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Administração ·
Fundamentos de Contabilidade
· 2022/2
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Análise Econômico-Financeira das Empresas Analise Vertical e Horizontal Prof. Luiz Rogério Farias Setor de Ciências Sociais Aplicadas Curso de Administração Análise Vertical Por meio da análise vertical, é possível avaliar de forma simples e rápida as contas e os grupos de contas entre si. Isso é feito utilizando apenas o conceito matemático da regra de três simples. Possibilita de forma detalhada avaliar cada conta isoladamente, verificando a variação de uma conta em relação a uma conta base do mesmo período. 2 Baseia-se em valores percentuais das demonstrações financeiras. Calcula-se o percentual de cada conta em relação a um valor base. Balanço Patrimonial: o valor base é o ativo ou o passivo. Demonstração do Resultado do Exercício: o valor base é a receita líquida. 3 Análise Vertical A análise vertical é realizada mediante a extração de relacionamentos percentuais entre itens pertencentes à demonstração financeira de um mesmo período. Os percentuais obtidos podem ser comparados entre si ao longo do tempo e também podem ser comparados entre diferentes empresas. O objetivo é dar uma ideia da representatividade de cada item ou sub-grupo de uma demonstração financeira relativamente a um determinado total ou subtotal tomado como base. Objetivo da Análise Vertical Mostrar a importância de cada conta em relação à demonstração financeira a que pertence e, através da comparação com padrões do ramo ou com percentuais da própria empresa em anos anteriores, permitir inferir se há itens fora das proporções normais. 5 Análise Horizontal Por meio da análise horizontal, é possível avaliar de forma simples e rápida as contas e os grupos de contas entre si. Isso é feito utilizando apenas o conceito matemático da regra de três simples. Possibilita de forma detalhada avaliar cada conta isoladamente, verificando a evolução das contas e grupo de contas por meio de números-índices. 6 A análise horizontal é um processo de análise temporal que permite verificar a evolução das contas individuais e também dos grupos de contas por meio de números-índices. Inicialmente é necessário estabelecer uma data-base, normalmente a demonstração mais antiga, que terá o valor índice 100. Para encontrar os valores dos próximos anos, efetuamos a regra de três para cada ano, relacionado com a data-base, conforme apresentado. Análise Horizontal Baseia-se na evolução de cada conta de uma série de demonstrações financeiras em relação à demonstração anterior e/ou em relação a uma demonstração financeira básica, geralmente a mais antiga da série. 8 Objetivo da Análise Horizontal Mostrar a evolução de cada conta das demonstrações financeiras e, pela comparação entre si, permitir tirar conclusões sobre a evolução da empresa. 9 Análise Vertical e Análise Horizontal 10 Análise (Relato) Vertical e Horizontal AH e AV – Cia. Grega Balanço Patrimonial e DRE > Demonstração do Resultado do Exercício Análise Vertical e Horizontal de 3 Períodos Cálculos dos percentuais e análise das variações 12 Balanço Patrimonial e Demonstração do Resultado 13 AH e AV – Cia. Grega Principais conclusões: → AC apresentou um crescimento de 27,8% entre os períodos “1” e “3” o Caixa e Equivalentes de Caixa com crescimento de 94,1%, representando 9,7% de todo o Ativo o Aplicações Financeiras com crescimento de 51,6%, representando 19,1% do Ativo. → Passivo Circulante apresentou uma variação de 48,3% o Conta Empréstimos: principal variação (crescimento de 72,1%). → Passivo Não Circulante o Financiamentos: queda de 36,8% entre os períodos “1” e “2” → Patrimônio Líquido o Reservas de Lucros: crescimento de 88,8% entre os períodos “1” e “3”. 1 4 AH e AV – Cia. Grega Principais conclusões: ✓ As receitas tiveram um extraordinário crescimento de 95,5% entre os períodos “1” e “3”; ✓ Os custos tiveram crescimento superior, atingiram 98,5% no mesmo período; ✓ As despesas também tiveram crescimentos similares à receita; ✓ O resultado líquido apresentou variação positiva de 85% ao longo dos três períodos; ✓ O acréscimo de resultados apresentado nos períodos “2” e “3” se deve, principalmente, ao aumento das receitas ocorrido nesses períodos. 1 5 Como pode ser percebido, no Balanço Patrimonial da Cia. Grega, todos os valores do período “1” são iguais a 100, pois esse é o período tomado como base. Já os percentuais dos anos seguintes são obtidos por meio da regra de três. Tomando-se Contas a Receber, por exemplo, divide-se o valor $ 1.603 por $ 1.445 e multiplica-se por 100, obtém o índice 110,9. Da mesma forma, no período “3”; divide-se o valor $ 1.624 por $ 1.445 e multiplica-se por 100, obtém-se o índice 112,4. A variação se refere ao que exceder ou faltar para o índice do período base, neste caso, 100. No exemplo de Contas a Receber pode-se notar que no período “2” houve um aumento de 10,9% em relação ao período “1”, enquanto no período “3” houve um aumento de 12,4% em relação ao período “1”. AH e AV – Cia. Grega Como pode ser observado no Quadro 11, as receitas tiveram um crescimento de 68,2% entre os períodos “1” e “2”, enquanto os custos dos produtos vendidos cresceram 74,1%. Com isso, o lucro bruto obteve um incremento percentual pouco menor que as vendas, ou seja, 59,6%. As despesas operacionais tiveram um aumento médio de 59% entre os períodos “1” e “2”. Entre os períodos “1” e “3” o resultado financeiro teve um incremento de 31%. Assim, a empresa saiu de um resultado líquido de $ 407 para $ 601 no período “2”, ou seja, um crescimento de 47,7%. AH e AV – Cia. Grega Como pode ser observado no Quadro 12, Balanço Patrimonial da Cia. Grega, os totais do Ativo e Passivo + PL são tomados como base (100%), enquanto as demais contas e grupos de contas são comparados com esses valores. Os índices são obtidos por meio da regra de três simples. Tomando-se a conta Estoque de Matéria-Prima, no período “1”, por exemplo, divide-se o valor $ 200 por $ 5.174 e multiplica-se por 100, obtém-se o índice 3,9. Ou seja, esse estoque representa apenas 3,9% do ativo total. A análise vertical pode ser utilizada para todas as Demonstrações Financeiras; no entanto, adquire, para certas análises, mais relevância na análise da Demonstração do Resultado (DRE), em que os vários itens são calculados comparativamente às vendas, brutas ou líquidas, inclusive as representações das despesas em relação às vendas. O Quadro 13 apresenta a análise vertical da demonstração do resultado do exercício da Cia. Grega para os três períodos. AH e AV – Cia. Grega O cálculo dos índices é feito da mesma forma, ou seja, dividindo-se os valores de cada conta pelo valor das Receitas Líquidas do mesmo período e multiplicando-se por 100. Tomando-se a conta CPV no período “1”, por exemplo, divide-se o valor $ 1.846 por $ 3.092 e multiplica-se por 100. Obtém-se o índice 59,7. A análise vertical dá ao analista uma ideia de proporcionalidade. A conta CPV, por exemplo, mostra que os custos representaram 59,7% das vendas no período “1”, tendo alterado para 61,8% no período “2” e para 60,6% no período “3”. Já as despesas com vendas representavam 21,1% das vendas no período “1”, tendo subido para 22,5% e 21,6% nos períodos “2” e “3”, respectivamente. Enquanto as despesas administrativas representavam 6,4% das vendas no período “1”, tendo caído para 6,1% e 5,6% nos períodos “2” e “3”, respectivamente. Isso permite uma visualização rápida da evolução dessas participações sobre a receita. Olhando-se a análise vertical, nota-se que é enorme o ativo circulante da empresa, comparativamente ao passivo circulante, mas este último parece que cresceu mais, correto? Mas a folga financeira da empresa, ou seja, o seu capital circulante líquido (ativo circulante, ou ativo em giro, menos passivo circulante, ou seja, a parte do ativo circulante que não é financiada a longo prazo por terceiros nem pelo capital próprio), é enorme! Nada a preocupar quanto à liquidez financeira da empresa a curto prazo. Correto? Ou existe o risco de essa conclusão não estar correta? E que beleza: é bastante capital próprio colocado na empresa, e sua proporção inclusive aumenta, solidificando a posição financeira dela. Ou será que a empresa está é perdendo oportunidades no mercado de pegar dinheiro barato de terceiros, que poderia ser aplicado ganhando muito mais do que esse seu custo e, com isso, produzindo ainda mais retorno para os sócios? Que outras coisas ou dúvidas interessantes você levantou? Lembre-se: é importante saber o que mudou, mas é fundamental saber o porquê da mudança. E nem sempre essa é tarefa fácil; muitas vezes, não se encontram as razões olhando-se as demonstrações contábeis. Nós conseguimos é levantar hipóteses, e depois testá-las. Muitas vezes, os testes resolvem as dúvidas, outras não. Daí a exigência, em muitos países, de a administração da entidade incluir, no relatório da administração ou num relatório à parte, a análise feita pela própria administração, porque só ela, somente ela, tem acesso a todas as informações. Do lado de fora é possível muita coisa por um bom analista, mas não tudo. Quando se analisa a Demonstração do Resultado, contata-se que as receitas tiveram um extraordinário crescimento de 95,5% entre os períodos “1” e “3”, entretanto os custos tiveram crescimento superior, atingiram 98,5% no mesmo período. As despesas também tiveram crescimentos similares à receita, de modo que o resultado líquido apresentou variação positiva de 85% ao longo dos três períodos. O acréscimo do resultado bruto em porcentagem inferior ao da receita líquida apresentado nos períodos “2” e “3” se deve a quê? Ao aumento da quantidade de produtos vendidos ocorrido nesses períodos? Ou a um extraordinário aumento de preços? Ou a ambos? (Veja que, se você não conhece o segmento onde atua a empresa e não tem ideia do que aconteceu com ele, pode concluir erradamente...) Será que a empresa diminuiu a margem bruta e vendeu, por isso, muito mais, e seu lucro bruto aumentou em valor mas diminuiu em margem? Ou terá sido que os preços aumentaram demais porque houve uma demanda absurda sobre esses produtos, mas o mercado quis mais dos produtos que tinham menor margem? AH e AV – Cia. Grega 23 AH e AV – Cia. Grega Ao analisar o Balanço Patrimonial da empresa, verifica-se que o Ativo Circulante apresentou um crescimento de 27,8% entre os períodos “1” e “3”, sendo que duas contas apresentaram as maiores variações. A primeira foi Caixa e Equivalentes de Caixa com crescimento de 94,1%, representando 9,7% de todo o Ativo, e a segunda foi Aplicações Financeiras com crescimento de 51,6%, representando 19,1% do Ativo. Isso mostra como essas duas contas cresceram de valor e de importância relativa (percentual) no patrimônio da entidade. Cresceram bem mais do que a média das outras contas. Bem, essa é a constatação de algo que ocorreu, mas resta agora saber: por que ocorreu? Acréscimo de dinheiro pode ser por altos lucros, por venda de ativos imobilizados, por empréstimos novos, por aumento de capital por parte dos sócios etc. Verifique, dessas possíveis causas e outras, quais as que respondem à questão neste exemplo. Outra coisa: aumentar o caixa e as aplicações financeiras de curto prazo dá uma segurança financeira enorme, mas não estará, com isso, perdendo-se oportunidades de aplicação em expansão da empresa que daria retorno muito maior? O Passivo Circulante também apresentou uma variação de 48,3% entre os três períodos analisados, sendo que a conta empréstimos cresceu 72,1%. Já o Passivo Não Circulante, composto apenas pela conta Financiamentos apresentou queda de 36,8% entre os períodos “1” e “3”, o que poderia sugerir a transferência de dívidas de longo para curto prazo, mas as contas são diferentes: uma é Empréstimos e outra é Financiamento. Você notou isso? A conta de Fornecedores cresceu bem mais do que a conta de Clientes. O que poderia ter causado isso? Modificação nos prazos médios de pagamento a fornecedores e de recebimento dos clientes? Ou aumento das compras a prazo muito maior do que o das vendas a prazo? Procure as prováveis respostas a essa dúvida. AH e AV – Cia. Grega AH – AV – Bases Negativas Bases Negativas são percentuais que resultam em reduções dos saldos das contas/grupos de contas, e que exigem especial atenção para verificar o real efeito produzido nas evoluções dos valores do Balanço e Demonstração de Resultados. Ex: Ano 1 > 500...........Ano 2 > (-) 1.000..........Variação (- 300%) Ano 2 > (-)1000....Ano 3 > 1.000................Variação 200% 28 No Patrimônio Líquido, a variação mais expressiva ocorreu na conta Reservas de Lucros, que apresentou crescimento de 88,8% entre os períodos “1” e “3”, representando praticamente ¼ de todo o ativo; isso evidencia resultados positivos alcançados nos períodos analisados ou podem esses lucros se acumular por outros motivos? Nesse exemplo não há a conta de lucros a distribuir no passivo, mas não poderia uma quantidade enorme deliberada a ser paga estar no passivo num ano e os sócios decidirem fazê-lo retornar para lucros acumulados? Já pensou nisso? DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS DO EXERCÍCIO ITEM/PERÍODO 1 AH 2 AH 4 AH Receita Líquida 1.000,00 100,0 1.000,00 100,0 1.000,00 100,0 Custo dos Produtos Vendidos 610,00 100,0 600,00 98,4 620,00 101,6 Resultado Bruto 390,00 100,0 400,00 102,6 380,00 97,4 Despesas Operacionais 380,00 100,0 450,00 118,4 360,00 94,7 Resultado antes dos Tributos 10,00 100,0 (50,00) –500,0 20,00 200,0 Provisão para IR e CS 60,00 100,0 20,00 33,3 5,00 8,3 Resultado Líquido (50,00) 100,0 (70,00) 140,0 15,00 –30,0 Perceba que, alterando o sinal da base, os índices ficam calculados corretamente. O resultado líquido do período 2 passa a apresentar o índice –140, que significa um aumento de 40% no prejuízo: [–140 – (– 100)] = – 40%. Já no período 3, o resultado líquido apresenta o índice de 30,0, que significa que houve um aumento de 130% no resultado tendo por base o período 1, ou seja: [30 – (–100)] = 130%. Assim, o correto é: para as contas cuja natureza é negativa, como as despesas, colocam-se seus valores em moeda como positivos, e os números 100 que servem como base, também como positivos. Já para as linhas de resultado (lucro bruto, lucro operacional, lucro antes dos impostos, lucro líquido etc.), colocam-se os valores em reais conforme seu sinal, positivos ou negativos, mas os números 100 que servem como base ficam positivos para o caso de valores em reais positivos ou ficam negativos para o caso de valores em reais negativos, conforme acima. O exemplo acima apresenta resultado negativo na linha Resultado antes dos Tributos no período 2, mas a base (período 1) é positiva, portanto o índice foi corretamente calculado, ou seja, –500, o que significa que houve uma variação negativa de 600% (–500 – 100). Já o Resultado Líquido no período 2 apresenta um índice com variação positiva de 140, o que não é verdade, pois o período 1 estava com resultado líquido de – R$ 50,00 e no período 2 o prejuízo foi ainda maior: – R$ 70,00. O resultado piorou, e o índice aparece positivo, o que não faz sentido para a figura do resultado. Da mesma forma, no período 3, mesmo havendo resultado líquido positivo, o índice ficou negativo, pois a base (período 1) é negativa. AAANÁLISE HORIZONTAL Comparação feita entre os valores de uma mesma conta ou grupo de contas, em diferentes exercícios sociais ou períodos. É um processo de análise temporal, desenvolvido por meio de números-índices Número índice = Vd x 100 Vd > determinada data Vb Vb > data base 33 EXEMPLO 34 ANOS X5 X6 X7 X8 Vendas 104.899 100.434 103.044 113.925 Lucro Líquido 31.777 23.896 49.150 53.658 • Tomando como base o ano X5, os números-índices das vendas e dos lucros em X5, X6, X7 e X8 serão: • X6/X5 = Vendas 100.434 x 100 = 95,7 104.899 • Lucro Líquido 23.896 x 100 = 75,2 31.777 X7/X5 = Vendas 103.044 x 100 = 98,2 104.899 Lucro Líquido 49.150 x 100 = 154,7 31.777 X8/X5 = Vendas 113.925 x 100 = 108,6 104.899 Lucro Líquido 53.658 x 100 = 168,9 31.777 35 Quadro números-índices–base X5 Anos X5 AH X6 AH X7 AH X8 AH Vendas 104.899 100,0 100.434 95,7 103.044 98,2 113.925 108,6 Lucro Líquido 31.777 100,0 23.896 75,2 49.150 154,7 53.658 168,9 36 Base: Exercício Anterior 37 ANOS X5 X6 X7 X8 Vendas - 95,7 102,6 110,6 Lucro Líquido - 75,2 205,7 109,2 Metodologia - AH Estudo Comparativo – 3 segmentos 1. Evolução dos Ativos (Investimentos) e Passivos (Financiamentos) ▪ Folga Financeira ou Aperto na Liquidez 2. Evolução do Ativo Permanente Produtivo ▪ Capacidade instalada de produção/vendas da Empresa ▪ Nível maior de investimentos em bens fixos produtivos para adequado crescimento de vendas 3. Evolução da Estrutura de Capital ▪ Forma de financiamento dos investimentos nos Ativos ▪ Preferência por empréstimos/financiamentos e/ou capital próprio 38 Análise Vertical Processo comparativo, expresso em porcentagem Relaciona uma conta ou grupo de contas com valor relacionável (no grupo) Mostra a participação relativa de cada item contábil no Ativo, Passivo, Demonstração do Resultado, e sua evolução po tempo. 39 AV - Balanço da Cia. Julia 7.5 40 Ativo/Passivo 31.12.X1 (R$) AV% 31.12.X2 (R$) AV% 31.12.X3 (R$) AV% Ativo Circulante 100.000 17,8 110.000 16,1 95.000 13,0 Não Circulante Realizável – Longo Prazo 160.000 28,6 184.000 26,9 192.000 26,2 Ativo Permanente 300.000 53,6 390.000 57,0 445.000 60,8 TOTAL 560.000 100,0 684.000 100,0 732.000 100,0 Passivo Circulante 70.000 12,5 90.300 13,2 106.400 14,5 Exigível – Longo Prazo 150.000 26,8 200.000 29,2 235.000 32,1 Patrimônio Líquido 340.000 60,7 393.700 57,6 390.600 53,4 AV – DRE da Cia. Julia 41 31.12.X1 (R$) AV% 31.12.X2 (R$) AV% 31.12.X3 (R$) AV% Receitas de Vendas 830.000 100,0 1.260.000 100,0 2.050.000 100,0 CMV (524.167) 63,2 (840.500) 66,7 (1.594.600) 77,8 Lucro Bruto: 305.833 36,8 419.500 33,3 455.400 22,2 Despesas Operacionais (139.500) 16,8 (190.000) 15,1 (277.500) 13,5 Despesas Financeiras (88.000) 10,6 (140.000) 11,1 (186.000) 9,1 Resultado Operacional: 78.333 9,4 89.5000 7,1 (8.100) (0,4) Provisão para IR (31.333) 3,8 (35.800) 2,8 - - Resultado Líquido: 47.000 5,6 53.700 4,3 (8.100) (0,4) Comentários/Conclusões 1. Investimentos de curto prazo sofreram pequenas reduções, passando de 17,8% do total do Ativo em X1 para 13,0% em X3 2. As dívidas de curto prazo passaram de 12,5% em X1 em relação ao total de financiamentos para 14.5% em X3 (produziu redução de liquidez) 3. Ativo permanente cresceu de 53,6% em X1 para 60,8% em X3. 4. Crescimento das vendas de 51,8% em X2 em relação a X1, e de 62,7% em X3 em relação a X2 42 Comentários/Conclusões 5. Em X1 60,7% doas Ativos eram financiados por capital próprio; em X3 o percentual caiu para 53,4% 6. Em X3, a Empresa passou a dever para terceiros 46,6% (100%-53,4%) 7. Há necessidade de maior volume de receitas de vendas para cobrir os custos; Em X1 63,2% das vendas destinados a cobrir custos, elevando-se para 66,7% em X2 e 77,8% em X3 8. A relação lucro bruto/receitas de vendas atingiu 36,8% em X1, decaindo para 33,3% em X2 e 22,2% em X3 43 Comentários/Conclusões 9. Houve redução das despesas operacionais e financeiras, mas ocorreu prejuízo de R$ 8.100 em X3, equivalente a 0,4% das vendas. 10. Em X1 e X2, houve redução de lucro líquido proporcional às vendas, em X1 5,6% das vendas resultaram em lucro líquido, e 94,4% das receitas foram para cobertura de custos e despesas. 11. Em X2 o lucro líquido proporcional às vendas foi de 4,3%, demonstrando crescimento de percentual das receitas de vendas para bancar custos e despesas. 44
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Análise Horizontal Baseia-se na evolução de cada conta de uma série de demonstrações financeiras em relação à demonstração anterior e/ou em relação a uma demonstração financeira básica, geralmente a mais antiga da série. 8 Objetivo da Análise Horizontal Mostrar a evolução de cada conta das demonstrações financeiras e, pela comparação entre si, permitir tirar conclusões sobre a evolução da empresa. 9 Análise Vertical e Análise Horizontal 10 Análise (Relato) Vertical e Horizontal AH e AV – Cia. Grega Balanço Patrimonial e DRE > Demonstração do Resultado do Exercício Análise Vertical e Horizontal de 3 Períodos Cálculos dos percentuais e análise das variações 12 Balanço Patrimonial e Demonstração do Resultado 13 AH e AV – Cia. Grega Principais conclusões: → AC apresentou um crescimento de 27,8% entre os períodos “1” e “3” o Caixa e Equivalentes de Caixa com crescimento de 94,1%, representando 9,7% de todo o Ativo o Aplicações Financeiras com crescimento de 51,6%, representando 19,1% do Ativo. → Passivo Circulante apresentou uma variação de 48,3% o Conta Empréstimos: principal variação (crescimento de 72,1%). → Passivo Não Circulante o Financiamentos: queda de 36,8% entre os períodos “1” e “2” → Patrimônio Líquido o Reservas de Lucros: crescimento de 88,8% entre os períodos “1” e “3”. 1 4 AH e AV – Cia. Grega Principais conclusões: ✓ As receitas tiveram um extraordinário crescimento de 95,5% entre os períodos “1” e “3”; ✓ Os custos tiveram crescimento superior, atingiram 98,5% no mesmo período; ✓ As despesas também tiveram crescimentos similares à receita; ✓ O resultado líquido apresentou variação positiva de 85% ao longo dos três períodos; ✓ O acréscimo de resultados apresentado nos períodos “2” e “3” se deve, principalmente, ao aumento das receitas ocorrido nesses períodos. 1 5 Como pode ser percebido, no Balanço Patrimonial da Cia. Grega, todos os valores do período “1” são iguais a 100, pois esse é o período tomado como base. Já os percentuais dos anos seguintes são obtidos por meio da regra de três. Tomando-se Contas a Receber, por exemplo, divide-se o valor $ 1.603 por $ 1.445 e multiplica-se por 100, obtém o índice 110,9. Da mesma forma, no período “3”; divide-se o valor $ 1.624 por $ 1.445 e multiplica-se por 100, obtém-se o índice 112,4. A variação se refere ao que exceder ou faltar para o índice do período base, neste caso, 100. No exemplo de Contas a Receber pode-se notar que no período “2” houve um aumento de 10,9% em relação ao período “1”, enquanto no período “3” houve um aumento de 12,4% em relação ao período “1”. AH e AV – Cia. Grega Como pode ser observado no Quadro 11, as receitas tiveram um crescimento de 68,2% entre os períodos “1” e “2”, enquanto os custos dos produtos vendidos cresceram 74,1%. Com isso, o lucro bruto obteve um incremento percentual pouco menor que as vendas, ou seja, 59,6%. As despesas operacionais tiveram um aumento médio de 59% entre os períodos “1” e “2”. Entre os períodos “1” e “3” o resultado financeiro teve um incremento de 31%. Assim, a empresa saiu de um resultado líquido de $ 407 para $ 601 no período “2”, ou seja, um crescimento de 47,7%. AH e AV – Cia. Grega Como pode ser observado no Quadro 12, Balanço Patrimonial da Cia. Grega, os totais do Ativo e Passivo + PL são tomados como base (100%), enquanto as demais contas e grupos de contas são comparados com esses valores. Os índices são obtidos por meio da regra de três simples. Tomando-se a conta Estoque de Matéria-Prima, no período “1”, por exemplo, divide-se o valor $ 200 por $ 5.174 e multiplica-se por 100, obtém-se o índice 3,9. Ou seja, esse estoque representa apenas 3,9% do ativo total. A análise vertical pode ser utilizada para todas as Demonstrações Financeiras; no entanto, adquire, para certas análises, mais relevância na análise da Demonstração do Resultado (DRE), em que os vários itens são calculados comparativamente às vendas, brutas ou líquidas, inclusive as representações das despesas em relação às vendas. O Quadro 13 apresenta a análise vertical da demonstração do resultado do exercício da Cia. Grega para os três períodos. AH e AV – Cia. Grega O cálculo dos índices é feito da mesma forma, ou seja, dividindo-se os valores de cada conta pelo valor das Receitas Líquidas do mesmo período e multiplicando-se por 100. Tomando-se a conta CPV no período “1”, por exemplo, divide-se o valor $ 1.846 por $ 3.092 e multiplica-se por 100. Obtém-se o índice 59,7. A análise vertical dá ao analista uma ideia de proporcionalidade. A conta CPV, por exemplo, mostra que os custos representaram 59,7% das vendas no período “1”, tendo alterado para 61,8% no período “2” e para 60,6% no período “3”. Já as despesas com vendas representavam 21,1% das vendas no período “1”, tendo subido para 22,5% e 21,6% nos períodos “2” e “3”, respectivamente. Enquanto as despesas administrativas representavam 6,4% das vendas no período “1”, tendo caído para 6,1% e 5,6% nos períodos “2” e “3”, respectivamente. Isso permite uma visualização rápida da evolução dessas participações sobre a receita. Olhando-se a análise vertical, nota-se que é enorme o ativo circulante da empresa, comparativamente ao passivo circulante, mas este último parece que cresceu mais, correto? Mas a folga financeira da empresa, ou seja, o seu capital circulante líquido (ativo circulante, ou ativo em giro, menos passivo circulante, ou seja, a parte do ativo circulante que não é financiada a longo prazo por terceiros nem pelo capital próprio), é enorme! Nada a preocupar quanto à liquidez financeira da empresa a curto prazo. Correto? Ou existe o risco de essa conclusão não estar correta? E que beleza: é bastante capital próprio colocado na empresa, e sua proporção inclusive aumenta, solidificando a posição financeira dela. Ou será que a empresa está é perdendo oportunidades no mercado de pegar dinheiro barato de terceiros, que poderia ser aplicado ganhando muito mais do que esse seu custo e, com isso, produzindo ainda mais retorno para os sócios? Que outras coisas ou dúvidas interessantes você levantou? Lembre-se: é importante saber o que mudou, mas é fundamental saber o porquê da mudança. E nem sempre essa é tarefa fácil; muitas vezes, não se encontram as razões olhando-se as demonstrações contábeis. Nós conseguimos é levantar hipóteses, e depois testá-las. Muitas vezes, os testes resolvem as dúvidas, outras não. Daí a exigência, em muitos países, de a administração da entidade incluir, no relatório da administração ou num relatório à parte, a análise feita pela própria administração, porque só ela, somente ela, tem acesso a todas as informações. Do lado de fora é possível muita coisa por um bom analista, mas não tudo. Quando se analisa a Demonstração do Resultado, contata-se que as receitas tiveram um extraordinário crescimento de 95,5% entre os períodos “1” e “3”, entretanto os custos tiveram crescimento superior, atingiram 98,5% no mesmo período. As despesas também tiveram crescimentos similares à receita, de modo que o resultado líquido apresentou variação positiva de 85% ao longo dos três períodos. O acréscimo do resultado bruto em porcentagem inferior ao da receita líquida apresentado nos períodos “2” e “3” se deve a quê? Ao aumento da quantidade de produtos vendidos ocorrido nesses períodos? Ou a um extraordinário aumento de preços? Ou a ambos? (Veja que, se você não conhece o segmento onde atua a empresa e não tem ideia do que aconteceu com ele, pode concluir erradamente...) Será que a empresa diminuiu a margem bruta e vendeu, por isso, muito mais, e seu lucro bruto aumentou em valor mas diminuiu em margem? Ou terá sido que os preços aumentaram demais porque houve uma demanda absurda sobre esses produtos, mas o mercado quis mais dos produtos que tinham menor margem? AH e AV – Cia. Grega 23 AH e AV – Cia. Grega Ao analisar o Balanço Patrimonial da empresa, verifica-se que o Ativo Circulante apresentou um crescimento de 27,8% entre os períodos “1” e “3”, sendo que duas contas apresentaram as maiores variações. A primeira foi Caixa e Equivalentes de Caixa com crescimento de 94,1%, representando 9,7% de todo o Ativo, e a segunda foi Aplicações Financeiras com crescimento de 51,6%, representando 19,1% do Ativo. Isso mostra como essas duas contas cresceram de valor e de importância relativa (percentual) no patrimônio da entidade. Cresceram bem mais do que a média das outras contas. Bem, essa é a constatação de algo que ocorreu, mas resta agora saber: por que ocorreu? Acréscimo de dinheiro pode ser por altos lucros, por venda de ativos imobilizados, por empréstimos novos, por aumento de capital por parte dos sócios etc. Verifique, dessas possíveis causas e outras, quais as que respondem à questão neste exemplo. Outra coisa: aumentar o caixa e as aplicações financeiras de curto prazo dá uma segurança financeira enorme, mas não estará, com isso, perdendo-se oportunidades de aplicação em expansão da empresa que daria retorno muito maior? O Passivo Circulante também apresentou uma variação de 48,3% entre os três períodos analisados, sendo que a conta empréstimos cresceu 72,1%. Já o Passivo Não Circulante, composto apenas pela conta Financiamentos apresentou queda de 36,8% entre os períodos “1” e “3”, o que poderia sugerir a transferência de dívidas de longo para curto prazo, mas as contas são diferentes: uma é Empréstimos e outra é Financiamento. Você notou isso? A conta de Fornecedores cresceu bem mais do que a conta de Clientes. O que poderia ter causado isso? Modificação nos prazos médios de pagamento a fornecedores e de recebimento dos clientes? Ou aumento das compras a prazo muito maior do que o das vendas a prazo? Procure as prováveis respostas a essa dúvida. AH e AV – Cia. Grega AH – AV – Bases Negativas Bases Negativas são percentuais que resultam em reduções dos saldos das contas/grupos de contas, e que exigem especial atenção para verificar o real efeito produzido nas evoluções dos valores do Balanço e Demonstração de Resultados. Ex: Ano 1 > 500...........Ano 2 > (-) 1.000..........Variação (- 300%) Ano 2 > (-)1000....Ano 3 > 1.000................Variação 200% 28 No Patrimônio Líquido, a variação mais expressiva ocorreu na conta Reservas de Lucros, que apresentou crescimento de 88,8% entre os períodos “1” e “3”, representando praticamente ¼ de todo o ativo; isso evidencia resultados positivos alcançados nos períodos analisados ou podem esses lucros se acumular por outros motivos? Nesse exemplo não há a conta de lucros a distribuir no passivo, mas não poderia uma quantidade enorme deliberada a ser paga estar no passivo num ano e os sócios decidirem fazê-lo retornar para lucros acumulados? Já pensou nisso? DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS DO EXERCÍCIO ITEM/PERÍODO 1 AH 2 AH 4 AH Receita Líquida 1.000,00 100,0 1.000,00 100,0 1.000,00 100,0 Custo dos Produtos Vendidos 610,00 100,0 600,00 98,4 620,00 101,6 Resultado Bruto 390,00 100,0 400,00 102,6 380,00 97,4 Despesas Operacionais 380,00 100,0 450,00 118,4 360,00 94,7 Resultado antes dos Tributos 10,00 100,0 (50,00) –500,0 20,00 200,0 Provisão para IR e CS 60,00 100,0 20,00 33,3 5,00 8,3 Resultado Líquido (50,00) 100,0 (70,00) 140,0 15,00 –30,0 Perceba que, alterando o sinal da base, os índices ficam calculados corretamente. O resultado líquido do período 2 passa a apresentar o índice –140, que significa um aumento de 40% no prejuízo: [–140 – (– 100)] = – 40%. Já no período 3, o resultado líquido apresenta o índice de 30,0, que significa que houve um aumento de 130% no resultado tendo por base o período 1, ou seja: [30 – (–100)] = 130%. Assim, o correto é: para as contas cuja natureza é negativa, como as despesas, colocam-se seus valores em moeda como positivos, e os números 100 que servem como base, também como positivos. Já para as linhas de resultado (lucro bruto, lucro operacional, lucro antes dos impostos, lucro líquido etc.), colocam-se os valores em reais conforme seu sinal, positivos ou negativos, mas os números 100 que servem como base ficam positivos para o caso de valores em reais positivos ou ficam negativos para o caso de valores em reais negativos, conforme acima. O exemplo acima apresenta resultado negativo na linha Resultado antes dos Tributos no período 2, mas a base (período 1) é positiva, portanto o índice foi corretamente calculado, ou seja, –500, o que significa que houve uma variação negativa de 600% (–500 – 100). Já o Resultado Líquido no período 2 apresenta um índice com variação positiva de 140, o que não é verdade, pois o período 1 estava com resultado líquido de – R$ 50,00 e no período 2 o prejuízo foi ainda maior: – R$ 70,00. O resultado piorou, e o índice aparece positivo, o que não faz sentido para a figura do resultado. Da mesma forma, no período 3, mesmo havendo resultado líquido positivo, o índice ficou negativo, pois a base (período 1) é negativa. AAANÁLISE HORIZONTAL Comparação feita entre os valores de uma mesma conta ou grupo de contas, em diferentes exercícios sociais ou períodos. É um processo de análise temporal, desenvolvido por meio de números-índices Número índice = Vd x 100 Vd > determinada data Vb Vb > data base 33 EXEMPLO 34 ANOS X5 X6 X7 X8 Vendas 104.899 100.434 103.044 113.925 Lucro Líquido 31.777 23.896 49.150 53.658 • Tomando como base o ano X5, os números-índices das vendas e dos lucros em X5, X6, X7 e X8 serão: • X6/X5 = Vendas 100.434 x 100 = 95,7 104.899 • Lucro Líquido 23.896 x 100 = 75,2 31.777 X7/X5 = Vendas 103.044 x 100 = 98,2 104.899 Lucro Líquido 49.150 x 100 = 154,7 31.777 X8/X5 = Vendas 113.925 x 100 = 108,6 104.899 Lucro Líquido 53.658 x 100 = 168,9 31.777 35 Quadro números-índices–base X5 Anos X5 AH X6 AH X7 AH X8 AH Vendas 104.899 100,0 100.434 95,7 103.044 98,2 113.925 108,6 Lucro Líquido 31.777 100,0 23.896 75,2 49.150 154,7 53.658 168,9 36 Base: Exercício Anterior 37 ANOS X5 X6 X7 X8 Vendas - 95,7 102,6 110,6 Lucro Líquido - 75,2 205,7 109,2 Metodologia - AH Estudo Comparativo – 3 segmentos 1. Evolução dos Ativos (Investimentos) e Passivos (Financiamentos) ▪ Folga Financeira ou Aperto na Liquidez 2. Evolução do Ativo Permanente Produtivo ▪ Capacidade instalada de produção/vendas da Empresa ▪ Nível maior de investimentos em bens fixos produtivos para adequado crescimento de vendas 3. Evolução da Estrutura de Capital ▪ Forma de financiamento dos investimentos nos Ativos ▪ Preferência por empréstimos/financiamentos e/ou capital próprio 38 Análise Vertical Processo comparativo, expresso em porcentagem Relaciona uma conta ou grupo de contas com valor relacionável (no grupo) Mostra a participação relativa de cada item contábil no Ativo, Passivo, Demonstração do Resultado, e sua evolução po tempo. 39 AV - Balanço da Cia. Julia 7.5 40 Ativo/Passivo 31.12.X1 (R$) AV% 31.12.X2 (R$) AV% 31.12.X3 (R$) AV% Ativo Circulante 100.000 17,8 110.000 16,1 95.000 13,0 Não Circulante Realizável – Longo Prazo 160.000 28,6 184.000 26,9 192.000 26,2 Ativo Permanente 300.000 53,6 390.000 57,0 445.000 60,8 TOTAL 560.000 100,0 684.000 100,0 732.000 100,0 Passivo Circulante 70.000 12,5 90.300 13,2 106.400 14,5 Exigível – Longo Prazo 150.000 26,8 200.000 29,2 235.000 32,1 Patrimônio Líquido 340.000 60,7 393.700 57,6 390.600 53,4 AV – DRE da Cia. Julia 41 31.12.X1 (R$) AV% 31.12.X2 (R$) AV% 31.12.X3 (R$) AV% Receitas de Vendas 830.000 100,0 1.260.000 100,0 2.050.000 100,0 CMV (524.167) 63,2 (840.500) 66,7 (1.594.600) 77,8 Lucro Bruto: 305.833 36,8 419.500 33,3 455.400 22,2 Despesas Operacionais (139.500) 16,8 (190.000) 15,1 (277.500) 13,5 Despesas Financeiras (88.000) 10,6 (140.000) 11,1 (186.000) 9,1 Resultado Operacional: 78.333 9,4 89.5000 7,1 (8.100) (0,4) Provisão para IR (31.333) 3,8 (35.800) 2,8 - - Resultado Líquido: 47.000 5,6 53.700 4,3 (8.100) (0,4) Comentários/Conclusões 1. Investimentos de curto prazo sofreram pequenas reduções, passando de 17,8% do total do Ativo em X1 para 13,0% em X3 2. As dívidas de curto prazo passaram de 12,5% em X1 em relação ao total de financiamentos para 14.5% em X3 (produziu redução de liquidez) 3. Ativo permanente cresceu de 53,6% em X1 para 60,8% em X3. 4. Crescimento das vendas de 51,8% em X2 em relação a X1, e de 62,7% em X3 em relação a X2 42 Comentários/Conclusões 5. Em X1 60,7% doas Ativos eram financiados por capital próprio; em X3 o percentual caiu para 53,4% 6. Em X3, a Empresa passou a dever para terceiros 46,6% (100%-53,4%) 7. Há necessidade de maior volume de receitas de vendas para cobrir os custos; Em X1 63,2% das vendas destinados a cobrir custos, elevando-se para 66,7% em X2 e 77,8% em X3 8. A relação lucro bruto/receitas de vendas atingiu 36,8% em X1, decaindo para 33,3% em X2 e 22,2% em X3 43 Comentários/Conclusões 9. Houve redução das despesas operacionais e financeiras, mas ocorreu prejuízo de R$ 8.100 em X3, equivalente a 0,4% das vendas. 10. Em X1 e X2, houve redução de lucro líquido proporcional às vendas, em X1 5,6% das vendas resultaram em lucro líquido, e 94,4% das receitas foram para cobertura de custos e despesas. 11. Em X2 o lucro líquido proporcional às vendas foi de 4,3%, demonstrando crescimento de percentual das receitas de vendas para bancar custos e despesas. 44