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Sistemas de Informação ·
Introdução à Contabilidade
· 2023/2
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS CONTABILIDADE DE INTRODUTÓRIA TRABALHO II NOME:_____________________________________________________ NOTA:_____ INFORMAÇÕES: - Trabalho em grupo de 5 componentes. Instrução: Etapa 1 – Escolher uma empresa listada na Brasil, Bolsa e Balcão (B3). A empresa não pode ser Banco, Financeira, Holding, Seguradora e etc. Sugere-se escolher empresas tradicionais, como: Petrobras, Vale, Ambev e etc. Etapa 2 – Acessar o site: https://www.b3.com.br/pt_br/produtos-e-servicos/negociacao/renda- variavel/empresas-listadas.htm e digitar o nome da empresa. Etapa 3 – No canto superior direito, clicar em “Sobre a Empresa” e selecionar “Relatórios Estruturados”. Clicar em Demonstrações Financeiras Padronizadas”, para abrir o Balanço e DRE da empresa, referente ao ano de 2022. Para ver os demais anos, deve-se clicar no “Ano”, logo abaixo do nome da empresa e selecionar 2022, 2021 e etc. No ano de 2022, o aluno encontrará o Balanço e DRE, referente ao ano de 2021. Idem para o ano de 2020. Os dados do Balanço e DRE serão utilizados para cálculo dos indicadores econômicos. Os indicadores calculados serão: Análise Vertical, Análise Horizontal, Indicadores de Liquidez, Indicadores de Endividamento e Indicadores de Rentabilidade. Etapa 4 – Coletar os dados do Balanço e DRE, da empresa, referente aos anos de 2022, 2021 e 2020. Etapa 5 – Fazer a Análise Vertical e Horizontal, referente aos anos de 2022, 2021 e 2020 (ver anexo 1). Etapa 6 – Calcular os indicadores (ver anexo 2) Etapa 7 – Fazer um relatório executivo analisando a situação da empresa nos três anos analisados. Máximo 2 páginas, contendo uma breve introdução da empresa, o contexto econômico atual do país e do setor, e os principais resultados analisados, conforme a percepção do discente. Deve-se entregar a base de cálculo juntamente com o relatório. UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS CONTABILIDADE DE INTRODUTÓRIA TRABALHO II Anexo 1 – ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL A Análise Vertical e Horizontal visa estudar as tendências de performances das empresas. Alterações de procedimentos contábeis causados pela legislação comercial, fiscal e tributária, além das altas taxas de inflação com as quais o Brasil conviveu durante muitos anos são motivos que dificultaram o uso mais intenso da Análise Vertical e, principalmente da Horizontal. Este trabalho consiste em se estabelecer comparações entre diversos números de uma demonstração com outros números da mesma demonstração, no caso da análise vertical ou ainda comparar um número da rubrica de uma demonstração com o número da mesma rubrica na demonstração do exercício anterior, fazendo a análise horizontal. Exercício: Faça a Análise Horizontal e Vertical da seguinte Demonstração Contábil: 20X1 AV 20X1 20X2 AV20X2 AH X2xX1 ATIVO Circulante Disponibilidades Caixa e Bancos 1202 1351 Aplic. Liquidez Imediata 4482 4155 5684 5506 Clientes Duplicatas a Receber 37454 59117 Ajuste de Prov. Cred. Liq. Duvid. -1132 -1476 Duplicatas Descontadas -10100 -20226 26222 37415 Estoques Prod. Acab. 8469 29060 Prod em Processo 3255 11329 Matéria Prima 14370 12986 26094 53375 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS CONTABILIDADE DE INTRODUTÓRIA TRABALHO II Total A. Circulante 58000 96296 Não Circulante Permanente Investimentos Ações de outras empresas 2100 4120 Incentivos Fiscais 410 915 2510 5035 Imobilizado Imóveis 13300 21200 Instalações 2060 9100 Máquinas Equip. 7300 26500 Veículos 5290 10150 Móveis e utens. 1710 3110 Deprec. Acum. -5572 -9336 Imob em Andamento 20200 24088 80924 Intangíveis Fundo de comércio Desp. pré operacionais 2100 Total do Ativo Permanente 26598 88059 Total do Ativo 84598 184355 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS CONTABILIDADE DE INTRODUTÓRIA TRABALHO II PASSIVO Circulante Fornecedores 24612 32816 INSS a Recolher 1854 2640 FGTS a recolher 630 822 Impostos a pagar 4230 4428 Dividendos a pagar 1890 1036 Contas a pagar 970 2173 Empréstimos Bancários 2294 8061 Total P. Circulante 36480 51976 Não Circulante Exigível a Longo Prazo Empréstimos Bancários 10920 40706 Financiamentos 19414 Total ELP 10920 60120 Patrimônio Líquido Capital Social 22825 43660 Reservas de Capital 8491 17144 Reservas de Lucro Reserva Legal 388 516 Lucros Acumulados 5494 10939 Total do Patrimônio. Líquido 37198 72259 Total do Passivo 84598 184355 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS CONTABILIDADE DE INTRODUTÓRIA TRABALHO II 20X1 AV 20X1 20X2 AV20X2 AH X2xX1 ATIVO Circulante Disponibilidades Caixa e Bancos 1202 1,42 1351 0,73 12,40 Aplic. Liquidez Imediata 4482 5,30 4155 2,25 -7,30 5684 6,72 5506 2,99 -3,13 Clientes 0,00 0,00 Duplicatas a Receber 37454 44,27 59117 32,07 57,84 Ajuste de Prov. Cred. Liq. Duvid. -1132 -1,34 -1476 -0,80 30,39 Duplicatas Derscontadas -10100 -11,94 -20226 -10,97 100,26 26222 31,00 37415 20,30 42,69 Estoques 0,00 0,00 Prod. Acab. 8469 10,01 29060 15,76 243,13 Prod em Processo 3255 3,85 11329 6,15 248,05 Matéria Prima 14370 16,99 12986 7,04 -9,63 26094 30,84 53375 28,95 104,55 Total A. Circulante 58000 68,56 96296 52,23 66,03 Não Circulante Permanente 0,00 0,00 Investimentos 0,00 0,00 Ações de outras empresas 2100 2,48 4120 2,23 96,19 Incentivos Fiscais 410 0,48 915 0,50 123,17 2510 2,97 5035 2,73 100,60 Imobilizado 0,00 0,00 Imóveis 13300 15,72 21200 11,50 59,40 Instalações 2060 2,44 9100 4,94 341,75 Máquinas Equip. 7300 8,63 26500 14,37 263,01 Veículos 5290 6,25 10150 5,51 91,87 Móveis e utens. 1710 2,02 3110 1,69 81,87 Deprec. Acum. -5572 -6,59 -9336 -5,06 67,55 Imob em Andamento 0,00 20200 10,96 100,00 24088 28,47 80924 43,90 235,95 Intangível 0,00 0,00 Desp. Pré operacionais 0,00 2100 1,14 100,00 Total do Ativo Permanente 26598 31,44 88059 47,77 231,07 Total do Ativo 84598 100,00 184355 100,00 117,92 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS CONTABILIDADE DE INTRODUTÓRIA TRABALHO II PASSIVO Circulante Fornecedores 24612 29,09 32816 17,80 33,33 INSS a Recolher 1854 2,19 2640 1,43 42,39 FGTS a recolher 630 0,74 822 0,45 30,48 Impostos a pagar 4230 5,00 4428 2,40 4,68 Dividendos a pagar 1890 2,23 1036 0,56 -45,19 Contas a pagar 970 1,15 2173 1,18 124,02 Empréstimos Bancários 2294 2,71 8061 4,37 251,39 Total P. Circulante 36480 43,12 51976 28,19 42,48 NÃO CIRCULANTE Exigível a Longo Prazo 0,00 0,00 Empréstimos Bancários 10920 12,91 40706 22,08 272,77 Financiamentos 0,00 19414 10,53 100,00 Total ELP 10920 12,91 60120 32,61 450,55 Patrimônio Líquido 0,00 0,00 Capital Social 22825 26,98 43660 23,68 91,28 Reservas de Capital 8491 10,04 17144 9,30 101,91 Reservas de Lucro 0,00 0,00 Reserva Legal 388 0,46 516 0,28 32,99 Lucros Acumulados 5494 6,49 10939 5,93 99,11 Total do Patrimônio. Líquido 37198 43,97 72259 39,20 94,26 Total do Passivo 84598 100,00 184355 100,00 117,92 Anexo 2 - DESCRIÇÃO DETALHADA DOS ÍNDICES ESTRUTURA DE CAPITAIS Os índices pertencentes a este grupo servem para mostrar as grandes linhas de decisões financeiras em termos de obtenção e aplicação de recursos. UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS CONTABILIDADE DE INTRODUTÓRIA TRABALHO II Participação de Capitais de Terceiros: CT PL Formula: Capitais de Terceiros x 100 Patrimônio Líquido Serve para indicar o quanto a empresa tomou de capitais de terceiros para cada R$100 de capital próprio investido. Quanto menor este índice menos dívidas para com terceiros a empresa terá. Exemplo: 20X1 20X2 Capitais de Terceiros 1.550.987,00 2.320.980,00 Patrimônio Líquido 1.200.987,00 1.600.000,00 Índice de Participação de 1.550.987,00 x100 = 129% 2.320.980,00 x 100 = 145% Capitais de Terceiros 1.200.987,00 1.600.000,00 Estes dois índices mostram que em 20X1, para cada R$ 100 de capital próprio (Patrimônio Líquido), a empresa tomou R$129 de Capitais de Terceiros e que, em 20X2, para cada R$ 100 próprios, tomou R$ 145 emprestados. Com isso podemos notar qual é a proporção entre Capitais de Terceiros e Patrimônio Líquido utilizada pela empresa. O Índice de Participação de Capitais de Terceiros relaciona, portanto, as duas grandes fontes de recursos da empresa, ou seja, Capitais Próprios e Capitais de Terceiros. É um indicador de risco ou de dependência a terceiros, por parte da empresa ora analisada. Podemos chamar este índice também de Grau de Endividamento. Olhando pelo lado estritamente financeiro, quanto maior a relação Capitais de Terceiros/Patrimônio Líquido menor a liberdade de decisões financeiras da empresa UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS CONTABILIDADE DE INTRODUTÓRIA TRABALHO II ou maior a dependência a esses terceiros. Entretanto, se olharmos pelo ponto de vista da obtenção de lucro, pode ser vantajoso para a empresa trabalhar com capitais de terceiros caso a remuneração a ser paga a esses capitais seja menor que o lucro conseguido com a sua aplicação nos negócios. Portanto, ao abordarmos o Índice de Participação de Capitais de Terceiros estaremos fazendo uma análise exclusivamente do ponto de vista financeiro, ou seja, do risco de insolvência e não em relação ao lucro ou prejuízo a ser apurado pela empresa. Para uma apreciação melhor sobre o nível de endividamento da empresa exemplificada acima, é preciso comparar os seus Índices com os Índices de outras empresas que militam no mesmo ramo de atividade da que está sendo agora analisada. Agindo dessa forma nos certificaremos, caso a empresa esteja muito fora dos padrões, sobre a sua real situação. A análise de vários outros índices poderá nos fornecer explicações que nos orientem mais sobre a realidade da empresa em análise. Cada empresa, no entanto, é um espécime único e, mesmo que existam outras firmas congêneres, cada uma tem a sua forma de organização, de produção, de vendas, de pessoal e financeira própria em função do que dependerá sua capacidade de adaptação, sua sobrevivência, seu crescimento ou sua própria expansão. Algumas variáveis importantes na definição da capacidade de endividamento são: .Geração de recursos. Uma empresa capaz de gerar recursos para amortizar as dívidas não deixa de ter capacidade de endividar-se. .Liquidez. Se uma empresa toma recursos, investe-os em seu giro comercial e dispõe de um bom capital próprio, investido no Ativo Circulante, então o efeito negativo sobre a liquidez será muito menor que no caso da empresa que imobiliza todos os recursos próprios e mais uma parte dos Capitais de Terceiros. Neste caso a liquidez tende a ser afetada e, consequentemente, aumenta o risco de insolvência. .Renovação. Se a empresa conseguir renovar as dívidas vencidas, não terá problemas de insolvência. Dizem que: "dívida não se paga, administra-se". Isto ocorre porque a empresa recorre a Capitais de Terceiros por insuficiência de Capitais UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS CONTABILIDADE DE INTRODUTÓRIA TRABALHO II Próprios fazendo com que estes terceiros passem a financiar parte do seu Ativo. Para pagar totalmente os terceiros é necessário reduzir o Ativo e, normalmente, as empresas não querem fazer isto. Neste caso a alternativa é manter o nível de Capital de Terceiros renovando empréstimos ou tomando novos para pagar os antigos. Ocorre que nem sempre a empresa consegue lograr êxito em renovar empréstimos ou tomar novos para pagar os antigos. Deste sucesso poderá depender a continuidade da empresa. Composição do Endividamento: Fórmula: Passivo Circulante x 100 Capitais de Terceiros Este índice mostra o percentual de obrigações de curto prazo em relação às obrigações totais para com terceiros. Quanto menor este índice menos dívidas de curto prazo a empresa terá em relação ao total de dívidas para com terceiros. Depois de conhecer o grau de Participação de Capitais de Terceiros é necessário saber qual a composição dessas dívidas. Uma coisa é ter dívidas de curto prazo que precisam ser pagas com os recursos possuídos hoje, mais aqueles gerados a curto prazo; outra coisa é ter dívidas a longo prazo, pois aí a empresa dispõe de tempo para gerar recursos para pagar essas dívidas. 20X1 20X2 Passivo Circulante 830.063,00 920.777,00 Capitais de Terceiros 1.550.987,00 2.320.980,00 Índice de Composição do Endividamento 830.063,00 = 53,52% 920.777,00 = 39,67% UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS CONTABILIDADE DE INTRODUTÓRIA TRABALHO II 1.550.987,00 2.320.980,00 Estes índices indicam que se em 20X1 a empresa tinha mais da metade de suas dívidas vencíveis no curto prazo, em 20X2 este percentual caiu para menos de 40% melhorando o perfil da dívida na medida em que a maior parte dela deverá ser paga num espaço de tempo maior. Imobilização do Patrimônio Líquido: AP PL Fórmula: Ativo Permanente x 100 Patrimônio Líquido Este índice demonstra quanto a empresa aplicou no Ativo Permanente para cada $100 de Patrimônio Líquido. Quanto menor for o investimento de Capital Próprio no Ativo Permanente maior será a sobra de recursos próprios a serem investidos no Ativo Circulante. Caso o Capital de Terceiros custe muito caro ou ainda seja tomado a curto prazo, quanto menor for este índice melhor será para a empresa. O ideal em termos financeiros é a empresa dispor de Patrimônio Líquido suficiente para cobrir o Ativo Permanente e ainda sobrar uma parcela do Patrimônio Líquido suficiente para financiar o Ativo Circulante. Entendemos que a empresa deva dispor de uma certa liberdade de comprar e vender sem precisar correr o tempo todo atrás de bancos que financiem suas operações. Exemplo: 20X1 20X2 Ativo Permanente 957.122,50 2.143.598,75 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS CONTABILIDADE DE INTRODUTÓRIA TRABALHO II Patrimônio Líquido 1.338.576,25 1.758.906,25 Índice de Imobilização do Patrimônio Líquido 20X1 20X2 957.122,50 x 100 = 71,5% 2.143.598,75 x 100 = 121,87% 1.338.576,25 1.758.906,25 O índice de imobilização de 20X1 mostra que mais de 71% do Patrimônio Líquido foram investidos no Ativo Permanente. Os restantes 28,5% acham-se aplicados no Ativo Circulante. Essa parcela de 28,5% do Patrimônio Líquido é chamada de Capital Circulante Próprio . Por sua vez verificamos que em 20X2 o índice de imobilização subiu para 121,87% significando que para cada $100 existentes de Patrimônio Líquido a empresa aplicou mais de $121 no Ativo Permanente, ou seja, imobilizou todo o Patrimônio Líquido mais recursos de terceiros equivalentes a 21,87% do montante do P.L. Nesse caso, o Ativo Circulante é totalmente financiado por Capitais de Terceiros, os quais financiam ainda uma parte do Ativo Permanente. Assim a empresa está em mãos de terceiros para o financiamento de seu giro comercial (Ativo Circulante) e depende ainda desses mesmos terceiros para o financiamento de uma parte de seu parque industrial (Ativo Permanente). Independentemente de comparações com padrões e outros concorrentes podemos dizer que esta situação para uma empresa não é tranquila. Podemos compará-la com a situação de uma pessoa que, para se manter viva, deve tomar obrigatoriamente, todos os dias, determinados remédios. Pode ocorrer que essa pessoa leve uma vida tranquila e tenha vida longa. A dependência à medicação, contudo, é sinal de que sua saúde não é muito boa. A medicação para a empresa citada em nosso exemplo será o esforço contínuo de renovar os empréstimos de curto UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS CONTABILIDADE DE INTRODUTÓRIA TRABALHO II prazo, bem como o de gerar caixa para pagar os financiamentos do Ativo Permanente, através de financiamentos de longo prazo, à medida que forem vencendo. Imobilização dos Recursos não Correntes: AP PL+PNC Fórmula: Ativo Permanente x 100 Patrimônio Líquido+ Passivo não Circulante Este índice nos informa qual é o percentual de Recursos não Correntes que a empresa aplicou no Ativo Permanente. Exemplo: 20X1 20X2 Ativo Permanente 957.122,50 2.143.598,75 Passivo não Circulante 392.950,00 1.463.485,00 Patrimônio Líquido 1.338.576,25 1.758.981,25 Recursos não Correntes 1.731.526,25 3.222.466,25 Índice de Imobilização de Recursos não Correntes 20X1 20X2 957.122,50 = 55,28% 2.143.598,75 = 66,52% 1.731.526,25 3.222.466,25 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS CONTABILIDADE DE INTRODUTÓRIA TRABALHO II Estes índices servem para demonstrar que a empresa destinou ao Ativo Permanente em 20X1 mais de 55% e em 20X2 mais de 66% dos Recursos não Correntes. Sabemos que os itens pertencentes ao Ativo Fixo possuem vida útil que pode variar de 2 a 25 anos, talvez até mais. Sabemos também que não é estritamente necessário financiar todo o Imobilizado com recursos próprios sempre. É possível utilizar recursos de longo prazo, desde que o prazo seja compatível com o de duração do Imobilizado ou então que o prazo seja suficiente para a empresa gerar recursos capazes de resgatar as dívidas de longo prazo contraídas para a sua obtenção. É por isso que comparamos as aplicações fixas (Ativo Permanente) com os Recursos não Correntes (Patrimônio Líquido + Passivo não Circulante). É importante sabermos, entretanto, que este índice não deve geralmente ser superior a 100%. Ainda que a empresa quase não tenha necessidade de possuir Ativo Circulante (como no caso de empresas transportadoras), é necessário haver um pequeno excesso de Recursos não Correntes, em relação às imobilizações, destinado ao Ativo Circulante. A parcela de Recursos não Correntes destinada ao Ativo Circulante é denominada Capital Circulante Líquido (CCL). No exemplo dado acima a empresa destinou aproximadamente 55% dos Recursos não Correntes para o Ativo Permanente. Assim, os outros 45% dos Recursos não Correntes foram para o Ativo Circulante, parcela esta que chamamos de Capital Circulante Líquido (CCL). O CCL aparece então como sendo a folga financeira a curto prazo com a qual a empresa conta para o seu giro. São financiamentos que não serão cobrados a curto prazo. O CCL é formado por duas parcelas: o Capital Circulante Próprio e o Passivo não Circulante. UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS CONTABILIDADE DE INTRODUTÓRIA TRABALHO II CCL= PL + PNC - AP ===> CCL = PL - AP + PNC ===> CCL = CCP + PNC onde: CCL = Capital Circulante Líquido CCP = Capital Circulante Próprio PL = Patrimônio Líquido AP = Ativo Permanente PNC = Passivo Não Circulante Portanto, podemos afirmar que a folga financeira de uma empresa deve-se aos recursos próprios mais as exigibilidades de longo prazo investidos no Ativo Circulante. No exemplo dado acima, em 20X2 a empresa investiu aproximadamente 66% dos Recursos não Correntes no Ativo Fixo, destinando aproximadamente 34% para o Ativo Circulante. Verificamos também que esses recursos não Correntes destinados ao Ativo Circulante são constituídos exclusivamente de Exigível a Longo Prazo. E como verificamos que a empresa imobilizou recursos superiores ao Patrimônio Líquido, sendo esse excesso de imobilização financiado pelo Exigível a Longo Prazo podemos deduzir que este mesmo Exigível a Longo Prazo precisou cobrir sozinho o Capital Circulante Líquido. Se por um lado a inexistência de Capital Circulante Próprio representa um fator negativo, a empresa compensou esta falha constituindo o Capital Circulante Líquido através de financiamentos de longo prazo. Quando o Capital Circulante Próprio ficar negativo, como aconteceu em 20X2, a empresa perde parte de sua liberdade financeira, o que não quer dizer que tenha obrigatoriamente complicações. A insuficiência de Patrimônio Líquido representada pelo Capital Circulante Próprio negativo pode ser corrigida com adequado financiamento de longo prazo que suprima a necessidade de CCL. Caso a empresa venha a gerar recursos suficientes para o pagamento dos financiamentos de longo prazo talvez nem perceba a diferença entre ter e não ter Capital Circulante Próprio. É comum inclusive, em bons projetos de expansão o Capital Circulante Próprio ficar UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS CONTABILIDADE DE INTRODUTÓRIA TRABALHO II negativo. O risco, contudo reside no fato de a empresa não gerar recursos suficientes e não conseguir pagar os financiamentos de longo prazo. Obs.: Quanto ao Realizável a Longo Prazo (Ativo Não Circulante) As empresas comerciais e industriais possuem tipicamente dois tipos de investimentos: * Um para a instalação de sua capacidade produtiva (imóveis, máquinas, equipamentos, etc.), investimentos esses realizados em caráter permanente e, por isso, classificados no grupo "Permanente" do Ativo. * O outro é o investimento em giro que compreende os estoques, as contas a receber, o disponível e outros valores realizáveis dentro do ciclo dos negócios que surgem naturalmente, como seguros antecipados, impostos a recuperar, adiantamentos etc. Esses investimentos sofrem constante movimentação, daí serem classificados no grupo "Circulante". Normalmente, não sobra espaço para o Realizável a Longo Prazo. Entretanto este pode surgir em duas situações: (1) como um investimento operacional em giro cujo prazo de realização é superior a um ano (produtos de longa execução ou estoque de longa maturação) ou (2) como um investimento não operacional que será realizado a longo prazo, como é o caso de títulos a receber, resgate de obrigações com a Eletrobrás etc. LIQUIDEZ Este grupo possui índices que tem a finalidade de demonstrar a base da situação financeira da empresa. UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS CONTABILIDADE DE INTRODUTÓRIA TRABALHO II Entretanto, muitas pessoas confundem índices de liquidez com índices de capacidade de pagamento. Os índices de liquidez não são índices extraídos do fluxo de caixa que comparam as entradas com as saídas de dinheiro. São índices que, a partir do confronto do Ativo Circulante com as Dívidas, procuram medir o quanto é sólida a base financeira da empresa. Uma empresa com bons índices de liquidez tem condições de ter boa capacidade de pagar suas dívidas, mas não estará, obrigatoriamente, pagando suas dívidas em dia em função de outras variáveis como prazo, renovação de dívidas etc. Liquidez Geral: LG Fórmula: Ativo Circulante + Ativo não Circulante Passivo Circulante + Passivo não Circulante Esse índice possui a finalidade de demonstrar o quanto a empresa possui no Ativo Circulante e Não Circulante para cada $1,00 de dívidas para com terceiros. O índice de imobilização do Patrimônio Líquido, como foi visto acima mostra qual percentual do Patrimônio Líquido estava imobilizado e qual foi aplicado no giro dos negócios. Com os índices de liquidez podemos saber se o percentual investido no Ativo Circulante é ou não suficiente para proporcionar uma boa base financeira para a empresa. Exemplo: 20X1 20X2 Ativo Circulante 2.450.600,00 2.836.463,75 Passivo Circulante 1.676.196,25 1.757.596,25 Passivo não Circulante 392.950,00 1.463.485,00 Liquidez Geral 2.450.600,00 = 1,18 2.836.463,75 = 0,88 2.069.146,25 3.221.081,25 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS CONTABILIDADE DE INTRODUTÓRIA TRABALHO II O índice de Liquidez Geral de 20X1, igual a 1,18 indica que para cada $1 de dívida a empresa tem $1,18 de investimentos realizáveis a curto prazo, ou seja, consegue pagar todas as suas dívidas e ainda dispõe de uma folga, excedente ou margem, de 18% (ou de $0,18 para cada $1 de dívida). Esses 18% ocorrem graças ao Capital Circulante Próprio. No exemplo dado acima podemos verificar que de 20X1 para 20X2 o Ativo Circulante tornou-se menor que o Exigível Total. Em 20X1, o Ativo Circulante contava com a totalidade dos Capitais de Terceiros e com uma parcela do Patrimônio Líquido. Em 20X2, já não conta com nada do Patrimônio Líquido e também perdeu parte dos Capitais de Terceiros (que foram investidos no Ativo Permanente). Dessa forma, o Ativo Circulante ficou menor que os Capitais de Terceiros: para cada $ 1 de dívida existem investimentos circulantes de $ 0,88. Este fato não indica que a empresa esteja em insolvência caso levemos em consideração os seguintes aspectos: O índice de 1,18 de 20X1 significa que a empresa poderia pagar suas dívidas totais, mesmo aquelas de longo prazo, com os recursos que possui hoje, no Ativo Circulante, e ainda haveria uma sobra de 18%. Esta sobra representa uma espécie de "reserva" ou "margem de segurança". Podemos concluir, neste caso, que a situação financeira da empresa tende a ser satisfatória, pois existem condições para isso. Quando se compara o índice da empresa com padrões do ramo pode-se atribuir um conceito qualitativo (ótimo, bom, regular, etc.), mas, em princípio, a empresa está satisfatoriamente estruturada do ponto de vista financeiro. Já o índice de 0,88 obtido em 20X2 revela que a empresa não conseguiria pagar, naquela data, a totalidade de suas dívidas. A primeira conclusão é de que já não possui a mesma boa situação do ano anterior, pois, agora, em vez de margem de segurança, existe insuficiência de $0,12 para cada $1 de dívida. Entretanto é necessário que saibamos também que as UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS CONTABILIDADE DE INTRODUTÓRIA TRABALHO II dívidas de longo prazo não vencem já e que até o seu vencimento a empresa poderá gerar recursos. Aqui se encontra, portanto, a diferença entre dois índices: em 20X1 a empresa não dependia da geração de recursos futuros para liquidar suas dívidas; em 20X2 criou-se essa dependência. Liquidez Corrente: LC Fórmula: Ativo Circulante Passivo Circulante Este índice tem a finalidade de demonstrar o quanto a empresa possui no Ativo Circulante para cada $ 1,00 de Passivo Circulante. Exemplo: 20X1 20X2 Ativo Circulante 2.450.600,00 2.836.463,75 Passivo Circulante 1.676.196,25 1.757.596,25 Liquidez Corrente 2.450.600,00 = 1,46 2.836.463,75 = 1,61 1.676.196,25 1.757.596,25 Como podemos verificar acima, nos dois exercícios, o Ativo Circulante é maior que o Passivo Circulante, e isto nos mostra que os investimentos efetuados no Ativo Circulante são suficientes para cobrir as dívidas de curto prazo e ainda permitir uma folga de 46% em 20X1 e 61% em 20X2. UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS CONTABILIDADE DE INTRODUTÓRIA TRABALHO II Que motivos levam o Ativo Circulante a ser maior que o Passivo Circulante? Ao verificarmos os valores acima percebemos facilmente que todos os recursos do Passivo Circulante foram investidos no Ativo Circulante. Além dele acha-se também investido no Ativo Circulante o Capital Circulante Líquido que, em 20X1, é constituído de todo o Exigível a Longo Prazo + Capital Circulante Próprio; em 20X2, o Capital Circulante Líquido é formado com apenas uma parte do Exigível a Longo Prazo, já que a outra parte está investida no Ativo Permanente (devido a insuficiência do Patrimônio Líquido). Podemos demonstrar as origens de Recursos do Ativo Circulante em 20X1 e 20X2 da seguinte forma: 20X1 Patrimônio Líquido Passivo Circulante 1.338.576,25 Igual 1.676.196,25 Capital Circulante Próprio Menos = 381.453,75 Mais Igual Ativo Permanente Capital Circulante Líquido Ativo Circulante 957.122,50 Mais = 774.403,75 2.450.600,00 Exigível a Longo Prazo 392.950,00 20X2 Patrimônio Líquido Passivo Circulante 1.758.981,25 Igual 1.757.596,25 Capital Circulante Próprio Menos = (384.617,50) Mais Igual Ativo Permanente Capital Circulante Líquido Ativo Circulante 2.143.598,75 Mais = 1.078.867,50 2.836.463,75 Passivo não Circulante 1.463.485,00 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS CONTABILIDADE DE INTRODUTÓRIA TRABALHO II Pelo demonstrado, concluímos que, quando a Liquidez Corrente é superior a 1, o excesso em relação ao 1 deve-se à existência do Capital Circulante Líquido. O Capital Circulante Líquido pode ser encontrado também através da diferença entre Ativo Circulante e Passivo Circulante: (meio inclusive mais fácil de se calcular) CCL = AC - PC Onde: AC = Ativo Circulante PC = Passivo Circulante O Capital Circulante Líquido, que é a folga financeira a curto prazo, representa em 20X1 46% e em 20X2 61% do Passivo Circulante, ou seja, além de possuir no Ativo Circulante todos os recursos do próprio Passivo Circulante para resgatá-lo, a empresa possui um excedente de 46% e 61% respectivamente em 20X1 e 20X2, que lhe dá uma boa margem de segurança. No exemplo dado acima, embora o índice de Liquidez Corrente se tenha mantido quase no mesmo valor, de 20X1 para 20X2, houve sensível alteração na sua composição no que tange ao Capital Circulante Líquido. Alem de ter investido todo o Patrimônio Líquido no Ativo Permanente, em 20X2 a empresa aumentou o índice de Liquidez Corrente de 1,46 para 1,61, através de financiamentos de longo prazo. Verifica-se assim a intenção de aumentar a participação do CCL na formação do Ativo Circulante. 20X1 20X2 % % Passivo Circulante 1.676.196,25 68 1.757.596,25 62 Capital Circulante Líquido 774.403,75 32 1.078.867,50 38 Ativo Circulante 2.450.600,00 100 2.836.463,75 100 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS CONTABILIDADE DE INTRODUTÓRIA TRABALHO II Quando falamos que os investimentos no Ativo Circulante são suficientes para cobrir as dívidas, pode parecer que se a empresa liquidasse seu Ativo Circulante, pagaria inteiramente suas dívidas de curto prazo e ainda sobrariam $0,46 em 20X1 e $0,61 em 20X2 para cada real de dívida. Entretanto, devemos considerar também o fator tempo que atua em casos como este de diversas formas como vemos a seguir: a) é praticamente impossível vender instantaneamente todos os estoques, pois dificilmente existirão vendedores, caminhões de entrega, faturistas e clientes interessados em comprar tudo de uma só vez; b) é quase impossível também receber todas as duplicatas instantaneamente, tanto as já emitidas como as que serão emitidas, porque existe um ciclo financeiro na economia onde as empresas esperam o pagamento de seus clientes para disporem de recursos e, por sua vez, pagarem seus fornecedores; os assalariados esperam seus salários para pagarem suas prestações; o sistema bancário pode efetuar antecipações, mas também requererá certo prazo e só o fará parcialmente; c) a empresa arca com várias despesas proporcionais ao tempo, como alugueis, salários e tributos que aumentam o Passivo Circulante. Além do fator tempo devemos levar em consideração que os valores de liquidações não são necessariamente os valores contábeis registrados no Ativo e Passivo Circulantes, pois existem prazos para o vencimento dos direitos e dívidas. Os valores a vista certamente são outros. Sabemos ainda que o Ativo Circulante pode compreender certos valores não recuperáveis, como despesas antecipadas de assinatura de publicações. Ao raciocinar sobre a hipótese da liquidação de Ativos e Passivos, ignorando todas as limitações apontadas, para cada $ 1 que saísse de caixa entraria $ 1,46. Quando, porém, levamos em consideração a hipótese mais realista de a empresa estar operando normalmente, o índice de Liquidez Corrente não significa que UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS CONTABILIDADE DE INTRODUTÓRIA TRABALHO II para cada $1,00 que sair entrará $ 1,46. Mesmo porque a empresa acabaria, depois de algum tempo, acumulando uma quantia enorme em caixa, pois entraria muito mais dinheiro do que sairia. O índice de Liquidez Corrente significa que há recursos no Ativo Circulante que são superiores às dívidas junto a terceiros, na proporção de 1,46 para 1,00. Os recursos do Ativo Circulante entrarão em caixa num momento diferente da saída para pagamento do Passivo Circulante. O ideal é que as entradas de caixa sejam equivalentes às saídas. Cabe à administração financeira da empresa atingir quotidianamente esse ideal, manobrando os prazos de recebimento e pagamento e renovando empréstimos bancários. Se para cada $1,00 de dívida há recursos de $1,46 , a margem de folga para manobras é razoável. Se, porém, para cada $1,00 de dívida há somente recursos de $1,05 , a margem torna-se muito estreita e a administração pode ter sérias dificuldades em atingir o seu intento de equilibrar as entradas e saídas de caixa. Temos assim o verdadeiro significado do índice de Liquidez Corrente: a margem de folga para manobras de prazos visa equilibrar as entradas e saídas de caixa. Quanto maiores forem os recursos, maior será essa margem e maior será a segurança da empresa que contará com uma melhor situação financeira. Liquidez Seca: LS Fórmula: Disponível + Aplic. Financ. + Clientes de Rápida Conversibilid. em Dinheiro Passivo Circulante Este índice tem a função de indicar quanto a empresa possui de Ativo Líquido para cada $1,00 de Passivo Circulante. (dívidas de curto prazo). Quanto maior for o resultado desta divisão mais confortável será a situação da empresa. Pode-se dizer ainda que este índice possui a finalidade de medir o grau de excelência da situação financeira das empresas. De um lado, abaixo de certos limites, obtidos segundo os padrões do ramo, pode indicar alguma dificuldade de liquidez, mas raramente tal conclusão será mantida quando o índice de liquidez corrente for UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS CONTABILIDADE DE INTRODUTÓRIA TRABALHO II satisfatório. De outro lado, o índice de Liquidez Seca conjugado com o índice de Liquidez Corrente reforça a conclusão de que a empresa é realmente muito saudável em termos de liquidez. Observações: 1- Quando a Liquidez Corrente e a Liquidez Seca estão altas a situação financeira tende a ser boa. 2- Quando a Liquidez Corrente está alta e a Liquidez Seca está baixa a situação financeira, em princípio, será satisfatória, pois a baixa Liquidez Seca não indica necessariamente comprometimento da situação financeira. Em alguns casos podem haver excessivos estoques "encalhados". 3- Quando a Liquidez Corrente é baixa e a Liquidez Seca está alta, a situação financeira, em princípio insatisfatória, pode ser atenuada pela boa Liquidez Seca. Em alguns casos pode até ser considerada razoável. 4- Quando a Liquidez Corrente e Liquidez Seca estão baixas a situação financeira provavelmente será insatisfatória. Uma outra forma de se determinar qual é a situação financeira da empresa tomando-se por base o índice de Liquidez Seca é o de se determinar, em uma escala que vai de 0 (zero) a infinito, qual é a faixa em que melhora a situação financeira da empresa, qual faixa é neutra e qual faixa piora a situação financeira da empresa. Desta forma temos: Piora a situação financeira Faixa Neutra Melhora a situação financeira 0 LI 1,00 A empresa cujo índice de Liquidez Seca estiver abaixo de LI - Limite Inferior provavelmente terá sua situação financeira piorada. Quando estiver acima de 1,00 a UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS CONTABILIDADE DE INTRODUTÓRIA TRABALHO II terá melhorada. Entretanto, a fixação do limite inferior requer uma grande experiência do analista e um profundo conhecimento por parte dele sobre o ramo de atividade da empresa que estiver sendo analisada. Os motivos que induziram à utilização deste índice são compreendidos basicamente pela diferença de risco existente entre os diversos ativos que existem na empresa. Exemplo: a) No Disponível existe o risco de desfalque de dinheiro em caixa, de desvio de conta corrente bancária ou ainda de liquidação da instituição financeira depositária dos valores. Tais riscos dependem em grande parte da própria empresa exceto a quebra de Bancos. b) Para as Duplicatas a Receber o risco está na possibilidade de o cliente não arcar com sua dívida. É, portanto, um risco maior, pois dependemos sempre de terceiros, que em alguns casos podem não ser confiáveis. c) No caso dos Estoques corremos o risco de roubo, obsoletismo, deterioração ou qualquer outra consequência que impeça a sua venda que os converteria em dinheiro. Este dinheiro seria utilizado para o pagamento de dívidas. Neste caso o risco depende da empresa, do mercado e da conjuntura econômica. Para o mesmo período em que existem estes riscos no Ativo Circulante sabemos que o Passivo Circulante é líquido e certo e que ele deve ser pago no dia e na quantia pactuada. Portanto, vem daí a idéia de se excluir do Ativo Circulante os itens de maior risco, ou seja, os Estoques. Exemplo de cálculo do índice de Liquidez Seca: 20X1 20X2 Disponível 204.542,50 134.030,00 + Duplicatas a Receber 1.307.050,00 1.403.140,00 Passivo Circulante 1.676.196,25 1.757.596,25 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS CONTABILIDADE DE INTRODUTÓRIA TRABALHO II Liquidez Seca 204.542,50 + 1.307.050,00 = 0,90 134.030,00 + 1.403.140,00 = 0,87 1.676.196,25 1.757.596,25 Pelo exemplo dado acima verificamos que em 20X1 a empresa conseguia pagar 90% de suas dívidas somente com o Disponível e as Duplicatas a Receber. Independentemente de padrões, nos podemos afirmar que ela tinha uma boa "performance". Com isso o conceito que lhe fosse atribuído através do índice de Liquidez Corrente poderia ser melhorado. Em 20X2 a empresa teve quase o mesmo bom desempenho, pois o índice de Liquidez Seca permaneceu dentro da normalidade não contribuindo, portanto para melhorar e nem para piorar o conceito de situação financeira fornecido pelo índice de Liquidez Corrente. RENTABILIDADE Os índices que pertencem a este grupo possuem a função de demonstrar qual é a rentabilidade dos capitais que foram investidos na empresa e qual o grau de êxito econômico da mesma. UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS CONTABILIDADE DE INTRODUTÓRIA TRABALHO II Giro do Ativo: V AT Fórmula: Vendas Líquidas Ativo Total Este índice possui a finalidade de informar o quanto a empresa vendeu para cada $1,00 de investimento total. Quanto maiores forem as vendas melhor será para a empresa. Não é segredo para ninguém que o sucesso de uma empresa depende de um volume de vendas adequado. Este volume de vendas tem relação direta com o montante de investimentos, pois não se pode dizer que uma empresa está vendendo pouco ou muito olhando-se apenas para o valor absoluto de suas vendas. Se uma empresa que vende $20.000.000 por mês tem vendas elevadas quando o seu Ativo Total for da ordem de $10.000.000 , o mesmo não ocorrerá se suas vendas tiverem o mesmo valor e o total de seu ativo for $400.000.000. Exemplo: 20X1 20X2 Vendas 5.991.403,75 5.532.332,50 Ativo 3.407.722,50 4.980.062,50 Giro do Ativo 5.991.403,75 = 1,76 5.532.332,50 = 1,11 3.407.722,50 4.980.062,50 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS CONTABILIDADE DE INTRODUTÓRIA TRABALHO II No exemplo dado acima verificamos que a empresa vendeu em 20X1, $1,76 para cada $1,00 investido. Pode-se dizer também que o volume de vendas atingiu 1,76 vezes o volume de investimentos. Em 20X2, houve uma queda acentuada do volume relativo de vendas e para cada $1,00 investido a empresa vendeu apenas $1,11. Este fato indica que a empresa passou a vender muito menos para cada $1 investido em 20X2, comparativamente a 20X1. Esta queda de desempenho comercial pode ser causada por: a) Retração do mercado como um todo que passou a comprar menos produtos o que reduziu as vendas de todas as empresas do ramo. b)Redução da participação de mercado ocorrida quando a empresa perdeu mercado para outros concorrentes que sabem vender melhor ou têm produtos mais competitivos. c)Estratégia da empresa que aumenta seus preços, dispondo-se a vender menos, mas com uma margem de lucro maior, compensando assim a queda das vendas. A vantagem dessa medida, quando bem-sucedida, é manter ou aumentar o lucro com muito menor volume e, portanto, menor risco. Margem Líquida: LL V Fórmula: Lucro Líquido x 100 Vendas Líquidas UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS CONTABILIDADE DE INTRODUTÓRIA TRABALHO II Este índice possui a função de indicar o quanto a empresa obtém de lucro para cada $100 obtidos com as suas vendas. Quanto maior for este índice mais rentável será a empresa. Exemplo: 20X1 20X2 Vendas 5.991.403,75 5.532.332,50 Lucro Líquido 279.676,25 208.895,00 Margem Líquida 279.676,25 x 100 = 4,66% 208.895,00 x 100 = 3,77% 5.991.403,75 5.532.332,50 Como vimos, houve uma representativa queda na margem de lucro da empresa. Neste caso, o próprio valor absoluto do lucro líquido caiu. Isto significa que a empresa auferiu menor lucro global e ganhou muito menos por unidade vendida. Para cada $100 vendidos a empresa obtinha de lucro em 20X1 $4,66 e em 20X2 passou a obter apenas $3,77. Neste caso fica descartada a hipótese de a empresa ter diminuído vendas em função do aumento da margem de lucro. O que aconteceu foi uma queda do seu volume relativo de vendas simultaneamente à queda da margem de lucro. A conjugação dessas duas quedas provoca maior impacto sobre a rentabilidade do ativo que será vista a seguir. Rentabilidade do Ativo: LL AT Fórmula: Lucro Líquido x 100 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS CONTABILIDADE DE INTRODUTÓRIA TRABALHO II Ativo Total Este índice possui a função de identificar o quanto a empresa obtêm de lucro para cada $ 100 de investimento total. Quanto maior for este índice maior será a rentabilidade do ativo da empresa. É uma medida do potencial de geração de lucro por parte da empresa. Não deve ser confundido como medida de rentabilidade do capital. Exemplo: 20X1 20X2 Lucro Líquido 279.676,25 208.895,00 Ativo 3.407.722,50 4.980.062,50 Rentabilidade do Ativo 279.676,25 x 100 = 8,20% 208.895,00 x 100 = 4,19% 3.407.722,50 4.980.062,50 A partir deste exemplo podemos fazer os seguintes comentários: a) Para cada $100 investidos, a empresa recebeu $8,20 em 20X1 e $4,19 em 20X2, havendo uma representativa queda na rentabilidade do Ativo de um ano para outro. b) Levando-se em conta a rentabilidade obtida em 20X1 a empresa demandaria 12 anos para dobrar o seu Ativo caso contasse apenas com o seu lucro. c) Da mesma forma, com a rentabilidade obtida em 20X2 a empresa precisaria de 24 anos para dobrar o seu Ativo. UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS CONTABILIDADE DE INTRODUTÓRIA TRABALHO II Tudo isso é consequência de uma simultânea queda do Giro do Ativo (volume de vendas relativo) e da Margem Líquida (ganho por unidade vendida) que estão demonstrados a seguir: 20X1 20X2 V = 1,76 1,11 AT LL = 4,66% 3,77% V LL = 8,20% 4,19% AT Concluindo no exemplo apresentado acima, de um ano para outro houve uma acentuada queda simultânea do volume relativo de vendas, da margem líquida e, consequentemente, da rentabilidade do Ativo que fez reduzir drasticamente o seu poder de capitalização. Rentabilidade do Patrimônio Líquido: LL PL Fórmula: Lucro Líquido x 100 Patrimônio Líquido Médio Este índice tem a função de indicar o quanto a empresa obteve de lucro para cada $100 de Capital Próprio investido. UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS CONTABILIDADE DE INTRODUTÓRIA TRABALHO II Obs.: Para obter o Patrimônio Líquido Médio devemos somar ao Patrimônio Líquido inicial o Patrimônio Líquido final e dividir o resultado desta soma por dois. A verificação pura e simples do valor do lucro líquido de uma empresa não é uma atividade 100% esclarecedora. É preciso comparar esse valor com o Capital Próprio investido. Uma empresa com lucro líquido de $12.500.000,00 pode ter desempenho superior à outra cujo lucro líquido foi de $250.000.000,00 , pois pode ser que a primeira tenha patrimônio líquido, por exemplo, de $62.500.000,00 e a segunda de $4.000.000.000,00. Ou seja: 12.500.000,00 = 20% 250.000.000,00 = 6,25% 62.500.000,00 4.000.000.000,00 Como vimos, o papel do índice de Rentabilidade do Patrimônio Líquido é mostrar qual a taxa de rendimento do Capital Próprio. Essa taxa pode ser comparada com a de outros rendimentos alternativos no mercado, como Caderneta de Poupança, CDBs, Letras de Câmbio, Ações, Alugueis, Fundos de Investimentos, etc. Desta forma o analista tem como avaliar se a empresa possui rentabilidade superior ou inferior a essas opções. Uma vez que o Lucro Líquido não recebe correção monetária e é obtido a partir do somatório dos lucros de todas as operações durante o ano, a taxa de rentabilidade do Patrimônio Líquido é real. Assim, ao ser comparada com o rendimento da Caderneta de Poupança, devemos utilizar apenas a taxa de juros desta e deixar de lado a Correção Monetária. O mesmo também deve ser feito ao compararmos com os rendimentos de outras aplicações. Exemplo: 20X1 20X2 Lucro Líquido 279.676,25 298.895,00 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS CONTABILIDADE DE INTRODUTÓRIA TRABALHO II Patrimônio Líquido Inicial 1.027.283,75 1.338.576,25 Patrimônio Líquido Final 1.338.576,25 1.758.981,25 Patrimônio Líquido Médio 1.182.930,00 1.548.778,75 Rentabilidade do Patrimônio Líquido 279.676,25 x 100 = 23,64% 298.895,00 x 100 = 19,30% 1.182.930,00 1.548.778,75 Neste caso para cada $100 de Capital Próprio investido, a empresa conseguiu $23,64 de lucro em 20X1. Em 20X2, para os mesmos $100 a empresa conseguiu apenas $19,30. Normalmente espera-se das empresas uma rentabilidade superior à dos Títulos de Renda Fixa que geram de juros em torno de 6% ao ano. Isto ocorre porque o investimento na empresa representa um capital de risco, ou seja, nada garante que sua rentabilidade seja sempre positiva e grande. Em 20X2, entretanto, ocorreu uma queda na rentabilidade da empresa. Esta queda é natural e possivelmente nos anos seguintes a empresa oscilará entre lucros que podem ou não superar as taxas de juros de outros investimentos. ÍNDICES DE DEPENDÊNCIA BANCÁRIA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS CONTABILIDADE DE INTRODUTÓRIA TRABALHO II Devemos ter em mente que: "Financiar ativos constantes com empréstimos inconstantes é um tipo de atitude que pode complicar a situação financeira da empresa". Sabemos que uma empresa pode funcionar perfeitamente com uma Liquidez Corrente abaixo de 1,00. Basta que seu Passivo Circulante se renove constantemente. A renovação destas obrigações para com terceiros é praticamente automática no que se refere a créditos de funcionamento - fornecedores, salários, encargos sociais, tributos -, pois estas obrigações são decorrentes das próprias operações. Ao comprar, produzir, vender, administrar, a empresa gera automaticamente obrigações a pagar. O prazo obtido para pagamento destas constitui um financiamento com que a empresa conta permanentemente. No tocante aos empréstimos bancários, incluindo o desconto de duplicatas a conversa é diferente. Nada garante a renovação, pois, para conseguí-la a empresa se vê obrigada a manter uma certa reciprocidade com o banco. Para tanto deverá comprar ações, seguros, gastar muito tempo em conversas, manter um cadastro impecável e ainda, muitas vezes, ver frustrada a sua expectativa de conseguir uma simples renovação de linha de crédito. Em períodos de inflação, a pura renovação dos créditos é insuficiente para manter, em termos reais, o nível de financiamentos e a capacidade de pagamento da empresa. A não renovação de empréstimos solapa a administração financeira das empresas. É por isso que podemos dizer que quanto maior for a dependência financeira da empresa em relação aos bancos, maior será o risco da mesma. . Financiamento de Ativo por Instituições de Crédito Fórmula: Emp. E Fin de Curto Prazo + Emp. E Fin de Longo Prazo x 100 Ativo Total UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS CONTABILIDADE DE INTRODUTÓRIA TRABALHO II Este índice tem a função de identificar qual o percentual dos investimentos totais está financiado pelas instituições de crédito. Exemplo: 20X1 20X2 Duplicatas Descontadas 12.625,00 25.282,50 Empréstimos Bancários(curto prazo) 2.867,50 10.076,25 Empréstimos e Financ. (longo prazo) 13.650,00 75.150,00 Total de Financ. das Instit. de Crédito 29.142,50 110.508,75 Ativo 118.372,50 255.726,25 Financiamento de Ativo por Instituições de Crédito 20X1 20X2 29.142,50 x 100 = 24,62% 110.726,25 x 100 = 43,21% 118.372,50 255.726,25 Participação de Instituições de Crédito no endividamento da empresa: Fórmula: Emp. E Fin de Curto Prazo + Emp. E Fin de Longo Prazo x 100 Passivo Circ. + Passivo N Circul. Sabemos que além de instituições financeiras a empresa possui outras fontes de recursos externas como é o caso de fornecedores por exemplo. Este índice possui a finalidade de indicar qual o percentual de participação das instituições de crédito no total de recursos tomados pela empresa junto a terceiros. Exemplo: 20X1 20X2 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS CONTABILIDADE DE INTRODUTÓRIA TRABALHO II Total de Financiamentos das Instituições de Crédito 29.017,50 110.508,75 Capitais de Terceiros 71.875,00 165.402,50 Participação de Instituições de Crédito no 29.017,50 110.508,75 Endividamento da Empresa 71.875,00 165.402,50 40,37% 66,81% Financiamento de Ativo Circulante por Instituições de Crédito a curto prazo: Fórmula: Emp. E Fin de Curto Prazo x 100 Ativo Circulante Este índice serve para indicar qual o percentual do Ativo Circulante é formado por empréstimos e financiamentos de curto prazo. Exemplo: 20X1 20X2 Duplicatas Descontadas 12.625,00 25.282,50 Empréstimos Bancários (curto prazo) 2.867,50 10.076,25 Financ. de Instit. de Crédito a Curto Prazo 15.492,50 35.358,75 Ativo Circulante 85.125,00 145.652,50 Financiamento de Ativo Circulante por Instituições de Crédito a Curto Prazo 15.492,50 x 100 35.358,75 x 100 85.125,00 145.652,50 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS CONTABILIDADE DE INTRODUTÓRIA TRABALHO II 18,20% 24,28% DRE AH 2022 2021 AH 2021 2020 Receita de Venda de Bens e/ou Serviços 5,19% 82.412.210 78.345.081 78,81% 78.345.081 43.814.661 Custo dos Bens e/ou Serviços Vendidos 10,66% -63.661.156 -57.527.721 51,85% -57.527.721 -37.884.102 Resultado Bruto -9,93% 18.751.054 20.817.360 251,02% 20.817.360 5.930.559 Despesas/Receitas Operacionais -586,04% -999.601 205.662 -127,94% 205.662 -736.174 Despesas com Vendas 2,40% -733.026 -715.830 39,55% -715.830 -512.950 Despesas Gerais e Administrativas 4,64% -1.454.592 -1.390.121 36,63% -1.390.121 -1.017.435 Perdas pela Não Recuperabilidade de Ativos 0,00% 0 0 -100,00% 0 -411.925 Outras Receitas Operacionais -89,61% 246.313 2.371.397 34,46% 2.371.397 1.763.684 Outras Despesas Operacionais -66,27% -210.123 -622.942 -12,28% -622.942 -710.117 Resultado de Equivalência Patrimonial 104,53% 1.151.827 563.158 269,12% 563.158 152.569 Resultado Antes do Resultado Financeiro e dos Tributos -15,56% 17.751.453 21.023.022 304,73% 21.023.022 5.194.385 Resultado Financeiro 152,17% -1.892.426 -750.454 -55,82% -750.454 -1.698.707 Receitas Financeiras -38,86% 645.441 1.055.693 443,91% 1.055.693 194.092 Despesas Financeiras 40,51% -2.537.867 -1.806.147 -4,58% -1.806.147 -1.892.799 Resultado Antes dos Tributos sobre o Lucro -21,77% 15.859.027 20.272.568 479,93% 20.272.568 3.495.678 Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro -7,09% -4.379.475 -4.713.630 325,56% -4.713.630 -1.107.624 Lucro/Prejuízo Consolidado do Período -26,22% 11.479.552 15.558.938 551,53% 15.558.938 2.388.054 ATIVO AH 2022 2021 AH 2021 2020 Ativo Total -0,02% 73.798.652 73.814.613 16,94% 73.814.613 63.123.009 Ativo Circulante -4,24% 31.257.422 32.640.477 39,43% 32.640.477 23.409.453 Caixa e Equivalentes de Caixa -40,49% 2.475.863 4.160.654 -9,89% 4.160.654 4.617.204 Aplicações Financeiras 12,68% 2.959.135 2.626.212 -13,64% 2.626.212 3.041.143 Contas a Receber -7,67% 4.999.004 5.414.075 44,87% 5.414.075 3.737.270 Estoques 5,67% 17.817.585 16.861.488 83,89% 16.861.488 9.169.417 Tributos a Recuperar -23,56% 2.207.614 2.887.938 28,19% 2.887.938 2.252.896 Outros Ativos Circulantes 15,67% 798.221 690.110 16,67% 690.110 591.523 Ativo Não Circulante 3,32% 42.541.230 41.174.136 3,68% 41.174.136 39.713.556 Ativo Realizável a Longo Prazo -1,53% 5.211.479 5.292.544 -20,38% 5.292.544 6.647.604 Investimentos 16,64% 3.896.518 3.340.775 47,07% 3.340.775 2.271.629 Imobilizado 9,08% 21.383.610 19.603.530 8,50% 19.603.530 18.068.226 Intangível -6,86% 12.049.623 12.937.287 1,66% 12.937.287 12.726.097 PASSIVO AH 2022 2021 AH 2021 2020 Passivo Total -0,02% 73.798.652 73.814.613 16,94% 73.814.613 63.123.009 Passivo Circulante -4,09% 13.462.581 14.036.814 22,25% 14.036.814 11.482.143 Obrigações Sociais e Trabalhistas -11,91% 1.056.325 1.199.143 102,68% 1.199.143 591.653 Fornecedores -17,44% 6.618.923 8.017.140 47,43% 8.017.140 5.437.953 Obrigações Fiscais -36,76% 892.455 1.411.309 0,08% 1.411.309 1.410.214 Empréstimos e Financiamentos 76,69% 3.121.148 1.766.493 23,40% 1.766.493 1.431.506 Outras Obrigações 9,31% 1.492.656 1.365.521 -11,29% 1.365.521 1.539.341 Provisões 1,39% 281.074 277.208 -74,13% 277.208 1.071.476 Passivo Não Circulante -17,24% 14.037.878 16.962.150 -17,48% 16.962.150 20.555.656 Empréstimos e Financiamentos -22,71% 9.486.242 12.273.200 -23,69% 12.273.200 16.083.845 Outras Obrigações 20,51% 1.313.280 1.089.800 -9,59% 1.089.800 1.205.405 Tributos Diferidos -2,66% 96.341 98.975 60,77% 98.975 61.562 Provisões -10,23% 3.142.015 3.500.175 9,22% 3.500.175 3.204.844 Patrimônio Líquido Consolidado 8,13% 46.298.193 42.815.649 37,74% 42.815.649 31.085.210 Capital Social Realizado 0,00% 19.249.181 19.249.181 0,00% 19.249.181 19.249.181 Reservas de Capital 19,59% -168.398 -140.812 -35,32% -140.812 -217.712 Reservas de Lucros 24,30% 22.172.561 17.838.494 144,62% 17.838.494 7.292.332 Ajustes de Avaliação Patrimonial -14,04% 4.862.850 5.657.419 24,71% 5.657.419 4.536.470 Participação dos Acionistas Não Controladores -13,89% 181.999 211.367 -6,03% 211.367 224.939 BALANÇO PATRIMONIAL GERDAU S.A. ANÁLISE HORIZONTAL ATIVO AV 2022 AV 2021 AV 2020 Ativo Total 100,00% 73.798.652 100,00% 73.814.613 100,00% 63.123.009 Ativo Circulante 42,36% 31.257.422 44,22% 32.640.477 37,09% 23.409.453 Caixa e Equivalentes de Caixa 3,35% 2.475.863 5,64% 4.160.654 7,31% 4.617.204 Aplicações Financeiras 4,01% 2.959.135 3,56% 2.626.212 4,82% 3.041.143 Contas a Receber 6,77% 4.999.004 7,33% 5.414.075 5,92% 3.737.270 Estoques 24,14% 17.817.585 22,84% 16.861.488 14,53% 9.169.417 Tributos a Recuperar 2,99% 2.207.614 3,91% 2.887.938 3,57% 2.252.896 Outros Ativos Circulantes 1,08% 798.221 0,93% 690.110 0,94% 591.523 Ativo Não Circulante 57,64% 42.541.230 55,78% 41.174.136 62,91% 39.713.556 Ativo Realizável a Longo Prazo 7,06% 5.211.479 7,17% 5.292.544 10,53% 6.647.604 Investimentos 5,28% 3.896.518 4,53% 3.340.775 3,60% 2.271.629 Imobilizado 28,98% 21.383.610 26,56% 19.603.530 28,62% 18.068.226 Intangível 16,33% 12.049.623 17,53% 12.937.287 20,16% 12.726.097 PASSIVO AV 2022 AV 2021 AV 2020 Passivo Total 100,00% 73.798.652 100,00% 73.814.613 100,00% 63.123.009 Passivo Circulante 18,24% 13.462.581 19,02% 14.036.814 18,19% 11.482.143 Obrigações Sociais e Trabalhistas 1,43% 1.056.325 1,62% 1.199.143 0,94% 591.653 Fornecedores 8,97% 6.618.923 10,86% 8.017.140 8,61% 5.437.953 Obrigações Fiscais 1,21% 892.455 1,91% 1.411.309 2,23% 1.410.214 Empréstimos e Financiamentos 4,23% 3.121.148 2,39% 1.766.493 2,27% 1.431.506 Outras Obrigações 2,02% 1.492.656 1,85% 1.365.521 2,44% 1.539.341 Provisões 0,38% 281.074 0,38% 277.208 1,70% 1.071.476 Passivo Não Circulante 19,02% 14.037.878 22,98% 16.962.150 32,56% 20.555.656 Empréstimos e Financiamentos 12,85% 9.486.242 16,63% 12.273.200 25,48% 16.083.845 Outras Obrigações 1,78% 1.313.280 1,48% 1.089.800 1,91% 1.205.405 Tributos Diferidos 0,13% 96.341 0,13% 98.975 0,10% 61.562 Provisões 4,26% 3.142.015 4,74% 3.500.175 5,08% 3.204.844 Patrimônio Líquido Consolidado 62,74% 46.298.193 58,00% 42.815.649 49,25% 31.085.210 Capital Social Realizado 26,08% 19.249.181 26,08% 19.249.181 30,49% 19.249.181 Reservas de Capital -0,23% -168.398 -0,19% -140.812 -0,34% -217.712 Reservas de Lucros 30,04% 22.172.561 24,17% 17.838.494 11,55% 7.292.332 Ajustes de Avaliação Patrimonial 6,59% 4.862.850 7,66% 5.657.419 7,19% 4.536.470 Participação dos Acionistas Não Cont. 0,25% 181.999 0,29% 211.367 0,36% 224.939 DRE AV 2022 AV 2021 AV 2020 Receita de Venda de Bens e/ou Serviços 100,00% 82.412.210 100,00% 78.345.081 100,00% 43.814.661 Custo dos Bens e/ou Serviços Vendidos -77,25% -63.661.156 -73,43% -57.527.721 -86,46% -37.884.102 Resultado Bruto 22,75% 18.751.054 26,57% 20.817.360 13,54% 5.930.559 Despesas/Receitas Operacionais -1,21% -999.601 0,26% 205.662 -1,68% -736.174 Despesas com Vendas -0,89% -733.026 -0,91% -715.830 -1,17% -512.950 Despesas Gerais e Administrativas -1,77% -1.454.592 -1,77% -1.390.121 -2,32% -1.017.435 Perdas pela Não Recup. de Ativos 0,00% 0 0,00% 0 -0,94% -411.925 Outras Receitas Operacionais 0,30% 246.313 3,03% 2.371.397 4,03% 1.763.684 Outras Despesas Operacionais -0,25% -210.123 -0,80% -622.942 -1,62% -710.117 Resultado de Equivalência Patrimonial 1,40% 1.151.827 0,72% 563.158 0,35% 152.569 Resultado Antes do Res. Fin. e dos Tributos 21,54% 17.751.453 26,83% 21.023.022 11,86% 5.194.385 Resultado Financeiro -2,30% -1.892.426 -0,96% -750.454 -3,88% -1.698.707 Receitas Financeiras 0,78% 645.441 1,35% 1.055.693 0,44% 194.092 Despesas Financeiras -3,08% -2.537.867 -2,31% -1.806.147 -4,32% -1.892.799 Resultado Antes dos Tributos sobre o Lucro 19,24% 15.859.027 25,88% 20.272.568 7,98% 3.495.678 Imposto de Renda e Cont. Social sobre o Lucro -5,31% -4.379.475 -6,02% -4.713.630 -2,53% -1.107.624 Lucro/Prejuízo Consolidado do Período 13,93% 11.479.552 19,86% 15.558.938 5,45% 2.388.054 ANÁLISE VERTICAL 2022 2021 2020 Análise PC (+) ELP PATRIMÔNIO LÍQUIDO PC PC (+) ELP ATIVO IMOBILIZADO PATRIMÔNIO LÍQUIDO ATIVO IMOBILIZADO PL + PASSIVO NÃO CIRCULANTE AC (+) RLP PC (+) ELP AC PC AC (-) ESTOQUE PC DISPONIBILIDADES PC VENDAS LÍQUIDAS ATIVO TOTAL LUCRO OPERACIONAL ATIVO TOTAL LUCRO LÍQUIDO PATRIMÔNIO LÍQUIDO EMP. e FIN. CP + EMP. e FIN. LP X 100 ATIVO TOTAL EMP. e FIN. CP + EMP. e FIN. LP X 100 PC (+) ELP EMP. e FIN. CP X 100 AC RETORNO SOBRE O PATRIMÔNIO LÍQUIDO (ROE) 0,25 0,36 0,08 RENTABILIDADE GIRO DO ATIVO 1,12 1,06 0,69 RETORNO SOBRE O ATIVO TOTAL (ROA) 0,24 0,28 0,08 0,78 0,63 0,56 0,58 0,49 0,45 0,36 IMOBILIZAÇÃO DE CAPITAL PRÓPRIO 0,46 19,02% Índices LIQUIDEZ GERAL ESTRUTURA DE CAPITAIS COMPOSIÇÃO DE ENDIVIDAMENTO IMOBILIZAÇÃO DOS RECURSOS NÃO CORRENTES 1,33 1,22 CORRENTE 2,32 2,33 1,12 IMEDIATA 0,18 0,30 DEPENDÊNCIA BANCÁRIA FINANCIAMENTO DE ATIVO POR INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO PART. DE INSTITUIÇÕES DE CRÉD. NO END. DA EMPRESA FIN. DE ATIVO CIRC. POR INST. DE CRÉD. A CURTO PRAZO 17,08% 45,84% 45,29% 54,67% 9,99% 5,41% 6,12% A empresa mostra que utiliza com conciência o capital de terceiros inserido dentro do processo operacional. A GERDAU SA apresentou melhoras com passar do tempo. Isso mostra a boa gestão que está sendo colada em prática dentro da empresa neste quisito. A rentabilidade da empresa internamente está boa pois o Giro do Ativo comprova isso,Mostrando que o volume de vendas superou o valor investido. Mas para os investidores o retorno está muito baixo e instável. Assim a empresa precisa verificar o que está ocasionando este baixo retorno para os acionistas. Com excessão da Liquidez Imediata a empresa está gerando recursos necessários para cumprir com suas obrigações. Cabe ressaltar que a empresa precisa cuidar para não depender demais da venda de seu estoque para gerar recursos. É possível ver que isso está acontecendo com a redução do ídice de liquidez seca. A empresa precisa melhorar neste quisito, talvez por reanalizar os seus custos ou o preço do seus produtos, para que consiga aumentar a sua margem de lucro. 27,75% 0,94 2,04 1,24 0,40 GERDAU S.A. MARGEM DE LUCRO LÍQUIDA LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO RECEITA LÍQUIDA 0,14 0,05 0,20 É possível observar que a empresa GERDAU AS, com o passar do tempo tem dependido cada vez menos do Capital de Terceiros para manter suas operações. Isso faz com que a empresa recupere cada vez mais o poder de decisão, que acaba prejudicado quando o capital de terceiros se torna o principal dentro da empresa. SECA 1,00 PART. DO CAPITAL DE 3º EM RELAÇÃO AO CAPITAL PRÓPRIO 0,59 0,72 1,03 0,46
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS CONTABILIDADE DE INTRODUTÓRIA TRABALHO II NOME:_____________________________________________________ NOTA:_____ INFORMAÇÕES: - Trabalho em grupo de 5 componentes. Instrução: Etapa 1 – Escolher uma empresa listada na Brasil, Bolsa e Balcão (B3). A empresa não pode ser Banco, Financeira, Holding, Seguradora e etc. Sugere-se escolher empresas tradicionais, como: Petrobras, Vale, Ambev e etc. Etapa 2 – Acessar o site: https://www.b3.com.br/pt_br/produtos-e-servicos/negociacao/renda- variavel/empresas-listadas.htm e digitar o nome da empresa. Etapa 3 – No canto superior direito, clicar em “Sobre a Empresa” e selecionar “Relatórios Estruturados”. Clicar em Demonstrações Financeiras Padronizadas”, para abrir o Balanço e DRE da empresa, referente ao ano de 2022. Para ver os demais anos, deve-se clicar no “Ano”, logo abaixo do nome da empresa e selecionar 2022, 2021 e etc. No ano de 2022, o aluno encontrará o Balanço e DRE, referente ao ano de 2021. Idem para o ano de 2020. Os dados do Balanço e DRE serão utilizados para cálculo dos indicadores econômicos. Os indicadores calculados serão: Análise Vertical, Análise Horizontal, Indicadores de Liquidez, Indicadores de Endividamento e Indicadores de Rentabilidade. Etapa 4 – Coletar os dados do Balanço e DRE, da empresa, referente aos anos de 2022, 2021 e 2020. Etapa 5 – Fazer a Análise Vertical e Horizontal, referente aos anos de 2022, 2021 e 2020 (ver anexo 1). Etapa 6 – Calcular os indicadores (ver anexo 2) Etapa 7 – Fazer um relatório executivo analisando a situação da empresa nos três anos analisados. Máximo 2 páginas, contendo uma breve introdução da empresa, o contexto econômico atual do país e do setor, e os principais resultados analisados, conforme a percepção do discente. Deve-se entregar a base de cálculo juntamente com o relatório. UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS CONTABILIDADE DE INTRODUTÓRIA TRABALHO II Anexo 1 – ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL A Análise Vertical e Horizontal visa estudar as tendências de performances das empresas. Alterações de procedimentos contábeis causados pela legislação comercial, fiscal e tributária, além das altas taxas de inflação com as quais o Brasil conviveu durante muitos anos são motivos que dificultaram o uso mais intenso da Análise Vertical e, principalmente da Horizontal. Este trabalho consiste em se estabelecer comparações entre diversos números de uma demonstração com outros números da mesma demonstração, no caso da análise vertical ou ainda comparar um número da rubrica de uma demonstração com o número da mesma rubrica na demonstração do exercício anterior, fazendo a análise horizontal. Exercício: Faça a Análise Horizontal e Vertical da seguinte Demonstração Contábil: 20X1 AV 20X1 20X2 AV20X2 AH X2xX1 ATIVO Circulante Disponibilidades Caixa e Bancos 1202 1351 Aplic. Liquidez Imediata 4482 4155 5684 5506 Clientes Duplicatas a Receber 37454 59117 Ajuste de Prov. Cred. Liq. Duvid. -1132 -1476 Duplicatas Descontadas -10100 -20226 26222 37415 Estoques Prod. Acab. 8469 29060 Prod em Processo 3255 11329 Matéria Prima 14370 12986 26094 53375 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS CONTABILIDADE DE INTRODUTÓRIA TRABALHO II Total A. Circulante 58000 96296 Não Circulante Permanente Investimentos Ações de outras empresas 2100 4120 Incentivos Fiscais 410 915 2510 5035 Imobilizado Imóveis 13300 21200 Instalações 2060 9100 Máquinas Equip. 7300 26500 Veículos 5290 10150 Móveis e utens. 1710 3110 Deprec. Acum. -5572 -9336 Imob em Andamento 20200 24088 80924 Intangíveis Fundo de comércio Desp. pré operacionais 2100 Total do Ativo Permanente 26598 88059 Total do Ativo 84598 184355 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS CONTABILIDADE DE INTRODUTÓRIA TRABALHO II PASSIVO Circulante Fornecedores 24612 32816 INSS a Recolher 1854 2640 FGTS a recolher 630 822 Impostos a pagar 4230 4428 Dividendos a pagar 1890 1036 Contas a pagar 970 2173 Empréstimos Bancários 2294 8061 Total P. Circulante 36480 51976 Não Circulante Exigível a Longo Prazo Empréstimos Bancários 10920 40706 Financiamentos 19414 Total ELP 10920 60120 Patrimônio Líquido Capital Social 22825 43660 Reservas de Capital 8491 17144 Reservas de Lucro Reserva Legal 388 516 Lucros Acumulados 5494 10939 Total do Patrimônio. Líquido 37198 72259 Total do Passivo 84598 184355 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS CONTABILIDADE DE INTRODUTÓRIA TRABALHO II 20X1 AV 20X1 20X2 AV20X2 AH X2xX1 ATIVO Circulante Disponibilidades Caixa e Bancos 1202 1,42 1351 0,73 12,40 Aplic. Liquidez Imediata 4482 5,30 4155 2,25 -7,30 5684 6,72 5506 2,99 -3,13 Clientes 0,00 0,00 Duplicatas a Receber 37454 44,27 59117 32,07 57,84 Ajuste de Prov. Cred. Liq. Duvid. -1132 -1,34 -1476 -0,80 30,39 Duplicatas Derscontadas -10100 -11,94 -20226 -10,97 100,26 26222 31,00 37415 20,30 42,69 Estoques 0,00 0,00 Prod. Acab. 8469 10,01 29060 15,76 243,13 Prod em Processo 3255 3,85 11329 6,15 248,05 Matéria Prima 14370 16,99 12986 7,04 -9,63 26094 30,84 53375 28,95 104,55 Total A. Circulante 58000 68,56 96296 52,23 66,03 Não Circulante Permanente 0,00 0,00 Investimentos 0,00 0,00 Ações de outras empresas 2100 2,48 4120 2,23 96,19 Incentivos Fiscais 410 0,48 915 0,50 123,17 2510 2,97 5035 2,73 100,60 Imobilizado 0,00 0,00 Imóveis 13300 15,72 21200 11,50 59,40 Instalações 2060 2,44 9100 4,94 341,75 Máquinas Equip. 7300 8,63 26500 14,37 263,01 Veículos 5290 6,25 10150 5,51 91,87 Móveis e utens. 1710 2,02 3110 1,69 81,87 Deprec. Acum. -5572 -6,59 -9336 -5,06 67,55 Imob em Andamento 0,00 20200 10,96 100,00 24088 28,47 80924 43,90 235,95 Intangível 0,00 0,00 Desp. Pré operacionais 0,00 2100 1,14 100,00 Total do Ativo Permanente 26598 31,44 88059 47,77 231,07 Total do Ativo 84598 100,00 184355 100,00 117,92 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS CONTABILIDADE DE INTRODUTÓRIA TRABALHO II PASSIVO Circulante Fornecedores 24612 29,09 32816 17,80 33,33 INSS a Recolher 1854 2,19 2640 1,43 42,39 FGTS a recolher 630 0,74 822 0,45 30,48 Impostos a pagar 4230 5,00 4428 2,40 4,68 Dividendos a pagar 1890 2,23 1036 0,56 -45,19 Contas a pagar 970 1,15 2173 1,18 124,02 Empréstimos Bancários 2294 2,71 8061 4,37 251,39 Total P. Circulante 36480 43,12 51976 28,19 42,48 NÃO CIRCULANTE Exigível a Longo Prazo 0,00 0,00 Empréstimos Bancários 10920 12,91 40706 22,08 272,77 Financiamentos 0,00 19414 10,53 100,00 Total ELP 10920 12,91 60120 32,61 450,55 Patrimônio Líquido 0,00 0,00 Capital Social 22825 26,98 43660 23,68 91,28 Reservas de Capital 8491 10,04 17144 9,30 101,91 Reservas de Lucro 0,00 0,00 Reserva Legal 388 0,46 516 0,28 32,99 Lucros Acumulados 5494 6,49 10939 5,93 99,11 Total do Patrimônio. Líquido 37198 43,97 72259 39,20 94,26 Total do Passivo 84598 100,00 184355 100,00 117,92 Anexo 2 - DESCRIÇÃO DETALHADA DOS ÍNDICES ESTRUTURA DE CAPITAIS Os índices pertencentes a este grupo servem para mostrar as grandes linhas de decisões financeiras em termos de obtenção e aplicação de recursos. UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS CONTABILIDADE DE INTRODUTÓRIA TRABALHO II Participação de Capitais de Terceiros: CT PL Formula: Capitais de Terceiros x 100 Patrimônio Líquido Serve para indicar o quanto a empresa tomou de capitais de terceiros para cada R$100 de capital próprio investido. Quanto menor este índice menos dívidas para com terceiros a empresa terá. Exemplo: 20X1 20X2 Capitais de Terceiros 1.550.987,00 2.320.980,00 Patrimônio Líquido 1.200.987,00 1.600.000,00 Índice de Participação de 1.550.987,00 x100 = 129% 2.320.980,00 x 100 = 145% Capitais de Terceiros 1.200.987,00 1.600.000,00 Estes dois índices mostram que em 20X1, para cada R$ 100 de capital próprio (Patrimônio Líquido), a empresa tomou R$129 de Capitais de Terceiros e que, em 20X2, para cada R$ 100 próprios, tomou R$ 145 emprestados. Com isso podemos notar qual é a proporção entre Capitais de Terceiros e Patrimônio Líquido utilizada pela empresa. O Índice de Participação de Capitais de Terceiros relaciona, portanto, as duas grandes fontes de recursos da empresa, ou seja, Capitais Próprios e Capitais de Terceiros. É um indicador de risco ou de dependência a terceiros, por parte da empresa ora analisada. Podemos chamar este índice também de Grau de Endividamento. Olhando pelo lado estritamente financeiro, quanto maior a relação Capitais de Terceiros/Patrimônio Líquido menor a liberdade de decisões financeiras da empresa UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS CONTABILIDADE DE INTRODUTÓRIA TRABALHO II ou maior a dependência a esses terceiros. Entretanto, se olharmos pelo ponto de vista da obtenção de lucro, pode ser vantajoso para a empresa trabalhar com capitais de terceiros caso a remuneração a ser paga a esses capitais seja menor que o lucro conseguido com a sua aplicação nos negócios. Portanto, ao abordarmos o Índice de Participação de Capitais de Terceiros estaremos fazendo uma análise exclusivamente do ponto de vista financeiro, ou seja, do risco de insolvência e não em relação ao lucro ou prejuízo a ser apurado pela empresa. Para uma apreciação melhor sobre o nível de endividamento da empresa exemplificada acima, é preciso comparar os seus Índices com os Índices de outras empresas que militam no mesmo ramo de atividade da que está sendo agora analisada. Agindo dessa forma nos certificaremos, caso a empresa esteja muito fora dos padrões, sobre a sua real situação. A análise de vários outros índices poderá nos fornecer explicações que nos orientem mais sobre a realidade da empresa em análise. Cada empresa, no entanto, é um espécime único e, mesmo que existam outras firmas congêneres, cada uma tem a sua forma de organização, de produção, de vendas, de pessoal e financeira própria em função do que dependerá sua capacidade de adaptação, sua sobrevivência, seu crescimento ou sua própria expansão. Algumas variáveis importantes na definição da capacidade de endividamento são: .Geração de recursos. Uma empresa capaz de gerar recursos para amortizar as dívidas não deixa de ter capacidade de endividar-se. .Liquidez. Se uma empresa toma recursos, investe-os em seu giro comercial e dispõe de um bom capital próprio, investido no Ativo Circulante, então o efeito negativo sobre a liquidez será muito menor que no caso da empresa que imobiliza todos os recursos próprios e mais uma parte dos Capitais de Terceiros. Neste caso a liquidez tende a ser afetada e, consequentemente, aumenta o risco de insolvência. .Renovação. Se a empresa conseguir renovar as dívidas vencidas, não terá problemas de insolvência. Dizem que: "dívida não se paga, administra-se". Isto ocorre porque a empresa recorre a Capitais de Terceiros por insuficiência de Capitais UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS CONTABILIDADE DE INTRODUTÓRIA TRABALHO II Próprios fazendo com que estes terceiros passem a financiar parte do seu Ativo. Para pagar totalmente os terceiros é necessário reduzir o Ativo e, normalmente, as empresas não querem fazer isto. Neste caso a alternativa é manter o nível de Capital de Terceiros renovando empréstimos ou tomando novos para pagar os antigos. Ocorre que nem sempre a empresa consegue lograr êxito em renovar empréstimos ou tomar novos para pagar os antigos. Deste sucesso poderá depender a continuidade da empresa. Composição do Endividamento: Fórmula: Passivo Circulante x 100 Capitais de Terceiros Este índice mostra o percentual de obrigações de curto prazo em relação às obrigações totais para com terceiros. Quanto menor este índice menos dívidas de curto prazo a empresa terá em relação ao total de dívidas para com terceiros. Depois de conhecer o grau de Participação de Capitais de Terceiros é necessário saber qual a composição dessas dívidas. Uma coisa é ter dívidas de curto prazo que precisam ser pagas com os recursos possuídos hoje, mais aqueles gerados a curto prazo; outra coisa é ter dívidas a longo prazo, pois aí a empresa dispõe de tempo para gerar recursos para pagar essas dívidas. 20X1 20X2 Passivo Circulante 830.063,00 920.777,00 Capitais de Terceiros 1.550.987,00 2.320.980,00 Índice de Composição do Endividamento 830.063,00 = 53,52% 920.777,00 = 39,67% UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS CONTABILIDADE DE INTRODUTÓRIA TRABALHO II 1.550.987,00 2.320.980,00 Estes índices indicam que se em 20X1 a empresa tinha mais da metade de suas dívidas vencíveis no curto prazo, em 20X2 este percentual caiu para menos de 40% melhorando o perfil da dívida na medida em que a maior parte dela deverá ser paga num espaço de tempo maior. Imobilização do Patrimônio Líquido: AP PL Fórmula: Ativo Permanente x 100 Patrimônio Líquido Este índice demonstra quanto a empresa aplicou no Ativo Permanente para cada $100 de Patrimônio Líquido. Quanto menor for o investimento de Capital Próprio no Ativo Permanente maior será a sobra de recursos próprios a serem investidos no Ativo Circulante. Caso o Capital de Terceiros custe muito caro ou ainda seja tomado a curto prazo, quanto menor for este índice melhor será para a empresa. O ideal em termos financeiros é a empresa dispor de Patrimônio Líquido suficiente para cobrir o Ativo Permanente e ainda sobrar uma parcela do Patrimônio Líquido suficiente para financiar o Ativo Circulante. Entendemos que a empresa deva dispor de uma certa liberdade de comprar e vender sem precisar correr o tempo todo atrás de bancos que financiem suas operações. Exemplo: 20X1 20X2 Ativo Permanente 957.122,50 2.143.598,75 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS CONTABILIDADE DE INTRODUTÓRIA TRABALHO II Patrimônio Líquido 1.338.576,25 1.758.906,25 Índice de Imobilização do Patrimônio Líquido 20X1 20X2 957.122,50 x 100 = 71,5% 2.143.598,75 x 100 = 121,87% 1.338.576,25 1.758.906,25 O índice de imobilização de 20X1 mostra que mais de 71% do Patrimônio Líquido foram investidos no Ativo Permanente. Os restantes 28,5% acham-se aplicados no Ativo Circulante. Essa parcela de 28,5% do Patrimônio Líquido é chamada de Capital Circulante Próprio . Por sua vez verificamos que em 20X2 o índice de imobilização subiu para 121,87% significando que para cada $100 existentes de Patrimônio Líquido a empresa aplicou mais de $121 no Ativo Permanente, ou seja, imobilizou todo o Patrimônio Líquido mais recursos de terceiros equivalentes a 21,87% do montante do P.L. Nesse caso, o Ativo Circulante é totalmente financiado por Capitais de Terceiros, os quais financiam ainda uma parte do Ativo Permanente. Assim a empresa está em mãos de terceiros para o financiamento de seu giro comercial (Ativo Circulante) e depende ainda desses mesmos terceiros para o financiamento de uma parte de seu parque industrial (Ativo Permanente). Independentemente de comparações com padrões e outros concorrentes podemos dizer que esta situação para uma empresa não é tranquila. Podemos compará-la com a situação de uma pessoa que, para se manter viva, deve tomar obrigatoriamente, todos os dias, determinados remédios. Pode ocorrer que essa pessoa leve uma vida tranquila e tenha vida longa. A dependência à medicação, contudo, é sinal de que sua saúde não é muito boa. A medicação para a empresa citada em nosso exemplo será o esforço contínuo de renovar os empréstimos de curto UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS CONTABILIDADE DE INTRODUTÓRIA TRABALHO II prazo, bem como o de gerar caixa para pagar os financiamentos do Ativo Permanente, através de financiamentos de longo prazo, à medida que forem vencendo. Imobilização dos Recursos não Correntes: AP PL+PNC Fórmula: Ativo Permanente x 100 Patrimônio Líquido+ Passivo não Circulante Este índice nos informa qual é o percentual de Recursos não Correntes que a empresa aplicou no Ativo Permanente. Exemplo: 20X1 20X2 Ativo Permanente 957.122,50 2.143.598,75 Passivo não Circulante 392.950,00 1.463.485,00 Patrimônio Líquido 1.338.576,25 1.758.981,25 Recursos não Correntes 1.731.526,25 3.222.466,25 Índice de Imobilização de Recursos não Correntes 20X1 20X2 957.122,50 = 55,28% 2.143.598,75 = 66,52% 1.731.526,25 3.222.466,25 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS CONTABILIDADE DE INTRODUTÓRIA TRABALHO II Estes índices servem para demonstrar que a empresa destinou ao Ativo Permanente em 20X1 mais de 55% e em 20X2 mais de 66% dos Recursos não Correntes. Sabemos que os itens pertencentes ao Ativo Fixo possuem vida útil que pode variar de 2 a 25 anos, talvez até mais. Sabemos também que não é estritamente necessário financiar todo o Imobilizado com recursos próprios sempre. É possível utilizar recursos de longo prazo, desde que o prazo seja compatível com o de duração do Imobilizado ou então que o prazo seja suficiente para a empresa gerar recursos capazes de resgatar as dívidas de longo prazo contraídas para a sua obtenção. É por isso que comparamos as aplicações fixas (Ativo Permanente) com os Recursos não Correntes (Patrimônio Líquido + Passivo não Circulante). É importante sabermos, entretanto, que este índice não deve geralmente ser superior a 100%. Ainda que a empresa quase não tenha necessidade de possuir Ativo Circulante (como no caso de empresas transportadoras), é necessário haver um pequeno excesso de Recursos não Correntes, em relação às imobilizações, destinado ao Ativo Circulante. A parcela de Recursos não Correntes destinada ao Ativo Circulante é denominada Capital Circulante Líquido (CCL). No exemplo dado acima a empresa destinou aproximadamente 55% dos Recursos não Correntes para o Ativo Permanente. Assim, os outros 45% dos Recursos não Correntes foram para o Ativo Circulante, parcela esta que chamamos de Capital Circulante Líquido (CCL). O CCL aparece então como sendo a folga financeira a curto prazo com a qual a empresa conta para o seu giro. São financiamentos que não serão cobrados a curto prazo. O CCL é formado por duas parcelas: o Capital Circulante Próprio e o Passivo não Circulante. UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS CONTABILIDADE DE INTRODUTÓRIA TRABALHO II CCL= PL + PNC - AP ===> CCL = PL - AP + PNC ===> CCL = CCP + PNC onde: CCL = Capital Circulante Líquido CCP = Capital Circulante Próprio PL = Patrimônio Líquido AP = Ativo Permanente PNC = Passivo Não Circulante Portanto, podemos afirmar que a folga financeira de uma empresa deve-se aos recursos próprios mais as exigibilidades de longo prazo investidos no Ativo Circulante. No exemplo dado acima, em 20X2 a empresa investiu aproximadamente 66% dos Recursos não Correntes no Ativo Fixo, destinando aproximadamente 34% para o Ativo Circulante. Verificamos também que esses recursos não Correntes destinados ao Ativo Circulante são constituídos exclusivamente de Exigível a Longo Prazo. E como verificamos que a empresa imobilizou recursos superiores ao Patrimônio Líquido, sendo esse excesso de imobilização financiado pelo Exigível a Longo Prazo podemos deduzir que este mesmo Exigível a Longo Prazo precisou cobrir sozinho o Capital Circulante Líquido. Se por um lado a inexistência de Capital Circulante Próprio representa um fator negativo, a empresa compensou esta falha constituindo o Capital Circulante Líquido através de financiamentos de longo prazo. Quando o Capital Circulante Próprio ficar negativo, como aconteceu em 20X2, a empresa perde parte de sua liberdade financeira, o que não quer dizer que tenha obrigatoriamente complicações. A insuficiência de Patrimônio Líquido representada pelo Capital Circulante Próprio negativo pode ser corrigida com adequado financiamento de longo prazo que suprima a necessidade de CCL. Caso a empresa venha a gerar recursos suficientes para o pagamento dos financiamentos de longo prazo talvez nem perceba a diferença entre ter e não ter Capital Circulante Próprio. É comum inclusive, em bons projetos de expansão o Capital Circulante Próprio ficar UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS CONTABILIDADE DE INTRODUTÓRIA TRABALHO II negativo. O risco, contudo reside no fato de a empresa não gerar recursos suficientes e não conseguir pagar os financiamentos de longo prazo. Obs.: Quanto ao Realizável a Longo Prazo (Ativo Não Circulante) As empresas comerciais e industriais possuem tipicamente dois tipos de investimentos: * Um para a instalação de sua capacidade produtiva (imóveis, máquinas, equipamentos, etc.), investimentos esses realizados em caráter permanente e, por isso, classificados no grupo "Permanente" do Ativo. * O outro é o investimento em giro que compreende os estoques, as contas a receber, o disponível e outros valores realizáveis dentro do ciclo dos negócios que surgem naturalmente, como seguros antecipados, impostos a recuperar, adiantamentos etc. Esses investimentos sofrem constante movimentação, daí serem classificados no grupo "Circulante". Normalmente, não sobra espaço para o Realizável a Longo Prazo. Entretanto este pode surgir em duas situações: (1) como um investimento operacional em giro cujo prazo de realização é superior a um ano (produtos de longa execução ou estoque de longa maturação) ou (2) como um investimento não operacional que será realizado a longo prazo, como é o caso de títulos a receber, resgate de obrigações com a Eletrobrás etc. LIQUIDEZ Este grupo possui índices que tem a finalidade de demonstrar a base da situação financeira da empresa. UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS CONTABILIDADE DE INTRODUTÓRIA TRABALHO II Entretanto, muitas pessoas confundem índices de liquidez com índices de capacidade de pagamento. Os índices de liquidez não são índices extraídos do fluxo de caixa que comparam as entradas com as saídas de dinheiro. São índices que, a partir do confronto do Ativo Circulante com as Dívidas, procuram medir o quanto é sólida a base financeira da empresa. Uma empresa com bons índices de liquidez tem condições de ter boa capacidade de pagar suas dívidas, mas não estará, obrigatoriamente, pagando suas dívidas em dia em função de outras variáveis como prazo, renovação de dívidas etc. Liquidez Geral: LG Fórmula: Ativo Circulante + Ativo não Circulante Passivo Circulante + Passivo não Circulante Esse índice possui a finalidade de demonstrar o quanto a empresa possui no Ativo Circulante e Não Circulante para cada $1,00 de dívidas para com terceiros. O índice de imobilização do Patrimônio Líquido, como foi visto acima mostra qual percentual do Patrimônio Líquido estava imobilizado e qual foi aplicado no giro dos negócios. Com os índices de liquidez podemos saber se o percentual investido no Ativo Circulante é ou não suficiente para proporcionar uma boa base financeira para a empresa. Exemplo: 20X1 20X2 Ativo Circulante 2.450.600,00 2.836.463,75 Passivo Circulante 1.676.196,25 1.757.596,25 Passivo não Circulante 392.950,00 1.463.485,00 Liquidez Geral 2.450.600,00 = 1,18 2.836.463,75 = 0,88 2.069.146,25 3.221.081,25 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS CONTABILIDADE DE INTRODUTÓRIA TRABALHO II O índice de Liquidez Geral de 20X1, igual a 1,18 indica que para cada $1 de dívida a empresa tem $1,18 de investimentos realizáveis a curto prazo, ou seja, consegue pagar todas as suas dívidas e ainda dispõe de uma folga, excedente ou margem, de 18% (ou de $0,18 para cada $1 de dívida). Esses 18% ocorrem graças ao Capital Circulante Próprio. No exemplo dado acima podemos verificar que de 20X1 para 20X2 o Ativo Circulante tornou-se menor que o Exigível Total. Em 20X1, o Ativo Circulante contava com a totalidade dos Capitais de Terceiros e com uma parcela do Patrimônio Líquido. Em 20X2, já não conta com nada do Patrimônio Líquido e também perdeu parte dos Capitais de Terceiros (que foram investidos no Ativo Permanente). Dessa forma, o Ativo Circulante ficou menor que os Capitais de Terceiros: para cada $ 1 de dívida existem investimentos circulantes de $ 0,88. Este fato não indica que a empresa esteja em insolvência caso levemos em consideração os seguintes aspectos: O índice de 1,18 de 20X1 significa que a empresa poderia pagar suas dívidas totais, mesmo aquelas de longo prazo, com os recursos que possui hoje, no Ativo Circulante, e ainda haveria uma sobra de 18%. Esta sobra representa uma espécie de "reserva" ou "margem de segurança". Podemos concluir, neste caso, que a situação financeira da empresa tende a ser satisfatória, pois existem condições para isso. Quando se compara o índice da empresa com padrões do ramo pode-se atribuir um conceito qualitativo (ótimo, bom, regular, etc.), mas, em princípio, a empresa está satisfatoriamente estruturada do ponto de vista financeiro. Já o índice de 0,88 obtido em 20X2 revela que a empresa não conseguiria pagar, naquela data, a totalidade de suas dívidas. A primeira conclusão é de que já não possui a mesma boa situação do ano anterior, pois, agora, em vez de margem de segurança, existe insuficiência de $0,12 para cada $1 de dívida. Entretanto é necessário que saibamos também que as UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS CONTABILIDADE DE INTRODUTÓRIA TRABALHO II dívidas de longo prazo não vencem já e que até o seu vencimento a empresa poderá gerar recursos. Aqui se encontra, portanto, a diferença entre dois índices: em 20X1 a empresa não dependia da geração de recursos futuros para liquidar suas dívidas; em 20X2 criou-se essa dependência. Liquidez Corrente: LC Fórmula: Ativo Circulante Passivo Circulante Este índice tem a finalidade de demonstrar o quanto a empresa possui no Ativo Circulante para cada $ 1,00 de Passivo Circulante. Exemplo: 20X1 20X2 Ativo Circulante 2.450.600,00 2.836.463,75 Passivo Circulante 1.676.196,25 1.757.596,25 Liquidez Corrente 2.450.600,00 = 1,46 2.836.463,75 = 1,61 1.676.196,25 1.757.596,25 Como podemos verificar acima, nos dois exercícios, o Ativo Circulante é maior que o Passivo Circulante, e isto nos mostra que os investimentos efetuados no Ativo Circulante são suficientes para cobrir as dívidas de curto prazo e ainda permitir uma folga de 46% em 20X1 e 61% em 20X2. UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS CONTABILIDADE DE INTRODUTÓRIA TRABALHO II Que motivos levam o Ativo Circulante a ser maior que o Passivo Circulante? Ao verificarmos os valores acima percebemos facilmente que todos os recursos do Passivo Circulante foram investidos no Ativo Circulante. Além dele acha-se também investido no Ativo Circulante o Capital Circulante Líquido que, em 20X1, é constituído de todo o Exigível a Longo Prazo + Capital Circulante Próprio; em 20X2, o Capital Circulante Líquido é formado com apenas uma parte do Exigível a Longo Prazo, já que a outra parte está investida no Ativo Permanente (devido a insuficiência do Patrimônio Líquido). Podemos demonstrar as origens de Recursos do Ativo Circulante em 20X1 e 20X2 da seguinte forma: 20X1 Patrimônio Líquido Passivo Circulante 1.338.576,25 Igual 1.676.196,25 Capital Circulante Próprio Menos = 381.453,75 Mais Igual Ativo Permanente Capital Circulante Líquido Ativo Circulante 957.122,50 Mais = 774.403,75 2.450.600,00 Exigível a Longo Prazo 392.950,00 20X2 Patrimônio Líquido Passivo Circulante 1.758.981,25 Igual 1.757.596,25 Capital Circulante Próprio Menos = (384.617,50) Mais Igual Ativo Permanente Capital Circulante Líquido Ativo Circulante 2.143.598,75 Mais = 1.078.867,50 2.836.463,75 Passivo não Circulante 1.463.485,00 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS CONTABILIDADE DE INTRODUTÓRIA TRABALHO II Pelo demonstrado, concluímos que, quando a Liquidez Corrente é superior a 1, o excesso em relação ao 1 deve-se à existência do Capital Circulante Líquido. O Capital Circulante Líquido pode ser encontrado também através da diferença entre Ativo Circulante e Passivo Circulante: (meio inclusive mais fácil de se calcular) CCL = AC - PC Onde: AC = Ativo Circulante PC = Passivo Circulante O Capital Circulante Líquido, que é a folga financeira a curto prazo, representa em 20X1 46% e em 20X2 61% do Passivo Circulante, ou seja, além de possuir no Ativo Circulante todos os recursos do próprio Passivo Circulante para resgatá-lo, a empresa possui um excedente de 46% e 61% respectivamente em 20X1 e 20X2, que lhe dá uma boa margem de segurança. No exemplo dado acima, embora o índice de Liquidez Corrente se tenha mantido quase no mesmo valor, de 20X1 para 20X2, houve sensível alteração na sua composição no que tange ao Capital Circulante Líquido. Alem de ter investido todo o Patrimônio Líquido no Ativo Permanente, em 20X2 a empresa aumentou o índice de Liquidez Corrente de 1,46 para 1,61, através de financiamentos de longo prazo. Verifica-se assim a intenção de aumentar a participação do CCL na formação do Ativo Circulante. 20X1 20X2 % % Passivo Circulante 1.676.196,25 68 1.757.596,25 62 Capital Circulante Líquido 774.403,75 32 1.078.867,50 38 Ativo Circulante 2.450.600,00 100 2.836.463,75 100 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS CONTABILIDADE DE INTRODUTÓRIA TRABALHO II Quando falamos que os investimentos no Ativo Circulante são suficientes para cobrir as dívidas, pode parecer que se a empresa liquidasse seu Ativo Circulante, pagaria inteiramente suas dívidas de curto prazo e ainda sobrariam $0,46 em 20X1 e $0,61 em 20X2 para cada real de dívida. Entretanto, devemos considerar também o fator tempo que atua em casos como este de diversas formas como vemos a seguir: a) é praticamente impossível vender instantaneamente todos os estoques, pois dificilmente existirão vendedores, caminhões de entrega, faturistas e clientes interessados em comprar tudo de uma só vez; b) é quase impossível também receber todas as duplicatas instantaneamente, tanto as já emitidas como as que serão emitidas, porque existe um ciclo financeiro na economia onde as empresas esperam o pagamento de seus clientes para disporem de recursos e, por sua vez, pagarem seus fornecedores; os assalariados esperam seus salários para pagarem suas prestações; o sistema bancário pode efetuar antecipações, mas também requererá certo prazo e só o fará parcialmente; c) a empresa arca com várias despesas proporcionais ao tempo, como alugueis, salários e tributos que aumentam o Passivo Circulante. Além do fator tempo devemos levar em consideração que os valores de liquidações não são necessariamente os valores contábeis registrados no Ativo e Passivo Circulantes, pois existem prazos para o vencimento dos direitos e dívidas. Os valores a vista certamente são outros. Sabemos ainda que o Ativo Circulante pode compreender certos valores não recuperáveis, como despesas antecipadas de assinatura de publicações. Ao raciocinar sobre a hipótese da liquidação de Ativos e Passivos, ignorando todas as limitações apontadas, para cada $ 1 que saísse de caixa entraria $ 1,46. Quando, porém, levamos em consideração a hipótese mais realista de a empresa estar operando normalmente, o índice de Liquidez Corrente não significa que UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS CONTABILIDADE DE INTRODUTÓRIA TRABALHO II para cada $1,00 que sair entrará $ 1,46. Mesmo porque a empresa acabaria, depois de algum tempo, acumulando uma quantia enorme em caixa, pois entraria muito mais dinheiro do que sairia. O índice de Liquidez Corrente significa que há recursos no Ativo Circulante que são superiores às dívidas junto a terceiros, na proporção de 1,46 para 1,00. Os recursos do Ativo Circulante entrarão em caixa num momento diferente da saída para pagamento do Passivo Circulante. O ideal é que as entradas de caixa sejam equivalentes às saídas. Cabe à administração financeira da empresa atingir quotidianamente esse ideal, manobrando os prazos de recebimento e pagamento e renovando empréstimos bancários. Se para cada $1,00 de dívida há recursos de $1,46 , a margem de folga para manobras é razoável. Se, porém, para cada $1,00 de dívida há somente recursos de $1,05 , a margem torna-se muito estreita e a administração pode ter sérias dificuldades em atingir o seu intento de equilibrar as entradas e saídas de caixa. Temos assim o verdadeiro significado do índice de Liquidez Corrente: a margem de folga para manobras de prazos visa equilibrar as entradas e saídas de caixa. Quanto maiores forem os recursos, maior será essa margem e maior será a segurança da empresa que contará com uma melhor situação financeira. Liquidez Seca: LS Fórmula: Disponível + Aplic. Financ. + Clientes de Rápida Conversibilid. em Dinheiro Passivo Circulante Este índice tem a função de indicar quanto a empresa possui de Ativo Líquido para cada $1,00 de Passivo Circulante. (dívidas de curto prazo). Quanto maior for o resultado desta divisão mais confortável será a situação da empresa. Pode-se dizer ainda que este índice possui a finalidade de medir o grau de excelência da situação financeira das empresas. De um lado, abaixo de certos limites, obtidos segundo os padrões do ramo, pode indicar alguma dificuldade de liquidez, mas raramente tal conclusão será mantida quando o índice de liquidez corrente for UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS CONTABILIDADE DE INTRODUTÓRIA TRABALHO II satisfatório. De outro lado, o índice de Liquidez Seca conjugado com o índice de Liquidez Corrente reforça a conclusão de que a empresa é realmente muito saudável em termos de liquidez. Observações: 1- Quando a Liquidez Corrente e a Liquidez Seca estão altas a situação financeira tende a ser boa. 2- Quando a Liquidez Corrente está alta e a Liquidez Seca está baixa a situação financeira, em princípio, será satisfatória, pois a baixa Liquidez Seca não indica necessariamente comprometimento da situação financeira. Em alguns casos podem haver excessivos estoques "encalhados". 3- Quando a Liquidez Corrente é baixa e a Liquidez Seca está alta, a situação financeira, em princípio insatisfatória, pode ser atenuada pela boa Liquidez Seca. Em alguns casos pode até ser considerada razoável. 4- Quando a Liquidez Corrente e Liquidez Seca estão baixas a situação financeira provavelmente será insatisfatória. Uma outra forma de se determinar qual é a situação financeira da empresa tomando-se por base o índice de Liquidez Seca é o de se determinar, em uma escala que vai de 0 (zero) a infinito, qual é a faixa em que melhora a situação financeira da empresa, qual faixa é neutra e qual faixa piora a situação financeira da empresa. Desta forma temos: Piora a situação financeira Faixa Neutra Melhora a situação financeira 0 LI 1,00 A empresa cujo índice de Liquidez Seca estiver abaixo de LI - Limite Inferior provavelmente terá sua situação financeira piorada. Quando estiver acima de 1,00 a UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS CONTABILIDADE DE INTRODUTÓRIA TRABALHO II terá melhorada. Entretanto, a fixação do limite inferior requer uma grande experiência do analista e um profundo conhecimento por parte dele sobre o ramo de atividade da empresa que estiver sendo analisada. Os motivos que induziram à utilização deste índice são compreendidos basicamente pela diferença de risco existente entre os diversos ativos que existem na empresa. Exemplo: a) No Disponível existe o risco de desfalque de dinheiro em caixa, de desvio de conta corrente bancária ou ainda de liquidação da instituição financeira depositária dos valores. Tais riscos dependem em grande parte da própria empresa exceto a quebra de Bancos. b) Para as Duplicatas a Receber o risco está na possibilidade de o cliente não arcar com sua dívida. É, portanto, um risco maior, pois dependemos sempre de terceiros, que em alguns casos podem não ser confiáveis. c) No caso dos Estoques corremos o risco de roubo, obsoletismo, deterioração ou qualquer outra consequência que impeça a sua venda que os converteria em dinheiro. Este dinheiro seria utilizado para o pagamento de dívidas. Neste caso o risco depende da empresa, do mercado e da conjuntura econômica. Para o mesmo período em que existem estes riscos no Ativo Circulante sabemos que o Passivo Circulante é líquido e certo e que ele deve ser pago no dia e na quantia pactuada. Portanto, vem daí a idéia de se excluir do Ativo Circulante os itens de maior risco, ou seja, os Estoques. Exemplo de cálculo do índice de Liquidez Seca: 20X1 20X2 Disponível 204.542,50 134.030,00 + Duplicatas a Receber 1.307.050,00 1.403.140,00 Passivo Circulante 1.676.196,25 1.757.596,25 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS CONTABILIDADE DE INTRODUTÓRIA TRABALHO II Liquidez Seca 204.542,50 + 1.307.050,00 = 0,90 134.030,00 + 1.403.140,00 = 0,87 1.676.196,25 1.757.596,25 Pelo exemplo dado acima verificamos que em 20X1 a empresa conseguia pagar 90% de suas dívidas somente com o Disponível e as Duplicatas a Receber. Independentemente de padrões, nos podemos afirmar que ela tinha uma boa "performance". Com isso o conceito que lhe fosse atribuído através do índice de Liquidez Corrente poderia ser melhorado. Em 20X2 a empresa teve quase o mesmo bom desempenho, pois o índice de Liquidez Seca permaneceu dentro da normalidade não contribuindo, portanto para melhorar e nem para piorar o conceito de situação financeira fornecido pelo índice de Liquidez Corrente. RENTABILIDADE Os índices que pertencem a este grupo possuem a função de demonstrar qual é a rentabilidade dos capitais que foram investidos na empresa e qual o grau de êxito econômico da mesma. UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS CONTABILIDADE DE INTRODUTÓRIA TRABALHO II Giro do Ativo: V AT Fórmula: Vendas Líquidas Ativo Total Este índice possui a finalidade de informar o quanto a empresa vendeu para cada $1,00 de investimento total. Quanto maiores forem as vendas melhor será para a empresa. Não é segredo para ninguém que o sucesso de uma empresa depende de um volume de vendas adequado. Este volume de vendas tem relação direta com o montante de investimentos, pois não se pode dizer que uma empresa está vendendo pouco ou muito olhando-se apenas para o valor absoluto de suas vendas. Se uma empresa que vende $20.000.000 por mês tem vendas elevadas quando o seu Ativo Total for da ordem de $10.000.000 , o mesmo não ocorrerá se suas vendas tiverem o mesmo valor e o total de seu ativo for $400.000.000. Exemplo: 20X1 20X2 Vendas 5.991.403,75 5.532.332,50 Ativo 3.407.722,50 4.980.062,50 Giro do Ativo 5.991.403,75 = 1,76 5.532.332,50 = 1,11 3.407.722,50 4.980.062,50 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS CONTABILIDADE DE INTRODUTÓRIA TRABALHO II No exemplo dado acima verificamos que a empresa vendeu em 20X1, $1,76 para cada $1,00 investido. Pode-se dizer também que o volume de vendas atingiu 1,76 vezes o volume de investimentos. Em 20X2, houve uma queda acentuada do volume relativo de vendas e para cada $1,00 investido a empresa vendeu apenas $1,11. Este fato indica que a empresa passou a vender muito menos para cada $1 investido em 20X2, comparativamente a 20X1. Esta queda de desempenho comercial pode ser causada por: a) Retração do mercado como um todo que passou a comprar menos produtos o que reduziu as vendas de todas as empresas do ramo. b)Redução da participação de mercado ocorrida quando a empresa perdeu mercado para outros concorrentes que sabem vender melhor ou têm produtos mais competitivos. c)Estratégia da empresa que aumenta seus preços, dispondo-se a vender menos, mas com uma margem de lucro maior, compensando assim a queda das vendas. A vantagem dessa medida, quando bem-sucedida, é manter ou aumentar o lucro com muito menor volume e, portanto, menor risco. Margem Líquida: LL V Fórmula: Lucro Líquido x 100 Vendas Líquidas UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS CONTABILIDADE DE INTRODUTÓRIA TRABALHO II Este índice possui a função de indicar o quanto a empresa obtém de lucro para cada $100 obtidos com as suas vendas. Quanto maior for este índice mais rentável será a empresa. Exemplo: 20X1 20X2 Vendas 5.991.403,75 5.532.332,50 Lucro Líquido 279.676,25 208.895,00 Margem Líquida 279.676,25 x 100 = 4,66% 208.895,00 x 100 = 3,77% 5.991.403,75 5.532.332,50 Como vimos, houve uma representativa queda na margem de lucro da empresa. Neste caso, o próprio valor absoluto do lucro líquido caiu. Isto significa que a empresa auferiu menor lucro global e ganhou muito menos por unidade vendida. Para cada $100 vendidos a empresa obtinha de lucro em 20X1 $4,66 e em 20X2 passou a obter apenas $3,77. Neste caso fica descartada a hipótese de a empresa ter diminuído vendas em função do aumento da margem de lucro. O que aconteceu foi uma queda do seu volume relativo de vendas simultaneamente à queda da margem de lucro. A conjugação dessas duas quedas provoca maior impacto sobre a rentabilidade do ativo que será vista a seguir. Rentabilidade do Ativo: LL AT Fórmula: Lucro Líquido x 100 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS CONTABILIDADE DE INTRODUTÓRIA TRABALHO II Ativo Total Este índice possui a função de identificar o quanto a empresa obtêm de lucro para cada $ 100 de investimento total. Quanto maior for este índice maior será a rentabilidade do ativo da empresa. É uma medida do potencial de geração de lucro por parte da empresa. Não deve ser confundido como medida de rentabilidade do capital. Exemplo: 20X1 20X2 Lucro Líquido 279.676,25 208.895,00 Ativo 3.407.722,50 4.980.062,50 Rentabilidade do Ativo 279.676,25 x 100 = 8,20% 208.895,00 x 100 = 4,19% 3.407.722,50 4.980.062,50 A partir deste exemplo podemos fazer os seguintes comentários: a) Para cada $100 investidos, a empresa recebeu $8,20 em 20X1 e $4,19 em 20X2, havendo uma representativa queda na rentabilidade do Ativo de um ano para outro. b) Levando-se em conta a rentabilidade obtida em 20X1 a empresa demandaria 12 anos para dobrar o seu Ativo caso contasse apenas com o seu lucro. c) Da mesma forma, com a rentabilidade obtida em 20X2 a empresa precisaria de 24 anos para dobrar o seu Ativo. UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS CONTABILIDADE DE INTRODUTÓRIA TRABALHO II Tudo isso é consequência de uma simultânea queda do Giro do Ativo (volume de vendas relativo) e da Margem Líquida (ganho por unidade vendida) que estão demonstrados a seguir: 20X1 20X2 V = 1,76 1,11 AT LL = 4,66% 3,77% V LL = 8,20% 4,19% AT Concluindo no exemplo apresentado acima, de um ano para outro houve uma acentuada queda simultânea do volume relativo de vendas, da margem líquida e, consequentemente, da rentabilidade do Ativo que fez reduzir drasticamente o seu poder de capitalização. Rentabilidade do Patrimônio Líquido: LL PL Fórmula: Lucro Líquido x 100 Patrimônio Líquido Médio Este índice tem a função de indicar o quanto a empresa obteve de lucro para cada $100 de Capital Próprio investido. UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS CONTABILIDADE DE INTRODUTÓRIA TRABALHO II Obs.: Para obter o Patrimônio Líquido Médio devemos somar ao Patrimônio Líquido inicial o Patrimônio Líquido final e dividir o resultado desta soma por dois. A verificação pura e simples do valor do lucro líquido de uma empresa não é uma atividade 100% esclarecedora. É preciso comparar esse valor com o Capital Próprio investido. Uma empresa com lucro líquido de $12.500.000,00 pode ter desempenho superior à outra cujo lucro líquido foi de $250.000.000,00 , pois pode ser que a primeira tenha patrimônio líquido, por exemplo, de $62.500.000,00 e a segunda de $4.000.000.000,00. Ou seja: 12.500.000,00 = 20% 250.000.000,00 = 6,25% 62.500.000,00 4.000.000.000,00 Como vimos, o papel do índice de Rentabilidade do Patrimônio Líquido é mostrar qual a taxa de rendimento do Capital Próprio. Essa taxa pode ser comparada com a de outros rendimentos alternativos no mercado, como Caderneta de Poupança, CDBs, Letras de Câmbio, Ações, Alugueis, Fundos de Investimentos, etc. Desta forma o analista tem como avaliar se a empresa possui rentabilidade superior ou inferior a essas opções. Uma vez que o Lucro Líquido não recebe correção monetária e é obtido a partir do somatório dos lucros de todas as operações durante o ano, a taxa de rentabilidade do Patrimônio Líquido é real. Assim, ao ser comparada com o rendimento da Caderneta de Poupança, devemos utilizar apenas a taxa de juros desta e deixar de lado a Correção Monetária. O mesmo também deve ser feito ao compararmos com os rendimentos de outras aplicações. Exemplo: 20X1 20X2 Lucro Líquido 279.676,25 298.895,00 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS CONTABILIDADE DE INTRODUTÓRIA TRABALHO II Patrimônio Líquido Inicial 1.027.283,75 1.338.576,25 Patrimônio Líquido Final 1.338.576,25 1.758.981,25 Patrimônio Líquido Médio 1.182.930,00 1.548.778,75 Rentabilidade do Patrimônio Líquido 279.676,25 x 100 = 23,64% 298.895,00 x 100 = 19,30% 1.182.930,00 1.548.778,75 Neste caso para cada $100 de Capital Próprio investido, a empresa conseguiu $23,64 de lucro em 20X1. Em 20X2, para os mesmos $100 a empresa conseguiu apenas $19,30. Normalmente espera-se das empresas uma rentabilidade superior à dos Títulos de Renda Fixa que geram de juros em torno de 6% ao ano. Isto ocorre porque o investimento na empresa representa um capital de risco, ou seja, nada garante que sua rentabilidade seja sempre positiva e grande. Em 20X2, entretanto, ocorreu uma queda na rentabilidade da empresa. Esta queda é natural e possivelmente nos anos seguintes a empresa oscilará entre lucros que podem ou não superar as taxas de juros de outros investimentos. ÍNDICES DE DEPENDÊNCIA BANCÁRIA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS CONTABILIDADE DE INTRODUTÓRIA TRABALHO II Devemos ter em mente que: "Financiar ativos constantes com empréstimos inconstantes é um tipo de atitude que pode complicar a situação financeira da empresa". Sabemos que uma empresa pode funcionar perfeitamente com uma Liquidez Corrente abaixo de 1,00. Basta que seu Passivo Circulante se renove constantemente. A renovação destas obrigações para com terceiros é praticamente automática no que se refere a créditos de funcionamento - fornecedores, salários, encargos sociais, tributos -, pois estas obrigações são decorrentes das próprias operações. Ao comprar, produzir, vender, administrar, a empresa gera automaticamente obrigações a pagar. O prazo obtido para pagamento destas constitui um financiamento com que a empresa conta permanentemente. No tocante aos empréstimos bancários, incluindo o desconto de duplicatas a conversa é diferente. Nada garante a renovação, pois, para conseguí-la a empresa se vê obrigada a manter uma certa reciprocidade com o banco. Para tanto deverá comprar ações, seguros, gastar muito tempo em conversas, manter um cadastro impecável e ainda, muitas vezes, ver frustrada a sua expectativa de conseguir uma simples renovação de linha de crédito. Em períodos de inflação, a pura renovação dos créditos é insuficiente para manter, em termos reais, o nível de financiamentos e a capacidade de pagamento da empresa. A não renovação de empréstimos solapa a administração financeira das empresas. É por isso que podemos dizer que quanto maior for a dependência financeira da empresa em relação aos bancos, maior será o risco da mesma. . Financiamento de Ativo por Instituições de Crédito Fórmula: Emp. E Fin de Curto Prazo + Emp. E Fin de Longo Prazo x 100 Ativo Total UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS CONTABILIDADE DE INTRODUTÓRIA TRABALHO II Este índice tem a função de identificar qual o percentual dos investimentos totais está financiado pelas instituições de crédito. Exemplo: 20X1 20X2 Duplicatas Descontadas 12.625,00 25.282,50 Empréstimos Bancários(curto prazo) 2.867,50 10.076,25 Empréstimos e Financ. (longo prazo) 13.650,00 75.150,00 Total de Financ. das Instit. de Crédito 29.142,50 110.508,75 Ativo 118.372,50 255.726,25 Financiamento de Ativo por Instituições de Crédito 20X1 20X2 29.142,50 x 100 = 24,62% 110.726,25 x 100 = 43,21% 118.372,50 255.726,25 Participação de Instituições de Crédito no endividamento da empresa: Fórmula: Emp. E Fin de Curto Prazo + Emp. E Fin de Longo Prazo x 100 Passivo Circ. + Passivo N Circul. Sabemos que além de instituições financeiras a empresa possui outras fontes de recursos externas como é o caso de fornecedores por exemplo. Este índice possui a finalidade de indicar qual o percentual de participação das instituições de crédito no total de recursos tomados pela empresa junto a terceiros. Exemplo: 20X1 20X2 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS CONTABILIDADE DE INTRODUTÓRIA TRABALHO II Total de Financiamentos das Instituições de Crédito 29.017,50 110.508,75 Capitais de Terceiros 71.875,00 165.402,50 Participação de Instituições de Crédito no 29.017,50 110.508,75 Endividamento da Empresa 71.875,00 165.402,50 40,37% 66,81% Financiamento de Ativo Circulante por Instituições de Crédito a curto prazo: Fórmula: Emp. E Fin de Curto Prazo x 100 Ativo Circulante Este índice serve para indicar qual o percentual do Ativo Circulante é formado por empréstimos e financiamentos de curto prazo. Exemplo: 20X1 20X2 Duplicatas Descontadas 12.625,00 25.282,50 Empréstimos Bancários (curto prazo) 2.867,50 10.076,25 Financ. de Instit. de Crédito a Curto Prazo 15.492,50 35.358,75 Ativo Circulante 85.125,00 145.652,50 Financiamento de Ativo Circulante por Instituições de Crédito a Curto Prazo 15.492,50 x 100 35.358,75 x 100 85.125,00 145.652,50 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS CONTABILIDADE DE INTRODUTÓRIA TRABALHO II 18,20% 24,28% DRE AH 2022 2021 AH 2021 2020 Receita de Venda de Bens e/ou Serviços 5,19% 82.412.210 78.345.081 78,81% 78.345.081 43.814.661 Custo dos Bens e/ou Serviços Vendidos 10,66% -63.661.156 -57.527.721 51,85% -57.527.721 -37.884.102 Resultado Bruto -9,93% 18.751.054 20.817.360 251,02% 20.817.360 5.930.559 Despesas/Receitas Operacionais -586,04% -999.601 205.662 -127,94% 205.662 -736.174 Despesas com Vendas 2,40% -733.026 -715.830 39,55% -715.830 -512.950 Despesas Gerais e Administrativas 4,64% -1.454.592 -1.390.121 36,63% -1.390.121 -1.017.435 Perdas pela Não Recuperabilidade de Ativos 0,00% 0 0 -100,00% 0 -411.925 Outras Receitas Operacionais -89,61% 246.313 2.371.397 34,46% 2.371.397 1.763.684 Outras Despesas Operacionais -66,27% -210.123 -622.942 -12,28% -622.942 -710.117 Resultado de Equivalência Patrimonial 104,53% 1.151.827 563.158 269,12% 563.158 152.569 Resultado Antes do Resultado Financeiro e dos Tributos -15,56% 17.751.453 21.023.022 304,73% 21.023.022 5.194.385 Resultado Financeiro 152,17% -1.892.426 -750.454 -55,82% -750.454 -1.698.707 Receitas Financeiras -38,86% 645.441 1.055.693 443,91% 1.055.693 194.092 Despesas Financeiras 40,51% -2.537.867 -1.806.147 -4,58% -1.806.147 -1.892.799 Resultado Antes dos Tributos sobre o Lucro -21,77% 15.859.027 20.272.568 479,93% 20.272.568 3.495.678 Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro -7,09% -4.379.475 -4.713.630 325,56% -4.713.630 -1.107.624 Lucro/Prejuízo Consolidado do Período -26,22% 11.479.552 15.558.938 551,53% 15.558.938 2.388.054 ATIVO AH 2022 2021 AH 2021 2020 Ativo Total -0,02% 73.798.652 73.814.613 16,94% 73.814.613 63.123.009 Ativo Circulante -4,24% 31.257.422 32.640.477 39,43% 32.640.477 23.409.453 Caixa e Equivalentes de Caixa -40,49% 2.475.863 4.160.654 -9,89% 4.160.654 4.617.204 Aplicações Financeiras 12,68% 2.959.135 2.626.212 -13,64% 2.626.212 3.041.143 Contas a Receber -7,67% 4.999.004 5.414.075 44,87% 5.414.075 3.737.270 Estoques 5,67% 17.817.585 16.861.488 83,89% 16.861.488 9.169.417 Tributos a Recuperar -23,56% 2.207.614 2.887.938 28,19% 2.887.938 2.252.896 Outros Ativos Circulantes 15,67% 798.221 690.110 16,67% 690.110 591.523 Ativo Não Circulante 3,32% 42.541.230 41.174.136 3,68% 41.174.136 39.713.556 Ativo Realizável a Longo Prazo -1,53% 5.211.479 5.292.544 -20,38% 5.292.544 6.647.604 Investimentos 16,64% 3.896.518 3.340.775 47,07% 3.340.775 2.271.629 Imobilizado 9,08% 21.383.610 19.603.530 8,50% 19.603.530 18.068.226 Intangível -6,86% 12.049.623 12.937.287 1,66% 12.937.287 12.726.097 PASSIVO AH 2022 2021 AH 2021 2020 Passivo Total -0,02% 73.798.652 73.814.613 16,94% 73.814.613 63.123.009 Passivo Circulante -4,09% 13.462.581 14.036.814 22,25% 14.036.814 11.482.143 Obrigações Sociais e Trabalhistas -11,91% 1.056.325 1.199.143 102,68% 1.199.143 591.653 Fornecedores -17,44% 6.618.923 8.017.140 47,43% 8.017.140 5.437.953 Obrigações Fiscais -36,76% 892.455 1.411.309 0,08% 1.411.309 1.410.214 Empréstimos e Financiamentos 76,69% 3.121.148 1.766.493 23,40% 1.766.493 1.431.506 Outras Obrigações 9,31% 1.492.656 1.365.521 -11,29% 1.365.521 1.539.341 Provisões 1,39% 281.074 277.208 -74,13% 277.208 1.071.476 Passivo Não Circulante -17,24% 14.037.878 16.962.150 -17,48% 16.962.150 20.555.656 Empréstimos e Financiamentos -22,71% 9.486.242 12.273.200 -23,69% 12.273.200 16.083.845 Outras Obrigações 20,51% 1.313.280 1.089.800 -9,59% 1.089.800 1.205.405 Tributos Diferidos -2,66% 96.341 98.975 60,77% 98.975 61.562 Provisões -10,23% 3.142.015 3.500.175 9,22% 3.500.175 3.204.844 Patrimônio Líquido Consolidado 8,13% 46.298.193 42.815.649 37,74% 42.815.649 31.085.210 Capital Social Realizado 0,00% 19.249.181 19.249.181 0,00% 19.249.181 19.249.181 Reservas de Capital 19,59% -168.398 -140.812 -35,32% -140.812 -217.712 Reservas de Lucros 24,30% 22.172.561 17.838.494 144,62% 17.838.494 7.292.332 Ajustes de Avaliação Patrimonial -14,04% 4.862.850 5.657.419 24,71% 5.657.419 4.536.470 Participação dos Acionistas Não Controladores -13,89% 181.999 211.367 -6,03% 211.367 224.939 BALANÇO PATRIMONIAL GERDAU S.A. ANÁLISE HORIZONTAL ATIVO AV 2022 AV 2021 AV 2020 Ativo Total 100,00% 73.798.652 100,00% 73.814.613 100,00% 63.123.009 Ativo Circulante 42,36% 31.257.422 44,22% 32.640.477 37,09% 23.409.453 Caixa e Equivalentes de Caixa 3,35% 2.475.863 5,64% 4.160.654 7,31% 4.617.204 Aplicações Financeiras 4,01% 2.959.135 3,56% 2.626.212 4,82% 3.041.143 Contas a Receber 6,77% 4.999.004 7,33% 5.414.075 5,92% 3.737.270 Estoques 24,14% 17.817.585 22,84% 16.861.488 14,53% 9.169.417 Tributos a Recuperar 2,99% 2.207.614 3,91% 2.887.938 3,57% 2.252.896 Outros Ativos Circulantes 1,08% 798.221 0,93% 690.110 0,94% 591.523 Ativo Não Circulante 57,64% 42.541.230 55,78% 41.174.136 62,91% 39.713.556 Ativo Realizável a Longo Prazo 7,06% 5.211.479 7,17% 5.292.544 10,53% 6.647.604 Investimentos 5,28% 3.896.518 4,53% 3.340.775 3,60% 2.271.629 Imobilizado 28,98% 21.383.610 26,56% 19.603.530 28,62% 18.068.226 Intangível 16,33% 12.049.623 17,53% 12.937.287 20,16% 12.726.097 PASSIVO AV 2022 AV 2021 AV 2020 Passivo Total 100,00% 73.798.652 100,00% 73.814.613 100,00% 63.123.009 Passivo Circulante 18,24% 13.462.581 19,02% 14.036.814 18,19% 11.482.143 Obrigações Sociais e Trabalhistas 1,43% 1.056.325 1,62% 1.199.143 0,94% 591.653 Fornecedores 8,97% 6.618.923 10,86% 8.017.140 8,61% 5.437.953 Obrigações Fiscais 1,21% 892.455 1,91% 1.411.309 2,23% 1.410.214 Empréstimos e Financiamentos 4,23% 3.121.148 2,39% 1.766.493 2,27% 1.431.506 Outras Obrigações 2,02% 1.492.656 1,85% 1.365.521 2,44% 1.539.341 Provisões 0,38% 281.074 0,38% 277.208 1,70% 1.071.476 Passivo Não Circulante 19,02% 14.037.878 22,98% 16.962.150 32,56% 20.555.656 Empréstimos e Financiamentos 12,85% 9.486.242 16,63% 12.273.200 25,48% 16.083.845 Outras Obrigações 1,78% 1.313.280 1,48% 1.089.800 1,91% 1.205.405 Tributos Diferidos 0,13% 96.341 0,13% 98.975 0,10% 61.562 Provisões 4,26% 3.142.015 4,74% 3.500.175 5,08% 3.204.844 Patrimônio Líquido Consolidado 62,74% 46.298.193 58,00% 42.815.649 49,25% 31.085.210 Capital Social Realizado 26,08% 19.249.181 26,08% 19.249.181 30,49% 19.249.181 Reservas de Capital -0,23% -168.398 -0,19% -140.812 -0,34% -217.712 Reservas de Lucros 30,04% 22.172.561 24,17% 17.838.494 11,55% 7.292.332 Ajustes de Avaliação Patrimonial 6,59% 4.862.850 7,66% 5.657.419 7,19% 4.536.470 Participação dos Acionistas Não Cont. 0,25% 181.999 0,29% 211.367 0,36% 224.939 DRE AV 2022 AV 2021 AV 2020 Receita de Venda de Bens e/ou Serviços 100,00% 82.412.210 100,00% 78.345.081 100,00% 43.814.661 Custo dos Bens e/ou Serviços Vendidos -77,25% -63.661.156 -73,43% -57.527.721 -86,46% -37.884.102 Resultado Bruto 22,75% 18.751.054 26,57% 20.817.360 13,54% 5.930.559 Despesas/Receitas Operacionais -1,21% -999.601 0,26% 205.662 -1,68% -736.174 Despesas com Vendas -0,89% -733.026 -0,91% -715.830 -1,17% -512.950 Despesas Gerais e Administrativas -1,77% -1.454.592 -1,77% -1.390.121 -2,32% -1.017.435 Perdas pela Não Recup. de Ativos 0,00% 0 0,00% 0 -0,94% -411.925 Outras Receitas Operacionais 0,30% 246.313 3,03% 2.371.397 4,03% 1.763.684 Outras Despesas Operacionais -0,25% -210.123 -0,80% -622.942 -1,62% -710.117 Resultado de Equivalência Patrimonial 1,40% 1.151.827 0,72% 563.158 0,35% 152.569 Resultado Antes do Res. Fin. e dos Tributos 21,54% 17.751.453 26,83% 21.023.022 11,86% 5.194.385 Resultado Financeiro -2,30% -1.892.426 -0,96% -750.454 -3,88% -1.698.707 Receitas Financeiras 0,78% 645.441 1,35% 1.055.693 0,44% 194.092 Despesas Financeiras -3,08% -2.537.867 -2,31% -1.806.147 -4,32% -1.892.799 Resultado Antes dos Tributos sobre o Lucro 19,24% 15.859.027 25,88% 20.272.568 7,98% 3.495.678 Imposto de Renda e Cont. Social sobre o Lucro -5,31% -4.379.475 -6,02% -4.713.630 -2,53% -1.107.624 Lucro/Prejuízo Consolidado do Período 13,93% 11.479.552 19,86% 15.558.938 5,45% 2.388.054 ANÁLISE VERTICAL 2022 2021 2020 Análise PC (+) ELP PATRIMÔNIO LÍQUIDO PC PC (+) ELP ATIVO IMOBILIZADO PATRIMÔNIO LÍQUIDO ATIVO IMOBILIZADO PL + PASSIVO NÃO CIRCULANTE AC (+) RLP PC (+) ELP AC PC AC (-) ESTOQUE PC DISPONIBILIDADES PC VENDAS LÍQUIDAS ATIVO TOTAL LUCRO OPERACIONAL ATIVO TOTAL LUCRO LÍQUIDO PATRIMÔNIO LÍQUIDO EMP. e FIN. CP + EMP. e FIN. LP X 100 ATIVO TOTAL EMP. e FIN. CP + EMP. e FIN. LP X 100 PC (+) ELP EMP. e FIN. CP X 100 AC RETORNO SOBRE O PATRIMÔNIO LÍQUIDO (ROE) 0,25 0,36 0,08 RENTABILIDADE GIRO DO ATIVO 1,12 1,06 0,69 RETORNO SOBRE O ATIVO TOTAL (ROA) 0,24 0,28 0,08 0,78 0,63 0,56 0,58 0,49 0,45 0,36 IMOBILIZAÇÃO DE CAPITAL PRÓPRIO 0,46 19,02% Índices LIQUIDEZ GERAL ESTRUTURA DE CAPITAIS COMPOSIÇÃO DE ENDIVIDAMENTO IMOBILIZAÇÃO DOS RECURSOS NÃO CORRENTES 1,33 1,22 CORRENTE 2,32 2,33 1,12 IMEDIATA 0,18 0,30 DEPENDÊNCIA BANCÁRIA FINANCIAMENTO DE ATIVO POR INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO PART. DE INSTITUIÇÕES DE CRÉD. NO END. DA EMPRESA FIN. DE ATIVO CIRC. POR INST. DE CRÉD. A CURTO PRAZO 17,08% 45,84% 45,29% 54,67% 9,99% 5,41% 6,12% A empresa mostra que utiliza com conciência o capital de terceiros inserido dentro do processo operacional. A GERDAU SA apresentou melhoras com passar do tempo. Isso mostra a boa gestão que está sendo colada em prática dentro da empresa neste quisito. A rentabilidade da empresa internamente está boa pois o Giro do Ativo comprova isso,Mostrando que o volume de vendas superou o valor investido. Mas para os investidores o retorno está muito baixo e instável. Assim a empresa precisa verificar o que está ocasionando este baixo retorno para os acionistas. Com excessão da Liquidez Imediata a empresa está gerando recursos necessários para cumprir com suas obrigações. Cabe ressaltar que a empresa precisa cuidar para não depender demais da venda de seu estoque para gerar recursos. É possível ver que isso está acontecendo com a redução do ídice de liquidez seca. A empresa precisa melhorar neste quisito, talvez por reanalizar os seus custos ou o preço do seus produtos, para que consiga aumentar a sua margem de lucro. 27,75% 0,94 2,04 1,24 0,40 GERDAU S.A. MARGEM DE LUCRO LÍQUIDA LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO RECEITA LÍQUIDA 0,14 0,05 0,20 É possível observar que a empresa GERDAU AS, com o passar do tempo tem dependido cada vez menos do Capital de Terceiros para manter suas operações. Isso faz com que a empresa recupere cada vez mais o poder de decisão, que acaba prejudicado quando o capital de terceiros se torna o principal dentro da empresa. SECA 1,00 PART. DO CAPITAL DE 3º EM RELAÇÃO AO CAPITAL PRÓPRIO 0,59 0,72 1,03 0,46