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UAB UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL FUESPI FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ NEAD NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA LICENCIATURA PLENA EM LETRAS PORTUGUÊS DIDÁTICA Dalva Stella Ferreira Dantas FUESPI 2013 Ficha elaborada pelo Serviço de Catalogação da Biblioteca Central da UESPI Grasielly Muniz Bibliotecária CRB31067 D192d Dantas Dalva Stella Ferreira Didática Dalva Stella Ferreira Dantas Teresina Fuespi 2013 82p Material de apoio pedagógico ao curso de Licenciatura Plena em Pedagogia do Núcleo de Educação a Distância da Universidade Estadual do Piauí NEADUESPI 2013 1 Didática 2 Planejamento de ensino 3 Processo ensino aprendizagem I Título CDD 370 Ficha elaborada pelo Serviço de Catalogação da Biblioteca Central da UESPI Grasielly Muniz Bibliotecária CRB31067 D192d Dantas Dalva Stella Ferreira Didática Dalva Stella Ferreira Dantas Teresina Fuespi 2013 82p Material de apoio pedagógico ao curso de Licenciatura Plena em Pedagogia do Núcleo de Educação a Distância da Universidade Estadual do Piauí NEADUESPI 2013 1 Didática 2 Planejamento de ensino 3 Processo ensino aprendizagem I Título CDD 370 Ficha elaborada pelo Serviço de Catalogação da Biblioteca Central da UESPI Grasielly Muniz Bibliotecária CRB31067 D192d Dantas Dalva Stella Ferreira Didática Dalva Stella Ferreira Dantas Teresina Fuespi 2013 82p Material de apoio pedagógico ao curso de Licenciatura Plena em Pedagogia do Núcleo de Educação a Distância da Universidade Estadual do Piauí NEADUESPI 2013 1 Didática 2 Planejamento de ensino 3 Processo ensino aprendizagem I Título CDD 370 ISBN 9788583200390 Letras Português do Núcleo de Educação a Distância da Presidente da República Dilma Vana Rousseff Vicepresidente da República Michel Miguel Elias Temer Lulia Ministro da Educação Aloizio Mercadante Oliva Secretário de Educação a Distância Carlos Eduardo Bielschowsky Diretor de Educação a Distância CAPESMEC Celso José da Costa Governador do Piauí Wilson Nunes Martins Secretário Estadual de Educação e Cultura do Piauí Átila de Freitas Lira Reitor da FUESPI Fundação Universidade Estadual do Piauí Carlos Alberto Pereira da Silva Vicereitor da FUESPI Nouga Cardoso Batista Próreitor de Ensino de Graduação PREG Francisco Soares Santos Filho Coordenadora da UABFUESPI Márcia Percília Moura Parente Coordenador Adjunto da UABFUESPI Raimundo Isídio de Sousa Próreitor de Pesquisa e Pósgraduação PROP Geraldo Eduardo da Luz Júnior Próreitora de Extensão Assuntos Estudantis e Comunitários PREX Marcelo de Sousa Neto Próreitor de Administração e Recursos Humanos PRAD Benedito Ribeiro da Graça Neto Próreitor de Planejamento e Finanças PROPLAN Raimundo da Paz Sobrinho Coordenadora do Curso de Licenciatura Plena em Letras Português EAD Ailma do Nascimento Silva Edição UAB FNDE CAPES UESPINEAD Diretora do NEAD Márcia Percília Moura Parente Diretor Adjunto Raimundo Isídio de Sousa Coordenadora do Curso de Licenciatura Plena em Letras Português Ailma do Nascimento Silva Coordenadora de Tutoria Maria do Socorro Rios Magalhães Coordenadora de Produção de Material Didático Cândida Helena de Alencar Andrade Autora do Livro Dalva Stella Ferreira Dantas MATERIAL PARA FINS EDUCACIONAIS DISTRIBUIÇÃO GRATUITA AOS CURSISTAS UAB FUESPI UABUESPINEAD Campus Poeta Torquato Neto Pirajá NEAD Rua João Cabral 2231 bairro Pirajá Teresina PI CEP 64002150 Telefones 86 32135471 32131182 Web eaduespibr Email eaduespihotmailcom Revisão Lidenora de Araújo Cunha Teresinha de Jesus Ferreira Diagramação Pedro Leonardo de Sousa Magalhães Capa Luiz Paulo de Araújo Freitas SUMÁRIO Unidade 1 O papel social da didática no processo ensinoaprendizagem e a construção de competências habilidades e atitudes 07 1 O papel social da didática no processo ensinoaprendizagem e a construção de competências habilidades e atitudes 09 11 E assim se fez a didática 09 12 Didática e a história da educação 11 13 A didática e a formação do professor 14 Unidade 2 A sala de aula espaço de conhecimentos e os componentes da ação educativa 25 2 A sala de aula espaço de conhecimentos e os componentes da ação educativa 27 21 Sala de aula um espaço de escolhas 27 22 Tendências pedagógicas 28 Unidade 3 Planejamento de ensino componentes e elaboração 41 3 Planejamento de ensino componentes e elaboração 43 31 Planejamento ideias registradas 43 311 Plano de ensino e aprendizagem principais componentes 45 32 Orientação para a elaboração dos planos de ensino 46 Unidade 4 Recursos de aprendizagem e interação professor x aluno 59 4 Recursos de aprendizagem e interação professor x aluno 61 41 Quando fins justificam os meios 61 411 Relações geradoras de aprendizagem 61 412 Estratégias didáticas que facilitam a aprendizagem 63 Referências Bibliográficas 77 UNIDADE 1 O PAPEL SOCIAL DA DIDÁTICA NO PROCESSO ENSINOAPRENDIZAGEM E A CONSTRUÇÃO DE COMPETÊNCIAS HABILIDADES E ATITUDES OBJETIVOS Entender a concepção de criança a partir do contexto social e histórico Compreender a necessidade de instituir a Educação Infantil a partir da legislação que assegura os direitos das crianças de 0 a 5 anos FUESPI NEAD Licenciatura Plena em Letras Português 9 1 O papel social da didática no processo ensinoaprendizagem e a construção de competências habilidades e atitudes 11 E assim se fez a didática Você sabe qual o papel da Didática no processo de ensino aprendizagem Qual sua influência na construção de competências habilidades e atitudes resultantes desse processo Onde se incluem os protagonistas desse processo Didática 10 A discussão que se faz hoje a respeito da importância de uma Didática que efetivamente interfira no processo de ensinoaprendizagem discutindoo e apresentando ferramentas para sua eficiência permeia a construção de um novo conceito e modelo de Didática De acordo com Candau 1984 p 30 A didática não poderá continuar sendo um apêndice de orientações mecânicas e tecnológicas Deverá ser sim um modo crítico de desenvolver uma prática educativa forjadora de um projeto histórico que não se fará tãosomente pelo educador mas pelo educador conjuntamente com o educando e outros membros dos diversos setores da sociedade Não basta nesse sentido distribuir receitas mas elaborar novas formas de ensinar e aprender a partir da reflexão que se processa sobre essas habilidades Não há como interferir significativamente sobre esse processo se não se conhece a sua gênese a sua dinâmica Ghiraldelli 2000 p 13 bem definiu Didática quando se referiu a um entrelaçamento essencial entre educador e educando a verdadeira didática no meu entender deve muito à capacidade geral de se dispor para o outro na troca de olhares e cortejamento entre educador e educando Nessa troca é que se operam a aprendizagem e o ensino É nesse entrelaçamento que o sujeito que ensina e o sujeito que conhece se confundem trocando os papéis em um processo dialético de aprender Candau 2005 p 14 também interpretou a Didática com esse aspecto interativo que envolve a dinâmica do aprender e do ensinar O objeto de estudo da didática é o processo de ensino aprendizagem Toda proposta didática está impregnada implícita ou explicitamente de uma concepção do processo de ensinoaprendizagem Ensinoaprendizagem é um processo em que está sempre presente de forma direta ou indireta no relacionamento humano Para compreender melhor a discussão que atualmente se faz a respeito da Didática vamos conhecer um pouco mais de sua trajetória FUESPI NEAD Licenciatura Plena em Letras Português 11 histórica desde sua instituição como disciplina em cursos superiores até a atual perspectiva de uma didática integradora de suas três dimensões humanista técnica e política 12 Didática e a história da educação Você vai ter acesso nessa seção à construção histórica da didáti ca e assim poderá compreender posteriormente o debate que se esta belece sobre essa disciplina nos tempos atuais a Nascimento da Didática Como você já deve saber a educação no Brasil foi desde os primór dios comandada pelos jesuítas Saviani 1984 assegura que somente por volta de 1870 é que tomam corpo movimentos cada vez mais inde pendentes da influência religiosa pois nesse período a Didática caracteri zase como apoiada no intelecto extremamente dogmática conferindo ao professor o papel central de sábio e ao aluno de mero aprendiz passivo dominado pela disciplina rígida do mestre Didática 12 b Agora a Didática é uma disciplina Foi por meio da Reforma Francisco Campos principal reforma educativa no ensino superior quando se criou a primeira universidade brasileira que a Didática se estabeleceu como disciplina dos cursos de formação de professores em nível superior e pelo DecretoLei nº 119039 constituiuse como independente após o bacharelado c Didática novas mudanças A Lei de Diretrizes e Bases 402461 apresenta novas reformas extinguindo a Didática como curso e disciplina e incluindo o estágio supervisionado como prática de ensino Além das mudanças anteriormente citadas essa lei provocou ainda as seguintes alterações ginásios vocacionais criação de um programa de aperfeiçoamento de professores do curso normal Didática inspirada no liberalismo e no pragmatismo predomínio do método sobre o conteúdo entre outras que marcaram a história da educação e a evolução da Didática d Didática os acordos Vários acordos MECUSAID foram firmados e influenciaram as reformas no ensino superior e no ensino de 1º e 2º graus A disciplina de Didática foi colocada de escanteio a favor da disciplina Currículos e Programas que de certa forma repetia os conteúdos da Didática Dessa forma a Didática perde seu caráter de dimensão técnica comprometendo seu papel junto à prática pedagógica do professor sendo questionada e exposta a novas mudanças e A Didática na década de 80 Década em que a Didática sofreu mais alterações em sua forma e concepção Passouse de uma visão de Didática simples para mais FUESPI NEAD Licenciatura Plena em Letras Português 13 complexa onde a prioridade era a relação entre a teoria e a prática Essa nova concepção e vivência da Didática possibilitaram uma reconstrução da prática pedagógica influenciando diretamente no desempenho dos professores a partir da reflexão sobre sua atuação educativa Novas teorias e metodologias surgiram como resultado de pesquisas e discussões sobre essa temática f Didática atual Segundo Candau 1984 na atualidade a perspectiva fundamental da didática é assumir a multifuncionalidade do processo de ensino aprendizagem e articular suas três dimensões técnica humana e político social no centro configurador de sua temática A autora supracitada acrescenta ainda que para a abordagem humanista é a relação interpessoal o centro do processo quanto à dimensão técnica o que constitui seu núcleo de preocupações são os objetivos instrucionais a seleção do conteúdo as estratégias de ensino a avaliação etc a dimensão políticosocial institui a cultura como centro do processo de ensino e aprendizagem CANDAU 2005 Percebese que houve um avanço no que diz respeito aos conceitos papéis metodologias e objetivos construídos vivenciados e defendidos pela Didática Alterações significativas foram produzidas e garantiram à Didática assumir um dos principais papéis da didática é problematizar e contestar o educacional e o social que lhe ditam normas e regras inflexíveis RAYS 1983 p 49 Você pode comprovar essas alterações analisando o quadro comparativo apresentado a seguir ELEMENTO DIDÁTICA TRADICIONAL DIDÁTICA MODERNA Professor Fator predominante Não se preocupava com proble mas e características do aluno Elemento incentivador orientador e controlador da aprendizagem Didática 14 Aluno Elemento passivo Cum prialhe ouvir decorar e obedecer Fator decisivo ativo em preendedor São considera das suas potencialidades e limitações Objetivo Teórico e remoto não influindo no trabalho escolar Dinamiza todo o trabalho escolar dandolhe sentido valor e direção Matéria Elemento que escravizava alunos e professores os alunos deviam decorála sem contestála Está em função das necessidades e da capacidade real do aluno Método Era a maneira de se expor a matéria Era problema do professor e nada tinha a ver com os alunos É a melhor maneira de o aluno aprender Deve ser relacionado às características dos alunos Introdução aos Conceitos de Educação Ensino Aprendizagem a Didática em Ensino e Aprendizagem Gilberto Teixeira Prof Doutor FEAUSP httpwwwserprofessoruniversitarioprobr 13 A didática e a formação do professor Um homem meramente beminformado é o maçante mais inútil na face da terra WHITEHEAD 1969 Em que sentido a Didática pode influenciar na prática educativa do professor Que formação deve ser promovida para que o professor reflita sobre seu modo de ensinar Quais as perspectivas de mudança no processo de ensino e aprendizagem a partir de uma formação docente para uma didática eficiente García 1994 defende uma formação em campo e em situação de aprendizagem pois considera que isso resulta em uma maior implicação do professor Nesse mesmo sentido afirma Giroux 1987 ao fazer referência ao intelectual transformador que a seu ver procura desvelar as relações existentes entre o conhecimento o poder e a linguagem e tem como FUESPI NEAD Licenciatura Plena em Letras Português 15 principal tarefa dentro do espaço escolar a desocultação do currículo oculto considerando que Prática pedagógica representa campo cultural de produção de práticas historicamente específicas de regulação moral e social as escolas não são de forma alguma ideologicamente inocentes e nem simplesmente reproduzem as relações e interesses sociais dominantes Os professores precisam compreender o nível de sua responsabili dade pela aprendizagem do aluno que vai se efetivar como reflexo de sua competência no ato de ensinar Responsabilidade essa que se traduz no reconhecimento do papel da escola na transformação da realidade viven ciada por seus alunos Transformação que não se realiza por um simples passe de mágica mas como resultado de um processo gradativo e siste mático de construção de uma identidade social por meio de ações educa tivas eficientes Afinal Escolas estabelecem as condições sob as quais alguns indivíduos e grupos definem os termos pelos quais os outros vivem resistem afirmam e participam na construção de suas próprias identidades e subjetividades GIROUX 1988 p 83 Construir identidades reconstruir didáticas rever conceitos cons tituem habilidades de refletir sobre seu modo de ser e agir Schön 1992 apresenta nuances diversas do ato de refletir sobre a prática educativa caracterizandoo com base no momento em que é realizado reflexãona Fonte das informações MIZUKAMI Maria das Graças Nicoletti Ensino as abordagens do processo São Paulo EPU1986 Didática 16 ação processos de pensamento no momento da ação reflexãosobre aação pensamento retrospectivo reflexãosobreareflexaonaação olhar retrospectivamente e refletir sobre a ação na ação É nesse processo de reflexão que o professor vai compreender que precisa se qualificar e aperfeiçoar sua ação assumindo uma postura diante do ato educativo pois A escola não é apenas espaço de inculcação e reprodução da cultura dominante porque se constitui também local social de resistência de confrontos e de conflitos devido às contradições que eclodem no seu interior Desse mesmo modo Morin é categórico ao afirmar que não se pode reformar a instituição sem reforma das mentes mas não se podem reformar as mentes sem reforma das instituições e ainda que educar para a era planetária requer reforma do modo de conhecimento reforma do pensamento e reforma do ensino É urgente portanto construir um novo modo de ensinar para gerar outras formas de aprender no intuito de colaborar para a constituição de uma nova visão de mundo e de educação que possibilite a efetivação da reforma intelectual e moral preconizada por Gramsci 1978b que con forme o autor vai acontecer somente quando a escola formar cidadãos atualizados politizados criativos e transformadores PARO 2001 Enquanto não se institui essa reforma o que se vê é um visível paradoxo apatia de educadores autoridades e público em geral grande quantidade de recursos esforços de enormes contingentes de professores e funcionários horas preciosas de crianças e jovens pífios resultados PARO 2001 FUESPI NEAD Licenciatura Plena em Letras Português 17 A Didática pode se configurar como a principal promotora dessa mudança no processo de ensino e aprendizagem desde que não se apli que somente ao ensino de meios e técnicas educacionais mas que se integre em um projeto histórico elaborado e executado pelo educador edu cando e outros membros da sociedade LUCKESI 1991 Haja vista que infelizmente como assegura Carvalho 2001 a maioria dos cursos de formação se preocupam simplesmente com a mera instrumentalização do professor É urgente que a escola reflita e reorganize sua prática pedagógica promovendo a formação qualitativa do professor uma vez que é esse profissional que coloca em execução todos os projetos que se idealiza principalmente no âmbito da sala de aula A formação do professor deve inclusive contemplar a elevação do nível de satisfação do professor em relação ao processo educativo pois de acordo com Paro 2001 Numa empresa comum podemse conseguir produtos de qualidade com trabalhadores produtores descontentes embora menos eficiente mente na escola não aqui a nãoidentificação dos agentes com os obje tivos compromete a qualidade dos resultados Paro 2001 acrescenta ainda que dizer que a escola é produtiva porque deu boa aula mas o aluno não aprendeu é o mesmo que dizer que a cirurgia foi um sucesso mas o paciente morreu Fonte das informações MIZUKAMI Maria das Graças Nicoletti Ensino as abordagens do processo São Paulo EPU1986 Didática 18 Considerando que Um dos principais papéis da didática é problematizar e contestar o educacional e o social que lhe ditam normas e regras inflexíveis Esse papel a levará a extrair os subsídios teóricos para a redefinição e criação de meios instrucionais para o desenvolvimento de situações didáticas reais RAYS 2005 p 49 A Didática nessa proposta possibilita a formação de um novo profissional que ensina enquanto aprende produz resultados efetivos de aprendizagem pela criticidade com que desenvolve o ensino e imprime no processo educativo o caráter construtivo de aprendizagem Nesse sentido Um curso de professores deveria possibilitar confronto entre abordagens quaisquer que fossem elas entre seus pressupostos e implicações limites pontos de contraste e convergência Ao mesmo tempo deveria possibilitar ao futuro professor a análise do próprio fazer pedagógico de suas implicações pressupostos e determinantes no sentido de que ele se conscientizasse de sua ação para que pudesse além de interpretála e contextualizá la superála constantemente MIZUKAMI 1986 p 109 Afinal A formação não se constrói por acumulação mas através de um trabalho de reflexividade crítica sobre as práticas e de reconstrução de uma identidade pessoal NÓVOA 1991a p 23 A participação do professor em uma reforma educativa se efetiva conforme sua formação Formação que se dá em todas as esferas em que se encontra inserido especialmente as experiências em movimentos sociais religiosas políticas sindicais e comunitárias Experiências que prevalecem no processo de formação e na prática pedagógica do professor haja vista que o conhecimento do professor é construído no seu próprio cotidiano mas ele não é só fruto da vida na escola CUNHA in VEIGA 2000 Concluindo concordamos com Nóvoa 1991 ao discutir a relevân cia do professor na reforma educativa necessária para uma nova visão de mundo de homem e de educação afirmando que nenhuma reforma edu cativa será bem sucedida se não tiver os professores como figuras centrais FUESPI NEAD Licenciatura Plena em Letras Português 19 Glossário Gênese Conjunto dos factos ou elementos que concorrem para a formação de alguma coisa Cortejamento derivação masc sing de cortejar 1 Cumprimentar cortesmente 3 Lisonjear 4 Requestar Dogmáticas fParte da Teologia que trata dos dogmasadjFigurado Que pretende imporse sentencioso magistral técnico não empírico Liberalismo Sistema dos que professam ideias liberais políticosociais ou somente políticas Pragmatismo Doutrina que toma por critério da verdade o valor prático e se opõe ao intelectualismo Multifuncionalidade Que tem várias funções ou utilidades diferentes polivalente Desocultação O que não é secreto Ideologicamente Variação de Ideologia Conjunto de ideias convicções e princípios filosóficos sociais políticos que caracterizam o pensamento de um indivíduo grupo movimento época sociedade Subjetividades Que se passa no íntimo do sujeito pensante Que varia de acordo com o julgamento os sentimentos os hábitos de cada um Inculcação Propor indicar Recomendar elogiando Revelar manifestar Fazerse aceitar imporse insinuarse Eclodem Aparecer surgir rebentar desabrochar Preconizada Apregoar com louvor elogiar em excesso lisonjear Aconselhar pregar fazer propaganda de Paradoxo Opinião contrária à comum Pífios Baixo vil desprezível Instrumentalização Servirse de alguém como coisa meio ou instrumento para atingir os seus fins Reflexividade Qualidade do que é reflexivo Prudência Meditação Didática 20 Saiba mais A didática como área da pedagogia estuda o fenômeno ensino As recentes modificações nos sistemas escolares e especialmente na área de formação de professores configuram uma explosão didática Sua resignificação aponta para um balanço do ensino como prática social das pesquisas e das transformações que têm provocado na prática social de ensinar Em que medida os resultados das pesquisas têm propiciado a construção de novos saberes e engendrado novas práticas superadoras das situações das desigualdades sociais culturais e humanas produzidas pelo ensino e pela escola PIMENTA Selma Garrido Para uma re significação da didática ciências da educação pedagogia e didática uma revisão conceitual e uma síntese provisória In PIMENTA Selma Garrido Didática e formação de professores percursos e perspectivas no Brasil e em Portugal São Paulo Cortez 2006 Leitura complementar Eu diria que os educadores são como velhas árvores Possuem uma face um nome uma história a ser contada Habitam um mundo em que o que vale é a relação que os liga aos alunos sendo que cada aluno é uma entidade sui generis portador de um nome também de uma histó ria sofrendo tristezas e alimentando esperanças E a Educação é algo pra acontecer neste espaço invisível e denso que se estabelece a dois Espa ço artesanal Mas professores são habitantes de um mundo diferente onde o educador pouco importa pois o que interessa é um crédito cultural que o aluno adquire numa disciplina identificada por uma sigla sendo que para fins institucionais nenhuma diferença faz aquele que a ministra Por isso mesmo professores são entidade descartáveis da mesma forma como há canetas descartáveis coadores de café descartáveis copinhos plásticos de café descartáveis De educadores para professores realizamos o salto de pessoas para funções RUBEM ALVES 1983 p 17 FUESPI NEAD Licenciatura Plena em Letras Português 21 Atividade de aprendizagem Seguindo o roteiro dos questionamentos a seguir produza um texto sobre a formação dos professores e a influência da Didática para efetividade desse processo O que é necessário para se promover uma formação docente de qua lidade Qual a influência da didática para a formação do professor Que enfoque científico deve orientar essa formação Como essa prática se efetiva em aula Dicas A EDUCAÇÃO E A CRISE BRASILEIRA ANÍSIO TEIXEIRA Fonte Domínio Público button linkhttpwwwpedagogiaaopedaletra combrwpcontentuploads201108AeducaC3A7C3A3oeacri sebrasileirapdf typeicon newwindowyes Baixar em PDFbutton A ABERTURA DE UM ESPAÇOTEMPO PARA REFLEXÃO COM OS PROFESSORES EFEITOS NO FAZER PEDAGÓGICO E NO MODO COMO DESCREVEM SUA PRÁTICA Fonte Domínio Público button linkhttpwwwpedagogiaaopedaletra combrwpcontentuploads201108AaberturadeumEspaC3A7o TempoParaReflexC3A3ocomosProfessorespdf typeicon newwindowyes Baixar em PDFbutton FILME QUANDO TUDO COMEÇA httpdsservingsyscomBurstingResSite16327Type05f4d86712ef4 464dbd417016af5ae8c2gif DICA DE FILME A MAÇÃ httpwwwpedagogiaaopedaletracombrwpcontentuploads201103 amacafilme224x300jpg DICA DE FILME O CLUBE DO IMPERADOR httpwwwpedagogiaaopedaletracombrpostsdicafilmeclubeimperador Didática 22 CRÍTICA DO FILME O SORRISO DE MONALISA httpwwwpedagogiaaopedaletracombrpostscriticadofilmeosorriso demonalisa Para aprender mais BRZEZINSKI I Pedagogia pedagogos e formação de professores busca e movimento CampinasSP Papirus 1996 LUCKESI Carlos Cipriano Elementos para uma didática no contexto de uma pedagogia para transformação Anais da III CBE São Paulo Loyola 1986 PERRENOUD P Dez novas competências para ensinar Porto Alegre Artes Médicas Sul 2000 RIOS Terezinha Azevedo Ética e competência 10ª ed São Paulo Cortez 2001 Para finalizar Nesta primeira unidade você teve acesso às principais informações sobre o histórico da Didática na educação brasileira e sua influência na formação dos professores Durante a leitura deve ter constatado que várias alterações foram produzidas nessa trajetória Se você acompanhou algum desses períodos sabe que as mudanças mais consistentes foram provocadas por movimentos políticos e educacionais Na História da educação brasileira encontramse registrados os principais fatos que provocaram abalos e reelaborações das propostas FUESPI NEAD Licenciatura Plena em Letras Português 23 educacionais e a revisão das práticas pedagógicas Esses fenômenos ao alterar arquitetura da Didática acabou por influenciar o processo de formação do professor produzindo mudanças significativas e em grande parte com efeitos positivos Um dos principais efeitos se refere ao novo modelo de gestão em sala de aula Professores deixam seus postos de sábios arrogantes e inacessíveis e adquirem uma nova roupagem de professor aprendiz pesquisador Releia os textos e elabore um fichamento com as ideias e informações mais relevantes que foram apresentadas Aproveite o ensejo para expressar sua opinião a respeito desse processo UNIDADE 2 A SALA DE AULA ESPAÇO DE CONHECIMENTOS E OS COMPONENTES DA AÇÃO EDUCATIVA OBJETIVO Analisar as concepções de educação e suas implicações para a prática pedagógica FUESPI NEAD Licenciatura Plena em Letras Português 27 2 A sala de aula espaço de conhecimentos e os componentes da ação educativa 21 Sala de aula um espaço de escolhas De cada lado da sala de aula pelas janelas altas o azul convida os meninos as nuvens desenrolamse lentas como quem vai inventando preguiçosamente uma história sem fim Sem fim é a aula e nada acontece nada Bocejos e moscas Se ao menos pensa Margarida se ao menos um avião entrasse por uma janela e saísse pela outra Mario Quintana Sapato Florido Não dá para se conceber em pleno século XXI quando o conhecimento e a informação são os alicerces supor que encontraremos em sala de aula pessoas de comportamentos e pensamentos padronizados que concordam de forma passiva com os ensinamentos do professor A educação bancária foi uma realidade que entrou em falência Sendo assim ao professor hoje não cabe somente transmitir conteúdos mas é indispensável que saiba promover a compreensão desses conteúdos Apesar dessa evolução A pedagogia tradicional está muito presente nos colégios e nas faculdades sendo que para a maioria das instituições a aprendizagem só é possível na sala de aula Isso nos permite afirmar que a palmatória se foi mas a educação tradicional ainda continua arraigada na prática escolar DANTON CARLO 2010 No entanto há que se providenciar em caráter de urgência uma transformação nesse espaço haja vista que é um espaço de diversidades culturais ideológicas econômicas e sociais Portanto para que haja uma maior produtividade na sala de aula não é mais possível desconsiderar as diferenças e a riqueza dessa diversidade para o processo de ensino e aprendizagem A sala de aula é um espaço de convivência onde acontecem as principais aprendizagens As formas como ocorrem essas aprendizagens vão variar conforme os sujeitos envolvidos as práticas educativas que desenvolvem os papéis que assumem e as concepções de educação de mundo e de homem defendidas pelos sujeitos que ocupam esse espaço Os caminhos percorridos são normalmente definidos pelo professor Sua formação acadêmica profissional e pessoal é que irão determinar suas escolhas e atos Se a concepção de sala de aula perpassa o processo de ensino Didática 28 aprendizagem por que comprovadamente esse espaço tem sido constante alvo de críticas por parte de todos os sujeitos que fazem parte desse processo O mais complicado é que se instalou um conflito em relação à responsabilidade sobre esse fenômeno Gestores atribuem a inércia da sala de aula aos professores incompetentes Professores culpam alunos desinteressados Os alunos por sua vez constantemente direcionam suas críticas à falta de material e espaço adequado para o desenvolvimento das atividades Esse embate resulta em um afastamento dos sujeitos e consequentemente na impossibilidade de se resolver a questão perpetuando a existência de salas apáticas sem vida que expulsa todos os dias alunos de todas as séries Em especial das séries mais elevadas Você percebe claramente a redução do fluxo de alunos matriculados e frequentes à medida que vai elevando o nível instrucional Esse fato tem sido atribuído às constantes reprovações que findam por provocar o abandono da escola A sala de aula onde cada educador atua não está isenta das rela ções contraditórias que mantém através de múltiplas intermediações como o todo social A educação possui um caráter mediado a mesma se situa na relação entre as classes como momento de mascaramentodesmascaramento da mesma relação existente entre as classes A sala de aula tem sido o prin cipal espaço da educação formal das sociedades capitalistas É neste sentido que a educação é mediação pelo mascaramento das reais relações sociais de exploração e dominação podendo a sala de aula constituirse em decorrência do pedagógico ali concretizado num dos palcos privilegiados desta atividade A SALA DE AULA INTERVENÇÃO NO REAL José Luiz Sanfelice 22 Tendências pedagógicas As concepções e tendências registradas e historicizadas na educação se resumem especialmente entre as apresentadas no quadro a seguir wwwgoogleimagens combrsnoopy FUESPI NEAD Licenciatura Plena em Letras Português 29 Didática 30 É preciso nessa perspectiva tomar uma decisão frente ao processo de ensino e aprendizagem Assumir uma concepção de mundo educação e homem que vão inspirar a configuração de uma tendência pedagógica A tendência adotada será reconhecida em sala de aula a partir da análise da postura do professor de seus modos de ensinar e se relacionar com os sujeitos cognoscentes A sala de aula representa portanto além de um espaço físico uma possibilidade de desenvolvimento de experiências positivas de crescimento intelectual social cultural entre outros Afinal o ser humano é um sujeito que se situa em um tempo e espaço a partir das relações que estabelece consigo e com os outros construindo assim a sua identidade pessoal e social Desse modo a escola precisa exercer o seu papel de orientadora desse processo de construção À medida que cumpre com os objetivos educacionais a escola alcança as metas previstas para o sucesso do ensino e da aprendizagem Para dar cumprimento a esse papel a escola deve fomentar a dinâmica de sala de aula proporcionando ao professor uma formação didática indispensável para a implementação da proposta educacional Imagem colhida em wwwrevistanovaescola combrtirinhadocalvin FUESPI NEAD Licenciatura Plena em Letras Português 31 Sacristán e Gómez 2000 p 58 apresentam alguns questionamentos que instigam a reflexão sobre o efeito produzido por uma educação de qualidade em detrimento de um academicismo alienante que somente resulta em um acúmulo de informações totalmente ineficientes e ineficazes para a vida além da escola Como evitar que como acontece hoje em dia na melhor das hipóteses a aprendizagem significativa na aula constitua uma cultura particular a cultura acadêmica que tem valor exclusivamente para resolver com êxito os problemas e demandas que se propõem ao alunoa em sua vida escolar Como passar de uma aprendizagem significativa para uma aprendizagem relevante que se apoie e questione as preocupações que o alunoa criou em sua vida prévia e paralela à escola Afinal o sujeito não é somente um aluno ele assume outros papéis na sociedade que vão necessitar de formação para poder interagir de forma inteligente produtiva competente com os ambientes espaços e sujeitos com os quais se relaciona fora do âmbito escolar Nessa inter relação estarão implícitos e serão explícitos todos os sentidos produzidos pelo sujeito sobre os sujeitos e espaços com os quais interage wwwgoogleimagenscombrsnoopy Didática 32 PerretClermon e Schuabauer 1989 apud SACRISTÁN e GÓMEZ 2000 p 64 entendem que a aprendizagem mais que individual realizase em um formato social A aprendizagem é um processo fundamental da vida humana que implica ações e pensamento tanto quanto emoções percepções símbolos categorias culturais estratégias e representações sociais Ainda que descrito frequentemente como um processo individual a aprendizagem é também uma experiência social com vários companheiros pais professores as colegas etc Acrescentam ainda que o professor é a figura principal na promoção dessa experiência de aprendizagem garantindo o estabelecimento do elo entre os sujeitos espaços e circunstâncias de aprendizagem Essa formação inicia na sala de aula e a depender da efetividade do trabalho multiplicase para os outros âmbitos da vida do aluno Garantem que A forma de atuar do docente nos intercâmbios educativos a maneira de planejar sua intervenção de reagir frente às exigências previstas ou não da mutante vida da aula dependem em grande medida de suas concepções mais básicas e de suas crenças pedagógicas Isso ocorre devido às interrupções e à recusa de seu planejamento o modo de refletir sobre sua prática e de avaliar seu comportamento e os efeitos de todo o processo no grupo de e em cada alunoa em particular O pensamento pedagógico do professora seja ou não explícito ou consciente é o substrato básico que influi decisivamente em seu comportamento docente em todas e cada uma das fases do ensino Clark e Peterson 1986 Yinger 1986 Pérez Gómez e Gimeno 1988 SACRISTÁN e GÓMEZ 2000 p 73 Assim é que sempre há de se considerar as experiências anteriores dos alunos no espaço da sala de aula O intercâmbio dessas vivências além das paredes da sala de aula possibilita uma dinâmica interessante nesse espaço valorizando a cultura e história do sujeito pois Se se desanima constantemente os alunosas para que não FUESPI NEAD Licenciatura Plena em Letras Português 33 utilizem o entendimento que realmente possuem começaram a acreditar que o conhecimento da escola é esotérico e sem relação com o raciocínio prático do conhecimento cotidiano que utilizam na ação inclusive chegarão a desvalorizar sua própria capacidade de pensar BARNES apud SACRISTÁN e GÓMEZ 2000 p 87 O intercâmbio promovido garantirá a contextualização da prática pedagógica respeitando a cultura da comunidade e do aluno no momento em que promove situações de trocas de experiências e conhecimentos produzidos dentro e fora do espaço escolar Glossário Historicizadas histórias narradas Libertário que ou aquele que pugna por ideais de liberdade absoluta Autogestionário relativo a que depende de ou que apóia a autogestão Cognoscentes que se pode conhecer Implementação ato de colocar em execução ou em prática realização efetivação ou execução de um projeto uma tarefa etc Academicismo doutrinas ou princípios adotados ou ensinados pelos acadêmicos Modos ou estilo acadêmicos Idéias e atitudes puramente especulativas sem nenhum efeito imediato ou prático Pedantismo formalismo Esotérico qualificação dada nas escolas dos antigos filósofos à sua doutrina secreta Didática 34 Leitura complementar Ninguém escapa da educação Em casa na rua na igreja ou na escola de um modo ou de muitos todos nós envolvemos pedaços da vida com ela para aprender para ensinar para aprendereensinar Para saber para fazer para ser ou para conviver todos os dias misturamos a vida com a educação Com um ou com várias educação Educações E já que pelo menos por isso sempre achamos que temos algumas coisas a dizer sobre a educação que nos invade a vida por que não começar a pensar sobre ela com o que uns índios uma vez escreveram Há muitos anos nos Estados Unidos Virgínia e Maryland assinaram um tratado de paz com os Índios das Seis Nações Ora como as promessas e os símbolos da educação sempre foram muito adequados a momentos solenes como aquele logo depois os seus governantes mandaram cartas aos índios para que enviassem alguns de seus jovens às escolas dos brancos Os chefes responderam agradecendo e recusando A carta acabou conhecida porque alguns anos mais tarde Benjamin Franklin adotou o costume de divulgála aqui e ali Eis o trecho que nos interessa Nós estamos convencidos portanto que os senhores desejam o bem para nós e agradecemos de todo o coração Mas aqueles que são sábios reconhecem que diferentes nações têm concepções diferentes das coisas e sendo assim os senhores não ficarão ofendidos ao saber que a vossa idéia de educação não é a mesma que a nossa Muitos dos nossos bravos guerreiros foram formados nas escolas do Norte e aprenderam toda a vossa ciência Mas quando eles voltavam para nós eles eram maus corredores ignorantes da vida da floresta e incapazes de suportarem o frio e a fome Não sabiam como caçar o veado matar o inimigo e construir uma cabana e falavam a nossa língua muito mal Eles eram portanto totalmente inúteis Não serviam como guerreiros como caçadores ou como conselheiros Ficamos extremamente agradecidos pela vossa oferta e embora não possamos aceitála para mostrar a nossa gratidão oferecemos aos nobres senhores de Virgínia que nos enviem alguns dos seus jovens que lhes ensinaremos tudo o que FUESPI NEAD Licenciatura Plena em Letras Português 35 sabemos e faremos deles homens BRANDÃO Carlos Rodrigues O que é educação São Paulo Brasiliense 1984 Atividade de aprendizagem ATIVIDADE 1 Analise cada um dos casos abaixo relatados e identifique a tendência implícita na caracterização presente justificando sua definição 1º caso O professor Antônio Carlos da Escola Aprender adota uma postura tradicional e autoritária em sala de aula alegando que se não agir assim não consegue dar aula Defende que os valores devem ser repassados pela escola de forma rígida pois os alunos não respeitam mais os professores e os mais velhos porque a escola não trabalha mais a disciplina de Educação Moral e Cívica Afirma que os alunos aprendem mais quando transcrevem os conteúdos trabalhados por isso escreve no quadro toda a matéria que expõe oralmente Todas as suas aulas são expositivas e ameaça aos alunos que não prestam atenção ou não cumprem as tarefas com a prova escrita castigos e outras ameaças Tendência Por quê Didática 36 2º caso A Professora Carmem Teresa do 5º ano do ensino fundamental da Escola Didática está realizando com a turma uma pesquisa em grupo sobre o desenvolvimento econômico da comunidade em que a escola está inserida Cada aluno foi responsabilizado por uma atividade no plano de trabalho elaborado pelo grupo diretamente supervisionado pela professora Os alunos estão envolvidos realizando pesquisa de campo por meio da aplicação de questionário e realização de entrevistas Ao final deverão expor o resultado da pesquisa para a comunidade Tendência Por quê 3º caso A principal preocupação do professor Celso Silva é trabalhar os conteúdos programáticos de sua disciplina dentro de um enfoque crítico e utilitário alegando que somente assim os alunos assumirão uma postura participativa e atuante na sociedade Tendência Por quê FUESPI NEAD Licenciatura Plena em Letras Português 37 ATIVIDADE 2 Considerando as características de cada tendência pedagógica estudada e com base na atividade 1 responda às questões abaixo propostas 1 Com qual dos professores apresentados nos casos acima você se identifica 2 Quais das atitudes desse professor se parecem com sua prática em sala de aula Didática 38 Para aprender mais MIZUKAMI Maria da Graça Nicoletti Ensino as abordagens do processo São Paulo EPU 1986 Temas básicos da educação e ensino GHIRALDELLI JR Paulo História da Educação São Paulo Cortez 1991 LIBÂNEO J C Didática 22ª ed São Paulo Cortez 1994 SAVIANI Dermeval As concepções pedagógicas na história da educa ção brasileira Campinas 2005 Para finalizar Nesta unidade você conheceu as principais concepções e tendências que caracterizam a educação brasileira Em algum momento da história de nossa educação elas estiveram presentes nas práticas pedagógicas dos educadores e determinaram seus rumos É importante você conhecêlas para inicialmente entender como essa história e essas concepções determinaram a educação que temos hoje e ainda refletir sobre a sua própria prática educativa realizando uma análise com base nos enfoques abordados em cada uma das tendências Essas tendências se definiram conforme as posturas adotadas em relação à escolha dos conteúdos a serem trabalhados aos recursos a serem utilizados em sala de aula à forma de relação estabelecida com os alunos à metodologia adotada além da sistemática de avaliação utilizada pelo professor ou escola A definição por um ou outro tipo de tendência assume um caráter pessoal mas também coletivo pois apesar de termos nossas concepções FUESPI NEAD Licenciatura Plena em Letras Português 39 individuais somos parte integrante de instituições educacionais que adotam determinada tendência que termina por nos influenciar Para concluir é preciso que se faça uma escolha consciente sobre qual tendência e postura assumir haja vista que essa opção exerce influência no processo educativo facilitando ou dificultando a aprendizagem dos alunos devido direcionar toda a prática pedagógica UNIDADE 3 PLANEJAMENTO DE ENSINO COMPONENTES E ELABORAÇÃO OBJETIVOS Identificar e analisar as diferentes etapas que compõem o planejamento escolar e sua importância para uma prática educativa consequente e de qualidade Elaborar instrumental de ensino planos e vivenciar este processo por meio de microaulas FUESPI NEAD Licenciatura Plena em Letras Português 43 3 Planejamento de ensino componentes e elaboração 31 Planejamento ideias registradas Um dos principais elementos que caracterizam e definem uma prática pedagógica competente inspirada em uma Didática qualificada é o plano de ensino que representa uma ferramenta essencial para o professor É no plano de ensino que o professor estabelece uma diretriz para sua prática Nele fica marcado desde a tendência pedagógica que o docente defende os conteúdos e metodologias selecionados e adotados até as referências em que se fundamenta para efetivar o processo de ensino e aprendizagem Art 13 Os docentes incumbirseão de I participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino II elaborar e cumprir plano de trabalho segundo a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino III zelar pela aprendizagem dos alunos IV estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento V ministrar os dias letivos e horasaula estabelecidos além de participar integralmente dos períodos dedicados ao planejamento à avaliação e ao desenvolvimento profissional LDB 939496 Didática 44 Realizar um planejamento é portanto elaborar ações para futura execução Inicialmente fazse necessário realizar um diagnóstico para que se possa planejar com base nas necessidades reais dos sujeitos grupos instituições O planejamento cumpre nesse sentido algumas etapas em seu processo de elaboração possibilitando tomadas de decisão a respeito dos seguintes pontos O que se pretende realizar O que se irá fazer Como se irá realizar O que e como se deve analisar a situação a fim de verificar se o que se pretendia foi atingido As etapas acima relacionadas podem ser resumidas como diagnós tico elaboração execução e avaliação Além de considerar as etapas do planejamento não se pode esquecer das características essenciais de um bom planejamento Adequação à realidade O diagnóstico dará condições a esta qualidade avaliação constante des de o primeiro momento para reestruturar sempre que necessário Exequibilidade O plano deve ser real concreto realizável a ponto de ser possível exe cutálo integralmente dentro das condições previstas Não se concebe um trabalho burocrático apenas para apresentar aos superiores ou para constar de exigências outras Flexibilidade O planejamento é concebido com dinamismo próprio de natureza dialé tica Posto isto a avaliação constante e permanente deve permear todo processo para que sejam efetuadas estruturações desejadas Não se concebe algo estático imutável Existem quatro tipos de planejamento conforme sua complexidade e abrangência FUESPI NEAD Licenciatura Plena em Letras Português 45 Planejamento de um sistema educacional Planejamento realizado em âmbito nacional estadual e municipal discute e apresenta as políticas educacionais em cada uma dessas esferas Planejamento da escola Planejamento realizado de forma coletiva por todos os membros ou com representações significativas da comunidade escolar para tomar decisões em relação aos aspectos administrativos e pedagógicos no âmbito da escola Planejamento curricular Previsão dos conteúdos que serão desenvolvidos no curso da disciplina respeitadas as diretrizes básicas do sistema educacional Planejamento de ensino ou didático Esse planejamento apresenta a organização das atividades discentes em sala de aula o detalhamento e operacionalização do plano curricular 311 Plano de ensino e aprendizagem principais componentes O plano de ensino serve de marco de referência comumente obedecendo às normas da instituição a que se refere apesar de haver uma base que é seguida por todas as instituições e responde às perguntas o quê para quê como com o quê em relação ao ensino Esse planejamento se divide em Plano de Curso Plano de Unidade Plano de Aula Didática 46 Estruturase em sua forma básica da seguinte forma a Objetivos Elaborados com os verbos no infinitivo se referem aos comportamentos habilidades atitudes e competências que se es peram dos educandos Dividemse em geral e específicos confor me o prazo planejado para ser alcançados b Conteúdos São conceitos e assuntos que abordados durante o curso da disciplina O ideal é que sejam selecionados de forma se quenciada graduada conforme o nível de complexidade garantin do a interdisciplinaridade entre eles c Metodologia Parte do plano onde se define os recursos didáticos que serão utilizados no transcorrer da disciplina levando em consi deração os objetivos os conteúdos o perfil dos alunos as ativida des propostas e o tempo disponível d Recursos Neste item cumpre listar todos os instrumentos mate riais e humanos necessários à execução do plano e Avaliação Neste item registrase a dimensão avaliativa do proces so bem como formato dos instrumentos avaliativos a serem adota dos e os critérios de avaliação É importante lembrar que em uma nova perspectiva de avaliação se exige mais a capacidade de cons trução reconstrução e utilização do conhecimento que a habilidade em retêlo 32 Orientação para a elaboração dos planos de ensino Elaborar um plano de ensino exige algumas habilidades e conhecimentos que colaboram para uma construção de qualidade a saber Conhecimento do Projeto Pedagógico do Curso FUESPI NEAD Licenciatura Plena em Letras Português 47 Conhecimento da realidade respeitando as necessidades dos alunos Imprimirlhe flexibilidade e viabilidade conforme carga horária da dis ciplina e perfil da turma MODELOS DE PLANOS DE ENSINO A seguir apresentamos modelos de plano de curso e plano de aula que poderão ser adaptados à sua realidade e instituição Vale lembrar que cada instituição deve ter um modelo padrão adotado e compartilhado com seus professores contemplando os elementos básicos do plano mas com a autonomia de acrescentar outras informações que considerar interessantes constarem do documento PLANO DE ENSINO I IDENTIFICAÇÃO DA DISCIPLINA CÓDIGO NOME DA DISCIPLINA BLOCO N DE HORAS AULA SEMANAIS HORASAULA SEMESTRAIS Teóricas Práticas II PROFESSORA III CURSO PARA O QUAL A DISCIPLINA É OFERECIDA wwwgoogleimagenscombrmafalda Didática 48 IV EMENTA V OBJETIVOS GERAL ESPECÍFICOS VI CONTEÚDO PROGRAMÁTICO VII METODOLOGIA DE ENSINODESENVOLVIMENTO DO PROGRAMA VIII RECURSOS XI SISTEMÁTICA DE AVALIAÇÃO X BIBLIOGRAFIA BÁSICA XI BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR PLANO DE AULA I IDENTIFICAÇÃO DA DISCIPLINA CÓDIGO NOME DA DISCIPLINA BLOCO N DE HORAS AULA SEMANAIS HORASAULA SEMESTRAIS Teóricas Práticas DATA UNIDADE CONTEÚDO ESTRATÉGIAS DE ENSINO ATIVIDADES RECURSOS DIDÁTICOS REFERÊNCIAS FUESPI NEAD Licenciatura Plena em Letras Português 49 Glossário Interdisciplinaridade Que é próprio a duas ou mais disciplinas que se efetiva nas relações entre duas ou mais disciplinas comum a várias disciplinas Flexibilidade Docilidade para ceder à vontade alheia Viabilidade Que se pode percorrer transitável praticável Ementa Apontamento lembrete Sistemática Que segue um sistema ex método sistemático Que é metódico ou ordenado Que é constante contínuo ou persistente Mediação Interferência destinada a provocar um acordo uma arbitragem Crucial Que permite concluir de maneira decisiva Fundamental Leituras complementares TEXTO I PLANEJAMENTO ESCOLAR NÃO É UM RITUAL BUROCRÁTICO A democratização da educação escolar é um processo que não pode ser feito de forma improvisada desarticulada e assistemática Quan do se fala em ensino de qualidade em socialização do conhecimento acu mulado pela humanidade ao longo da história e em criação de um novo saber são necessários alguns procedimentos entre eles a recuperação do processo de planejamento individual e coletivo dos professores além é claro de um rigoroso trabalho de preparação das aulas O contato direto com os professores no entanto tem revelado certa insatisfação descren ça e até desprezo pelo planejamento É frequente ouvirse falas do tipo Vivo no improviso e é impossível planejar o trabalho docente ou Transcrevo o planejamento do ano ante rior acrescento algumas coisas entrego e pronto Cumpri a minha obriga ção e também Acho importante mas é uma coisa tecnicista e mecânica que nada tem a ver com a realidade da sala de aula Como já foi dito essas são situações comuns Mas não basta cons Didática 50 tatálas É preciso perguntar por que os professores veem o planejamento dessa maneira e como é possível superar essa visão e recuperálo como algo indispensável para a prática social docente Existe certa confusão entre planejamento escolar e os planos de curso anual semestral bimestral o que muitas vezes leva o professor a encarar o planejamento como algo que atrapalha mais do que ajuda na melhoria da qualidade do ensino Nesse sentido é importante ressaltar que o planejamento é um processo de trabalho e os planos são documentos papéis onde se registra esse processo Planejamento e plano são coisas diferentes que se complementam e interpenetram no cotidiano da prática dos professores O planejamento docente joga a favor da democratização da educa ção escolar implica em açãoreflexãoação coloca o professor como su jeito da prática de ensino e não como um mero acessório Como processo começa antes do primeiro contato com os alunos inclui o início e o trabalho docente ao longo do ano letivo e vai além do seu encerramento quando o professor analisa o que ocorreu durante o período Nesse sentido o pla nejamento é antes de tudo uma atitude crítica dos mestres diante de seu próprio trabalho Como articulação dinâmica entre o fazer o refletir e o sentir o pla nejamento é um forte aliado contra o ativismo que frequentemente toma conta do cotidiano escolar e que transforma o professor em uma máquina de dar aulas e executar tarefas às vezes sem consciência do significado da mesma É um processo que envolve discussão de questões básicas e muitas vezes esquecidas como a responsabilidade da educação escolar os princípios e objetivos da escola e os compromissos dos professores com essas definições Implica saber quem são os alunos o que eles esperam da escola e se seus conteúdos trabalhados estão adequados aos jovens às expectativas e aos objetivos propostos Planejamento significa também articular conteúdos métodos téc nicas e recursos de ensino É garantir uma relação profissional entre o pro fessor e seus alunos tanto na hora de dar as aulas como nos momentos de avaliação FUESPI NEAD Licenciatura Plena em Letras Português 51 O planejamento é portanto diferente do chamado plano de ensi no Este é um documento que registra tecnicamente mas sem tecnicismo aquilo que será desenvolvido num determinado tempo com um determina do grupo de educandos O plano precisa sempre responder as perguntas o quê para quê como e quando E seja anual semestral ou bimestral deve registrar aquilo que foi conhecido no planejamento os ob jetivos conteúdos métodos técnicas e procedimentos para avaliação dos alunos lembrando que nada disso é neutro A elaboração o desenvolvimento e a crítica dos planos de ensino são momentos do processo de planejamento global escolar e representam a vivência concreta do currículo escolar O mais importante portanto não é o ato de preencher formulários documentos padronizados onde estão prédeterminados os centímetros quadrados que cada um dos elementos do plano deve ocupar A montagem dos planos precisa ser vista como uma atividade competente e criativa uma forma de restaurar o processo co letivo de reflexão dos educandos professores Uma coisa que só pode acontecer no interior da unidade escolar local da prática educativa onde a essencialidade do trabalho de ensino e de aprender devem ser avaliadas Isso significa dar um outro sentido aos encontros de planejamento em vez de um ritual burocrático deve ser um momento privilegiado para o educa dor retomar seu profissionalismo redimensionar sua prática e decidir sobre os seus próprios caminhos e os da educação FUSARI JC O planejamento não é um ritual burocrático Sala de aula São Paulo 1989 Didática 52 TEXTO IIDIDÁTICA E TRABALHO DOCENTE A MEDIAÇÃO DIDÁTI CA DO PROFESSOR NAS AULAS José CarlosLibâneo texto revisto em 2011 5 O caminho didático sugestões para elaboração de planos de ensino Ao assumir o ensino de uma matéria os professores geralmente partem de um conteúdo já estabelecido num projeto pedagógicocurricu lar O procedimento da análise de conteúdo indicado na didática desen volvimental pode levar a uma organização do conteúdo muito diferente da existente na instituição ou seja os temas podem ser os mesmos mas a seqüência e a lógica de estruturação podem ser outras Os procedimentos a serem utilizados em relação à formulação de conteúdos objetivos e metodologia podem ser os seguintes a Identificar o núcleo conceitual da matéria essência principio geral básico e as relações gerais básicas que a definem e lhe dão unida de Este núcleo conceitual contém a generalização esperada para que o aluno a interiorize de modo a poder deduzir relações particu lares da relação básica identificada b Construir a rede de conceitos básicos que dão suporte a esse nú cleo conceitual com as devidas relações e articulações mapa con ceitual c Estudo da gênese e dos processos investigativos do conteúdo de modo a extrair ações mentais habilidades cognitivas gerais a formar no estudo da matéria d Formulação de tarefas de aprendizagem com base em situações problema que possibilitem a formação de habilidades cognitivas gerais e específicas em relação à matéria e Prever formas de avaliação para verificar se o aluno desenvolveu FUESPI NEAD Licenciatura Plena em Letras Português 53 ou está desenvolvendo a capacidade de utilizar os conceitos como ferramentas mentais TEXTO III REQUISITOS PARA O PLANEJAMENTO DO ENSINO 1 Conhecimento profundo dos conceitos centrais e leis gerais da discipli na bem como dos seus procedimentos investigativos e como surgiram historicamente na atividade científica 2 Saber avançar das leis gerais para a realidade circundante em toda a sua complexidade 3 Saber escolher exemplos concretos e atividades práticas que demons trem os conceitos e leis gerais de modo mais transparente 4 Iniciar o estudo do assunto pela investigação concreta objetos fenô menos visitas filmes em que os alunos vão formulando relações entre conceitos manifestações particulares das leis gerais para chegar aos con ceitos científicos 5 Criação de novos problemas situações de aprendizagem mais comple xas com maior grau de incerteza que propiciam em maior medida a inicia tiva e a criatividade do estudante TEXTO IV ORIENTAÇÃO PARA ANÁLISE E ORGANIZAÇAO DO CONTEÚDO Uma boa análise do conteúdo favorece formular tarefas de apren dizagem com suficiente atrativo para canalizar os motivos dos alunos para o conteúdo 1 Identificar as relações gerais básicas que dão suporte ao conteúdo fazer um zoom isto é aproximações sucessivas 2 Construir a rede de conceitos básicos mapa conceitual os concei tos como ferramentas mentais para deduzir relações particulares de uma relação abstrata 3 Propor tarefas de aprendizagem em que a relação geral aparece em problemas específicos em casos particulares uso de materiais Didática 54 experimentos problemas 4 Domínio do modo geral pelo qual o objeto é construído implicando os modos de atividade anteriores aplicados à investigação dos con ceitos a serem interiorizados TEXTO V AFINAL O QUE É COMPETÊNCIA Guiomar Namo Mello Texto Publicado Originalmente na Revista NovaEscola Março 2003 O termo competência está na ordem do dia do debate educacional no Brasil mas o conceito não é novo Sempre que dizemos o que um aluno deve aprender e o que ele deve fazer com o que aprendeu estamos nos referindo a uma competência Há muito tempo professores perseguem a constituição de competências nos alunos porque é um objetivo do ensino propiciar mudanças que caracterizem desenvolvimento seja ele cognitivo afetivo ou social Para mais bem compreender o que é competência podemos destacar algumas de suas características 1 Competência é a capacidade de mobilizar conhecimentos valores e decisões para agir de modo pertinente numa determinada situação Portanto para constatála há que considerar também os conhecimentos e valores que estão na pessoa e nem sempre podem ser observados Se quisermos alunos competentes teremos de ir além do ensino para memorização de conceitos abstratos 2 Competências e habilidades pertencem à mesma família A diferença entre elas é determinada pelo contexto Uma habilidade num determinado contexto pode ser uma competência por envolver outras habilidades mais específicas Por exemplo a competência de resolução de problemas envolve diferentes habilidades entre elas a de buscar e processar informação Mas a habilidade de processar informações em si FUESPI NEAD Licenciatura Plena em Letras Português 55 envolve habilidades mais específicas como leitura de gráficos cálculos etc Logo dependendo do contexto em que está sendo considerada a competência pode ser uma habilidade Ou viceversa 3 Para sermos competentes precisamos dominar conhecimentos Mas também devemos saber mobilizálos e aplicálos de modo pertinente à situação Tal decisão significa vontade escolha e portanto valores E essa é a dimensão ética da competência Que também se aprende que também é aprendida 4 A capacidade de tomar decisões e a experiência estão estreitamente relacionadas na operação de uma competência Tomar uma decisão muitas vezes implica certo grau de improvisação mas uma improvisação orientada pela experiência Não é por outro motivo que um piloto treina centenas de horas de vôo antes de ser considerado apto a comandar um Boeing É essa experiência que dá ao piloto condições de tomar uma decisão pertinente Em resumo a competência só pode ser constituída na prática Não é só o saber mas o saber fazer Aprendese fazendo numa situação que requeira esse fazer determinado Esse princípio é crucial para a educação Se quisermos desenvolver competências em nossos alunos teremos de ir além do ensino para memorização de conceitos abstratos e fora de contexto É preciso que eles aprendam para que serve o conhecimento quando e como aplicálo Isso é competência Atividade de aprendizagem Preencha o formulário a seguir obedecendo às orientações em re lação à elaboração de planos de ensino Visite uma escola e veja a possi bilidade de aplicar este plano de aula relatando posteriormente no Fórum sua experiência Didática 56 PLANO DE AULA I IDENTIFICAÇÃO DA DISCIPLINA CÓDIGO NOME DA DISCIPLINA BLOCO Teóricas N DE HORASAULA SEMANAIS HORASAULA SEMESTRAIS Práticas DATA UNIDADE CONTEÚDO ESTRATÉGIAS DE ENSINO ATIVIDADES RECURSOS DIDÁTICOS REFERÊNCIAS Para aprender mais VASCONCELLOS Celso Planejamento projeto de ensinoaprendizagem e projeto políticopedagógico 8 ed São Paulo Libertad 2000 Cadernos Pedagógicos do Libertad v 1 208 p TURRA Clódia Maria Godoy et al Planejamento de ensino e avaliação 11 ed Porto Alegre Sagra 1989 301 p MORIN Edgar Sete saberes necessários à educação do futuro ed São Paulo Cortez 2002 118 p RIOS Terezinha Azeredo Compreender e ensinar por uma docência da melhor qualidade São Paulo Cortez 2001 158 p FUESPI NEAD Licenciatura Plena em Letras Português 57 Para finalizar Nesta unidade você teve a oportunidade de conhecer e analisar os tipos de planejamento e plano de ensino Identificou ainda os principais elementos do plano para posterior exercício de elaboração e aplicação É importante que você saiba elaborar e executar um plano de ensino pois ele é uma das principais ferramentas de trabalho do professor Um professor não deve ir para a aula sem planejar sua ação pois denotará um profissional incompetente relapso descomprometido Uma aula planejada tem maiores possibilidades de surtir efeito positivo no processo de aprendizagem O plano é a diretriz a ser seguida pelo professor para que antes consiga visualizar o objetivo que quer alcançar o conteúdo que precisa trabalhar o material que irá necessitar as estratégias que irá utilizar e a avaliação que pretende concretizar durante possa trabalhar com tranquilidade sabendo o que deverá fazer a cada etapa da aula e depois avaliar os resultados alcançados levando em consideração o que havia sido planejado Procure fazer um esquema dos principais pontos discutidos nesta unidade no sentido de fazer uma retrospectiva do estudo e estabelecer um elo com a sua prática em sala de aula Revise os pontos que não tenham ficado suficientemente claros anote seus questionamentos faça considerações a respeito do conteúdo para posterior discussão com seu orientador de estudo UNIDADE 4 RECURSOS DE APRENDIZAGEM E INTERAÇÃO PROFESSOR X ALUNO OBJETIVOS Reconhecer a importância do estabelecimento de relações éticas e afetivas com os alunos para o sucesso da aprendizagem Conhecer recursos diversificados para uma aprendizagem significativa FUESPI NEAD Licenciatura Plena em Letras Português 61 4 Recursos de aprendizagem e interação professor x aluno 41 Quando os fins justificam os meios É pela ação e pela reflexãocríticaanalítica que conjuntamente educador e educandos atingem o desequilíbrio da certeza pedagógica do fazer didático É assim portanto que o fazer didático do gizdecor aos sofisticados meios cibernéticos livra se da didática vazia que geralmente se baseia em referências sociais e educacionais também vazias RAYS 1983 p 50 Você sabia que alguns dos principais fatores que interferem para uma melhor aprendizagem mais eficiente e eficaz são a interação desenvolvida entre educador e educandos além da metodologia utilizada pelo professor representada nas estratégias e instrumentos utilizados por eles 411 Relações geradoras de aprendizagem Há registros de depoimentos de alunos que afirmam ter aprendido mais e melhor com os professores que estabeleceram um contato mais próximo afetivo respeitador com eles e utilizaram diferentes e dinâmicas estratégias e instrumentos de ensino que com aqueles professores mais distantes arrogantes que conferiam a si um estatuto de sabedores incondicionais A identificação darseá especialmente com os professores que respeitam e valorizam a identidade e a cultura de seus alunos reconhecendo Imagem colhida em wwwrevistanovaescolacombrtirinhadocalvin Didática 62 e utilizando como ferramentas de ensino os conhecimentos prévios desses alunos buscando mediar a assimilação dos novos conhecimentos com a relação estabelecida com os anteriores trazidos por eles da realidade que vivenciam fora da escola Por isso a importância de que ao professor seja proporcionada uma formação que discuta e reflita sobre uma didática interativa construtiva dinâmica que respeite e valorize as potencialidades dos educando e leve em consideração suas necessidades e dificuldades A reflexão sobre a postura a ser adotada pelo professor em sala de aula e o tipo de relação que ele deve estabelecer com os alunos para possibilitar uma melhor aprendizagem colabora para a constituição de um professor mais competente e garantirá maior possibilidade de sucesso na aprendizagem e na formação de cidadãos equilibrados para viver em sociedade Consideramos em primeiro lugar que o processo de ensino objeto de estudo da Didática não pode ser tratado como atividade restrita ao espaço de sala de aula O trabalho docente é uma das modalidades específicas da prática educativa mais ampla que ocorre na sociedade Para compreendermos a importância do ensino na formação humana é preciso considerálo no conjunto das tarefas educativas exigidas pela vida em sociedade A ciência que investiga a teoria e prática da educação nos seus vínculos com a prática social global é a Pedagogia Sendo a Didática uma disciplina que estuda os objetivos os conteúdos os meios e as condições do processo de ensino tendo em vista finalidades educacionais que são Imagem colhida em wwwrevistanovaescolacombrtirinhadocalvin FUESPI NEAD Licenciatura Plena em Letras Português 63 sempre sociais ela se fundamenta na Pedagogia é assim uma disciplina pedagógica LIBÂNEO 1994 p15 Por isso a utilização de estratégias de ensinagem ANASTASIOU e ALVES 2004 assim como a elaboração organização e utilização de materiais didáticos caracterizam uma necessidade de recolocar a tarefa da docência na efetiva prática do exercício docente do professor Sendo assim podese afirmar que o objetivo central da didática é se responsabilizar de acordo com Perrenoud 2000 pelas situações de aprendizagem Devendo para isso estudar as estratégias de ensino e as metodologias de ensino a serem aplicadas de forma adequada ao espaço educativo e aos sujeitos envolvidos na situação educativa 412 Estratégias didáticas que facilitam a aprendizagem Anastasiou e Alves 2004 explicitam o termo ensinagem no intuito de agregar o processo de ensino e aprendizagem pois garantem que esta é uma prática social complexa efetivada entre os sujeitos professor e aluno englobando tanto a ação de ensinar quanto a de aprender em um processo contratual de parceria deliberada e consciente para o enfrentamento na construção do conhecimento escolar decorrente de ações efetivadas na sala de aula e fora dela p 14 Constituise portanto como a melhor forma de estabelecer a tão almejada relação entre teoria e prática sonho compartilhado principalmente por professores e alunos Aqueles por não saberem como explicar a teoria em situações práticas da vida do aluno e estes por não entenderem o porquê de terem que aprender determinados conteúdos e qual a aplicabilidade desse conteúdo em sua vida pessoal e profissional Didática 64 Não se pode sob nenhuma hipótese esquecer que a didática deve estar relacionada aos modos de aprendizagem humana principalmente no que se refere à sua especificidade Apesar de a aprendizagem ser humana e social vai se processar nos sujeitos de forma singular respeitada sua subjetividade individual GONZÁLEZ REY 2003 PAIN 1985 Para Pain 1985 a aprendizagem humana se processa por meio de códigos sinais Os professores assim são mediadores de sinais de símbolos de códigos e os materiais didáticos os portadores de códigos que deverão ser compreendidos pelos alunos De acordo com esse pensamento não são os professores que ensinam eles somente facilitam a compreensão desses códigos por meio de métodos e técnicas que possibilitam aos alunos assimilar o conhecimento pela decifração dos códigos Recursos didàticos Os recursos didáticos são os instrumentos dos quais o professor lança mão para efetivar a aprendizagem Quaisquer recursos humano ou material constituemse como ferramentas de trabalho para que o professor alcance seus objetivos Esses recursos devem ser selecionados e utilizados dependendo das condições que o professorescola dispõe ou tem possibilidades de viabilizar a identidade dos sujeitos da turma com a qual está interagindo os conteúdos que está trabalhando e os objetivos que pretende alcançar Imagem colhida em wwwrevistanovaescolacombrtirinhadocalvin FUESPI NEAD Licenciatura Plena em Letras Português 65 A diversidade dos recursos desperta a criatividade dos alunos colaborando para sua participação efetiva na construção do conhecimento Dessa forma quanto maior a diversidade de recursos melhor é a aprendizagem pois assim respeitase as diferentes formas de aprendizagem dos alunos Para saber mais Muitos professores vivenciaram na condição de alunos dinâmicas de aulas em que o ensino se resumia à apresentação seguida de explicação de conteúdos algumas vezes soltos A transmissão imperava Hoje se sabe que além da construção de conhecimentos o ensino contém em si duas dimensões uma utilização intencional e uma de resultado ou seja a intenção de ensinar e a efetivação dessa meta pretendida ANASTASIOU ALVES 2004 p 13 Autores como Masseto apud VASCONCELOS 2000 defendem que a aprendizagem é individual e caracteriza o sujeito como aprendiz Pain 1985 afirma que a aprendizagem ocorre no sujeito portanto há que se considerar seus mecanismos de assimilação dos códigos facilitados pelos mediadores de aprendizagem especialmente o professor Nesse sentido é que o processo de aprender exige que o sujeito se coloque como protagonista da aprendizagem pois ninguém aprende pelo outro Aprender requer humildade dedicação e estudo Desse modo são adotados métodos para facilitar a aprendizagem respeitando as diferenças dos educandos no que se refere às suas formas de aprender Conforme os métodos são sugeridas estratégias de ensino que mais condizem com o formato dos referidos métodos Apresentamos algumas sugestões que poderão ser tomadas como base para constarem do plano de ensino e serem adotadas pelo professor em sala de aula para colocar em exercício o seu papel de mediador da aprendizagem significativa Didática 66 a Método Expositivo Apesar da característica principal deste método ser a exposição do conteúdo pelo professor é preciso não esquecer de fomentar a participação do aluno para garantir sua compreensão Exposição Verbal é usado principalmente quando o aluno não tem acesso ao material de estudo Serve para explicar assuntos desconhecidos ou de conhecimento elementar pelo aluno Demonstração facilita a compreensão pela representação dos fenômenos na realidade Ilustração apresenta graficamente o conteúdo por meio de gráficos mapas esquemas gravuras etc desse modo promovendo o entendimento mais fácil por parte do aluno Explicação O professor elabora uma forma prática de explicar o conteúdo vivenciando e desenvolvendo habilidades que resultam em uma aprendizagem significativa wwwgoogleimagenscombr FUESPI NEAD Licenciatura Plena em Letras Português 67 b Método de trabalho independente Com a adoção deste método o professor possibilita a vivência da autonomia intelectual do aluno haja vista o fomento que é dado à elaboração mental exigida e à produção autônoma que o processo exige Atividades do tipo pesquisa produção de textos autônomos estudos dirigidos fundamentação para um debate seminário etc são exemplos perfeitos de abordagem deste método E ainda em Tarefas preparatórias como forma de sondagem e incentivo para realização de posteriores atividades etc Tarefas de assimilação do conteúdo para aprofundamento e aplicação dos conteúdos trabalhados Tarefas de elaboração pessoal uma das atividades mais eficazes no que tange à produção intelectual haja vista o nível de exigência de autonomia no cumprimento da tarefa Uma das técnicas mais utilizadas e que surte bastante efeito em relação à aprendizagem é o estudo dirigido Essa ferramenta de estudo individual aumenta a possibilidade de uma assimilação efetiva devido à wwwgoogleimagenscombrpeanel Didática 68 liberdade que é dada no sentido de proceder da forma que melhor convier ao aluno para cumprimento dessa tarefa com base em um roteiro pré determinado pelo professor O estudo dirigido se consagrou como técnica eficiente e eficaz no processo de ensinagem devido cumprir algumas funções específicas que garantem a efetividade desse processo entre elas Exposição de conhecimentos após realização de atividades relacionadas ao método expositivo como forma de consolidar os conhecimentos Incentivo à solução de problemas de forma criativa e autônoma pelo aluno garantindo a utilização de conhecimentos préviosnovos dos alunos Desenvolvimento de comportamento crítico perante os fatos da realidade social Outras formas de trabalho independente são as fichas didáticas a pesquisa escolar e a instrução programada ferramentas importantíssimas na aprendizagem dos conteúdos trabalhados em sala c Método de elaboração conjunta professor x aluno wwwgoogleimagenscombrpeanel FUESPI NEAD Licenciatura Plena em Letras Português 69 Este é um método que garante a participação do aluno na construção do conhecimento e promove uma maior interação entre professor e aluno possibilitando ainda ao aluno associar seus conhecimentos anteriores para construir novos conhecimentos Uma das principais estratégias para efetivação do método é a conversão didática que permite ao aluno expressar suas opiniões valorizando sua experiência por meio da discussão argumentação e refutação de opiniões dos outros em um permanente exercício de escuta e expressão A conversão didática efetivase normalmente por meio de pergunta que pode ou não ser elaborada ou proferida pelo professor d Método de trabalho em grupo O método de trabalho em grupo confere um caráter participativo à aprendizagem colaborando para sua socialização ao tempo em que possibilita a discussão e elucidação de ideias e conceitos distorcidos e deturpados O professor funciona nesse caso como mediador do debate afiançando a veracidade das informações apresentadas e discutidas pelos alunos e Atividades Especiais wwwgoogleimagenscombrpeanel Didática 70 Neste método são reunidas propostas metodológicas de atividades que favorecem uma aprendizagem significativa dos conteúdos Como exemplos podemos citar o estudo do meio o jornal escolar a assembleia de alunos o museu escolar o teatro a biblioteca escolar etc O estudo do meio não se reduz a visitas passeios eou excursões mas faz parte de um processo de elaboração mental que além de acionar os conhecimentos prévios permite a vivência e produção de novos conhecimentos e experiências Glossário Cibernéticos recursos da tecnologia moderna Ensinagem Ensino Aprendizagem Protagonista Pessoa que tem o primeiro lugar em um acontecimento Fomentar elaborar maneiras propícias para o crescimento de estimular Incitar Fundamentação Lançar fundamentos ou alicerces Firmar assentar em bases estabelecer basear Justificar documentar provar Apoiarse basearse fundarse Conversão passagem do saber científico ao saber ensinado Refutação Ato ou efeito de refutar de rebater com êxito feliz os argumentos do adversário apresentando provas convincentes Elucidação ato de explicar ou esclarecer algo esclarecimento Distorcidos Mudar o sentido de algo Deturpados desvirtuar deformar desfigurar Não dar o verdadeiro sentido a adulterar desvirtuar deturpar as palavras Veracidade Qualidade de veraz ou verdadeiro FUESPI NEAD Licenciatura Plena em Letras Português 71 Dicas Filmes o Sociedade dos Poetas Mortos o A Guerra do Fogo La Guerre du feu o O Nome da Rosa The Name of the Rose Sites sugeridos para estudos o httppaginasterracombreducacaoteletrabalhopedagohis toriahtmg o httprevistaescolaabrilcombredicoes0179abertopensado resShtml o httpwwwdominiopublicogovbr Periódicos o Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos publicada pelo INEP Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos do Ministério da Edu cação e Cultura o Educação o Educação e Sociedade do CEDES distribuída pela Editora Cortez o Sala de Aula publicada pelo Centro de Estudos Anísio Teixeira Didática 72 Leitura complementar AFINAL O QUE É COMPETÊNCIA Guiomar Namo Mello Texto Publicado Originalmente na Revista Nova Escola Março2003 O termo competência está na ordem do dia do debate educacional no Brasil mas o conceito não é novo Sempre que dizemos o que um aluno deve aprender e o que ele deve fazer com o que aprendeu estamos nos referindo a uma competência Há muito tempo professores perseguem a constituição de competências nos alunos porque é um objetivo do ensino propiciar mudanças que caracterizem desenvolvimento seja ele cognitivo afetivo ou social Para mais bem compreender o que é competência podemos destacar algumas de suas características 1 Competência é a capacidade de mobilizar conhecimentos valores e decisões para agir de modo pertinente numa determinada situação Portanto para constatála há que considerar também os conhecimentos e valores que estão na pessoa e nem sempre podem ser observados Se quisermos alunos competentes teremos de ir além do ensino para memorização de conceitos abstratos 2 Competências e habilidades pertencem à mesma família A diferença entre elas é determinada pelo contexto Uma habilidade num determinado contexto pode ser uma competência por envolver outras habilidades mais específicas Por exemplo a competência de resolução de problemas envolve diferentes habilidades entre elas a de buscar e processar informação Mas a habilidade de processar informações em si envolve habilidades mais específicas como leitura de gráficos cálculos etc Logo dependendo do contexto em que está sendo considerada a competência pode ser uma habilidade Ou viceversa 3 Para sermos competentes precisamos dominar conhecimentos Mas também devemos saber mobilizálos e aplicálos de modo pertinente à FUESPI NEAD Licenciatura Plena em Letras Português 73 situação Tal decisão significa vontade escolha e portanto valores E essa é a dimensão ética da competência Que também se aprende que também é aprendida 4 A capacidade de tomar decisões e a experiência estão estreitamente relacionadas na operação de uma competência Tomar uma decisão muitas vezes implica certo grau de improvisação mas uma improvisação orientada pela experiência Não é por outro motivo que um piloto treina centenas de horas de vôo antes de ser considerado apto a comandar um Boeing É essa experiência que dá ao piloto condições de tomar uma decisão pertinente Em resumo a competência só pode ser constituída na prática Não é só o saber mas o saber fazer Aprendese fazendo numa situação que requeira esse fazer determinado Esse princípio é crucial para a educação Se quisermos desenvolver competências em nossos alunos teremos de ir além do ensino para memorização de conceitos abstratos e fora de contexto É preciso que eles aprendam para que serve o conhecimento quando e como aplicálo Isso é competência Didática 74 OS MATERIAIS CURRICULARES E OUTROS RECURSOS DIDÁTICOS São aqueles que proporcionam ao educador referências e critérios para tomar decisões no planejamento e na intervenção no ensino e na avalia ção Podem ser tipificados conforme 1 o âmbito de intervenção planejamento da aula grupo classe indi vidual 2 a intencionalidade da função orientar exemplificar ilustrar 3 os conteúdos e as maneiras de organizálos integradoras globali zadoras conteúdos procedimentos conceituais 4 suporte quadro negro papel cadernos fichas livro didático Observação Quanto aos conteúdos atitudinais não existem su portes a serem usados com profusão a não ser o vídeo e os textos Criticas ao livro didático e materiais curriculares 1 Estereótipos culturais 2 Proposições vinculadas a determinadas correntes ideológicas 3 Não podem oferecer toda informação necessária para garantir a comparação 4 Fomentam atitudes passivas do aluno 5 Impedem o desenvolvimento de propostas mais próximas da reali dade 6 Não favorecem a comparação entre realidade e ensino escolar 7 Não respeitam a forma nem o ritmo de aprendizagem do aluno uni formização do ensino 8 Fomentam as estratégias de memorização Observação Proceder a busca de referências e critérios para análise e confecção dos ma teriais curriculares Projeção estática retroprojetor slides suporte e elementos esclarece FUESPI NEAD Licenciatura Plena em Letras Português 75 dores de muitas ideias e facilitam o diálogo ajudam a centrar a atenção mas é preciso não pecar pelo excesso de uso Imagem de movimento filmes gravações de vídeo Suporte de Informática 1 Possibilidade de estabelecer um diálogo mais ou menos aberto en tre o programa e o aluno 2 Permite fazer simulações de técnicas e procedimentos 3 Contribui para formação de conceitos Suporte Multimídia Uso do disc laser CDI ou CDROM Atividade de aprendizagem Esta é a última atividade deste módulo Procure realizála com todo o empenho necessário e dedicação exigidos pela atividade A proposta de exercício do conteúdo estudado é a elaboração de um mapa conceitual onde você deverá apresentar de forma resumida as principais ideias e informações apresentadas na unidade Esta é uma forma dinâmica de esquematizar um conteúdo estudado possibilitando a análise sobre a assimilação efetivada Preencha os gráficos conforme sua compreensão e organização Didática 76 Para finalizar A última unidade deste módulo trata de temáticas importantíssimas para o processo de ensinagem relações estabelecidas entre professor e aluno e estratégias de ensino indicadas para o sucesso da aprendizagem Esperamos que concorde conosco em relação à relevância de se estabelecer relações éticas afetivas respeitosas e harmoniosas com o aluno haja vista as consequências positivas desse contato para efetividade da aprendizagem Além de firmar um relacionamento harmonioso fazse necessário que o professor busque formas inovadoras e dinâmicas para desenvolver suas aulas e trabalhar os conteúdos selecionados no intuito de alcançar os objetivos propostos Na seleção das estratégias não se pode esquecer de levar em consideração as características individuais e coletivas dos alunos e da turma com os quais está desenvolvendo o processo de ensino e aprendizagem Para melhor assimilação sugerimos que faça uma revisão geral do módulo registrando suas principais impressões e compreensões sobre os conteúdos apresentados e discutidos nesta disciplina Desejamos que você tenha tido êxito no estudo deste módulo ao tempo em que sugerimos que dê prosseguimento aos estudos aprofundando as discussões aqui realizadas por meio de pesquisas individuais em fontes diversas FUESPI NEAD Licenciatura Plena em Letras Português 77 Referências bibliográficas ANASTASIOU Léa das Graças Camargos ALVES Leonir Pessate Org Processos de ensinagem na universidade pressupostos para as estratégias de trabalho em aula Joinville SC UNIVILLE 2004 CANDAU Vera Maria org Rumo a uma Nova Didática 16ª ed Petrópolis Vozes 2005 CANDAU Vera Maria A didática e a formação de educadores Da exaltação à negação a busca da relevância In CANDAU Vera Maria org A Didática em questão 25ª ed Petrópolis Vozes 2005 CANDAU Vera Maria Didática em questão 2º ed Petrópolis Vozes 1984 CARVALHO Cristina Cidadania cultural e formação de professores Educação e Realidade v 26 n 2 2001 7587 CARVALHO Marlene Araújo A formação de professores e os fundamentos da ação docente httpwwwufpibrsubsiteFilesppgedarquivosfileseventosevento2002 GT1GT142002pdf CUNHA Maria Isabel da O bom professor e sua prática Campinas Papirus 1989 FREIRE Paulo Pedagogia da autonomia 24 ed São Paulo Paz e Terra 2002 GARCIA Maria Manuela Alves A Didática no Ensino Superior 2ª ed Campinas Papirus 1994 GHIRALDELLI JR Paulo História da Educação São Paulo Cortez 1991 GHIRALDELLI Jr Paulo Didática e teorias educacionais Rio de Janeiro DPA 2000 Didática 78 GIORDANI E M MENDES A M A subjetividade no processo pedagógico das orientações no ensino superior In FREITAS D S GIORDANI E M CORREA G C org Ações Educativas e Estágios Curriculares Supervisionados Santa Maria UFSM 2007 GIORDANI Estela Maris O como implementar a dimensão interdisciplinar em práticas pedagógicas Revista Contexto e Educação Unijuí ano 15 nº 60 outdez p 8198 2000 GIROUX Henry A Os professores como intelectuais rumo a uma pedagogia crítica da aprendizagem Porto Alegre Artes Médicas 1997 270 p GIROUX H Escola Crítica e Política Cultural 2 ed São Paulo Cortez Autores Associados 1988 IORI V Dal fare didática allessere in didática In BERTOLINI P org Sulla Didática La Nuova Itália Editrice Milano 2004 LIBÂNEO J C Didática 22ª ed São Paulo Cortez 1994 LIBÂNEO José Carlos Democratização da Escola Pública a pedagogia críticosocial dos conteúdos 4ª ed São Paulo Loyola 1986 LIBÂNEO José Carlos Democratização da Escola Pública a pedagogia críticosocial dos conteúdos 21ª ed São Paulo Loyola 2006 LIBÂNEO José Carlos Didática São Paulo Cortez 1992 Coleção Magistério 2º grau Série Formação do Professor LINHARES Célia Org Os professores e a reinvenção da escola Brasil e Espanha São Paulo Cortez 2001 LUCKESI Cipriano Fazer universidade uma proposta metodológica 6ª ed São Paulo Cortez 1991 MENEGHETTI Antônio Pedagogia Ontopsicológica 4ª ed Recanto Maestro Onto Ed 2006 MIZUKAMI Maria da Graça Nicoletti Ensino as abordagens do processo FUESPI NEAD Licenciatura Plena em Letras Português 79 São Paulo EPU 1986 Temas básicos da educação e ensino MONTESORI Maria A Criança 5ª ed Lisboa Portugalia 1972 MORIN Edgar A cabeça bemfeita Repensar a reforma reformar o pensamento Rio de Janeiro Bertrand Brasil 2000d NÓVOA Antonio org Profissão Professor Portugal Porto Editora 1991 PAIN Sara O papel da escola na transmissão de conhecimentos Cadernos CEVEC nº1 116 1985 PARO Vítor Henrique Escritos sobre educação São Paulo Xamã 2001 144p PERRENOUD Phillipe Novas Competências para ensinar Porto Alegre Artmed 2000 RAYS Oswaldo Alonso Pressupostos teóricos para o ensino da didática In CANDAU Vera Maria org A Didática em questão 25ª ed Petrópolis Vozes 2005 REY F G Sujeito e Subjetividade uma aproximação históricocultural São Paulo Pioneira Thomson Learning 2003 SAVIANI Dermeval As concepções pedagógicas na história da educação brasileira Campinas 2005 SAVIANI Dermeval Escola e democracia São Paulo Cortez 1984 SAVIANI Dermeval Escola e democracia teorias da educação curvatura da vara onze teses sobre educação e política São Paulo Cortez Autores Associados 1986 SAVIANI Dermeval Tendências e correntes da educação brasileira In MENOES D T coord Filosofia da Educação Brasileira 2ª ed Rio de Janeiro CIVILIZAÇÃO BRASILEIRA 1985 SCHÖN Donald A Formar professores como profissionais reflexivos In Didática 80 NÓVOA António Coord Os professores e sua formação Lisboa Dom Quixote 1992 TEIXEIRA Gilberto Introdução aos Conceitos de Educação Ensino Aprendizagem A Didática em Ensino e Aprendizagem httpwww serprofessoruniversitarioprobrmC3B3dulosensinoeaprendizagem introduC3A7C3A3oaosconceitosdeeducaC3A7C3A3o ensinoaprendizagemdidC3 VASCONCELOS M L M C A Formação do professor do Ensino Superior 2ª ed São Paulo Editora Pioneira 2000 AVALIAÇÃO DO LIVRO Prezadoa cursista Visando melhorar a qualidade do material didático gostaríamos que respondesse aos questionamentos abaixo com presteza e discerni mento Após entregue a seu tutor esta avaliação Não é necessário identificarse Unidade Município Disciplina Data 1 No que se refere a este material a qualidade gráfica está visual mente clara e atraente ÓTIMO BOM RAZOÁVEL RUIM 2 Quanto ao conteúdo está coerente contextualizado à sua prática de estudos ÓTIMO BOM RAZOÁVEL RUIM 3 Quanto às atividades do material estão relacionadas aos conteú dos estudados e compreensíveis para possíveis respostas ÓTIMO BOM RAZOÁVEL RUIM 4 Coloque abaixo suas sugestões para melhorar a qualidade deste e de outros materiais