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Teorias Organizacionais 2

· 2022/1

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FICHA DE LEITURA FACULDADE XXXXXX CURSO: Administração Disciplina: Teoria Geral da Administração (TGA) Nome do Aluno: XXXXXXXXXX 1 - DADOS GERAIS DA OBRA Nome do autor: Michael T. Hannan e John Freeman Título completo da obra: Ecologia populacional das organizações. Língua em que foi escrita originalmente: Inglês Título original: The population ecology of organizations. 2 - SÍNTESE DO TEXTO LIDO O campo da teoria organizacional abrange diferentes perspectivas axiológicas, ontológicas e epistemológicas, levando a diferentes paradigmas de pesquisa articulados em contextos interdisciplinares e multidisciplinares. Assim, desde o primeiro estudo da organização, questões relacionadas às causas e condições de surgimento, persistência e desenvolvimento da organização continuaram a intrigar os pesquisadores. No entanto, dadas as circunstâncias de mudança, essas teorias parecem ter alguma ambiguidade na sua construção e na definição de termos específicos. A teoria ecológica assume que as organizações dependem do meio ambiente. Seu papel é ajudar a entender as relações que envolvem as organizações para entender o que torna as organizações tão semelhantes entre si. Dado que as organizações se adaptam continuamente ao seu ambiente, a literatura tenta explicar como o ambiente institucional constitui o contexto social mais amplo no qual ocorrem os processos ecológicos. As interações permitem que as organizações realizem diversas atividades, como aquisição de matérias-primas, contratação de funcionários, aquisição de recursos, venda de produtos e serviços, aquisição de conhecimento, construção, locação ou compra de instalações e equipamentos, participação, regulação e supervisão de intercâmbios. Dada a importância de ampliar a pesquisa para melhorar o contexto ambiental de uma organização, uma perspectiva ecológica pode agregar valor para fornecer análises aprofundadas de fenômenos ambientais, especialmente em investigações que envolvem a perspectiva de futuro de uma organização. Uma avaliação qualitativa da produção científica por meio de pesquisas bibliométricas para entender como o tema está se desenvolvendo nos produtos científicos pode contribuir para futuras pesquisas na área, bem como na prática organizacional. A abordagem ecológica explica a mudança organizacional concentrando-se na distribuição dos recursos ambientais e nas condições sob as quais esses recursos são fornecidos. Os pioneiros da teoria ecológica afirmam que, diante das ameaças ambientais, as organizações individuais raramente conseguem mudanças fundamentais na estratégia e na estrutura, justificando a análise no nível organizacional da população. A teoria da ecologia populacional sustenta que a maioria das variações na estrutura organizacional ocorre através da criação de novas organizações e formas organizacionais e da substituição de antigas formas organizacionais. Existem muitas variantes dessa visão, que variam amplamente em outros aspectos. A teoria da dependência de recursos enfatiza as mudanças estruturais que neutralizam as fontes de incerteza ambiental. Por outro lado, a ecologia populacional assume que o ambiente tem uma influência considerável nas organizações, assim como a teoria da dependência de recursos. No entanto, enquanto a teoria da dependência de recursos está enraizada na análise em nível organizacional, a ecologia populacional concentra a maior parte de sua atenção no meio ambiente. O que os ecologistas populacionais estão interessados não é como uma determinada organização alcança sua própria sobrevivência competindo por recursos escassos e críticos (como na teoria da dependência de recursos), mas sim os padrões de sucesso e fracasso entre todas as organizações que competem por um determinado conjunto de recursos. 3 - AVALIAÇÃO GERAL DA OBRA Os ecologistas enfatizaram a ideia de inércia estrutural, a influência de fatores ambientais e organizacionais na taxa de mudança de tecidos individuais e a adaptabilidade a diferentes tipos de mudança. Nesse sentido, há uma perspectiva de adaptação estratégica. Embora os gerentes desenvolvam e implementem estratégias, essas estratégias não determinam diretamente o sucesso. Em vez disso, eles são uma das muitas fontes de variação aleatória selecionadas a favor ou contra o meio ambiente. A aprendizagem é adaptativa e permite que a organização se adapte melhor ao ambiente; outras vezes, a aprendizagem não é adaptativa e a adaptabilidade da organização ao ambiente não é aprimorada. À medida que cada teoria organizacional aborda novos problemas, as fronteiras tradicionais entre as teorias tornam-se cada vez mais indistintas. A construção de pontes entre a teoria organizacional e a esfera social gerou novos modelos de teoria organizacional contemporânea. Nas últimas décadas, os estudos organizacionais têm usado cada vez mais múltiplas perspectivas: indivíduos, grupos ou subunidades de organizações, organizações, departamentos ou populações e domínios organizacionais. Este desenvolvimento parece apontar para novos mecanismos de aprendizagem organizacional e novos interesses empíricos. Dada a importância das organizações para a sociedade, é necessário aprofundar o campo da ecologia organizacional, pois a inter-relação entre o ambiente empresarial e o campo social pode definir o futuro dos negócios. Quando essas relações são claras, a mudança organizacional torna-se um elemento chave no desenvolvimento de um paradigma ecológico. Esse processo é fundamental para empreendedores e pesquisadores que tentam entender como as características organizacionais refletem ao longo do tempo. Portanto, a análise bibliométrica é importante para apontar oportunidades e lacunas na literatura que possam compreender anomalias ambientais na diversidade organizacional. 8 Ecologia de população das organizações* Michael T. Hannan John Freeman Introdução A análise dos efeitos do ambiente sobre a estrutura organizacional assumiu, nos últimos anos, uma posição central na teoria e no estudo das organizações. Essa mudança abriu um grande número de possibilidades instigantes e promissoras. Até agora, porém, nada aconteceu que corresponda de perto à plena satisfação do que prometeu a mudança. Acreditamos que a falta de desenvolvimento se deve, em parte, ao fato de que não se conseguiu aplicar modelos ecológicos de modo efetivo às questões que são proeminentemente ecológicas. Argumentamos aqui em favor de uma reformulação do problema em termos de uma ecologia populacional. Embora exista uma ampla variedade de perspectivas ecológicas, todas elas põem o foco sobre a seleção. Isto é, elas atribuem padrões existentes na natureza até aos processos sociais que servem para manter a literatura sobre organizações a adotar uma visão diferente, que enfatize o papel de intervenção do ambiente à espécie. A adaptação é geralmente ignorada ou é relegada a uma subordinação. As escolhas das organizações – seus domínios e suas competições – devem ajustar-se a um ambiente externo. As decisões estratégicas e ajustam a estrutura organizacional aos desafios que lhe são... 160 Teoria das Organizações • Caldas e Bertorello uma matriz (blueprint). Essa matriz contém as regras para transformar energia em estrutura. Consequentemente, toda a capacidade de adaptação de uma es‐ pécie está resumida na matriz. Se tivermos que identificar o equivalente a uma espécie para as organizações, devemos ir em busca de tais matrizes. Elas consisti‐ rão de regras ou procedimentos voltados a obter ou atuar sobre os insumos, com vistas a produzir um produto ou resposta organizacional. O tipo de matriz identificado depende de preocupações substantivas. Por exem‐ plo, Marschak e Radner (1972) empregam o termo forma organizacional para ca‐ racterizar os elementos-chave da matriz, conforme eles são vistos dentro de uma estrutura de tomada de decisão. Para eles, a matriz ou a forma tem duas funções: uma função de informação, que descreve as regras usadas para obtenção, proces‐ samento e transmissão de informações sobre os estados dos ambientes externos; e uma função de atividade, de forma a gerar uma resposta organizacional. Na medida em que podem identificar classes de organizações que diferiam com respeito a essas duas funções, podem-se estabelecer classes ou formas de organização. Como as nossas preocupações vão além da tomada de decisão, porém, acha‐ mos que é muito limitada a definição de formas, de Marschak e Radner. De fato, não há razão para se limitar a priori a variedade de regras ou funções que podem definir matrizes relevantes. Assim, para nós, uma forma organizacional é uma ma‐ triz de ação organizacional para transformar insumos em produtos. Via de regra, a matriz pode ser inferida, ainda que de formas um pouco diferentes, pelo exame de qualquer coisa dessas alternativas: (1) a estrutura formal da organização em sentido restrito — tabelas de organização, regras escritas de operação etc.; (2) os padrões de atividades da organização — o que, de fato, é feito por quem; ou (3) os modos informais usados para organizar, e serem definidos como corretos e apropriados ao ambiente onde a organização funciona. Portanto, de modo muito geral, devemos buscar diferenças qualitativas entre classes de formas. Parece de todo apropriado que diferenciações sejam ba‐ sadas em premissas que fornecem pistas acerca: estrutura formal e ordem normativa. A primeira é por excelência histórica — aquelas ações que estão impregnadas de intenção preservacionista e, no caso extremo, conduz a uma estrutura semelhante à dos organismos naturais. O exemplo, já explicitado, de estruturas de feição {ex‐ ógena, pode-se expressar. Finalmente, gostaríamos de identificar as propriedades das populações que são de maior interesse para os ecologistas populacionais. Elton (1927) expressou com clareza a principal preocupação a esse respeito: "Ao resolver problemas eco‐ lógicos, estamos interessados no que os animais fazem em sua condição de ani‐ mais vivos, inteiros, não como animais mortos ou como uma série de partes de animais. Em seguida, devemos estudar as circunstâncias sob as quais eles fazem essas coisas e, o que é mais importante, os fatores limitantes que os impedem de fazer certas outras coisas. Com a resolução desses problemas, é possível desco‐ brir as razões para a distribuição e os números de animais existentes na natureza."" Hutchinson (1959), no subtitulo de seu famoso ensaio Homage to Santa Rosalia, expressou o propósito de forma ainda mais sintética: "Por que existem tantos tipos de animais?" Com base nas orientações destes diferentes ecologistas, suge‐ rimos que os ecologistas de população de organizações devem procurar entender como os fatores ecológicos afetam em: existência de tipos de organizações nenhu‐ mas? Esta questão um pouco diferente: "ativamente" nos quais tamanhos de orga‐ nizações consistem de todas as organizações que existi e. Descontinuidades nas condições ambientais e isonomia estética. 162 Teoria das Organizações • Caldas e Bertorello tão invariantes que a continuidade extrema na estrutura é a regra. O pequeno nú‐ mero de imperfeições gera mudanças estruturais que, se aceitas pelo ambiente, serão transmitidas com invariância quase total. A extrema invariância estrutural da espécie simplifica grandemente o problema da delimitação e identificação das populações. Mais importante, a capacidade de adaptação da estrutura pode ser identificada sem qualquer ambiguidade com taxas líquidas de reprodução. Quan‐ do uma população com certas propriedades aumenta sua taxa líquida de repro‐ dução, após uma mudança ambiental, conclui-se que ela está sendo selecionada para tal. É por isso que nos baseamos na redução a definição de fitness à taxa líquida de reprodução da população. A organização social dos homens reflete um grau maior de aprendizagem ou adaptação. Como resultado, é mais difícil definir fitness de modo mais preciso. Pelo menos sobre certos cânones, as organizações podem sofrer uma mudança extrema de um momento para outro. Como consequência, a ad 166 Teoria das Organizações Cald... 168 Teoria das Organizações Cald... 170 Teoria das Organizações Cald... A diferença essencial entre os dois tipos de variações ambientais é o custo das estratégias subótimas. O problema de adaptação ecológica pode ser considerado incluindo tipo de oportunidade em que a população escolhe uma estratégia (especialismo ou generalismo) e em seguida o ambiente escolhe um resultado (digamos, pelo lançamento de uma moeda). Se o ambiente "aparece" em estado favorável a uma forma organizacional, ele prospera; em caso contrário, ele declina. Entretanto, se a variação é de qualidade fina (as durações são curtas), cada população de organizações experimenta muitos testes e o ambiente é vivenciado como média. Quando a variação é de qualidade grosseira, no entanto, o período de declínio decorrente de uma escolha errada pode exceder a capacidade organizacional de se sustentar sob condições desfavoráveis. Para captar essas diferenças, Levins introduziu uma função de adaptação para representar como se a população natural esperava a fitness em cada estado sob diferentes condições. A função relativa de qualidade fina, sugerimos que o ambiente é apropriada de adaptação, então, simplesmente pesa a fitness nos dois estados (W1 e W2) de acordo com a frequência de ocorrência: A(W1,W2) = pW1 + qW2. Para levar em conta a adaptação ótima, nós apenas sobrepomos a função de adaptação ao conjunto de fitness e encontramos os pontos de tangência da função de adaptação e das funções de fitness. Os pontos de tangência são adaptações ótimas. As soluções para os vários casos são apresentados na Figura 2. Se o ambiente é totalmente estável (isto é, p = 1), então o especialismo é ótimo. Se o ambiente é extremamente incerto (isto é, p = 0,5), o generalismo é ótimo nos convexão quando as demandas dos diferentes ambientes não são muito desiguais), mas não no caso côncavo. Na realidade, na medida em que se inove o modelo, o especialismo se sai melhor no no caso côncavo. Primeiramente, considere-se os casos em que o ambiente é estável (isto é, p = 1). Na visão geral supsera que o especialismo é ótimo. Os resultados para ambientes instáveis divergem. Quando o conjunto de fitness é convexo (isto é, as demandas dos diferentes estados ambientais são semelhantes e/ou complementares), o generalismo é ótimo. Mas quando as demandas ambientais diferem (e o conjunto de fitness é côncavo), o especialismo é ótimo. Este não é um resultado tão estranho quanto parecer inicialmente. Quando o ambiente muda de forma rápida, entre estados razoavelmente diferentes, o custo do generalismo é elevado. Com as demandas dos diferentes estados são desiguais, cobra-se um considerável desperdício para possuí-los para raras às alterações. Mas como o ambiente muda rapidamente, estas organizações passariam a maior parte de seu tempo e energia ajustando a estrutura. Aparentemente é melhor sob tais condições, de acordo com evitar uma externalidade entre organizações e sobrevier aos ambientes adversos. O caso dos ambiências de qualidade grosseira é um pouco mais complexo. Nosso entendimento intuitivo é de que, como a duração de um estado ambiental é long, deve-se dar um peso maior à má adaptação. Isto é, os custos da adaptação adequada pesam muito mais que qualquer vantagem obtida pela escolha correta. A função de adaptação que apresenta esse resultado é o modelo logarítmico linear de Levins: A(W1,W2) = W1^pW2^q. O método para encontrar as adaptações ótimas é o mesmo. Os resultados estão na Figura 3. Enquanto em sua difere o que encontramos para ambientes de qualidade fina: a combinação da variação incorreta e qualidade grosseira com conjuntos de fitness côncavos. Vemos assim que, quando essa variação é de qualidade fina, é melhor especializar-se. No entanto, quando a duração dos estados ambientais é longa, os custos dessa estratégia são grandes. Períodos longos de inadaptado ameaçarão a sobrevivência da organização. Além disso, o fato de que o ambiente muda com menos frequência significa que os generalistas não precisam estar a maior parte de seu tempo e energia alterando a estrutura. Assim, o generalismo é a estratégia ótima nesse caso, como vemos na Figura 3b. A composição da variação ambiental de qualidade grosseira e de conjuntos côncavos de fitness levanta uma possibilidade adicional. A adaptação ótima em face da incerteza ambiental possui níveis racionalmente baixos de fitness em ambos os casos. Parece claro que deve haver uma solução melhor. Levins discute esse caso em profundidade e conclui que, no caso biológico, com transmissão genética de estrutura, será selecionado o “polimorfismo” ou a heterogeneidade geneticamente mantida da população. A sugestão é de que as populações combinem os tipos (variando, digamos, a cor, o tipo sanguíneo etc.), dos quais alguns são especializados para o estado 1 e outros para o estado 2. Com essa combinação, pelo menos uma porção da população sempre florescerá e manterá a diversidade genética que permitirá a ela continuar a florescer quando o ambiente muda de estado. O conjunto de fitness dessas populações heterogéneas (compostas por porções de especializadas para cada um dos dois estados possíveis) pode ser representado nos diagramas de fitness como uma linha reta unindo os pontos mais extremos de todas as combinações que se unem sobre uma linha. Figura 3 Adaptação dinâmica em ambientes de qualidade grosseira; a) conjunto convexo de fitness b) conjunto côncavo de fitness. Em essência, a distinção entre especialismo e generalismo trata de saber se uma população de organizações prospera porque ela maximiza sua exploração do ambiente e aceita o risco de ter aquela mudança ambiental, ou porque ela aceita um nível menor de exploração em troca de uma segurança maior. Se o equilíbrio de distribuição das formas organizacionais é ou não dominado pelo especialista depende, como veremos, da configuração dos conjuntos de fitness e das propriedades do ambiente. Parte da eficiência resultante do especialismo provém das demandas menores por capacidade excedente. Dada alguma incerteza, a maior parte das organizações mantém uma certa capacidade superior à usual ou adequada para assegurar a confiabilidade de sua performance. Num ambiente em rápida transformação, é provável que a definição de capacidade excedente também mude com frequência. O que se usa hoje pode se tornar excesso amanhã, e o que é excesso hoje pode ser crucial amanhã. As organizações que operam em ambientes onde a transição de uma carga para outra é menos frequente teriam (em estado de equilíbrio) de manter capacidade excedente em menor grau devido à alocação por períodos mais longos de tempo. Enquanto os recursos para avaliar a performance são tentativos e essa alocação ocorre por intervalos mais curtos, eles podem muito bem ser essenciais para a sobrevivência. Thompson (1967) argumenta que as organizações alocam recursos para unidades que estão encarregadas da função de isolar a tecnologia central de perturbação ambiental indevida. Assim, por exemplo, as empresas de manufatura podem reter um emergente mão-de-obra legal mesmo quando elas não estão enfrentando falta. A importância da capacidade excedente não está totalmente ligada ao problema do volume de capacidade excedente que será mantido. Ela também envolve a maneira como será usada. As organizações podem assegurar um desempenho confiável pela criação de unidades especializadas, como Thompson (1967) sugere, ou elas podem alocar capacidade excedente a papéis organizacionais, pela utilização de pessoal especializado com competências e habilidades que excedam às demandas rotineiras de seus empregos. Essa é uma das razões importantes para se usar profissionais nas organizações. Os profissionais usam mais recursos não apenas porque eles tendem a receber pagamentos maiores, mas também porque as organizações devem permitir-lhes maior liberdade de ação (inclusive a liberdade para responder a grupos de referência externos). As organizações, por sua vez, se tornam mais flexíveis ao empregar profissionais. Elas aumentam a capacidade de lidar com suas demandas internas e com as contingências que ele vai gerar. Por exemplo, nos hospitais e seus pacientes muitas vezes empregam uma mistura e pediatras em suas salas de parto, mesmo que o parto normal, etc.). As habilidades do médico representam uma capacidade ociosa para assegurar uma atuação confiável no caso de o parto não acontecer de forma normal. Em geral, o pediatra examina o bebê imediatamente após o nascimento para verificar se há qualquer anormalidade que requeria ação imediata. Se a mãe corre algum perigo em razão do parto e a criança também precisa de atenção, a presença do pediatra assegura que o obstetra não precisará escolher entre um deles para dividir sua atenção. A capacidade excedente também pode se destinar ao desenvolvimento e à inovação em organizações adaptativas, operações organizacionais serão restritas, e em caso de sistemas de demanda reduzida, será possível substituir e ele vão permitir a expansão das operações e responder as contingências de mais fáveis. Quando a demanda é ele que explora e o general protege as operações, adaptação protege o público no risco do governo e ênfase no investimento e retorno, a concorrência pode ser uma opção limitada para determinada planeamos e alcançar vantagem média coordenam as ações são restrita específica das operações os reguladores financeiras com opções de opções de consumidores por unidade significa, colocando os trabalhadores são responsáveis. Esta instrumentação de teoria, se adapta, ambientais serão usadas para asseguradas. Nossas circunstâncias são básicas, alcançada; organizações se superaram são reservados, seu volume como bem e permanentes. Neste sistema restrições cubo também são folgas principais nos negócios estão `subserve`, os empregadores atingem fessa manutenção ao recurso e substituir o julgamento é restaurada Figura 1 Funções de aptidão (nichos) para especialistas e generalistas. fissionalizacao produzem coordenação por ajuste mútuo, apesar de uma aparência algo caótica. Outras - onde todo mundo parece saber precisamente o que está fazendo a cada instante - podem fracassar. Sob um dado conjunto de circunstâncias ambientais, a questão ecológica fundamental é: que formas conseguem sobreviver e que formas desaparecem? Portanto, pode-se observar o generalismo, em uma população de organizações, ou por sua dependência simultânea de uma ampla variedade de recursos ou pela manutenção de capacidade ociosa num dado momento. Essa capacidade excedente permite que essas organizações mudem, a fim de tirarem vantagem dos recursos que tornam mais facilmente disponíveis. As empresas que mantêm uma proporção de recursos dentre seus ativos totais em forma fluida (slack, na terminologia de Cyert e March, 1963) são geralmente estáveis, os generalistas serão eliminados no embate com os especialistas. Em qualquer ponto do processo, uma análise estática revelará capacidade ociosa. Uma implicação - voltando nosso foco para os generalistas individuais - é que os agentes externos muitas vezes vão confundir capacidade ociosa com desperdício. Podemos investigar a evolução da amplitude do nicho se assumirmos a premissa de que especialistas são iguais e que os especialistas se diferenciam dos generalistas pelo modo em que distribuem a quantidade fixa de fitness nos resultados esperados. Quando competem, os especialistas vencem os generalistas na extensão de resultados para os quais se especializaram (por causa do nível fixo na premissa de fitness). Enquanto a variação ambiental permanecer dentro daquele intervalo (o intervalo [m, n] na Figura 1), os generalistas não têm vantagem de adaptação e não serão selecionados. Por outro lado, se o ambiente variar extensivamente dentro do intervalo, os especialistas se sairão pior do que os generalistas. Esses breves comentários deixam clara a importância da variação ambiental para a evolução da amplitude do nicho. Para simplificar ainda mais, consideremos um ambiente que possa assumir somente dois estados em cada período e cai no estado um com probabilidade p e no estado dois com probabilidade q = (1 - p). Suponhamos ainda que as variações nos estados ambientais satisfaçam as teses de Bernoulli (independentes de período para período). Para essa situação, (Levins, 1968) mostrou que a amplitude ótima do nicho depende de p e da "distância" entre os dois estados do ambiente. Para ser breves, mudamos ligeiramente a teoria. Como cada organização enfrenta dois ambientes, suas funções dependem de fitness dos dois. Podemos resumir o problema de adaptação de cada organização plotando estes pares de valores (fitness do estado 1 e do estado 2) em um novo espaço cujos eixos consistem fitness cada um dos estados, como na Figura 2. Nessa representação, cada ponto denota a fitness de uma forma organizacional distinta. A nuvem de pontos é denominada de "conjunto de fitness". Pressumimos que todas os adaptações naturalmente possíveis são representadas no conjunto de fitness. É nosso interesse determinar que pontos no conjunto de fitness serão favorecidos pela seleção natural. Observe-se, inicialmente, que todos os pontos no interior do conjunto são inferiores em termos de fitness a pelo menos algum ponto no limite do conjunto. Nesse sentido o limite, como cada limpo na contínua, representa possibilidades ótimas. Como a seleção natural maximiza a fitness, ela deve escolher pontos na borda. Isto limita nossa busca para encontrar a forma ou formas que serão favorecidas na borda. Quando e desenha a Figura 2b, nenhuma forma organizacional funciona particularmente bem nos dois estados do ambiente - nenhuma forma tem níveis altos de fitness a ambos. Este será o caso quando um dos estados estão "bem distantes" no sentido de que impõem as organizações contingências bem diferentes de adaptação. Nessas casos (veja Levins, 1968.) o conjunto de fitness será concâvo. Quando a "distância" entre os estados é pequena, não há razão para que algumas formas organizacionais não possam funcionar bem em ambos os ambientes. Nessas casos, o conjunto de fitness será convexo, como na Figura 2a. As funções de fitness nas Figuras 2a e 2b descrevem situações de adaptação diferentes. O próximo passo é modelar o processo de otimização. Para isso, introduzimos mais uma distinção. Os ecologistas acharam útil distinguir a variação espacial e temporal do ambiente de acordo com uma qualidade tangente. Diz-se que a variação ambiental tem qualidade fina quando um elemento típico (organização) encontra muitas unidades ou replicações. A partir da perspectiva temporal, a variação é de qualidade fina quando as durações típicas nos estados são curtas em relação ao tempo de vida das organizações. Com esta configuração, diz-se que o ambiente tem qualidade grosseira. A demanda por produtos ou serviços em construções similares seja mais tipicamente instável e fina, conforme figura Figura 2 Adaptação dinâmica em ambientes de qualidade fina; (a) conjunto convexo; b) conjunto de fitness côncavada. 184 Teoria das Organizações • Caldas e Bertero impacto duradouro sobre a estrutura organizacional. Este é o período durante o qual uma organização deixa de ser uma extensão de um de seus poucos indivíduos dominantes e se torna mais uma organização propriamente dita, com vida própria. Se as pressões da seleção, nesta altura, são tão intensas quanto a evidência não publicada sugere que sejam, os modelos de seleção se mostrarão muito úteis para explicar as variedades de formas entre todas as organizações. O otimismo do parágrafo anterior deve ser temperado pela consciência de que, quando examinamos as organizações maiores e mais poderosas, estamos em ger real considerações apenas um número pequeno de organizações. Quanto menor forem as organizações, menos são os modelos que dependem do tipo de mecanismos alternativos que fundamentam os modelos de ecologia populacional. Em qualquer lugar, desejamos começar o que um leitor anônimo, tomado pelo espectro do nosso trabalho, chamou de ações antiguerrilhas de Estado para salvar empresas como a Lockhead da falência. Este é um exemplo dramático de como organizações grandes e dominadoras podem criar conexões com outras organizações grandes e poderosas, para reduzir as pressões da seleção “natural”. Se esses indivíduos setoriais falarem a padrão da seleção, Em nossa visão, a pressão da seleção é impedida para um nível mais alto. Assim, em vez de organizações de individualidade falindo, são redes inteiras que vão à ruína. A conseqüência gerada pela enorme número de conexões desse tipo é o aumento na instabilidade do todo o sistema (Simon, 1962 e 1973; May 1973) e, por isso, devemos presentear ciclos altos e baixos de resultados organizacionais. Portanto, os modelos de seleção mantêm relevância, mesmo quando os sistemas de organizações estão firmemente acoplados (veja Hannan, 1976). Finalmente, alguns leitores das versões iniciais viram um caráter metafórico em nossos argumentos (alguns o aprovando, outros não). Essa não é nossa intenção. Num sentido fundamental, a atividade teórica envolve uma atividade metafórica (embora se reconheça que o termo analogia se aproxima mais do que a metáfora). O uso de metáforas ou analogias entra na formulação de proposições do tipo “se ... então”. Por exemplo, certos modelos de genética molecular estabelecem uma analogia entre superfícies de DNA e estruturas de cristal. As últimas em termos geométricos bem compactas e simples, que se sujeitam a uma forma de análise topológica (matemática). Ninguém questiona que as proteínas de DNA são assimétricas; mas na medida em que suas superfícies têm certas propriedades semelhantes a cristais, o modelo matemático usado para analisar cristais lançará luz sobre a estrutura genética. Esta é, como nós a entendemos, a estratégia geral de construção de modelo. Usamos, por exemplo, resultados que se apóiam na aplicação de certas equações diferenciais logísticas, as equações de Lotka-Volterra. Nenhuma população conhecida (de animais, ou de organizações) cresce exatamente conforme esse específico modelo matemático (e este fato levou inúmeros naturalistas a argumentarem que o modelo não tem sentido para a biologia). O que as equações fazem é Ecologia de população de organizações 185 modelar a trajetória de crescimento das populações que vivem de recursos finitos num sistema fechado (onde é logístico o crescimento da população na ausência de competição e a presença de populações competitivas diminuirá a capacidade de sustentação naquele sistema). Na modelo em que as interações das populações de Paramecium aurelia e P. caudatum (experimento de Gause) correspondem às condições do modelo, este modelo explica certas características-chave da dinâmica populacional e a relação das variações ambientais com a estrutura. Na medida em que as interações das populações de burocracias do tipo racional-legal e das populações de burocracias do tipo patrimonial também satisfazem as condições do modelo, este modelo explica os mesmos fenômenos importantes. Nem o protozoário nem as burocracias se comportam exatamente conforme estipula o mo. delo. O modelo é uma abstração que levará a insights sempre que as condições declaradas estiverem próximas. Do começo ao fim, sustentamos a hipótese da continuidade natural. Propomos uma espécie de que sustentam as condições declaradas, os modelos levam a insights valiosos, independentemente do fato de as populações estudadas se rem compostas de protozoários ou de organizações. Não argumentamos “metaforicamente”. Isto é, não argumentamos da seguinte maneira: constata-se que uma regularidade empírica vale para certos protozoários; já que hipotetizamos que as populações de organizações se assemelham às populações de protozoários em pontos essenciais, propomos que as generalizações derivadas das últimas também serão válidas para as organizações. Este é o tipo de raciocínio pelo qual as proposições biológicas muitas vezes invadem os argumentos sociológicos (por exemplo, a famosa fusão de sociedade e biológica proposta por Spencer). Em vez de aplicar as leis de biologia à organização social humana, advogamos fazer uma teoria da ecologia de populações. Nossa abordagem tenta aplicar ao estudo das organizações o derivativo do estudo sob medida. Por exemplo, as microcimentos requerem alguma classificação, tentativas de diabrias que nascem combio a dar luz, e e vivendo o ele ser a melhor cabeça de criação de tentativas para tal problema são em vasta evidencia. Uma linha de argumentação dirigida, por exemplo, à origem, composição e influência das características específicas da empresa. Este Notas 1 Esta pesquisa foi apoiada, em parte, por verbas da Fundação Nacional de Cien • cia (GS-32056) e da Fundação Spencer. Fomos agraciados com comentários de 186 Teoria das Organizações • Caldas e Bertero parte de Amos Hawley, François Nielsen, John Meyer, Marshal Meyer, Jeffrey Pfeffer e Howard Aldrich. 2 Existe uma relação entre seleção e adaptação. A aprendizagem de adaptação para indivíduos em geral consiste na seleção de respostas comportamentais. A adaptação para uma população envolve a seleção de tipos de membros. De um modo mais geral, os processos que envolvem seleção comumente podem ser reformulados em processos de adaptação, num nível mais elevado de análise. Entretanto, logo que se escolhe uma unidade de análise, não há mais ambigüidade para distinguir a seleção e adaptação. As organizações muitas vezes se adaptam às condições e conteúdos ambientais, o que sugere um efeito sistêmico. Embora todos teóricos que examinem a existência desses efeitos sistêmicos, a maioria não considera as condições do sistema como um todo. É importante observar que, do ponto de vista dos sociólogos, quando enfocam o sistema social mais amplo, a seleção que favorece organizações com um conjunto de propriedades, em detrimento de outras com outras propriedades é, muitas vezes, um processo de adaptação. As sociedades e comunidades, formadas em parte de organizações formais, se adaptam parcialmente por meio de processos que ajustam o conjunto dos vários tipos de organizações encontrados dentro delas. Enquanto uma teoria completa ou acabada sobre organização e ambiente teria de levar em conta tanto a adaptação como a seleção, reconhecendo que estas são processos complementares, o nosso propósito aqui é mostrar o que pode ser aprendido com o estudo isolado da seleção (veja Aldrich e Pfeffer, 1976, para uma revisão sintética da literatura especializada dessas experiências-pesquisas). 3 A discussão de Meyer (1970) sobre o estatuto de organização fortalece o apoio ao argumento que, ao aceitar os colaterais normativos alcançados no início da história das organizações limita muito a extensão da adaptação organizacional às limitações ambientais. 4 A expressão utilizada aqui, que é incomum na literatura sociológica brasileira. 5 Os conceitos teóricos sugerem que o poder (no sentido físico) é otimizado para o modelo de ajuste de opostos, segundo as teorias de Darwin-Lotka. Para aceitar (esta localização) a abordagem conservadora, poder-se-ia argumentar que a seleção é uma função de avaliação da experiência de recursos, induzindo o erro e exager. 6 Nosso propósito é argumentar que a (não) conformidade de sistemas frequente é discutida pela validade de uma seleção se complementarem outros processos compensatórios. 7 Ecoa a versão européia de empregada e sua viabilidade. Ecologia de população de organizações 187 8 Restringimos nossa atenção ao caso em que todas as entradas de A são nãonegativas. As entradas negativas são apropriadas para as relações entre predador e presa (ou, de forma geral, entre hospedeiro e parasita). O resultado típico para esse caso é o crescimento cíclico da população. 9 Um enunciado mais preciso do teorema determina que não existe equilíbrio estável para um sistema de M competidores e N < M recursos (MacArthur; Levins, 1964). 10 Para um enunciado mais amplo deste argumento em relação à organização", veja Hannan (1975). 11 De acordo com algumas considerações em relação a hipótese. Transporte de Rothman (1974) argumentam que a seleção não depende de resultados imediatos, mas de algum nível mínimo de fatos. Não se sabe os os resultados medidos ou algum outro critério guiam a seleção na população de organizações; esta é uma questão aberta. Seguimos Levins, para simplificação e associação. 12 Pelo menos de certos pontos de vista, as fusões podem ser vistas como mudanças na forma. Este será quase certamente o caso, quando as organizações fundidas tiverem estruturas bem diferentes. Estes dados também indicam uma forte vantagem seletiva para uma forma conglomerada de organização industrial. Nota da Redação Artigo traduzido e publicado sob o título: “Ecologia populacional das organizações”, na RAE – revista de administração de empresas, v. 45, n. 3, p. 70-91, jul./set. 2005. Referências ALDRICH, H. E.; PFEFFER, J. Environments of organizations. Annual Review of Sociology, v. 2, p. 79-105, 1976. ________. Continuities in the study of ecologies and change. Quarterly review of business, Chicago: Environments and their growth, v. 11, p. 164-186, 1978. BLAU, P. M. Interdependence and hierarchy in organizations. Social Science International, p. 1-24, Apr. 1977. ________; SCHOENHERR, R. A. The structure of organizations. New York: Basic Books, 1965. 188 Teoria das Organizações • Caldas e Bertero BURNS, T.; STALKER, G. M. The management of innovation. London: Tavistock, 1961. CAPLOW, T. Organizational size. 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Quando uma empresa moveleira contrata um marceneiro, a cooperação entre especialistas ocorre dentro da firma, e quando um marceneiro compra madeira de um madeireiro, a cooperação acontece nos mercados (ou entre as firmas). Dois problemas importantes desafiam a teoria da organização econômica: explicar as condições que determinam se os ganhos oriundos da especialização e da produção cooperativa podem ser mais bem alcançados dentro uma organização como a firma, ou nos mercados. Comumente se pensa que a firma é mais eficiente por explorar a cooperação entre os fatores por fiat,1 por ordem de uma autoridade, ao passo que nos mercados o autor daquela existência útil disponível no mercado é fiat não altera a alocação de todos os seus insumos (inputs). Ela não pode ter fiat, é uma firma adotada ____ * Artigo originalmente publicado sob o título “Production, information costs and economic organization”, de Armen A. Alchian e Harold Demsetz, em American Economic Review, v. 62, n. 5, p. 777-795, 1972. Publicado com autorização da American Economic Review/American Economic Association. Disponível em: <www.econ.berkeley.com/ar>. Trad. de C. A.