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excluir o espaço entre os parágrafos em todo o texto inserir os dados dos autores em nota de rodapé precisa dizer se a hipótese foi confirmada ou não E quais foram os limites da pesquisa Inserir as referências somente o que foi utilizado no texto e as do quadro diminuir os espaços entre as linhas da tabela A Saúde mental dos alunos e os ataques armados nas Escolas Ana Lara da Silva Matheus Alex Krutzmann Andreia Aparecida Simão Resumo Introdução Os ataques armados em escolas é um fenômeno que se intensificou no Brasil nos últimos anos e gerou graves repercussões sociais emocionais e acadêmicas A pertinência do estudo justificase pela necessidade de compreender como esses episódios além das perdas humanas irreparáveis afetam diretamente a segurança e o bemestar psicológico dos estudantes Objetivo analisar a relação entre os ataques armados nas escolas e a saúde mental dos alunos identificando os principais fatores psicológicos sociais e institucionais associados a esses eventos Metodologia tratase de uma pesquisa qualitativa de caráter bibliográfico fundamentada em artigos científicos publicados entre os anos de 2021 e 2025 As buscas foram realizadas em bases nas dados SciELO e Portal de Periódicos da CAPES A análise dos dados ocorreu pela metodologia de análise de conteúdo com a construção de categorias temática s Resultados a pesquisa evidenciou que os ataques armados nas escolas brasileiras entre 2021 e 2024 provocaram impactos emocionais significativos nos estudantes como medo ansiedade depressão isolamento social e transtorno de estresse póstraumático Verificouse também a presença de fatores de risco relacionados ao bullying à exclusão social à radicalização online e à ausência de políticas públicas eficazes de prevenção e acolhimento psicológico Além disso constatouse que a fragilidade das relações familiares e escolares potencializa o sofrimento psíquico e dificulta a reconstrução dos vínculos após os episódios de violência Conclusão concluise que os ataques armados em escolas configuram problema de segurança pública e de saúde mental coletiva exigindo políticas de prevenção e estratégias integradas de apoio psicológico familiar e comunitário Palavraschave saúde mental ataques armados violência escolar Psicologia Escolar impactos emocionais 1 Introdução Os ataques armados em escolas configuramse como eventos trágicos que ameaçam a segurança e o bemestar de alunos professores e funcionários deixando marcas profundas nas vítimas e em toda a comunidade escolar Esses episódios frequentemente caracterizados pelo uso de armas de fogo transformam o ambiente escolar que deveria ser um espaço de aprendizado socialização e proteção em um local de medo e trauma coletivo As consequências ultrapassam as perdas físicas gerando impactos psicológicos significativos que comprometem o desempenho acadêmico e o equilíbrio emocional dos envolvidos A origem desses eventos Entre eles destacamse o bullying a homofobia o racismo a discriminação religiosa e as desigualdades socioeconômicas Conforme Abramovay Cunha e Calaf 2009 a escola enquanto espaço de socialização muitas vezes reproduz desigualdades presentes na sociedade gerando exclusão e conflitos interpessoais que podem se transformar em comportamentos violentos Segundo a Unesco 2016 cerca de 246 milhões de crianças e adolescentes em todo o mundo sofrem agressões físicas ou psicológicas em ambientes escolares sendo o bullying uma das formas mais recorrentes Os ataques nos Estados Unidos os quais foram transmitidos em noticiários brasileiros possuem forte e direta ligação com os jovens que cometerem tais tragédias no Brasil atuando em ataques em escolas e até mesmo em creches Pode ser citado questões como homofobia racismo desigualdade socioeconômica discriminação religiosa preconceitos contra pessoas com deficiência Além de discriminações que existem baseadas em características físicas como desencadeadoras de problemas de desengajamento moral dos estudantes levandoos a cometer atos de violência severa contra colegas professores e demais funcionários nas escolas Abramovay Cunha Calaf 2009 De acordo com o BBC News Brasil 2023 até o mês de março do ano de 2023 houve 23 casos de ataques em escolas o saldo deles foi de 137 hospitalizações e 45 mortes além das milhares de vítimas que vivenciaram de perto suas vidas colocadas em risco O noticiário foi responsável por grandes coberturas dos ataques e mostram que ao menos um ataque em escolascreches por ano desde 2017 até outubro de 2023 com exceção o ano de 2020 explicado por ser ano de pandemia e as aulas se manterem de maneira remota Segundo o relatório da Unesco 2016 a violência escolar de maior frequência e a que pode desencadear as demais é o bullying Estimase que 246 milhões de crianças e adolescentes sofrem as agressões de alguma forma a cada ano Bullying é o termo usado para indicar comportamentos agressivos que são cometidos sem motivação específica ou justificável do ponto de vista moral em que os pares estabelecem uma relação de desigualdade Knoener Tognetta 2016 A ausência de saúde mental nesse contexto traz dificuldades para o pleno desenvolvimento cognitivo social e afetivo O equilíbrio emocional dos estudantes influencia diretamente o aprendizado a convivência e a capacidade de enfrentamento de situaçõe s adversas quando esse equilíbrio é rompido aumentam os riscos de adoecimento psíquico e comportamentos autodestrutivos Teixeira 2018 De acordo com Bernard 2002 a ausência de apoio emocional e o despreparo institucional ampliam a vulnerabilidade dos alunos tornandoos mais suscetíveis a crises emocionais e a atitudes extremas As consequências psicológicas dos ataques armados vão desde sintomas de ansiedade e depressão até o desenvolvimento de transtornos mais graves como o transtorno de estresse póstraumático TEPT Ximenes Oliveira Assis 2008 Para Ximenes Oliveira e Assis 2008 o TEPT é uma das condições mais associadas à vitimização por violência especialmente em crianças e adolescentes expostos a situações que colocam em risco a integridade física ou emocional Esses impactos não se restringem às vítimas diretas mas atingem toda a comunidade escolar interferindo nas relações interpessoais e na qualidade do ambiente educativo Além da análise individual dos efeitos emocionais é necessário compreender que a escola é também um espaço de construção de vínculos e valores sociais No entanto como ressalta Fante 2005 as instituições de ensino têm enfrentado grandes desafios para lidar com os conflitos internos e externos sendo que muitos professores relatam dedicar até metade de seu tempo em sala de aula para resolver situações de violência e indisciplina Isso demonstra que a violência escolar é um fenômeno que ultrapassa os muros da escola exigindo respostas articuladas entre educação família e sociedade Diante desse cenário o problema de pesquisa que orienta este estudo consiste em compreender de que forma os ataques armados ocorridos nas escolas brasileiras entre 2021 e 2024 influenciam a saúde mental dos alunos comprometendo seu desenvolvimento emocional social e acadêmico Essa problemática se relaciona ao entendimento de que a violência escolar reflete questões estruturais e psicossociais conforme destacam Abramovay Cunha e Calaf 2009 para quem a escola é um espaço que reproduz desigualdades sociais e emocionais afetando o bemestar dos estudantesO objetivo foi analisar a relação entre os ataques armados nas escolas e a saúde mental dos alunos identificando os principais fatores psicológicos sociais e institucionais associados a esses eventos A hipótese que norteia o trabalho é que a ausência de políticas públicas eficazes de prevenção e acolhimento psicológico aliada à negligência institucional e ao enfraquecimento dos vínculos sociais potencializa a ocorrência e a gravidade dos ataques armados afetando diretamente o equilíbrio emocional e o desenvolvimento dos estudantesA hipótese que norteia o trabalho é que a ausência de políticas públicas eficazes de prevenção e acolhimento psicológico aliada à negligência institucional e ao enfraquecimento dos vínculos sociais potencializa a ocorrência e a gravidade dos ataques armados afetando diretamente o equilíbrio emocional e o desenvolvimento dos estudantes A relevância social desta pesquisa está em contribuir para a compreensão dos impactos emocionais causados por tais eventos e para a formulação de estratégias que promovam ambientes escolares mais seguros acolhedores e humanizados O tema permite compreender os efeitos psicológicos desses eventos identificar fatores de risco e propor estratégias de prevenção Ao abordar o fenômeno sob a ótica da Psicologia Escolar buscase contribuir para a criação de políticas públicas que valorizem o acolhimento emocional a escuta ativa e a construção de ambientes educativos mais seguros e empáticos Conforme enfatiza Fante 2005 prevenir a violência é também educar para a paz promovendo uma cultura de respeito empatia e solidariedade entre todos os sujeitos que compõem o espaço escolar Desse modo o tema permite compreender os efeitos psicológicos desses eventos identificar fatores de risco e propor estratégias de prevenção Ao abordar o fenômeno sob a ótica da psicologia escolar buscase contribuir para a criação de políticas públicas que valorizem o acolhimento emocional a escuta ativa e a construção de ambientes educativos mais seguros e empáticos Conforme enfatiza Fante 2005 prevenir a violência é também educar para a paz promovendo uma cultura de respeito empatia e solidariedade entre todos os sujeitos que compõem o espaço escolar Este estudo está dividido além da introdução em outras duas seções Na primeira seção apresentamos a metodologia da pesquisa que consiste em revisão bibliográfica sobre os ataques ocorridos entre 2021 e 2024 que influenciaram a saúde mental de jovens em idade escolar Na segunda seção estão dispostos os resultados as discussões e análise dos dados referentes à saúde mental dos alunos e os ataques armados nas escolas seguido das considerações finais 2 Metodologia A presente pesquisa caracterizase como de abordagem qualitativa de caráter descritivo do tipo bibliográfico A abordagem qualitativa foi escolhida por possibilitar a análise interpretativa e profunda de dados teóricos para uma melhor compreensão dos fenômenos sociais De acordo com Minayo 2022 o método qualitativo permite ao pesquisador captar a complexidade dos processos humanos suas subjetividades e contextos tornandose ideal para pesquisas que envolvem temas como saúde mental violência escolar e impactos psicológicos Segundo Gil 2019 as pesquisas bibliográficas têm como base o estudo de materiais já publicados como livros artigos científicos e outros documentos acadêmicos permitindo ao pesquisador construir um panorama teórico e analítico sobre determinado fenômeno Para Lakatos e Marconi 2017 esse tipo de estudo busca compreender a produção científica existente sobre o tema a fim de identificar lacunas e tendências que possam subsidiar reflexões e novos caminhos investigativos A pesquisa foi conduzida por meio de levantamento bibliográfico nas bases de dados do Portal de Periódicos da CAPES e Scientific Electronic Library Online SciELO Foi priorizado estudos nacionais publicados no período de 2021 a 2024 em idioma português e com acesso aberto O recorte temporal se justifica pela necessidade de contemplar produções que abordam a temática à luz de contextos sociais e educacionais contemporâneos O recorte temporal entre 2021 e 2024 devese ao fato de que nesses anos houve aumento significativo na ocorrência de ataques armados em escolas brasileirasSegundo levantamento da BBC News Brasil 2023 dos 22 ataques registrados desde 2002 11 aconteceram somente entre 2022 e 2023 evidenciando uma intensificação sem precedentes Essa escalada de violência acompanha tendências já observadas em países como os Estados Unidos onde episódios semelhantes serviram de alerta para o impacto da violência armada na saúde mental de estudantes e na cultura escolar Silva Castro 2021 Who 2018 Além disso o contexto póspandêmico trouxe novos desafios à educação e ao bemestar psicológico de crianças e adolescentes O isolamento social a reconfiguração das rotinas escolares e o aumento de conflitos nas relações interpessoais contribuíram para agravar o sofrimento psíquico e a vulnerabilidade emocional Rezende 2022 Ferreira Souza e Almeida 2023 O período também foi marcado por instabilidades e cortes nas políticas públicas educacionais o que impactou diretamente o suporte institucional à saúde mental nas escolas Oliveira 2022 Collier 2023 Dessa forma a delimitação temporal de 2021 a 2024 reflete um momento crítico e recente de transformações sociais políticas e emocionaisque impactam a relação entre saúde mental e violência escolar No Portal de Periódicos da CAPES utilizouse os descritores ataques escolas e Brasil obtendose inicialmente 65 trabalhos sem filtros Após aplicar os filtros acesso aberto tipo de recurso artigo idioma português e período 2021 a 2025 o total reduziu para 25 trabalhos Uma segunda busca com o descritor composto ataquesescolas foram identificados 67 trabalhos sem filtros e após aplicação dos mesmos critérios permaneceram 20 artigos válidos Quadro 1 Na base SciELO utilizando os descritores ataques escolas e Brasil não foram encontrados artigos diretamente relacionados No entanto ao utilizar a combinação ataques and violência and escolas foi localizado 5 trabalhos sem filtros e apenas 1 artigo após aplicar os mesmos critérios país Brasil tipo artigo idioma português período 20212025 A ausência de resultados no manancial SciELO reforça a situação emergente e ainda pouco explorada da temática dos ataques armados escolares no contexto brasileiro Quadro 1 Nós critérios de inclusão foram considerados os seguintes pontos foco em violência escolar ataques armados e saúde mental dos alunos Já nos critérios de exclusão considerouse os seguintes pontos estudos centrados em contextos internacionais sem relação direta com o Brasil textos sem resumo ou conclusão disponíveis materiais cujo foco principal não envolvesse saúde mental ou ambiente escolar Durante a seleção dos artigos foi seguido o seguinte processo na leitura primeiramente realizouse a leitura dos títulos para verificar a relevância com a temática da pesquisa em seguida a leitura dos resumos para confirmar a relação com a pesquisa e para finalizar efetuouse a leitura da introdução e conclusão para validação final dos textos selecionados Após o processo de triagem foi registrado as seguintes informações títulos autores site ano de publicação e objetivo Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão foram selecionados 11 artigos científicos que apresentaram relação direta com os objetivos da pesquisa e abordaram a interface entre saúde mental ataques armados e violência escolar no contexto brasileiro Esses artigos compuseram o corpus de análise utilizado na seção de Resultados Discussão e Análise dos Dados servindo como base para a categorização temática e interpretação dos achados A análise qualitativa das categorias possibilitou compreender de forma ampla e contextualizada o fenômeno dos ataques escolares destacando suas implicações psicológicas e sociais Foi possível identificar a escassez de estudos nacionais sobre a temática de ataques armados em escolas o que reforça a importância da presente pesquisa como contribuição para o campo da psicologia escolar Para o tratamento e interpretação dos dados coletados foi utilizada a metodologia de Análise de Conteúdo proposta por Laurence Bardin 2011 na terceira parte de sua obra a autora apresenta o processo da técnica utilizada que se estrutura em três etapas fundamentais a préanálise a exploração do material e o tratamento dos resultados com interpretação A préanálise consistiu na organização dos artigos selecionados e identificando as ideias centrais e hipóteses relacionadas à pesquisa Na etapa de exploração foram realizadas leituras exploratórias e identificação de núcleos de sentido que se repetiam nos textos permitindo a formulação de categorias temáticas relacionadas à saúde mental à violência escolar e às políticas públicas de prevenção Por fim na etapa de tratamento dos resultados procedeuse à interpretação crítica dos achados à luz do referencial teórico da psicologia escolar e da saúde mental coletiva Segundo Bardin 2011 essa etapa requer o uso de referências inferências e interpretações fundamentadas Assim a análise de conteúdo foi de extrema importância para entender de forma mais rigorosa as manifestações teóricas e práticas sobre a relação entre os assuntos citados ataques armados e saúde mental no contexto escolar Quadro 1 Artigos selecionados por filtros Base de dados Descritoresfiltros Número de trabalhos localizados Portal de Periódicos CAPES Descritores 1 ataques escolas Brasil Filtros acesso aberto Tipo de recurso artigo Idioma português Período 2021 a 2025 Descritores 2 ataquesescolas Descritores 1 65 Descritores 2 67 Após utilizar o filtro Descritores 1 25 Após utilizar o filtro Descritores 2 20 SciELO Descritores ataques and violência and escolas Filtros acesso aberto Tipo de recurso artigo Idioma português Período 2021 a 2025 Descritores 5 Após utilizar o filtro 1 Fonte os autores 2025 a partir de levantamento bibliográfico Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão foram selecionados os estudos que apresentaram relevância para contribuir no objetivo da pesquisa no sentido de compreender como ataques armados influenciam a saúde mental de jovens em idade escolar O quadro 2 apresenta os artigos selecionados e analisados organizados conforme a base de dados título autores ano de publicação instituição e temática central abordada Quadro 2 Artigos selecionados por base de dados Base de Dados Título do Artigo Autores Ano Periódico Instituição Temática Central SciELO Convivência escolar e neofascismo apontamentos para prevenir os ataques às escolas Matheus Eduardo Rodrigues Martins Marivete Gesser 2025 Cadernos de Pesquisa Análise psicossocial e crítica dos ataques escolares no contexto do neofascismo e da convivência escolar SciELO Como enfrentar o negacionismo e a crítica à educação em tempos de populismo de direita Alice Casimiro Lopes Érika V R Cunha Hugo H C Costa 2025 Sociologias Reflexão teórica sobre discursos negacionistas e o enfraquecimento da educação democrática SciELO Educação Física escolar póspandemia e governo Bolsonaro desafios e perspectivas Luciana Santos Collier 2023 Revista Brasileira de Ciências do Esporte Análise da precarização da educação e violência simbólica nas escolas póspandemia CAPES Periódicos Ataques nas escolas é cabível a infiltração virtual de agentes como meio para prevenção desse delito Gabriela Caldas de Araújo 2024 Revista Foco Faculdade Novo Milênio Debate jurídico e preventivo sobre ataques escolares e a atuação de agentes virtuais CAPES Periódicos Agressores ativos em escolas brasileiras análise e propostas de mitigação para as escolas do Paraná Rodrigo Bandeira dos Santos Gabriel Chaves 2024 Revista IberoAmericana de Humanidades Ciências e Educação Estudo sobre perfis e estratégias de mitigação de ataques no contexto escolar CAPES Periódicos Educação para a vida promoção da paz no ambiente escolar Diana Nunes de Oliveira Anna Carla de Castro Paixão Wellison Brito 2024 Revista JRG de Estudos Acadêmicos Estratégias pedagógicas e preventivas voltadas à cultura de paz nas escolas CAPES Periódicos Repensando o papel do Estado na segurança das instituições de ensino a necessária tutela específica do Estado no combate aos ataques nas escolas Wendrel Veloso Passos Letícia Vivianne M Cury 2024 Revista IberoAmericana de Humanidades Ciências e Educação Papel do Estado na segurança e prevenção de ataques violentos em escolas CAPES Periódicos Violência e ataques às escolas no Brasil Júlio Xandro Heck 2023 Revista Thema Instituto Federal SulRioGrandense Análise dos ataques às escolas no Brasil e fatores sociais envolvidos CAPES Periódicos A escola sob ataque e o lento cancelamento do futuro Rose Gurski Anna Lo Bianco 2023 Estudos e Pesquisas em Psicologia UERJ Discussão sobre a violência e o impacto psicossocial dos ataques às escolas CAPES Periódicos A efetividade das medidas socioeducativas diante dos massacres em escolas no Brasil Thainara da Silva Seixas Alexandre Jacob 2023 Revista Multidisciplinar do Nordeste Mineiro Reflexão sobre o sistema socioeducativo e prevenção da violência escolar CAPES Periódicos Políticas conservadoras no Brasil ameaças ao direito à educação e ataques à autonomia docente Dalila Andrade Oliveira 2022 Revista Educación Política y Sociedad Universidade Autônoma de Madri Relação entre políticas públicas e contexto sociopolítico da violência educacional Fonte os autores a partir de levantamento nas bases Portal de Periódicos CAPES e SciELO 20212025 A metodologia adotada permitiu o levantamento de informações sobre o assunto tratado com foco no impacto da saúde mental dos alunos A partir do levantamento realizado foi possível observar que o assunto sobre ataques armados nas escolas e as implicações psicológicas é recente e limitado em informações de dados o que reforça a relevância do estudo presente como contribuição acadêmica e social na área da Psicologia Escolar Na próxima seção apresentamos os resultados discussões e análises dos dados sobre os aspectos dos ataques armados nas escolas 3 A complexidade dos ataques em escolas A análise dos estudos selecionados permitiu compreender que os ataques armados em escolas configuramse como fenômenos complexos e multifatoriais relacionados tanto a dimensões psicológicas quanto sociais culturais e políticas Essa multiplicidade de fatores evidencia que o problema ultrapassa o campo da segurança pública e adentra o terreno da saúde mental coletiva e da formação ética e emocional dos estudantes Cuidar da saúde mental no contexto escolar significa promover condições para o equilíbrio emocional o desenvolvimento cognitivo e o convívio social saudável prevenindo comportamentos de risco e reduzindo a vulnerabilidade diante de situações de violência Who 2018 As produções analisadas destacam que o sofrimento emocional decorrente desses eventos se manifesta de diferentes formas como ansiedade medo isolamento desinteresse escolar irritabilidade e nos casos mais graves sintomas compatíveis com o transtorno de estresse póstraumático Ximenes Oliveira Assis 2008 Esses impactos não se limitam às vítimas diretas mas se estendem à comunidade escolar atingindo professores funcionários e familiares o que demonstra a amplitude dos danos psicológicos e sociais provocados pelos ataques Os ataques às escolas estão profundamente associados a contextos de exclusão bullying e desigualdade social Conforme Abramovay Cunha e Calaf 2009 a escola enquanto espaço de socialização muitas vezes reproduz desigualdades e preconceitos presentes na sociedade o que gera conflitos interpessoais e comportamentos violentos A Unesco 2016 reforça que o bullying é a forma mais recorrente de violência escolar afetando milhões de estudantes todos os anos e provocando consequências severas para o desenvolvimento emocional e acadêmico Situações de humilhação discriminação religiosa racismo e homofobia são identificadas como gatilhos para sentimentos de raiva revolta e desengajamento moral que em alguns casos podem se transformar em atitudes extremas Desse modo a violência escolar é compreendida como expressão de problemas sociais mais amplos e não como eventos isolados Os autores analisados apontam ainda o papel das redes digitais na ampliação do fenômeno Araújo 2024 e Gurski e Lo Bianco 2023 discutem como ambientes virtuais funcionam como espaços de radicalização e incentivo à violência reproduzindo discursos de ódio e criando comunidades que exaltam agressores Esse tipo de interação online contribui para o chamado contágio social no qual jovens fragilizados emocionalmente encontram modelos violentos a serem imitados Santos e Chaves 2024 complementam essa análise propondo protocolos de mitigação e estratégias de segurança que envolvem tanto o monitoramento digital quanto ações educativas que desenvolvam pensamento crítico e empatia Heck 2023 corrobora essa visão ao afirmar que a escola precisa ultrapassar seus muros e dialogar com a sociedade buscando romper com a cultura da violência que se perpetua nas redes e nos discursos cotidianos Outro ponto recorrente nas produções revisadas se refere às fragilidades institucionais e à ausência de políticas públicas eficazes para o enfrentamento da violência escolar Os estudos de Seixas e Jacob 2023 e Passos e Cury 2024 evidenciam que o Estado ainda carece de uma tutela específica para a segurança das instituições de ensino com políticas integradas e contínuas de prevenção Oliveira 2022 e Collier 2023 associam essa carência à precarização da educação aos cortes orçamentários e ao avanço de políticas conservadoras que enfraquecem a autonomia docente e reduzem a capacidade protetiva das escolas A desarticulação entre os setores de educação saúde e assistência social faz com que muitas instituições enfrentam sozinhas os desafios de lidar com situações de risco e sofrimento psíquico entre estudantes o que amplia a sensação de desamparo coletivo Além disso os efeitos da pandemia da COVID19 foram amplamente mencionados como agravantes Rezende 2022 e Ferreira Souza e Almeida 2023 ressaltam que o isolamento social a ruptura de rotinas e as incertezas econômicas intensificaram o sofrimento mental entre crianças e adolescentes aumentando os níveis de ansiedade e irritabilidade Collier 2023 acrescenta que o período póspandêmico foi marcado por uma reconfiguração das práticas escolares nas quais professores precisaram lidar simultaneamente com defasagens pedagógicas e demandas emocionais sem o devido suporte institucional Essa conjuntura favoreceu o aparecimento de conflitos e ampliou o sentimento de vulnerabilidade dentro das escolas tornandoas espaços tensionados e emocionalmente instáveis Os estudos de Lopes Cunha e Costa 2025 Martins e Gesser 2025 e Oliveira 2022 ampliam o debate ao relacionar a violência escolar com o contexto político e ideológico contemporâneo Esses autores argumentam que o avanço do negacionismo do populismo de direita e de discursos autoritários compromete o papel democrático da educação enfraquecendo a escola como espaço de diálogo e diversidade Gurski e Lo Bianco 2023 interpretam os ataques como sintomas de uma crise simbólica mais profunda marcada pela perda de sentido e pela falta de perspectivas de futuro para a juventude Heck 2023 reforça a necessidade de reconstruir o papel social e formativo da escola restabelecendo vínculos de pertencimento e responsabilidade coletiva Assim a violência escolar é vista também como reflexo de uma crise de valores e de um enfraquecimento das instituições democráticas que deveriam promover o respeito a solidariedade e a convivência pacífica Diante dessa análise observase uma forte convergência entre os autores no reconhecimento da necessidade de políticas públicas intersetoriais voltadas à prevenção e ao cuidado psicossocial Who 2018 Fante 2005 e Rezende 2022 destacam que promover a saúde mental dos estudantes significa investir em programas de escuta acolhimento emocional e educação para a paz Essas ações devem envolver escola família e comunidade em uma articulação contínua entre os setores da educação saúde e assistência A prevenção portanto deve ocorrer em múltiplos níveis primário com o fortalecimento do clima escolar e da cultura de empatia secundário com a identificação precoce de sinais de sofrimento e terciário com estratégias de pósvenção e reconstrução de vínculos após episódios de violência Ao discutir a intersecção entre saúde mental e violência escolar o estudo reforça que o enfrentamento desse fenômeno requer uma abordagem integrada pautada na convivência no diálogo e na reconstrução do papel social da escola como espaço de acolhimento e transformação Who 2018 Fante 2005 Rezende 2022 Além dos aspectos já discutidos é importante destacar que a literatura analisada evidencia a necessidade de compreender os ataques escolares a partir de uma ótica ecossistêmica na qual os fatores individuais familiares institucionais e sociais interagem constantemente Nesse sentido Bronfenbrenner 1996 apud Fante 2005 já apontava que o comportamento humano é moldado por múltiplos contextos interconectados como a família a escola a comunidade e o ambiente sociocultural mais amplo A ausência de suporte adequado em qualquer um desses níveis pode gerar rupturas emocionais que se refletem em comportamentos desadaptativos e em casos extremos em atos violentos Fante 2005 Who 2018 Rezende 2022 Essa compreensão é essencial para que as intervenções em saúde mental não se restrinjam ao indivíduo mas incluam também ações voltadas à coletividade e às instituições educativas articulando escola família comunidade e políticas públicas de prevenção da violência Heck 2023 Gurski Lo Bianco 2023 Oliveira 2022 Heck 2023 e Gurski e Lo Bianco 2023 reforçam que a crise da convivência escolar não pode ser tratada apenas como um problema disciplinar mas como um sintoma de transformações sociais mais amplas A perda de sentido da escola como espaço de pertencimento associada à competitividade ao individualismo e à ausência de vínculos comunitários fragiliza a capacidade de mediação de conflitos e o sentimento de empatia entre os alunos Esse quadro se agrava quando a escola deixa de exercer sua função protetiva e afetiva tornandose um ambiente que reproduz desigualdades e frustrações em vez de promover o desenvolvimento integral dos sujeitos Por isso vários autores destacam a urgência de políticas de formação continuada para educadores com ênfase em saúde mental escuta ativa e manejo de crises Fante 2005 Rezende 2022 Who 2018 Outro ponto recorrente nos estudos revisados é a banalização da violência e sua presença simbólica nas práticas cotidianas Oliveira 2022 e Collier 2023 destacam que discursos de ódio e comportamentos agressivos passaram a ser naturalizados dentro e fora das escolas favorecendo a indiferença diante do sofrimento alheio Esse processo está ligado ao avanço de narrativas autoritárias ao descrédito das instituições públicas e à crise das relações de solidariedade aspectos que desumanizam o convívio social Como apontam Oliveira 2022 e Collier 2023 o enfraquecimento das instituições educacionais e o avanço de discursos conservadores têm contribuído para a precarização das relações escolares e para a banalização da violência Dessa forma a escola precisa se reposicionar como um espaço de resistência e reconstrução simbólica reafirmando valores democráticos respeito à diversidade e empatia conforme defendem Lopes Cunha e Costa 2025 e Martins e Gesser 2025 Tal reposicionamento exige não apenas programas de prevenção mas também ações permanentes de educação emocional e cidadania capazes de resgatar o sentido ético e humano da vida escolar Lopes Cunha Costa 2025 Martins Gesser 2025 Por fim é possível inferir que os ataques armados em escolas brasileiras não resultam de causas únicas mas da convergência de sofrimentos psíquicos individuais vulnerabilidades sociais e falhas institucionais A saúde mental portanto aparece como eixo transversal de toda a problemática sendo tanto consequência quanto causa de processos de exclusão e violência A partir da análise dos estudos constatase que o fortalecimento das redes de apoio a integração entre políticas públicas e a formação de uma cultura escolar voltada à escuta e ao diálogo constituem caminhos fundamentais para a reconstrução da confiança e do sentimento de segurança nos ambientes educativos Promover o cuidado a empatia e o acolhimento é em última instância promover a vida e isso deve estar no centro de qualquer proposta de enfrentamento da violência nas escolas Who 2018 Fante 2005 Rezende 2022 Heck 2023 4 Conclusão O presente estudo permitiu compreender a forma como os ataques armados em escolas brasileiras afetam a saúde mental dos alunos A análise dos materiais pesquisados revelou que esses episódios provocam impactos emocionais significativos prejudicando o equilíbrio psíquico a aprendizagem e a convivência social dos estudantes As produções analisadas apontam que os principais efeitos psicológicos decorrentes dessas vivências são sentimentos intensos de medo ansiedade tristeza isolamento e o desenvolvimento de quadros de transtorno de estresse póstraumático Ximenes Oliveira Assis 2008 W ho 2018 Observouse que entre os anos de 2021 e 2024 os registros de ataques em escolas no Brasil se tornaram mais frequentes chamando a atenção da sociedade e da comunidade científica para os danos emocionais causados aos jovens Como destacam Rezende 2022 e Ferreira Souza e Almeida 2023 o período póspandêmico intensificou vulnerabilidades psíquicas e trouxe à tona a necessidade de compreender como o sofrimento mental pode estar relacionado ao aumento de comportamentos violentos no contexto escolar Dessa maneira a saúde mental surge como um eixo central para a prevenção e o enfrentamento desse tipo de violência Os autores estudados são unânimes ao reconhecer que o cuidado psicológico e o acolhimento emocional no ambiente escolar têm papel fundamental na proteção dos alunos e na reconstrução de vínculos Heck 2023 Gurski e Lo Bianco 2023 ressaltam que a violência escolar reflete o esvaziamento do papel educativo e acolhedor da escola e que fortalecer esses aspectos pode reduzir riscos de novas ocorrências Na mesma direção Araújo 2024 e Santos e Chaves 2024 enfatizam que a criação de espaços de diálogo e acompanhamento emocional contribui para identificar precocemente sinais de sofrimento e prevenir episódios de violência Seixas e Jacob 2023 destacam que a efetividade das políticas de proteção depende de ações integradas entre escola e comunidade enquanto Oliveira 2022 alerta que a falta de suporte institucional amplia a sensação de insegurança entre os estudantes Martins e Gesser 2025 acrescentam que o fortalecimento da convivência escolar e o incentivo à empatia são medidas essenciais para neutralizar comportamentos hostis e fortalecer a saúde emocional A partir dessas evidências concluise que os ataques armados em escolas produzem repercussões diretas e profundas sobre a saúde mental dos alunos exigindo atenção contínua das políticas educacionais e das práticas psicológicas Investir em programas de escuta acolhimento e educação emocional é fundamental para prevenir o sofrimento psíquico e restaurar o sentimento de segurança dentro do espaço escolar Assim promover a saúde mental dos estudantes não é apenas uma ação terapêutica mas uma estratégia de prevenção à violência e de fortalecimento de uma cultura escolar baseada no respeito no diálogo e na paz

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Psicologia Institucional

UNICESUMAR

Psicologia Orientação Profissional

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excluir o espaço entre os parágrafos em todo o texto inserir os dados dos autores em nota de rodapé precisa dizer se a hipótese foi confirmada ou não E quais foram os limites da pesquisa Inserir as referências somente o que foi utilizado no texto e as do quadro diminuir os espaços entre as linhas da tabela A Saúde mental dos alunos e os ataques armados nas Escolas Ana Lara da Silva Matheus Alex Krutzmann Andreia Aparecida Simão Resumo Introdução Os ataques armados em escolas é um fenômeno que se intensificou no Brasil nos últimos anos e gerou graves repercussões sociais emocionais e acadêmicas A pertinência do estudo justificase pela necessidade de compreender como esses episódios além das perdas humanas irreparáveis afetam diretamente a segurança e o bemestar psicológico dos estudantes Objetivo analisar a relação entre os ataques armados nas escolas e a saúde mental dos alunos identificando os principais fatores psicológicos sociais e institucionais associados a esses eventos Metodologia tratase de uma pesquisa qualitativa de caráter bibliográfico fundamentada em artigos científicos publicados entre os anos de 2021 e 2025 As buscas foram realizadas em bases nas dados SciELO e Portal de Periódicos da CAPES A análise dos dados ocorreu pela metodologia de análise de conteúdo com a construção de categorias temática s Resultados a pesquisa evidenciou que os ataques armados nas escolas brasileiras entre 2021 e 2024 provocaram impactos emocionais significativos nos estudantes como medo ansiedade depressão isolamento social e transtorno de estresse póstraumático Verificouse também a presença de fatores de risco relacionados ao bullying à exclusão social à radicalização online e à ausência de políticas públicas eficazes de prevenção e acolhimento psicológico Além disso constatouse que a fragilidade das relações familiares e escolares potencializa o sofrimento psíquico e dificulta a reconstrução dos vínculos após os episódios de violência Conclusão concluise que os ataques armados em escolas configuram problema de segurança pública e de saúde mental coletiva exigindo políticas de prevenção e estratégias integradas de apoio psicológico familiar e comunitário Palavraschave saúde mental ataques armados violência escolar Psicologia Escolar impactos emocionais 1 Introdução Os ataques armados em escolas configuramse como eventos trágicos que ameaçam a segurança e o bemestar de alunos professores e funcionários deixando marcas profundas nas vítimas e em toda a comunidade escolar Esses episódios frequentemente caracterizados pelo uso de armas de fogo transformam o ambiente escolar que deveria ser um espaço de aprendizado socialização e proteção em um local de medo e trauma coletivo As consequências ultrapassam as perdas físicas gerando impactos psicológicos significativos que comprometem o desempenho acadêmico e o equilíbrio emocional dos envolvidos A origem desses eventos Entre eles destacamse o bullying a homofobia o racismo a discriminação religiosa e as desigualdades socioeconômicas Conforme Abramovay Cunha e Calaf 2009 a escola enquanto espaço de socialização muitas vezes reproduz desigualdades presentes na sociedade gerando exclusão e conflitos interpessoais que podem se transformar em comportamentos violentos Segundo a Unesco 2016 cerca de 246 milhões de crianças e adolescentes em todo o mundo sofrem agressões físicas ou psicológicas em ambientes escolares sendo o bullying uma das formas mais recorrentes Os ataques nos Estados Unidos os quais foram transmitidos em noticiários brasileiros possuem forte e direta ligação com os jovens que cometerem tais tragédias no Brasil atuando em ataques em escolas e até mesmo em creches Pode ser citado questões como homofobia racismo desigualdade socioeconômica discriminação religiosa preconceitos contra pessoas com deficiência Além de discriminações que existem baseadas em características físicas como desencadeadoras de problemas de desengajamento moral dos estudantes levandoos a cometer atos de violência severa contra colegas professores e demais funcionários nas escolas Abramovay Cunha Calaf 2009 De acordo com o BBC News Brasil 2023 até o mês de março do ano de 2023 houve 23 casos de ataques em escolas o saldo deles foi de 137 hospitalizações e 45 mortes além das milhares de vítimas que vivenciaram de perto suas vidas colocadas em risco O noticiário foi responsável por grandes coberturas dos ataques e mostram que ao menos um ataque em escolascreches por ano desde 2017 até outubro de 2023 com exceção o ano de 2020 explicado por ser ano de pandemia e as aulas se manterem de maneira remota Segundo o relatório da Unesco 2016 a violência escolar de maior frequência e a que pode desencadear as demais é o bullying Estimase que 246 milhões de crianças e adolescentes sofrem as agressões de alguma forma a cada ano Bullying é o termo usado para indicar comportamentos agressivos que são cometidos sem motivação específica ou justificável do ponto de vista moral em que os pares estabelecem uma relação de desigualdade Knoener Tognetta 2016 A ausência de saúde mental nesse contexto traz dificuldades para o pleno desenvolvimento cognitivo social e afetivo O equilíbrio emocional dos estudantes influencia diretamente o aprendizado a convivência e a capacidade de enfrentamento de situaçõe s adversas quando esse equilíbrio é rompido aumentam os riscos de adoecimento psíquico e comportamentos autodestrutivos Teixeira 2018 De acordo com Bernard 2002 a ausência de apoio emocional e o despreparo institucional ampliam a vulnerabilidade dos alunos tornandoos mais suscetíveis a crises emocionais e a atitudes extremas As consequências psicológicas dos ataques armados vão desde sintomas de ansiedade e depressão até o desenvolvimento de transtornos mais graves como o transtorno de estresse póstraumático TEPT Ximenes Oliveira Assis 2008 Para Ximenes Oliveira e Assis 2008 o TEPT é uma das condições mais associadas à vitimização por violência especialmente em crianças e adolescentes expostos a situações que colocam em risco a integridade física ou emocional Esses impactos não se restringem às vítimas diretas mas atingem toda a comunidade escolar interferindo nas relações interpessoais e na qualidade do ambiente educativo Além da análise individual dos efeitos emocionais é necessário compreender que a escola é também um espaço de construção de vínculos e valores sociais No entanto como ressalta Fante 2005 as instituições de ensino têm enfrentado grandes desafios para lidar com os conflitos internos e externos sendo que muitos professores relatam dedicar até metade de seu tempo em sala de aula para resolver situações de violência e indisciplina Isso demonstra que a violência escolar é um fenômeno que ultrapassa os muros da escola exigindo respostas articuladas entre educação família e sociedade Diante desse cenário o problema de pesquisa que orienta este estudo consiste em compreender de que forma os ataques armados ocorridos nas escolas brasileiras entre 2021 e 2024 influenciam a saúde mental dos alunos comprometendo seu desenvolvimento emocional social e acadêmico Essa problemática se relaciona ao entendimento de que a violência escolar reflete questões estruturais e psicossociais conforme destacam Abramovay Cunha e Calaf 2009 para quem a escola é um espaço que reproduz desigualdades sociais e emocionais afetando o bemestar dos estudantesO objetivo foi analisar a relação entre os ataques armados nas escolas e a saúde mental dos alunos identificando os principais fatores psicológicos sociais e institucionais associados a esses eventos A hipótese que norteia o trabalho é que a ausência de políticas públicas eficazes de prevenção e acolhimento psicológico aliada à negligência institucional e ao enfraquecimento dos vínculos sociais potencializa a ocorrência e a gravidade dos ataques armados afetando diretamente o equilíbrio emocional e o desenvolvimento dos estudantesA hipótese que norteia o trabalho é que a ausência de políticas públicas eficazes de prevenção e acolhimento psicológico aliada à negligência institucional e ao enfraquecimento dos vínculos sociais potencializa a ocorrência e a gravidade dos ataques armados afetando diretamente o equilíbrio emocional e o desenvolvimento dos estudantes A relevância social desta pesquisa está em contribuir para a compreensão dos impactos emocionais causados por tais eventos e para a formulação de estratégias que promovam ambientes escolares mais seguros acolhedores e humanizados O tema permite compreender os efeitos psicológicos desses eventos identificar fatores de risco e propor estratégias de prevenção Ao abordar o fenômeno sob a ótica da Psicologia Escolar buscase contribuir para a criação de políticas públicas que valorizem o acolhimento emocional a escuta ativa e a construção de ambientes educativos mais seguros e empáticos Conforme enfatiza Fante 2005 prevenir a violência é também educar para a paz promovendo uma cultura de respeito empatia e solidariedade entre todos os sujeitos que compõem o espaço escolar Desse modo o tema permite compreender os efeitos psicológicos desses eventos identificar fatores de risco e propor estratégias de prevenção Ao abordar o fenômeno sob a ótica da psicologia escolar buscase contribuir para a criação de políticas públicas que valorizem o acolhimento emocional a escuta ativa e a construção de ambientes educativos mais seguros e empáticos Conforme enfatiza Fante 2005 prevenir a violência é também educar para a paz promovendo uma cultura de respeito empatia e solidariedade entre todos os sujeitos que compõem o espaço escolar Este estudo está dividido além da introdução em outras duas seções Na primeira seção apresentamos a metodologia da pesquisa que consiste em revisão bibliográfica sobre os ataques ocorridos entre 2021 e 2024 que influenciaram a saúde mental de jovens em idade escolar Na segunda seção estão dispostos os resultados as discussões e análise dos dados referentes à saúde mental dos alunos e os ataques armados nas escolas seguido das considerações finais 2 Metodologia A presente pesquisa caracterizase como de abordagem qualitativa de caráter descritivo do tipo bibliográfico A abordagem qualitativa foi escolhida por possibilitar a análise interpretativa e profunda de dados teóricos para uma melhor compreensão dos fenômenos sociais De acordo com Minayo 2022 o método qualitativo permite ao pesquisador captar a complexidade dos processos humanos suas subjetividades e contextos tornandose ideal para pesquisas que envolvem temas como saúde mental violência escolar e impactos psicológicos Segundo Gil 2019 as pesquisas bibliográficas têm como base o estudo de materiais já publicados como livros artigos científicos e outros documentos acadêmicos permitindo ao pesquisador construir um panorama teórico e analítico sobre determinado fenômeno Para Lakatos e Marconi 2017 esse tipo de estudo busca compreender a produção científica existente sobre o tema a fim de identificar lacunas e tendências que possam subsidiar reflexões e novos caminhos investigativos A pesquisa foi conduzida por meio de levantamento bibliográfico nas bases de dados do Portal de Periódicos da CAPES e Scientific Electronic Library Online SciELO Foi priorizado estudos nacionais publicados no período de 2021 a 2024 em idioma português e com acesso aberto O recorte temporal se justifica pela necessidade de contemplar produções que abordam a temática à luz de contextos sociais e educacionais contemporâneos O recorte temporal entre 2021 e 2024 devese ao fato de que nesses anos houve aumento significativo na ocorrência de ataques armados em escolas brasileirasSegundo levantamento da BBC News Brasil 2023 dos 22 ataques registrados desde 2002 11 aconteceram somente entre 2022 e 2023 evidenciando uma intensificação sem precedentes Essa escalada de violência acompanha tendências já observadas em países como os Estados Unidos onde episódios semelhantes serviram de alerta para o impacto da violência armada na saúde mental de estudantes e na cultura escolar Silva Castro 2021 Who 2018 Além disso o contexto póspandêmico trouxe novos desafios à educação e ao bemestar psicológico de crianças e adolescentes O isolamento social a reconfiguração das rotinas escolares e o aumento de conflitos nas relações interpessoais contribuíram para agravar o sofrimento psíquico e a vulnerabilidade emocional Rezende 2022 Ferreira Souza e Almeida 2023 O período também foi marcado por instabilidades e cortes nas políticas públicas educacionais o que impactou diretamente o suporte institucional à saúde mental nas escolas Oliveira 2022 Collier 2023 Dessa forma a delimitação temporal de 2021 a 2024 reflete um momento crítico e recente de transformações sociais políticas e emocionaisque impactam a relação entre saúde mental e violência escolar No Portal de Periódicos da CAPES utilizouse os descritores ataques escolas e Brasil obtendose inicialmente 65 trabalhos sem filtros Após aplicar os filtros acesso aberto tipo de recurso artigo idioma português e período 2021 a 2025 o total reduziu para 25 trabalhos Uma segunda busca com o descritor composto ataquesescolas foram identificados 67 trabalhos sem filtros e após aplicação dos mesmos critérios permaneceram 20 artigos válidos Quadro 1 Na base SciELO utilizando os descritores ataques escolas e Brasil não foram encontrados artigos diretamente relacionados No entanto ao utilizar a combinação ataques and violência and escolas foi localizado 5 trabalhos sem filtros e apenas 1 artigo após aplicar os mesmos critérios país Brasil tipo artigo idioma português período 20212025 A ausência de resultados no manancial SciELO reforça a situação emergente e ainda pouco explorada da temática dos ataques armados escolares no contexto brasileiro Quadro 1 Nós critérios de inclusão foram considerados os seguintes pontos foco em violência escolar ataques armados e saúde mental dos alunos Já nos critérios de exclusão considerouse os seguintes pontos estudos centrados em contextos internacionais sem relação direta com o Brasil textos sem resumo ou conclusão disponíveis materiais cujo foco principal não envolvesse saúde mental ou ambiente escolar Durante a seleção dos artigos foi seguido o seguinte processo na leitura primeiramente realizouse a leitura dos títulos para verificar a relevância com a temática da pesquisa em seguida a leitura dos resumos para confirmar a relação com a pesquisa e para finalizar efetuouse a leitura da introdução e conclusão para validação final dos textos selecionados Após o processo de triagem foi registrado as seguintes informações títulos autores site ano de publicação e objetivo Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão foram selecionados 11 artigos científicos que apresentaram relação direta com os objetivos da pesquisa e abordaram a interface entre saúde mental ataques armados e violência escolar no contexto brasileiro Esses artigos compuseram o corpus de análise utilizado na seção de Resultados Discussão e Análise dos Dados servindo como base para a categorização temática e interpretação dos achados A análise qualitativa das categorias possibilitou compreender de forma ampla e contextualizada o fenômeno dos ataques escolares destacando suas implicações psicológicas e sociais Foi possível identificar a escassez de estudos nacionais sobre a temática de ataques armados em escolas o que reforça a importância da presente pesquisa como contribuição para o campo da psicologia escolar Para o tratamento e interpretação dos dados coletados foi utilizada a metodologia de Análise de Conteúdo proposta por Laurence Bardin 2011 na terceira parte de sua obra a autora apresenta o processo da técnica utilizada que se estrutura em três etapas fundamentais a préanálise a exploração do material e o tratamento dos resultados com interpretação A préanálise consistiu na organização dos artigos selecionados e identificando as ideias centrais e hipóteses relacionadas à pesquisa Na etapa de exploração foram realizadas leituras exploratórias e identificação de núcleos de sentido que se repetiam nos textos permitindo a formulação de categorias temáticas relacionadas à saúde mental à violência escolar e às políticas públicas de prevenção Por fim na etapa de tratamento dos resultados procedeuse à interpretação crítica dos achados à luz do referencial teórico da psicologia escolar e da saúde mental coletiva Segundo Bardin 2011 essa etapa requer o uso de referências inferências e interpretações fundamentadas Assim a análise de conteúdo foi de extrema importância para entender de forma mais rigorosa as manifestações teóricas e práticas sobre a relação entre os assuntos citados ataques armados e saúde mental no contexto escolar Quadro 1 Artigos selecionados por filtros Base de dados Descritoresfiltros Número de trabalhos localizados Portal de Periódicos CAPES Descritores 1 ataques escolas Brasil Filtros acesso aberto Tipo de recurso artigo Idioma português Período 2021 a 2025 Descritores 2 ataquesescolas Descritores 1 65 Descritores 2 67 Após utilizar o filtro Descritores 1 25 Após utilizar o filtro Descritores 2 20 SciELO Descritores ataques and violência and escolas Filtros acesso aberto Tipo de recurso artigo Idioma português Período 2021 a 2025 Descritores 5 Após utilizar o filtro 1 Fonte os autores 2025 a partir de levantamento bibliográfico Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão foram selecionados os estudos que apresentaram relevância para contribuir no objetivo da pesquisa no sentido de compreender como ataques armados influenciam a saúde mental de jovens em idade escolar O quadro 2 apresenta os artigos selecionados e analisados organizados conforme a base de dados título autores ano de publicação instituição e temática central abordada Quadro 2 Artigos selecionados por base de dados Base de Dados Título do Artigo Autores Ano Periódico Instituição Temática Central SciELO Convivência escolar e neofascismo apontamentos para prevenir os ataques às escolas Matheus Eduardo Rodrigues Martins Marivete Gesser 2025 Cadernos de Pesquisa Análise psicossocial e crítica dos ataques escolares no contexto do neofascismo e da convivência escolar SciELO Como enfrentar o negacionismo e a crítica à educação em tempos de populismo de direita Alice Casimiro Lopes Érika V R Cunha Hugo H C Costa 2025 Sociologias Reflexão teórica sobre discursos negacionistas e o enfraquecimento da educação democrática SciELO Educação Física escolar póspandemia e governo Bolsonaro desafios e perspectivas Luciana Santos Collier 2023 Revista Brasileira de Ciências do Esporte Análise da precarização da educação e violência simbólica nas escolas póspandemia CAPES Periódicos Ataques nas escolas é cabível a infiltração virtual de agentes como meio para prevenção desse delito Gabriela Caldas de Araújo 2024 Revista Foco Faculdade Novo Milênio Debate jurídico e preventivo sobre ataques escolares e a atuação de agentes virtuais CAPES Periódicos Agressores ativos em escolas brasileiras análise e propostas de mitigação para as escolas do Paraná Rodrigo Bandeira dos Santos Gabriel Chaves 2024 Revista IberoAmericana de Humanidades Ciências e Educação Estudo sobre perfis e estratégias de mitigação de ataques no contexto escolar CAPES Periódicos Educação para a vida promoção da paz no ambiente escolar Diana Nunes de Oliveira Anna Carla de Castro Paixão Wellison Brito 2024 Revista JRG de Estudos Acadêmicos Estratégias pedagógicas e preventivas voltadas à cultura de paz nas escolas CAPES Periódicos Repensando o papel do Estado na segurança das instituições de ensino a necessária tutela específica do Estado no combate aos ataques nas escolas Wendrel Veloso Passos Letícia Vivianne M Cury 2024 Revista IberoAmericana de Humanidades Ciências e Educação Papel do Estado na segurança e prevenção de ataques violentos em escolas CAPES Periódicos Violência e ataques às escolas no Brasil Júlio Xandro Heck 2023 Revista Thema Instituto Federal SulRioGrandense Análise dos ataques às escolas no Brasil e fatores sociais envolvidos CAPES Periódicos A escola sob ataque e o lento cancelamento do futuro Rose Gurski Anna Lo Bianco 2023 Estudos e Pesquisas em Psicologia UERJ Discussão sobre a violência e o impacto psicossocial dos ataques às escolas CAPES Periódicos A efetividade das medidas socioeducativas diante dos massacres em escolas no Brasil Thainara da Silva Seixas Alexandre Jacob 2023 Revista Multidisciplinar do Nordeste Mineiro Reflexão sobre o sistema socioeducativo e prevenção da violência escolar CAPES Periódicos Políticas conservadoras no Brasil ameaças ao direito à educação e ataques à autonomia docente Dalila Andrade Oliveira 2022 Revista Educación Política y Sociedad Universidade Autônoma de Madri Relação entre políticas públicas e contexto sociopolítico da violência educacional Fonte os autores a partir de levantamento nas bases Portal de Periódicos CAPES e SciELO 20212025 A metodologia adotada permitiu o levantamento de informações sobre o assunto tratado com foco no impacto da saúde mental dos alunos A partir do levantamento realizado foi possível observar que o assunto sobre ataques armados nas escolas e as implicações psicológicas é recente e limitado em informações de dados o que reforça a relevância do estudo presente como contribuição acadêmica e social na área da Psicologia Escolar Na próxima seção apresentamos os resultados discussões e análises dos dados sobre os aspectos dos ataques armados nas escolas 3 A complexidade dos ataques em escolas A análise dos estudos selecionados permitiu compreender que os ataques armados em escolas configuramse como fenômenos complexos e multifatoriais relacionados tanto a dimensões psicológicas quanto sociais culturais e políticas Essa multiplicidade de fatores evidencia que o problema ultrapassa o campo da segurança pública e adentra o terreno da saúde mental coletiva e da formação ética e emocional dos estudantes Cuidar da saúde mental no contexto escolar significa promover condições para o equilíbrio emocional o desenvolvimento cognitivo e o convívio social saudável prevenindo comportamentos de risco e reduzindo a vulnerabilidade diante de situações de violência Who 2018 As produções analisadas destacam que o sofrimento emocional decorrente desses eventos se manifesta de diferentes formas como ansiedade medo isolamento desinteresse escolar irritabilidade e nos casos mais graves sintomas compatíveis com o transtorno de estresse póstraumático Ximenes Oliveira Assis 2008 Esses impactos não se limitam às vítimas diretas mas se estendem à comunidade escolar atingindo professores funcionários e familiares o que demonstra a amplitude dos danos psicológicos e sociais provocados pelos ataques Os ataques às escolas estão profundamente associados a contextos de exclusão bullying e desigualdade social Conforme Abramovay Cunha e Calaf 2009 a escola enquanto espaço de socialização muitas vezes reproduz desigualdades e preconceitos presentes na sociedade o que gera conflitos interpessoais e comportamentos violentos A Unesco 2016 reforça que o bullying é a forma mais recorrente de violência escolar afetando milhões de estudantes todos os anos e provocando consequências severas para o desenvolvimento emocional e acadêmico Situações de humilhação discriminação religiosa racismo e homofobia são identificadas como gatilhos para sentimentos de raiva revolta e desengajamento moral que em alguns casos podem se transformar em atitudes extremas Desse modo a violência escolar é compreendida como expressão de problemas sociais mais amplos e não como eventos isolados Os autores analisados apontam ainda o papel das redes digitais na ampliação do fenômeno Araújo 2024 e Gurski e Lo Bianco 2023 discutem como ambientes virtuais funcionam como espaços de radicalização e incentivo à violência reproduzindo discursos de ódio e criando comunidades que exaltam agressores Esse tipo de interação online contribui para o chamado contágio social no qual jovens fragilizados emocionalmente encontram modelos violentos a serem imitados Santos e Chaves 2024 complementam essa análise propondo protocolos de mitigação e estratégias de segurança que envolvem tanto o monitoramento digital quanto ações educativas que desenvolvam pensamento crítico e empatia Heck 2023 corrobora essa visão ao afirmar que a escola precisa ultrapassar seus muros e dialogar com a sociedade buscando romper com a cultura da violência que se perpetua nas redes e nos discursos cotidianos Outro ponto recorrente nas produções revisadas se refere às fragilidades institucionais e à ausência de políticas públicas eficazes para o enfrentamento da violência escolar Os estudos de Seixas e Jacob 2023 e Passos e Cury 2024 evidenciam que o Estado ainda carece de uma tutela específica para a segurança das instituições de ensino com políticas integradas e contínuas de prevenção Oliveira 2022 e Collier 2023 associam essa carência à precarização da educação aos cortes orçamentários e ao avanço de políticas conservadoras que enfraquecem a autonomia docente e reduzem a capacidade protetiva das escolas A desarticulação entre os setores de educação saúde e assistência social faz com que muitas instituições enfrentam sozinhas os desafios de lidar com situações de risco e sofrimento psíquico entre estudantes o que amplia a sensação de desamparo coletivo Além disso os efeitos da pandemia da COVID19 foram amplamente mencionados como agravantes Rezende 2022 e Ferreira Souza e Almeida 2023 ressaltam que o isolamento social a ruptura de rotinas e as incertezas econômicas intensificaram o sofrimento mental entre crianças e adolescentes aumentando os níveis de ansiedade e irritabilidade Collier 2023 acrescenta que o período póspandêmico foi marcado por uma reconfiguração das práticas escolares nas quais professores precisaram lidar simultaneamente com defasagens pedagógicas e demandas emocionais sem o devido suporte institucional Essa conjuntura favoreceu o aparecimento de conflitos e ampliou o sentimento de vulnerabilidade dentro das escolas tornandoas espaços tensionados e emocionalmente instáveis Os estudos de Lopes Cunha e Costa 2025 Martins e Gesser 2025 e Oliveira 2022 ampliam o debate ao relacionar a violência escolar com o contexto político e ideológico contemporâneo Esses autores argumentam que o avanço do negacionismo do populismo de direita e de discursos autoritários compromete o papel democrático da educação enfraquecendo a escola como espaço de diálogo e diversidade Gurski e Lo Bianco 2023 interpretam os ataques como sintomas de uma crise simbólica mais profunda marcada pela perda de sentido e pela falta de perspectivas de futuro para a juventude Heck 2023 reforça a necessidade de reconstruir o papel social e formativo da escola restabelecendo vínculos de pertencimento e responsabilidade coletiva Assim a violência escolar é vista também como reflexo de uma crise de valores e de um enfraquecimento das instituições democráticas que deveriam promover o respeito a solidariedade e a convivência pacífica Diante dessa análise observase uma forte convergência entre os autores no reconhecimento da necessidade de políticas públicas intersetoriais voltadas à prevenção e ao cuidado psicossocial Who 2018 Fante 2005 e Rezende 2022 destacam que promover a saúde mental dos estudantes significa investir em programas de escuta acolhimento emocional e educação para a paz Essas ações devem envolver escola família e comunidade em uma articulação contínua entre os setores da educação saúde e assistência A prevenção portanto deve ocorrer em múltiplos níveis primário com o fortalecimento do clima escolar e da cultura de empatia secundário com a identificação precoce de sinais de sofrimento e terciário com estratégias de pósvenção e reconstrução de vínculos após episódios de violência Ao discutir a intersecção entre saúde mental e violência escolar o estudo reforça que o enfrentamento desse fenômeno requer uma abordagem integrada pautada na convivência no diálogo e na reconstrução do papel social da escola como espaço de acolhimento e transformação Who 2018 Fante 2005 Rezende 2022 Além dos aspectos já discutidos é importante destacar que a literatura analisada evidencia a necessidade de compreender os ataques escolares a partir de uma ótica ecossistêmica na qual os fatores individuais familiares institucionais e sociais interagem constantemente Nesse sentido Bronfenbrenner 1996 apud Fante 2005 já apontava que o comportamento humano é moldado por múltiplos contextos interconectados como a família a escola a comunidade e o ambiente sociocultural mais amplo A ausência de suporte adequado em qualquer um desses níveis pode gerar rupturas emocionais que se refletem em comportamentos desadaptativos e em casos extremos em atos violentos Fante 2005 Who 2018 Rezende 2022 Essa compreensão é essencial para que as intervenções em saúde mental não se restrinjam ao indivíduo mas incluam também ações voltadas à coletividade e às instituições educativas articulando escola família comunidade e políticas públicas de prevenção da violência Heck 2023 Gurski Lo Bianco 2023 Oliveira 2022 Heck 2023 e Gurski e Lo Bianco 2023 reforçam que a crise da convivência escolar não pode ser tratada apenas como um problema disciplinar mas como um sintoma de transformações sociais mais amplas A perda de sentido da escola como espaço de pertencimento associada à competitividade ao individualismo e à ausência de vínculos comunitários fragiliza a capacidade de mediação de conflitos e o sentimento de empatia entre os alunos Esse quadro se agrava quando a escola deixa de exercer sua função protetiva e afetiva tornandose um ambiente que reproduz desigualdades e frustrações em vez de promover o desenvolvimento integral dos sujeitos Por isso vários autores destacam a urgência de políticas de formação continuada para educadores com ênfase em saúde mental escuta ativa e manejo de crises Fante 2005 Rezende 2022 Who 2018 Outro ponto recorrente nos estudos revisados é a banalização da violência e sua presença simbólica nas práticas cotidianas Oliveira 2022 e Collier 2023 destacam que discursos de ódio e comportamentos agressivos passaram a ser naturalizados dentro e fora das escolas favorecendo a indiferença diante do sofrimento alheio Esse processo está ligado ao avanço de narrativas autoritárias ao descrédito das instituições públicas e à crise das relações de solidariedade aspectos que desumanizam o convívio social Como apontam Oliveira 2022 e Collier 2023 o enfraquecimento das instituições educacionais e o avanço de discursos conservadores têm contribuído para a precarização das relações escolares e para a banalização da violência Dessa forma a escola precisa se reposicionar como um espaço de resistência e reconstrução simbólica reafirmando valores democráticos respeito à diversidade e empatia conforme defendem Lopes Cunha e Costa 2025 e Martins e Gesser 2025 Tal reposicionamento exige não apenas programas de prevenção mas também ações permanentes de educação emocional e cidadania capazes de resgatar o sentido ético e humano da vida escolar Lopes Cunha Costa 2025 Martins Gesser 2025 Por fim é possível inferir que os ataques armados em escolas brasileiras não resultam de causas únicas mas da convergência de sofrimentos psíquicos individuais vulnerabilidades sociais e falhas institucionais A saúde mental portanto aparece como eixo transversal de toda a problemática sendo tanto consequência quanto causa de processos de exclusão e violência A partir da análise dos estudos constatase que o fortalecimento das redes de apoio a integração entre políticas públicas e a formação de uma cultura escolar voltada à escuta e ao diálogo constituem caminhos fundamentais para a reconstrução da confiança e do sentimento de segurança nos ambientes educativos Promover o cuidado a empatia e o acolhimento é em última instância promover a vida e isso deve estar no centro de qualquer proposta de enfrentamento da violência nas escolas Who 2018 Fante 2005 Rezende 2022 Heck 2023 4 Conclusão O presente estudo permitiu compreender a forma como os ataques armados em escolas brasileiras afetam a saúde mental dos alunos A análise dos materiais pesquisados revelou que esses episódios provocam impactos emocionais significativos prejudicando o equilíbrio psíquico a aprendizagem e a convivência social dos estudantes As produções analisadas apontam que os principais efeitos psicológicos decorrentes dessas vivências são sentimentos intensos de medo ansiedade tristeza isolamento e o desenvolvimento de quadros de transtorno de estresse póstraumático Ximenes Oliveira Assis 2008 W ho 2018 Observouse que entre os anos de 2021 e 2024 os registros de ataques em escolas no Brasil se tornaram mais frequentes chamando a atenção da sociedade e da comunidade científica para os danos emocionais causados aos jovens Como destacam Rezende 2022 e Ferreira Souza e Almeida 2023 o período póspandêmico intensificou vulnerabilidades psíquicas e trouxe à tona a necessidade de compreender como o sofrimento mental pode estar relacionado ao aumento de comportamentos violentos no contexto escolar Dessa maneira a saúde mental surge como um eixo central para a prevenção e o enfrentamento desse tipo de violência Os autores estudados são unânimes ao reconhecer que o cuidado psicológico e o acolhimento emocional no ambiente escolar têm papel fundamental na proteção dos alunos e na reconstrução de vínculos Heck 2023 Gurski e Lo Bianco 2023 ressaltam que a violência escolar reflete o esvaziamento do papel educativo e acolhedor da escola e que fortalecer esses aspectos pode reduzir riscos de novas ocorrências Na mesma direção Araújo 2024 e Santos e Chaves 2024 enfatizam que a criação de espaços de diálogo e acompanhamento emocional contribui para identificar precocemente sinais de sofrimento e prevenir episódios de violência Seixas e Jacob 2023 destacam que a efetividade das políticas de proteção depende de ações integradas entre escola e comunidade enquanto Oliveira 2022 alerta que a falta de suporte institucional amplia a sensação de insegurança entre os estudantes Martins e Gesser 2025 acrescentam que o fortalecimento da convivência escolar e o incentivo à empatia são medidas essenciais para neutralizar comportamentos hostis e fortalecer a saúde emocional A partir dessas evidências concluise que os ataques armados em escolas produzem repercussões diretas e profundas sobre a saúde mental dos alunos exigindo atenção contínua das políticas educacionais e das práticas psicológicas Investir em programas de escuta acolhimento e educação emocional é fundamental para prevenir o sofrimento psíquico e restaurar o sentimento de segurança dentro do espaço escolar Assim promover a saúde mental dos estudantes não é apenas uma ação terapêutica mas uma estratégia de prevenção à violência e de fortalecimento de uma cultura escolar baseada no respeito no diálogo e na paz

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