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Sociologia
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Resumo de 8 páginas do livro Currículo espaço e subjetividade a arquitetura como programa de Antonio Viñao Frago e Agustín Escolano A formatação do texto será com fonte Times New Roman 12 justificado espaçamento entre linhas 15 sem espaço entre os parágrafos margem superior e esquerda 3 cm inferior e direita 2cm O resumo deve conter de forma clara a ideia dos autores sobre o impacto da arquitetura nas relações sociais escolares e como a arquitetura reflete o projeto político pedagógico da instituição Conter de duas a três citações diretas O livro intitulado Currículo espaço e subjetividade a arquitetura como programa do autor Antonio Vinao Frago em sua segunda edição de 2001 aborda a relação entre o currículo escolar o espaço físico das instituições educacionais e a formação da subjetividade dos indivíduos A introdução do livro destaca a importância de compreender a interação entre esses três elementos como fundamentais para a análise educacional Na introdução Vinao Frago discute o crescente interesse na investigação histórica da educação focando especialmente em três áreas que ele considera cruciais o espaço e o tempo escolares e os processos de comunicação e tecnologia da palavra O autor reflete sobre a preferência por essas áreas que são tanto acadêmicas quanto pessoais e argumenta que esses aspectos são importantes para entender a educação em um nível mais profundo O autor ressalta que a pesquisa sobre o espaço escolar começou a ganhar destaque com o trabalho de Jaume Trilla que ofereceu uma análise inovadora do espaço social e material das escolas No entanto essa linha de investigação não continuou com a mesma intensidade e a compreensão do espaço escolar ainda é incompleta Vinao Frago critica a tendência de focar mais em aspectos teóricos e regulatórios do espaço escolar negligenciando a sua dimensão antropológica e histórica A discussão do espaço escolar é apresentada como uma questão muitas vezes ignorada ou tratada de forma superficial Vinao Frago aponta que a história da educação tem tendido a se concentrar em aspectos ideológicos e legais sem prestar a devida atenção à micropolítica escolar e à configuração dos espaços dentro das instituições educacionais Ele sugere que uma abordagem mais completa requer uma integração de diversas perspectivas incluindo a história política social e arquitetônica O autor também destaca a dificuldade em integrar diferentes pontos de vista profissionais sobre o espaço escolar como o médicohigienista o arquitetônico o pedagógico e o políticoadministrativo Ele defende que a compreensão do espaço escolar exige uma análise mais abrangente e multidisciplinar utilizando diversas fontes como relatórios descrições de edifícios memórias de arquitetos e registros de vida escolar Além disso Vinao Frago menciona a importância de considerar o espaço escolar não apenas como um local físico mas também como um componente da experiência educativa que influencia a subjetividade dos indivíduos O autor destaca que a crescente atenção à dimensão espacial das atividades humanas por parte da antropologia e da história com um foco especial na psicologia ambiental e na sociologia revelou a necessidade de um estudo específico do espaço escolar A partir dessa perspectiva surgiram investigações sobre as intervenções e regulações estatais no campo educacional modelos oficiais e o planejamento da rede escolar bem como sobre o papel do discurso médico higienista na configuração do espaço educacional e sua distribuição em função de classe social e gênero Esses estudos têm contribuído para a compreensão mais aprofundada do espaço escolar abordandoo não apenas como um local físico mas também como uma dimensão fundamental da experiência educativa e da subjetividade dos indivíduos Além disso Vinao Frago discute a dificuldade de integrar diversas perspectivas profissionais como a médica arquitetônica pedagógica e político administrativa na análise do espaço escolar Ele observa que a pesquisa em história da educação frequentemente está condicionada pelos limites dos programas de ensino que tendem a seguir uma ordem cronológica e a focar em temas tradicionais excluindo questões transversais e integradas Essa fragmentação dificulta a abordagem global dos temas essenciais como o espaço o tempo e a linguagem na educação No capítulo Arquitetura como programa espaçoescola e currículo de Agustín Escolano o autor começa com uma narrativa pessoal que ilustra como a percepção do espaço escolar muda com o tempo Ao revisitar uma escola da sua infância o autor observa como as reformas e adaptações arquitetônicas ao longo dos anos refletiram as mudanças nas demandas pedagógicas e materiais Ele nota que apesar das transformações a essência do espaço com seus elementos funcionais e decorativos ainda preserva memórias da sua infância como observa abixo As salas de aula lhe pareceram sem dúvida menores os corredores mais estreitos a escadaria pela qual se subia ao andar superior onde estavam as salas de aula das meninas com menos degraus o pátio de recreio muito reduzido Como poderíamos ele pensou brincar e nos mover nele os mais de trezentos meninos e meninas que coabitávamos naquele limitado território Mas a memória não lhe era infiel o espaço que contemplava era ainda que menor o mesmo cenário de sua infância e os lugares que observava correspondiam aos seus primeiros esquemas perceptivos A escola havia sido para ele depois da sua casa e de alguns limites próximos a ela uma experiência decisiva na aprendizagem das primeiras estruturas espaciais e na formação de seu próprio esquema corporal p 22 Essa observação inicial leva a uma reflexão mais profunda sobre como a arquitetura escolar não é apenas um pano de fundo para o processo educativo mas um fator ativo que molda e reflete práticas pedagógicas e culturais Escolano argumenta que a arquitetura escolar deve ser entendida não apenas como uma estrutura física mas como um programa ou discurso que incorpora valores e normas educacionais A arquitetura escolar é também por si mesma um programa uma espécie de discurso que institui na sua materialidade um sistema de valores como os de ordem disciplina e vigilância marcos para a aprendizagem sensorial e motora e toda uma semiologia que cobre diferentes símbolos estéticos culturais e também ideológicos Ao mesmo tempo o espaço educativo refletiu obviamente as inovações pedagógicas tanto em suas concepções gerais como nos aspectos mais técnicos E evidente que as escolas do bosque ou os jardins de infância para dar alguns exemplos expressaram em sua institucionalização material as teorias que os legitimaram como igualmente é notório que as escolas seriadas ou as classes de ensino mútuo refletiram as práticas didáticas que se abrigaram entre seus muros p 26 Ele descreve como a configuração dos edifícios escolares expressa ideologias e práticas pedagógicas refletindo a influência de movimentos educativos e reformas ao longo do tempo A arquitetura das escolas não é neutra ao contrário é um elemento ativo no currículo oculto moldando a experiência educacional e a formação de esquemas cognitivos e motores dos alunos Escolano destaca que desde as reformas modernistas do início do século que introduziram conceitos como higiene racionalidade e controle a arquitetura escolar tem sido um meio de implementar e reforçar normas disciplinares e educacionais Escolano também aborda a questão da espacialização disciplinar um conceito inspirado em Foucault que descreve como a organização espacial das escolas serve para exercer controle e disciplina sobre os alunos Ele explora como a disposição das salas de aula corredores e outros espaços contribui para a regularização das atividades e comportamentos dos alunos enfatizando a dimensão política e social da arquitetura escolar A análise de Escolano revela que a forma como o espaço é organizado na escola não é apenas uma questão de eficiência mas também uma maneira de implementar uma determinada visão de ordem e disciplina O autor também examina a relação entre a localização das escolas na cidade e o seu papel educacional Ele critica o afastamento das escolas das áreas centrais das cidades o que segundo ele reflete uma visão higienista e ecológica que pode resultar em uma marginalização das instituições educativas Escolano argumenta que a escolha de locais para as escolas deve ser considerada como um aspecto do currículo pois a integração ou separação da escola no tecido urbano pode influenciar a experiência educacional e social dos alunos Escolano continua falando que em cidades utópicas as ideias de perfeição e equilíbrio frequentemente se traduzem em efeitos pedagógicos Por exemplo a Città del Sole de Campanella inspirada pela visão de Plutarco é um exemplo de como a utopia pode abordar problemas sociais através da arquitetura e do urbanismo R Ruyer observa que nessa utopia a solução para questões sociais se revela na estrutura e no planejamento da cidade enquanto Paolo Sica acrescenta que os instintos e paixões humanas pathos são neutralizados pela educação Isso demonstra uma abordagem onde o ambiente urbano e a educação estão interligados para criar uma sociedade ideal A cidade moderna no entanto é frequentemente um produto de interesses conflitantes e de racionalidades misturadas com irracionalidades Esse entrelaçamento de fatores contribui para um currículo não formal ou seja para um aprendizado que ocorre fora das salas de aula tradicionais Reformadores do final do século XIX e início do século XX se preocupavam profundamente com o papel da escola na sociedade Giner por exemplo endossava a visão rousseauniana de que as cidades eram abismos da espécie humana e defendia que a vida ao ar livre deveria ser o ideal para a moradia Assim ele propunha que a escola deveria se afastar da ditadura do arquiteto e se aproximar de um ambiente mais natural e saudável Giner criticava as condições precárias das habitações da época e a falta de condições adequadas para as crianças que eram forçadas a viver em espaços insalubres Em resposta a isso ele propunha a construção de escolas em locais arejados e saudáveis onde o aprendizado pudesse ocorrer de forma natural e livre similar a um gabinete usado por profissionais em outras áreas como astrônomos ou historiadores O conceito de que a primeira escola é a vida sugere que a educação deve ocorrer em um ambiente aberto e natural o que ajuda a prevenir doenças e promove o bemestar das crianças Manuel B Cossio reiterava esses princípios ao criticar o excesso de decoração e a ostentação em escolas defendendo uma abordagem mais simples e prática Ele via a escola como um ambiente para o desenvolvimento natural das crianças longe das áreas urbanas e das fábricas Cossio advogava por uma construção escolar que fosse funcional e econômica mas também inspiradora destacando a importância de levar as crianças a experiências fora das salas de aula tradicionais As diretrizes de construção escolar publicadas em 1911 reafirmavam a ideia de que a escola deveria ser um espaço que complementa e apoia a educação prática em vez de ser um local de ensino isolado A localização da escola deveria ser cuidadosamente escolhida para promover a saúde e a aprendizagem longe de ambientes insalubres e desconfortáveis O modernismo na arquitetura especialmente a partir de 1933 voltou a destacar o papel central da escola no urbanismo racional Arquitetos como W M Moser e Enrique M Repullés argumentavam que a escola deveria ser o núcleo de um conjunto de construções simbolizando o esforço cultural e educativo da sociedade Eles defendiam que a escola fosse localizada em áreas de espaço verde e distante das zonas de tráfego intenso para garantir uma educação mais harmoniosa e saudável Torres Balbás outro arquiteto influente ressaltou a importância simbólica e pedagógica da arquitetura escolar Ele comparou a escola à igreja em termos de impacto na comunidade sugerindo que a dignificação da arquitetura escolar poderia elevar a importância da educação e melhorar as condições de vida nas áreas rurais Ele acreditava que a arquitetura da escola poderia influenciar a sociedade de forma positiva e promover uma visão modernizadoraFinalmente a arquitetura escolar é analisada não apenas por suas funções práticas mas também pelo seu papel simbólico O edifício escolar é um símbolo cultural e educacional que comunica ideais sociais e culturais O texto descreve as várias regulamentações e práticas associadas ao espaço escolar e suas funções culturais e pedagógicas ao longo do tempo Em 1893 uma ordem circular determinava que o escudo nacional fosse colocado nas escolas públicas e que a bandeira nacional tremulasse durante as aulas Além disso desde 1847 era prática exibir imagens e textos sobre personalidades ilustres e símbolos religiosos nas escolas As paredes das escolas também passaram a exibir cartazes e mensagens sobre deveres e proteção ambiental como a preservação dos pássaros e árvores Com o tempo a importância do relógio nas escolas se tornou evidente refletindo a necessidade de regular o tempo e organizar a vida escolar e social O relógio se tornou um símbolo cultural e um mecanismo de controle social A arquitetura escolar evoluiu para refletir mudanças culturais e pedagógicas incorporando elementos como higiene conforto e tecnologia A escola se diferenciou de outros espaços como a casa para se tornar uma instituição especializada em instrução A arquitetura escolar serve como um elemento do currículo influenciando a formação das crianças e refletindo as normas culturais e pedagógicas de cada época A escola portanto é uma construção cultural sujeita a mudanças históricas que integra aspectos simbólicos e funcionais do ambiente educacional No capítulo intitulado Do Espaço escolar e a escola como lugar Propostas e questões de Antônio Vina o autor começa destacando a importância do espaço para a educação sugerindo que a atividade educativa não pode ser dissociada de suas dimensões espaciais e temporais Assim o espaço escolar enquanto local de ensino não é apenas um dado físico mas um espaço vivido e construído onde se desenvolve uma parte da formação dos indivíduos Vina aborda a ideia de que o espaço educacional se transforma em lugar através de um processo de construção e vivência O espaço por si só é apenas um suporte enquanto o lugar é algo que é moldado pela atividade humana e pela experiência coletiva Essa transformação de espaço em lugar envolve uma série de dinâmicas sociais e psicológicas com o espaço escolar se tornando um lugar que reflete e molda as interações e as relações entre os indivíduos que nele habitam O autor discute como o espaço não é neutro mas carregado de significados e simbologias que refletem as condições sociais e as relações de poder existentes O espaço escolar portanto é um espaço peculiar e relevante pois é onde se formam as estruturas mentais básicas dos alunos A configuração arquitetônica e a disposição dos espaços escolares têm implicações diretas na socialização e no processo educativo influenciando desde as relações interpessoais até as práticas pedagógicas A análise do espaço escolar é enriquecida pelas dicotomias e tríades que Vina propõe como o interno e o externo o fechado e o aberto o pequeno e o grande Essas categorias ajudam a compreender as diferentes formas como a escola pode ser configurada e como essas configurações afetam o ensino e a aprendizagem Por exemplo a distinção entre o curvo e o retilíneo pode afetar a estética e a percepção do espaço enquanto as categorias do próprio do alheio e do comum se relacionam com a posse uso e interação com o espaço escolar Além disso o texto aborda a tipologia dos diferentes tipos de lugares educativos ao longo da história desde a escola peripatética dos filósofos antigos até os modelos modernos que incluem o ensino em ambientes diversos e fora dos limites tradicionais da escola O conceito de escola peripatética onde o ensino ocorre em diferentes lugares é contrastado com a ideia de escolas fixas e estáveis destacando como a mobilidade dos mestres e alunos pode influenciar o processo educativo Vina também menciona o ensino em contextos diversos como o ensino domiciliar e o ensino ao ar livre discutindo como diferentes espaços podem servir como locais de aprendizagem A escola portanto é vista não apenas como um edifício específico mas como um conceito flexível e adaptável às necessidades e condições dos indivíduos e da sociedade A análise do espaço escolar revela a importância de considerar a configuração e o uso do espaço na formulação de políticas educativas e na prática pedagógica reconhecendo que o ambiente físico da escola atua na educação e na formação dos indivíduos A noção de escola como um espaço fixo e específico não se traduz sempre na realidade dos edifícios escolares Historicamente muitas escolas operaram em locais que não foram originalmente concebidos para esse fim Por exemplo a partir da lei geral de educação de 1970 muitos estabelecimentos de ensino primário eram localizados em edifícios alugados como prisões hospitais ou até mesmo salões de baile e cafés gerando custos para os municípios Documentos como as atas da assembleia de inspetores de 1910 evidenciam que muitas dessas escolas estavam situadas em locais inadequados e improváveis Essa realidade não se restringe ao ensino primário Durante o século XIX na Espanha a criação de Institutos e Escolas Normais muitas vezes envolveu a adaptação de edifícios religiosos desamortizados ou antigos colégios já que poucos edifícios escolares foram construídos especificamente para essa finalidade até a I República A tendência de utilizar edifícios previamente existentes para o ensino perdurou com muitos Institutos e Escolas Normais funcionando em edifícios de arquitetura conventual e religiosa Vina destaca que a arquitetura escolar do passado frequentemente combinava um sentido de clausura com a ostentação de edifícios imponentes Esses edifícios muitas vezes se destacavam por sua solidez e eram projetados para criar uma clara separação entre o ambiente escolar e o exterior Diversas abordagens arquitetônicas podem ser observadas Primeiramente muitos colégios como o Rollin e o Clermont em Paris ou as Escolas Pias em Zaragoza e Madrid foram projetados com fachadas majestosas e imponentes ocultando seus pátios internos do olhar externo Esses edifícios tinham estruturas sólidas e simétricas com grandes alas e uma aparência grandiosa que enfatizava a severidade e a separação Em segundo lugar havia edifícios que embora igualmente majestosos e sólidos eram separados do ambiente externo por muros ou grades e um espaço adicional ao redor como o Colégio Jesuíta de la Fléche e a Universidade de Deusto Esse tipo de design visava criar uma sensação de proteção e isolamento com o edifício se destacando no espaço ao redor Uma terceira abordagem incluía edifícios com fachadas voltadas para a rua mas que eram acessíveis a partir de ruas laterais ou por meio de pátios internos como visto nas Escolas Pias de Moya Esses projetos ofereciam uma transição mais gradual entre o exterior e o interior Além disso alguns edifícios apresentavam uma fachada mais acessível diretamente a partir de um pátio interno como o Instituto de Segundo Grau de Bilbao Esses projetos buscavam criar uma relação de acolhimento e proteção permitindo que o visitante fosse recebido entre as asas do edifício Outros edifícios como o Grupo Escolar Pere Vila i Codina em Barcelona tinham fachadas acessíveis a partir de amplos jardins e caminhos laterais que dificultavam o acesso direto promovendo uma sensação de exclusividade e segurança Esses diferentes modelos refletem um jogo constante entre o fechado e o aberto o interno e o externo e demonstram como a arquitetura escolar buscava equilibrar a ostentação com a funcionalidade Vina também observa que a disposição interna dos edifícios escolares revela a prioridade atribuída a diferentes espaços refletindo a importância das funções educacionais e a necessidade de um ambiente adequado para o aprendizado O design de edifícios escolares frequentemente mudou com o tempo passando de estilos ornamentais e grandiosos para abordagens mais funcionais e econômicas particularmente nas primeiras décadas do século XX Essa evolução destaca a tentativa de adaptar os espaços escolares às necessidades práticas e pedagógicas mantendo um equilíbrio entre estética e funcionalidade Por fim Vinao destaca que design arquitetônico de uma sala de aula pode refletir e influenciar as práticas educacionais De acordo com uma entrevista de 1982 com Antonio Fernandez Alba o arquiteto observou que um modelo arquitetônico geralmente configura uma pedagogia e que os conteúdos pedagógicos são os que dão uma qualidade ao espaço O estudo histórico confirma essas afirmações ao analisar como a disposição das pessoas e dos objetos nas salas de aula interage com os métodos de ensino adotados O espaço da sala de aula pode ser examinado sob a perspectiva higiênicopedagógica considerando aspectos como ventilação iluminação e aquecimento No entanto este texto foca principalmente nas relações entre a disposição espacial e a metodologia educacional ilustrando essas ideias com exemplos históricos do ensino mútuo e simultâneo A análise revela que no início do século XIX a configuração das salas de aula incorporava tanto o ensino mútuo quanto o simultâneo organizando o espaço para otimizar a eficiência educacional A ideia era criar um ambiente que equilibrasse a capacidade de ensino em grande escala com uma gestão eficiente do espaço e dos alunos Além disso Vinao discute a evolução das práticas pedagógicas e a influência dos métodos de ensino como o ensino mútuo e simultâneo sobre a organização espacial das salas de aula Esses métodos visavam aumentar a eficácia do ensino em grandes grupos utilizando a disposição dos móveis e a organização do espaço para maximizar a aprendizagem A análise também aborda a mecanização dos processos educativos e a tentativa de criar uma nova ordem na educação das classes trabalhadoras durante a industrialização Portanto a disposição espacial e o mobiliário na sala de aula têm uma importância na aplicação de métodos pedagógicos e na gestão do processo educativo
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crescente interesse na investigação histórica da educação focando especialmente em três áreas que ele considera cruciais o espaço e o tempo escolares e os processos de comunicação e tecnologia da palavra O autor reflete sobre a preferência por essas áreas que são tanto acadêmicas quanto pessoais e argumenta que esses aspectos são importantes para entender a educação em um nível mais profundo O autor ressalta que a pesquisa sobre o espaço escolar começou a ganhar destaque com o trabalho de Jaume Trilla que ofereceu uma análise inovadora do espaço social e material das escolas No entanto essa linha de investigação não continuou com a mesma intensidade e a compreensão do espaço escolar ainda é incompleta Vinao Frago critica a tendência de focar mais em aspectos teóricos e regulatórios do espaço escolar negligenciando a sua dimensão antropológica e histórica A discussão do espaço escolar é apresentada como uma questão muitas vezes ignorada ou tratada de forma superficial Vinao Frago aponta que a história da educação tem tendido a se concentrar em aspectos ideológicos e legais sem prestar a devida atenção à micropolítica escolar e à configuração dos espaços dentro das instituições educacionais Ele sugere que uma abordagem mais completa requer uma integração de diversas perspectivas incluindo a história política social e arquitetônica O autor também destaca a dificuldade em integrar diferentes pontos de vista profissionais sobre o espaço escolar como o médicohigienista o arquitetônico o pedagógico e o políticoadministrativo Ele defende que a compreensão do espaço escolar exige uma análise mais abrangente e multidisciplinar utilizando diversas fontes como relatórios descrições de edifícios memórias de arquitetos e registros de vida escolar Além disso Vinao Frago menciona a importância de considerar o espaço escolar não apenas como um local físico mas também como um componente da experiência educativa que influencia a subjetividade dos indivíduos O autor destaca que a 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aula das meninas com menos degraus o pátio de recreio muito reduzido Como poderíamos ele pensou brincar e nos mover nele os mais de trezentos meninos e meninas que coabitávamos naquele limitado território Mas a memória não lhe era infiel o espaço que contemplava era ainda que menor o mesmo cenário de sua infância e os lugares que observava correspondiam aos seus primeiros esquemas perceptivos A escola havia sido para ele depois da sua casa e de alguns limites próximos a ela uma experiência decisiva na aprendizagem das primeiras estruturas espaciais e na formação de seu próprio esquema corporal p 22 Essa observação inicial leva a uma reflexão mais profunda sobre como a arquitetura escolar não é apenas um pano de fundo para o processo educativo mas um fator ativo que molda e reflete práticas pedagógicas e culturais Escolano argumenta que a arquitetura escolar deve ser entendida não apenas como uma estrutura física mas como um programa ou discurso que incorpora valores e normas educacionais A arquitetura escolar é também por si mesma um programa uma espécie de discurso que institui na sua materialidade um sistema de valores como os de ordem disciplina e vigilância marcos para a aprendizagem sensorial e motora e toda uma semiologia que cobre diferentes símbolos estéticos culturais e também ideológicos Ao mesmo tempo o espaço educativo refletiu obviamente as inovações pedagógicas tanto em suas concepções gerais como nos aspectos mais técnicos E evidente que as escolas do bosque ou os jardins de infância para dar alguns exemplos expressaram em sua institucionalização material as teorias que os legitimaram como igualmente é notório que as escolas seriadas ou as classes de ensino mútuo refletiram as práticas didáticas que se abrigaram entre seus muros p 26 Ele descreve como a configuração dos edifícios escolares expressa ideologias e práticas pedagógicas refletindo a influência de movimentos educativos e reformas ao longo do tempo A arquitetura das escolas não é neutra ao contrário é um elemento ativo no currículo oculto moldando a experiência educacional e a formação de esquemas cognitivos e motores dos alunos Escolano destaca que desde as reformas modernistas do início do século que introduziram conceitos como higiene racionalidade e controle a arquitetura escolar tem sido um meio de implementar e reforçar normas disciplinares e educacionais Escolano também aborda a questão da espacialização disciplinar um conceito inspirado em Foucault que descreve como a organização espacial das escolas serve para exercer controle e disciplina sobre os alunos Ele explora como a disposição das salas de aula corredores e outros espaços contribui para a regularização das atividades e comportamentos dos alunos enfatizando a dimensão política e social da arquitetura escolar A análise de Escolano revela que a forma como o espaço é organizado na escola não é apenas uma questão de eficiência mas também uma maneira de implementar uma determinada visão de ordem e 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que eram forçadas a viver em espaços insalubres Em resposta a isso ele propunha a construção de escolas em locais arejados e saudáveis onde o aprendizado pudesse ocorrer de forma natural e livre similar a um gabinete usado por profissionais em outras áreas como astrônomos ou historiadores O conceito de que a primeira escola é a vida sugere que a educação deve ocorrer em um ambiente aberto e natural o que ajuda a prevenir doenças e promove o bemestar das crianças Manuel B Cossio reiterava esses princípios ao criticar o excesso de decoração e a ostentação em escolas defendendo uma abordagem mais simples e prática Ele via a escola como um ambiente para o desenvolvimento natural das crianças longe das áreas urbanas e das fábricas Cossio advogava por uma construção escolar que fosse funcional e econômica mas também inspiradora destacando a importância de levar as crianças a experiências fora das salas de aula tradicionais As diretrizes de construção escolar publicadas em 1911 reafirmavam a ideia de que a escola deveria ser um espaço que complementa e apoia a educação prática em vez de ser um local de ensino isolado A localização da escola deveria ser cuidadosamente escolhida para promover a saúde e a aprendizagem longe de ambientes insalubres e desconfortáveis O modernismo na arquitetura especialmente a partir de 1933 voltou a destacar o papel central da escola no urbanismo racional Arquitetos como W M Moser e Enrique M Repullés argumentavam que a escola deveria ser o núcleo de um conjunto de construções simbolizando o esforço cultural e educativo da sociedade Eles defendiam que a escola fosse localizada em áreas de espaço verde e distante das zonas de tráfego intenso para garantir uma educação mais harmoniosa e saudável Torres Balbás outro arquiteto influente ressaltou a importância simbólica e pedagógica da arquitetura escolar Ele comparou a escola à igreja em termos de impacto na comunidade sugerindo que a dignificação da arquitetura escolar poderia elevar a importância da educação e melhorar as condições de vida nas áreas rurais Ele acreditava que a arquitetura da escola poderia influenciar a sociedade de forma positiva e promover uma visão modernizadoraFinalmente a arquitetura escolar é analisada não apenas por suas funções práticas mas também pelo seu papel simbólico O edifício escolar é um símbolo cultural e educacional que comunica ideais sociais e culturais O texto descreve as várias regulamentações e práticas associadas ao espaço escolar e suas funções culturais e pedagógicas ao longo do tempo Em 1893 uma ordem circular determinava que o escudo nacional fosse colocado nas escolas públicas e que a bandeira nacional tremulasse durante as aulas Além disso desde 1847 era prática exibir imagens e textos sobre personalidades ilustres e símbolos religiosos nas escolas As paredes das escolas também passaram a exibir cartazes e mensagens sobre deveres e proteção ambiental como a preservação dos pássaros e árvores Com o tempo a importância do relógio nas escolas se tornou evidente refletindo a necessidade de regular o tempo e organizar a vida escolar e social O relógio se tornou um símbolo cultural e um mecanismo de controle social A arquitetura escolar evoluiu para refletir mudanças culturais e pedagógicas incorporando elementos como higiene conforto e tecnologia A escola se diferenciou de outros espaços como a casa para se tornar uma instituição especializada em instrução A arquitetura escolar serve como um elemento do currículo influenciando a formação das crianças e refletindo as normas culturais e pedagógicas de cada época A escola portanto é uma construção cultural sujeita a mudanças históricas que integra aspectos simbólicos e funcionais do ambiente educacional No capítulo intitulado Do Espaço escolar e a escola como lugar Propostas e questões de Antônio Vina o autor começa destacando a importância do espaço para a educação sugerindo que a atividade educativa não pode ser dissociada de suas dimensões espaciais e temporais Assim o espaço escolar enquanto local de ensino não é apenas um dado físico mas um espaço vivido e construído onde se desenvolve uma parte da formação dos indivíduos Vina aborda a ideia de que o espaço educacional se transforma em lugar através de um processo de construção e vivência O espaço por si só é apenas um suporte enquanto o lugar é algo que é moldado pela atividade humana e pela experiência coletiva Essa transformação de espaço em lugar envolve uma série de dinâmicas sociais e psicológicas com o espaço escolar se tornando um lugar que reflete e molda as interações e as relações entre os indivíduos que nele habitam O autor discute como o espaço não é neutro mas carregado de significados e simbologias que refletem as condições sociais e as relações de poder existentes O espaço escolar portanto é um espaço peculiar e relevante pois é onde se formam as estruturas mentais básicas dos alunos A configuração arquitetônica e a disposição dos espaços escolares têm implicações diretas na socialização e no processo educativo influenciando desde as relações interpessoais até as práticas pedagógicas A análise do espaço escolar é enriquecida pelas dicotomias e tríades que Vina propõe como o interno e o externo o fechado e o aberto o pequeno e o grande Essas categorias ajudam a compreender as diferentes formas como a escola pode ser configurada e como essas configurações afetam o ensino e a aprendizagem Por exemplo a distinção entre o curvo e o retilíneo pode afetar a estética e a percepção do espaço enquanto as categorias do próprio do alheio e do comum se relacionam com a posse uso e interação com o espaço escolar Além disso o texto aborda a tipologia dos diferentes tipos de lugares educativos ao longo da história desde a escola peripatética dos filósofos antigos até os modelos modernos que incluem o ensino em ambientes diversos e fora dos limites tradicionais da escola O conceito de escola peripatética onde o ensino ocorre em diferentes lugares é contrastado com a ideia de escolas fixas e estáveis destacando como a mobilidade dos mestres e alunos pode influenciar o processo educativo Vina também menciona o ensino em contextos diversos como o ensino domiciliar e o ensino ao ar livre discutindo como diferentes espaços podem servir como locais de aprendizagem A escola portanto é vista não apenas como um edifício específico mas como um conceito flexível e adaptável às necessidades e condições dos indivíduos e da sociedade A análise do espaço escolar revela a importância de considerar a configuração e o uso do espaço na formulação de políticas educativas e na prática pedagógica reconhecendo que o ambiente físico da escola atua na educação e na formação dos indivíduos A noção de escola como um espaço fixo e específico não se traduz sempre na realidade dos edifícios escolares Historicamente muitas escolas operaram em locais que não foram originalmente concebidos para esse fim Por exemplo a partir da lei geral de educação de 1970 muitos estabelecimentos de ensino primário eram localizados em edifícios alugados como prisões hospitais ou até mesmo salões de baile e cafés gerando custos para os municípios Documentos como as atas da assembleia de inspetores de 1910 evidenciam que muitas dessas escolas estavam situadas em locais inadequados e improváveis Essa realidade não se restringe ao ensino primário Durante o século XIX na Espanha a criação de Institutos e Escolas Normais muitas vezes envolveu a adaptação de edifícios religiosos desamortizados ou antigos colégios já que poucos edifícios escolares foram construídos especificamente para essa finalidade até a I República A tendência de utilizar edifícios previamente existentes para o ensino perdurou com muitos Institutos e Escolas Normais funcionando em edifícios de arquitetura conventual e religiosa Vina destaca que a arquitetura escolar do passado frequentemente combinava um sentido de clausura com a ostentação de edifícios imponentes Esses edifícios muitas vezes se destacavam por sua solidez e eram projetados para criar uma clara separação entre o ambiente escolar e o exterior Diversas abordagens arquitetônicas podem ser observadas Primeiramente muitos colégios como o Rollin e o Clermont em Paris ou as Escolas Pias em Zaragoza e Madrid foram projetados com fachadas majestosas e imponentes ocultando seus pátios internos do olhar externo Esses edifícios tinham estruturas sólidas e simétricas com grandes alas e uma aparência grandiosa que enfatizava a severidade e a separação Em segundo lugar havia edifícios que embora igualmente majestosos e sólidos eram separados do ambiente externo por muros ou grades e um espaço adicional ao redor como o Colégio Jesuíta de la Fléche e a Universidade de Deusto Esse tipo de design visava criar uma sensação de proteção e isolamento com o edifício se destacando no espaço ao redor Uma terceira abordagem incluía edifícios com fachadas voltadas para a rua mas que eram acessíveis a partir de ruas laterais ou por meio de pátios internos como visto nas Escolas Pias de Moya Esses projetos ofereciam uma transição mais gradual entre o exterior e o interior Além disso alguns edifícios apresentavam uma fachada mais acessível diretamente a partir de um pátio interno como o Instituto de Segundo Grau de Bilbao Esses projetos buscavam criar uma relação de acolhimento e proteção permitindo que o visitante fosse recebido entre as asas do edifício Outros edifícios como o Grupo Escolar Pere Vila i Codina em Barcelona tinham fachadas acessíveis a partir de amplos jardins e caminhos laterais que dificultavam o acesso direto promovendo uma sensação de exclusividade e segurança Esses diferentes modelos refletem um jogo constante entre o fechado e o aberto o interno e o externo e demonstram como a arquitetura escolar buscava equilibrar a ostentação com a funcionalidade Vina também observa que a disposição interna dos edifícios escolares revela a prioridade atribuída a diferentes espaços refletindo a importância das funções educacionais e a necessidade de um ambiente adequado para o aprendizado O design de edifícios escolares frequentemente mudou com o tempo passando de estilos ornamentais e grandiosos para abordagens mais funcionais e econômicas particularmente nas primeiras décadas do século XX Essa evolução destaca a tentativa de adaptar os espaços escolares às necessidades práticas e pedagógicas mantendo um equilíbrio entre estética e funcionalidade Por fim Vinao destaca que design arquitetônico de uma sala de aula pode refletir e influenciar as práticas educacionais De acordo com uma entrevista de 1982 com Antonio Fernandez Alba o arquiteto observou que um modelo arquitetônico geralmente configura uma pedagogia e que os conteúdos pedagógicos são os que dão uma qualidade ao espaço O estudo histórico confirma essas afirmações ao analisar como a disposição das pessoas e dos objetos nas salas de aula interage com os métodos de ensino adotados O espaço da sala de aula pode ser examinado sob a perspectiva higiênicopedagógica considerando aspectos como ventilação iluminação e aquecimento No entanto este texto foca principalmente nas relações entre a disposição espacial e a metodologia educacional ilustrando essas ideias com exemplos históricos do ensino mútuo e simultâneo A análise revela que no início do século XIX a configuração das salas de aula incorporava tanto o ensino mútuo quanto o simultâneo organizando o espaço para otimizar a eficiência educacional A ideia era criar um ambiente que equilibrasse a capacidade de ensino em grande escala com uma gestão eficiente do espaço e dos alunos Além disso Vinao discute a evolução das práticas pedagógicas e a influência dos métodos de ensino como o ensino mútuo e simultâneo sobre a organização espacial das salas de aula Esses métodos visavam aumentar a eficácia do ensino em grandes grupos utilizando a disposição dos móveis e a organização do espaço para maximizar a aprendizagem A análise também aborda a mecanização dos processos educativos e a tentativa de criar uma nova ordem na educação das classes trabalhadoras durante a industrialização Portanto a disposição espacial e o mobiliário na sala de aula têm uma importância na aplicação de métodos pedagógicos e na gestão do processo educativo