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Bioquímica

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e PUC GO vs Recebido fevereiro 2017 Aceito junho 2019 Publicado setembro 2019 Autor correspondente claysonmourayahoocombr ISSN 1983781X Este artigo está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição Sem Derivações 40 CC BYNCND Goiânia v 46 5364 2019 53 Adipocinas e sua relação com a obesidade Adipokines and its relation with obesity Nágila Isleide da Silva1 Hermínio Maurício da Rocha Sobrinho2 Graziela Torres Blanch3 Wilson de Melo Cruvinel4 Clayson Moura Gomes5 12345 Escola de Ciências Médicas Farmacêuticas e Biomédicas Pontifícia Universidade Católica de Goiás Avenida Universitária 1440 Setor Universitário GoiâniaGO CEP 74605010 DOI 1018224evsv46i17179 Resumo a obesidade comumente é associada com outras doenças como hipertensão arterial diabetes mellitus tipo II cardiovasculares e inflamação crônica Estudos demonstram o tecido adiposo TA como um órgão endócrino capaz de influenciar a homeostase energética e hemodinâmica além de ter papel importante na resposta inflamatória O termo adipocina é utilizado para nomear peptídeos bioativos sintetizados e secretados por adipócitos O interesse em estudar essas proteínas teve início com a descoberta da leptina e suas diversas funções hoje já sabemos que o TA secreta ou tros hormônios proteínas de fase aguda quimiocinas fatores hemostáticos e hemodinâmicos e fatores de crescimento Este trabalho teve por objetivo estudar os principais grupos de adipocinas visando uma maior compreensão de seus mecanismos de ação das finalidades e influências no desenvolvimento da obesidade e estado de inflamação crônica Foi observado que essas adipocinas em desequilíbrio promovem impacto em diversas funções corporais alterando a ingesta alimentar sensibilidade à insulina resposta imune angiogênese pressão arterial metabolismo lipídico e balanço energético Dessa maneira se faz necessária uma compreensão dos efeitos do tratamento como atividade física nutrição aspecto psicológico e clínica sobre o controle hormonal e de citocinas a fim de se desenvolver terapias mais eficazes diminuindo as complicações da obesidade Palavraschave Adipocinas Leptina Adiponectina Resistina Obesidade Abstract the obesity is commonly associated with other diseases such as hypertension diabetes mellitus type II car diovascular and chronic inflammation Studies revealed adipose tissue AT as an endocrine organ capable of influencing the energy and hemodynamic homeostasis and play an important role in the inflammatory response The adipokine term is used to name bioactive peptides synthesized and secreted by adipocytes The interest in studying these proteins began with the discovery of leptin and its various functions today we know that the TA secret other hormones acute phase proteins chemokines hemostatic and hemodynamic factors and growth factors This study aims to investigate the major adipokines groups seeking a greater understanding of their mechanisms of action its purposes and influences the deve lopment of obesity and chronic state of inflammation It was observed that these imbalance adipokines have a impact on several body functions altering dietary intake insulin sensitivity immune response angiogenesis blood pressure lipid metabolism and energy Thus a understanding of the effects of treatment such as physical activity nutrition psycholo gical and clinical aspects on hormonal and cytokine control is necessary in order to develop more effective therapies reducing the complications of obesity Keywords Adipokines Leptin Adiponectin Resistin Obesity Goiâniav 46 5364 2019 Silva N I de et al Adipocina e sua relação com a obesidade 54 Introdução A obesidade consiste em uma doença caracteri zada pela complexidade e abrange tanto fatores socio econômicos como psicológicos contemplando todas as faixas etárias Esta síndrome pode ser causada por fatores isolados ou associados incluindo os de ori gem genética fisiológica metabólica e ambiental Em 2016 39 da população adulta definido por pessoas com idade igual ou superior a 18 anos estava acima do peso A Organização Mundial da Saúde OMS define o sobrepeso e a obesidade como um acúmulo excessivo de gordura corporal e os classifica a partir do Índice de Massa Corpórea IMC onde os valores entre 250 e 299 são considerados sobrepeso e acima de 300 se enquadram como obesidade 12 A obesidade comumente é associada com outras doenças tais como hipertensão arterial diabetes melli tus DM tipo II doenças cardiovasculares e estado de inflamação crônica Desde 1980 até o ano de 2014 a população mundial caracterizada como obesa quase dobrou em número nos países industrializados 34 Estudos demonstram o TA como um órgão en dócrino capaz de influenciar a homeostase energética e hemodinâmica além de ter papel importante na respos ta inflamatória Estes fatos têm despertado a atenção de pesquisadores em compreender como o corpo humano reage com o ganho de peso 5 O presente artigo visa relacionar o papel das adipocinas na obesidade com suas funções endócrinas e inflamatórias e efeitos sistemáticos em algumas das principais doenças metabólicas Materiais e métodos Neste estudo foi realizada uma revisão da li teratura utilizando como instrumento de pesquisa artigos livros e publicações científicas nacionais e internacionais no que concerne à temática da relação entre as principais adipocinas leptina adiponectina resistina grelina ASP PAI I TNF α IL 6 pro teína C reativa etc A pesquisa utilizou as principais bases de dados como Medline Periódico da Capes Scielo e PubMed com os termos de indexação leptina adiponectina resistina grelina ASP PAI I TNF α IL 6 proteína C reativa obesidade adipócitos e adipocinas Nosso estudo propôs o desenvolvimento de figuras esquemáticas para melhor compreensão do leitor 1 Características do tecido adiposo Formado principalmente por adipócitos o TA constituise também de matriz de tecido conjuntivo fibroblastos estroma vascular fibras nervosas células da imunidade inata e pré adipócitos Nos mamíferos o TA pode ser dividido em dois tipos tecido adiposo branco TAB ou tecido unilocular e tecido adiposo marrom TAM ou tecido multilocular Sendo que o TAB é responsável por estocar energia em forma de triglicerídes TG em uma única grande gota lipídica que abrange cerca de 85 do total da célula estando presente em maior quantidade e de forma difusa por todo o organismo envolvendo ou até mesmo infiltran dose por quase toda extensão subcutânea por órgãos e vísceras ocas Enquanto que o TAM está ligado a regu lação da temperatura corporal presente principalmente em fetos e recémnascidos estando quase ausente em adultos Figura 1 Dentre as diversas atribuições do TA existe também a função endócrina onde o termo adipocina é utilizado para nomear peptídeos bioativos sintetizados e secretados por este tecido O interesse em estudar essas proteínas teve início com a descoberta da leptina LEP e suas diversas funções hoje já sabemos que o TA secreta outros hormônios proteínas de fase aguda citocinas quimiocinas fatores hemostáticos e hemodinâmicos e até mesmo fatores de crescimento 6 2 Proteínas envolvidas no balanço energético 21 Leptina LEP A leptina é um hormônio composto por 167 aminoácidos produzido principalmente pelo TAB Os níveis de LEP circulantes no sangue estão positiva mente ligados ao valor do IMC Seu pico de secreção acontece durante a noite e às primeiras horas da manhã com meia vida plasmática de meia hora e aumentos transitórios durante a refeição do indivíduo A LEP está associada com o sinal de saciedade 7 A sequência primária de aminoácidos dos receptores da LEP indica semelhança e pode pertencer a família de cadeia lon ga de citocinas helicoidais tais como a interleucina 2 IL 2 interleucina 12 IL12 e fator estimulador de Goiânia v 46 5364 2019 Silva N I de et al Adipocina e sua relação com a obesidade 55 colônias de granulócitos GCSF isso justifica a forte relação entre a leptina e a resposta inflamatória 8 É possível observar deficiência de LEP em hu manos em algumas situações como lipodistrofias ame norreia hipotalâmica anorexia nervosa e deficiência congênita de LEP A consequência dessa ausência ou produção insuficiente de LEP acarreta em resistência à insulina hiperglicemia dislipidemia e distúrbios en dócrinos Figura 1 Características histológicas do tecido adiposo unilocular e multilocular 1 Vaso sanguíneo possui função de nutrir o tecido adiposo 2 Tecido conjuntivo possui função de suporte estrutural para o tecido adiposo 3 Adipócito multilocular ligado a regulação da temperatura corporal atinge cerca de 60 μm de diâmetro presente principalmente em fetos e recémnascidos estando quase ausente em adultos caracterizase pela presença de inúmeras gotículas lipídicas dispersas no citoplasma em diversos tamanhos sendo o citoplasma relativamente abundante núcleo ligeiramente esférico 4 Adipócito unilocular possui um diâmetro médio de 90100 μm responsável por estocar energia em forma de TG em uma única grande gota lipídica que abrange cerca de 85 do total da célula deslocando o núcleo citoplasma e demais organelas para a periferia celular Goiâniav 46 5364 2019 Silva N I de et al Adipocina e sua relação com a obesidade 56 Uma forma de LEP sintética já está sendo usada em humanos entretanto esta terapêutica em indivíduos que já possuem essa proteína de forma endógena pa rece não ser significativamente eficaz isso se justifica pela provável resistência as ações da LEP que possivel mente estariam presentes 9 22 Adiponectina ADP A adiponectina ADP foi descrita primeira mente em 1995 tratandose de uma proteína compos ta por 244 aminoácidos sendo produzida e secretada exclusivamente pelos adipócitos Uma característica importante dessa adipocina é que ela está presente no plasma vinte vezes mais que a LEP representando cer ca de 001 das proteínas plasmáticas totais em adul tos sadios Geralmente é encontrada em níveis maiores em mulheres do que em homens Acreditase que essa diferença se dá pela influência do estrogênio na produ ção da ADP Os mecanismos envolvidos na regulação da ADP pelo estrogênio ainda não estão claros 10 Existe uma correlação inversa entre os níveis desse hormônio e o risco em desenvolver obesidade resistência à insulina doenças cardiovasculares e esta do inflamatório atribuindo a ADP como fator de pro teção contra essas doenças De forma oposta à maioria das adipocinas a ADP se encontra em níveis diminuí dos em indivíduos obesos 11 A ADP tem a função de regular a expressão de citocinas induzindo a produção de IL10 IL1 e inibin do TNFα tendo portanto um efeito antiinflamatório que contribui para a proteção contra os efeitos do es tresse na doença metabólica e na obesidade 12 Um estudo conduzido com adultos chineses re afirma que a obesidade se torna um fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares e que a ADP encontrase em teores baixos no plasma destes indivíduos 13 23 Resistina RES A resistina é secretada principalmente por adi pócitos sendo a gordura visceral do TAB a maior fonte secretora podendo essa liberação ser até 15 vezes maior do que a liberada pela gordura subcutâ nea 14 A denominação decorre do fato de ocasionar resistência à ação da insulina A RES é encontrada em altos níveis em obe sos sendo considerada uma molécula pró inflamató ria e que está relacionada a complicações do diabetes estando envolvida também na proliferação dos adipó citos e angiogênese Esse peptídeo está envolvido no processo inflamatório por ser um forte regulador de IL6 e TNFα induzindo a secreção dessas citocinas provavelmente pela ativação do fator nuclear kappa B NFkB O aumento de sua secreção a priori parece ser influenciado diretamente pela insulina bem como com o aumento da idade do indivíduo 15 Um estudo recente demonstrou que o aumento dos níveis plasmáticos de RES agrava as alterações encontradas em doenças hepáticas gordurosas não alcóolicas e que também desempenha um papel im portante na patogênese da resistência à insulina no próprio fígado 16 24 Visfatina A visfatina é produzida principalmente pelo te cido adiposo visceral sendo que sua expressão parece ser regulada por citocinas que aumentam a sensibilida de insulínica como IL1β TNFα e IL6 17 Essa proteína tem papel na resposta inflama tória de forma inibindo a apoptose de polimorfos nu cleares modulando a expressão de metaloproteinases em monócitos pela ativação de NFkB e também é im portante na regulação da glicemia pois tratase de um insulinomimético capaz de emitir comandos de sinali zação celular Observouse também que a visfatina aumenta o depósito de gordura visceral estimulando a síntese de TG e o acúmulo de pré adipócitos e pode estar relacio nada a síndrome metabólica portanto possui efeitos pleiotrópicos de modo que aumenta a sensibilidade in sulínica porém contribui para a obesidade 18 Um estudo de 2017 relacionou o aumento dos níveis plasmáticos de visfatina com a aterosclerose e DM2 sugerindo que esta adipocina está diretamente li gada a patogênese destas complicações da obesidade 19 3 Fator Adipocitário Induzido pelo Jejum FIAF O fator adipocitário induzido pelo jejum FIAF é produzido por células do intestino fígado e tecido adiposo agindo na inibição da lipoproteína li Goiânia v 46 5364 2019 Silva N I de et al Adipocina e sua relação com a obesidade 57 pase LPL enzima essa que tem função de hidrolisar TG em ácidos graxos e glicerol o FIAF possui pa pel importante na adiposidade 20 O FIAF também foi associado a níveis baixos de glicose sanguínea além de possuir papéis na angiogênese foi proposto que essa proteína é capaz de inibir a apoptose de células endoteliais 21 31 Adipsina Fator D A adipsina fator D é uma proteína pertencente a via alternativa do sistema complemento o que atribui a mesma uma função pró inflamatória sendo secreta da principalmente pelo tecido adiposo é essencial na formação da ASP proteína estimulante da ascilação Os níveis dessa proteína encontramse aumentados no tecido subcutâneo o que indica que a sua produção e secreção se dá em maior quantidade nesse tecido do que no tecido visceral Estímulos imunológicos e infla matórios são capazes de induzir a secreção de adipsina e esse aumento também está presente em condições de obesidade 22 32 Proteína Estimulante da Ascilação ASP A ASP é produzida pelo TA a partir de 3 proteínas da via alternativa do complemento C3 adipsina e fator B que interagem extracelularmente para produzila Esta proteína por sua vez aumenta a esterificação de ácidos graxos em glicerol promovendo a síntese de TG bem como o transporte de glicose nos adipócitos aumentando assim o armazenamento de gordura total Sendo portanto associada a obesidade diabetes e doença cardiovascular DCV 23 Afirma se também que ausência de ASP resulta em uma diminuição do TA associada à diminuição de TG e de massa corporal 24 4 Fatores Hemostáticos e Hemodinâmicos 41 Omentina A omentina é secretada principalmente pelo teci do adiposo visceral Esta proteína possui diversos papéis fisiológicos sendo associada a vasodilatação regulação dos níveis plasmáticos de insulina e inibição da resposta inflamatória vascular induzida por TNFα 25 Observouse uma relação inversa entre essa proteína com obesidade e resistência insulínica o que confere a ela um fator de proteção a esses estados clínicos Tem sido proposto que a omentina poderia ser um marcador ainda melhor do que ADP para desenvolvimento de doenças coronarianas estando diminuída no plasma sanguíneo nessa condição patológica o mesmo ocorre para o diabetes e o desenvol vimento de resistência à insulina 26 42 Apelina APLN A apelina parece estar envolvida na proliferação de células endotelias e também possui influência na pressão arterial com efeito vasoconstrictor exercendo ação sobre a glicemia de forma que aumenta a secreção de insulina e a absorção de glicose pelo tecido adiposo e músculo esquelético possuindo portanto relação tam bém com o controle do estoque energético 27 42 Inibidor do Ativador de PlasminogênioI PAII Atribui se ao PAII a função primordial de inibi dor fisiológico da fibrinólise na medida em que possui a capacidade de inibir o precursor da plasmina cuja ação no processo de rompimento das redes de fibrina evita a formação de trombos 28 A deficiência do sistema de fibrinólise faz parte das complicações vasculares na obe sidade No indivíduo obeso a principal fonte de PAII é o TAB destacandose o visceral Um estudo comprova que a síntese de PAII no tecido adiposo é estimulada pela insulina e por TNFα o que ocasiona o aumento de PAII em sujeitos obesos e resistentes a insulina Portan to o PAII promove a formação de trombos e ruptura das placas aterogênicas instáveis em sujeitos obesos oca sionando as principais e mais graves complicações da obesidade O adipócito pode induzir também a produção de fator tecidual responsável por converter protrombi na em trombina o que também promove a formação de trombos 29 43 Angiotensinogênio AGT O angiotensinogênio AGT secretado princi palmente pelo fígado pode ser secretado também pelo TA levando a ativação do clássico sistema reninaan giotensinaaldosterona portanto causando um aumen to da pressão arterial comumente observado na obesi Goiâniav 46 5364 2019 Silva N I de et al Adipocina e sua relação com a obesidade 58 53 Monobutirina A monobutirina é um lipídeo simples com pro priedades angiogênicas que é secretado por adipócitos no processo de diferenciação de pré adipócitos em adi pócitos maduros e em condição de lipólise A mono butirina também tem sido associada a um aumento da vasodilatação e neoformação vascular 34 6 Fatores Associados à Resposta Imune 61 Fator de Necrose Tumoral Alfa TNFα O TNFα é uma citocina que compõe a respos ta imune inata normalmente secretado por monócitos macrófagos linfócitos T e B células NK e por neutró filos podendo também ser secretado pelo tecido adi poso Essa citocina possui um amplo efeito incluindo a indução de apoptose citotoxicidade ativação e dife renciação dos monócitos aumento da atividade parasi ticida e bactericida dos macrófagos além de favorecer a migração leucocitária a partir do aumento de molécu las de adesão 35 Enquanto adipocina primeiramente foi asso ciada a resistência à insulina sendo que sua produção é influenciada positivamente por TG e ácidos graxos A ausência de expressão de TNF α tem efeito protetor quanto ao desenvolvimento de resistência insulínica em estudo realizado em murinos 36 Um estudo recente associou obesidade hiper tensão e TNF α concluindo que essa proteína próin flamatória estava em maior concentração no plasma de mulheres hipertensas e obesas do que em mulheres que eram apenas hipertensas 37 62 Interleucina6 IL6 A interleucina6 IL6 também produzida em maiores quantidades por células da imunidade inata quando secretada pelo tecido adiposo pode representar de 10 a 30 dos teores circulantes totais O aumento dessa citocina pode induzir a síntese hepática de TG contribuindo portanto com a hipertrigliceridemia na obesidade visceral exercendo também uma relação entre a aterosclerose e o processo inflamatório 38 Essa citocina está positivamente relacionada ao aumento de massa corpórea e inversamente à sensibi dade No tecido adiposo branco a angiotensina II induz a produção de prostaciclina que está envolvida na dife renciação de pré adipócitos em adipócitos maduros 30 44 Hepcidina hepcidina é uma proteína que está fortemente ligada a homeostasia do ferro e por possuir atividade antimicrobiana se encontra aumentada em estados in flamatórios Existe uma correlação entre os níveis de hepcidina e os valores de IMC acreditase que esse aumento na produção desse hormônio está relaciona do diretamente ao aumento da hipóxia e diminuição da oxigenação tecidual bem como a estados de inflama ção crônica em indivíduos acima do peso 31 5 Fatores de Crescimento e Expansão Tecidual 51 Fator de crescimento endotelial vascular VEGF O fator de crescimento endotelial vascular VEGF tem importante papel na regulação e no desen volvimento vascular sendo que o seu aumento propicia a angiogênese O gene que transcreve o VEGF é capaz de codificar diferentes isoformas sendo que essas podem possuir 121 145 165 189 e 206 resíduos de aminoá cidos O VEGF é o fator angiogênico que se destaca na angiogênese do próprio tecido adiposo por meio de dois receptores de tirosina quinases VEGFR1 e VEG FR2 Através desses receptores o VEGF ligase a células endoteliais induzindo a angiogenêse a permeabilidade vascular e inibindo a apoptose 32 52 Fator de Crescimento Neural NGF O fator de crescimento neural NGF é uma neurotrofina que está envolvida na regeneração de ner vos periféricos Os níveis de NGF estão aumentados em caso de lesão de nervos e também na presença de interleucinas como a IL1 O NGF trabalha na prolife ração e diferenciação de neurônios levando a uma re paração dos nervos lesados Essa neurotrofina também é secretada pelo tecido adiposo estando aumentada na obesidade e em doenças autoimunes exerce influência no balanço energético e ingesta alimentar controlando o metabolismo da glicose e de lipídeos 33 Goiânia v 46 5364 2019 Silva N I de et al Adipocina e sua relação com a obesidade 59 lidade insulínica Alguns dos principais moduladores de expressão de IL6 pelo TA são TNFα glicocorti coides e catecolaminas Indivíduos com DCV possuem teores circulantes elevados de IL6 sugerindo fator de interligação entre essa citocina e formação de ateros clerose e inflamação subclínica na obesidade Obser vouse também que existe correlação inversa entre IL 6 e HDL High Density Lipoprotein 39 Sabese que IL6 tem forte relação à resistência à insulina pois inibe os receptores desse hormônio por meio de autofosforililação bloqueando portanto a ação do mesmo no tecido Paralelamente estudo em roedores demonstra que na deficiência de IL6 pode ocorrer uma indução à obesidade e intolerância à glicose e que a admi nistração intracerebroventricular dessa interleucina pode diminuir a gordura corporal Esses resultados sugerem que a IL6 pode agir de formas diferentes dependendo da sua concentração orgânica influenciando o peso corporal homeostase energética e a sensibilidade insulínica 40 63 Interleucina 1 Beta IL1β A interleucina 1 Beta IL1β é produzida prin cipalmente por macrófagos e monócitos podendo ser produzida também por células endoteliais linfócitos T e TA A IL1β é capaz de induzir inflamação sistêmica a partir da ativação da ciclooxigenase2 Essa citocina encontrase elevada em indivíduos obesos e observouse que a sua secreção é maior por macrófagos infiltrados no tecido adiposo e menor por adipócitos 39 A IL1β tem sido associada a resistência insulínica além de ter efeitos na adipogênese inibindo a diferenciação de pré adipócitos em adipócitos Juntamente com o TNFα a IL1β induz a produção de IL6 por células musculares e aumenta a expressão de macrófagos fator de cresci mento de fibroblastos FGF e fator de crescimento de rivado de plaquetas PDGF esses eventos associados estão relacionados ao processo inflamatório encontrado na formação de placas ateroscleróticas 41 64 Interleucina 10 IL10 A interleucina 10 IL10 é produzida principal mente por células T auxiliares linfócitos B monócitos macrófagos e também pelo TA 42 De forma contrária as outras citocinas já citadas a IL10 tem uma ação antiinflamatória inibindo a ação da TNFα IL6 e IL 8 levando portanto a um menor recrutamento de ma crófagos para o tecido A IL10 age em conjunto com a ADP com o objetivo de neutralizar os efeitos infla matórios ocasionados pela obesidade Os níveis de IL 10 estão aumentados em indivíduos que não possuem síndrome metabólica SM 43 65 Interleucina 17 IL17 A interleucina 17 IL17 é uma citocina pró inflamatória produzida pelos linfócitos T principal mente No tecido adiposo é produzida e secretada por células T infiltradas e está envolvida na adipogênese e na diferenciação de pré adipócitos a adipócitos Por possuir propriedade inflamatória a IL17 também está envolvida na formação da aterosclerose além de estar relacionada a hipertensão e à resistência insulínica 44 66 Interleucina 18 IL18 A produção de interleucina 18 IL18 é indu zida por outras citocinas como a IL1β IL8 e TNFα sendo também capaz de induzir a produção das mes mas A IL18 está fortemente ligada ao processo de for mação da placa aterosclerótica É uma proteína com a habilidade de quimiotaxia para células T de forma que consegue atraílas para dentro da placa ateroscleróti ca e induz a produção de metaloproteinases tornando portanto a capa fibrosa da placa mais vulnerável a permeabilidade de outras células Níveis aumentados de IL18 foram associados a SM independentemente a resistência insulínica e obesidade 45 7 Quimiocinas 71 CCL2 e CCL5 Um estudo foi capaz de relacionar 34 tipos de quimiocinas que podem ser secretadas pelo tecido adiposo e que estão envolvidas no recrutamento de células do sistema imune para a expansão do tecido demonstrando também que a expressão dessas qui miocinas acontece principalmente pela ativação de NFkB 46 A CCL2 é responsável pelo recrutamento de monócitos e é produzida principalmente por ma crófagos e células endoteliais Os níveis séricos dessa proteína encontramse elevados na presença de ate Goiâniav 46 5364 2019 Silva N I de et al Adipocina e sua relação com a obesidade 60 rosclerose e a resistência insulínica Já a CCL5 parece estar envolvida na infiltração de macrófagos e resis tência insulínica 47 71 CXCL8 e CXCL10 A CXCL8 é produzida e secretada principal mente por células do sistema imune como podendo também ser produzida em menores quantidades pelo TA Sendo considerada uma proteína pró inflamatória capaz de ativar a metaloproteinases que está envolvi da na configuração do tecido adiposo atuando em sua expansão e no recrutamento de neutrófilos para este tecido 47 A CXCL10 enquanto adipocina é predomi nantemente secretada por adipócitos maduro estando envolvida na infiltração de células T para o tecido e com o desenvolvimento de resistência insulínica As concentrações séricas de CXCL10 estão correlaciona das positivamente com o DM tipo II e com o IMC 48 Adipocina Função Fisiopatológica Leptina Regulação da fome sinal de saciedade Adiponectina Efeito antiaterosclerótico redução da resposta inflamatória do endotélio e estimulação da angiogênese Resistina Resistência insulínica Visfatina Insulinomimético atua na inibição da apoptose de polimorfos nucleares e estimula síntese de triglicéride Fator Adipocitário Induzido Pelo Jejum FIAF Inibe lipoproteína lipase AdpsinaFator D Complemento C3 Induz a resposta inflamatória e é importante na composição da proteína estimulante da ascilação ASP Precursor da proteína estimulante da ascilação ASP Proteína Estimulante da Ascilação ASP Induz a síntese de triglicérides Angiotensinogênio Eleva a pressão arterial e induz a diferenciação de pré adipócitos em adipócitos Omentina Vasodilação e inibição da resposta inflamatória mediada por fator de necrose tumoral alfa TNFα Apelina Induz proliferação endotelial Fator Tecidual Induz formação de trombos Hepcidina Aumento da hipóxia e diminuição da oxigenação tecidual Fator de Crescimento Endotelial Vascular VEGF Induz angiogênese Fator de Crescimento Neural NGF Regeneração de nervos periféricos Monobutirina Induz angiogênese e vasodilatação Fator de Necrose Tumoral Alfa TNFα Induz resistência insulínica perda de peso e anorexia Fator de Necrose Tumoral Alfa TNFα Induz resistência insulínica perda de peso e anorexia Interleucina 1β IL1β Induz resistência insulínica e inibe a diferenciação de pré adipócitos em adipócitos Interleucina 10 IL10 Ação antiinflamatória Interleucina IL17 Induz adipogênese e formação de aterosclerose Interleucina 18 IL18 Induz formação de placas ateroscleróticas Proteína C Reativa PCR Fator de Transformação do Crescimento Beta TGFβ Aumenta o risco para o desenvolvimento de doenças coronarianas Induz expressão de inibidor do ativador de plasminogênio PAI I Lipocalina 2 Induz a resposta inflamatória CCL2Proteína Quimiotática de Monócitos MCP1 Recrutamento de monócitos CCL5 Infiltração de macrófagos e resistência insulínica CXCL8 Expansão do tecido e recrutamento de neutrófilos CXCL10 Infiltração de células T e resistência insulínica Quadro 1 Tipo de adipocina e suas respectivas funções fisionatológicas Goiânia v 46 5364 2019 Silva N I de et al Adipocina e sua relação com a obesidade 61 Discussão Atualmente são conhecidas cerca de 50 di ferentes moléculas produzidas e ou secretadas pelo tecido adiposo 49 Com a descoberta das adipocinas o TA tornouse um dos principais focos de pesquisa em relação ao desenvolvimento da obesidade sendo que observouse que as diferentes respostas a um mesmo tratamento para esta podem estar relacionadas a carac terísticas celulares desse tecido Pesquisas vem sendo desenvolvidas com o propósito de se conhecer a ma neira como isso acontece do ponto de vista molecular e hormonal e a interrelação destes mecanismos com o sistema nervoso central visando compreender essa 54950 Essas adipocinas em desequilíbrio promovem grande impacto em diversas funções corporais alteran do a ingesta alimentar sensibilidade à insulina respos ta imune e angiogênese pressão arterial metabolismo lipídico e o balanço energético figura 2 e figura 3 Dessa maneira se faz necessária uma maior compre ensão dos efeitos do tratamento como atividade física nutrição aspecto psicológico e clínica sobre o controle hormonal e de citocinas a fim de se desenvolver tera pias mais eficazes diminuindo portanto as complica ções da obesidade 74951 Figura 2 Adipocinas e suas influências sistêmicas FIAF fator adipocitário induzido pelo jejum ASP proteína estimulante da ascilação TNFα fator de necrose tumoral alfa PAII inibidor do ativador de plasminogênio I VEGF fator de crescimento endotelial vascular NGF fator de crescimento neural IL6 interleucina 6 IL 1α interleucina 1 beta IL10 interleucina 10 IL 17 interleucina 17 IL18 interleucina 18 PCR proteína c reativa NGAL lipocalina associada à gelatinaseneutrofílicaMCP1 proteína quimiotática de monócitos RANTES Regulada sob ativação expressa e secretada por células T normais IL8 interleucina 8 IP10 proteína 10 induzida por interferon Goiâniav 46 5364 2019 Silva N I de et al Adipocina e sua relação com a obesidade 62 Figura 3 Adipocinas e correlacionadas com doenças secundárias TNFα fator de necrose tumoral alfa PAII inibidor do ati vador de plasminogênio I IL6 interleucina 6 IL 1α interleucina 1 beta IL10 interleucina 10 IL17 interleucina 17 IL18 interleucina 18 PCR proteína c reativa CCL2 MCP1 proteína quimiotática de monócitos IL8 interleucina 8 CXCLQ10 IP10 proteína 10 induzida por interferon Referências 1 WORLD HEALTH ORGANIZATION Global Health Observatory GHO Acesso em 17092018 Disponí vel em httpwwwwhointghoncdriskfactorsoverweightobesityobesityadultsen 2 ISRAEL P LIRA C DE2013 Prevalence of abdominal obesity and associated factors among individuals 25 to 59 years of age in Pernambuco State Brazil Cadernos de Saúde Pública 29 2 313324 3 PINEHIRO ARO FREITAS SFT CORSO ACT2004 An epidemiological approach to obesity Revis ta de Nutrição 174 523533 4 CAO H2014 Adipocytokines in obesity and metabolic disease The Journal of endocrinology 220 2 4759 5 WAJCHENBERG B L2000 Tecido adiposo como glândula endócrina Arquivos Brasileiros de Endocrino logia Metabologia 44 1 1320 6 PROENCA A R G SERTIE R A L OLIVEIRA A C et al2014 New concepts in white adipose tissue physiology Brazilian journal of medical and biological research 47 3 192205 7 KRYSIAK R HANDZLIKORLIK G OKOPIEN B 2012The role of adipokines in connective tissue diseases European journal of nutrition 51 5 51328 8 PAZFILHO G WONG M L LICINIO J2011 Ten years of leptin replacement therapy Obesity Reviews 12 501 9 FDA US 2014 Food and Drug Administration FDA approves Myalept to treat rare metabolic disease Acesso em 19092018 Disponível em httpsnordiclifescienceorgfdaapprovesmyalepttotreatrareme tabolicdisease 10 IGNACIO D L TAMAR G P2009 Regulação da massa corpórea pelo estrogênio e 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National Academy of Sciences of the United States of America 1014415718 15723 21 KIM I KIM H G KIM H et al 2000Hepatic expression synthesis and secretion of a novel fibrinogenan giopoietinrelated protein that prevents endothelialcell apoptosis The Biochemical journal 3463603610 22 IKEOKA D MADER J K PIEBER T R2010 Adipose tissue inflammation and cardiovascular disease Revista da Associação Médica Brasileira 561116121 23 CIANFLONE K MASLOWSKA M SNIDERMAN A D1999 Acylation stimulating protein ASP an adipocyte autocrine new directions Seminars in cell developmental biology 1013141 24 MUNKONDA M N LAPOINTE M MIEGUEU P et al2012 Recombinant acylation stimulating protein administration to C3 mice increases insulin resistance via adipocyte inflammatory mechanisms PloS one 71046883 25 PAN HY GUO L LI Q 2010Changes of serum omentin1 levels in normal subjects and in patients with impaired glucose regulation and with newly diagnosed and untreated type 2 diabetes Diabetes research and clinical practice 8812933 26 SOUZA B C M DE YANG R Z LEE M J et al2007 Omentin plasma levels and gene expression are decreased in obesity Diabetes 56616551661 27 DRAY C KNAUF C DAVIAUD D et al 2008Apelin Stimulates Glucose Utilization in Normal and Obese InsulinResistant Mice Cell Metabolism 85437445 28 JUHANVAGUE I ALESSI M C1997 PAI1 obesity insulin resistance and risk of cardiovascular events Thrombosis and Haemostasis 78656660 29 FONSECAALANIZ M H TAKADA J ALONSOVALE M I C LIMA F B 2006 O tecido adiposo como centro regulador do metabolismo Arquivos Brasileiros de Endocrinologia Metabologia 502216 229 30 NÉGREL R GAILLARD D AILHAUD G1989 Prostacyclin as a potent effector of adiposecell differ entiation The Biochemical journal 2572399405 31 BEKRI S GUAL P ANTY R et al 2006 Increased Adipose Tissue Expression of Hepcidin in Severe Obesity Is Independent From Diabetes and NASH Gastroenterology 1313788796 32 MATSUMOTO T CLAESSONWELSH L 2001 VEGF receptor signal transduction Sciences STKE signal transduction knowledge environment 11221 Goiâniav 46 5364 2019 Silva N I de et al Adipocina e sua relação com a obesidade 64 33 CHALDAKOV G N FIORE M HRISTOVA M G ALOE L 2003 Metabotrophic potential of neuro trophinsimplication in obesity and related diseases Medical science monitor international medical journal of experimental and clinical research 9101921 34 HALVORSEN Y D C BURSELL S E WILKISON W O et al1993 Vasodilation of rat retinal microves sels induced by monobutyrin Dysregulation in diabetes Journal of Clinical Investigation 92628722876 35 HOTAMISLIGIL G S SHARGILL N S SPIEGELMAN B M1993 Adipose expression of tumor necrosis factoralpha direct role in obesitylinked insulin resistance Science New York NY 259 5091 8791 36 ESTEVES D GUIMAR D SARDINHA C et al 2007 Adipokines a new view of adipose tissue Revista de Nutrição 205549559 37 Supriya R Yung BY Yu AP Lee PH Lai CW Cheng KK et al 2018Adipokine profiling in adult women with central obesity and hypertension Frontiers in Physiology 919 38 BASINSKA K MARYCZ K SMIESZEK NICPON J2015 The production and distribution of IL6 and TNF α in subcutaneous adipose tissue and their correlation with serum concentrations in Welsh ponies with equine metabolic syndrome Journal of Veterinary Science 161113120 39 FAIN J N 2006 Release of Interleukins and Other Inflammatory Cytokines by Human Adipose Tissue Is Enhanced in Obesity and Primarily due to the Nonfat Cells Vitamins and Hormones 7444377 40 HAJER G R HAEFTEN T W VISSEREN F L J 2008 Adipose tissue dysfunction in obesity diabe tes and vascular diseases European heart journal v 2924295971 41 VOLP A C P ALFENAS R D C G COSTA N M B et al 2008 Capacidade dos biomarcadores in flamatórios em predizer a síndrome metabólica Inflammation biomarkers capacity in predicting the metabolic syndrome Arquivos Brasileiros de Endocrinologia Metabologia 523537549 42 CHOI K M RYU O H LEE K W et al2007 Serum adiponectin interleukin10 levels and inflammatory markers in the metabolic 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APARECIDA DE GOIÂNIAGO 2024 RESUMO O presente resumo é referente ao artigo Adipocinas e sua relação com a obesidade de Náglia Isleide da Silva Hermínio Mauricio da Rocha Sobrinho Graziela Torres Blanch Wilson de Melo Cruvinel e Clayson Moura Gomes O artigo foi publicado na EVS PUCGO no ano de 2019 A estrutura do artigo é composta em Resumo Palavras Chaves Abstrat Introduçao Materias e Métodos Desenvolvimento Discussao e Referências O artigo é recomendável para todos os estudantes e profissionais de relacionados a Bioquímica Referente ao aprendizado individual contribui de maneira efetiva agreando diversos conhecimentos sobre o tema Sobre a sociedade de forma geral o artigo tambem potencializa os conhecimentos sobre dversos itens que serão explorados ao longo deste resumo A obesidade é um tema que requer bastante atenção visto que grande parte da população não somente brasileira apresenta obesidade Neste caso as informações presentes no artigo servem como fonte de conhecimento sobre algumas doenças causadas pela obesidade A obesidade consiste em uma doença caracterizada pela complexidade e abrange tanto fatores socioeconômicos como psicológicos contemplando todas as faixas etárias Esta síndrome pode ser causada por fatores isolados ou associados de origem genética fisiológica metabólica e ambiental A Organização Mundial da Saúde OMS define o sobrepeso e a obesidade como um acúmulo excessivo de gordura corporal e os classifica a partir do Índice de Massa Corpórea IMC onde os valores entre 250 e 299 são considerados sobrepeso e acima de 300 se enquadram como obesidade O TA pode ser dividido em dois tipos tecido adiposo branco TAB ou tecido unilocular e tecido adiposo marrom TAM ou tecido multilocular Dentre as diversas atribuições do TA existe também a função endócrina onde o termo adipocina é utilizado para nomear peptídeos bioativos sintetizados e secretados por este tecido A leptina é um hormônio composto por 167 aminoácidos produzido principalmente pelo TAB Os níveis de LEP circulantes no sangue estão positivamente ligados ao valor do IMC Seu pico de secreção acontece durante a noite e às primeiras horas da manhã com meia vida plasmática de meia hora e aumentos transitórios durante a refeição do indivíduo Uma característica importante dessa adipocina é que ela está presente no plasma vinte vezes mais que a LEP representando cerca de 001 das proteínas plasmáticas totais em adultos sadios Geralmente é encontrada em níveis maiores em mulheres do que em homens A resistina é secretada principalmente por adipócitos sendo a gordura visceral do TAB a maior fonte secretora podendo essa liberação ser até 15 vezes maior do que a liberada pela gordura subcutânea A denominação decorre do fato de ocasionar resistência à ação da insulina A visfatina é produzida principalmente pelo tecido adiposo visceral Essa proteína tem papel na resposta inflamatória de forma inibindo a apoptose de polimorfos nucleares A adipsina fator D é uma proteína pertencente a via alternativa do sistema complemento o que atribui a mesma uma função pró inflamatória sendo secretada principalmente pelo tecido adiposo é essencial na formação da ASP proteína estimulante da ascilação Estímulos imunológicos e inflamatórios são capazes de induzir a secreção de adipsina e esse aumento também está presente em condições de obesidade A omentina é secretada principalmente pelo tecido adiposo visceral Esta proteína possui diversos papéis fisiológicos Tem sido proposto que a omentina poderia ser um marcador ainda melhor do que ADP para desenvolvimento de doenças coronarianas estando diminuída no plasma sanguíneo nessa condição patológica o mesmo ocorre para o diabetes e o desenvolvimento de resistência à insulina A apelina parece estar envolvida na proliferação de células endotelias e também possui influência na pressão arterial com efeito vasoconstrictor exercendo ação sobre a glicemia de forma que aumenta a secreção de insulina e a absorção de glicose pelo tecido adiposo e músculo esquelético possuindo portanto relação também com o controle do estoque energético O angiotensinogênio AGT secretado principalmente pelo fígado pode ser secretado também pelo TA levando a ativação do clássico sistema reninaangiotensinaaldosterona portanto causando um aumento da pressão arterial comumente observado na obesidade Hepcidina é uma proteína que está fortemente ligada a homeostasia do ferro e por possuir atividade antimicrobiana se encontra aumentada em estados inflamatórios O fator de crescimento endotelial vascular VEGF tem importante papel na regulação e no desenvolvimento vascular sendo que o seu aumento propicia a angiogênese O fator de crescimento neural NGF é uma neurotrofina que está envolvida na regeneração de nervos periféricos Essa neurotrofina também é secretada pelo tecido adiposo estando aumentada na obesidade e em doenças autoimunes A monobutirina é um lipídeo simples com propriedades angiogênicas que é secretado por adipócitos no processo de diferenciação de pré adipócitos em adipócitos maduros e em condição de lipólise Um estudo foi capaz de relacionar 34 tipos de quimiocinas que podem ser secretadas pelo tecido adiposo e que estão envolvidas no recrutamento de células do sistema imune para a expansão do tecido Sendo considerada uma proteína pró inflamatória capaz de ativar a metaloproteinases que está envolvida na configuração do tecido adiposo atuando em sua expansão e no recrutamento de neutrófilos para este tecido Atualmente são conhecidas cerca de 50 diferentes moléculas produzidas e ou secretadas pelo tecido adiposo 49 Essas adipocinas em desequilíbrio promovem grande impacto em diversas funções corporais alterando a ingesta alimentar sensibilidade à insulina resposta imune e angiogênese pressão arterial metabolismo lipídico e o balanço energético Dessa maneira se faz necessária uma maior compreensão dos efeitos do tratamento como atividade física nutrição aspecto psicológico e clínica sobre o controle hormonal e de citocinas a fim de se desenvolver terapias mais eficazes diminuindo portanto as complicações da obesidade 12 FACULDADE CIDADE APARECIDA DE GOIÂNIA EDNA GUIMARÃES DE LIMA RESUMO DO ARTIGO ADIPOCINAS E SUA RELAÇÃO COM A OBESIDADE CIDADE APARECIDA DE GOIÂNIAGO 2024 EDNA GUIMARÃES DE LIMA RESUMO DO ARTIGO ADIPOCINAS E SUA RELAÇÃO COM A OBESIDADE Trabalho do curso de Enfermagem da Disciplina Bioquímica da Faculdade Cidade Aparecida de Goiânia Goiás Prof Ilítia Ganaê CIDADE APARECIDA DE GOIÂNIAGO 2024 RESUMO O presente resumo é referente ao artigo Adipocinas e sua relação com a obesidade de Náglia Isleide da Silva Hermínio Mauricio da Rocha Sobrinho Graziela Torres Blanch Wilson de Melo Cruvinel e Clayson Moura Gomes O artigo foi publicado na EVS PUCGO no ano de 2019 A estrutura do artigo é composta em Resumo Palavras Chaves Abstrat Introduçao Materias e Métodos Desenvolvimento Discussao e Referências O artigo é recomendável para todos os estudantes e profissionais de relacionados a Bioquímica Referente ao aprendizado individual contribui de maneira efetiva agreando diversos conhecimentos sobre o tema Sobre a sociedade de forma geral o artigo tambem potencializa os conhecimentos sobre dversos itens que serão explorados ao longo deste resumo A obesidade é um tema que requer bastante atenção visto que grande parte da população não somente brasileira apresenta obesidade Neste caso as informações presentes no artigo servem como fonte de conhecimento sobre algumas doenças causadas pela obesidade A obesidade consiste em uma doença caracterizada pela complexidade e abrange tanto fatores socioeconômicos como psicológicos contemplando todas as faixas etárias Esta síndrome pode ser causada por fatores isolados ou associados de origem genética fisiológica metabólica e ambiental A Organização Mundial da Saúde OMS define o sobrepeso e a obesidade como um acúmulo excessivo de gordura corporal e os classifica a partir do Índice de Massa Corpórea IMC onde os valores entre 250 e 299 são considerados sobrepeso e acima de 300 se enquadram como obesidade 1 A obesidade comumente é associada com outras doenças tais como hipertensão arterial diabetes mellitus DM tipo II doenças cardiovasculares e estado de inflamação crônica Formado principalmente por adipócitos o TA que é como um órgão endócrino capaz de influenciar a homeostase energética e hemodinâmica além de ter papel importante na resposta inflamatória constituise também de matriz de tecido conjuntivo fibroblastos estroma vascular fibras nervosas células da imunidade inata e pré adipócitos O TA pode ser dividido em dois tipos tecido adiposo branco TAB ou tecido unilocular e tecido adiposo marrom TAM ou tecido multilocular Dentre as diversas atribuições do TA existe também a função endócrina onde o termo adipocina é utilizado para nomear peptídeos bioativos sintetizados e secretados por este tecido O interesse em estudar essas proteínas teve início com a descoberta da leptina LEP e suas diversas funções hoje já sabemos que o TA secreta outros hormônios proteínas de fase aguda citocinas quimiocinas fatores hemostáticos e hemodinâmicos e até mesmo fatores de crescimento A leptina é um hormônio composto por 167 aminoácidos produzido principalmente pelo TAB Os níveis de LEP circulantes no sangue estão positivamente ligados ao valor do IMC Seu pico de secreção acontece durante a noite e às primeiras horas da manhã com meia vida plasmática de meia hora e aumentos transitórios durante a refeição do indivíduo É possível observar deficiência de LEP em humanos em algumas situações como lipodistrofias amenorreia hipotalâmica anorexia nervosa e deficiência congênita de LEP A consequência dessa ausência ou produção insuficiente de LEP acarreta em resistência à insulina hiperglicemia dislipidemia e distúrbios endócrino A adiponectina ADP foi descrita primeiramente em 1995 tratandose de uma proteína composta por 244 aminoácidos sendo produzida e secretada exclusivamente pelos adipócitos Uma característica importante dessa adipocina é que ela está presente no plasma vinte vezes mais que a LEP representando cerca de 001 das proteínas plasmáticas totais em adultos sadios Geralmente é encontrada em níveis maiores em mulheres do que em homens Acreditase que essa diferença se dá pela influência do estrogênio na produção da ADP De forma oposta à maioria das adipocinas a ADP se encontra em níveis diminuídos em indivíduos obesos A ADP tem a função de regular a expressão de citocinas induzindo a produção de IL10 IL1 e inibindo TNFα tendo portanto um efeito antiinflamatório que contribui para a proteção contra os efeitos do estresse na doença metabólica e na obesidade A resistina é secretada principalmente por adipócitos sendo a gordura visceral do TAB a maior fonte secretora podendo essa liberação ser até 15 vezes maior do que a liberada pela gordura subcutânea A denominação decorre do fato de ocasionar resistência à ação da insulina Um estudo recente demonstrou que o aumento dos níveis plasmáticos de RES agrava as alterações encontradas em doenças hepáticas gordurosas não alcóolicas e que também desempenha um papel importante na patogênese da resistência à insulina no próprio fígado A visfatina é produzida principalmente pelo tecido adiposo visceral sendo que sua expressão parece ser regulada por citocinas que aumentam a sensibilidade insulínica como IL1β TNFα e IL6 17Essa proteína tem papel na resposta inflamatória de forma inibindo a apoptose de polimorfos nucleares modulando a expressão de metaloproteinases em monócitos pela ativação de NFkB e também é importante na regulação da glicemia pois tratase de um insulinomimético capaz de emitir comandos de sinalização celular Um estudo de 2017 relacionou o aumento dos níveis plasmáticos de visfatina com a aterosclerose e DM2 sugerindo que esta adipocina está diretamente ligada a patogênese destas complicações da obesidade O fator adipocitário induzido pelo jejum FIAF é produzido por células do intestino fígado e tecido adiposo agindo na inibição da lipoproteína lipase LPL enzima essa que tem função de hidrolisar TG em ácidos graxos e glicerol o FIAF possui papel importante na adiposidade A adipsina fator D é uma proteína pertencente a via alternativa do sistema complemento o que atribui a mesma uma função pró inflamatória sendo secretada principalmente pelo tecido adiposo é essencial na formação da ASP proteína estimulante da ascilação Estímulos imunológicos e inflamatórios são capazes de induzir a secreção de adipsina e esse aumento também está presente em condições de obesidade A ASP é produzida pelo TA a partir de 3 proteínas da via alternativa do complemento C3 adipsina e fator B que interagem extracelularmente para produzila Esta proteína por sua vez aumenta a esterificação de ácidos graxos em glicerol promovendo a síntese de TG Sendo portanto associada a obesidade diabetes e doença cardiovascular DCV 23 Afirmase também que ausência de ASP resulta em uma diminuição do TA associada à diminuição de TG e de massa corporal A omentina é secretada principalmente pelo tecido adiposo visceral Esta proteína possui diversos papéis fisiológicos sendo associada a vasodilatação regulação dos níveis plasmáticos de insulina e inibição da resposta inflamatória vascular induzida por TNFα uma relação inversa entre essa proteína com obesidade e resistência insulínica o que confere a ela um fator de proteção a esses estados clínicos Tem sido proposto que a omentina poderia ser um marcador ainda melhor do que ADP para desenvolvimento de doenças coronarianas estando diminuída no plasma sanguíneo nessa condição patológica o mesmo ocorre para o diabetes e o desenvolvimento de resistência à insulina A apelina parece estar envolvida na proliferação de células endotelias e também possui influência na pressão arterial com efeito vasoconstrictor exercendo ação sobre a glicemia de forma que aumenta a secreção de insulina e a absorção de glicose pelo tecido adiposo e músculo esquelético possuindo portanto relação também com o controle do estoque energético Atribui se ao PAII a função primordial de inibidor fisiológico da fibrinólise na medida em que possui a capacidade de inibir o precursor da plasmina cuja ação no processo de rompimento das redes de fibrina evita a formação de trombos Portanto o PAII promove a formação de trombos e ruptura das placas aterogênicas instáveis em sujeitos obesos ocasionando as principais e mais graves complicações da obesidade O adipócito pode induzir também a produção de fator tecidual responsável por converter protrombina em trombina o que também promove a formação de trombos O angiotensinogênio AGT secretado principalmente pelo fígado pode ser secretado também pelo TA levando a ativação do clássico sistema reninaangiotensinaaldosterona portanto causando um aumento da pressão arterial comumente observado na obesidade Hepcidina é uma proteína que está fortemente ligada a homeostasia do ferro e por possuir atividade antimicrobiana se encontra aumentada em estados inflamatórios acreditase que esse aumento na produção desse hormônio está relacionado diretamente ao aumento da hipóxia e diminuição da oxigenação tecidual bem como a estados de inflamação crônica em indivíduos acima do peso O fator de crescimento endotelial vascular VEGF tem importante papel na regulação e no desenvolvimento vascular sendo que o seu aumento propicia a angiogênese O VEGF é o fator angiogênico que se destaca na angiogênese do próprio tecido adiposo por meio de dois receptores de tirosina quinases VEGFR1 e VEGFR2 Através desses receptores o VEGF ligase a células endoteliais induzindo a angiogenêse a permeabilidade vascular e inibindo a apoptose O fator de crescimento neural NGF é uma neurotrofina que está envolvida na regeneração de nervos periféricos Os níveis de NGF estão aumentados em caso de lesão de nervos e também na presença de interleucinas como a IL1 O NGF trabalha na proliferação e diferenciação de neurônios levando a uma reparação dos nervos lesados Essa neurotrofina também é secretada pelo tecido adiposo estando aumentada na obesidade e em doenças autoimunes A monobutirina é um lipídeo simples com propriedades angiogênicas que é secretado por adipócitos no processo de diferenciação de pré adipócitos em adipócitos maduros e em condição de lipólise A monobutirina também tem sido associada a um aumento da vasodilatação e neoformação vascular O TNFα é uma citocina que compõe a resposta imune inata normalmente secretado por monócitos macrófagos linfócitos T e B células NK e por neutrófilos podendo também ser secretado pelo tecido adiposo Essa citocina possui um amplo efeito incluindo a indução de apoptose citotoxicidade ativação e diferenciação dos monócitos aumento da atividade parasiticida e bactericida dos macrófagos além de favorecer a migração leucocitária a partir do aumento de moléculas de adesão Um estudo recente associou obesidade hipertensão e TNF α concluindo que essa proteína próinflamatória estava em maior concentração no plasma de mulheres hipertensas e obesas do que em mulheres que eram apenas hipertensas A interleucina6 IL6 também produzida em maiores quantidades por células da imunidade inata quando secretada pelo tecido adiposo pode representar de 10 a 30 dos teores circulantes totais O aumento dessa citocina pode induzir a síntese hepática de TG contribuindo portanto com a hipertrigliceridemia na obesidade visceral exercendo também uma relação entre a aterosclerose e o processo inflamatório A interleucina 1 Beta IL1β é produzida principalmente por macrófagos e monócitos podendo ser produzida também por células endoteliais linfócitos T e TA A IL1β é capaz de induzir inflamação sistêmica a partir da ativação da ciclooxigenase2 A interleucina 10 IL 10 é produzida principalmente por células T auxiliares linfócitos B monócitos macrófagos e também pelo TA 42 De forma contrária as outras citocinas já citadas a IL10 tem uma ação antiinflamatória inibindo a ação da TNFα IL6 e IL8 A interleucina 17 IL17 é uma citocina pró inflamatória produzida pelos linfócitos T principalmente No tecido adiposo é produzida e secretada por células T infiltradas e está envolvida na adipogênese e na diferenciação de pré adipócitos a adipócitos produção de interleucina 18 IL18 é induzida por outras citocinas como a IL1β IL8 e TNFα sendo também capaz de induzir a produção das mesmas A IL18 está fortemente ligada ao processo de formação da placa aterosclerótica É uma proteína com a habilidade de quimiotaxia para células T de forma que consegue atraílas para dentro da placa aterosclerótica e induz a produção de metaloproteinases tornando portanto a capa fibrosa da placa mais vulnerável a permeabilidade de outras células Níveis aumentados de IL18 foram associados a SM independentemente a resistência insulínica e obesidade Um estudo foi capaz de relacionar 34 tipos de quimiocinas que podem ser secretadas pelo tecido adiposo e que estão envolvidas no recrutamento de células do sistema imune para a expansão do tecido demonstrando também que a expressão dessas quimiocinas acontece principalmente pela ativação de NFkB A CXCL8 é produzida e secretada principalmente por células do sistema imune como podendo também ser produzida em menores quantidades pelo TA Sendo considerada uma proteína pró inflamatória capaz de ativar a metaloproteinases que está envolvida na configuração do tecido adiposo atuando em sua expansão e no recrutamento de neutrófilos para este tecido As concentrações séricas de CXCL10 estão correlacionadas positivamente com o DM tipo II e com o IMC Atualmente são conhecidas cerca de 50 diferentes moléculas produzidas e ou secretadas pelo tecido adiposo 49 Com a descoberta das adipocinas o TA tornouse um dos principais focos de pesquisa em relação ao desenvolvimento da obesidade sendo que observouse que as diferentes respostas a um mesmo tratamento para esta podem estar relacionadas a características celulares desse tecido Essas adipocinas em desequilíbrio promovem grande impacto em diversas funções corporais alterando a ingesta alimentar sensibilidade à insulina resposta imune e angiogênese pressão arterial metabolismo lipídico e o balanço energético Dessa maneira se faz necessária uma maior compreensão dos efeitos do tratamento como atividade física nutrição aspecto psicológico e clínica sobre o controle hormonal e de citocinas a fim de se desenvolver terapias mais eficazes diminuindo portanto as complicações da obesidade