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Engenharia Agronômica ·

Produção e Nutrição de Ruminantes

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AGRONÔMICA Alunoa Davi Araújo Alves da Silva Alunoa Guilherme Damasceno de Sousa Alunoa Mizael Ferreira Alves Alunoa Pedro Henrique Oliveira Borges Alunoa Raimundo Marcos da Cunha Santos Alunoa Romulo Soares Pacheco RELATÓRIO PRÁTICA DE ANÁLISE DE ALIMENTO LEUCENA Leucaena leucocephala Março 2023 DAVI ARAUJO ALVES DA SILVA GUILHERME DAMASCENO DE SOUSA MIZAEL FERREIRA ALVES PEDRO HENRIQUE OLIVEIRA BORGES RAIMUNDO MARCOS DA CUNHA SANTOS RÔMULO SOARES PACHÊCO RELATÓRIO PRÁTICA DE ANÁLISE DE ALIMENTO LEUCENA Leucaena leucocephala Trabalho apresentado a Universidade Federal do Piauí UFPI Campus Ciências Agrárias exigido como critério de avaliação pela disciplina de Nutrição Animal segmento de Ruminantes sob a responsabilidade do Professor Dr Arnaud Azevêdo Alves do curso de Engenharia Agronômica Março 2023 INTRODUÇÃO Para formular uma dieta de precisão é necessário conhecer a composição dos ingredientes que serão utilizados devese fazer uma análise dos alimentos disponíveis na fazenda É muito importante que as informações obtidas através dessas análises sejam confiáveis pois delas dependerá a boa formulação da dieta dos animais Para se executar uma boa formulação é essencial que a coleta de amostra seja bemfeita A base da formulação de dietas para bovinos tem como objetivo o uso da forragem ou outro alimento para então complementar os nutrientes necessários com nutrientes que sejam adicionais para o requerimento do animal O valor nutritivo do alimento é definido como uma medida de sua capacidade em sustentar grupos de atividades metabólicas inerentes ao organismo animal BLAXTER 1956 Segundo Rodrigues e Vieira 2011 o termo valor nutritivo é um atributo biológico e não químico ou físico ou seja está associado ao desenvolvimento obtido pelos animais após o consumo de uma determinada quantidade de alimento Por meio do conceito de eficiência total de utilização de alimentos descrito por Brody 1945 e por Kleiber 1975 a relação entre valor nutritivo e o desempenho biológico pode ser igual à massa de produto obtida carne leite lã sobre o consumo alimentar durante o tempo necessário para a sua síntese pelo animal RODRIGUES VIEIRA 2011 Na determinação do valor nutricional de uma dieta é necessária a realização de estudos que permitam a avaliação conjunta do consumo digestibilidade e do metabolismo animal DETMMAN et al 2004 De acordo com os resultados das análises químicobromatológicas os alimentos podem ser classificados da seguinte maneira Volumoso apresentam baixo teor energético por unidade de volume ou seja possuem teor de fibra bruta FB superior a 18 na matéria seca MS e podem ser divididos em secos e úmidos Concentrados possuem alto teor energético por unidade de volume ou seja com menos de 18 de FB na MS e podem ser classificados como protéicos quando apresentam mais de 20 de proteína bruta PB na MS Na quantificação analítica do valor nutritivo dos alimentos os principais parâmetros utilizados são matéria seca MS métodos de secagem em estufa matéria mineral MM método da incineração em altas temperaturas em mufla proteína bruta PB ou nitrogênio total N método Dumas Linder Nessler e Kjeldahl padrão fibra detergente neutro FDN e fibra detergente ácido FDA método Van Soest com adaptações de equipamentos lignina método hidrólise ácida padrão Na determinação do valor nutricional de um alimento por exemplo uma espécie forrageira é necessária a realização de estudos que permitam a avaliação conjunta da composição química MS MO PB EE FDN FDA e lignina digestibilidade e constituintes secundários que podem interferir na ingestão e utilização da forragem consumida pelos ruminantes Figura abaixo É extremamente importante que dietas para ruminantes sejam devidamente balanceadas levando em consideração as quantidades ideais de carboidratos fibrosos e não fibrosos Grande parte da população microbiana no rúmen é composta por microorganismos digestores de carboidratos estruturais que precisam desses substratos para sobreviver Além disso a concentração da FDN da forragem na dieta está intimamente relacionada com a atividade de mastigação e pode interferir na regulação do pH do rúmen Em suma os ruminantes necessitam de quantidades mínimas de fibra em detergente neutro FDN em sua dieta nutricional a fim de manter um bom funcionamento da função ruminal Dessa forma não podemos abrir mão por completo da fração fibrosa presente na dieta Podemos considerar que a digestibilidade da FDN é uma das características qualitativas de maior importância para garantir um melhor aproveitamento do alimento pelo ruminante Dessa forma o melhoramento genético vegetal tem proporcionado o surgimento de híbridos com maior coeficiente de digestibilidade de fração fibrosa O método FDA foi desenvolvido como um passo preparatório para determinação de lignina e nunca foi considerado para ser medida da fibra nos alimentos Parte da lignina por exemplo que é considerada uma substância totalmente indigerível fará parte da fração solúvel em ácidos e bases fortes Portanto um sério defeito no método da FB é a inclusão de lignina e hemicelulose solubilizadas no ENN sistema de Weende o qual deveria ser o componente mais digerível do alimento Matéria Seca MS Este termo significa que o conteúdo de água do tecido vegetal foi removido por meio de uma secagem A prática de secar ou seja remover a água do material vegetal é feita porque a água constitui cerca de 60 a 90 do peso de uma planta Ao remover a água do tecido vegetal assumese que todo o peso que o material passa a apresentar após a secagem seja do conteúdo de carbono nitrogênio entre outros elementos que formam a planta Para secar um material vegetal ou seja para obter a matéria seca é necessário inserir o material que se deseja secar em uma estufa em uma temperatura por um determinado período Este procedimento utilizado para admitir um material vegetal como matéria seca pode variar tanto em termos da temperatura da estufa quanto do tempo que o material fica exposto dentro dela No entanto o objetivo é sempre o mesmo remover a água do material vegetal para assim obter a matéria seca também conhecida como peso seco A alternativa encontrada para retirar a água e ao mesmo tempo manter a amostra minimamente alterada é fazer a secagem em duas etapas Com o material da primeira matéria seca são realizadas as demais análises bromatológicas proteína bruta extrato etéreo carboidratos estruturais e matéria mineral A existência apenas de água residual facilita a preparação das amostras moagem armazenamento e evita as interferências da água nas análises Para amostras com mais de 80 de MS não é necessário fazer a primeira MS para a maioria das análises Matéria Mineral MM Cinza resíduo mineral ou matéria mineral MM é o produto obtido após o aquecimento da amostra à temperatura de 500 a 600ºC até a combustão total da matéria orgânica ou seja aproximadamente 4 horas A determinação das cinzas fornece uma indicação da riqueza da amostra em elementos minerais cálcio fósforo sódio potássio etc Quando o alimento é queimado em uma mufla a 550570 C a matéria orgânica é transformada em CO2 H20 NO2 permanecendo os minerais presentes no alimento chamado de cinzas ou resíduo mineral fixo Sendo a matéria seca total do alimento formada pelas frações orgânica e inorgânica o teor de MM em alimentos atua como estimador indireto do conteúdo de componentes orgânicos totais Adicionalmente o conhecimento do teor de MM se faz necessário para se conhecer a proporção dos componentes quantificados por diferença em alimentos como o extrativo não nitrogenado e os carboidratos não fibrosos Proteína Bruta PB A proteína bruta é um termo que se refere à totalidade de nitrogênio contido em algum alimento ou seja engloba o nitrogênio da proteína verdadeira quanto o nitrogênio não proteico O resultado do teor de N do alimento multiplicado por 625 Por si só é um valor bastante importante mas para formulação de rações é necessário particionála em algumas frações Há uma parte do N dos alimentos que está ligada à fibra Com isso temos dois valores que podem ser analisados Nitrogênio ou proteína ligado à fibra em detergente neutro NIDN ou PIDN e o Nitrogênio ou proteína ligado à fibra em detergente ácido NIDA ou PIDA Extrato Etéreo EE Os lipídios são compostos orgânicos energéticos que contém ácidos graxos essenciais ao organismo e atuam como transportadores de vitaminas lipossolúveis GALERIANI COSMO 2020 A determinação de lipídios em alimentos é feita na maioria dos casos pela extração com solventes por exemplo éter Quase sempre se torna mais simples fazer uma extração contínua em aparelho do tipo Soxhlet seguida da remoção por evaporação ou destilação do solvente empregado O resíduo obtido não é constituído unicamente por lipídios mas por todos os compostos que nas condições da determinação possam ser extraídos pelo solvente Estes conjuntos incluem os ácidos graxos livres ésteres de ácidos graxos as lecitinas as ceras os carotenóides a clorofila e outros pigmentos além dos esteróis fosfatídios vitaminas A e D óleos essenciais etc mas em quantidades relativamente pequenas que não chegam a representar uma diferença significativa na determinação ZENEBON et al 2008 Fibra em Detergente Neutro FDN A fibra em detergente neutro FDN é uma medida do conteúdo total de fibra insolúvel do alimento e constitui o parâmetro mais usado para o balanceamento de dietas uma vez que interfere na qualidade da mesma e não são poucos os estudos que relacionam a quantidade de FDN nos alimentos e o respectivo consumo deste em ruminantes MACEDO JÚNIOR et al 2007 Segundo Kozloski et al 2007 a FDN tem baixa taxa de degradação e lenta taxa de passagem pelo retículorúmen e desta maneira dietas com altos teores de FDN promovem redução na ingestão de matéria seca total em função da limitação provocada pelo enchimento do retículorúmen limitando a expressão do potencial genético do animal para produção Por outro lado o processo fermentativo ruminal é altamente dependente do pH do meio e este por sua vez está diretamente relacionado com o teor de fibra efetiva da dieta Fibra em detergente Ácido FDA O valor de FDA referese às porções da parede celular da forragem que são compostas de celulose e lignina Esses valores são importantes porque estão relacionados à capacidade de um animal de digerir a forragem À medida que a FDA aumenta a capacidade de digerir ou a digestibilidade da forragem diminui Segundo SALMAN et al 2010 a FDA é a porção menos digestível da parede celular das forrageiras pelos microrganismos do rúmen constituída quase na sua totalidade por lignocelulose ou seja lignina e celulose Logo a proporção de hemicelulose é determinada pela diferença entre FDN e FDA A celulose contida na fração FDA que é parte solúvel em detergente ácido quando levada a forno mufla é totalmente queimada Com isso podemos também por diferença entre os pesos obter a fração de celulose da amostra Lignina em Detergente Ácido LDA A fração de lignina da FDA um método laboratorial empregado para quantificar o conteúdo de lignina em plantas forrageiras o métodos gravimétricos lignina em detergente ácido OBJETIVO O objetivo do presente trabalho é estudar o a composição centesimal do alimento volumoso leucena Leucaena leucocephala e estabelecer os teores da composição química em relação à matéria seca do material coletado METODOLOGIA As análises foram realizadas no Laboratório de Nutrição Animal do Departamento de Zootecnia no Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Piauí UFPI O alimento selecionado para análise foi a Leucena coletado em na área experimental do Departamento de Zootecnia no Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Piauí UFPI A leucena é uma leguminosa amplamente utilizada na alimentação de rebanhos bovinos devido sua alta palatabilidade e por apresentar teor de proteína de alto valor biológico DRUMOND RIBASKI 2010 Nesse sentido foi coletado cerca de 1 kg de matéria verde para se obter cerca de 300 g de material considerandose uma média de 70 de umidade na amostra Em seguida o material foi levado para o laboratório para ser picado e colocado em bandejas para serem levados à estufa para secagem à 60 C amostra seca ao ar para retirada da umidade e posteriormente ser triturado no moinho de facas para obtenção de material com partículas menores para continuação das análises Ao retirar a matériapré seca que corresponde à matéria seca ao ar o material é colocado para estabilizar com a umidade ambiente antes de ser triturado para não ocorrer diferenças no valor das aferições de massa Em seguida o material foi triturado no moinho de facas e coletado dentro de um saco transparente para separação em frações para as análises posteriores Por conseguinte para as análises foi utilizado o método de análise centesimal ou proximal também chamado de Método de Weende 1864 para determinação da matéria seca matéria mineral proteína bruta extrato etéreo fibra bruta e extrato não nitrogenado Para determinação do nitrogênio foi utilizado o método de Kjeldahl AOAC 1990 e para determinação dos componentes fibrosos pela metodologia de Van Soest 1994 que é baseado na separação dos componentes fibrosos por reagentes denominados de detergente A esquematização sobre as análises dos alimentos pode ser observada na Figura 1 Figura 1 Métodos para determinação da composição química dos alimentos Fonte Adaptado de Grana 2014 Assim para determinação do valor nutricional desse alimento será determinado a matéria seca MS Matéria mineral cinzas MM Matéria orgânica MO proteína bruta PB estrato etéreo EE fibra bruta FB fibra em detergente neutro FDN fibra em detergente ácido FDA lignina em detergente ácido LDA e nutrientes digestíveis totais NDT por cálculo e constituintes secundários O teor de umidade foi determinado pelo método da secagem com circulação de ar de acordo com metodologia da Association of Official Analytical Chemists AOAC 1997 Dessa forma com o material triturado este é pesado com auxílio de uma balança de precisão e as réplicas são colocadas em pesafiltros onde são direcionados para a estufa à 105 C durante 12h para retirada da umidade associada aos componentes das células Para determinação das cinzas o resíduo é submetido à incineração AOAC 1997 na qual o material em cadinho de porcelana é aquecido em altas temperaturas para eliminação da matéria orgânica Esse procedimento é realizado em forno mufla à aproximadamente 600 C por cerca de 4 h O extrato etéreo que corresponde às gorduras totais foi determinado pelo método de extração com éter de petróleo como solvente ou seja como extrator de gordura Assim o éter usado no processo é aquecido até tornarse volátil e ao condensarse circula sobre a amostra em análise arrastando toda a fração gordurosa e demais substâncias solúveis em éter Este é recuperado em outro recipiente enquanto a gordura extraída lipídeos é calculada por diferença de pesagem SILVA QUEIROZ 2009 Assim a amostra é pesada utilizandose papel filtro e em seguida o papel com a amostra é colocada no aparelho Soxhlet para extração da fração lipídica Posteriormente para a obtenção do teor de carboidratos não estruturais tem se o cálculo aproximado que corresponde ao extrativo não nitrogenado ENN Este é obtido pela MS subtraída do somatório dos valores determinados de PB EE FB e cinzas Em seguida os carboidratos não fibrosos são obtidos pela MS subtraída do somatório dos valores determinados de PB EE FDN corrigido para PB e cinzas Para determinação da proteína o material foi submetido à digestão utilizando se ácido sulfúrico e um catalizador para que os compostos nitrogenados sejam convertidos em compostos de aminas Em seguida o material passa para o processo de destilação e posterior titulação Desse modo com o auxílio de um erlenmeyer foi colocado 10 mL de ácido bórico e duas gotas de indicador nesse caso o vermelho de metila que forma uma cor rosada no momento da titulação O tubo contendo o material já digerido foi colocado no destilador e em seguida no processo ligase a caldeira para o aquecimento deixando a solução no tubo com coloração escura e o nitrogênio da proteína da amostra do alimento é reduzida em sulfato de amônio Nesse sistema utilizase hidróxido de sódio para arrastar a amônia para o Erlenmeyer por meio do vapor formando borato de amônia Este é dosado com solução de HCl padronizada Após o término dessa etapa o erlenmeyer que contém o nitrogênio do material foi retirado para posterior titulação do conteúdo para quantificação do nitrogênio borato de amônia Para a etapa da titulação foi utilizado o agitador eletro e ácido clorídrico HCl para titulação Ao término da titulação foi quantificado o uso de 96 mL de HCl e o conteúdo do Erlenmeyer tem sua cor rosada no momento da viragem na titulação Assim a concentração de íons H gasto na titulação equivalem a concentração do nitrogênio A concentração de N é então convertida em proteína usando um fator apropriado Para o teor de proteína determinado pelo método de Kjeldahl é obtido o valor de nitrogênio contido na matéria orgânica nitrogênio proteico propriamente dito e outros compostos nitrogenados não proteicos Para converter o nitrogênio medido para proteína devemos multiplicar o conteúdo de nitrogênio por um fator geral empírico que corresponde à 625 Neste caso o resultado será de proteína bruta Para determinação da fibra em detergente neutro FDN o material que se encontrava no determinador de fibra é retirado e passado por processo de filtragem com água destilada quente para transportar o material do tubo para o cadinho Em seguida o material do cadinho é lavado com acetona CH32CO para restar somente o conteúdo de interesse que nesse caso é comporto por celulose hemicelulose e lignina Por fim o material filtrado no cadinho é levado para estufa a 105 C por 12h para posterior pesagem Para determinação da fibra em detergente ácido FDA o processo é semelhante diferenciandose apenas que após o processo de lavagem do material o resíduo de interesse que permanece no cadinho é celulose e a lignina Onde após o término do processo notouse que a amostra de FDN contém mais pigmentos por conta da presença da hemicelulose constituinte que não se encontra na amostra de FDA Ademais para a determinação da fibra bruta FB uma amostra livre de umidade e após extração por éter é digerida primeiro com uma solução ácida e posteriormente alcalina A amostra após ser digerida com ácido é filtrado com o auxílio de um pano de nylon com porosidade de 05 µm Em seguida o resíduo é transportado para o tudo com a utilização de hidróxido de sódio fervido e o tudo é levado para o determinador de fibra novamente para filtrar com a utilização de um béquer sendo lavado com álcool etílico e éter etílico Posteriormente é levado para estufa para ser pesado após secagem O resíduo orgânico é coletado num cadinho e a perda de peso após ignição é denominada fibra bruta FB RESULTADOS E DISCUSSÃO Após présecagem do material em estufa à 60 C por aproximadamente 48h temos os dados da matéria préseca ou amostra seca ao ar ASA Inicialmente a amostra que foi dividida em réplica 1 e réplica 2 apresentavam massa de 26560 g e 31580 g respectivamente Após a présecagem as réplicas apresentavam massa de 7280 g e 8660 g respectivamente representando 2740 e 2740 da massa inicial A média da ASA nesse caso é de 2740 Os dados se encontram dispostos na Tabela 1 Tabela 1 Dados da Matéria préseca MPS Amostra Bandeja N Tara g Amostra Verde g Tara Amostra Verde g Tara ASA g ASA ou MPS g ASA ou MPS Média da ASA Réplica 1 1 22200 26560 48760 29480 7280 2740 2740 Réplica 2 2 21920 31580 53500 30580 8660 2740 Fonte Os autores 2023 Tara peso da bandeja Tara amostra verde g peso da bandeja matéria natural antes de passar pela estufa à 60 C Tara ASA g peso da bandeja ASA depois que sai da estufa à 60 C ASA g amostra seca ao ar ASA ou MPS da amostra seca ao ar ou da matéria préseca Após trituração do material no moinho de facas este foi submetido à estufa à 105 C para secagem completa do material o que significa a retirada de toda a umidade existente na amostra Dessa forma após a completa secagem a amostra apresentou uma média de 2530 de matéria seca Isso significa que em 1000 g de amostra 2530 g correspondem à matéria seca e que a umidade é detentora de 7470g do material volumoso ou seja 7470 de umidade Tabela 2 Dados da obtenção da Matéria seca MS Amostr a Peso PF g PFASA g PFASE g ASA g ASE g ASE ASE 𝒙 ASA MS MS 𝒙 Réplica 1 230762 251542 249938 20780 19176 9228 2740 2529 Réplica 2 234796 256256 254603 21460 19807 9229 2740 2530 Amostra 9228 2530 Fonte Os autores 2023 Peso PF g Peso do pesa filtro PF ASA g peso do pesa filtro amostra seca ao ar PF ASE g peso do pesa filtro amostra seca em estufa ASA g amostra seca ao ar à 60 C ASE g amostra seca em estufa à 105 C ASA da matéria seca ao ar à 60 C ASE da matéria seca em estufa à 105 C MS da matéria seca MS média da matéria seca definitiva da amostra Na avaliação do material mineral MM da amostra ou cinzas Tabela 3 observase que após o processo de incineração na qual a massa inicial da ASA das réplicas utilizadas correspondia à 20202 g e 20126 g as cinzas apresentaram massa de 01536 g e 01535 g respectivamente correspondendo à uma média de 82513 da matéria seca Como a incineração é um processo de retirada da matéria orgânica MO da amostra por cálculo podemos obter a média que corresponde à fração orgânica do material Nesse caso a MO corresponde à 917487 da matéria seca Tabela 3 Cinza ou material mineral MM Amostr a Peso cad g ASA g Cad cinza g Peso cinza g ASE ASE g Cinza na MS Cinza na MS 𝒙 Réplica 1 260604 20202 262140 01536 922892 17522 82385 82513 Réplica 2 249280 20126 250815 01535 922892 17488 82642 Fonte Os autores 2023 Peso cad g Peso do Cadinho ASA g amostra seca ao ar à 60 C ASE g amostra seca em estufa à 105 C ASE da matéria seca em estufa à 105 C Cad cinza g peso do cadinho cinzas Peso cinza g massa da cinza após incineração Cinza na MS do material mineral na matéria seca Cinza na MS média do material mineral presente na matéria seca Após os processos de extração com éter de petróleo os lipídeos presentes na amostra são calculados pela diferença de pesagem entre os reboilers Nesse sentido de posse do peso do reboiler utilizado a massa de material em cada réplica utilizada é de 20811 g e 20545 g respectivamente Por diferença os valores do extrato etéreo nas réplicas foram de 00521 g e 00922 g apresentando uma média de 37877 de participação na matéria seca Tabela 4 Extrato etéreo EE ou lipídeos Amostra Nº Reboiler Peso do reboiler g ASA g Reboiler EE g EE g ASE ASE g EE na MS EE na MS 𝒙 Réplica 1 1 1364796 20811 1365317 00521 922892 18050 27127 37877 Réplica 2 2 1364792 20545 1365714 00922 922892 17852 48627 Fonte Os autores 2023 Peso do reboiler g peso do balão ASA g amostra seca ao ar à 60 C Reboiler EE g reboiler mais o extrato etéreo EE g Massa do extrato etéreo ASE g amostra seca em estufa à 105 C ASE da matéria seca em estufa à 105 C EE na MS do EE na MS EE na MS média do EE presente na matéria seca Na determinação da proteína pelo método de Kjeldahl após o processo de digestão destilação e titulação podese calcular primeiramente o nitrogênio presente na amostra para em seguida calcular o correspondente em proteína O nitrogênio foi obtido através do cálculo que envolve o valor da normalidade da solução padrão utilizada o volume da solução gasta na titulação e a massa da amostra Nesse caso multiplicase o volume da solução gasto na titulação e dividese pela massa da amostra seca em estufa 105 C obtendo 32709 de N na MS para réplica 1 e 32131 de N na MS para a réplica 2 Em seguida de posse de valor realizase o cálculo utilizando o fator de correção de 625 para encontrar o teor de Proteína bruta PB totalizando uma média de 202625 de proteína na matéria seca Tabela 5 Esse resultado evidencia o alto valor proteico desse material como alimento Tabela 5 Nitrogênio total N e proteína bruta PB N tubo ASA mg ASE ASE mg Volume solução ml Constante NxFx14x100 Nitrogênio na MS PB na MS PB na MS 𝒙 Réplica 1 20870 922892 1926075 2250 28 32709 204431 202625 Réplica 2 20490 922892 1891005 2170 28 32131 200819 Fonte Os autores 2023 ASA mg amostra seca ao ar à 60 C ASE mg amostra seca em estufa à 105 C ASE da matéria seca em estufa à 105 C PB proteína bruta PB na MS de proteína bruta na matéria seca PB na MS média de PB na MS da amostra A fibra bruta FB é formada principalmente por celulose e quantidades diminutas de lignina e hemicelulose a determinada por meio do uso de soluções de ácido e base fortes A análise da amostra consiste em duas extrações em sequência a primeira extração ácida remove amidos açúcares e parte da pectina e da hemicelulose dos alimentos e a segunda extração básica retira proteínas pectinas e hemicelulose remanescentes e parte da lignina LOURENÇO 2010 A correção da Fibra para cinzas é realizada devido à contaminação da amostra que influência no resultado dessas análises superestimandoas VAN SOEST ROBERTSON LEWIS 1991 A indisponibilidade das cinzas e proteínas presentes na parede celular se mesclam ao resultado da fibra o qual está diretamente relacionado ao consumo de MS e à digestibilidade do alimento Nesse viés na Tabela 6 estão dispostos os valores obtidos para fibra bruta FB percentagem de Fibra bruta na matéria seca FB na MS média de Fibra bruta na matéria seca FB na MS 𝑥 fibra bruta corrigida para cinzas FBc percentagem de fibra bruta corrigida para cinzas na matéria seca FBc na MS e média de fibra bruta corrigida para cinzas na matéria seca FBc na MS 𝑥 A FB na MS corresponde à cerca de 288056 e a FBc na MS corresponde à 277197 Tabela 6 Fibra bruta FB e fibra corrigida para cinzas FBc N tubo ASA g ASE ASE g Peso do cad g Cad FB g FB g FB na MS FB na MS 𝒙 Réplica 1 1 10274 922892 09482 501094 503826 02732 288131 Réplica 2 2 10222 922892 09435 518163 520880 02717 287982 Amostra 288056 N tubo Cad Cinza g Cinza g FBc g FBc na MS FBc na MS 𝒙 Réplica 1 1 501111 00017 02715 286338 Réplica 2 2 518351 00188 02529 268055 Amostra 277197 Fonte Os autores 2023 ASA g amostra seca ao ar à 60 C ASE g amostra seca em estufa à 105 C ASE da matéria seca em estufa à 105 C FB g gramas de fibra bruta na matéria seca FB na MS de fibra bruta na MS FB na MS Média de FB na MS da amostra FBc g gramas de fibra bruta corrigida para cinza na matéria seca FBc na MS de fibra bruta corrigida para cinza na MS FBc na MS Média de FB corrigida para cinza na MS da amostra A Fibra em detergente Neutro FDN fração que representa a celulose hemicelulose e lignina apresentou massa de 01844 g e 01660 g para as réplicas 1 e 2 respectivamente correspondendo à uma média de 541028 da MS Tabela 7 Por outro lado a Fibra em detergente ácido FDA fração que representa a celulose e lignina apresentou massa de 01223g e 01185 g para as réplicas 1 e 2 respectivamente correspondendo à uma média de 369861 da MS Tabela 8 Por diferença entre as médias da FDN e FDA obtémse o valor aproximado da participação da hemicelulose na amostra Nesse caso a hemicelulose corresponde por cerca de 171167 da MS Tabela 7 Fibra em detergente neutro FDN Número do tubo ASAg ASE ASE g Número do cadinho Peso do cadinho g Cadinho FDN g FDN g FDN na MS FDN na MS 𝒙 Réplica 1 03506 922892 03236 5 500277 502121 01844 569899 541028 Réplica 2 03512 922892 03241 6 499538 501198 01660 512157 Fonte Os autores 2023 ASA g amostra seca ao ar à 60 C ASE g amostra seca em estufa à 105 C ASE da matéria seca em estufa à 105 C FDN g gramas de fibra em detergente neutro FDN na MS percentagem da FDN na matéria seca FDN na MS Média de FDN na MS da amostra Tabela 8 Fibra em detergente ácido FDA Número do tubo ASA g ASE ASE g Número do cadinho Peso do cadinho g Cadinho FDA g FDA na MS g FDA na MS FDA na MS 𝒙 Réplica 1 03535 922892 03262 1 475159 476382 01223 374875 369861 Réplica 2 03519 922892 03248 2 508037 509222 01185 364846 Fonte Os autores 2023 ASA g amostra seca ao ar à 60 C ASE g amostra seca em estufa à 105 C ASE da matéria seca em estufa à 105 C FDA g gramas de fibra em detergente ácido FDA na MS percentagem da FDA na matéria seca FDA na MS Média de FDA na MS da amostra De posse dos resultados das frações que compõem o alimento podese estimar o Extrativo não nitrogenado ENN por cálculo Assim sendo o ENN é a MS total subtraído da somatória dos valores determinados de Proteína Bruta PB Extrato Etéreo EE fibra bruta corrigida para cinzas FBc e cinzas CZ Nesse caso o ENN corresponde à 399788 da matéria seca da amostra Tabela 9 Tabela 9 Extrativos não nitrogenados ENN Amostra PB na MS EE na MS FBc na MS Cinza MS ENN na MS Amostra 202625 37877 277197 82513 399788 Fonte Os autores 2023 PB na MS percentagem de proteína bruta na matéria seca da amostra EE na MS percentagem de extrato etéreo na matéria seca da amostra FBc na MS percentagem de Fibra bruta corrigida para cinzas na matéria seca da amostra Cinza na MS percentagem de matéria mineral na matéria seca da amostra ENN na MS percentagem de extrativos não nitrogenados na matéria seca da amostra Os carboidratos totais correspondem à diferença entre 100 de MS e o somatório entre PB EE e Cinzas representando nesse caso 676985 da MS Os nutrientes digestíveis totais NDT é obtido por meio de cálculo estimado proposto por Cappelle et al 2001 Nesse sentido o NDT estimado se encontra apresentado na Tabela 11 Tabela 10 Nutrientes digestíveis totais NDT estimado pela metodologia de Capelle et al 2001 Amostra FDA na MS FDN na MS PB na MS NDT na MS Gramínea 369861 536484 Leguminosa 541028 202625 642748 Concentrado 369861 375414 Fonte Os autores 2023 Considerandose que um animal apresenta cerca de 120 kg de peso vivo o consumo de matéria seca em percentagem de peso vivo do animal é de 14 enquanto o consumo de fibra em detergente neutro é de 12 do peso vivo Os dados sobre a composição química da amostra avaliada se encontram na Tabela 12 Tabela 11 Composição química valor energético NDT e estimativa de consumo de alimento ASA ou MPS MS Cinz a MO EE FBc FDN FDA HCE L Ligni na CEL PB ENN CNF CHT NDT CM S CF DN na MN na MS do PV 274160 2530 20 825 13 9174 87 378 77 2771 97 5410 28 3698 61 1711 67 2832 41 2026 25 3997 88 1359 57 6769 85 5364 84 221 80 12 Fonte Os autores 2023 CONCLUSÃO O material avaliado apresentou 2026 de PB na MS corroborando com os resultados na literatura que relatam que a leucena é um alimento de alto valor proteico Além disso o teor de Extrato etéreo EE foi baixo apenas 37877 da MS A fibra em detergente neutro FDN representa 541028 da MS e seu valor é maior que a FDA A fibra em detergente ácido é de 369861 da MS quanto menor a FDA melhor para a digestibilidade do alimento REFERÊNCIAS ASSOCIATION OF OFFICIAL ANALYTICAL CHEMISTS AOAC Official Methods of analysis of the Association of Official Analytical Chemists Washington 1997 BRADY NC WEIL RR The nature and properties of soils Ed 13 Upper Saddle River Prentice Hall 2002 968p DRUMOND M A RIBASKI J Leucena Leucaena leucocephala leguminosa de uso múltiplo para o semiárido brasileiro Colombo Embrapa Florestas 2010 8 p Embrapa Florestas Comunicado Técnico 262 GALERIANI T M COSMO B M N Métodos de determinação de extrato etéreo proteína bruta e fibra em detergente neutro Revista Agronomia Brasileira 2020 GRANA A L Análise de alimentos AvePorc Nutri sn 2014 KOZLOSKI GV TREVISAN LM BONNECARRÈRE LM HÄRTER CJ FIORENTINI G GALVANI DB PIRES CC Níveis de fibra em detergente neutro na dieta de cordeiros consumo digestibilidade e fermentação ruminal Santa Maria 2007 LOURENÇO M S N Estudo comparativo de metodologias aplicadas em análises de fibra em detergente neutro e fibra em detergente ácido com gerenciamento de resíduos químicos 2010 117 p Tese Doutorado em Zootecnia à Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias Unesp Jaboticabal 2010 MACEDO JÚNIOR G L ZANINE A M Borges I PÉREZ J R O Qualidade da fibra para a dieta de ruminantes Ciência Animal v 17 p 717 2007 NUTRIÇÃO ANIMAL uflabr 2009 Disponível em httpsdzouflabrRobertonutricaoanimalpdf Acesso em 08 de maio de 2022 SALMAN A K D et al Metodologias para avaliação de alimentos para ruminantes domésticos Embrapa Rondônia Porto Velho 2010 SILVA D J QUEIROZ A C Análise de alimentos métodos químicos e biológicos 3ed Viçosa Universidade Federal de Viçosa 2009 235 p VAN SOEST P J ROBERTSON J B LEWIS B A Methods for dietary fiber neutral detergent fiber and nonstarch polysaccharides in relation to animal nutrition Journal of Dairy Science Champaign v 74 n 10 p 35833597 1991 VAN SOEST P J Nutritional Ecology of the Ruminant Ithaca Cornell University Press 2 ed1994 476 p ZENEBON PASCUET N A TIGELA P Coord Métodos físicoquímicos para análise de alimentos 4 ed versão digital Brasília DF Ministério da Saúde 2008 1000 p