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Paisagismo

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ATIVIDADE PRÁTICA Paisagismo OBJETIVOS A proposta desta atividade prática está amparada nos seguintes objetivos Conhecer os fundamentos do paisagimos em projetos de áreas verdes Desenvolver representações gráficas para progetos de paisagismo RECURSOS Computador com acesso à internet e ao ambiente virtual PROCEDIMENTOS PRÁTICOS Atividade proposta Organização de um catálogo de plantas para elaboração de projetos de paisagismo Procedimentos para a realização da atividade O profissional paisagista desenvolve projetos relacionados á áreas verdes em espaços diversificados para auxiliar nesse processo é necessario possuir um conhecimento técnico sobre os princiapais tipos de plantas e suas características fundamentais relacionadas com Espécie Nome popular Nome científico Altura em metros Diâmetro da copa em metros Floração época do ano Persistência das folhasépoca do ano Indicação Imagem ilustrativa da planta com referências Desenho a mão livre da vista superior e da vista frontal Utilizando esses tópicos elaborar uma tabela e pesquisar as informações de três espécies de cada tipologia vegetal indicada a seguir para compor o catálogo de plantas sendo Árvores Palmeiras Coníferas Trepadeiras Plantas arbustivas Plantas suculentas Plantas aquáticas Bromélias Plantas herbáceas Os dados técnicos podem ser digitados e posteriormente impresso para que seja desenhado manualmente as vistas superior e vista frontal o trabalho deverá ser organizado em pranchas A3 e entregue em PDF Checklist Principais etapas para a completude da atividade prática Pesquisar as plantas para compor o catálogo de plantas Organizar a tabela e desenhar a vista superior e vista frontal Entregar o catálogo de plantas em pranchas A3 RESULTADO Entrega de um arquivo em PDF arquivo único com a identificação do aluno que tenha o catálogo de plantas 1 ÁRVORES Denominamse árvores todas as plantas perenes e lenhosas com tronco sem ramificações até determinada altura e copa na parte superior o que as distingue das palmeiras cujo caule é do tipo estipe Apresentam portes variados que segundo alguns autores podem ser divididos em pequeno até 50 m médio 50 a 80 m e grande acima de 80 m Geralmente no caso das plantas ornamentais as gimnospermas são caracterizadas em um grupo a parte denominado coníferas Muitas ordens e famílias botânicas têm árvores entre seus representantes portanto as árvores têm grande variedade de formas de copa folha flor fruto estruturas reprodutivas Com relação a forma das copas há uma grande variação colunar cônica globosa pendente umbeliforme o que possibilita diferentes usos em função da área disponível para a implantação e do efeito que se quer proporcionar A utilização deste grupo proporciona vários benefícios como o sombreamento a amenização de temperaturas a proteção contra ventos e a proteção contra ruídos entre outros Podem contribuir para aspectos estéticos da paisagem formando um plano de teto em grandes áreas como em praças e parque públicos o que possibilita a formação de áreas de lazer ativo e contemplativo Proporcionam a formação de conjuntos arboretos para a divisão de espaços ou ainda a utilização de elementos isolados que se destacam na paisagem Dentro da categoria de planta ornamental as árvores utilizadas com esta finalidade podem ter como atributos ornamentais a exuberância do florescimento como nas espécies de Tabebuia Cassia Senna na estrutura e textura do tronco como em Tipuana e Caesalpinia nas cores outonais ou no colorido variegado de suas folhas como nas espécies de Acer Liquidambar Platanus etc Atualmente tem sido destacada a utilização em projetos urbanos de recuperação ambiental onde são usadas para recompor a paisagem e o solo degradado Como exemplo de árvores ornamentais podem ser citadas patadevaca Bauhinia blaqueana magnólia amarela Michelia compacta oiti Licania tomentosa sibipiruna Caesalpinia peltophoroides resedá Lagerstroemia indica pauferro Caesalpinia ferrea ipêamarelo Tabebuia spp quaresmeira Tibouchina granulosa escovadegarrafa Callistemon viminalis flamboyant Delonix regia canelinha Nectandra megapotamica aroeira mansa Schinnus molle 11 ARBUSTOS Arbustos são espécies vegetais lenhosas ou semilenhosas com ramificação desde a base e altura média de até 4 m de altura São plantas que em função do porte podem ser utilizadas em diversas áreas e com diferentes finalidades no jardim Apresentam facilidade para formação de maciços uniformes ou não podem ser alinhados ou utilizados em dispersão Destacamse pela forma eou coloração por ocasião do florescimento ou pelo padrão da folhagem São utilizados para delimitar espaços cercas vivas compor volumes de tamanho médio a grande em jardins orientar a circulação Existem espécies que respondem bem à poda o que quando necessário possibilita um ajuste do formato ao espaço onde estão inseridos Como exemplo de alguns arbustos ornamentais temse camarão Pachystachys lutea bicodepapagaio Euphorbia pulcherrima cróton Codiaeum variegatum hortênsia Hydrangea macrophylla caliandra Calliandra spp 12 CONÍFERAS As coníferas são Gimnospermas de porte arbóreo ou arbustivo a maioria de clima temperado e subtropical e por este motivo apresentam um melhor desenvolvimento quando usadas para compor jardins e cercas vivas em regiões de clima temperado como nas cidades serranas e regiões de altitude do Sul e do Sudeste do País No paisagismo as coníferas se sobressaem pelo porte estrutura cônica e textura e podem ser utilizadas tanto isoladas quanto na composição de maciços proporcionando belos efeitos ornamentais podendo ser até esculturais As famílias botânicas que se destacam com mais gêneros com importância ornamental são Pinaceae Pinus spp e Cedrus libanni Cupressaceae Cupressus spp e Podocarpaceae Podocarpus Existem plantas com diferentes formatos com crescimento horizontalizado Juniperus horizontalis com forma cônica Chamaecyparis lawsoniana e Thuja occidenalis com formato espiralado Juniperus chinense Kaizuka entre outras A folhagem de muitas espécies de coníferas exala um aroma típico e agradável São exemplos de coníferas ornamentais cipreste nevado Chamaecyparis lawsoniana pinheiro rasteiro Juniperus horizontalis tuiamacarrão Chamaecyparis pisifera tuiachinesa Thuja orientalis pinheirobudista Podocarpus sp 13 TREPADEIRAS São plantas providas ou não de órgãos de sustentação com caule semilenhoso ou mesmo herbáceo e que são usadas para proporcionar sombra em pérgolas e caramanchões revestir muros embelezar cercas bem como para dar graciosidade e leveza aos jardins As trepadeiras variam em relação ao tipo de caule que pode ser Volúvel quando se enrolam em espiral no suporte não possuem outro tipo de fixação portanto não conseguem subir em paredes ou muros por si só necessitando de suportes adequados Sarmentoso quando possuem estruturas de fixação como gavinhas espinhos raízes adventícias etc Conseguem subir em quase todo tipo de suporte Cipó não possuem qualquer tipo de órgão de fixação e nem são volúveis possuem caules rígidos que conseguem subir vários metros sem apoio até que se vergam pelo próprio peso sobre algum suporte Escandente são plantas mais arbustivas que em locais abertos formam arbustos mas que podem ser utilizados com a função de revestimento ou cobertura vegetal quando conduzidos com apoio em muros ou cercas Existem espécies muito vigorosas como a seteléguas Podranea ricasoliana e a tumbérgia azul Thunbergia grandiflora e outras mais delicadas como o amor agarradinho Antigonon leptopus e a lágrimadecristo Clerodendron thomsonae entre outras A maioria das espécies são identificadas pelo florescimento colorido e exuberante mas há aquelas que se destacam pela folhagem verdebrilhante como a unha de gato Ficus pumila e a herajaponesa Parthenocissus tricuspidata esta ainda apresenta a particularidade de apresentar tons avermelhados no outono Como exemplos de trepadeiras ornamentais podem ser listadas amor agarradinho Antigonon leptopus glicínia Wisteria floribunda lágrimade cristo Clerodendron thomsonae primavera Bougainvillea spectabilis tumbérgia Thunbergia grandiflora Unhadegato Ficus pumila herajaponesa Parthenocissus tricuspidata 14 PALMEIRAS As palmeiras são plantas pertencentes à Família Arecaceae Palmae e apresentam grande importância econômica devido à vasta utilização nos jardins tropicais São consideradas elementos vegetais de referência devido às marcantes características individuais de cada espécie porte formato textura e coloração da folhagem Apresentam uma extensa possibilidade de utilização incluindo a composição de exuberantes maciços a orientação de caminhos por meio de alinhamentos a referência de espaços e a valorização de edificações Arecaceae apresenta distribuição predominante em áreas tropicais incluindo cerca de 200 gêneros e 2000 espécies A palmeiradelequedaeuropa Chamaerops humilis é a única espécie de palmeira nativa da Europa tem cerca de 5 metros e estipe com espinhos No Brasil as palmeiras estão presentes em diversas formações vegetais sendo que já foram identificados 43 gêneros e cerca de 200 espécies existem espécies com ocorrência em áreas alagáveis como o buriti Mauritia flexuosa a carnaúba Copernicia prunifera em áreas de semiárido e outras da Amazônia como o jerivá Syagrus romanzoffiana que é amplamente utilizado em espaços públicos praças canteiros da região sudeste Do ponto de vista econômico praticamente todas as palmeiras possuem seu potencial ornamental mas até o momento algumas das mais utilizadas são as palmeiras dos gêneros Livistona Pritchardia Sabal Schippia Thrinax as palmeiras reais e imperiais Roystonea spp as tamareiras Phoenix spp as palmeiras rabodepeixe Caryota spp As palmeiras apresentam variações em relação ao porte o que proporciona a utilização de espécies em espaços pequenos médios e amplos Há também espécies que se desenvolvem bem em ambientes internos com boa luminosidade Existe um grande número de palmeiras nativas e diversas outras exóticas mas bem adaptadas ao nosso clima A escolha adequada de espécies deverá estar relacionada com as características da área a ser implantada As seguintes espécies de palmeiras ornamentais são utilizadas areca bambu Dypsis lutescens areca triandra Areca triandra jerivá Syagrus romanzoffiana palmeira imperial Roystonea oleraceae palmeira real Roystonea regia rabodepeixe Cariota urens rápis Rhapis excelsa tamareiraanã Phoenix roebelenii seafortia Archontophoenix cunninghamii tamareira Phoenix dactylifera talipot Corypha umbraculifera 15 GRAMADOS As gramas estão entre as poucas espécies que suportam pisoteio e por este motivo possibilitam a criação de extensas áreas verdes e permeáveis no jardim Em projetos de áreas externas podem corresponder a até 70 da área projetada Além disso a textura e a cor uniforme de um gramado funcionam como pano de fundo da paisagem realçando e integrando os elementos do jardim As gramíneas são plantas rústicas pertencentes à Família Poaceae Gramineae apresentam rizomas de crescimento rápido que formam um entrelaçamento das raízes função ótima para o controle de erosão em áreas degradadas encostas e taludes Os gramados em geral necessitam de sol pleno para o seu bom desenvolvimento e a escolha da espécie deve ser em função do clima da região da finalidade de uso e da manutenção que será destinada à área São exemplos de gramas gramaEsmeralda Zoysia japonica gramaBatatais Paspalum notatum grama SãoCarlos Axonopus compressus grama Santo Agostinho Stenotaphrum secundatum gramaBermudas Cynodum dactylum gramajaponesa Zoysia tenuifolia 16 FORRAÇÕES As forrações têm representantes de diversas famílias botânicas de natureza herbácea e crescimento horizontal maior que o vertical são usadas para revestir o solo em áreas aonde normalmente as gramas não vão bem ou fica difícil a sua manutenção Evitam a erosão mantém a umidade do solo evitam a ocorrência de plantas invasoras e proporcionam mudanças cromáticas quando utilizadas na proximidade de gramados As forrações são indicadas para comporem canteiros coloridos formarem bordaduras ou ainda para recobrir áreas superficiais em vasos Há uma grande diversidade de espécies com opções entre anuais bianuais e perenes floríferas folhagens verdes ou coloridas com texturas ou suculentas Existem espécies para sombra meia sombra ou sol pleno As forrações não permitem o pisoteio mas existem espécies rústicas que se propagam rapidamente ajudando a integrar rapidamente as áreas no paisagismo São citadas algumas espécies usadas em forrações azulzinha Evolvulus glomeratus clorofito Chlorophytum comosum grama preta Ophiopogon japonicus Hera Hedera canariensis onze horas Portulaca grandiflora rabodegato Acalypha reptans trapoerabaroxa Tradescantia pallida purpurea solano Solanum violaefolium amendoim perene Arachis spp 17 HERBÁCEAS FLORÍFERAS As plantas ornamentais de consistência herbácea podem ser divididas em sub grupos de acordo com o método de propagação utilizado para a exploração comercial em anuais bienais bulbosas tuberosas etc As herbáceas floríferas são representadas por espécies de várias famílias botânicas Begoniaceae Geraniaceae Asteraceae Amaryllidaceae entre outras que apresentam valor ornamental devido à beleza das flores e que na maioria das vezes contrasta com o verde das folhas As plantas anuais abrangem um grande número de espécies que se destacam pela variedade de cores tamanhos e formatos Estas flores têm apresentado uso crescente na composição de canteiros bordaduras vasos e jardineiras São plantas que têm ciclo completo em um ano sendo propagadas preferencialmente por sementes As plantas denominadas bulbosas apresentam um caule subterrâneo bulbo localizado logo abaixo da superfície do solo do qual emitem a parte área folhas haste e flores Muitas bulbosas florescem apenas uma vez por ano e podem ser usadas como flores de corte plantas de canteiros ou plantas envasadas São exemplos deste grupo petúnia Petúnia sp amorperfeito Viola tricolor tagetes Tagetes spp mariasemvergonha Impatiens sp celósia Celosia argentea tulipa Tulipa gesnerana jacinto Hyacinthus orientalis lírio Lillium spp amarílis Hippeastrum hybridum zefirantes Zephyranthes candida gladíolo Gladiolus spp dália Dahlia spp agapanto Agapanthus africanus 18 SUCULENTAS e CACTÁCEAS A utilização no paisagismo de plantas suculentas e cactáceas possibilita a criação de jardins rochosos onde podem ser evidenciados aspectos atrativos de diversas famílias botânicas como Agavaceae Crassulaceae e Cactaceae Estas famílias reúnem muitas espécies de plantas provenientes de regiões semiáridas ou desérticas sendo adaptadas a longos períodos de estiagem Agavaceae possui distribuição predominantemente em regiões áridas com cerca de 25 gêneros e 650 espécies No Brasil ocorrem 4 gêneros e cerca de 20 espécies As plantas do gênero Agave são facilmente reconhecidas pelas inflorescências grandes que podem atingir mais de um metro de altura A floração ocorre uma única vez e ao final desta são produzidas brotações e a planta matriz morre As espécies desta família cultivadas no Brasil com enfoque ornamental são o clorofito Chlorophytum comosum as iucas Yucas spp e os agaves Agave spp A pita Fucraea foetida é considerada nativa de regiões litorâneas e tem sido bastante usada para a formação de cercas vivas na região sudeste A família Crassulaceae apresenta distribuição cosmopolita no Hemisfério Norte incluindo cerca de 35 gêneros e 1500 espécies No Brasil ocorrem espontaneamente somente três espécies Crassula peduncularis Kalanchoe brasiliensis folhadafortuna e o Kalanchoe tubiflora Atualmente a crassulacea de maior importância econômica em cultivos comerciais é o calanchoê Kalanchoe blossfeldiana Ainda na mesma família destacamse economicamente as plantas do gênero Echeveria comumente conhecidas por rosa de pedra devido à distribuição em roseta das folhas Possuem delicadas inflorescências terminais que em muitas espécies contrasta com a coloração das folhas A família Cactaceae é muito apreciada no grupo das plantas ornamentais por ser uma das mais interessantes representantes de Angiospermas com clara adaptação a ambientes secos Possui cerca de 100 gêneros e 1500 espécies e no Brasil são encontrados cerca de 40 gêneros e 200 espécies No Brasil diversas espécies de cactos ornamentais são cultivadas com interesse econômico para paisagismo mandacarus Cereus spp palmas Opuntia spp florde maio Schlumbergera truncata ocorre em regiões de clima tropical quente úmido e outras espécies dos gêneros Echinocactus barrildourado Hylocereus rainhadanoite e Melocactus cabeçadefrade Rhipsalis ripsális cacto macarrão dentre outros 19 ORQUÍDEAS Orchidaceae apresenta distribuição cosmopolita incluindo cerca de 850 gêneros e 20000 espécies excluindo híbridos artificiais sendo a maior família de Angiospermas em número de espécies As adaptações a diferentes ambientes e distintos polinizadores contribuíram para que as orquídeas desenvolvessem grande variedade de estruturas vegetativas e florais Já as flores destacamse pelo tamanho forma diversidade e combinação de cores características essas que contribuem para sua popularidade e apreciação por colecionadores No Brasil ocorrem cerca de 200 gêneros e 2500 espécies A maioria das espécies de orquídeas ocorre em florestas úmidas de regiões tropicais e subtropicais crescendo diretamente no solo sobre pedras ou principalmente como epífitas vivem sobre árvores e beneficiam da umidade e dos nutrientes disponíveis sobre a casca Inúmeros gêneros de orquídeas são cultivados como ornamentais podendo ser destacados Cattleya Dendrobium Laelia Oncidium Phalaenopsis Epidendrum As principais orquídeas cultivadas são epífitas sendo assim recomendadas para uso em vasos de cerâmica ou em materiais fibrosos placas e cachepôs No Brasil até o momento temos poucos espécies para o cultivo em solo nos jardins a espécie mais comum é a Arundina bambusifolia orquídeabambu mas também podemos citar outros exemplos como a orquídea violeta Spathoglottis plicata o cimbidium Cymbidium spp 110 BROMÉLIAS As bromélias pertencem à classe Monocotyledonaeae e à família Bromeliaceae São plantas herbáceas e perenes com agrupamento de folhas formando uma roseta São plantas originárias das Américas do Sul e Central e regiões sulinas dos Estados Unidos Elas habitam desde áreas litorâneas até altitudes acima de 3000m tanto em regiões de alta umidade relativa do ar como em regiões secas O Brasil é o detentor da maior diversidade de espécies dessa família com cerca de 40 gêneros e 1200 espécies Podem ser classificadas em terrestres epífitas rupículas ou saxícolas As bromélias podem ser utilizadas em vasos para decoração de interiores e de varandas ou serem implantadas em jardins No caso de uso em áreas externas devem ser selecionadas espécies com maior tolerância à insolação direta ou utilizadas espécies para locais sombreados Cryptanthus As bromélias dos gêneros Alcantarea Aechmea Vriesea Guzmania são exemplos de gêneros que florescem somente uma vez durante seu ciclo de vida Após a floração a planta em geral desenvolve uma brotação lateral que substituirá a planta que irá morrer As bromélias atingem a maturidade e florescem em diferentes idades de meses a dezenas de anos dependendo da espécie e condições do ambiente respeitando sempre uma determinada época do ano Dependendo da espécie algumas plantas apresentam inflorescência extremamente exuberante podendo ser de longa duração Algumas duram meses como a Aechmea fasciata e a Guzmania Denise outras são breves e duram poucos dias como muitas das bilbérgias A maioria das Bromeliacea apresenta potencial ornamental o que vem causando declínio das populações naturais de algumas espécies 111 FOLHAGENS A grande maioria das folhagens é típica de clima quente e úmido muitas das espécies são cultivadas com interesse econômico voltado para projetos de paisagismo Estas plantas se destacam pela forma cor tamanho e brilho das folhas e muitas espécies são adaptadas à meiasombra A família botânica que mais se destaca no grupo das folhagens ornamentais é a Araceae possui distribuição cosmopolita incluindo cerca de 100 gêneros e 3000 espécies No Brasil ocorrem cerca de 34 gêneros e 400 espécies Do ponto de vista econômico destacamse espécies utilizadas como ornamentais principalmente devido à folhagem ou pelas brácteas vistosas como é o caso do lírio da paz Spathiphyllum spp e do antúrio Anthurium andreanum e outras espécies Muitas espécies de plantas aráceas são denominadas de plantas de interior por também poderem ser cultivadas em ambientes internos de residências edifícios e áreas comerciais em condição de boa luminosidade mas de maneira indireta Diversas espécies de Araceae são epífitas sendo muito comuns na Mata Atlântica com destaque para Anthurium Monstera e Philodendrum Várias espécies de Philodendrum emitem raízes longas que ao atingirem o solo permitem uma fonte adicional de nutrientes As seguintes espécies são exemplos de folhagens bastante conhecidos antúrio Anthurium spp líriodapaz Spathiphyllum spp filodendros Philodendron spp monstera Monstera deliciosa alocasia Alocasia spp marantas Marantha spp calateas Calathea spp 112 ZINGIBERÁCEAS As plantas da Ordem Zingiberales abrangem as seguintes famílias botânicas Musaceae Musa coccinea Strelitziaceae Rhavenala madagascariensis Strelitzia alba Strelitzia juncea Lowiaceae Heliconiaceae Heliconia spp Zingiberaceae Alpinia purpurata Costaceae Cannaceae e Marantaceae Nos últimos anos estas plantas têm apresentado notável destaque pela diversidade de espécies pelo aspecto tropical das folhas e pela exoticidade das inflorescências São cultivadas tanto na floricultura como no paisagismo pela diversidade de portes formas e cores das suas inflorescências sendo comumente denominadas por flores tropicais Dentre estas famílias a Heliconiacea apresenta um único gênero Heliconia e tem se destacado no Brasil pelo fato de ser uma planta nativa cerca de 30 espécies e ter o seu potencial ornamental e econômico divulgado por pesquisadores e produtores Existem cerca de 200 espécies com ocorrência na América Tropical em bordas de florestas matas ciliares e em clareiras ocupadas por vegetação pioneira A demanda por produtos diferenciados influenciou a produção e atualmente as espécies podem ser procuradas de acordo com as características de suas inflorescências que podem ser pequenas leves e eretas H psittacorum H angusta H psittacorum x H spathocircinada var Golden Torch e Red Torch eretas pesadas e em um plano H caribaea H wagneriana H stricta inflorescências eretas e em mais de um plano H latispatha H lingulata inflorescências pendentes e em um plano H rostrata inflorescências pendentes e em mais de um plano H chartaceae H collinsiana H pendula 113 AQUÁTICAS E PALUSTRES O universo das plantas aquáticas e palustres foi muito bem explorado nos projetos do paisagista brasileiro Roberto Burle Marx e somente mais recentemente redescobriuse o enorme potencial de utilização destas plantas Os jardins aquáticos podem ser considerados uma atração à parte no paisagismo pois dependendo do estilo do jardim e das plantas utilizadas podem revelar calma movimento cor e texturas As plantas aquáticas se desenvolvem na água podendo ser flutuantes submersas e emergentes são utilizadas em tanques lagos espelhos dágua e fontes As plantas flutuantes apresentam as folhas e as flores sobre a lâmina dágua e o sistema radicular imerso porém livre Ex alface dágua Pistia stratiotes taturana Salvinea natans Chapéu de couro Echinodorus grandiflorus Pinheirinho da água Myriophyllum aquaticum As plantas aquáticas submersas fixas com folhas flutuantes apresentam seu rizoma ancorado ao fundo do lago e os longos pecíolos e pedúnculos se encarregam de levar as lâminas foliares e flores à superfície dágua Ex vitória régia Victoria amazonica ninféias Nymphaeae sp avenca dágua Trapa natans As submersas fixas com folhas flutuantes e emergentes apresentam as mesmas características das anteriores mas a maioria das folhas são emergentes lótus da índia Nelumbo nucifera As plantas palustres também são denominadas de aquáticas emergentes pois se desenvolvem ao redor dos tanques ou lagos preferindo solos encharcados ou alguns centímetros de água embora a maioria tolere uma profundidade de 15 cm Estas plantas também oferecem refúgio para a fauna aquícola Exemplos de plantas palustres Cavalinha Equisetum spp papiro Cyperus spp Junco Juncus efusus dentre outras