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Engenharia Civil ·

Materiais de Construção Civil 2

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MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 2 ENGENHARIA CIVIL 20222 22092022 Professora MSc Nicole Nascimento AULA 20 CONCRETO Dosado em Central Argamassa Módulo de Elasticidade Definido Fibras Armado Virado na Obra Micro Concreto Pega Programada Celular Rolado Projetado Pré Moldado Grout Alto Desempenho CAD Leve Resfriado Convencional Protendido Pisos Industriais Ciclópico Pesado Colorido Bombeável Extrusado Pavimentos Rígidos Alta Resistência Inicial Submerso Auto Adensável CONCRETO ANTES DO CIMENTO PORTLAND Levy e Helene 2002 Anfitearto de Pompeia paredes circulares construídas em concreto 75 aC Concreto romano cal argila pozolânica agregados Material formado pela mistura homogênea de cimento agregados miúdo e graúdo e água com ou sem a incorporação de componentes minoritários aditivos químicos pigmentos metacaulim sílica ativa e outros materiais pozolânicos que desenvolve suas propriedades pelo endurecimento da pasta de cimento cimento e água CONCRETO DEFINIÇÃO NBR 12655 Cimento Água Pasta de Cimento Pasta de Cimento Areia Argamassa Argamassa Tela Argamassa Armada Pasta de Cimento Areia Brita Concreto Concreto Adições Concretos Especiais Concreto ou Concretos Especiais Aço Concreto Armado CONCRETO CONCEITOS Concreto preparado pelo executante da obra Quando a dosagem e a elaboração do concreto são realizados no canteiro de obras pelo construtor Concreto dosado em central Concreto dosado em instalações específicas ou em central instalada no canteiro da obra misturado em equipamento estacionário ou em caminhãobetoneira transportado por caminhãobetoneira ou outro tipo de equipamento dotado ou não de dispositivo de agitação Elemento prémoldado Elemento moldado previamente e fora do local de utilização definitiva na estrutura Elemento préfabricado Elemento prémoldado executado industrialmente em instalações permanentes de empresa destinada para este fim CONCRETO CONCEITOS Concreto que está completamente misturado e que ainda se encontra em estado plástico capaz de ser adensado por um método escolhido NBR 12655 Compreende um período de tempo máximo em geral da ordem de 1h a 5h Essa fase referese ao intervalo de tempo necessário para que o concreto possa ser misturado transportado lançado e adensado CONCRETO FRESCO Propriedades do concreto fresco Trabalhabilidade Tempo de trabalhabilidade Consistência Coesão Tempo de pega Propriedades do concreto fresco Trabalhabilidade Propriedade do concreto ou da argamassa recém misturados que determina a facilidade e a homogeneidade com a qual podem ser misturados lançados adensados e acabados American Concrete Institute ACI 1994 Propriedade que determina o esforço necessário para manipular uma quantidade de concreto fresco com uma perda mínima de homogeneidade ASTM C 12593 Trabalhabilidade Não existe um modo aceitável de medir diretamente a trabalhabilidade Mas ela pode ser associada a propriedades mensuráveis do concreto fresco como Adensabilidade capacidade do concreto ser adensado através de um esforço específico Mobilidade fluidez ou plasticidade Estabilidade resistência à segregação Fatores que influenciam a trabalhabilidade Fatores intrínsecos ao concreto Relação águamateriais secos Tipo e consumo de cimento Teor de argamassa Tamanho textura e forma dos agregados Fatores externos Condições de transporte Lançamento Características da fôrma Dimensões dos elementos estruturais Densidade e distribuição das armaduras Consistência do concreto Maior ou menor grau de fluidez da mistura fresca O principal fator que influi na consistência é o teor águamateriais secos A SECO OU ÚMIDO PLÁSTICO FLUIDO A 6 a 8 A 8 a 11 A 11 a 14 Consistência do concreto Ensaio Concreto de consistência plástica NBR NM 67 ABNT 1998 ABNT NBR 168892020 Concreto Determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone Avalia a consistência do concreto fresco através do abatimento do tronco de cone Aplicável aos concretos plásticos com abatimento 10 mm e agregado com DMC 375 mm Brita 7 Concreto de consistência plástica ABNT NBR 168892020 Concreto Determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone Consistência do concreto Ensaio Classe Abatimento mm Aplicações típicas exemplos ilustrativos S10 10 A 50 Concreto extrusado vibro prensado ou centrifugado S50 50 A 100 Alguns tipos de pavimentos de elementos de fundações e de elementos prémoldados ou préfabricados S100 100 A 160 Elementos estruturais correntes como lajes vigas pilares tirantes pisos com lançamento convencional do concreto S160 160 A 220 Elementos estruturais correntes como lajes vigas pilares tirantes pisos paredes diafragma com concreto lançado por bombeamento estacas escavadas lançadas por meio de caçambas S220 A 220 Estruturas e elementos estruturais esbeltos ou com alta densidade de armaduras com concreto lançado por bombeamento lajes de grandes dimensões elementos prémoldados ou préfabricados de concreto estacas escavadas lançadas por meio de caçambas Mesa de Graff NBR NM 68 Cancelada Consistência do concreto Ensaio Concreto de consistência fluida NBR158232 Concreto autoadensável Parte 2 Determinação do espalhamento do tempo de escoamento e do índice de estabilidade visual Método do cone de Abrams Consistência do concreto Ensaio Conjunto Mesa de Graff Cone de Abrams Two people at a construction site one person in an orange reflective jacket and helmet measuring a circular concrete sample on a table the table surface has concentric circles drawn on it the concrete is inside a metal ring marked CONCRETE SEGREGAÇÃO Definição Separação dos constituintes do concreto de modo que a distribuição desses constituintes deixe de ser uniforme Fatores Diferenças de tamanhos das partículas Diferenças de massa específica Menor viscosidade da pasta fresca Manuseio e lançamento do concreto Adensamento EXSUDAÇÃO Forma de segregação que ocorre quando parte da água da mistura tende a subir para a superfície do concreto recém aplicado Resulta do fato dos constituintes sólidos da mistura serem incapazes de reter a água quando tendem a descer pois a água tem densidade menor Um pouco de exsudação é inevitável Fatores Finura do cimento É menor para teores maiores de C3A confere ao cimento pega mais rápida Teor de finos 015 mm Teor de cimento Adições pozolânicas Incorporação de ar Temperatura ambiente Aditivos NBR ABNT 155582008 Concreto Determinação da exsudação Propriedades do concreto endurecido Concreto endurecido Concreto que se encontra no estado sólido e que desenvolveu resistência mecânica Propriedades do concreto endurecido Resistência à compressão Resistência à tração Módulo de elasticidade Massa específica Coeficiente de dilatação térmica Fluência Retração Resistência mecânica do concreto compressão tração flexão cisalhamento Fatores intervenientes Relação águacimento Porosidade Idade e grau de hidratação Cura Tipo e teor de cimento finura composição química Agregados aderência à pasta de cimento rugosidade tamanho dos grãos Água deve estar sem impurezas Resistência à compressão NBR 5738 ABNT 2015 Procedimentos para a moldagem e cura dos corposdeprova Corposdeprova cilíndricos ø 10 cm por 20 cm de altura Ø 15 cm por 30 cm de altura NBR 5739 ABNT 2007 Ensaio de resistência à compressão dos corpos de prova cilíndricos Tratamentos que podem ser empregados no topo dos corposde Prova Velocidade de carregamento Umidade dos corposdeprova Concreto para Fins Estruturais Classes de R esistência ABNT NBR 8953 2015 NBR 89532009 estabelece as classes de resistência do concreto estrutural e determina que concretos de classe de resistência C20 e acima são estruturais Concretos de classes C10 e C15 não são considerados estruturais Concreto não Estruturais Classes de R esistência Resistência média do concreto em MPa em função da relação ac para vários tipos de cimentos brasileiros Tipo e classe26 de cimento Relação ac 065 060 055 050 045 CP I 32 28 32 37 41 47 CP II 32 24 28 31 35 39 CP II 40 28 32 36 41 46 CP III 32 23 27 31 36 41 CP III 40 27 32 37 42 49 CP IV 32 24 28 32 36 41 CP V ARIRS 30 33 38 42 46 CP V ARI 33 38 42 47 53 Notas 1 Agregados de origem granítica 2 Diâmetro máximo dos agregados de 25mm 3 Abatimento entre 50mm e 70mm 4 Concretos com aditivo plastificante normal Resistência à tração NBR 72222011 Concreto e argamassa Determinação da resistência à tração por compressão diametral de corpos de prova cilíndricos NBR 121422010 Concreto Determinação da resistência à tração na flexão de corpos de prova prismáticos Módulo de elasticidade NBR 8522 ABNT 2008 Módulo de elasticidade tangente inicial Eci ou o secante a 04 de fc Ecs 04fc ou a qualquer outra tensão Geyer et al 2012 Módulo tangente inicial Eci dado pela declividade de uma reta tangente traçada passando pela origem do diagrama tensão deformação É utilizado quando se requer caracterizar deformações do concreto submetido a tensões muito baixas Módulo tangente em um ponto genérico dado pela declividade de uma reta tangente à curva tensãodeformação em qualquer ponto da mesma É utilizado quando se deseja simular a estrutura submetida a carregamentos ou descarregamentos em diferentes estágios de carga Módulo secante Ecs dado pela declividade de uma reta traçada entre quaisquer dois pontos da curva tensãodeformação Este módulo é muito utilizado pelos projetistas estruturais reduzindo o E em aproximadamente 15 Geyer et al 2012 Módulo de elasticidade Se não existirem dados mais precisos sobre o concreto a ser usado na idade de 28 dias podese estimar o valor do módulo de elasticidade inicial usando as expressões NBR 61182014 Módulo de elasticidade NEVILLE 1997 Módulo de elasticidade O módulo de deformação secante Ecs a ser utilizado especialmente para determinação de esforços solicitantes e verificação de estados limites de serviço pode ser estimado pela expressão NBR 61182014 A pasta é mais instável retraindose durante o processo de hidratação e secagem e expandindose quando umedecida Fenômeno de fluência Calor de hidratação Pequena influência no desempenho mecânico dos concretos de baixa e média resistência Importante no controle da estabilidade volumétrica do concreto endurecido e de sua tendência à fissuração por ocupar um volume elevado 65 a 70 CONCRETO componentes Adições Metacaulim Produto obtido por calcinação e moagem de argilominerais cauliníticos Constitui um tipo de pozolana formada essencialmente por partículas lamelares com estrutura predominantemente não cristalina CONCRETO Componentes Composição química típica do MCAR Composição típica do metacaulim Porcentagem em massa SiO2 5152 Al2O3 4018 Fe2O3 123 CaO 200 MgO 012 Álcalis 053 Perda ao fogo 201 CARMO E PORTELLA 2008 Adições Produção de metacaulim CONCRETO Componentes Adições Sílica ativa Produto de grande homogeneidade elevado teor de SiO2 partículas esféricas de diâmetro da ordem de 106 m coletado nos filtros dos fornos elétricos das indústrias de silício metálico e de ligas de ferrosilício CONCRETO Componentes Composição química da sílica ativa proveniente de alguns processos metalúrgicos Material Sílica ativa ind silíciometálico Sílica ativa ind ferrosilício Sílica ativa ind ferrosilício SiO2 9400 9000 8300 Al2O3 006 100 250 Fe2O3 003 290 250 CaO 050 010 080 MgO 110 020 300 Álcalis 010 220 230 Perda ao fogo 250 270 360 CARMO E PORTELLA 2008 Adições Produção de sílica ativa CONCRETO Componentes Sílica ativa e metacaulim Pela finura melhora no empacotamento aumento da coesão da massa de concreto diminuição da segregação Pelas propriedades pozolânicas tendência a maior resistência à compressão após as primeiras idades se comparado ao concreto sem essa adição maior durabilidade diminui a permeabilidade do concreto reduz a possibilidade de ocorrência da reação álcaliagregado maior resistência aos sulfatos Em função da Consistência Plástico Plástico Fluido CAA Seco Semi Plástico Concreto Compactado a rolo CCR O Concreto Compactado a Rolo CCR também conhecido como concreto rolado é a camada do pavimento construída por concreto simples com baixo consumo de cimento e consistência seca onde a compactação é realizada com rolos compactadores ou equipamentos similares Este produto é preparado com dosagens específicas de cimento mas pode ser de qualquer tipo com agregados como brita e areia em grãos que não devem ser maiores do que 38 mm brita 3 e água em proporções que torne a mistura úmida o suficiente para não colar nos rolos compressores Em determinadas situações é recomendável o acréscimo de aditivos como os retardadores de pega O CCR possui consumo mínimo de cimento entre 85 a 120 kgfcm³ É definido como um concreto seco de consistência dura e com trabalhabilidade que permite receber compactação por rolos compressores com vibração ou não Concreto Compactado a rolo CCR Concreto Compactado a rolo CCR Nos trabalhos de pavimentação o concreto compactado a rolo é solução que apresenta boa durabilidade e resistência às erosões Sua aplicação é feita diretamente sobre o solo após ter passado pelo processo de terraplenagem O CCR pode ser usado tanto como o próprio piso da via sem nenhum outro material quanto como subbase que posteriormente receberá o revestimento final como os pavimentos rígidos ou asfaltos Outro uso é como material para a formação do corpo de barragens Já nas barragens a especificação do material decorre principalmente do fato de o seu custo ser menor quando comparado ao concreto convencional pois consome menos cimento e não necessita de fôrmas Apresenta ainda maior velocidade de execução e alta resistência às compressões Além disso a aplicação em camadas colabora para reduzir o risco de surgimento de manifestações patológicas como as fissuras Concreto Compactado a Rolo CCR LEGENDA CONCRETO COMPACTADO A ROLO CCR ROCHA CONCRETO SECUNDÁRIO EIXO DA BARRAGEM 400 400 752500 NA MÁX MÁX 751580 NA MÁX NOR 749000 734000 732590 774000 VEDAJUNTAS 02 DRENO DA ESTRUTURA Ø 37 300 m DRENO 81 VEDA JUNTA GALERIA DE DRENAGEM 766000 REATERRO COMPACTADO E REATERRO COMPACTADO PROVÁVEL PERFIL DE ROCHA INJEÇÃO DRENO ESCAVAÇÃO REGULARIZAÇÃO PROVÁVEL PERFIL DE AREIA AREIA LIMPA DRENO DA FUNDAÇÃO Ø 37 300 m Concreto Compactado a rolo CCR Normas técnicas O CCR conta com norma técnica específica a ABNT NBR 163122015 Concreto compactado com rolo O documento está dividido em três partes sendo que a primeira aborda os termos relativos à solução a segunda detalha os procedimentos de preparação do concreto rolado em laboratório para análise antes da aplicação na obra e a última traz informações sobre os ensaios laboratoriais para o uso do CCR em barragens Existe ainda a norma DNIT 0562013 Pavimento rígido Subbase de concreto de cimento Portland compactado com rolo Especificação de serviço que regulamenta as intervenções em rodovias Em função da Massa Específica Concreto normal C concreto com massa específica seca determinada acordo com a ABNT NBR 97782009 compreendida entre 2 000 kgm3 e 2 800 kgm3 Concreto leve CL concreto com massa específica seca determinada de acordo com aABNT NBR 97782009 inferior a 2 000 kgm3 Concreto pesado ou denso CD concreto com massa específica seca determinada de acordo com aABNT NBR 97782009 superior a 2 800 kgm3 CONCRETO LEVE Agregado leve Baixa massa específica 2 000 kgm3 Exemplos agregados expandidos de argila escória siderúrgica vermiculita ardósia e EPS CONCRETO LEVE Tipos mais comuns Concreto Celular Espumoso aerado Concreto com argila expandida Concreto com isopor EPS CONCRETO LEVE Tipos mais comuns Figura 4 a Concreto aerado b Concreto sem finos c Concreto leve estrutural Fonte Rossignolo 2009 Concreto Leve EPS Poliestireno Expandido O concreto leve de EPS Isopor é um concreto do tipo cimentoareia que em vez de utilizar pedra britada usa EPS Poliestireno Expandido em pérolas pré expandidas ou flocos reciclados Quando a mistura se solidifica envolve as pérolas de EPS compostas por aproximadamente de 98 de ar resultando em um concreto de baixa densidade aparente 700 a 1600 Kg m3 USO O concreto leve de EPS é utilizado em estruturas que não exijam grandes esforços na construção civil Por conta de sua leveza e propriedades não retém umidade resistência elevada capacidade de isolamento térmico e acústico e baixa densidade o uso do EPS na mistura de concreto agrega economia dimensionamento estrutural adequado e facilidade de manuseio na obra Concreto Leve EPS Poliestireno Expandido Concreto Leve EPS Poliestireno Expandido Principais Aplicações Regularização de lajes em geral Painéis para fechamento Calçadas e painéis para fechamento de galerias Mobiliários bancos para ambientes externos Áreas de lazer quadras de esportes Concreto Leve Argila Expandida A argila expandida é proveniente do aquecimento de alguns tipos de argila na temperatura em torno de 1200C Essa expansão das matériasprimas naturais pode ser obtida basicamente através de dois processos industriais sinterização ou forno rotativo A sinterização consiste num processo onde a matériaprima é misturada com uma quantidade adequada de combustível que pode ser coque ou carvão moído e sofre expansão com o aumento da temperatura devido à formação de gases porém esse método cria poros abertos o que faz com que o produto resultante absorva mais água USO indústrias têxteis jardinagem e paisagismo isolamento térmico e enchimento leve Concreto sem finos Característica É um concreto com peso próprio reduzido que tem como característica principal a ausência de finos agregado miúdo e geralmente elevada permeabilidade Com agregado leve podese obter massa específica da ordem de 640 kmm3 e com agregado convencional entre 1600 e 2000 kgm3 NEVILE 1997 Utilização Geralmente utilizado para regularização de pisos necessita argamassa sobre a superfície para o acabamento paredes e muros de gravidade filtros biológicos drenos entre outros Concreto sem finos Pavidreno Sextavado Pavidreno Placa Pavidreno Tijolo Cimento Pavidreno Ondra 16F Concreto pesado Alta densidade 2800 e 4500 kgm³ obtida com a utilização de agregados especiais como a hematita magnetita e barita Aplicações Como anteparo de radiações em hospitais salas de raiosx reatores e usinas nucleares Vantagens Isolante radioativo Menor custo que outras alternativas Redução das espessuras das paredes se comparado ao concreto normal Fácil aplicação e lançamento convencional Concreto aparente Obtido pela mistura de cimento agregados água e às vezes aditivos mas que não recebe nenhum revestimento com pasta ou argamassa na superfície Por se tratar de um material que será usado como acabamento exige uma grande preocupação com a sua aparência final Concreto aparente Cuidados Granulometria dos agregados Evitar agregados reativos Recobrimento 25 cm podendo chegar a mais de 40 cm O cimento deve ter a mesma procedência do início ao término da obra Os cimentos com adições CP III e CP IV aumentam a resistência à lixiviação e diminuem a permeabilidade do material Os CP IV minimizam o desenvolvimento da reação álcaliagregado Os cimentos CP III e CP IV com adição extra de sílica ativa e cinza de casca de arroz diminuem a penetração de cloretos Uso de aditivos plastificantes ou superplastificantes para redução da relação ac aumentando a resistência da estrutura e diminuindo a porosidade e a retração hidráulica Concreto Normas Para aplicação o concreto recomendase conhecer as principais normas Além da ABNT NBR 126552015 temse NBR 152002012 Projeto de estruturas de concreto em situação de incêndio NBR 126532015 Materiais pozolânicos Requisitos NBR 90622017 Projeto e execução de estruturas de concreto prémoldado NBR 61202019 Ações para o cálculo de estruturas de edificações NBR 61182014 Projeto de estruturas de concreto Procedimento Recursos técnicos relativos aos aspectos do concreto aparente Recurso Tipo Sistema Característica aspecto dominante Cor Concreto cinza natural Uso de cimento comum cinza cor cinza natural várias tonalidades Concreto branco Uso de cimento branco cor branca várias tonalidades Concreto colorido Por pigmentos Colorido várias cores e tonalidades Por agregados expostos Agregados expostos Textura Agregado exposto tratamentos químicos eou mecanicos Exposição leve áspera Exposição média rugosa Exposição profunda muito rugosa Montagem Exposição pedras grandes Superficies lisas sem texturas Desfôrma brutas lisas Polimento polidas Impressões Com relevos Fôrmas com relevos textura desenhos modulos Fotografia tratamentos químicos e mecanicos Imagem fotográfica agregado exposto Fôrmas com relevos Imagem fotográfica textura por ranhuras Concreto colorido Ponte Arsta Estocolmo Museu Paula Rego Portugal No concreto aparente com pigmentos que devem ser de base inorgânica o cimento Portland branco estrutural é o mais indicado para a obtenção de cores mais vivas Concreto com Cimento Branco Museu da Fundação Iberê Camargo Porto Alegre Obra de concreto aparente com cimento branco Estátua do Papa Pio XII no centro de Vila Velha ES Construída em cimento branco em 1964 pelo escultor italiano Carlo Crepaz CONCRETO COM FIBRAS Fibras são elementos descontínuos com comprimento bem maior que a seção transversal Existem vários tipos Suas principais características são o módulo de elasticidade e a resistência mecânica Existem fibras de baixo módulo polipropileno náilon e alto módulo aço CONCRETO COM FIBRAS Altera a consistência dos concretos e a trabalhabilidade Requer maior quantidade de água Fibra com comprimento igual ou superior ao dobro da dimensão máxima do agregado graúdo reforça o concreto Podem aumentar a ductilidade e a resistência à tração do concreto De alto módulo de elasticidade e alta resistência aço atuam como reforço do concreto endurecido podendo substituir a armadura convencional Fibras de baixo módulo de elasticidade e baixa resistência são eficientes para melhoria no estado fresco e no processo de endurecimento para o controle de fissuração plástica em pavimentos As fissuras do concreto propagamse com menor velocidade OBS as fibras têm sido encaradas como a solução para todos os problemas que possam ser encontrados nas obras de concreto o que é incorreto necessário mais estudos CONCRETO COM FIBRAS CONCRETO COM FIBRAS Sem fibras Com fibras Fissura Fissura Concentração de tensões na frente de propagação da fissura Fibras atuando como ponte de transferência de tensões Figura 1 Mecanismo de controle de propagação das fissuras 3 Este tipo de concreto é aplicado na presença de água como alguns tubulões barragens estruturas submersas no mar ou em água doce estruturas de contenção ou em meio à lama bentonítica como é o caso das paredes diafragma No ambiente marinho ele deve estar preparado para sofrer uma série de agressões ao longo do seu tempo de vida O uso de sílica ativa é uma saída importante cujo objetivo é diminuir a permeabilidade do material Alguns cuidados devem ser tomados em concretagem submersa um deles é analisar os solos através de sondagens à percussão ou rotativas Em alguns casos o acompanhamento de mergulhadores é fundamental Eles auxiliam as etapas e garantem maior segurança principalmente contra vazamentos evitando impactos ambientais CONCRETO SUBMERSO CONCRETO SUBMERSO CONCRETO SUBMERSO PAREDE DIAFRAGMA Uma das mais importantes formas de contenção de terrenos em obras de subsolo É responsável por equilibrar o empuxo de terra e de água do lençol freático proporcionando estabilidade para a escavação dos subsolos da obra Técnica que envolve conhecimento especializado e maquinário pesado CONCRETO ARMADO COMUM Aços possuem resistência de escoamento regime elástico regime plástico Lei de Hooke de até 500 ou 600 Mpa Nele as armaduras não são préalongadas durante a construção da estrutura Armaduras são solicitadas em consequência das deformações do concreto da própria estrutura E elas acompanham passivamente as deformações ocorridas logo chamase armadura passiva CONCRETO PROTENDIDO O préalongamento ocorre de modo permanente USOS Quando há necessidade de grandes vãos livres daí utilizase as lajes cogumelo protendidas Em estruturas cilíndricas como silos e reservatórios VANTAGENS EM RELAÇÃO AO CONCRETO ARMADO Estruturas mais esbeltas Redução de vigas Redução de pilares Redução do consumo de aço Redução do consumo de fôrma CONCRETO PROTENDIDO CONCRETO PROTENDIDO UNICAP icam TECH RECIFE BRASIL Relação ac do Concreto Relação água cimento ac Interfere na fluidez da pasta Na resistência e durabilidade do concreto endurecido Relação água cimento ac Interfere na fluidez da pasta P Helene e T Andrade 2010 Relação água cimento ac Interfere na fluidez da pasta Fixando uma relação ac para a pasta com determinada fluidez podem ser obtidos concretos com abatimentos ou trabalhabilidade bastante distintos com a variação do volume de pasta utilizada na mistura Abatimento 60mm ac 060 Abatimento 140mm ac 060 Relação águacimento do concreto Desempenho mecânico e de durabilidade Consumo de cimento por m3 do concreto Abatimento do concreto Consumo de cimento por m3 do concreto Volume de pasta Relação águacimento do concreto Desempenho mecânico e de durabilidade Consumo de cimento por m3 do concreto Abatimento do concreto constante Relação águacimento constante Abatimento do concreto Consumo de cimento por m3 do concreto Relação ac Baixa Relações ac menores 045 fica mais difícil obter concretos plásticos mesmo com o aumento do volume de pasta no concreto Sendo necessário o uso de aditivos ac 030 sem aditivo ac 030 com 1 de superplastificante Relação ac x Resistência Resistência e durabilidade do concreto endurecido A Lei de Abrams envolve a resistência à compressão fc com a relação águacimento ac Nela ele define que dentro do campo dos concretos plásticos a resistência física do concreto endurecido varia na razão inversa da relação água cimento Lei deAbrams Lei de Abrams é o principal parâmetro para a definição da resistência e durabilidade dos concretos Em concretos de alta resistência a relação ac pode não ser automaticamente representativa Pasta de cimento com 100 de hidratação Relação ac Fase não resistente 060 300 050 210 040 115 030 105