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Psicologia ·

Psicologia Social

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Neste artigo pretendo realizar algumas refle xões sobre o conceito saúde no trabalho do psicólogo que atua na Educação Tais discussões estão baseadas na pesquisa por mim reali zada1 junto a psicólogos que na época esta vam desenvolvendo seu trabalho na Educação apontando esta atuação para uma perspectiva da promoção de saúde que redimensiona o próprio conceito de saúde Esta nova dimensão implica na modificação das práticas atuais as quais refletem uma conceituação de saúde restrita caracterizada pela ausência de doença Algumas das conseqüências advindas dessa conceituação foram os alarmantes diagnósticos sobre o fracasso escolar que delinearam uma patolo Maria de Lourdes Jeffery Contini Professora Adjunta do Departamento de Psicologia Centro Universitário de CorumbáCEUC Universidade Federal de Mato Grosso do SulUFMS Doutora em Educação pela UNICAMP Coodenadora do Centro de Referência de Estudos da Infância e Adolescência CREIAUFMS gização do fenômeno da aprendizagem no âmbito educacional A Psicologia veio fornecer o respaldo de cientificidade para uma situação ideologicamente definida isto é um sistema que cria uma escola que exclui necessita de um profissional que explique a exclusão dessas pessoas Dentro desse contexto foi possível observar que já há algum tempo o papel do psicó logo que trabalha na Educação vem sofrendo profundas críticas no que se refere à sua atuação marcadamente clínica numa trans posição linear e direta de um modelo que privilegia na maioria das vezes as causas intrapsíquicas em detrimento das causas inter psiquicas Essas críticas tomaram corpo Discutindo o Conceito de Promoção de Saúde no Trabalho do Psicólogo que Atua na Educação Este artigo discute a atuação do psicólogo na educação na perspectiva da promoção de saúde entendida como uma construção histórica do homem que se relaciona com seus modos de vida indo além do binômio saúdedoença Nessa perspectiva as ações do psicólogo na educação enfatizam o compromisso ético e político do acesso à educação enquanto um bem cultural fundamental para a construção da cidadania das crianças e jovens brasileiros entendida como um projeto de promoção de saúde PSICOLOGIA CIÊNCIA E PROFISSÃO 2000 20 2 46 59 46 Paul Klee principalmente na década de oitenta quando começaram a surgir trabalhos que discutiram a atuação do psicólogo na Educação tais como os de Machado et al 1982 apontando as dificuldades do psicólogo em desenvolver o seu trabalho na escola Andaló1984 que também discutia a questão do papel do psicó logo escolar Patto1984 ao fazer uma relação entre Sociedade Educação e Psicologia Escolar e os trabalhos da década de noventa como os de Grandella1990 e Maluf1992 já delineando os descompassos na atuação do psicólogo escolar Esse movimento de críticas apontadas não só na própria Educação como também no interior da Psicologia propiciou reflexões entre esses profissionais Tais reflexões buscaram verificar desde a relevância social da profissão até a revisão dos paradigmas teóricos que vinham sustentando essas performances Porém seria ingênuo imaginar que todo esse movimento de idéias apareceu isoladamente ele na verdade é parte de todo um questio namento atualmente presente na Psicologia enquanto Ciência dentro de seus diferentes paradigmas assim como nos contornos assu midos como uma profissão Um exemplo dos resultados que já aparecem dessas reflexões é a definição da atuação do psicólogo hoje enquanto um profissional de saúde entendida está saúde agora não apenas como ausência de doença mas na direção de uma PsicoHigiene apontada por Bleger1992 definindo a saúde dentro de um sentido mais amplo de bem estar geral Nesta perspectiva caberia ao psicólogo ser um promotor de saúde da população Rey 1993 discute a trajetória da conceituação de saúde mostrando que ao longo do tempo tal conceito esteve ligado ao modelo semiológico descritivo que concebe a saúde como ausência de sintomas Segundo o autor essa ótica separou a saúde somática da saúde mental Considerando tal concei tuação equivocada Rey descreve que a saúde é um complexo processo qualitativo que define o funcionamento completo do organis mo integrandose de forma sistêmica o somático e o psíquico que formam uma unidade onde o que afeta um irá atuar neces sariamente sobre o outro Nessa perspectiva as condições sociais estão intimamente ligadas ao desenvolvimento da saúde na medida em que toda sociedade é composta por organizações sócioeconômicas e estas acabam determinando o modo de vida dos homens presentes em cada grupo social A promoção de saúde definese então por uma visão sistêmica de saúde compreen dendo que fatores relacionados ao modo de vida dos homens estarão atuando de forma direta nas reais possibilidades de uma vida saudável ou não Com isso a concepção de saúde é ampliada para além dos limites da ausência de doença e está ligada aos vários aspectos que estão presentes na vida do homem como moradia lazer educação trabalho etc Será o equilíbrio desses compo nentes da vida diária que irá formar o grande mosaico da saúde humana No campo específico da atuação da Psicologia na Educação esse novo conceito de saúde já aparece nos debates Martínez 1996 exem plifica a escola como um espaço vital para a promoção de saúde destacando que tal promoção é uma função do conjunto da socie dade e das suas instituições Segundo a autora esta nova concepção de saúde possui uma íntima relação com o processo educativo A partir dessa concepção podemos analisar o papel da escola como uma das instituições básicas da sociedade no processo de desen volvimento da saúde Bock e Aguiar 1995 discutem tal questão considerando que o principal objetivo da Psicologia é a promoção da saúde Segundo as autoras o psicólogo é um profissional que deve trabalhar para a promoção da saúde superando a prática da preven çãop10 Sem negar o aspecto curativo da Psicologia as autoras apontam que é neces sário ir além de tal prática visto que a prática preventiva traz no seu interior a visão da pato logia cuja lógica é a necessidade constante de desenvolver ações que previnam o apare cimento das doenças A mudança do enfoque passa então para um trabalho que não mais enfoque a doença mas sim a saúde Outra questão importante dentro do projeto de promover saúde na Educação é o reco nhecimento de que a Psicologia por si só Discutindo o Conceito de Promoção de Saúde no Trabalho do Psicólogo que Atua na Educação 47 1 CONTINI M L J 1998 O Psicólogo e a Promoção O Psicólogo e a Promoção O Psicólogo e a Promoção O Psicólogo e a Promoção O Psicólogo e a Promoção de Saúde na Educação de Saúde na Educação de Saúde na Educação de Saúde na Educação de Saúde na Educação Tese de Doutorado Faculdade de Educação UNICAMP Campinas não dá conta do complexo fenômeno humano devendo portanto realizar intercâmbios com outras áreas do conhecimento tanto na produção de novos saberes como na atuação profissional Começa dessa forma a surgir um profissional preocupado com a busca de interlocutores que possibilitem uma visão mais ampla e completa do seu objeto de estudo assim como o seu papel profissional na socie dade O Psicólogo e a Sua Função Social Hoje já aparece uma preocupação muito forte entre vários psicólogos com a construção de uma atuação fortemente aliada na direção de uma ética apontada para a transformação social com um profissional inserido cada vez mais nas questões do nosso tempo e profun damente comprometido com um trabalho que possa promover a saúde da população ou seja um profissional buscando dar um sentido político às suas práticas profissionais demar cando mais claramente a sua função social Este processo avança na medida haja uma clareza maior da estreita relação entre Ciência Psicológica e Sociedade Para Camino 1998 as diversas teorias e práticas psicológicas cooperam diferentemente na construção da cidadania e no destino da humanidade por sua natureza todo conjunto de conhe cimentos e práticas da Psicologia referese de alguma maneira à concepção do que é o Indivíduo e a Sociedade e portanto relacionase também com o processo de construção da consciência coletiva dos direitos da humanidade p4748 Portanto podemos afirmar que não existe uma prática profissional neutra ou ingênua existe sim um projeto de sociedade que sustenta deter minadas ações dentro de um contexto histó rico A inserção social do trabalho do psicólogo dentro do foco educativo e de promoção de saúde têm demonstrado na sua concretude uma crescente preocupação com as questões ligadas à Cidadania Estado de Direito Exclusão Social e Escolar enfim passando a entender que não existe uma ação neutra e que toda ação é sempre mediada pelas questões éticas e políticas Com isso é necessário que o profissional compreenda cada vez mais que tais deter minações encontramse inseridas no contexto contraditório das relações sociais em que a Educação é um importante mediador destas práticas sociais A Instituição Educacional Espaço de Conhecimento e Atuação Profissional Para podermos compreender as relações institucionais é fundamental apreender os mecanismos que as engedram e as consti tuem pois será o conhecimento destes meca nismos que irão apontar o movimento entre instituição e as relações produzidas em seu interior desenhando o micro universo de uma determinada estrutura social e histórica onde um constitui o outro A atuação do psicólogo nas instituições educativas na perspectiva de promover saúde deve ser o de um interlocutor atento que propicie o conhecimento da dinâmica institu cional por parte da comunidade que a com põe com o objetivo de favorecer a integração daquela comunidade Este processo de integra ção pode fazer com que o indivíduo se aproprie dessas complexas relações o que poderia possibilitar a construção de projetos que valorizem as relações humanas entendidas como espaços de mediações sociais Maria de Lourdes Jeffery Contini 48 O conhecimento das relações institucionais cuja dinâmica é atravessadas por afetos pode criar um espaço de promoção de saúde ao possibilitar a ruptura dos comportamentos cristalizados emergindo o sujeito intencional ou seja aquele que está cônscio das suas ações e pode dessa forma colaborar com a alteração do curso dos fatos e da estrutura institucional Para a Psicologia a dinâmica institucional tornase cada vez mais um campo fundamental para estudar e conhecer o impacto da vida laboral e seus efeitos psíquicos e psicossomáticos na vida do trabalhador A Psicologia do Trabalho vem acumulando contribuições teóricas importantes sobre as relações presentes nas instituições e a sua influência sobre diferentes personagens que compõem esse espaço Zanelli 1994 em sua tese de doutorado realizou um interes sante estudo sobre os movimentos emer gentes na prática do psicólogo das Organiza ções no Brasil O autor revê através da literatura sobre o tema a evolução dessa área da Psicologia e descreve os diferentes mo mentos que traçaram essa trajetória identi ficando que o objeto de estudo da Psicologia Organizacional encontrase na interseção das ações da pessoa e da orga nização como um todo complexo dinâmico e inserido em uma ampla conjuntura p83 A questão da saúde do trabalhador também é uma preocupação presente na atuação do psicólogo junto às instituições Sato apud Zanelli 1996 denuncia uma visão de saúde restrita à ausência de doenças profissionais e contrapõe com uma visão mais ampla na direção da subjetividade e do conhecimento prático dos trabalhadores na qual a Psicologia pode oferecer recursos teóricos e meto dológicos importantes para tal tarefa Por outro lado a grande contribuição que este momento pode trazer para a Psicologia é o de reconhecer segundo Spink1992 a necessidade de encontrarmos uma mediação conceitual entre o nível ma croepidemiológico e o nivel micro do tratamento individual que facilitaria a prática no contexto imediato do tra balhop93 Para Zanelli1996 os psicólogos devem ser agentes de mudanças Ser agentes de mudanças pressupõe relacionamento participação comunicabilidade aceitação e poder de fluência As mudanças devem começar no próprio psicólogop138 Ressalta ainda que o trabalho deve estar focado na perspectiva de uma promoção de saúde dos sujeitos envolvidos naquela instituição e acrescenta como profissional da saúde o psicólogo deverá ser capaz de acompanhar e responder às demandas sociais e políticas pela melhoria de vida no trabalhop139 O grande desafio parece ser o de lidar com questões ligadas a aspectos individuais micro de forma contextualizada com instituição sociedademacro No caso das instituições educacionais o conhecimento das relações entre sociedade educação e sujeito é fundamental para a compreensão da instituição inserida na vida social Somente com a clareza sobre esse contexto será possível o psicólogo entender a especificidade desse espaço institucional e as relações que nele são construídas O grande desafio que se apresenta é o de criar cada vez mais espaços que superando uma visão estritamente corporativa possibilitem um maior intercâmbio entre o conhecimento gerado pela pesquisa e a prática profissional do psicólogo na Educação buscando construir ações transformadoras dessa complexa realidade A partir do conhe cimento científico já acumulado aliado Discutindo o Conceito de Promoção de Saúde no Trabalho do Psicólogo que Atua na Educação 49 ao compromisso político de transformação social será possível uma atuação mais voltada à construção de uma Educação de qualidade para todos O objetivo principal de tal ação deve ser o de garantir o direito à Educação com qualidade a todas as crianças brasileiras entendendo a importância desse direito enquanto parte da humanização do homem através do acesso aos bens culturais produzidos historicamente pela humanidade Portanto é importante o psicólogo participar cada vez mais dos debates sobre as instituições educacionais para poder realizar um trabalho mais conseqüente no nível micro institucional atendimento individual diante da complexidade do nível macro social educação e sociedade Como bem descreve Gomes1995 frente à realidade nacional o psicólogo dedicado à área da Educação necessita não só considerar os aspectos históricos e bases teóricas em que está sustentado o sistema educacional brasileiro como estar prepa rado profissionalmente para determinar prioridades e definir sua atuação frente às demandas surgidasp5 Não é uma tarefa fácil porém necessária e urgente espe cialmente diante do dramático fenômeno da exclusão escolar adquirindo um significado especial cuja responsabilidade coletiva inclui também o trabalho do psicólogo que deseja construir uma atuação na direção da promoção de saúde na Educação Construir uma perspectiva de promover saúde passa necessariamente pela revisão das prá ticas psicológicas que acabam por legitimar o processo da marginalização escolar Machado e Souza1997 ao discutir sobre o questão da exclusão escolar que culpabiliza a vítima fazem um alerta aos psicólogos temos convicção de que não difundir críticas às concepções preconceituosas é compactuar com a exclusão de crianças adolescentes e adultos do universo escolar com todas as conseqüências sociais desse fato Exclusão sim pois os encaminhamentos de crianças para atendimento psicológico eou médico selam destinos trajetórias escolares Desmontar a produção de esquema de resistência ao pensar ao conhecer ao criar tem exigido muito trabalho e perseve rançap36 Podemos então afirmar que o trabalho que o psicólogo pode desenvolver junto às instituições educacionais passam neces sariamente por um trabalho interdisciplinar cuja clareza teórica devese desdobrar em metodologias com o compromisso de realizar ações que viabilizem a promoção de saúde dos sujeitos que fazem parte de tais instituições entendida como circunstâncias que envolvem o coletivo institucional no processo de reflexão Conhecimento e ação para o renovado o reinventado por todos O caminho ainda está sendo feito não está completo realizado mas já dá mostras de que é possível construir uma prática profissional com o objetivo acima proposto A interdisciplinariedade no trabalho do psicólogo na educação Atualmente já aparecem preocupações por parte de muitos profissionais em aprender a atuar coletivamente junto com outros profissionais seja no âmbito institucional ou nas atuações de caráter privado buscando compreender e construir um trabalho de pro moção de saúde dentro desse contexto inter disciplinar pautado por questões teóricas em comum que podem enriquecer o olhar em relação aos fenômenos educacionais Atuar com outros profissionais pode ajudar a romper com uma visão dominante entre os psicólogos de uma certa onipotência da Psicologia compreendendo cada vez mais que é necessário ir além dos conhecimentos psicológicos para facilitar a compreensão da complexa teia de relações presentes no cotidiano de uma organização social O traba lho coletivo possibilita essa troca através dos diferentes olhares para o mesmo fenômeno e pode dessa forma construir uma com preensão da totalidade do fenômeno estudado e observado Entendemos que para discutir o trabalho coletivo tornase necessário trazer tal questão para o terreno da interdisciplinariedade terreno esse que tem sido foco de muitos debates Nessas reflexões aparece a importante contribuição dada por Seve rino1995 que discutiu a relação entre o uno Maria de Lourdes Jeffery Contini 50 e o múltiplo nas relações entre as áreas do saber apontando que tal tema não é novo na Filosofia entende que o que comparece atualmente como novo é o sentido dado nessa relação onde não se busca mais a polarização de umuno sobre o outromúltiplo nem tampouco o equilíbrio que elimine as tensões nessa relação Para ele o que parece ser fundamental é o convívio das duas perspectivas de modo que poderíamos reafirmar que o ser é uno e múltiplo ao mesmo tempop47 Além da discussão puramente epistemológica do tema o autor descreve que o saber ultra passa uma reflexão que aponte somente os nexos lógicos entre conceitos e relações formais obtidas com conhecimento de um de terminado fenômeno e está fundamen talmente ligado a uma dimensão axiológica composta pelas dimensões de natureza política e ética Diz ele o saber tem também a ver com poder e não apenas com o ser e com o fazerp47 Tal afirmação desvela as relações histori camente construídas pelo homem através das mediações sociais entre o saber construções teóricas e o fazer o contínuo processo de agir Esse processo construído pela cole tividade humana fez emergir a organização das sociedades cuja constituição ao longo da história foi estabelecida através de um impor tante elemento o poder transformando a sociedade em sociedade política O forta lecimento da sociedade política poder realizase através da aglutinação dos fatores econômicos e ideológicos para os quais convergem os elementos do saber e do fazer É nesse contexto que se torna possível compreender as relações de conhecimento e tecido social pois será este tecido o gerador da existência humana e da produção do saber permeado pelas questões ideológicas presentes no contexto social O movimento que aparece então é o constante embate entre o discurso ideológico que objetiva legitimar determinadas relações de poder e o discurso contraideológico que procura através do exercício do saber desvelar a alienação presente no primeiro discurso Para Severino1995 o saber ao mesmo tempo que se propõe como desvendamento dos nexos lógicos do real se tornando então instrumento do fazer propõese também como desvendamento dos nexos políticos tornandose instrumento do poder o que aponta a importante dimensão da interdisci plinariedade do saber na medida em que essa postura irá contribuir para lidar com a complexidade da teia de relações que se estabelece na produção do conhecimento sendo possível dizer que tal postura pode fortalecer a consciência crítica sobre a constituição do saber enquanto um instrumento de poder Nessa perspectiva o autor conclui que ser interdisciplinar é fundamental para o saber e entende que essa postura é uma exigência intrínseca pois que Discutindo o Conceito de Promoção de Saúde no Trabalho do Psicólogo que Atua na Educação 51 o saber enquanto expressão da prática simbolizadora dos homens só será auten ticamente humano e autenticamente saber quando se der interdisciplinariamente p53 Para Fazenda1994 o pensar e o agir inter disciplinar estão ancorados na concepção de que nenhum conhecimento esgotase em si mesmo no sentido da completude do fenô meno estudado por isso a ação direciona para o diálogo para a necessidade da inter locução com outras áreas do conhecimento buscando através dessa mediação novas perspectivas da realidade e dos fenômenos estudados Hoje o caminho das interpene trações das diferentes áreas do saber revela a angústia do nosso tempo na divisão frenética das especializações do saber as áreas acabaram perdendo de vista a totalidade do seu próprio objeto Como nos aponta Capra1982 a corrente principal das idéias se dividiu em dúzias de riachos p23 e estamos diante do dilema de esgotar a própria fonte Parece inevitável que precisamos aprender a trabalhar com o outro com o olhar diferente do nosso Os desafios para a consecução dessa tarefa parecem estar em torno de duas questões principais a primeira é superar dentro da própria Psicologia o modelo conceitual que privilegia a monicidade do uno cujo sujeito segundo Sawaia1995 tornase um autista construindo então um modelo que busque o homem de carne e osso do sujeito vivente fazendo história e sendo feita por ela o qual estava sendo perdido nas análises estruturalistas radiciasp97 O segundo desafio está na construção de uma metodologia que possa delinear ações que superem o confronto de demarcar compe tências no sentido corporativo de garantia de mercado de trabalho Como afirma Morin1985 o problema não está em que cada um perca a sua competência Está em que a desenvolva suficientemente para articular com as outras competências disciplinas e conhecimentosque ligadas numa cadeia formariam o anel completo e dinâmico o anel do conhecimento do conhecimentop33 Portanto a empreitada do trabalho inter disciplinar representa um grande desafio e é fundamental para o projeto de promoção de saúde na realidade a própria concepção de saúde já é marcada como um campo interdisciplinar que busca romper com status negativo dado ao diferente à alteridade Esses desafios transformados em compro misso e ação especialmente na prática profissional do psicólogo na Educação podem contribuir para alterar o problema da exclusão e do fracasso escolar presente hoje nas escolas brasileiras E neste sentido mudar o conceito de saúde é fundamental pois o foco deixa de ser saúde enquanto ausência de doença passando a ser compreendida segundo Martinez1996 como um conjunto de fatores que se interrelacionam somáticos e psíqui cos permitindo ao sujeito desenvolver ações adequadas no seu contexto social para o enfrentamento das contradições que se apresentam no seu diaadia Para a autora modo de vida salud y personalidad están intimamente relacionados entre sí y simul taneamente están intimamente vinculados a la educacíonp20 O projeto de promover saúde aponta para uma ética da transformação social que se concretiza na atuação interdisciplinar privi legiando o acesso ao conhecimento socia lização do saber enquanto instrumentalização necessária para uma ação fazer que possa alterar positivamente determinada realidade individualinstitucionalcomunitária Fontana1997 utilizandose do pensamento de Vygotsky sintetiza a essência dessa prática Maria de Lourdes Jeffery Contini 52 apontando que é no movimento mediado pelo outro que aprendemos e apreendemos o vivido que nos elaboramos que reafirmamos e transformamos o que somos que nos desenvolvemos e nos singularizamonos Aprendizado no tempop197 A formação na direção da Promoção de Saúde A formação do profissional de Psicologia dentro dessa discussão não pode ficar de fora pois será a forma como a ela encontrase estruturada nas suas questões teóricopráticas que irá apontar para uma determinada identidade profissional A formação hoje via de regra está calcada em um modelo conservador de promoção de saúde privi legiando um modelo clínico sustentado por teorias que têm o seu foco voltado para a descrição dos comportamentos patológicos produzindo dessa forma técnicas diagnósticas voltadas tanto para a cura como para a prevenção desses comportamentos Essa situação tem contribuído para uma consolidação da identidade do psicólogo marcada exclusivamente pelo seu caráter terapêutico dificultando a construção de um outro perfil profissional que possa atender diferentes situações como as institucionais e comunitárias Para alterar tal situação parece ser necessário realizar cada vez mais discussões como as que Branco 1999 fez em seu artigo sobre o perfil do profissional que saí hoje das faculdades Diz a autora que tipo de profissional queremos formar nos cursos de Psicologia Comprometido com a mudança ou com a legitimação das relações sociais preso à áreas específicas de atuação ou capaz de lidar com questões de saúde mental dentro de uma visão de totalidade da atividade humanap33 Será nas discussões desse todo indissociável traduzido em fenômeno psicológico que devem surgir reflexões que incluam não só as questões éticas como também o desen volvimento de uma postura crítica sobre as questões políticas e sociais presentes no contexto onde se dá a intervenção do profis sional de Psicologia Tais reflexões devem estar presentes ao longo da formação permitindo que se amplie o debate das questões teóricas da Psicologia e das práticas delas derivadas e fundamentalmente discutir a função social do profissional de Psicologia dentro de uma realidade de pobreza e exclusão da maioria da população Estas discussões podem possibilitar ao estudante a construção de uma postura ética e crítica sobre o saber e o fazer psicológico Essas preocupações são parte do cotidiano de muitos psicólogos como foi possível verificar nos discursos dos profissionais que participaram da minha pesquisa É imperativo ampliar cada vez mais discussões que apontem para um novo padrão na formação que possam subsidiar alterações no perfil conservador que ainda predomina na maioria dos cursos presentes Os psicólogos que apontam tais preocupações em suas reflexões sobre a formação não fogem às questões mais amplas do movimento da categoria na medida em que eles encontramse ao longo do seu tempo profissional mergulhados neste contexto da Psicologia brasileira como construtores e sendo construídos por ele sujeitos tempo e contextos produzindo profissionais de Psicologia Esse processo de construção é assim descrito por Fontana1997no tempo vivemos e somos nossas relações sociais produzimonos em nossa história No tempo nos constituímos relembramos repetimonos e nos transformamos Discutindo o Conceito de Promoção de Saúde no Trabalho do Psicólogo que Atua na Educação 53 capitulamos e resistimos mediadas pelo outro mediadas pelas práticas e significados da nossa cultura No tempo vivemos o sofrimento e a desestabilização as perdas a alegria e a desilusão Nesse movimento contínuo nesse jogo inquieto está em constituição o nosso ser profissional grifo nosso p203 O movimento de transformação na direção de uma outra formação em Psicologia deve ser pensada numa conceituação que amplia a noção de saúde abarcando as condições e modos de vida das pessoas Nessa perspectiva as condições sociais estão intimamente ligadas ao desenvolvimento da saúde por entender que a sociedade se estrutura pelas suas organizações sócioeconômicas e estas acabam determinando o modo de vida dos homens presentes em cada grupo social Para Rey1993 la sociedad con los recursos e organización de que dispone define un conjunto de condiciones que de forma directa ou indirecta influyen sobre la salud hu manap19 O reflexo dessa outra visão de saúde na Psicologia recai diretamente na conceituação do fenômeno psicológico Essa questão é encontrada no trabalho de Bastos e Achcar1994 que descrevem uma mudança na concepção do fenômeno psicológico que tem sido históricamente no Brasil centrado no plano individual indivíduo ahistórico isolado do seu contexto social para uma reformulação do fenômeno psicológico visto na sua interdependência com o contexto socioculturalp250 Para desenvolver um profissional preparado para atuar nessa perspectiva é necessária a construção de espaços de reflexões que favoreçam o aparecimento de um novo profissional de Psicologia Esse novo profis sional não seria a negação da promoção de saúde baseada na identidade terapêutica de um profissional da cura característica ainda forte entre os psicólogos 2 e a comunidade em geral Implicaria na ampliação da atuação que seria a de um profissional que pode trabalhar com a promoção da saúde psicológica inserida nas questões mais amplas da vida dos indivíduos de modo a favorecer o seu auto conhecimento tornandose construtor da sua própria história e da sua cidadania dando uma outra caracterítica à intervenção do profissional de Psicologia Bock e Aguiar1995 consideram como principal objetivo da Psicologia a promoção da saúde Segundo as autoras o psicólogo é um profissional que deve trabalhar para a promoção da saúde superando a prática da prevençãop10 Sem negar o aspecto curativo da Psicologia as autoras apontam que é necessário ir além de tal prática visto que a ação preventiva trás no seu interior a visão da patologia cuja lógica é a necessidade constante de desenvolver ações direcionadas ao sintomas das doenças A mudança do enfoque passa então para um trabalho que não mais enfoque a doença mas sim a saúde Bastos e Achcar1994 apontam que no modelo tradicional a natureza da intervenção era focada no indivíduo intrapsi cuja predominância era a do caráter curativo remediativo Os movimentos de transfor mação de um novo modelo passam a privilegiar uma intervenção mais centrada em contextos em grupos ação preventiva prospectiva p255 É na busca desse novo profissional que é possível apontar como a formação pode de fato propiciar a profissionalização das ações do psicólogo Maria de Lourdes Jeffery Contini 54 2 Na pesquisa Psicologia Psicologia Psicologia Psicologia Psicologia FFFFFormação A ormação A ormação A ormação A ormação Atuação Pr tuação Pr tuação Pr tuação Pr tuação Prooooo fissional e Mercado de fissional e Mercado de fissional e Mercado de fissional e Mercado de fissional e Mercado de Trabalho Trabalho Trabalho Trabalho Trabalho realizada em 1995 pelo Conselho Regional de Psicologia06SPMSMT através do recadastramento dos psicólogos da região os dados encontrados mostraram que a área de atuação predominante é a do consultório particular com 4075 Esses dados confirmam a mesma tendência encontrada na pesquisa realizada pelo Conselho Federal de Psicologia entre os anos de 85 e 87 abrangendo todas as regiões do país Esses fatos revelam que não houve mudanças no perfil da atuação dos psicólogos ao longo dos últimos 10 anos voltada para a maioria da população em consonância com a realidade brasileira buscando compreender dentro da sua característica de profissional o fenômeno psicológico traduzido nas subjetividades que se apresentam no contexto social seja este contexto institucional eou individual A formação nesta perspectiva deve procurar romper com o distanciamento entre ciência e prática presente segundo Francisco e Bastos1992 no modelo dominante Para os autores o modelo dominante de formação não articula o processo unificado à for mação científicapara a produção de conhecimento e à formação tecnoló gica para a prestar serviçosp216 A conseqüência deste modelo é a predo minância de uma formação tecnicista que tem por finalidade principal o domínio por parte do futuro profissional de técnicas do como fazer aprofundando a distância entre prática profissional e geração de conhecimento científico Superar tal situação exige uma nova articulação entre ciência e prática buscando caminhos para uma efetiva integração Dentro deste enfoque segundo os autores questões como diferentes concepções do fenômeno psicológico presentes nas teorias estágios trabalho interdisciplinar pesquisa habilidades técnicas compromisso ético e político passam por uma revisão capaz de provocar rupturas importantes entre elas a de entender a necessidade de uma inter venção socialpolítica para além do individualp220 É importante acrescentar que a produção da Psicologia até por força da sua constituição enquanto Ciência restringese à busca de desvendar os fenômenos psicológicos produzindo conhecimento e teorias psico lógicas mas nas intervenções em situação real esses mesmos fenômenos psicológicos estão interagindo com outras variantes que são analisadas por outras áreas do conhe cimento ou por equipes interdisciplinares Dessa forma é fundamental adquirir apren dizagens no período da Formação que possam instrumentalizar o aluno a desen volver ações conjuntas com outros profis sionais Como apontam Bastos e Achcar1994 a natureza complexa dos fenômenos que demandam a intervenção do psicólogo nos diversos domínios do seu campo de atuação aliada às concepções emergentes que procuram ver o fenômeno psicológico nas suas interações conduz à necessidade de integração de múltiplas perspectivas profissionais Dessa forma o trabalho junto a outros profissionais tornase um imperativo para que o enfrentamento do problema seja congruente com as múltiplas facetas que ele assumep254 É possível concluir que nesse amplo processo de reflexões que apontam as contradições e as possibilidades de superálas já está em curso a construção de uma prática profissional Discutindo o Conceito de Promoção de Saúde no Trabalho do Psicólogo que Atua na Educação 55 cuja identidade está se configurando na direção de um novo conceito de saúde conforme aponta Branco1999 não deve haver dúvida de que o profissional que pretendemos formar se comprometerá com a promoção da saúde Para tal não poderá legitimar as relações de violência instituídas da socie dade A saúde envolve a eliminação da fome da miséria da ignorância e de qualquer forma de opressão O compromisso do psicólogo só poderá ser com a mudança socialp34 Considerações Finais A promoção de saúde aparece como uma condição importante para que haja uma mudança de práticas profissionais havendo porém a necessidade de se alterar o próprio conceito de saúde enquanto ausência de doença hoje fortemente presente nas repre sentações dos profissionais de Psicologia derivando uma atuação eminentemente curativa No campo específico da atuação da Psicologia na Educação esse novo conceito de saúde já aparece nos debates Martínez1996 por exemplo descreve a escola como um espaço vital para a promoção de saúde destacando que tal promoção é função do conjunto da sociedade e das suas instituições Segundo a autora La nueva concepcíon de salud que presentamos guarda una relacíon mas evidente com el proceso educativo A partir de ella podemos analizar el papel de la escuela como una das instituciones básicas de la sociedad en el processo de saludp20 Nessa ótica Neves1997 em seu trabalho de tese realizado junto a um grupo de profes sores considera que o importante é cons truirmos uma nova possibilidade de intervenção psicológica apontando para uma intervenção que não fique somente na resolução do problema já posto mas que busque novas formas de promover saúde que ela define como um trabalho de re significações das relações e experiências vividas como mantenedoras da exclusão e exploraçãop247 A grande aprendizagem que toda essa discussão pode desencadear junto aos psicó logos será o de construir discussões coletivas que poderão caracterizar uma identidade profissional baseada na instrumentalização técnica apoiada numa visão teórica consis tente compreendendo de forma crítica a função social da profissão no contexto brasileiro A compreensão da natureza política da prática profissional do psicólogo poderá criar circunstâncias que estabeleçam compromissos concretos para responder indagações que estão presentes no seu cotidiano como estas como romper com a ideologia liberal ainda fortemente presente nas concepções teóricas e práticas profissionais dos psicólogos Como estruturar um modelo de formação e atuação que atenda à maioria da população com o objetivo ético de buscar garantir a essa população a apropriação da sua condição humana Entendemos que o projeto de promover saúde através da prática psicológica em especial na Educação necessita no processo de sua construção ter como base duas dimensões fundamentais Uma é dimensão ética que se compõe pela solidariedade ao outro e com o outro onde segundo Guareschi1998 reconhecemos o outro como uma pessoa com quem entramos em diálogo e que na convivência é essencial à nossa realização humana e não como simples indivíduo que está ao nosso lado Maria de Lourdes Jeffery Contini 56 com quem entramos em contato pelo simples motivo da sobrevivência em competição potencial conosco ou seja compreendendo o ser humano como um ser dialógico em sua singularidade e alteridade cuja subjetividade é composta por milhões de relações que estabelece durante toda sua existên ciap18 Nessa visão relacional entre os homens a concretude da ética determina que não haja alguém privado dos direitos sociais básicos da vida senão ela se torna inócua abstrata A outra é a dimensão política do compromisso com a transformação social Camino1998 discute a responsabilidade social da Psicologia e sua relação com a construção dos Direitos Humanos Para o autor é possível afir mar que a Psicologia participa claramente nos processo de exclusãoinclusão que se desenvolvem no interior das sociedades a partir da maneira de definir as diferenças sociais e culturais diferenças como as de gênero raça normalidade etc Longe de simplificar a Psicologia segundo uma visão maniqueísta o autor afirma que é necessário que o avanço nas definições psicológicas dos diversos grupos sociais não decorre só da acumulação de informações sobre esses grupos mas também da oposição de visões que se desenvolvem em função das pertenças sociais e das ideologias dos diversos grupos que investigam esses problemasp60 Podese afirmar que os construtores da Psicologia são sujeitos históricos e mergulhados no contexto ideológico da época As diversas idéias psicológicas sobre o homem que compõem a ciência Psicológica e as suas práticas profissionais refletem as contradições e as complexidades presentes no interior de uma dada sociedade em um determinado momento histórico Portanto é necessário superar uma consciência ingênua para poder realizar análises que apóiem as múltiplas variantes que determinam o aparecimento e desenvolvimento do conhecimento científico onde figura entre outras a Ciência Psico lógica Ao direcionar essas duas dimensões ética e política frente à realidade tão antagônica de miséria de muitos e riqueza de poucos em nosso país visando a um projeto de promoção de saúde na Educação o que aparece como prioridade é o de mudar a política atual que impõe um quadro da exclusão da maioria das crianças brasileiras do acesso e permanência na escola Este fato vem privando essa população do conhecimento acumulado e sistematizado pela cultura tornandose um grave problema ético pela ausência de um Direito Básico que é o da Educação Não é possível ficar indiferente frente a esta realidade tão dramática Valls1996 descreve bem essa dramaticidade com a qual nos defrontamos Diz ele se é verdade que as grandes reformas de que nosso país necessita não são questões apenas éticas mas também políticas o inverso não é menos verdade não são só políticas são questões éticas que desafiam o nosso sentido éticop73 Como é possível então construir projetos de promoção de saúde que alterem tal situação Não há uma resposta fácil e simples No entanto parece importante iniciarmos através do exercício dialético da açãoreflexãoação com o objetivo de fortalecer e qualificar essa tarefa que é árdua e fundamentalmente co letiva e interdisciplinar para podermos propiciar a constituição de uma outra identidade profis sional para o psicólogo Discutindo o Conceito de Promoção de Saúde no Trabalho do Psicólogo que Atua na Educação 57 Sobre a questão da construção da identidade profissional considero interessante a analogia que Fontana1998 faz sobre essa temática com o complexo aprendizado de bordar Diz ela Assim o nosso começo começa pelo em se fazendo por entre múltiplos fios colocados juntos enlaçados entrelaçados que em movimento compõem tramas diversas mas o bordado não é mágico ele se faz compelo trabalho nos acontecimentos no tempo introduzimos novos pontos no bordado suprimos outros revemos planos misturamos cores e fiosTecendo e destencendo constituimo nos como profissionaisp198 Este parece que será o nosso grande desafio o de buscar tecer entre os nossos múltiplos fios outras formas e cores que poderão desenhar no nosso devir profissional um bordado novo no qual possamos nos reconhe cer como construtores Maria de Lourdes Jeffery Contin Rua 13 de junho 1615aptº603 CEP79331070 Corumbá MS Tel 067 2312239 Email continipantanalnetcombr Maria de Lourdes Jeffery Contini 58 Andaló C S J de A 1986 O papel do psicólogo escolar Psicologia Ciência e Profissão 4 nº 1 4346 Bastos AVB Achcar R 1994 Dinâmica profissional e formação do psicólogo Em Conselho Federal de Psicologia Psicólogo Brasileiro Práticas emergentes e desafios para a formaçãopp 245 271 São Paulo Casa do Psicólogo Bock A M B Aguiar W M J1995 Por uma prática promotora de saúde em Orientação Vocacional Em Bock A M B et al A escolha profissional em questãopp 923 São Paulo Casa do Psicólogo Bleger J 1992 PsicoHigiene e Psicologia Institucional 3º ed Porto Alegre Artes Médicas Branco MTC1999 Que Profissional Queremos formar Psicologia Ciência e Profissão18 nº 3 2835 Camino L 1998 Direitos Humanos e Psicologia Em Comissão Nacional de Direitos Humanos do Conselho Federal de Psicologia Psicologia Ética e Direitos HumanosBrasília CFP Contini MLJ 1998 O Psicólogo e a Promoção de Saúde na Educação Tese de Doutorado Unicamp Campinas Capra F 1982 O ponto de Mutação São Paulo Cultrix Fazenda ICA 1994 Interdisciplinariedade história e pesquisa Campinas Papirus Fontana RCA 1998 Como nos tornamos professoras aspectos da constituição do sujeito como profissional da educação Tese de Doutorado Unicamp Campinas Francisco A L Bastos AV B1992 Conhecimento Formação e Prática o necessário caminho da integração Em Conselho Federal de Psicologia Psicólogo Brasileiro Construção de novos espaçospp211237 Campinas Ed Átomo Gomes VLT 1995 Atuação do psicólogo escolar teoria prática e compromisso social Tese de Doutorado IPUSP São Paulo Guareschi P A 1998 Ética Justiça e Direitos Humanos Em Conselho Federal de Psicologia Psicologia Ética e Direitos Humanospp919 Brasília CFP Grandella Jr O1990 Psicólogo ser ou não ser escolar ou um ator à busca de um papel Em Programa e Resumos da XX Reunião Anual de Psicologia da SPRP Ribeirão Preto Machado V L S et al1982 Psicólogo e o Orientador Educacional na escola conflito ou cooperação Em Programa e Resumos da XII Reunião Anual de Psicologia da SPRB Riberão Preto Machado A M Souza MPR Sayão Y1997 As classes especiais e uma proposta de avaliação psicológica Em Consdelho Regional de Psicologia06 Educação Especial em Debate São Paulo Crp06 Maluf M R Psicologia e Educação paradoxo e horizontes de uma difícil relação Em I Congresso Nacional de Psicologia Escolar Identidade e PerspectivaAnais Campinas ABRAPEEPUCCAMP Ed Átomo Martínez A M1996 La escuela un espacio de promocion de salud Psicologia Escolar Educacional 1 nº 1 1924 Morin E1985 O problema epistemológico da complexidade Lisboa EuropaAmérica Patto M H S1984 Psicologia e Ideologia uma visão crítica da Psicologia Escolar São Paulo TA Queiroz Rey F G1993 Personalidad Salud y Modo de Vida México UNAM Sato L 1992 O psicólogo e a saúde do trabalho na área sindical Em Campos FCBorg Psicologia e Saúde repensando práticas São Paulo Hucitec Sawaia B B1995 A falsa cisão retalhadora do homem Em Martinelli M L et alorg O Uno e o Múltiplo nas relações entre as áreas do saberpp96109 São PauloCortezEduc Severino AJ 1995 O poder da verdade e a verdade do poder Em Martinelli M L et alorg O Uno e o Múltiplo nas relações entre as áreas do saberpp4657 São PauloCortezEduc Valls ALM 1996 O que é Ética São Paulo Brasiliense Coleção Primeiros Passos177 Originalmente publicado em 1986 Zanelli J C1992 A formação profissional e atividades de trabalho uma análise das necessidades identificadas por psicólogos organizacionais Tese de Doutorado Unicamp Campinas Referências bibliográficas Discutindo o Conceito de Promoção de Saúde no Trabalho do Psicólogo que Atua na Educação 59 Recebido em 000099 Aprovado em 000099