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Introdução ao conceito de nação Stuart Hall Pesquisador Estudos Culturais Formação inicial em Sociologia Perspectiva crítica que articula representações da cultura e materialismo Fundador New Left Review Centro de Estudos de Cultura Contemporânea Intelectual Livro publicado em 1992 2 Conceitos de sujeito 1 Sujeito do Iluminismo eu centro essência dotado de razão consciente 2 Sujeito sociológico concepção interativa e relacional de identidade e do eu ainda possui uma ideia de núcleo mas que seria formado e transformado 3 Sujeito pósmoderno várias identidades algumas vezes contraditórias e não resolvidas Processo de identificação provisório variável e problemático 3 Sujeito moderno descentramentos 1 Legado teórico de Karl Marx 2 Proposição do inconsciente por Freud 3 Legado teórico Ferdinand Saussure 4 Proposição do poder disciplinar por Michel Foucault 5 Feminismo como crítica teórica e movimento social 4 Nação como identidade cultural Identidade nacional representação Metáfora X essencialidade Nação entidade política sistema de representação cultural Comunidade simbólica Cultura nacional dispositivo da modernidade Formação de uma cultura nacional padrões de alfabetização universais língua oficial homogeneização cultural sistema educacional nacional 5 6 O argumento que estarei considerando aqui é que na verdade as identidades nacionais não são coisas com as quais nós nascemos mas são formadas e transformadas no interior da representação p 48 Representação HALL Stuart Cultura e representação Rio de Janeiro Ed PUCRio Apicuri 2016 Três vertentes teóricas sobre representação 1 Reflexivo o sentido estaria no objeto nas coisas 2 Intencional autor imporia seu único sentido 3 Construtivista reconhece caráter público e social da linguagem construímos sentidos usando sistemas representacionais Representação produção de sentido pela linguagem Códigos significados compartilhados 8 Pintura Ivan Kramsko 1863 Ó literatura és espelho do mundo OUVE O QUE CÊ TÁ FALANDO Pintura Pablo Picasso 1932 Se outrora a literatura era vista como espelho do mundo ou como uma expressão direta de sentimentos agora nós não conseguimos mais esquecer que os livros são feitos de palavras de signos de procedimentos de construção nunca podemos esquecer que o que os livros comunicam por vezes permanece inconsciente para o próprio autor que os livros dizem por vezes algo diferente daquilo que se propunham dizer que em todo livro há uma parte que é do autor e uma parte que é obra anônima e coletiva CALVINO Italo Usos políticos certos e errados da literatura In Assunto encerrado discursos sobre literatura e sociedade São Paulo Companhia das letras 2009 Como é contada a narrativa da cultura nacional Cinco estratégias discursivas 1 Narrativa da nação história literária mídia cultura popular 2 Ênfase nas origens na continuidade na tradição representada como primordial de essência imutável 3 Invenção da tradição conjunto de práticas de natureza ritual e simbólica que buscam inculcar valores e normas 4 Mito fundacional localiza a origem da nação 5 Povo original povo formador da nação 13 Desconstruindo a cultura nacional identidade e diferença São realmente unificadas Subordina as diferenças culturais uma cultura nacional busca unificálos numa identidade cultural para representálos todos como pertencendo à mesma e grande família nacional Uma cultura nacional nunca foi um simples ponto de lealdade união e identificação simbólica Ela é também uma estrutura de poder cultural Ernest Renan começos violentos são esquecidos Construção de hegemonia cultural 14 Desconstruindo a cultura nacional identidade e diferença As identidades nacionais são generificadas Em vez de pensar as culturas nacionais como unificadas deveríamos pensa las como constituindo um dispositivo discursivo que representa a diferença como unidade ou identidade Formas de unificação Povo único falácia As nações modernas são todas híbridos culturais Em torno da raça Em primeiro lugar porque contrariamente à crença generalizada a raça não é uma categoria biológica ou genética que tenha qualquer validade científica A raça é uma categoria discursiva e não uma categoria biológica 15 16 A redenção de Cam 1895 do pintor espanhol radicado no Brasil Modesto Brocos Raça Categoria discursiva historicamente constituída que estrutura relações de desigualdades na sociedade Categoria que encadeia fenômenos amplos e complexos que envolvem aspectos culturais históricos econômicos políticos psicológicos subjetivos etc Referese à construção de identidades e papeis sociais de tal modo normalizados que são vistos como naturais Categoria que institui relações de poder baseadas na assimetria e na negação da alteridade 17 18 É necessário então pensar o racismo como um problema político que atinge toda a sociedade Embora seja uma questão mais urgente para determinados grupos não é um problema que concerne exclusivamente às pessoas que sofrem as imposições do racismo Em entrevista ao jornal A tarde em 2006 Paul Gilroy disse Ser contra o racismo não é apenas um problema pessoal meu Se há racismo em sua sociedade então sua sociedade está estragada Todo mundo perde com isso porque você está descartando pessoas O racismo não destrói apenas as vidas de pessoas negras Destrói a política o governo a lei o sistema de educação Então o racismo deve ser direcionado como uma questão política