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Ciências Econômicas ·

Macroeconomia 1

· 2023/1

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Atividade: Com base nos textos relacionados, elaborar: • Duas perguntas com resposta para ambas as perguntas feitas Observações: 1. OS TEXTOS SÃO EM INGLES. 2. Após a leitura dos textos, encontrar algo criativo e em comum que tenha um elo entre os textos é o mais importante. A qualidade da pergunta é a qualidade da pesquisa. O que serve como sugestão é tirar uma pergunta de um texto que tenha relação com outros 2. 3. NÃO É NECESSÁRIO SER UMA “PERGUNTA COM RESPOSTA” DE TODOS OS TEXTOS DISPONIBILIZADOS. APÓS LER UM TEXTO E CONSEGUIR TIRAR UMA BOA PERGUNTA DELE, APENAS TENTAR RELACIONAR COM ALGUM DOS OUTROS. a. É bom OBSERVAR o TEMA que o texto lido está falando para encontrar com o mesmo tema (ou pergunta) desenvolvido em outros disponibilizados. b. Ou seja, pode fazer uma pergunta com base no texto A, resposta com base no texto A, B, C. Acredito que três textos relacionados por perguntas/reposta está ok. c. Como a outra pergunta pode ser de outro tema, que esteja em o texto C, e relacionar com textos A e D. d. Por isso, disponibilizarei todos os textos possíveis, de todos os temas possíveis. FICA AO CRITÉRIO DE QUEM ESTÁ FAZENDO. e. Os textos de MANKIW e STANDLER TEM LEITURA MAIS FÁCIL 4. É como se encontrasse duas perguntas para se perguntar a seu aluno entre os textos, com a respectiva resposta de gabarito (bem completa) para oferecer a turma. 5. A resposta de cada uma das perguntas conter entre 3 e 4 páginas e relacionar os textos que estão postos com a capacidade crítica, não deve ser apenas feita a tradução pela tradução. a. NÃO É NECESSÁRIO DEMONSTRAÇÃO MATEMÁTICA NA RESPOSTA. 6. Deve se referenciar os textos durante a resposta de cada pergunta. 7. A respostas de cada pergunta feita deve ter “introdução - corpo (desenvolvimento) - conclusão” 8. Antes de enviar passar em arquivo de “anti-plágio” 1 As temáticas escolhidas e os textos relacionados foram: 1. Trade-off entre produção e inflação BALL, L.; MANKIW, N. G.; ROMER, D. New Keynesian Economics and the OutputInflation Trade-off. Brookings Papers on Economic Activity, 1:1988. CHRISTIANO, L. J.; EICHENBAUM, M.; EVANS, C. L. Nominal Rigidities and the Dynamic Effects of a Shock to Monetary Policy. The University of Chicago Press, 2016. MANKIW, N. G.; REIS, R. Sticky Information Versus Sticky Prices: A Proposal To Replace The New Keynesian Phillips Curve. The Quarterly Journal of Economics, November, 2002. 2. Teorias macroeconômicas e modelos de negócios BALL, L.; MANKIW, N. G.; ROMER, D. New Keynesian Economics and the OutputInflation Trade-off. Brookings Papers on Economic Activity, 1:1988. CHRISTIANO, L. J.; EICHENBAUM, M.; EVANS, C. L. Nominal Rigidities and the Dynamic Effects of a Shock to Monetary Policy. The University of Chicago Press, 2016. STADLER, G. W. Real Business Cycles. Journal of Economics Literatute, 1994. 2 PERGUNTA 1 Quais são as implicações empíricas e teóricas com relação ao trade-off entre produção e inflação no curto prazo, bem como a influência da taxa média de inflação nesse trade-off? O trade-off entre produção e inflação no curto prazo é um tema crucial na teoria macroeconômica. A compreensão desse trade-off e suas implicações empíricas e teóricas é fundamental para os formuladores de políticas econômicas. Neste contexto, os textos de Ball, Mankiw e Romer (1988), Christiano, Eichenbaum e Evans (2016) e Mankiw e Romer (1988) fornecem insights valiosos sobre esse trade-off, examinando diferentes aspectos e mecanismos que podem influenciá-lo. Neste ensaio, analisaremos cada texto separadamente, discutindo suas implicações empíricas e teóricas relacionadas ao trade-off entre produção e inflação no curto prazo, bem como a influência da taxa média de inflação nesse trade-off. No texto de Ball, Mankiw e Romer (1988) examina o trade-off entre produção e inflação no curto prazo usando dados internacionais. Uma descoberta robusta desse estudo é que esse trade-off é afetado pela taxa média de inflação. Em países com baixa inflação, a curva de Phillips de curto prazo é relativamente plana, ou seja, as flutuações na demanda agregada nominal têm grandes efeitos sobre a produção. Em contraste, em países com alta inflação, a curva de Phillips é íngreme, o que significa que as flutuações na demanda são refletidas rapidamente no nível de preços. Essa relação entre a taxa média de inflação e o trade-off entre produção e inflação também é observada ao longo do tempo. Países que experimentam um aumento na taxa média de inflação geralmente também apresentam uma maior sensibilidade dos preços às flutuações na demanda agregada. Essa descoberta empírica tem implicações importantes. Primeiramente, ela fornece evidências contrárias às teorias do novo clássico sobre o trade-off entre produção e inflação. Estudos anteriores, como o clássico estudo de Lucas, relacionavam as diferenças internacionais nesse trade-off a diferenças na variabilidade da demanda agregada e interpretavam esses resultados como evidências para a teoria dos ciclos econômicos baseada em informação imperfeita. No entanto, essa teoria não prevê uma relação entre o trade-off e a taxa média de inflação, o que é inconsistente com os resultados empíricos encontrados. 3 Em segundo lugar, essa descoberta apoia as teorias keynesianas do ciclo econômico que derivam rigidez nominal a partir do comportamento de otimização dos agentes econômicos. O modelo teórico proposto no texto demonstra que os efeitos macroeconômicos observados podem surgir a partir de parâmetros microeconômicos empiricamente plausíveis, como a frequência de ajuste de preços, que é influenciada pela taxa média de inflação. Em terceiro lugar, essa descoberta implica que o trade-off enfrentado pelos formuladores de políticas macroeconômicas depende da taxa média de inflação e que ele muda quando essa taxa se altera. Essa influência é significativa mesmo para taxas moderadas de inflação. Estimativas apresentadas no texto indicam que o impacto real da demanda agregada é duas vezes maior em um ambiente de 5% de inflação do que em um ambiente de 10% de inflação. Isso sugere que a curva de Phillips de curto prazo enfrentada pelos formuladores de políticas atuais pode não ser a mesma enfrentada no passado, destacando a importância de considerar a taxa média de inflação ao formular políticas econômicas. O texto de Christiano, Eichenbaum e Evans (2016) aborda a questão da inércia e persistência da inflação e das quantidades agregadas. Os autores propõem um modelo de equilíbrio geral dinâmico que incorpora contratos de preços e salários com ajustes escalonados. O objetivo é investigar quais tipos de fricções podem explicar a evidência de inércia e persistência observada. O modelo inclui contratos de preços e salários do tipo Calvo e também incorpora departamentos do lado real da economia que diferem do modelo padrão de crescimento estocástico dinâmico em um setor. Os resultados desse estudo sugerem que modelos com graus moderados de rigidez nominal podem gerar inflação inercial e movimentos persistentes na produção em resposta a um choque de política monetária. A dinâmica do modelo mostra que o impacto de um choque de política monetária na atividade econômica continua a crescer e persistir mesmo após o contrato típico, que estava em vigor no momento do choque, ter sido otimizado novamente. Além disso, os efeitos sobre as variáveis reais persistem além dos efeitos do choque sobre a taxa de juros e a taxa de crescimento da oferta monetária. As implicações teóricas desse estudo são relevantes para entender a relação entre política monetária, rigidez nominal e dinâmica macroeconômica. A 4 incorporação de fricções nos contratos de preços e salários, juntamente com os departamentos do lado real da economia, ajuda a explicar a inércia e a persistência observadas na inflação e na produção. Isso sugere que os efeitos da política monetária podem se propagar ao longo do tempo, mesmo após a alteração dos contratos nominais, e que outras características da economia real, como os custos de ajuste de investimento e a utilização variável de capital, também desempenham um papel na dinâmica macroeconômica. O texto de Mankiw e Reis (2002) examina um modelo de ajuste de preços baseado na suposição de que a informação se dissemina lentamente na população. Esse modelo de "informação pegajosa" exibe três propriedades relacionadas à política monetária, que são mais consistentes com as visões aceitas sobre os efeitos dessa política. Primeiro, desinflações são sempre contracionárias, embora desinflações anunciadas sejam menos contracionárias do que aquelas surpresa. Segundo, choques na política monetária têm seu impacto máximo sobre a inflação com um atraso substancial. Terceiro, a mudança na inflação está positivamente correlacionada com o nível de atividade econômica. Essas propriedades empíricas têm implicações teóricas significativas para o entendimento dos efeitos da política monetária sobre a inflação e a produção. O modelo de "informação pegajosa" proposto neste texto oferece uma explicação alternativa para a rigidez nominal e as dinâmicas macroeconômicas observadas. Ao assumir que os formuladores de preços são lentos para atualizar suas estratégias de preços devido a custos de aquisição e processamento de informações, o modelo captura a inércia inflacionária e a resposta atrasada da inflação a choques monetários. As implicações empíricas e teóricas desse modelo sugerem que a rigidez de informação desempenha um papel importante na dinâmica da inflação e da produção. Ao considerar os efeitos da disseminação lenta da informação na formação de preços, o modelo de "informação pegajosa" fornece uma explicação plausível para a persistência da inflação e a relação positiva entre inflação e atividade econômica. Além disso, esse modelo ajuda a reconciliar algumas limitações do modelo de "preços pegajosos", amplamente utilizado na teoria macroeconômica, ao lidar com questões como desinflações e atrasos na resposta da inflação a choques monetários. 5 Os três textos apresentam implicações empíricas e teóricas relacionadas ao trade-off entre produção e inflação no curto prazo, bem como à influência da taxa média de inflação nesse trade-off. O texto de Ball, Mankiw e Romer (1988) destaca a importância da taxa média de inflação na forma como a curva de Phillips de curto prazo se relaciona com a produção. O texto de Christiano, Eichenbaum e Evans (2016) aborda a inércia e persistência da inflação e da produção, mostrando que modelos com rigidez nominal podem explicar esses fenômenos. O texto de Mankiw e Reis (2002) introduz o conceito de "informação pegajosa" e sua relevância para entender a dinâmica da inflação e da produção. Em conjunto, esses textos contribuem para a compreensão da relação entre produção e inflação no curto prazo e ressaltam a importância de considerar tanto fatores econômicos reais quanto nominais na análise macroeconômica. As implicações empíricas e teóricas apresentadas nesses textos fornecem insights valiosos para formuladores de políticas econômicas, destacando a importância de levar em conta a taxa média de inflação ao tomar decisões relacionadas à política monetária e fiscal. 6 PERGUNTA 2 Quais são as principais diferenças e semelhanças entre as abordagens teóricas do trade-off entre produção e inflação, levando em conta as teorias novas clássicas, as teorias novo-keynesianas e a teoria dos ciclos econômicos reais (RBC theory)? O estudo do trade-off entre produção e inflação é de fundamental importância para a macroeconomia, pois está relacionado à maneira como as políticas monetárias e fiscais afetam o crescimento econômico e a estabilidade de preços. As abordagens teóricas do trade-off variam em suas premissas e ênfases, abrangendo desde a ênfase nas expectativas racionais e informação perfeita até a consideração de rigidez nominal e choques reais. Os textos de Ball, Mankiw e Romer (1988), Christiano, Eichenbaum e Evans (2016) e Stadler (2004) fornecem insights valiosos sobre essas diferentes abordagens e suas implicações para a compreensão do trade-off entre produção e inflação. As teorias novas clássicas, mencionadas no texto de Ball, Mankiw e Romer (1988), destacam a importância das expectativas racionais e da informação perfeita na determinação das flutuações econômicas. Essas teorias se baseiam na ideia de que os agentes econômicos são capazes de antecipar corretamente as mudanças na política monetária e, portanto, as políticas econômicas não afetam o trade-off entre produção e inflação de curto prazo. Sob essa perspectiva, as flutuações na demanda agregada não têm efeitos reais de longo prazo, pois os agentes são capazes de ajustar seus comportamentos de forma ótima em resposta a choques de política econômica. No entanto, o texto de Ball, Mankiw e Romer (1988) contradiz essa visão ao mostrar que a taxa média de inflação influencia a forma da curva de Phillips de curto prazo, indicando que as expectativas passadas de inflação podem afetar a resposta da economia a choques de demanda. Portanto, as evidências empíricas fornecidas no texto de Ball, Mankiw e Romer (1988) colocam em questão a validade das teorias novas clássicas no contexto do trade-off entre produção e inflação. As teorias novo-keynesianas, abordadas no texto de Christiano, Eichenbaum e Evans (2016), fornecem uma visão alternativa ao trade-off entre produção e inflação. Essas teorias se baseiam na rigidez nominal dos preços e salários para 7 explicar a inércia e a persistência observadas na inflação e nas variáveis agregadas. De acordo com essa abordagem, os preços e salários não se ajustam instantaneamente devido a custos de ajuste, contratos fixos ou fricções no processo de formação de preços. Isso leva a uma inércia nos preços, resultando em um trade-off entre produção e inflação de curto prazo. O modelo proposto no texto de Christiano, Eichenbaum e Evans (2016) incorpora contratos de preços e salários com defasagens (contratos escalonados) e considera outras características do lado real da economia, como formação de hábitos de consumo, custos de ajuste de investimento e utilização variável de capital. Essas características adicionais ajudam a gerar inércia e persistência nas flutuações econômicas, mesmo após os contratos terem sido reotimizados. Assim, as teorias novo-keynesianas enfatizam a importância da rigidez nominal na determinação do trade-off entre produção e inflação. A teoria dos ciclos econômicos reais (RBC theory), abordada no texto de Stadler (2004), apresenta uma perspectiva diferente para entender o trade-off entre produção e inflação. Essa abordagem parte do pressuposto de um ambiente de equilíbrio geral competitivo, no qual os agentes econômicos são otimizadores racionais e os mercados são eficientes. Os modelos RBC buscam explicar as flutuações econômicas por meio de choques reais, como mudanças aleatórias na tecnologia ou produtividade. Diferentemente das teorias novo-keynesianas, os modelos RBC não consideram fricções nominais significativas, como rigidez de preços. Em vez disso, eles se concentram nas respostas dos agentes otimizadores a choques reais e demonstram que essas respostas podem gerar flutuações na atividade econômica. A teoria RBC argumenta que não são necessárias falhas de coordenação, rigidez de preços, políticas monetárias ou governamentais para explicar os ciclos econômicos. No entanto, críticos da teoria RBC apontam que esses modelos têm dificuldade em replicar as propriedades dinâmicas observadas na produção real e que a evidência empírica em apoio a esses modelos é limitada. As abordagens teóricas do trade-off entre produção e inflação apresentadas nos textos de Ball, Mankiw e Romer (1988), Christiano, Eichenbaum e Evans (2016) e Stadler (2004) têm diferenças e semelhanças distintas. As teorias novas clássicas enfatizam as expectativas racionais e a informação perfeita como determinantes das 8 flutuações econômicas, enquanto as teorias novo-keynesianas destacam a importância da rigidez nominal na geração de inércia e persistência nas variáveis agregadas. Por outro lado, a teoria dos ciclos econômicos reais (RBC theory) busca explicar as flutuações econômicas por meio de choques reais em um ambiente de equilíbrio geral competitivo. Cada abordagem tem suas próprias implicações e limitações na compreensão do trade-off entre produção e inflação. Uma análise cuidadosa dos diversos fatores em jogo, incluindo expectativas, rigidez nominal e choques reais, é necessária para uma compreensão abrangente do trade-off entre produção e inflação e das políticas econômicas adequadas para promover o crescimento sustentável e a estabilidade de preços.