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Fragmentação política fixação espacial encelulamento tantos termos que segundo a historiografia herdada do Iluminismo e do século XIX deviam ser associados a uma situação de desordem de regressão ou ao menos de estagnação Ora é o desenvolvimento e o dinamismo que preponderam A descrição dessa tendência deve ainda integrar dois elementos tidos por muito tempo como contrários à lógica do sistema feudal mas que como se quer salientar aqui dizem respeito plenamente a sua dinâmica a cidade e o poder monárquico O desenvolvimento comercial e urbano Se as trocas comerciais não eram inexistentes anteriormente a mudança é clara no fim do século XI e início do século XII Enquanto a Alta Idade Média era marcada pela tríplice supremacia bizantina muçulmana e escandinava uma alteração de conjuntura operase então a favor do Ocidente cristão permitindo um desenvolvimento comercial mais vigoroso tanto no nível local como no regional ou no continental Como foi visto o dinamismo do senhoriu implica desde o fim do século XI e sobretudo no século XII um aumento das trocas locais Assim a Inglaterra vende seus metais e sobretudo à lás de seus numerosos rebanhos a mercadores do continente antes de se lançar ela própria na produção de tecidos em lá no século XIII Ela alimenta as forjas e a produção de ferramentas agrícolas de pregos e facas que prosperam em Flandres em Artois e nas regiões vizinhas Aí excepcional desde a primeira metade do século XII e durante o século XIII ao termo do qual começa seu declínio Notase a vontade manifesta do conde de Champagne que se preocupa com sua boa organização garante a proteção aquêoura abandonada desde Carlos Magno e de início tentada em vão com finalidade das cidades italianas ou genoveses é retomada com sucesso por iniciativa rim que será o modelo de todas as moedas de ouro do fim da Idade Média finalmente o ducado de Veneza em 1284 VI Planta de Florença muralhas do fim do século IV de 1172 e de 12991327 VII Duas cidades novas com plantas em tabuleiro criadas na segunda metade do século XIII Mirande ao norte dos Pireneus fundada em 1285 e Soldin Brandeburgo fundada entre 1262 e 1280 O mundo das cidades O desenvolvimento das cidades dá lugar a um fenômeno sobre o qual a historiografia herdada do século XIX gostou de insistir a formação das comunas muitas vezes apresentadas como o resultado da luta triunfante da burguesia em sua aspiração revolucionária por liberdade rompendo com uma ordem aristocrática e feudal que tendia à imobilidade José Luis Romero É verdade que começa a circular então o ditado segundo o qual o ar da cidade torna livre e que a constituição das populações urbanas em comunidades communitas universitas dotadas de uma personalidade jurídica é em geral adquirida com grande luta no decorrer do século XII Mas seria errado desacelerar sobre essa época uma concepção moderna da liberdade pois as liberdades naquele momento consistem essencialmente em obter franquias urbanas por exemplo a isenção do século XIII e durante o século XIV que o popolo minuto dos ofícios inferiores e dos trabalhadores assalariados adquire mais força faz valer suas reivindicações e obtém um espaço de participação no seio das instituições urbanas como em Florença em 1292 ou já em 1253 em Liège e em 1274 em Gand onde o movimento dos tecelões que deixam a cidade em sinal de protesto ganha toda Flandres Mas no fim da Idade Média a camada superior protesta cadernos e artesãos retomam o controle Na Itália as famílias dos grandes mercadores e banqueiros dos quais os Medici de Florença são o exemplo típico encampam um poder que se torna finalmente dinástico e assimilamse à nobreza Do mesmo modo e ao inverso de seu estatuto inicial as cidades de Castela passam ao longo dos séculos XIV e XV para o controle de uma nova aristocracia e convertemse assim em instrumentos de controle do território nas mãos dos senhores ainda de uma relação muito personalizada que não se estabelece segundo as regras de um mercado de trabalho mas leva bastante em conta as suas relações interpessoais como sugere notadamente o grande papel exercido pelos pagamentos antecipados e pelas remunerações em natura Entretanto a cidade è incontestavelmente a partir do século XII um mundo novo Nela desenvolvemse atividades novas e esboçamse mentalidades pecadoras e tentações Mas os clérigos hesitam a Jerusalém celeste não oferece Igreja abremse ao fenômeno urbano optam por assegurar a redenção dos cidadãos e a reverência devida à instituição eclesial e a afirmação de uma identidade urbana própria A cidade supõe um modo de viver específico marcado pela diversidade e pela diversidade de seus habitantes e uma paisagem própria cujos afrescos do Bom Governo pintados por Ambrogio Lorenzetti no Palácio Público de Siena 133839 dão uma imagem exemplar É normal encontrar no interior das muralhas das cidades medievais terras cultivadas e mesmo gado o que junto com a presença de torres e muito rural e mais ainda porque as próprias aldeias são fortificadas Entretanto ao olhar impõese a rua estreita e mal iluminada com suas cestas abarrotadas e seus porcos que fazem o serviço de lixeiros dedicados geralmente a santo Antônio eles se beneficiam a esse título de uma completa liberdade de circulação É preciso evocar igualmente a praça pública onde se ergue a administração municipal e a torre de sino as numerosas tavernas os banhos públicos e outros lugares onde as autoridades municipais do fim da Idade Média procuram organizar a prostituição tida como um serviço coletivo útil à paz pública A cidade é também um estado de espírito novo e se é anacrônico fazer reinar nela o espírito de empresa ao menos fazemse sentir nela a onipresença do dinheiro a valorização do trabalho e o espírito contábil ensinados pelos manuais das escolas de comércio impressionam por seus palácios pela abundância de seus servidores domésticos pela fúria de suas festas e de seus desloques Ao mesmo tempo que navios em Veneza as aristocratas produtivas ou comerciais garantem a cidade de torres superando a necessidade das lutas entre clãs e partidos mas seu caráter simbólico é pelo ganho em altura Embora residindo na cidade os aristocratas permanecem ligados à sua gestão fundiária cuja gestão deliberam homens e a associação política com os quais Colonna e os Orsini rurais As grandes famílias controlam Roma e suas vizinhanças a partir do século XIII os Visconti em Milão ou os Ziani em Veneza os Baridi em Florença os controlam o alto clero não é raro que a metade dos bispos e cônegos seja de origens Muitas vezes esta aristocracia urbanizada está na origem das comunas e encampa seu governo ao menos até o fim do século XII Considerase com frequência que o governo urbano tende a passar então para as mãos dos principais mercadores e dos mestres de ofícios que se chamam na Itálida de popolo grasso o qual se apoia sobre o popolo minuto para afastar seus antigos aliados aristocráticos De fato é preciso de preferência considerar que ao menos nos séculos XII e XIII os mercadores e os artesãos não formam um grupo à parte claramente separado da aristocracia dos milites eles estão amplamente misturados e se fundem ao menos parcialmente no seio de uma elite urbana que combina atividades artesanais e mercantis com reivindicação de nobreza espírito contábil e ética cortês A cidade de campos circulares efeitos do Bom Governo 133839 Palácio Público de Siena Na sala dos magistrados condizia com maneiras que governavam entre 1287 e 1355 Ambrogio Lorenzetti as descreveu A cidade de Siena que se estende é formada por um sistema de zonas que são altamente interligadas como fazendas e outros assentamentos cobertos por campos de cultivos e pastagens Cidades e trocas no quadro feudal Na impossibilidade de expor mais detalhadamente aqui as formas de desenvolvimento das realidades urbanas limitarseá a evocar algumas questões gerais cia nas cidades confirma essa integração das cidades no sistema feudal Como também se viu anteriormente o desenvolvimento urbano é suscitado pelo dinamismo da zona rural especialmente pela produção de excedentes que camponeses o que obriga os dependentes a aumentarem suas vendas e fornece aos pagadores um número mais abundante Isso representa um impulso decisivo para as trocas e para o desenvolvimento urbano e uma necessidade vital para o funcionamento dos senhores no caso para o pagamento das obrigações e a utilização suntuária socialmente indispensável da renda senhorial É então perilar uma economia rural de autossubsistência e de outro uma economia de mercado animada pelas cidades dominada Diferentes mecanismos são empregados para tanto e é uma das funções do esquema das três ordens do feudalismo de que se falará mais tarde relegar os novos grupos urbanos confundidos com os camponeses no seio da ordem inferior de trabalhadores laboratores e negarlhes toda especificidade A lógica feudal encontrase aqui em pleno funcionamento e a manutenção desse modelo ideológico assim como sua institucionalização na organização dos estados gerais até 1789 reforça estrondosamente a posição política e socialmente dominada dos grupos urbanos A tensão realezaaristocracia Como se viu os séculos IX a XI são marcados por uma disseminação da autoridade pública finalmente encampada pelos castelões e pelos senhores Desde os monastérios que detêm o poder senhorial partilham o essencial do comando geográfico o poder dos reis permanece apenas simbólico Como sinais como o fato de vestir por um momento a dalmática do subdiácono ou um manto à moda da casula do sacerdote parecem fazêlo adentrar o corpo eclesiástico do mesmo modo que as menções da unção sacerdotal durante o rito Entretanto diferentes dos basileus bizantinos que têm o estatuto de um sacerdote os clérigos ocidentais apressamse em ressaltar que o rei permanece um laico e recusam com veemência toda evocaçõe que o rei segundo a lenda a unção é realizada com o óleo da ampola sagrada milagrosamente trazida por um pombo no momento do batismo de Clóvis o rei aproximase Se a consagração não é suficiente para estabelecer uma real eza sagrada que integraria o rei ao clero ela ao menos elevao um pouco acima dos outros leigos numa vez que ele é investido de alta missão desejada por Deus por vezes ele é mesmo dito coroado por Deus veja a figura 51 na p 501 O melhor sinal é mesmo dito coroado por Deus veja a figura 51 na p 501 O melhor sinal é mesmo dito coroado por Deus veja a figura 51 na p 501 O melhor sinal é mesmo dito coroado por Deus veja a figura 51 na p 501 O melhor sinal é mesmo dito coroado por Deus veja a figura 51 na p 501 O melhor sinal é mesmo dito coroado por Deus veja a figura 51 na p 501 O melhor sinal é mesmo dito coroado por Deus veja a figura 51 na p 501 O melhor sinal é mesmo dito coroado por Deus veja a figura 51 na p 501 O melhor sinal é mesmo dito coroado por Deus veja a figura 51 na p 501 O melhor sinal é mesmo dito coroado por Deus veja a figura 51 na p 501 O rei medieval deve ser este é um elemento decisivo de seu poder um rei cristão e os reis ocidentais rivalizam neste aspecto vários se dizem muito cris tópicos em particular o francês que monopolizará este título a partir do século XVI enquanto os reis hispânicos reivindicarão o de católicos Neste sentido o poder real repousa sobre uma adequação às normas ideológicas definidas pela Igreja E ninguém preenche melhor esta exigência do que Luís IX da França levando no seu caso até os mais extremos escrúpulos de uma devoção e de uma penitência quasi monásticas O italiano Salimbene diz que ele parece mais um monge que um guerreiro Ele é em todo caso o rei cristão ideal completamente leigo conforme o modelo desejado pelos clérigos o que lhe terá valido as honras da eunicação única entre os reis da Europa Ocidental depois do século XII Jacques Le Goff O poder monárquico concentrase no essencial na pessoa do próprio rei É por isso que os soberanos do período considerado aqui são itinerantes eles têm é verdade uma capital privilegiada ou com frequência duas mas devem deslocarse incessantemente pois sua presença física é decisiva para dar força a suas decisões O rei entretanto não está sozinho sua família muitas vezes exerce um papel político benevolente o rei capetiano confere territórios como apanhado a seus irmãos ou hostil revolta dos filhos de Henrique II Plantageneta sua corte doméstica divide os encargos da casa real que se tornam pouco a pouco funções políticas que permitem participar do conselho do rei o condetável é encarregado dos cavalos e também da guerra o camarista faz o papel de tesoureiro o chancelier geralmente um homem da Igreja redige e autentica as escrituras reais Enfim os grandes vassalos reúnemse na corte do rei em companhia de um número crescente de especialistas clérigos e juristas mas também astrólogos e médicos É somente durante o século XIII que a corte real tende a se fracionar em órgãos especializados como o Parlamento que se consagra aos negócios de justiça ou a corte de contas encarregada dos rendimentos reais O poder do rei repousa de início sobre seu domínio que durante muito tempo forneceu o essencial de suas finanças O rei da Inglaterra que controla uma sólida porcentagem do solo de seu reino em particular as florestas assim como em menor grau o rei da França pode viver do que é seu o que atrai o ciúme do imperador A administração do domínio é confiada a agentes reais prebostes dominiais na França que se encarregam de canalizar seus rendimentos para os cofres reais Somamse a isso diversos direitos econômicos que ainda não se diferem totalmente a não ser talvez em termos de quantidade da norma senhorial direitos de pedágio ou de aduana na Inglaterra taxa sobre o sal gabelle na França algumas ajudas excepcionais no caso de cruzadas por exemplo e diversas cobranças sobre a Igreja recebimento dos rendimentos dos postos episcopais vagos dízimo 10 para ocasiões particulares mas que tendem pouco a pouco a se generalizar A despeito da emergência das quais tendem pouco a pouco a se generalizar A despeito da emergência das quais tendem pouco a pouco a se generalizar A despeito da emergência das quais tendem pouco a pouco a se generalizar A despeito da emergência das quais tendem pouco a pouco a se generalizar A despeito da emergência das quais tendem pouco a pouco a se generalizar A despeito da emergência das quais tendem pouco a pouco a se generalizar A despeito da emergência das quais tendem pouco a pouco a se generalizar A despeito da emergência das quais tendem pouco a pouco a se generalizar A despeito da emergência das quais tendem pouco a pouco a se generalizar O rei é um nobre ele partilha os valores e o modo de vida referentes ao sistema feudal O rei é um nobre ele partilha os valores e o modo de vida referentes ao sistema feudal O rei é um nobre ele partilha os valores e o modo de vida referentes ao sistema feudal O rei é um nobre ele partilha os valores e o modo de vida referentes ao sistema feudal O rei é um nobre ele partilha os valores e o modo de vida referentes ao sistema feudal O rei é um nobre ele partilha os valores e o modo de vida referentes ao sistema feudal O rei é um nobre ele partilha os valores e o modo de vida referentes ao sistema feudal O rei é um nobre ele partilha os valores e o modo de vida referentes ao sistema feudal O rei é um nobre ele partilha os valores e o modo de vida referentes ao sistema feudal O rei é um nobre ele partilha os valores e o modo de vida referentes ao sistema feudal bem um ponto fraco Não somente seus feudos continentais o obrigam a prestar homenagem ao rei da França como também Henrique II se esgota durante todo o seu reinado para manter a unidade de possessões e respeitálas tudo extensas e além disso divididas pelo mar Os sonh A reinvindicação da lei pelo rei é o conjunto de concepções da justiça que se transforma Desde o século XII o desenvolvimento do direito nas escolas e universidades é notável e os juristas adquirem um papel crescente Ao lado do estabelecimento do direito comum que se re Organizase então um duelo judicial cada parte escolhe seu campeão e a sentença depende do resultado de um combate a que se credita poder revelar a vontade divina Em outros casos recorrese a uma prova no mais das vezes de água fervente cujo resultado manifesta como desenvolve também a confissão religiosa ela conduzirá no fim da Idade Média e durante os Tempos Modernos a generalização da tortura como meio legítimo de obtenção da confissão judicial Enfim a nova concepção da justiça leva a um recurso das compensações financeiras e sobre tudo a partir do século XIV a um de penas infamantes exposição no pelourinho rituais de humilhação tais como o processo dos culpados nus através da cidade e dos castigos corporais adaptados a diversidade dos delitos mutilações das mãos da língua ou do nariz desmembramento decapitação ou enforcamento morte na fogueira ou em água fervente esquartejamento do corpo no caso das piores traições No século XIII a concepção do poder real mudou Antes o rei era a um só tempo um senhor feudal dentre outros e um ser à beira do sagrado que goza va de um paralelo com o Cristorei que ocupa seu trono nos céus Durante ele afirma sua preocupação com a coisa pública res publica e reivindica a soberania estendida ao conjunto de seu reino e fundada sobre a lei É verdade que os progressos do poder real são devidos em boa parte ao hábil manuseio das regras feudovassálicas e neste sentido a aristocracia é motivada a defender uma ideia do rei como primus inter pares primeiro entre iguais Entretanto reivindicando uma legitimidade fundada sobre a lei o rei se esforça ao menos em teoria para escapar a essa lógica Resultado disso uma crescente oposição a lutas entre reis e barões dão lugar a múltiplas intrigas Assim João Sem Terra derrotado deve conceder a Magna Carta em 1215 à qual prevê o controle do rei por um conselho de barões enquanto de 1258 a 1265 a Inglaterra é sacudida pela revolta destes últimos Mais do que relatar os inúmeros episódios deverá se sublinhar que o conflito entre monarquia e aristocracia é consubstancial à organização feudal Ela está sempre ativa seja quando atua no sentido de uma disseminação da autoridade sobretudo entre os séculos IX e XI mas às vezes também mais tarde seja quando permite a recuperação de certa unidade e o reforço dos poderes mais eminentes sobretudo a partir do século XIII Entretanto este segundo movimento permanece limitado A recuperação do controle da justiça é de grande importância mas sempre parcial O rei continua muito longe de exercer o monopólio do poder legítimo e de controlar verdadeiramente seu território sua capacidade administrativa permanece modesta Em resumo o reforço do poder real não significa então a formação de um verdadeiro Estado A tensão monarquiaaristocracia mesmo se ela atua agora a favor da primeira permanece no interior do quadro definido pela lógica feudal Tratase de um jogo feito de rivalidade e de unidade de convenções e de afastamentos que esboça é verdade futuras rupturas mas que não atinge a intensidade de uma alternativa a nobreza ou a monarquia da qual surgirá no século XVII o Estado CONCLUSÃO AS TRÊS ORDENS DO FEUDALISMO Três relações sociais fundamentais foram evocadas até aqui para dar conta da organização feudal a relação senhoresdependentes a distinção nobresnão nobres a interdependência e a oposição cidadescampos É preciso acrescer as relações de vassalidade que configuram parcialmente as hierarquias no seio do grupo dominante e lhe conferem uma coesão entremeada de rivalidades Esta relação entre um senhor e o vassalo que se declara seu homem por vezes de mãe e de boca é muito próxima daquela que liga um senhor do senhorio a seus dependentes ambas de resto são pensadas em termos da relação entre o homem e Deus dominus Elas são entretanto de natureza e de importância radicalmente diferentes A primeira concerne à ínfima minoria das classes dominantes mas se beneficia da solenidade do ritual da homenage a segunda engaja a quase totalidade da população e põe em jogo o essencial das relações feudais de produção Desde que se renuncie a considerar as relações vassálicas o coração da sociedade medieval como queria a historiografia centrada nos aspectos institucionais e políticos surge uma polêmica semântica Mais do que continuar a falar de sociedade feudal o que parece pôr ênfase sobre o feudo e sobre as instituições de vassalidade que regulamentam sua transmissão não seria melhor preferir a noção de sociedade senhorial O que é certo é que o senhorio é de fato a unidade de base no seio da qual se instaura a relação de dominação e de exploração entre dominantes e dominados O argumento é bastante válido pois ele procura deslocar a ênfase da vassalidade para o senhorio e para a relação de dominium que nele se estabelece Mas se pode também notar que a especificidade do senhorio a junção do poder sobre as terras e do poder sobre os homens é estreitamente associada ao desenvolvimento da feudalização ou melhor à disseminação da autoridade da qual ela é uma das modalidades E se as instituições vassálicas têm um papel na afirmação da dominação senhorial elas contribuem de modo notável embora em associação com outros laços em particular os de parental ou de amizade para a distribuição das posições dominantes do ponto de vista da relação de dominium Mas sobretudo os termos clássicos sociedade feudal e feudalismo remetem a uma convenção tão solidamente ancorada que é mais frequente transformar a sua compreensão do que modificar seu nome Se feudal serv com frequência para caracterizar sociedades nas quais o feudo certamente não foi o traço mais significativo não há nada nisso que conduza a prática universal de todas as ciências Ficaremos escandalizados se física persistisse nomear átomo quer dizer indivisível o objeto de suas mais audaciosas dissecações Marc Bloch Como diz Jacques Le Goff as estruturas que funcionaram na Europa dos séculos IV ao XVIII têm necessidade de um audacioso deslocamento e é por isso que possuímos o nome e se é preciso conservar feudalismo lidando com um sistema nome e que melhor indica que nós estamos lidando com diferente o que não tem Evidentemente que a sociedade medieval elaborado o esquema de três ordens estabelecendo os dominantes tinham uma divisão funcional entre aqueles que oram oratores no seio da sociedade uma divisão funcional entre aqueles que combatem bellatores reservando aos milites que dizer os clérigos aqueles que combatem laboratores ou seja todos os demais Se a complementa a não ser os aqueles que trabalham das três ordens em que cada uma delas é considerada indispensável à boa funcionamento do corpo social prevalece de uma hierarquia estabelecida entre elas Esse início logo ela se combina com clara hierarquia estabelecida entre as classes ao pena de Aimon de Auxerre e depois no início do século XI em Adalberon de Laon e Geraldo de Cambrai dois bispos ligainício do século XI em Adalberon de Laon e Geraldo de Cambrai dois bispos liga a então de maneira contra a força da aristocracia Durante um longo eclipse em que o rei predomina uma oposição dual entre clérigos e leigos o fim do ao qual se impõe nas cortes da Inglaterra e da França século XII que o esquema tripartite se impõe mas que se generalizar mas sem destruíram a dualidade clérigoslaicos que conservantes de se deve sublinhar que o conflito entre monarquia e aristocracia consubstancial à organização feudal Ela está sempre ativa seja quando atua no sentido de uma disseminação da autoridade sobretudo entre os séculos IX e XI mas às vezes também mais tarde seja quando permite a recuperação de certa unidade e o reforço dos poderes mais eminentes sobretudo a partir do século XII Entretanto este segundo movimento permanece limitado A recuperação do controle da justiça é de grande importância mas sempre parcial O rei continua muito longe de exercer o monopólio do poder legítimo e de controlar verdadeiramente seu território sua capacidade administrativa permanece modesta Em resumo o reforço do poder real não significa então a formação de um verdadeiro Estado A tensão monarquiaaristocracia mesmo se ela atua agora a favor da primeira permanece no interior do quadro definido pela lógica feudal Tratase de um jogo feito de rivalidade e de unidade de convenções e de afastamentos que esboça é verdade futuras rupturas mas que não atinge a intensidade de uma alternativa a nobreza ou a monarquia da qual surgirá no século XVII o Estado
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o fim do século XI e sobretudo no século XII um aumento das trocas locais Assim a Inglaterra vende seus metais e sobretudo à lás de seus numerosos rebanhos a mercadores do continente antes de se lançar ela própria na produção de tecidos em lá no século XIII Ela alimenta as forjas e a produção de ferramentas agrícolas de pregos e facas que prosperam em Flandres em Artois e nas regiões vizinhas Aí excepcional desde a primeira metade do século XII e durante o século XIII ao termo do qual começa seu declínio Notase a vontade manifesta do conde de Champagne que se preocupa com sua boa organização garante a proteção aquêoura abandonada desde Carlos Magno e de início tentada em vão com finalidade das cidades italianas ou genoveses é retomada com sucesso por iniciativa rim que será o modelo de todas as moedas de ouro do fim da Idade Média finalmente o ducado de Veneza em 1284 VI Planta de Florença muralhas do fim do século IV de 1172 e de 12991327 VII Duas cidades novas com plantas em tabuleiro criadas na segunda metade do século XIII Mirande ao norte dos Pireneus fundada em 1285 e Soldin Brandeburgo fundada entre 1262 e 1280 O mundo das cidades O desenvolvimento das cidades dá lugar a um fenômeno sobre o qual a historiografia herdada do século XIX gostou de insistir a formação das comunas muitas vezes apresentadas como o resultado da luta triunfante da burguesia em sua aspiração revolucionária por liberdade rompendo com uma ordem aristocrática e feudal que tendia à imobilidade José Luis Romero É verdade que começa a circular então o ditado segundo o qual o ar da cidade torna livre e que a constituição das populações urbanas em comunidades communitas universitas dotadas de uma personalidade jurídica é em geral adquirida com grande luta no decorrer do século XII Mas seria errado desacelerar sobre essa época uma concepção moderna da liberdade pois as liberdades naquele momento consistem essencialmente em obter franquias urbanas por exemplo a isenção do século XIII e durante o século XIV que o popolo minuto dos ofícios inferiores e dos trabalhadores assalariados adquire mais força faz valer suas reivindicações e obtém um espaço de participação no seio das instituições urbanas como em Florença em 1292 ou já em 1253 em Liège e em 1274 em Gand onde o movimento dos tecelões que deixam a cidade em sinal de protesto ganha toda Flandres Mas no fim da Idade Média a camada superior protesta cadernos e artesãos retomam o controle Na Itália as famílias dos grandes mercadores e banqueiros dos quais os Medici de Florença são o exemplo típico encampam um poder que se torna finalmente dinástico e assimilamse à nobreza Do mesmo modo e ao inverso de seu estatuto inicial as cidades de Castela passam ao longo dos séculos XIV e XV para o controle de uma nova aristocracia e convertemse assim em instrumentos de controle do território nas mãos dos senhores ainda de uma relação muito personalizada que não se estabelece segundo as regras de um mercado de trabalho mas leva bastante em conta as suas relações interpessoais como sugere notadamente o grande papel exercido pelos pagamentos antecipados e pelas remunerações em natura Entretanto a cidade è incontestavelmente a partir do século XII um mundo novo Nela desenvolvemse atividades novas e esboçamse mentalidades pecadoras e tentações Mas os clérigos hesitam a Jerusalém celeste não oferece Igreja abremse ao fenômeno urbano optam por assegurar a redenção dos cidadãos e a reverência devida à instituição eclesial e a afirmação de uma identidade urbana própria A cidade supõe um modo de viver específico marcado pela diversidade e pela diversidade de seus habitantes e uma paisagem própria cujos afrescos do Bom Governo pintados por Ambrogio Lorenzetti no Palácio Público de Siena 133839 dão uma imagem exemplar É normal encontrar no interior das muralhas das cidades medievais terras cultivadas e mesmo gado o que junto com a presença de torres e muito rural e mais ainda porque as próprias aldeias são fortificadas 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garantem a cidade de torres superando a necessidade das lutas entre clãs e partidos mas seu caráter simbólico é pelo ganho em altura Embora residindo na cidade os aristocratas permanecem ligados à sua gestão fundiária cuja gestão deliberam homens e a associação política com os quais Colonna e os Orsini rurais As grandes famílias controlam Roma e suas vizinhanças a partir do século XIII os Visconti em Milão ou os Ziani em Veneza os Baridi em Florença os controlam o alto clero não é raro que a metade dos bispos e cônegos seja de origens Muitas vezes esta aristocracia urbanizada está na origem das comunas e encampa seu governo ao menos até o fim do século XII Considerase com frequência que o governo urbano tende a passar então para as mãos dos principais mercadores e dos mestres de ofícios que se chamam na Itálida de popolo grasso o qual se apoia sobre o popolo minuto para afastar seus antigos aliados aristocráticos De fato é preciso de preferência considerar que ao menos nos séculos XII e XIII os mercadores e os artesãos não formam um grupo à parte claramente separado da aristocracia dos milites eles estão amplamente misturados e se fundem ao menos parcialmente no seio de uma elite urbana que combina atividades artesanais e mercantis com reivindicação de nobreza espírito contábil e ética cortês A cidade de campos circulares efeitos do Bom Governo 133839 Palácio Público de Siena Na sala dos magistrados condizia com maneiras que governavam entre 1287 e 1355 Ambrogio Lorenzetti as descreveu A cidade de Siena que se estende é formada por um sistema de zonas que são altamente interligadas como fazendas e outros assentamentos cobertos por campos de cultivos e pastagens Cidades e trocas no quadro feudal Na impossibilidade de expor mais detalhadamente aqui as formas de desenvolvimento das realidades urbanas limitarseá a evocar algumas questões gerais cia nas cidades confirma essa integração das cidades no sistema feudal Como também se viu anteriormente o desenvolvimento urbano é suscitado pelo dinamismo da zona rural especialmente pela produção de excedentes que camponeses o que obriga os dependentes a aumentarem suas vendas e fornece aos pagadores um número mais abundante Isso representa um impulso decisivo para as trocas e para o desenvolvimento urbano e uma necessidade vital para o funcionamento dos senhores no caso para o pagamento das obrigações e a utilização suntuária socialmente indispensável da renda senhorial É então perilar uma economia rural de autossubsistência e de outro uma economia de mercado animada pelas cidades dominada Diferentes mecanismos são empregados para tanto e é uma das funções do esquema das três ordens do feudalismo de que se falará mais tarde relegar os novos grupos urbanos confundidos com os camponeses no seio da ordem inferior de trabalhadores laboratores e negarlhes toda especificidade A lógica feudal encontrase aqui em pleno funcionamento e a manutenção desse modelo ideológico assim como sua institucionalização na organização dos estados gerais até 1789 reforça estrondosamente a posição política e socialmente dominada dos grupos urbanos A tensão realezaaristocracia Como se viu os séculos IX a XI são marcados por uma disseminação da autoridade pública finalmente encampada pelos castelões e pelos senhores Desde os monastérios que detêm o poder senhorial partilham o essencial do comando geográfico o poder dos reis permanece apenas simbólico Como sinais como o fato de vestir por um momento a dalmática do subdiácono ou um manto à moda da casula do sacerdote parecem fazêlo adentrar o corpo eclesiástico do mesmo modo que as menções da unção sacerdotal durante o rito Entretanto diferentes dos basileus bizantinos que têm o estatuto de um sacerdote os clérigos ocidentais apressamse em ressaltar que o rei permanece um laico e recusam com veemência toda evocaçõe que o rei segundo a lenda a unção é realizada com o óleo da ampola sagrada milagrosamente trazida por um pombo no momento do batismo de Clóvis o rei aproximase Se a consagração não é suficiente para estabelecer uma real eza sagrada que integraria o rei ao clero ela ao menos elevao um pouco acima dos outros leigos numa vez que ele é investido de alta missão desejada por Deus por vezes ele é mesmo dito coroado por Deus veja a figura 51 na p 501 O melhor sinal é mesmo dito coroado por Deus veja a figura 51 na p 501 O melhor sinal é mesmo dito coroado por Deus veja a figura 51 na p 501 O melhor sinal é mesmo dito coroado por Deus veja a figura 51 na p 501 O melhor sinal é mesmo dito coroado por Deus veja a figura 51 na p 501 O melhor sinal é mesmo dito coroado por Deus veja a figura 51 na p 501 O melhor sinal é mesmo dito coroado por Deus veja a figura 51 na p 501 O melhor sinal é mesmo dito coroado por Deus veja a figura 51 na p 501 O melhor sinal é mesmo dito coroado por Deus veja a figura 51 na p 501 O melhor sinal é mesmo dito coroado por Deus veja a figura 51 na p 501 O rei medieval deve ser este é um elemento decisivo de seu poder um rei cristão e os reis ocidentais rivalizam neste aspecto vários se dizem muito cris tópicos em particular o francês que monopolizará este título a partir do século XVI enquanto os reis hispânicos reivindicarão o de católicos Neste sentido o poder real repousa sobre uma adequação às normas ideológicas definidas pela Igreja E ninguém preenche melhor esta exigência do que Luís IX da França levando no seu caso até os mais extremos escrúpulos de uma devoção e de uma penitência quasi monásticas O italiano Salimbene diz que ele parece mais um monge que um guerreiro Ele é em todo caso o rei cristão ideal completamente leigo conforme o modelo desejado pelos clérigos o que lhe terá valido as honras da eunicação única entre os reis da Europa Ocidental depois do século XII Jacques Le Goff O poder monárquico concentrase no essencial na pessoa do próprio rei É por isso que os soberanos do período considerado aqui são itinerantes eles têm é verdade uma capital privilegiada ou com frequência duas mas devem deslocarse incessantemente pois sua presença física é decisiva para dar força a suas decisões O rei entretanto não está sozinho sua família muitas vezes exerce um papel político benevolente o rei capetiano confere territórios como apanhado a seus irmãos ou hostil revolta dos filhos de Henrique II Plantageneta sua corte doméstica divide os encargos da casa real que se tornam pouco a pouco funções políticas que permitem participar do conselho do rei o condetável é encarregado dos cavalos e também da guerra o camarista faz o papel de tesoureiro o chancelier geralmente um homem da Igreja redige e autentica as escrituras reais Enfim os grandes vassalos reúnemse na corte do rei em companhia de um número crescente de especialistas clérigos e juristas mas também astrólogos e médicos É somente durante o século XIII que a corte real tende a se fracionar em órgãos especializados como o Parlamento que se consagra aos negócios de justiça ou a corte de contas encarregada dos rendimentos reais O poder do rei repousa de início sobre seu domínio que durante muito tempo forneceu o essencial de suas finanças O rei da Inglaterra que controla uma sólida porcentagem do solo de seu reino em particular as florestas assim como em menor grau o rei da França pode viver do que é seu o que atrai o ciúme do imperador A administração do domínio é confiada a agentes reais prebostes dominiais na França que se encarregam de canalizar seus rendimentos para os cofres reais Somamse a isso diversos direitos econômicos que ainda não se diferem totalmente a não ser talvez em termos de quantidade da norma senhorial direitos de pedágio ou de aduana na Inglaterra taxa sobre o sal gabelle na França algumas ajudas excepcionais no caso de cruzadas por exemplo e diversas cobranças sobre a Igreja recebimento dos rendimentos dos postos episcopais vagos dízimo 10 para ocasiões particulares mas que tendem pouco a pouco a se generalizar A despeito da emergência das quais tendem pouco a pouco a se generalizar A despeito da emergência das quais tendem pouco a pouco a se generalizar A despeito da emergência das quais tendem pouco a pouco a se generalizar A despeito da emergência das quais tendem pouco a pouco a se generalizar A despeito da emergência das quais tendem pouco a pouco a se generalizar A despeito da emergência das quais tendem pouco a pouco a se generalizar A despeito da emergência das quais tendem pouco a pouco a se generalizar A despeito da emergência das quais tendem pouco a pouco a se generalizar A despeito da emergência das quais tendem pouco a pouco a se generalizar O rei é um nobre ele partilha os valores e o modo de vida referentes ao sistema feudal O rei é um nobre ele partilha os valores e o modo de vida referentes ao sistema feudal O rei é um nobre ele partilha os valores e o modo de vida referentes ao sistema feudal O rei é um nobre ele partilha os valores e o modo de vida referentes ao sistema feudal O rei é um nobre ele partilha os valores e o modo de vida referentes ao sistema feudal O rei é um nobre ele partilha os valores e o modo de vida referentes ao sistema feudal O rei é um nobre ele partilha os valores e o modo de vida referentes ao sistema feudal O rei é um nobre ele partilha os valores e o modo de vida referentes ao sistema feudal O rei é um nobre ele partilha os valores e o modo de vida referentes ao sistema feudal O rei é um nobre ele partilha os valores e o modo de vida referentes ao sistema feudal bem um ponto fraco Não somente seus feudos continentais o obrigam a prestar homenagem ao rei da França como também Henrique II se esgota durante todo o seu reinado para manter a unidade de possessões e respeitálas tudo extensas e além disso divididas pelo mar Os sonh A reinvindicação da lei pelo rei é o conjunto de concepções da justiça que se transforma Desde o século XII o desenvolvimento do direito nas escolas e universidades é notável e os juristas adquirem um papel crescente Ao lado do estabelecimento do direito comum que se re Organizase então um duelo judicial cada parte escolhe seu campeão e a sentença depende do resultado de um combate a que se credita poder revelar a vontade divina Em outros casos recorrese a uma prova no mais das vezes de água fervente cujo resultado manifesta como desenvolve também a confissão religiosa ela conduzirá no fim da Idade Média e durante os Tempos Modernos a generalização da tortura como meio legítimo de obtenção da confissão judicial Enfim a nova concepção da justiça leva a um recurso das compensações financeiras e sobre tudo a partir do século XIV a um de penas infamantes exposição no pelourinho rituais de humilhação tais como o processo dos culpados nus através da cidade e dos castigos corporais adaptados a diversidade dos delitos mutilações das mãos da língua ou do nariz desmembramento decapitação ou enforcamento morte na fogueira ou em água fervente esquartejamento do corpo no caso das piores traições No século XIII a concepção do poder real mudou Antes o rei era a um só tempo um senhor feudal dentre outros e um ser à beira do sagrado que goza va de um paralelo com o Cristorei que ocupa seu trono nos céus Durante ele afirma sua preocupação com a coisa pública res publica e reivindica a soberania estendida ao conjunto de seu reino e fundada sobre a lei É verdade que os progressos do poder real são devidos em boa parte ao hábil manuseio das regras feudovassálicas e neste sentido a aristocracia é motivada a defender uma ideia do rei como primus inter pares primeiro entre iguais Entretanto reivindicando uma legitimidade fundada sobre a lei o rei se esforça ao menos em teoria para escapar a essa lógica Resultado disso uma crescente oposição a lutas entre reis e barões dão lugar a múltiplas intrigas Assim João Sem Terra derrotado deve conceder a Magna Carta em 1215 à qual prevê o controle do rei por um conselho de barões enquanto de 1258 a 1265 a Inglaterra é sacudida pela revolta destes últimos Mais do que relatar os inúmeros episódios deverá se sublinhar que o conflito entre monarquia e aristocracia é consubstancial à organização feudal Ela está sempre ativa seja quando atua no sentido de uma disseminação da autoridade sobretudo entre os séculos IX e XI mas às vezes também mais tarde seja quando permite a recuperação de certa unidade e o reforço dos poderes mais eminentes sobretudo a partir do século XIII Entretanto este segundo movimento permanece limitado A recuperação do controle da justiça é de grande importância mas sempre parcial O rei continua muito longe de exercer o monopólio do poder legítimo e de controlar verdadeiramente seu território sua capacidade administrativa permanece modesta Em resumo o reforço do poder real não significa então a formação de um verdadeiro Estado A tensão monarquiaaristocracia mesmo se ela atua agora a favor da primeira permanece no interior do quadro definido pela lógica feudal Tratase de um jogo feito de rivalidade e de unidade de convenções e de afastamentos que esboça é verdade futuras rupturas mas que não atinge a intensidade de uma alternativa a nobreza ou a monarquia da qual surgirá no século XVII o Estado CONCLUSÃO AS TRÊS ORDENS DO FEUDALISMO Três relações sociais fundamentais foram evocadas até aqui para dar conta da organização feudal a relação senhoresdependentes a distinção nobresnão nobres a interdependência e a oposição cidadescampos É preciso acrescer as relações de vassalidade que configuram parcialmente as hierarquias no seio do grupo dominante e lhe conferem uma coesão entremeada de rivalidades Esta relação entre um senhor e o vassalo que se declara seu homem por vezes de mãe e de boca é muito próxima daquela que liga um senhor do senhorio a seus dependentes ambas de resto são pensadas em termos da relação entre o homem e Deus dominus Elas são entretanto de natureza e de importância radicalmente diferentes A primeira concerne à ínfima minoria das classes dominantes mas se beneficia da solenidade do ritual da homenage a segunda engaja a quase totalidade da população e põe em jogo o essencial das relações feudais de produção Desde que se renuncie a considerar as relações vassálicas o coração da sociedade medieval como queria a historiografia centrada nos aspectos institucionais e políticos surge uma polêmica semântica Mais do que continuar a falar de sociedade feudal o que parece pôr ênfase sobre o feudo e sobre as instituições de vassalidade que regulamentam sua transmissão não seria melhor preferir a noção de sociedade senhorial O que é certo é que o senhorio é de fato a unidade de base no seio da qual se instaura a relação de dominação e de exploração entre dominantes e dominados O argumento é bastante válido pois ele procura deslocar a ênfase da vassalidade para o senhorio e para a relação de dominium que nele se estabelece Mas se pode também notar que a especificidade do senhorio a junção do poder sobre as terras e do poder sobre os homens é estreitamente associada ao desenvolvimento da feudalização ou melhor à disseminação da autoridade da qual ela é uma das modalidades E se as instituições vassálicas têm um papel na afirmação da dominação senhorial elas contribuem de modo notável embora em associação com outros laços em particular os de parental ou de amizade para a distribuição das posições dominantes do ponto de vista da relação de dominium Mas sobretudo os termos clássicos sociedade feudal e feudalismo remetem a uma convenção tão solidamente ancorada que é mais frequente transformar a sua compreensão do que modificar seu nome Se feudal serv com frequência para caracterizar sociedades nas quais o feudo certamente não foi o traço mais significativo não há nada nisso que conduza a prática universal de todas as ciências Ficaremos escandalizados se física persistisse nomear átomo quer dizer indivisível o objeto de suas mais audaciosas dissecações Marc Bloch Como diz Jacques Le Goff as estruturas que funcionaram na Europa dos séculos IV ao XVIII têm necessidade de um audacioso deslocamento e é por isso que possuímos o nome e se é preciso conservar feudalismo lidando com um sistema nome e que melhor indica que nós estamos lidando com diferente o que não tem Evidentemente que a sociedade medieval elaborado o esquema de três ordens estabelecendo os dominantes tinham uma divisão funcional entre aqueles que oram oratores no seio da sociedade uma divisão funcional entre aqueles que combatem bellatores reservando aos milites que dizer os clérigos aqueles que combatem laboratores ou seja todos os demais Se a complementa a não ser os aqueles que trabalham das três ordens em que cada uma delas é considerada indispensável à boa funcionamento do corpo social prevalece de uma hierarquia estabelecida entre elas Esse início logo ela se combina com clara hierarquia estabelecida entre as classes ao pena de Aimon de Auxerre e depois no início do século XI em Adalberon de Laon e Geraldo de Cambrai dois bispos ligainício do século XI em Adalberon de Laon e Geraldo de Cambrai dois bispos liga a então de maneira contra a força da aristocracia Durante um longo eclipse em que o rei predomina uma oposição dual entre clérigos e leigos o fim do ao qual se impõe nas cortes da Inglaterra e da França século XII que o esquema tripartite se impõe mas que se generalizar mas sem destruíram a dualidade clérigoslaicos que conservantes de se deve sublinhar que o conflito entre monarquia e aristocracia consubstancial à organização feudal Ela está sempre ativa seja quando atua no sentido de uma disseminação da autoridade sobretudo entre os séculos IX e XI mas às vezes também mais tarde seja quando permite a recuperação de certa unidade e o reforço dos poderes mais eminentes sobretudo a partir do século XII Entretanto este segundo movimento permanece limitado A recuperação do controle da justiça é de grande importância mas sempre parcial O rei continua muito longe de exercer o monopólio do poder legítimo e de controlar verdadeiramente seu território sua capacidade administrativa permanece modesta Em resumo o reforço do poder real não significa então a formação de um verdadeiro Estado A tensão monarquiaaristocracia mesmo se ela atua agora a favor da primeira permanece no interior do quadro definido pela lógica feudal Tratase de um jogo feito de rivalidade e de unidade de convenções e de afastamentos que esboça é verdade futuras rupturas mas que não atinge a intensidade de uma alternativa a nobreza ou a monarquia da qual surgirá no século XVII o Estado