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Contabilidade Básica
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GUIA COMPLETO DOS ATIVOS BIOLÓGICOS SUMÁRIO\n\nINTRODUÇÃO\t\t\t\t3\nREFERENCIAL TEÓRICO\t\t\t6\nPROPOSTA DE METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO\t12\nAPLICAÇÃO DO FDC PARA AVALIAR ATIVOS BIOLÓGICOS\t18\nCONCLUSÃO\t\t\t\t26\nSOBRE A BLB BRASIL ESCOLA DE NEGÓCIOS\t29 INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO\n\nFoi devido à crise enfrentada pelo mercado em 2008 que surgiu a necessidade de serem estabelecidas novas regras contábeis, com o objetivo de melhor comprovar a vida financeira das empresas de capital aberto.\n\nAssim, a legislação brasileira introduziu definitivamente os padrões internacionais de contabilidade — International Financial Reporting Standards (IFRS) —, por meio das leis nº 11.638/07 e 11.941/09. E nesse cenário, foram incluídas as empresas do agronegócio, por apresentarem significativa importância para a economia do País.\n\nO International Accounting Standard 41 (IAS) foi o responsável por introduzir, no meio contábil internacional, os métodos necessários para a exata contabilização dos ativos biológicos.\n\nSeguidamente, o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) emitiu o CPC 29, baseando-se no IAS 41. O procedimento define que os ativos biológicos devem ser mensurados a valor justo (fair value), desde que possam ser avaliados confiavelmente.\n\nSabendo disso, não deixe de ler todo o nosso e-book, um guia completo sobre ativos biológicos que preparamos para você ficar a par da legislação contábil. Acompanhe! REFERENCIAL TEÓRICO REFERENCIAL TEÓRICO\nNos estudos da atividade rural no Brasil, o fair value tem sido utilizado como medida de avaliação de ativos biológicos.\n\nEstes são dotados de vida e, por isso, estão sujeitos a transformações biológicas — nascimento, crescimento, degeneração e morte — que atingem significativamente o seu valor, não sendo o custo histórico capaz de refletir fielmente todos os ganhos ou perdas.\n\nA metodologia utilizada na aplicação do valor justo para a mensuração dos ativos biológicos é repleta de subjetividade e encontra mais dificuldades quando não existem valores de mercado disponíveis.\n\nDessa forma, no processo de convergência dos padrões contábeis brasileiros com os internacionais, a questão em torno da contabilidade dos ativos biológicos e dos produtos agrícolas sempre encontrou dificuldades.\n\nA seguir, detalhamos os pontos que envolvem a questão. ATIVO BIOLÓGICO\nConforme define o CPC 29, ativos biológicos são seres vivos (plantas e animais, que nascem, crescem e morrem), que, após o processo de colheita, tornam-se produtos agrícolas. Ou seja, as produções que estão no centro do agronegócio — de árvores e culturas variadas a rebanhos e matrizes animais reprodutoras — são chamadas, na contabilidade, de ativos biológicos.\n\nPor exemplo, as árvores destinadas ao fornecimento de madeira, enquanto estão plantadas, são tidas como ativos biológicos. Após o corte, tornam-se produtos agrícolas e, depois, passam por um processo que resulta em materiais como a madeira serrada.\n\nOutro exemplo é o da cana-de-açúcar, que, enquanto está plantada, também é considerada como ativo biológico. Depois da colheita, ganha forma de produto agrícola (cana colhida) e, depois do processamento, torna-se açúcar. CPC 29 (IAS 41)\nEsse pronunciamento, emitido pelo CPC, em 2009, tem base no IAS 41. O procedimento técnico foi emitido após a promulgação da Lei nº 11.638/07.\n\nEle trata da mensuração dos ativos biológicos e de produtos agrícolas relacionados ao Agronegócio e à Contabilidade Rural, prevendo o conceito de valor justo, trazendo modificações para a realização das avaliações contábeis e visando mais transparência. MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DOS ATIVOS BIOLÓGICOS\nAinda estão acontecendo, no Brasil, relevantes discussões quanto à mensuração a valor justo, principalmente, quando se trata de ativos biológicos.\nEssa avaliação, ou seja, o gerenciamento da transformação biológica de animais e/ou plantas vivos para a venda, constituiu-se como uma questão essencial para as empresas brasileiras que atuam no segmento agrícola.\nAssim, a mensuração dos ativos biológicos durante o período de crescimento, produção e procriação é o grande desafio a ser vencido pelo agronegócio.\nA legislação estabelece, como características básicas dentro da atividade agrícola, a capacidade de mudança, o gerenciamento de mudança e a mensuração da mudança.\nAinda de acordo com a legislação, o parâmetro que deverá ser utilizado para a mensuração dos ativos biológicos e do produto agrícola é o valor justo. VALOR JUSTO\nValor justo é uma proposta que nasceu com a busca por um sistema contábil universal e significa uma mudança do custo histórico, com o objetivo de demonstrar a informação mais adequada e relevante para a tomada de decisão. É o valor pelo qual um ativo pode ser negociado ou um passivo, liquidado.\nPara determinadas atividades, o emprego do conceito de valor justo e a mensuração com base no valor de mercado não têm grandes dificuldades, uma vez que seus ativos biológicos encontram-se em mercado ativo e é possível estipular o preço com mais facilidade.\nPortanto, caso exista mercado ativo para um ativo biológico ou produto agrícola, o preço cotado naquele mercado é a base adequada para estabelecer o seu valor justo.\nOutras atividades, porém, não possuem mercado ativo para seus ativos biológicos, logo, a mensuração do seu valor justo precisa ser desenvolvida com base em outros métodos de mensuração.\nQuando isso ocorre, a legislação recomenda que as empresas utilizem outras metodologias de mensuração para alcançar a melhor avaliação do valor justo, de modo a expressar o fundamento econômico desses ativos. PROPOSTA DE METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO 2.\n\nPROPOSTA DE METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO\n\nEmbora a aplicação de mensurações econômicas seja vasta e crescente nas normas internacionais, existe muita dificuldade de entendimento do conceito de valor justo.\n\nIsso acontece, principalmente, em razão da publicação da SFAS 157 (Standard 157 – Fair Value Measurements), em 2006, pelo Financial Accounting Standards Board, documento em que não fica definido qual o critério que deve ser adotado para a mensuração e o reconhecimento a valor justo. Outro indicador também utilizado para a mensuração é a taxa de juros livre de risco. Esta, apesar de fácil aplicação, não representa o fundamento econômico do valor do dinheiro no tempo nem apresenta a relação risco/retorno própria dos ativos biológicos.\n\nAssim, surge o seguinte questionamento: qual é o método conceitualmente mais adequado para se estipular o valor justo de um ativo biológico?\n\nEntenda mais sobre essa questão a seguir: MODELO DE FLUXO DE CAIXA DESCONTADO\n\nA IAS 41, assim como o CPC 29, permitem, na ausência de valor justo para mensuração de ativos com referência no valor de mercado, o emprego do fluxo de caixa descontado (FCD).\n\nO modelo de FCD estabelece que o valor de qualquer ação ou empresa é determinado pela quantidade que entra e que sai de caixa, descontados uma taxa apropriada, estabelecendo o valor de uma empresa pelo valor de suas operações.\n\nEle tem a finalidade de avaliar cada componente ou unidade de negócio que compõe o valor total da empresa. É uma metodologia para atender maiores dificuldades de avaliações de projetos.\n\nPode-se ainda acrescentar um valor terminal na avaliação de ativos ou de empresas, do qual significaria uma continuidade da empresa ou do ativo. Esse valor terminal pode ser mensurado por meio de abordagem de múltiplos, um valor de liquidez e modelo de crescimento estável.\n\nAssim, fracionando o ativo biológico em uma unidade de negócios dentro de uma empresa do agronegócio e tendo operação própria — manejo do rebanho ou lavoura —, o FCD se encarrega de realizar a mensuração de valor desse ativo. MODELO CAPM\n\nO modelo Capital Asset Pricing Model (CAPM) determina como precificar os ativos de uma economia, ou conhecer a taxa de retorno esperada para certo ativo.\n\nUma das principais características do CAPM é sua capacidade de conexão entre as taxas de retorno exigidas e o risco de uma maneira mais próximas das condições econômicas de mercado.\n\nA principal consideração para um gestor cujo maior objetivo é maximizar o preço da ação está no risco das ações da empresa, e o risco relevante para qualquer ativo físico deve ser avaliado em termos de efeito sobre o risco da ação, como visto pelos investidores.\n\nFazer uso da taxa de desconto com base no CAPM, no processo de avaliação a valor presente, é uma maneira de considerar o risco que os investidores atribuem às operações da empresa como um todo.\n\nEsse modelo geralmente é utilizado quando uma empresa se financeia somente por meio de seu próprio capital. MODELO WACC\n\nExistindo a possibilidade de a empresa se financiar por meio de diversas fontes de financiamentos, a taxa de desconto sugerida passa a ser o WACC, Weighted Average Capital Cost.\n\nO WACC, custo médio ponderado de capital, é uma taxa de desconto obtida dos passivos e do patrimônio líquido das empresas, usada para converter o fluxo de caixa livre futuro em valor presente determinado o valor do ativo biológico na data-base de avaliação para os investidores.\n\nUma das principais características do WACC é considerar a destinação dos recursos na avaliação do projeto, uma vez que pondera o retorno exigido dos acionistas e o retorno demandado pelos credores.\n\nO WACC não reflete o risco dos ativos, e, sim, o risco da empresa como um todo. A capacidade do ativo em gerar fluxos de caixa não está vinculada à capacidade total da empresa nem à estrutura de capital, como sugere o uso do WACC. APLICAÇÃO DO FDC PARA AVALIAR ATIVOS BIOLÓGICOS APLICAÇÃO DO FDC PARA AVALIAR ATIVOS BIOLÓGICOS\n\nRealizar uma avaliação precisa do valor justo de um ativo biológico passa por análises econômicas e agronômicas.\n\nNesse sentido, ao optar pelo FCD, um dos métodos descritos na seção anterior deste e-book, com ajustes em determinados parâmetros, pode-se avaliar, com mais exatidão e transparência, qualquer planta ou animal vivo, reproduzindo suas condições atuais de desenvolvimento. Saiba como: AJUSTES NA METODOLOGIA DO FLUXO DE CAIXA DESCONTADO\n\nA fim de avaliar os ativos biológicos a valor justo pelo método FCD, é possível fazer ajustes nos seguintes critérios:\n\n» receita;\n» custos;\n» depreciação e amortização;\n» tempo de projeção;\n» valor terminal;\n» taxa de desconto. RECEITA\n\nA receita é uma função da quantidade vendida e do preço de um bem ou serviço. Assim, é necessário ter no mínimo duas variáveis para a composição da receita.\n\nA primeira grande incerteza para o cálculo da receita deve-se à quantidade. Em muitos casos, o ser vivo ainda está em fase de desenvolvimento, sendo possível prever — mas não com exatidão — a quantidade de produto agrícola que o ativo biológico produzirá.\n\nPara os preços, é melhor utilizar os valores encontrados dos produtos agrícolas provenientes dos ativos biológicos, justamente por já serem estabelecidos a mercado e oriundos dos próprios ativos biológicos.\n\nPode-se justificar isso pela geração de caixa obtida pela venda dos produtos agrícolas produzidos por uma planta ou por um animal. CUSTOS\nO custo é o gasto financeiro necessário relativo à produção de bens e serviços. A medição, o monitoramento e o controle de custos são importantes para o gerenciamento da produção e a tomadas de decisões.\nNo caso da avaliação de ativos biológicos, o custo apropriado é o denominado custo de produção, referente à planta ou ao animal que será avaliado, o qual se subdivide em fixo e variável. DEPRECIAÇÃO E AMORTIZAÇÃO\nA depreciação é referente a elementos tangíveis (bens móveis e imóveis). Já a amortização refere-se a bens intangíveis (patentes e marcas).\nImplantando essas definições na agricultura, tem-se que a depreciação é utilizada para benfeitorias e maquinários, enquanto a amortização, seja por exaustão ou não, é o procedimento correto para os recursos naturais, ou seja, os ativos biológicos.\nTEMPO DE PROJEÇÃO\nO horizonte de projeção do fluxo de caixa é fundamental, pois a metodologia do FDC considera o valor do dinheiro no tempo.\nOs princípios usados nos períodos de projeção para a agricultura são semelhantes. Isso ocorre, porque o período de projeção utilizado diz respeito ao ciclo de vida de uma empresa ou projeto.\nAssim acontece com as plantas e os animais, pois, nesses casos, os fluxos de caixa são relativos ao ciclo de vida desses ativos desde o plantio até a colheita (senescência). VALOR TERMINAL\nA perpetuidade, também conhecida como valor terminal, é considerada como um fechamento na projeção dos fluxos de caixa, uma vez que não é possível estimar os fluxos para sempre.\nNa avaliação de plantas e animais pelo método FCD, geralmente, as empresas não adotam a perpetuidade, pois a colheita e o abate encerram o ciclo de vida, não permitindo a continuidade.\nNo caso dos ativos biológicos, a perpetuidade pode ser considerada em duas ocasiões:\n» quando se tem uma cultura perene de longa vida (como é o caso de vinhedos);\n» quando se tem matrizes de animais (como é o caso de reprodutores).\nEm ambos os quadros, a utilização da perpetuidade é possível, pois há uma continuidade de produção do ativo, não limitada à cessação da vida (colheita ou abate) e que, em determinados casos, pode perdurar por mais de um século. TAXA DE DESCONTO\nÉ o valor do dinheiro no tempo, utilizado na conversão dos fluxos de caixa futuros a valor presente.\nA taxa de desconto adequada para uso na avaliação dos ativos biológicos segue uma lógica, a depender do modelo utilizado:\n» fluxo de caixa para a empresa: o ideal é o custo modelo WACC;\n» fluxo de caixa para o acionista: a taxa deve ser o custo do capital próprio. CONCLUSÃO CONCLUSÃO\nComo vimos neste e-book, ainda existem muitas discussões no Brasil sobre a melhor metodologia a ser utilizada para a mensuração do valor justo dos ativos biológicos.\nContudo, fazendo uso da metodologia do fluxo de caixa descontado, ou FDC, e realizando alguns ajustes — formação da receita, composição do custo, cálculo da depreciação e amortização, tempo de projeção, valor terminal e taxa de desconto —, pode-se chegar a uma metodologia de avaliação de ativos biológicos que respeita as normas CPC 29 e IAS 41. O QUE ACHA DE APRENDER AGORA SOBRE CONTABILIDADE, TRIBUTOS E FINANÇAS?\nAPROVEITE E CONHEÇA NOSSOS CURSOS EAD - A DISTÂNCIA.\nQUERO CONHECER\nBLB\nESCOLA de NEGÓCIOS A BLB Brasil Escola de Negócios foi fundada em 2015 pela BLB Brasil Auditores e Consultores com o objetivo de proporcionar aprendizado prático e experiências transformadoras, potencializando executivos e empresas para as oportunidades no universo dos negócios.\nOferece cursos nas áreas de Contabilidade, Tributos, Finanças, Gestão e Liderança e dentre as modalidades de cursos oferecidos, ganha destaque o eLearning, que segue a tendência mundial de estudos a distância, metodologia pela qual é possível administrar tempo, aprendizado e mobilidade individualmente.\nTem como diferencial a metodologia de ensino “Experience Learning”, método de aprendizado que valoriza o conhecimento empírico, por meio de ferramentas em que o aluno não só estuda o que deve ser feito, e sim aprende com a prática sobre o universo dos negócios.\nA BLB Brasil Escola de Negócios faz parte do seleto grupo de instituições credenciadas pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC) como capacitadora do Programa de Educação Profissional Continuada (PEPC).\nAgora você tem tudo o que precisa para crescer! Não perca a chance de fazer um curso na escola que tem como diferencial a metodologia de ensino “Experience Learning”. Aprenda com os melhores e impulsione sua carreira. AVISOS LEGAIS\nEsta apresentação foi escrita e preparada em termos gerais, portanto, não deve ser utilizada para cobrir situações específicas.\nA aplicação dos princípios apresentados depende das circunstâncias particulares envolvidas. Recomendamos que assistência profissional seja obtida antes da decisão de adotar ou não uma ação devido a qualquer dos conteúdos desta apresentação.\nA BLB Brasil Escola de Negócios, por meio de sua consultoria ligada a BLB Brasil Auditores e Consultores, terá o prazer de assessorar os leitores sobre a aplicação dos princípios apresentados neste documento em suas circunstâncias específicas; e não será responsável por nenhuma reivindicação, passivo ou despesa ocasionada a qualquer pessoa que decidir adotar ou não uma ação devido ao conteúdo aqui descrito.\nTodos os direitos são reservados, nenhuma parte desse eBook poderá ser reproduzida ou alterada de qualquer forma sem o consentimento prévio dos autores. Esse conteúdo não poderá ser comercializado.
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E nesse cenário, foram incluídas as empresas do agronegócio, por apresentarem significativa importância para a economia do País.\n\nO International Accounting Standard 41 (IAS) foi o responsável por introduzir, no meio contábil internacional, os métodos necessários para a exata contabilização dos ativos biológicos.\n\nSeguidamente, o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) emitiu o CPC 29, baseando-se no IAS 41. O procedimento define que os ativos biológicos devem ser mensurados a valor justo (fair value), desde que possam ser avaliados confiavelmente.\n\nSabendo disso, não deixe de ler todo o nosso e-book, um guia completo sobre ativos biológicos que preparamos para você ficar a par da legislação contábil. Acompanhe! 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ATIVO BIOLÓGICO\nConforme define o CPC 29, ativos biológicos são seres vivos (plantas e animais, que nascem, crescem e morrem), que, após o processo de colheita, tornam-se produtos agrícolas. Ou seja, as produções que estão no centro do agronegócio — de árvores e culturas variadas a rebanhos e matrizes animais reprodutoras — são chamadas, na contabilidade, de ativos biológicos.\n\nPor exemplo, as árvores destinadas ao fornecimento de madeira, enquanto estão plantadas, são tidas como ativos biológicos. Após o corte, tornam-se produtos agrícolas e, depois, passam por um processo que resulta em materiais como a madeira serrada.\n\nOutro exemplo é o da cana-de-açúcar, que, enquanto está plantada, também é considerada como ativo biológico. Depois da colheita, ganha forma de produto agrícola (cana colhida) e, depois do processamento, torna-se açúcar. CPC 29 (IAS 41)\nEsse pronunciamento, emitido pelo CPC, em 2009, tem base no IAS 41. O procedimento técnico foi emitido após a promulgação da Lei nº 11.638/07.\n\nEle trata da mensuração dos ativos biológicos e de produtos agrícolas relacionados ao Agronegócio e à Contabilidade Rural, prevendo o conceito de valor justo, trazendo modificações para a realização das avaliações contábeis e visando mais transparência. MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DOS ATIVOS BIOLÓGICOS\nAinda estão acontecendo, no Brasil, relevantes discussões quanto à mensuração a valor justo, principalmente, quando se trata de ativos biológicos.\nEssa avaliação, ou seja, o gerenciamento da transformação biológica de animais e/ou plantas vivos para a venda, constituiu-se como uma questão essencial para as empresas brasileiras que atuam no segmento agrícola.\nAssim, a mensuração dos ativos biológicos durante o período de crescimento, produção e procriação é o grande desafio a ser vencido pelo agronegócio.\nA legislação estabelece, como características básicas dentro da atividade agrícola, a capacidade de mudança, o gerenciamento de mudança e a mensuração da mudança.\nAinda de acordo com a legislação, o parâmetro que deverá ser utilizado para a mensuração dos ativos biológicos e do produto agrícola é o valor justo. VALOR JUSTO\nValor justo é uma proposta que nasceu com a busca por um sistema contábil universal e significa uma mudança do custo histórico, com o objetivo de demonstrar a informação mais adequada e relevante para a tomada de decisão. É o valor pelo qual um ativo pode ser negociado ou um passivo, liquidado.\nPara determinadas atividades, o emprego do conceito de valor justo e a mensuração com base no valor de mercado não têm grandes dificuldades, uma vez que seus ativos biológicos encontram-se em mercado ativo e é possível estipular o preço com mais facilidade.\nPortanto, caso exista mercado ativo para um ativo biológico ou produto agrícola, o preço cotado naquele mercado é a base adequada para estabelecer o seu valor justo.\nOutras atividades, porém, não possuem mercado ativo para seus ativos biológicos, logo, a mensuração do seu valor justo precisa ser desenvolvida com base em outros métodos de mensuração.\nQuando isso ocorre, a legislação recomenda que as empresas utilizem outras metodologias de mensuração para alcançar a melhor avaliação do valor justo, de modo a expressar o fundamento econômico desses ativos. PROPOSTA DE METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO 2.\n\nPROPOSTA DE METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO\n\nEmbora a aplicação de mensurações econômicas seja vasta e crescente nas normas internacionais, existe muita dificuldade de entendimento do conceito de valor justo.\n\nIsso acontece, principalmente, em razão da publicação da SFAS 157 (Standard 157 – Fair Value Measurements), em 2006, pelo Financial Accounting Standards Board, documento em que não fica definido qual o critério que deve ser adotado para a mensuração e o reconhecimento a valor justo. Outro indicador também utilizado para a mensuração é a taxa de juros livre de risco. Esta, apesar de fácil aplicação, não representa o fundamento econômico do valor do dinheiro no tempo nem apresenta a relação risco/retorno própria dos ativos biológicos.\n\nAssim, surge o seguinte questionamento: qual é o método conceitualmente mais adequado para se estipular o valor justo de um ativo biológico?\n\nEntenda mais sobre essa questão a seguir: MODELO DE FLUXO DE CAIXA DESCONTADO\n\nA IAS 41, assim como o CPC 29, permitem, na ausência de valor justo para mensuração de ativos com referência no valor de mercado, o emprego do fluxo de caixa descontado (FCD).\n\nO modelo de FCD estabelece que o valor de qualquer ação ou empresa é determinado pela quantidade que entra e que sai de caixa, descontados uma taxa apropriada, estabelecendo o valor de uma empresa pelo valor de suas operações.\n\nEle tem a finalidade de avaliar cada componente ou unidade de negócio que compõe o valor total da empresa. É uma metodologia para atender maiores dificuldades de avaliações de projetos.\n\nPode-se ainda acrescentar um valor terminal na avaliação de ativos ou de empresas, do qual significaria uma continuidade da empresa ou do ativo. Esse valor terminal pode ser mensurado por meio de abordagem de múltiplos, um valor de liquidez e modelo de crescimento estável.\n\nAssim, fracionando o ativo biológico em uma unidade de negócios dentro de uma empresa do agronegócio e tendo operação própria — manejo do rebanho ou lavoura —, o FCD se encarrega de realizar a mensuração de valor desse ativo. MODELO CAPM\n\nO modelo Capital Asset Pricing Model (CAPM) determina como precificar os ativos de uma economia, ou conhecer a taxa de retorno esperada para certo ativo.\n\nUma das principais características do CAPM é sua capacidade de conexão entre as taxas de retorno exigidas e o risco de uma maneira mais próximas das condições econômicas de mercado.\n\nA principal consideração para um gestor cujo maior objetivo é maximizar o preço da ação está no risco das ações da empresa, e o risco relevante para qualquer ativo físico deve ser avaliado em termos de efeito sobre o risco da ação, como visto pelos investidores.\n\nFazer uso da taxa de desconto com base no CAPM, no processo de avaliação a valor presente, é uma maneira de considerar o risco que os investidores atribuem às operações da empresa como um todo.\n\nEsse modelo geralmente é utilizado quando uma empresa se financeia somente por meio de seu próprio capital. MODELO WACC\n\nExistindo a possibilidade de a empresa se financiar por meio de diversas fontes de financiamentos, a taxa de desconto sugerida passa a ser o WACC, Weighted Average Capital Cost.\n\nO WACC, custo médio ponderado de capital, é uma taxa de desconto obtida dos passivos e do patrimônio líquido das empresas, usada para converter o fluxo de caixa livre futuro em valor presente determinado o valor do ativo biológico na data-base de avaliação para os investidores.\n\nUma das principais características do WACC é considerar a destinação dos recursos na avaliação do projeto, uma vez que pondera o retorno exigido dos acionistas e o retorno demandado pelos credores.\n\nO WACC não reflete o risco dos ativos, e, sim, o risco da empresa como um todo. A capacidade do ativo em gerar fluxos de caixa não está vinculada à capacidade total da empresa nem à estrutura de capital, como sugere o uso do WACC. APLICAÇÃO DO FDC PARA AVALIAR ATIVOS BIOLÓGICOS APLICAÇÃO DO FDC PARA AVALIAR ATIVOS BIOLÓGICOS\n\nRealizar uma avaliação precisa do valor justo de um ativo biológico passa por análises econômicas e agronômicas.\n\nNesse sentido, ao optar pelo FCD, um dos métodos descritos na seção anterior deste e-book, com ajustes em determinados parâmetros, pode-se avaliar, com mais exatidão e transparência, qualquer planta ou animal vivo, reproduzindo suas condições atuais de desenvolvimento. Saiba como: AJUSTES NA METODOLOGIA DO FLUXO DE CAIXA DESCONTADO\n\nA fim de avaliar os ativos biológicos a valor justo pelo método FCD, é possível fazer ajustes nos seguintes critérios:\n\n» receita;\n» custos;\n» depreciação e amortização;\n» tempo de projeção;\n» valor terminal;\n» taxa de desconto. RECEITA\n\nA receita é uma função da quantidade vendida e do preço de um bem ou serviço. Assim, é necessário ter no mínimo duas variáveis para a composição da receita.\n\nA primeira grande incerteza para o cálculo da receita deve-se à quantidade. Em muitos casos, o ser vivo ainda está em fase de desenvolvimento, sendo possível prever — mas não com exatidão — a quantidade de produto agrícola que o ativo biológico produzirá.\n\nPara os preços, é melhor utilizar os valores encontrados dos produtos agrícolas provenientes dos ativos biológicos, justamente por já serem estabelecidos a mercado e oriundos dos próprios ativos biológicos.\n\nPode-se justificar isso pela geração de caixa obtida pela venda dos produtos agrícolas produzidos por uma planta ou por um animal. CUSTOS\nO custo é o gasto financeiro necessário relativo à produção de bens e serviços. A medição, o monitoramento e o controle de custos são importantes para o gerenciamento da produção e a tomadas de decisões.\nNo caso da avaliação de ativos biológicos, o custo apropriado é o denominado custo de produção, referente à planta ou ao animal que será avaliado, o qual se subdivide em fixo e variável. DEPRECIAÇÃO E AMORTIZAÇÃO\nA depreciação é referente a elementos tangíveis (bens móveis e imóveis). Já a amortização refere-se a bens intangíveis (patentes e marcas).\nImplantando essas definições na agricultura, tem-se que a depreciação é utilizada para benfeitorias e maquinários, enquanto a amortização, seja por exaustão ou não, é o procedimento correto para os recursos naturais, ou seja, os ativos biológicos.\nTEMPO DE PROJEÇÃO\nO horizonte de projeção do fluxo de caixa é fundamental, pois a metodologia do FDC considera o valor do dinheiro no tempo.\nOs princípios usados nos períodos de projeção para a agricultura são semelhantes. Isso ocorre, porque o período de projeção utilizado diz respeito ao ciclo de vida de uma empresa ou projeto.\nAssim acontece com as plantas e os animais, pois, nesses casos, os fluxos de caixa são relativos ao ciclo de vida desses ativos desde o plantio até a colheita (senescência). VALOR TERMINAL\nA perpetuidade, também conhecida como valor terminal, é considerada como um fechamento na projeção dos fluxos de caixa, uma vez que não é possível estimar os fluxos para sempre.\nNa avaliação de plantas e animais pelo método FCD, geralmente, as empresas não adotam a perpetuidade, pois a colheita e o abate encerram o ciclo de vida, não permitindo a continuidade.\nNo caso dos ativos biológicos, a perpetuidade pode ser considerada em duas ocasiões:\n» quando se tem uma cultura perene de longa vida (como é o caso de vinhedos);\n» quando se tem matrizes de animais (como é o caso de reprodutores).\nEm ambos os quadros, a utilização da perpetuidade é possível, pois há uma continuidade de produção do ativo, não limitada à cessação da vida (colheita ou abate) e que, em determinados casos, pode perdurar por mais de um século. TAXA DE DESCONTO\nÉ o valor do dinheiro no tempo, utilizado na conversão dos fluxos de caixa futuros a valor presente.\nA taxa de desconto adequada para uso na avaliação dos ativos biológicos segue uma lógica, a depender do modelo utilizado:\n» fluxo de caixa para a empresa: o ideal é o custo modelo WACC;\n» fluxo de caixa para o acionista: a taxa deve ser o custo do capital próprio. CONCLUSÃO CONCLUSÃO\nComo vimos neste e-book, ainda existem muitas discussões no Brasil sobre a melhor metodologia a ser utilizada para a mensuração do valor justo dos ativos biológicos.\nContudo, fazendo uso da metodologia do fluxo de caixa descontado, ou FDC, e realizando alguns ajustes — formação da receita, composição do custo, cálculo da depreciação e amortização, tempo de projeção, valor terminal e taxa de desconto —, pode-se chegar a uma metodologia de avaliação de ativos biológicos que respeita as normas CPC 29 e IAS 41. O QUE ACHA DE APRENDER AGORA SOBRE CONTABILIDADE, TRIBUTOS E FINANÇAS?\nAPROVEITE E CONHEÇA NOSSOS CURSOS EAD - A DISTÂNCIA.\nQUERO CONHECER\nBLB\nESCOLA de NEGÓCIOS A BLB Brasil Escola de Negócios foi fundada em 2015 pela BLB Brasil Auditores e Consultores com o objetivo de proporcionar aprendizado prático e experiências transformadoras, potencializando executivos e empresas para as oportunidades no universo dos negócios.\nOferece cursos nas áreas de Contabilidade, Tributos, Finanças, Gestão e Liderança e dentre as modalidades de cursos oferecidos, ganha destaque o eLearning, que segue a tendência mundial de estudos a distância, metodologia pela qual é possível administrar tempo, aprendizado e mobilidade individualmente.\nTem como diferencial a metodologia de ensino “Experience Learning”, método de aprendizado que valoriza o conhecimento empírico, por meio de ferramentas em que o aluno não só estuda o que deve ser feito, e sim aprende com a prática sobre o universo dos negócios.\nA BLB Brasil Escola de Negócios faz parte do seleto grupo de instituições credenciadas pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC) como capacitadora do Programa de Educação Profissional Continuada (PEPC).\nAgora você tem tudo o que precisa para crescer! Não perca a chance de fazer um curso na escola que tem como diferencial a metodologia de ensino “Experience Learning”. Aprenda com os melhores e impulsione sua carreira. AVISOS LEGAIS\nEsta apresentação foi escrita e preparada em termos gerais, portanto, não deve ser utilizada para cobrir situações específicas.\nA aplicação dos princípios apresentados depende das circunstâncias particulares envolvidas. Recomendamos que assistência profissional seja obtida antes da decisão de adotar ou não uma ação devido a qualquer dos conteúdos desta apresentação.\nA BLB Brasil Escola de Negócios, por meio de sua consultoria ligada a BLB Brasil Auditores e Consultores, terá o prazer de assessorar os leitores sobre a aplicação dos princípios apresentados neste documento em suas circunstâncias específicas; e não será responsável por nenhuma reivindicação, passivo ou despesa ocasionada a qualquer pessoa que decidir adotar ou não uma ação devido ao conteúdo aqui descrito.\nTodos os direitos são reservados, nenhuma parte desse eBook poderá ser reproduzida ou alterada de qualquer forma sem o consentimento prévio dos autores. Esse conteúdo não poderá ser comercializado.