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1 1 INCLUSÃO DE LIBRAS NA EDUCAÇÃO BÁSICA ASPECTOS E DESAFIOS Cícero Mariano do Nascimento Gilvanea Pinto de Oliveira Almeida Romário Conceição Freitas Santos Faculdade Ages Senhor do BonfimBA Resumo A inclusão de pessoas com necessidades especiais no ensino desde a educação básica tem sido um grande desafio para pais que possuem filhos com surdez visto que há poucas escolas bilíngues isto é colégios que disponibilizam da língua portuguesa e da LIBRAS Língua Brasileira de Sinais Desse modo este trabalho tem por finalidade incentivar professores pais ou responsáveis que almejam por uma educação inclusiva estarem engajados em buscar por exigência das políticas públicas nas quais garantem o direito dos surdos estarem incluídos no ensino regular o qual deve ser adaptado a esse aluno e não de modo contrário Nossa pesquisa está pautada nos aportes teóricos de Facion 2012 sobre as concepções de incluir excluir e integrar como também nas teorias de Quadros e Schmiedt 2006 sobre modos de educação bilíngue direcionada aos alunos surdos e de Lacerda santos e Caetano 2014 as quais falam acerca dos meios de introduzir a LIBRAS na educação de pessoas surdas dentro do âmbito educacional regular A fim de que isso ocorra será discorrido neste trabalho que mesmo diante de desafios é possível realizar uma parceria entre a escola e as famílias de estudantes com surdez tendo por finalidade buscar pelo direito da aprendizagem de todos promovendo assim a equidade e a cidadania dos sujeitos que precisam ser socializados e humanizados nas instituições de ensino já que o aluno surdo necessita ser ensinado em sua própria língua e dessa forma conseguir interagir principalmente com a comunidade surda e com as pessoas do seu convívio familiar Este artigo foi discorrido por meio da metodologia de pesquisa bibliográfica qualitativa que se insere no quesito de apontar algumas literaturas destinadas a demonstrar como proporcionar melhorias na inserção de indivíduos não ouvintes nos ambientes educacionais regulares pois em grande maioria ocorre de modo integrado e não inclusivo e com isso buscarse por uma sociedade mais justa Palavraschave Educação inclusiva ensino bilíngue Inclusão de LIBRAS 1 Acadêmicos do oitavo período em Letras vernáculas da faculdade Ages Senhor do BonfimBA ciceromacademicofaculdadeagesedubrgilvaneapacademicofaculdadeagesedubr romariocacademicofaculdadeagesedubr Artigo científico para a nota parcial de Avaliação 3 da Unidade Curricular Inclusão e Libras e Trabalho de Conclusão de Curso em 20211 sob as orientações das professoras MsAlexandra Cardoso da Silva Duarte e EspClaudiana Ribeiro dos Santos Andrade 2 INCLUSIÓN DEL LENGUA DE SIGNOS BRASILEÑA EN LA EDUCACIÓN BÁSICA ASPECTOS Y DESAFÍOS Resumen La inclusión de personas con necesidades especiales en la educación desde el educación básica ha sido un gran desafío para los padres que tienen hijos con sordera ya que hay pocas escuelas bilingües es decir escuelas que brindan Lengua portuguesa y LIBRAS Lengua de Signos Brasileña Por lo tanto este trabajo tiene como deseo animar a los profesores padres o tutores que tienen como objetivo para una educación inclusiva comprometiéndose a buscar como resultado de la política en el que garantizan el derecho de las personas sordas a ser incluidas en la educación regularque debe adaptarse a ese alumno y no al revés Nuestra investigacion es basado en los aportes teóricos de Fación 2012 sobre los conceptos de incluir excluir e integrar así como en las teorías de Quadros y Schmiedt 2006 sobre las formas de educación bilingüe dirigida a los estudiantes sordos y Lacerda Santos y Caetano 2014 que hablan de los medios para introducir LIBRAS en la educación de personas sordas dentro del ámbito educativo regular Para que esto ocurra será discutido en este trabajo que incluso ante los desafíos es posible realizar una asociación entre la escuela y las familias de los estudiantes con sordera con el propósito de buscar el derecho a aprender para todos promoviendo así la equidad y ciudadanía de sujetos que necesitan ser socializados y humanizados en las instituciones enseñanza ya que el alumno sordo necesita que se le enseñe en su propio idioma y que así poder interactuar principalmente con la comunidad sorda y con personas de tu vida familiar Este artículo fue discutido utilizando la metodología de investigación bibliográfica cualitativa que se encuadra en la cuestión de señalar alguna literatura con el objetivo de demostrar cómo proporcionar mejoras en la inserción de personas que no son oyentes en entornos educativos regulares ya que la gran mayoría ocurre de forma integrada y no inclusiva y con esto la búsqueda de una sociedad más justa Palabras Clave Educación inclusiva enseñanza bilingüe Inclusión de LIBRAS 2 1INTRODUÇÃO Sabese que o papel primordial da escola é inserir o aluno no contexto escolar assim transmitindo valores étnicos e sociais dando total conhecimento para um futuro cidadão capaz e formador de censo crítico no contexto globalizado em que a concorrência se faz de forma esmagadora para se colocar e interagir no mercado de trabalho sobretudo dos discentes com deficiência tanto intelectual quanto motora e no aspecto geral visual auditivo 2 Faculdade Ages Senhor do BonfimBA ÂNIMA EDUCAÇÃO 3 Com as novas diretrizes acerca da inclusão de alunos com deficiência uma cara nova está se dando na educação básica onde um aporte na literatura de teóricos bibliográficos nos fala desta temática Neste artigo vamos dá ênfase a inclusão de surdos no contexto escolar sobre seus avanços no decorrer de sua implantação visto que a língua brasileira de sinais LIBRAS sendo a primeira língua dos surdos obtém suas adequações necessárias para a inclusão de alunos com surdez na educação básica As novas leis políticas são os arcabouços do ensino infantil a mudança do conceito de deficiência a consolidação dos direitos a educação das pessoas com deficiência e a redefinição da educação especial em consonância com o princípio da inclusão educacional e constituem os principais fatores que promovem grandes mudanças nas práticas de ensinoaprendizagem Dentre estas leis está a declaração de Salamanca na Espanha a qual ocorreu em junho de 1994 e esta fala exclusivamente de uma educação inclusiva destinada a todos nela foram discutidos vários assuntos referentes a tal tema aqui abordado dentre eles o da restruturação do ensino para crianças com deficiência dos quais são eles toda criança tem direito fundamental à educação e deve ser dada a oportunidade de atingir e manter o nível adequado de aprendizagem toda criança possui características interesses habilidades e necessidades de aprendizagem que são únicas sistemas educacionais deveriam ser designados e programas educacionais deveriam ser implementados no sentido de se levar em conta a vasta diversidade de tais características e necessidades aqueles com necessidades educacionais especiais devem ter acesso à escola regular que deveria acomodálos dentro de uma Pedagogia centrada na criança capaz de satisfazer a tais necessidades ONU1994 p1 A linguagem é um meio usado pelos humanos para se comunicar na sociedade expressarse e associarse a outras pessoas claramente é um recurso utilizado por intermédio de indivíduos seja verbalmente ou manualmente onde se expande diferentes propósitos e dispositivos na troca de informação e do conhecimento Uns dos maiores desafios para uma educação inclusiva é a dificuldade das escolas se adaptarem ao ensino das duas línguas a língua portuguesa de forma oral e a língua brasileira de sinais LIBRAS para os surdos Pelo fato da aprendizagem se dá por comunicação oral e audição crianças com surdez não conseguem seguir este caminho devido apresentarem déficits parciais ou totais 4 Crianças e jovens com surdez não desenvolvem a língua oralauditiva e por isso se esbarram em uma dificuldade para criar sua própria forma de interação e é através da gesticulação manual uma maneira de demonstrar a comunicação destes indivíduos O alcance de todas as crianças surdas é estarem inseridas em uma escola de qualidade com professores qualificados e treinados para este público alvo visto que não temos muitas escolas com estas qualificações todavia é um martírio para pais a inclusão de seus filhos possuintes desta deficiência no ensino de qualidade e que por fim falta engajamento da parte dos poderes públicos Neste quesito este trabalho visa a abrangência de professores pais e comunidades como um todo para uma abordagem acerca da inclusão de suas crianças de modo que determina a carta magna do País a qual diz Toda criança tem direito à educação de qualidade Escolhemos este tópico pois vemos a necessidade de ser posto em debate pela sociedade civil já que não é considerado um problema de todos e tampouco abordado por nossos governantes para dá aos alunos surdos uma educação que lhe é de direito e que consta na constituição brasileira As escolas de educação básica não ofertam as duas línguas somente a língua portuguesa como diretriz no ensino aprendizagem enquanto a LIBRAS língua brasileira de sinais sempre vai ficando em segundo plano Por isso nossa pesquisa amparada na metodologia qualitativa baseada nas teorias de Facion 2012 Quadros e Schmiedt 2006 Lacerda santos e Caetano 2014 tem como foco recomendar aos pais de alunos surdos e professores lutarem por uma educação básica igualitária na qual todos tenham os mesmos direitos Direitos estes que não são encontrados em variados ambientes escolares salvo rede privada e escolas especializadas onde todos gozem de um ensino de qualidade e a LIBRAS possa fazer parte da educação de surdos nas escolas assim como também a língua portuguesa Entendemos que os alunos surdos sejam educados na sua própria língua desde os primeiros anos em uma escola básica na qual lhes são atribuídas aprendizagens pelos gestos visualizações de imagens e língua dos sinais visto que estes discentes não ouvem e assim não retarde sua capacidade em meios a alunos não deficientes 5 2 DESENVOLVIMENTO 21 Educação Inclusiva Pessoas que possuem algum tipo de deficiência ou necessidades especiais precisam exercer a socialização com outros diversos indivíduos e estes têm isso como um direito garantido aos mesmos por meio de políticas públicas dentro do art 5º e 205 da Constituição Federal de 1998 o qual descreve que todos tem direito a igualdade e a educação de modo que sejam preparadas obtenham acessibilidade ao desenvolvimento como pessoa possuam o exercício da cidadania e da qualificação para o mercado de trabalho Nessa perspectiva se faz necessário pensar como a educação vem sendo implantada para os deficientes Muitas vezes ela ocorre como integração confundida por um viés inclusivo Entretanto integrar e incluir são coisas distintas Neste sentido Facion 2012 afirma que a integração coloca toda a responsabilidade do sucesso no indivíduo com deficiência e a escola não se compromete com o processo de aprendizagem deste querendo que o mesmo se adeque ao ambiente Já a inclusão busca por âmbitos de aprendizagens adequados para educar alunos que possuem deficiências ou necessidades especiais tendo em vista que são as instituições que devem ter estruturas adaptadas a fim de incluir estes estudantes na educação e não de maneira contrária O art 208 III da Constituição Federal 1998 discorre que é dever do estado dá a garantia do atendimento de ensino especializado destinado às pessoas com deficiência principalmente nas escolas regulares sejam públicas ou privadas Mediante a esses pressupostos Mantoan 2001 p24 expõe que o ato de incluir deve ser visto como um privilégio visto que assim se obtém a possibilidade de conviver com as diferenças e na escola inclusiva professores e alunos aprendem uma lição que a vida dificilmente ensina respeitar as diferenças Esse é o primeiro passo para construir uma sociedade mais justa e que dê oportunidades para todos sem qualquer tipo de discriminação MANTOAN2001 p24 Nas concepções de Penha Silva e Carvalho 2014 p735 a inclusão dos diferentes no âmbito escolar 6 requer mais do que mera tolerância implica tomar uma nova postura requer uma nova proposta pedagógica que reestruture o currículo a metodologia de ensino as avaliações e as atitudes dos educadores Incluir portanto não significa somente matricular os alunos com necessidades educacionais especiais mas significa oferecer ao professor e à escola o suporte necessário para sua ação pedagógica PENHA SILVA CARVALHO2014 p735 Diante dessas concepções é perceptível que o ambiente institucional inclusivo é um local no qual deve ocorrer a aceitação de todos sejam deficientes físicos intelectuais ou alunos que não possuem deficiências Devese respeitar a subjetividade de cada um com o objetivo de fazer os alunos em sua totalidade alcançarem o sucesso Para que isso ocorra a escola precisa disponibilizar de profissionais especializados a fim de dar o devido suporte aos alunos que precisam de atenção especializada e aos outros funcionários do ambiente assim como também professores que estejam empenhados em capacitarse no objetivo de amparar os discentes possuintes de deficiências e estarem lutando por políticas públicas educacionais direcionadas a estas questões Diante disso é válido reafirmar que Não bastam entretanto somente as lutas pelo reconhecimento serem traduzidas em termos normativos constitucionais mas também em termos de ações políticas no campo institucional mediante a realização de políticas públicas que buscam afirmar e administrar as diferenças culturais e de identidade utilizando estratégias que contemplem componentes linguísticos sociais econômicos educativos entre outros OLIVEIRA AUGUSTIN2013 p555 É notório então que o ensino inclusivo requer mudanças significativas no ambiente escolar não tratando o aluno diferente como um problema para a escola e exigir deste que se adapte aos outros seguindo um padrão estabelecido de normalidade mas enfrentar os desafios de adaptar o ambiente e o modo de ensinar aos diversos tipos de estudantes 22 Inclusão de LIBRAS na escola como a primeira língua dos surdos Pessoas com surdez não se comunicam da mesma forma que os ouvintes devido estes indivíduos surdos nascerem sem ouvir os sons das palavras também não conseguem emitilas oralmente Desse modo eles precisam se comunicarem por meio dos gestos e da visualização 7 Diante desses aspectos temos a comunicação realizada pela língua de sinais brasileira denominada como Libras assim como discorre Carvalho e Silva 2014 a sigla LIBRAS significa Língua Brasileira de Sinais sendo definida como a forma de comunicação e expressão gestual que transmite ideias e desenvolve uma conversa É uma língua de modalidade gestualvisual que inclui movimentos gestuais e expressões faciais que são percebidos pela visão CARVALHO SILVA 2014 p 10 Na concepção de Brito etal 1997 As línguas de sinais diferenciamse das orais já que o idioma de sinais ocorre através de um canal visualespacial e não na oralidade auditiva Dessa forma articulase espacialmente e é percebido por meio da visão isto é utilizam o espaço e as dimensões oferecidas por ele quando constitui seus mecanismos fonológicos morfológicos sintáticos e semânticos a fim de veicular significados os quais proporcionam as percepções pelos seus usuários diante das mesmas dimensões espaciais Quando crianças e adolescentes surdos chegam na escola carecem de materiais visuais e da ação docente e com isso ampliar os conhecimentos destinados a estes educandos visto que Diferentemente das crianças ouvintes que chegam à escola falando português as crianças surdas muitas vezes não têm o domínio adequado da sua língua assim a preocupação da escola deve ser criar um ambiente em que essas crianças possam adquirir primeiramente a Língua de Sinais e depois o português DELGADO CAVALCANTE 2011 pág 65108 As crianças surdas têm que lidar com outro desafio na aprendizagem no tocante ao ensino educacional pois as escolas regulares não dispõem de mecanismos que proporcionem igualdade de direitos aos alunos ouvintes e aos não ouvintes surdos tendo em vista que não falam a mesma língua como postula Vygotsky 1993 Nesse convívio os surdos autoproduzem significados que lhes permitem entender de que é diferente Essa diferença contraditoriamente só pode ser afirmada e vivida como tal ao supor igualdade e reciprocidade Daí a importância de preservar o direito da pessoa surda de se desenvolver através de sua inserção em experiências condizentes com a heterogeneidade dos processos humanos VYGOTSKY 1993 p 33 Com isso se faz necessário que as instituições de ensino ao receber alunos surdos não alfabetizados insiram em seu currículo a LIBRAS como a primeira língua formadora de comunicação destes deixando a língua portuguesa como a segunda 8 É por meio disso que os surdos conseguem viver como cidadãos ativos em nosso contexto social já que na concepção de Fernandez 2003 isso é algo que proporciona respeito ao direito das pessoas com surdez de ter a Língua Brasileira de Sinais como o idioma natural e assim poderem estar em interação principalmente com a comunidade surda facilitando a comunicação com outros que possuem a mesma deficiência Faria et al 2011 p184 deixam esclarecido que a língua de sinais ainda precisa ser difundida na sociedade para que sejam garantidos ao surdo os espaços de que ele enquanto cidadão necessita Embora a escola esteja assumindo a função de espaço para o surdo interagir em sua própria língua isso ainda é muito pouco porque ela também é uma instituição que tem a função de transmitir conhecimentos específicos e forma socialmente o cidadão FARIA et al2011 p184 Tendo em vista que o Decreto 5626 BRASIL2005 Capitulo VI art 22 diz que os ambientes escolares da educação básica têm o dever de garantir a inclusão de alunos por meio da sistematização de Iescolas e classes de educação bilíngüe abertas a alunos surdos e ouvintes com professores bilíngües na educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental II escolas bilíngües ou escolas comuns da rede regular de ensino abertas a alunos surdos e ouvintes para os anos finais do ensino fundamental ensino médio ou educação profissional com docentes das diferentes áreas do conhecimento cientes da singularidade lingüística dos alunos surdos bem como com a presença de tradutores e intérpretes de Libras Língua Portuguesa BRASIL2005 Por questões como estas é que deve se lutar por uma escola na qual atribui a LIBRAS como uma língua de direito conquistado pelos surdosNesta concepção a família que tem pessoas com surdez inseridas no âmbito escolar precisa junto a escola buscarem medidas a fim de alfabetizar estes discentes primeiro por meio da Língua Brasileira de Sinais haja vista que A criança surda não tendo contato com a Língua Brasileira de Sinais desde pequena muitas vezes pode ocorrer um atraso de linguagem referente às demais crianças Sendo que também devido ao grau de sua surdez a possibilidade de comunicação oral fica cada vez mais distante sendo necessário e de extrema importância o uso da LIBRAS tanto para comunicação da criança surda com sua família quanto com a escola CULAU LIRA SPONCHIADO 2015 p2438 9 A escola e a família são de fundamental importância na vida das crianças surdas fazendo com que estes alunos obtenham a oportunidade de estarem em socialização nos diversos espaços dos quais elas se encontram O ensino destinado aos surdos passou por diversos obstáculos e de acordo com Silva 2012 p 19 o surdo era visto como uma pessoa primitiva Isso fez com que a crença de que ele não pudesse ser educado persistisse até o século XV e somente a partir do século XVI temse notícias dos primeiros educadores surdos Na visão de Claudio e Neta 2009 os ambientes escolares em muitas das vezes administram questões das quais envolvem de princípio aceitação da família em relação a um membro diferente em seu contexto familiar O fato dos surdos construírem suas identidades indo até ao ato de transmitir valores que não agreguem as imposições que foram colocadas na sociedade para as pessoas surdas durante muitos anos Assim como qualquer outra criança as crianças surdas no início de escolarização podem enfrentar dificuldades na compreensão linguística de sua língua natural todavia esse processo de educálos primeiro no idioma da sua comunidade é de total necessidade Com finalidade de inserir as pessoas surdas no contexto social de modo geral é de grande relevância incluir nas escolas a LIBRAS como idioma principal da comunidade surda e a Língua portuguesa como um meio de melhorar a comunicação entre surdos e ouvintes fazendo destes seres não ouvintes sujeitos que estão inseridos nos diversos ambientes sociais e educacionais dos quais são de direito para os mesmos devendo escola e família buscarem por isso assim como iremos discorrer na seguinte sessão 23 Ensino de Língua portuguesa como o segundo idioma para os surdos Alfabetizar alunos surdos na língua portuguesa não é uma tarefa fácil visto que essa não é a língua natural de comunicação desses indivíduos Há diversos desafios em adaptar o ensino do português brasileiro para estudantes com surdez dentro das escolas regulares da educação básica A criança brasileira ouvinte e falante consegue comunicarse olhando e falando com outrem ou até mesmo utilizando da escrita tudo isso pensando em sua primeira 10 língua o português Já as crianças surdas têm mais facilidade com a Libras assim como postula Freitas 2020 A criança surda pensa em Libras estabelece suas relações face a face em Libras com interlocutores falantes da Libras mas na hora de escrever são instruídas a fazêlo em língua portuguesa O resultado dessa descontinuidade é facilmente perceptível na organização sintática dos textos produzidos por surdos alfabetizados em língua portuguesa que na verdade materializam no papel um reflexo do pensamento sintático da pessoa surda originadoorganizado em Libras FREITAS 2020 p11 Neste sentido vale ressaltar que o professor quando trabalha textos com alunos surdos e não surdos não deve exigir que aqueles com surdez desenvolvam a escrita do mesmo modo dos estudantes ouvintes pois como ressalta Perlin 2003 p53 a escrita dos surdos será sempre na língua de fronteira não em português política e espistemologicamente correto como escrevem os ouvintes Mediante a estas concepções é válido lembrar que a língua portuguesa para os surdos ainda que seja o segundo idioma dos mesmos é de grande relevância a fim de que estes possam estar em interação nos diversos ambientes sociais dos quais se inserem também pessoas não surdas A intenção do docente não deve ser limitada apenas em ensinar os conceitos morfológicos fonológicos e sintáticos da língua mas utilizar o ensino da mesma como um meio de unir os diferentes indivíduos no mesmo contexto social Em vista disso se proporciona para os surdos a educação bilíngue na qual a Libras é primeira língua deles e a língua portuguesa a segunda respeitando assim a comunicação natural dos alunos 24 Metodologia Sabese que ainda diante do fato da maioria das escolas de educação básica não obterem a Libras como uma disciplina em sua grade curricular existem algumas instituições bilíngues para surdos e não surdos isto é o ambiente escolar que tem como componente curricular os dois idiomas brasileiros a Libras como L1 sendo a primeira língua dos surdos segunda para os ouvintes e a língua portuguesa como L2 sendo a segunda língua de pessoas surdas e primeira dos que ouvem e falam Entretanto é necessário que educadores e famílias que possuem pessoas surdas inseridas no contexto educacional estejam empenhados em lutar pela 11 educação bilíngue a qual deve incluir a Libras como disciplina obrigatória disponibilizando de profissionais habilitados na língua brasileira de sinais Diante de tais argumentos é postulado por Quadros e Schmiedt 2006 que O contexto bilíngue da criança surda configurase diante da coexistência da língua brasileira de sinais e da língua portuguesa No cenário nacional não basta simplesmente decidir se uma ou outra língua passará a fazer ou não parte do programa escolar mas sim tornar possível a coexistência dessas línguas reconhecendoas de fato atentandose para as diferentes funções que apresentam no diaadia da pessoa surda que está se formando QUADROS SCHMIEDT 2006 p13 Em consequência de tais afirmações nossa pesquisa bibliográfica está amparada na metodologia qualitativa seguindo os pressupostos de Fonseca 2002 p32 pois segundo o autor é feita a partir do levantamento de referências teóricas já analisadas e publicadas por meios escritos e eletrônicos como livros artigos científicos entre outros Referências estas que orientam sobre as metodologias do ensino bilíngue para os surdos especificamente no ensino infantil Dessa maneira é afirmado por Tânia Santos Souza e Wasley Santos 2019p4 que A prática inclusiva do surdo no ensino comum só terá êxito se acontecerem mudanças na adequação e organização do trabalho pedagógico com envolvimento de todos e principalmente a escola oferecendo a seus pares o conhecimento em Libras Assim Lacerda Santos e Caetano 2014 discorrem sobre o fato de como deve ser a postura de professores dos discentes com surdez Ser professor de alunos surdos significa considerar suas singularidades de apreensão e construção de sentidos quando comparados aos alunos ouvintes Discutese muito que a sala de aula deve ser um lugar que permita que o aluno estabeleça relações com aquilo que é vivido fora dela e deste modo interessa contextualizar socialmente os conteúdos a serem trabalhados apoiandoos quando possível em filmes textos de literatura manchetes de jornais programas televisivos de modo a tornar a aprendizagem mais significativa LACERDA SANTOS CAETANO 2014 p 185 Esses meios de ensinar dão auxílio tanto para os alunos surdos como também aos ouvintes disponibilizando de possibilidades que proporcionam um melhor aprendizado de todos os educandos do âmbito escolar No entanto é de grande importância postular que tais estratégias são primordiais nas atividades direcionadas aos estudantes surdos 12 uma vez que eles em geral tiveram poucos interlocutores em sua língua e consequentemente poucas oportunidades de trocas e de debates além de não terem acesso completo aos conteúdos de filmes programas de televisão e outras mídias que privilegiam a oralidade e nem sempre contam com legenda ou possuem textos complexos de difícil acesso a alunos surdos com dificuldades no letramento em língua portuguesa Deste modo é frequente que estes alunos cheguem ao espaço escolar com conhecimentos de mundo reduzidos quando comparados com aqueles apresentados pelos alunos que ouvem já que estes podem construir conceitos a partir das informações trazidas pela mídia por exemplo LACERDA SANTOS CAETANO 2014 p 185 Embora a relação entre a família e escola seja de suma importância nem sempre as famílias de alunos com deficiências dão o devido amparo para os mesmos por isso a escola precisa obter recursos necessários a fim de recebêlos e ensinálos Como Carvalho e Silva 2014 p5 relatam escola regular precisa dispor de recursos que tornem possíveis o processo de inclusão acesso à língua de sinais materiais concretos e visuais orientação de professores de educação especial salas e recursos Mesmo que se obtenham tais dificuldades da escola e família estarem sempre buscando por melhorias na educação de surdos para aqueles familiares dos quais realmente desejam que seus filhos estejam em interação como outros indivíduos da sociedade cabe lutar junto aos profissionais docentes por isso 25 Resultados e discussão Na concepção de Facion 2012 p81 a educação é uma demanda dos direitos humanos e os indivíduos com necessidades especiais devem fazer parte das escolas as quais devem modificar seu funcionamento para incluir todos os alunos Direitos estes que são garantidos por lei no art 5 e 205 da Constituição Federal de 1988 relatando que todos possuem direito à igualdade e a educação de modo que sejam preparadas tenham acesso ao desenvolvimento como pessoa obtenham o exercício da cidadania e qualificação para o mercado de trabalho Já no art208III diz que é dever do estado garantir atendimento educacional especializado aos que possuem deficiência principalmente na rede regular de ensino Diante de tais fatos percebese a necessidade de estarmos sempre lutando para que as escolas sejam inclusivas e não integradoras ou seja devemos buscar pelo ensino que se adapta as pessoas com deficiências ou necessidades especiais e não exigir que estas se adequem ao ambiente 13 Neste sentido é válido lembrar que lutar por uma escola que adequa seu ensino direcionado aos alunos com surdez precisa obter reflexão sobre a Libras como a língua natural dos surdos sendo necessário que esta esteja incluída na alfabetização dos mesmos em primeira instância visto que não basta apenas a instituição obter intérpretes de um idioma destinado a determinados indivíduos se estes não foram alfabetizados em tal língua É preciso que a família e professores dos quais almejam por uma educação inclusiva busquem alternativas como o objetivo de indagar as políticas públicas de inclusão educativa com finalidade do funcionamento destas desde a educação básica proporcionando escolas bilíngues para os surdos e até mesmo dos não surdos possuintes de familiares com surdez quando desejam manter melhor comunicação entre ouvinte e surdo A escola inclusiva ao proporcionar a educação bilíngue deve traçar estratégias das quais não cobrem dos alunos surdos uma escrita em língua portuguesa do mesmo modo que é cobrado para os ouvintes contudo de acordo com Freitas 2020 é preciso incluíla no contexto dos alunos surdos como forma de fazêlos estar em um ambiente de socialização Dessa forma as atividades de produções de textos e demais escritas devem ser trabalhadas com o discente surdo e o não surdo porém a avaliação das mesmas não deve ser de maneira igualitária O professor tem por dever respeitar a singularidade e as limitações de cada aluno 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS Neste trabalho foi abordado o assunto no qual tratamos da inclusão dos surdos no contexto escolar por meio da implantação da Língua Brasileira de Sinais LIBRAS idioma este essencial para a incluir a classe surda na educação básica Desse modo ressaltamos que com as novas exigências sociais políticas e legislativas é de suma importância inserir esses indivíduos na sociedade e não há base melhor que no ensino fundamental para a inserção das pessoas com surdez no seio da sociedade A organização deste trabalho foi realizada por pesquisas bibliográficas das quais contribuíram com tema objetivos e fundamentação neste artigo de conclusão de curso Os aportes teóricos propuseram soluções e maneiras de inclusão das medidas educativas direcionadas as pessoas que tem a capacidade auditiva afetada ao ponto de necessitarem de usar meio de comunicação de sinais 14 Este trabalho foi muito importante para o conhecimento da esquipe uma vez que permitiu ampliar ainda mais o aprendizado com relação ao tema e também o convívio social das pessoas com necessidades especiais além de nos permitir aperfeiçoar e adquirir técnicas de investigação seleção e comunicação das informações É de grande valia reafirmar a necessidade das famílias que possuem pessoas surdas inseridas no contexto educacional estarem unidas com as escolas das quais adapta as atividades para os educandos com surdez Instituições estas da quais devem ter como principal foco a alfabetização na Língua Brasileira de Sinais em primeira instância para os surdos com finalidade de que estes aprendem sua comunicação desde cedo e possam comunicarse com a comunidade surda Em segunda concepção a escola deve traçar estratégias para incluir o aluno surdo no contexto da língua portuguesa desde que esteja respeitando as limitações linguísticas destes já que os mesmos não têm essa língua como sua principal fonte de comunicação Analisando os resultados e as limitações destes alunos surdos nos meios estudados com relação ao tema sugerese a investigação mais aprofundada da temática para melhor ajudar a sociedade proporcionar melhorias tanto para os ambientes de educação como para o educando com a necessidade especial referida e tratada nesta pesquisa assim melhorando a sociedade uma vez que o assunto aqui abordado carece de uma atenção mais elevada Em suma sabemos que os desafios de lutar por uma escola bilíngue para os surdos são grandes porém necessário visto que é de direito deles estarem incluídos e não apenas integrados na escola e para isso professores e famílias que sonham com uma educação inclusiva destinada aos alunos com deficiências ou necessidades especiais precisam ter como um de seus objetivos a busca por políticas públicas nas quais garantem esses direitos 15 REFERÊNCIAS BRASIL Constituição da República Federativa do Brasil promulgada em 05 de outubro de 1988 Rio de Janeiro Degrau Cultural 1988 BRASIL Decreto n 5626 de 22 de dezembro de 2005 Regulamenta a Lei no 10436 de 24 de abril de 2002 que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais Libras e o art 18 da Lei no 10098 de 19 de dezembro de 2000 Diário Oficial da União Brasília DF 23 dez 2005 Disponível em httpswwwplanaltogovbrccivil03Ato200420062005DecretoD5626htm Acesso em 10 maio 2015 BRITO LUCINDA F et Al Secretaria de Educação Especial Língua Brasileira de Sinais Brasília SEESP1997 CARVALHO N S A SILVA C A F Educação inclusiva para surdos Revista Virtual de Cultura Surda Rio de Janeiro n 13 p 125 2014 CLAUDIO J P NETA C N X O mundo surdo infantil Porto Alegre FADERS 2009 CULAU LIRA SPONCHIADO Inclusão na Educação Infantil Um estudo a partir da Legislação da Escola Educere vol 5 p24292444 2015 DELGADO Isabelle Cahino CAVALCANTE Mariane Carvalho Bezerra A construção do aprendiz surdo na perspectiva da alfabetização e do letramento In FARIA Maria de Brito CAVALCANTE Mariane Carvalho Bezerra Desafios para uma nova escola um olhar sobre o ensinoaprendizagem de surdos João Pessoa Ed Universitária da UFPB 2011 p 65108 FACION José Raimundo Inclusão escolar e suas implicações livro eletrônico Curitiba Intersaberes 2012 FARIA E M B et al Língua de sinais um instrumento viabilizador do desenvolvimento cognitivo e interacional do surdo In DORZIAT A Estudos surdos diferentes olhares Porto Alegre Mediação 2011 FERNANDES E A Linguagem e surdez Porto Alegre Artmed 2003 FONSECA J J S Metodologia da pesquisa científica Fortaleza UEC 2002 Apostila FREITAS Isaac Figueiredo Alfabetização de Surdos para além do alfa e do beta Revista Brasileira de Educação v25 e 250034 p116 2020 LACERDA Cristina Broglia Feitosa SANTOS Lara Ferreira CAETANO Juliana Fonseca Estratégias metodológicas para o ensino de alunos surdos In LACERDA Cristina Broglia Feitosa SANTOS Lara Ferreira org Tenho um aluno surdo e agora Introdução à LIBRAS e educação de surdos São Carlos EdUFSCar 2014 p 185200 16 MANTOAN M T E Caminhos pedagógicos da inclusão São Paulo Memnon 2001 OLIVEIRA Mara AUGUSTIN Sérgio org Direitos Humanos emancipação e ruptura Caxias do Sul RS Educs2013 ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS ONU Declaração de Salamanca Salamanca 1994 Disponível em httpportalmecgovbrseesparquivospdfsalamancapdf Acesso em 10 maio 2015 PENHA L D S SILVA L D S CARVALHO C M N A inclusão do aluno com surdez na instituição escolar Revista da Universidade Vale do Rio Verde Três Corações v 13 n 5 p 36 2014 PERLIN G T T O ser e o estar sendo surdos alteridade diferença e identidade 2003 156 fls Tese Doutorado em Educação Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre 2003 QUADROS RM SCHMIEDT M Ideias para ensinar português para alunos surdos Brasília MECSEESP 2006 SANTOS TJ SOUZA MST SANTOS WJ O Ensino de Libras na Educação Inclusiva nos Anos Finais do Ensino Fundamental II e Ensino Médio Anais Eplis II p 110 2019 SILVA A C N O processo de inclusão de uma criança surda nãooralizada na educação infantil em uma escola pública do Distrito Federal um estudo de caso 2012 Trabalho de Conclusão de Curso Graduação em Pedagogia 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