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Engenharia Civil ·
Mecânica dos Solos 2
· 2024/1
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Slide 1 Universidade Federal do Rio Grande do Sul Empuxos de terra Prof. Karla Heineck, D.Sc. Slide 2 Universidade Federal do Rio Grande do Sul EMPUXO: ação produzida pelo maciço terroso (solo + água + sobrecargas) nas obras com ele em contato Slide 3 Universidade Federal do Rio Grande do Sul Para a determinação das pressões horizontais (empuxos), utilizaremos os conceitos da teoria da elasticidade, que relaciona o comportamento das tensões e deformações nas diferentes direções nos materiais Slide 4 Universidade Federal do Rio Grande do Sul Slide 5 Universidade Federal do Rio Grande do Sul Teoria da Elasticidade Inicialmente, veremos alguns conceitos da teoria da elasticidade no que se refere ao comportamento dos solos e suas características de deformabilidade, quando submetido a uma pressão de compressão. Para cada tensão (carga) temos uma deformação (Lei de Hooke = proporcionalidade tensão - deformação). O parâmetro que reflete este comportamento é dado pelo: Módulo de Elasticidade = E = Módulo de Young = Módulo de Deformabilidade. = E . , onde E = módulo de elasticidade e = def. específica Logo, 𝐄 = ∆ 𝐭𝐞𝐧𝐬ã𝐨 ∆ 𝐝𝐞𝐟𝐨𝐫𝐦𝐚çã𝐨 módulo inicial Slide 6 Universidade Federal do Rio Grande do Sul O corpo de prova de solo, quando sobre uma tensão de compressão no sentido da altura, sofre uma deformação neste sentido (H) e consequentemente no sentido de seu diâmetro (b), conforme o esquema abaixo: A partir das deformações nos sentidos horizontal e vertical poderemos determinar o Coeficiente de Poisson (µ). O Coeficiente de Poisson é o parâmetro que reflete o quanto o solo deforma no sentido horizontal em relação à deformação no sentido do carregamento. 𝜇 = ∆ ℎ𝑜𝑟𝑖𝑧 ∆ 𝑣𝑒𝑟𝑡 = ∆𝑏 𝑏 ∆𝐻 𝐻 Slide 7 Universidade Federal do Rio Grande do Sul Valores típicos para Módulo de Elasticidade (E) de solos Módulos de elasticidade típicos de argilas saturadas não drenada. Módulos de elasticidade típicos de areias em solicitação drenada, para tensão confinante de 100 kPa. Valores típicos para coeficiente de Poisson de solos: 0,25 < µ < 0,5 Consistência Módulo de elasticidade MPa kN/m²(kPa) Muito mole < 2,5 < 2500 Mole 2,5 a 5 2500 a 5000 Consistência média 5 a 10 5000 a 10000 Rija 10 a 20 10000 a 20000 Muito rija 20 a 40 20000 a 40000 Dura > 40 > 40000 Compacidade Módulo de elasticidade Fofa Compacta MPa kN/m² (kPa) MPa KN/m² (kPa) Areias de grãos frágeis, angulares 15 15000 35 35000 Areias de grãos duros, arredondados 55 55000 100 100000 Areia (S. Paulo), bem graduada, pouco argilosa 10 10000 27 27000 Slide 8 Universidade Federal do Rio Grande do Sul Teoria da Elasticidade Em função da elasticidade do material (E e µ), verifica-se existir, uma proporcionalidade entre a tensão vertical e a correspondente tensão horizontal. O material recebe o esforço, absorve-o e se deforma segundo seus parâmetros de elasticidade. Dentro deste princípio, qualquer valor de pressão horizontal será sempre calculado em função da pressão vertical. 𝜎ℎ = 𝐾. 𝜎𝑣 , sendo K o coeficiente de empuxo de terra Diagrama de tensões, onde E = resultante da distribuição das tensões horizontais Slide 9 Universidade Federal do Rio Grande do Sul Empuxo no repouso Condição em que o plano de contenção não se movimenta Consideramos, neste tipo de empuxo, um equilíbrio perfeito em que a massa de solo se mantem absolutamente estável, sem nenhuma deformação na estrutura do solo, isto é, está num equilíbrio elástico. A pressão lateral que o solo exerce na profundidade h será dada pela expressão: 𝜎ℎ = 𝐾0. 𝜎𝑣 Slide 10 Universidade Federal do Rio Grande do Sul Empuxo no repouso As pressões no repouso, preconizadas aqui, não dependem da resistência ao cisalhamento do solo, mas, de suas constantes elásticas, portanto: 𝐾0 = 𝜇 1 − 𝜇 Valores típicos de K0 (Caputo, 1987): Equação empírica de Jaky (solos normalmente adensados): K0 ≅ 1 − sen ϕ Solo K0 argila 0,70 a 0,75 Areia solta 0,45 a 0,50 Areia compacta 0,40 a 0,45 Slide 11 Universidade Federal do Rio Grande do Sul Condição em que o plano de contenção se movimenta Nas estruturas, fora das condições iniciais vistas anteriormente, poderemos ter deslocamentos do plano de contenção em valores capazes de ativar a resistência interna ao cisalhamento da estrutura de solo Ao se movimentarem, e serem capazes de acionar as resistências internas ao cisalhamento da massa de solo, serão desenvolvidas tensões horizontais diferentes das consideradas com os parâmetros da elasticidade. São dois os estados de tensões desenvolvidos quando há o deslocamento da parede: Slide 12 Universidade Federal do Rio Grande do Sul Empuxos ativo e passivo Como vimos anteriormente, empuxo é a resultante da distribuição de tensões ao longo da profundidade considerada, e podemos alcançar duas situações limite: o estado ativo e o estado passivo: Estado ativo: a ruptura no estado ativo acontece quando o solo exerce esforço na estrutura e ela rompe Slide 13 Universidade Federal do Rio Grande do Sul Empuxos ativo e passivo Estado Passivo : a ruptura no estado passivo acontece quando a estrutura exerce esforço no solo e este rompe Slide 14 Universidade Federal do Rio Grande do Sul Empuxos ativo e passivo Para que o solo atinja os estados ativo e passivo acontecem deformações (ao contrário do estado de repouso, onde as deformações são nulas), RESUMO: Somente pressões efetivas mobilizam resistência ao cisalhamento dos solos; Os valores de Ka e Kp são admitidos superdimensionados pelas condições ideais supostas para dedução de seus valores na teoria de Rankine, como será visto; Existem várias teorias que tentam otimizar os valores dos empuxos para situações não ideais (simplificadas) como Coulomb, Método das cunhas, ... Solo Estado ativo Estado passivo Não coesivo composto 0,0005 H 0,005 H Não coesivo solto 0,002 H 0,01 H Coesivo duro 0,01 H 0,02 H Coesivo médio/mole 0,02 H 0,04 H H = altura da estrutura Fonte: Sowers&Sowers Slide 15 Universidade Federal do Rio Grande do Sul Empuxos ativo e passivo Para entendermos os estados de tensões ativo e passivo, podemos observar o circulo de Mohr, considerando um solo sem coesão: 𝜎′ℎ 𝜎′ℎ𝑝 𝜎′ℎ𝑎 𝜎′𝑣 1. Estado repouso 2. Estado ativo 3. Estado passivo Slide 16 Universidade Federal do Rio Grande do Sul Empuxo ativo Neste caso, a estrutura se afasta da massa de solo, fazendo com que haja um alivio e o desenvolvimento de tensões ao longo da formação de uma superfície de ruptura denominada cunha instável. Esta cunha está passível de movimento, portanto, onde se desenvolverá a resistência ao cisalhamento e onde cada movimento ocorrente não terá condição de retrocesso, isto é, nessa região o equilíbrio é plástico Slide 17 Universidade Federal do Rio Grande do Sul Empuxo ativo Podemos dizer, que neste caso o solo foi ativado em sua resistência interna sendo esta situação chamada de Estado Ativo de Equilíbrio. O esforço do solo desenvolvido sobre a estrutura de contenção, é, neste caso, chamado de Empuxo Ativo 𝜎′𝑣 = 𝛾. ℎ 𝜎′ℎ𝑎 = 𝐾𝑎. 𝜎′𝑣 Slide 18 Universidade Federal do Rio Grande do Sul Empuxo Passivo Neste caso o solo é comprimido pela estrutura, sofre uma compressão na cunha instável, provoca o surgimento da resistência interna ao cisalhamento e, ocorrendo deslocamentos, por pequenos que sejam, terão que vencer essa resistência deslocando o peso da massa na região abrangida pela cunha. A ação do solo será passiva ao movimento sendo a situação de equilíbrio chamada de Estado Passivo de equilíbrio ou estado superior de solicitação em que a estrutura recebe todo esforço decorrente da ação passiva do solo em relação ao movimento . Slide 19 Universidade Federal do Rio Grande do Sul Empuxo Passivo Esse esforço desenvolvido pelo solo sobre o parâmetro interno da estrutura é chamado de Empuxo Passivo 𝜎′𝑣 = 𝛾. ℎ 𝜎′ℎ𝑝 = 𝐾𝑝. 𝜎′𝑣 Slide 20 Universidade Federal do Rio Grande do Sul A mobilização da resistência do solo ao longo da superfície de rutura (plano de rutura) é que reduz a ação do terrapleno no estado ativo e aumenta esta ação no caso do estado passivo. Depois de determinada mobilização o empuxo não cresce nem decresce nos dois sentidos, pois, a resistência ao cisalhamento já atingiu o valor máximo. Esta variação de solicitação no plano é decorrente, então, da capacidade que o solo tem de desenvolver, internamente, resistência ao cisalhamento Slide 21 Universidade Federal do Rio Grande do Sul Mecanismo de mobilização do empuxo ativo e passivo
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O parâmetro que reflete este comportamento é dado pelo: Módulo de Elasticidade = E = Módulo de Young = Módulo de Deformabilidade. = E . , onde E = módulo de elasticidade e = def. específica Logo, 𝐄 = ∆ 𝐭𝐞𝐧𝐬ã𝐨 ∆ 𝐝𝐞𝐟𝐨𝐫𝐦𝐚çã𝐨 módulo inicial Slide 6 Universidade Federal do Rio Grande do Sul O corpo de prova de solo, quando sobre uma tensão de compressão no sentido da altura, sofre uma deformação neste sentido (H) e consequentemente no sentido de seu diâmetro (b), conforme o esquema abaixo: A partir das deformações nos sentidos horizontal e vertical poderemos determinar o Coeficiente de Poisson (µ). O Coeficiente de Poisson é o parâmetro que reflete o quanto o solo deforma no sentido horizontal em relação à deformação no sentido do carregamento. 𝜇 = ∆ ℎ𝑜𝑟𝑖𝑧 ∆ 𝑣𝑒𝑟𝑡 = ∆𝑏 𝑏 ∆𝐻 𝐻 Slide 7 Universidade Federal do Rio Grande do Sul Valores típicos para Módulo de Elasticidade (E) de solos Módulos de elasticidade típicos de argilas saturadas não drenada. Módulos de elasticidade típicos de areias em solicitação drenada, para tensão confinante de 100 kPa. Valores típicos para coeficiente de Poisson de solos: 0,25 < µ < 0,5 Consistência Módulo de elasticidade MPa kN/m²(kPa) Muito mole < 2,5 < 2500 Mole 2,5 a 5 2500 a 5000 Consistência média 5 a 10 5000 a 10000 Rija 10 a 20 10000 a 20000 Muito rija 20 a 40 20000 a 40000 Dura > 40 > 40000 Compacidade Módulo de elasticidade Fofa Compacta MPa kN/m² (kPa) MPa KN/m² (kPa) Areias de grãos frágeis, angulares 15 15000 35 35000 Areias de grãos duros, arredondados 55 55000 100 100000 Areia (S. Paulo), bem graduada, pouco argilosa 10 10000 27 27000 Slide 8 Universidade Federal do Rio Grande do Sul Teoria da Elasticidade Em função da elasticidade do material (E e µ), verifica-se existir, uma proporcionalidade entre a tensão vertical e a correspondente tensão horizontal. O material recebe o esforço, absorve-o e se deforma segundo seus parâmetros de elasticidade. Dentro deste princípio, qualquer valor de pressão horizontal será sempre calculado em função da pressão vertical. 𝜎ℎ = 𝐾. 𝜎𝑣 , sendo K o coeficiente de empuxo de terra Diagrama de tensões, onde E = resultante da distribuição das tensões horizontais Slide 9 Universidade Federal do Rio Grande do Sul Empuxo no repouso Condição em que o plano de contenção não se movimenta Consideramos, neste tipo de empuxo, um equilíbrio perfeito em que a massa de solo se mantem absolutamente estável, sem nenhuma deformação na estrutura do solo, isto é, está num equilíbrio elástico. A pressão lateral que o solo exerce na profundidade h será dada pela expressão: 𝜎ℎ = 𝐾0. 𝜎𝑣 Slide 10 Universidade Federal do Rio Grande do Sul Empuxo no repouso As pressões no repouso, preconizadas aqui, não dependem da resistência ao cisalhamento do solo, mas, de suas constantes elásticas, portanto: 𝐾0 = 𝜇 1 − 𝜇 Valores típicos de K0 (Caputo, 1987): Equação empírica de Jaky (solos normalmente adensados): K0 ≅ 1 − sen ϕ Solo K0 argila 0,70 a 0,75 Areia solta 0,45 a 0,50 Areia compacta 0,40 a 0,45 Slide 11 Universidade Federal do Rio Grande do Sul Condição em que o plano de contenção se movimenta Nas estruturas, fora das condições iniciais vistas anteriormente, poderemos ter deslocamentos do plano de contenção em valores capazes de ativar a resistência interna ao cisalhamento da estrutura de solo Ao se movimentarem, e serem capazes de acionar as resistências internas ao cisalhamento da massa de solo, serão desenvolvidas tensões horizontais diferentes das consideradas com os parâmetros da elasticidade. São dois os estados de tensões desenvolvidos quando há o deslocamento da parede: Slide 12 Universidade Federal do Rio Grande do Sul Empuxos ativo e passivo Como vimos anteriormente, empuxo é a resultante da distribuição de tensões ao longo da profundidade considerada, e podemos alcançar duas situações limite: o estado ativo e o estado passivo: Estado ativo: a ruptura no estado ativo acontece quando o solo exerce esforço na estrutura e ela rompe Slide 13 Universidade Federal do Rio Grande do Sul Empuxos ativo e passivo Estado Passivo : a ruptura no estado passivo acontece quando a estrutura exerce esforço no solo e este rompe Slide 14 Universidade Federal do Rio Grande do Sul Empuxos ativo e passivo Para que o solo atinja os estados ativo e passivo acontecem deformações (ao contrário do estado de repouso, onde as deformações são nulas), RESUMO: Somente pressões efetivas mobilizam resistência ao cisalhamento dos solos; Os valores de Ka e Kp são admitidos superdimensionados pelas condições ideais supostas para dedução de seus valores na teoria de Rankine, como será visto; Existem várias teorias que tentam otimizar os valores dos empuxos para situações não ideais (simplificadas) como Coulomb, Método das cunhas, ... Solo Estado ativo Estado passivo Não coesivo composto 0,0005 H 0,005 H Não coesivo solto 0,002 H 0,01 H Coesivo duro 0,01 H 0,02 H Coesivo médio/mole 0,02 H 0,04 H H = altura da estrutura Fonte: Sowers&Sowers Slide 15 Universidade Federal do Rio Grande do Sul Empuxos ativo e passivo Para entendermos os estados de tensões ativo e passivo, podemos observar o circulo de Mohr, considerando um solo sem coesão: 𝜎′ℎ 𝜎′ℎ𝑝 𝜎′ℎ𝑎 𝜎′𝑣 1. Estado repouso 2. Estado ativo 3. Estado passivo Slide 16 Universidade Federal do Rio Grande do Sul Empuxo ativo Neste caso, a estrutura se afasta da massa de solo, fazendo com que haja um alivio e o desenvolvimento de tensões ao longo da formação de uma superfície de ruptura denominada cunha instável. Esta cunha está passível de movimento, portanto, onde se desenvolverá a resistência ao cisalhamento e onde cada movimento ocorrente não terá condição de retrocesso, isto é, nessa região o equilíbrio é plástico Slide 17 Universidade Federal do Rio Grande do Sul Empuxo ativo Podemos dizer, que neste caso o solo foi ativado em sua resistência interna sendo esta situação chamada de Estado Ativo de Equilíbrio. O esforço do solo desenvolvido sobre a estrutura de contenção, é, neste caso, chamado de Empuxo Ativo 𝜎′𝑣 = 𝛾. ℎ 𝜎′ℎ𝑎 = 𝐾𝑎. 𝜎′𝑣 Slide 18 Universidade Federal do Rio Grande do Sul Empuxo Passivo Neste caso o solo é comprimido pela estrutura, sofre uma compressão na cunha instável, provoca o surgimento da resistência interna ao cisalhamento e, ocorrendo deslocamentos, por pequenos que sejam, terão que vencer essa resistência deslocando o peso da massa na região abrangida pela cunha. A ação do solo será passiva ao movimento sendo a situação de equilíbrio chamada de Estado Passivo de equilíbrio ou estado superior de solicitação em que a estrutura recebe todo esforço decorrente da ação passiva do solo em relação ao movimento . Slide 19 Universidade Federal do Rio Grande do Sul Empuxo Passivo Esse esforço desenvolvido pelo solo sobre o parâmetro interno da estrutura é chamado de Empuxo Passivo 𝜎′𝑣 = 𝛾. ℎ 𝜎′ℎ𝑝 = 𝐾𝑝. 𝜎′𝑣 Slide 20 Universidade Federal do Rio Grande do Sul A mobilização da resistência do solo ao longo da superfície de rutura (plano de rutura) é que reduz a ação do terrapleno no estado ativo e aumenta esta ação no caso do estado passivo. Depois de determinada mobilização o empuxo não cresce nem decresce nos dois sentidos, pois, a resistência ao cisalhamento já atingiu o valor máximo. Esta variação de solicitação no plano é decorrente, então, da capacidade que o solo tem de desenvolver, internamente, resistência ao cisalhamento Slide 21 Universidade Federal do Rio Grande do Sul Mecanismo de mobilização do empuxo ativo e passivo