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KEYNES J M The Quarterly Journal of Economics V51 N2 Feb1937 p20923 httplinksjstororgsicisici003355332819370229513A23C2093ATGTOE3E20CO3B2I Tradução Everton Sotto Tibiriçá Rosa1 A TEORIA GERAL DO EMPREGO SUMÁRIO I Comentários sobre quatro discussões acerca de pontos da Teoria Geral apresentados em edições prévias 209 II Alguns pontos definidos em que o autor diverge das teorias anteriores 212 A teoria dos juros reafirmada 215 Incertezas e flutuações do investimento 217 III Demanda e oferta do produto como um todo 219 O produto de bens de capital e de consumo 221 I Eu estou em grande débito com os editores do Quartely Journal pelas quatro contribuições relacionadas à minha Teoria Geral do Emprego dos Juros e da Moeda que apareceram na edição de novembro 1936 Elas contêm críticas detalhadas muitas das quais eu aceito e das quais eu espero me beneficiar Não há nada no comentário do professor Taussig em que eu discorde O sr Leontief está certo eu acredito na distinção que ele desenha entre a minha atitude e aquela da teoria ortodoxa a qual ele denomina de postulado da homogeneidade Eu deveria ter pensado entretanto que existe evidência abundante da experiência para contradizer este postulado e que de qualquer modo cabe àqueles que fazem uma hipótese altamente especial a obrigação de justificá la ao invés daqueles que a rejeitam de provarem a negativa Eu poderia também sugerir que a ideia dele deve ser aplicada de forma mais frutífera e com maior precisão teórica na conexão com a parte desempenhada pela quantidade de moeda na determinação da taxa de juros2 Por isso eu acredito que o postulado da homogeneidade primeiramente entra no esquema teórico ortodoxo Minhas diferenças assim como as deles dos debatores com o SrRobertson surgem da minha convicção de que ele e eu diferimos mais fundamentalmente de nossos predescessores do que a devoção dele permite admitir Eu concordo com muitos dos 1 Elementos entre colchetes são acréscimos do tradutor 2 Cf meu artigo sobre A Teoria da Taxa de Juors que aparece no volume de Ensaios em honra de Irving Fisher pontos dele sem que entretanto estando consciente em diversos momentos de dizer ou de qualquer forma quere dizer algo diferente Eu estou surpreso de que e ele deva ter pensado que aqueles que exploram a velocidade de circulação da moeda tem muito em comum com a teoria do multiplicador Eu concordo plenamente com o ponto que ele destaca p180183 de que o aumento da demanda de moeda resultante de um aumento da atividade econômica tenha a contrapartida de tender a elevar a taxa de juros e isso é na verdade um elemento significante na minha teoria de porque os booms carregam as sementes de sua própria destruição Mas isso é essencialmente uma parte da teoria da liquidez da taxa de juros e não parte da teoria ortodoxa Onde ele afirma p183 que minha teoria deveria ser considerada não como uma refutação da interpretação amplamente aceita do evento em termos de oferta e demanda de fundos emprestáveis mas como uma versão alternativa a isto eu devo perguntar antes de concordar por apenas uma referência de onde esta interpretação amplamente aceita pode ser encontrada Permanece o comentário mais importante dos quatro ou seja o do professor Viner Em consideração às suas críticas em relação à minha definição e tratamento do desemprego involuntário eu estou pronto para concordar que essa parte do meu livro está particularmente aberta a críticas Eu já me sinto em posição de fazer melhoramentos e eu espero que quando eu fizer isso o professor Viner se sinta mais contente especialmente pelo fato de que eu penso de que não há nada fundamental entre nós neste ponto No caso da sua segunda seção entretanto entitulada Propensão a Entesourar eu estou preparado para debater os seus pontos Há passagens que sugerem que o professor Viner está pensando muito nos termos mais familiares da quantidade de moeda efetivamente entesourada acumuladaretida e que ele desconsidera a ênfase que eu procuro colocar sobre a taxa de juros como sendo o estímulo para não entesourar É precisamente porque as facilidades para entesourar são estritamente limitadas que a preferência pela liquidez opera principalmente pelo aumento da taxa de juros Eu não posso concordar que na moderna teoria monetária a propensão a entesourar é geralmente tratada com resultados que são substancialmente idênticos aos de Keynes como um fator que opera para reduzir a velocidade do dinheiro Pelo contrário eu estou convencido que os teóricos monetários que tentaram lidar com isso estão todos no caminho errado3 Novamente quando o professor Viner aponta que a maioria das pessoas investe suas poupanças à melhor taxa de juros que eles podem 3 Veja abaixo encontrar e pede estatísticas para justificar a importância que eu coloco na preferência pela liquidez ele está desconsiderando o ponto de que é o detentor pontencial marginal que deve ser satisfeito pela taxa de juros a ponto de trazer o desejo pelo entesouramento efetivo dado os limites estreitos de disponibilidade de moeda para o entesouramento Quando como acontece em uma crise a preferência pela liquidez se eleva rapidamente isso se mostra não tanto pela elevação do entesouramento pois existe pouco se existir algum dinheiro que pode ser entesourado além do que existia antes mas por uma elevação rápida da taxa de juros ie securities títulos ações caem de preço até que aqueles que agora poderiam desejar ficar líquidos se eles pudessem fazer isso aos preços anteriores sejam persuadidos a desistir da ideia já que ela não é praticável em termos razoáveis Uma elevação da taxa de juros é um meio alternativo de elevar o entesouramento para satisfazer o aumento da preferência pela liquidez Meu argumento também não é afetado pelo fato admitido de que diferentes tipos de ativos satisfazem o desejo por liquidez em diferentes graus O prejuízo ocorre quando a taxa de juros correspondente a um grau de liquidez de um dado ativo leva a uma capitalização de mercado deste ativo que é menor do que o custo de produção também poderia ser custo de oportunidade Há outras críticas que eu também estou pronto para debater Mas eu devo estar apto para justificar a minha própria linguagem eu estou ansioso para não ser levado a fazer isto em muito detalhe de forma a desconsiderar pontos substanciais que devem sem dúvida ter dado base para as reações que o meu tratamento tem produzido nas mentes dos meus críticos Eu estou mais atento para as ideias fundamentais e comparativamente simples que lastreiam a minha teoria do que para as formas particulares com as quais eu as incorporei e eu não desejo que as últimas sejam cristalizadas no presente estágio do debate Se as ideias simples e básicas podem se tornar familiares e aceitáveis o tempo a experiência e a colaboração de um número de mentes irão descobrir a melhor forma de expressálas Contudo eu gostaria de ocupar o espaço restante deste artigo como o Editor deste Journal me permitiu para tentar reexpressar alguma das ideias que em uma controvérsia detalhada poderiam se provar estéreis E eu acredito que seja o melhor mesmo que isto pareça para alguns um mergulho direto na controvérsia que eu me propus a escapar eu coloco o que eu tenho a dizer na forma de uma discussão com um conjunto de pontos definidos onde eu procuro ser o mais claro o possível partindo de teorias anteriores II É geralmente reconhecido que a análise ricardiana foi considerada para o que nós agora denominamos equilíbrio de longo prazo A contribuição de Marshall consiste principalmente em inserir nisto o princípio marginal e o princípio da substituição junto com uma discussão da passagem de uma posição de equilíbrio de longo prazo a outra Mas ele Marshall assumiu como Ricardo também fez que a quantidade de fatores de produção em uso estavam dados e que o problema era determinar a forma pela qual eles poderiam ser usados e as suas recompensas relativas Edgeworth o professor Pigou outros autores posteriore e escritores contemporâneos têm refinado e melhorado essa teoria ao considerar como diferentes peculiaridades nas formas das funções de oferta dos fatores de produção poderia afetar a matéria o que aconteceria nas condições de monopólio e competição imperfeita até que ponto a vantagem social e individual coincidem quais são os problemas especiais da troca em um sistema aberto e assim por diante Mas estes escritores mais recentes assim como seus predecessores ainda estavam lidando com um sistema em que a quantidade de fatores empregados era conhecida e que outros fatos relevantes eram conhecidos mais ou menos com certeza Isso não significa que eles estavam lidando com um sistema em que a mudança não ocorria ou mesmo em um sistema em que o desapontamento da expectativa não ocorria Mas em qualquer tempo e fatos contexto as expectativas eram assumidas como dadas em uma forma definida e calculável e os riscos dos quais muitos não eram percebidos eram supostos como capazes de computação atuarial exata O cálculo de probabilidade para mencionar o que era mantido no plano de fundo era suposto como capaz de reduzir a incerteza ao mesmo status de cálculo da própria certeza do mesmo modo que o cálculo benthamita de Benthan de dores e prazeres ou das vantagens e desvantagens pelo qual a filosofia benthamita considera que os homens sejam influenciados em seu comportamento ético geral Na verdade nós temos via de regra apenas a mais vaga ideia das consequências diretas de nossos atos Algumas vezes nós não estamos muito preocupados com as consequências mais remotas mesmo quando o tempo e a oportunidade possam ter uma influência importante Mas algumas vezes nós estamos preocupados intensamente com as consequências tanto mais ocasionalmente do que com as consequências imediatas De todas as atividade humanas que são afetadas por essa remota preocupação acontece que uma das mais importantes é de caráter econômico claramente a Riqueza Todo o objetivo da acumulação de Riqueza é gerar resultados ou resultados potenciais em uma data comparativamente distante e algumas vezes em uma data indefinidamente distante Assim o fato de que nosso conhecimento sobre o futuro é flutuante vago e incerto concede à Riqueza a peculiariedade de não ser um objeto adequado para os métodos da teoria econômica clássica Essa teoria deve funcionar bem em um mundo no qual os bens econômicos são necessariamente consumidos dentro de um curto intervalo após a sua produção Mas isso requer eu sugiro que a teoria sofra uma modificação considerável caso ela seja aplicada em um mundo no qual a acumulação de riqueza para um futuro indefinidamente distante seja um fator importante e quanto maior a parte desempenhada por esta acumulação de riqueza mais essencial se torna essa modificação Por conhecimento incerto deixeme explicar eu não quero meramente distinguir o que é conhecido com certeza do que é apenas provável O jogo da roleta não é sujeito neste sentido à incerteza nem a expectativa de ganhar na loteria Victory bond being drawn Ou ainda a expectativa de vida é apenas levemente incerta Mesmo as condições metereológicas são moderadamente incertas O sentido em que eu uso o termo é aquele em que a previsão de um guerra na Europa é incerta ou do preço do cobre e a taxa de juros vigentes daqui a vinte anos ou a obsolescência de uma nova invenção ou a posição dos proprietários de riqueza privada no sistema social de 1970 Sobre estes assuntos não existe base científica de cálculo sobre a qual se possa formar qualquer probabilidade de cálculo Nós simplesmente não sabemos Entretanto a necessidade de ação e de decisão nos compele como homens práticos a nos comportar exatamente como se nós tivéssemos o apoio de um bom cálculo benthamita de uma série de previsões de vantagens e desvantagens cada uma multiplicada por sua probabilidade apropriada aguardando a soma Como nós nos organizamos nestas circunstâncias para nos comportar de uma maneira que preserva nossa face com racional de homens econômicos Nós desenvolvemos para este propósito uma série de técnicas das quais as mais importantes são as três que se seguem 1 Nós assumimos que o presente é um guia mais adequado para o futuro do que uma examinação clara da experiência passada poderia nos mostrar ter sido até agora Em outras palavras nós ignoramos largamente a previsão de mudanças futuras sobre o atual caráter do que nós não conhecemos 2 Nós assumimos que o estado de opinião existente e expresso nos preços e nas características do produto existente está baseado em uma soma de previsões corretas sobre o futuro tanto que nós as aceitamos como tais a menos e até que algo novo e relevante surja no horizonte 3 Sabendo que nosso próprio julgamento individual é desprezível nós nos esforçamos para considerar o julgamento do resto do mundo que talvez seja melhor informado Isto é nós nos esforçamos em acompanhar o comportamento da maioria ou da média A psicologia da sociedade de indivíduos na qual cada um tenta copiar a ação dos outros naquilo que podemos denominar como julgamento convencional Uma teoria prática do futuro baseada nestes três princípios possui características particulares bem destacadas Em particular sendo baseada em um fundação tão frágil ela está sujeita a mudanças repentinas e violentas A prática da prudência e da imobilidade da certeza e da segurança é rompida bruscamente Novos medos e esperanças sem aviso assumem a conduta humana As forças da desilusão podem repentinamente impôr uma nova base convencional de avaliação Todas essas belas e polidas técnicas construídas para um sala de diretoria luxuosa e para um mercado bem regulado estão sujeitas ao colapso Em todos os momentos os receios vagos de pânico e as esperanças igualmente vagas e não razoáveis não são realmente acalmadas e se diluem mas ficam um pouco abaixo da superfície Talvez o leitor sinta que essa argumentação geral e filosófica sobre o comportamento humano seja algo remoto da teoria econômica em discussão Mas eu penso que não Pois este é o modo pelo qual nós nos comportamos no mercado a teoria que nós contruímos no estudo de como nós nos comportamos no mercado não deveria se submeter a ídolos de mercado Eu acuso a teoria econômica clássica de ter sido ela mesma uma destas técnicas belas e polidas que tentam lidar com o presente abstraindo o fato de que nós sabemos muito pouco acerca do futuro Eu ouso dizer que um economista clássico admitiria isso prontamente Mas mesmo assim eu penso que ele ignoraria a natureza precisa da diferença entre a sua abstração teórica e a prática e o caráter das falácias a que ele é provavelmente levado Este é particularmente o caso do tratamento clássico da Moeda e a os Juros E nosso primeiro passo deve ser elucidar o mais claramente possível as funções da Moeda A Moeda é bem sabido serve a dois propósitos principais Por funcionar como unidade de conta ela facilita as trocas sem ser necessário que ela apareça na reflexão como um objeto substantivo Neste sentido ela é uma conveniência desprovida de significância ou influência real Em segundo lugar ela é um estoque de riqueza Assim nos foi dito sem um sorriso no rosto Mas no mundo da economia clássica que uso mais insano para a moeda Pois esta característica da moeda como reserva de valor é reconhecida como sendo estéril ao passo que praticamente todas as outras formas de estocar riqueza rendem algum juro ou lucro Por que alguém com a exceção de um lunático fora de um asilo iria desejar usar a moeda como reserva de valor Porque em parte por motivos razoáveis e em parte por instintivos nosso desejo por possuir Moeda como estoque de riqueza é um barômetro do nosso grau de desconfiança sobre os nossos próprios cálculos e convenções relacionadas ao futuro Mesmo se este sentimento sobre a Moeda for convencional ou instintivo ele opera assim dizendo em um nível mais profundo de nossa motivação Ele ocorre em momentos nos quais as mais elevadas e mais precárias convenções se enfraquecem A posse de moeda acalma a nossa inquietação e o prêmio que nós exigimos para nos separarmos da moeda é a medida do nosso grau de inquietação A significância dessa característica da moeda tem sido geralmente desconsiderada e até onde ela foi notada a natureza essencial do fenômeno foi mal interpretada O que tem atraído a atenção tem sido a quantidade de moeda que é de fato entesourada moeda de fato retida e tem sido dada importância a isso por se supor que isto teria um efeito direto e proporcional sobre o nível de preços através do impacto na velocidade de circulação da moeda Mas a quantidade de entesouramento apenas pode ser alterada se a quantidade de moeda for alterada ou se a quantidade da renda nominal corrente falando de forma geral tiver mudado enquanto as flutuações no grau de confiança são capazes de ter um efeito bem diferente claramente na modificação não da quantidade que de fato é entesourada mas na quantidade do prêmio que deve ser oferecida para induzir as pessoas a não entesourar a não preferir a liquidez máxima moeda E mudanças na propensão a entesourar ou no estado de preferência pela liquidez como eu a tenho denominado afeta primeiramente não os preços mas a taxa de juros qualquer efeito sobre os preços é produzido pela repercussão em última instância da mudança na taxa de juros Assim expressa de forma muito geral é a minha teoria da taxa de juros A taxa de juros obviamente mede como os livros de aritmética afirmam o prêmio que deve ser oferecido para induzir as pessoas a possuírem riqueza em alguma outra forma que não o entesouramento da moeda A quantidade de moeda e a quantidade de moeda que são exigidas pela circulação ativa para as transações dos negócios correntes principalmente dependentes do nível de renda nominal determinam a quantidade que está disponível para os saldos inativos ie para entesourar A taxa de juros é o fator que ajusta na margem a demanda por moeda para entesouramento com a oferta de moeda entesourada Vamos seguir para o próximo estágio do argumento O proprietário de riqueza que foi induzido a não colocar a sua riqueza na forma de moeda entesourada ainda tem duas alternativas entre as quais ele pode escolher E pode emprestar seu dinheiro à taxa de juros corrente comprar títulos de dívida ou ele pode comprar algum tipo de ativos de capital ativos financeiros ou bens de capital Obviamente em equilíbrio estas duas alternativas devem oferecer a mesma vantagem para o investidor marginal Isto ocorre por mudanças nos preços dos ativos de capital em relação aos preços dos empréstimos Os preços dos ativos de capital se modificam até tendo em vista os seus retornos esperados e tendo em conta todos os elementos de dúvida e incerteza conselhos interessados e desinteressados moda convenções e o que possa afetar a mente do investidor que eles ofereçam uma vantagem aparentemente similar ao investidor marginal que está interessado em um tipo de investimento ou outro Assim a primeira repercussão da taxa de juros fixada pela quantidade de moeda e propensão a entesourar preferência pela líquidez é nos preços dos ativos de capital Isto não significa é claro que a taxa de juros é a única influência flutuante sobre estes preços Opiniões sobre o rendimento esperado são elas mesmas sujeitas a bruscas flutuações precisamente pelas razões já levantadas como a base frágil de conhecimento das quais elas dependem Estas opiniões tomadas em conjunto com a taxa de juros é que fixam os preços Indo para o terceiro estágio Ativos de capital aqui como bens de capital mesmo são capazes em geral de serem novamente produzidos A escala na qual eles são produzidos depende é claro da relação entre seus custos de produção e os preços pelos quais se espera que eles sejam vendidos no mercado Assim se o nível da taxa de juros tomado em conjunção com as opiniões sobre os retornos esperados elevar os preços dos ativos de capital ativos financeiros e bens de capital o volume do investimento corrente ou seja o valor do produto de novos bens de capital recém produzidos irá se elevar enquanto que se de outro lado estas influências reduzirem os preços dos ativos de capital o volume do investimento corrente irá diminuir Não é surpreendente que o volume de investimento assim determinado deva flutuar largamente de tempos em tempos Pois ele depende de dois conjuntos de julgamentos sobre o futuro e nenhum deles repousa sobre um fundação segura e adequada ou seja sobre a propensão a entesourar preferência pela liquidez e sobre as opiniões sobre o rendimento futuro dos ativos de capital ativos financeiros e bens de capital Também não há qualquer razão para supor que as flutuações de um destes fatores tenda a compensar as flutuações do outro Quando uma visão mais pessimista é tomada sobre os rendimentos futuros não existe qualquer razão para se diminuir a propensão a entesourar preferência pela liquidez Na verdade as condições que agravam um dos fatores tende como regra a agravar o outro As mesmas circunstâncias que levam a visões pessimistas sobre os rendimentos futuros são capazes de elevar a propensão a entesourar preferência pela liquidez O único elemento de autocorreção do sistema emergiria em um estágio muito posterior e em grau incerto Se um declínio no investimento levar a um declínio no produto como um todo isso pode causar por mais razões do que uma uma redução na quantidade de moeda exigida para a circulação ativa o que irá levar a uma maior quantidade de moeda para a circulação inativa que irá satisfazer a propensão a entesourar a um nível menor de taxa de juros o qual irá elevar os preços dos ativos de capital o que irá elevar a escala do investimento o que irá restaurar em alguma medida o nível de produto como um todo Isso completa o primeiro capítulo do argumento destacadamente a suscetibilidade da escala de investimento para flutuar por razões bem distintas a aquelas que determinam a propensão individual a poupar de uma dada renda e b as relacionas às condições físicas da capacidade técnica que auxiliam a produção e que foram supostas usualmente até hoje como a influência chefe em determinar a eficiência marginal do capital Se por outro lado nosso conhecimento sobre o futuro fosse calculável e não sujeito a mudanças bruscas poderia ser justificável assumir que a curva de preferência pela liquidez fosse estável e muito inelástica Neste caso um pequeno declínio na renda nominal poderia levar a uma grande queda na taxa de juros provavelmente suficiente para elevar o produto e o emprego à totalidade4 Nestas condições nós poderiamos supor de forma razoável que a totalidade dos recursos disponíveis seriam normalmente empregados e as condições requeridas pela teoria ortodoxa seriam satisfeitas 4 Quando o professor Viner considera que eu atribuo à preferência pela liquidez uma importância grandemente exagerada ele deve querer dizer que eu exagero a sua instabilidade e sua elasticidade Mas se ele está certo um pequeno declínio na renda nominal poderia levar como dito antes a uma grande queda na taxa de juros Eu defendo que a experiência indica o contrário III A minha próxima diferença com a teoria tradicional referese à sua aparente convicção de que não existe necessidade de se eleborar uma teoria da oferta e da demanda do produto como um todo A flutuação do investimento devido às razões descritas teria algum efeito sobre a demanda pelo produto como um todo e consequentemente sobre a escala de produção e emprego Que resposta a teoria clássica poderia dar a esta questão Eu acredito que ela não dá nenhuma resposta nunca direcionou ao assunto qualquer pensamento a teoria da demanda efetiva isto é a demanda pelo produto como um todo tem sido inteiramente negligenciada por mais de cem anos Minha própria resposta à esta questão envolve considerações recentes Eu digo que a demanda efetiva é composta por dois itens o gasto em investimento da maneira que foi explicada a pouco e o gasto em consumo O que governa a quantidade de gasto em consumo Ela depende principalmente do nível de renda A propensão das pessoas para gastar como eu a denomino é influenciada por vários fatores tais como a distribuição da renda a atitude normal em relação ao futuro e provavelmente em menor grau pela taxa de juros Mas no principal a prevalência da lei psicológica parece ser que quando a renda agregada se eleva o gasto em consumo também se eleva mais em uma menor extensão Essa é uma conclusão bem óbvia Ela simplesmente afirma que uma elevação na renda irá se dividir em alguma proporção ou em outra entre gastos e poupança e que quando nossa renda aumenta é extremamente improvável que isso terá o efeito de nos fazer gastar menos ou poupar menos do que antes Essa lei psicológica foi da maior importância para o desenvolvimento do meu próprio pensamento e ela é eu penso absolutamente fundamental para a teoria da demanda efetiva como está apresentada em meu livro Mas poucos críticos ou comentadores até agora têm dados atenção particular a ela Segue deste princípio extremamente óbvio uma importante ainda que não familiar conclusão As rendas são parcialmente criadas por empresários que produzem para investimento e parcialmente por empresários que produzem para consumo A quantidade que é consumida depende da quantidade de renda que assim é criada Por isso a quantidade de bens de consumo que irá compensar aos empresários produzirem depende da quantidade de bens de investimento que eles estão produzindo Se por exemplo o público tem o hábito de gastar nove décimos de sua renda em bens de consumo seguese que se os empresários produzissem bens de consumo a um custo nove vezes maior que o custo dos bens de investimento que eles estão produzindo alguma parte do produto não poderia ser vendida ao preço que cobre o custo de produção Os bens de consumo no mercado que tivessem um custo nove vezes maior que a renda agregada do público estariam em excesso em relação á demanda do público que é por hipótese de apenas nove décimos Assim os empresários incorreriam em perdas até que eles reduzissem seu produto de bens de consumo até uma quantia que não exceda nove vezes o produto corrente de bens de investimento A formula não é logicamente tão simples como nesta ilustração A proporção da renda que o público escolherá consumir não será uma constante e na maior parte dos casos outros fatores também são relevantes Mas existe sempre uma fórmula mais ou menos deste tipo relacionando o produto de bens de consumo que compensa produzir com o produto de bens de investimento e eu dei atenção a isso em meu livro sob o nome de Multiplicador O fato de que um aumento no consumo ser capaz de por si mesmo estimular o investimento ainda mais apenas fortalece o argumento Que o nível de produto de bens de consumo que é lucrativo para o empresário deva estar relacionado por uma fórmula deste tipo ao produto de bens de investimento depende de suposições de caráter simples e óbvio A conclusão parece pra mim estar além de qualquer disputa Ainda que as consequências que se seguem disto sejam ao mesmo tempo não familiares e da maior importância possível A teoria pode ser sintetizada dizendose que dada a psicologia do público o nível de produto e emprego como um todo dependem da magnitude do investimento Eu coloco desta forma não porque este seja o único fator sobre o qual o produto agregado dependa mas porque é usual em um sistema complexo considerar como causa causans o fator que é mais suscetível a bruscas e amplas flutuações Mais compreensivamente o produto agregado depende da propensão a entesourar preferência pela liquidez do efeito da política da autoridade monetária sobre a quantidade de moeda do estado de confiança sobre os rendimentos esperados dos ativos de capital da propensão a gastar e dos fatores sociais que influenciam o nível dos salários nominais Mas de todos estes diversos fatores são aqueles que determinam a taxa de investimento os menos confiáveis desde que são eles que são influenciados por nossas visões sobre o futuro do qual sabemos tão pouco Assim o que eu ofereço é uma teoria de por quê o produto e o emprego são tão suscetíveis a flutuações Ela não oferece um remédio pronto para evitar estas flutuações e para manter o produto em um nível estável ótimo Mas ela é propriamente falando uma Teoria do Emprego porque explica por quê em qualquer circunstância o emprego é o que é Naturalmente eu estou interessado não apenas no diagnóstico mas também na cura e muitas páginas do meu livro estão devotadas a está última Mas eu considero que minhas sugestões para a cura as quais reconhecidamente não estão elaboradas completamente estão em um plano diferente do plano do diagnóstico Elas não pretendem ser definitivas elas estão sujeitas a todos os tipos de suposições especiais e estão necessariamente relacionadas às condições particulares do momento Mas minhas principais razões para rejeitar a teoria tradicional vão muito mais fundo do que isso Elas são de caráter altamente geral e buscam ser definitivas Eu sintetizo daqui em diante as principais bases para a minha rejeição como se segue 1 A teoria ortodoxa assume que nós temos o conhecimento do futuro de uma forma bastante diferente da qual nós realmente possuímos Essa falsa racionalização segue as linhas do cálculo benthamita A hipótese de futuro calculável leva a interpretações errôneas sobre os princípios do comportamento que a necessidade de ação nos compele a adotar e a uma subestimação dos fatores ocultos de dúvida extrema precariedade esperança e medo O resultado tem sido o de uma teoria equívocada da taxa de juros É verdade que a necessidade de equalizar as vantagens da escolha entre emprestar dinheiro e possuir ativos requer que a taxa de juros deva ser igual à eficiência marginal do capital Mas isso não nos diz a que nível a igualdade será efetiva A teoria ortodoxa considera que a eficiência marginal do capital estabelece o passo Mas a eficiência marginal do capital depende do preço dos ativos de capital e desde que esse preço determina a taxa do novo investimento ele é consistente em equilíbrio com apenas um nível dado de renda Assim a eficiência marginal do capital não é determinada a menos que o nível de renda seja dado Em um sistema no qual o nível de renda é capaz de flutuar a teoria ortodoxa tem uma equação a menos do que o necessário para dar a solução A razão indubitável de por quê o sistema ortodoxo falhou em descobrir esta discrepância é porque ele sempre assumiu tacitamente que a renda está dada claramente ao nível correspondente ao emprego de todos os recursos disponíveis Em outras palavras o sistema ortodoxo está assumindo tacitamente que a política monetária é tal que ela mantém a taxa de juros em um nível compatível com o pleno emprego Ele o sistema ortodoxo é incapaz de lidar com o caso geral em que o emprego está suscetível a flutuar Assim ao invés da eficiência marginal do capital determinar a taxa de juros é mais verdadeiro sem se pretender ser o ponto final do assunto que é a taxa de juros que determina a eficiência marginal do capital 2 A teoria ortodoxa poderia ter descoberto o defeito acima se não tivesse ignorado a necessidade de uma teoria da oferta e da demanda do produto como um todo Eu duvido que muitos economistas modernos realmente aceitem a Lei de Say de que a oferta cria a sua própria demanda Mas eles não tem prestado atenção de que eles estão tacitamente assumindo a lei Por isso a lei psicológica subjacente ao Multiplicador escapou por completo Não foi observado que a quantidade de bens de consumo que compensa aos empresários produzirem é uma função da quantidade de bens de investimento que compensa ser produzida A explicação está para ser encontrada eu suponho na suposição tácita de que cada indivíduo gasta a totalidade de sua renda ou em consumo ou na compra direta ou indireta de novos bens de capital Mas aqui novamente eu dúvido que algum economista contemporâneo realmente acredite nisto Eles tem descartado todas está ideias antigas da demanda efetiva de Malthus sem estarem atentos para as consequências J M Keynes Kings College Cambridge
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a minha atitude e aquela da teoria ortodoxa a qual ele denomina de postulado da homogeneidade Eu deveria ter pensado entretanto que existe evidência abundante da experiência para contradizer este postulado e que de qualquer modo cabe àqueles que fazem uma hipótese altamente especial a obrigação de justificá la ao invés daqueles que a rejeitam de provarem a negativa Eu poderia também sugerir que a ideia dele deve ser aplicada de forma mais frutífera e com maior precisão teórica na conexão com a parte desempenhada pela quantidade de moeda na determinação da taxa de juros2 Por isso eu acredito que o postulado da homogeneidade primeiramente entra no esquema teórico ortodoxo Minhas diferenças assim como as deles dos debatores com o SrRobertson surgem da minha convicção de que ele e eu diferimos mais fundamentalmente de nossos predescessores do que a devoção dele permite admitir Eu concordo com muitos dos 1 Elementos entre colchetes são acréscimos do tradutor 2 Cf meu artigo sobre A Teoria da Taxa de Juors que aparece no volume de Ensaios em honra de Irving Fisher pontos dele sem que entretanto estando consciente em diversos momentos de dizer ou de qualquer forma quere dizer algo diferente Eu estou surpreso de que e ele deva ter pensado que aqueles que exploram a velocidade de circulação da moeda tem muito em comum com a teoria do multiplicador Eu concordo plenamente com o ponto que ele destaca p180183 de que o aumento da demanda de moeda resultante de um aumento da atividade econômica tenha a contrapartida de tender a elevar a taxa de juros e isso é na verdade um elemento significante na minha teoria de porque os booms carregam as sementes de sua própria destruição Mas isso é essencialmente uma parte da teoria da liquidez da taxa de juros e não parte da teoria ortodoxa Onde ele afirma p183 que minha teoria deveria ser considerada não como uma refutação da interpretação amplamente aceita do evento em termos de oferta e demanda de fundos emprestáveis mas como uma versão alternativa a isto eu devo perguntar antes de concordar por apenas uma referência de onde esta interpretação amplamente aceita pode ser encontrada Permanece o comentário mais importante dos quatro ou seja o do professor Viner Em consideração às suas críticas em relação à minha definição e tratamento do desemprego involuntário eu estou pronto para concordar que essa parte do meu livro está particularmente aberta a críticas Eu já me sinto em posição de fazer melhoramentos e eu espero que quando eu fizer isso o professor Viner se sinta mais contente especialmente pelo fato de que eu penso de que não há nada fundamental entre nós neste ponto No caso da sua segunda seção entretanto entitulada Propensão a Entesourar eu estou preparado para debater os seus pontos Há passagens que sugerem que o professor Viner está pensando muito nos termos mais familiares da quantidade de moeda efetivamente entesourada acumuladaretida e que ele desconsidera a ênfase que eu procuro colocar sobre a taxa de juros como sendo o estímulo para não entesourar É precisamente porque as facilidades para entesourar são estritamente limitadas que a preferência pela liquidez opera principalmente pelo aumento da taxa de juros Eu não posso concordar que na moderna teoria monetária a propensão a entesourar é geralmente tratada com resultados que são substancialmente idênticos aos de Keynes como um fator que opera para reduzir a velocidade do dinheiro Pelo contrário eu estou convencido que os teóricos monetários que tentaram lidar com isso estão todos no caminho errado3 Novamente quando o professor Viner aponta que a maioria das pessoas investe suas poupanças à melhor taxa de juros que eles podem 3 Veja abaixo encontrar e pede estatísticas para justificar a importância que eu coloco na preferência pela liquidez ele está desconsiderando o ponto de que é o detentor pontencial marginal que deve ser satisfeito pela taxa de juros a ponto de trazer o desejo pelo entesouramento efetivo dado os limites estreitos de disponibilidade de moeda para o entesouramento Quando como acontece em uma crise a preferência pela liquidez se eleva rapidamente isso se mostra não tanto pela elevação do entesouramento pois existe pouco se existir algum dinheiro que pode ser entesourado além do que existia antes mas por uma elevação rápida da taxa de juros ie securities títulos ações caem de preço até que aqueles que agora poderiam desejar ficar líquidos se eles pudessem fazer isso aos preços anteriores sejam persuadidos a desistir da ideia já que ela não é praticável em termos razoáveis Uma elevação da taxa de juros é um meio alternativo de elevar o entesouramento para satisfazer o aumento da preferência pela liquidez Meu argumento também não é afetado pelo fato admitido de que diferentes tipos de ativos satisfazem o desejo por liquidez em diferentes graus O prejuízo ocorre quando a taxa de juros correspondente a um grau de liquidez de um dado ativo leva a uma capitalização de mercado deste ativo que é menor do que o custo de produção também poderia ser custo de oportunidade Há outras críticas que eu também estou pronto para debater Mas eu devo estar apto para justificar a minha própria linguagem eu estou ansioso para não ser levado a fazer isto em muito detalhe de forma a desconsiderar pontos substanciais que devem sem dúvida ter dado base para as reações que o meu tratamento tem produzido nas mentes dos meus críticos Eu estou mais atento para as ideias fundamentais e comparativamente simples que lastreiam a minha teoria do que para as formas particulares com as quais eu as incorporei e eu não desejo que as últimas sejam cristalizadas no presente estágio do debate Se as ideias simples e básicas podem se tornar familiares e aceitáveis o tempo a experiência e a colaboração de um número de mentes irão descobrir a melhor forma de expressálas Contudo eu gostaria de ocupar o espaço restante deste artigo como o Editor deste Journal me permitiu para tentar reexpressar alguma das ideias que em uma controvérsia detalhada poderiam se provar estéreis E eu acredito que seja o melhor mesmo que isto pareça para alguns um mergulho direto na controvérsia que eu me propus a escapar eu coloco o que eu tenho a dizer na forma de uma discussão com um conjunto de pontos definidos onde eu procuro ser o mais claro o possível partindo de teorias anteriores II É geralmente reconhecido que a análise ricardiana foi considerada para o que nós agora denominamos equilíbrio de longo prazo A contribuição de Marshall consiste principalmente em inserir nisto o princípio marginal e o princípio da substituição junto com uma discussão da passagem de uma posição de equilíbrio de longo prazo a outra Mas ele Marshall assumiu como Ricardo também fez que a quantidade de fatores de produção em uso estavam dados e que o problema era determinar a forma pela qual eles poderiam ser usados e as suas recompensas relativas Edgeworth o professor Pigou outros autores posteriore e escritores contemporâneos têm refinado e melhorado essa teoria ao considerar como diferentes peculiaridades nas formas das funções de oferta dos fatores de produção poderia afetar a matéria o que aconteceria nas condições de monopólio e competição imperfeita até que ponto a vantagem social e individual coincidem quais são os problemas especiais da troca em um sistema aberto e assim por diante Mas estes escritores mais recentes assim como seus predecessores ainda estavam lidando com um sistema em que a quantidade de fatores empregados era conhecida e que outros fatos relevantes eram conhecidos mais ou menos com certeza Isso não significa que eles estavam lidando com um sistema em que a mudança não ocorria ou mesmo em um sistema em que o desapontamento da expectativa não ocorria Mas em qualquer tempo e fatos contexto as expectativas eram assumidas como dadas em uma forma definida e calculável e os riscos dos quais muitos não eram percebidos eram supostos como capazes de computação atuarial exata O cálculo de probabilidade para mencionar o que era mantido no plano de fundo era suposto como capaz de reduzir a incerteza ao mesmo status de cálculo da própria certeza do mesmo modo que o cálculo benthamita de Benthan de dores e prazeres ou das vantagens e desvantagens pelo qual a filosofia benthamita considera que os homens sejam influenciados em seu comportamento ético geral Na verdade nós temos via de regra apenas a mais vaga ideia das consequências diretas de nossos atos Algumas vezes nós não estamos muito preocupados com as consequências mais remotas mesmo quando o tempo e a oportunidade possam ter uma influência importante Mas algumas vezes nós estamos preocupados intensamente com as consequências tanto mais ocasionalmente do que com as consequências imediatas De todas as atividade humanas que são afetadas por essa remota preocupação acontece que uma das mais importantes é de caráter econômico claramente a Riqueza Todo o objetivo da acumulação de Riqueza é gerar resultados ou resultados potenciais em uma data comparativamente distante e algumas vezes em uma data indefinidamente distante Assim o fato de que nosso conhecimento sobre o futuro é flutuante vago e incerto concede à Riqueza a peculiariedade de não ser um objeto adequado para os métodos da teoria econômica clássica Essa teoria deve funcionar bem em um mundo no qual os bens econômicos são necessariamente consumidos dentro de um curto intervalo após a sua produção Mas isso requer eu sugiro que a teoria sofra uma modificação considerável caso ela seja aplicada em um mundo no qual a acumulação de riqueza para um futuro indefinidamente distante seja um fator importante e quanto maior a parte desempenhada por esta acumulação de riqueza mais essencial se torna essa modificação Por conhecimento incerto deixeme explicar eu não quero meramente distinguir o que é conhecido com certeza do que é apenas provável O jogo da roleta não é sujeito neste sentido à incerteza nem a expectativa de ganhar na loteria Victory bond being drawn Ou ainda a expectativa de vida é apenas levemente incerta Mesmo as condições metereológicas são moderadamente incertas O sentido em que eu uso o termo é aquele em que a previsão de um guerra na Europa é incerta ou do preço do cobre e a taxa de juros vigentes daqui a vinte anos ou a obsolescência de uma nova invenção ou a posição dos proprietários de riqueza privada no sistema social de 1970 Sobre estes assuntos não existe base científica de cálculo sobre a qual se possa formar qualquer probabilidade de cálculo Nós simplesmente não sabemos Entretanto a necessidade de ação e de decisão nos compele como homens práticos a nos comportar exatamente como se nós tivéssemos o apoio de um bom cálculo benthamita de uma série de previsões de vantagens e desvantagens cada uma multiplicada por sua probabilidade apropriada aguardando a soma Como nós nos organizamos nestas circunstâncias para nos comportar de uma maneira que preserva nossa face com racional de homens econômicos Nós desenvolvemos para este propósito uma série de técnicas das quais as mais importantes são as três que se seguem 1 Nós assumimos que o presente é um guia mais adequado para o futuro do que uma examinação clara da experiência passada poderia nos mostrar ter sido até agora Em outras palavras nós ignoramos largamente a previsão de mudanças futuras sobre o atual caráter do que nós não conhecemos 2 Nós assumimos que o estado de opinião existente e expresso nos preços e nas características do produto existente está baseado em uma soma de previsões corretas sobre o futuro tanto que nós as aceitamos como tais a menos e até que algo novo e relevante surja no horizonte 3 Sabendo que nosso próprio julgamento individual é desprezível nós nos esforçamos para considerar o julgamento do resto do mundo que talvez seja melhor informado Isto é nós nos esforçamos em acompanhar o comportamento da maioria ou da média A psicologia da sociedade de indivíduos na qual cada um tenta copiar a ação dos outros naquilo que podemos denominar como julgamento convencional Uma teoria prática do futuro baseada nestes três princípios possui características particulares bem destacadas Em particular sendo baseada em um fundação tão frágil ela está sujeita a mudanças repentinas e violentas A prática da prudência e da imobilidade da certeza e da segurança é rompida bruscamente Novos medos e esperanças sem aviso assumem a conduta humana As forças da desilusão podem repentinamente impôr uma nova base convencional de avaliação Todas essas belas e polidas técnicas construídas para um sala de diretoria luxuosa e para um mercado bem regulado estão sujeitas ao colapso Em todos os momentos os receios vagos de pânico e as esperanças igualmente vagas e não razoáveis não são realmente acalmadas e se diluem mas ficam um pouco abaixo da superfície Talvez o leitor sinta que essa argumentação geral e filosófica sobre o comportamento humano seja algo remoto da teoria econômica em discussão Mas eu penso que não Pois este é o modo pelo qual nós nos comportamos no mercado a teoria que nós contruímos no estudo de como nós nos comportamos no mercado não deveria se submeter a ídolos de mercado Eu acuso a teoria econômica clássica de ter sido ela mesma uma destas técnicas belas e polidas que tentam lidar com o presente abstraindo o fato de que nós sabemos muito pouco acerca do futuro Eu ouso dizer que um economista clássico admitiria isso prontamente Mas mesmo assim eu penso que ele ignoraria a natureza precisa da diferença entre a sua abstração teórica e a prática e o caráter das falácias a que ele é provavelmente levado Este é particularmente o caso do tratamento clássico da Moeda e a os Juros E nosso primeiro passo deve ser elucidar o mais claramente possível as funções da Moeda A Moeda é bem sabido serve a dois propósitos principais Por funcionar como unidade de conta ela facilita as trocas sem ser necessário que ela apareça na reflexão como um objeto substantivo Neste sentido ela é uma conveniência desprovida de significância ou influência real Em segundo lugar ela é um estoque de riqueza Assim nos foi dito sem um sorriso no rosto Mas no mundo da economia clássica que uso mais insano para a moeda Pois esta característica da moeda como reserva de valor é reconhecida como sendo estéril ao passo que praticamente todas as outras formas de estocar riqueza rendem algum juro ou lucro Por que alguém com a exceção de um lunático fora de um asilo iria desejar usar a moeda como reserva de valor Porque em parte por motivos razoáveis e em parte por instintivos nosso desejo por possuir Moeda como estoque de riqueza é um barômetro do nosso grau de desconfiança sobre os nossos próprios cálculos e convenções relacionadas ao futuro Mesmo se este sentimento sobre a Moeda for convencional ou instintivo ele opera assim dizendo em um nível mais profundo de nossa motivação Ele ocorre em momentos nos quais as mais elevadas e mais precárias convenções se enfraquecem A posse de moeda acalma a nossa inquietação e o prêmio que nós exigimos para nos separarmos da moeda é a medida do nosso grau de inquietação A significância dessa característica da moeda tem sido geralmente desconsiderada e até onde ela foi notada a natureza essencial do fenômeno foi mal interpretada O que tem atraído a atenção tem sido a quantidade de moeda que é de fato entesourada moeda de fato retida e tem sido dada importância a isso por se supor que isto teria um efeito direto e proporcional sobre o nível de preços através do impacto na velocidade de circulação da moeda Mas a quantidade de entesouramento apenas pode ser alterada se a quantidade de moeda for alterada ou se a quantidade da renda nominal corrente falando de forma geral tiver mudado enquanto as flutuações no grau de confiança são capazes de ter um efeito bem diferente claramente na modificação não da quantidade que de fato é entesourada mas na quantidade do prêmio que deve ser oferecida para induzir as pessoas a não entesourar a não preferir a liquidez máxima moeda E mudanças na propensão a entesourar ou no estado de preferência pela liquidez como eu a tenho denominado afeta primeiramente não os preços mas a taxa de juros qualquer efeito sobre os preços é produzido pela repercussão em última instância da mudança na taxa de juros Assim expressa de forma muito geral é a minha teoria da taxa de juros A taxa de juros obviamente mede como os livros de aritmética afirmam o prêmio que deve ser oferecido para induzir as pessoas a possuírem riqueza em alguma outra forma que não o entesouramento da moeda A quantidade de moeda e a quantidade de moeda que são exigidas pela circulação ativa para as transações dos negócios correntes principalmente dependentes do nível de renda nominal determinam a quantidade que está disponível para os saldos inativos ie para entesourar A taxa de juros é o fator que ajusta na margem a demanda por moeda para entesouramento com a oferta de moeda entesourada Vamos seguir para o próximo estágio do argumento O proprietário de riqueza que foi induzido a não colocar a sua riqueza na forma de moeda entesourada ainda tem duas alternativas entre as quais ele pode escolher E pode emprestar seu dinheiro à taxa de juros corrente comprar títulos de dívida ou ele pode comprar algum tipo de ativos de capital ativos financeiros ou bens de capital Obviamente em equilíbrio estas duas alternativas devem oferecer a mesma vantagem para o investidor marginal Isto ocorre por mudanças nos preços dos ativos de capital em relação aos preços dos empréstimos Os preços dos ativos de capital se modificam até tendo em vista os seus retornos esperados e tendo em conta todos os elementos de dúvida e incerteza conselhos interessados e desinteressados moda convenções e o que possa afetar a mente do investidor que eles ofereçam uma vantagem aparentemente similar ao investidor marginal que está interessado em um tipo de investimento ou outro Assim a primeira repercussão da taxa de juros fixada pela quantidade de moeda e propensão a entesourar preferência pela líquidez é nos preços dos ativos de capital Isto não significa é claro que a taxa de juros é a única influência flutuante sobre estes preços Opiniões sobre o rendimento esperado são elas mesmas sujeitas a bruscas flutuações precisamente pelas razões já levantadas como a base frágil de conhecimento das quais elas dependem Estas opiniões tomadas em conjunto com a taxa de juros é que fixam os preços Indo para o terceiro estágio Ativos de capital aqui como bens de capital mesmo são capazes em geral de serem novamente produzidos A escala na qual eles são produzidos depende é claro da relação entre seus custos de produção e os preços pelos quais se espera que eles sejam vendidos no mercado Assim se o nível da taxa de juros tomado em conjunção com as opiniões sobre os retornos esperados elevar os preços dos ativos de capital ativos financeiros e bens de capital o volume do investimento corrente ou seja o valor do produto de novos bens de capital recém produzidos irá se elevar enquanto que se de outro lado estas influências reduzirem os preços dos ativos de capital o volume do investimento corrente irá diminuir Não é surpreendente que o volume de investimento assim determinado deva flutuar largamente de tempos em tempos Pois ele depende de dois conjuntos de julgamentos sobre o futuro e nenhum deles repousa sobre um fundação segura e adequada ou seja sobre a propensão a entesourar preferência pela liquidez e sobre as opiniões sobre o rendimento futuro dos ativos de capital ativos financeiros e bens de capital Também não há qualquer razão para supor que as flutuações de um destes fatores tenda a compensar as flutuações do outro Quando uma visão mais pessimista é tomada sobre os rendimentos futuros não existe qualquer razão para se diminuir a propensão a entesourar preferência pela liquidez Na verdade as condições que agravam um dos fatores tende como regra a agravar o outro As mesmas circunstâncias que levam a visões pessimistas sobre os rendimentos futuros são capazes de elevar a propensão a entesourar preferência pela liquidez O único elemento de autocorreção do sistema emergiria em um estágio muito posterior e em grau incerto Se um declínio no investimento levar a um declínio no produto como um todo isso pode causar por mais razões do que uma uma redução na quantidade de moeda exigida para a circulação ativa o que irá levar a uma maior quantidade de moeda para a circulação inativa que irá satisfazer a propensão a entesourar a um nível menor de taxa de juros o qual irá elevar os preços dos ativos de capital o que irá elevar a escala do investimento o que irá restaurar em alguma medida o nível de produto como um todo Isso completa o primeiro capítulo do argumento destacadamente a suscetibilidade da escala de investimento para flutuar por razões bem distintas a aquelas que determinam a propensão individual a poupar de uma dada renda e b as relacionas às condições físicas da capacidade técnica que auxiliam a produção e que foram supostas usualmente até hoje como a influência chefe em determinar a eficiência marginal do capital Se por outro lado nosso conhecimento sobre o futuro fosse calculável e não sujeito a mudanças bruscas poderia ser justificável assumir que a curva de preferência pela liquidez fosse estável e muito inelástica Neste caso um pequeno declínio na renda nominal poderia levar a uma grande queda na taxa de juros provavelmente suficiente para elevar o produto e o emprego à totalidade4 Nestas condições nós poderiamos supor de forma razoável que a totalidade dos recursos disponíveis seriam normalmente empregados e as condições requeridas pela teoria ortodoxa seriam satisfeitas 4 Quando o professor Viner considera que eu atribuo à preferência pela liquidez uma importância grandemente exagerada ele deve querer dizer que eu exagero a sua instabilidade e sua elasticidade Mas se ele está certo um pequeno declínio na renda nominal poderia levar como dito antes a uma grande queda na taxa de juros Eu defendo que a experiência indica o contrário III A minha próxima diferença com a teoria tradicional referese à sua aparente convicção de que não existe necessidade de se eleborar uma teoria da oferta e da demanda do produto como um todo A flutuação do investimento devido às razões descritas teria algum efeito sobre a demanda pelo produto como um todo e consequentemente sobre a escala de produção e emprego Que resposta a teoria clássica poderia dar a esta questão Eu acredito que ela não dá nenhuma resposta nunca direcionou ao assunto qualquer pensamento a teoria da demanda efetiva isto é a demanda pelo produto como um todo tem sido inteiramente negligenciada por mais de cem anos Minha própria resposta à esta questão envolve considerações recentes Eu digo que a demanda efetiva é composta por dois itens o gasto em investimento da maneira que foi explicada a pouco e o gasto em consumo O que governa a quantidade de gasto em consumo Ela depende principalmente do nível de renda A propensão das pessoas para gastar como eu a denomino é influenciada por vários fatores tais como a distribuição da renda a atitude normal em relação ao futuro e provavelmente em menor grau pela taxa de juros Mas no principal a prevalência da lei psicológica parece ser que quando a renda agregada se eleva o gasto em consumo também se eleva mais em uma menor extensão Essa é uma conclusão bem óbvia Ela simplesmente afirma que uma elevação na renda irá se dividir em alguma proporção ou em outra entre gastos e poupança e que quando nossa renda aumenta é extremamente improvável que isso terá o efeito de nos fazer gastar menos ou poupar menos do que antes Essa lei psicológica foi da maior importância para o desenvolvimento do meu próprio pensamento e ela é eu penso absolutamente fundamental para a teoria da demanda efetiva como está apresentada em meu livro Mas poucos críticos ou comentadores até agora têm dados atenção particular a ela Segue deste princípio extremamente óbvio uma importante ainda que não familiar conclusão As rendas são parcialmente criadas por empresários que produzem para investimento e parcialmente por empresários que produzem para consumo A quantidade que é consumida depende da quantidade de renda que assim é criada Por isso a quantidade de bens de consumo que irá compensar aos empresários produzirem depende da quantidade de bens de investimento que eles estão produzindo Se por exemplo o público tem o hábito de gastar nove décimos de sua renda em bens de consumo seguese que se os empresários produzissem bens de consumo a um custo nove vezes maior que o custo dos bens de investimento que eles estão produzindo alguma parte do produto não poderia ser vendida ao preço que cobre o custo de produção Os bens de consumo no mercado que tivessem um custo nove vezes maior que a renda agregada do público estariam em excesso em relação á demanda do público que é por hipótese de apenas nove décimos Assim os empresários incorreriam em perdas até que eles reduzissem seu produto de bens de consumo até uma quantia que não exceda nove vezes o produto corrente de bens de investimento A formula não é logicamente tão simples como nesta ilustração A proporção da renda que o público escolherá consumir não será uma constante e na maior parte dos casos outros fatores também são relevantes Mas existe sempre uma fórmula mais ou menos deste tipo relacionando o produto de bens de consumo que compensa produzir com o produto de bens de investimento e eu dei atenção a isso em meu livro sob o nome de Multiplicador O fato de que um aumento no consumo ser capaz de por si mesmo estimular o investimento ainda mais apenas fortalece o argumento Que o nível de produto de bens de consumo que é lucrativo para o empresário deva estar relacionado por uma fórmula deste tipo ao produto de bens de investimento depende de suposições de caráter simples e óbvio A conclusão parece pra mim estar além de qualquer disputa Ainda que as consequências que se seguem disto sejam ao mesmo tempo não familiares e da maior importância possível A teoria pode ser sintetizada dizendose que dada a psicologia do público o nível de produto e emprego como um todo dependem da magnitude do investimento Eu coloco desta forma não porque este seja o único fator sobre o qual o produto agregado dependa mas porque é usual em um sistema complexo considerar como causa causans o fator que é mais suscetível a bruscas e amplas flutuações Mais compreensivamente o produto agregado depende da propensão a entesourar preferência pela liquidez do efeito da política da autoridade monetária sobre a quantidade de moeda do estado de confiança sobre os rendimentos esperados dos ativos de capital da propensão a gastar e dos fatores sociais que influenciam o nível dos salários nominais Mas de todos estes diversos fatores são aqueles que determinam a taxa de investimento os menos confiáveis desde que são eles que são influenciados por nossas visões sobre o futuro do qual sabemos tão pouco Assim o que eu ofereço é uma teoria de por quê o produto e o emprego são tão suscetíveis a flutuações Ela não oferece um remédio pronto para evitar estas flutuações e para manter o produto em um nível estável ótimo Mas ela é propriamente falando uma Teoria do Emprego porque explica por quê em qualquer circunstância o emprego é o que é Naturalmente eu estou interessado não apenas no diagnóstico mas também na cura e muitas páginas do meu livro estão devotadas a está última Mas eu considero que minhas sugestões para a cura as quais reconhecidamente não estão elaboradas completamente estão em um plano diferente do plano do diagnóstico Elas não pretendem ser definitivas elas estão sujeitas a todos os tipos de suposições especiais e estão necessariamente relacionadas às condições particulares do momento Mas minhas principais razões para rejeitar a teoria tradicional vão muito mais fundo do que isso Elas são de caráter altamente geral e buscam ser definitivas Eu sintetizo daqui em diante as principais bases para a minha rejeição como se segue 1 A teoria ortodoxa assume que nós temos o conhecimento do futuro de uma forma bastante diferente da qual nós realmente possuímos Essa falsa racionalização segue as linhas do cálculo benthamita A hipótese de futuro calculável leva a interpretações errôneas sobre os princípios do comportamento que a necessidade de ação nos compele a adotar e a uma subestimação dos fatores ocultos de dúvida extrema precariedade esperança e medo O resultado tem sido o de uma teoria equívocada da taxa de juros É verdade que a necessidade de equalizar as vantagens da escolha entre emprestar dinheiro e possuir ativos requer que a taxa de juros deva ser igual à eficiência marginal do capital Mas isso não nos diz a que nível a igualdade será efetiva A teoria ortodoxa considera que a eficiência marginal do capital estabelece o passo Mas a eficiência marginal do capital depende do preço dos ativos de capital e desde que esse preço determina a taxa do novo investimento ele é consistente em equilíbrio com apenas um nível dado de renda Assim a eficiência marginal do capital não é determinada a menos que o nível de renda seja dado Em um sistema no qual o nível de renda é capaz de flutuar a teoria ortodoxa tem uma equação a menos do que o necessário para dar a solução A razão indubitável de por quê o sistema ortodoxo falhou em descobrir esta discrepância é porque ele sempre assumiu tacitamente que a renda está dada claramente ao nível correspondente ao emprego de todos os recursos disponíveis Em outras palavras o sistema ortodoxo está assumindo tacitamente que a política monetária é tal que ela mantém a taxa de juros em um nível compatível com o pleno emprego Ele o sistema ortodoxo é incapaz de lidar com o caso geral em que o emprego está suscetível a flutuar Assim ao invés da eficiência marginal do capital determinar a taxa de juros é mais verdadeiro sem se pretender ser o ponto final do assunto que é a taxa de juros que determina a eficiência marginal do capital 2 A teoria ortodoxa poderia ter descoberto o defeito acima se não tivesse ignorado a necessidade de uma teoria da oferta e da demanda do produto como um todo Eu duvido que muitos economistas modernos realmente aceitem a Lei de Say de que a oferta cria a sua própria demanda Mas eles não tem prestado atenção de que eles estão tacitamente assumindo a lei Por isso a lei psicológica subjacente ao Multiplicador escapou por completo Não foi observado que a quantidade de bens de consumo que compensa aos empresários produzirem é uma função da quantidade de bens de investimento que compensa ser produzida A explicação está para ser encontrada eu suponho na suposição tácita de que cada indivíduo gasta a totalidade de sua renda ou em consumo ou na compra direta ou indireta de novos bens de capital Mas aqui novamente eu dúvido que algum economista contemporâneo realmente acredite nisto Eles tem descartado todas está ideias antigas da demanda efetiva de Malthus sem estarem atentos para as consequências J M Keynes Kings College Cambridge