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Psicologia Social

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COLEÇÃO DEBATES EM ADMINISTRAÇÃO Psicologia e Trabalho Apropriações e Significados Pedro F Bendassolli Dados Internacionais de Catalogação na Publicação CIP Câmara Brasileira do Livro SP Brasil Bendassolli Pedro Fernando Psicologia trabalho apropriações e significados 1 Psicologia do trabalho 2 Debates em administração Learning 3 Coleção Coleção de Debates em Administração F Gouvêia de Vasconcelos Isabella F Gouvêia de Vasconcelos Flávio Carvalho André Otenhheim Mascarenhas ISBN 9788522170477 Bibliografia Psicologia Trabalho e Apropriações 2 Comportamento organizacional psicologia organizacional 3 Psicologia do trabalhoF Gouvêla de Vasconcelos Isabella F Gouvêa de Vasconcelos Flávio Carvalho André Otenhheim Mascarenhas III Mascarenhas André Otenhheim IV Título V Série CDD1587 0902423 Índices para catálogo sistemático 1 Psicologia do trabalho 1587 2 Psicologia e trabalho 1587 Pedro F Bendassolli Coordenadores da coleção Isabella F Gouvêia de Vasconcelos Flávio Carvalho de Vasconcelos André Otenhheim Mascarenhas CENGAGE Learning Australia Brasil Japão Coréia México Cingapura Espanha Reino Unido Estados Unidos CENGAGE Learning Psicologia e Trabalho Apropriações e Significados Pedro F Bendassolli Gerente Editorial Patrícia La Rosa Editor de Desenvolvimento Fábio Gonçalves Supervisora de Produção Editorial Fabiana Alencar Albuquerque Produção Editorial Gisela Carnicelli Copidesque Carlos Villaruel Revisão Caetano de Oliveira Layout Simone SantAna da Veiga Diagramação ERJ Composição Editorial Capa Eliana Del Bianco Alves 2010 Cengage Learning Todos os direitos reservados 2010 Cengage Learning Edições Ltda Todos os direitos reservados Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida armazenada em quaisquer forma ou meio eletrônicos ou mecânicos fotocópias gravação ou qualquer processo sem a permissão sob as sanções previstas nos artigos 102 104 106 e 107 da Lei nº 9610 de 19 de fevereiro de 1998 Para informações sobre nossos produtos entre em contato pelo telefone 11 3711 7399 Para permissão de uso de material desta obra envie seu pedido para diretossautorizascengagecom ISBN13 9788522170477 ISBN10 8522170478 Cengage Learning Condomínio Ebusiness Park Rua Werner Siemens 111 Prédio 20 Espaço 4 São Paulo CEP 05069900 Tel 11 36559900 Fax 11 36559909 SAC 0800 11 7399 Para suas soluções de curso e aprendizado visite wwwcengagecombr Impresso no Brasil Printed in Brazil 1 2 3 4 5 6 7 13 12 11 10 dedicatória A Ila Gabi e Bentha capítulo 3 A Apropriação do Trabalho nos Modelos de Carreira Profissional INTRODUÇÃO Este capítulo é dedicado a uma quinta forma de apropriação do campo do trabalho pela psicologia a via das carreiras profissionais Nosso propósito é como no anterior analisar o conceito de trabalho no mímpico das principais teorias sobre carreira profissional Para a realização dessa análise alguns pontos de partida são necessários O primeiro deles é entender o que significa o trabalho ser institucionalizado como carreira pois como vimos no primeiro capítulo o trabalho pode ser compreendido de diversas maneiras cada uma delas trazendo uma pluralidade de cargas moral ou valores específicos Por exemplo no contexto da ética protestante o trabalho é institucionalizado como vocação como nos explicitou Max Weber em seu conceito de espiritualidade tradicional da emergência do capitalismo no conceito de profissão mas não perdeu seu núcleo moral o que fez foi responsável por fomentar um forte engajamento dos indivíduos com seu trabalho O trabalho no entanto também se institucionalizou como emprego no contexto da ética instrumental e racionalista que surge com a sociedade industrial Nessa configuração o trabalho processos de individualização alterações no valor do trabalho como fatorchave para a definição da identidade aumento de interesse por diversas formas de mobilidade do trabalho Nesta especialização elas serão modelos de carreira propostos na literatura especializada 2 na da psicologia vocacional e 3 em algumas abordagens que chamaremos aqui de emergentes Não entramos aqui para uma análise detalhada mas podemos nos dar para entender ou aprender na atualidade Mais especificamente procuraremos identificar o significado de trabalho subjacente a esses modelos Pretendemos ainda questionar se esses modelos são importantes para os indivíduos que se apresentam como profissionais representamção e ambigüidade do trabalho tal como sugerimos no primeiro capítulo Entendemos que as carreiras profissionais atual com capítulo Excelente oportunidade para captar a experiência atual com o trabalho ponto de vista da psicologia elas permitem uma intervenção destinada a reparar os transtornos e as consequências contradicções que essa experiência coloca hoje sobre os indivíduos PERSPECTIVA ORGANIZACIONAL Nessa perspectiva as abordagens têm como foco o desenvolvimento das carreiras dentro de contextos organizacionais As carreiras são tratadas como trajetórias contínuas dentro das organiz ações de recursos humanos gerenciados e estruturados cada vez mais recentemente quando essa área é rebatizada de estratégicas de auxiliar os gestores e especialmente os próprios indivíduos nesse gerenciamento Uma panorâmica histórica dessas abordagens é de que a carrierra é um meio para atender a duas dimensões igualmente importantes as necessidades da organização de um lado e as dos4 indivíduos de outro A organização possui determinados objetivos e para alcançálos desenvolve uma estrutura composta por cargos funções e atividades que demandam ação do indivíduo que realiza para elas o trabalho Do lado dos indivíduos há uma identidade ou autoconceito individual Essa psicología prótributária portanto para uma fusão entre a idade pessoal e trabalho para o modelo que lembra a fusão entre os contextos de trabalho e o de vida E isso é apontada por Max Weber há mais de um século Nossa hipótese neste capítulo é que podemos acompanhar as formas de institucionalização do trabalho e compreender a evolução dos modelos de carreira profissionais O trabalho não é sem propósito modelos de carreira não apenas um modeloe fato se analisarmos a história da noção de carreira dentro da sociedade capitalista vamos encontrar uma momentânea que que se tornou uma modalidade de existência A carreira ra se desenvolvia na medida em que a empresa o permitisse é claro que o indivíduo tinha sua parcela de responsabilidade mas existaram fronteiras organizacionais mais nitidas do que talvez seja possível notar hoje Havia e ainda há um contrato psicológico entre interesses da empresa e dos indivíduos O contrato psicológico estipulava que a empresa tinha a obrigação de garantir o emprego ao indivíduo ao passo que este lhe devia lealdade Podemos dizer que no início do século passado não existiam modelos de carreira e que a pluralização hoje é um fenômeno recente é de que a pluralização desses modelos seja no universo da psicologia ou no da gestão é sintomática de um novo processo de institucionalização do trabalho Em cada modelo de carreira que vamos analisar neste capítulo há indicações novas significativas que modificam muito como o trabalho e mais para o final do século XX o impacto das novas tecnologias ressaltamos fusões globalização inserção e desenvolvimento das escolas profissionais e também sobre o desenvolvimento do turismo e as carreiras que pareciam estáveis As razões são reiteradamente apontadas na literatura 5 indivíduos de outro A organização possui determinados objetivos e para alcançálos desenvolve uma estrutura composta por cargos funções e atividades que demandam ação do indivíduo que realiza para elas o trabalho Do lado dos indivíduos há uma identidade ou autoconceito individual Essa psicología prótributária portanto para uma fusão entre a idade pessoal e trabalho para o modelo que lembra a fusão entre os contextos de trabalho e o de vida E isso é apontada por Max Weber há mais de um século Nossa hipótese neste capítulo é que podemos acompanhar as formas de institucionalização do trabalho e compreender a evolução dos modelos de carreira profissionais O trabalho não é sem propósito modelos de carreira não apenas um modeloe fato se analisarmos a história da noção de carreira dentro da sociedade capitalista vamos encontrar uma momentânea que que se tornou uma modalidade de existência A carreira ra se desenvolvia na medida em que a empresa o permitisse é claro que o indivíduo tinha sua parcela de responsabilidade mas existaram fronteiras organizacionais mais nitidas do que talvez seja possível notar hoje Havia e ainda há um contrato psicológico entre interesses da empresa e dos indivíduos O contrato psicológico estipulava que a empresa tinha a obrigação de garantir o emprego ao indivíduo ao passo que este lhe devia lealdade Podemos dizer que no início do século passado não existiam modelos de carreira e que a pluralização hoje é um fenômeno recente é de que a pluralização desses modelos seja no universo da psicologia ou no da gestão é sintomática de um novo processo de institucionalização do trabalho Em cada modelo de carreira que vamos analisar neste capítulo há indicações novas significativas que modificam muito como o trabalho e mais para o final do século XX o impacto das novas tecnologias ressaltamos fusões globalização inserção e desenvolvimento das escolas profissionais e também sobre o desenvolvimento do turismo e as carreiras que pareciam estáveis As razões são reiteradamente apontadas na literatura Contrato psicológico do tipo relacional quando há lealdade de ambas as partes na manutenção da relação é progressivamente substituído por um tipo transacional baseado em trocas de curto prazo e em recompensas financeiras Rousseau 1995 A partir de um mecanismo econômico arrumariam seu trabalho partilhado de acordo com novos arranjos que surgiram nos novos regimes parciais e também pelo autoemprego cional mudar de país a barreira da casatrabalho deixar uma carreira para ter um filho e a barreira psicológica não ter medo de mudar de um emprego para outro definida como a evolução das experiências de trabalho de um indivíduo ao longo do tempo Arthur et al 1989 p 8 Há também pressuposto extraído de Weick 1996 de que num trabalho mas não só nele claro o indivíduo se constrói por meio de um ativo processo de automodelagem ou seja por meio de relato da agência da ação individual A definição de carreira é implícita e de trabalho proposta por Arthur et al 1989 tem ainda algumas outras implicações segundo Inkson 2007 Primeira as pessoas são encorajadas a buscar formas pelas quais diferentes experiências de trabalho relacionariamse entre si de qualquer modo Segunda que a quonomação da carreira continua a frase explicar a carreira não é algo estático mas em contínuo movimento é a terceira implicação e talvez a mais importante a frase explicar o trabalho tem seu foco no emprego mas não confina a carreira ao trabalho remunerado Como diz Inkson 2007 p 3 Atividades fora do emprego envolvem experiências que são relevantes para a aquisição da carreira do indivíduo Assim como hobby pelo próprio cuidado e competência do relacionamento paifilho pelo cuidado da casa Assim bem como ter carreira propriamente dita Por isso no modelo da carreira sem fronteira o significado do trabalho sofre uma ampliação substancial o trabalho inclui virtualmente quase que experiências como objetivo proficional colocandoo em um fluxo de negócios e age da empresa e virtualmente quase que experiência como objetivo profissional colocandoo em um fluxo de negócios e age o da empresa e virtualmente quase que experiência como objetivo profissional colocandoo em um fluxo de negócios e age o da empresa e virtualmente quase que experiência como objetivo profissional colocandoo em um fluxo de negócios e age o da empresa e virtualmente quase que experiência como objetivo profissional colocandoo em um fluxo de negócios e age o da empresa e virtualmente quase que experiência como objetivo profissional colocandoo em um fluxo de negócios e age o da empresa e virtualmente quase que experiência como objetivo profissional colocandoo em um fluxo de negócios e age o da empresa e virtualmente quase que experiência como objetivo profissional colocandoo em um fluxo de negócios e age o da empresa e virtualmente quase que experiência como objetivo profissional colocandoo em um fluxo de negócios e age o da empresa e virtualmente quase que experiência como objetivo profissional colocandoo em um fluxo de negócios e age o da empresa e virtualmente quase que experiência como objetivo profissional colocandoo em um fluxo de negócios e age o da empresa e virtualmente quase que experiência como objetivo profissional colocandoo em um fluxo de negócios e age o da empresa e virtualmente quase que experiência como objetivo profissional colocandoo em um fluxo de negócios e age o da empresa e virtualmente quase que experiência como objetivo profissional colocandoo em um fluxo de negócios e age humanos está na definição de posições cargos com o propósito de realizar tarefas Essas posições eram arranjadas funcional e hierarquicamente em uma estrutura organizacional padrão O papel de que os indivíduos eram capazes de perceber dessa posição identificar e realizar seu progresso dentro da organização e então avaliar seu progresso dentro da organização requisitos e então os autores era comumente chamada sequência Essa sequência é pressuposto é de que este dia de carreira de um indivíduo O pressuposto é de que esta última ficaria na organização por um longo tempo se não pela vida inteira Em contrapartida no modelo de desenvolvimento de carreira centrado no portfólio há premissas diferentes sobre o relacionamento entre a organização e o empregado Templer e Cawsey 1999 citam que ao invés de uma sequência linear de carreira quimicamente organizada os empregados seriam contratados para realizar tarefas específicas tornandose empregados contratados em um regime de carreira portfólio Nesse caso definese de modo esperado do indivíduo as habilidades necessárias para as tarefas específicas e não para os recursos humanos se incluído espaço e área de atuação mas se é gerencial Para funcionamento dos processos esses modelo depende de uma mudança nas estruturas de desenvolvimento e nas atividades das carreiras Essa mudança traduzse nas funções de recrutamento humanos que no novo modelo da definição de competências centrais para o desenvolvimento das carreiras de grupos centrais de funcionários Com isso a própria empresa tornase capaz de focar suas competências essenc iais essenciais Para nossos propósitos o modelo da carreira portfólio introduz novas alterações no significado do trabalho Nesse caso o trabalho consiste em um conjunto fragmentado de atividades aparentemente nenhum deles tendo a prevalência sobre o outro Para a autora o indivíduo examinar o histórico de sua carreira especialmente as transições e mudanças por ele mesmo 124 patrocinadas descobrirá motivos norteadores os quais são produtos de informação sobre seus valores necessidades e ideais A medida que acumula experiências de trabalho e resultados bemsucedidos com uma determinada forma de atuação social e individual cristalizada numa imagem profissional o peculiar reconhecimento e o que também se pode chamar de alcance sobre a âncora de carreira se faz conhecer Podemos dizer que a âncora de carreira é portanto sua identidade Schien acredita que mesmo uma carreira bastante diversificada e cambiante possui um senso de propósito e direção No modelo do indivíduo com oito âncoras podem ser identificadas empreendedorismo 1978 1993 orientação para a integridade knowwhy ou seja constante atividade de vida e de ideias estilo de vida knowhow qualidade de vida e autodireção ou seja liberdade contínua para se expressar através da própria criatividade e autoexpressão mais alta desafio puro quando o que falam mais alto desafio e radicalização da incerteza e da possibilidade e novidade serviço e educação o importante é ajudar as pessoas de educar a humanidade e suprimir o sofrimento Em termos financeiros emprego quando a grande soma de um emprego pessoas quando resolver conflitos e gerar coesão em grupos autonomia quando o foco é a liberdade do desejo Olson reconhece essa dimensão associativa de profissional e previsibilidade e competência o importante a excelência do profissional cujo foco está no desenvolvimento de uma imagem integral atual Schien termina dizendo que uma ancoras respectivas ancoras dos membros da organiza 124 deramento do indivíduo como um ator heroico de sua própria carreira especialmente em um contexto ocupacional que muda rapidamente onde os padrões de carreira quando o modo de condução de carreira é mais determinado pelo empresa tornase altamente benéfica da forma de trabalhar A adaptabilidade portanto é um valorchave do modelo da carreira protetiana Usando outra construção recente difusão de carreira e a construção da identidade podem se resistir ou se resiliente A adaptação para manterse firme em seu próprio ambiente o indivíduo conseguiria suas ações de modo a atenuar na baixa flexível o excesso de mudanças e outras das dois valores o importante em que se é quebrar Outros dão ênfase a consciência da identidade De fato parece fazer sentido dizer que em um cenário de mudança externa o indivíduo pode se agarrar a sua bússola interior para norteação Segundo Hall 2002 a atua identificação geral de direção Para Hall esse pode vir da identidade pessoal Como vimos a carreira por definição de possuir uma âncora de carreira de um modelo de carreira âncora de carreira que no domínio de competências Poehl e Amundon 2002 com modo Hall 2002 enfatiza a dimensão subjetiva da carreira com seus repertórios de valores necessidades ideais objetivos e elementos autônomos Nesse modelo de carreira o trabalho é compreendido como uma sequência de experiências a partir das quais a versatilidade da carreira é obtida Mais importante Hall 2002 infunde seu modelo de carreira com identidade De acordo com isso transformamos em nossa própria carreira a qual age como um modo de exteriorização do sujeito que se impoe à 126 realidade orientado por seus valores e desejos O trabalho é aqui desestituído de seu papel como emprego sendo este último como um arranjo institucional que no exige adaptação mas continuidade de ajuste Novamente emprego é diluído no conceito dinâmico de experiência e de ação A forma de individualismo na sua versão iluminista parece mais Graças Nesse modelo da carreira protetiana o indivíduo é um novarame chamado a executar seu próprio construtor da própria traje O arte do artesão do período industrial Adicionalmente o artesão a construir sua obra constroí ativamente a si mesmo sua identidade e seu lugar no mundo O ideal do artesão é aplicado a nociona moderna da carreira energia automotiva renovado com características como criatividade autonomia e domínio de competências Poehnell e Amundon 2002 relacionam esse termo à ideia de fluxo proposta por Csikszentmihalyi 1991 Segundo este autor durante o estado de fluxo o indivíduo está na realização ativa do que está fazendo o sujeito e objeto Há um envolvimento intenso naquilo que se está fazendo e a ação formase motivadora por ela mesma e não porque ela leva a alguma outra finalidade A metonímia da ação determinação primária ocorre por Csikszentmihalyi o trabalho é resgatado como Na perspectiva do sujeito sujeito com forte ação desconpromissada atividade em si mesma uma ação significados culturalmente ficado distante de um dos mais fortes sofrimentos e alienação associados ao trabalho o de dor 127 Dessa forma a construção da carreira como um processo artesanal implica intenso envolvimento do indivíduo e uma grande margem de autonomia de sua parte Isso equivale a dizer que mais uma vez um modelo de carreira transfere ao indivíduo a responsabilidade por sua própria construção profissional em muitos aspectos não querem mais se encaixar nisso Nessa mesma linha Wrzesniewski e Dutton 2001 referemse aos empregados como job crafters algo como artesãos de carreiras indivíduos que ativamente constroem seu trabalho do ponto de vista físico cognitivo ao mudarem o modo como pensam sobre os relacionamentos entre tarefas do trabalho e também do ponto de vista social relacionamentos com colegas e os relacionamentos que eles têm com o seu trabalho Para esses autores o job crafting consiste em um ato psicológico social e físico pelo qual os indivíduos mudam sua identidade e o significado do trabalho Mais revelam a passagem em que Wrzesniewski e Dutton 2001 p 180 enunciam job crafting é um processo criativo e improvisado que captura como os indivíduos adaptam localmente e seus trabalhos de acordo com suas crenças e suposições a respeito e significado que eles fazem de uma tarefa ou uma definição de trabalho Em suma de acordo com o conceito de craft career mais uma vez o trabalho serve como palco para que os indivíduos possam construir e sustentar suas identidades desejáveis PERSPECTIVA DA PSICOLOGIA VOCACIONAL A psicologia vocacional é outra importante via de apropriação do campo do trabalho pela psicologia Originalmente duas questões centrais ocuparam a área a primeira referese às razões da escolha profissional e a segunda diz respeito ao ajuste dos indivíduos ao trabalho e também à ocupação No primeiro caso vários espaços de vida sendo o trabalho apenas mais um deles Dessa forma o indivíduo pode optar por trabalhar em um emprego regular em tempo parcial e dedicar outra parte de seu dia a mais interessantes sem entretanto se definir pela trabalhano Como no caso no anterior há uma argumento da divisão regular de trabalho de tal modo a não restringilo a atividades com de trabalho econômico estrito Podemos também pensar em uma fragmentação da própria identidade de trabalho já que o indivíduos possam passar a conviver de outras identidades com as quais Para encerar em uma perspectiva mais crítica podemos tamb bem dizer que o modelo da carreira portfólio é convergente com a desinstitucionalização do trabalho como emprego tentando justificar a erosão da centralidade do trabalho com essa nova roupagem psicológica da diversificação e experiências Âncoras de carreira O conceito de âncoras de carreira foi originalmente proposto por Schein 1978 p128 e referese a uma constelação persistente de talentos motivos e valores autorecebidos e relevantes para a carreira que que originalmente Conceito de Schein estava interessado em identificar as razões e os padrões escolhas ao longo do desenvolvimento de uma carreira Para tantos acompanhou longitudinalmente um grupo de estudantes forma dos no Massachutsets Institute of Technology MIT e descobriu que suas histórias de carreira apresentavam linhas que convergiam em certas preferências Foi então que que convergências de carreira para referirse a aspectos duradouros da carreira individual a respeito das mudanças e insta búlios no mundo do trabalho e na organização Para Schein se o indivíduo examinar o histórico de sua carreira especialmente as transições e mudanças por ele mesmo 123 rar as carreiras como formas de os indivíduos desenvolverem um autoconceito ou uma identidade ao longo de fases ou ciclos que acompanham as fases e os ciclos vitais bem como de estruturas interrelações entre o papel do trabalho e os outros papéis e da existência de um indivíduo Frigida 2006 Há diversidade entretanto bastante utilizado nas teorias de aconselhamento Pode recorrer a esse intuito cf Gunz e Peiperl 2007 Osipow EFitzgeral 1996 Niles 2002 Brown etal 2002 Brown Lent 2005 Nosso propósito é neste capitulo é apresentar as duas abordagens como pontos ilustrativos da apropriação psicológica do trabalho nesse domínio Em nosso entender o aspecto mais importante é que essas abordagens ajudam na fusão do trabalho à identidade De acordo com isso o trabalho não é somente uma forma de investimento e construção psicológica do indivíduo Podese dizer que o trabalho é reconhecido aqui predominantemente a partir de sua função psicológica São elas o ajuste entre indivíduo e ocupação o desenvolvimento da carreira A abordagem do ajuste As teorias do ajuste merecem ser aqui destacadas porque tornamse influentes Usando uma linguagem da psicologia social podemos dizer que se transformaram em uma representação social um conhecimento do cotidiano de forma que é comum ouvirmos pessoas dizerem que determinado trabalho não tinha a ver com quem ele era No índice de representação social esta humanista justa O conceito elemental é a representação social que se refere a pessoas são gerenciadas em função do grau de coerência entre seus valores interesses e necessidades e o cargo e seus requisitos objetivos contudo nas abordagens do ajuste e simplificando ao máximo o trabalho e as ocupações são aprendidos como um dado ali significado encontrar o universo interior do sujeito e é perfeitamente reinterpretado a partir de interesses valores e preferências individuais culturais subjetivamente e socialmente Mas no capítulo precedente na perspectiva do individualismo positivo do trabalho vimos a entrada antecedente da perspectiva do individualismo positivo do trabalho Mas no capítulo precedente na perspectiva do individualismo positivo do trabalho vimos a entrada precedente essa abordagem favorece o controle e a tomada de decisão dentro do sistema racional da empresa Abordagem do desenvolvimento da carreira Uma das mais influentes teorias nesse campo é a de Donald Super Super 1957 Evidentemente não temos condições de fazer aqui uma apreciação completa da obra de Super Dessa modo tomaremos apenas alguns pontos de sua extensão teórica ilustrativa da importância do autor Um modo particular de tomar a carreira dentro do qual o trabalho ocupa um lugar essencial mesmo que mais tarde o próprio Super 1990 reconheça que o trabalho não é o único papel desempenhado pelo indivíduo e vangloriase das algumas mais importantes etapas do renascimento teórico da profissão que ele desenvolveu original e sustentadamente sua teoria sendo depois expandida para 16 Na síntese das propostas as proposições de 1 a 3 focam o papel do trabalhador e a compreensão da Super de suas supercuras sociais e de vida No trabalho expressamse nas ocupa ções ligados ao trabalho pelas estruturas sociais 1957 os papéis ligados ao trabalho pelas estruturas sociais As proposições de 4 remetem às competências em atividades específicas As ocupações por sua vez também podem ser classificadas de acordo com os tipos propostos A teoria defende que indivíduos buscam ou rechaçam um conjunto de atividades relacionadas característica de 4 14 embora se não há relação justa rssional apresenta sua teoria da ocupação que cada ocupação requer um conjunto próprio um humanas As pessoas que as pessoas diferem em suas características e que as estruturais Uma ocupação escolador para suas características pessoais Mais importante Encontramos nessas proposições a ideia de que a satisfação das pessoas depende do quanto elas conseguem implementar seu conceito entre ocupação e trabalho Savicks 2001 Define a carreira como o conjunto de situações de trabalho e o conceito de congruência ou ajuste congruência como o vínculo entre carreira e ambiente de trabalho contexto ocupacional Essa congruência é obtida quando o indivíduo toma consciência de seu autoconceito de suas capacidades habilidades interesses e valores necessidades e das expectativas das exigências de uma dada ocupação e de suas experiências na tentativa de implementar seu autoconceito As proposições de 10 a 12 15 e 16 descrevem segundo Savickas 2005 o processo de construção da carreira Conforme Super 1957 na construção da carreira ocorre uma fase do indivíduo consegue cumprir as tarefas vocacionais quando está no desenvolvimento e o faz mediante a tomada de consciência mencionada anteriormente em relação a seus interesses e às realidades da realidade ocupacional que escolheu Em uma visão dinâmica da carreira Super destaca ao longo do conceito não é uma entidade estática ele muda ao longo dos ciclos de desenvolvimento O autor identifica cinco desses ciclos aos quais correspondem tarefas específicas e um intervalo de idade o ciclo do crescimento da exploração do estabelecimento da manutenção e do desengajamento Por fim as proposições 13 e 14 apresentam dois outros conceitos importantes em sua teoria a saber o de maturidade vocacional que consiste essencialmente no progresso ao longo dos anos de construção da carreira capacidade de obter informações e tomar decisões por exemplo Savickas 2001 e o de adaptabilidade de carreira o qual enfatiza a prontidão para lidar com as condições instáveis do trabalho e das condições de trabalho Super et al 1988 Savickas 1997 Na teoria de Super o trabalho é apreendido como um papel social papéis de trabalho uma ocupação e a carreira como ser mais sensíveis às características do recente ambiente de trabalho e a outros paradigmas teóricos como o construcionismo social e a hermenêutica contrariamente ao paradigma individualista e funcionalista que tende a predominar nos estudos apresentados até aqui São quatro os tipos carreira descritos a seguir multidirecional transicional recional transicional como narrativa e construcionista Carreira multidirecional A ideia de carreira multidirecional é proposta por Baruch 2004 2006 Para ele esse tipo emergente de carreira pode ser contrastado às visões tradicionais segundo as quais as carreiras eram linear estáveis rígidas dependentes da estrutura cultura e dos processos organizacionais Baruch destaca que o modelo da carreira multidirecional é uma consequência das mudanças no mundo do trabalho ocorrência típica das décadas mais recentes do século XX e do tempo longo prazo entre o indivíduo e a organização No passado as pessoas esperavam servir às suas organizações durante toda vida inteira Hoje a situação se inverteu e as pessoas esperam que as empresas sirvam a elas A principal mudança aparece na carreira na perspectiva entre o tradicional e o modelo emergente do psicólogo as empresas deixam no entanto envolve a reta de progresso dos indivíduos e em seu lugar passam a oferecer ao indivíduo formas de desenvolvimento Do ponto de vista da contraposição ao comprometimento de lealdade com passado Segundo Baruch as pessoas desenvolveram hoje com promessas muitas vezes e parcenas observáveis nos arranjos de convergentes com um contexto intenso individualismo e desejo de sucesso Carreira transicional O modelo de carreira transicional é apresentado por Duberley et al 2006 O ponto de partida dessas desestres é a crítica à divisão entre agência e estrutura à letra decisiva da divisão entre agência e estrutura à literatura sobre carreira A razão talvez seja o fato de os estudos sobre carreira se anurazaremse tanto numa matríz psicológico quanto sociólica Conseqüência ora enfatizase a importância dos fatores mosaicos de ordem psicológica carreira interna ou subjetiva ora enfatizase a determinação do sucesso de uma carreira objetivapor exemplo nível socioeconômico ou origem familiarsobre escolha desenvolvimento e sucesso de uma carreira O propósito de Duberley et al 2006 é examinar a interrelaçães entre aquelas duas dimensões da ação Para isso analisam processos de transição da ação dos indivíduos declarando tratado de tipo tradicional para entrar no que demonstrar um intrabahoportfólio Nesse modelo a agência exerce um papel importante na medida em que apesar de o indivíduo seguir um script préinstituído um roteiro determinado nas estruturas de scripts de scripts de carreira ele também pode contribuir não o desenvolvedor novos scripts de carreira Portanto de um lado não é que o indivíduo receba das estruturas sociais de outro o que ele transforma e cria a partir do que recebe rígidas modernidade cedem pouco a pouco o espaço para arranjos mais líquidos instáveis ou navegáveis a haja teleológicos ao ponto de vista do indivíduo não há um eu a descobrir mas sim a inventar e essa invenção ocorre em um ambiente de flexibilidade liberdade liberdade e descompromisso A metáfora de surfando na própria carreira significa que o indivíduo aproveita as oportunidades experências profissionais pelas quais passa ao longo da vida e nessa medida vai construindo sua identidade e a posteriori com base nos erros e acertos Um ponto importante do texto de Duberley et al 2006 é alerta para o risco presente em estudos recentes sobre carreira de considerar a ideia quase exclusivamente da propriedade dos indivíduos O alerta é importante especialmente se considerarmos alguns discursos correntes da área de recursos humanos que responsabilizam inteiramente o indivíduo pelo seu destino organizacional Ao colocar o indivíduo do lado do local ou do local da agência estrutura em seu estudo sobre transições de carreira esses autores caminham no sentido de conceber a carreira como uma construção social Quer dizer as carreiras são construções contextuais e relativas dependendo das organizações constituintes e da cultura Duberley e outros 2006 propõem um modelo da dualidade da agência no social como dois lados da mesma moeda agência do dualismo dualidade autocônomas Esses autores mencionam o trabalho de Stephen Barley como um dispositivo analítico para melhor entender a agência e estrutura Barley teria unido uma perspectiva interpretativista que vê o significado incorporado nos indivíduos com uma teória da estrutura social tal como explicada por Anthony Giddens Giddens 2003 A ação humana é vista como mediada pela expressão das estruturas sociais e dos meios de modalidades de esquemas interpretativos recursos e normas Essas modalidades dizem Duberley et al 2006 p 283 são basicamente elementos de um conhecimento prático e do agir num mundo social nesse caso em termos de carreira Ele Barley sugere que as modalidades podem ser construídas como um conjunto contínuo de scripts que codificam contextualmente comportamentos e percepções apropriadas Tomando o caso das instituições do gerencialismo e da burocracia Duberley et al 2006 exemplificam como elas codificam normas e scripts de carreira e modos de comportarse que oferecem cem ao construir de carreira um esquema interpretativo pelo qual ele pode moldála Os scripts determinados institucionalmente porém não individualmente Esses scripts provêm da organização ou dos grupos sociais e se manifestam na dinâmica da família e dos contextos sociais nas estruturas sociais Prosseguem Imberly et al 2006 p284 De fato e por meio de suas ações e histórias as pessoas produzem resistem o reconstroem os scripts de ação Os personagens presentes de acordo com a compreensão do conteúdo comum desse autor ou seja o roteiro social embora incoerente ou inacabado ou seja uma rede de práticas simbólicas institucionais e materiais As carreiras são fontes valiosas para a expressão de nosso autoconceito ou identidade bem como um elo pelo qual unimos diversos eventos de nossas experiências profissionais Segundo Duberley et al 2004 vistas como uma narrativa pessoal constituem meios para o indivíduo construir uma história coerente e contínua para si mesmo O indivíduo interpreta seus eventos passados e constroi teorias de cada intérpretes seus futuros Por isso Cocharan 1990 sugere que a narrativa pode ser válida para a compreensão articulação entre objetivos e ações Na abordagem de Cocharan 1997 as narrativas são associadas ao conceito de carreira para essa razão incluem além de eventos propósitos projetos como desempenho metas e habilidades é fundamental Aical incluir também a noção de um tema integral pessoal O projeto permite ao indivíduo criar um tema integrador para sua história profissão e meio de vida Desde que ele pode coolaborar a história pessoal Nesse sentido Cocharan 1997 constrói uma agenda individual como a carreira construída são posições de visões de futuro os indivíduos que mencionam que em suas visões de futuro as coisas podem com seus pacientes a quem a história fazendo as ocorrem Ou então pacientes 19 Cochran propõe novamente a via das narrativas para a construção do significado de carreira numa perspectiva ativa O fato do indivíduo construir sua própria história que ele narre a sua vida significativa não política 2005 p 49 Os indivíduos estruturam mentalmente a história de sua vida e a de sua sociedade e formam pelos narrativas de carreira da sociedade As narrativas moldam as histórias de trabalho e suas consequências na medida em que os indivíduos refletem e refletem sobre sua vida profissional Quer dizer comparamos nossas narrativas pessoais com aquelas da cultura e sociedade em que nos localizamos Daí o papel da carreira como conectora entre a história individual e a história coletiva Na perspectiva da carreira como narrativa o trabalho é um elemento que permite ao indivíduo construir coerência e continuidade em sua história pessoal Ao ligar fatos de sua experiência profissional o indivíduo localiza um senso de identidade afiliase de pertencimento a uma narrativa social Como na maioria dos outros modelos de carreira apresentados neste capítulo o da narrativa também inclui a agência individual singular sobre o poder do indivíduo no processo de construção sobre o papel social tanto físico quanto social Daí o emprego também não é um papel social uma ocupação é o emprego também não é um papel social é uma sequência de experiências coisas no campo do trabalho seja ou não em uma organização Quando as estruturas sociais não encapsulam todo o significado sobre quem somos em material de processo construir versos e que serviram como estudos da narrativa ou estudos da organização também no referido que rejeitam os estudos podem nos mesmos Colocada dessa maneira a perspectiva da narrativa aproximase de uma mentalidade romântica na qual fazemos de nossa vida uma obra de arte que nos diz respeito 20 ção às ditas verdades absolutas ou aos pressupostos tomados como certos por oposição à posição a processos socialmente construídos tais verdades são questionadas tanto no que dizem respeito à carreira quanto às verdades sobre nós mesmos aos fatos científicos quanto às verdades sobre o mundo que existem no nosso trabalho como resultado da tradição da filosofia da ciência Uma visão possível é sobre um objeto da realidade onde a única ponto de vista possível sobre o trabalho ou uma rede social embora incoerente construída ou nas verdadeiras práticas simbólicas institucionais e materiais da última característica implica uma pluralidade de formas de as pessoas entenderem e significar suas experiências profissionais verdadeiras seriam as construções sociais do trabalho da organização das organizações não se limitando por exemplo a um trabalho institucionalizada Conseqüentemente ou outro tipo de interpretação Além disso o trabalho tornase dependem não apenas da história das pessoas e sua importância mas também da história da lis cuja educação estruturativa vocacional não é um objetivo extralinguístico e essencial no sentido de um dado objetivo A identidade pessoal no caso da interação Blustein et al 2004 a identidade é um processo de construção de si mesmo por meio das interações identidades que são construídas a longo prazo a partir dessa identidade pode também ser vista como produto dos diversos discursos sociais como repertório de significados metáforas discursos agem como imagens e histórias que trazem consigo vedado particularmente evidências relativas ao certo de de identidade pessoal no construcionismo o construcionismo ou discurso ganha grande importância teórica e metodológica pois a partir deste tornase possível captar as posições de sujeito Davies e Harre 1990 ou formas de subjetivação da experiência com o trabalho e sua integraçáo na vida do indivíduo por meio de histórias de vida por exemplo 21 Garcia construcionista A abordagem construcionista aplicada ao universo das carreiras propicia uma perspectiva interpretativa ou hermenêutica qual a carreira é entendida como narrativa segundo os indivíduos às suas experiências de trabalho attribuído pelos ao Collin e Young 2000 e Duberley et al 2006 são alguns dos proponentes dessa forma de estudar pessoas cuja compreensão unicamata pela conexão embora incerta ou insegura inconsciente ou não construída ou seja uma estrutura social A pode ser apresentada em termos de suas característicaschave A primeira delas é uma posição filosófica crítica em relação ao modo como a tradição filosófica concebe a produção do conhecimento e sua relação com a realidade Para essa tradição o conhecimento consiste em uma relação em que a mente Quer dizer o sujeito como representações mentais Na perspectiva construcionista o conhecimento em vez de ser propriedade do sujeito que depende de tangibilidade é um entendimento social da realidade que dependem as interações entre pessoal é de que os seres humanos constroem um mundo tanto grande construirmos um mundo no qual podemos ligar com a realidade que temos diante de nós que Por isso a ênfase na linguagem pois é por meio dela que criamos significados A linguagem é ainda um bom exemplo de como nossas ações de crenças da formação dos processos de interação e de um contexto falase sempre da necessidade de linguísticas nas quais verdadeiras há vista serem validadas e entendidas coletivamente Uma segunda característica do construcionismo é em decorrência de sua visão do conhecimento sua desconfiança em relação em rela Segundo Duberley et al 2006 o construcionismo social pode servir para encorajar a questionar as definições convencionais burocráticas de carreira e nossas pressupos tos sobre o constituinte da vida real Ao mesmo tempo ele ilumina a importância do histórico e social no con dicionamento das reflexões e ações no campo do trabalho educando às ligações entre os indivíduos e seus mundos sociais que na visão positivista das carreiras tendem a ser obscurecidos pelas abordagens das carreiras Na perspectiva construcionista as carreiras estão sempre em construção Graças à influência hermenêutica sobre esse modelo Young e Collin 1992 o trabalho é aprendido como um campo de significação pela cultura pelos processos históricos e incutid do em discursos com verdade particular não necessariamente generalizável na abordagem em construção Há uma crítica à metafísica da essência presente em nosso modo de descrever a subjetividade ou o trabalho e a carreira Sem a essência a carreira tornase aquilino que como atores sociais e agentes de sentido temos condi ções de propor Tratase portanto de um modelo no qual a carreira é separada de emprego dizendo muito mais respeito à sig nificação de experiências nesse domínio específico da existência do que a um contínuo de premissas dadas num contexto estrita mente organizacional APPLEBAUM H The concept of work Nova York Suny 1992 Tratase de um clássico nos estudos sobre a história do trabalho Em uma abordagem ao mesmo tempo histórica e antropológica Applebaum analisa o primórdios da ideário da moderna de trabalho avançando depois em paralelo às historizações do ocidente tais dos gregos para os primeiros cristãos depois na Idade Média e na sociedade industrial chegando finalmente próximo à nossa época No período em que essa obra foi lançada o gran de destaque era para os impactos das novas tecnologias sobre o trabalho Ino Pouco mais de vinte anos a obra ainda continua atual para entendermos o berço histórico em que foram criadas as principai visões sobre o trabalho no Ocidente GINI A My job my self Work and the creation of the modern individ ual Nova York Routledge 2001 Gini neste livro compromisso à noção de identidade ou self passou a depender do trabalho para sua construção Além de fazer uma história do trabalho mais especificamente dos signi ficados que foram sendo com o tempo pouco a pouco associa dos ao trabalho o autor discute a função psicológica do traba lho bem como algumas das patologias profissionais recentes como a adoção ao trabalho nas formas de workaholism SVENDSEN L L Work Stocksfield Aucumen 2008 Svendsen ficou mundialmente conhecido por seu estudo de filosofia do novo livro parte uma coletânea de temas destinados ao publico discutir algumas das prin cipais temas envolvidos com o trabalho na atualidade qual é o significado do trabalho hoje em uma sociedade de influência e consumo Qual é a relação do trabalho com o lazer e com a vida e que dimensão o trabalho real tem na vivência Qual o fim do trabalho para a identidade de trabalho Essas são algumas das questões apresentadas no texto de Svendsen que como filósofo se nega a dar respostas definitivas o que faz de seu livro uma fonte provocativa de reflexões BRIEF A P NORD W R Meanings of occupational work Toronto Lexington Books 1990 Esse livro é importante porque consiste em uma das primei ras críticas sistemáticas às formas até então predominantes de estudar o significado do trabalho na psicologia e nas ciências sociais Em vez de seguir uma abordagem positivista com um estud o naturalista e descritivo os autores propõem uma consideração de tipo compreensivo do trabalho de acordo com a qual ele é um objeto movediço com fronteiras continum mente em transformação e dependente de potentes processos sóciohis tóricos As pesquisas apresentadas na coletânea seguem essa orientação geral em relação à abordagem do tema KOPPES L L Historical perspectives in industrial and organizational psychology Philadelphia Lawrence Erlbaum Associates 2006 Tratase certamente da principal obra sobre a emergência e a evolução histórica da psicologia no campo do trabalho em sua versão industrial e organizacional Apesar de ser signifi cativa ao estudo da área nos Estados Unidos Koppes ainda assin a restrição ao estudo do organacional A pri meira parte consegue criar uma referência internacional A pri meira parte aborda a área como uma ciência e uma prática a seguir apresenta os acidentes mais importantes na história da psicologia industrial e organizacional a terceira área a quarta acompanha a evolução dos primeiros construc tos a quinta a evolução dos constróticos mais recentes e a última aborda questões sobre o futuro INKSON K Understanding careers The mataphors of working lives Londres Sage 2007 O livro é uma excelente chave de leitura sobre as principais teorias contemporâneas de carreira Ao usar o conceito de meta foras Inkson classifica essas teorias em nove grandes gruposs 1 carreira 2 ciclos 3 ação 4 ajuste 5 jornais 6 papéis 7 relacionamentos 8 recursos e 9 histórias O autor analisa as principais características de cada metáfora apresenta os principais autores e faz ainda uma rápida apreciação critica sobre o poder de cada uma delas para compreendermos as car reiras na atualidade Referências Bibliográficas ALLENDE J C et al Nuevas prácticas de trabajo representacio nes sociales del trabajo e identidad social en la sociedad postin dustrial Revista de Psicología Social Aplicada v 13 n 2 p 77119 2003 ANTHONY P D The ideology of work Londres Tavistock 1977 APPLEBAUM H The concept of work Nova York State Universi ty of New York Press 1992 ARISTOTLES A política São Paulo Hemus 1966 ARTHUR M B The boundaryless career A new 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