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ATIVIDADE 1 Realizar um resumo dos artigos abaixo destacando as ideias principais PEDAGOGIAS DAS ENCRUZILHADAS O RITUAL DA FESTA DO MOQUEADO EDUCAÇÃO CULTURA E IDENTIDADE NA SOCIEDADE INDÍGENA TEMBÉTENETEHARA O GIRO DOS OUTROS FUNDAMENTOS E SISTEMAS NAS FOLIAS DE URUCUIA MINAS GERAIS LITERATURA INDÍGENA E REGIMES DE CONHECIMENTO INDISSOCIABILIDADE DIVERSIDADE DIFERENÇA LEI 116452008 E A EDUCAÇÃO TERRITORIALIZADA XAKRIABÁ REGIME DE CONHECIMENTO E NARRATIVAS XAKRIABÁ EDUCAÇÃO TERRITORIALIZADA ECOLOGIAS DE SABERES E POLÍTICAS COMO ALTERNATIVAS EPISTEMOLÓGICAS RODRIGUES JUNIOR Luiz Rufino Pedagogias das encruzilhadas Periferia v 10 n 1 janjun 2018 pp 7188 Tratase de um artigo que apresenta os resultados de uma tese de doutorado em educação No artigo Rodrigues Junior defende que o racismo a colonialidade e o colonialismo marcam a contemporaneidade e propõe a decolonialidade como capacidade de resiliência e transgressão frente ao trauma e à violência propagada pelo colonialismo e conservada no âmbito da colonialidade Nessa conjuntura ele propõe uma pedagogia das encruzilhadas pois estas são campos de possibilidades tempoespaço de potência onde todas as opções se atravessam dialogam se entroncam e se contaminam p 75 O orixá Exu emerge então como loci de enunciação de uma pedagogia antirracistadecolonial Exu surge como símbolo de um projeto educativo diferente do que está posto A educação enquanto fenômeno imbricado entre vida arte e conhecimento deve produzir respostas responsáveis que reinventem os seres e consequentemente o mundo Exu como elemento que codifica e substancia os seres suas capacidades de criação e diálogo é o propulsor de uma ética responsiva é o fundamento que substancia e cruza toda e qualquer possibilidade Exu é usado como princípio explicativo a condição existencial do pensamento A Pedagogia das Encruzilhadas não é um projeto que marque uma oposição absoluta aos modos de sersaber ocidentais Não se propõe um projeto absolutista que busque subverter um modo totalitário por outro também baseado em bases essencialistas A pedagogia proposta tem em seu próprio nome sua marca política encruzilhada Desta forma é uma forma fiel ao movimento ao cruzamento e à transgressão A pedagogia adotada por Exu não nega a existência de múltiplas possibilidades mas combate a afirmação da forma que é a única credível Nessa perspectiva opera como Yangí reconstruindose a partir dos fragmentos quebrados e também como Enugbarijó engolindo tudo o que precisa ser restaurado de forma transformada A pedagogia assumida por Exu segue a máxima de uma educação como o axé que não é necessariamente aquela que se fixa a um único substantivo negroafricano mas funciona como um movimento de troca e acúmulo de força vital MIRANDA Júlia Cleide Teixeira BORGES Carlos Nazareno Ferreira O Ritual da Festa do Moqueado Educação Cultura e Identidade na Sociedade Indígena TembéTenetehara Arquivos Analíticos de Políticas Educativas v 28 n 152 out 2020 pp 127 Tratase de artigo que apresenta o resultado de uma pesquisa que estudou o Ritual da Festa do Moqueado da cultura indígena TembéTenetehara como um processo educativo no qual produzemse circulam e apropriamse múltiplos saberes contribuindo para a construção da identidade e da cultura indígena TembéTenetehara povo que chegou ao estado do Pará e se estabeleceu às margens do Rio Guamá devido às perseguições e à espoliação de suas terras de origem na região do Rio Pindaré Capitania do Maranhão Hoje ocupam a Terra Indígena Alto Rio GuamáTIARG A Festa do Moqueado situase numa dimensão ritualística enquanto uma prática cultural secular do povo Tembé e configurarse como um espaço privilegiado de produção circulação e apropriação de múltiplos saberes inscritos nos processos de organização preparação e desenvolvimento do Ritual É um rito de passagem vivenciado por meninas e meninos na faixa etária dos 11 aos 15 anos e nas últimas décadas tem acontecido com regularidade em todas as aldeias do povo Tembé Na tradição dos TembéTenetehara dias antes da cerimônia os homens vão à caça cedo e retornam ao anoitecer enquanto as mulheres confeccionam os artefatos que as meninas e os meninos utilizarão na culminância do Ritual que se dá no último dia O Ritual acontece no centro da aldeia em um espaço coletivo chamado Ramada construído com toras madeira sem paredes e coberto com palha e tem a duração de uma semana Envolve diversos saberes tradicionais que permeiam o cotidiano da etnia Tembé e que por ocasião da realização do ritual estão presentes e articulamse desenvolvendo um todo coeso e complexo de relações subjetivas que demonstram suas cosmovisões filosofias sistemas de vida e religiosidade Os saberes espirituais perpassam por todo o ritual e configuramse como um pano de fundo sobre o qual todo o mesmo é desenvolvido São personificados na figura do pajé que coordena todo o ritual e é o responsável por evocar as divindades e os sobrenaturais que são os ancestrais mortos e seus familiares Os saberes do meio ambiente estão presentes na relação com os elementos da natureza e envolve uma grande variedade de práticas que passa pela caça aos animais o conhecimento de quais animais devem ser caçados o trato com a carne e a confecção do moqueado O Ritual da Festa do Moqueado é uma manifestação artística por excelência A dança ritmada a música tocada e cantada e as pinturas corporais juntamente com os adornos usados pelos jovens protagonistas configuram um todo harmonioso colorido e com padrões próprios que se aplicam unicamente a ele O Ritual da Festa do Moqueado é um dos momentos de fortalecimento de matriz identitária nativa na etnia estudada no qual uma constelação de saberes está reunida e encadeada Durante os sete dias de desenvolvimento do Ritual esses saberes se vão desenrolando e misturando tudo ao mesmo tempo resultando em uma imensa e diversificada teia educativa envolvendo a priori os jovens protagonistas e a posteriori todos os espectadores O Ritual é um processo educativo intencional com objetivos e objetos de conhecimentos bem definidos e articulados Durante o ritual esses saberes enquanto objetos de conhecimento estão totalmente integrados e esta articulação é que constitui a educação indígena como um processo próprio de transmissão e apropriação de conhecimentos Os saberes produzidos no Ritual são apropriados pelos jovens protagonistas configurando um processo educativo que perdura por toda a vida e que tem muito significado e valor para a sociedade Tembé Tenetehara Para ser TembéTenetehara nos dias de hoje é necessário força e coragem para enfrentar os desafios de uma sociedade contemporânea globalizada e em constantes mudanças sem deixar de ser indígena respeitando sua cultura sua ancestralidade e sua origem étnica PEREIRA Luzimar Paulo O giro dos outros fundamentos e sistemas nas folias de urucuia Minas Gerais Mana n 3 v 20 2014 pp 545573 Tratase de um artigo que examina as folias da cidade de Urucuia no norte do estado de Minas Gerais Num sentido estrito um folião em Urucuia é alguém que faz folia o agente fundamental da sua realização O folião é o especialista ritual responsável pela realização das jornadas Não há folia que ocorra sem sua presença No entanto num sentido amplo cantar e tocar para uma festa religiosa não encerram as atividades do personagem Ser folião também implica gostar de folia estar propenso a assistir acompanhar e eventualmente participar sem maiores compromissos de festas que são feitas por diferentes foliões O vocábulo folia diz respeito a longas jornadas festivas mediante as quais grupos de cantadores e instrumentistas visitam durante um período de tempo determinado pelo calendário religioso as casas as fazendas os cemitérios e as igrejas de um território previamente estabelecido Os deslocamentos conhecidos como giros organizamse com o fito de coletar oferendas necessárias ao custeio de uma reza Em Urucuia os conceitos locais de fundamento e sistema referemse respectivamente às semelhanças e diferenças entre as festas organizadas em um circuito festivo A noção nativa de fundamento indica então a ideia de que todas as folias conhecidas são apenas uma só no mundo todo A noção de sistema por outro lado referese ao inverso Embora seja apenas uma só a folia também pode ser outra Segundo os devotos os vários festivais são um e muitos perenes e mutáveis servindo a interesses coletivos e individuais Utilizam marcadores rituais visando tanto confirmar o poder totalizante atemporal das folias quanto permitir sua eventual dissolução Em Urucuia o reconhecimento da diversidade dos sistemas desempenha um papel fundamental na constituição das sociabilidades festivas A ideia de que uma folia pode ser diferente de outra explica o interesse dos cantadores em acompanhar a realização de várias festas produzidas por diferentes personagens HORÁCIO Heiberle Hirsgberg Literatura Indígena e Regimes de Conhecimento indissociabilidade diversidade diferença Lei 116452008 e a educação territorializada Xakriabá ECurriculum São Paulo n 1 v 20 janmar 2022 pp 262278 No artigo em questão argumentase sobre a necessária compreensão da não separação entre Literatura Indígena e Regimes de Conhecimento Indígena para a realização de atividades sobretudo a partir da literatura nas escolas não indígenas tendo em vista a lei nº 116452008 a qual inclui no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática História e Cultura AfroBrasileira e Indígena O artigo baseiase na compreensão de que há certas atividades e programas que trabalham com a Literatura Indígena sem considerar as dinâmicas próprias que as literaturas desses povos possuem negligenciando assim suas diversidades e suas diferenças sobretudo diferenças com relação à determinada literatura não indígena É essencial respeitar e defender os direitos dos povos indígenas bem como questionar a razão pela qual em muitos momentos eles estiveram presentes na produção literária brasileira de maneira estereotipada tanto como alvo depara conversão religiosa como em narrativas que enunciavam esses povos como portadores de uma suposta identidade brasileira principalmente dentro da chamada literatura indianista ou por estarem presentes na literatura não indígena apenas como personagens de histórias narradas por escritores muitas vezes etnocêntricos e em uma lógica colonialista Devese observar a indissociabilidade entre Literatura Indígena e Regimes de Conhecimento além do trabalho com a própria Literatura Indígena como uma alternativa importante para melhores trabalhos nas escolas não indígenas O aprofundamento e a necessidade do respeito à especificidade de cada povo indígena tendem a fazer que haja uma potencialização da literatura que está sendo mobilizada o que evita a sua tomada como simples peça de entretenimento descontextualizada ou elemento de instrumentalização simplificada Ainda que o trabalho com a Literatura Indígena na escola não se assemelhe ao trabalho etnográfico as exigências dos etnólogos inclusive aquelas sobre o rigor na observação do contexto sociopolítico local e global o respeito e justiça à imaginação conceitual do povo indígena e o de ser aliado político são imprescindíveis para atividades relacionadas à causa e temática indígena e quando se procuram meios de efetivar a não dissociação entre Literatura Indígena e Regimes de Conhecimento Indígena bem como efetuar o devido respeito às especificidades de cada povo e de sua literatura HORÁCIO Heiberle Hirsgberg Regime de Conhecimento e Narrativas Xakriabá Educação Territorializada ecologias de saberes e políticas como alternativas epistemológicas In HORÁCIO Heiberle Hirsgberg org Educação Interfaces Saberes Tradicionais e Populares pp 1635 O Cerrado é o suporte para a materialidade e a espiritualidade Nesse contexto o artigo em tela propõe possibilidades de reflexões sobre como um povo indígena no Sertão de Minas Gerais produz saberes e narrativas ao mesmo tempo em que se produz em relação comno ambiente não só porque não há ambiente sem um sujeito de quem ele é o ambiente mas porque possui uma relação com a Terra Indígena reconhecendoa como vivente e concebendoa constituída de múltiplos agentes com intencionalidades O Cerrado e também a Caatinga do Sertão Norte Mineiro é habitado por muitos povos indígenas além dos Xakriabá e dos Tuxá há diferentes comunidades tradicionais como vazanteiros geraizeiros catingueiros veredeiros apanhadores de flores comunidades quilombolas e outras Esses povos que possuem muitos elementos comuns têm também uma luta de resistência conjunta No caso específico do povo indígena Xakriabá sua história recente é também constituída por vários atentados mortais e violações de seus direitos como o que ficou conhecido como Curral de Varas que resultou no desaparecimento e assassinato de muitos Xakriabá A inseparabilidade entre Regime de Conhecimento Indígena e Literatura Indígena é um dos elementos quiçá o mais importante dentro das muitas reflexões que são realizadas sobre a literatura indígena que são muitas tanto literaturas quanto reflexões sobre elas Nas narrativas dos Xakriabá estão presentes a resistência e a luta como fortes componentes juntamente com a defesa dos direitos indígenas os indígenas mais velhos os tronco véio e a Terra Indígena O artigo apresenta a relação do povo Xakriabá com a Terra Indígena sua forma de pensar ono todo tendo a Onça Cabocla Iaiá como elemento também agenciador desse pensamento reconhecendo diferentes agências e agentes processo que os Xakriabá chama de sua Ciência e Célia Xakriabá fala de epistemologia nativa em trabalho específico sobre o que ela chama de Educação Territorializada Nessa educação há um saber corporificado que está ancorado no território e que constitui a todos os Xakriabá como corpoterritório