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Discorra a respeito do tema O paradigma da decolonialidade na AméricaLatina Minimo 5 folhas Use no mínimo 2 referências abaixo além de pesquisar por fora Ballestrin Luciana América Latina e o giro decolonial Rev Bras Ciênc Polít online 2013 n11 pp 89117 Colonialidade do poder Eurocentrismo e América Latina Disponible en httpbibliotecavirtualclacsoorgarclacsosursur2010062410332212Quijanopd Quijano A Don quijote y los molinos de viento en américa latina Investigaciones sociales Lima Ano X 16 pp 347368 Mignolo W Ocidentalización imperialismo globalizacion herencias coloniales y teorias poscoloniales Revista Iberoamericana 1995 Foucault M A verdade e as formas jurídicas 1974 Rio de Janeiro NAU Ed 2009 Trotsky L AntiNietzsche 1900 Disponible en httpwwwscientificsocialismdePECAP7ht Discorra a respeito do tema O paradigma da decolonialidade na América Latina Para tratar o paradigma da decolonialidade na AméricaLatina é necessário analisar primeiramente o póscolonialismo Assim o interesse dos estudos póscoloniais é compreender a construção do mundo colonizado a partir da perspectiva do colonizador reconhecendo as diversas maneiras de dominação e opressão dos colonizados As abordagens póscoloniais não são fundamentadas a partir de uma única base teórica pois também sofrem influências das teorias do Pósestruturalismo e Pósmodernismo A partir disso surge no contexto LatinoAmericano uma crítica em relação à utilização de epistemologias eurocêntricas para se fazer estudos póscoloniais Nesse sentido surge o decolonialismo cujo intuito era justamente decolonizar os estudos póscoloniais buscando a independência de todos os tipos de dominação e opressão inclusive teórica Ao contextualizar o surgimento do pensamento decolonial podese afirmar que está relacionado à colonialidade do saber do poder e do ser já que que apesar da independência houve uma continuidade das relações coloniais de dominação na contemporaneidade Esse conceito de colonialidade de poder QUIJANO 2005 que pode ser entendido como a maneira de estruturalização da dominação das potências centrais em relação às periféricas a partir de desigualdades étnica racial de gênero ou de classe Essa estrutura possibilita ao dominador administrar o trabalho os recursos e os produtos do dominado beneficiando o mercado mundial Assim sendo configura uma dominação política e econômica que se legitima a partir do conceito de raça em conjunto a uma dominação epistêmica filosófica científica e linguística ocidental Sendo assim cabe analisar os principais fatores do colonialismo A dinâmica colonial promove relações de força e poder por meio de métodos divididos em dominadores representado pelos ocidentais ou norte global e dominados pelos orientais ou sul global A partir desse domínio sobre a representação através do poder do discurso colonial somado à supremacia política econômica e militar a hegemonia europeia sobre o conhecimento do Ocidente era garantida Ademais a concepção do colonizador sobre o colonizado não leva em conta as diferenças regionais e adota uma visão homogênea fortalecendo assim percepções racistas e misóginas A ideia dos países centrais como sinônimo de modernidade contrastando com o restante do mundo que seria nessa concepção atrasado e selvagem faz com que a periferia não seja um tema livre em termos de pensamento e ação Em relação à América Latina especificamente a dominação foi possível por causa do novo padrão de poder mundial da modernidade Quijano 2005 aponta dois processos históricos que contribuíram em conjunto para a construção do espaçotempo consolidandose como os dois eixos essenciais do novo padrão de poder O primeiro é em relação às diferenças biológicas estabelecidas entre colonizadores e colonizados a partir do pressuposto de raça Essa ideia segundo os conquistadores seria uma condição determinante natural da hierarquia entre os povos Já o segundo diz respeito à conexão entre todas as formas históricas de controle do trabalho em meio ao capital e ao mercado mundial Desse modo para Quijano a construção de relações sociais baseada na premissa racial estabeleceu novas identidades sociais na América como índios negros e mestiços além de redefinir o europeu para além da origem geográfica atribuindo a ele uma ideia também de raça Essa dinâmica produziu as relações de dominação uma vez que essas novas identidades estavam relacionadas às hierarquias e papéis sociais A partir dessa ideia a premissa racial foi utilizada pelos colonizadores para legitimar as relações de poder existentes nas colônias naturalizando essas relações Com isso o conceito de raça tornouse o principal preceito no que tange à distribuição da população mundial em termos de níveis lugares e papéis na estrutura de poder da nova sociedade Essa dinâmica concedeu aos países europeus uma posição privilegiada em relação à América Latina como ocorreu com o comércio internacional daquele contexto Esse fator possibilitou o desenvolvimento urbano industrial desses país tornandoos o centro mundial em detrimento das colônias da América Essa dominação permitiu que os europeus controlassem também as relações de trabalho concedendo apenas aos brancos o privilégio do trabalho assalariado enquanto os outros grupos raciais estavam sujeitos ao trabalho escravo Esse novo padrão de poder mundial possibilitou que todas as experiências histórias recursos produtos culturais e produção do conhecimento fossem vinculados à uma única ordem cultural global que era baseada na hegemonia européia Nessa perspectiva essa colonialidade produzida pelos europeus gerou na América Latina assim como em todas as regiões consideradas periféricas uma distorção e homogeneização de sua história propagando uma visão produzida a partir da concepção do colonizador em vez da real história da região respeitando as inúmeras diversidades existentes Em contrapartida os teóricos póscolonialistas criticam essa ideia essencialista relacionada à representação de cultura e identidade propondo um novo espaço de exposição De acordo com Hall Nossas sociedades são compostas não de um mas de muitos povos Suas origens não são únicas mas diversas 2009 p 30 Diferentemente dos estudos tradicionais os estudos póscoloniais consistem em estudos de fronteiras seja entre disciplinas grupos étnicos ou qualquer outro que esteja excluído das teorias advindas dos países centrais Desse modo o giro decolonial estabelece uma marca epistêmica teórica e política desta abordagem que visa entender a manutenção da colonialidade global em inúmeros aspectos tanto na vida pessoal e política nas relações de gênero raça como na localização geográfica elaborando vias de concepção não hierárquicas capazes de superar a colonialidade das relações instituídas Assim a proposta decolonial visa integrar o processo de descolonização iniciado no século XIX o qual manteve as relações de colonialidade Assim sendo o intuito da teoria decolonial é retratar os diversos tipos de marginalização que configuram como heranças deixadas pelos colonizadores na América Latina Isso porque o poder de representação atua como um dispositivo ideológico essencial uma vez que viabiliza retratar a percepção do outro diante das relações desiguais entre dominador e dominado Essa ideia vai ao encontro da concepção de Gayatri Spivak 2010 ao destacar a subalternidade feminina no campo da construção colonial dominado pelo gênero masculino de reconhecimento da necessidade de combater a subalternidade ao estabelecer métodos que permitam ao subalterno a capacidade de falar e ser ouvido Apesar disso para Ballestrin a teoria decolonial não deve ser entendida como uma completa rejeição às criações do Norte global priorizando as produções do Sul Em vez disso para a autora o decolonialismo deve ser compreendido como uma teoria capaz de fazer frente à tradicional divisão de trabalho em que historicamente o Sul Global fornece experiências enquanto ao Norte cabe teorizálas e aplicálas De acordo com Ballestrin o papel e a importância da teoria decolonial se deve além da sua capacidade explicativa ao seu potencial normativo Isso porque se toda teoria serve para algo ou para alguém é possível entender que ela reproduz relações de colonialidade do próprio poder já que essas teorias foram pensadas no Norte e para o Norte Com isso a autora defende que decolonizar a teoria é justamente um dos mecanismos de decolonização do próprio poder Nesse contexto como resultado inúmeros autores e autoras dos países centrais e das periferias passaram a criticar tanto o universalismo etnocêntrico como o eurocentrismo teórico À exemplo disso Ballestrin aponta o grupo ModernidadeColonialidade que apesar das críticas apresenta relevância que deve ser destacada Dentre os principais fatores para tal destacamse a a narrativa original que resgata e insere a América Latina como o continente fundacional do colonialismo e portanto da modernidade b a importância da América Latina como primeiro laboratório de teste para o racismo a serviço do colonialismo c o reconhecimento da diferença colonial uma diferença mais difícil de identificação empírica na atualidade mas que fundamenta algumas origens de outras diferenças d a verificação da estrutura opressora do tripé colonialidade do poder saber e ser como forma de denunciar e atualizar a continuidade da colonização e do imperialismo mesmo findados os marcos históricos de ambos os processos e a perspectiva decolonial que fornece novos horizontes utópicos e radicais para o pensamento da libertação humana em diálogo com a produção de conhecimentoBALLESTRIN 2013 p 110 Ainda assim a premissa de que existe uma hierarquia em que países centrais são produtores de conhecimento e os países do sul global se resumem a objetos de estudo permanece sendo uma realidade bastante significativa Isso se deve ao fato de que por mais que a produção de conhecimento não produzida pela Europa ou Estados Unidos tenha sido enriquecida ela permanece centrada nesses país uma vez que inúmeros autores de fora desse centro realizam pesquisas a atuam em universidades desses países Bibliografia Ballestrin Luciana América Latina e o giro decolonial Rev Bras Ciênc Polít online 2013 n11 pp 89117 HALL Stuart Da Diáspora identidades e mediações culturais Belo Horizonte Editora UFMG 2009 SPIVAK Gayatri Chakravorty Pode o subalterno falar 1 ed Trad Sandra Regina Goulart Almeida Marcos Pereira Feitosa André Pereira Belo Horizonte Editora da UFMG 2010 QUIJANO Aníbal Colonialidade do poder Eurocentrismo e América Latina Disponible en httpbibliotecavirtualclacsoorgarclacsosursur2010062410332212Quijano pd

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leva em conta as diferenças regionais e adota uma visão homogênea fortalecendo assim percepções racistas e misóginas A ideia dos países centrais como sinônimo de modernidade contrastando com o restante do mundo que seria nessa concepção atrasado e selvagem faz com que a periferia não seja um tema livre em termos de pensamento e ação Em relação à América Latina especificamente a dominação foi possível por causa do novo padrão de poder mundial da modernidade Quijano 2005 aponta dois processos históricos que contribuíram em conjunto para a construção do espaçotempo consolidandose como os dois eixos essenciais do novo padrão de poder O primeiro é em relação às diferenças biológicas estabelecidas entre colonizadores e colonizados a partir do pressuposto de raça Essa ideia segundo os conquistadores seria uma condição determinante natural da hierarquia entre os povos Já o segundo diz respeito à conexão entre todas as formas históricas de controle do trabalho em meio ao capital e ao mercado mundial Desse modo para Quijano a construção de relações sociais baseada na premissa racial estabeleceu novas identidades sociais na América como índios negros e mestiços além de redefinir o europeu para além da origem geográfica atribuindo a ele uma ideia também de raça Essa dinâmica produziu as relações de dominação uma vez que essas novas identidades estavam relacionadas às hierarquias e papéis sociais A partir dessa ideia a premissa racial foi utilizada pelos colonizadores para legitimar as relações de poder existentes nas colônias naturalizando essas relações Com isso o conceito de raça tornouse o principal preceito no que tange à distribuição da população mundial em termos de níveis lugares e papéis na estrutura de poder da nova sociedade Essa dinâmica concedeu aos países europeus uma posição privilegiada em relação à América Latina como ocorreu com o comércio internacional daquele contexto Esse fator possibilitou o desenvolvimento urbano industrial desses país tornandoos o centro mundial em detrimento das colônias da América Essa dominação permitiu que os europeus controlassem também as relações de trabalho concedendo apenas aos brancos o privilégio do trabalho assalariado enquanto os outros grupos raciais estavam sujeitos ao trabalho escravo Esse novo padrão de poder mundial possibilitou que todas as experiências histórias recursos produtos culturais e produção do conhecimento fossem vinculados à uma única ordem cultural global que era baseada na hegemonia européia Nessa perspectiva essa colonialidade produzida pelos europeus gerou na América Latina assim como em todas as regiões consideradas periféricas uma distorção e homogeneização de sua história propagando uma visão produzida a partir da concepção do colonizador em vez da real história da região respeitando as inúmeras diversidades existentes Em contrapartida os teóricos póscolonialistas criticam essa ideia essencialista relacionada à representação de cultura e identidade propondo um novo espaço de exposição De acordo com Hall Nossas sociedades são compostas não de um mas de muitos povos Suas origens não são únicas mas diversas 2009 p 30 Diferentemente dos estudos tradicionais os estudos póscoloniais consistem em estudos de fronteiras seja entre disciplinas grupos étnicos ou qualquer outro que esteja excluído das teorias advindas dos países centrais Desse modo o giro decolonial estabelece uma marca epistêmica teórica e política desta abordagem que visa entender a manutenção da colonialidade global em inúmeros aspectos tanto na vida pessoal e política nas relações de gênero raça como na localização geográfica elaborando vias de concepção não hierárquicas capazes de superar a colonialidade das relações instituídas Assim a proposta decolonial visa integrar o processo de descolonização iniciado no século XIX o qual manteve as relações de colonialidade Assim sendo o intuito da teoria decolonial é retratar os diversos tipos de marginalização que configuram como heranças deixadas pelos 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decolonial se deve além da sua capacidade explicativa ao seu potencial normativo Isso porque se toda teoria serve para algo ou para alguém é possível entender que ela reproduz relações de colonialidade do próprio poder já que essas teorias foram pensadas no Norte e para o Norte Com isso a autora defende que decolonizar a teoria é justamente um dos mecanismos de decolonização do próprio poder Nesse contexto como resultado inúmeros autores e autoras dos países centrais e das periferias passaram a criticar tanto o universalismo etnocêntrico como o eurocentrismo teórico À exemplo disso Ballestrin aponta o grupo ModernidadeColonialidade que apesar das críticas apresenta relevância que deve ser destacada Dentre os principais fatores para tal destacamse a a narrativa original que resgata e insere a América Latina como o continente fundacional do colonialismo e portanto da modernidade b a importância da América Latina como primeiro laboratório de teste para o racismo a serviço do colonialismo 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