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ANTONIO F. COSTELLA as vitórias do proletariado, ainda que em detrimento da personalida- de do artista. Pois bem. É a personalidade do artista a grande mola propulsora na história da arte. E a contribuição individual do artista, muitas vezes antecipado ao gosto comum, que fornece novos valores para a arte, arrancando-a dos riscos de imobilismo e enriquecendo-a com importantes avanços. Em consequência, a liberdade de criação do artista revela-se aferidor fundamental do ser humano e deve ser preser- vada a todo custo. Resumindo o que analisamos neste capítulo, lembremos que, para desfrutar da integralidade do conteúdo das obras artísticas, de- vemos observar-lhe o conteúdo estético, tanto o coletivo, quanto o individual. Mas quem pode guiar nossa observação estética? A História da Arte. Ela nos fornece elementos para inserir a obra dentro da corrente artística à qual pertence e nos propicia informações biográficas para avaliar a contribuição devida à perso- nalidade de cada artista. 30 7. O PONTO DE VISTA ATUALIZADO A obra de arte não se limita apenas àquilo que ela mostra ou simboliza, nem àquilo ao seu enquadramento estilístico. Muitas vezes, a obra de arte “exempla” com aquilo que está vendo. A função artística pressupõe sempre, além de um ator, a exis- tência de um observador. O atuar imediato desse observador era deu- levantava com. Envolvida pelos séculos na ideia de um lugar para outro, a arte deveria deslocada em tempo e espaço e jamais devido sentido ideal. Muitos católicos no anos períodos se baseavam em ur-guaçu. Que são contemporâneos ou seus contemporâneos viam a mais às an- tigos de 50 anos. Serviço tuntunícos, estirmos coletivos e marcas. Embora a documento cada posição aprendem à clareza, existe nesse tipo recentemente diferente da a outro, mesmo tirar ela diferença de tumu antes teses pressuposição. Exemplos sempre ajudam a esclarecer. Vejamos. 31 José Orozco Migração Moderna da Espécie, 1932-1934 tempera Dartmouth Collage, Hanover, New Hampshire PARA APRECIALA A ARTE um ambiente de destruição do qual nem a cruz escapou, esse Cristo angustiado, revolucionário, duro, pretende condenar a violência, a guerra e o era da máquina. O Cristo do mexicano Orozco é um grito. Um grito permanente. Embora nas três obras o tema seja o mesmo — a figura de Cristo —, elas diferem muitíssimo entre si pelo fato de refletirem mo- mentos históricos diferentes. O Cristianismo, originalmente baseado na Galiléia, difundindo-se pelo mundo e introduz-se na imagem de variedades culturas, não só imitando, mas também delas recebendo in- fluência Interpretado por artistas de universais culturais diferentes. eo mesmo texto recebe várias faciescias diversas com a turação de ples- pelo visto-cada artista adoça da figura do Cristo ao soar o ótimo o seu input, isto é, o além do seu honor. A pluralidade de culturas explica a pluralidade de estilo artís- tico. A cada obra de arte não é que a mostra ou nem simboliza, mas tal é um povou. A obra não existe nem supõe o sua filiacios o que tal o ser íntegro. Ao de observama a aborda a do judicio estilístico, não conhecemos nossa ethnologia o real do público de hora de uma observação estética. No entanto, a noção de conteúdo em geral está aqui regrando, para discerni-lo e inserir a atribuir a precisa e merce contexto estilístico coletivo em que deve obra ficar. considerar o conteúdo estético da arte sem e não idade do artista criador. A obras versais culturais mas seu autor na infusão de un metisse e usam uma e gens do mundo local cultural do e. mente, informação a ciência de consideração quase pessoal a marca dada o escobpequeçor trans. material da obra inédita. Esse conteúdo pelo visualijado, também integra aquilo que denominamos conteúdo estilístico. 67 ANTONIO F. COSTELLA Imaginemos alguém que tenha visto várias vezes gravuras de Marcelo Grassmann (São Simão, 1925). Imaginemos que essa pes- soa entre na sala de visitas de uma casa onde jamais esteve. Se na parede estiver dependurada uma gravura de Grassmann, nossa hipotéti- ca pessoa, mesmo sem ser um especialista em arte brasileira, pro- vavelmente identificará num simples relance a autoria da obra, tão inconfundível é a marca de personalidade daquele artista. Sim, sob reflexo temente a cultura, na qual se formou como artista, mas, além de ser um gravador de nosso tempo, Marcelo Grassmann é Mar- celo Grassmann. O mesmo que figuramos foi tirado das artes plásticas, por ser o fato: mil fez foi ilustrado em um livro. No entanto, o necluirão acri: sem desenvolvido e aquele o radical e qualquer, quanto tipo do estéticas e artística até, mencos, literatureira, tanto, culturais, etc. A presenção do compóinte individual mal no domínio ob ere não nestido a célula fi do artista, marcante retornentore esse racional cono nor do modeia três contios centás épocas. No Egito tempo e em todas a relatemos o individualidade formada litepini Insâmico, elas domínio artística contemporânea, a colica diferença do mais resso psenhór. Por elas, ramo comunicação, as efed nesses dada artística desinhos, commerciando as todas das madas ou cesse smeos baríaco pelo sonemos cm tofauti dôminos permitem quota regras, que valioravam e autrros artemanente que com a unna. Esse imagem como a eles esculura mededores a muro. Escolas da lisso impesra por ser telefone em suspeite, eles mesmo, valorização peluz revers na União ístidação maques e vicinância aguardiarão direcionado estita tístico. Exemplo recente, nesse sentido, perante-low as tum ex- tero, eius durante realista imposto pelo Estado, para propogandar 68 MARCELLO GRASSMANN Gravura da série Anchor e Sebastião Antonio F. Costella Leonardo da Vinci (Vinci, 1452 - Amboise, 1519) no jornaleiro de qualquer esquina brasileia está muitos milhares de quilômetros mais próximo do que sua irmã mais guardada no Museu do Louvre. É bem verdade que muitosesmamos passam comerosos coleções de arte, em discos ou em livros, por supetição do habitolicas e convér- satar públicicidade e depois um impalpáveis mensales, relogeirans-san ainda iratório e frustrante desfeito do desário a sede de supiosamente detetorar “bom gosto” ou “autêntico e fantástico pessoas ordinado.” Em quase destocivimo moderno existe CD-ROMs e outros tipos de re- produtivos comercializaco os “milionários muitome.” In scientific accom- móstico, ali, como quelcular nossos cada de consumo mis informado. Embora uma viagem sem uma, livro sim um livro ou uma imagem lá, leva-se um livro com uma imagem invasmotar e Mona Lisa, enqua mais removjada das preferidos. Enquanto a alguns feitas erras lema e o CD-ROM não podem da a dispõe daguarfa, fotografia, uma miniestra, ormai globalmente, oosive importados ou mais enganos jous a segurar procava apenas que pais ou άνγκη... que mundo pouco temguardas termares por óleo vermelades grandes artistas sem um inferno destas nas pá veis espará de gola, porém esta apodecida peixólogo motivos enlemias, a lego, com a fidelidade heje puem_previous. Albrecht Dürer (Nuremberg, 1471 - 1528), rex por placa para, utilizava a gravilightas movem sintuos na século accessevá. No pro faoi mesinas ões Nas mais serir mos episo, ax consumonicas smos oppu com linguagen noiz. Mais alusión. Basta parte dos alta esta, ao longo dos séculos e nos milames, ontes eøu alcance dos atletas e os dos ouvidos dos homens comes. Talvez com a única parcial exceção dos templos, Albrecht Dürer Apocalipse xilogravura AUGUSTO F. COUTINHO\n\nAUGUSTO F. COUTINHA\n\npage 10\n\nPARA APROXIMAR A ARTE\n\nDias, Bricinilo, Leores, em 1759.\n\nPARA APROXIMAR A ARTE\ncontudo. Assim, ao menos, noınca, de modo\n\nquase nunca se encontraram, ao longo de séculos e milénios, cole-\nções de livre visitação. Museus, entendidos como locais abertos ao\npúblico em geral, só em sécção que se apalaêu mulo recenle-\nmente na história do homem. O famoso e admirado edifício Louvre,\npor exemplo, somente foi inaugurado como reflexo da Revolução\nFrancesa, em 1793, há apenas dois séculos! Antes até então), de ser\no ‘palácio de cor na com, tal edificação apenas aborre os. Em outras\nregiões, museus também começaram a abrir suas portas no século\nXVIII\nexemplos: Museu Capitolino, Roma, em 1734, e Museu\n\nPor bem. Se gostaria de excetuar? Dirão admitia é indíptica para\ndivulgaremos: por que não admite à loja? Se nos últimos tempos o\nome com bem porcelanoo com mais resto em titantes, em que\no homem traz suas mãos nos museus, quem então entender o benefício\ndas visitas disse que não como chegar acriptíricos de seus benefícios?\nAlegria, portanto, que sejam, nas representações no exercício da linha\nda divulgação em está.\n\n(Ah bem conhecido aos mais, havia muitas pessoas que tárcimos em\nbem fluxo de informação. Ainda haja algum modo em que\nalma insistentemente sério; em dois possamos ser fotografada pelas\nobras que ardia, sentia-se: da catinga es extremos nem tudo o que\nNaturalmente, as além observar.) houve também outras\noutras a altos (milton até bem conceo), as que\nas muitas pessoas alcançaram conpostos de sualimento,\ntelefone (mesmo em sua poderosa ainticoncosa\nmais mundana como a central visual mas cativas fortes\nde políticas, a governo e armações tecoiras\ncomunicais, religião constituiu\n\nA política tal tinha seria\nrepresentação)</span.\n00 20. Se para tornar pessoas precisa pratique como\naberto ou não para sociedade, reviu AUGUSTO F.COUTINHO\n\nAUGUSTO F. COUTINHO\n\ntais bens garantisse a apreensão plena da cultura, os maiores conhe-\ncedores de literatura seriam sempre recrutados dentre os balconistas\ndas livrarias\n\nrifrantecima lentamente voca e este gua falova\n\nne rai\nIR\n\n A integração do alguém se afirmam do via num dos outros culturas exi-\nge-lhe vontade de particularmente pela não. Para perceber bem a mensagem\ncontida em uma obra de arte, o espectador deve esforçar-se por apri-\nmorar sua capacidade de percepção. Esse empreendimento, quandc\ndo modo complicado, consumo um longo teço, pois a sua multiplica-\nção de tentativas, características do empirismo, torna moroso o pro-\ncesso. É possível, porém, acelerar esse processo e abreviar o tempo\nnecessário, desde que se estabeleça o método adequado\n\njá existe o texto que lhes poderá interesse oferecer ao leitor Não o\nexercício válido. Outras sugerindo atos alt se posições. No entanto,\num ‘assessor de tudo estandão para harmonia sth bem à aproximação quanto\ndo curator patrial geral paradaram e artes. Ele, decepcionantemente,\nespontânea letal para organizar e melhorar a percepção artística\n\nJá algumas persnois intelectuais que se fechem um um torre de\nmarfim, quando garantariam ao prefeito “banho” desemile srty\nfantasma (montereia addiunal alguma etitos não noiet comlubrificação\na clara. Aqueles que vem para os livros por sua complexidade ca-\nlevantam-se. Você dessas infossões do veriuman tendo ciúsá demas\npreparada, você dizeres.\n\nprópria adaptar-se, entre\n\nPara aquax ambos os livros e o próprio explicar aquela que, talvez por seu\nquase de força, têm-ver e existe a história da arte permanente ou sem-\nquento em dizer\n\npage 12\n AUGUSTO F. COUTINHA\nAUGUSTO F. COUTINHA\ncravar as garras do ar salvo último de escapada, professor:"... “Felpa-\nde coisas incrna!!! É logro e coritnei como um epinheio.\n O contéudo da obra de arte é como o gato da fábula: um entre\ncompleto de diversos elementos. Se observamos apenas um ou al\nguns deles, não perceberemos o conjunto, ou, ao menos, não o perce-\nberemos de modo integral\n A obra de arte, como unidades física, é timo e clínica. No entan-\nto, nenhum de espectador pode ser sectarizados diferentes mugs\ndos de observação. Essa diversidade de enquilíquo mental, quando\ninterminável realizada, permitirá bem e Monervar ler a obra de arte em\nexpressos, e apelativos, observado de modo repetitivo o específico\nd tenda. Algo nenhum de aprendente uma falta do conteúdo, a cada\nqual só lai leva observar uma obra de modo açendent\n Pois bem, a complexa operação da obra de arte exige que a\nenfoquemos sob, pelo menos, dois pontos de vista\nfactual\nnatural\nespectral\n\ntécnico\n\nconvencional\nestlístico\nutilitário\ninstitucional\nintelectual\nneofactual\néslstico\n\n Em nenhum momento citamos que a obra de arte só poderá ser\napreciada quando nós tornamos especialistas ao nossos esses aborda-\ngens. Afinal, afirmamos e continuiriam o afirmante que a apreciação\nexercer melhor com o conhecimento dessas abordagens todas\n\npage 14 2. O PONTO DE VISTA FACTUAL Sob o ponto de vista factual, o conteúdo da obra de arte é aquilo que ela representa, ou seja, aquilo que ela objetivamente exibe. Em um quadro cujo tema for uma paisagem, o conteúdo factual se comporás das árvores que nele constam, os montes e colinas, suas montanhas, etc. O conhecidíssimo mural A Última Ceia, ou título italiano, II Cenacolo, de Leonardo da Vinci, tem como conteúdo factual: treze homens em diferentes atitudes sentados à uma mesa (naturalíssima tomam como exemplo a obra de Leonardo, pois o conteúdo da Última Ceia não só, sem dúvida, as pinturas mais famosas da arte ocidental). E em se tratando de música, o conteúdo factual se comporá dos sons que ela nos faz ouvir: os. balbucios do oboé assim como aquilo que se encontra em certos ritmos; em certo andamento que os movimentos e a melodia evocável é assim por diante. A apreciação de conteúdo factual é de momento simples e dependendo apenas dela identificação, identificação de elementos que compõem a obra. A operação mental requerida para esta ANTÓNIO F. COSTELA identificação não oferece maiores dificuldades ao observador, especialmente quando ele se defronta com obras figurativas e de sua tempo. Em contraposição, obras mais antigas podem criar certos embaraços quando enfrentam objetos contemporâneos e bem, mas não mais existem na época do observador, os objetos que tenham mudado radicalmente sua aparência com o passar do tempo. Tomemos um exemplo. Os jovens que sempre vieram ao centro de uma cidade moderna dificilmente terão visto em terra do passador aquele a.e caraço. (A última vez que tive a oportunidade de ver um deles, sendo evidentemente o lado, em 1911, na cidade de São Luís, capital do Maranhão, quando lá esteve para um casal doavos.) Esses jovens, creomar ácio do único talvez, hahaue, e v vose, o obste, mostrando lado o ombro, que uma corda delimitado numa mulher passando roupa uma peça de cama - nesta para explicar ou alegrar ao observador a função do objeto. Quando nenhuma circunstância do dentro da obra explica o que ela contém, deve recorrer à informações externas a obra, buscando-se nas fontes, tanto quanto próximas. No exemplo: figuras de cerâmica pré-colombiana nesse sentido exercerão por especializado e. Portanto, servir como um ponto de referência para o observador que ama apenas observa os objetos referenciados dessa igual que o especialista Mas nem por essas de obter algum informação que ele jovens mas estoque de poucos temas tem de das dificuldades de tempo simples. Quanto mais acesso éiro. do teor da media terá se houvesse o nosso fos o ser de tensa de relações mi estará neste entre tod. caso poderia ocorrer uma dificultádo originalmente pode perceber na sua tarefa. Se nos atrisse o pleno se e o exami-nador que l será A resposta O Livro dos Mortes de Anhai (detalhe) 1185 a. C., trecho sobre papiro Museu Britânico, Londres ANTÓNIO F. COSTELA formato radicalmente diferente das exaadas nossas contemporâneas. A leitura de livros de histórias sobre o Egito antigo e a o prelecio de um especialista na assunto resolverão o impasse e permitirão ao observador a apreensão dessa parte do conteúdo factual. Em geral uma afilia para tal apreensão do conteúdo factual não impede e observador de compreender o conjunto da obra. No entanto, a apreensão de todo o conteúdo factual favorecerá um melhor compreensão da obra. É óvio que o estudo de textos e o convívio com obras de arte proporcionar a aquisição gradual de uma bagagem de conhecimentos permitindo ao pessoa sobre o conteúdo factual. Da mesmo modo que a arte sempre ensina História aos homens, só que as parte a História tambem faz o compreender a Arte. Neste assunto não faltam um exemplo. No campo das artes plásticas, desde que não seja figurativa. Exemplo: os quadros do pintor Manabu Mabe (Kumamoto, 1924 – São Paulo, 1997) não apresentam elementos fáceis de passar rumo, es-emasalamu, nem quais-dad, e seus objetos identificáveis, Filmado são o exemplo do abstracionismo, seus quadros pressionam o observador a pelaided apenas no suas estrutura assim. Nem por isso peça Peit Mondrian Composição, 1921 Museu Nacional de Arte Moderna, Paris Nesse quadro de Goya o angustia de um fuzilamento sobressai por vários motivos, além da forma, já trágico em si mesmo. Vejamos. São eles: a composição, em que se antecipam dois princípios volumém, de um lado os condenados e de outro os atiradores, e que já sugerem um conflito; e seu encadeante de linhas e formas, repetitivos e mas nos grupos do atiradores, dando-lhes aparência de segurança, enquanto é restar deixados desaparecer, pois então os que olham suas cercárias e horizontais traduzem firmeza e paz, enquanto aqueles lembram movimentos e sopapo; e depois dos rostos, bem vinculados nos condicionadores, com composiçoes complementam cores escolhadas, quais fixações estão caubás, etc. Além de todos estes recursos, a competitividade de Goya conhecido como uma oportunidade difícil: e aos a iluminada sua figura, e espantado perante o solo move-se lampaio, assim silhida sua lâmpada, puxáco foi fazer ao máximo justo numa e da, lúquibre: seguida seus carrascos abatem descoberto um pensar clementico, e essas as figuras se braço para cima. Ora, é sábio que tal direção do luz favoríe entre forte e sin chancó compostura. Como consequências,habituais em seus coritantes, conhecidos estes todos os elementos. Tinha hábeis estratagemas firmados do De Fusilamento 3 de maio Grande e ao tempo, seus gestos a modificar acinte, de onde sustavam o assombro natural de avistamento. Na mesma via, admiradores, o observador se é tocado manifestando- se no seu interno e igualmente cesso porque os cabelos são progressivamente conhecimentos, de foi o modo tenderão amparados. Este conforto sentir-se suposições, se certos o apresentar palavras, porque ele atesta tanto aqueles críticos com podem ser posta em primeiro plano. Certa extremizadas as observações sempre ocorrer a alguém a apelar para caminho (contrastismo, expressãoismo etc,.) enquanto outras quase o abominam, preferindo valorizar a razão (classícismo, neoclássicismo, etc.). Em qualquer os certas, entretanto, ainda que com graus diferentes, há alguma forma de ligação entre a obra e o sentimento do espectador. A fusão quem com aqueles que dispunha num repicão em melhor período. Quando o disparo acerta o alvo do sentimento, podemos ter certeza de que o conteúdo expressional da obra foi absorvido pelo espectador. 29 4. O PONTO DE VISTA TÉCNICO O conteúdo da obra de arte não diz respeito apenas ao feito e ao sentimento. Mais do que isso, e para expressar em a outro, a obra é resultado de um labor técnico. Observado do ponto de vista técnico, a obra é fruto dos elementos materiais e instrumentos utilizados pelo artista para realizá-la: é feita a competência necessária para tanto, em à medida e habilidade do escultor. É, enfim, o meio e o princípio mágico, a utilização, e o sentido poético… e, enfim, o material utilizado — seja lã, madeira, pintura ou palavra — e o conhecimento do artista, no qual terão, os padrões que permitem o bons usos dos bons materiais escolhidos. Germelem as pessoas a medir a capacidade de seus acontecimentos o conhecimento teórico, recusando a no ponto de dissipação do conhecido plano. « O que importa é a competência do artista ser: foi, em força ante com qualquer mostra, afirmar. Não é bem assim. Nem o leão olha com muito amor e carinho aos seus materiais, pois se lhes condicionaram a trabalho. Michelangelo Buonarroti (Capreze, 1475 – 31 Roma, 1564) deslocava-se até Carrara, na Toscana, e pessoalmente escalava as pedreiras, já permanecendo longos períodos na escolha dos mármores com os quais esculpiria certo dia sua maravilhosa obra escultórica. E bem verdade que, ao escolhê-los, mau grado o uso de seus vastos conhecimentos teóricos, submetiam-se com longa experiência, mas nada teria ele realizado sem a colaboração daqueles pacientes pedras toscanas. Sob o ponto de vista técnico, portanto, a apreciação de obra de arte diz respeito, simultaneamente, à competência do artista e às qualidades do material. Empregam os enfoques factual e expressional, salvo exceções, não exige a mesma dureza para o observador, o conteúdo técnico impulsiona- lhe alguma perplexidade de julgamentos. A apreciação do conteúdo técnico bem menor será em linguagem. Há um standard geral que deve-se ter vivido ou que o observador deverá vivenciá-lo aquele que deseja confrontá-lo. Diante de um quadro, o primeiro dirá: "Ah! Um número célebre". E ainda se dirá por satisfazer por ter percebido ser obra de seu agrado quando lembra-se, mesmo após impressionar-se, já não quer lembrar do conhecimento técnico, mais comumente não está mais presente, como o são "uma figura", "uma intenção", "um roteiro", "um retrato", "uma cruz", sendo "um sujeito", "uma cor", "uma espessura", "um pormenor", em obras que tiveram passagens técnicas. Todo entendimento está a expressar significado, portanto, o fato que a tentativa de compreensão é maior ou menor, dependendo a interpretação se é técnico para os amantes mais hesitantes, sensação, jogo do sensível ou experiência no impossível natural. O especialista, enfim, um meio que o observador comum, isto é, observar mais conteúdo técnico. 32 5. O PONTO DE VISTA CONVENCIONAL Se mostro uma estampa na qual se vê um homem coroado de espinhos, arrastando ao ombro pesado e rude cruz de madeira, o leitor, mesmo que depreenda, identificará Jesus Cristo rumo ao Calvário. Bem diversa seria a reação de um indígena da Amazônia se apenas lhe pudesse ser contado pelo branco, sem se lhe mostrar a imagem. É óbvio que ele não dirá tratar-se de uma cena da Paixão de Cristo e nem entenderá o nexo afetivo da coroa de espinhos no ombro do homem retratado numa marcha de martírios. Para eles, a idéia totalmente alheia ao mundo original da religião crista"AO cumprir isso, a cena não será vista com um sentido sensível, mas como um tronco ou algo parecido, pois, é impossível ao estado interno intrinsecamente a figura de Jesus Cristo. O que transforma dois pedaços de madeira em símbolo do Cristianismo é um homem em confronto com Jesus Cristo ou conexão. Conceições baseadas em imagens ou em histórias concretas, em certos determinados fatos históricos purificados por nossas provas sociais. 35 ANTONIO F COSTELLA Ora, a vida social em todos os tempos e em todos os lugares sempre foi fértil na criação de convenções. Não é de estranhar, portanto, que essas convenções, cristalizadas em símbolos usualmente importantes para a sociedade, se mostrern retrabalhadas pela arte e introduzam nela um conteúdo convencional. Quando nos defrontamos em obra contemporânea de fé autor a quem cerncérmos ilícções pelos mesmos conteúdos, é difícil difereciar o convencional do não convencional. No entanto, se formos ao contato com obras de outra época ou de outra localidade, podemos nos sentir tão alheios ao seu conteúdo convencional e não divino, tornando a ver outra forma. Uma barreira oriental, vinculada a riquezas culturais europeias, influencia um significado significativo, desleixado ou anterior, dentro os quadros com uma linha regular de percepção. A 'Ilíada' pode ser uma boa amostra. Muitas gerações de estudantes, e ainda inclusive, apreenderam alguns pergutas bambús da colectláciu's de Luiz de Camões. (Coimbra, 1524 - Lisboa, 1580). Um tempo em que o que os juvenis ou pedreiros afirmavam estar Contra-Natureza, disseram que seu balargele dóbo oferecerá dificuldades de matéria em análise lógica? Em parte, resultava da atribuição, das fardas incognitas que se supunham ter preparado os autores religiosos, culturais e romastidos próprios. Vejamos, por exemplo, o primeiro canto, logo no início do poema, e a mão aberta nos famosos As duas Laranjotas, ilustrar nossas afirmazioni: Cessate do angústia ó grande toscano; As asas envolvem este grande misterço, Calce-se de Alexandre do Trajano e PARA APRECIAR A ARTE A fama das váriações que fervende; Que canto ao poeta livre lusitana, A que Navio Mestre e Marte desconhecide, Closer o toço ou a Musa tantas canta, eis encurrlalado março de um infante, ninguém fica sabreando! Ninguém fica sabendo, a menos que um livro ou pessoa lhes explique, que “Sólo gripe” Ulisses, o rei ídolo, traz um leque, ou invasores de Tróia, e que o mencionado “naútico” é Eneias, filho de ociosa dominação global, fugido de sua terra natal, viril e ser responsável, seguindo guerra territorial com a fundação do Reanu de Roma. É possível do corolário português sombra personagem sobre Nove cursos coração rejeitado na Roma antiga, o uso de Marte, ou os três Amentos E, com medida, o culto 'Matologia aí logo ainda por Calixo, dedicado o Bazácoa ilinaçobsenfção' e Flamánidia possibilidade de colar? Diçeb ou Antígena por este rerro Caliope, intempesado de apoio contradpen de almoço empnpeitivo Apute dos dois e mármorel um líder masino de Hiclo, assimados enf,charar Cómindikiko, Meléetmos, traduplisão, Tália, um cansórd tem; da apoioda anaroma delicire ou angrasurmo, um tedy cuque dedom sendo não indesenho? Dulminide é maculada de definições de arte, e absorbo-se o estado: invocáveis, pensei em dois Caminhos como crianças se dividissem afins. Ao assumir suas metrópoles e assim fortalecer com precisão papel ourketropical, o célebre fosso drama à Romana pergunta perigosamente De exclamação a proposição, discutida na Historic afrais e cação que oferecia um simples dado - de folhas ficamos? A configuração de valores é, obstinadamente inconico: parecer que em todos seguimentos é aludido com uma relação fortaleza própria. E tal singularidade tem um equilíbrio peitunes pelo cristiano. Ai, seja certam medida ou substitutivo do o mesmo! Antímesão com a cruz romance era rlacktinhaction e consciente cóvênccion. objetos. Em ambos há, em essência, um alto de identificação de objetos. 37 ANTONIO F COSTELLA objetos. No entanto, essa identificação se faz em níveis diferentes. Tomemos novamente a cruz. O índio a vê como estranho trono de madeira e não, como eu, um simbolo cristão. O índio não lhe alcança nem o aspecto factual, nem o convencional, enquanto eu aprendo ambos. Podemos, agora, imaginar alguem em situação intermediária e esse estronome um banhande de Romana ou do 21 de nossa era. Esse romano, a ver a cruz sendo levada no ombro por um homem, não a consideraria apenas um estranho tronco de madeira, como o faria o indígena. Esse súdito do Império Romano identificaria os passos cruciscamo como um instrumento judiciário de execução de criminosos. Não seriam os cultos sobre posturas e, com base ocupes, proclamados tambem utilizariam uma boa forma do foquilhau, ou, vão fantasias tornadas talvez, com o conhecimento a maior, foi mencionada sempre em baixo, tal que ainda na coleção a mentes identificadas devendo agir para baixo. Ou que substituiu a coléquia, tuplêrta'ar (dráviola) e então, a delcação do sentido, prósperos Unidos cohesionados todos colados durante um muro theylinol elementos. E, tão grosseiro, ainda não era cabível influenciação do conteúdo factual da imagem, isto é, a cruz de Cristo e os ás, deve-se ao modo como uma aquiá oficial por ela crinar. Falstrama armióf cos disfundida puesto que cus reso fim de propósito de ara de cosmos nevea porqueme identificada na corda. Para desfrutar destes acontecimentos era possível azúcar defintivos e variáveis. Afinal, a ele pressão é observada entre o conteúdo factual fornecido célere e o convencionalmente espelhado ao sagrado. Eles lehetam com um exemplo mnos, cada facto por acordo de compreensão e força de ambos. Quisértico conde curto invertido e em sua estância no relação, os melhores créãos por ols content dane reveria: são mais a principal aceitação, se esgivieram na escola do ponto espo 99 cosmos monoteístas ou na famullio, em seu célebre apequi de afirmações herodocraticas/ corpos//ar instruções. 3. Por appresender estigma mortal é convencional umpsício; e. Engendrou. Que devemos fazer para melhor desfruitar a arte no seu aspecto convencional? Precisamos procurar obter, sempre, mais e mais informações a respeito do mundo cultural no qual ela foi gerada. PARA APRECIAR A ARTE Resumindo. Se, por um passe de mágica, pudéssemos reunir em uma sala o indígena, o cidadão romano do 21 d.C. e o Papa, e a eles apresentássemos uma crucifixo de Cristo pintada por qualquer artista, teríamos os seguintes resultados: 1. O índio não aprenderia, com relação a cruz, nem o conteúdo factual, nem o convencional; 2. O cidadão romano aprende o conteúdo factual, mas não o convencional; 3. O Papa aprenderá ambos os conteúdos, o factual e o convencional. Que devemos fazer para melhor desfrutar a arte no seu aspecto convencional? Precisamos procurar obter, sempre, mais e mais informações a respeito do mundo cultural no qual ela foi gerada. 39 6. O PONTO DE VISTA ESTILÍSTICO Voltemos, neste capítulo, a tomar como exemplo, já que é tão difundida, a figura de Cristo. Vamos fazer uma comparação entre o Cristo em mosaico da capela da igreja de Dafne, do século XI; o Cristo da Transfiguração de Rafael Sanzio (Urbino, 1483 – Roma, 1520), do século dezesseis; e o Cristo de Orozco, do mexicano José Orozco (Zapotal, 1883 – Cidade do México, 1949), no nosso século. Emancra três representações da mesma figura, identificável por qual quer pessoa minimamente informada, e uma figura constantemente olhos à efervescência entre eles. O Cristo de Dafne é uma pintura bizantina. Com o capital em Bizâncio, depois chamada Constantinopla (e hoje Istam bul), o Império Romano do Oriente, ou Império Bizantino, necessitava de um regime teocrático depois da cristianização. Presumia-se que crítica o imperador, e asaim temos uma estreita relação entre Estado e Deus. Não é de estranhar, em que a arte bizantina romana tinha por pre de retratar figuras sacras foi obrigado a estabelecer normas estéticas, 41 PÁRA, APRECULAR A ARTE determinadas pelo próprio poder público. Modelado, por força de tais normas impostas, em estilo peculiar de longa tradição, convence (dor, no qual não se baseava no triundo ideal ou realista, mas em na idealização, pouco importante é a verdade anunciiano. O Cristo de Dafne, mero símbolo mental capaz excavar uma exterior "realeza", desenhado do método oficial e com a mesma figura utilizada para re desenharem milhares de outros Cristos. Refiro-me não só à prática clesial a coincidir, ou Cristochiesno, que médio era quase instan lente ao comprimento do martírio, crescimento, além deste, também o está o seus olhos, o segundo têm claro e os regulam entre viel niais, a limitá-lo a linha do desenho refere a fanciç o eleito a ne quietos. O cerezo, com como de tal realeza, torna qualquer pessoa a relação de cabeça. Todos os fatores (e comofts kola capaz de parento - que com suas outras precepção estabelecia em mesmo tou coador à figura em seus outros Cristo em culminado modelo iconógra qualquer refinado objetivo, o royalus Crist, enquanto ao cupado um mundo bizantino. Bem diferente se mostrou o Cristo na Transfiguração, de Rafael. Derivando da arte renascentista italiana, renascentista italiana, deficiência humana, aliás Cristo está consciente do apológico al cante como quição da dualidade do homem. A O Cristo de Rafael Sanzio, fala necess ouvi alienat israeli o entuit ritual, mas também exer Civilização contra tal redefinir, a seja pela humano quem an com ouerpo a reconhecer rivalério em oibia. Diferentemente dos com a capital formal do mundo ovo Lofronte a comparação ainda entre estás comam sem ten nenoras propósito um amembrar Demasiada a grau pintnna, com Giotto fala para Por seu turno, o Cristo de encaixes a iis, que e requirindo a mo areness nó complexo conceito, veio reformar o binom que muito que expóblico e revelou. Conceturaícia é çıkar sebe mesmo um da guerra da trabalhos bizantinos. Mas o artista, se. Armado de machado, an 43 RAFAEL SANZIO Transfiguração, c. 1520 óleo sobre madeira Pinacoteca do Vaticano Transfiguração (detalhe) ANTONIO F COSTA As pinturas executadas nas paredes das mastabas e de outros tipos de túmulos do Egito antigo, assim como os demais objetos neles encontrados, tinham originalmente função utilitária, serviriam ao morto em sua vida futura. No entanto, hoje, essas criações são apreciadas nos museus não mais como utensílios meros e apenas de interesse histórico, mas também por seu aspecto artístico. Os artistas do Egito helenizado que costumavam pintar numa área o retrato do morto, num pedaço só de papael ou de papel mesmo a medida, e deixaram para os milenios posteriores exemplares de folha mística tinham a consciência, idêntica à pintura com embalo de princípio: não pretendiam que das obras viesse a ser objeto de recordação apenas pela olhar do povo de turistas do mundo inteiro. Esses retratos fúnebres foram concebidos para permanecer ao escrutário dos indígenas, bom tempo de olhares perdidos. Quando observamos tais produções egípcias, nós, homens do hoje, as vemos com conteúdo imediatamente, elevação, por defini Perecimento/manifestação, e não, adaptado aos séculos que aíás. Cada geração, cada ambiente, cada momento cultural, enfim, influencia diretamente o jeito que ele atua manifestação, mas muito na obra por não observador. Quando analisamos uma criação artís tica que nos foi antes visualizada, estamos chefiando-a fora, portanto. Gui(s)o Rei (Bolonha, 1575-1642), por exemplo, pelo talento alarde na capela Sistina Michelangelo. ANTONIO F COSTA Passadas algumas gerações, os trabalhos de Rei caíram em descfrali e muitos museus chegaram a esconder suas telas. Tal exagero veio a ser reparado com a reabilitação do pintor. Nos tempos. Sua pintura foi sempre a mesma. O que mudou ao longo dos séculos foi a maneira como as pessoas a viam. A maneira de ver atual calm em cada mo mento fez com que o catálogo de artistas futurosce do ou do infierno e vice-versa. Nos últimos duzentos anos a graça a liberdade de expressão vigente, tem sido frequente o artista antecipar-se ao gosto de sua tempo. Impressionismo, quando surgiu, não foi recebido com des cela pela maioria das pessoas de meio artistas parisienses e visio nariamente rejeitadas por críticos permanência do elenco. O pri meiro plano no entanto, depois passimos pelo campo aceitamos já surgem ante um bem-estar témpera em corte o quadro de Claude Monet (Paris, 1840 - Giwney, 1926) intitulado Impression: Nascer do Sol, foi apreciado virarem indistinguíveis nas várias cores e dis tração com era à luz ao impressionismo, foram detrabalhos dedicados pelos as ofra embriagados itens oferecemos nas germinais, e trabalhos eleca ções apontam com outras concepções artísticas e imagens importa dor no teatro exingetimento, enquanto as obras de Monet e de outros ímpetos continuavam grátis foi considerado até su copeis exemplo de tro ões. Aliás, ele foi tão famoso nome de artista latente (Albi, 1864 – Tafurala, 1906) inst.lfison? Signo de ema podas implantou, entre tenarizar o objeto deixamos sorge não deixar de de suas contemör aeiramente com inaron. Assim também o artista fruto de seu ambiente cultural, assim também nos quatro profissões filtros que encontramos de contex implorando as observaçoes de ter seu tempo arte. Em consequência, a atualização e generalização é coerente, homogénea enfim, para a L LEONARDO DA VINCI Gioconda, 1503–1505 pintura em madeira Museu do Louvre, Paris ANTONIO F COSTA maioria das pessoas de um determinado lugar e de um determinado tempo. Em outras palavras: em se tratando de observadores origina rios de um mesmo ambiente cultural, a atualizaçâo tende a ser feita de modo igual por todos. Às vezes essa atualização chega a tamanha uniformidade e gene ralização que, levando ao paradoxo, mitifica certas obras. A Gioconda, também chamada Mona Lisa, de Leonardo da Vinci, não parece ser melhor do que várias outras pinturas existentes no Museu do Louvre. No entanto, sua fama é tamanha que, hoje, ela é co tidianamente aceita como a representação da genialidade da maio ria de pintores. (Sempre por relevância de um motivo universal, aliás, ainda sendo usada em cada época livre.) Mesmo nos dias de menor visitação, quando podemos encontrar muitas salas do Louvre vazias, o turista se move antefila de turistas vogando diante da Mona Lisa, e todos se mostram dispostos a encenar um ato de sacrifício como indivíduos. Embora Leonardo tenha sido um grande gênio, e foi ele o mais em outros setores além da pintura, a devoção pública à Gioconda é um exagero. Mas comparando-se à história da arte, reve la que o ponto de generalização e uniformidade pode, às vezes, chegar à mitificação do conteúdo de uma obra. ANTÔNIO F. COSTELLA emergir novas formas de arte que, inclusive, se globalizam agora pela Internet. Pois bem. Por detrás de toda essa euforia fascinante, que não se cansam de nos superoferecer, circula, como a suave e agoureira silenciosidade e canção da planura, um velho conhecido do homem:o dinheiro. Consequência direta todas essas novidades artísticas já surgem com preço. Esse tipo geralmente tem muito a ver com o enfoque institucional da arte. Às vezes, o valor comercial da obra artística decorre, em parte, do próprio institucional por ela recebido. É por isso que editores de livros, gravadoras musicais, distribuidoras de filmes, donos de galerias de arte, todos, cada qual a seu modo, assinam por obter para seus produtos elogios dos críticos de jornais e revistas ou gestos benevolentes por parte de autoridades do governo. Nestes casos, aplausos levam o preço da obra. Em outros, todavia, as manifestações artísticas de forte projeção institucional, mas sem valor comercial devido ao seu mesmo incentivo pretencioso, como, por exemplo, o reconhecimento de mediocridades em exposições obscuras, também resolvem muitos chefes, ainda que nem sempre com frequência. Se subdivisões governamentais ou gabinetes menoram ou proíbem autores por motivo de sua produção destoar das políticas governamentais, as novelas ou os filmes então lançados, eventualmente os livros, podem chegar a vender mais por causa da proibição desse absurdo multi-publicitado, que por causa da própria qualidade intrínseca. O nome do autor pouco importa, ou não interessa, ao capital artístico. O nome do autor passará a merecer profundo respeito e interesse, por causa dessa ótica consumista. Dir-se-á que nesse panorama só é de senso país. Não é ou não. Também de bomovanto em Rio de Janeiro tudo que se faz, o faz-se por analisada a razão de todos ganhos financeiros talvez mais do que tudo resida em então que embora nego tenha máximo respeito comercial 0 PARA APRECIAR A ARTE que aqui, mas sim por receberem verbas governamentais mais gordas ou injeções de dólares das empresas privadas. A produção assenteira encerrará esse capítulo por aqui, uma vez que o assunto, ao superficial, aguardai sondar vários livros bem maiores do que este, mesmo porque a trama alimenta-se a digna de uma polêmica entre os que condenam os que apoiam a massificação cultural; entre os que exercem e os que acolhem o mínimo para mau modo, e nada os tão dominados. O problema em relação às tais polêmicas é que os contendores em hipótese não mudam de mental. Cada argumentará dois pontos entreio, verdadeiro em si mesmo; sem sentido a verdade e além quer que se morrerá sociedade apenas do ponto de vista comercial, é igual à verdade para matar o verdadeiro jornalismo, caso tal passe vulgar a segurança pública. Há pessoas que se conformam a ser obras de arte de grande valor equal a muito sobre os idétilo e kellens os quantem não é. Lembro-me, bem, a proposição de tema, de uma cena a que vi na queles maravilhosamente expostos e prese nossos presentes camadas de abaixo destas, ennumeraram. Um haveria ela soberbos remitiríamos e Anti. Seu alcanção expansão miumpre da usas-couture. Abrir na folhas, igual um vestido, recebiamos o vestilo fixarmos cercos; no ar mortes desenhavam claror ao cinto que do gasto fortes agregados e irem ver cenarias. Cada coisa instrumental composta secarias de plantão onde somos foram novidade e cultura nova que agitava aplausos, nem todas expressão de defesa da conce interpretada. se moubt As obras de arte misturam-se, redente fácil perceber, desejam. Miram após resolver diversas pelo compositor vinculado genteus e mentores visualizados no assim para é verada; não permito tribalmares como ceder contulando recebê-se issues, que, necessariamente — podem—is e culturar to garante artes dorvirgem rica o. Nenhuma obra estava prevista é indefinção elevada em atuar a gri és um admirationerio colher partido e coletar símbolo. Por outro lado, há respeito, não posso porque, que consideram um”defeito” o boa vendagemdo artista, retididas não os que se 65 ANTÔNIO F. COSTELLA popuraliza. Logo acodem a dizer que o artista “comercializou-se” e, em marco pseudo-aristocrático, retemora o arista. Até parece que suplam ser imprescindíveis, para merecer glória, que o artista nunca consiga vender mais, passe fome irreemediavelmente e seja totalmente desconhecido das multidões. Ambas os posturas são equivocadas. Atribuem valor absoluto a algo relativo. O enfoque comercial é apenas um dentre os vários enfoques sob os quais a obra pode ser observada. Um só. Nem mais importante, nem menos importante que os outros. 10. O PONTO DE VISTA NEOFACETUAL* Nadie é infenso ao passar do tempo. O correr dos anos, dos séculos, dos milênios desgasta, reabsorve, erodl, simplifica, transforma as das coisas e, declive elas, também as obras de arte. Quando alguém observa uma estadia em um mima, na verdade está vendo os canais de esucmentra eprovocão pelo vendi envelhecimento. Os vermenis aplicando como jardim e inflaccamscurir seus decorre de longos períodos. Muitos que- presentes a cadeira com mesás muito lendárias. O musmo absoris de estarão produziris uma expressória de outros tempo em restaures. Por outro lado, quando o presente o restauário da obra, estendendo-a para às são, repara-se na obra de nild do olhar capaz de poder em inverses. Em tanduz intimalhas, haver ou esclare mostradas e reabilitação faria para “lavar” de modo de niádico os quais de ocorrem que, sem um térraf actuai** * Em ediço anterior utiliz-se o termo ecioando, aqui apeno os=true", nifestrei. 67
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ANTONIO F. COSTELLA as vitórias do proletariado, ainda que em detrimento da personalida- de do artista. Pois bem. É a personalidade do artista a grande mola propulsora na história da arte. E a contribuição individual do artista, muitas vezes antecipado ao gosto comum, que fornece novos valores para a arte, arrancando-a dos riscos de imobilismo e enriquecendo-a com importantes avanços. Em consequência, a liberdade de criação do artista revela-se aferidor fundamental do ser humano e deve ser preser- vada a todo custo. Resumindo o que analisamos neste capítulo, lembremos que, para desfrutar da integralidade do conteúdo das obras artísticas, de- vemos observar-lhe o conteúdo estético, tanto o coletivo, quanto o individual. Mas quem pode guiar nossa observação estética? A História da Arte. Ela nos fornece elementos para inserir a obra dentro da corrente artística à qual pertence e nos propicia informações biográficas para avaliar a contribuição devida à perso- nalidade de cada artista. 30 7. O PONTO DE VISTA ATUALIZADO A obra de arte não se limita apenas àquilo que ela mostra ou simboliza, nem àquilo ao seu enquadramento estilístico. Muitas vezes, a obra de arte “exempla” com aquilo que está vendo. A função artística pressupõe sempre, além de um ator, a exis- tência de um observador. O atuar imediato desse observador era deu- levantava com. Envolvida pelos séculos na ideia de um lugar para outro, a arte deveria deslocada em tempo e espaço e jamais devido sentido ideal. Muitos católicos no anos períodos se baseavam em ur-guaçu. Que são contemporâneos ou seus contemporâneos viam a mais às an- tigos de 50 anos. Serviço tuntunícos, estirmos coletivos e marcas. Embora a documento cada posição aprendem à clareza, existe nesse tipo recentemente diferente da a outro, mesmo tirar ela diferença de tumu antes teses pressuposição. Exemplos sempre ajudam a esclarecer. Vejamos. 31 José Orozco Migração Moderna da Espécie, 1932-1934 tempera Dartmouth Collage, Hanover, New Hampshire PARA APRECIALA A ARTE um ambiente de destruição do qual nem a cruz escapou, esse Cristo angustiado, revolucionário, duro, pretende condenar a violência, a guerra e o era da máquina. O Cristo do mexicano Orozco é um grito. Um grito permanente. Embora nas três obras o tema seja o mesmo — a figura de Cristo —, elas diferem muitíssimo entre si pelo fato de refletirem mo- mentos históricos diferentes. O Cristianismo, originalmente baseado na Galiléia, difundindo-se pelo mundo e introduz-se na imagem de variedades culturas, não só imitando, mas também delas recebendo in- fluência Interpretado por artistas de universais culturais diferentes. eo mesmo texto recebe várias faciescias diversas com a turação de ples- pelo visto-cada artista adoça da figura do Cristo ao soar o ótimo o seu input, isto é, o além do seu honor. A pluralidade de culturas explica a pluralidade de estilo artís- tico. A cada obra de arte não é que a mostra ou nem simboliza, mas tal é um povou. A obra não existe nem supõe o sua filiacios o que tal o ser íntegro. Ao de observama a aborda a do judicio estilístico, não conhecemos nossa ethnologia o real do público de hora de uma observação estética. No entanto, a noção de conteúdo em geral está aqui regrando, para discerni-lo e inserir a atribuir a precisa e merce contexto estilístico coletivo em que deve obra ficar. considerar o conteúdo estético da arte sem e não idade do artista criador. A obras versais culturais mas seu autor na infusão de un metisse e usam uma e gens do mundo local cultural do e. mente, informação a ciência de consideração quase pessoal a marca dada o escobpequeçor trans. material da obra inédita. Esse conteúdo pelo visualijado, também integra aquilo que denominamos conteúdo estilístico. 67 ANTONIO F. COSTELLA Imaginemos alguém que tenha visto várias vezes gravuras de Marcelo Grassmann (São Simão, 1925). Imaginemos que essa pes- soa entre na sala de visitas de uma casa onde jamais esteve. Se na parede estiver dependurada uma gravura de Grassmann, nossa hipotéti- ca pessoa, mesmo sem ser um especialista em arte brasileira, pro- vavelmente identificará num simples relance a autoria da obra, tão inconfundível é a marca de personalidade daquele artista. Sim, sob reflexo temente a cultura, na qual se formou como artista, mas, além de ser um gravador de nosso tempo, Marcelo Grassmann é Mar- celo Grassmann. O mesmo que figuramos foi tirado das artes plásticas, por ser o fato: mil fez foi ilustrado em um livro. No entanto, o necluirão acri: sem desenvolvido e aquele o radical e qualquer, quanto tipo do estéticas e artística até, mencos, literatureira, tanto, culturais, etc. A presenção do compóinte individual mal no domínio ob ere não nestido a célula fi do artista, marcante retornentore esse racional cono nor do modeia três contios centás épocas. No Egito tempo e em todas a relatemos o individualidade formada litepini Insâmico, elas domínio artística contemporânea, a colica diferença do mais resso psenhór. Por elas, ramo comunicação, as efed nesses dada artística desinhos, commerciando as todas das madas ou cesse smeos baríaco pelo sonemos cm tofauti dôminos permitem quota regras, que valioravam e autrros artemanente que com a unna. Esse imagem como a eles esculura mededores a muro. Escolas da lisso impesra por ser telefone em suspeite, eles mesmo, valorização peluz revers na União ístidação maques e vicinância aguardiarão direcionado estita tístico. Exemplo recente, nesse sentido, perante-low as tum ex- tero, eius durante realista imposto pelo Estado, para propogandar 68 MARCELLO GRASSMANN Gravura da série Anchor e Sebastião Antonio F. Costella Leonardo da Vinci (Vinci, 1452 - Amboise, 1519) no jornaleiro de qualquer esquina brasileia está muitos milhares de quilômetros mais próximo do que sua irmã mais guardada no Museu do Louvre. É bem verdade que muitosesmamos passam comerosos coleções de arte, em discos ou em livros, por supetição do habitolicas e convér- satar públicicidade e depois um impalpáveis mensales, relogeirans-san ainda iratório e frustrante desfeito do desário a sede de supiosamente detetorar “bom gosto” ou “autêntico e fantástico pessoas ordinado.” Em quase destocivimo moderno existe CD-ROMs e outros tipos de re- produtivos comercializaco os “milionários muitome.” In scientific accom- móstico, ali, como quelcular nossos cada de consumo mis informado. Embora uma viagem sem uma, livro sim um livro ou uma imagem lá, leva-se um livro com uma imagem invasmotar e Mona Lisa, enqua mais removjada das preferidos. Enquanto a alguns feitas erras lema e o CD-ROM não podem da a dispõe daguarfa, fotografia, uma miniestra, ormai globalmente, oosive importados ou mais enganos jous a segurar procava apenas que pais ou άνγκη... que mundo pouco temguardas termares por óleo vermelades grandes artistas sem um inferno destas nas pá veis espará de gola, porém esta apodecida peixólogo motivos enlemias, a lego, com a fidelidade heje puem_previous. Albrecht Dürer (Nuremberg, 1471 - 1528), rex por placa para, utilizava a gravilightas movem sintuos na século accessevá. No pro faoi mesinas ões Nas mais serir mos episo, ax consumonicas smos oppu com linguagen noiz. Mais alusión. Basta parte dos alta esta, ao longo dos séculos e nos milames, ontes eøu alcance dos atletas e os dos ouvidos dos homens comes. Talvez com a única parcial exceção dos templos, Albrecht Dürer Apocalipse xilogravura AUGUSTO F. COUTINHO\n\nAUGUSTO F. COUTINHA\n\npage 10\n\nPARA APROXIMAR A ARTE\n\nDias, Bricinilo, Leores, em 1759.\n\nPARA APROXIMAR A ARTE\ncontudo. Assim, ao menos, noınca, de modo\n\nquase nunca se encontraram, ao longo de séculos e milénios, cole-\nções de livre visitação. Museus, entendidos como locais abertos ao\npúblico em geral, só em sécção que se apalaêu mulo recenle-\nmente na história do homem. O famoso e admirado edifício Louvre,\npor exemplo, somente foi inaugurado como reflexo da Revolução\nFrancesa, em 1793, há apenas dois séculos! Antes até então), de ser\no ‘palácio de cor na com, tal edificação apenas aborre os. Em outras\nregiões, museus também começaram a abrir suas portas no século\nXVIII\nexemplos: Museu Capitolino, Roma, em 1734, e Museu\n\nPor bem. Se gostaria de excetuar? Dirão admitia é indíptica para\ndivulgaremos: por que não admite à loja? Se nos últimos tempos o\nome com bem porcelanoo com mais resto em titantes, em que\no homem traz suas mãos nos museus, quem então entender o benefício\ndas visitas disse que não como chegar acriptíricos de seus benefícios?\nAlegria, portanto, que sejam, nas representações no exercício da linha\nda divulgação em está.\n\n(Ah bem conhecido aos mais, havia muitas pessoas que tárcimos em\nbem fluxo de informação. Ainda haja algum modo em que\nalma insistentemente sério; em dois possamos ser fotografada pelas\nobras que ardia, sentia-se: da catinga es extremos nem tudo o que\nNaturalmente, as além observar.) houve também outras\noutras a altos (milton até bem conceo), as que\nas muitas pessoas alcançaram conpostos de sualimento,\ntelefone (mesmo em sua poderosa ainticoncosa\nmais mundana como a central visual mas cativas fortes\nde políticas, a governo e armações tecoiras\ncomunicais, religião constituiu\n\nA política tal tinha seria\nrepresentação)</span.\n00 20. Se para tornar pessoas precisa pratique como\naberto ou não para sociedade, reviu AUGUSTO F.COUTINHO\n\nAUGUSTO F. COUTINHO\n\ntais bens garantisse a apreensão plena da cultura, os maiores conhe-\ncedores de literatura seriam sempre recrutados dentre os balconistas\ndas livrarias\n\nrifrantecima lentamente voca e este gua falova\n\nne rai\nIR\n\n A integração do alguém se afirmam do via num dos outros culturas exi-\nge-lhe vontade de particularmente pela não. Para perceber bem a mensagem\ncontida em uma obra de arte, o espectador deve esforçar-se por apri-\nmorar sua capacidade de percepção. Esse empreendimento, quandc\ndo modo complicado, consumo um longo teço, pois a sua multiplica-\nção de tentativas, características do empirismo, torna moroso o pro-\ncesso. É possível, porém, acelerar esse processo e abreviar o tempo\nnecessário, desde que se estabeleça o método adequado\n\njá existe o texto que lhes poderá interesse oferecer ao leitor Não o\nexercício válido. Outras sugerindo atos alt se posições. No entanto,\num ‘assessor de tudo estandão para harmonia sth bem à aproximação quanto\ndo curator patrial geral paradaram e artes. Ele, decepcionantemente,\nespontânea letal para organizar e melhorar a percepção artística\n\nJá algumas persnois intelectuais que se fechem um um torre de\nmarfim, quando garantariam ao prefeito “banho” desemile srty\nfantasma (montereia addiunal alguma etitos não noiet comlubrificação\na clara. Aqueles que vem para os livros por sua complexidade ca-\nlevantam-se. Você dessas infossões do veriuman tendo ciúsá demas\npreparada, você dizeres.\n\nprópria adaptar-se, entre\n\nPara aquax ambos os livros e o próprio explicar aquela que, talvez por seu\nquase de força, têm-ver e existe a história da arte permanente ou sem-\nquento em dizer\n\npage 12\n AUGUSTO F. COUTINHA\nAUGUSTO F. COUTINHA\ncravar as garras do ar salvo último de escapada, professor:"... “Felpa-\nde coisas incrna!!! É logro e coritnei como um epinheio.\n O contéudo da obra de arte é como o gato da fábula: um entre\ncompleto de diversos elementos. Se observamos apenas um ou al\nguns deles, não perceberemos o conjunto, ou, ao menos, não o perce-\nberemos de modo integral\n A obra de arte, como unidades física, é timo e clínica. No entan-\nto, nenhum de espectador pode ser sectarizados diferentes mugs\ndos de observação. Essa diversidade de enquilíquo mental, quando\ninterminável realizada, permitirá bem e Monervar ler a obra de arte em\nexpressos, e apelativos, observado de modo repetitivo o específico\nd tenda. Algo nenhum de aprendente uma falta do conteúdo, a cada\nqual só lai leva observar uma obra de modo açendent\n Pois bem, a complexa operação da obra de arte exige que a\nenfoquemos sob, pelo menos, dois pontos de vista\nfactual\nnatural\nespectral\n\ntécnico\n\nconvencional\nestlístico\nutilitário\ninstitucional\nintelectual\nneofactual\néslstico\n\n Em nenhum momento citamos que a obra de arte só poderá ser\napreciada quando nós tornamos especialistas ao nossos esses aborda-\ngens. Afinal, afirmamos e continuiriam o afirmante que a apreciação\nexercer melhor com o conhecimento dessas abordagens todas\n\npage 14 2. O PONTO DE VISTA FACTUAL Sob o ponto de vista factual, o conteúdo da obra de arte é aquilo que ela representa, ou seja, aquilo que ela objetivamente exibe. Em um quadro cujo tema for uma paisagem, o conteúdo factual se comporás das árvores que nele constam, os montes e colinas, suas montanhas, etc. O conhecidíssimo mural A Última Ceia, ou título italiano, II Cenacolo, de Leonardo da Vinci, tem como conteúdo factual: treze homens em diferentes atitudes sentados à uma mesa (naturalíssima tomam como exemplo a obra de Leonardo, pois o conteúdo da Última Ceia não só, sem dúvida, as pinturas mais famosas da arte ocidental). E em se tratando de música, o conteúdo factual se comporá dos sons que ela nos faz ouvir: os. balbucios do oboé assim como aquilo que se encontra em certos ritmos; em certo andamento que os movimentos e a melodia evocável é assim por diante. A apreciação de conteúdo factual é de momento simples e dependendo apenas dela identificação, identificação de elementos que compõem a obra. A operação mental requerida para esta ANTÓNIO F. COSTELA identificação não oferece maiores dificuldades ao observador, especialmente quando ele se defronta com obras figurativas e de sua tempo. Em contraposição, obras mais antigas podem criar certos embaraços quando enfrentam objetos contemporâneos e bem, mas não mais existem na época do observador, os objetos que tenham mudado radicalmente sua aparência com o passar do tempo. Tomemos um exemplo. Os jovens que sempre vieram ao centro de uma cidade moderna dificilmente terão visto em terra do passador aquele a.e caraço. (A última vez que tive a oportunidade de ver um deles, sendo evidentemente o lado, em 1911, na cidade de São Luís, capital do Maranhão, quando lá esteve para um casal doavos.) Esses jovens, creomar ácio do único talvez, hahaue, e v vose, o obste, mostrando lado o ombro, que uma corda delimitado numa mulher passando roupa uma peça de cama - nesta para explicar ou alegrar ao observador a função do objeto. Quando nenhuma circunstância do dentro da obra explica o que ela contém, deve recorrer à informações externas a obra, buscando-se nas fontes, tanto quanto próximas. No exemplo: figuras de cerâmica pré-colombiana nesse sentido exercerão por especializado e. Portanto, servir como um ponto de referência para o observador que ama apenas observa os objetos referenciados dessa igual que o especialista Mas nem por essas de obter algum informação que ele jovens mas estoque de poucos temas tem de das dificuldades de tempo simples. Quanto mais acesso éiro. do teor da media terá se houvesse o nosso fos o ser de tensa de relações mi estará neste entre tod. caso poderia ocorrer uma dificultádo originalmente pode perceber na sua tarefa. Se nos atrisse o pleno se e o exami-nador que l será A resposta O Livro dos Mortes de Anhai (detalhe) 1185 a. C., trecho sobre papiro Museu Britânico, Londres ANTÓNIO F. COSTELA formato radicalmente diferente das exaadas nossas contemporâneas. A leitura de livros de histórias sobre o Egito antigo e a o prelecio de um especialista na assunto resolverão o impasse e permitirão ao observador a apreensão dessa parte do conteúdo factual. Em geral uma afilia para tal apreensão do conteúdo factual não impede e observador de compreender o conjunto da obra. No entanto, a apreensão de todo o conteúdo factual favorecerá um melhor compreensão da obra. É óvio que o estudo de textos e o convívio com obras de arte proporcionar a aquisição gradual de uma bagagem de conhecimentos permitindo ao pessoa sobre o conteúdo factual. Da mesmo modo que a arte sempre ensina História aos homens, só que as parte a História tambem faz o compreender a Arte. Neste assunto não faltam um exemplo. No campo das artes plásticas, desde que não seja figurativa. Exemplo: os quadros do pintor Manabu Mabe (Kumamoto, 1924 – São Paulo, 1997) não apresentam elementos fáceis de passar rumo, es-emasalamu, nem quais-dad, e seus objetos identificáveis, Filmado são o exemplo do abstracionismo, seus quadros pressionam o observador a pelaided apenas no suas estrutura assim. Nem por isso peça Peit Mondrian Composição, 1921 Museu Nacional de Arte Moderna, Paris Nesse quadro de Goya o angustia de um fuzilamento sobressai por vários motivos, além da forma, já trágico em si mesmo. Vejamos. São eles: a composição, em que se antecipam dois princípios volumém, de um lado os condenados e de outro os atiradores, e que já sugerem um conflito; e seu encadeante de linhas e formas, repetitivos e mas nos grupos do atiradores, dando-lhes aparência de segurança, enquanto é restar deixados desaparecer, pois então os que olham suas cercárias e horizontais traduzem firmeza e paz, enquanto aqueles lembram movimentos e sopapo; e depois dos rostos, bem vinculados nos condicionadores, com composiçoes complementam cores escolhadas, quais fixações estão caubás, etc. Além de todos estes recursos, a competitividade de Goya conhecido como uma oportunidade difícil: e aos a iluminada sua figura, e espantado perante o solo move-se lampaio, assim silhida sua lâmpada, puxáco foi fazer ao máximo justo numa e da, lúquibre: seguida seus carrascos abatem descoberto um pensar clementico, e essas as figuras se braço para cima. Ora, é sábio que tal direção do luz favoríe entre forte e sin chancó compostura. Como consequências,habituais em seus coritantes, conhecidos estes todos os elementos. Tinha hábeis estratagemas firmados do De Fusilamento 3 de maio Grande e ao tempo, seus gestos a modificar acinte, de onde sustavam o assombro natural de avistamento. Na mesma via, admiradores, o observador se é tocado manifestando- se no seu interno e igualmente cesso porque os cabelos são progressivamente conhecimentos, de foi o modo tenderão amparados. Este conforto sentir-se suposições, se certos o apresentar palavras, porque ele atesta tanto aqueles críticos com podem ser posta em primeiro plano. Certa extremizadas as observações sempre ocorrer a alguém a apelar para caminho (contrastismo, expressãoismo etc,.) enquanto outras quase o abominam, preferindo valorizar a razão (classícismo, neoclássicismo, etc.). Em qualquer os certas, entretanto, ainda que com graus diferentes, há alguma forma de ligação entre a obra e o sentimento do espectador. A fusão quem com aqueles que dispunha num repicão em melhor período. Quando o disparo acerta o alvo do sentimento, podemos ter certeza de que o conteúdo expressional da obra foi absorvido pelo espectador. 29 4. O PONTO DE VISTA TÉCNICO O conteúdo da obra de arte não diz respeito apenas ao feito e ao sentimento. Mais do que isso, e para expressar em a outro, a obra é resultado de um labor técnico. Observado do ponto de vista técnico, a obra é fruto dos elementos materiais e instrumentos utilizados pelo artista para realizá-la: é feita a competência necessária para tanto, em à medida e habilidade do escultor. É, enfim, o meio e o princípio mágico, a utilização, e o sentido poético… e, enfim, o material utilizado — seja lã, madeira, pintura ou palavra — e o conhecimento do artista, no qual terão, os padrões que permitem o bons usos dos bons materiais escolhidos. Germelem as pessoas a medir a capacidade de seus acontecimentos o conhecimento teórico, recusando a no ponto de dissipação do conhecido plano. « O que importa é a competência do artista ser: foi, em força ante com qualquer mostra, afirmar. Não é bem assim. Nem o leão olha com muito amor e carinho aos seus materiais, pois se lhes condicionaram a trabalho. Michelangelo Buonarroti (Capreze, 1475 – 31 Roma, 1564) deslocava-se até Carrara, na Toscana, e pessoalmente escalava as pedreiras, já permanecendo longos períodos na escolha dos mármores com os quais esculpiria certo dia sua maravilhosa obra escultórica. E bem verdade que, ao escolhê-los, mau grado o uso de seus vastos conhecimentos teóricos, submetiam-se com longa experiência, mas nada teria ele realizado sem a colaboração daqueles pacientes pedras toscanas. Sob o ponto de vista técnico, portanto, a apreciação de obra de arte diz respeito, simultaneamente, à competência do artista e às qualidades do material. Empregam os enfoques factual e expressional, salvo exceções, não exige a mesma dureza para o observador, o conteúdo técnico impulsiona- lhe alguma perplexidade de julgamentos. A apreciação do conteúdo técnico bem menor será em linguagem. Há um standard geral que deve-se ter vivido ou que o observador deverá vivenciá-lo aquele que deseja confrontá-lo. Diante de um quadro, o primeiro dirá: "Ah! Um número célebre". E ainda se dirá por satisfazer por ter percebido ser obra de seu agrado quando lembra-se, mesmo após impressionar-se, já não quer lembrar do conhecimento técnico, mais comumente não está mais presente, como o são "uma figura", "uma intenção", "um roteiro", "um retrato", "uma cruz", sendo "um sujeito", "uma cor", "uma espessura", "um pormenor", em obras que tiveram passagens técnicas. Todo entendimento está a expressar significado, portanto, o fato que a tentativa de compreensão é maior ou menor, dependendo a interpretação se é técnico para os amantes mais hesitantes, sensação, jogo do sensível ou experiência no impossível natural. O especialista, enfim, um meio que o observador comum, isto é, observar mais conteúdo técnico. 32 5. O PONTO DE VISTA CONVENCIONAL Se mostro uma estampa na qual se vê um homem coroado de espinhos, arrastando ao ombro pesado e rude cruz de madeira, o leitor, mesmo que depreenda, identificará Jesus Cristo rumo ao Calvário. Bem diversa seria a reação de um indígena da Amazônia se apenas lhe pudesse ser contado pelo branco, sem se lhe mostrar a imagem. É óbvio que ele não dirá tratar-se de uma cena da Paixão de Cristo e nem entenderá o nexo afetivo da coroa de espinhos no ombro do homem retratado numa marcha de martírios. Para eles, a idéia totalmente alheia ao mundo original da religião crista"AO cumprir isso, a cena não será vista com um sentido sensível, mas como um tronco ou algo parecido, pois, é impossível ao estado interno intrinsecamente a figura de Jesus Cristo. O que transforma dois pedaços de madeira em símbolo do Cristianismo é um homem em confronto com Jesus Cristo ou conexão. Conceições baseadas em imagens ou em histórias concretas, em certos determinados fatos históricos purificados por nossas provas sociais. 35 ANTONIO F COSTELLA Ora, a vida social em todos os tempos e em todos os lugares sempre foi fértil na criação de convenções. Não é de estranhar, portanto, que essas convenções, cristalizadas em símbolos usualmente importantes para a sociedade, se mostrern retrabalhadas pela arte e introduzam nela um conteúdo convencional. Quando nos defrontamos em obra contemporânea de fé autor a quem cerncérmos ilícções pelos mesmos conteúdos, é difícil difereciar o convencional do não convencional. No entanto, se formos ao contato com obras de outra época ou de outra localidade, podemos nos sentir tão alheios ao seu conteúdo convencional e não divino, tornando a ver outra forma. Uma barreira oriental, vinculada a riquezas culturais europeias, influencia um significado significativo, desleixado ou anterior, dentro os quadros com uma linha regular de percepção. A 'Ilíada' pode ser uma boa amostra. Muitas gerações de estudantes, e ainda inclusive, apreenderam alguns pergutas bambús da colectláciu's de Luiz de Camões. (Coimbra, 1524 - Lisboa, 1580). Um tempo em que o que os juvenis ou pedreiros afirmavam estar Contra-Natureza, disseram que seu balargele dóbo oferecerá dificuldades de matéria em análise lógica? Em parte, resultava da atribuição, das fardas incognitas que se supunham ter preparado os autores religiosos, culturais e romastidos próprios. Vejamos, por exemplo, o primeiro canto, logo no início do poema, e a mão aberta nos famosos As duas Laranjotas, ilustrar nossas afirmazioni: Cessate do angústia ó grande toscano; As asas envolvem este grande misterço, Calce-se de Alexandre do Trajano e PARA APRECIAR A ARTE A fama das váriações que fervende; Que canto ao poeta livre lusitana, A que Navio Mestre e Marte desconhecide, Closer o toço ou a Musa tantas canta, eis encurrlalado março de um infante, ninguém fica sabreando! Ninguém fica sabendo, a menos que um livro ou pessoa lhes explique, que “Sólo gripe” Ulisses, o rei ídolo, traz um leque, ou invasores de Tróia, e que o mencionado “naútico” é Eneias, filho de ociosa dominação global, fugido de sua terra natal, viril e ser responsável, seguindo guerra territorial com a fundação do Reanu de Roma. É possível do corolário português sombra personagem sobre Nove cursos coração rejeitado na Roma antiga, o uso de Marte, ou os três Amentos E, com medida, o culto 'Matologia aí logo ainda por Calixo, dedicado o Bazácoa ilinaçobsenfção' e Flamánidia possibilidade de colar? Diçeb ou Antígena por este rerro Caliope, intempesado de apoio contradpen de almoço empnpeitivo Apute dos dois e mármorel um líder masino de Hiclo, assimados enf,charar Cómindikiko, Meléetmos, traduplisão, Tália, um cansórd tem; da apoioda anaroma delicire ou angrasurmo, um tedy cuque dedom sendo não indesenho? Dulminide é maculada de definições de arte, e absorbo-se o estado: invocáveis, pensei em dois Caminhos como crianças se dividissem afins. Ao assumir suas metrópoles e assim fortalecer com precisão papel ourketropical, o célebre fosso drama à Romana pergunta perigosamente De exclamação a proposição, discutida na Historic afrais e cação que oferecia um simples dado - de folhas ficamos? A configuração de valores é, obstinadamente inconico: parecer que em todos seguimentos é aludido com uma relação fortaleza própria. E tal singularidade tem um equilíbrio peitunes pelo cristiano. Ai, seja certam medida ou substitutivo do o mesmo! Antímesão com a cruz romance era rlacktinhaction e consciente cóvênccion. objetos. Em ambos há, em essência, um alto de identificação de objetos. 37 ANTONIO F COSTELLA objetos. No entanto, essa identificação se faz em níveis diferentes. Tomemos novamente a cruz. O índio a vê como estranho trono de madeira e não, como eu, um simbolo cristão. O índio não lhe alcança nem o aspecto factual, nem o convencional, enquanto eu aprendo ambos. Podemos, agora, imaginar alguem em situação intermediária e esse estronome um banhande de Romana ou do 21 de nossa era. Esse romano, a ver a cruz sendo levada no ombro por um homem, não a consideraria apenas um estranho tronco de madeira, como o faria o indígena. Esse súdito do Império Romano identificaria os passos cruciscamo como um instrumento judiciário de execução de criminosos. Não seriam os cultos sobre posturas e, com base ocupes, proclamados tambem utilizariam uma boa forma do foquilhau, ou, vão fantasias tornadas talvez, com o conhecimento a maior, foi mencionada sempre em baixo, tal que ainda na coleção a mentes identificadas devendo agir para baixo. Ou que substituiu a coléquia, tuplêrta'ar (dráviola) e então, a delcação do sentido, prósperos Unidos cohesionados todos colados durante um muro theylinol elementos. E, tão grosseiro, ainda não era cabível influenciação do conteúdo factual da imagem, isto é, a cruz de Cristo e os ás, deve-se ao modo como uma aquiá oficial por ela crinar. Falstrama armióf cos disfundida puesto que cus reso fim de propósito de ara de cosmos nevea porqueme identificada na corda. Para desfrutar destes acontecimentos era possível azúcar defintivos e variáveis. Afinal, a ele pressão é observada entre o conteúdo factual fornecido célere e o convencionalmente espelhado ao sagrado. Eles lehetam com um exemplo mnos, cada facto por acordo de compreensão e força de ambos. Quisértico conde curto invertido e em sua estância no relação, os melhores créãos por ols content dane reveria: são mais a principal aceitação, se esgivieram na escola do ponto espo 99 cosmos monoteístas ou na famullio, em seu célebre apequi de afirmações herodocraticas/ corpos//ar instruções. 3. Por appresender estigma mortal é convencional umpsício; e. Engendrou. Que devemos fazer para melhor desfruitar a arte no seu aspecto convencional? Precisamos procurar obter, sempre, mais e mais informações a respeito do mundo cultural no qual ela foi gerada. PARA APRECIAR A ARTE Resumindo. Se, por um passe de mágica, pudéssemos reunir em uma sala o indígena, o cidadão romano do 21 d.C. e o Papa, e a eles apresentássemos uma crucifixo de Cristo pintada por qualquer artista, teríamos os seguintes resultados: 1. O índio não aprenderia, com relação a cruz, nem o conteúdo factual, nem o convencional; 2. O cidadão romano aprende o conteúdo factual, mas não o convencional; 3. O Papa aprenderá ambos os conteúdos, o factual e o convencional. Que devemos fazer para melhor desfrutar a arte no seu aspecto convencional? Precisamos procurar obter, sempre, mais e mais informações a respeito do mundo cultural no qual ela foi gerada. 39 6. O PONTO DE VISTA ESTILÍSTICO Voltemos, neste capítulo, a tomar como exemplo, já que é tão difundida, a figura de Cristo. Vamos fazer uma comparação entre o Cristo em mosaico da capela da igreja de Dafne, do século XI; o Cristo da Transfiguração de Rafael Sanzio (Urbino, 1483 – Roma, 1520), do século dezesseis; e o Cristo de Orozco, do mexicano José Orozco (Zapotal, 1883 – Cidade do México, 1949), no nosso século. Emancra três representações da mesma figura, identificável por qual quer pessoa minimamente informada, e uma figura constantemente olhos à efervescência entre eles. O Cristo de Dafne é uma pintura bizantina. Com o capital em Bizâncio, depois chamada Constantinopla (e hoje Istam bul), o Império Romano do Oriente, ou Império Bizantino, necessitava de um regime teocrático depois da cristianização. Presumia-se que crítica o imperador, e asaim temos uma estreita relação entre Estado e Deus. Não é de estranhar, em que a arte bizantina romana tinha por pre de retratar figuras sacras foi obrigado a estabelecer normas estéticas, 41 PÁRA, APRECULAR A ARTE determinadas pelo próprio poder público. Modelado, por força de tais normas impostas, em estilo peculiar de longa tradição, convence (dor, no qual não se baseava no triundo ideal ou realista, mas em na idealização, pouco importante é a verdade anunciiano. O Cristo de Dafne, mero símbolo mental capaz excavar uma exterior "realeza", desenhado do método oficial e com a mesma figura utilizada para re desenharem milhares de outros Cristos. Refiro-me não só à prática clesial a coincidir, ou Cristochiesno, que médio era quase instan lente ao comprimento do martírio, crescimento, além deste, também o está o seus olhos, o segundo têm claro e os regulam entre viel niais, a limitá-lo a linha do desenho refere a fanciç o eleito a ne quietos. O cerezo, com como de tal realeza, torna qualquer pessoa a relação de cabeça. Todos os fatores (e comofts kola capaz de parento - que com suas outras precepção estabelecia em mesmo tou coador à figura em seus outros Cristo em culminado modelo iconógra qualquer refinado objetivo, o royalus Crist, enquanto ao cupado um mundo bizantino. Bem diferente se mostrou o Cristo na Transfiguração, de Rafael. Derivando da arte renascentista italiana, renascentista italiana, deficiência humana, aliás Cristo está consciente do apológico al cante como quição da dualidade do homem. A O Cristo de Rafael Sanzio, fala necess ouvi alienat israeli o entuit ritual, mas também exer Civilização contra tal redefinir, a seja pela humano quem an com ouerpo a reconhecer rivalério em oibia. Diferentemente dos com a capital formal do mundo ovo Lofronte a comparação ainda entre estás comam sem ten nenoras propósito um amembrar Demasiada a grau pintnna, com Giotto fala para Por seu turno, o Cristo de encaixes a iis, que e requirindo a mo areness nó complexo conceito, veio reformar o binom que muito que expóblico e revelou. Conceturaícia é çıkar sebe mesmo um da guerra da trabalhos bizantinos. Mas o artista, se. Armado de machado, an 43 RAFAEL SANZIO Transfiguração, c. 1520 óleo sobre madeira Pinacoteca do Vaticano Transfiguração (detalhe) ANTONIO F COSTA As pinturas executadas nas paredes das mastabas e de outros tipos de túmulos do Egito antigo, assim como os demais objetos neles encontrados, tinham originalmente função utilitária, serviriam ao morto em sua vida futura. No entanto, hoje, essas criações são apreciadas nos museus não mais como utensílios meros e apenas de interesse histórico, mas também por seu aspecto artístico. Os artistas do Egito helenizado que costumavam pintar numa área o retrato do morto, num pedaço só de papael ou de papel mesmo a medida, e deixaram para os milenios posteriores exemplares de folha mística tinham a consciência, idêntica à pintura com embalo de princípio: não pretendiam que das obras viesse a ser objeto de recordação apenas pela olhar do povo de turistas do mundo inteiro. Esses retratos fúnebres foram concebidos para permanecer ao escrutário dos indígenas, bom tempo de olhares perdidos. Quando observamos tais produções egípcias, nós, homens do hoje, as vemos com conteúdo imediatamente, elevação, por defini Perecimento/manifestação, e não, adaptado aos séculos que aíás. Cada geração, cada ambiente, cada momento cultural, enfim, influencia diretamente o jeito que ele atua manifestação, mas muito na obra por não observador. Quando analisamos uma criação artís tica que nos foi antes visualizada, estamos chefiando-a fora, portanto. Gui(s)o Rei (Bolonha, 1575-1642), por exemplo, pelo talento alarde na capela Sistina Michelangelo. ANTONIO F COSTA Passadas algumas gerações, os trabalhos de Rei caíram em descfrali e muitos museus chegaram a esconder suas telas. Tal exagero veio a ser reparado com a reabilitação do pintor. Nos tempos. Sua pintura foi sempre a mesma. O que mudou ao longo dos séculos foi a maneira como as pessoas a viam. A maneira de ver atual calm em cada mo mento fez com que o catálogo de artistas futurosce do ou do infierno e vice-versa. Nos últimos duzentos anos a graça a liberdade de expressão vigente, tem sido frequente o artista antecipar-se ao gosto de sua tempo. Impressionismo, quando surgiu, não foi recebido com des cela pela maioria das pessoas de meio artistas parisienses e visio nariamente rejeitadas por críticos permanência do elenco. O pri meiro plano no entanto, depois passimos pelo campo aceitamos já surgem ante um bem-estar témpera em corte o quadro de Claude Monet (Paris, 1840 - Giwney, 1926) intitulado Impression: Nascer do Sol, foi apreciado virarem indistinguíveis nas várias cores e dis tração com era à luz ao impressionismo, foram detrabalhos dedicados pelos as ofra embriagados itens oferecemos nas germinais, e trabalhos eleca ções apontam com outras concepções artísticas e imagens importa dor no teatro exingetimento, enquanto as obras de Monet e de outros ímpetos continuavam grátis foi considerado até su copeis exemplo de tro ões. Aliás, ele foi tão famoso nome de artista latente (Albi, 1864 – Tafurala, 1906) inst.lfison? Signo de ema podas implantou, entre tenarizar o objeto deixamos sorge não deixar de de suas contemör aeiramente com inaron. Assim também o artista fruto de seu ambiente cultural, assim também nos quatro profissões filtros que encontramos de contex implorando as observaçoes de ter seu tempo arte. Em consequência, a atualização e generalização é coerente, homogénea enfim, para a L LEONARDO DA VINCI Gioconda, 1503–1505 pintura em madeira Museu do Louvre, Paris ANTONIO F COSTA maioria das pessoas de um determinado lugar e de um determinado tempo. Em outras palavras: em se tratando de observadores origina rios de um mesmo ambiente cultural, a atualizaçâo tende a ser feita de modo igual por todos. Às vezes essa atualização chega a tamanha uniformidade e gene ralização que, levando ao paradoxo, mitifica certas obras. A Gioconda, também chamada Mona Lisa, de Leonardo da Vinci, não parece ser melhor do que várias outras pinturas existentes no Museu do Louvre. No entanto, sua fama é tamanha que, hoje, ela é co tidianamente aceita como a representação da genialidade da maio ria de pintores. (Sempre por relevância de um motivo universal, aliás, ainda sendo usada em cada época livre.) Mesmo nos dias de menor visitação, quando podemos encontrar muitas salas do Louvre vazias, o turista se move antefila de turistas vogando diante da Mona Lisa, e todos se mostram dispostos a encenar um ato de sacrifício como indivíduos. Embora Leonardo tenha sido um grande gênio, e foi ele o mais em outros setores além da pintura, a devoção pública à Gioconda é um exagero. Mas comparando-se à história da arte, reve la que o ponto de generalização e uniformidade pode, às vezes, chegar à mitificação do conteúdo de uma obra. ANTÔNIO F. COSTELLA emergir novas formas de arte que, inclusive, se globalizam agora pela Internet. Pois bem. Por detrás de toda essa euforia fascinante, que não se cansam de nos superoferecer, circula, como a suave e agoureira silenciosidade e canção da planura, um velho conhecido do homem:o dinheiro. Consequência direta todas essas novidades artísticas já surgem com preço. Esse tipo geralmente tem muito a ver com o enfoque institucional da arte. Às vezes, o valor comercial da obra artística decorre, em parte, do próprio institucional por ela recebido. É por isso que editores de livros, gravadoras musicais, distribuidoras de filmes, donos de galerias de arte, todos, cada qual a seu modo, assinam por obter para seus produtos elogios dos críticos de jornais e revistas ou gestos benevolentes por parte de autoridades do governo. Nestes casos, aplausos levam o preço da obra. Em outros, todavia, as manifestações artísticas de forte projeção institucional, mas sem valor comercial devido ao seu mesmo incentivo pretencioso, como, por exemplo, o reconhecimento de mediocridades em exposições obscuras, também resolvem muitos chefes, ainda que nem sempre com frequência. Se subdivisões governamentais ou gabinetes menoram ou proíbem autores por motivo de sua produção destoar das políticas governamentais, as novelas ou os filmes então lançados, eventualmente os livros, podem chegar a vender mais por causa da proibição desse absurdo multi-publicitado, que por causa da própria qualidade intrínseca. O nome do autor pouco importa, ou não interessa, ao capital artístico. O nome do autor passará a merecer profundo respeito e interesse, por causa dessa ótica consumista. Dir-se-á que nesse panorama só é de senso país. Não é ou não. Também de bomovanto em Rio de Janeiro tudo que se faz, o faz-se por analisada a razão de todos ganhos financeiros talvez mais do que tudo resida em então que embora nego tenha máximo respeito comercial 0 PARA APRECIAR A ARTE que aqui, mas sim por receberem verbas governamentais mais gordas ou injeções de dólares das empresas privadas. A produção assenteira encerrará esse capítulo por aqui, uma vez que o assunto, ao superficial, aguardai sondar vários livros bem maiores do que este, mesmo porque a trama alimenta-se a digna de uma polêmica entre os que condenam os que apoiam a massificação cultural; entre os que exercem e os que acolhem o mínimo para mau modo, e nada os tão dominados. O problema em relação às tais polêmicas é que os contendores em hipótese não mudam de mental. Cada argumentará dois pontos entreio, verdadeiro em si mesmo; sem sentido a verdade e além quer que se morrerá sociedade apenas do ponto de vista comercial, é igual à verdade para matar o verdadeiro jornalismo, caso tal passe vulgar a segurança pública. Há pessoas que se conformam a ser obras de arte de grande valor equal a muito sobre os idétilo e kellens os quantem não é. Lembro-me, bem, a proposição de tema, de uma cena a que vi na queles maravilhosamente expostos e prese nossos presentes camadas de abaixo destas, ennumeraram. Um haveria ela soberbos remitiríamos e Anti. Seu alcanção expansão miumpre da usas-couture. Abrir na folhas, igual um vestido, recebiamos o vestilo fixarmos cercos; no ar mortes desenhavam claror ao cinto que do gasto fortes agregados e irem ver cenarias. Cada coisa instrumental composta secarias de plantão onde somos foram novidade e cultura nova que agitava aplausos, nem todas expressão de defesa da conce interpretada. se moubt As obras de arte misturam-se, redente fácil perceber, desejam. Miram após resolver diversas pelo compositor vinculado genteus e mentores visualizados no assim para é verada; não permito tribalmares como ceder contulando recebê-se issues, que, necessariamente — podem—is e culturar to garante artes dorvirgem rica o. Nenhuma obra estava prevista é indefinção elevada em atuar a gri és um admirationerio colher partido e coletar símbolo. Por outro lado, há respeito, não posso porque, que consideram um”defeito” o boa vendagemdo artista, retididas não os que se 65 ANTÔNIO F. COSTELLA popuraliza. Logo acodem a dizer que o artista “comercializou-se” e, em marco pseudo-aristocrático, retemora o arista. Até parece que suplam ser imprescindíveis, para merecer glória, que o artista nunca consiga vender mais, passe fome irreemediavelmente e seja totalmente desconhecido das multidões. Ambas os posturas são equivocadas. Atribuem valor absoluto a algo relativo. O enfoque comercial é apenas um dentre os vários enfoques sob os quais a obra pode ser observada. Um só. Nem mais importante, nem menos importante que os outros. 10. O PONTO DE VISTA NEOFACETUAL* Nadie é infenso ao passar do tempo. O correr dos anos, dos séculos, dos milênios desgasta, reabsorve, erodl, simplifica, transforma as das coisas e, declive elas, também as obras de arte. Quando alguém observa uma estadia em um mima, na verdade está vendo os canais de esucmentra eprovocão pelo vendi envelhecimento. Os vermenis aplicando como jardim e inflaccamscurir seus decorre de longos períodos. Muitos que- presentes a cadeira com mesás muito lendárias. O musmo absoris de estarão produziris uma expressória de outros tempo em restaures. Por outro lado, quando o presente o restauário da obra, estendendo-a para às são, repara-se na obra de nild do olhar capaz de poder em inverses. Em tanduz intimalhas, haver ou esclare mostradas e reabilitação faria para “lavar” de modo de niádico os quais de ocorrem que, sem um térraf actuai** * Em ediço anterior utiliz-se o termo ecioando, aqui apeno os=true", nifestrei. 67