobre o corpo de prova que é submetido a mais 100 ciclos O CP é removido mais uma vez e pesado O aumento de massa devi do à adesão da areia é anotado O valor máximo aceitável de aumento de massa é de 538 gm2 WST Esse ensaio consiste em submeter um corpo de prova de 6 ou 8 mm de espessura e 60 mm de diâmetro da mistura curada à água em ebulição por 3 minutos Após a amostra ser retirada da água observase quanto da superfície do agregado continuou recoberta por asfalto Esse valor é expresso em porcentagem O valor mínimo estabelecido pela norma é de 90 Figura 542 Exemplo de equipamento LWT Fonte Elaborada pelos autores A dosagem do microrrevestimento pode ainda utilizar dois outros ensaios em adição ao que vem sendo usado para dosagem da lama asfáltica teste de coesão teste de SchulzeBreuer e Ruck Teste de coesão O teste de coesão é usado para classificar o microrrevestimento por tempo de cura e tempo de tráfego e otimizar a quantidade de fíler empregada na mistura Tempo de cura é o tempo necessário para que uma toalha de papel pressionada sobre a superfície do microrrevestimen to não fique manchada por emulsão livre O coesímetro figura 543a é um aparelho que aplica uma pressão de 200 kPa no CP para a realização do ensaio O procedimento de ensaio consiste em colocar o corpo de prova no coesímetro aplicar a carga colocar o torquímetro no local apropriado figura 543b girálo num arco de 90o a 120o e medir o torque resultante figura 543c 426 Bernucci Motta Ceratti e Soares Uma mistura é definida como de cura rápida se obtém no CP um torque de 12 Nm quando ensaiado entre 20 e 30 minutos depois de moldado Uma mistura que desenvolve 196 Nm de torque quando ensaiada em 60 minutos após a moldagem é classificada como de tráfego rápido Um torque de 12 Nm é considerado como a coesão necessária na qual a mistura está curada resistente à água e não pode ser misturada outra vez O torque de 196 Nm repre senta coesão suficiente para abertura ao tráfego Teste de SchulzeBreuer e Ruck Esse ensaio é uma checagem final de compatibilidade entre o asfalto e o agregado de 0 a 2 mm São utilizados corpos de prova de 30 mm de diâmetro por 30 mm de espessura figura 544 O CP é fabricado com agregado misturado a 82 de asfalto que é compactado num equipamento apropriado sendo então submerso em água por 6 dias e depois pesado para o cálculo da absorção Figura 543 Exemplo de teste de coesão Fonte Elaborada pelos autores 427 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas Figura 544 Procedimento de confecção de corpo de prova para o ensaio SchulzeBreuer e Ruck Fonte Elaborada pelos autores O CP é então colocado em um tubo com água e encaixado no equipamento figura 545 Após ser submetido a 3600 ciclos é pesado novamente para o cálculo de perda por abrasão O CP é colocado mais uma vez em água desta vez em ebulição e deixado lá por 30 minutos Depois é pesado e sua massa anotada como um percentual da massa quando saturado no início do ensaio Esse percentual equivale à coesão a alta temperatura também denominada de integridade O CP é então seco ao ar por 24 horas e examinado para averiguar o percentual de partículas de fíler que está totalmente encoberto com asfalto Esse percentual é considerado como a adesão Cada uma dessas propriedades absorção perda por abrasão integridade e adesão possui um peso estipulado para identificar o melhor asfalto para cada jazida de agregados A Interna tional Slurry Surfacing Association ISSA recomenda um mínimo de 11 pontos para considerar a combinação asfaltoagregado como aceitável 428 Bernucci Motta Ceratti e Soares Figura 545 Exemplo de equipamento para ensaio SchulzeBreuer e Ruck Fonte Elaborada pelos autores 582 Dosagem de microrrevestimento asfáltico Segundo a norma DNIT 0352018 microrrevestimento asfáltico consiste na associação de agregados material de enchimento emulsão asfáltica de ruptura controlada modificada por po límero elastomérico água e aditivos com consistência fluida uniformemente espalhada sobre uma superfície previamente preparada A dosagem adequada de microrrevestimento asfáltico a frio é realizada com base nos en saios recomendados pela ISSA TB 100 TB 109 e TB 114 Um ajuste de dosagem dos com ponentes pode ser feito nas condições de campo antes do início dos serviços A composição granulométrica da mistura de agregados deve satisfazer os requisitos da tabela 534 429 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas TABELA 534 REQUISITOS PARA AGREGADOS USADOS EM MICRORREVESTIMENTO ASFÁLTICO A FRIO Peneira Porcentagem em peso passando Tolerância ASTM mm I II III ½ 1250 100 38 950 100 100 85 100 5 N0 4 476 90100 7090 60 87 5 N0 8 236 6590 4570 40 60 5 N0 16 118 4570 2850 28 45 5 N0 30 060 3050 1934 19 34 5 N0 50 033 1830 1225 14 25 5 N0 100 015 1021 718 8 17 3 N0 200 0075 515 515 4 8 2 Asfalto residual em peso do agregado Fíler em peso do agregado Taxa de aplicação kgm2 Espessura mm 75135 65120 55 75 03 03 03 0 3 511 816 15 30 415 620 12 37 Utilização Rodovias de média intensidade de tráfego e aeroportos Rodovias de tráfego pesado trilhas de roda camada de texturização ou nivelamento Rodovias de tráfego pesado trilhas de roda camada de texturização ou nivelamento Normalmente executada em duas camadas As tolerâncias constantes na tabela são permitidas desde que os limites da faixa não sejam ultrapassados Fonte DNIT 0352018 No que diz respeito aos agregados desse tipo de revestimento ainda segundo a especifi cação de serviço DNIT 0352018ES devem ser provenientes da britagem de rochas sendo que as partículas individuais devem ser limpas resistentes livres de torrões de argila ou de substâncias nocivas e apresentar as seguintes características desgaste Los Angeles 30 conforme DNERME 0351998 Podem ser admitidos desgastes superiores desde que comprovado desempenho satisfatório em experiência anterior boa durabilidade com perda inferior a 12 conforme DNERME 0891994 equivalente de areia 65 conforme DNERME 0541997 absorção de azul de metileno máximo de 10 ml conforme ABNT NBR 149492017 índice de forma superior a 05 conforme DNERME 0861994 Podem também ser empregados no MRAF agregados oriundos de reciclagem reaprovei tamento e reutilização desde que com os devidos estudos que comprovem a compatibilidade dos materiais e o bom desempenho da mistura recomendados ou haja aplicações prévias que demonstrem bons resultados BARROSO et al 2020 Esses materiais alternativos devem ser classificados como classe IIB não perigoso inerte pela ABNT NBR 100042004 vedandose o uso de materiais de classe I A referida classi 430 Bernucci Motta Ceratti e Soares ficação deve ser determinada pelas indicações na norma citada e também em ABNT NBR 100052004 Procedimento para obtenção de extrato lixiviado de resíduos sólidos Exemplos de agregados alternativos são i agregado siderúrgico AS ou escória de aciaria e ii material fresado de pavimentos asfálticos Trabalhos como os de Castro 2014 e Dantas 2019 ilustram a substituição parcial do agregado para MRAF Nos casos de materiais alternativos além da realização dos ensaios de caracterização são necessários ensaios ambientais solubilização conforme ABNT NBR 100062004 e lixiviação conforme ABNT NBR 100052004 bem como outros ensaios auxiliares a depender do tipo de material alternativo Por exemplo para o caso de AS devese avaliar o potencial de expan são e teor de impurezas conforme DNERME 2621994 Escórias de aciaria para pavimentos rodoviários que indica ainda condições específicas de atendimento Para o caso de material fresado determinase o teor de betume na mistura conforme DNERME 0531994 Misturas betuminosas percentagem de betume eou por DNITME 1582011 Mistura asfáltica de terminação da porcentagem de betume em mistura asfáltica utilizando o extrator Soxhlet mé todo de ensaio Além dos ensaios citados a absorção pode ser obtida uma vez que agregados alternativos tendem a possuir valores superiores aos convencionais A absorção é útil para a definição do teor de ligante e a estimativa do consumo de água da mistura Exemplo dosagem de microrrevestimento asfáltico O presente exemplo contém a dosagem de um microrrevestimento asfáltico de uma forma executada na prática por uma empresa nacional Primeiramente determinamse os teores dos agregados de modo a enquadrar o micro numa faixa específica neste exemplo na faixa II do DNIT A tabela 535 apresenta a composição dos agregados suas respectivas proporções e o devido enquadramento da faixa de projeto na faixa desejada TABELA 535 COMPOSIÇÃO DOS AGREGADOS PARA MICRORREVESTIMENTO Peneira Pó de pedra Pedrisco Cal CH1 Faixa de projeto Faixa II DNIT 0352005ES 690 300 10 mínimo Alvo máximo mínimo máximo 38 1000 1000 1000 1000 1000 1000 1000 1000 N0 4 995 187 1000 7027 7527 8027 700 900 N0 8 745 22 1000 4807 5307 5807 450 700 N0 16 511 16 1000 3174 3674 4174 280 500 N0 30 364 13 1000 2151 2651 3151 190 340 N0 50 265 151 988 1560 1960 2360 120 250 N0 100 185 09 951 1099 1399 1699 70 180 N0 200 122 06 896 749 949 1149 50 150 Fonte Elaborada pelos autores O equivalente de areia do agregado foi determinado de acordo com DNERME 054 sendo igual a 708 Foi realizado então o ensaio de azul de metileno na fração fina do agregado de acordo com a norma da ISSATB 145 NBR 149492003 sendo o resultado 40 mgg de agregado A partir da composição determinada e considerandose 05 de aditivo definiramse en tão cinco teores em massa de uma emulsão asfáltica com polímero com resíduo igual a 431 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas 6209 No exemplo esses teores são 80 90 100 110 e 120 Em seguida realizaramse os ensaios mecânicos descritos anteriormente i WTAT ISSA TB 100 NBR 147462001 e ii LWT ISSATB 109 NBR 148412002 Os resultados são mostrados na tabela 536 e na figura 546 O ponto resultante do cruzamento das duas curvas é o teor ótimo neste caso 92 correspondendo a um WTAT e a um LWT de 2703 gm2 conforme indicado no gráfico TABELA 536 RESULTADOS DOS ENSAIOS MECÂNICOS EM MICRORREVESTIMENTO Teor de emulsão em massa 80 90 100 110 120 Desgaste WTAT gm2 5201 2948 1673 881 267 Adesão de areia LWT gm2 2317 2614 3198 3829 4552 Fonte Elaborada pelos autores Figura 546 Definição do teor ótimo do microrrevestimento Fonte Elaborada pelos autores Além dos dois referidos ensaios ainda foram utilizados os seguintes procedimentos de dosa gem nos cinco teores de emulsão ISSATB 109 deslocamento vertical Dv e deslocamento lateral Dl no exemplo não foram encontrados deslocamentos ISSATB 114 teste de deslocamento úmido WST cujo resultado foi 98 nos cinco teores NBR 14757 determinação da adesividade de mistura Apenas no teor ótimo 92 de emulsão foi então realizado o ensaio de coesão ISSATB 139 NBR 147982002 tendo no exemplo sido encontrados os resultados da tabela 537 432 Bernucci Motta Ceratti e Soares TABELA 537 DADOS DE COESÃO NO TEOR ÓTIMO Tempo de cura minutos 300 600 900 Coesão kgcm 150 220 260 Requisito ISSATB 139 kgcm 120 mínimo 200 mínimo Fonte Elaborada pelos autores O resumo das informações da dosagem do microrrevestimento do exemplo em questão é fornecido na tabela 538 TABELA 538 CÁLCULO DOS ÍNDICES EM FUNÇÃO DO TEOR ÓTIMO DE EMULSÃO Índices Exemplo de dosagem Teor ótimo emulsão 92 Teor ótimo residual de asfalto 57 WTAT desgaste gm2 27030 LWT adesão de areia gm2 27030 WST deslocamento úmido 9800 LWT deslocamento vertical LWT deslocamento lateral Fonte Elaborada pelos autores 583 Dosagem de lama asfáltica A norma DNIT 1592010 ES determina as características dos materiais a serem utilizados os passos da aplicação e controles de campo Podem ser empregadas as emulsões asfálticas catiônicas de ruptura lenta tipos LA1C LA2C RL1C LAN e LARC Apresenta uma tabela de características granulométricas dos agregados em três faixas com intervalos da taxa de aplicação para cada uma e também a taxa de água adicional A dosagem adequada da lama asfáltica segundo DER PR 2005 é realizada com base nos ensaios recomendados pela International Slurry Surfacing Association ISSA Na tabela 539 mostramse como exemplo os ensaios a serem realizados para a dosagem e seus valores admissíveis segundo a norma DER PR ES P 2405 Como orientação a título de ordem de grandeza apresentamse os limites esperados para o teor ótimo de emulsão expressos em relação à massa total de agregados para cada uma das faixas da ESP 2405 do DERPR tabela 540 e outros parâmetros da dosagem 433 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas TABELA 539 LIMITES DOS ENSAIOS DE DOSAGEM DE LAMA ASFÁLTICA Ensaio Descrição Limites especificados ISSA TB 100 Perda por abrasão em meio aquoso 1 hora de imersão 800 gm2 máximo ISSA TB 109 Excesso de asfalto por efeito de roda e adesão de areia 538 gm2 máximo ISSA TB 114 Adesão por molhagem 90 mínimo ISSA TB 139 Coesão por molhagem 30 minutos 12 kgcm mínimo Coesão por molhagem 60 minutos 20 kgcm mínimo Fonte DERPR 2005 TABELA 540 LIMITES DO TEOR DE EMULSÃO E OUTROS PARÂMETROS PARA FAIXAS DO DERPR Material Unidade Limites especificados Faixa I Faixa II Faixa III Faixa IV Teor de emulsão em peso do agregado seco 1620 1418 1216 812 Fíler em peso do agregado seco 02 02 02 02 Taxa de aplicação de agregado kgm2 2055 5580 813 1625 Água de molhagem em peso do agregado seco 1014 710 710 58 Fonte DERPR 2005 A dosagem de uma lama asfáltica visa determinar para uma composição de agregados predefinida os teores ótimos de emulsão e água a serem incorporados à mistura As etapas do processo são descritas a seguir a Seleção da faixa granulométrica a definição da faixa a ser utilizada é orientada basi camente pelo estado de superfície do pavimento a ser tratado fissuração desgaste deformações ou em última instância pela espessura e textura desejadas para a lama asfáltica b Composição da mistura agregado fíler em função dos materiais disponíveis devese estudar a composição mais favorável tendo em vista o enquadramento na faixa granu lométrica desejada Devese analisar a conveniência do emprego de areia e fíler na mistura c Definição do teor ótimo de emulsão é possível estimar o teor ótimo provável a partir da aplicação da fórmula de Duriez a qual leva em consideração a superfície específica dos agregados que compõem a mistura e um parâmetro designado módulo de riqueza que é função da faixa selecionada As expressões de cálculo são as seguintes 563 564 565 434 Bernucci Motta Ceratti e Soares Onde E superfície específica da mistura de agregados fíler mkg P2 2 massa do material retido entre as peneiras 12no 4 P1 massa do material retido entre as peneiras nº 4nº 10 S3 massa do material retido entre as peneiras nº 10nº 40 S2 massa do material retido entre as peneiras nº 40nº 80 S1 massa do material retido entre as peneiras nº 80nº 200 F massa do material passante na peneira nº 200 L teor residual de asfalto Le teor de emulsão r resíduo de emulsão k módulo de riqueza com os seguintes valores correspondentes às faixas I k 7 II k 6 III k 5 a 6 e IV k 4 d Definição do teor ótimo de água a quantidade ótima de água deve ser aquela que permita o máximo em trabalhabilidade sem ocorrência de escorrimento Um exagerado teor de água tende a provocar a sedimentação dos finos e a flotação da emulsão asfál tica resultando em superfície exsudada e altamente derrapante sob condições chu vosas O teor de água está também vinculado ao tempo da cura da massa na pista uma quantidade maior de água implicando maior tempo de cura A definição do teor ótimo de água é procedida pela análise da trabalhabilidadeconsistência da massa executandose misturas com o teor teórico da emulsão previamente determinado e diversos teores de água e Definição do teor ótimo de emulsão o ajuste da dosagem e a consequente definição de teor ótimo de emulsão são efetuados pelo emprego do WTAT de acordo com a se guinte sequência 1 moldar três CPs na umidade ótima predefinida para o teor ótimo teórico de emulsão e para teores 1 e 2 acima e abaixo deste teor 2 submeter cada um dos CPs ao WTAT calculando a média das perdas por des gaste obtidas para cada teor 3 mediante análise visual das condições de envolvimento textura e trabalhabi lidade e da exigência de obtenção de perdas por desgaste no WTAT iguais ou inferiores a 010 gcm² definir o teor ótimo de emulsão f Apresentação da dosagem a composição final da mistura deverá ser apresentada con siderandose a mistura agregados fíler como sendo 100 e indicando os teores de água e emulsão asfáltica a adicionar Como exemplo o DNER 1998 apresenta o resumo da dosagem de uma lama asfáltica conforme indica i a composição da mistura em massa abaixo e ii a granulometria do projeto e faixa de trabalho apresentadas na tabela 541 Areia 500 Pó de pedra 420 Cimento Portland 80 Total 1 1000 Água a adicionar 80 Emulsão RL1C 180 Total 2 1260 435 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas TABELA 541 GRANULOMETRIA DO PROJETO E FAIXA DE TRABALHO Peneira Porcentagem em massa passando ASTM mm Mistura Faixa de trabalho Faixa III DNERES 31497 38 950 100 100 100 N0 4 480 92 8698 90100 N0 8 240 76 7082 6590 N0 16 120 58 5264 4570 N0 30 060 40 3446 3050 N0 50 030 22 1628 1830 N0 100 015 15 1218 1021 N0 200 0075 8 511 515 Fonte DNER 1998 Exemplo dosagem de lama asfáltica Procedimento semelhante ao do microrrevestimento é usado para a dosagem de uma lama asfáltica conforme é mostrado no exemplo a seguir também obtido da experiência prática de empresa nacional Determinamse os teores dos agregados de modo a enquadrar agora a lama numa faixa específica Neste exemplo uma composição de pó e pedrisco apenas é suficiente para o enquadramento na faixa IV do DAERESP 2091 A tabela 542 apresenta as informa ções relativas à granulometria TABELA 542 COMPOSIÇÃO DOS AGREGADOS PARA LAMA ASFÁLTICA Peneira Pó de pedra pedrisco Faixa IV DAERESP 2091 100 mínimo máximo 38 10000 100 100 N0 4 9840 82 100 N0 8 9270 70 95 N0 16 5640 40 64 N0 30 4060 28 50 N0 50 2630 15 30 N0 100 1860 8 20 N0 200 1340 5 15 Fonte Elaborada pelos autores O equivalente de areia do agregado foi determinado encontrandose 671 O ensaio de azul de metileno apontou 90 mgg de agregado Definiramse então cinco teores em massa de uma emulsão asfáltica no exemplo uma emulsão RL1C sem qualquer aditivo nos teores 90 100 110 120 e 130 Os resultados de WTAT e LWT são mostrados na tabela 543 e na figura 547 sendo o ponto de intersecção das duas curvas o teor ótimo neste caso 111 correspondendo a um WTAT e a um LWT de 390 gm2 Esses resultados estão de acordo com a ISSA 2005b que recomenda um máximo de 538 gm2 para a adesão de areia no LWT e um máximo de 807 gm2 para o desgaste após 1 hora no WTAT 436 Bernucci Motta Ceratti e Soares TABELA 543 RESULTADOS DOS ENSAIOS MECÂNICOS EM LAMA ASFÁLTICA Tempo de cura minutos 90 100 110 120 130 Desgaste WTAT gm2 8650 5782 3984 3010 2445 Adesão de areia LWT gm2 3002 3338 3864 4408 4867 Fonte Elaborada pelos autores Figura 547 Definição do teor ótimo da lama asfáltica Fonte Elaborada pelos autores Além desses dois ensaios ainda é realizado o teste de deslocamento úmido WST cujo resultado foi 98 nos cinco teores Esse resultado está também de acordo com o recomendado pela ISSA 2005b que é um mínimo de 90 O resumo das informações de dosagem da lama asfáltica do exemplo em questão está na tabela 544 TABELA 544 CÁLCULO DOS ÍNDICES EM FUNÇÃO DO TEOR ÓTIMO DE EMULSÃO Índices Exemplo de dosagem Teor ótimo emulsão 111 WTAT desgaste gm2 3900 LWT adesão de areia gm2 27030 WST deslocamento úmido 980 LWT deslocamento vertical LWT deslocamento lateral Fonte Elaborada pelos autores 437 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas BIBLIOGRAFIA CITADA E CONSULTADA AASHTO AMERICAN ASSOCIATION OF STATE HIGHWAY AND TRANSPORTATION OFFI CIALS T 305 determination of draindown in uncompacted asphalt mixtures USA 1997 PP 35 practice evaluation of Superpave giratory compactor USA 1998 T 209 standard test method for theoretical maximum specific gravity and density of bituminous paving mixtures USA 1999 T 166 bulk specific gravity of compacted bituminous mixtures using saturated sur facedry specimens USA 2000 T 283 standard method of test for resistance of compacted asphalt mixtures to mois tureinduced damage USA 2003 T 319 quantitative extraction and recovery of asphalt binder from asphalt mixtures USA 2003 T 312 preparing and determining the density of the hotmix asphalt HMA specimens by means of the Superpave Gyratory Compactor USA 2003 M 323 Superpave Volumetric Mix Design 2017 M 32508 standard specification for stone matrix asphalt SMA USA 2012 AASHO Interim Guide for the Structural Design of Flexible Pavements AASHO Committee on Design Washington DC 1961 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dosagem de betumi nosas pelo método Marshall Rio de Janeiro 1993 NBR 10004 resíduos sólidos classificação Rio de Janeiro 2004 NBR 10005 Procedimento para obtenção de extrato lixiviado de resíduos sólidos Rio de Janeiro 2004 NBR 10006 Procedimento para obtenção de extrato solubilizado de resíduos sólidos Rio de Janeiro 2004 438 Bernucci Motta Ceratti e Soares NBR 14746 microrrevestimentos a frio e lama asfáltica determinação de perda por abrasão úmida WTAT Rio de Janeiro 2001 NBR 14757 microrrevestimentos e lamas asfálticas determinação da adesividade de misturas Rio de Janeiro 2001 NBR 14798 microrrevestimentos asfálticos determinação da coesão e características da cura pelo coesímetro Rio de Janeiro 2002 NBR 14841 microrrevestimentos a frio determinação do excesso de asfalto e adesão de areia pela máquina LWT Rio de Janeiro 2002 NBR 14949 microrrevestimentos asfálticos caracterização da fração fina por meio da absorção de azuldemetileno Rio de Janeiro 2003 NBR 15087 misturas asfálticas determinação da resistência à tração por compressão diametral Rio de Janeiro 2004 NBR 15140 misturas asfálticas determinação do desgaste por abrasão Cântabro Rio de Janeiro 2004 NBR 14594 emulsões asfálticas catiônicas especificação Rio de Janeiro 2005 NBR 15617 misturas asfálticas determinação do dano por umidade induzida Rio de Janeiro 2004 NBR 15619 misturas asfálticas determinação da densidade máxima teórica e da massa específica máxima teórica em amostras não compactadas 2016 AGETOP AGÊNCIA GOIANA DE TRANSPORTES E OBRAS AGETOP PAV 1118 Pavimen tação especificação de serviço prémisturado a frio AGETOP ESP 0918 Tratamentos superficiais asfálticos por penetração a frio Espe cificação de serviços 17p AGETOP ESP 1418 Prémisturado a frio semidenso Especificação de serviços 25p ALDIGUERI D R SILVEIRA M A SOARES J B Estudo comparativo entre compactação manual e automática de misturas asfálticas In Reunião Anual de Pavimentação 33 2001 Florianópolis Anais Rio de Janeiro ABPv v 1 p 804813 2001 ALVES A SPECHT L P DRESCH F Análise do desempenho acústico de pavimento em CPA na rodovia BR 158 In 22 Encontro de Asfalto IBP 2016 ANP AGÊNCIA NACIONAL DE PETRÓLEO Portaria DNC n 5 de 18 de fevereiro de 1993 APRG Selection and design of asphalt mixes Australian provisional guide Austroads APRG Report n 18 published May 1997 updated 1998 and March 1999 ARRB Transport Re search 1997 APS M BERNUCCI L L B Mitigação do ruído proveniente do tráfego de rodovias por meio da implantação do revestimento asfáltico do tipo CPA caso brasileiro Arquitetura ambiente e sustentabilidade Cap 7 Ed Universitária Leopodianum 2020 ARAÚJO J L Características funcionais e mecânicas de misturas asfálticas para revestimento de pavimentos aeroportuários 2009 Dissertação de Mestrado Departamento de Engenha ria Civil e Ambiental UnB Brasília DF 147p ARTERIS Autopista Litoral Sul Avaliação de métodos e dosagem de misturas asfálticas e sua relação com as propriedades mecânicas Relatório final Curitiba 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Engenharia de Transportes Programa de PósGraduação em Engenharia de Transportes UFC Fortaleza 442 Bernucci Motta Ceratti e Soares DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ESTRADAS DE RODAGEM DO RIO GRANDE DO SUL DAER ESP 2091 Lama Asfáltica 1991 DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM DO ESTADO DE SÃO PAULO DER ET DEP00032 concreto asfáltico usinado a quente em usina 2006 DERSP ETDEP00025 prémisturado a frio São Paulo SP 2006 DER SP ETDeP0028 concreto asfáltico poroso com ligante modificado com políme ro camada porosa de atrito 2006 DER ETDEP00031 concreto asfáltico tipo SMA 2007 DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM DO ESTADO DO PARANÁ DERPR ESP 2317 pavimentação prémisturado a frio 2017 DERPR ESP 217 misturas asfálticas abertas usinadas a quente 2017 EPARTAMENTO NACIONALDE ESTRADAS DE RODAGEM DNERME 078 94 Agregado graú do adesividade a ligante betuminoso 1994 DNERME 383desgaste por abrasão de misturas betuminosas com asfalto polímero ensaio Cantabro 1999 DNERME 053 misturas betuminosas percentagem de betume 1999 DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES Manual de Pavimen tação Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes IPR Publicação 719 Ministério dos Transportes Brasília 2006a Manual de Restauração de Pavimentos Asfálticos Departamento Nacional de In fraestrutura de Transportes IPR Publicação 720 Ministério dos Transportes Brasília 2006b DNIT 1122009 ES pavimentos flexíveis concreto asfáltico com asfalto borracha via úmida do tipo terminal blending Rio de Janeiro 2009 DNIT 1472012 ES pavimentação asfáltica tratamento superficial duplo Rio de Janeiro 2012 DNIT 1662013 ES pavimentação reciclagem de pavimento a frio in situ com adição de espuma de asfalto Rio de Janeiro 2013 DNIT 1692014 ES pavimentação reciclagem de pavimento em usina com espu ma de asfalto Rio de Janeiro 2014 DNIT 4152019 ME pavimentação mistura asfáltica teor de vazios de agregados miúdos não compactados Rio de Janeiro 2019 DER PR ES P 2405 Pavimentação lama asfáltica DEL BARCO CARRIÓN A J LO PRESTI D AIREY G D Binder design of high RAP content hot and warm asphalt mixture wearing courses Road Materials and Pavement Design v 16 n 1 p 460474 2015 DOI 1010801468062920151029707 DNER DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM ME 089 agregados avalia ção da durabilidade pelo emprego de soluções de sulfato de sódio ou de magnésio Rio de Janeiro 1994 ME 107 mistura betuminosa a frio com emulsão asfáltica ensaio Marshall Rio de Janeiro 1994 443 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas ME 117 mistura betuminosa determinação da densidade aparente Rio de Janeiro 1994 ME 043 misturas betuminosas a quente ensaio Marshall para misturas betuminosas Rio de Janeiro 1995 ME 084 agregado miúdo determinação da densidade real Rio de Janeiro 1995 ME 193 materiais betuminosos líquidos e semissólidos determinação da densidade e da massa específica Rio de Janeiro 1996 Especificações gerais para obras rodoviárias do DNER pavimentos flexíveis Rio de Janeiro DNER 1997 ES 310 pavimentação tratamento superficial triplo Rio de Janeiro 1997 ES 319 pavimentação concreto betuminoso reciclado a quente no local Rio de Janei ro 1997 ME 054 equivalente de areia Rio de Janeiro 1997 ME 153 agregados em estado compactado seco determinação da massa específica aparente Rio de Janeiro 1997 Manual de reabilitação de pavimentos asfálticos Rio de Janeiro DNER 1998 Pesquisa e asfalto modificado por polímero relatório final tomos I II e III Rio de Ja neiro DNER 1998 ME 035 agregados determinação da abrasão Los Angeles Rio de Janeiro 1998 ME 081 agregados determinação da absorção e da densidade de agregado graúdo Rio de Janeiro 1998 ES 386 pavimentação prémisturado a quente com asfalto polímero camada porosa de atrito Rio de Janeiro 1999 ES 389 pavimentação microrrevestimento asfáltico a frio com emulsão modificada por polímero Rio de Janeiro 1999 DNIT DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES DNIT 0312004 ES pavimentação concreto asfáltico Rio de Janeiro 2004 DNIT 0332005 ES pavimentos flexíveis concreto asfáltico reciclado a quente na usina Rio de Janeiro 2005 DNIT 1582011 ME mistura asfáltica determinação da porcentagem de betume em mistura asfáltica utilizando o extrator Soxhlet Rio de Janeiro 2011 DNIT 1592011 ES pavimentos asfálticos Fresagem a Frio Rio de Janeiro 2011 DNIT 1462012 ES tratamento superficial simples DNIT 1472012 ES tratamento superficial duplo DNIT 1482012 ES tratamento superficial triplo com ligante asfáltico convencional DNIT 0352018 ES microrrevestimento asfáltico Rio de Janeiro 2005 DNIT 1662013 ES pavimentação reciclagem de pavimento a frio in situ com adição de espuma de asfalto DNIT 1672013 ES pavimentação reciclagem de pavimentos asfálticos a frio in situ com adição de cimento Portland 444 Bernucci Motta Ceratti e Soares DNIT 1692014 ES pavimentação reciclagem de pavimento em usina com espuma de asfalto DNIT 1502010 ES lama asfáltica DNIT 1532010 ES pavimentação asfáltica prémisturado a frio com emulsão catiônica convencional Especificação de serviço 11p DNIT 1782018 PRO pavimentação asfáltica preparação de corpos de prova para ensaios mecânicos usando o compactador giratório Superpave ou o Marshall Rio de Janei ro 2018 DNIT 1802018 ME misturas asfálticas determinação do dano por umidade induzi da Rio de Janeiro 2018 DNIT 4112019 ME misturas asfálticas Massa específica densidade relativa e absor ção de agregado miúdo para misturas asfálticas Rio de Janeiro 2019 DNIT 4122019 ME pavimentação asfáltica misturas asfálticas análise granu lométrica de agregados graúdos e miúdos e misturas de agregados por peneiramento Rio de Janeiro 2019 DNIT 4132019 ME pavimentação misturas asfálticas massa específica densidade relativa e absorção de agregado graúdo para misturas asfálticas Rio de Janeiro 2019 DNIT 4272020 ME pavimentação misturas asfálticas determinação da densidade relativa máxima medida e da massa específica máxima medida em amostras não compacta das método de ensaio Rio de Janeiro 2020 DNIT 4272020 ME pavimentação misturas asfálticas determinação da densidade relativa máxima medida e da massa específica máxima medida em amostras não compacta das método de ensaio Rio de Janeiro 2020 DNIT 4282020 ME pavimentação misturas asfálticas determinação da densidade relativa aparente e da massa específica aparente de corpos de prova compactados método de ensaio Rio de Janeiro 2020 DRESCH F Comportamento de misturas asfálticas tipo camada porosa de atrito CPA Disser tação 2016 UFSM DUMKE M P Concreto asfáltico drenante com fibras de celulose ligante modificado por políme ro e asfaltoborracha 2005 Dissertação UFSC ELHAGE R B Estudo de misturas asfálticas tipo stone matrix asphalt SMA à luz dos com pactadores Marshall e Superpave 2012 Dissertação Mestrado Escola de Engenharia de São Carlos São Paulo 138p EUROPEAN STANDARDS EN 126975 bituminous mixtures test method for hot mix asphalt determination of the maximum density 2002 ESPÍRITO SANTO N R REIS R M Microconcreto asfáltico a frio uma técnica alternativa para tratamento de superfície In Encontro de Asfalto 12 Rio de Janeiro Anais Rio de Janeiro IBP 1994 FERREIRA J L S BASTOS J B S SOARES J B Validação da metodologia de faixa de agre gados dominantes para avaliação e especificação granulométrica de misturas asfálticas densas In XXIX Congresso de Ensino e Pesquisa em Transportes 2015 Ouro Preto Anais do XXIX Congresso ANPET 2015 Ouro PretoMG 2015 445 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas FERREIRA P N Estudo da utilização de revestimentos asfálticos delgados a quente para pavi mentos tipo BBTM no Brasil 2006 200f Tese Doutorado Escola Politécnica da Univer sidade de São Paulo São Paulo FHWA FEDERAL HIGHWAY ADMINISTRATION State of the practice design construction and performance of microsurfacing FHWASA94051 1994 Background of Superpave asphalt mixture design and analysis FHWASA95003 1995 FRANCKEN L et al Recent activities of RILEM TC 152 PBM performance of bituminous materials In International Conference on Asphalt Pavement 8 Seattle USA 1997 FRANCO F A C P Método de Dimensionamento MecanísticoEmpírico de Pavimentos As fálticos SISPAV Tese de Doutorado Universidade Federal do Rio de Janeiro COPPE Rio de Janeiro RJ 2007 GASPAR M S Mecanismos de ativação e interação entre ligantes na reciclagem asfáltica a quente e morna 2019 Dissertação Mestrado em Engenharia de Transportes Escola Politécnica USP São Paulo DOI 1011606D32019tde22082019141237 GODENZONI C GRAZIANI A PERRATON D Complex modulus characterization of coldrecy cled mixtures with foamed bitumen and different contents of reclaimed asphalt Road Ma terials and Pavement Design v 18 2017 GRILLI A GRAZIANI A BOCCI M Compactability and thermal sensitivity of cementbitu mentreated materials Road Materials and Pavement Design v 13 n 4 2012 GUATIMOSIM F V Comportamento mecânico e desempenho estrutural de materiais reciclados e estabilizados com espuma de asfalto 2015 Dissertação Mestrado em Engenharia de Transportes Escola Politécnica USP São Paulo 2015 DOI 1011606D32016tde 07072016153231 GUATIMOSIM F V Comportamento mecânico e desempenho estrutural de materiais reciclados e estabilizados com espuma de asfalto 2015 Dissertação Mestrado USP São Paulo HAFEZ I H WITCZAK M W Comparison of Marshall and Superpave level I mix design for asphalt mixes Transportation Research Record n 1 p 492 1995 HARMAN T et al The history and future challenges of gyratory compaction 1939 to 2001 In Annual Meeting of the Transportation Research Board 81 Washington 2002 HANSON DI Construction and Performance of an Ultrathin Bonded HotMix Asphalt Wearing Course Transportation Research Record HYPERLINK httpsjournalssagepubcomtoc trra17491 Vol 1749 Issue 1 2001 httpsdoiorg103141174908 HIGHWAY RESEARCH BOARD The AASHO road test Special Rep No 61AE Highway Research Board National Academy of Science National Research Council Washington DC 1962 HEIDE J P J NICHOLLS J C Harmonized European test methods Performance testing and evaluation of bituminous materials PTEBM03 In International Rilem Symposium 6 Zurich 2003 HINRICHSEN J A comparison of four brands of Superpave gyratory compactors In Annual Meeting of Transportation Research Board 80 Washington 2001 HOMEM TR Comportamento de misturas asfálticas porosas com ligantes modificados por polímeros e adição de fibras 2002 Dissertação UFRS 446 Bernucci Motta Ceratti e Soares INSTITUTO DE ASFALTO Manual de asfalto Série do manual n 4 MS4 1989 IPAVEC A MARSAC P MOLLENHAUER K Synthesis of the European national requirements and practices for recycling in HMA and WMA Directmat project In Euroasphalt and Eurobitume Congress 5 Istambul Istambul Proceedings 2012 ISSA INTERNATIONAL SLURRY SURFACING ASSOCIATION ISSA TB145 test method for determination of methylene blue absorption value MBV of mineral aggregate fillers and fines USA 1989 ISSA TB100 test method number T100 for wet track abrasion of slurry seals USA 1990 ISSA TB109 test method for measurement of excess asphalt in bituminous by use of a loaded wheel tester and sand adhesion USA 1990 ISSA TB114 wet stripping test for cured slurry seal mixes USA 1990 Recommended performance guidelines for microsurfacing A 143 Revised USA 2005a Recommended performance guidelines for emulsified asphalt slurry seal A 105 Re vised USA 2005b ISSA A1432010 Recommended performance guidelines for micro surfacing Annapo lis 2010 JACKSON N M CZOR L J 100mmdiameter mold used with Superpave gyratory compactor Journal of Materials in Civil Engineering 2003 JENKINS K J LONG F M EBELS L J Foamed bitumen mixes shear performance Inter national Journal of Pavement Engineering Taylor Francis 2007 JOOSTE F J et al A new hot mix design method for Southern Africa In World of Asphalt Pave ments Conference Sidney 2000 KANDHAL P S BROWN E R Comparative evaluation of 4inch and 6inch diameter speci mens for testing large stone mixes NCAT Rep Auburn n 905 1990 FOO K Y Designing recycled hot mix asphalt mixtures using Superpave technology progress of Superpave evaluation and implementation ASTM STP 1322 Robert N Jester ed 1997 KOEHLER W S Marshall mix design method current practices Proceedings Associa tion of Asphalt Paving Technologists Technical Sessions San Antonio v 54 1985 KNABBEN R M Estudo do ruído pneu pavimento e da absorção sonora em diferentes revesti mentos de pavimento 2012 Dissertação UFSC KOLODZIEJ V M Estudo das propriedades acústicas drenantes e mecânicas de revestimentos de pavimentos 2016 Dissertação UFSC KUCHIISHI A K VASCONCELOS K BERNUCCI L L B Effect of mixture composition on the mechanical behaviour of cold recycled asphalt mixtures International Journal of Pave ment Engineering 2019 DOI 1010801029843620191655564 LAO V L E S T Estudo comparativo do desempenho acústico de diferentes tipos de revesti mento dos pavimentos 2004 Dissertação CoppeUFRJ LARSEN J Tratamento superficial na conservação e construção de rodovias Rio de Janeiro Abeda 1985 447 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas LEAL C L D CASTRO P F Construção de um trecho experimental em SMA usando bagaço de canadeaçúcar como aditivo Revista Vértices Campos dos Goytacazes Essentia Edito ra v 14 n 3 p 7184 2012 LEANDRO R P Avaliação dos métodos de dosagem de misturas asfálticas a quente através do processo de compactação por rolagem 2016 Tese Doutorado em Engenharia de Trans portes Escola Politécnica USP LO PRESTI D et al On the degree of binder activity of reclaimed asphalt and degree of blending with recycling agents Road Materials and Pavement Design 2019 DOI 1010801468062920191607537 LOIOLA P R R Avaliação de ligantes e agregados alternativos para aplicação em tratamentos superficiais de rodovias 2009 Dissertação Mestrado Programa de Pósgraduação em engenharia de Transportes UFC Fortaleza LOPES M et al Durability of hot and warm asphalt mixtures containing high rates of reclaimed asphalt at laboratory scale Materials and Structures v 48 p 39373948 2015 DOI 101617s1152701404549 et al The potential of attenuated total reflection imaging in the midinfrared for the study of recycled asphalt mixtures Construction and Building Materials n 124 p 11201131 2016 LUGÃO W G Análise da aderência entre pneu e pavimento com camada porosa de atrito no aeroporto internacional Tancredo Neves MG 2008 Tese Doutorado UFV MAKOWSKI L BISCHOFF D BLANKENSHIP P Wisconsin Experiences with Reflective Crack Relief Projects Transportation Research Record HYPERLINK httpsjournalssage pubcomtoctrra19051 Vol 1905 Issue 1 2005 HYPERLINK httpsdoiorg101177 2F0361198105190500105 httpsdoiorg1011770361198105190500105 MARQUES G L O Utilização do módulo de resiliência como critério de dosagem de mistura asfáltica efeito da compactação por impacto e giratória 2004 480f Tese Doutorado CoppeUFRJ MATTOS J R G Avaliação da aderência pneupavimento e tendência de desempenho para a rodovia BR 290RS 2009 Dissertação UFRS MCDANIEL R et al Recommended use of reclaimed asphalt pavement in the superpave mix design method NCHRP web document 30 project D912 Contractors final report Na tional Cooperative Highway Research Program Washington 2000 ANDERSON R M Incorporation of reclaimed asphalt pavement in the Superpave sys tem Final report for National Cooperative Highway Research Program Transportation Re search Board National Research Council USA 2000 Recommended use of reclaimed asphalt pavement in the Superpave mix design method technicians manual NCHRP Report n 452 2001 MCGENNIS R B et al Issues pertaining to use of Superpave gyratory compactor Transporta tion Research Record n 1543 Washington p 11725 1996 MESQUITA JUNIOR G S Evaluation of criteria for selection of materials for surface treatments based on performance 2019 Dissertação Mestrado Programa de Pósgraduação em Engenharia de Transportes UFC Fortaleza 448 Bernucci Motta Ceratti e Soares MEURER FILHO E Estudo de granulometria para concretos asfálticos drenantes 2001 Disser tação UFSC MIRANDA H et al Análise comparativa de métodos de ensaio para avaliação do escorrimento em misturas betuminosas do tipo stone mastic asphalt segundo a norma europeia EN 1269718 In Congresso Rodoviário Português 7 Lisboa 2013 MOMM L Estudo dos efeitos da granulometria sobre a macrotextura superficial do concreto asfáltico 1998 Tese Doutorado USP São Paulo MOREIRA H S SOARES J B Reciclagem a frio em pavimentos asfálticos no estado do Ceará 2002 Projeto de graduação em Engenharia Civil UFC MOTTA L M G Contribuição para a estimativa do módulo resiliente de misturas asfálticas In ENCONTRO DE ASFALTO 14 1998 Rio de Janeiro Anais Rio de Janeiro IBP 1998 LEITE L M F Efeito do fíler nas características mecânicas das misturas asfálticas In Congresso Panamericano de Engenharia de Trânsito e Transportes 11 2000 Brasil p 0919 et al Princípios do projeto e análise Superpave de misturas asfálticas Rio de Janeiro IBP 1996 MOURA E Estudo do efeito de aditivos químicos e da cal como agentes melhoradores de adesividade em misturas asfálticas densas 2001 Dissertação Mestrado Escola Politécni ca USP São Paulo MOURÃO F A L Misturas asfálticas de alto desempenho tipo SMA 2003 151f Dissertação Mestrado CoppeUFRJ Rio de Janeiro MOUTHROP J S HICKS R G BALLOU W R Emulsion the future of pavement mainte nance Asphalt Contractor Magazine Feb 1997 NAPA NATIONAL ASPHALT PAVEMENT ASSOCIATION NAPA TAS14 mix design techniques part I Instructors Manual 1982 Design and construction SMA mixtures State of the practice 1999 43p Designing and constructing SMA Mixtures stateofpractice Quality Improvement Series n 122 2002 IS 128 HMA pavement mix type selection guide 2001 NASCIMENTO L A H Nova abordagem da dosagem de misturas asfálticas densas com uso do compactador giratório e foco na deformação permanente 2008 Dissertação Mestrado CoppeUFRJ NATIONAL ASPHALT PAVEMENT ASSOCIATION HMA Pavement Type Selection Guide IS128 February 2001 National Asphalt Pavement Association NAPA and the Federal Highway Administration FHWA NCHRP NATIONAL COOPERATIVE HIGHWAY RESEARCH PROGRAM Incorporation of re claimed asphalt pavement in the Superpave system NCHRP 912 2000 Report 452 Recommended use of reclaimed asphalt pavement in the Superpave mix design method Technicians Manual TRB 2001 Report 752 Improved mix design evaluation and materials management practices for hot mix asphalt with high reclaimed asphalt pavement content TRB 2013 449 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas NEVES FILHO C L D Avaliação laboratorial de misturas asfálticas SMA produzidas com ligante asfaltoborracha 2004 67p Dissertação Mestrado Escola de Engenharia de São Carlos USP NEWCOMB D E BROWN E R EPPS J A Designing HMA mixtures with high RAP content A practical guide NAPA Quality Improvement Series 124 National Asphalt Pavement Asso ciation Maryland 2007 ODA S EDEL G FERNANDES JR J L Primeiro trecho experimental urbano de SMA com asfaltoborracha sem fibras projeto construção e avaliação Revista Minerva São Carlos v 2 n 2 p 203216 2005 OLIVEIRA C G M Estudo de propriedades mecânicas e hidráulicas do concreto asfáltico drenante 2003 Dissertação UnB et al Análise laboratorial de concretos asfálticos drenantes com uso de agregados cal cáreos In Reunião de Pavimentação Urbana 12 ABPv 2003 OREŠKOVIC M et al Quantitative assessment of the parameters linked to the blending between reclaimed asphalt binder and recycling agent A literature review Construction and Building Materials n 234 p 117323 2020 PEREIRA S L O Avaliação dos tratamentos superficiais simples duplo e triplo de rodovias atra vés do emprego de diferentes agregados da Região Metropolitana de Fortaleza 2013 Dis sertação Mestrado Programa de PósGraduação em Engenharia de Transportes UFC Fortaleza PINHEIRO J H M Incorporação de borracha moída de pneus em misturas asfálticas de dife rentes granulometrias processos úmido e seco 2004 124f Dissertação Mestrado Pro grama de Mestrado em Engenharia de Transportes UFC PINTO S Materiais pétreos e concreto asfáltico conceituação e dosagem Rio de Janeiro IME 1996 Tratamento superficial betuminoso Rio de Janeiro IME 2004 PIRES D M Avaliação de mistura de alto desempenho tipo SMA com diferentes porcentagens de fibra de celulose 2018 TCC Unijuí PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO PAULO PMSP IE 07 camadas de concreto asfáltico recicla das a quente em usina 2010 PROWELL B D WATSON D E HURLEY G C BROWN E R 2009 Evaluation of Stone Matrix Asphalt SMA for airfield pavements Auburn Alabama National Center for Asphalt Technology PRUDENTE C Q A Estudo laboratorial de misturas asfálticas a quente utilizadas em Goiás 2015 Dissertação UFG RAMOS K de O Estudo sobre mistura asfáltica tipo stone matrix asphalt SMA para pavimento aeroportuário 2012 196p Dissertação Mestrado IME Rio de Janeiro RAMOS F R Q Aplicação de SMA stone matrix asphalt em pavimentos aeroportuários estu do de caso Aeroporto de Aracaju SE 2015 Dissertação Mestrado Escola de Minas Núcleo de Geotecnia UFOP Ouro Preto MG REIS R M M Revestimento asfáltico tipo SMA para alto desempenho em vias de tráfego pesa do 2002 110p Dissertação Mestrado Escola Politécnica USP São Paulo 450 Bernucci Motta Ceratti e Soares Investigação de campo e laboratório sobre revestimento asfáltico ultradelgado 2012 Tese Doutorado UFRS RIBEIRO M A D Dosagem de prémisturado a frio de graduação aberta 1991 Dissertação CoppeUFRJ ROBERTS F L et al Hot mix asphalt materials mixture design and construction 2 ed Lan ham Napa Education Foundation 1996 MOHAMMAD L N WANG L B History of hot mix asphalt mixture design in the United States Journal of Materials in Civil Engineering JulAug 2002 ROCHA F L L Utilização do agregado siderúrgico escória de aciaria em revestimento asfáltico tipo tratamento superficial 2011 Dissertação UFOP RODRIGUES FILHO O S Características de aderência de revestimentos asfálticos aeroportuá rios estudo de caso do Aeroporto Internacional de São PauloCongonhas 2006 Disser tação USP São Paulo ROSENO J L Avaliação de uma mistura asfáltica porosa com agregados calcários e asfaltobor racha 2005 Dissertação UnB SANTANA H Manual de prémisturados a frio Rio de Janeiro IBPComissão de Asfalto 1993 SHRP STRATEGIC HIGHWAY RESEARCH PROGRAM Superior performing asphalt pavements Superpave The product of SHRP Asphalt Research Program SHRP A410 Washington National Research Council 1994a The Superpave mix design system manual of specifications test methods and practices SHRP A379 Washington National Research Council 1994b SILVA C E D B D Estudo da permeabilidade de misturas asfálticas de graduação aberta 2005 Dissertação Unicamp SILVA M B Caracterização de misturas de alto desempenho tipo SMA e avaliação do processo executivo em pista experimental no estado do Rio Grande do Sul 2012 Dissertação Mes trado Programa de Pósgraduação em Engenharia Civil UFRGS SILVA P B Estudo em laboratório e em campo de misturas asfálticas SMA 08S 2005 136p Dissertação Mestrado em Engenharia de Transportes Escola Politécnica USP São Paulo et al Estudo de revestimento asfáltico SMA 08S utilizado em trecho experimental In Congresso de Pesquisa e Ensino em Transportes Anais XIX Anpet Recife PE p 1505 1506 2005 SILVA R C Avaliação da dosagem dos tratamentos superficiais por penetração de rodovias baseada na exsudação e na perda de agregados 2018 Dissertação Mestrado Programa de PósGraduação em Engenharia de Transportes UFC Fortaleza SILVA V A Avaliação da deformação permanente de misturas estabilizadas com asfalto 2019 Dissertação Mestrado em Engenharia de Transportes Escola Politécnica USP São Paulo DOI 1011606D32019tde22082019152020 SILVEIRA M A Estudo de adição de polímero em areiaasfalto a frio 1999 103f Dissertação Mestrado Escola de Engenharia de São Carlos USP São Carlos SILVEIRA M A Estudo sobre Adição de Polímero em AreiaAsfalto a Frio Dissertação de Mes trado Escola de Eng 451 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas SOARES J B et al Estudo comparativo de cimentos asfálticos de petróleo na pista experimen tal do Ceará In Congresso de Pesquisa e Ensino em Transportes 12 1998 Fortaleza Anais Fortaleza Anpet v 1 p 590601 1998 MOTTA L M BRANCO J V C Efeito da consistência do CAP no teor ótimo e nas propriedades das misturas asfálticas In Congresso de Pesquisa e Ensino em Transportes 13 São Carlos Anais São Carlos Anpet v 1 p 11525 1999 SOARES R F Análise de bacias defletométricas para o controle de cons trução de pavimentos asfálticos In Congresso de Pesquisa e Ensino em Transportes 14 Anais Gramado Anpet 2000 SOLAIMANIAN M et al TEST METHODS TO PREDICT MOISTURE SENSITIVITY OF HOTMIX ASPHALT PAVEMENTS In Moisture Sensitivity of Asphalt PavementsA National Semi narCalifornia Department of Transportation Federal Highway Administration National As phalt Pavement Association California Asphalt Pavement Alliance and Transportation Re search Board 2003 SOUZA S A Avaliação da capacidade de escoamento de água em mistura asfáltica proposta de ensaio de laboratório 2008 Dissertação CoppeUFRJ STRUFALDI E G B et al Traffic noise reduction using porous asphalt course as an overlay of a Portland cement concrete pavement in Sao Paulo Brazil In International Congress and Exposition on Noise Control Engineering 39 Internoise 2010 Lisboa Portugal 2010 TAVARES D S Avaliação laboratorial de mistura asfáltica do tipo SMA com agregado siderúrgi co 2012 Dissertação Mestrado CoppeUFRJ TAVARES D S BARROSO S H A KIM Y R Introdução do coeficiente de uniformidade para avaliação de revestimentos asfálticos do tipo tratamentos superficiais Transportes Rio de Janeiro v 26 p 4253 2018 TRAN N et al Adjustments to the Superpave volumetric mixture design procedure for selecting optimum asphalt content NCHRP 20 07Task 412 Interim Report 2018 et al NCAT REPORT 1008 Mix design strategies for improving asphalt mixture perfor mance 2019 TUCHUMANTEL JR O Influência da umidade de compactação no PMF denso In Encontro de Asfalto 10 Rio de Janeiro Anais Rio de Janeiro IBP 1990 UNGER FILHO W Estudo de mistura asfáltica reciclada a frio produzida com 100 de revesti mento asfáltico fresado e agente de reciclagem emulsionado 2018 Dissertação Mestrado em Engenharia de Transportes Escola Politécnica USP São Paulo DOI 1011606D32019 tde25032019102457 VALE A C SOARES J B Estudo laboratorial de misturas asfálticas tipo SMA confeccionadas na faixa 0125 da norma americana In Congresso Nacional de Pesquisa e Ensino em Transportes 19 Recife 2005 CASAGRANDE M D T SOARES J B Misturas asfálticas do tipo SMA com fibra de coco In Reunião Anual de Pavimentação 38 Encontro Nacional de Conservação Ro doviária 12 Manaus 2007 VALENÇA P de M A Desempenho mecânico de misturas asfálticas do tipo stone matrix as phalt com uso de fibras amazônicas e agregados de resíduos de construção e demolição 2012 114p Dissertação Mestrado Programa de PósGraduação em Engenharia de Re cursos da Amazônia Ufam 452 Bernucci Motta Ceratti e Soares VANISCOTTE J C DUFF M Determination des dosages mayens en gravillons denduits super ciales Bulletin de Liason des Laboratoires des Ponts et Chaussées n 94 1978a Enduits superciales determination rapide de dosages en granulat Bulletin de Liason des Laboratoires des Ponts et Chaussées n 105 1978b VASCONCELOS K L Comportamento mecânico de misturas asfálticas a quente dosadas pelas metodologias Marshall e Superpave com diferentes granulometrias 2004 149f Disser tação Mestrado Programa de Mestrado em Engenharia de Transportes UFC SOARES J B LEITE L M Influência da densidade máxima teórica na dosagem de misturas asfálticas In Congresso de Pesquisa e Ensino em Transportes 17 Rio de Janeiro Anais Rio de Janeiro Anpet v 1 p 517 2003 WANG J N KENNEDY T W MCGENNIS R B Volumetric and mechanical performance of Superpave mixtures Journal of Materials in Civil Engineering Aug 2000 WEST R WILLIS J R MARASTEANU M Improved mix design evaluation and materials management practices for hot mix asphalt with high reclaimed asphalt pavement content NCHRP Report 752 Transportation Research Board Washington 2013 COPELAND A Information series 139 High RAP asphalt pavements Japan practice Lessons learned Napa Lanham 2015 WHITE T D Marshall procedures for design and quality control of asphalt mixtures Proceedings Association of Asphalt Paving Technologists Technical Sessions San Antonio v 54 1985 WHITEOAK D Shell bitumen handbook 1991 YILDIRIM Y et al Comparative analyses of volumetric properties for Superpave gyratory com pactors In Annual Meeting of Transportation Research Board 79 Washington Proceedings 2000 ZAUMANIS M et al Performancebased design of 100 recycled hotmix asphalt and valida tion using traffic load simulator Journal of Cleaner Production v 237 10 nov 2019 117679 ZUBARAN M Avaliação do comportamento de misturas asfálticas recicladas mornas em labo ratório e usina de asfalto 2014 Dissertação CoppeUFRJ ANTT AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES
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Escalas e Desenho Topográfico - Aula 03
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Instrução de Projeto de Pavimentação - DERSP
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Estudos de Traçado de uma Rodovia - Aula 8
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Aula 05: Medidas Indiretas de Distâncias - Taqueometria
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Texto de pré-visualização
PAVIMENTAÇÃO ASFÁLTICA Formação Básica para Engenheiros 2ª Edição Liedi Bariani Bernucci Laura Maria Goretti da Motta Jorge Augusto Pereira Ceratti Jorge Barbosa Soares Jorge Augusto Pereira Ceratti Engenheiro Civil e Mestre pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul UFRGS Doutor em Engenharia Civil pela Coordenação dos Programas de PósGraduação em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro COPPEUFRJ Professor do Programa de PósGraduação em Engenharia Civil da UFRGS de 1979 a 2015 Atualmente aposentado é Professor Convidado da UFRGS e Membro Permanente do corpo docente do Programa de PósGraduação em Engenharia Civil Construção e Infraestrutura da UFRGS desde 2017 É fundador do Laboratório de Pavimentação da UFRGSLAPAV o qual coordenou de 1981 a 2017 É membro da Comissão de Asfaltos do Instituto Brasileiro do Petróleo e Gás Atua como consultor em pavimentação desenvolvendo projetos de cooperação com empresas e órgãos do setor de pavimentação Possui diversas publicações nos prin cipais periódicos e congressos técnicocientíficos nacionais e internacionais na área de pavimentação Laura Maria Goretti da Motta Engenheira Civil 1976 pela Universidade Federal de Juiz de Fora UFJF Mes tre em Engenharia Civil 1979 pela Coordenação dos Programas de Pósgradua ção em Engenharia COPPE da Universidade Federal do Rio de Janeiro UFRJ e Doutora pela COPPEUFRJ 1991 Professora do Programa de Engenharia Civil da COPPEUFRJ de 1984 a 2019 atualmente aposentada continua atuando como colaboradora voluntária Coordenou o Setor de Pavimentos do Laboratório de Geotecnia da COPPE de 1994 até 2016 É membro da Comissão de Asfaltos do Instituto Brasileiro do Petróleo e Gás Possui diversos trabalhos publicados no Brasil e no exterior Co autora do livro de Mecânica dos Pavimentos Já orientou mais de 100 mestres e doutores Já atuou em mais de 100 projetos de cooperação com empresas e órgãos do setor de pavimentação Liedi Bariani Bernucci Engenheira Civil pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo 1981 especialização no Instituto de Geotécnica da Escola Politécnica Federal de Zuri que na Suíça 1984 e 1985 Mestre em Engenharia Geotécnica pelo Departamento de Estruturas e Geotécnica da EPUSP 1987 estágio de Doutoramento pelo Instituto de Geotécnica da Escola Politécnica Federal de Zurique na Suíça 1987 e 1988 Doutora em Engenharia de Transportes pelo Departamento de Engenharia de Transportes da EPUSP 1995 LivreDocente 2001 e Professora Titular no Departa mento de Engenharia de Transportes da EPUSP 2006 Coordenou o Laboratório de Tecnologia de Pavimentação da EPUSP de 1995 a 2021 foi Chefe do Departamento de Engenharia de Transportes da EPUSP por 7 anos ViceDiretora 20142018 e Diretora 20182021 da Escola Politécni ca da USP Atualmente é Presidente do Instituto de Pesquisas Tecnológicas IPT do Estado de São Paulo É membro do Conselho Superior da FAPESP Atua como docente em graduação e pós graduação como coordenadora de diversos projetos de pesquisa e extensão É consultora em pavimentos possui diversas publicações e já formou cerca de 50 mestres e doutores em Engenharia de Transportes Jorge Barbosa Soares Engenheiro Civil pela Universidade Federal do Ceará UFC MSc e PhD em Engenharia Civil pela Texas AM University É Professor Titular da UFC e pesqui sador do CNPq integrando o Comitê de Assessoramento de Engenharia Civil do órgão 20182022 É Diretor de Inovação da FUNCAP 2015 coordena o INCTInfra do CNPq foi Diretor da International Society for Pavements 2016 2018 integra a Comissão do IBPABNT 2003 é Editor Associado da Revista Transportes Já presidiu importantes eventos orientou mais de 40 alunos de pósgraduação 10 pós doutores e possui diversas publicações na área CURRÍCULO RESUMIDO DOS AUTORES Rio de Janeiro 2008 Liedi Bariani Bernucci Laura Maria Goretti da Motta Jorge Augusto Pereira Ceratti Jorge Barbosa Soares Pavimentação asfáltica Formação básica para engenheiros 2ª Edição 2022 P338 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Liedi Bariani Bernucci et al Rio de Janeiro PETROBRAS ABEDA 2ª edição 2022 750 p il ISBN 9788569658023 Inclui Bibliografias Patrocínio ANTT TRANSBRASILIANA 1 Asfalto 2 Pavimentação 3 Camada asfáltica 4 Mistura I Bernucci Liedi Bariani II Motta Laura Maria Goretti da III Ceratti Jorge Augusto Pereira IV Soares Jorge Barbosa CDD 62585 Ficha catalográfica elaborada pelos autores Copyright 2007 Liedi Bariani Bernucci Laura Maria Goretti da Motta Jorge Augusto Pereira Ceratti e Jorge Barbosa Soares COORDENAÇÃO DE PRODUÇÃO Trama Criações de Arte PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO Trama Criações de Arte REVISÃO DE TEXTO Mariflor Rocha Sonia Cardoso Patrocinadores APRESENTAÇÃO Passados 15 anos da primeira edição deste livro Pavimentação Asfáltica Formação Básica para Engenheiros seguida de uma atualização já podemos con siderar como sucesso esta iniciativa de apoio aos autores para o lançamento desta segunda edição revisada Inicialmente sua primeira edição foi distribuída gratuita mente na forma impressa a várias Universidades Faculdades e Escolas de Engen haria nas cinco regiões brasileiras perfazendo 20000 exemplares Entre 2007 e 2009 foram organizados pela Petrobras e Abeda vários cursos proferidos pelos quatro autores dentro do PROASFALTO Programa Asfalto na Universidade uma série de cursos gratuitos feitos para professores da área de pavimentação em várias cidades onde se transmitia o conteúdo do livro trocavamse ideias entre profissio nais e o aprendizado era coletivo Nesta oportunidade eram oferecidas também de forma gratuita 30 aulas em slides que refletiam o conteúdo dos 11 capítulos do livro especialmente preparadas pelos autores do livro Numa segunda fase foi feita a opção de disponibilizar o livro da primeira edição digitalmente o que ampliou de forma extraordinária a sua divulgação Tornouse livro texto em muitas universidades e muitos profissionais passaram também a utilizálo Vale dizer que toda esta efervescência no meio acadêmico na área de pavimen tação atraiu muitos estudantes de graduação mestrado e doutorado o que enri queceu sobremaneira o meio técnico das empresas de consultoria de fornecedores de construção e de controle Os autores professores de universidades importantes e reconhecidamente atu antes no meio técnico firmaram e confirmam a cada dia uma parceria profícua e complementar visto que cada um busca contribuir com suas visões sobre os materi ais e a pavimentação asfáltica embasados em seus muitos anos como professores pesquisadores e consultores Agradecemos à Agência Nacional de Transportes Terrestres ANTT e à Empre sa Transbrasiliana Concessionária de Rodovias SA que através da utilização dos Recursos de Desenvolvimento Tecnológico RDT verba destinada à pesquisa e ao desenvolvimento tecnológico possibilitaram a realização desta segunda edição do livro Pavimentação Asfáltica Formação Básica para Engenheiros Nesta nova edição o livro descreve os materiais usados na pavimentação desde o subleito até o revestimento suas propriedades técnicas de construção avaliação e restauração de pavimentos trazendo as novidades introduzidas nestes últimos anos para melhoria contínua das estruturas dos pavimentos Os conceitos são clara mente expostos ressaltamse as interações entre as características dos materiais das camadas e por tratar de todas as fases do processo de seleção de materiais e suas aplicações permite que tanto os jovens estudantes como os profissionais que já atuam na área possam obter informações relevantes para a compreensão da dinâmica da estrutura do pavimento sujeito às cargas dos veículos e ao clima Apreciamos de forma viva a contribuição que esta publicação tem feito e espe ramos que continue a fazer para o sucesso da pavimentação das rodovias aero portos e vias urbanas espalhadas por todo o território nacional contribuindo efeti vamente para que o transporte de passageiros e de cargas se torne cada vez mais durável seguro e confortável para todos os usuários dos numerosos caminhos deste país gigante e rodoviário SUMÁRIO Apresentação 3 Prefácio 9 1 Introdução 11 11 PAVIMENTO DO PONTO DE VISTA ESTRUTURAL E FUNCIONAL 11 12 UM BREVE HISTÓRICO DA PAVIMENTAÇÃO 13 13 SITUAÇÃO DA PAVIMENTAÇÃO NO BRASIL 23 14 BREVE RESUMO DO AVANÇO DO CONHECIMENTO NA ÁREA RODOVIÁRIA E NO DIMENSIONAMENTO DE PAVIMENTOS NO BRASIL 26 15 CONSIDERAÇÕES FINAIS 30 2 Ligantes asfálticos 35 21 INTRODUÇÃO 35 22 ASFALTOS 36 23 LIGANTE ASFÁLTICO CIMENTO ASFÁLTICO CAP OU LIGANTE BETUMINOSO 38 24 ASFALTO MODIFICADO POR POLÍMERO 94 25 ASFALTOBORRACHA 112 26 ASFALTO TLA 118 27 ALFALTOS MODIFICADOS POR ADITIVOS ESPECIAIS 122 28 EMULSÃO ASFÁLTICA 138 29 ASFALTO DILUÍDO 151 210 ASFALTO ESPUMA 152 211 O PROGRAMA SHRP E AS ESPECIFICAÇÕES DOS LIGANTES POR DESEMPENHO SUPERPAVE 154 212 SMS E SUSTENTABILIDADE 178 3 Agregados 217 31 INTRODUÇÃO 217 32 CLASSIFICAÇÃO DOS AGREGADOS 218 33 PRODUÇÃO DE AGREGADOS BRITADOS 227 34 CARACTERÍSTICAS TECNOLÓGICAS IMPORTANTES DOS AGREGADOS PARA PAVIMENTAÇÃO ASFÁLTICA 231 35 CARACTERIZAÇÃO DE AGREGADOS SEGUNDO O SHRP 256 36 CONSIDERAÇÕES FINAIS 260 4 TIPOS DE CAMADAS ASFÁLTICAS 267 41 INTRODUÇÃO 267 42 MISTURAS ASFÁLTICAS USINADAS A QUENTE E MORNAS 269 43 SAMI STRESS ABSORBING MEMBRANE INTERLAYER 296 44 MISTURAS ASFÁLTICAS USINADAS A FRIO 297 45 MISTURAS USINADAS IN SITU EM USINAS MÓVEIS E APLICADORAS ESPECIAIS 300 46 MISTURAS ASFÁLTICAS RECICLADAS 305 47 TRATAMENTOS SUPERFICIAIS 308 48 SELEÇÃO DE CAMADAS ASFÁLTICAS PARA AS OBRAS DE PAVIMENTAÇÃO 316 5 Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas 335 51 INTRODUÇÃO 335 52 DEFINIÇÕES DE MASSAS ESPECÍFICAS PARA MISTURAS ASFÁLTICAS 337 53 MISTURAS ASFÁLTICAS A QUENTE 345 54 DOSAGEM DE MISTURAS ASFÁLTICAS A FRIO 392 55 MISTURAS ASFÁLTICAS RECICLADAS A QUENTE E MORNAS 395 56 MISTURAS ASFÁLTICAS RECICLADAS A FRIO 408 57 TRATAMENTO SUPERFICIAL 411 58 MICRORREVESTIMENTO ASFÁLTICO E LAMA ASFÁLTICA 423 6 Propriedades mecânicas das misturas asfálticas 453 61 INTRODUÇÃO 453 62 ENSAIOS DE RUPTURA COM CARREGAMENTO MONOTÔNICO RT 455 63 RIGIDEZ 468 64 ENSAIOS DE RUPTURA VIDA DE FADIGA POR CARREGAMENTO CÍCLICO 482 65 ENSAIOS DE DEFORMAÇÃO PERMANENTE 503 7 Materiais das camadas de base subbase e reforço do subleito dos pavimentos asfálticos 535 71 INTRODUÇÃO 535 72 PROPRIEDADES DOS MATERIAIS DE BASE SUBBASE E REFORÇO DO SUBLEITO 537 73 MATERIAIS DE BASE SUBBASE E REFORÇO DO SUBLEITO 554 8 Técnicas executivas de camadas asfálticas 583 81 INTRODUÇÃO 583 82 USINAS ASFÁLTICAS PARA PRODUÇÃO DE MISTURAS PARA REVESTIMENTOS 583 83 USINAS PARA PRODUÇÃO DE MISTURAS RECICLADAS 596 84 TRANSPORTE E LANÇAMENTO DE MISTURAS ASFÁLTICAS PARA REVESTIMENTOS 599 85 TRANSPORTE E LANÇAMENTO DE MISTURAS RECICLADAS 604 86 COMPACTAÇÃO DE CAMADAS DE REVESTIMENTO 604 87 COMPACTAÇÃO DE CAMADAS DE BASE RECICLADA 610 88 EXECUÇÃO DE CAMADAS DE BASE RECICLADA IN SITU 612 89 EXECUÇÃO DE TRATAMENTOS SUPERFICIAIS POR PENETRAÇÃO 617 810 EXECUÇÃO DE LAMAS E MICRORREVESTIMENTOS ASFÁLTICOS 622 811 CONSIDERAÇÕES FINAIS 626 9 Diagnóstico de defeitos avaliação funcional e de aderência 629 91 INTRODUÇÃO 629 92 SERVENTIA 630 93 IRREGULARIDADE LONGITUDINAL 635 94 DEFEITOS DE SUPERFÍCIE 651 95 AVALIAÇÃO OBJETIVA DE SUPERFÍCIE 660 96 NOVAS FORMAS DE AVALIAÇÃO OBJETIVA DOS DEFEITOS DE SUPERFÍCIE 665 97 AVALIAÇÃO DE ADERÊNCIA EM PISTAS MOLHADAS 667 98 ASPECTOS DE AVALIAÇÃO FUNCIONAL EM PAVIMENTOS DE AEROPORTOS 678 99 AVALIAÇÃO DE RUÍDO PROVOCADO PELO TRÁFEGO 680 10 Avaliação estrutural de pavimentos asfálticos 703 101 INTRODUÇÃO 703 102 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO ESTRUTURAL 705 103 EQUIPAMENTOS DE AVALIAÇÃO ESTRUTURAL NÃO DESTRUTIVA 709 104 NOÇÕES DE RETROANÁLISE 722 105 SIMULADORES DE TRÁFEGO 731 106 CONSIDERAÇÕES FINAIS 734 7 11 Técnicas de restauração asfáltica 741 111 INTRODUÇÃO 741 112 TÉCNICAS DE RESTAURAÇÃO DE PAVIMENTOS COM PROBLEMAS FUNCIONAIS 744 113 TÉCNICAS DE RESTAURAÇÃO DE PAVIMENTOS COM PROBLEMAS ESTRUTURAIS 746 114 CONSIDERAÇÕES SOBRE O TRINCAMENTO POR REFLEXÃO 750 PREFÁCIO Desde a sua primeira versão em 2007 este livro foi pensado de modo a apoiar o ensino de graduação de Engenharia especificamente para disciplinas de infraestru tura de transportes Ao longo dos anos o retorno da comunidade de pavimentação sobre o conteúdo foi bastante positivo e evidenciouse a utilidade deste tipo de ma terial também para engenheiros técnicos e pósgraduandos da área Fizemos à época uma analogia da elaboração de um livro como este à construção de uma estrada influenciada por vias preexistentes e abrindose para muitos caminhos possíveis Desde então novos caminhos surgiram pelo avanço da área em ciência em tecnologia e em inovação na compreensão dos materiais nas técnicas de pro jeto e de execução e até nos propósitos ampliados dos pavimentos eg geração de energia captura de CO2 etc Com o intuito de alinhar o escopo anterior com o conhecimento disponível e aplicado hoje trazse a presente versão atualizada Diversos novos métodos e ensaios foram incorporados com centenas de referências bibliográficas adicionais Como em um projeto de manutenção viária decisões foram tomadas com vistas à delimitação do que deveria ser alterado ou mesmo descartado Nesta espécie de reciclagem na qual se aproveita parte dos materiais sem comprometer o sistema foram priorizados melhoramentos nas camadas do livro referentes aos ligantes as fálticos e aos tipos e propriedades das misturas asfálticas técnicas executivas e de avaliação de desempenho Além da relevância destes assuntos para a pavimentação os mesmos passaram por transformações tão significativas nos últimos 15 anos que as atualizações são entendidas como essenciais para proporcionar a devida estrutura de conhecimento Os autores reconhecem a limitação do escopo mesmo frente à presente atuali zação e recomendam que os leitores busquem bibliografia complementar em temas tão diversos quanto dimensionamento de pavimentos mecânica dos pavimentos química e reologia de materiais geotecnia projeto de tráfego e drenagem técnicas de controle tecnológico gerência de pavimentos etc Assim como na primeira versão contamos para esta revisão com a contribuição de colegas e alunos os quais gostaríamos de reconhecer por seus valiosos comentári os e sugestões Nossos agradecimentos especiais a Leni Figueiredo Mathias Leite e Luis Alberto do Nascimento também a Suelly Barroso Sandra Soares Jorge Lucas Junior Jardel de Oliveira Juceline Bastos Aline Fialho Alessandra Oliveira Beatriz Gouveia Kamilla Vasconcelos Clóvis Gonzatti Armando Morilha Júnior Ana Karo liny Bezerra Lucas Sassaki Notese ainda o uso de textos anteriormente escritos pelos autores em coautoria com seus vários colaboradores sendo estes devidamente referenciados Os autores agradecem a Danilo Martinelli Pitta pela atuação junto à conces sionária para a viabilização do projeto RDT junto à ANTT e pelo apoio durante a execução deste projeto que viabilizou a revisão do livro A experiência de revisitar este livro novamente a oito mãos agora mais experien tes foi deveras gratificante Isso só foi possível num período tão agudo como o da pandemia graças à harmonia entre os quatro autores Competências e disponi bilidades de tempo foram devidamente dosadas e se fizeram falta os encontros presenciais houve uma adaptação aos encontros virtuais que possibilitaram viagens instantâneas do Rio Grande do Sul ao Ceará passando pelo Rio de Janeiro e por São Paulo Como previsto desde que foi lançado este projeto qual uma estrada a obra estava sujeita a falhas O olhar atento dos pares ajudou na manutenção ora entre gue O avanço do conhecimento na área de pavimentação prosseguirá e portanto alguns trechos da obra merecerão novos reparos reciclagens inserções inovadoras Certamente novos trechos surgirão na infindável estrada que é o conhecimento Boa viagem De novo Os autores 335 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas 5 Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas 51 INTRODUÇÃO Este capítulo trata da dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas para comporem camadas de revestimento bases asfálticas entre outras da estrutura de pavimento misturas asfálticas a quente e a frio misturas asfálticas recicladas tratamentos superficiais asfálticos e microrrevestimentos asfálticos a frio A dosagem de uma mistura asfáltica tem consistido até hoje na escolha por procedimentos experimentais de um teor dito ótimo de ligante a partir de uma faixa granulométrica prede finida É possível que o termo teor ótimo tenha sido escolhido por analogia ao teor ótimo de umidade de um solo que para uma determinada energia é função somente da massa especí fica Porém no caso das misturas asfálticas são vários os aspectos a serem considerados e o teor ótimo varia conforme o critério de avaliação Portanto o mais conveniente é se nomear o teor de ligante dosado como teor de projeto como forma de ressaltar que sua definição é con vencional Fica a sugestão e ao longo deste texto usarseão alternativamente os dois termos Durante a evolução dos procedimentos de dosagem diversas formas de compactação de amostras vêm sendo desenvolvidas Dependendo da metodologia as amostras podem ser quanto à forma cilíndricas trapezoidais ou retangulares e a compactação pode ser realizada por meio de impacto amassamento vibração ou rolagem HARMAN et al 2002 conforme exemplos apresentados na figura 51 Para ilustrar processos de compactação citase uma pesquisa brasileira sobre uso do sistema de rolagem para compactação de mistura asfáltica em laboratório que foi desenvolvida por Leandro 2016 O teor de projeto de ligante asfáltico varia de acordo com o método de dosagem e é função de parâmetros como granulometria forma e energia de compactação tipo de mistura tempe ratura a qual o pavimento estará submetido entre outros O método de dosagem mais usado mundialmente faz uso da compactação por impacto e é denominado método Marshall em refe rência ao engenheiro Bruce Marshall que o desenvolveu na década de 1940 Durante a década de 1980 várias rodovias norteamericanas de tráfego pesado passaram a evidenciar deforma ções permanentes prematuras que foram atribuídas ao excesso de ligante nas misturas Muitos engenheiros acreditavam que a compactação por impacto das misturas durante a dosagem produzia corpos de prova CP com densidades que não condiziam com as do pavimento em campo Esse assunto foi abordado no estudo realizado nos Estados Unidos sobre materiais asfálticos denominado Strategic Highway Research Program SHRP que resultou em um novo procedimento de dosagem por amassamento denominado Superpave cuja mais recente atualização é de 2017 AASHTO 2017 O procedimento SHRPSuperpave apesar de bastante usado em instituições de pesquisa e concessionárias nacionais ainda não pode ser considerado de uso corrente no Brasil embora o DNIT já disponha de norma de preparação dos corpos de prova pelo compactador giratório DNIT ME 1782018 Nos vários ensaios mecânicos que são utilizados para obter os parâmetros para o dimensionamento pelo novo método MeDiNa tam bém são utilizados corpos de prova obtidos pela compactação giratória como será visto mais à frente assim esperase que a disseminação desse equipamento seja efetiva no país 336 Bernucci Motta Ceratti e Soares Figura 51 Exemplos de corpos de prova de diversas formas e compactadores de misturas asfálticas Fonte Elaborada pelos autores O método de dosagem Marshall de misturas asfálticas ainda é o mais utilizado no país e a norma DNERME 04395 descreve a forma de se obter os parâmetros mecânicos de estabilida de e fluência correspondentes à dosagem Marshall tradicional Foi concebido no final da década de 30 nos Estados Unidos e muito utilizado por sua praticidade e uso de poucos equipamentos no decorrer da II Guerra Mundial como um procedimento para definir a proporção de agrega dos e ligante capaz de resistir às cargas de roda e pressão de pneus das aeronaves militares Portanto o foco dessa tecnologia era evitar deformações permanentes excessivas denominada de fluência e manter um nível mínimo de rigidez denominada de estabilidade das mis turas asfálticas que estariam sujeitas a elevadas cargas de roda Originalmente a compactação Marshall utilizava um esforço de 25 golpes com o soquete Proctor seguido de aplicação de uma carga estática de 5000 libras 2268 kgf durante 2 minutos A aplicação dessa carga tinha a finalidade de nivelar a superfície do corpo de prova visto que como o soquete utilizado tinha diâmetro menor que o corpo de prova a superfície final não era totalmente plana Outras fontes citam a compactação inicial como sendo de 10 golpes seguidos de mais cinco WHITE 1985 O método de ensaio DNERME 04395 descreve o método Marshall utilizado para dosagem de misturas asfálticas e na especificação de serviço DNIT 0312006ES são apresentadas ca racterísticas de misturas asfálticas a obter no processo de dosagem 337 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas White 1985 relata que pela análise de trechos experimentais verificouse que o teor de ligante escolhido com o uso do método Marshall conforme concebido em seus primórdios era muito elevado As seções construídas com os teores escolhidos apresentavam exsudação com o decorrer do tempo devido à póscompactação que o tráfego causava Esse fato indicou que o esforço de compactação então empregado em laboratório era leve não representando a com pactação exercida em campo Com base nessas observações estudos foram realizados para identificar o esforço de compactação que levaria à escolha de um teor de ligante adequado Variações de peso e diâmetro do soquete se seguiram resultando na adoção do peso de 10 libras 454 kgf 50 golpes e diâmetro de 3 78 em vez do soquete tipo Proctor como foi inicialmente adotado por facilidade de disponibilidade de equipamentos laboratoriais no final da década de 30 WHITE 1985 Antes de apresentar os procedimentos de dosagem Marshall e Superpave são definidos a seguir alguns parâmetros que eles utilizam 52 DEFINIÇÕES DE MASSAS ESPECÍFICAS PARA MISTURAS ASFÁLTICAS A figura 52 ASPHALT INSTITUTE 2014 apresenta um esquema para compreensão do uso dos parâmetros físicos dos componentes asfalto e agregados em uma mistura asfáltica que serão utilizados na determinação das massas específicas aparente e efetiva dos vazios de ar e do teor de asfalto absorvido em uma mistura asfáltica compactada Figura 52 Esquema de componentes em uma mistura asfáltica compactada Fonte Asphalt Institute 2014 338 Bernucci Motta Ceratti e Soares 521 Massa específica aparente de mistura asfáltica compactada A massa específica aparente obtida a partir de corpo de prova de uma mistura asfáltica com pactada Gmb é dada pela seguinte razão 51 Onde Ms massa seca do corpo de prova compactado g Va volume de asfalto cm3 Vagefetivo volume efetivo do agregado cm3 capítulo 3 Var volume de ar vazios cm3 Em laboratório valores de volumes são facilmente determinados pela diferença entre massas no caso entre a massa do corpo de prova pesada em balança convencional figura 53a e a massa pesada submersa em balança hidrostática figura 53b A norma DNIT 4282020 indica os procedimentos a serem empregados nessa determinação Figura 53 Pesagem de corpos de prova Fonte Elaborada pelos autores A massa específica aparente de uma mistura asfáltica compactada Gmb é numericamente igual à razão entre a massa seca Ms a uma temperatura prefixada e a massa de um volume igual de água destilada livre de gás a mesma temperatura sendo dada por 52 Onde Msss massa de corpo de prova compactado na condição de superfície saturada seca g que corresponde ao corpo de prova com os poros superficiais saturados sendo elimi nado o excesso de água figura 54 Mssssub massa de corpo de prova compactado na condição de superfície saturada seca e posteriormente submerso em água g 09971 massa específica da água a 25oC gcm3 339 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas A Mssssub é medida com o corpo de prova diretamente submerso em água e deve ser usada em corpos de prova que absorvam até 2 de água Caso contrário devese usar o procedimento no qual o corpo de prova é envolto em material impermeável Figura 54 Obtenção da condição de superfície saturada seca em corpo de prova de mistura asfáltica compactada Fonte Elaborada pelos autores A norma DNIT 4282020 fixa o modo pelo qual se determina a massa específica aparente de mistura asfáltica em corpos de prova moldados em laboratório ou obtidos em pista O pro cedimento é equivalente ao utilizado nas normas AASHTO e ASTM correspondentes Também o procedimento indicado pela norma europeia EN 126976 assemelhase ao indicado pela nor ma DNIT pois considera a massa do corpo de prova na condição de superfície saturada seca O mesmo método DNIT 4282020 fixa os procedimentos para a determinação da densidade aparente de misturas abertas e muito abertas pela utilização de papel filme 522 Massas específicas máximas teóricas e medida de misturas asfálticas A massa específica máxima teórica tradicionalmente denominada densidade máxima teórica sigla DMT no Brasil é dada pela ponderação entre as massas dos constituintes da mistura asfáltica e é descrita mais adiante figura 55a Esse parâmetro é definido na norma de do sagem de misturas asfálticas ABNT NBR 128912016 A massa específica máxima medida no Brasil denominada densidade máxima medida DMM é dada pela razão entre a massa do agregado mais ligante asfáltico e a soma dos volumes dos agregados vazios impermeáveis vazios permeáveis não preenchidos com asfalto e total de asfalto conforme ilustrado na figura 55b Neste livro será adotada a terminologia Gmm para esse parâmetro de modo a ficar consistente com a terminologia das massas espe cíficas dos agregados apresentada no capítulo 3 A Gmm também é chamada de densidade específica Rice James Rice desenvolveu esse procedimento de teste Esse parâmetro pode ser determinado em laboratório seguindo a ASTM 2041 2019 ou a AASHTO T 209 2020 No Brasil os detalhes para essa determinação constam em ABNT NBR 156192016 e na norma DNIT 4272020 ME 340 Bernucci Motta Ceratti e Soares Figura 55 Ilustração dos volumes considerados na determinação da DMT e da Gmm Fonte Elaborada pelos autores A DMT ou a Gmm são usadas no cálculo de percentual de vazios de misturas asfálticas compactadas absorção de ligante pelos agregados massa específica efetiva do agregado Gse referida no capítulo 3 teor de asfalto efetivo da mistura asfáltica e ainda para fornecer valores alvo para a compactação de misturas asfálticas através do compactador giratório Uma outra utilização desses parâmetros é encontrada na determinação da massa específica de misturas asfálticas já compactadas em campo Juntamente com a espessura do pavimento a DMT ou a Gmm é necessária para que se estime a massa específica da mistura sem extração de corpos de prova pelo método que faz uso do densímetro nuclear ou eletromagnético Adiante são descritos dois procedimentos de determinação da DMT e Gmm i ponderação das densidades reais DMT ii ABNT NBR 156192016 utilizando vácuo Gmm o mesmo método indicado pelo DNIT DNIT 4272020 ME Vasconcelos et al 2003 considerando ain da um terceiro método do querosene CASTRO NETO 1996 mostram que os procedimentos podem levar a uma variação de teor de projeto de asfalto de até 04 quando se consideram agregados com pouca absorção de ligante É importante dar preferência para a utilização da determinação da Gmm DNIT 4272020 ME ABNT NBR 156192016 nas dosagens por ser a mais condizente com a condição de en volvimento dos agregados pelo ligante Ponderação das massas específicas reais A determinação da DMT era realizada tradicionalmente pela ponderação das massas espe cíficas reais dos materiais que compõem a mistura asfáltica brita 34 areia de campo pó de pedra e asfalto por exemplo No entanto essa forma pode não representar bem a condição de misturas asfálticas que contenham agregados com uma certa porosidade O ensaio de massa específica correspondente numericamente à densidade nesses agre gados é feito segundo as normas do DNIT para agregado graúdo DNIT 4132019 e agregado miúdo DNIT 4112019 conforme mostrado no capítulo 3 De posse das massas específicas reais de todos os materiais e suas respectivas proporções fazse uma ponderação para a determinação da DMT da mistura para os diferentes percentuais de ligante A expressão 53 apresenta o cálculo da DMT pelas massas Mi e das massas específicas reais Gi dos materiais constituintes 53 341 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas Onde a porcentagem de asfalto expressa em relação à massa total da mistura asfáltica por exemplo no caso de um teor de asfalto de 5 utilizase o número 5 na variável a no denominador da expressão Ag Am e f porcentagens do agregado graúdo agregado miúdo e fíler respectivamente expressas em relação à massa total da mistura asfáltica Ga GAg GAm e Gf massas específicas reais do asfalto do agregado graúdo do agregado miúdo e do fíler respectivamente Essa expressão pode eventualmente ser usada com as massas específicas efetivas dos agregados ou até com a média entre as massas específicas reais e aparentes PINTO 1996 conceitos definidos no capítulo 3 A determinação da DMT com a expressão 53 depende da norma utilizada para a obtenção das massas específicas reais dos materiais granulares É pos sível determinar a massa específica efetiva dos agregados como mostrado no capítulo 3 Massa específica máxima medida procedimento com vácuo GMM A obtenção da Gmm em laboratório pode seguir o método DNIT 4272020 ABNT NBR 156192016 os métodos norteamericanos ASTM D 2041 2019 AASHTO T 209 2020 ou o método europeu EN 126975 2018 A figura 56 ilustra um exemplo de equipamento utilizado nesse ensaio A Gmm pelo vácuo é empregada em projetos de misturas asfálticas dos Estados Unidos Canadá INSTITUTO DE ASFALTO 2014 África do Sul JOOSTE 2000 Austrália APRG 1997 e Europa HEIDE 2003 Para a realização do ensaio pesase inicialmente 1500 g da mistura para tamanho má ximo nominal de até 125 mm em um recipiente de massa conhecida Em seguida ele é pre enchido com água a 25C até que toda a mistura fique coberta É então aplicada uma pressão de vácuo residual no recipiente de 30 mmHg aplicação de 730 mmHg por um período de 15 minutos a fim de expulsar o ar existente entre os agregados recobertos pelo filme de ligante conforme ilustrado esquematicamente na figura 56 342 Bernucci Motta Ceratti e Soares Figura 56 Exemplo de procedimento para determinação da Gmm em laboratório fotos Marques 2004 Fonte Elaborada pelos autores Observese nesse procedimento que a temperatura de ensaio gira em torno da temperatura ambiente não havendo desestruturação de grumos formados por agregados e ligante asfáltico A permanência desses grumos faz com que os vazios existentes entre os dois materiais per maneçam sem alteração tendo o vácuo a função apenas de expulsão do ar entre os grumos figura 57 343 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas Figura 57 Ilustração dos vazios existentes entre os agregados recobertos ou entre os grumos Fonte Elaborada pelos autores Após o período de vácuo é restabelecida a pressão ambiente no recipiente Completase então com água o volume do recipiente O conjunto recipiente mistura asfáltica e água é imerso em banho térmico para obtenção de equilíbrio de temperatura e posteriormente pesado conforme indica a sequência da figura 58 Figura 58 Sequência final do procedimento para determinação da Gmm Fonte Elaborada pelos autores A vantagem do procedimento descrito é a obtenção da massa específica da mistura asfáltica sem a necessidade da obtenção das massas específicas dos seus constituintes separadamente além de já considerar a absorção de ligante pelos agregados A Gmm é determinada pela expressão 54 devidamente ilustrada na figura 59 54 Onde A massa da amostra seca em ar g B massa do recipiente com volume completo com água g C massa do recipiente amostra submersa em água g 344 Bernucci Motta Ceratti e Soares Figura 59 Massas consideradas para o cálculo da Gmm Fonte Elaborada pelos autores 523 Considerações sobre a volumetria de misturas asfálticas Segundo Roberts et al 1996 uma compreensão básica da relação massavolume de misturas asfálticas compactadas é importante tanto do ponto de vista de um projeto de mistura quanto do da construção em campo O projeto de mistura é um processo volumétrico cujo propósito é determinar o volume de asfalto e agregado requerido para produzir uma mistura com as propriedades projetadas Entretanto medidas do volume de agregados e asfalto no laboratório ou em campo são difíceis de obter Por essa razão para simplificar o problema de medidas massas são usadas no lugar de volumes e a massa específica é usada para converter massa para volume Dois parâmetros muito importantes são os vazios na mistura total VTM ou vazios de ar na mistura asfáltica compactada no Brasil comumente chamado simplesmente de volume de vazios ou VV e o volume de vazios nos agregados minerais VAM que representa o que não é agregado numa mistura ou seja vazios com ar e asfalto efetivo descontado o asfalto que for absorvido pelo agregado A figura 510 ilustra esses volumes e ainda os vazios cheios com betume VCB que dizem respeito tanto ao asfalto disponível para a mistura como àquele ab sorvido e a relação betume vazios dada pela razão asfalto efetivoVAM O cálculo acurado desses volumes é influenciado pela absorção parcial do asfalto pelo agre gado Se o asfalto não é absorvido pelo agregado o cálculo é relativamente direto e a massa específica aparente Gsb do agregado pode ser usada para calcular o volume de agregado Se a absorção do asfalto é idêntica à absorção de água como definido pela ASTM C 127 ou C 128 o cálculo é relativamente direto e a massa específica real Gsa pode ser usada para calcular o volume de agregados Visto que quase todas as misturas têm absorção parcial de asfalto os cálculos são menos diretos como explicado a seguir 345 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas Figura 510 Ilustração da volumetria em uma mistura asfáltica Fonte Elaborada pelos autores 53 MISTURAS ASFÁLTICAS A QUENTE O primeiro procedimento de dosagem documentado para misturas asfálticas é conhecido como método HubbardField Ele foi originalmente desenvolvido para dosagem de misturas de areia e asfalto composta por agregados miúdos e ligante como descrito no capítulo 4 e posterior mente modificado para aplicação em misturas com agregados graúdos ASPHALT INSTITUTE 1956 Segundo Roberts et al 1996 entre 1940 e metade da década de 1990 75 dos departamentos de transportes norteamericanos utilizavam o método Marshall e 25 o método Hveem A partir de então foi introduzido o método Superpave que vem gradativamente substi tuindo os outros dois No Brasil ainda se utiliza o método Marshall ou suas variações tendo o uso do método Superpave ganhado destaque nos últimos anos tendo em vista que nas pesqui sas no âmbito das universidades e em concessionárias já é normalmente aplicado É esperado o crescimento do seu uso tendo em vista que o DNIT tem normas a respeito A norma DNIT 1782020 descreve a preparação de corpos de prova pelo método de com pactação Marshall e pelo compactador giratório equipamento empregado no método de dosa gem Superpave As normas ASTM D 55812013 e D 69262020 ASTM 2013 2020 des crevem a preparação de corpos de prova no compactador Marshall de diâmetro de 1524 cm e de 1016 cm respectivamente e a realização do ensaio assim como as especificações da AASHTO referentes ao método Marshall A figura 511 apresenta o compactador Marshall em sua forma manual e automática 531 Dosagem Marshall misturas densas Segue uma explicação passo a passo do procedimento de determinação dos parâmetros gera dos numa dosagem Marshall para concreto asfáltico usado em camada de rolamento passos semelhantes valem para outras misturas a quente considerando as respectivas particularidades 346 Bernucci Motta Ceratti e Soares Figura 511 Exemplos de compactadores Marshall Fonte Elaborada pelos autores Passos para a dosagem de concreto asfáltico com o método Marshall 1 Determinação das massas específicas reais do CAP e dos agregados conforme indica do nos capítulos 2 e 3 respectivamente 2 Seleção da faixa granulométrica a ser utilizada de acordo com a mistura asfáltica DNIT Diretoria de Engenharia da Aeronáutica órgãos estaduais ou municipais etc 3 Escolha da composição dos agregados de forma a enquadrar a sua mistura nos limites da faixa granulométrica escolhida tabela 51 Ou seja é escolhido o percentual em massa de cada agregado para formar a mistura Notese que neste momento não se considera ainda o teor de asfalto portanto n 100 onde n varia de 1 ao núme ro de diferentes agregados na mistura A porcentagemalvo na faixa de projeto corres ponde à composição de agregados escolhida podendo em campo variar entre um mí nimo e um máximo em cada peneira de acordo com a especificação tabela 41 do capítulo 4 Observese ainda que a porcentagemalvo deve estar enquadrada dentro da faixa selecionada como no exemplo da tabela 51 mostrase a Faixa C do DNIT vigente à época sendo que a análise granulométrica dos agregados deve ser feita pela norma DNIT 4122019 4 Escolha das temperaturas de mistura e de compactação a partir da curva viscosi dadetemperatura do ligante escolhido figura 512 A temperatura do ligante na hora de ser misturado ao agregado deve ser tal que a sua viscosidade esteja situada entre 75 e 150 SSF segundos SayboltFurol de preferência entre 75 e 95 SSF ou 017 002 Pas se medida com o viscosímetro rotacional Brookfield ver capítulo 2 5 A temperatura do ligante não deve ser inferior a 107oC nem superior a 177oC A tem peratura dos agregados deve ser de 10 a 15oC acima da temperatura definida para o 347 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas ligante sem ultrapassar 177oC A temperatura de compactação deve ser tal que o ligante apresente viscosidades na faixa de 125 a 155 SSF ou 028 003 Pas Essas faixas de temperatura permitidas advêm da necessidade de temperatura mínima para a redução de vazios com ar contando com a lubrificação dos contatos entre agregados para promover uma densificação e de temperatura máxima para evitar envelhecimento precoce do ligante A mínima recomendada pode ser alterada caso se empreguem técni cas de misturas asfálticas mornas ou semimornas e a máxima também pode sofrer uma certa variação devido ao uso de ligantes modificados por polímeros ou borracha TABELA 51 EXEMPLO DA COMPOSIÇÃO DOS AGREGADOS NÚMEROS INDICAM PERCENTUAL PASSANTE EM CADA PENEIRA Peneira Brita 34 Brita 38 Pó de pedra Areia de campo Fíler Faixa de projeto Faixa C 25 36 20 18 1 mínimo alvo máximo mínimo máximo ¾ 100 100 100 100 100 1000 931 ½ 72 100 100 100 100 86 931 100 80 100 38 33 98 100 100 100 76 826 90 70 90 N0 4 5 30 98 100 100 46 506 56 44 72 N0 10 3 6 82 99 100 33 380 43 22 50 N0 40 2 2 39 68 100 17 222 27 8 26 N0 80 1 1 21 41 100 10 131 16 4 16 N0 200 0 1 10 21 95 5 71 10 2 10 Fonte Elaborada pelos autores 348 Bernucci Motta Ceratti e Soares Figura 512 Exemplos de curvas de viscosidade obtidas em diferentes viscosímetros e faixas de mistura e compactação Fonte Elaborada pelos autores 349 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas 6 Adoção de teores de asfalto para os diferentes grupos de CPs corpos de prova a serem moldados Cada grupo deve ter no mínimo três CPs Conforme a experiência do projetista para a granulometria selecionada é sugerido um teor de asfalto T em para o primeiro grupo de CPs Os outros grupos terão teores de asfalto acima T 05 e T 10 e abaixo T 05 e T 10 Os CPs são moldados conforme indica a sequência da figura 513 Dependendo do método podese usar um procedimento de conservar a massa asfáltica solta em uma estufa ajustada na temperatura de moldagem por 2 horas para que se proceda em parte à absorção de parte do ligante nos vazios de superfície dos agregados fato que ocorre entre a usinagem da mistura asfáltica e o transporte e descarga do material em pista para sua densificação Figura 513 Moldagem de CPs tipo Marshall em laboratório Fonte Elaborada pelos autores 350 Bernucci Motta Ceratti e Soares 7 Após o resfriamento e a desmoldagem dos corpos de prova obtêmse as dimensões de cada um deles diâmetro e altura Determinamse para cada corpo de prova suas mas sas seca MS e submersa em água Mssub Com esses valores é possível obter a massa específica aparente dos corpos de prova Gmb que por comparação com a massa específica máxima teórica DMT vai permitir obter as relações volumétricas típicas da dosagem Essas relações volumétricas serão mostradas no passo 9 8 A partir do teor de asfalto do grupo de CPs em questão a ajustase o percentual em massa dos agregados ou seja n n 100 a onde n é o percentual em massa do agregado n na mistura asfáltica já contendo o asfalto Notese que en quanto n 100 após o ajuste n 100 a conforme exemplo da tabela 52 TABELA 52 AJUSTE DO PERCENTUAL EM MASSA DOS AGREGADOS EM FUNÇÃO DO TEOR DE ASFALTO POR SIMPLIFICAÇÃO SÃO MOSTRADOS APENAS QUATRO TEORES Teor de asfalto 55 60 65 70 Brita ¾ 23625 23500 23375 23250 Brita 38 34020 33840 33660 33480 Areia de campo 18900 18800 18700 18600 Pó de pedra 17010 16920 16830 16740 Fíler 0945 0940 0935 0930 Fonte Elaborada pelos autores 9 Com base em n a e nas massas específicas reais dos constituintes Gi calculase a DMT correspondente ao teor de asfalto considerado a usandose a expressão 54 anteriormente apresentada conforme exemplo da tabela 53 TABELA 53 MASSA ESPECÍFICA REAL DOS CONSTITUINTES GCM3 E DMT DA MISTURA EM FUNÇÃO DO TEOR DE ASFALTO Constituintes Brita ¾ Brita 38 Areia de campo Pó de pedra Fíler Asfalto Massa específica real gcm3 2656 2656 2645 2640 2780 10268 Teor de asfalto 55 60 65 70 DMT 2439 2422 2404 2387 Fonte Elaborada pelos autores 10 Cálculo dos parâmetros de dosagem para cada CP conforme expressões 59 e 510 e exemplo da tabela 54 Volume dos corpos de prova 55 Massa específica aparente da mistura 56 351 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas TABELA 54 CÁLCULO DA MASSA ESPECÍFICA DAS MISTURAS COMPACTADAS Teor de asfalto 55 60 65 70 MS g 11843 11843 11850 11844 11840 11881 11880 11834 MSsub g 6768 6737 6792 6797 6778 6820 6800 6780 Volume cm3 6800 5065 5058 5047 5062 5061 5080 5054 Gmb gcm3 2334 2330 2343 2347 2339 2348 2339 2342 Gmb médio gcm3 2332 2345 2343 2340 Fonte Elaborada pelos autores Os parâmetros volumétricos a seguir devem ser sempre calculados com valores de Gmb médio de três corpos de prova Volume de vazios 57 Porcentagem em massa dos agregados 58 Vazios do agregado mineral 59 Relação betumevazios 510 11 Após as medidas volumétricas os corpos de prova são submersos em banhomaria a 60C por 30 a 40 minutos conforme figura 514a Retirase cada corpo de prova colocandoo imediatamente dentro do molde de compressão figura 514b Determi namse então por meio da prensa Marshall ilustrada na figura 515a o seguinte parâmetro mecânico resultante da curva obtida na figura 515b estabilidade N carga máxima a qual o corpo de prova resiste antes da ruptura defi nida como um deslocamento ou quebra de agregado de modo a causar diminuição na carga necessária para manter o prato da prensa se deslocando a uma taxa constante 08 mmsegundo Vale destacar que o parâmetro fluência foi retirado da norma de concreto asfáltico em sua atualização de 2006 DNIT 0312006ES Nos laboratórios que dispõem de prensas Marshall que usam anel dinamométrico para leitura da carga não se obtém a curva mostrada na figura 515b tendo portanto pouca precisão na determinação dos parâmetros Modernamente temse empregado prensas com células de carga em lugar do anel dinamométrico e um LVDT para medição da fluência acoplados em sistema de aquisição de dados para que se possam melhor interpretar valores registrados e evolução da curva Porém destacase que o método Marshall vem sendo substituído pelo Superpave em vários departamentos de transportes norte americanos e mesmo no Brasil por algumas instituições 352 Bernucci Motta Ceratti e Soares Figura 514 Exemplo de corpos de prova submersos em banhomaria e molde de compressão Fonte Elaborada pelos autores Figura 515 Exemplo de equipamento de ensaio de estabilidade Marshall Fonte Elaborada pelos autores Com todos os valores dos parâmetros volumétricos e mecânicos determinados são plotadas seis curvas em função do teor de asfalto que podem ser usadas na definição do teor de projeto 353 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas A figura 516 apresenta essas curvas com os dados do exemplo anterior Figura 516 Exemplos de curvas dos parâmetros determinados na dosagem Marshall Fonte Elaborada pelos autores Determinação do teor de projeto de ligante asfáltico O método de dosagem Marshall pode apresentar diversas alternativas para escolha do teor de projeto de ligante asfáltico Segundo a Napa 1982 a escolha do teor de asfalto primordial mente para camadas de rolamento em concreto asfáltico seria baseada somente no volume de vazios VV correspondente a 4 ou o Vv correspondente à média das especificações No Brasil a escolha do teor de projeto correspondente a um Vv de 4 também é adotada no estado de São Paulo pela Dersa e outros órgãos Observase distinção de procedimentos para definição do teor de projeto dependendo do órgão empresa ou instituto de pesquisa É comum também 354 Bernucci Motta Ceratti e Soares a escolha se dar a partir da estabilidade Marshall da massa específica aparente e do Vv Nesse caso o teor de projeto é uma média de três teores correspondentes aos teores associados à máxima estabilidade à massa específica aparente máxima da amostra compactada e a um VV de 4 ou média das especificações Ainda outra forma de se obter o teor de projeto é fazendo uso somente de dois parâmetros volumétricos VV e RBV o que é mostrado a seguir Os parâmetros determinados no passo 10 são correspondentes a cada CP Os valores de cada grupo são as médias dos valores dos CPs com o mesmo teor de asfalto figura 517 Figura 517 Representação esquemática dos grupos de corpos de prova Fonte Elaborada pelos autores Podese então selecionar o teor de projeto a partir dos parâmetros de dosagem VV e RBV Com os cinco valores médios de Vv e RBV obtidos nos grupos de corpos de prova é possível traçar um gráfico figura 518 do teor de asfalto no eixo x versus Vv no eixo y1 e RBV no eixo y2 Adicionamse então linhas de tendência para os valores encontrados dos dois parâmetros O gráfico deve conter ainda os limites específicos das duas variáveis indicados pelas linhas tracejadas e apresentados na tabela 55 A partir da interseção das linhas de tendência do Vv e do RBV com os limites respectivos de cada um desses parâmetros são determinados quatro teores de CAP X1 X2 X3 e X4 O teor ótimo é selecionado tomando a média dos dois teores centrais ou seja teor ótimo X2 X32 TABELA 55 EXEMPLOS DE LIMITES DE VV E RBV PARA DIFERENTES FAIXAS GRANULOMÉTRICAS DE CONCRETO ASFÁLTICO Faixas Vv RBV Mínimo Máximo Mínimo Máximo A DNIT 0312004 4 6 65 72 B e C DNIT 0312004 3 5 75 82 3 Aeronáutica rolamento 3 5 70 80 7 Aeronáutica ligação 5 7 50 70 Fonte Elaborada pelos autores 355 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas Figura 518 Teor de asfalto versus Vv e RBV Fonte Elaborada pelos autores Para exemplificar o método a tabela 56 apresenta a escolha do teor de projeto de uma mis tura de concreto asfáltico na faixa B do DNIT com o CAP 3045 Foi inicialmente escolhido um teor de asfalto de 50 Os demais grupos foram dosados com 40 45 55 e 60 Os valores dos parâmetros de dosagem apresentados são relativos às médias dos CPs de cada gru po Na última linha da tabela é indicado o teor ótimo determinado por um gráfico como o da fi gura 518 O teor de projeto é dado por X2 X32 onde X1 44 X2 46 X3 54 e X4 55 TABELA 56 RESULTADOS DA DOSAGEM Teores de asfalto 40 45 50 55 60 Gmb gcm3 2350 2356 2371 2369 2380 Vv 5837 4907 3603 2967 1805 VAM 150 152 151 157 157 RBV 611 678 762 811 885 Teor de projeto 50 Fonte Elaborada pelos autores Ressaltese que os critérios convencionais volumétricos não garantem que o teor de projeto dito ótimo corresponda necessariamente ao melhor teor para todos os aspectos do compor tamento de uma mistura asfáltica O caso exemplificado resulta em uma mistura asfáltica que compactada a 100 de grau de compactação possui 36 de volume de vazios o que em nosso clima brasileiro pode ser considerado baixo Dada esta questão muitos órgãos rodoviá 356 Bernucci Motta Ceratti e Soares rios e laboratórios de projeto têm usado apenas o alvo de volume de vazios de 4 para as misturas asfálticas densas e os demais valores de norma são apenas verificados se estão na faixa recomendada Outro fator importante a se destacar é a faixa adotada para o RBV alguns órgãos brasileiros rodoviários têm empregado faixas mais baixas que a recomendada em norma do DNIT DNITES 0312006 levando a um menor consumo de asfalto para evitar recorrentes problemas de exsudação após verões intensos e repetidas solicitações por tráfego pesado Com a disseminação dos métodos mecanísticos de dimensionamento recomendase que numa dosagem racional a mistura seja projetada para um determinado nível de resistência à tração RT módulo de resiliência MR para se evitar a fadiga eou de número de fluxo flow number FN para se evitar a deformação permanente de maneira que os conjuntos de tensões nas camadas que compõem a estrutura do pavimento não venham a diminuir a vida útil do pavimento ou que a mistura venha a apresentar deformação permanente excessiva Esses parâ metros mecânicos são discutidos no capítulo 6 ressaltandose que o parâmetro FN é muito vin culado à dosagem tendo sido estabelecidos valores a serem atingidos em função do volume de tráfego na implantação do novo método de dimensionamento do DNIT denominado MeDiNa O FN está associado à prevenção do defeito de deformação permanente da mistura asfáltica A tabela 57 mostra como exemplo os requisitos exigidos pela especificação DNITES 0312006 para serviços de concreto asfáltico a serem usados em revestimentos de pavimen tos e que compõem os parâmetros a serem atendidos na dosagem de laboratório e no campo Atente para o fato de que nesta especificação o parâmetro de RT já faz parte das exigências a serem atendidas na dosagem talvez ainda discriminada a RT de forma não adequada visto que só é definido um valor mínimo para esse parâmetro e ainda associado à presença do parâmetro estabilidade TABELA 57 REQUISITOS DE DOSAGEM DE CONCRETO ASFÁLTICO Características Método de ensaio Camada de rolamento Camada de ligação Vv DNERME 043 3 5 4 6 RBV DNERME 043 75 82 65 72 Estabilidade mínima kgf 75 golpes DNERME 043 500 500 RT a 25ºC mínimo MPa DNERME 138 065 065 Fonte DNITES 0312006 532 Considerações finais sobre a dosagem Marshall É importante considerar que a dosagem Marshall realizada normalmente no país quando segue as orientações de normas antigas do DNER ou DNIT não cumpre o necessário em pelo menos dois pontos importantes a consideração da absorção de ligante pelos agregados e o uso da massa seca com superfície saturada o uso de fórmula para cálculo da DMT essencial para as determinações volumétricas das misturas asfálticas Na ASTM e no Instituto de Asfalto só se utiliza a Gmm o que 357 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas já leva em conta a absorção dos agregados e tem interferência muito grande nas deter minações das relações volumétricas Assim julgam os autores que há necessidade de se modificar as normas do ensaio Marshall de dosagem de concreto asfáltico urgentemente para adaptála ao padrão ASTM que é também o padrão usado em muitos outros países nesses aspectos comentados e em outros Parte já foi feita com a definição do método de preparação dos corpos de prova DNIT 1782018 e da criação do método de ensaio Rice DNIT 4272020 O uso do método Rice é hoje uma ferramenta importante e com boa repetibilidade pela grande evolução dos equipamentos usados nesse ensaio especialmente no caso do vácuo e das balanças e se compara à repetibilidade do método descrito na ASTM 2041 2019 Além disso evitase a necessidade de medir repetidas vezes as densidades dos agregados das várias frações e a absorção de água que não estima corretamente a absorção dos ligantes Também apesar da existência de normas ABNT e DNER padronizando o método Marshall há ainda uma dispersão significativa em seus resultados e entre os diversos fatores que causam essa dispersão citamse a forma de compactação dos corpos de prova as características dos equipamentos usados e as condições operacionais do processo o que caracteriza a variabilida de de resultados sob condições idênticas de materiais COELHO SÓRIA 1992 Motta 1998 relata algumas críticas relativas ao método Marshall Entre elas a pouca representatividade do método de compactação em relação ao campo e a grande influência na determinação do teor de projeto derivada de fatores ligados à preparação dos corpos de prova tipo de soquete formas de apoio etc Francken et al 1997 comentam que em um importante estudo interlaboratorial realizado em nível internacional pela Rilem verificouse uma variação entre 54 e 68 de teor de projeto determinado utilizando o método de dosagem Marshall para uma mesma mistura testada Uma comparação entre os resultados dos diversos laboratórios envolvidos no estudo e o laboratório de referência apresentou considerável diferença demonstrando assim que na utilização do método Marshall os procedimentos de trabalho dos laboratórios não são sempre semelhantes Concluem que há necessidade de estar sempre se revendo normas definições equipamentos procedimentos de preparação de amostras calibrações e interpretações de resultados de for ma a retreinar os técnicos e melhorar a reprodutibilidade e a confiança nos resultados Outro fator relevante nesse processo é o reduzido número de corpos de prova exigidos pela norma mínimo de três impossibilitando assim qualquer análise estatística dos resultados Na concepção do método Marshall a compactação manual foi a única utilizada Posterior mente a compactação automática foi desenvolvida poupando esforço do operador KANDHAL KOEHLER 1985 e também evitando sua influência durante a aplicação dos golpes No entanto já foi constatado que geralmente corpos de prova compactados manualmente apre sentam densidades maiores do que os compactados automaticamente Para levar em conta a diferença entre os resultados da compactação manual e automática o método da AASHTO requeria durante algum tempo que quando do uso de compactação automática que esta seja calibrada para que os resultados sejam comparáveis aos da compactação manual KANDHAL KOEHLER 1985 No estudo de Aldigueri et al 2001 utilizando o mesmo procedimento e apenas variando a forma de compactação obtevese uma diferença de 06 no teor de projeto para uma mesma mistura analisada O fator de maior influência na diferença entre os dois tipos de compactação foi a frequência de aplicação dos golpes Corpos de prova compactados na mesma frequência 1 Hz tanto no procedimento manual como no automático apresentam densidades aparentes 358 Bernucci Motta Ceratti e Soares semelhantes Os corpos de prova compactados manualmente e com frequências mais altas apresentaram densidades aparentes maiores No intervalo de frequências utilizadas no referi do estudo verificouse uma diferença absoluta de até 143 de Vv entre os corpos de prova compactados com maior e menor frequência Os autores recomendam que para garantir maior uniformidade entre os resultados da dosagem Marshall devese estipular o tempo de compac tação quando da utilização de compactação manual e usar sempre que possível a compacta ção automática para eliminar a possível interferência ocasionada pelo ritmo de compactação imposto pelo operador Reforçase também a necessidade de se explorar melhor a granulometria dos agregados dis poníveis além de se dosar cada mistura em função do tipo de asfalto escolhido e da estrutura na qual será empregada Para um bom projeto é preciso compatibilizar as características do concreto asfáltico com toda a estrutura do pavimento o que não é garantido quando se obtém o teor de projeto a partir somente dos requisitos tradicionais volumétricos Recomendase duran te a dosagem testar as misturas com ensaios tais como RT MR e fadiga Mais forte ainda deve ser o alerta quanto à necessidade de fiscalização no campo tanto nas usinas quanto na pista pois todo sucesso de qualquer projeto passa pela fabricação e aplicação correta da mistura Com a entrada em vigor do novo método de dimensionamento será obrigatório que a dosa gem de um concreto asfáltico não se limite aos parâmetros volumétricos visto que a mistura projetada deve apresentar todos os parâmetros mecânicos necessários ao dimensionamento Como exemplo Marques 2004 avaliou a influência de fatores tais como granulometria tipo de ligante teor de ligante tipo de compactação e temperatura no valor do módulo de resiliência de misturas asfálticas densas Procurou utilizar o módulo de resiliência como um critério de dosagem de concreto asfáltico possibilitando projetálas para atingirem um determinado valor ou faixa de valores de módulo de resiliência Foi desenvolvido um planejamento de experimen tos fatoriais para a obtenção do modulo de resiliência e resistência à tração por compressão diametral de concretos asfálticos em função dos fatores das misturas Na mesma linha de ra ciocínio Castro Neto 2000 emprega RT e MR para estudar a dosagem de misturas asfálticas recicladas a quente e o uso de agente rejuvescenedor 533 Dosagem Superpave A maioria das misturas asfálticas a quente produzida nos Estados Unidos entre 1940 e 1990 foi dosada utilizando a metodologia Marshall ou Hveem ROBERTS et al 1996 Desde 1993 porém as universidades e departamentos de transporte norteamericanos vêm utilizando a me todologia Superpave Na pesquisa SHRP várias mudanças foram realizadas Foi proposta uma metodologia distinta que consiste basicamente em estimar um teor provável de projeto pela fixação do volume de vazios e do conhecimento da granulometria dos agregados disponíveis A maior diferença entre esse novo procedimento e o Marshall é a forma de compactação Enquanto na dosagem Marshall a compactação é feita por impacto golpes na dosagem Su perpave é realizada por amassamento giros figura 51d e e Outra diferença que pode ser citada entre os dois processos é a forma de escolha da granu lometria da mistura de agregados A metodologia Superpave incluiu os conceitos de pontos de controle e zona de restrição atualmente descontinuada conforme mencionado no capítulo 4 Com a implementação do Superpave e a constatação de sucessos de vários revestimentos asfálticos os quais possuíam curvas granulométricas que passavam pela zona de restrição houve descontinuidade dessa recomendação restritiva Teoricamente pode parecer razoável 359 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas que a melhor graduação para os agregados nas misturas asfálticas fosse aquela que fornecesse a graduação mais densa A graduação com maior densidade acarreta uma estabilidade superior pelo maior contato entre as partículas maior resistência ao cisalhamento e reduzidos vazios no agregado mineral Porém é necessária a existência de um espaço de vazios tal que permita que um volume suficiente de ligante seja incorporado Isso garante durabilidade e ainda permite algum volume de vazios na mistura para evitar exsudação por sobrecompactação pelo tráfego Outro fator importante é que quanto mais próximo da curva de máxima densidade teórica dado o reduzido volume de vazios no agregado mineral pequenas variações de teor de ligante implicam alteração volumétrica importante podendo resultar em misturas asfálticas mais sen síveis a deformações permanentes por excesso de ligante asfáltico ou à fadiga e desagregações por falta de ligante asfáltico Vários investigadores propuseram faixas granulométricas para a densidade máxima A mais conhecida é a curva de Fuller proposta por Fuller e Thompson em 1907 cuja expressão é 511 Onde P porcentagem de material que passa na peneira de diâmetro d d diâmetro da peneira em questão D tamanho máximo do agregado definido como uma peneira acima do tamanho nominal máximo sendo este último definido como o tamanho de peneira maior que a primeira peneira que retém mais que 10 de material Os estudos de Fuller mostraram que a granulometria de densidade máxima pode ser obtida para um agregado quando n 050 Na década de 1960 a Federal Highway Administration FHWA dos Estados Unidos adotou para o mesmo efeito o expoente como 045 Graficamente a granulometria é mostrada num eixo cuja ordenada é a porcentagem que passa e a abscissa é uma escala numérica da razão tamanhos de peneiratamanho máximo do agregado elevada à potência de 045 ou somente tamanho da peneira elevado a 045 A granulometria de densidade máxima é uma linha reta que parte da origem e vai até o ponto do tamanho máximo do agregado figura 519a Uma granulometria que repouse sobre ou próxima a esta linha não permitirá a incorporação de um volume adequado de ligante Nas especificações Superpave iniciais para granulometria dos agregados foram acrescen tadas duas características ao gráfico de potência 045 a pontos de controle e b zona de restrição como já reforçado em desuso os pontos de controle funcionam como pontos mestres onde a curva granulométrica deve passar Eles estão no tamanho máximo nominal um no tamanho intermediário 236 mm e um nos finos 0075 mm a zona de restrição ZR repousava sobre a linha de densidade máxima e nas peneiras intermediárias 475 mm ou 236 mm e no tamanho 03 mm Formava uma região na qual a curva não deveria passar Granulometrias que violavam a zona de restrição pode riam apresentar esqueleto pétreo frágil que dependeriam muito do ligante para terem resistência ao cisalhamento Essas misturas seriam muito sensíveis ao teor de ligante e poderiam facilmente deformar As especificações Superpave recomendavam mas não obrigavam que as misturas apresentassem granulometrias abaixo da zona de restrição 360 Bernucci Motta Ceratti e Soares Embora as zonas de restrição não façam mais parte das especificações Superpave a figura 519b ilustra um exemplo com os limites da faixa A de concreto asfáltico do DNIT tabela 41 duas curvas granulométricas enquadradas nessa faixa os respectivos pontos de controle e zona de restrição relativos às duas misturas ambas com tamanho máximo nominal igual a 19 mm 34 O tamanho do molde a ser utilizado na dosagem Superpave é um aspecto importante O molde de 150 mm de diâmetro é o requerido nas especificações Superpave porém o compac tador giratório Superpave CGS também admite moldagem de corpos de prova com 100 mm de diâmetro conforme mostrado adiante No estudo realizado por Jackson e Cozor 2003 não foi observada diferença significativa no percentual da massa específica máxima Gmm para os corpos de prova moldados com o cilindro de 100 e 150 mm Os autores advertem que a adequação dos dois tamanhos de molde é limitada a misturas com tamanho máximo de agre gado de 254 mm ou menor No procedimento SuperpaveSHRP há três níveis de projeto de mistura dependendo do tráfego e da importância da rodovia conforme indicado na tabela 58 Dependendo do tráfego o projeto de mistura pode estar completo após o projeto volumétrico nível 1 Valores de trá fego número N sugeridos como limites entre os diferentes níveis são 106 e 107 repetições do eixo padrão considerando a conversão do tráfego por fatores definidos pela AASHTO Nos níveis 2 e 3 ensaios baseados em desempenho são conduzidos para otimizar o projeto a fim de resistir a falhas como deformação permanente trincamento por fadiga e trincamento à baixa temperatura 361 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas Figura 519 Exemplo de granulometria adequada à especificação Superpave inicial a Granulometria de densidade máxima b Exemplo de granulometria num gráfico com pontos de controle e zona de restrição Fonte Elaborada pelos autores TABELA 58 ORGANIZAÇÃO HIERÁRQUICA DO MÉTODO SUPERPAVE INICIAL Nível 1 2 3 Critério Volumétrico Volumétrico Ensaios de previsão de desempenho a uma temperatura Volumétrico Ensaios de previsão de desempenho a três temperaturas N AASHTO 106 106 a 107 107 Fonte Elaborada pelos autores 362 Bernucci Motta Ceratti e Soares O projeto de mistura é todo feito utilizando o CGS Tratase de um equipamento que pode ser portátil é prático e possui boa repetibilidade e reprodutibilidade Um exemplo de CGS padroni zado pelo Superpave está ilustrado na figura 520 e tem as seguintes características ângulo de rotação de 125 002 taxa de 30 rotações por minuto tensão de compressão vertical durante a rotação de 600 kPa capacidade de produzir corpos de prova com diâmetros de 150 e 100 mm Certas características devem ser calibradas periodicamente O item crítico de calibração é o sistema de medida de altura normalmente obtido por meio de corpos de prova de referência de dimensões conhecidas A célula de carga pode ser calibrada por meio de um anel ou outra célula de carga de precisão adequada e já calibrada A velocidade de giro pode ser checada por medida de tempo da rotação sob número conhecido de revoluções Outro item crítico é a calibração do ângulo de giro que pode ser efetuada por vários meios que dependem do compactador cada um define seu método Um método usa extensores precisos para medidas coletadas com molde a várias orientações As medidas são usadas para cálculo do ângulo de giro Em qualquer caso o ângulo deve ser checado com o molde contendo o corpo de prova sob condições de carregamento Passo a passo para determinação do teor de projeto Superpave O primeiro passo do procedimento Superpave consiste na escolha de três composições gra nulométricas com os materiais à disposição O passo seguinte é a compactação de corpos de prova no CGS com um teor de ligante de tentativa para cada mistura dois corpos de prova por mistura obtido por meio de estimativas usandose a massa específica efetiva dos agregados capítulo 3 Dessas misturas experimentais se obtêm as propriedades volumétricas Vv VAM e RBV após a compactação dos corpos de prova no compactador giratório com o número de giros de projeto determinado em função do tráfego conforme visto mais adiante 363 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas Figura 520 Ilustração esquemática e exemplo de CGS Fonte Elaborada pelos autores Além dos requisitos volumétricos tradicionais mencionados verificase também a proporção póasfalto que corresponde à razão entre o teor de material passante na peneira n0 200 e o teor de ligante parâmetro que deve estar entre 06 e 12 Considerações sobre o efeito desse parâmetro podem ser encontradas em Motta e Leite 2000 A premissa principal do projeto de misturas Superpave Nível 1 o único abordado neste livro é que a quantidade de ligante usada deve ser tal que a mistura atinja 4 de vazios no número de giros de projeto Caso isso não ocorra nessa mistura experimental fazse uma estimativa por meio de fórmulas empíricas para saber qual teor de ligante deve ser usado para atingir os 4 de vazios Esse teor calculado será o teor de ligante estimado para cada mistura O procedimento Superpave faculta ao projetista escolher qual das misturas testadas entre as três composições granulométricas melhor atende às exigências volumétricas especificadas para o projeto A etapa seguinte da metodologia Superpave consiste na seleção do teor de ligante asfáltico de projeto Para isso são confeccionados corpos de prova no teor de ligante estimado conforme descrito anteriormente e outros corpos de prova devem ser confeccionados considerando outros três teores o teor estimado 05 e 1 Os corpos de prova são novamente compactados no Nprojeto e as propriedades volumétricas correspondentes obtidas O teor final de projeto é aquele que corresponde a um Vv 4 O fluxograma da dosagem em questão é ilustrado na figura 521 sendo os detalhes dos passos apresentados a seguir 364 Bernucci Motta Ceratti e Soares Figura 521 Fluxograma da dosagem Superpave Fonte Elaborada pelos autores Determinação do teor de ligante inicial No procedimento Superpave para a definição do teor de asfalto ligante inicial de projeto utilizamse expressões empíricas baseadas nos seguintes parâmetros massas específicas apa rente e real da composição de agregados fator de absorção desaa composição percentual de agregados na mistura Vv da mistura massa específica do ligante e tamanho máximo nominal de peneira para a composição de agregados Considerase que o teor de ligante inicial é aquele no qual os vazios dos agregados não absorvem mais ligante Tal consideração implica que quantidades de ligante iguais ou maiores que esse teor comporão uma mistura de agregados com massa específica efetiva constante Conforme apresentado no capítulo 3 a massa específica efetiva do agregado é a relação entre a massa seca do agregado e o volume da parte sólida desse grão mais o volume dos vazios preenchidos por asfalto O teor inicial de ligante é estimado de acordo com os seguintes cinco passos sendo as gran dezas definidas após a expressão 516 Passo 1 cálculo da massa específica efetiva da composição de agregados Gse consi derando máxima absorção de ligante pelos vazios dos agregados 512 Passo 2 cálculo do volume de ligante absorvido Vla Neste passo precisase assumir um determinado teor de ligante Pl e um consequente teor de agregado Pag ambos em massa 513 365 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas Passo 3 cálculo do volume de ligante efetivo Vle 514 Passo 4 cálculo da massa de agregado Mag 515 Passo 5 estimativa do teor de ligante inicial Pli 516 Onde Mag massa de agregado g Gsb massa específica aparente da composição de agregados gcm3 Gsa massa específica real da composição de agregados gcm3 Gl massa específica do ligante gcm3 Fa fator de absorção Pl teor de ligante em massa admitido para uma determinada faixa granulométrica por exemplo 5 Pag percentual de agregados na mistura em massa dado por 1 Pl Pli teor de ligante inicial em massa Vv volume de vazios Vla volume de ligante absorvido Vle volume de ligante efetivo TMN tamanho máximo nominal de peneira para a composição de agregados polegadas A partir do valor da Gmm DNIT 4272020 calculase a Gse da composição de agregados para o teor de ligante inicial estimado expressão 517 Esta última é assumida constante ou seja independente do teor de ligante e usada no cálculo das Gmms dos demais teores pela expressão 518 517 518 366 Bernucci Motta Ceratti e Soares Determinação do teor de ligante de projeto Realizase a compactação de dois CPs no teor de ligante inicial Pli bem como em mais três outros teores 05 e 10 em relação ao Pli A compactação é realizada no CGS com pressão aplicada de 600 kPa e o ângulo de rotação de 125 A sequência do procedimento de compactação é apresentada na figura 523 Destacase o fato de a mistura não compactada permanecer em estufa à temperatura de compactação função da viscosidade do ligante figura 512 por um período de 2 horas antes da compactação figura 522a de modo a simular o envelhecimento de curto prazo durante a usinagem Durante a compactação de cada corpo de prova temse três referências a ser consideradas Ninicial esforço de compactação inicial Nprojeto esforço de compactação de projeto no qual Vv deve ser igual a 4 Nmáximo esforço de compactação máximo representa a condição de compactação da mistura ao fim da sua vida de serviço Os esforços de compactação Ninicial e Nmáximo são usados para se avaliar a compactabilidade da mistura O Nprojeto é usado para se selecionar o teor de ligante de projeto Estes valores são função do tráfego N e variam conforme indicado na tabela 59 367 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas Figura 522 Sequência do procedimento de compactação Superpave Fonte Elaborada pelos autores 368 Bernucci Motta Ceratti e Soares TABELA 59 NÚMERO DE GIROS ESPECIFICADOS NA NORMA DE DOSAGEM SUPERPAVE INICIAL Parâmetros de compactação Tráfego Ninicial Nprojeto Nmáximo 50 75 Muito leve local 7 75 115 Médio rodovias coletoras 8 100 160 Médio a alto vias principais rodovias rurais 9 125 205 Alto volume de tráfego interestaduais muito pesado Fonte Elaborada pelos autores Durante o processo de compactação a massa específica do CP é monitorada em função da altura Essa massa específica referida como percentual da Gmm pode ser plotada versus o número de giros ou versus o logaritmo do número de giros figura 523 Este processo permite avaliar a compactabilidade da mistura ou seja sua trabalhabilidade e seu potencial de densificação que depende do esqueleto mineral agregados Figura 523 Curva de compactação típica obtida do CGS Fonte Motta et al 1996 As massas específicas estimadas da mistura asfáltica Gmb correspondentes aos esforços de compactação Ninicial Nprojeto e Nmáximo são respectivamente Ginicial Gprojeto Gmáximo ex pressas como percentuais da massa específica máxima Gmm Para garantir uma estrutura de esqueleto mineral adequada as especificações exigem Ginicial 89 Gmm O valor limite para Gmáximo garante que a mistura não vai sofrer so brecompactação excessiva sob o tráfego previsto e não vai apresentar um comportamento plás tico levando a deformações permanentes As especificações exigem Gmáximo 98 Gmm Em outras palavras o volume de vazios mínimo deve ser 2 Caso esses critérios não sejam satisfeitos para nenhum dos teores de ligante eou curva granulométrica testada devese rever a curva granulométrica ou alterar o teor de ligante até que todos sejam atendidos O teor de projeto deve satisfazer os critérios apresentados na tabela 510 369 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas TABELA 510 CRITÉRIOS VOLUMÉTRICOS PARA ESCOLHA DO TEOR DE PROJETO MÉTODO SUPERPAVE INICIAL Esforço de compactação número de giros Relação entre massa específica aparente e a Gmm Vv Ninicial 89 11 Nprojeto 96 4 Nmáximo 98 2 Fonte Elaborada pelos autores Os dados do CGS são usados da seguinte forma sendo um exemplo de compactação apre sentado na tabela 511 estimase a Gmb para cada número de giros em função da altura do corpo de prova corrigese a Gmb estimada em cada giro a partir de Gmb no Nmáximo essa correção considera o corpo de prova como um cilindro perfeito o que na realidade não é determinase a Gmb corrigida como uma porcentagem em relação à Gmm para cada número de giros TABELA 511 EXEMPLO DE COMPACTAÇÃO POR AMASSAMENTO CGS CP n 1 Massa Total 4869g Gmm 2563 gcm3 N de giros Altura mm Gmb estimada gcm3 Gmb corrigida gcm3 Gmm 8 Ninicial 1270 2170 2218 865 50 1180 2334 2385 931 100 1152 2391 2444 954 109 Nprojeto 1149 2398 2451 956 150 1136 2425 2478 967 174 Nmáximo 1131 2436 2489 971 Gmb medida 2489 Fonte Elaborada pelos autores As condições de projeto estabelecidas para a mistura do exemplo na tabela 511 foram tais que levaram a Nmáximo 174 Ninicial 8 e Nprojeto 109 Durante a compactação a altura é medida automaticamente pelo CGS após cada giro sendo registrada para o número de giros correspondente na primeira coluna Os valores de Gmb estimada foram determinados por 519 Onde Mm massa do CP g que independe do número de giros Vmx volume do CP no molde durante a compactação cm3 dado por 520 370 Bernucci Motta Ceratti e Soares Onde d diâmetro do molde 150 ou 100 mm hx altura do corpo de prova no molde durante a compactação mm Para ilustrar esta determinação considere as condições do CP a 50 giros A altura do CP é de 118 mm O seu volume estimado a 50 giros é 521 Assim a Gmb estimada a 50 giros é 522 Este cálculo admite que o CP seja um cilindro de laterais sem rugosidade o que não retrata a realidade O volume do corpo de prova é levemente menor que o volume do cilindro de laterais sem rugosidade devido a suas irregularidades superficiais causadas pelos agregados É por isso que a Gmb final estimada a 174 giros 2436 gcm3 é diferente da Gmb medida após 174 giros 2489 gcm3 Para corrigir essa diferença a Gmb estimada a qualquer número de giros é corrigida pela razão entre a massa específica aparente medida e a massa específica aparente estimada a Nmáximo usando a seguinte expressão 523 Onde C fator de correção Gmb medida massa específica aparente medida a Nmáximo Gmb estimada massa específica aparente estimada a Nmáximo A Gmb estimada para todos os outros números de giros pode ser corrigida usando o fator de correção por meio da seguinte expressão 524 Onde Gmbn corrigida massa específica aparente corrigida do corpo de prova a qualquer giro n Gmbn estimada massa específica aparente estimada a qualquer giro n Neste exemplo a razão é 24892436 ou 1022 O percentual da Gmm é calculado como a razão Gmb corrigida para Gmm Para se determinar o teor de projeto de uma mistura asfáltica utilizase a média dos resultados referentes a dois corpos de prova O gráfico de compactação para esse exemplo mostrando os dois CPs e a média está apresentado na figura 524 371 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas Figura 524 Curva de compactação típica obtida do CG Fonte Elaborada pelos autores Exemplo Segue um exemplo passo a passo de uma dosagem Superpave desde a verificação das pro priedades das combinações de agregados até a determinação do teor de projeto de ligante O exemplo foi retirado de FHWA 1995 e Motta et al 1996 São consideradas três composições granulométricas sendo conforme recomendação Superpave uma mistura miúda uma graúda e uma intermediária Daqui por diante as misturas tentativas são denominadas misturas 1 2 e 3 Todas passam abaixo da zona de restrição embora isso seja uma recomendação e não uma exigência e atendem aos requisitos Superpave para agregados capítulo 3 conforme indica a tabela 512 quais sejam angularidade dos agregados graúdos e miúdos partículas alongadas e achatadas e teor de argila equivalente de areia TABELA 512 DADOS DOS AGREGADOS DAS MISTURAS TENTATIVAS 1 2 E 3 Propriedades Critério Superpave Mistura tentativa 1 Mistura tentativa 2 Mistura tentativa 3 Angularidade graúdos 9690 mínimo 9692 9592 9793 Angularidade miúdos 45 mínimo 48 50 54 Alongadasachatadas 10 máximo 0 0 0 Equivalente areia 45 mínimo 59 58 54 Gsb combinado gcm3 NA 2699 2697 2701 Gsa combinado gcm3 NA 2768 2769 2767 NAnão aplicável Fonte Elaborada pelos autores Seguindo o fluxograma indicado na figura 521 para cada uma das três composições gra nulométricas moldase um mínimo de dois corpos de prova no CGS assumindose no exemplo um teor de 50 de ligante Pl 5 Partese desse teor admitido com o objetivo de determi 372 Bernucci Motta Ceratti e Soares nar um teor de ligante inicial Pli para cada granulometria a partir dos parâmetros volumétricos em cada caso conforme indicado a seguir Passo 1 cálculo da Gse considerando máxima absorção de ligante pelos vazios dos agregados conforme expressão 512 Gse Gsb Fa xGsa Gsb assumindose Fa 08 Mistura 1 Gse 2699 08 2768 2699 2754 gcm3 Mistura 2 Gse 2697 08 2769 2697 2755 gcm3 Mistura 3 Gse 2701 08 2767 2701 2754gcm3 Passo 2 cálculo do volume de ligante absorvido pelo agregado Vla por meio da expres são 517 assumindo Vv 4 Pl 5 consequentemente Pag 95 e Gl 102 Mistura 1 Mistura 2 Mistura 3 Passo 3 cálculo do volume de ligante efetivo Vle conforme expressão 518 lembrando que TMN é dado em polegadas e neste caso as três misturas possuem o mesmo TMN Misturas 1 2 e 3 Passo 4 cálculo da massa de agregado Mag em gramas por meio da expressão 515 Mistura 1 Mistura 2 373 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas Mistura 3 Passo 5 estimativa do teor de ligante inicial Pli por meio da expressão 516 Mistura 1 Mistura 2 Mistura 3 Como no exemplo os Pli estimados foram muito próximos uns dos outros diferença na se gunda casa decimal que não é viável na prática admitese um valor único inicial na tentativa para o prosseguimento da dosagem Nesse caso foi admitido Pli 44 para as três misturas ou seja os corpos de prova para cada mistura são moldados nesse teor Portanto de modo a ficar consistente com o exemplo assumese aqui Pli 44 para as três misturas afinal os dados da compactação se referem a este teor específico e único no qual foram moldados os corpos de prova De posse dos teores iniciais de ligante das três composições um mínimo de dois corpos de prova para cada mistura tentativa é compactado no CGS Em cada caso são preparados dois volumes distintos de cada mistura para a determinação das respectivas Gmm Todas as mistu ras devem passar por envelhecimento em estufa por 2 horas na temperatura de compactação antes de serem compactadas Os números de giros Ninicial Nprojeto e Nmáximo usados para com pactação são determinados com base no volume de tráfego conforme indicado na tabela 59 Os dados da compactação giratória Superpave devem ser analisados calculando para cada número de giros desejado a massa específica aparente estimada Gmb e a corrigida esta última ainda como porcentagem da massa específica máxima teórica Gmm Um exemplo de compactação de corpos de prova foi apresentado na tabela 511 lembrando que a correção da Gmb se dá em virtude do cálculo da Gmb estimada ser realizado considerando um volume do cilindro da amostra como sendo de superfície lisa o que não corresponde à realidade O volume verdadeiro é ligeiramente menor devido à presença de vazios na superfície da lateral do corpo de prova Realizandose a partir das respectivas compactações no CGS os cálculos da tabela 511 para cada uma das três misturas deste exemplo têmse os valores de Gmb corrigidos apresen tados na tabela 513 Observese que os valores devem ser relativos às médias de dois corpos de prova 374 Bernucci Motta Ceratti e Soares TABELA 513 VALORES DE GMB CORRIGIDOS E RESPECTIVOS CRITÉRIOS DADOS COMO GMM Gmb corrigido Gmm Critério Mistura tentativa 1 Mistura tentativa 2 Mistura tentativa 3 Gmm Ninicial 89 871 856 863 Gmm Nprojeto 96 962 957 952 Gmm Nmáximo 98 976 974 965 Fonte Elaborada pelos autores A partir das porcentagens da tabela 513 correspondentes ao Nprojeto as porcentagens de vazios Vv e vazios no agregado mineral VAM são determinadas Mistura 1 Vv 100 962 38 Mistura 2 Vv 100 957 43 Mistura 3 Vv 100 952 48 O VAM em é dado por 525 Onde Gsb massa específica aparente da composição de agregados gcm3 Pag 1 Pli 1 0044 0956 assumido o mesmo para as três misturas Portanto Mistura 1 Mistura 2 Mistura 3 A tabela 514 apresenta o resumo das informações de compactação das três misturas ana lisadas no exemplo TABELA 514 RESUMO DAS INFORMAÇÕES DA COMPACTAÇÃO DAS MISTURAS TENTATIVAS Mistura tentativa Ligante Gmm a Ninicial N 8 Gmm a Nprojeto N 109 Gmm a Nmáximo N 174 Vv para Nprojeto VAM para Nprojeto 1 44 871 962 976 38 127 2 44 856 957 974 43 130 3 44 863 952 965 48 135 Fonte Elaborada pelos autores 375 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas A premissa principal do projeto de mistura Superpave nível 1 é que a quantidade correta de ligante asfáltico seja usada em cada mistura tentativa de maneira a atingir exatamente 96 de Gmm ou 4 de vazios no Nprojeto Claramente isso não aconteceu para nenhuma das misturas do exemplo A mistura 1 contém uma quantidade de ligante levemente superior à necessária para atingir um volume de vazios de 4 no Nprojeto tendo apenas 38 de vazios Além disso o VAM da mistura 1 é muito baixo Cabe então ao projetista se perguntar caso tivesse usado menos asfalto na mistura 1 para obter 4 de vazios no Nprojeto se o VAM e outras propriedades requeridas poderiam ter melho rado a níveis aceitáveis Para responder uma estimativa de qual teor de ligante seria necessário para se obter Vv 4 96 de Gmm no Nprojeto é determinada para cada mistura tentativa usando a seguinte expressão empírica 526 Onde Pl estimado teor de ligante estimado em Pli teor de ligante inicial tentativa em admitido 44 para as três misturas Vv vazios no Nprojeto em Portanto no exemplo Mistura 1 Mistura 2 Mistura 3 As propriedades volumétricas VAM e RBV e de compactação da mistura são então estima das para esses teores de ligantes Essa etapa é exclusivamente realizada de modo a responder O que aconteceria às propriedades da mistura se tivesse sido usada a quantidade exata de ligante para obter Vv 4 no Nprojeto Podese assim realizar uma comparação apropriada das misturas tentativas A estimativa do VAM em é feita por meio da expressão 527 Onde VAMinicial VAM do teor de ligante inicial tentativa C constante igual a 01 se Vv 40 e igual a 02 se Vv 40 A estimativa de RBV em é dada por meio da expressão 528 No exemplo as estimativas de VAM são as seguintes Mistura 1 376 Bernucci Motta Ceratti e Soares Mistura 2 Mistura 3 E as de RBV as seguintes Mistura 1 Mistura 2 Mistura 3 Estimase ainda considerando a situação ideal de Vv 4 os seguintes dois parâmetros apresentados na tabela 514 i Gmm a Ninicial e ii Gmm a Nmáximo por meio de expressões que consideram o volume de vazios real atingido em cada caso correspondente ao teor de ligante inicial tentativa ou seja 529 530 No exemplo em análise obtêmse os seguintes valores Mistura 1 Mistura 2 Mistura 3 A tabela 515 apresenta o resumo das propriedades volumétricas e de compactação das misturas tentativas para o correspondente teor de ligante asfáltico estimado que resulta em 4 de vazios no Nprojeto partindose de um teor de ligante inicial tentativa de 44 TABELA 515 RESUMO DAS INFORMAÇÕES DAS MISTURAS TENTATIVAS PARA VV 4 NO NPROJETO Mistura tentativa Ligante tentativa Ligante estimado VAM RBV Gmm Ninicial N 8 Gmm Nmáximo N 174 1 44 43 127 685 869 974 2 44 45 130 692 859 977 3 44 47 133 701 871 973 Fonte Elaborada pelos autores As propriedades estimadas são comparadas com os critérios de projeto Para o tráfego de projeto e o tamanho máximo nominal TMN dos agregados os critérios volumétricos e de com 377 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas pactação são os seguintes Vv 4 VAM 13 para TMN 190 mm RBV 6575 para N entre 10 e 30 107 Gmm Ninicial 89 Gmm Nmáximo 98 Por fim há uma faixa requerida para a proporção de póasfalto dustasphalt Este critério é constante para todos os níveis de tráfego Ele é calculado como uma porcentagem em massa do material passante na peneira no 200 0075 mm dividido pelo teor de ligante efetivo este em da massa da mistura O teor de ligante efetivo Ple estimado em é determinado como segue 531 Onde Gsb massa específica aparente da composição de agregados gcm3 Gse massa específica efetiva da composição de agregados gcm3 Gl massa específica do ligante gcm3 Pag percentual de agregados na mistura em massa Para as misturas do exemplo Mistura 1 Mistura 2 Mistura 3 Verificando agora a proporção de póasfalto PA dada por 532 Temse que Mistura 1 Mistura 2 Mistura 3 Todas as PA estão dentro da especificação qual seja entre 06 e 12 Após estimar todas as propriedades das três misturas o projetista pode observar os va lores e decidir se uma ou mais são aceitáveis ou se misturas tentativas adicionais devem ser avaliadas a mistura 1 é inaceitável com base no critério de VAM mínimo a mistura 2 é aceitável mas o VAM está no mínimo a mistura 3 tem um valor de VAM aceitável bem como atende ao critério para RBV proporção PA e aos critérios de compactação 378 Bernucci Motta Ceratti e Soares A partir desses dados a mistura 3 é selecionada como sendo o projeto do esqueleto mineral do agregado Um mínimo de dois corpos de prova é compactado a cada um dos seguintes qua tro teores de asfalto Superpave exige um mínimo de quatro teores Plestimado 47 para a mis tura 3 do exemplo Plestimado 05 ou seja 42 e 52 Plestimado 10 ou seja 57 Um mínimo de dois corpos de prova também é preparado para a determinação da massa es pecífica máxima teórica no teor de ligante estimado Corpos de prova são preparados e testados da mesma maneira que na etapa de seleção do projeto de estrutura do agregado A figura 525 ilustra a compactação dos dois corpos de prova da mistura 3 com 42 de ligante asfáltico Curvas semelhantes são obtidas para os outros três teores As propriedades são avaliadas para a mistura selecionada com diferentes teores de ligante usandose os dados de compactação no Ninicial Nprojeto e Nmáximo As tabelas a seguir mostram as propriedades volumétricas e de compactação da mistura com a variação do teor de ligante Figura 525 Curva de compactação da mistura 3 com 42 de ligante e tamanho máximo nominal de 19 mm Fonte Elaborada pelos autores TABELA 516 RESUMO DAS INFORMAÇÕES DA MISTURA 3 Ligante Gmm Ninicial N8 Gmm Nprojeto N109 Gmm Nmáximo N174 Vv VAM RBV Massa específica gcm3 42 858 945 958 55 134 593 2441 47 871 961 975 39 132 701 2461 52 874 970 985 30 134 779 2467 57 886 981 998 19 136 862 2476 Fonte Elaborada pelos autores As propriedades volumétricas são calculadas no número de giros de projeto Nprojeto para cada teor de ligante asfáltico testado A partir desses dados pontuais o projetista pode gerar gráficos do teor de vazios VAM e RBV versus teor de ligante asfáltico O teor de ligante de projeto é estabelecido para um volume de vazios de 4 Neste exemplo o teor de ligante é de 47 valor que corresponde praticamente a Vv 4 no Nprojeto 109 giros Todas as outras propriedades são verificadas no teor de projeto quanto ao atendimento dos critérios Os valores 379 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas de projeto para uma mistura nominal de 190 mm mistura 3 são apresentados na tabela 517 juntamente com os critérios correspondentes TABELA 517 PROPRIEDADES DE PROJETO DA MISTURA COM 47 DE LIGANTE Propriedades da mistura Resultado Critério Vv 40 40 VAM 132 130 mínimo RBV 701 65 a 75 Proporção póasfalto 088 06 a 12 Gmm Ninicial8 871 89 Gmm Nmáximo174 975 98 Fonte Elaborada pelos autores A próxima etapa no projeto Superpave nível 1 é avaliar a sensibilidade à umidade do projeto da mistura final escolhida o que é feito por meio do ensaio expresso pela norma DNIT ME 1802018 conhecido como dano à umidade induzida DUI Ensaios adicionais de previsão de desempenho são usados nos níveis 2 e 3 mas não são abordados de forma específica neste livro sendo o leitor referido a Motta et al 1996 para uma apresentação desses ensaios O capítulo 6 apresenta com detalhes os diversos ensaios mecânicos que têm sido usados no Brasil para avaliação mecânica de misturas asfálticas e que hoje fazem parte do novo método de dimensionamento de pavimentos asfálticos do DNIT Dano por umidade induzida Este ensaio veio substituir a verificação da adesividade entre os agregados e o ligante as fáltico tradicionalmente examinada por ensaios visuais de recobrimento dos agregados após ação de fervura em água dos agregados previamente recobertos por ligante asfálticos ou outra forma de induzir o descolamento do ligante da superfície dos agregados tal como descrito na norma DNER ME 078 1994 Em vários países há algumas décadas migrouse para ensaios mecânicos de verificação da integridade da cobertura asfáltica dos agregados e da coesão entre agregados recobertos em substituição aos ensaios de avaliação subjetiva visual sendo que a norma AASHTO T 283 teve sua primeira edição em 1989 No Brasil essas técnicas de verifica ção de adesividade por meio de ensaios mecânicos na mistura asfáltica vêm sendo empregadas há cerca de duas décadas MOURA 2001 DNIT ME 1802018 O dano é resultante dos efeitos da saturação parcial com água dos vazios dos corpos de prova de misturas asfálticas compactadas com volume de vazios controlado por especificação de ensaio e do condicionamento acelerado dos corpos de prova ora em água aquecida ora eventualmente com um ciclo de congelamentodegelo usados para intensificar o dano nas li gações do ligante ao agregado e assim prever a suscetibilidade de descolamento do filme de ligante asfáltico dos agregados a curto e a longo prazo Dependendo das características dos agregados se ácidos ou básicos esses ensaios visam avaliar a eficiência de aditivos líquidos conhecidos como dope antistripping ou melhoradores de adesividade que são adicionados ao aglutinante asfáltico ou ainda no estado sólido pulverulento como cal hidratada ou cimento Portland que são adicionados ao agregado mineral visando melhorar a compatibilidade entre agregados e ligante asfáltico No Brasil a norma DNIT 1802018 descreve esse procedimento que é similar ao método T283 da AASTHO sendo que este tem sua versão mais atualizada também de 2018 380 Bernucci Motta Ceratti e Soares A avaliação do dano nas misturas asfálticas causado pela umidade é de grande importância uma vez que afeta o desempenho e a vida de serviço dos pavimentos Na realidade o dano por umidade evidencia os possíveis problemas de adesividade agregadoligante asfáltico Embora seja reconhecida a dificuldade de associar resultados de ensaios laboratoriais ao desempenho das misturas em campo existem diversos ensaios para identificação do potencial ao dano por umidade em misturas Eles podem ser classificados em duas categorias i realizados em misturas não compactadas e ii realizados em misturas compactadas MOURA 2001 SOLAI MANIAN et al 2004 A tabela 518 apresenta um resumo dos ensaios de avaliação de dano por umidade existen tes para amostras compactadas por serem os mais representativos de condições reais e dos problemas complexos relacionados à adesividade TABELA 518 ENSAIOS DE SENSIBILIDADE À UMIDADE PARA CORPOS DE PROVA COMPACTADOS Teste ASTM AASHTO Outros Moisture vapor susceptibility California Test 307 Immersioncompression D1075 T 165 ASTM STP 252 Marshall immersion Stuart 1986 Freezethaw pedestal test Kennedy et al 1982 Original Lottman indirect tension NCHRP Report 246 LOTTMAN 1982 Transportation Research Board 515 1974 Modified Lottman indirect tension T 283 NCHRP Report 274 TUNNICLIFF ROOT 1984 ECS with resilient modulus SHRPA403 ALSWAILMI TERREL 1994 Hamburg wheel tracking T 234 1993 Tex242F Asphalt pavement analyzer T 340 Método em estudo na ASTM ECSSPT environmental conditioning systemsimple performance test NCHRP 934 2002 2007 Fonte Adaptado de Solaimanian et al 2004 O ensaio de sensibilidade à ação deletéria da água ou dano por umidade induzida usado atualmente no Brasil DNIT 1802018 segue o procedimento descrito em AASHTO T 283 que foi baseado no trabalho de Lottman NCHRP Project 408 e um trabalho posterior realizado por Tunnicliff e Root NCHRP Project 1017 MOURA 2001 Segundo esse procedimento os corpos de prova de misturas asfálticas de graduação densa ou ainda de SMA podem ser preparados em laboratório seguindo os métodos Marshall ou Superpave e pode ser resumido nos passos descritos a seguir a moldar seis CPs similares com 1200 g de mistura asfáltica na faixa de projeto e teor de ligante asfáltico de projeto com vazios de 7 05 b separar um primeiro conjunto de três CPs colocandoos dentro de sacos plásticos para proteção e imersão em banho de água a 25oC por 2 1 h c separar um segundo conjunto de três desses CPs colocandoos em um recipiente com água destilada e aplicandose vácuo a uma pressão de 97502 mmHg por 5 a 10 minutos a fim de obter grau de saturação dos vazios entre 55 e 80 de água 381 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas d envolver os CPs em filme plástico e colocar cada CP dentro de um saco plástico com 10 ml de água adicionais vedandoos em seguida colocar o segundo conjunto de três CPs para congelamento 18oC por um período mínimo de 16 h É muito impor tante ressaltar que essa fase do congelamento não está associada à representação das condições climáticas locais sendo simplesmente uma forma de criar microfissuras que permitam a saturação mais eficiente do corpo de prova visando ressaltar o que ocorre no campo com o tempo e o tráfego e imergir esse conjunto de três CPs em um banho de 60oC por um período de 24 1 h retirandose os CPs dos sacos plásticos e do filme logo após a imersão f retirar o conjunto de três CPs do banho a 60oC e imergilos em um banho a 25oC por um período de 2 1 h g realizar ensaio de resistência à tração no primeiro conjunto de três CPs não condicio nados RT e no segundo conjunto de três CPs após todo o ciclo de condicionamento RTu sendo esse ensaio de resistência à tração realizado segundo a norma DNIT 1362018 comentada no próximo capítulo h calcular a resistência à tração retida por umidade induzida razão entre RTu e RT A figura 526a a d ilustra alguns passos adotados no processo de condicionamento e ensaio de RT e RTu dos CPs do segundo conjunto A sensibilidade à água é avaliada pela relação entre a resistência à tração estática média do subgrupo de CPs condicionados e do subgrupo de controle sendo a relação mínima de 70 a 80 dependendo da especificação do órgão rodoviário de referência Para a confecção dos CPs das dosagens Marshall com vazios entre 6 e 8 é necessária a moldagem de CPs com diferentes números de golpes A partir de um gráfico com o número de golpes versus volume de vazios obtémse o número de golpes necessários para a obtenção do volume de vazios preconizados em norma O número de golpes necessário para obtenção dos vazios exigidos em norma varia dependendo da graduação Para as misturas dosadas pelo método Superpave procedese de forma diferente para a ob tenção do número de giros necessários para um volume de vazios entre 6 e 8 acompanhan dose as alturas do CP durante o processo Assim é possível obterse uma estimativa dos vo lumes de vazios para os diferentes números de giros Determinase em quantos giros obtémse 7 de vazios referência nos CPs compactados no teor de projeto fazendo o acompanhamento dos vazios até o número de giros igual ao Nprojeto 382 Bernucci Motta Ceratti e Soares Figura 526 Passos para o condicionamento acelerado e para a determinação da RT para o ensaio de DUI de misturas asfálticas compactadas Fonte Elaborada pelos autores A tabela 519 apresenta como exemplo os resultados obtidos para a resistência à tração por compressão diametral após o condicionamento saturação parcial congelamento e aque cimento em água a resistência à tração por compressão diametral sem condicionamento e a resistência à tração retida por umidade induzida RRT para duas misturas analisadas por Vasconcelos 2004 TABELA 519 RESULTADOS DE RT RTU E RRT PARA DUAS MISTURAS ASFÁLTICAS ANALISADAS Compactação Parâmetro CA SMA 95 mm Marshall RT MPa 092 088 RTu MPa 043 080 RRT 47 91 Fonte Vasconcelos 2004 No caso de misturas contínuas o valor mínimo de RRT para que a amostra seja aprovada é em geral de 70 Para as misturas SMA o limite mínimo para RRT de 70 também tem sido adotado segundo a especificação AASHTO M 32508 Um fator importante a ser levado em consideração é a eventual presença de fíleres ativos como a cal hidratada que é um melho rador de adesividade Resultados de pesquisa indicam que o ensaio de adesividade realizado para agregados graúdos isoladamente DNERME 07894 não garante que a mistura irá apre 383 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas sentar bom comportamento à ação deletéria da água mesmo quando os agregados apresentam resultados satisfatórios O ensaio de dano por umidade induzida em CPs de mistura asfáltica compactada foi normalizado também pela ABNT com a norma ABNT NBR 156172015 Considerações finais da dosagem de misturas a quente Algumas das primeiras comparações entre a dosagem Marshall e Superpave no país foram feitas por Marques 2004 Vasconcelos 2005 e Nascimento 2008 Também devese consi derar que o ajuste da curva granulométrica mais adequada para os agregados disponíveis pode e deve ser avaliada segundo dois métodos o denominado método de Bailey sendo um dos pri meiros estudos no Brasil feito por Cunha 2004 e o método FAD introduzido no Brasil por Fer reira et al 2015 Tratamse de ajustes por volume que ajudam a otimizar o esqueleto mineral tornando mais adequado o comportamento mecânico das misturas asfálticas densas O método Bailey para seleção de granulometria de agregados é baseado no conceito de empacotamento que depende da forma textura e resistência dos agregados do esforço de compactação e da granulometria e também se aplica a misturas descontínuas como o tipo SMA A norma do mé todo Bailey foi proposta para o DNIT em 2019 e está em fase de aprovação Outra informação importante é que mais recentemente a dosagem para o volume de vazios de 4 tem sido questionada devido à prática de no campo aceitar graus de compactação menores do que 100 em relação ao projeto da mistura asfáltica em laboratório Isto leva a que o volume de vazios seja muito diferente do definido para os 4 de vazios e durante o tempo em que o revestimento está sendo utilizado com maior teor de vazios pode estar mais poroso e permitir a entrada de água assim como não apresentar as características mecânicas necessárias ao bom funcionamento do pavimento Surgiu assim o que tem sido chamado de Superpave 5 indicando a nova proposição de dosagem e de aplicação no campo para volume de vazios de 5 Nas dosagens Marshall e Superpave em geral se fixa o volume de vazios em 4 aceitando na compactação inicial no campo vazios de até 7 acreditando que no fim da vida o reves timento estará com os 4 de vazios pela sobrecompactação do tráfego Na França temse também para algumas misturas densas a dosagem para 5 e execução que alcance os 5 de vazios Uma referência para essa nova visão da dosagem é a publicação NCHRP 2007Task 412 TRAN et al 2018 que embasa as várias propostas de mudança na dosagem Superpave que decorrem em parte da mudança do volume de vazios de dosagem e inicial de construção Como outra referência na publicação NCAT Report 1908 TRAN et al 2019 estão apre sentadas várias proposições de ajustes a serem feitos no método Superpave de dosagem de forma a melhorar o desempenho das misturas asfálticas tanto em relação à deformação per manente quanto à fadiga entre elas o uso do volume de vazios de 5 que também muda a energia de compactação e as características volumétricas a serem atendidas e também fazem uso do método Bailey A visão inicial do método Superpave de dosagem de concreto asfáltico era incluir ensaios de desempenho na fase de dosagem além dos parâmetros volumétricos No entanto a utilização dos ensaios mecânicos de desempenho não foi efetivamente incorporada em muitas obras não chegando a se tornar rotineira No início o afundamento de trilha de roda foi considerado o principal defeito do concreto asfáltico mas com o tempo percebeuse que eventualmente as misturas eram dosadas com um teor de asfalto baixo para evitar a deformação permanente e acabavam ficando mais suscetíveis à fadiga e com menor durabilidade Além disso durante as 384 Bernucci Motta Ceratti e Soares obras não se atingia os 4 de vazios inicialmente e assim a porosidade volume de vazios fica va maior permitindo a entrada da água Assim foram revistos alguns critérios iniciais visando melhorar o desempenho das misturas asfálticas TRAN et al 2019 Várias pesquisas e consultas aos órgãos rodoviários foram feitas nos últimos anos nos EUA e três ajustes foram identificados como potencialmente necessários para proporcionar melhoria no desempenho do revestimento Um caminho para essa melhoria foi passar a utilizar o volume de vazios de 5 Superpave 5 e também incentivar o uso do método Bailey para o ajuste da granulometria combinada dos diversos tamanhos dos agregados usados na dosagem As sugestões que tiveram maior número de respostas foram passar a utilizar com mais frequência o asfalto polímero modificar o volume de vazios alterar o projeto da mistura asfáltica mudar a aceitabilidade do grau de compactação no campo e diminuir o número de giros de compactação no laboratório por ocasião da dosagem Comparando o atual método de dosagem Superpave com o descrito anteriormente foram feitas as seguintes modificações o volume de vazios de projeto passou de 4 para 5 e o grau de compactação aceito no campo passou a ser de 100 para manter o volume efetivo de ligante asfáltico o VAM também foi aumentado em 1 os níveis de número de giros foram alterados de 125 100 e 75 para 70 50 e 30 giros Afora essas mudanças principais foi mantido o tipo de compactador giratório as mesmas propriedades de consenso dos agregados em função do tráfego as espessuras típicas e outras práticas do Superpave A especificação AASTHO M3232017 traz essas modificações atualizadas No estado de Indiana EUA foi aprovada em 2020 a utilização da dosagem pelo volume de vazios de 5 40105 Volumetric Mix Design mudando a relação póligante e referindose ainda às peneiras de controle do Bailey que consta da relação de normas e especificações de 2020 do Indot Standard Specification Desde 2019 os contratos de obras também especificam a dosagem com 5 de vazios por memorando do diretor de construção do departamento CONSTRUCTION MEMORANDUM 1903 na parte que trata do controle de qualidade dos concretos asfálticos O método Bailey tem sido utilizado no Brasil há alguns anos e está sendo normalizado pelo DNIT Deve ser consultada regularmente a página do DNIT para se tomar conhecimento das novas normas e especificações de serviço que se espera sejam revistas regularmente 534 Mistura asfáltica tipo SMA O stone matrix asphalt SMA apresentado no capítulo 4 deve necessariamente apresentar um esqueleto pétreo onde seja garantido o contato entre os grãos de agregados graúdos Esse contato é garantido quando o VCAMIX vazios da fração graúda do agregado na mistura compac tada é menor ou igual ao VCADRC vazios da fração graúda do agregado compactado NAPA 2002 figura 527 Ou seja é necessário que os agregados graúdos em sua grande maioria com dimensões similares toquemse formando vazios que devem ser ocupados em parte por um mástique composto por agregados na fração areia fíler asfalto e fibras Devese sempre manter vazios com ar para que a mistura não exsude e possa ainda sofrer compactação adicio nal pelo tráfego 385 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas Figura 527 Representação esquemática dos parâmetros volumétricos de controle do SMA Fonte Elaborada pelos autores Os parâmetros VCAMIX e VCADRC podem ser obtidos utilizandose as expressões 533 e 534 533 Onde VCADRC vazios da fração graúda do agregado compactado Gs massa específica da fração graúda do agregado seco compactado kgdm3 DNERME 15397 Gw massa específica da água 998 kgm3 Gsbg massa específica aparente da fração graúda do agregado gcm3 534 Onde VCAMIX vazios da fração graúda do agregado na mistura compactada Gmb massa específica aparente da mistura compactada gcm3 Gsbg massa específica aparente da fração graúda do agregado gcm3 PCA de fração graúda do agregado em relação ao peso total da mistura A fração de agregado graúdo é definida como sendo a porção relativa à mistura total de agre gados retida numa determinada peneira que varia de acordo com o diâmetro máximo nominal dos agregados como apresentado na tabela 520 O projeto de mistura do SMA segundo a Napa 1999 deve seguir ainda os requisitos mí nimos apresentados na tabela 521 Os parâmetros de volume de vazios VAM e estabilidade são obtidos com corpos de prova Marshall compactados com 50 golpes de cada lado A Napa 386 Bernucci Motta Ceratti e Soares também indica a compactação no equipamento giratório sendo que os mesmos valores são fixados para amostras após 100 giros TABELA 520 DEFINIÇÃO DA FRAÇÃO GRAÚDA Diâmetro máximo nominal dos agregados Porção de agregado retida na peneira mm Peneira mm Numeração 25 1 475 N0 4 19 ¾ 475 N0 4 125 ½ 475 N0 4 95 38 236 N0 8 475 N0 4 118 N0 16 Exemplo Para uma mistura com diâmetro máximo nominal de 25 mm o agregado graúdo é a porção da mistura total de agregados que fica retida na peneira de 475 mm de abertura peneira no 4 Fonte Napa 1999 TABELA 521 ESPECIFICAÇÃO PARA MISTURAS SMA UTILIZANDO MÉTODO MARSHALL Propriedade Requerido Cimento asfáltico mínimo 6 de vazios com ar 4 VAM mínimo 17 VCAMIX VCADRC Estabilidade N mínimo 6200 RTR mínimo 70 Escorrimento na temperatura de usinagem máximo 03 Fonte Napa 1999 A RTR é obtida de acordo com procedimento da norma do DNIT 1802018 que avalia o dano por umidade induzida descrita no item anterior sobre a dosagem do CA O valor de escorrimento do ligante asfáltico segue a norma AASHTO T 30597 O ensaio de escorrimento é utilizado para determinar a quantidade de ligante asfáltico que potencialmente poderá escorrer da mistura de SMA É estabelecido um valor máximo admitido no ensaio la boratorial de forma a evitar perda de ligante no transporte na aplicação e na compactação do SMA Em linhas gerais o ensaio consiste em inserir uma amostra de no mínimo 1200 g de SMA usinado utilizando a faixa granulométrica teor de ligante e de fibras que se deseja testar em um cesto cilíndrico confeccionado com tela metálica de abertura 63 mm com fundo sus penso afastado do fundo Pesase e inserese o conjunto apoiado em um papelfiltro dentro de uma estufa regulada na temperatura de compactação por 1 h 1 min figura 528 Trans corrido o tempo retirase o conjunto da estufa e pesase a folha de papelfiltro novamente que poderá conter ligante escorrido da mistura A figura 528 d e e ilustram resultados obtidos com SMA com e sem fibras de celulose e usinado com dois ligantes distintos um convencional e um modificado por polímero SBS Observese o efeito benéfico das fibras e de ligantes modificados para reduzir o escorrimento A porcentagem de escorrimento é expressa pela massa de ligante escorrida e depositada sobre o papelfiltro dividida pela massa total da mistura inserida inicialmente no cesto A determinação da quantidade de fibras necessária para a mistura SMA também pode ser feita empregandose o método alemão conhecido por Schellenberg originalmente concebido 387 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas para esse fim figura 528f De forma resumida esse método utiliza 1000 g da mistura asfáltica com as características que serão utilizadas no revestimento despejada dentro de um béquer previamente tarado O recipiente com seu conteúdo é levado à estufa na temperatura de compactação por 1 h 1 min Decorrido esse período o conjunto é removido da estufa e o conteúdo é imediatamente despejado em outro recipiente Pesase novamente o béquer e calculase a massa de ligante que eventualmente tenha ficado preso à sua superfície Essa por centagem não deve exceder 03 para ser considerada satisfatória sendo desejável que seja inferior ou igual a 02 Figura 528 Ensaio de escorrimento de ligante asfáltico de mistura SMA fotos a b e c Silva 2005 d e e Mourão 2003 f Erdlen 2004 Fonte Elaborada pelos autores 388 Bernucci Motta Ceratti e Soares Um livro disponível na internet dedicado a apresentar os vários aspectos das misturas SMA é o de Blazejowski 2011 que descreve as misturas asfálticas SMA desde a sua origem e con cepção na Alemanha as diferenças ao redor do mundo anos depois passando pela formação do esqueleto pétreo e do mástique os vários produtos ou fibras que têm sido utilizados os re quisitos aplicados em alguns países as formas de fazer a dosagem usinar e aplicar no campo além de discussões sobre as especificações entre outros pontos A norma europeia EN 131085 2016 descreve as misturas asfálticas SMA como descon tínuas compostas de um esqueleto pétreo de agregado graúdo britado stone aglutinadas por um mástique composto dos finos com o ligante e apresenta os vários requisitos a serem atendidos Também há estudos sobre SMA usando material fresado e processado do tipo mistura morna ALINEZAD SAHAF 2019 DEVULAPALLI et al 2019 entre outros Outros autores pesquisaram sobre o uso de asfalto borracha em SMA NEVES FILHO 2004 LU 2007 entre outros A mistura asfáltica do tipo SMA ao longo desses vários anos que já vem sendo aplicada mostrou ser muito resistente à deformação permanente e com bom comportamento mecânico em geral O projeto de dosagem deve levar em conta que o sucesso desse tipo de composição granulométrica está em garantir o contato dos agregados graúdos entre si o que garante o atrito necessário para uma boa resistência ao cisalhamento enquanto a parcela de argamassa rica em asfalto fornece elevada coesão Esse sucesso é garantido pelo tipo de esqueleto mineral que se forma que é preenchido com ligante modificado que forma um mástique com os agregados finos tendo as fibras para garantir o não escorrimento do asfalto durante o trajeto e a constru ção Para isso vários requisitos devem ser atendidos entre eles agregados pétreos britados com Los Angeles 30 forma cúbica com no máximo 30 de agregados com relação 31 e 5 com relação 51 a curva granulométrica descontínua deve ser obedecida rigorosamente a curva granu lométrica deve atender à proporção de 20 a 28 passante na peneira de 475 mm no 4 e 8 a 10 na peneira no 200 deve atender a todos os requisitos da especificação quanto aos parâmetros volumétri cos e teor de asfalto usar asfalto modificado por polímero e fibras ou outro agente estabilizador do escorrimento do ligante na aplicação no campo manter a velocidade dos rolos e utilizar dois ou três rolos com pactadores para atingir rapidamente a densidade de projeto cuidando de todos os deta lhes durante a usinagem transporte aplicação e compactação Algumas especificações de SMA já estão disponíveis em concessionária tal como em Arteris 2015 ou órgão estadual DER SP DER ET P 00031 2007 A especificação técnica do DERSP menciona três tipos de ensaios para determinação do escorrimento do ligante asfáltico e consequente especificação do percentual de fibras ASTM D 9690 AASHTO T 305 ou ensaio de Schellenberg Muitos estudos e publicações sobre SMA já foram feitos no Brasil ao longo dos últimos 20 anos e devem ser consultados para maiores esclarecimentos sobre esse tipo de mistura asfálti ca inclusive alguns avaliaram diferentes tipos de fibra para diminuir o escorrimento do ligante e até sem o uso de fibra Várias obras também já usaram SMA sendo a primeira aplicação feita no Autódromo de Interlagos em São Paulo para receber o Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1 em 2000 BELIGNI et al 2000 389 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas Outras obras pioneiras foram feitas na via Anchieta 2001 São PauloSP Corredor Tecno lógico em 2002 BarueriSP via Dutra em 2002 ArujáSP trechos em rodovias sob a respon sabilidade da Concessionária Rodovia das Colinas em 2003 SP e aplicações de mistura SMA em rodovias nos estados de São Paulo Minas Gerais e Paraná além do uso urbano em São Paulo Rio de Janeiro e Salvador ao longo desses anos Citamse alguns dos autores a seguir Reis 2002 Chaves et al 2002 Mourão 2003 Neves Filho 2004 Silva 2005 Vale Soares 2005 Oda et al 2005 Vale et al 2007 Ramos 2012 Leal e Castro 2012 Silva 2012 Valença 2012 ElHage 2012 Tavares 2012 Miranda et al 2013 Gomes 2015 Ramos 2015 Cavalcante et al 2016 Pires 2018 entre outros Outras misturas asfálticas de granulometria descontínua Como uma mistura asfáltica também de granulometria descontínua embora não porosa podemse citar as misturas denominadas de gapgraded São curvas granulométricas bem dife renciadas quanto à distribuição percentual dos agregados por peneira Tratase de uma mistura descontínua amplamente utilizada na Califórnia em serviços de pavimentação com asfaltobor racha No Brasil essa mistura com asfaltoborracha já foi utilizada por várias concessionárias destacando a Ecovias dos Imigrantes com extensa e bemsucedida obra no sistema Anchieta Imigrantes Mistura executada a quente em usina apropriada constituída de agregado graúdo agregado miúdo material de enchimento fíler em granulometria descontínua e ligante asfáltico modificado por borracha moída de pneus devendo ser espalhada e compactada a quente Visa à obtenção de camada de alta resistência à deformação permanente e melhoria das condições de aderência em pista molhada A concessionária Arteris apresenta a especificação de serviço ES 27 2021 onde são indi cadas as características a serem atendidas na dosagem adequada da mistura atendendo a uma série de parâmetros e aos requisitos granulométricos de uma das quatro faixas apresentadas com tamanho máximo nominal entre 95 e 190 mm No ensaio de escorrimento de asfalto pelo método de ensaio de Schellenberg o máximo de escorrimento aceitável deve ser de 03 em peso da mistura do projeto proposto no teor ótimo mais 02 de ligante No ensaio Cântabro da mistura asfáltica no teor ótimo após 24 h deve ser menor que 12 Misturas asfálticas descontínuas ultradelgadas na linha de misturas francesas denominadas BBTM são também de granulometria descontínua e são utilizadas como camada pouco espes sa de revestimento adicional aos concretos asfálticos responsável por aumentar o atrito e a dre nagem parcial da lâmina dágua Mais informações sobre esse tipo de mistura sua concepção e características podem ser vistas em Ferreira 2006 e Reis 2012 entre outras referências Ferreira 2006 apresenta o estudo de revestimentos asfálticos delgados a quente para pavimentos rodoviários do tipo BBTM nas graduações 06 e 010 com diâmetro nominal má ximo de 6 mm e 10 mm respectivamente As atividades experimentais foram desenvolvidas no Brasil no Laboratório de Tecnologia de Pavimentação da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo LTPEPUSP e na França no Centro de Nantes do Laboratoire Central des Ponts et Chaussées LCPC Além dos ensaios de dosagem da metodologia francesa ensaio PCG ensaio Duriez ensaio de deformação permanente e evolução da macrotextura e ensaios suplementa res ensaio Cântabro e a avaliação da textura sem contato a raio laser em laboratório descreve o acompanhamento das obras de restauração produção em usina aplicação e controle tecno lógico de obra na Rodovia Castelo Branco em BBTM 010 390 Bernucci Motta Ceratti e Soares 535 Mistura asfáltica a quente aberta e drenante tipo CPA As misturas asfálticas abertas do tipo CPA Camada Porosa de Atrito mantêm uma grande porcentagem de vazios com ar não preenchidos graças às pequenas quantidades de fíler de agregado miúdo e de ligante asfáltico conforme apresentado no capítulo 4 A dosagem dessas misturas abertas é realizada com CPs compactados no Marshall com 50 golpes por lado Segundo as especificações brasileiras do DNERES 38699 na condição compactada em laboratório essas misturas devem apresentar vazios com ar na faixa de 18 a 25 Na França essas misturas são utilizadas desde a década de 1960 sendo aplicadas atu almente com vazios entre 20 e 30 Por se tratar de mistura asfáltica de caráter funcional cuja contribuição importante é a retirada da água da superfície do pavimento é importante manter o esqueleto sólido com contato grãogrão de modo que haja uma manutenção dos vazios com ar no decorrer do tempo Para manutenção desses vazios e estabilidade da mistura devem ser garantidas principal mente a resistência à desagregação especificada no DNER pela perda de massa máxima ad missível no ensaio Cântabro apresentado adiante e a resistência à tração por compressão dia metral apresentada no capítulo 6 A perda de massa no Cântabro não deve ultrapassar os 25 DNERES 38699 e a resistência à tração mínima é de 055 kN DNERES 38699 É im portante realçar que quanto menor a perda de massa do Cântabro melhor será sua resistência à desagregação Os espanhóis que originalmente propuseram o ensaio de desgaste Cântabro fixam perda de no máximo 20 para as misturas drenantes É interessante igualmente realizar o ensaio de perda de massa após condição de exposição aos danos induzidos pela água para comparação com o resultado a seco sem condicionamento prévio O DERSP possui a especificação ETDEP00028 de 2006 para a CPA A concessionária Arteris tem a especificação de CPA ES028 Rev 3 2018 chamando a atenção para que a mistura asfáltica a quente do tipo CPA só deve ser aplicada onde a camada subjacente for per feitamente impermeável Caso contrário esta deve ser impermeabilizada previamente O DERPR tem a especificação ES P 222017 que trata de misturas asfálticas a quente abertas MAAUQ fazendo distinção entre cinco granulometrias sendo as mais finas VI e V as correspondentes à CPA tendo a granulometria com 100 passante na peneira de ½ e na peneira no 200 passante de 0 a 4 na faixa VI e de 3 a 5 na faixa V Uma das primeiras pesquisas acadêmicas brasileiras sobre misturas asfálticas porosas foi realizada por Campos 1998 que em sua tese analisou o comportamento de um trecho piloto em uma rodovia Nos aeroportos é necessário garantir atrito e baixa lâmina dágua nas cabeceiras das pistas e nas próprias pistas para a segurança dos pousos e decolagens Assim muitos utilizam CPA para garantir a drenagem das águas das chuvas Um exemplo desse emprego da CPA foi analisado por Lugão 2008 que analisou a CPA do Aeroporto Internacional Tancredo Neves MG entre outros estudos Recentemente foram restauradas com a execução de camada de rolamento em CPA as pistas de pouso e decolagem de dois aeroportos de grande movimentação de ae ronaves em âmbito nacional os aeroportos Santos Dumont no Rio de Janeiro em 2019 e de Congonhas em São Paulo em 2020 Avaliações das condições de desempenho acústico de vários tipos de revestimentos de pavi mentos foram realizadas por Lao 2004 Callai 2011 Knabben 2012 entre outros Dresch 2016 analisou cinco tipos diferentes de CPA que seriam aplicadas em obras de rodovias fe derais no Rio Grande do Sul nas BR 158 e 285 e além dos ensaios mecânicos fez medidas 391 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas de absorção sonora Kolodziej 2016 também avaliou propriedades acústicas de revestimentos drenantes Strufaldi et al 2010 apresentam interessante avaliação do uso de CPA como camada mitigadora do ruído proveniente do tráfego especialmente aplicada sobre um revestimento pavimento de concreto de cimento Portland em região onde a rodovia urbana passava por área densamente habitada Aps e Bernucci 2020 analisam após 5 anos de operação que a CPA continuava com condições satisfatórias e cumprindo o papel de diminuir o ruído entre outros benefícios A capacidade drenante de CPA e outras misturas asfálticas foram analisadas por Oliveira 2003 Silva 2005 Souza 2008 entre outros autores Recomendase a leitura de outros autores que estudaram sob vários aspectos as misturas CPA e drenantes tais como Meurer 2001 Homem 2002 Oliveira 2003 Dumke 2005 Roseno 2005 entre outros Desgaste Cântabro O arrancamento progressivo de agregados da capa de rolamento por efeito do atrito pneu pavimento é denominado desgaste SANTANA 1993 sendo um defeito comum em revesti mentos brasileiros O ensaio usualmente realizado para determinação de resistência à desagre gação é o ensaio Cântabro Esse ensaio foi originado na Universidad de Cantabria na Espanha objetivando avaliar o comportamento de misturas asfálticas quanto à perda de material Mais tarde importantes contribuições à normatização e novas pesquisas foram realizadas na Univer sitat Politècnica de Catalunya UPC A norma DNERME 38399 consiste na análise da perda de massa que eventualmente ocorre quando CPs Marshall de misturas asfálticas drenantes ou porosas são submetidos ao aparelho de abrasão Los Angeles figura 529 a por um certo nú mero de giros Apesar de sua concepção estar relacionada aos pavimentos drenantes o ensaio de desgaste Cântabro pode ser estendido para outros tipos de misturas asfálticas ABNTNBR 151402004 Os principais passos do ensaio são os seguintes i pesar inicialmente o CP Marshall M1 ii colocar no aparelho de abrasão Los Angeles sem as esferas de aço figura 529b iii condicionado a 25oC efetuar 300 revoluções na velocidade angular de 30 rpm iv pesar no vamente o CP M2 ilustrado na figura 529c O desgaste Cântabro é determinado por meio da expressão 535 Onde D valor do desgaste em M1 massa do CP antes do ensaio M2 massa do CP após o ensaio 392 Bernucci Motta Ceratti e Soares Figura 529 Exemplo de aparelho de abrasão Los Angeles utilizado para o ensaio de desgaste Cântabro de misturas asfálticas porosas Fonte Elaborada pelos autores O desgaste máximo admitido é de 25 para misturas asfálticas porosas DNER 1999 e o desgaste para cada teor de ligante deve ser realizado a partir da média aritmética de três CPs com o valor individual não diferindo 20 do valor médio Como citado o ensaio Cântabro é comumente realizado em misturas drenantes como a CPA MEURER FILHO 2001 OLIVEIRA 2003 podendo ser empregado para misturas areiaasfalto BOTTIN FILHO 1997 SILVEIRA 1999 e para concretos asfálticos CASTRO NETO 2000 O ensaio pode ainda ser realizado com corpos de prova submetidos à submersão visando principalmente misturas drenantes em sua suscetibilidade à ação da água evidenciando perda por problemas de adesividade 54 DOSAGEM DE MISTURAS ASFÁLTICAS A FRIO As misturas asfálticas a frio apresentadas no capítulo 4 são aquelas cujo ligante é a emulsão asfáltica capítulo 2 O uso de misturas asfálticas a frio iniciouse na Inglaterra com uma téc nica denominada retread process tendo sido bastante utilizada pela França para restauração de seus pavimentos após a II Guerra Mundial No Brasil essa técnica de mistura passou a ser utilizada em 1966 A partir de 1980 as emulsões asfálticas foram mais difundidas com a téc nica de PMFs densos em revestimentos asfálticos delgados TUCHUMANTEL JR 1990 Nas 393 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas últimas décadas os PMFs vêm sendo prioritariamente utilizados para uso em revestimentos de vias urbanas sujeitas a baixo volume de tráfego camadas intermediárias de revestimento e em serviços urbanos de conservação como regularização de revestimentos e remendos de panelas ABEDA 2001 As principais misturas asfálticas a frio são os TS AAUF e PMF As vantagens do uso de misturas a frio são muitas entre elas produção e execução à temperatura ambiente reduzindo o consumo de combustíveis alta trabalhabilidade devido ao estado fluido do ligante à tempera tura ambiente menor agressão ao meio ambiente em relação aos asfaltos diluídos de petróleo capítulo 2 e redução do problema de emissões de gases de efeito estufa que ocorrem regular mente na usinagem de misturas asfálticas a quente além de evitar o envelhecimento prematuro do asfalto por oxidação que pode ocorrer nas usinas em misturas a quente SANTANA 1993 Chaves 2010 propôs um método de dosagem para misturas do tipo areia asfáltica a frio com ligante de ruptura lenta ou média Definiu uma faixa granulométrica fez a caracterização dos materiais naturais por ensaios de equivalente de areia densidade real mineralogia e grau de arredondamento Determinou as porcentagens de umidades ideais a serem incorporadas aos agregados visando a um melhor envolvimento dos ligantes Com base nos parâmetros de RT e densidade aparente foram propostas mudanças nos tempos de cura indicados no método DNER ME 10794 Utilizou a compactação Marshall e giratória com e sem fíler Utilizou a técnica do AIMS e da tomografia computadorizada para avaliar a distribuição dos vazios de ar nas mistu ras compactadas As propriedades mecânicas das misturas a frio foram obtidas por ensaios de módulo de resiliência Cântabro WTAT e LWT com adaptações Definiu parâmetros para uma dosagem mais adequada de AAUF visando maior durabilidade como revestimentos de rodovias de baixo volume de tráfego O processo de cura das misturas asfálticas a frio ainda não é perfeitamente compreendido MOULTHROP et al 1997 Esse fator tem importância maior quando se verifica que não há um consenso entre os métodos de dosagem de misturas a frio com relação ao grau e ao método de cura que devem ser considerados como representativos do processo que ocorre em campo SILVEIRA 1999 MOREIRA SOARES 2002 Ribeiro 1991 estudou a dosagem de prémisturado a frio de graduação aberta PMAF e desenvolveu uma câmara para dessecação a vácuo dos CPs com a finalidade de acelerar o processo de cura em laboratório além de realizar ensaios de resistência à tração e módulo de resiliência desses CPs como forma de dosagem ensaios que não eram considerados à época nos métodos usuais de dosagem Agetop 2018 apresenta duas especificações de serviço de PMF e semidenso definindo os materiais a composição das misturas os equipamentos a execução e o controle de campo DNIT 1532010 ES define os materiais e todos os passos para construção de PMF que pode ser empregado como revestimento regularização reforço ou restauração de pavimento Indica que para prémisturado aberto podem ser utilizados a emulsão asfáltica catiônica de ruptura média tipos RM1C e RM2C enquanto para o denso usase a emulsão asfáltica catiônica de ruptura lenta tipo RL1C e define quatro faixas granulométricas A dosagem dos PMFs iniciase com o cálculo dos teores preliminares de asfalto e EA Para tanto pode ser utilizada a metodologia descrita a seguir que se baseia na proposição de Duriez SANTANA 1993 que consiste no cálculo da superfície específica dos agregados a partir da proporção dos diversos tamanhos de partícula devidamente ponderada Para a determinação da superfície específica dos agregados utilizase a fórmula de Vogt que consiste em uma adaptação da formulação de Duriez para as peneiras correspondentes às especificações brasileiras 394 Bernucci Motta Ceratti e Soares 536 Onde superfície específica de agregados P4 massa do material retido entre as peneiras 21 P3 massa do material retido entre as peneiras 112 P2 massa do material retido entre as peneiras 12no 4 P1 massa do material retido entre as peneiras no 4no 10 S3 massa do material retido entre as peneiras no 10no 40 S2 massa do material retido entre as peneiras no 40no 80 S1 massa do material retido entre as peneiras no 80no 200 F massa do material passante na peneira no 200 A figura 530 apresenta um fluxograma para a determinação da massa específica média dos agregados a partir da massa específica de três frações predefinidas Após calcular a superfície específica média dos agregados fazse sua correção com um fator determinado em função da massa específica real média dos agregados Gsamédio conforme indica a tabela 522 SANTANA 1993 Figura 530 Fluxograma para determinação da massa específica real média dos agregados Fonte Elaborada pelos autores 395 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas TABELA 522 FATORES CORRETIVOS DA SUPERFÍCIE ESPECÍFICA DO MÉTODO DE DURIEZ Massa específica Gsamédio gcm3 Fatores corretivos 235 113 245 108 255 102 265 100 275 097 285 093 295 090 Fonte Santana 1993 Calculase então o teor de asfalto residual p em relação à massa total dos agregados utilizando a expressão de Duriez p k 02 537 Onde k módulo de riqueza Para PMF denso Santana 1993 sugere valores de k entre 32 e 45 Obtémse o teor de asfalto p e de emulsão asfáltica pEA sobre a mistura asfáltica total a partir das seguintes relações 538 539 Onde t teor percentual em massa de asfalto na emulsão asfáltica Tendo sido definido o teor t procedese à dosagem Marshall descrita anteriormente varian dose os teores de moldagem geralmente t 1 e t 2 e determinandose então os pa râmetros volumétricos e mecânicos Santana 1993 sugere a determinação do teor de projeto final de acordo com o teor que obtiver a maior massa específica aparente do CP 55 MISTURAS ASFÁLTICAS RECICLADAS A QUENTE E MORNAS No caso de misturas recicladas a quente capítulo 4 há uma diversidade de métodos de dosa gem quanto aos seguintes aspectos procedimentos de ensaio definição de agregado que cons ta no reciclado com ou sem o ligante envelhecido parâmetros necessários para a definição do teor do ligante novo e percentual de material fresado a ser reaproveitado Convém destacar que aquilo que se chama de reciclado geralmente é o material já proces sado O termo fresado usado daqui em diante indistintamente como RAP que é consagrado na literatura internacional diz respeito ao material retirado ou fresado recuperado dos pavimentos asfálticos que é reciclável porém não necessariamente que já tenha sofrido a reciclagem para seu emprego Notese que o RAP pode ser oriundo de blocos de revestimento posteriormente 396 Bernucci Motta Ceratti e Soares triturados em moinho ou seja não necessariamente é obtido por meio da operação de fresa gem Como a maior parte do RAP é de fato fresada estes são os dois termos mais usados neste livro Já o termo ligante novo referese ao ligante com ou sem AR misturado que é adicionado ao fresado para devolver ao ligante suas características iniciais Enquanto nos Estados Unidos é comum o uso de ligantes menos consistentes sem AR para contrabalançar o ligante endureci do do fresado no Brasil tem sido comum a utilização de ARs sendo o ligante novo uma mistura de AR com cimento asfáltico virgem Muitas pesquisas reconhecem que misturas asfálticas com RAP podem apresentar desem penho equivalente ou mesmo superior ao de misturas asfálticas preparadas apenas com mate rial virgem desde que adequadamente dosadas e usinadas MCDANIEL et al 2000 CASTRO NETO 2001 NEWCOMB et al 2007 LOPES et al 2015 Um bom desempenho depende do uso de métodos de dosagem tradicionais e sua adaptação para incluir o RAP dada a variabili dade das propriedades deste último Devese reiterar a importância do emprego das técnicas de usinagem mornas principalmente no caso de incorporação de RAP na mistura asfáltica de maneira que se ocasione por ocasião do aquecimento para misturação o menor envelhecimento possível do ligante contido no RAP Lopes et al 2015 consideram o emprego das técnicas de usinagem morna para um aumento da quantidade de RAP na mistura asfáltica reciclada A norma AASTHO 3232017 estabelece diretrizes para a dosagem volumétrica de misturas asfálticas inclusive considerando a inserção de RAP Definem gráficos de dosagem para mistu ras convencionais ou quando utilizando variadas porcentagens de RAP Chama a atenção para um procedimento para avaliar as pilhas de RAP extrair o ligante residual e analisar os agregados existentes Na gestão do RAP por vezes é fracionado em pilhas de materiais mais finos ou mais graú dos devendo ser observada ainda a procedência uma vez que materiais provenientes de esta cionamentos e de vias urbanas são geralmente distintos dos provenientes de rodovias A parte fina do RAP possui maior teor de ligante Caso não haja fracionamento é razoável assumir que o teor de ligante do RAP é próximo do teor da mistura reciclada que irá incorporálo Todavia com o uso crescente do fracionamento do RAP tal hipótese pode não ser atendida e então devese adotar a chamada razão recicladoligante RAP pavement binder ratio RPBR em al gumas referências também denominado de RAP binder ratio RBR que será discutida adiante Como comentário final dessas primeiras considerações sobre misturas asfálticas recicladas um material também descrito no Manual do Instituto do Asfalto para uso em misturas recicla das é o proveniente de telha de asfalto reclaimed asphalt shingle RAS com teor de 2030 de ligante mas este material não é discutido aqui por não ter uso no Brasil 551 Dosagem de misturas asfálticas recicladas a quente MARQ Na dosagem de misturas asfálticas o foco é atingir as propriedades volumétricas e mecânicas consideradas necessárias para um bom desempenho NEWCOMB BROWN EPPS 2007 le vandose em consideração que o projeto da mistura reciclada poderá ser praticado na usina A tentativa de aumento do teor de RAP traz uma maior necessidade de determinar a quantidade e as propriedades do ligante asfáltico presente nele assim como as características dos seus agregados Uma premissa básica de muitos projetos de MARQ é que todo o ligante presente no RAP será ativado pelo calor e estará disponível para se misturar aos novos materiais incorpora dos Há um entendimento pela comunidade científica muitas vezes contraditório da própria 397 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas nomenclatura envolvida nesse processo de ativação e interação entre ligantes As propriedades das MARQs são diretamente influenciadas pela interação entre o ligante do RAP e o agente de reciclagem ligante asfáltico agente rejuvenescedor ou a combinação de ambos de forma que o processo de dosagem deve levar em consideração até que ponto o ligante do RAP contribui para as características finais da mistura reciclada Lopes et al 2016 mostram as técnicas e as dificuldades de identificação de percentual de mobilização e mesclagem dos ligantes do RAP e do ligante novo empregando microspectrometria ATRFTIR attenuated total reflectionFou rier transform infrared imaging Lo Presti et al 2019 apresentam uma explicação dos fenômenos envolvidos na interação entre os ligantes durante a reciclagem da mistura asfáltica O trabalho traz ainda uma proposta inicial para a quantificação da ativação do ligante do RAP considerada uma propriedade in trínseca do material auxiliando assim no processo de dosagem das MARQs Oreškovic et al 2020 apresentam uma revisão da literatura sobre diferentes métodos que vêm sendo usados para a análise dos parâmetros envolvidos nesse processo de interação entre ligantes na recicla gem a quente Há todavia diferentes metodologias para a dosagem dessas misturas Gaspar 2019 traz um resumo dos diferentes métodos vigentes no mundo conforme apresentase sucintamente a seguir Nos Estados Unidos alguns anos após a implementação do método de dosagem Superpave na década de 1990 a FHWA publicou um conjunto de recomendações para guiar a dosagem de misturas com RAP utilizando a metodologia Superpave baseadas em um estudo anterior por Kandhal e Foo 1997 principalmente no que diz respeito à seleção do ligante asfáltico virgem a ser adicionado com diferentes abordagens dependendo do teor de RAP MCDANIEL et al 2000 Para teores de até 15 de RAP o ligante asfáltico virgem não precisaria ser alterado com parando com a mistura sem RAP já que a influência do ligante presente no RAP seria mínima independente das suas propriedades Já para teores entre 15 e 25 o órgão recomendava que fosse utilizado ligante asfáltico com PG performance grade sistema de classificação de ligantes asfálticos utilizado nos EUA um nível abaixo tanto na temperatura alta de PG quanto na baixa Para as misturas asfálticas com alto teor de RAP acima de 25 o projetista deveria re correr aos blending charts ou seja determinar a temperatura alta de PG do ligante presente no RAP após extração e recuperação e do ligante desejado para a mistura final e obter com um gráfico uma relação linear entre a variação desse parâmetro e a proporção de RAP na mistura Assim é possível definir o ligante virgem necessário à mistura reciclada conforme ilustrado na figura 531 Os blending charts já eram rotineiramente usados para projetar misturas com alto teor de RAP mesmo antes da implementação do método Superpave porém utilizavase a viscosidade dos ligantes como parâmetro em vez da temperatura de PG WEST WILLIS MARASTEANU 2013 398 Bernucci Motta Ceratti e Soares Figura 531 Exemplo de blending chart para seleção do ligante asfáltico virgem Temperatura alta de PG ºC Fonte Gaspar 2019 Tais recomendações foram posteriormente inseridas na norma AASHTO M323 que espe cifica a dosagem de misturas asfálticas pela metodologia Superpave assim como recomen dações adicionais para o manuseio e a caracterização do RAP em laboratório Na sua versão mais atual AASHTO M32317 o sistema para seleção do ligante asfáltico virgem foi revisado e o critério utilizado não é mais a porcentagem de RAP em relação à massa total de mistura mas sim o já mencionado parâmetro RBR que indica a proporção de ligante oriundo do RAP em relação ao total de ligante asfáltico na mistura Para RBR inferior a 25 o ligante virgem não deve ser alterado Caso contrário devese recorrer aos blending charts WEST WILLIS MARASTEANU 2013 Na Comunidade Europeia um conceito semelhante de dosagem é adotado porém utilizando a penetração e o PA como parâmetros para caracterização dos dois ligantes No lugar dos blen ding charts são usadas equações para estimar os parâmetros do ligante asfáltico resultante de acordo com a proporção em massa de cada ligante na mistura DEL BARCO CARRIÓN et al 2015 Caso o teor de RAP seja inferior a 10 para camadas de revestimento ou 20 para camadas de base e de ligação o ligante asfáltico virgem deve ser o mesmo considerado na dosagem de uma mistura sem RAP que costuma ser feita pelo método Marshall IPAVEC et al 2012 DEL BARCO CARRIÓN et al 2015 A especificação EN 13 1088 2016 traz ainda alguns requisitos para a classificação e descrição de RAP como um material constituinte de misturas asfálticas Na Austrália e no Japão os blending charts também são aplicados mas utilizando outros parâmetros para caracterização A norma australiana da Austroads AGPTT19315 faz uso da viscosidade dos ligantes asfálticos enquanto os japoneses utilizam além da penetração dos li gantes resultados do ensaio de resistência à tração realizados em amostras de mistura asfáltica produzidas em laboratório WEST COPELAND 2015 As normas brasileiras de reciclagem a quente em usina DNIT ES 033 2005 DER ETDE P00032 2006 PMSP IE 07 2010 mencionam a dosagem da mistura reciclada em um dos 399 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas itens porém o foco é nos requisitos volumétricos que se assemelham ao de misturas asfálticas convencionais sem o uso de RAP não sendo fornecidas diretrizes para a escolha do ligante asfáltico Zaumanis et al 2019 porém pontuam que métodos de dosagem convencionais não ga rantem o desempenho requerido para misturas com altos teores de RAP devido às variáveis envolvidas no processo incluindo uso de rejuvenescedores interação e difusão entre ligantes aumento da susceptibilidade ao trincamento entre outras Na edição anterior deste livro constavam três métodos de dosagem Instituto do Asfalto Castro Neto 2000 e Superpave Castro Neto 2000 propôs um método que considera o comportamento da mistura reci clada com diferentes valores de teor de ligante novo pela avaliação dos valores de MR e RT O procedimento prescinde da extraçãorecuperação e caracterização do ligante do RAP O passo inicial é a determinação do intervalo de MR eou de RT que a mistura reciclada deve apresentar A partir desses valores adotase com base na experiência do projetista uma porcentagem de material fresado Estabelecida essa porcentagem a composição granulométrica final desejada agregados do RAP mais agregados novos e selecionado o ligante novo confeccionamse CPs com diferentes teores de ligante Avaliamse os valores de MR e RT dos CPs e verificase o teor de ligante mais adequado à mistura a partir dos valores desejados dos referidos parâmetros mecânicos No procedimento a determinação experimental da Gmm faz uso do querosene em substituição ao vácuo Embora considere indiretamente a reologia do ligante envelhecido e recuperado o método apresenta a vantagem de se basear em parâmetros mecânicos para a determinação do teor de ligante novo e do teor total de ligante novo e envelhecido na mistura reciclada Uma complementação do método proposto há mais de 20 anos pode ser buscada incluindose o dano por umidade induzida das misturas asfálticas recicladas que à época foi empregado o desgaste Cântabro e ensaio para avaliação da deformação permanente Os en saios do MR podem ser ainda substituídos pelo módulo dinâmico Outro fator importante a ser considerado é o uso de técnicas de reciclagem morna para reduzir as temperaturas de reaque cimento do RAP mistura em usina e execução em pista O item com a metodologia Superpave foi suprimido nesta versão do livro A especificação AASHTO M32317 traz a descrição da metodologia mas salientase o fato de os departamen tos de transporte dos estados norteamericanos adotarem particularidades não havendo um único método nacionalmente aplicado Deuse preferência ao detalhamento do método de dosagem de MARQ mais recente e es tabelecido o qual os autores julgam suficientemente sólido e facilmente empregável no Brasil Apresentase a seguir o método do Instituto do Asfalto ASPHALT INSTITUTE 2014 seus procedimentos vantagens e desvantagens incluindo exemplos numéricos que facilitam a com preensão 552 Dosagem do Asphalt Institute O método de dosagem de MARQ do Instituto do Asfalto ASPHALT INSTITUTE 2014 objetiva que misturas recicladas atendam às mesmas exigências existentes para misturas convencionais que contêm apenas materiais virgens Uma vez que o tipo de ligante e a porcentagem de RAP ou RBR RAP binder ratio seja selecionada podese prosseguir com um processo de dosa gem bastante próximo do convencional Para facilitar a compreensão esta seção é dividida da seguinte forma i escolha do tipo de ligante na MARQ ii determinação da granulometria 400 Bernucci Motta Ceratti e Soares combinada iii manuseio de RAP no laboratório iv aquecimento do RAP e agregados virgens no processo de dosagem da MARQ v determinação da nova quantidade de ligante virgem i Escolha do tipo de ligante na MARQ Ao serem usados os bleding charts há três casos que podem ser encontrados pelos proje tistas da mistura reciclada 1 definição do ligante asfáltico novo com ou sem AR quando o percentual de ligante do RAP a ser usado na mistura é conhecido bem como as características da mistura final de ligantes grau PG especificado para o projeto 2 definição do percentual de ligante do RAP que pode ser usado quando o ligante asfál tico novo com ou sem AR bem como as características da mistura final de ligantes são conhecidos e 3 definição das características da mistura final de ligantes quando o percentual de ligante do RAP e o ligante asfáltico novo já são conhecidos Para todos os casos o Asphalt Institute 2014 adota o grau PG como característica a ser adotada nos blending charts sendo verificadas as temperaturas alta intermediária e baixa O exemplo a seguir extraído da citada referência ilustra o caso descrito no item 1 acima Ou seja quando são conhecidos a classificação final do ligante combinado o teor de RAP e as propriedades do ligante recuperado do RAP então as propriedades do ligante virgem apropriado podem ser determinadas Assumindose então as seguintes informações neste exemplo do Instituto do Asfalto o órgão responsável requer um ligante do tipo PG 6422 ou superior na temperatura alta o teor de RAP na mistura do exemplo é 30 RPBR 030 o ligante recuperado do RAP possui as características indicadas na tabela 523a TABELA 523 EXEMPLO PROPRIEDADES DOS LIGANTES A RECUPERADO DO RAP B VIRGEM Envelhecimento Propriedade Temperatura crítica oC RTFOT DSR Gsen δ Alta 86 DSR Gsen δ Intermediária 31 BBR S Baixa 14 BBR valor m Baixa 11 PG Atual PG 8611 M 320 PG 8210 a Ligante recuperado do RAP Envelhecimento Propriedade Temperatura crítica oC RTFOT DSR Gsen δ Alta 55 DSR Gsen δ Intermediária 22 BBR S Baixa 26 BBR valor m Baixa 27 PG Atual PG 5527 M 320 PG 58 28 b Ligante virgem Fonte Asphalt Institute 2014 401 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas Tratando o problema linearmente o valor crítico da temperatura alta do ligante virgem pode ser determinado da seguinte forma 540 Onde TVirgem temperatura crítica alta do ligante virgem TLigFinal temperatura crítica alta do ligante ao final da mistura entre ligante virgem e ligante contido no RAP RPBR razão recicladoligante TRAP temperatura crítica alta do ligante recuperado do RAP Considerando os valores na tabela 523a a temperatura alta crítica do ligante virgem é calculada por 541 Do resultado o ligante virgem requer uma temperatura crítica alta de 55oC arredondada para cima ou superior para produzir uma classificação final de ligante de PG 64 usando 30 do RAP RPBR 030 Este processo é repetido para as temperaturas críticas intermediária e baixa para rigidez BBR e valorm como mostrado a seguir Para a temperatura crítica intermediária 542 Para a temperatura crítica baixa da rigidez S encontrada no ensaio BBR 543 Para a temperatura crítica baixa para o valorm encontrado no ensaio BBR 544 Usando as equações para os níveis de temperatura crítica alto intermediário e baixo as propriedades necessárias do ligante constam na tabela 523b Como indicado na tabela 523b e na figura 532 o grau mínimo de alta temperatura do li gante virgem deve estar a 55oC arredondado ao grau mais próximo para satisfazer os requisitos de grau combinado PG 6422 usando o RAP da tabela 523a no teor de 30 RPBR 030 Isso significa que um PG 58xx é necessário acima de 55oC na figura 532 402 Bernucci Motta Ceratti e Soares Figura 532 Blending chart para temperatura alta teor de RAP conhecido Fonte Asphalt Institute 2014 A tabela 523b e a figura 533a e b indicam que o grau mínimo de temperatura baixa do ligante virgem deve estar a 27oC que é o valor de temperatura mais baixa quando se considera a rigidez S e o valorm no ensaio de BBR Arredondase para o grau mais próximo de modo a satisfazer os requisitos do grau combinado PG 6422 usando o RAP na tabela 523a com um teor de 30 Um PG xx28 seria necessário para garantir o valor mínimo exigido de 27oC 403 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas Figura 533 Blending charts para temperatura baixa a BBRS b BBR valorm Fonte Asphalt Institute 2014 Ao final um ligante com PG 5828 seria selecionado como ligante virgem para uma mistura usando 30 do ligante do RAP RPBR 030 com as características indicadas na tabela 523a Uma última verificação diz respeito ao grau intermediário da temperatura Gsenδ na figura 534 O ligante virgem precisará ter uma temperatura intermediária crítica não superior a 22oC A temperatura intermediária crítica máxima definida pela AASHTO M 320 para um ligante com PG 5828 é de 19oC Portanto o ligante recuperado selecionado atende a todos os requisitos 404 Bernucci Motta Ceratti e Soares Figura 534 Blending chart para temperatura intermediária Fonte Asphalt Institute 2014 ii Determinação da granulometria combinada Na determinação da granulometria combinada dos agregados de uma MARQ o RAP deve ser tratado como qualquer um dos demais agregados virgens ainda que contenha agregado e ligante envelhecido Notese contudo que diferentemente dos agregados virgens a porcenta gem de agregado no RAP será menor do que a porcentagem total de RAP adicionada à mistura Para se determinar a granulometria combinada dos agregados da MARQ precisase deter minar a quantidade de agregado do RAP RAPagregado como um percentual em peso da MARQ Essa porcentagem de agregado do RAP é função da porcentagem do RAP total desejado para a mistura RAPMistura bem como do teor de ligante presente no RAP sendo obtida conforme a equação seguinte 545 Onde RAPagregado porcentagem do RAP que é relativa ao agregado sendo usado no cálculo da mistura de agregados combinada RAPMistura porcentagem total de RAP usado na mistura PbRAP teor de ligante do RAP em porcentagem Por exemplo para se usar em uma MARQ um total de 25 de um RAP cujo teor de ligante é de 60 a porcentagem de RAP da pilha como se fora uma pilha de agregado do RAP é determinada da seguinte maneira 405 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas Notese que esses 235 representam os agregados no RAP uma vez que foi descontado o teor do ligante Passase então a ajustar as porcentagens dos agregados virgens AgVirgem dividindose a quantidade de cada agregado virgem AgVirgemMisturai pela quantidade total de agregado virgem da mistura proporcionada pela diferença entre RAPagregado e RAPMistura O que ocorre é que as porcentagens dos agregados virgens são ligeiramente acrescidas uma vez que a porcentagem de agregado no RAP é um pouco menor que o teor de RAP descontase o teor de ligante do mesmo Portanto a equação para cada agregado virgem i da pilha de agregados e que será coloca do na MARQ fica da seguinte forma 546 Onde AgVirgemajustadoi porcentagem de um agregado virgem i ajustado usado nos cálculos da mistura de agregados combinada AgVirgemMisturai quantidade de um dado agregado virgem i usado na mistura em porcen tagem i 1 se refere ao material 1 i 2 se refere ao material 2 e assim por diante RAPMistura porcentagem total de RAP usado na mistura RAPagregado porcentagem do RAP que é relativa ao agregado sendo usado no cálculo da mistura de agregados combinada Ainda do exemplo anterior considerese que 100 dos agregados que constituirão a MARQ são divididos da seguinte forma 25 de RAP 20 de agregado graúdo 19 30 de agre gado graúdo 125 e 25 de agregado miúdo Considerando a totalidade dos agregados as respectivas porcentagens em peso a serem retiradas das pilhas de cada um são como apre sentado a seguir Para o agregado graúdo 19 Para o agregado graúdo 125 Para o agregado miúdo Assim para calcular a granulometria combinada dos agregados da MARQ as porcentagens da pilha de cada agregado mostradas na tabela 524 são utilizadas As porcentagens da pilha também devem ser usadas no cálculo das propriedades de consenso dos agregados bem como da sua densidade combinada 406 Bernucci Motta Ceratti e Soares TABELA 524 CÁLCULO DAS PORCENTAGENS DOS AGREGADOS DA PILHA PARA GRANULOMETRIA COMBINADA Material de agregado antes do ajuste da granulometria de cada agregado para compor a granulometria combinada Agregado graúdo 19 20 204 Agregado graúdo 125 30 306 Agregado miúdo 25 255 Agregado RAP 25 235 Fonte Elaborada pelos autores iii Manuseio de RAP no laboratório Para a dosagem de uma MARQ os agregados são agrupados de acordo com as suas res pectivas porcentagens e então misturados A mistura de agregados virgens é preaquecida em temperatura ligeiramente acima da temperatura de mistura de modo a considerar a perda de calor durante a pesagem que ocorre antes de se iniciar o processo de dosagem Experiência é necessária de modo a não se incorrer no risco de queima do ligante O RAP agregado junto ao ligante deve ser mantido separado dos agregados virgens ou seja são aquecidos separa damente Como exemplo considerese 5000 g de agregados para preparação de uma mistura Usan do as percentagens apresentadas na tabela 524 a quantidade de agregados é a seguinte Agregado graúdo 19 204 x 5000 g 1020 g Agregado graúdo 125 306 x 5000 g 1530 g Agregado miúdo 255 x 5000 g 1275 g Agregado RAP 235 x 5000 g 1175 g TOTAL 5000 g A quantidade total de RAP que precisará ter na pilha para mistura é calculada multiplican dose o valor da massa do agregado RAP pelo RAPMistura dividido pelo RAPPilha como mostrado a seguir 547 Onde Massa RAP Mistura massa total de RAP para mistura Massa Agregado RAP massa do agregado RAP na mistura RAPagregado porcentagem do RAP que é relativa ao agregado sendo usado no cálculo da mistura de agregados combinada RAPMistura porcentagem total de RAP usado na mistura Usando os dados do exemplo a massa de RAP a misturar é calculada da seguinte forma 407 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas Assim para cada amostra de 5000 g de mistura a ser feita neste exemplo específico 1250 g de RAP devem ser colocados separadamente em um recipiente iv Aquecimento do RAP e agregados virgens no processo de dosagem da MARQ Normalmente agregados virgens são misturados e colocados em estufa na temperatura de mistura Por conter ligante o RAP não pode ser aquecido sem que isso afete as propriedades do ligante Portanto para misturas com RAP MARQ recomendase que o mesmo seja agrupado separadamente em não mais do que 1 a 2 kg 1000 a 2000 g e aquecido por não mais de 2 h a 110oC Tratase de tempo suficiente para aquecer o RAP e remover a umidade da sua superfície Temperaturas mais altas e tempos de aquecimento mais longos podem alterar as propriedades do RAP Para compensar a introdução de uma temperatura menor o agregado virgem deve ser aque cido acima da temperatura de mistura Embora as temperaturas reais da mistura possam variar a regra geral é aumentar a temperatura dos agregados virgens em 05oC para cada porcentagem de RAP na mistura RAPMistura Assim para uma mistura com RAPMistura 25 a temperatura de mistura dos agregados virgens deve ser elevada em 125oC 05oC x 25 A temperatura de mistura do ligante virgem não deve ser ajustada Para confecção da amostra o agregado virgem é adicionado a um recipiente e o RAP aquecido é adicionado e rapidamente misturado com os agregados virgens Assim como no processo normal de qualquer mistura asfáltica o ligante virgem é então adicionado na quantidade apropriada e o processo de mistura é iniciado v Determinação da nova quantidade de ligante virgem Como a amostra de RAP prémisturada contém ligante e agregados a massa do ligante do RAP deve ser contabilizada para que o conteúdo total do ligante da mistura esteja correto Isso é feito calculando a massa total do ligante a ser usada para um teor de ligante especificado subtraindoa do teor de ligante do RAP para se obter a massa do ligante virgem a ser adiciona do Isso é mostrado na equação a seguir 548 Onde Massa do Ligante Virgem massa total do ligante virgem Pb teor de ligante desejado em porcentagem Ps teor de agregado 100 Pb em porcentagem Massa RAP massa total de RAP que será misturado Massa Agregado RAP massa do agregado RAP na mistura Usando os dados do exemplo anterior e assumindo um teor de ligante total desejado de 50 a massa do ligante virgem pode ser calculada conforme segue 408 Bernucci Motta Ceratti e Soares Portanto para obter um teor de ligante total de 50 na mistura precisase de 263 g de li gante adicionados a 5000 g de agregados No entanto como o RAP antes da mistura 1250 g contém ligante há de se levar isso em conta para calcular a quantidade de ligante virgem a adicionar No exemplo há 75 g de ligante no RAP deixando 188 g de ligante virgem a ser adi cionado para se obter um teor total de ligante de 50 em massa da mistura Comentários adicionais a escolha dos agregados novos é feita com base nas faixas granulométricas sugeridas pelos órgãos rodoviários e nas características de abrasão e equivalente de areia desses materiais a seleção da consistência do ligante novo é feita a partir dos blending charts mencio nados anteriormente para a determinação do teor de ligante final da MARQ utilizase o procedimento de dosagem convencional Para o Asphalt Institute o teor de projeto é aquele que apresen ta um Vv 4 hoje tendendo a utilizar um Vv 5 O procedimento do Asphalt Institute tem como principal vantagem a simplicidade pois uma vez definida a quantidade de ligante novo em relação ao ligante do fresado a dosagem segue o procedimento convencional misturas sem RAP Vale comentar que o teor de projeto pode ser determinado levandose em conta outros parâmetros No Brasil conforme visto anteriormente o teor de projeto é aquele que satisfaz os limites de volume de vazios relação betumevazios e resistência à tração por compressão diametral DNITES 0332021 tal como previsto na DNITES 0312006 56 MISTURAS ASFÁLTICAS RECICLADAS A FRIO As misturas recicladas a frio são geralmente estabilizadas com ligante asfáltico emulsão asfál tica ou asfalto espumado e ligante hidráulico cimento Portland ou cal hidratada adicionados para influenciar a mistura nos seguintes aspectos cura propriedades tais como plasticidade e rigidez e adesividade do ligante asfáltico aos agregados GODENZONI et al 2016 ASPHALT ACADEMY 2020 Castro 2003 fez um apanhado sobre espuma de asfalto que estava chegando ao país e os processos de reciclagem utilizando esse material Fez uso de uma máquina de espumação em laboratório e também o acompanhamento de uma obra executada na rodovia RJ106 com três trechos teste onde foi variando os teores de espuma tendo feito a avaliação por 20 meses após a abertura ao tráfego Zubaran 2014 buscou definir metodologia para produção de misturas recicladas mornas utilizando espuma de asfalto em usina preparada para processar o RAP em um módulo es pecial No campo foram aplicados uma mistura de referência sem RAP mas com espuma e outra com 50 de RAP e espuma Avaliações volumétricas mecânicas e de envelhecimento do ligante ao longo do processo indicaram a viabilidade econômica ambiental e técnica da reciclagem morna Entre os tipos de misturas recicladas a frio utilizadas para reabilitação de pavimentos po dem ser citados pelo menos quatro tipos distintos que são usados em diferentes situações de níveis de tráfego caracterizados pelo tipo de agente estabilizante e dosagem dos mesmos bem 409 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas como pelo comportamento mecânico esperado GRILLI et al 2012 GODENZONI et al 2016 Os quatro tipos são caracterizados de acordo com o tipo de estabilizante e o teor adotado bem como o seu comportamento mecânico Encontramse brevemente descritos a seguir segundo Silva 2019 materiais estabilizados com cimento mistura reciclada produzida apenas com a adição de cimento como agente estabilizante CTM do inglês cementtreated material caracteriza da pela susceptibilidade ao trincamento por retração ocorrendo a redução da flexibilidade da mistura comportamento frágil e aumento da resistência à deformação permanente podendo o CTM conter até 6 de teor de cimento GRILLI et al 2012 CARDONE et al 2014 mistura asfáltica a frio denominada em inglês como cold asphalt mixture CAM essa mistura recebe tal denominação por ser produzida com mais de 3 de teor de asfalto espuma ou emulsão considerado um teor elevado quando comparado com os outros tipos de misturas recicladas a frio e teor de ligante hidráulico limitado adicionado apenas com a função de fíler ativo A composição da CAM propicia um aumento da resistência à umidade e da flexibilidade apresentando comportamento susceptível à temperatura e à taxa de carregamento São mis turas geralmente utilizadas em camadas de ligação binder e camadas de base do pavimento asfáltico GRILLI et al 2012 CARDONE et al 2014 mistura estabilizada com asfalto estabilizada com teor máximo de 3 de emulsão ou espuma e teor máximo de 1 de cimento Portland ou cal hidratada adicionados na mistura especificamente para função de fíler ativo são denominadas em inglês de bitumen stabili zed material BSM Nessa proporção adotada na composição do BSM a mistura apresenta comportamento mecânico compatível aos materiais granulares com a forma de dispersão do estabilizante asfáltico aumentando a coesão da mistura a resistência ao dano por umidade e a resistência à deformação permanente JENKINS et al 2007 ASPHALT ACADEMY 2009 GUATIMOSIM 2015 material estabilizado com cimento e asfalto caracterizado por possuir maior coesão e rigi dez sendo menos propenso à deformação permanente quando por exemplo comparado com os BSMs Os materiais estabilizados com cimento e asfalto CBTM do inglês cementbitumen treated material são estabilizados com teor máximo de 3 de emulsão ou espuma e com teor de cimento entre 1 e 3 adotandose geralmente teor de cimento a partir de 2 O CBTM tem seu comportamento mecânico influenciado pelo teor de cimento adotado e de estabilizante asfáltico utilizado devido ao tipo de cobertura das partículas dos agregados o que reduz a susceptibilidade ao trincamento e à rigidez estrutural geral da camada reciclada podendo ainda destacarse a dependência do tempotemperatura e propensão ao dano por fadiga como ocorre com um CA GRILLI et al 2012 CARDONE et al 2014 GODENZONI et al 2016 Nas misturas asfálticas recicladas a frio o ligante asfáltico presente no RAP geralmente não é extraído e recuperado para caracterização uma vez que o material fresado é considerado como um black rock Porém já existem estudos sobre o uso de ARs emulsionados para mis turas recicladas a frio com 100 de material fresado UNGER FILHO 2018 onde a dosagem da mistura reciclada segue um protocolo semelhante ao da dosagem Marshall para misturas a quente porém com os parâmetros de acordo com a especificação da ARRA 2017 Segundo o manual da Asphalt Academy 2020 a quantidade de emulsão ou asfalto espu mado em misturas estabilizadas com asfalto BSM não deve ultrapassar 25 em massa de agregado seco Na versão anterior do referido manual ASPHALT ACADEMY 2009 era con siderado BSM teores de ligante asfáltico até 30 em massa A dispersão adequada desses estabilizantes asfálticos e a cobertura dos agregados estão diretamente associados ao aumento da resistência melhoria na coesão e redução da susceptibilidade à umidade Para o caso de uso 410 Bernucci Motta Ceratti e Soares do cimento Portland o manual limita o percentual em 10 A figura 535 mostra o compor tamento das misturas estabilizadas a frio em comparação com outros materiais utilizados em pavimentação a depender da quantidade de ligante asfáltico e cimento adicionados Figura 535 Comportamento dos diferentes materiais utilizados em pavimentação 5 14 23 0 Levemente cimentado Fonte Asphalt Academy 2020 A escolha do tipo de mistura reciclada a frio deve estar diretamente associada ao papel que esse material terá dentro da estrutura do pavimento bem como do tipo de falha ou mecanismo de ruptura atribuída a ele no dimensionamento da estrutura KUCHIISHI et al 2019 Em se tratando da dosagem das misturas recicladas muito se discute na literatura sobre o que seria mais adequado em termos de tipo de compactação percentual de ligante asfáltico e ligante hidráulico além do processo de cura Este último em termos de tempo temperatura e condição do CP talvez seja o ponto de maior divergência conforme resumido por Bessa et al 2016 havendo muitas possibilidades dependendo do projeto da mistura Na África do Sul a Asphalt Academy 2020 menciona algumas etapas importantes para a dosagem de misturas estabilizadas com asfalto BSM entre elas 1 definição dos mecanismos de ruptura do material a ser projetado a África do Sul atribui às misturas estabilizadas com asfalto um caráter granular de maior coesão sendo a deformação permanente o principal mecanismo de dano do material além das ques tões associadas ao dano por umidade 2 considerações sobre o tipo de mistura relacionadas ao tráfego previsto qualidade dos materiais e clima da região mesmo as misturas estabilizadas com asfalto são divididas em classes a depender de sua qualidade 3 definição do tipo de ligante asfáltico emulsão ou espuma de asfalto 4 ensaio de resistência à tração por compressão diametral antes e após o condicionamen to em água como etapa de definição do teor de ligante a ser incorporado à mistura 411 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas 57 TRATAMENTO SUPERFICIAL Os tratamentos superficiais abrangem uma variedade de serviços rodoviários em que geralmen te o ligante asfáltico e os materiais pétreos são aplicados em espessuras inferiores a 25 mm sobre bases granulares ou pavimentos estruturalmente adequados Podem ser classificados de acordo com a sua aplicação nos seguintes tipos Ceratti et al 2015 a usinados lama asfáltica e microrrevestimento asfáltico a frio e b sem mistura prévia tratamentos superficiais por penetração 571 Tratamento superficial asfáltico por penetração TSP O tratamento superficial por penetração TSP como descrito no capítulo 4 é um revestimento asfáltico flexível de espessura delgada executado por espalhamento sucessivo de ligante asfál tico e agregado em operação simples ou múltipla sendo classificado em dois tipos o tratamento superficial simples TSS iniciase pela aplicação do ligante sendo re coberto em seguida por uma única camada de agregado O ligante penetra de baixo para cima no agregado penetração invertida A prática em alguns estados brasileiros recomenda subdividir a taxa de emulsão em duas aplicações sendo a primeira antes da distribuição dos agregados e a segunda diluída em água como banho superficial sobre os agregados já espalhados o tratamento múltiplo iniciase pela aplicação do ligante que penetra de baixo para cima penetração invertida na primeira camada de agregado enquanto a penetração das ca madas seguintes de ligante é tanto invertida como direta A espessura acabada é da ordem de 10 a 20 mm Os tratamentos múltiplos dividemse em TSD e TST O TSD é uma solução bastante difundida há décadas no país para revestimentos de pavi mentos novos sobre base granular de solo ou estabilizada com amplo histórico de sucesso Mais recentemente a aplicação dessa técnica vem sendo estendida também para restaurações de pavimentos podendo ser executada sobre praticamente qualquer tipo de revestimento que não tenha irregularidades significativas e que não apresente sinais de defeitos estruturais quan do utilizada isoladamente capítulo 11 Devido à pequena espessura do tratamento é especial mente importante a sua ligação eficiente à superfície a receber o tratamento No TSP é o agregado que confere a textura e a cor da pista sendo suas funções principais transmitir as cargas até o substrato resistir à abrasão e à fragmentação pela ação do tráfego resistir ao intemperismo assegurar uma superfície antiderrapante promover uma drenagem superficial adequada Para obter essas qualidades é necessário que as propriedades geométricas físicoquímicas e mecânicas do agregado que dependem das suas características mineralógicas e dos métodos usados na sua fabricação satisfaçam algumas exigências ilustradas na figura 536 e na tabela 525 BARROSO et al 2020 412 Bernucci Motta Ceratti e Soares TABELA 525 ENSAIOS GERAIS PARA AGREGADOS EM TSPS Ensaios Normas Unidade Valores a serem considerados Granulometria DNERME 08398 passante Faixas granulométricas para TSS TSD e TST Absorção de água DNERME 8164 massa Máxima 1 Índice de forma DNERME 8694 massa Superior a 05 Durabilidade ABNT MB 1665 massa Inferior a 12 Abrasão Los Angeles DNERME 03598 massa Igual ou inferior a 40 Agregado graúdo adesividade ABNT NBR 125832017 Condição de recobrimento Adesividade satisfatória Fonte Barroso et al 2020 Vale notar que é admitida para os TSPs a exploração de resíduos do reaproveitamento e reciclagem de materiais devendose atender às disposições da ABNT NBR 100052004 ob tenção de extrato lixiviado de resíduos sólidos Alguns resíduos devem ser classificados como perigosos não inertes enquadrandose na classe IIB da ABNT NBR 100042004 Exemplos de materiais são os fresados MESQUITA JÚNIOR 2017 borracha reciclada moída e agrega dos siderúrgicos ROCHA 2011 LOIOLA 2009 Como exemplo citase que Rocha 2011 avaliou em laboratório e em campo o uso de agregado siderúrgico escória de aciaria tratada previamente para diminuir a expansão na gra nulometria de 0 a 5 mm como agregado de um TSD utilizando emulsão RR2C Flex com po límero SBR Discute vários modelos de dosagem e também executou um trecho experimental de 1 km em uma estrada municipal com sucesso quando comparado ao segmento completo executado com agregados naturais Com respeito à granulometria a distribuição mais uniforme é a mais adequada Com agrega dos bem graduados graduação contínua há um envolvimento heterogêneo das partículas po dendose chegar à ausência total de cobertura de alguns grãos diminuindose assim a adesão global e aumentandose o risco de rejeição desses O risco de exsudação posterior do ligante também é maior Com agregados de dimensões similares aplicados na taxa correta há uma adesão mais uniforme e portanto maior estabilidade do conjunto Obtémse assim também uma área máxima de contato pneuagregado Costumase denominar os agregados de dimensões similares pelos diâmetros nominais míni mo d e máximo D com uma indicação da tolerância quanto às frações menor que d e maior que D Segundo Pinto 2004 o diâmetro máximo é definido como a abertura da malha da menor peneira na qual passam no mínimo 95 do material enquanto o diâmetro mínimo é a abertura da malha da maior peneira na qual passam no máximo 5 do material Não existe um critério universal quanto aos valores numéricos que devem ser satisfeitos pela granulometria do agregado Geralmente os tamanhos relativos das peneiras d e D são assim definidos d k x D onde k 05 a 08 sendo as porcentagens permitidas das frações superiores a D e inferiores a d da ordem de 10 a 25 A tabela 526 apresenta uma recomendação para a graduação de agregado de acordo com a intensidade do tráfego LARSEN 1985 413 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas Figura 536 Exemplos de equipamentos para ensaios em agregados para tratamento superficial Fonte Chaves 2004 TABELA 526 RECOMENDAÇÃO PARA AGREGADOS DE TRATAMENTOS SUPERFICIAIS Tráfego 1 2 e 3 a VMD total volume médio diário nos dois sentidos 2000 2000 k dD 065 050 Fração D 10 20 Fração 125 D zero Fração 150 D zero Fração d 15 25 Fração 2 mm peneira no 10 2 5 Fração 0075 mm peneira no 200 05 10 a Tráfego 2 corresponde a 500 VMD 2000 e tráfego 3 a VMD 500 Apesar das recomendações serem idênticas para tráfego 2 e 3 o tamanho do agregado tende a ser menor quanto menor o volume de tráfego e fica a critério do projetista Fonte Larsen 1985 De uma forma geral quanto mais pesado e intenso o tráfego maior deverá ser o tamanho do agregado Por outro lado quanto mais rígido o substrato menor será esse tamanho Para fixação adequada do TSS na base de solo mais fino é indicado o agulhamento de agregado na mesma previamente à colocação do TSS Na escolha do tamanho do agregado devese ainda considerar que acima de um certo valor da ordem de 125 mm tratamento simples a dificuldade em se fixar o agregado no ligante aumenta significativamente sendo maior o risco de rejeição Quanto maior o tamanho do grão maior será também o ruído gerado e maior o desgaste dos pneus Para os tratamentos múltiplos o agregado de tamanho maior primeira camada é protegi do pelas camadas superiores e o risco de rejeição ou de exsudação é menor O tamanho relativo do agregado nas várias camadas do tratamento múltiplo é frequentemente escolhido de tal maneira que o tamanho nominal do agregado em cada camada seja a metade do corres pondente tamanho na camada inferior A dosagem exata das taxas a serem empregadas deve ser indicada pelo laboratório A subdosagem de ligante resultará em um revestimento pouco durável sujeito à desagregação O excesso de ligante asfáltico resultará em uma camada de rolamento com macrotextura da superfície fechada e sujeita a exsudação A definição das taxas de aplicação dos materiais se dá em função do tamanho das partículas sendo que o teor de ligante deve ser corrigido conforme ocorra a absorção pela superfície dos minerais 414 Bernucci Motta Ceratti e Soares A norma DNIT 1462012 ES descreve as características e formas de aplicação de TSS a DNIT 1472012 TSD e DNIT 1482012 ES TST Como exemplo na norma DNIT 1462012 indicamse as seguintes taxas de aplicação de ligantes e agregados ligante asfáltico 08 lm2 a 12 lm2 e agregados entre 8 kgm2 a 12 kgm2 572 Projeto do tratamento superficial por penetração TSP O projeto para o tratamento superficial visa à adequação do tipo de tratamento e dos mate riais a serem usados bem como as suas dosagens de acordo com as condições específicas da obra A base de conhecimento ainda hoje usada nesses projetos data da década de 1930 mais especificamente dos estudos de F M Hanson na Nova Zelândia com experiências em vários outros países Atualmente há grande número de métodos para dosagem dos materiais no tratamento superficial em geral considerandose parâmetros relacionados ao tamanho do agre gado diâmetro médio no caso do método de Linckelheyl tamanho máximo efetivo abertura da malha da peneira na qual passam 90 do agregado no caso do método da Califórnia diâmetro médio ponderado no caso do método do Asphalt Institute Larsen 1985 destaca que quan do se usam agregados de tamanho comum 5 a 20 mm há pequena diferença nos resultados pelos diversos métodos O leitor pode consultar Larsen 1985 e Pinto 2004 para discussões e exemplos de diferentes métodos de dosagem Aqui será visto o método experimental direto de dosagem e na sequência experiências mais recentes de dosagem no país com base em Barroso et al 2020 Método experimental direto O método direto mais usado é o chamado ensaio de placa ou bandeja que consiste em es palhar o agregado sobre uma placa plana de área conhecida 500 x 500 mm de modo a cobrir a área da placa obtendose um mosaico uniforme de agregado sem superposição e sem falhas Devese repetir o processo três vezes PINTO 2004 Este é um método direto no qual a quantidade de agregados é determinada experimental mente pelo uso de gabarito retangular simples de contornos metálicos com as dimensões internas de 05 x 10 m e altura de aproximadamente 3 cm O agregado retirado de uma caixa previamente pesada é acomodado dentro do gabarito uniforme e cuidadosamente evitando faltas ou excessos Feito isso pesase novamente a caixa obtendose por diferença de peso a quantidade em quilos do agregado distribuído no gabarito Multiplicando por dois visto que a caixa tem 05 m de largura dessa quantidade é obtida a taxa de agregados em kgm2 Proce dese da mesma forma com as demais granulometrias que comporão cada camada Usando a densidade aparente do agregado convertemse as quantidades obtidas em litrosm2 BUZATTI 1994 Calculase a taxa de agregado graúdo da primeira camada Tg pela seguinte expressão 549 Onde Pt massa da placa com o agregado Pp massa da placa A área da placa 415 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas Conhecida a massa específica aparente solta do agregado em gcm³ calculase a mesma taxa em litrosm² ou seja 550 A taxa de agregado miúdo Tm é aproximadamente metade da taxa de agregado graúdo no caso do TSD A taxa de ligante TL considerando o uso de CAP é determinada por 551 Onde 552 O uso de uma caixa dosadora 800 x 250 x 40 mm idealizada por Vaniscotte e Duff 1978a 1978b é útil na dosagem do agregado figura 537 LARSEN 1985 Espalhase o agregado sobre o fundo da caixa em posição horizontal de modo a formar um mosaico igual ao que se deseja construir na pista Colocase então a caixa na posição vertical e lêse a taxa de agregado em litrom² na graduação indicada na tampa transparente da caixa PINTO 2004 A mesma caixa pode ser usada no controle do espalhamento na pista Figura 537 Caixa dosadora para tratamento superficial 30 30 25 25 15 15 35 30 25 20 15 10 5 20 20 10 10 litrom litrom2 5 Fonte Larsen 1985 A dosagem ótima é a que corresponde à ausência de exsudação e o mínimo de rejeição de agregado da última camada do tratamento o que é possível por exemplo a partir da realiza ção de testes em um simulador de tráfego de laboratório onde rodas padronizadas solicitam o tratamento construído em placas experimentais 416 Bernucci Motta Ceratti e Soares Pinto 2004 apresenta o seguinte exemplo do método experimental direto para um TSD Dada a massa da bandeja ou placa com o agregado da primeira camada Pt 9019 kg sendo a massa da bandeja ou placa Pp 3593 kg e a área da placa A 032 m2 Calculase a taxa de agregado graúdo da primeira camada Tg Lembrando que a taxa de agregado miúdo Tm é aproximadamente metade da taxa de agre gado graúdo portanto Tm 9 kgm2 A taxa total de agregados é dada por Conhecida a massa específica aparente solta do agregado no exemplo 135 gcm³ calcula se a taxa total de agregados em litrosm² da seguinte forma A taxa de ligante TL é determinada por Esse volume é dividido entre os dois banhos assumindose como regra prática que 60 do valor é colocado no 10 banho de ligante e 40 no 20 10 banho de ligante 60 1a camada de agregado 20 banho de ligante 40 2a camada de agregado Como ilustração de dosagem de TST pelo método da caixa dosadora apresentase a seguir outro exemplo de modo a fornecer ao leitor ordens de grandeza dos parâmetros considerados 1 Materiais utilizados o material asfáltico usado é uma emulsão RR2C obedecendo às características técnicas da NBR 14594 Os agregados são brita 1 3458 brita 0 3814 e pedrisco 14238 mm enquadradas nas faixas A B e C da especi ficação DNERES 31097 As granulometrias desses agregados são apresentadas na tabela 527 e os resultados dos demais ensaios na tabela 528 2 Projeto pelo método direto da caixa dosadora chegouse às quantidades indicadas na tabela 529 TABELA 527 GRADUAÇÃO DOS AGREGADOS PARA TST USADOS NO EXEMPLO Peneira Brita 1 Especificação faixa A Brita 0 Especificação faixa B Pedrisco Especificação eaixa C 1 100 ¾ 1000 90100 ½ 23 2055 100 38 03 015 1000 85100 1000 100 N0 4 02 0 14 1030 914 85100 N0 10 04 010 227 1040 N0 200 01 01 02 02 08 02 Fonte Elaborada pelos autores 417 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas TABELA 528 RESULTADOS DOS DEMAIS ENSAIOS Unidade Especificação Brita 1 Brita 0 Pedrisco Massa específica aparente solta gcm³ 1551 1532 1450 Ensaios de qualidade do agregado Índice de lamelaridade DAER RSEL 10801 40 máximo 134 87 Abrasão Los Angeles 40 máximo 161 Fonte Elaborada pelos autores TABELA 529 RESULTADOS DA DOSAGEM Taxa da 1a aplicação de RR2C 11 litrom² Taxa da 1a aplicação de agregado brita 1 194 kgm² Taxa da 2a aplicação de RR2C 12 litrom² Taxa da 2a aplicação de agregado brita 0 102 kgm² Taxa da 3a aplicação de RR2C diluída 10 litrom2 diluído a 30 de água Taxa da 3a aplicação de agregado pedrisco 67 kgm2 Obs Para os cálculos da taxa de ligante considerouse o resíduo da emulsão no valor de 680 Fonte Elaborada pelos autores Avanços recentes do projeto de TSPs no Brasil As recomendações a seguir advêm dos trabalhos de Barroso et al 2020 para os diversos tipos de tratamentos superficiais sendo que esses trabalhos vêm buscando uma maior raciona lidade às dosagens desse importante tipo de revestimento sobretudo em regiões que possuem volumes de tráfego mais baixos Não por acaso muitos dos desenvolvimentos ocorreram justa mente no Ceará estado no qual 61 dos revestimentos são em TSP A seguir são colocadas as recomendações divididas em TSS TSD e TST No método de dimensionamento de pavimentos asfálticos do DNIT MeDiNa os tratamentos superficiais duplos e triplos estão contemplados para tráfego correspondente a N 106 TSS Os agregados devem ser selecionados a partir de partículas angulares e de textura rugosa a fim de favorecer a aderência com a emulsão asfáltica A absorção de ligante pelo agregado deve ser considerada no projeto de forma a ponderar a taxa de ligante absorvido Outro parâmetro a observar é a uniformidade do tamanho sendo recomendados grãos cúbi cos e de distribuição granulométrica uniforme A tabela 530 traz as classes adotadas em TSS conforme o volume de tráfego e já inclui informações do TSD discutido mais adiante TABELA 530 CLASSES GRANULOMÉTRICAS PARA TSS E TSD TS Classes D1d1 mm D2d2 mm N TSS I 1916 NA 25 105 N 75 105 II 1610 NA 75 104 N 25 105 III 1063 NA 75 104 N TSD III 1916 1610 25 106 N 5 106 IIIII 1610 1063 106 N 25 106 IVIII 1910 1063 N 106 Obs D1d1 representam as aberturas das malhas referentes a 100 de material passante e 100 de material retido da primeira camada e D2d2 se referem à segunda camada Fonte DERTESP1000 2000 418 Bernucci Motta Ceratti e Soares Selecionada a classe de serviço calculase o parâmetro performance based uniformity co efficient PUC aqui traduzido como coeficiente de uniformidade SILVA et al 2018 Tratase de um indicador da qualidade do agregado para emprego em TSPs por meio da análise granulo métrica O PUC une o critério de falha de McLeod figura 538 e o coeficiente de uniformidade utilizado em solos O risco de falha pelo excesso de ligante ou perda de agregado é minimizado quando a graduação dos agregados é escolhida adequadamente Figura 538 Critério de McLeod Fonte Barroso et al 2020 adaptado de Lee e Kim 2009 A porcentagem de excesso de ligante e de perda de agregado pode ser calculada pelas equações 553 e 554 respectivamente sendo o PUC função dessas duas variáveis conforme a equação 555 553 554 555 Onde PUC coeficiente de uniformidade expresso em PEM percentual que passa na curva granulométrica do agregado correspondente ao diâ metro 07 M Esse percentual representa a quantidade de agregado com tamanho muito menor que o da mediana e apresenta riscos de exsudação M diâmetro correspondente a 50 do material que passa na curva granulométrica do agregado ou seja tratase da mediana da curva granulométrica P2EM percentual que passa na curva granulométrica do agregado correspondente ao diâmetro 14 M Esse percentual representa a quantidade de agregado com tama nho muito maior que o da mediana e apresenta riscos de se soltar do revestimento As partículas menores que PEM estão sujeitas a induzirem exsudação pois seu alto percentu al de recobrimento diminui o contato dos pneus com a macrotextura dos agregados Já os grãos superiores a P2EM podem se sujeitar ao descolamento uma vez que a baixa área superficial aderida ao filme de ligante pode não ser suficiente aos esforços impostos sobre o TSS A figura 539 esquematiza esses limites que podem ser inferidos a partir da granulometria 419 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas Figura 539 Exsudação e perda de agregados em tratamentos superficiais 14M M 07M Fonte Mesquita Júnior 2020 Devese traçar a curva granulométrica do agregado e promover a retirada dos grãos que não se enquadrem nos limites das variáveis especificadas na equação 555 O valor assumido pelo PUC deverá ser o menor possível Para definição da taxa de agregados Tag recomendase considerar a influência do tipo de agregado na dosagem não se devendo ignorar a influência da densidade O método da bandeja pode ser usado para definir a taxa real de diferentes tipos de agregados naturais e artificiais Devese calcular Tag no laboratório em volume kgm3 recomendandose que seja confirmada no campo A especificação DERTESP1000 fixa o método da bandeja de fundo vermelho 500 mm 500 mm onde são colocadas manualmente as partículas de agregado até que se observe o mí nimo possível da cor vermelha conforme figura 540 Pela diferença de massa obtémse a taxa de agregados em massa Tmag que deve ser convertida para taxa em volume Tvag pela massa específica solta A determinação da massa específica solta também é obtida com uma caixa de madeira de dimensões internas de volume conhecido 300 mm 300 mm 200 mm A taxa de agregado Tag a ser aplicada equação 556 em volume será o resultado da taxa efetiva do agregado em volume Tvag multiplicado por 105 considerase na dosagem um ex cesso de 5 a mais de agregados 556 420 Bernucci Motta Ceratti e Soares Figura 540 Método da bandeja Fonte Pereira 2013 O teor de CAP em litrosm² é obtido da equação 557 Para cada tipo de emulsão deve ser feita uma avaliação da sua composição a fim de identificar o teor de CAP para a dosagem Para uma emulsão asfáltica do tipo RR2C por exemplo considerase o teor de CAP como 67 da composição do ligante e devido a sua viscosidade o seu aproveitamento é 10 superior ao do CAP ver equação 558 A partir da taxa aplicada de agregados Tag calculase a taxa de emulsão asfáltica TRR2C por meio da relação empírica da equação 559 conforme DERTESP1000 2000 557 558 Em que TRR2C teor de emulsão RR2C em lm² TCAP teor de CAP na composição da emulsão TSD A dosagem do TSD é similar à do TSS com algumas adaptações A tabela 528 já mostrava a relação das classes adotadas em TSDs segundo o volume de tráfego Aplicase a equação 556 descrita para a dosagem de TSS ao cálculo do PUC para uso na primeira camada do TSD Mesquita Júnior et al 2019 demonstram que a metodologia do coeficiente PUC possui maior impacto para a primeira camada do TSD Em relação à segunda camada de agregados deve ser considerada a granulometria convencionalmente descrita na tabela 528 em virtude de um melhor preenchimento verificado nos vazios do revestimento até que outras pesquisas possam confirmar a aplicação do PUC em TSD e TST 421 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas Devese então promover a retirada das partículas que se localizarem fora dos limites fixados nas malhas de PEM e P2EM apenas da primeira camada do TSD A taxa de agregados é calculada como a soma das duas taxas de materiais Essa taxa final deve ser validada em laboratório e no campo pelo método da bandeja de fundo vermelho DERTESP1000 2000 e convertida para volume A taxa de agregado Tag a espalhar em volume será o resultado da taxa do agre gado em volume Tvag multiplicado por 105 conforme apresentado na equação 560 para cada camada individual 559 Já a taxa de emulsão asfáltica TRR2C para TSD é calculada pela equação 561 Após a ob tenção do total de ligante necessário é feita a separação para cada camada No caso da taxa de emulsão recomendase destinar 40 do total para a primeira camada equação 564 e dos 60 restantes são destinados 05 litrom² para o banho diluído e o que sobrar é então aplicado na segunda camada de emulsão equação 565 560 561 562 Recomendase a aplicação do banho diluído pois aumenta consideravelmente a coesão superficial e funciona quase como um selante já que a matriz pétrea do TSP é mais aberta que a de misturas asfálticas A fabricação desse banho diluído se dá pela proporção de 11 de misturação em água Sua execução sobre o TSD deverá ocorrer logo após o espalhamento da segunda camada de agregados antes da etapa de compactação TST Reproduzemse aqui as classes granulométricas sugeridas pela norma do DERESP00021 2006 O agregado deve estar enquadrado em uma das seis faixas dispostas na tabela 531 Indicase o uso das combinações de classes BDF e ACE como grupos de dosagem em projetos de TST De modo preliminar recomendamse as curvas granulométricas das diferentes camadas do tratamento superficial A equação 555 de cálculo do PUC deve ser aplicada à primeira camada de agregados seguida da não aplicação na segunda em virtude de um preenchimento de va zios mais efetivo MESQUITA JÚNIOR et al 2019 Fica facultado ao projetista a aplicação do PUC para a terceira camada do TST O cálculo desse parâmetro deverá abranger o disposto no tópico para TSS assumindo o menor valor possível 422 Bernucci Motta Ceratti e Soares TABELA 531 CLASSES GRANULOMÉTRICAS PARA TST Classes Aberturas das peneiras mm 38 mm 25 mm 19 mm 125 mm 95 mm 48 mm 24 mm 0075 mm A 25125 100 90100 2055 010 02 B 1995 100 90100 2055 015 02 C 12548 100 90100 4075 015 02 D 9548 100 90100 020 05 02 E 9524 100 90100 1030 08 02 F 4824 100 75100 010 02 Fonte DERESP00021 2006 O projeto do TST deve trazer informações sobre i as classes escolhidas da tabela 531 ii detalhes do uso do PUC para primeira camada iii aplicação da classe de projeto para a segun da camada e iii procedimento escolhido para as partículas da terceira e última camada do TST de modo a manter a classe adotada pela tabela 531 ou modificála com o ajuste da uniformi dade proposto pelo PUC Devese então promover a retirada das partículas que se localizarem fora dos limites fixados nas malhas de PEM e P2EM para as camadas referentes a tal aplicação As primeiras taxas de agregados litrosm² são recomendadas conforme tabela 532 e devem em seguida ser confirmadas pelo método da bandeja A taxa efetiva de agregado é cal culada como a soma das taxas relativas das três camadas e com a validação em laboratório ou em campo pelo método da bandeja de fundo vermelho após converter a taxa da tabela 532 em massa para inferência por diferença de massa TABELA 532 TAXAS DE AGREGADOS LITROSM² PARA TST Camadas Classes BDF ACE 1a A 18 B 14 C D E F 2a C 95 D 7 E F Fonte DERESP00021 2006 Convertese a taxa efetiva para volume pela massa específica solta caixa de madeira de dimensões 300 mm 300 mm 200 mm em que a taxa de agregados Tag a ser espalha da é calculada como 105 taxa efetiva de agregados em volume A definição das taxas de emulsão asfáltica TEAP se dá conforme a classe granulométrica adotada anteriormente pela tabela 531 sendo que constam na tabela 533 423 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas TABELA 533 TAXAS DE EMULSÃO ASFÁLTICA PARA TST EM LM² Camadas BDF ACE 1a 14 14 2a 19 23 3a 08 10 Total 41 47 Fonte DERESP00021 2006 Em virtude da coesão do tratamento deverá ser descontado 05 litrom² da TEAPC referente à terceira camada de emulsão do TST aplicandose como banho diluído sobre o revestimento acabado antes da compactação da última camada de agregados Considerase a proporção 11 de diluição em água Ensaios de desempenho após a dosagem dos materiais Ensaios de desempenho são instrumentos para teste e validação dos procedimentos de do sagem em tratamentos superficiais em que as principais falhas de projeto a serem evitadas são a exsudação e a perda de agregados SILVA 2018 Não são ensaios comumente realizados no Brasil mas recomendase pelo menos a execução do ensaio de perda de agregados pela sua simplicidade e baixo custo Para tal pode ser usado o wet test abrasion test WTAT uma adaptação de procedimento para MRAF e lama asfáltica denominado perda por abrasão úmida ABNT NBR 147462014 Pode ser utilizado em TSPs para simular a perda de agregados através do desgaste D obtido em CPs com a dosagem definida em projeto O leitor é referido a Pereira 2013 para mais in formações sobre esse tema Conforme esses dois últimos trabalhos recomendase um D de até 20 obtido no equipamento WTAT para considerar o TSP como de bom desempenho 58 MICRORREVESTIMENTO ASFÁLTICO E LAMA ASFÁLTICA Conforme visto no capítulo 4 o microrrevestimento asfáltico e a lama asfáltica são tecnologias afins embora a segunda seja mais restritiva estando os agregados neste caso sujeitos a especi ficações menos severas quando comparadas às especificações do microrrevestimento Em am bos os casos o ganho estrutural é mínimo ou inexistente sendo as técnicas usadas fundamen talmente para melhoramento da rugosidade do revestimento Os procedimentos de dosagem são empíricos e envolvem ensaios e análises em laboratório complementadas por observações em campo Primeiramente são descritos aqui os ensaios mecânicos usados no procedimento de dosagem quando se consideram as duas técnicas para em seguida serem apresentados de for ma resumida os procedimentos propriamente ditos devidamente acompanhados de exemplos práticos Aconselhase buscar as referências Espírito Santo e Reis 1994 FHWA 1994 ISSA 2005a 2005b 2010 e DNIT 2018 para mais detalhes 424 Bernucci Motta Ceratti e Soares 581 Ensaios mecânicos A dosagem da lama asfáltica e do microrrevestimento é realizada de acordo com as recomen dações da International Slurry Surfacing Association ISSA fazendo uso dos seguintes ensaios que são descritos a seguir wet track abrasion test ISSATB 100 loaded wheel test ISSATB 109 wet stripping test ISSATB 114 WTAT Por meio desse ensaio determinase o teor de ligante mínimo para uma lama asfáltica ou um microrrevestimento O ensaio reflete a resistência à abrasão relativa à porcentagem de ligante Em conjunto com o loaded wheel test LWT permite determinar o teor ótimo de ligante que será empregado O teste simula as condições abrasivas como veículos freando e fazendo cur vas em condições úmidas O procedimento de ensaio utiliza uma amostra em forma de disco com 6 mm de espessura e 280 mm de diâmetro Essa amostra é ensaiada após passar um período de 1 hora ou excepcionalmente 6 dias submersa em água Esse disco é colocado no equipamento figura 541 ainda submerso em água e submetido a uma carga abrasiva rotativa de 23 kg por 5 minutos Após esse período secase e pesase o disco A perda máxima de massa para amostras submetidas à imersão por 1 hora e 6 dias é respectivamente 538 gm2 e 807 gm2 O teor de ligante que resulta nestas perdas de massa é considerado o teor mínimo de ligante Figura 541 Exemplo de equipamento WTAT Fonte Elaborada pelos autores 425 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas LWT Nesse ensaio realizado numa espécie de simulador laboratorial de tráfego determinase o teor de ligante máximo para uma lama asfáltica ou um microrrevestimento O procedimento emprega um corpo de prova de 50 mm de largura por 375 mm de comprimento que é compac tado com 1000 ciclos com carga de 57 kg no equipamento figura 542 Após a compactação o CP é lavado seco e pesado Colocamse então 300 g de areia sobre o corpo de prova que é submetido a mais 100 ciclos O CP é removido mais uma vez e pesado O aumento de massa devi do à adesão da areia é anotado O valor máximo aceitável de aumento de massa é de 538 gm2 WST Esse ensaio consiste em submeter um corpo de prova de 6 ou 8 mm de espessura e 60 mm de diâmetro da mistura curada à água em ebulição por 3 minutos Após a amostra ser retirada da água observase quanto da superfície do agregado continuou recoberta por asfalto Esse valor é expresso em porcentagem O valor mínimo estabelecido pela norma é de 90 Figura 542 Exemplo de equipamento LWT Fonte Elaborada pelos autores A dosagem do microrrevestimento pode ainda utilizar dois outros ensaios em adição ao que vem sendo usado para dosagem da lama asfáltica teste de coesão teste de SchulzeBreuer e Ruck Teste de coesão O teste de coesão é usado para classificar o microrrevestimento por tempo de cura e tempo de tráfego e otimizar a quantidade de fíler empregada na mistura Tempo de cura é o tempo necessário para que uma toalha de papel pressionada sobre a superfície do microrrevestimen to não fique manchada por emulsão livre O coesímetro figura 543a é um aparelho que aplica uma pressão de 200 kPa no CP para a realização do ensaio O procedimento de ensaio consiste em colocar o corpo de prova no coesímetro aplicar a carga colocar o torquímetro no local apropriado figura 543b girálo num arco de 90o a 120o e medir o torque resultante figura 543c 426 Bernucci Motta Ceratti e Soares Uma mistura é definida como de cura rápida se obtém no CP um torque de 12 Nm quando ensaiado entre 20 e 30 minutos depois de moldado Uma mistura que desenvolve 196 Nm de torque quando ensaiada em 60 minutos após a moldagem é classificada como de tráfego rápido Um torque de 12 Nm é considerado como a coesão necessária na qual a mistura está curada resistente à água e não pode ser misturada outra vez O torque de 196 Nm repre senta coesão suficiente para abertura ao tráfego Teste de SchulzeBreuer e Ruck Esse ensaio é uma checagem final de compatibilidade entre o asfalto e o agregado de 0 a 2 mm São utilizados corpos de prova de 30 mm de diâmetro por 30 mm de espessura figura 544 O CP é fabricado com agregado misturado a 82 de asfalto que é compactado num equipamento apropriado sendo então submerso em água por 6 dias e depois pesado para o cálculo da absorção Figura 543 Exemplo de teste de coesão Fonte Elaborada pelos autores 427 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas Figura 544 Procedimento de confecção de corpo de prova para o ensaio SchulzeBreuer e Ruck Fonte Elaborada pelos autores O CP é então colocado em um tubo com água e encaixado no equipamento figura 545 Após ser submetido a 3600 ciclos é pesado novamente para o cálculo de perda por abrasão O CP é colocado mais uma vez em água desta vez em ebulição e deixado lá por 30 minutos Depois é pesado e sua massa anotada como um percentual da massa quando saturado no início do ensaio Esse percentual equivale à coesão a alta temperatura também denominada de integridade O CP é então seco ao ar por 24 horas e examinado para averiguar o percentual de partículas de fíler que está totalmente encoberto com asfalto Esse percentual é considerado como a adesão Cada uma dessas propriedades absorção perda por abrasão integridade e adesão possui um peso estipulado para identificar o melhor asfalto para cada jazida de agregados A Interna tional Slurry Surfacing Association ISSA recomenda um mínimo de 11 pontos para considerar a combinação asfaltoagregado como aceitável 428 Bernucci Motta Ceratti e Soares Figura 545 Exemplo de equipamento para ensaio SchulzeBreuer e Ruck Fonte Elaborada pelos autores 582 Dosagem de microrrevestimento asfáltico Segundo a norma DNIT 0352018 microrrevestimento asfáltico consiste na associação de agregados material de enchimento emulsão asfáltica de ruptura controlada modificada por po límero elastomérico água e aditivos com consistência fluida uniformemente espalhada sobre uma superfície previamente preparada A dosagem adequada de microrrevestimento asfáltico a frio é realizada com base nos en saios recomendados pela ISSA TB 100 TB 109 e TB 114 Um ajuste de dosagem dos com ponentes pode ser feito nas condições de campo antes do início dos serviços A composição granulométrica da mistura de agregados deve satisfazer os requisitos da tabela 534 429 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas TABELA 534 REQUISITOS PARA AGREGADOS USADOS EM MICRORREVESTIMENTO ASFÁLTICO A FRIO Peneira Porcentagem em peso passando Tolerância ASTM mm I II III ½ 1250 100 38 950 100 100 85 100 5 N0 4 476 90100 7090 60 87 5 N0 8 236 6590 4570 40 60 5 N0 16 118 4570 2850 28 45 5 N0 30 060 3050 1934 19 34 5 N0 50 033 1830 1225 14 25 5 N0 100 015 1021 718 8 17 3 N0 200 0075 515 515 4 8 2 Asfalto residual em peso do agregado Fíler em peso do agregado Taxa de aplicação kgm2 Espessura mm 75135 65120 55 75 03 03 03 0 3 511 816 15 30 415 620 12 37 Utilização Rodovias de média intensidade de tráfego e aeroportos Rodovias de tráfego pesado trilhas de roda camada de texturização ou nivelamento Rodovias de tráfego pesado trilhas de roda camada de texturização ou nivelamento Normalmente executada em duas camadas As tolerâncias constantes na tabela são permitidas desde que os limites da faixa não sejam ultrapassados Fonte DNIT 0352018 No que diz respeito aos agregados desse tipo de revestimento ainda segundo a especifi cação de serviço DNIT 0352018ES devem ser provenientes da britagem de rochas sendo que as partículas individuais devem ser limpas resistentes livres de torrões de argila ou de substâncias nocivas e apresentar as seguintes características desgaste Los Angeles 30 conforme DNERME 0351998 Podem ser admitidos desgastes superiores desde que comprovado desempenho satisfatório em experiência anterior boa durabilidade com perda inferior a 12 conforme DNERME 0891994 equivalente de areia 65 conforme DNERME 0541997 absorção de azul de metileno máximo de 10 ml conforme ABNT NBR 149492017 índice de forma superior a 05 conforme DNERME 0861994 Podem também ser empregados no MRAF agregados oriundos de reciclagem reaprovei tamento e reutilização desde que com os devidos estudos que comprovem a compatibilidade dos materiais e o bom desempenho da mistura recomendados ou haja aplicações prévias que demonstrem bons resultados BARROSO et al 2020 Esses materiais alternativos devem ser classificados como classe IIB não perigoso inerte pela ABNT NBR 100042004 vedandose o uso de materiais de classe I A referida classi 430 Bernucci Motta Ceratti e Soares ficação deve ser determinada pelas indicações na norma citada e também em ABNT NBR 100052004 Procedimento para obtenção de extrato lixiviado de resíduos sólidos Exemplos de agregados alternativos são i agregado siderúrgico AS ou escória de aciaria e ii material fresado de pavimentos asfálticos Trabalhos como os de Castro 2014 e Dantas 2019 ilustram a substituição parcial do agregado para MRAF Nos casos de materiais alternativos além da realização dos ensaios de caracterização são necessários ensaios ambientais solubilização conforme ABNT NBR 100062004 e lixiviação conforme ABNT NBR 100052004 bem como outros ensaios auxiliares a depender do tipo de material alternativo Por exemplo para o caso de AS devese avaliar o potencial de expan são e teor de impurezas conforme DNERME 2621994 Escórias de aciaria para pavimentos rodoviários que indica ainda condições específicas de atendimento Para o caso de material fresado determinase o teor de betume na mistura conforme DNERME 0531994 Misturas betuminosas percentagem de betume eou por DNITME 1582011 Mistura asfáltica de terminação da porcentagem de betume em mistura asfáltica utilizando o extrator Soxhlet mé todo de ensaio Além dos ensaios citados a absorção pode ser obtida uma vez que agregados alternativos tendem a possuir valores superiores aos convencionais A absorção é útil para a definição do teor de ligante e a estimativa do consumo de água da mistura Exemplo dosagem de microrrevestimento asfáltico O presente exemplo contém a dosagem de um microrrevestimento asfáltico de uma forma executada na prática por uma empresa nacional Primeiramente determinamse os teores dos agregados de modo a enquadrar o micro numa faixa específica neste exemplo na faixa II do DNIT A tabela 535 apresenta a composição dos agregados suas respectivas proporções e o devido enquadramento da faixa de projeto na faixa desejada TABELA 535 COMPOSIÇÃO DOS AGREGADOS PARA MICRORREVESTIMENTO Peneira Pó de pedra Pedrisco Cal CH1 Faixa de projeto Faixa II DNIT 0352005ES 690 300 10 mínimo Alvo máximo mínimo máximo 38 1000 1000 1000 1000 1000 1000 1000 1000 N0 4 995 187 1000 7027 7527 8027 700 900 N0 8 745 22 1000 4807 5307 5807 450 700 N0 16 511 16 1000 3174 3674 4174 280 500 N0 30 364 13 1000 2151 2651 3151 190 340 N0 50 265 151 988 1560 1960 2360 120 250 N0 100 185 09 951 1099 1399 1699 70 180 N0 200 122 06 896 749 949 1149 50 150 Fonte Elaborada pelos autores O equivalente de areia do agregado foi determinado de acordo com DNERME 054 sendo igual a 708 Foi realizado então o ensaio de azul de metileno na fração fina do agregado de acordo com a norma da ISSATB 145 NBR 149492003 sendo o resultado 40 mgg de agregado A partir da composição determinada e considerandose 05 de aditivo definiramse en tão cinco teores em massa de uma emulsão asfáltica com polímero com resíduo igual a 431 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas 6209 No exemplo esses teores são 80 90 100 110 e 120 Em seguida realizaramse os ensaios mecânicos descritos anteriormente i WTAT ISSA TB 100 NBR 147462001 e ii LWT ISSATB 109 NBR 148412002 Os resultados são mostrados na tabela 536 e na figura 546 O ponto resultante do cruzamento das duas curvas é o teor ótimo neste caso 92 correspondendo a um WTAT e a um LWT de 2703 gm2 conforme indicado no gráfico TABELA 536 RESULTADOS DOS ENSAIOS MECÂNICOS EM MICRORREVESTIMENTO Teor de emulsão em massa 80 90 100 110 120 Desgaste WTAT gm2 5201 2948 1673 881 267 Adesão de areia LWT gm2 2317 2614 3198 3829 4552 Fonte Elaborada pelos autores Figura 546 Definição do teor ótimo do microrrevestimento Fonte Elaborada pelos autores Além dos dois referidos ensaios ainda foram utilizados os seguintes procedimentos de dosa gem nos cinco teores de emulsão ISSATB 109 deslocamento vertical Dv e deslocamento lateral Dl no exemplo não foram encontrados deslocamentos ISSATB 114 teste de deslocamento úmido WST cujo resultado foi 98 nos cinco teores NBR 14757 determinação da adesividade de mistura Apenas no teor ótimo 92 de emulsão foi então realizado o ensaio de coesão ISSATB 139 NBR 147982002 tendo no exemplo sido encontrados os resultados da tabela 537 432 Bernucci Motta Ceratti e Soares TABELA 537 DADOS DE COESÃO NO TEOR ÓTIMO Tempo de cura minutos 300 600 900 Coesão kgcm 150 220 260 Requisito ISSATB 139 kgcm 120 mínimo 200 mínimo Fonte Elaborada pelos autores O resumo das informações da dosagem do microrrevestimento do exemplo em questão é fornecido na tabela 538 TABELA 538 CÁLCULO DOS ÍNDICES EM FUNÇÃO DO TEOR ÓTIMO DE EMULSÃO Índices Exemplo de dosagem Teor ótimo emulsão 92 Teor ótimo residual de asfalto 57 WTAT desgaste gm2 27030 LWT adesão de areia gm2 27030 WST deslocamento úmido 9800 LWT deslocamento vertical LWT deslocamento lateral Fonte Elaborada pelos autores 583 Dosagem de lama asfáltica A norma DNIT 1592010 ES determina as características dos materiais a serem utilizados os passos da aplicação e controles de campo Podem ser empregadas as emulsões asfálticas catiônicas de ruptura lenta tipos LA1C LA2C RL1C LAN e LARC Apresenta uma tabela de características granulométricas dos agregados em três faixas com intervalos da taxa de aplicação para cada uma e também a taxa de água adicional A dosagem adequada da lama asfáltica segundo DER PR 2005 é realizada com base nos ensaios recomendados pela International Slurry Surfacing Association ISSA Na tabela 539 mostramse como exemplo os ensaios a serem realizados para a dosagem e seus valores admissíveis segundo a norma DER PR ES P 2405 Como orientação a título de ordem de grandeza apresentamse os limites esperados para o teor ótimo de emulsão expressos em relação à massa total de agregados para cada uma das faixas da ESP 2405 do DERPR tabela 540 e outros parâmetros da dosagem 433 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas TABELA 539 LIMITES DOS ENSAIOS DE DOSAGEM DE LAMA ASFÁLTICA Ensaio Descrição Limites especificados ISSA TB 100 Perda por abrasão em meio aquoso 1 hora de imersão 800 gm2 máximo ISSA TB 109 Excesso de asfalto por efeito de roda e adesão de areia 538 gm2 máximo ISSA TB 114 Adesão por molhagem 90 mínimo ISSA TB 139 Coesão por molhagem 30 minutos 12 kgcm mínimo Coesão por molhagem 60 minutos 20 kgcm mínimo Fonte DERPR 2005 TABELA 540 LIMITES DO TEOR DE EMULSÃO E OUTROS PARÂMETROS PARA FAIXAS DO DERPR Material Unidade Limites especificados Faixa I Faixa II Faixa III Faixa IV Teor de emulsão em peso do agregado seco 1620 1418 1216 812 Fíler em peso do agregado seco 02 02 02 02 Taxa de aplicação de agregado kgm2 2055 5580 813 1625 Água de molhagem em peso do agregado seco 1014 710 710 58 Fonte DERPR 2005 A dosagem de uma lama asfáltica visa determinar para uma composição de agregados predefinida os teores ótimos de emulsão e água a serem incorporados à mistura As etapas do processo são descritas a seguir a Seleção da faixa granulométrica a definição da faixa a ser utilizada é orientada basi camente pelo estado de superfície do pavimento a ser tratado fissuração desgaste deformações ou em última instância pela espessura e textura desejadas para a lama asfáltica b Composição da mistura agregado fíler em função dos materiais disponíveis devese estudar a composição mais favorável tendo em vista o enquadramento na faixa granu lométrica desejada Devese analisar a conveniência do emprego de areia e fíler na mistura c Definição do teor ótimo de emulsão é possível estimar o teor ótimo provável a partir da aplicação da fórmula de Duriez a qual leva em consideração a superfície específica dos agregados que compõem a mistura e um parâmetro designado módulo de riqueza que é função da faixa selecionada As expressões de cálculo são as seguintes 563 564 565 434 Bernucci Motta Ceratti e Soares Onde E superfície específica da mistura de agregados fíler mkg P2 2 massa do material retido entre as peneiras 12no 4 P1 massa do material retido entre as peneiras nº 4nº 10 S3 massa do material retido entre as peneiras nº 10nº 40 S2 massa do material retido entre as peneiras nº 40nº 80 S1 massa do material retido entre as peneiras nº 80nº 200 F massa do material passante na peneira nº 200 L teor residual de asfalto Le teor de emulsão r resíduo de emulsão k módulo de riqueza com os seguintes valores correspondentes às faixas I k 7 II k 6 III k 5 a 6 e IV k 4 d Definição do teor ótimo de água a quantidade ótima de água deve ser aquela que permita o máximo em trabalhabilidade sem ocorrência de escorrimento Um exagerado teor de água tende a provocar a sedimentação dos finos e a flotação da emulsão asfál tica resultando em superfície exsudada e altamente derrapante sob condições chu vosas O teor de água está também vinculado ao tempo da cura da massa na pista uma quantidade maior de água implicando maior tempo de cura A definição do teor ótimo de água é procedida pela análise da trabalhabilidadeconsistência da massa executandose misturas com o teor teórico da emulsão previamente determinado e diversos teores de água e Definição do teor ótimo de emulsão o ajuste da dosagem e a consequente definição de teor ótimo de emulsão são efetuados pelo emprego do WTAT de acordo com a se guinte sequência 1 moldar três CPs na umidade ótima predefinida para o teor ótimo teórico de emulsão e para teores 1 e 2 acima e abaixo deste teor 2 submeter cada um dos CPs ao WTAT calculando a média das perdas por des gaste obtidas para cada teor 3 mediante análise visual das condições de envolvimento textura e trabalhabi lidade e da exigência de obtenção de perdas por desgaste no WTAT iguais ou inferiores a 010 gcm² definir o teor ótimo de emulsão f Apresentação da dosagem a composição final da mistura deverá ser apresentada con siderandose a mistura agregados fíler como sendo 100 e indicando os teores de água e emulsão asfáltica a adicionar Como exemplo o DNER 1998 apresenta o resumo da dosagem de uma lama asfáltica conforme indica i a composição da mistura em massa abaixo e ii a granulometria do projeto e faixa de trabalho apresentadas na tabela 541 Areia 500 Pó de pedra 420 Cimento Portland 80 Total 1 1000 Água a adicionar 80 Emulsão RL1C 180 Total 2 1260 435 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas TABELA 541 GRANULOMETRIA DO PROJETO E FAIXA DE TRABALHO Peneira Porcentagem em massa passando ASTM mm Mistura Faixa de trabalho Faixa III DNERES 31497 38 950 100 100 100 N0 4 480 92 8698 90100 N0 8 240 76 7082 6590 N0 16 120 58 5264 4570 N0 30 060 40 3446 3050 N0 50 030 22 1628 1830 N0 100 015 15 1218 1021 N0 200 0075 8 511 515 Fonte DNER 1998 Exemplo dosagem de lama asfáltica Procedimento semelhante ao do microrrevestimento é usado para a dosagem de uma lama asfáltica conforme é mostrado no exemplo a seguir também obtido da experiência prática de empresa nacional Determinamse os teores dos agregados de modo a enquadrar agora a lama numa faixa específica Neste exemplo uma composição de pó e pedrisco apenas é suficiente para o enquadramento na faixa IV do DAERESP 2091 A tabela 542 apresenta as informa ções relativas à granulometria TABELA 542 COMPOSIÇÃO DOS AGREGADOS PARA LAMA ASFÁLTICA Peneira Pó de pedra pedrisco Faixa IV DAERESP 2091 100 mínimo máximo 38 10000 100 100 N0 4 9840 82 100 N0 8 9270 70 95 N0 16 5640 40 64 N0 30 4060 28 50 N0 50 2630 15 30 N0 100 1860 8 20 N0 200 1340 5 15 Fonte Elaborada pelos autores O equivalente de areia do agregado foi determinado encontrandose 671 O ensaio de azul de metileno apontou 90 mgg de agregado Definiramse então cinco teores em massa de uma emulsão asfáltica no exemplo uma emulsão RL1C sem qualquer aditivo nos teores 90 100 110 120 e 130 Os resultados de WTAT e LWT são mostrados na tabela 543 e na figura 547 sendo o ponto de intersecção das duas curvas o teor ótimo neste caso 111 correspondendo a um WTAT e a um LWT de 390 gm2 Esses resultados estão de acordo com a ISSA 2005b que recomenda um máximo de 538 gm2 para a adesão de areia no LWT e um máximo de 807 gm2 para o desgaste após 1 hora no WTAT 436 Bernucci Motta Ceratti e Soares TABELA 543 RESULTADOS DOS ENSAIOS MECÂNICOS EM LAMA ASFÁLTICA Tempo de cura minutos 90 100 110 120 130 Desgaste WTAT gm2 8650 5782 3984 3010 2445 Adesão de areia LWT gm2 3002 3338 3864 4408 4867 Fonte Elaborada pelos autores Figura 547 Definição do teor ótimo da lama asfáltica Fonte Elaborada pelos autores Além desses dois ensaios ainda é realizado o teste de deslocamento úmido WST cujo resultado foi 98 nos cinco teores Esse resultado está também de acordo com o recomendado pela ISSA 2005b que é um mínimo de 90 O resumo das informações de dosagem da lama asfáltica do exemplo em questão está na tabela 544 TABELA 544 CÁLCULO DOS ÍNDICES EM FUNÇÃO DO TEOR ÓTIMO DE EMULSÃO Índices Exemplo de dosagem Teor ótimo emulsão 111 WTAT desgaste gm2 3900 LWT adesão de areia gm2 27030 WST deslocamento úmido 980 LWT deslocamento vertical LWT deslocamento lateral Fonte Elaborada pelos autores 437 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas BIBLIOGRAFIA CITADA E CONSULTADA AASHTO AMERICAN ASSOCIATION OF STATE HIGHWAY AND TRANSPORTATION OFFI CIALS T 305 determination of draindown in uncompacted asphalt mixtures USA 1997 PP 35 practice evaluation of Superpave giratory compactor USA 1998 T 209 standard test method for theoretical maximum specific gravity and density of bituminous paving mixtures USA 1999 T 166 bulk specific gravity of compacted bituminous mixtures using saturated sur facedry specimens USA 2000 T 283 standard method of test for resistance of compacted asphalt mixtures to mois tureinduced damage USA 2003 T 319 quantitative extraction and recovery of asphalt binder from asphalt mixtures USA 2003 T 312 preparing and determining the density of the hotmix asphalt HMA specimens by means of the Superpave Gyratory Compactor USA 2003 M 323 Superpave Volumetric Mix Design 2017 M 32508 standard specification for stone matrix asphalt SMA USA 2012 AASHO Interim Guide for the Structural Design of Flexible Pavements AASHO Committee on Design Washington DC 1961 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dosagem de betumi nosas pelo método Marshall Rio de Janeiro 1993 NBR 10004 resíduos sólidos classificação Rio de Janeiro 2004 NBR 10005 Procedimento para obtenção de extrato lixiviado de resíduos sólidos Rio de Janeiro 2004 NBR 10006 Procedimento para obtenção de extrato solubilizado de resíduos sólidos Rio de Janeiro 2004 438 Bernucci Motta Ceratti e Soares NBR 14746 microrrevestimentos a frio e lama asfáltica determinação de perda por abrasão úmida WTAT Rio de Janeiro 2001 NBR 14757 microrrevestimentos e lamas asfálticas determinação da adesividade de misturas Rio de Janeiro 2001 NBR 14798 microrrevestimentos asfálticos determinação da coesão e características da cura pelo coesímetro Rio de Janeiro 2002 NBR 14841 microrrevestimentos a frio determinação do excesso de asfalto e adesão de areia pela máquina LWT Rio de Janeiro 2002 NBR 14949 microrrevestimentos asfálticos caracterização da fração fina por meio da absorção de azuldemetileno Rio de Janeiro 2003 NBR 15087 misturas asfálticas determinação da resistência à tração por compressão diametral Rio de Janeiro 2004 NBR 15140 misturas asfálticas determinação do desgaste por abrasão Cântabro Rio de Janeiro 2004 NBR 14594 emulsões asfálticas catiônicas especificação Rio de Janeiro 2005 NBR 15617 misturas asfálticas determinação do dano por umidade induzida Rio de Janeiro 2004 NBR 15619 misturas asfálticas determinação da densidade máxima teórica e da massa específica máxima teórica em amostras não compactadas 2016 AGETOP AGÊNCIA GOIANA DE TRANSPORTES E OBRAS AGETOP PAV 1118 Pavimen tação especificação de serviço prémisturado a frio AGETOP ESP 0918 Tratamentos superficiais asfálticos por penetração a frio Espe cificação de serviços 17p AGETOP ESP 1418 Prémisturado a frio semidenso Especificação de serviços 25p ALDIGUERI D R SILVEIRA M A SOARES J B Estudo comparativo entre compactação manual e automática de misturas asfálticas In Reunião Anual de Pavimentação 33 2001 Florianópolis Anais Rio de Janeiro ABPv v 1 p 804813 2001 ALVES A SPECHT L P DRESCH F Análise do desempenho acústico de pavimento em CPA na rodovia BR 158 In 22 Encontro de Asfalto IBP 2016 ANP AGÊNCIA NACIONAL DE PETRÓLEO Portaria DNC n 5 de 18 de fevereiro de 1993 APRG Selection and design of asphalt mixes Australian provisional guide Austroads APRG Report n 18 published May 1997 updated 1998 and March 1999 ARRB Transport Re search 1997 APS M BERNUCCI L L B Mitigação do ruído proveniente do tráfego de rodovias por meio da implantação do revestimento asfáltico do tipo CPA caso brasileiro Arquitetura ambiente e sustentabilidade Cap 7 Ed Universitária Leopodianum 2020 ARAÚJO J L Características funcionais e mecânicas de misturas asfálticas para revestimento de pavimentos aeroportuários 2009 Dissertação de Mestrado Departamento de Engenha ria Civil e Ambiental UnB Brasília DF 147p ARTERIS Autopista Litoral Sul Avaliação de métodos e dosagem de misturas asfálticas e sua relação com as propriedades mecânicas Relatório final Curitiba 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Engenharia de Transportes Programa de PósGraduação em Engenharia de Transportes UFC Fortaleza 442 Bernucci Motta Ceratti e Soares DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ESTRADAS DE RODAGEM DO RIO GRANDE DO SUL DAER ESP 2091 Lama Asfáltica 1991 DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM DO ESTADO DE SÃO PAULO DER ET DEP00032 concreto asfáltico usinado a quente em usina 2006 DERSP ETDEP00025 prémisturado a frio São Paulo SP 2006 DER SP ETDeP0028 concreto asfáltico poroso com ligante modificado com políme ro camada porosa de atrito 2006 DER ETDEP00031 concreto asfáltico tipo SMA 2007 DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM DO ESTADO DO PARANÁ DERPR ESP 2317 pavimentação prémisturado a frio 2017 DERPR ESP 217 misturas asfálticas abertas usinadas a quente 2017 EPARTAMENTO NACIONALDE ESTRADAS DE RODAGEM DNERME 078 94 Agregado graú do adesividade a ligante betuminoso 1994 DNERME 383desgaste por abrasão de misturas betuminosas com asfalto polímero ensaio Cantabro 1999 DNERME 053 misturas betuminosas percentagem de betume 1999 DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES Manual de Pavimen tação Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes IPR Publicação 719 Ministério dos Transportes Brasília 2006a Manual de Restauração de Pavimentos Asfálticos Departamento Nacional de In fraestrutura de Transportes IPR Publicação 720 Ministério dos Transportes Brasília 2006b DNIT 1122009 ES pavimentos flexíveis concreto asfáltico com asfalto borracha via úmida do tipo terminal blending Rio de Janeiro 2009 DNIT 1472012 ES pavimentação asfáltica tratamento superficial duplo Rio de Janeiro 2012 DNIT 1662013 ES pavimentação reciclagem de pavimento a frio in situ com adição de espuma de asfalto Rio de Janeiro 2013 DNIT 1692014 ES pavimentação reciclagem de pavimento em usina com espu ma de asfalto Rio de Janeiro 2014 DNIT 4152019 ME pavimentação mistura asfáltica teor de vazios de agregados miúdos não compactados Rio de Janeiro 2019 DER PR ES P 2405 Pavimentação lama asfáltica DEL BARCO CARRIÓN A J LO PRESTI D AIREY G D Binder design of high RAP content hot and warm asphalt mixture wearing courses Road Materials and Pavement Design v 16 n 1 p 460474 2015 DOI 1010801468062920151029707 DNER DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM ME 089 agregados avalia ção da durabilidade pelo emprego de soluções de sulfato de sódio ou de magnésio Rio de Janeiro 1994 ME 107 mistura betuminosa a frio com emulsão asfáltica ensaio Marshall Rio de Janeiro 1994 443 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas ME 117 mistura betuminosa determinação da densidade aparente Rio de Janeiro 1994 ME 043 misturas betuminosas a quente ensaio Marshall para misturas betuminosas Rio de Janeiro 1995 ME 084 agregado miúdo determinação da densidade real Rio de Janeiro 1995 ME 193 materiais betuminosos líquidos e semissólidos determinação da densidade e da massa específica Rio de Janeiro 1996 Especificações gerais para obras rodoviárias do DNER pavimentos flexíveis Rio de Janeiro DNER 1997 ES 310 pavimentação tratamento superficial triplo Rio de Janeiro 1997 ES 319 pavimentação concreto betuminoso reciclado a quente no local Rio de Janei ro 1997 ME 054 equivalente de areia Rio de Janeiro 1997 ME 153 agregados em estado compactado seco determinação da massa específica aparente Rio de Janeiro 1997 Manual de reabilitação de pavimentos asfálticos Rio de Janeiro DNER 1998 Pesquisa e asfalto modificado por polímero relatório final tomos I II e III Rio de Ja neiro DNER 1998 ME 035 agregados determinação da abrasão Los Angeles Rio de Janeiro 1998 ME 081 agregados determinação da absorção e da densidade de agregado graúdo Rio de Janeiro 1998 ES 386 pavimentação prémisturado a quente com asfalto polímero camada porosa de atrito Rio de Janeiro 1999 ES 389 pavimentação microrrevestimento asfáltico a frio com emulsão modificada por polímero Rio de Janeiro 1999 DNIT DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES DNIT 0312004 ES pavimentação concreto asfáltico Rio de Janeiro 2004 DNIT 0332005 ES pavimentos flexíveis concreto asfáltico reciclado a quente na usina Rio de Janeiro 2005 DNIT 1582011 ME mistura asfáltica determinação da porcentagem de betume em mistura asfáltica utilizando o extrator Soxhlet Rio de Janeiro 2011 DNIT 1592011 ES pavimentos asfálticos Fresagem a Frio Rio de Janeiro 2011 DNIT 1462012 ES tratamento superficial simples DNIT 1472012 ES tratamento superficial duplo DNIT 1482012 ES tratamento superficial triplo com ligante asfáltico convencional DNIT 0352018 ES microrrevestimento asfáltico Rio de Janeiro 2005 DNIT 1662013 ES pavimentação reciclagem de pavimento a frio in situ com adição de espuma de asfalto DNIT 1672013 ES pavimentação reciclagem de pavimentos asfálticos a frio in situ com adição de cimento Portland 444 Bernucci Motta Ceratti e Soares DNIT 1692014 ES pavimentação reciclagem de pavimento em usina com espuma de asfalto DNIT 1502010 ES lama asfáltica DNIT 1532010 ES pavimentação asfáltica prémisturado a frio com emulsão catiônica convencional Especificação de serviço 11p DNIT 1782018 PRO pavimentação asfáltica preparação de corpos de prova para ensaios mecânicos usando o compactador giratório Superpave ou o Marshall Rio de Janei ro 2018 DNIT 1802018 ME misturas asfálticas determinação do dano por umidade induzi da Rio de Janeiro 2018 DNIT 4112019 ME misturas asfálticas Massa específica densidade relativa e absor ção de agregado miúdo para misturas asfálticas Rio de Janeiro 2019 DNIT 4122019 ME pavimentação asfáltica misturas asfálticas análise granu lométrica de agregados graúdos e miúdos e misturas de agregados por peneiramento Rio de Janeiro 2019 DNIT 4132019 ME pavimentação misturas asfálticas massa específica densidade relativa e absorção de agregado graúdo para misturas asfálticas Rio de Janeiro 2019 DNIT 4272020 ME pavimentação misturas asfálticas determinação da densidade relativa máxima medida e da massa específica máxima medida em amostras não compacta das método de ensaio Rio de Janeiro 2020 DNIT 4272020 ME pavimentação misturas asfálticas determinação da densidade relativa máxima medida e da massa específica máxima medida em amostras não compacta das método de ensaio Rio de Janeiro 2020 DNIT 4282020 ME pavimentação misturas asfálticas determinação da densidade relativa aparente e da massa específica aparente de corpos de prova compactados método de ensaio Rio de Janeiro 2020 DRESCH F Comportamento de misturas asfálticas tipo camada porosa de atrito CPA Disser tação 2016 UFSM DUMKE M P Concreto asfáltico drenante com fibras de celulose ligante modificado por políme ro e asfaltoborracha 2005 Dissertação UFSC ELHAGE R B Estudo de misturas asfálticas tipo stone matrix asphalt SMA à luz dos com pactadores Marshall e Superpave 2012 Dissertação Mestrado Escola de Engenharia de São Carlos São Paulo 138p EUROPEAN STANDARDS EN 126975 bituminous mixtures test method for hot mix asphalt determination of the maximum density 2002 ESPÍRITO SANTO N R REIS R M Microconcreto asfáltico a frio uma técnica alternativa para tratamento de superfície In Encontro de Asfalto 12 Rio de Janeiro Anais Rio de Janeiro IBP 1994 FERREIRA J L S BASTOS J B S SOARES J B Validação da metodologia de faixa de agre gados dominantes para avaliação e especificação granulométrica de misturas asfálticas densas In XXIX Congresso de Ensino e Pesquisa em Transportes 2015 Ouro Preto Anais do XXIX Congresso ANPET 2015 Ouro PretoMG 2015 445 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas FERREIRA P N Estudo da utilização de revestimentos asfálticos delgados a quente para pavi mentos tipo BBTM no Brasil 2006 200f Tese Doutorado Escola Politécnica da Univer sidade de São Paulo São Paulo FHWA FEDERAL HIGHWAY ADMINISTRATION State of the practice design construction and performance of microsurfacing FHWASA94051 1994 Background of Superpave asphalt mixture design and analysis FHWASA95003 1995 FRANCKEN L et al Recent activities of RILEM TC 152 PBM performance of bituminous materials In International Conference on Asphalt Pavement 8 Seattle USA 1997 FRANCO F A C P Método de Dimensionamento MecanísticoEmpírico de Pavimentos As fálticos SISPAV Tese de Doutorado Universidade Federal do Rio de Janeiro COPPE Rio de Janeiro RJ 2007 GASPAR M S Mecanismos de ativação e interação entre ligantes na reciclagem asfáltica a quente e morna 2019 Dissertação Mestrado em Engenharia de Transportes Escola Politécnica USP São Paulo DOI 1011606D32019tde22082019141237 GODENZONI C GRAZIANI A PERRATON D Complex modulus characterization of coldrecy cled mixtures with foamed bitumen and different contents of reclaimed asphalt Road Ma terials and Pavement Design v 18 2017 GRILLI A GRAZIANI A BOCCI M Compactability and thermal sensitivity of cementbitu mentreated materials Road Materials and Pavement Design v 13 n 4 2012 GUATIMOSIM F V Comportamento mecânico e desempenho estrutural de materiais reciclados e estabilizados com espuma de asfalto 2015 Dissertação Mestrado em Engenharia de Transportes Escola Politécnica USP São Paulo 2015 DOI 1011606D32016tde 07072016153231 GUATIMOSIM F V Comportamento mecânico e desempenho estrutural de materiais reciclados e estabilizados com espuma de asfalto 2015 Dissertação Mestrado USP São Paulo HAFEZ I H WITCZAK M W Comparison of Marshall and Superpave level I mix design for asphalt mixes Transportation Research Record n 1 p 492 1995 HARMAN T et al The history and future challenges of gyratory compaction 1939 to 2001 In Annual Meeting of the Transportation Research Board 81 Washington 2002 HANSON DI Construction and Performance of an Ultrathin Bonded HotMix Asphalt Wearing Course Transportation Research Record HYPERLINK httpsjournalssagepubcomtoc trra17491 Vol 1749 Issue 1 2001 httpsdoiorg103141174908 HIGHWAY RESEARCH BOARD The AASHO road test Special Rep No 61AE Highway Research Board National Academy of Science National Research 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conservação e construção de rodovias Rio de Janeiro Abeda 1985 447 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas LEAL C L D CASTRO P F Construção de um trecho experimental em SMA usando bagaço de canadeaçúcar como aditivo Revista Vértices Campos dos Goytacazes Essentia Edito ra v 14 n 3 p 7184 2012 LEANDRO R P Avaliação dos métodos de dosagem de misturas asfálticas a quente através do processo de compactação por rolagem 2016 Tese Doutorado em Engenharia de Trans portes Escola Politécnica USP LO PRESTI D et al On the degree of binder activity of reclaimed asphalt and degree of blending with recycling agents Road Materials and Pavement Design 2019 DOI 1010801468062920191607537 LOIOLA P R R Avaliação de ligantes e agregados alternativos para aplicação em tratamentos superficiais de rodovias 2009 Dissertação Mestrado Programa de Pósgraduação em engenharia de Transportes UFC Fortaleza LOPES M et al Durability of hot and warm asphalt mixtures containing high rates of reclaimed asphalt at laboratory scale Materials and Structures v 48 p 39373948 2015 DOI 101617s1152701404549 et al The potential of attenuated total reflection imaging in the midinfrared for the study of recycled asphalt mixtures Construction and Building Materials n 124 p 11201131 2016 LUGÃO W G Análise da aderência entre pneu e pavimento com camada porosa de atrito no aeroporto internacional Tancredo Neves MG 2008 Tese Doutorado UFV MAKOWSKI L BISCHOFF D BLANKENSHIP P Wisconsin Experiences with Reflective Crack Relief Projects Transportation Research Record HYPERLINK httpsjournalssage pubcomtoctrra19051 Vol 1905 Issue 1 2005 HYPERLINK httpsdoiorg101177 2F0361198105190500105 httpsdoiorg1011770361198105190500105 MARQUES G L O Utilização do módulo de resiliência como critério de dosagem de mistura asfáltica efeito da compactação por impacto e giratória 2004 480f Tese Doutorado CoppeUFRJ MATTOS J R G Avaliação da aderência pneupavimento e tendência de desempenho para a rodovia BR 290RS 2009 Dissertação UFRS MCDANIEL R et al Recommended use of reclaimed asphalt pavement in the superpave mix design method NCHRP web document 30 project D912 Contractors final report Na tional Cooperative Highway Research Program Washington 2000 ANDERSON R M Incorporation of reclaimed asphalt pavement in the Superpave sys tem Final report for National Cooperative Highway Research Program Transportation Re search Board National Research Council USA 2000 Recommended use of reclaimed asphalt pavement in the Superpave mix design method technicians manual NCHRP Report n 452 2001 MCGENNIS R B et al Issues pertaining to use of Superpave gyratory compactor Transporta tion Research Record n 1543 Washington p 11725 1996 MESQUITA JUNIOR G S Evaluation of criteria for selection of materials for surface treatments based on performance 2019 Dissertação Mestrado Programa de Pósgraduação em Engenharia de Transportes UFC Fortaleza 448 Bernucci Motta Ceratti e Soares MEURER FILHO E Estudo de granulometria para concretos asfálticos drenantes 2001 Disser tação UFSC MIRANDA H et al Análise comparativa de métodos de ensaio para avaliação do escorrimento em misturas betuminosas do tipo stone mastic asphalt segundo a norma europeia EN 1269718 In Congresso Rodoviário Português 7 Lisboa 2013 MOMM L Estudo dos efeitos da granulometria sobre a macrotextura superficial do concreto asfáltico 1998 Tese Doutorado USP São Paulo MOREIRA H S SOARES J B Reciclagem a frio em pavimentos asfálticos no estado do Ceará 2002 Projeto de graduação em Engenharia Civil UFC MOTTA L M G Contribuição para a estimativa do módulo resiliente de misturas asfálticas In ENCONTRO DE ASFALTO 14 1998 Rio de Janeiro Anais Rio de Janeiro IBP 1998 LEITE L M F Efeito do fíler nas características mecânicas das misturas asfálticas In Congresso Panamericano de Engenharia de Trânsito e Transportes 11 2000 Brasil p 0919 et al Princípios do projeto e análise Superpave de misturas asfálticas Rio de Janeiro IBP 1996 MOURA E Estudo do efeito de aditivos químicos e da cal como agentes melhoradores de adesividade em misturas asfálticas densas 2001 Dissertação Mestrado Escola Politécni ca USP São Paulo MOURÃO F A L Misturas asfálticas de alto desempenho tipo SMA 2003 151f Dissertação Mestrado CoppeUFRJ Rio de Janeiro MOUTHROP J S HICKS R G BALLOU W R Emulsion the future of pavement mainte nance Asphalt Contractor Magazine Feb 1997 NAPA NATIONAL ASPHALT PAVEMENT ASSOCIATION NAPA TAS14 mix design techniques part I Instructors Manual 1982 Design and construction SMA mixtures State of the practice 1999 43p Designing and constructing SMA Mixtures stateofpractice Quality Improvement Series n 122 2002 IS 128 HMA pavement mix type selection guide 2001 NASCIMENTO L A H Nova abordagem da dosagem de misturas asfálticas densas com uso do compactador giratório e foco na deformação permanente 2008 Dissertação Mestrado CoppeUFRJ NATIONAL ASPHALT PAVEMENT ASSOCIATION HMA Pavement Type Selection Guide IS128 February 2001 National Asphalt Pavement Association NAPA and the Federal Highway Administration FHWA NCHRP NATIONAL COOPERATIVE HIGHWAY RESEARCH PROGRAM Incorporation of re claimed asphalt pavement in the Superpave system NCHRP 912 2000 Report 452 Recommended use of reclaimed asphalt pavement in the Superpave mix design method Technicians Manual TRB 2001 Report 752 Improved mix design evaluation and materials management practices for hot mix asphalt with high reclaimed asphalt pavement content TRB 2013 449 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas NEVES FILHO C L D Avaliação laboratorial de misturas asfálticas SMA produzidas com ligante asfaltoborracha 2004 67p Dissertação Mestrado Escola de Engenharia de São Carlos USP NEWCOMB D E BROWN E R EPPS J A Designing HMA mixtures with high RAP content A practical guide NAPA Quality Improvement Series 124 National Asphalt Pavement Asso ciation Maryland 2007 ODA S EDEL G FERNANDES JR J L Primeiro trecho experimental urbano de SMA com asfaltoborracha sem fibras projeto construção e avaliação Revista Minerva São Carlos v 2 n 2 p 203216 2005 OLIVEIRA C G M Estudo de propriedades mecânicas e hidráulicas do concreto asfáltico drenante 2003 Dissertação UnB et al Análise laboratorial de concretos asfálticos drenantes com uso de agregados cal cáreos In Reunião de Pavimentação Urbana 12 ABPv 2003 OREŠKOVIC M et al Quantitative assessment of the parameters linked to the blending between reclaimed asphalt binder and recycling agent A literature review Construction and Building Materials n 234 p 117323 2020 PEREIRA S L O Avaliação dos tratamentos superficiais simples duplo e triplo de rodovias atra vés do emprego de diferentes agregados da Região Metropolitana de Fortaleza 2013 Dis sertação Mestrado Programa de PósGraduação em Engenharia de Transportes UFC Fortaleza PINHEIRO J H M Incorporação de borracha moída de pneus em misturas asfálticas de dife rentes granulometrias processos úmido e seco 2004 124f Dissertação Mestrado Pro grama de Mestrado em Engenharia de Transportes UFC PINTO S Materiais pétreos e concreto asfáltico conceituação e dosagem Rio de Janeiro IME 1996 Tratamento superficial betuminoso Rio de Janeiro IME 2004 PIRES D M Avaliação de mistura de alto desempenho tipo SMA com diferentes porcentagens de fibra de celulose 2018 TCC Unijuí PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO PAULO PMSP IE 07 camadas de concreto asfáltico recicla das a quente em usina 2010 PROWELL B D WATSON D E HURLEY G C BROWN E R 2009 Evaluation of Stone Matrix Asphalt SMA for airfield pavements Auburn Alabama National Center for Asphalt Technology PRUDENTE C Q A Estudo laboratorial de misturas asfálticas a quente utilizadas em Goiás 2015 Dissertação UFG RAMOS K de O Estudo sobre mistura asfáltica tipo stone matrix asphalt SMA para pavimento aeroportuário 2012 196p Dissertação Mestrado IME Rio de Janeiro RAMOS F R Q Aplicação de SMA stone matrix asphalt em pavimentos aeroportuários estu do de caso Aeroporto de Aracaju SE 2015 Dissertação Mestrado Escola de Minas Núcleo de Geotecnia UFOP Ouro Preto MG REIS R M M Revestimento asfáltico tipo SMA para alto desempenho em vias de tráfego pesa do 2002 110p Dissertação Mestrado Escola Politécnica USP São Paulo 450 Bernucci Motta Ceratti e Soares Investigação de campo e laboratório sobre revestimento asfáltico ultradelgado 2012 Tese Doutorado UFRS RIBEIRO M A D Dosagem de prémisturado a frio de graduação aberta 1991 Dissertação CoppeUFRJ ROBERTS F L et al Hot mix asphalt materials mixture design and construction 2 ed Lan ham Napa Education Foundation 1996 MOHAMMAD L N WANG L B History of hot mix asphalt mixture design in the United States Journal of Materials in Civil Engineering JulAug 2002 ROCHA F L L Utilização do agregado siderúrgico escória de aciaria em revestimento asfáltico tipo tratamento superficial 2011 Dissertação UFOP RODRIGUES FILHO O S Características de aderência de revestimentos asfálticos aeroportuá rios estudo de caso do Aeroporto Internacional de São PauloCongonhas 2006 Disser tação USP São Paulo ROSENO J L Avaliação de uma mistura asfáltica porosa com agregados calcários e asfaltobor racha 2005 Dissertação UnB SANTANA H Manual de prémisturados a frio Rio de Janeiro IBPComissão de Asfalto 1993 SHRP STRATEGIC HIGHWAY RESEARCH PROGRAM Superior performing asphalt pavements Superpave The product of SHRP Asphalt Research Program SHRP A410 Washington National Research Council 1994a The Superpave mix design system manual of specifications test methods and practices SHRP A379 Washington National Research Council 1994b SILVA C E D B D Estudo da permeabilidade de misturas asfálticas de graduação aberta 2005 Dissertação Unicamp SILVA M B Caracterização de misturas de alto desempenho tipo SMA e avaliação do processo executivo em pista experimental no estado do Rio Grande do Sul 2012 Dissertação Mes trado Programa de Pósgraduação em Engenharia Civil UFRGS SILVA P B Estudo em laboratório e em campo de misturas asfálticas SMA 08S 2005 136p Dissertação Mestrado em Engenharia de Transportes Escola Politécnica USP São Paulo et al Estudo de revestimento asfáltico SMA 08S utilizado em trecho experimental In Congresso de Pesquisa e Ensino em Transportes Anais XIX Anpet Recife PE p 1505 1506 2005 SILVA R C Avaliação da dosagem dos tratamentos superficiais por penetração de rodovias baseada na exsudação e na perda de agregados 2018 Dissertação Mestrado Programa de PósGraduação em Engenharia de Transportes UFC Fortaleza SILVA V A Avaliação da deformação permanente de misturas estabilizadas com asfalto 2019 Dissertação Mestrado em Engenharia de Transportes Escola Politécnica USP São Paulo DOI 1011606D32019tde22082019152020 SILVEIRA M A Estudo de adição de polímero em areiaasfalto a frio 1999 103f Dissertação Mestrado Escola de Engenharia de São Carlos USP São Carlos SILVEIRA M A Estudo sobre Adição de Polímero em AreiaAsfalto a Frio Dissertação de Mes trado Escola de Eng 451 Pavimentação asfáltica formação básica para engenheiros Dosagem de diferentes tipos de misturas asfálticas SOARES J B et al Estudo comparativo de cimentos asfálticos de petróleo na pista experimen tal do Ceará In Congresso de Pesquisa e Ensino em Transportes 12 1998 Fortaleza Anais Fortaleza Anpet v 1 p 590601 1998 MOTTA L M BRANCO J V C Efeito da consistência do CAP no teor ótimo e nas propriedades das misturas asfálticas In Congresso de Pesquisa e Ensino em Transportes 13 São Carlos Anais São Carlos Anpet v 1 p 11525 1999 SOARES R F Análise de bacias defletométricas para o controle de cons trução de pavimentos asfálticos In Congresso de Pesquisa e Ensino em Transportes 14 Anais Gramado Anpet 2000 SOLAIMANIAN M et al TEST METHODS TO PREDICT MOISTURE SENSITIVITY OF HOTMIX ASPHALT PAVEMENTS In Moisture Sensitivity of Asphalt PavementsA National Semi narCalifornia Department of Transportation Federal Highway Administration National As phalt Pavement Association California Asphalt Pavement Alliance and Transportation Re search Board 2003 SOUZA S A Avaliação da capacidade de escoamento de água em mistura asfáltica proposta de ensaio de laboratório 2008 Dissertação CoppeUFRJ STRUFALDI E G B et al Traffic noise reduction using porous asphalt course as an overlay of a Portland cement concrete pavement in Sao Paulo Brazil In International Congress and Exposition on Noise Control Engineering 39 Internoise 2010 Lisboa Portugal 2010 TAVARES D S Avaliação laboratorial de mistura asfáltica do tipo SMA com agregado siderúrgi co 2012 Dissertação Mestrado CoppeUFRJ TAVARES D S BARROSO S H A KIM Y R Introdução do coeficiente de uniformidade para avaliação de revestimentos asfálticos do tipo tratamentos superficiais Transportes Rio de Janeiro v 26 p 4253 2018 TRAN N et al Adjustments to the Superpave volumetric mixture design procedure for selecting optimum asphalt content NCHRP 20 07Task 412 Interim Report 2018 et al NCAT REPORT 1008 Mix design strategies for improving asphalt mixture perfor mance 2019 TUCHUMANTEL JR O Influência da umidade de compactação no PMF denso In Encontro de Asfalto 10 Rio de Janeiro Anais Rio de Janeiro IBP 1990 UNGER FILHO W Estudo de mistura asfáltica reciclada a frio produzida com 100 de revesti mento asfáltico fresado e agente de reciclagem emulsionado 2018 Dissertação Mestrado em Engenharia de Transportes Escola Politécnica USP São Paulo DOI 1011606D32019 tde25032019102457 VALE A C SOARES J B Estudo laboratorial de misturas asfálticas tipo SMA confeccionadas na faixa 0125 da norma americana In Congresso Nacional de Pesquisa e Ensino em Transportes 19 Recife 2005 CASAGRANDE M D T SOARES J B Misturas asfálticas do tipo SMA com fibra de coco In Reunião Anual de Pavimentação 38 Encontro Nacional de Conservação Ro doviária 12 Manaus 2007 VALENÇA P de M A Desempenho mecânico de misturas asfálticas do tipo stone matrix as phalt com uso de fibras amazônicas e agregados de resíduos de construção e demolição 2012 114p Dissertação Mestrado Programa de PósGraduação em Engenharia de Re cursos da Amazônia Ufam 452 Bernucci Motta Ceratti e Soares VANISCOTTE J C DUFF M Determination des dosages mayens en gravillons denduits super ciales Bulletin de Liason des Laboratoires des Ponts et Chaussées n 94 1978a Enduits superciales determination rapide de dosages en granulat Bulletin de Liason des Laboratoires des Ponts et Chaussées n 105 1978b VASCONCELOS K L Comportamento mecânico de misturas asfálticas a quente dosadas pelas metodologias Marshall e Superpave com diferentes granulometrias 2004 149f Disser tação Mestrado Programa de Mestrado em Engenharia de Transportes UFC SOARES J B LEITE L M Influência da densidade máxima teórica na dosagem de misturas asfálticas In Congresso de Pesquisa e Ensino em Transportes 17 Rio de Janeiro Anais Rio de Janeiro Anpet v 1 p 517 2003 WANG J N KENNEDY T W MCGENNIS R B Volumetric and mechanical performance of Superpave mixtures Journal of Materials in Civil Engineering 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ratório e usina de asfalto 2014 Dissertação CoppeUFRJ ANTT AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES