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Odontologia ·
Anatomia
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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA GUILHERME SEBERINO DA SILVA O APARELHO ORTODÔNTICO AUTOLIGADO UMA REVISÃO DE LITERATURA Tubarão 2022 O APARELHO ORTODÔNTICO AUTOLIGADO UMA REVISÃO DE LITERATURA Projeto de pesquisa apresentado à disciplina de TCC I ministrado pela professora Luana Meneghini Belmonte do curso de Odontologia da Universidade do Sul de Santa Catarina Orientador Prof Wladimir Vinicius Pimenta Tubarão 2022 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO A ortodontia há décadas vem passando por mudanças buscando se adaptar as novas tecnologias e novas técnicas tendo como objetivo tornar o tratamento ortodôntico cada vez mais rápido confortável e buscando também um tratamento eficaz para o paciente e para o ortodontista PRIETO et al 2016 Diferente do que alguns pensam o bráquete autoligado foi criado na década de 30 no ano de 1935 pelo Dr Jacob Stolzenberg tendo como principal objetivo acelerar o tempo de tratamento e diminuir a resistência do movimento ortodôntico Em sua primeira versão o bráquete possuía uma rosca interna e um parafuso achatado Esse parafuso pressionava o fio dentro do bráquete assim fixando o arco Na época então esse sistema foi nomeado de Russel Locke Edgewise Attachment e desde então vários modelos foram produzidos CASTRO 2009 DE PAULA DE PAULA 2012 DEHBI et al 2017 O modelo feito na década de 30 enfrentou alguns problemas e acabou não se popularizando visto que sua fabricante possuía algumas limitações além de ter um custo elevado e suas peças serem frágeis Então no ano de 1972 surgiu um modelo novo no mercado chamado de Edgelok Ele apresentava uma tampa por vestibular para fechar a canaleta da peça Na década seguinte nos anos 80 surgiram ainda mais 3 modelos de autoligado chamados de Mobillock Speed e Activa Com isso as fabricantes de aparelho autoligado conseguiram superar suas limitações de fabricação e assim chegar ao mercado e se popularizar KAIN 2015 Nos anos 90 chega ao mercado um outro modelo chamado Time O qual era semelhante ao modelo Speed na aparência e em sua maneira ativa de agir Logo na sequência surgiu um outro modelo com tampa ativa chamado de Sigma Junto do sigma teve o lançamento de um modelo passivo chamado de Damon SL I Já no fim dos anos 90 em 1999 foi lançado outra peça passiva o Damon SL II esse novo sistema surgiu com o objetivo de permitir um rápido nivelamento CASTRO 2009 O bráquete autoligado se tornaram um assunto bastante comentado na área da odontologia seja ele debatido ou publicado ESTEL et al 2016 O bráquete autoligado vem sendo apresentado no mercado como um grande diferencial para os profissionais que estão procurando oferecer um tratamento de excelência e com a menor quantidade de consultas possíveis PERGHER et al 2017 O aparelho autoligado possui dois grupos que são eles passivo e ativo No grupo ativo a sua tampa vai pressionar o arco contra a canaleta no grupo passivo ele deixará o fio livre no interior da canaleta De modo geral os autoligados vão levar uma certa vantagem sobre os aparelhos convencionais pois não tem a utilização das borrachas podendo assim evitar riscos de contaminação cruzada menor acumulo de alimento no aparelho diminuição do risco de desmineralização do esmalte em região que possui os bráquetes a probabilidade de redução de atrito e menor aplicação de força trazendo pontos positivo Porém ainda é necessário de mais comprovações científicas sobre as eficiências do sistema autoligado MANIAS MARIANO 2019 O objetivo dessa revisão de literatura é mostrar os benefícios que o aparelho autoligado pode proporcionar aos ortodontistas e aos seus pacientes apontar suas diferenças ao aparelho convencional além de apontar suas evoluções históricas até o momento atual 2 OBJETIVOS 21 OBJETIVO GERAL Conhecer a diferenciação do aparelho autoligado nos tratamentos ortodônticos 22 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Conhecer as evoluções históricas do aparelho autoligado Apresentar vantagens e desvantagens dessa técnica Comparar o aparelho autoligado com o aparelho convencional 3 REVISÃO DE LITERATURA 31 HISTÓRIA DA ORTODONTIA Dentes apinhados e irregulares vem sendo um problema para parte da sociedade desde a antiguidade e por esse motivo as tentativas para corrigir este tipo de problema vem em media desde 1000 anos aC Em escavações gregas foram encontrados aparelhos ortodônticos primitivos O aparelho ortodôntico teve sua evolução na idade média no século XVIII a França era o país mais desenvolvido nessa área por conta dos esforços de um homem chamado Pierre Fauchard 16781761 no ano de 1728 ele publicou a obra denominada Le chirurgien dentiste ou traitè des dents dividida em dois volumes separando definitivamente a ortodontia dos outros ramos cirúrgicos Além dessas separações seu trabalho apresentou um aparelho chamado bandeau sua estrutura era constituída por uma tira de metal em forma de arco e perfurada em locais adequados VILELLA 2007 Em 1900 St Louis Missouri foi fundada a escola Angle School of Orthodontia pelo Dr Edward Angle lá ele apresentou o termo má oclusão e apresentou os termos de má oclusão sendo até hoje utilizados esses termos são eles classe I classe II e classe III Essas classificações foram bemaceitas pois elas facilitaram as comunicações entre os profissionais assim facilitando também para a área das pesquisas SADA 2015 A primeira informação oficial sobre a ortodontia no Brasil foi na data de 1856 com o decreto nº 1764 14 de maio sendo então decretado que os candidatos a dentista da época deveriam dominar também essa matéria nessa época se o título de dentista era através da faculdade de medicina O primeiro curso de especialização em ortodontia veio surgir no Brasil em 1951 com coordenação de um homem chamado Arthur do Prado Dantas 19021968 o curso tinha duração de 2 anos e funcionou ate 1955 tendo então apenas duas turmas formadas O primeiro curso de especialização em ortodontia criado dentro de uma universidade brasileira foi no ano de 1959 na faculdade nacional de odontologia da universidade do Brasil atualmente chamada universidade federal do Rio de Janeiro UFRJ o curso era sob coordenação do professor José Édimo Soares Martins 19151991 VILELLA 2007 32 HISTÓRIA DO APARELHO AUTOLIGADO Atualmente se acredita que os braquetes autoligados são novidades porém não são o primeiro bráquete autoligados criado foi no ano de 1935 a sua criação foi com o objetivo de diminuir a resistência do movimento ortodôntico e também acelerar o tempo de atendimento o sistema pioneiro criado em 1935 foi desenvolvido pelo Dr Jacob Stolzenberg sendo ele então o primeiro bráquete do sistema selfligating esse bráquete possuía uma rosca interna e um parafuso achatado esse parafuso pressionava o fio dentro da canaleta do bráquete assim fixando o arco esse sistema foi chamado de Russel Locke Edgewise Attachment CASTRO 2009 DE PAULA DE PAULA 2012 Figura 1 Bráquete Russel Locke Edgewise Attachment 1935 Fonte Harradine8 No ano de 1972 surgiu um modelo novo no mercado chamado de Edgelok Ormco esse modelo apresentava uma tampa por vestibular ela deslizava para fechar a canaleta do bráquete figura 2 Ainda na década de 70 mais precisamente em 1973 surgiu Mobillock Forestadent já na década de 80 surgiram outros dois modelos Speed Orec e Activa ACompany figura 3 esses três últimos modelos citados fizeram superar dificuldades e algumas limitações de fabricação assim conseguindo se popularizar no mercado O MobilLock em seu modelo possuía um dispositivo rotatório para abrir e fechar de mesma maneira que o dispositivo de Wildman o Edgelok porém ele não possuía um controle de rotação desejada O Speed ele possuía um formato mais estético seu tamanho era menor assim possibilitando uma distância maior entre os bráquetes provocando assim um menor acumulo de alimento possuindo também uma divulgação comercial de menor atrito durante a mecânica o Speed também se diferenciava por possuir uma aleta que fechava a canaleta verticalmente seu principal diferencial se dava que sua aleta era feita em níqueltitânio fina e resistente diferente da maneira inicial que era de aço inoxidável O Activa surgiu depois do Speed ele possuía um formato cilíndrico com o propósito de acelerar a colocação do fio mesmo tendo uma proposta interessante seu comércio foi decaindo porque sua aleta abria facilmente apesar das evoluções e problemas dele resolvido apenas o Speed se mantém no mercado até os dias atuais CONDE 2015 Figura 2 Bráquete Ormco Edgelok 1972 Figura 3 Bráquetes Mobil Lock Speed e Activa Fonte Harradine8 Fonte Harradine8 Na década de 90 surgiu um modelo semelhante ao Speed chamado de Time Adenta também na década de 90 surgiu um bráquete com a tampa ativa chamado de Sigma9American Orthodontics Junto a ele surgiu o projeto do sistema passivo que viria em seu lançamento ser chamado de Damon SL IOrmcoACompany o modelo passivo possuía uma retangular e lisa que desliza entre as aletas No início do século XXI surgiu o primeiro autoligado estético o OysterGestenco feito de fibra de vidro e reforçado por um polímero assim deixando os bráquetes transparentes atualmente todas as fabricantes produzem ou estão desenvolvendo seus sistemas próprios CASTRO 2009 E cada vez mais a buscar por melhora do sistema autoligado vem se intensificando A tabela 1 mostra criação fabricantes e ano Tabela 1 Bráquete Fabricante e ano de fabricação dos modelos de sistemas autoligados Fonte Harradine8 33 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO BRÁQUETE AUTOLIGADO Uma de suas vantagens é que ele produz um atrito menor que os aparelhos convencionais com ligaduras de borrachas independente da marca utilizada possuindo também um bom controle dos movimentos dentários reduz a necessidade de extração para alinhar a arcada o intervalo entre as consultas de manutenção é maior o tempo de atendimento é menor o tempo de tratamento é um tempo menor por conta de sua ligação completa sem a utilização de borracha ele possui uma menor retenção de placa e uma higienização facilitada ESTEL et al 2015 O autor ainda destaca sobre a eliminação do uso das borrachas um outro ponto favorável sobre que é a eliminação das contaminações cruzadas ocasionadas pelas ligaduras além de não ocorrer a perca das forças de movimentação como ocorre com os elásticos diminui o riscos de desmineralização do esmalte por conta da eliminação dos locais retentivos para o acumulo de placa vale reforçar que a redução de atrito nas mecânicas de deslizamento e uma aplicação de força menor resulta em menores efeitos colaterais O bráquete autoligado apresenta uma grande vantagem também na questão de reabsorção radicular apesar de apresentar uma movimentação mais rápida não vem sendo observado o aumento de reabsorção radicular em casos de tratamento com o bráquete autoligado PONCE 2007 Uma de suas principais desvantagens é o seu valor mais elevado em comparação aos bráquetes convencionais possui um difícil manuseio nas colagens dos bráquetes possuindo também problemas para colocar o arco no slot e um grande índice da quebra da trava de precisão PERGHER et al 2017 Algumas outras desvantagens é que ele possui um desconforto nos lábios e uma dificuldade para finalização do tratamento por conta de uma leitura incompleta do torque pelos bráquetes outra desvantagem é quando se utiliza os fios de menores calibre pois eles podem deslizar assim ferindo o paciente SIQUEIRA 2016 Uma desvantagem muito comum do autoligado é que eles acabam descolando frequentemente principalmente em prémolares acreditase que esse descolamento ocorre por conta de suas bases menores e suas dimensões transversais MACEDO 2021 34 AUTOLIGADO VERSUS CONVENCIONAL Os bráquetes convencionais tem três paredes no sulco sendo uma parede gengival horizontal uma parede oclusal horizontal e uma parede vertical já o bráquete autoligado possuiu uma parede facial que é a porta deslizante também possui as mesmas paredes do convencional essa porta deslizante ela possui uma função parecida com a função das ligaduras de borrachas do convencional LAZO et al 2015 O aparelho autoligado tem vantagem na questão de higiene pois ele possui um menor acumulo de placa o acumulo é 38 menor que nos aparelhos convencionais isso porque ele possui uma ligadura metálica já o convencional possui uma ligadura de borracha MANIAS MARIANO 2019 Estudos mostram que não existe um diferença significativa entre os aparelhos na questão de fechamento de espaços porem na questão de ancoragem eles possuem uma diferença onde o aparelho convencional apresentou uma maior inclinação lingual em incisivos inferiores em comparação ao autoligado LAZO et al 2015 Uma diferença entre eles também é a questão da dor eles podem ter um tempo semelhante para o fechamento de espaços porem durante o processo o aparelho autoligado oferece menos dor ao paciente porque ele exercem uma menor compressão nos vasos sanguíneos e no ligamento periodontal quando comparado ao convencional é possível afirmar que o tempo para fechamento de espaços é parecido porém na questão de tratamento em geral o autoligado possui uma ligeira vantagem por conta de seu menor atrito ANDRADE ILLESCAS 2022 4 METODOLOGIA 41 TIPO DE ESTUDO O atual projeto de pesquisa é uma revisão de literatura a revisão de literatura é importantíssima na realização de um trabalho o pesquisados tem que acreditar na importância do trabalho na elaboração do trabalho de revisão de literatura é preciso ter uma ideia clara do trabalho a ser elaborado ECHER 2001 42 COLETA DE DADOS A coleta dos dados será realizada por meio de bases de dados eletrônicas essas bases são Google Acadêmico e Pubmed 421 Estratégia de busca O método de pesquisa desses artigos será por meio das seguintes palavraschaves Aparelho Autoligado Bráquete autoligado Bráquete convencional e ortodontia 422 Critérios de inclusão e exclusão Os métodos de inclusão definidos para o presente estudo serão Estudos que apresentam dados sobre o aparelho ortodôntico autoligado apontando suas vantagens e desvantagens comparações entre o bráquete convencional e o autoligado que analisam suas evoluções históricas até o presente momento sem nem uma restrição de ano com idiomas português e espanhol 5 RECURSOS MATERIAL DE CONSUMO 6 CRONOGRAMA 7 RESULTADOS ESPERADOS O presente estudo busca apresentar informações sobre o aparelho ortodôntico autoligado bem como apresentar dados sobre sua eficácia e situações recomendadas para a sua utilização assim orientar os cirurgiões dentistas na área da ortodontia com bases em evidencias Além disso com essa pesquisa esperase que seja capaz de informar a eficácia do aparelho autoligado durante um tratamento ortodôntico DESCRIÇÃO DO MATERIAL QUANTIDADE VALOR UNITÁRIO TOTAL Correção ortográfica 01 120 120 Computador com acesso à internet 01 0 0 Formatação 01 100 100 Impressão e Encadernação 403 030 e 250 12 e 750 TOTAL R 23950 ATIVIDADES ago set out nov dez Escolha do tema x Pesquisa em artigos e livros x x x x Elaboração do projeto x x x x Revisão de Literatura x x Apresentação do projeto x 8 REFERENCIAS ANDRADE M E G ILLESCAS M V L Fricción de brackets autoligado y convencionales en el cierre de espacios Universidad Católica de Cuenca Ecuador V7N32 pp 94103 jun 2022 CASTRO R Braquetes autoligados eficiência x evidências científicas R Dental Press Ortodon Ortop Facial Maringá v 14 n 4 p 2024 julago 2009 CONDE S M Aparelho autoligado Monografia Pindamonhangaba Faculdade de Odontologia da Universidade de Pindamonhangaba 2015 DEHBI H et al Therapeutic efficacy of selfligating brackets A systematic review International Orthodontics s l v 15 n 3 p 297311 jun 2017 DE PAULA A F B DE PAULA A P B Fricção superficial dos bráquetes autoligados Rev bras Odontol Rio de Janeiro v 69 n 1 p 1026 janjun 2012 ECHER I C A REVISÃO DE LITERATURA NA CONSTRUÇÃO DO TRABALHO CIENTIFICO R Gaúcha Enferm Porto Algre v22 n2 p520 jun 2001 ESTEL A I AUTOLIGADO A EFICIÊNCIA DO TRATAMENTO ORTODÔNTICO Revista UNINGÁ Review Maringá Paraná Vol25n1pp5658 janmar 2016 KAIN L C BRÁQUETES AUTOLIGADOS SUAS VANTAGENS E DESVANTAGENS Porto Velho RO dez 2015 LAZO F J et al BRACKETS AUTOLIGADOS VS CONVENCIONALES UNA REVISIÓN BASADA EN 15 AÑOS DE EVIDENCIA Universidad Inca Garcilaso de la Vega Lima nov 2015 MACEDO K V BRAQUETES AUTOLIGADOS NO TRATAMENTO ORTODÔNTICO Faculdade Sete Lagoas São Luís 2021 MANIAS C A MARIANO I J ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE OS SISTEMAS DE BRAQUETES CONVENCIONAIS E AUTOLIGADOS UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO Bragança Paulista 2019 PERGHER V et al AUTOLIGADO UMA ALTERNATIVA NO TRATAMENTO ORTODÔNTICO Revista FAIPE Cuiabá v 7 n 1 p 115 janjun 2017 PRIETO L A et al O USO DO APARELHO AUTOLIGADO NO DIA A DIA DO CONSULTÓRIO Univ Cid São Paulo setdez 2016 SADA C V A importância da Oclusão na Ortodontia Instituto Universitário de Ciência da Saúde Gandra Portugal set 2018 SIQUEIRA A M B OTIMIZAÇÃO DA UTILIZAÇÃO DE STOPS NO SISTEMA AUTOLIGADO FACULDADE SETE LAGOAS ALFENAS 2016 VILELLA O V O desenvolvimento da Ortodontia no Brasil e no mundo Maringá v 12 n 6 p 131156 novdez 2007 UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA GUILHERME SEBERINO DA SILVA O APARELHO ORTODÔNTICO AUTOLIGADO UMA REVISÃO DE LITERATURA Tubarão 2022 UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA GUILHERME SEBERINO DA SILVA O APARELHO ORTODÔNTICO AUTOLIGADO UMA REVISÃO DE LITERATURA Projeto de pesquisa apresentado à disciplina de TCC I ministrado pela professora Luana Meneghini Belmonte do curso de Odontologia da Universidade do Sul de Santa Catarina Orientador Prof Wladimir Vinicius Pimenta Tubarão 2022 SUMÁRIO INTRODUÇÃO3 OBJETIVOS4 REVISÃO DE LITERATURA5 METODOLOGIA10 RESULTADOS E DISCUSSÃO11 REFERÊNCIAS13 INTRODUÇÃO A ortodontia há décadas vem passando por mudanças buscando se adaptar às novas tecnologias e novas técnicas tendo como objetivo tornar o tratamento ortodôntico cada vez mais rápido confortável e buscando também um tratamento eficaz para o paciente e para o ortodontista PRIETO et al 2016 Diferente do que alguns pensam o bráquete autoligado foi criado na década de 30 no ano de 1935 pelo Dr Jacob Stolzenberg tendo como principal objetivo acelerar o tempo de tratamento e diminuir a resistência do movimento ortodôntico Em sua primeira versão o bráquete possuía uma rosca interna e um parafuso achatado Esse parafuso pressionava o fio dentro do bráquete assim fixando o arco Na época então esse sistema foi nomeado de Russel Locke Edgewise Attachment e desde então vários modelos foram produzidos CASTRO 2009 DE PAULA DE PAULA 2012 DEHBI et al 2017 O modelo feito na década de 30 enfrentou alguns problemas e acabou não se popularizando visto que sua fabricante possuía algumas limitações além de ter um custo elevado e suas peças serem frágeis Então no ano de 1972 surgiu um novo modelo no mercado chamado de Edgelok Ele apresentava uma tampa para o vestibular para fechar a canaleta da peça Na década seguinte nos anos 80 surgiram ainda mais 3 modelos de autoligado chamados de Mobillock Speed e Activa Com isso as fabricantes de aparelho autoligado conseguiram superar suas limitações de fabricação e assim chegar ao mercado e se popularizar KAIN 2015 Nos anos 90 chega ao mercado um outro modelo chamado Time O qual era semelhante ao modelo Speed na aparência e em sua maneira ativa de agir Logo na sequência surgiu um outro modelo com tampa ativa chamado de Sigma Junto do sigma teve o lançamento de um modelo passivo chamado de Damon SL I Já no fim dos anos 90 em 1999 foi lançada outra peça passiva o Damon SL II esse novo sistema surgiu com o objetivo de permitir um rápido nivelamento CASTRO 2009 O bráquete autoligado se tornou um assunto bastante comentado na área da odontologia seja ele debatido ou publicado ESTEL et al 2016 O bráquete autoligado vem sendo apresentado no mercado como um grande diferencial para os profissionais que estão procurando oferecer um tratamento de excelência e com a menor quantidade de consultas possíveis PERGHER et al 2017 O aparelho autoligado possui dois grupos que são eles passivo e ativo No grupo ativo a sua tampa vai pressionar o arco contra a canaleta no grupo passivo ele deixará o fio livre no interior da canaleta De modo geral os autoligados vão levar uma certa vantagem sobre os aparelhos convencionais pois não tem a utilização das borrachas podendo assim evitar riscos de contaminação cruzada menor acúmulo de alimento no aparelho diminuição do risco de desmineralização do esmalte em região que possui os bráquetes a probabilidade de redução de atrito e menor aplicação de força trazendo pontos positivo Porém ainda é necessário mais comprovações científicas sobre as eficiências do sistema autoligado MANIAS MARIANO 2019 OBJETIVOS OBJETIVO GERAL Conhecer os benefícios que o aparelho autoligado pode proporcionar aos ortodontistas e aos seus pacientes quanto aos tratamentos ortodônticos OBJETIVOS ESPECÍFICOS Conhecer as evoluções históricas do aparelho autoligado Apresentar vantagens e desvantagens dessa técnica Comparar o aparelho autoligado com o aparelho convencional REVISÃO DE LITERATURA HISTÓRIA DA ORTODONTIA Dentes apinhados e irregulares vem sendo um problema para parte da sociedade desde a antiguidade e por esse motivo as tentativas para corrigir este tipo de problema vem em média desde 1000 anos aC Em escavações gregas foram encontrados aparelhos ortodônticos primitivos O aparelho ortodôntico teve sua evolução na idade média no século XVIII a França era o país mais desenvolvido nessa área por conta dos esforços de um homem chamado Pierre Fauchard 16781761 no ano de 1728 ele publicou a obra denominada Le chirurgien dentiste ou traitè des dents dividida em dois volumes separando definitivamente a ortodontia dos outros ramos cirúrgicos Além dessas separações seu trabalho apresentou um aparelho chamado bandeau sua estrutura era constituída por uma tira de metal em forma de arco e perfurada em locais adequados VILELLA 2007 Em 1900 St Louis Missouri foi fundada a escola Angle School of Orthodontia pelo Dr Edward Angle lá ele apresentou o termo má oclusão e apresentou os termos de má oclusão sendo até hoje utilizados esses termos são eles classe I classe II e classe III Essas classificações foram bemaceitas pois elas facilitam as comunicações entre os profissionais assim facilitando também para a área das pesquisas SADA 2015 A primeira informação oficial sobre a ortodontia no Brasil foi na data de 1856 com o decreto nº 1764 14 de maio sendo então decretado que os candidatos a dentista da época deveriam dominar também essa matéria nessa época se o título de dentista era através da faculdade de medicina O primeiro curso de especialização em ortodontia veio surgir no Brasil em 1951 com coordenação de um homem chamado Arthur do Prado Dantas 19021968 o curso tinha duração de 2 anos e funcionou até 1955 tendo então apenas duas turmas formadas O primeiro curso de especialização em ortodontia criado dentro de uma universidade brasileira foi no ano de 1959 na faculdade nacional de odontologia da universidade do Brasil atualmente chamada universidade federal do Rio de Janeiro UFRJ o curso era sob coordenação do professor José Édimo Soares Martins 19151991 VILELLA 2007 HISTÓRIA DO APARELHO AUTOLIGADO Atualmente se acredita que os braquetes autoligados são novidades porém não são o primeiro bráquete autoligados criado foi no ano de 1935 a sua criação foi com o objetivo de diminuir a resistência do movimento ortodôntico e também acelerar o tempo de atendimento o sistema pioneiro criado em 1935 foi desenvolvido pelo Dr Jacob Stolzenberg sendo ele então o primeiro bráquete do sistema selfligating esse bráquete possuía uma rosca interna e um parafuso achatado esse parafuso pressionava o fio dentro da canaleta do bráquete assim fixando o arco esse sistema foi chamado de Russel Locke Edgewise Attachment CASTRO 2009 DE PAULA DE PAULA 2012 Figura 1 Bráquete Russel Locke Edgewise Attachment 1935 Fonte Harradine8 No ano de 1972 surgiu um modelo novo no mercado chamado de Edgelok Ormco esse modelo apresentava uma tampa para o vestibular ela deslizava para fechar a canaleta do bráquete figura 2 Ainda na década de 70 mais precisamente em 1973 surgiu Mobillock Forestadent já na década de 80 surgiram outros dois modelos Speed Orec e Activa ACompany figura 3 esses três últimos modelos citados fizeram superar dificuldades e algumas limitações de fabricação assim conseguindo se popularizar no mercado O MobilLock em seu modelo possuía um dispositivo rotatório para abrir e fechar da mesma maneira que o dispositivo de Wildman o Edgelok porém ele não possuía um controle de rotação desejado O Speed ele possuía um formato mais estético seu tamanho era menor assim possibilitando uma distância maior entre os bráquetes provocando assim um menor acúmulo de alimento possuindo também uma divulgação comercial de menor atrito durante a mecânica o Speed também se diferencia por possuir uma aleta que fechava a canaleta verticalmente seu principal diferencial se dava que sua aleta era feita em níqueltitânio fina e resistente diferente da maneira inicial que era de aço inoxidável O Activa surgiu depois do Speed ele possuía um formato cilíndrico com o propósito de acelerar a colocação do fio mesmo tendo uma proposta interessante seu comércio foi decaindo porque sua aleta abria facilmente apesar das evoluções e problemas dele resolvido apenas o Speed se mantém no mercado até os dias atuais CONDE 2015 Figura 2 Bráquete Ormco Edgelok 1972 Figura 3 Bráquetes Mobil Lock Speed e Activa Fonte Harradine8 Fonte Harradine8 Na década de 90 surgiu um modelo semelhante ao Speed chamado de Time Adenta também na década de 90 surgiu um bráquete com a tampa ativa chamado de Sigma9 American Orthodontics Junto a ele surgiu o projeto do sistema passivo que viria em seu lançamento ser chamado de Damon SL IOrmcoACompany o modelo passivo possuía uma retangular e lisa que desliza entre as aletas No início do século XXI surgiu o primeiro autoligado estético o OysterGestenco feito de fibra de vidro e reforçado por um polímero assim deixando os bráquetes transparentes atualmente todas as fabricantes produzem ou estão desenvolvendo seus sistemas próprios CASTRO 2009 E cada vez mais a busca por melhora do sistema autoligado vem se intensificando A tabela 1 mostra criação fabricantes e ano Tabela 1 Bráquete Fabricante e ano de fabricação dos modelos de sistemas autoligados Fonte Harradine8 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO BRÁQUETE AUTOLIGADO Uma de suas vantagens é que ele produz um atrito menor que os aparelhos convencionais com ligaduras de borrachas independente da marca utilizada possuindo também um bom controle dos movimentos dentários reduz a necessidade de extração para alinhar a arcada o intervalo entre as consultas de manutenção é maior o tempo de atendimento é menor o tempo de tratamento é um tempo menor por conta de sua ligação completa sem a utilização de borracha ele possui uma menor retenção de placa e uma higienização facilitada ESTEL et al 2015 O autor ainda destaca sobre a eliminação do uso das borrachas um outro ponto favorável sobre que é a eliminação das contaminações cruzadas ocasionadas pelas ligaduras além de não ocorrer a perda das forças de movimentação como ocorre com os elásticos diminui o riscos de desmineralização do esmalte por conta da eliminação dos locais retentivos para o acúmulo de placa vale reforçar que a redução de atrito nas mecânicas de deslizamento e uma aplicação de força menor resulta em menores efeitos colaterais O bráquete autoligado apresenta uma grande vantagem também na questão de reabsorção radicular apesar de apresentar uma movimentação mais rápida não vem sendo observado o aumento de reabsorção radicular em casos de tratamento com o bráquete autoligado PONCE 2007 Uma de suas principais desvantagens é o seu valor mais elevado em comparação aos bráquetes convencionais possui um difícil manuseio nas colagens dos bráquetes possuindo também problemas para colocar o arco no slot e um grande índice da quebra da trava de precisão PERGHER et al 2017 Algumas outras desvantagens é que ele possui um desconforto nos lábios e uma dificuldade para finalização do tratamento por conta de uma leitura incompleta do torque pelos bráquetes outra desvantagem é quando se utiliza os fios de menores calibre pois eles podem deslizar assim ferindo o paciente SIQUEIRA 2016 Uma desvantagem muito comum do autoligado é que eles acabam descolando frequentemente principalmente em prémolares acreditase que esse descolamento ocorre por conta de suas bases menores e suas dimensões transversais MACEDO 2021 AUTOLIGADO VERSUS CONVENCIONAL Os bráquetes convencionais tem três paredes no sulco sendo uma parede gengival horizontal uma parede oclusal horizontal e uma parede vertical já o bráquete autoligado possuiu uma parede facial que é a porta deslizante também possui as mesmas paredes do convencional essa porta deslizante ela possui uma função parecida com a função das ligaduras de borrachas do convencional LAZO et al 2015 O aparelho autoligado tem vantagem na questão de higiene pois ele possui um menor acúmulo de placa o acúmulo é 38 menor que nos aparelhos convencionais isso porque ele possui uma ligadura metálica já o convencional possui uma ligadura de borracha MANIAS MARIANO 2019 Estudos mostram que não existe um diferença significativa entre os aparelhos na questão de fechamento de espaços porém na questão de ancoragem eles possuem uma diferença onde o aparelho convencional apresentou uma maior inclinação lingual em incisivos inferiores em comparação ao autoligado LAZO et al 2015 Uma diferença entre eles também é a questão da dor eles podem ter um tempo semelhante para o fechamento de espaços porém durante o processo o aparelho autoligado oferece menos dor ao paciente porque ele exercem uma menor compressão nos vasos sanguíneos e no ligamento periodontal quando comparado ao convencional é possível afirmar que o tempo para fechamento de espaços é parecido porém na questão de tratamento em geral o autoligado possui uma ligeira vantagem por conta de seu menor atrito ANDRADE ILLESCAS 2022 METODOLOGIA TIPO DE ESTUDO O atual projeto de pesquisa é uma revisão de literatura na qual esta é importantíssima na realização de um trabalho o pesquisador tem que acreditar na importância do trabalho na elaboração do trabalho de revisão de literatura e é preciso ter uma ideia clara do trabalho a ser elaborado ECHER 2001 COLETA DE DADOS A coleta dos dados será realizada por meio de bases de dados eletrônicas essas bases são Google Acadêmico e Pubmed ESTRATÉGIA DE BUSCA O método de pesquisa desses artigos será por meio das seguintes palavras chaves Aparelho Autoligado Bráquete autoligado Bráquete convencional e ortodontia CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO Os métodos de inclusão definidos para o presente estudo serão Estudos que apresentam dados sobre o aparelho ortodôntico autoligado apontando suas vantagens e desvantagens comparações entre o bráquete convencional e o autoligado que analisam suas evoluções históricas até o presente momento sem nem uma restrição de ano com idiomas português e espanhol RESULTADOS E DISCUSSÃO Desde os primeiros aparelhos ortodônticos operados no XIX houve mudanças constantes no desenvolvimento técnicas tanto para o aperfeiçoamento da própria ortodontia quanto para aumentar a eficiência do tratamento Baseado nisso os avanços tecnológicos nessa área caminharam para um sistema de bráquetes que permite ao paciente atingir ótimos resultados estando este em qualquer período da vida visto que os ossos do adulto não têm a mesma capacidade de remodelação quando comparado ao da criança GARCIA 2018 A inclusão de diversos modelos de bráquetes autoligados no mercado odontológico sucedeu um aumento do interesse dos ortodontistas em saber se as vantagens expostas pelos fabricantes seriam confirmadas clinicamente Assim estudos alternativos e de controle foram realizados por diversos autores que avaliaram os diversos modelos existentes a eficiência destes bráquetes no tocante à biomecânica e fricção mas também comparando os diversos modelos comercializados Em estudos prospectivos comparouse o tempo de tratamento para acerto do alinhamento da arcada com bráquetes convencionais e com Damon II na qual a principal dedução foi que não houve diferença no tempo de tratamento entre os bráquetes comparados Entrando em conflito com MACEDO 2008 que confirma a redução do tempo de tratamento ortodôntico MILES 2009 KRISHNAN KALATHIL ABRAHAM 2009 Segundo FERNANDES et al 2008 os sistemas de bráquetes autoligáveis de policarbonato apareceram como uma ótima opção clínica pois obtémse um tratamento mais rápido e comodo para o cliente que possibilita o emprego de menor intensidade de força ortodôntica além de vantagens estéticas promovidas pela técnica de autoligável em policarbonato Em artigos recentes têm se trazido inúmeras vantagens dos autoligáveis frente aos convencionais como menor atrito eficácia de movimentação dentária tempo de tratamento reduzido possibilitar a mecânica com forças mais leves ação expansiva encaixe completo do arco na canaleta do braquete e produzem menor fricção quando combinados a arcos redondos de pequeno diâmetro e na ausência de angulação e ou torque Assim como qualquer outro estudo é indispensável o cuidado na avaliação de estudos sobre os aparelhos autoligados devido a desconexões dos resultados Inferindo se que isso se deve as diferentes ferramentas utilizadas para análise na qual alguns foram feitos em clínicas com pacientes e outro em laboratório ou seja que não corresponderem a realidade da cavidade oral logo não tem intervenção dos tecidos JORDÃO FERRARI TOGNETTI 2021 GEREMIA OLIVEIRA MOTTA 2015 No tocante as desvantagens estudos apontam que os autoligados passivo podem ter a obstrução do controle de torque durante a finalização podendo ser necessário o amarrilho para aumento da fricção nos autoligados interativos a falha nos clip e maior custo MALTAGLIATI 2013 JORDÃO FERRARI TOGNETTI 2021 Além disso são poucos estudos que comprovam a estabilidade dos autoligados a longo prazo CASTRO 2009 Ainda sobre estudos sobre a comparação entre os aparelhos autoligáveis e convencionais não há discrepância entre o acúmulo de placas PANDIS et al 2008 KAYGISIZ et al 2015 Em contrapartida PELLEGRINI et al 2009 e LOPES 2017 defendem que os autoligados têm menor acúmulo de placa devido aos braquetes convencionais utilizarem ligaduras elastoméricas No que se refere ao índice de falha na colagem estudos apontam maior erro em bráquetes autoligáveis em relação aos convencinais devido a menor proximidade do profissional com este produto e apontam que as melhores sugestões para fixação é incisal oclusal linhas verticais e horizontais TREVISI 2007 MENDES 2014 Quanto ao uso do produto em toda sua capacidade para uma mecânica efetiva e com menor custo biológico devese utilizar o fio termoativado de acordo com o protocolo iniciando nos fios com menor calibre para assim promover uma movimentação adequada MENDES 2014 MALTAGLIATI et al 2013 JORDÃO et al 2021 Para o ortodontista o manuseio de aparelhos autoligáveis traz inúmeros benefícios devido à biomecânica da abordagem causar baixo grau de rigidez promover melhor desempenho de deslizamento propiciar melhor administração da conduta clínica redução do tempo de tratamento redução do tempo de serviço melhor saúde periodontal e bons resultados de finalização BUENO 2013 SANTOS 2022 REFERÊNCIAS ANDRADE M E G ILLESCAS M V L Fricción de brackets autoligado y convencionales en el cierre de espacios Universidad Católica de Cuenca Ecuador V7N32 pp 94103 jun 2022 BUENO DANIELE ORTOLAN EVOLUÇÃO DO SISTEMA AUTOLIGADO EM ORTODONTIA Universidade Estadual de Campinas s l 2013 CASTRO R Braquetes autoligados eficiência x evidências científicas R Dental Press Ortodon Ortop Facial Maringá v 14 n 4 p 2024 julago 2009 CONDE S M Aparelho autoligado Monografia Pindamonhangaba Faculdade de Odontologia da Universidade de Pindamonhangaba 2015 DEHBI H et al Therapeutic efficacy of selfligating brackets A systematic review International Orthodontics s l v 15 n 3 p 297311 jun 2017 DE PAULA A F B DE PAULA A P B Fricção superficial dos bráquetes autoligados Rev bras Odontol Rio de Janeiro v 69 n 1 p 1026 janjun 2012 ECHER I C A REVISÃO DE LITERATURA NA CONSTRUÇÃO DO TRABALHO CIENTIFICO R Gaúcha Enferm Porto Algre v22 n2 p520 jun 2001 ESTEL A I AUTOLIGADO A EFICIÊNCIA DO TRATAMENTO ORTODÔNTICO Revista UNINGÁ Review Maringá Paraná Vol25n1pp5658 janmar 2016 FERNANDES D J ALMEIDA R C C QUINTÃO CC A ELIAS C N A estetica no sistema de bráquetes autoligáveis Revista Dental Press Ortodontia Ortopedia Facial Maringá v13 n3 p97103 maiojun2008 GARCIA V D EVOLUÇÃO DO SISTEMA AUTOLIGADO EM ORTODONTIA Facsete 2018 GEREMIA Jean Rafael OLIVEIRA Pablo Santos de MOTTA Rogério Heládio Lopes Comparação da força de atrito entre bráquetes autoligados e bráquetes convencionais com diferentes ligaduras Ortho Sci Orthod vol 8 no 29 p 3037 2015 JORDÃO Júlia FERRARI Marcos Valério TOGNETTI Valdinéia Maria Eficiência de braquetes convencionais e autoligados considerando seu atrito e expressão de torque durante o tratamento Pubsaúde vol 6 p 17 2021 KAIN L C BRÁQUETES AUTOLIGADOS SUAS VANTAGENS E DESVANTAGENS Porto Velho RO dez 2015 Effects of selfligating and conventional brackets on halitosis and periodontal conditionsAngle Orthodontist vol 85 no 3 p 468473 1 May 2015 KRISHNAN M KALATHIL B ABRAHAM K M Comparative evaluation of frictional forces in active and passive selfligating brackets with various archwire alloys American Journal of Orthodontics and Dentofacial Orthopedics St Louis v136 p 67582 2009 LAZO F J et al BRACKETS AUTOLIGADOS VS CONVENCIONALES UNA REVISIÓN BASADA EN 15 AÑOS DE EVIDENCIA Universidad Inca Garcilaso de la Vega Lima nov 2015 LOPES Dávyla Gêyza Almeida Braquetes autoligados na ortodontia atual São Luís s n 2017 MACEDO K V BRAQUETES AUTOLIGADOS NO TRATAMENTO ORTODÔNTICO Faculdade Sete Lagoas São Luís 2021 MALTAGLIATI LA MYIAHIRA YI FATTORI L CAPELOZZA FILHO L CARDOSO M Alteraçoes transversais das arcadas dentárias de pacientes tratados sem extração com braquetes autoligáveis Dental Press J Orthod vol 18 no 3 p 39 45 2013 MANIAS C A MARIANO I J ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE OS SISTEMAS DE BRAQUETES CONVENCIONAIS E AUTOLIGADOS UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO Bragança Paulista 2019 MENDES Fabrício Figueiredo A importancia da correta instalação dos stops nos arcos para uma melhor eficácia dos aparelhos autoligados INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAUDE Alfenas 2014 MILES PG Selfligating brackets in orthodontics do they deliver what they claim Australian Dental Journal Sydney v54 p 911 2009 PANDIS N VLACHOPOULOS K POLYCHRONOPOULOU A MADIANOS P ELIADES T Periodontal condition of the mandibular anterior dentition in patients with conventional and selfligating brackets vol 11 p 211 215 2008 PELLEGRINI Peter SAUERWEIN Rebecca FINLAYSON Tyler MCLEOD Jennifer COVELL David A MAIER Tom MACHIDA Curtis A Plaque retention by selfligating vs elastomeric orthodontic brackets Quantitative comparison of oral bacteria and detection with adenosine triphosphatedriven bioluminescence American Journal of Orthodontics and Dentofacial Orthopedics vol 135 no 4 p 426e1426e9 2009 PERGHER V et al AUTOLIGADO UMA ALTERNATIVA NO TRATAMENTO ORTODÔNTICO Revista FAIPE Cuiabá v 7 n 1 p 115 janjun 2017 PRIETO L A et al O USO DO APARELHO AUTOLIGADO NO DIA A DIA DO CONSULTÓRIO Univ Cid São Paulo setdez 2016 SADA C V A importancia da Oclusão na Ortodontia Instituto Universitário de Ciência da Saúde Gandra Portugal set 2018 SANTOS BEATRIZ MAGRI APARELHOS AUTOLIGADOS UNIVERSIDADE BRASIL s l 2022 SIQUEIRA A M B OTIMIZAÇÃO DA UTILIZAÇÃO DE STOPS NO SISTEMA AUTOLIGADO FACULDADE SETE LAGOAS ALFENAS 2016 TREVISI Hugo Smartclip Tratamento Ortodontico com Sistema de Aparelho Autoligado Conceito e Biomecanica Rio de Janeiro Elsevier 2007 VILELLA O V O desenvolvimento da Ortodontia no Brasil e no mundo Maringá v 12 n 6 p 131156 novdez 2007
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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA GUILHERME SEBERINO DA SILVA O APARELHO ORTODÔNTICO AUTOLIGADO UMA REVISÃO DE LITERATURA Tubarão 2022 O APARELHO ORTODÔNTICO AUTOLIGADO UMA REVISÃO DE LITERATURA Projeto de pesquisa apresentado à disciplina de TCC I ministrado pela professora Luana Meneghini Belmonte do curso de Odontologia da Universidade do Sul de Santa Catarina Orientador Prof Wladimir Vinicius Pimenta Tubarão 2022 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO A ortodontia há décadas vem passando por mudanças buscando se adaptar as novas tecnologias e novas técnicas tendo como objetivo tornar o tratamento ortodôntico cada vez mais rápido confortável e buscando também um tratamento eficaz para o paciente e para o ortodontista PRIETO et al 2016 Diferente do que alguns pensam o bráquete autoligado foi criado na década de 30 no ano de 1935 pelo Dr Jacob Stolzenberg tendo como principal objetivo acelerar o tempo de tratamento e diminuir a resistência do movimento ortodôntico Em sua primeira versão o bráquete possuía uma rosca interna e um parafuso achatado Esse parafuso pressionava o fio dentro do bráquete assim fixando o arco Na época então esse sistema foi nomeado de Russel Locke Edgewise Attachment e desde então vários modelos foram produzidos CASTRO 2009 DE PAULA DE PAULA 2012 DEHBI et al 2017 O modelo feito na década de 30 enfrentou alguns problemas e acabou não se popularizando visto que sua fabricante possuía algumas limitações além de ter um custo elevado e suas peças serem frágeis Então no ano de 1972 surgiu um modelo novo no mercado chamado de Edgelok Ele apresentava uma tampa por vestibular para fechar a canaleta da peça Na década seguinte nos anos 80 surgiram ainda mais 3 modelos de autoligado chamados de Mobillock Speed e Activa Com isso as fabricantes de aparelho autoligado conseguiram superar suas limitações de fabricação e assim chegar ao mercado e se popularizar KAIN 2015 Nos anos 90 chega ao mercado um outro modelo chamado Time O qual era semelhante ao modelo Speed na aparência e em sua maneira ativa de agir Logo na sequência surgiu um outro modelo com tampa ativa chamado de Sigma Junto do sigma teve o lançamento de um modelo passivo chamado de Damon SL I Já no fim dos anos 90 em 1999 foi lançado outra peça passiva o Damon SL II esse novo sistema surgiu com o objetivo de permitir um rápido nivelamento CASTRO 2009 O bráquete autoligado se tornaram um assunto bastante comentado na área da odontologia seja ele debatido ou publicado ESTEL et al 2016 O bráquete autoligado vem sendo apresentado no mercado como um grande diferencial para os profissionais que estão procurando oferecer um tratamento de excelência e com a menor quantidade de consultas possíveis PERGHER et al 2017 O aparelho autoligado possui dois grupos que são eles passivo e ativo No grupo ativo a sua tampa vai pressionar o arco contra a canaleta no grupo passivo ele deixará o fio livre no interior da canaleta De modo geral os autoligados vão levar uma certa vantagem sobre os aparelhos convencionais pois não tem a utilização das borrachas podendo assim evitar riscos de contaminação cruzada menor acumulo de alimento no aparelho diminuição do risco de desmineralização do esmalte em região que possui os bráquetes a probabilidade de redução de atrito e menor aplicação de força trazendo pontos positivo Porém ainda é necessário de mais comprovações científicas sobre as eficiências do sistema autoligado MANIAS MARIANO 2019 O objetivo dessa revisão de literatura é mostrar os benefícios que o aparelho autoligado pode proporcionar aos ortodontistas e aos seus pacientes apontar suas diferenças ao aparelho convencional além de apontar suas evoluções históricas até o momento atual 2 OBJETIVOS 21 OBJETIVO GERAL Conhecer a diferenciação do aparelho autoligado nos tratamentos ortodônticos 22 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Conhecer as evoluções históricas do aparelho autoligado Apresentar vantagens e desvantagens dessa técnica Comparar o aparelho autoligado com o aparelho convencional 3 REVISÃO DE LITERATURA 31 HISTÓRIA DA ORTODONTIA Dentes apinhados e irregulares vem sendo um problema para parte da sociedade desde a antiguidade e por esse motivo as tentativas para corrigir este tipo de problema vem em media desde 1000 anos aC Em escavações gregas foram encontrados aparelhos ortodônticos primitivos O aparelho ortodôntico teve sua evolução na idade média no século XVIII a França era o país mais desenvolvido nessa área por conta dos esforços de um homem chamado Pierre Fauchard 16781761 no ano de 1728 ele publicou a obra denominada Le chirurgien dentiste ou traitè des dents dividida em dois volumes separando definitivamente a ortodontia dos outros ramos cirúrgicos Além dessas separações seu trabalho apresentou um aparelho chamado bandeau sua estrutura era constituída por uma tira de metal em forma de arco e perfurada em locais adequados VILELLA 2007 Em 1900 St Louis Missouri foi fundada a escola Angle School of Orthodontia pelo Dr Edward Angle lá ele apresentou o termo má oclusão e apresentou os termos de má oclusão sendo até hoje utilizados esses termos são eles classe I classe II e classe III Essas classificações foram bemaceitas pois elas facilitaram as comunicações entre os profissionais assim facilitando também para a área das pesquisas SADA 2015 A primeira informação oficial sobre a ortodontia no Brasil foi na data de 1856 com o decreto nº 1764 14 de maio sendo então decretado que os candidatos a dentista da época deveriam dominar também essa matéria nessa época se o título de dentista era através da faculdade de medicina O primeiro curso de especialização em ortodontia veio surgir no Brasil em 1951 com coordenação de um homem chamado Arthur do Prado Dantas 19021968 o curso tinha duração de 2 anos e funcionou ate 1955 tendo então apenas duas turmas formadas O primeiro curso de especialização em ortodontia criado dentro de uma universidade brasileira foi no ano de 1959 na faculdade nacional de odontologia da universidade do Brasil atualmente chamada universidade federal do Rio de Janeiro UFRJ o curso era sob coordenação do professor José Édimo Soares Martins 19151991 VILELLA 2007 32 HISTÓRIA DO APARELHO AUTOLIGADO Atualmente se acredita que os braquetes autoligados são novidades porém não são o primeiro bráquete autoligados criado foi no ano de 1935 a sua criação foi com o objetivo de diminuir a resistência do movimento ortodôntico e também acelerar o tempo de atendimento o sistema pioneiro criado em 1935 foi desenvolvido pelo Dr Jacob Stolzenberg sendo ele então o primeiro bráquete do sistema selfligating esse bráquete possuía uma rosca interna e um parafuso achatado esse parafuso pressionava o fio dentro da canaleta do bráquete assim fixando o arco esse sistema foi chamado de Russel Locke Edgewise Attachment CASTRO 2009 DE PAULA DE PAULA 2012 Figura 1 Bráquete Russel Locke Edgewise Attachment 1935 Fonte Harradine8 No ano de 1972 surgiu um modelo novo no mercado chamado de Edgelok Ormco esse modelo apresentava uma tampa por vestibular ela deslizava para fechar a canaleta do bráquete figura 2 Ainda na década de 70 mais precisamente em 1973 surgiu Mobillock Forestadent já na década de 80 surgiram outros dois modelos Speed Orec e Activa ACompany figura 3 esses três últimos modelos citados fizeram superar dificuldades e algumas limitações de fabricação assim conseguindo se popularizar no mercado O MobilLock em seu modelo possuía um dispositivo rotatório para abrir e fechar de mesma maneira que o dispositivo de Wildman o Edgelok porém ele não possuía um controle de rotação desejada O Speed ele possuía um formato mais estético seu tamanho era menor assim possibilitando uma distância maior entre os bráquetes provocando assim um menor acumulo de alimento possuindo também uma divulgação comercial de menor atrito durante a mecânica o Speed também se diferenciava por possuir uma aleta que fechava a canaleta verticalmente seu principal diferencial se dava que sua aleta era feita em níqueltitânio fina e resistente diferente da maneira inicial que era de aço inoxidável O Activa surgiu depois do Speed ele possuía um formato cilíndrico com o propósito de acelerar a colocação do fio mesmo tendo uma proposta interessante seu comércio foi decaindo porque sua aleta abria facilmente apesar das evoluções e problemas dele resolvido apenas o Speed se mantém no mercado até os dias atuais CONDE 2015 Figura 2 Bráquete Ormco Edgelok 1972 Figura 3 Bráquetes Mobil Lock Speed e Activa Fonte Harradine8 Fonte Harradine8 Na década de 90 surgiu um modelo semelhante ao Speed chamado de Time Adenta também na década de 90 surgiu um bráquete com a tampa ativa chamado de Sigma9American Orthodontics Junto a ele surgiu o projeto do sistema passivo que viria em seu lançamento ser chamado de Damon SL IOrmcoACompany o modelo passivo possuía uma retangular e lisa que desliza entre as aletas No início do século XXI surgiu o primeiro autoligado estético o OysterGestenco feito de fibra de vidro e reforçado por um polímero assim deixando os bráquetes transparentes atualmente todas as fabricantes produzem ou estão desenvolvendo seus sistemas próprios CASTRO 2009 E cada vez mais a buscar por melhora do sistema autoligado vem se intensificando A tabela 1 mostra criação fabricantes e ano Tabela 1 Bráquete Fabricante e ano de fabricação dos modelos de sistemas autoligados Fonte Harradine8 33 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO BRÁQUETE AUTOLIGADO Uma de suas vantagens é que ele produz um atrito menor que os aparelhos convencionais com ligaduras de borrachas independente da marca utilizada possuindo também um bom controle dos movimentos dentários reduz a necessidade de extração para alinhar a arcada o intervalo entre as consultas de manutenção é maior o tempo de atendimento é menor o tempo de tratamento é um tempo menor por conta de sua ligação completa sem a utilização de borracha ele possui uma menor retenção de placa e uma higienização facilitada ESTEL et al 2015 O autor ainda destaca sobre a eliminação do uso das borrachas um outro ponto favorável sobre que é a eliminação das contaminações cruzadas ocasionadas pelas ligaduras além de não ocorrer a perca das forças de movimentação como ocorre com os elásticos diminui o riscos de desmineralização do esmalte por conta da eliminação dos locais retentivos para o acumulo de placa vale reforçar que a redução de atrito nas mecânicas de deslizamento e uma aplicação de força menor resulta em menores efeitos colaterais O bráquete autoligado apresenta uma grande vantagem também na questão de reabsorção radicular apesar de apresentar uma movimentação mais rápida não vem sendo observado o aumento de reabsorção radicular em casos de tratamento com o bráquete autoligado PONCE 2007 Uma de suas principais desvantagens é o seu valor mais elevado em comparação aos bráquetes convencionais possui um difícil manuseio nas colagens dos bráquetes possuindo também problemas para colocar o arco no slot e um grande índice da quebra da trava de precisão PERGHER et al 2017 Algumas outras desvantagens é que ele possui um desconforto nos lábios e uma dificuldade para finalização do tratamento por conta de uma leitura incompleta do torque pelos bráquetes outra desvantagem é quando se utiliza os fios de menores calibre pois eles podem deslizar assim ferindo o paciente SIQUEIRA 2016 Uma desvantagem muito comum do autoligado é que eles acabam descolando frequentemente principalmente em prémolares acreditase que esse descolamento ocorre por conta de suas bases menores e suas dimensões transversais MACEDO 2021 34 AUTOLIGADO VERSUS CONVENCIONAL Os bráquetes convencionais tem três paredes no sulco sendo uma parede gengival horizontal uma parede oclusal horizontal e uma parede vertical já o bráquete autoligado possuiu uma parede facial que é a porta deslizante também possui as mesmas paredes do convencional essa porta deslizante ela possui uma função parecida com a função das ligaduras de borrachas do convencional LAZO et al 2015 O aparelho autoligado tem vantagem na questão de higiene pois ele possui um menor acumulo de placa o acumulo é 38 menor que nos aparelhos convencionais isso porque ele possui uma ligadura metálica já o convencional possui uma ligadura de borracha MANIAS MARIANO 2019 Estudos mostram que não existe um diferença significativa entre os aparelhos na questão de fechamento de espaços porem na questão de ancoragem eles possuem uma diferença onde o aparelho convencional apresentou uma maior inclinação lingual em incisivos inferiores em comparação ao autoligado LAZO et al 2015 Uma diferença entre eles também é a questão da dor eles podem ter um tempo semelhante para o fechamento de espaços porem durante o processo o aparelho autoligado oferece menos dor ao paciente porque ele exercem uma menor compressão nos vasos sanguíneos e no ligamento periodontal quando comparado ao convencional é possível afirmar que o tempo para fechamento de espaços é parecido porém na questão de tratamento em geral o autoligado possui uma ligeira vantagem por conta de seu menor atrito ANDRADE ILLESCAS 2022 4 METODOLOGIA 41 TIPO DE ESTUDO O atual projeto de pesquisa é uma revisão de literatura a revisão de literatura é importantíssima na realização de um trabalho o pesquisados tem que acreditar na importância do trabalho na elaboração do trabalho de revisão de literatura é preciso ter uma ideia clara do trabalho a ser elaborado ECHER 2001 42 COLETA DE DADOS A coleta dos dados será realizada por meio de bases de dados eletrônicas essas bases são Google Acadêmico e Pubmed 421 Estratégia de busca O método de pesquisa desses artigos será por meio das seguintes palavraschaves Aparelho Autoligado Bráquete autoligado Bráquete convencional e ortodontia 422 Critérios de inclusão e exclusão Os métodos de inclusão definidos para o presente estudo serão Estudos que apresentam dados sobre o aparelho ortodôntico autoligado apontando suas vantagens e desvantagens comparações entre o bráquete convencional e o autoligado que analisam suas evoluções históricas até o presente momento sem nem uma restrição de ano com idiomas português e espanhol 5 RECURSOS MATERIAL DE CONSUMO 6 CRONOGRAMA 7 RESULTADOS ESPERADOS O presente estudo busca apresentar informações sobre o aparelho ortodôntico autoligado bem como apresentar dados sobre sua eficácia e situações recomendadas para a sua utilização assim orientar os cirurgiões dentistas na área da ortodontia com bases em evidencias Além disso com essa pesquisa esperase que seja capaz de informar a eficácia do aparelho autoligado durante um tratamento ortodôntico DESCRIÇÃO DO MATERIAL QUANTIDADE VALOR UNITÁRIO TOTAL Correção ortográfica 01 120 120 Computador com acesso à internet 01 0 0 Formatação 01 100 100 Impressão e Encadernação 403 030 e 250 12 e 750 TOTAL R 23950 ATIVIDADES ago set out nov dez Escolha do tema x Pesquisa em artigos e livros x x x x Elaboração do projeto x x x x Revisão de Literatura x x Apresentação do projeto x 8 REFERENCIAS ANDRADE M E G ILLESCAS M V L Fricción de brackets autoligado y convencionales en el cierre de espacios Universidad Católica de Cuenca Ecuador V7N32 pp 94103 jun 2022 CASTRO R Braquetes autoligados eficiência x evidências científicas R Dental Press Ortodon Ortop Facial Maringá v 14 n 4 p 2024 julago 2009 CONDE S M Aparelho autoligado Monografia Pindamonhangaba Faculdade de Odontologia da Universidade de Pindamonhangaba 2015 DEHBI H et al Therapeutic efficacy of selfligating brackets A systematic review International Orthodontics s l v 15 n 3 p 297311 jun 2017 DE PAULA A F B DE PAULA A P B Fricção superficial dos bráquetes autoligados Rev bras Odontol Rio de Janeiro v 69 n 1 p 1026 janjun 2012 ECHER I C A REVISÃO DE LITERATURA NA CONSTRUÇÃO DO TRABALHO CIENTIFICO R Gaúcha Enferm Porto Algre v22 n2 p520 jun 2001 ESTEL A I AUTOLIGADO A EFICIÊNCIA DO TRATAMENTO ORTODÔNTICO Revista UNINGÁ Review Maringá Paraná Vol25n1pp5658 janmar 2016 KAIN L C BRÁQUETES AUTOLIGADOS SUAS VANTAGENS E DESVANTAGENS Porto Velho RO dez 2015 LAZO F J et al BRACKETS AUTOLIGADOS VS CONVENCIONALES UNA REVISIÓN BASADA EN 15 AÑOS DE EVIDENCIA Universidad Inca Garcilaso de la Vega Lima nov 2015 MACEDO K V BRAQUETES AUTOLIGADOS NO TRATAMENTO ORTODÔNTICO Faculdade Sete Lagoas São Luís 2021 MANIAS C A MARIANO I J ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE OS SISTEMAS DE BRAQUETES CONVENCIONAIS E AUTOLIGADOS UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO Bragança Paulista 2019 PERGHER V et al AUTOLIGADO UMA ALTERNATIVA NO TRATAMENTO ORTODÔNTICO Revista FAIPE Cuiabá v 7 n 1 p 115 janjun 2017 PRIETO L A et al O USO DO APARELHO AUTOLIGADO NO DIA A DIA DO CONSULTÓRIO Univ Cid São Paulo setdez 2016 SADA C V A importância da Oclusão na Ortodontia Instituto Universitário de Ciência da Saúde Gandra Portugal set 2018 SIQUEIRA A M B OTIMIZAÇÃO DA UTILIZAÇÃO DE STOPS NO SISTEMA AUTOLIGADO FACULDADE SETE LAGOAS ALFENAS 2016 VILELLA O V O desenvolvimento da Ortodontia no Brasil e no mundo Maringá v 12 n 6 p 131156 novdez 2007 UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA GUILHERME SEBERINO DA SILVA O APARELHO ORTODÔNTICO AUTOLIGADO UMA REVISÃO DE LITERATURA Tubarão 2022 UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA GUILHERME SEBERINO DA SILVA O APARELHO ORTODÔNTICO AUTOLIGADO UMA REVISÃO DE LITERATURA Projeto de pesquisa apresentado à disciplina de TCC I ministrado pela professora Luana Meneghini Belmonte do curso de Odontologia da Universidade do Sul de Santa Catarina Orientador Prof Wladimir Vinicius Pimenta Tubarão 2022 SUMÁRIO INTRODUÇÃO3 OBJETIVOS4 REVISÃO DE LITERATURA5 METODOLOGIA10 RESULTADOS E DISCUSSÃO11 REFERÊNCIAS13 INTRODUÇÃO A ortodontia há décadas vem passando por mudanças buscando se adaptar às novas tecnologias e novas técnicas tendo como objetivo tornar o tratamento ortodôntico cada vez mais rápido confortável e buscando também um tratamento eficaz para o paciente e para o ortodontista PRIETO et al 2016 Diferente do que alguns pensam o bráquete autoligado foi criado na década de 30 no ano de 1935 pelo Dr Jacob Stolzenberg tendo como principal objetivo acelerar o tempo de tratamento e diminuir a resistência do movimento ortodôntico Em sua primeira versão o bráquete possuía uma rosca interna e um parafuso achatado Esse parafuso pressionava o fio dentro do bráquete assim fixando o arco Na época então esse sistema foi nomeado de Russel Locke Edgewise Attachment e desde então vários modelos foram produzidos CASTRO 2009 DE PAULA DE PAULA 2012 DEHBI et al 2017 O modelo feito na década de 30 enfrentou alguns problemas e acabou não se popularizando visto que sua fabricante possuía algumas limitações além de ter um custo elevado e suas peças serem frágeis Então no ano de 1972 surgiu um novo modelo no mercado chamado de Edgelok Ele apresentava uma tampa para o vestibular para fechar a canaleta da peça Na década seguinte nos anos 80 surgiram ainda mais 3 modelos de autoligado chamados de Mobillock Speed e Activa Com isso as fabricantes de aparelho autoligado conseguiram superar suas limitações de fabricação e assim chegar ao mercado e se popularizar KAIN 2015 Nos anos 90 chega ao mercado um outro modelo chamado Time O qual era semelhante ao modelo Speed na aparência e em sua maneira ativa de agir Logo na sequência surgiu um outro modelo com tampa ativa chamado de Sigma Junto do sigma teve o lançamento de um modelo passivo chamado de Damon SL I Já no fim dos anos 90 em 1999 foi lançada outra peça passiva o Damon SL II esse novo sistema surgiu com o objetivo de permitir um rápido nivelamento CASTRO 2009 O bráquete autoligado se tornou um assunto bastante comentado na área da odontologia seja ele debatido ou publicado ESTEL et al 2016 O bráquete autoligado vem sendo apresentado no mercado como um grande diferencial para os profissionais que estão procurando oferecer um tratamento de excelência e com a menor quantidade de consultas possíveis PERGHER et al 2017 O aparelho autoligado possui dois grupos que são eles passivo e ativo No grupo ativo a sua tampa vai pressionar o arco contra a canaleta no grupo passivo ele deixará o fio livre no interior da canaleta De modo geral os autoligados vão levar uma certa vantagem sobre os aparelhos convencionais pois não tem a utilização das borrachas podendo assim evitar riscos de contaminação cruzada menor acúmulo de alimento no aparelho diminuição do risco de desmineralização do esmalte em região que possui os bráquetes a probabilidade de redução de atrito e menor aplicação de força trazendo pontos positivo Porém ainda é necessário mais comprovações científicas sobre as eficiências do sistema autoligado MANIAS MARIANO 2019 OBJETIVOS OBJETIVO GERAL Conhecer os benefícios que o aparelho autoligado pode proporcionar aos ortodontistas e aos seus pacientes quanto aos tratamentos ortodônticos OBJETIVOS ESPECÍFICOS Conhecer as evoluções históricas do aparelho autoligado Apresentar vantagens e desvantagens dessa técnica Comparar o aparelho autoligado com o aparelho convencional REVISÃO DE LITERATURA HISTÓRIA DA ORTODONTIA Dentes apinhados e irregulares vem sendo um problema para parte da sociedade desde a antiguidade e por esse motivo as tentativas para corrigir este tipo de problema vem em média desde 1000 anos aC Em escavações gregas foram encontrados aparelhos ortodônticos primitivos O aparelho ortodôntico teve sua evolução na idade média no século XVIII a França era o país mais desenvolvido nessa área por conta dos esforços de um homem chamado Pierre Fauchard 16781761 no ano de 1728 ele publicou a obra denominada Le chirurgien dentiste ou traitè des dents dividida em dois volumes separando definitivamente a ortodontia dos outros ramos cirúrgicos Além dessas separações seu trabalho apresentou um aparelho chamado bandeau sua estrutura era constituída por uma tira de metal em forma de arco e perfurada em locais adequados VILELLA 2007 Em 1900 St Louis Missouri foi fundada a escola Angle School of Orthodontia pelo Dr Edward Angle lá ele apresentou o termo má oclusão e apresentou os termos de má oclusão sendo até hoje utilizados esses termos são eles classe I classe II e classe III Essas classificações foram bemaceitas pois elas facilitam as comunicações entre os profissionais assim facilitando também para a área das pesquisas SADA 2015 A primeira informação oficial sobre a ortodontia no Brasil foi na data de 1856 com o decreto nº 1764 14 de maio sendo então decretado que os candidatos a dentista da época deveriam dominar também essa matéria nessa época se o título de dentista era através da faculdade de medicina O primeiro curso de especialização em ortodontia veio surgir no Brasil em 1951 com coordenação de um homem chamado Arthur do Prado Dantas 19021968 o curso tinha duração de 2 anos e funcionou até 1955 tendo então apenas duas turmas formadas O primeiro curso de especialização em ortodontia criado dentro de uma universidade brasileira foi no ano de 1959 na faculdade nacional de odontologia da universidade do Brasil atualmente chamada universidade federal do Rio de Janeiro UFRJ o curso era sob coordenação do professor José Édimo Soares Martins 19151991 VILELLA 2007 HISTÓRIA DO APARELHO AUTOLIGADO Atualmente se acredita que os braquetes autoligados são novidades porém não são o primeiro bráquete autoligados criado foi no ano de 1935 a sua criação foi com o objetivo de diminuir a resistência do movimento ortodôntico e também acelerar o tempo de atendimento o sistema pioneiro criado em 1935 foi desenvolvido pelo Dr Jacob Stolzenberg sendo ele então o primeiro bráquete do sistema selfligating esse bráquete possuía uma rosca interna e um parafuso achatado esse parafuso pressionava o fio dentro da canaleta do bráquete assim fixando o arco esse sistema foi chamado de Russel Locke Edgewise Attachment CASTRO 2009 DE PAULA DE PAULA 2012 Figura 1 Bráquete Russel Locke Edgewise Attachment 1935 Fonte Harradine8 No ano de 1972 surgiu um modelo novo no mercado chamado de Edgelok Ormco esse modelo apresentava uma tampa para o vestibular ela deslizava para fechar a canaleta do bráquete figura 2 Ainda na década de 70 mais precisamente em 1973 surgiu Mobillock Forestadent já na década de 80 surgiram outros dois modelos Speed Orec e Activa ACompany figura 3 esses três últimos modelos citados fizeram superar dificuldades e algumas limitações de fabricação assim conseguindo se popularizar no mercado O MobilLock em seu modelo possuía um dispositivo rotatório para abrir e fechar da mesma maneira que o dispositivo de Wildman o Edgelok porém ele não possuía um controle de rotação desejado O Speed ele possuía um formato mais estético seu tamanho era menor assim possibilitando uma distância maior entre os bráquetes provocando assim um menor acúmulo de alimento possuindo também uma divulgação comercial de menor atrito durante a mecânica o Speed também se diferencia por possuir uma aleta que fechava a canaleta verticalmente seu principal diferencial se dava que sua aleta era feita em níqueltitânio fina e resistente diferente da maneira inicial que era de aço inoxidável O Activa surgiu depois do Speed ele possuía um formato cilíndrico com o propósito de acelerar a colocação do fio mesmo tendo uma proposta interessante seu comércio foi decaindo porque sua aleta abria facilmente apesar das evoluções e problemas dele resolvido apenas o Speed se mantém no mercado até os dias atuais CONDE 2015 Figura 2 Bráquete Ormco Edgelok 1972 Figura 3 Bráquetes Mobil Lock Speed e Activa Fonte Harradine8 Fonte Harradine8 Na década de 90 surgiu um modelo semelhante ao Speed chamado de Time Adenta também na década de 90 surgiu um bráquete com a tampa ativa chamado de Sigma9 American Orthodontics Junto a ele surgiu o projeto do sistema passivo que viria em seu lançamento ser chamado de Damon SL IOrmcoACompany o modelo passivo possuía uma retangular e lisa que desliza entre as aletas No início do século XXI surgiu o primeiro autoligado estético o OysterGestenco feito de fibra de vidro e reforçado por um polímero assim deixando os bráquetes transparentes atualmente todas as fabricantes produzem ou estão desenvolvendo seus sistemas próprios CASTRO 2009 E cada vez mais a busca por melhora do sistema autoligado vem se intensificando A tabela 1 mostra criação fabricantes e ano Tabela 1 Bráquete Fabricante e ano de fabricação dos modelos de sistemas autoligados Fonte Harradine8 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO BRÁQUETE AUTOLIGADO Uma de suas vantagens é que ele produz um atrito menor que os aparelhos convencionais com ligaduras de borrachas independente da marca utilizada possuindo também um bom controle dos movimentos dentários reduz a necessidade de extração para alinhar a arcada o intervalo entre as consultas de manutenção é maior o tempo de atendimento é menor o tempo de tratamento é um tempo menor por conta de sua ligação completa sem a utilização de borracha ele possui uma menor retenção de placa e uma higienização facilitada ESTEL et al 2015 O autor ainda destaca sobre a eliminação do uso das borrachas um outro ponto favorável sobre que é a eliminação das contaminações cruzadas ocasionadas pelas ligaduras além de não ocorrer a perda das forças de movimentação como ocorre com os elásticos diminui o riscos de desmineralização do esmalte por conta da eliminação dos locais retentivos para o acúmulo de placa vale reforçar que a redução de atrito nas mecânicas de deslizamento e uma aplicação de força menor resulta em menores efeitos colaterais O bráquete autoligado apresenta uma grande vantagem também na questão de reabsorção radicular apesar de apresentar uma movimentação mais rápida não vem sendo observado o aumento de reabsorção radicular em casos de tratamento com o bráquete autoligado PONCE 2007 Uma de suas principais desvantagens é o seu valor mais elevado em comparação aos bráquetes convencionais possui um difícil manuseio nas colagens dos bráquetes possuindo também problemas para colocar o arco no slot e um grande índice da quebra da trava de precisão PERGHER et al 2017 Algumas outras desvantagens é que ele possui um desconforto nos lábios e uma dificuldade para finalização do tratamento por conta de uma leitura incompleta do torque pelos bráquetes outra desvantagem é quando se utiliza os fios de menores calibre pois eles podem deslizar assim ferindo o paciente SIQUEIRA 2016 Uma desvantagem muito comum do autoligado é que eles acabam descolando frequentemente principalmente em prémolares acreditase que esse descolamento ocorre por conta de suas bases menores e suas dimensões transversais MACEDO 2021 AUTOLIGADO VERSUS CONVENCIONAL Os bráquetes convencionais tem três paredes no sulco sendo uma parede gengival horizontal uma parede oclusal horizontal e uma parede vertical já o bráquete autoligado possuiu uma parede facial que é a porta deslizante também possui as mesmas paredes do convencional essa porta deslizante ela possui uma função parecida com a função das ligaduras de borrachas do convencional LAZO et al 2015 O aparelho autoligado tem vantagem na questão de higiene pois ele possui um menor acúmulo de placa o acúmulo é 38 menor que nos aparelhos convencionais isso porque ele possui uma ligadura metálica já o convencional possui uma ligadura de borracha MANIAS MARIANO 2019 Estudos mostram que não existe um diferença significativa entre os aparelhos na questão de fechamento de espaços porém na questão de ancoragem eles possuem uma diferença onde o aparelho convencional apresentou uma maior inclinação lingual em incisivos inferiores em comparação ao autoligado LAZO et al 2015 Uma diferença entre eles também é a questão da dor eles podem ter um tempo semelhante para o fechamento de espaços porém durante o processo o aparelho autoligado oferece menos dor ao paciente porque ele exercem uma menor compressão nos vasos sanguíneos e no ligamento periodontal quando comparado ao convencional é possível afirmar que o tempo para fechamento de espaços é parecido porém na questão de tratamento em geral o autoligado possui uma ligeira vantagem por conta de seu menor atrito ANDRADE ILLESCAS 2022 METODOLOGIA TIPO DE ESTUDO O atual projeto de pesquisa é uma revisão de literatura na qual esta é importantíssima na realização de um trabalho o pesquisador tem que acreditar na importância do trabalho na elaboração do trabalho de revisão de literatura e é preciso ter uma ideia clara do trabalho a ser elaborado ECHER 2001 COLETA DE DADOS A coleta dos dados será realizada por meio de bases de dados eletrônicas essas bases são Google Acadêmico e Pubmed ESTRATÉGIA DE BUSCA O método de pesquisa desses artigos será por meio das seguintes palavras chaves Aparelho Autoligado Bráquete autoligado Bráquete convencional e ortodontia CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO Os métodos de inclusão definidos para o presente estudo serão Estudos que apresentam dados sobre o aparelho ortodôntico autoligado apontando suas vantagens e desvantagens comparações entre o bráquete convencional e o autoligado que analisam suas evoluções históricas até o presente momento sem nem uma restrição de ano com idiomas português e espanhol RESULTADOS E DISCUSSÃO Desde os primeiros aparelhos ortodônticos operados no XIX houve mudanças constantes no desenvolvimento técnicas tanto para o aperfeiçoamento da própria ortodontia quanto para aumentar a eficiência do tratamento Baseado nisso os avanços tecnológicos nessa área caminharam para um sistema de bráquetes que permite ao paciente atingir ótimos resultados estando este em qualquer período da vida visto que os ossos do adulto não têm a mesma capacidade de remodelação quando comparado ao da criança GARCIA 2018 A inclusão de diversos modelos de bráquetes autoligados no mercado odontológico sucedeu um aumento do interesse dos ortodontistas em saber se as vantagens expostas pelos fabricantes seriam confirmadas clinicamente Assim estudos alternativos e de controle foram realizados por diversos autores que avaliaram os diversos modelos existentes a eficiência destes bráquetes no tocante à biomecânica e fricção mas também comparando os diversos modelos comercializados Em estudos prospectivos comparouse o tempo de tratamento para acerto do alinhamento da arcada com bráquetes convencionais e com Damon II na qual a principal dedução foi que não houve diferença no tempo de tratamento entre os bráquetes comparados Entrando em conflito com MACEDO 2008 que confirma a redução do tempo de tratamento ortodôntico MILES 2009 KRISHNAN KALATHIL ABRAHAM 2009 Segundo FERNANDES et al 2008 os sistemas de bráquetes autoligáveis de policarbonato apareceram como uma ótima opção clínica pois obtémse um tratamento mais rápido e comodo para o cliente que possibilita o emprego de menor intensidade de força ortodôntica além de vantagens estéticas promovidas pela técnica de autoligável em policarbonato Em artigos recentes têm se trazido inúmeras vantagens dos autoligáveis frente aos convencionais como menor atrito eficácia de movimentação dentária tempo de tratamento reduzido possibilitar a mecânica com forças mais leves ação expansiva encaixe completo do arco na canaleta do braquete e produzem menor fricção quando combinados a arcos redondos de pequeno diâmetro e na ausência de angulação e ou torque Assim como qualquer outro estudo é indispensável o cuidado na avaliação de estudos sobre os aparelhos autoligados devido a desconexões dos resultados Inferindo se que isso se deve as diferentes ferramentas utilizadas para análise na qual alguns foram feitos em clínicas com pacientes e outro em laboratório ou seja que não corresponderem a realidade da cavidade oral logo não tem intervenção dos tecidos JORDÃO FERRARI TOGNETTI 2021 GEREMIA OLIVEIRA MOTTA 2015 No tocante as desvantagens estudos apontam que os autoligados passivo podem ter a obstrução do controle de torque durante a finalização podendo ser necessário o amarrilho para aumento da fricção nos autoligados interativos a falha nos clip e maior custo MALTAGLIATI 2013 JORDÃO FERRARI TOGNETTI 2021 Além disso são poucos estudos que comprovam a estabilidade dos autoligados a longo prazo CASTRO 2009 Ainda sobre estudos sobre a comparação entre os aparelhos autoligáveis e convencionais não há discrepância entre o acúmulo de placas PANDIS et al 2008 KAYGISIZ et al 2015 Em contrapartida PELLEGRINI et al 2009 e LOPES 2017 defendem que os autoligados têm menor acúmulo de placa devido aos braquetes convencionais utilizarem ligaduras elastoméricas No que se refere ao índice de falha na colagem estudos apontam maior erro em bráquetes autoligáveis em relação aos convencinais devido a menor proximidade do profissional com este produto e apontam que as melhores sugestões para fixação é incisal oclusal linhas verticais e horizontais TREVISI 2007 MENDES 2014 Quanto ao uso do produto em toda sua capacidade para uma mecânica efetiva e com menor custo biológico devese utilizar o fio termoativado de acordo com o protocolo iniciando nos fios com menor calibre para assim promover uma movimentação adequada MENDES 2014 MALTAGLIATI et al 2013 JORDÃO et al 2021 Para o ortodontista o manuseio de aparelhos autoligáveis traz inúmeros benefícios devido à biomecânica da abordagem causar baixo grau de rigidez promover melhor desempenho de deslizamento propiciar melhor administração da conduta clínica redução do tempo de tratamento redução do tempo de serviço melhor saúde periodontal e bons resultados de finalização BUENO 2013 SANTOS 2022 REFERÊNCIAS ANDRADE M E G ILLESCAS M V L Fricción de brackets autoligado y convencionales en el cierre de espacios Universidad Católica de Cuenca Ecuador V7N32 pp 94103 jun 2022 BUENO DANIELE ORTOLAN EVOLUÇÃO DO SISTEMA AUTOLIGADO EM ORTODONTIA Universidade Estadual de Campinas s l 2013 CASTRO R Braquetes autoligados eficiência x evidências científicas R Dental Press Ortodon Ortop Facial Maringá v 14 n 4 p 2024 julago 2009 CONDE S M Aparelho autoligado Monografia Pindamonhangaba Faculdade de Odontologia da Universidade de Pindamonhangaba 2015 DEHBI H et al Therapeutic efficacy of selfligating brackets A systematic review International Orthodontics s l v 15 n 3 p 297311 jun 2017 DE PAULA A F B DE PAULA A P B Fricção superficial dos bráquetes autoligados Rev bras Odontol Rio de Janeiro v 69 n 1 p 1026 janjun 2012 ECHER I C A REVISÃO DE LITERATURA NA CONSTRUÇÃO DO TRABALHO CIENTIFICO R Gaúcha Enferm Porto Algre v22 n2 p520 jun 2001 ESTEL A I AUTOLIGADO A EFICIÊNCIA DO TRATAMENTO ORTODÔNTICO Revista UNINGÁ Review Maringá Paraná Vol25n1pp5658 janmar 2016 FERNANDES D J ALMEIDA R C C QUINTÃO CC A ELIAS C N A estetica no sistema de bráquetes autoligáveis Revista Dental Press Ortodontia Ortopedia Facial Maringá v13 n3 p97103 maiojun2008 GARCIA V D EVOLUÇÃO DO SISTEMA AUTOLIGADO EM ORTODONTIA Facsete 2018 GEREMIA Jean Rafael OLIVEIRA Pablo Santos de MOTTA Rogério Heládio Lopes Comparação da força de atrito entre bráquetes autoligados e bráquetes convencionais com diferentes ligaduras Ortho Sci Orthod vol 8 no 29 p 3037 2015 JORDÃO Júlia FERRARI Marcos Valério TOGNETTI Valdinéia Maria Eficiência de braquetes convencionais e autoligados considerando seu atrito e expressão de torque durante o tratamento Pubsaúde vol 6 p 17 2021 KAIN L C BRÁQUETES AUTOLIGADOS SUAS VANTAGENS E DESVANTAGENS Porto Velho RO dez 2015 Effects of selfligating and conventional brackets on halitosis and periodontal conditionsAngle Orthodontist vol 85 no 3 p 468473 1 May 2015 KRISHNAN M KALATHIL B ABRAHAM K M Comparative evaluation of frictional forces in active and passive selfligating brackets with various archwire alloys American Journal of Orthodontics and Dentofacial Orthopedics St Louis v136 p 67582 2009 LAZO F J et al BRACKETS AUTOLIGADOS VS CONVENCIONALES UNA REVISIÓN BASADA EN 15 AÑOS DE EVIDENCIA Universidad Inca Garcilaso de la Vega Lima nov 2015 LOPES Dávyla Gêyza Almeida Braquetes autoligados na ortodontia atual São Luís s n 2017 MACEDO K V BRAQUETES AUTOLIGADOS NO TRATAMENTO ORTODÔNTICO Faculdade Sete Lagoas São Luís 2021 MALTAGLIATI LA MYIAHIRA YI FATTORI L CAPELOZZA FILHO L CARDOSO M Alteraçoes transversais das arcadas dentárias de pacientes tratados sem extração com braquetes autoligáveis Dental Press J Orthod vol 18 no 3 p 39 45 2013 MANIAS C A MARIANO I J ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE OS SISTEMAS DE BRAQUETES CONVENCIONAIS E AUTOLIGADOS UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO Bragança Paulista 2019 MENDES Fabrício Figueiredo A importancia da correta instalação dos stops nos arcos para uma melhor eficácia dos aparelhos autoligados INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAUDE Alfenas 2014 MILES PG Selfligating brackets in orthodontics do they deliver what they claim Australian Dental Journal Sydney v54 p 911 2009 PANDIS N VLACHOPOULOS K POLYCHRONOPOULOU A MADIANOS P ELIADES T Periodontal condition of the mandibular anterior dentition in patients with conventional and selfligating brackets vol 11 p 211 215 2008 PELLEGRINI Peter SAUERWEIN Rebecca FINLAYSON Tyler MCLEOD Jennifer COVELL David A MAIER Tom MACHIDA Curtis A Plaque retention by selfligating vs elastomeric orthodontic brackets Quantitative comparison of oral bacteria and detection with adenosine triphosphatedriven bioluminescence American Journal of Orthodontics and Dentofacial Orthopedics vol 135 no 4 p 426e1426e9 2009 PERGHER V et al AUTOLIGADO UMA ALTERNATIVA NO TRATAMENTO ORTODÔNTICO Revista FAIPE Cuiabá v 7 n 1 p 115 janjun 2017 PRIETO L A et al O USO DO APARELHO AUTOLIGADO NO DIA A DIA DO CONSULTÓRIO Univ Cid São Paulo setdez 2016 SADA C V A importancia da Oclusão na Ortodontia Instituto Universitário de Ciência da Saúde Gandra Portugal set 2018 SANTOS BEATRIZ MAGRI APARELHOS AUTOLIGADOS UNIVERSIDADE BRASIL s l 2022 SIQUEIRA A M B OTIMIZAÇÃO DA UTILIZAÇÃO DE STOPS NO SISTEMA AUTOLIGADO FACULDADE SETE LAGOAS ALFENAS 2016 TREVISI Hugo Smartclip Tratamento Ortodontico com Sistema de Aparelho Autoligado Conceito e Biomecanica Rio de Janeiro Elsevier 2007 VILELLA O V O desenvolvimento da Ortodontia no Brasil e no mundo Maringá v 12 n 6 p 131156 novdez 2007